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Religião Islâmica no Norte da África

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A religião islâmica assume grande importância não só no norte de África, mas em todo o continente africano.

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Page 1: Religião islâmica

Religião Islâmica no Norte da África

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A re lig ião is lâmica assume g rande importância não só no norte de África, mas e m todo o contine nte africano. O e ncontro do Is lão com o animismo africano re sultou numa solução re lig iosa, que foi facilme nte ass imilada por parte da população, trans formando-se numa forma alte rnativa de organização social.

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Ape sar de mais de 20% do total mundial de muçulmanos v iv e re m na África subsariana, os conflitos v iv idos na re g ião não se de v e m a causas re lig iosas , mas re dicam na luta pe lo controle de rique zas , na fraque za dos Es tados e na falta de me ios finance iros para que e s te s de se mpe nhe m funçõe s sociais .

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A ide ia de que mais de um te rço da população africana partilha a fé is lâmica não nos passa ime diatame nte pe la cabe ça quando se pe nsa e m África.

  S e nos habituarmos a cons ide rar os

paíse s do Norte de África como parte do mundo árabe , não re conhe ce mos tão facilme nte a influê ncia is lâmica ao sul do S aara.

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No e ntanto, o pape l do Is lã como força política, social e re lig iosa na África sub-sariana é també m muito importante . Paíse s como o S e ne gal, o Mali, a S omália tê m maiorias muçulmanas . Me tade dos 113 milhõe s de habitante s da Nigé ria são muçulmanos . Paíse s como o Gana, o Uganda, o Quê nia e a Tanzânia tê m g rande s comunidade s muçulmanas .

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O Is lão é uma re lig ião forte me nte implantada há sé culos no contine nte e como tal te m de se mpe nhado um pape l pre ponde rante na e volução de muitas naçõe s africanas . Continua hoje a se r uma re lig ião e m e xpansão, apre se ntando-se como um s is te ma alte rnativo de organização social, política e e conómica para as comunidade s is lamizadas .

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Como conse guiu o Is lão alcançar tão importante pos ição ne s ta vas ta áre a e que caracte rís ticas adquiriu o Is lão e m África? Quais os paíse s onde e s te proce sso te m s ido mais proble mático na atualidade ?

A is lamização da África te m s ido um longo e comple xo proce sso.

 

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Em 640 d.c. re g is tou-se a conquis ta do Norte de África, de sde o Eg ito até Marrocos . Ao contrário do re s to do contine nte , no Norte de África de se nrolaram-se dois proce ssos dis tintos : is lamização e arabização. Por is lamização pre te nde -se re fe rir o proce sso pe lo qual os povos do Norte de África se conve rte ram à re lig ião is lâmica e se tornaram muçulmanos . Por arabização re fe re -se o proce sso de aculturação atravé s do qual e s te s povos absorve ram nume rosos aspe ctos da cultura árabe , nome adame nte a língua.

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Ao me smo te mpo que de corria a conquis ta do Norte de África, o Is lão ating iu a África Orie ntal, não atravé s da conquis ta armada mas atravé s do comé rcio no mar Ve rme lho e no oce ano Índico.

Mais tarde re g is ta-se uma e xpansão por vagas suce ss ivas do norte para o sul atravé s do S ara, por v ia das migraçõe s e do comé rcio de caravanas .

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Es ta e xpansão para sul foi variada na sua forma, te ndo e m conta a nature za da população muçulmana mig rante e a sua atitude pe rante a re lig ião. Cada g rupo mig rante tinha a sua forma de inte rag ir com o povo acolhe dor, o que te v e e fe itos nos mé todos de is lamização.

 

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A adaptabilidade do Is lão a dife re nte s ambie nte s e a sua inte ração com a re lig ião animis ta pre se nte no contine nte africano vai pe rmitir, por um lado, a sua fácil ace itação pe los africanos e , por outro, provocar mutaçõe s na re lig ião is lâmica de re g ião para re g ião. Como e xe mplo pode m re fe rir-se as ce le braçõe s is lâmicas e m parte s da África Orie ntal, que incorporaram a dança e o tambor no se u se io. Es tas duas caracte rís ticas le vam a que não se possa falar do Is lão e m África de uma forma g lobal.

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O fe nôme no de e xpansão is lâmica assume várias formas na atualidade : pode se r radical ou mode rado, político ou apolítico, de mocrático ou autoritário, e nvolv e ndo de sde e s forços ao nív e l da e ducação nas e scolas corânicas , a te ntativas de che gada ao pode r. Ao sul do contine nte africano, a g rande mutação que se re g is tra é a maior influê ncia muçulmana dos paíse s da pe nínsula arábica. Es te s paíse s e s tão pre se nte s e m domínios tão variados como a formação de inte le ctuais , a cons trução de me squitas e o financiame nto de obras de caridade e fundaçõe s div e rsas .

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    O Is lão no quadro da re organização do mundo pós -gue rra Fria 

  De sde os ate ntados ocorridos a 11 de S e te mbro que

a palav ra Is lão adquiriu outro s ignificado para o mundo. Nume rosos artigos nos EUA e na Europa, que até e ntão ignoraram África, falam agora do facto de mais de 20% dos muçulmanos v iv e re m na África sub-saariana, e de e xis tire m mais muçulmanos e m África do que no Mé dio Orie nte .

  Os conflitos re lig iosos no contine nte africano

assumiram uma outra dime nsão.

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No e ntanto, é ne ce ssário te r e m conta que o Is lão e m s i não é a principal fonte de s te s conflitos . O proble ma e m África é que os conflitos re lig iosos e s tão a mascarar proble mas mais pre me nte s como o controlo de rique zas , a fraque za dos Es tados e a falta de me ios finance iros para de se mpe nhar o se u pape l na e ducação, saúde , e tc ., criando te nsõe s que e s tão a se r de finidas e m te rmos is lâmicos . Em paíse s como a Nigé ria, a S omália ou o S udão onde os conflitos re lig iosos se e ncontram ace sos , o Es tado falhou no se u pape l, e as ins tituiçõe s que conse gue m mante r algum funcionalismo são pre cisame nte as re lig iosas (is lâmicas e cris tãs). S ão e las que mantê m a e ducação, apoios humanitários , assumindo me smo, e m alguns Es tados , outras funçõe s , como a cons trução de e s tradas .

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É ne ce ssário te r e m conta que o Is lão e m África é muitas v e z e s usado pe los líde re s africanos como um ins trume nto político, uma forma de de sv iar as ate nçõe s dos conflitos locais , que nada te m a v e r com o choque de c iv ilizaçõe s , mas s im com a alocação de re cursos e ainda que e m muitas socie dade s africanas o Is lão conv iv e pacificame nte com as outras comunidade s . É importante não confundir Is lão com fundame ntalismo is lâmico.

  Os políticos jogam a carta re lig iosa e é tnica para

conse guir apoios , div idir e conquis tar.

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O atual re ce io te rroris ta que assola o Ocide nte , conjugado com a comple xidade e div e rs idade de proble mas que e nfre nta o contine nte africano, re pre se nta um risco, pois pode se r usado pe los líde re s africanos , não só para adiar re formas conduce nte s à libe ralização política (tal como no passado, após o re sultado e le itoral na Argé lia), mas també m para e smagar a opos ição inte rna e e xte rna, com a cumplic idade do Ocide nte .

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  Durante o mandato de Clinton, o

fundame ntalismo is lâmico foi uma das pre ocupaçõe s ame ricanas no contine nte . A nova abordage m ame ricana asse ntou numa nova ge ração de líde re s inde pe nde nte s como Isaias Afwe rki, da Eritré ia, Me le s Ze nawi, da Etiópia, Yowe ri Muse v e ni, do Uganda e Paul Kagame , do Ruanda. Atrav é s de s te s paíse s , os EUA procuraram de te r a e xpansão do fundame ntalismo is lâmico, sobre tudo do S udão. Contudo, o re nascime nto africano proclamado por Clinton falhou. Não foi poss ív e l, num e spaço de te mpo limitado, re solv e r os proble mas e s truturais que África e nce rra.

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Enquanto o contine nte africano continuar a te r Es tados dis funcionais , de s inte g ração social, rápido cre scime nto populacional, taxas de HIV e le vadas , gue rras , de s locados , fome , as te nsõe s continuarão a e xis tir. O fundame ntalismo is lâmico se rá ape nas mais uma de ssas te nsõe s .  

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O is lamismo na África e s tá aume ntando parale lame nte aos falante s das línguas bantu, que cos tumam se guir ao is lã na África ce ntral e orie ntal. As div e rgê ncias e ntre as re lig iõe s te m s ido a causa de div e rsos conflitos , sobre tudo e m paíse s onde não há maioria absoluta por parte de ne nhuma das re lig iõe s , como na Tanzânia, Nigé ria e Cos ta do Marfim

Page 21: Religião islâmica

Douglas Francisco Mendes

Guilherme Oliveira Lopes

Nathan Maximo

Raphael Izuno

Rene Trindade