renascimento

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25/03/2012 1 Renascimento uma nova visão de mundo Prof. Jorge Miklos Março/2012 Renascimento DEFINIÇÃO Renascimento: movimento artístico-cultural, ocorrido na Europa Ocidental entre os séculos XV e XVI; conjunto de manifestações artístico-intelectuais- científicas que marcou a transição da Idade Média para a Moderna; primeira tentativa da burguesia emergente em elaborar uma cultura comprometida com seus valores. Renascimento FATORES GERADORES O Renascimento surgiu primeiramente na Itália, que reunia condições favoráveis a sua emergência, e difundiu-se pelo continente europeu. Fruto das transformações vividas pela Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o Renascimento atacava a ordem medieval, revelando a “crise da consciência europeia” de fins da Idade Média e início da Moderna. Dentre os fatores que favoreceram a ocorrência do Renascimento destacamos:

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O renascimento foi um movimento artístico-cultural, ocorrido na Europa Ocidental entre os séculos XV e XVI; conjunto de manifestações artístico-intelectuais que marcou a transição da Idade Média para a Moderna; primeira tentativa da burguesia emergente em elaborar uma cultura comprometida com seus valores.

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Renascimento

uma nova visão de mundo

Prof. Jorge Miklos

Março/2012

Renascimento

• DEFINIÇÃO – Renascimento: movimento artístico-cultural,

ocorrido na Europa Ocidental entre os séculos XV e XVI;

– conjunto de manifestações artístico-intelectuais-científicas que marcou a transição da Idade Média para a Moderna;

– primeira tentativa da burguesia emergente em elaborar uma cultura comprometida com seus valores.

Renascimento

• FATORES GERADORES • O Renascimento surgiu primeiramente na Itália, que

reunia condições favoráveis a sua emergência, e difundiu-se pelo continente europeu.

• Fruto das transformações vividas pela Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o Renascimento atacava a ordem medieval, revelando a “crise da consciência europeia” de fins da Idade Média e início da Moderna. Dentre os fatores que favoreceram a ocorrência do Renascimento destacamos:

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Renascimento

• Revolução Comercial: Muitos burgueses, enriquecidos com a atividade comercial, mas segregados socialmente, buscavam prestígio patrocinando artistas e intelectuais que produzissem uma cultura comprometida com os novos valores da burguesia: eram os mecenas.

Cosmo de Médici, um dos

mais importantes

mecenas do

Renascimento

Renascimento • renascimento urbano: o

desenvolvimento do comércio promoveu o crescimento das cidades, que se converteram em polos produtores e irradiadores da nova cultura renascentista. Nas cidades, surgiram academias de artes e ciências e universidades, em sua maioria, dedicadas a refletir sobre novas concepções estéticas e éticas, rompendo com a visão medieval de mundo e propondo uma mentalidade mais especulativa e crítica;

Florença

Renascimento • invenção da

imprensa: graças a esse invento, os novos valores puderam ser divulgados de maneira rápida, a um crescente número de indivíduos.

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CARACTERÍSTICAS

a cultura clássica greco-romana serviu de fonte inspiração para artistas e pensadores renascentistas, que, assim, procuravam repudiar a cultura medieval, estática, carregada de religiosidade; a cultura clássica não era simplesmente imitada, mas reelaborada a partir dos novos valores da burguesia emergente;

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:

a religiosidade e os valores da nobreza, típicos da Idade Média, eram criticados pelos renascentistas;

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valorização do homem e de todas as suas capacidades

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o

e de suas características, responsáveis pelo sucesso ou fracasso de cada um (negavam assim a interferência do sobrenatural na vida terrena);

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o

valorização do, a fiel reprodução da natureza e de sua obra-prima: o ser humano.

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REPRESENTANTES

Precursores

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• Dante Alighieri

• (1265-1321)

• autor d’ A Divina Comédia;

• Giotto

(1266-1337)

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Representantes

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• Sandro Botticelli (1445-1510), • Alegoria da Primavera

• artista e intelectual que sintetiza o espírito do Renascimento.

• Curioso e crítico, dedicou sua vida a vários ramos das artes (pintura, escultura) e do conhecimento científico (astronomia, matemática).

Leonardo da Vinci (1452-1519),

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Rafael Sanzio (1483-1520):

• um dos mais populares artistas da Renascença, deixou imensa produção, destacando-se os retratos e, sobretudo A Escola de Atenas

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Michelangelo Buonarroti (1475-1564),

• Produção foi rica e abundante. Destacam-se obras de pintura, como os afrescos da Capela Sistina, em Roma (A criação do homem, O Juízo Final), e escultura (Moisés, David, Pietá).

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Renascimento na literatura

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• Nicolau Maquiavel (1469-1527): pai da Teoria Política, defensor das formas absolutistas de poder, como demonstra em seu livro O Príncipe;

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• Erasmo de Rotterdam (1466-1536): humanista holandês que faz severas críticas ao clero e à religiosidade medieval; sua obra principal é Elogio da loucura;

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• François Rabelais: satírico francês que, em sua mais conhecida obra (Gargantua e Pantagruel) fez uma feroz crítica ao clero e seu comportamento;

Renascimento

• William Shakespeare (1564-1616): teatrólogo inglês de vasta produção; destacam-se as peças Romeu e Julieta, Hamlet, Othelo, Macbeth, Sonhos de uma noite de verão, Rei Lear, entre outras;

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Renascimento

• Miguel de Cervantes (1547-1616): escritor espanhol em cuja principal obra, Dom Quixote, critica os valores medievais da nobreza e da cavalaria.

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Renascimento nas Ciências

Renascimento nas Ciências

• O pensamento científico, influenciado pela visão crítica e especuladora do Renascimento, aprimorou-se e levou a importantes descobertas.

• O conhecimento deveria se basear numa reflexão racional dos fenômenos aliada a observação e a experimentação (empirismo).

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Renascimento nas Ciências

• Dentre os principais cientistas da época destacaram-se:

• Nicolau Copérnico (1473-1543), formulador da teoria heliocêntrica;

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Renascimento nas Ciências

• Johann Kepler (1571-1630), defensor da teoria do movimento elíptico dos astros;

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• Galileu Galilei (1564-1642), astrônomo inventor do telescópio

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• Miguel de Servet (1511-1553), descobridor do mecanismo da circulação sangüínea;

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Renascimento nas Ciências

• André Vesálio (1514-1564) considerado o pai da moderna anatomia pelas investigações realizadas a partir de acuradas observações sobre o corpo humano.

Renascimento nas Ciências

• Giordano Bruno: um dos pontos chaves de sua teoria é a cosmologia, segundo a qual o universo seria infinito, povoado por milhares de sistemas solares, e interligado com outros planetas contendo vida inteligente.

Renascimento nas Ciências

• Por estas opiniões quentes e perigosas para a época que Giornano Bruno foi condenado pela inquisição, tendo passado seus últimos oito anos sofrendo torturas e maus tratos de todos os tipos.

• Ao ser anunciada a sentença de que seria executado piamente, sem profusão de sangue (que em verdade significava a morte pela fogueira) disse: "Teme mais a Força em pronunciar a sentença do que eu em escutá-la" Significando que a Força - a Igreja Católica saberia do crime contra a humanidade que estaria cometendo criando um mártir do pensamento.

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Renascimento nas Ciências

• A eclosão do Renascimento em todas suas expressões – artístico, literário e científico – foi decisiva para o advento da Modernidade.

• O Renascimento contribuiu para a afirmação de valores que seriam o esteio ideológico da nascente sociedade capitalista liberal e burguesa.

• Cabe frisar que o Renascimento foi, em sua essência, um movimento elitista, promovido pela burguesia, não representando nem estabelecendo vínculos com a grande massa da população

Referências

• BURNS, Edward Mcnall. História da Civilização Ocidental – volume 1. Rio de Janeiro. Editora Globo. s/d.

• BURCKHARDT, Jacob. A cultura do renascimento na Itália: um ensaio. Brasília: Ed.Universidade de Brasília, 1991.

• DELUMEAU, J. A Civilização do Renascimento. 2 volumes. Lisboa, Estampa, 1994.

• GARIN, Eugenio. (direção). O homem renascentista. Lisboa: Editorial Presença, 1991.

• GOMBRICH, Ernest H. História da Arte. São Paulo: LTC, 2000. • HELLER, Agnes. O homem do renascimento. Lisboa: Editorial

Presença, 1982. • REALE, Giovanni. Historia da filosofia: do humanismo a Descartes, v.

3. São Paulo: Paulus, 2004. • SEVCENKO. Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1993.