renamo imortaliza obra de afonso dhlakamarenamo.org.mz/documentos/perdiz/perdiz270.pdf · 2020. 5....

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Propriedade do Departamento de Informação Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 07.05.2020 * Edição nº 270 Ano 7 continua na pág. 2 F OI PRECISAMENTE A 3 DE MAIO DE 2018 QUE O PRESIDENTE DA RESISTÊNCIA NACIONAL MO- ÇAMBICANA ( RENAMO), O GENERAL AFONSO DHLAKAMA, FOI REPOUSAR ETERNAMENTE. POR OCASIÃO DA PASSAGEM DO SEGUNDO ANO DO DESAPARECIMENTO FÍSICO DAQUELE QUE FOI O EMBONDEIRO DA DEMOCRACIA MULTIPARTIDARIA EM MOÇAMBIQUE, O PRESIDENTE DA RENA- MO FEZ UM COMUNICADO À NAÇÃO, QUE EM SEGUIDA APRESENTAMOS NA ÍNTEGRA. Moçambicanas Moçambicanos Caros Compatriotas Hoje, 03 de Maio, recordamos o 2º ani- versário da morte do saudoso Presiden- te Afonso Macacho Marceta Dhlakama, o Líder e Herói que se identifica profun- damente com a história de Moçambique e transformou-se num Embomdeiro Po- litico de estatura mundial. Os mais velhos recordam-se: depois da proclamação da independên- cia nacional, a Frelimo proibiu o multi- partidarismo e instalou o partido único; os governantes eram impostos, pois não havia eleições; os cidadãos eram forçados a viver em aldeias comunais; a lei do fuzilamento e chamboco era a forma de calar e eliminar a todos que pensavam de forma diferente; negou aos moçambicanos o direito à propriedade privada, impôs as coopera- tivas de consumo e machambas colecti- vas; as famigeradas lojas do povo quase to- talmente vazias, vendiam os produtos básicos de alimentação, através de car- tões de abastecimento; proibiu a prática da religião, porque achava que Deus não existia; a circulação de pessoas e bens era con- dicionada à guia de marcha, em suma, quando os moçambicanos esperavam gozar das vantagens RENAMO IMORTALIZA OBRA DE AFONSO DHLAKAMA

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  • Propriedade do Departamento de Informação

    Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 07.05.2020 * Edição nº 270 Ano 7

    continua na pág. 2

    FOI PRECISAMENTE A 3 DE MAIO DE 2018 QUE O PRESIDENTE DA RESISTÊNCIA NACIONAL MO-ÇAMBICANA ( RENAMO), O GENERAL AFONSO DHLAKAMA, FOI REPOUSAR ETERNAMENTE.POR OCASIÃO DA PASSAGEM DO SEGUNDO ANO DO DESAPARECIMENTO FÍSICO DAQUELE QUE FOI O EMBONDEIRO DA DEMOCRACIA MULTIPARTIDARIA EM MOÇAMBIQUE, O PRESIDENTE DA RENA-MO FEZ UM COMUNICADO À NAÇÃO, QUE EM SEGUIDA APRESENTAMOS NA ÍNTEGRA.

    MoçambicanasMoçambicanosCaros Compatriotas

    Hoje, 03 de Maio, recordamos o 2º ani-versário da morte do saudoso Presiden-te Afonso Macacho Marceta Dhlakama, o Líder e Herói que se identifica profun-damente com a história de Moçambique e transformou-se num Embomdeiro Po-litico de estatura mundial.

    Os mais velhos recordam-se:depois da proclamação da independên-

    cia nacional, a Frelimo proibiu o multi-partidarismo e instalou o partido único;os governantes eram impostos, pois não havia eleições;

    os cidadãos eram forçados a viver em aldeias comunais;

    a lei do fuzilamento e chamboco era a forma de calar e eliminar a todos que pensavam de forma diferente;

    negou aos moçambicanos o direito à propriedade privada, impôs as coopera-

    tivas de consumo e machambas colecti-vas;as famigeradas lojas do povo quase to-talmente vazias, vendiam os produtos básicos de alimentação, através de car-tões de abastecimento;

    proibiu a prática da religião, porque achava que Deus não existia;

    a circulação de pessoas e bens era con-dicionada à guia de marcha, em suma, quando os moçambicanos esperavam gozar das vantagens

    RENAMO IMORTALIZA OBRA DE AFONSO DHLAKAMA

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    Ficha técnicaDirector:José Manteigas Gabriel;Editor: Gilberto Chirindza;Redacção:Natercia Lopes, Baptista Cumbane e Luís Marquele;

    Colaboradores: Chefes regionais de informação;Maquetização: João Mazingo Av. Ahmed Sekou Touré nº 657;Email: [email protected]: 843928915, 844034113;

    www.renamo.org. Nº de Registo

    07/GABINFO-DEC/2015

    continuação da pág. 1

    continua na pág 3

    da independência nacional foram submetidos a uma nova escravatura.

    Foi neste contexto que André Matade Matsangaisse, Afonso Macacho Marceta Dhlakama e outros comba-tentes de trincheira, cedo, no longínquo 1977, per-ceberam que o Povo moçambicano precisava de ser liberto das algemas do Comunismo e à semelhança de outras Nações, o Estado de Direito Democrático era um imperativo nacional.

    Foi por isso que fundaram a Resistência Nacional Moçambicana, a nossa RENAMO, que lutou durante 16 anos cujo objectivo visava instalar no País a De-mocracia, a justiça, a liberdade de expressão, a liber-dade religiosa, o respeito pela vida humana, ideais que se tornaram realidade no nosso solo pátrio por-que os moçambicanos compaginaram-se neles.

    O sonho de Afonso Dhlakama era ainda maior, queria um Moçambique desenvolvido, com uma economia robusta, uma administração pública despartidariza-da e livre da corrupção, bem como governantes re-sultado de eleições livres, justas e transparentes.

    O sonho de Afonso Dhlakama era ver os serviços bá-sicos, como a educação, saúde, o transporte público, a água potável, energia e outros bens essenciais, mais próximos das nossas populações, razão pela qual, até o seu último suspiro lutou pela descentralização.

    Hoje, orgulhamo-nos do Presidente Afonso Dhlaka-ma porque quando prematuramente nos deixou já tinha lançado a semente que produziu a Lei sobre a eleição dos governadores provinciais.

    Tristemente, o seu sonho foi apunhalado em 15 de Outubro de 2019, pois, quando aguardavamos feste-jar pela primeira vez a alegria de ver em Moçambique governadores genuinamente eleitos, os inimigos da democracia, manipularam os resultados eleitorais.

    Contudo, não vergamos e faremos tudo para em 2024 eleger pela primeira vez, os administradores distritais como sempre sonhou.

    A nossa memória colectiva recorda-se e reconhece a sua coragem indomável quando, em Maio de 2016 tomou a iniciativa pessoal de negociar com o Gover-no e em Dezembro de 2016, decretar as tréguas mili-tares unilateralmente na Serra de Gorongosa.

    O País e o mundo não acreditaram, mas foi o início de longas e sinuosas negociações que abriram as portas para a assinatura dos Acordos de Cessação das Hosti-lidades Militares e de Paz e Reconciliação de Maputo, no dia 1 e 6 de Agosto de 2019, respectivamente.

    Quando o nosso Ícon tombou, juramos liderar o Par-tido seguindo e inspirando-nos na letra e no espirito nos seus ideiais e seu legado. Por isso, continuamos a negociar com o Governo e esperamos muito bre-vemente concluir com êxito o processo do Desarma-mento Desmobilização e Reintegração-DDR.

    Não nos deixamos abalar pelos nossos adversários que a todo o custo pretendem dividir a nossa família RENAMO.

    REACTIVAÇÃO DE ESQUADRÕES DE MORTE

    Editorial

    Comemorou-se semana passada em todas as sedes do par-tido RENAMO o dia alusivo ao combatente da Luta pela Democracia. O evente teve ligar no dia 05 de Maio.Segundo a mensagem apresentada pelo Presidente do partido, esta data acontece num contexto extremamente dificil, devido a pandemia do COVID-19, o que impediu o ajuntamente dos membros para a comemoração e recordação da heroicidade de mulheres e homens que ontem como hoje erguem bem alto a Bandeira da Perdiz. As comemorações neste momento adverso, serviram para encorajar aos fazedores da democracia moçambicana a con-tinuarem a regá-la confiantes de que num futuro muito breve teremos a democracia que o país merece. Quando a RENAMO fala dos Combatentes da Luta pela Demo-cracia, imortaliza os feitos dos heróis André Matade Matsan-gaisse, Afonso Macacho Marceta Dhlakama, de todos aqueles que tombaram na frente do combate e de tantos outros heróis vivos que desde 1977 disseram não ao Regime Comunista, en-tão implantado no país depois da independência nacional.Para a RENAMO o dia 05 de Maio lembra o nacionalismo e pa-triotismo das combatentes e dos combatentes que sem vacilar dedicaram a sua juventude durante 16 anos para implantar em Moçambique a Democracia, a justiça social, o multiparti-darismo, o respeito pela vida humana, pela propriedade priva-da, a liberdade de expressão e de religião. Para alcançar esses valores fundamentais conducentes a construção do Estado de Direito foi preciso consentir sacrificios incomensuráveis sem preço, porém, valeu a pena, porque hoje estão criadas as bases para uma convivência politica e social, apesar de persistirem as perseguições e a tentativa de aniquilar a nossa jovem De-mocracia.O Presidente da RENAMO afirma impetuosamente que valeu a pena lutar por Moçambique, porque a determinação dos com-batentes serviu para o povo moçambicano adquirir o direito de eleger e ser eleito, por isso, da parte de todos moçambica-nos são dignos de gratidão eterna. Os combatentes que se encontram aquartelados nas bases da RENAMO a aguardar pelo processo de Desmobilzação, De-sarmamento e Reintegração social, merecem encorajamento, maior apreço pela bravura e paciência. É preciso enaltecer o compromisso dos combatentes para com a paz, o desenvolvimento e a harmonia social, pilares do País com que sonharam André Matade Matsangaisse e Afonso Ma-cacho Marceta Dhlakama. Todos os moçambicanos devem se curvar e deixar evidente o inquestionável contributo que os combatentes da RENAMO deram para a auto determinação do Estado Moçambicano.Na mensagem pela ocasião, Ossufo Momade felicitou os Com-batentes e jovens que com muita entrega e abnegação têm mantido a chama da Resistência Nacional Moçambicana- RE-NAMO, e sobretudo por manterem vivos os objectivos que di-taram o nascimento desta Grande Familia. Uma vênia aos lutadores pela democracia e aos heróis que tombaram pela democracia.

    RENAMO EXALTA MEMÓRIA DOS SEUS HERÓIS

  • “ANÁLISE DEMOCRATICA”

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    Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal.

    Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra

    Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas

    Participe! 821075995 ou 840135011

    O nosso Pai ensi-nou-nos que esta família é una e indi-visível, representa as moçambicanas e os moçambicanos, é a voz dos sem voz, aquela que canta o que o Povo diz e quer.

    Viemos de longe, onde iniciaram perse-guições e incompreensões que nos po-diam fazer recuar, daí que a melhor ma-neira de recordar e imortalizar Afonso Dhlakama é não desfalecer perante as actuais adversidades.

    MoçambicanasMoçambicanosCompatriotas

    Nesta data, convidamos a todos os mo-çambicanos bem como os membros e simpatizantes do Partido a curvarmo--nos mais uma vez, diante desta figura emblemática que o País e o Mundo ja-mais esquecerão.

    Por isso, nesta data somos todos cha-mados a fazer uma reflexão profunda

    sobre o seu legado e acima de tudo con-tinuar com o seu sonho de ver um Mo-çambique Próspero, em que cada um de nós se sinta como dono da sua Pátria.

    Exaltamos, Afonso Dhlakama no dia 3 de Maio como nosso Herói e esperamos do Estado Moçambicano o seu reconhe-cimento como tal, porque o seu contri-buto, o seu nacionalismo e patriotismo elevaram Moçambique para o nível de países que têm a Democracia e o Estado de Direito como apanágio de governa-ção.

    Minhas irmãsMeus irmãos

    Hoje o povo moçambicano reconhece a razão da luta de décadas. Tarde, mas acordados, cada um luta para tentar ser um novo Dhlakama.

    Ao celebrarmos esta data, que marca a passagem dos 2 anos, fazemos com tris-teza porque preferíamos celebrar os 67 anos do seu aniversário natalício, mas

    fazemo-lo com alegria, porque estamos orgulhosos de termos tido um líder ca-rismático como ele.

    Celebramos esta data num momento em que a pandemia da COVID-19 está a assolar o mundo e o nosso País em par-ticular, o que nos impede de assinalar com toda a pompa e circunstância.

    Porém, apesar destas adversidades, exortamos as Delegações Politicas a todos os níveis e aos membros e sim-patizantes em geral a lembrar os feitos e obras do nosso Sempre Lider, Afonso Macacho Marceta Dhlakama que são a luz da nossa liderança.

    Termino exortando as minhas irmãs e aos meus irmãos a seguirem rigorosa-mente as medidas recomendadas para evitar a propagação do novo corona ví-rus, lavando frequentemente as mãos com água e sabão, cinza ou desinfectan-do-as com álcool e usando máscara.

    Muito obrigado

    Ossufo Momade, Presidente da RENA-MO, visitou esta segunda feira (04.05) a maior unidade sanitária do país, como forma de solidarizar-se e dar força aos profissionais afectos aquele hospital.Acompanhado pelos Membros da Co-missão Política Nacional e outros qua-dros do seu partido, Ossufo Momade foi recebido pelo Director do hospital Dr Mouzinhos Saide, tendo em seguida percorrido alguns corredores do edi-fício em que funciona o arquivo, que é por sinal o local onde ocorreu o incên-dio que devastou parte dos documen-tos importantes dos doentes daquele hospital. Depois de receber algumas explicações através do Director do hospital, Ossufo Momade falou à im-prensa. “Como sabem, somos utentes deste hospital, por isso estamos aqui para prestarmos a nossa solidariedade pelo sucedido” afirmou Momade para depois acrescentar que “como não po-díamos vir de mãos vazias, decidimos trazer algumas máscaras para que os funcionários possam usar”. Durante a visita, o Presidente da RENAMO ofere-

    ceu simbolicamente algumas máscaras, tendo mais tarde, uma delegação enca-beçada pelo chefe do Departamento de informação, entregue o grosso número de máscaras à direcção daquele hospi-

    tal.Importa recordar que, o incêndio que destruiu parte dos processos clínicos no arquivo do hospital central, aconte-ceu no sábado (03.05).

    PRESIDENTE DA RENAMO VISITA HOSPITAL CENTRAL

    continuação da pág 2

    Para prestar solidariedade pelo incêndio ocorrido naquela unidade sanitária

  • “A MELHOR FORMA DE IMORTALIZAR OS FEITOS DE DHLAKAMA É UNIÃO EM TORNO DA NOVA LIDERANÇA DO PARTIDO”

    No meio de muitos desafios

    Quadros da RENAMO enaltecem legado de Dhlakama

    continua na pág 5

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    A Liga da Juventude da RENAMO (LJR), braço juvenil da RENAMO, celebrou mais um aniversário da sua criação na terça feira (05.05) na sua sede nacional em Maputo.A data que coincide com o dia dos vete-ranos da luta pela Democracia, por ter sido no dia 5 de Maio que o jovem André Matsangaisse juntamente com outros jo-vens, deram os primeiros passos de luta pela democracia na zona centro do país. Ivone Soares, presidente da Liga Nacio-nal da juventude da RENAMO, falando à imprensa por ocasião da data, vincou sobre a necessidade dos jovens terem que resistir e lutar face aos desafios do momento e do futuro, nomeadamente a pandemia do covid-19, o desemprego, a falta de habitação, a má qualidade de educação, maus serviços de saúde entre outros. “nós jovens da RENAMO, esta-mos prontos para fazer face a todas as dificuldades impostas aos jovens pela má governação que causa o nosso empo-brecimento e a miséria em que milhões de famílias vivem neste belo e rico país”

    acrescentou Soares. Segundo a presiden-te da juventude da RENAMO, os jovens daquela organização, defendem uma sociedade que valoriza a juventude com actos concretos e não com discursos de

    ocasião. “ Não queremos políticas públi-cas com resultados falaciosos, queremos emprego de verdade, remuneração que nos permita pagar água, luz, comprar comida, medicamentos, roupa e que so-bre para fazermos nossas poupanças de modo a que possamos ter a nossa pró-pria casa e descongestionarmos a casa dos nossos pais. DisseIvone Soares, recordou jovens tais como: André Matsangaisse, Afonso Dhlakama, Ossufo Momade, Timosse Maquinze, Faustino Adriano, Mateus Ngonhamo, Hermínio Morais, Olímpico Cardoso, Raul Dique, Juliano Cumbana, Vareia Mange, Lúcia Magorongosa, Paulina João, Vitória Lázaro, Dorca Chipanga e tantos outros que tiveram sonhos de um Moçambique livre do autoritarismo do regime do dia. Para Ivone Soares, aque-les jovens foram verdadeiros heróis, queriam viver em paz e em democracia. Soares terminou, apelando à todos jo-vens a não terem medo dos desafios do presente, lutando por um Moçambique próspero.

    Defendem Fernando Mazanga e Ivone SoaresPor ocasião da passagem do se-gundo ano do desaparecimento físico do Presidente Afonso Dhlakama, a nos-sa reportagem ouviu os depoimentos dE Fernando Mazanga e Ivone Soares, quadros seniores da RENAMO.Para Ivone Soares, todos os momen-tos que estivesse em conversa com o Presidente Dhlakama aprendia alguma coisa. Dhlakama era um professor por excelência, era um conselheiro. Era um homem multifacetado. Dhlakama dei-xou marca em qualquer quadro da RE-NAMO que passou pelas suas mãos. Se-gundo Ivone Soares, para a juventude, Dhlakama é uma fonte de inspiração. “ Apelo à todos os jovens do Rovuma ao Maputo e mesmo os que se encontram na Diáspora para que se unam as cau-sas que a RENAMO abraçou desde 1977 até hoje para que sejamos uma família unida e trabalhemos para que haja vi-

    tória nas próximas eleições distritais, provinciais, legislativas e presiden-ciais” disseSoares afirmou que a única forma de imortalizar os feitos de Afonso Dhlaka-ma é a união da família RENAMO em

    torno da actual liderança de modo a materializar os objectivos pelos quais a RENAMO luta desde 1977. “ Manter viva a chama da unidade no partido e abraçar-mo-nos em torno da liderança para termos o sucesso que pretende-mos porque o apoio do povo sempre tivemos” acrescentouA outra forma de imortalizar os feitos de Dhlakama segundo Ivone Soares, é pôr em prática tudo que ele desejou para o país em vida, sobretudo fazendo com que a descentralização dê poder aos eleitos, trabalhar para que o país tenha paz porque Dhlakama não deixou o país em guerra.Por sua vez, Fernando Mazanga, recor-da que Dhlakama era um homem que sempre olhou para o bem do povo, ab-dicando de estar ao lado da sua família e lutar pelo bem estar do povo. Para Mazanga, Dhlakama era um homem único e de dimensão internacional. Se-gundo Fernando

    JUVENTUDE DA RENAMO CELEBRA O 5 DE MAIO

  • continuação da pág 4

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    FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DO GÉ-NERO, CRIANÇA E ACÇÃO SOCIAL PRO-MOVEM FESTA COM MAIS DE 50 PESSOAS

    Num acto de clara violação do estado de emergência

    Mazanga, a princi-pal forma de imortalizar os feitos de Dhlakama é seguir o princípio basilar defendido por Dhlakama, a eleição e tendo o partido eleito o seu Presiden-te em Gorongosa é preciso seguir os passos de Ossufo Momade, eleito no Congresso. Mazanga defende que não se pode exigir que Ossufo Momade seja Dhlakama. “ Temos que entender que não podemos comparar Ossufo e Dhlakama, são duas pessoas diferentes, porém com o mesmo ideal” acrescen-tou.Para Mazanga, a outra forma de chorar Dhlakama é valorizar a juventude, fazer com que a Juventude se sinta parte in-tegrante desta luta pelo bem estar de todos. Dando oportunidade e espaço que merece.

    Foi no passado dia 6 de Maio, na cidade de Maputo, em que mais de 50 funcionários do Ministério de Género, Criança e Acção Social, jun-taram se para festejar a despedida da sua antiga directora. Num local dissimulado, numa cave, apesar de estarem mascarados, estava claro

    que todos estavam cientes de que aquilo era um acto ilegal. O evento foi prontamente abortado pela po-lícia que fez se ao local. Entretanto, a acção da polícia foi de apelo ao encerramento imediato do evento, uma atitude criticada por vários es-tratos da sociedade uma vez que a

    mesma polícia tem sido muito vio-lenta em outros casos similares de violação do decreto presidencial.Não houve detidos nem presos, porém alguns juristas defendem haver espaço para a responsabili-zação criminal de todos os partici-pantes do evento.