relatÓrio de ponderaÇÃo da discussÃo pÚblica · revisÃo do pdm de marvÃo relatório de...
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RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO
DA DISCUSSÃO PÚBLICA
Dezembro de 2016
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 2
ÍNDICE GERAL
1. PROCEDIMENTO DA DISCUSSÃO PÚBLICA .................................................................................. 6
1.1. Enquadramento ............................................................................................................................ 7
1.2. Cronologia..................................................................................................................................... 7
1.3. Divulgação .................................................................................................................................... 7
1.3.1. Publicação em Diário da Republica ....................................................................................... 7
1.3.2. Publicitação na imprensa e na página web ........................................................................... 9
1.4. Documentos Disponíveis e Suporte à Participação ................................................................... 13
2. PARTICIPAÇÕES NA DISCUSSÃO PÚBLICA ................................................................................ 15
2.1. Participações Escritas Apresentadas no Período de Discussão Pública ................................... 16
2.2. Síntese das Questões Identificadas nas Participações Apresentadas pelos Munícipes ........... 17
3. ANÁLISE E PONDERAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES ...................................................................... 19
3.1. Ponderação sobre os temas abordados ..................................................................................... 21
3.2. Fichas de ponderação das participações ................................................................................... 27
3.3. Síntese do resultado da Ponderação sobre as Participações.................................................... 83
4. ALTERAÇÕES À VERSÃO DA PROPOSTA SUBMETIDA A DISCUSSÃO PÚBLICA ................... 85
4.1. Regulamento .............................................................................................................................. 85
4.2. Planta de Ordenamento .............................................................................................................. 92
4.3. Planta de condicionantes ............................................................................................................ 98
4.4. Alteração de Outros Elementos que acompanham o plano ....................................................... 98
5. DA DESNECESSIDADE DE REPETIÇÃO DO PERÍODO DE DISCUSSÃO PÚBLICA .................. 99
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Índice de Figuras
Figura 1. Publicação em Diário da Republica ......................................................................................... 8
Figura 2. Publicação na Plataforma colaborativa de Gestão Territorial.................................................. 9
Figura 3. Aviso publicado na Imprensa ................................................................................................. 10
Figura 4. Entrada através da página oficial do Município ..................................................................... 11
Figura 5. Aspeto da entrada no local de consulta da documentação da Revisão do PDM .................. 11
Figura 6. Ficha de Participação tipo – Explicação do seu preenchimento ........................................... 27
Figura 7. Extrato da figura 9 do parecer do ICNF com a referência 34095/2016/DCNF-ALT/DPAP ... 79
Figura 8. Extrato da Planta de Ordenamento com a sobreposição dos níveis de proteção parcial (I e II)
, abril 2016 ............................................................................................................................................ 80
Figura 9. Extrato da sobreposição da Planta de Ordenamento com a REN – Aglomerado da Portagem
............................................................................................................................................................... 80
Figura 10. Alteração à Planta de Ordenamento decorrente das Participações nº 1, 5 e 15, - Aglomerado
Galegos ................................................................................................................................................. 92
Figura 11. Alteração da Planta de Ordenamento decorrente da participação nº 12– Conjunto Turístico
............................................................................................................................................................... 93
Figura 12. Alteração à Planta de Ordenamento decorrente da Participação nº 13 .............................. 94
Figura 13. Alteração da Planta de Ordenamento – Aglomerado Porto Roque (Fronteira) ................... 95
Figura 14. Alteração à Planta de Ordenamento decorrente da Participação nº 17, ICNF - Aglomerado
Barretos ................................................................................................................................................. 96
Figura 15. Alteração da Planta de Ordenamento decorrente da participação nº 18– Aglomerado
Portagem ............................................................................................................................................... 97
Índice de Quadros
Quadro 1. Documentos disponibilizados para consulta ........................................................................ 13
Quadro 2. Lista de participações registadas ......................................................................................... 16
Quadro 3. Tipificação do Tema das Participações da Discussão Pública ............................................ 18
Quadro 4. Lista de participações segundo a decisão ........................................................................... 83
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Siglas
APA Agência Portuguesa do Ambiente
CIMAA Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo
REN Reserva Ecológica Nacional
CCDRA Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo
RJIGT Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial
DL Decreto-Lei
AAE Avaliação Ambiental Estratégica
PDM Plano Diretor Municipal
DR Decreto Regulamentar
LBGPSOTU Lei de bases gerais da política de solos de ordenamento do território e de urbanismo
PROTA Plano Regional de Ordenamento Território do Alentejo
PMDFCI Plano Municipal de Defesa de Floresta Contra Incêndios
POPNSSM Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra de São Mamede
PNSSM Parque Natural da Serra de São Mamede
Ainda, se apresenta ao longo do relatório por sigla, em alguns casos, a classificação e qualificação
do solo da planta de ordenamento:
Espaços Agrícolas de Produção- EAP
Espaços Agrícolas de Produção I – EAP I
Espaços Agrícolas de Produção II – EAP II
Outros Espaços Agrícolas- OEA
Outros Espaços Agrícolas I – OEA I
Outros Espaços Agrícolas II – OEA II
Espaços Florestais - EF
Condicionados I – EFC I
Condicionados II – EFC II
Múltiplos I – EFM I
Múltiplos II – EFM II
Espaços Naturais e Paisagísticos - ENP
Afloramentos Rochosos - AR
Galerias Ripícolas - GR
Albufeira - Alb
Conservação e Valorização I – CV I
Conservação e Valorização II – CV II
Áreas de ocorrência de excecionais valores naturais - AOEVN
Espaços Culturais – Ecul
Cidade Romana da Ammaia – Ecul- Ammaia
Outros Espaços Culturais – Ecul - OEC
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Espaços de Ocupação Turística – EOT
Conjunto Turístico – EOT - CT
Estabelecimento Hoteleiro – EOT- EHot
Zona de Merendas e Nicho de Romagem – EOT - ZMNR
Apoios à Zona de Recreio e Lazer – EOT - ZRLa
Zona de Recreio e Lazer – EOT - ZRL
Aglomerados Rurais – AR
Áreas de Edificação Dispersa – AED
Espaços Centrais– EC
Centro Histórico da Vila de Marvão – EC- CHM
Centro Urbano de Santo António das Areias – EC- CUSAA
Espaços Habitacionais– EH
Espaços de Atividades Económicas – EAE
Espaços de Uso Especial– EUE
Espaços Urbanos de Baixa Densidade– EUBD
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1. PROCEDIMENTO DA DISCUSSÃO PÚBLICA
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1.1. ENQUADRAMENTO
A fase de discussão pública dos procedimentos relacionados com os instrumentos de gestão do
território, segundo o seu respetivo regime jurídico (DL nº 80/2015, de 14 de maio), constitui um
momento de participação previsto no nº 1 do artigo 89º.
Esta fase segue-se ao fecho da fase de concertação, mediante deliberação da Câmara Municipal
para o efeito e consequente publicação em Diário da Republica, devendo, no caso do plano diretor
municipal, decorrer por período mínimo de 30 dias úteis.
Segundo o disposto no nº 3 do mesmo artigo do RJIGT, a Câmara Municipal deve ponderar as
reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento apresentados pelos
participantes e consequentemente divulgar essa mesma ponderação, conforme o disposto no nº 6
do mesmo artigo.
Assim, o presente relatório constitui a ponderação das participações, passando o mesmo a fazer
parte integrante do plano e sendo divulgado nos meios habituais para o efeito, nomeadamente na
página web do município e demais locais atinentes à consulta pública.
O encerramento da fase de discussão pública, permite e obriga à elaboração e aprovação do
presente relatório e da proposta final do plano alterado, pela Câmara Municipal, por proposta dos
serviços, sendo que, consequentemente a versão final será remetida para ratificação do Governo
nos termos do artigo 91º do RJIGT.
1.2. CRONOLOGIA
A abertura da fase de discussão pública da proposta de Revisão do Plano diretor Municipal de
Marvão, foi deliberada em reunião ordinária da Câmara Municipal de Marvão, no dia 5 de setembro
de 2016. O respetivo aviso, dando conta desta deliberação, foi publicado na 2ª série do Diário da
Republica, nº 141 de 23 de julho do mesmo ano de 2016.
O período de discussão pública, que decorreu durante 30 dias úteis, teve início cinco dias úteis
após a publicação em Diário da Republica, ou seja, a 28 de setembro de 2016 e terminou a 10 de
novembro de 2016.
1.3. DIVULGAÇÃO
A divulgação foi realizada através da publicação oficial em Diário da Republica, mas também nos
jornais e na página web do município.
1.3.1. Publicação em Diário da Republica
A publicação no Diário da Republica ocorreu no dia 20 de setembro de 2016, através do Aviso nº
11486/2016, parte H – Autarquias Locais.
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Figura 1. Publicação em Diário da Republica
Antes da publicação em Diário da Republica o aviso teve de ser submetido através do sistema de
Submissão Automática para Publicação e Depósito de Instrumentos de Gestão Territorial, nos
termos do nº1 do artigo 89º do Decreto-Lei nº 80/2015, de 14 de maio.
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Figura 2. Publicação na Plataforma colaborativa de Gestão Territorial
1.3.2. Publicitação na imprensa e na página web
A publicitação nos órgãos de comunicação social escrita ocorreu através da publicação de aviso
que informa sobre a abertura da fase de discussão pública, bem como dos procedimentos
necessários à consulta dos elementos do plano e eventual participação relacionada.
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Figura 3. Aviso publicado na Imprensa
O mesmo aviso foi publicado no sítio internet da Câmara Municipal de Marvão, em secção própria
referente à revisão do Plano Diretor Municipal, onde foi também referenciada a possibilidade de
consulta dos documentos na plataforma web do município.
Na página principal do município, na internet, foi colocada uma entrada para a Revisão do PDM,
com o intuito de facilitar a consulta e participação nesta fase.
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Figura 4. Entrada através da página oficial do Município
Através desta ligação na página web do município foi possível aceder ao local internet onde foram
disponibilizados os documentos que constituem a proposta da presente Revisão ao PDM, local este
que, permite a consulta.
Figura 5. Aspeto da entrada no local de consulta da documentação da Revisão do PDM
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Foram ainda efetuadas duas sessões públicas para apresentação e discussão do documento da
Revisão do Plano Diretor Municipal de Marvão, uma realizada na freguesia de S. Salvador da
Aramenha, em Alvarrões e outra realizada na freguesia de Santo António das Areias, em Santo
António das Areias. Nestas sessões esteve presente a equipa responsável pela elaboração desta
proposta, que apresentou a mesma, assim como os membros do executivos e respetivos
presidentes das juntas de freguesia.
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1.4. DOCUMENTOS DISPONÍVEIS E SUPORTE À PARTICIPAÇÃO
Os elementos que integram a proposta de alteração do Plano Diretor Municipal de Marvão, que se
elencam no quadro que se segue, estiveram disponíveis para consulta nos serviços técnicos, na
Divisão de Obras, Ambiente e Qualidade de Vida, sitos no Edifício da Câmara Municipal, Largo de
Stª Maria, Marvão, durante o período da discussão pública e no horário normal de expediente
(09.00horas-16.00horas, período contínuo). Os mesmos elementos estiveram igualmente
disponíveis, durante o mesmo período, na página web do Município, como referenciado
anteriormente neste relatório.
Quadro 1. Documentos disponibilizados para consulta
Documento Tema Identificação Escala
Avaliação Ambiental Estratégica
Avaliação Ambiental estratégica, Relatório Ambiental
Relatório Ambiental AAE
-
Avaliação Ambiental Estratégica
Avaliação Ambiental Estratégica, Resumo Não Técnico
Resumo Técnico - AAE
-
Estudos de Caracterização Quadro Estratégico Municipal
Quadro Estratégico Municipal – Hipóteses de Atuação
-
Estudos de Caracterização Caracterização Física Caracterização Física -
Estudos de Caracterização Caracterização Florestal
Caracterização Florestal
-
Estudos de Caracterização Caracterização Demográfica
Caracterização Demográfica
-
Estudos de Caracterização Caracterização Socioeconómica
Caracterização Socioeconómica
-
Estudos de Caracterização Caracterização Habitação
Caracterização Habitação
-
Estudos de Caracterização Equipamentos - Caracterização
Equipamentos - Caracterização
-
Estudos de Caracterização Forma e Estruturas de Povoamento
Forma e Estruturas de Povoamento
-
Estudos de Caracterização Rede Hierárquica Viária, Mobilidade e Transportes
Rede Hierárquica Viária, Mobilidade e Transportes
-
Estudos de Caracterização Património Arquitetónico, Natural e Botânico
Património Arquitetónico, Natural e Botânico
-
Atos de Controlo Prévio Atos de Controlo Prévio
Atos de Controlo Prévio
1/25000
Relatório do Plano Relatório do Plano Relatório do Plano -
Relatório de Conformidade Relatório de Conformidade
Relatório de Conformidade
-
Relatório de Ponderação Final
Relatório de ponderação, Parecer Final
Relatório de ponderação, Parecer Final
-
Regulamento do PDM Regulamento PDM, Marvão
Regulamento PDM, Marvão
-
Planta de Ordenamento Planta de Ordenamento
Planta de Ordenamento-001
1/25000
Planta de Enquadramento Planta de Enquadramento
Planta de Enquadramento-003
1/300000
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Documento Tema Identificação Escala
Planta da Situação Existente
Planta da Situação Existente
Planta da Situação Existente-004
1/25000
Planta de Equipamentos Equipamentos Equipamentos-006 1/25000
Planta de Energias Renováveis e Recursos Geológicos
Planta de Energias Renováveis e Recursos Geológicos
Planta de Energias Renováveis e Recursos Geológicos-007
1/25000
Planta do Zonamento Acústico
Planta do Zonamento Acústico
Planta do Zonamento Acústico-008
1/25000
Planta de Condicionantes-REN
Planta de Condicionantes-REN
Planta de Condicionantes-REN-2.1
1/25000
Planta de Condicionantes RAN
Planta de Condicionantes-RAN
Planta de Condicionantes-RAN-2.2
1/25000
Planta de Condicionantes-RI-AFPI
Planta de Condicionantes de Riscos de Incêndio e de Áreas Florestais Percorridas por Incêndios
Planta de Condicionantes-ri-afpi-2.3
1/25000
Planta de Outras Condicionantes
Planta de Outras Condicionantes
Planta de Outras Condicionantes
1/25000
Uma vez consultados os elementos disponíveis, a cada interessado foi possível realizar por escrito
a respetiva participação dirigida ao Senhor Presidente da Câmara Municipal.
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2. PARTICIPAÇÕES NA DISCUSSÃO PÚBLICA
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2.1. PARTICIPAÇÕES ESCRITAS APRESENTADAS NO PERÍODO DE DISCUSSÃO
PÚBLICA
No prazo destinado ao decurso da fase de discussão pública da proposta de revisão do Plano
Diretor Municipal de Marvão, foram entregues dezoito participações escritas. As mesmas deram
entrada, quer por entrega pessoal nos serviços, quer por envio postal, quer por correio eletrónico,
sendo que todas foram devidamente registadas e tratadas. No quadro que se segue (Quadro 2)
apresentam-se as participações recebidas por ordem de entrada e identificando-se os respetivos
expoentes, o local sobre o qual incide cada participação.
Quadro 2. Lista de participações registadas
Nº Nº ENT Data Expoente Local
1 583 20-10-2016 Jorge Ferreira Dias Aglomerado Urbano dos Galegos, solo rústico na Torre e nos Braçais
2 Por
correio eletrónico
03-11-2016 Raimundo Aires Fazenda do Roque, freguesia de S. Salvador da Aramenha
3 977 03-11-2016 Rui Manuel Bento Reguinga Vinha da Portela, Vinha do Outeiro do Alto
4 367 04-11-2016 Joaquim José de Oliveira Mourato
Quinta da Nave de Lobo
5 Por
correio eletrónico
08-11-2016 Palpite Total, Consultoria e Gestão de Negócios, Sr Eduardo Costa
Aglomerado urbano e solo rústico na envolvência de Galegos
6 1013 08-11-2016 Jorge Ferreira Dias Galegos
7 Por
correio eletrónico
08-11-2016 Jorge Van Kriken Solo rústico
8 1016 08-11-2016 Silvestre Mangerona F. Andrade Aglomerado Urbano de Stº António das Areias
9 1017 08-11-2016 Silvestre Mangerona F. Andrade Aglomerado Urbano de Stº António das Areias
10 1018 08-11-2016 Silvestre Mangerona F. Andrade Aglomerado Urbano de Stº António das Areias
11 1019 08-11-2016 Silvestre Mangerona F. Andrade Aglomerado Urbano de Stº António das Areias
12 1020 09-11-2016 Júlia Maria Serra Calha Soares Bonacho
Prado – Escusa, Solo Rústico
13 1023 09-11-2016 Luis António Vitorino Solo urbano de Porto Roque, acerto de localizações em plantas
14 Por
correio eletrónico
09-11-2016 6 documentos do Partido Socialista – Diferentes requerentes
Todo o Concelho
15 Por
correio eletrónico
09-11-2016 Daniel Filipe da Costa Boto Solo Rústico, Galegos
16 Por
correio eletrónico
09-11-2016 Nuno Frade Solo Rústico, todo o Concelho
17 1032 10-11-2016 ICNF Todo o Concelho
18 Por
correio eletrónico
10-11-2016 Jorge Didier Rito Mimoso Lopes Ferrarias, Portagem
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2.2. SÍNTESE DAS QUESTÕES IDENTIFICADAS NAS PARTICIPAÇÕES
APRESENTADAS PELOS MUNÍCIPES
Com o propósito de proceder à análise de participações recebidas no âmbito da consulta pública
da revisão do PDM de Marvão, propôs-se adotar uma metodologia baseada na apreciação
individualizada de todas as participações, mas para uma melhor ponderação agruparam-se as
mesmas segundo a sua natureza/ tema de participação:
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
São participações em que é solicitada a reclassificação do solo envolvendo uma alteração do
perímetro urbano.
B. Requalificação do Solo – revisão da qualificação da qualificação de categorias e
subcategorias do solo
São participações em que é solicitada a requalificação do solo envolvendo uma alteração da
delimitação da categoria ou subcategoria de uso do solo em que se localizam, dividindo-se em:
B1. Requalificação do Solo Urbano - participações que pressupõem a alteração de
categorias e subcategorias de solo urbano.
B2. Requalificação do Solo Rústico - participações que pressupõem a alteração de
categorias e subcategorias de solo rústico.
C. Edificabilidade em Solo Rústico
São participações de demonstram interesse na construção e alteração do regime de
edificabilidade, dividindo-se em:
C1. Geral – participações que pressupõem a alteração/dúvida do regime de edificabilidade
no solo rústico em geral.
C2. Uso turístico – participações que pressupõem a alteração/dúvida do regime de
edificabilidade no solo rústico em geral.
D. Reserva Ecológica Nacional
São participações incidem sobre a REN.
E. Estratégia para o desenvolvimento do município
São participações que em se solicita esclarecimentos sobre a estratégia e programa do plano
que impulsionam o desenvolvimento de Marvão.
F. Lapsos detetados nos elementos do plano
Erros ou falhas observados nos elementos do plano.
G. Inconformidade com programas e/ou planos territoriais
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Esta integra as participações que referem a não compatibilização do PDM com as normas do
POPNSSM.
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
Participações que se referem a pedidos de esclarecimentos e sugestões respeitantes à
proposta do plano, as quais serão igualmente ponderadas.
Verificou-se que algumas participações incidem sobre vários temas, uma vez que muita delas coloca
mais do que uma questão. Ainda, das dezoito participações registadas, a participação nº 14 divide-se
em seis, e a participação nº1 e nº6 verifica-se ter o mesmo conteúdo, acrescentando a última mais fotos
e imagens à exposição do requerente. Desta forma, considera-se um total de vinte e duas participações.
Assim, identificados os tema das participações apresentadas, pode verificar-se no quadro seguinte
(Quadro 3), que a maioria das questões relaciona-se com o solo rústico, quer em termos da sua
requalificação quer à sua edificabilidade. Verifica-se ainda um grande número de sugestões e críticas
ao plano.
Quadro 3. Tipificação do Tema das Participações da Discussão Pública
Tema da Participação Participações nº Participações por natureza
(total)
Participação por natureza
(%)
A A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano 1 (e 6), 5, 14 3 14%
B B1. Requalificação do Solo Urbano 8, 9, 10, 11, 13, 18 6 27%
B2. Requalificação do Solo Rústico 1 (e 6), 12 2 9%
C
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral 1 (e 6), 2, 3, 7, 14c,
15,16 7 32%
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico 1 (e 6), 4, 5, 7,
15,16 6 27%
D D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão 1 (e 6) 1 5%
E E. Estratégia para o desenvolvimento do Município 14a, 14b, 14d, 14f 4 18%
F F. Lapsos nos elementos do Plano 13 1 5%
G G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial 17 1 5%
H H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano 1 (e 6), 7, 14a, 14b,
14e, 15, 16 7 32%
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3. ANÁLISE E PONDERAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES
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De acordo com o quadro legal em vigor, nomeadamente no que se refere ao RJIGT (DL n.º 80/2015,
de 14 de maio), dispõem os números 3,4 e 6 do artigo 89º que:
“3 - A câmara municipal pondera as reclamações, as observações, as sugestões e os pedidos de
esclarecimentos apresentados pelos particulares, ficando obrigada a resposta fundamentada
perante aqueles que invoquem, designadamente:
a) A desconformidade ou a incompatibilidade com programas e planos territoriais e com
projetos que devem ser ponderados em fase de elaboração.
b) A desconformidade com disposições legais e regulamentares aplicáveis;
c) A lesão de direitos subjetivos.
4 – A resposta referida no número anterior é comunicada por escrito aos interessados, sem prejuízo
do disposto no n.º 4 do artigo 10º da Lei n.º 83/95, de 31 de agosto.
…
6 – Findo o período de discussão pública, a câmara municipal pondera e divulga os resultados,
designadamente, através da comunicação social, da plataforma colaborativa de gestão territorial e
do respetivo sítio na Internet, e elabora a versão final da proposta de plano para aprovação.”
Tendo sido concluído o período de discussão pública, foi iniciado o procedimento de ponderação
de todas as participações recebidas.
No sentido de uma melhor sistematização deste procedimento, as participações foram analisadas
e ponderadas individualmente, sendo adiante apresentada a ficha de ponderação com os seguintes
campos de análise:
1. Identificação da participação
Número de identificação;
Nome do requerente;
Registo de entrada;
Localização.
2. Tema da Participação
3. Resumo / Exposição da Participação
4. Enquadramento na revisão do plano
Quanto à Planta de Ordenamento;
Quanto às Condicionantes.
5. Ponderação – resposta
6. Decisão – se favorável, parcial, desfavorável, previsto no plano ou fora do âmbito do PDM.
7. Proposta de alteração – indicando os elementos as alterar e o tipo de alterar.
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3.1. PONDERAÇÃO SOBRE OS TEMAS ABORDADOS
Neste ponto desenvolve-se a ponderação sobre a natureza das participações mais comuns nas 18
participações registadas na Discussão Pública da revisão do PDM do município de Marvão.
Conforme referido no capítulo 2.2 as participações concentram-se nos temas que desenvolvemos
de seguida.
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
A proposta de ordenamento teve em consideração os critérios e as diretrizes definidas no quadro
legal em vigor (Lei nº 31/2014; DL nº 80/2015 e ainda DR nº 15/2015), conforme explanado no
relatório do plano.
No município de Marvão a vigência do PDM de 1994, não se verificou a consolidação do alguns
perímetros urbanos, registando-se um decréscimo populacional acima dos 10%, apesar de
apresentar uma densidade superior à da sub-região em que se insere.
Desta forma considerou-se a dinâmica urbanística existem nos aglomerados, mantendo-se como
perímetro urbano as áreas consolidadas e retirando-se as áreas ainda disponíveis caso não
existam atos de controlo prévio (compromissos).
Várias participações dos munícipes concentraram-se na alteração do perímetro urbano em vigor,
em concreto na diminuição do Perímetro Urbano de Galegos, solicitando a sua reposição e em
alguns casos a sua ampliação, principalmente para sul ao longo do caminho municipal que liga à
EN 246-1.
Uma vez que no aglomerado de Galegos observa-se áreas livres (não consolidada) e não
apresentava dinâmica urbanística optou-se pela diminuição do perímetro urbano em vigor.
Porém, durante a fase da Discussão Pública da revisão foi manifestado bastante interesse neste
aglomerado, principalmente na vertente turística. Assim, face ao interesse demonstrado e de forma
a satisfazer as expectativas do desenvolvimento de Galegos deverá retomar-se a delimitação do
perímetro urbano de 1994.
B. Requalificação do Solo – revisão da qualificação de categorias e subcategorias do
solo
Conforme referido no tema A, a qualificação do solo, quer urbano, quer rural teve em consideração
os critérios e as diretrizes definidas no quadro legal em vigor.
A qualificação do solo urbano teve como base a aferição dos espaços urbanos em função dos
valores naturais, das dinâmicas urbanas existentes e previstas e das expectativas de uso. Desta
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forma a conversão do solo rústico em solo urbano em Marvão é mínima, passando só pela inclusão
de áreas já infraestruturadas ou construídas, e pela pequena expansão dos aglomerados já muito
consolidados.
A qualificação do solo rural foi desenvolvida por um processo mais complexo, uma vez com a
entrada em vigor do Decreto-Lei nº 80/2015, de 14 de maio (RJIGT) a elaboração do PDM encontra-
se vinculado juridicamente (artigo 3º) pela obrigatoriedade, em função da sua incidência territorial
urbanística, a integrar as normas dos programas territoriais que condicionem a ocupação, uso e
transformação do solo.
Marvão é um território muito particular, uma vez que ser encontra totalmente integrado no PNSSM.
Assim, ao invés de tentar reproduzir o ordenamento definido pelo POPNSSM uma vez que se
verificava que o mesmo ocorria em alguma incoerência relativamente ao município, executou-se
um exercício que tem em consideração os valores naturais (Rede Natura 2000), a ocupação e uso
do solo, e ainda com os regimes de proteção definidos no POPNSSM, conforme o processo descrito
no relatório do plano.
O resultado da proposta de ordenamento apresentada em Discussão Pública decorre também de
uma análise minuciosa por parte do ICNF, tentado chegar sempre que possível ao melhor
compromisso para ambas as partes.
Desta forma, serão considerados como critério de decisão favorável ou parcial, aqueles que face à
estratégia de territorial proposta não entre em conflito com as normas transposta do POPNSSM e
que apresentem usos não compatíveis com as categorias ou subcategorias definidas.
C. Edificabilidade em Solo Rústico
Segundo a LBGPSOTU, publicada pela Lei nº 31/2014, de 30 de maio, refere que no número 6 do
artigo 44º que “Sempre que entre em vigor um programa territorial de âmbito nacional ou regional,
é obrigatório a alteração ou atualização dos planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal,
que com ele não sejam compatíveis, nos termos da lei”.
Conforme referido no tema B, a elaboração do PDM encontra-se vinculado juridicamente (artigo 3º
do RJIGT) pela obrigatoriedade, em função da sua incidência territorial urbanística, a integrar as
normas dos programas territoriais que condicionem a ocupação, uso e transformação do solo.
Uma vez que o município de Marvão se encontra totalmente integrado no Parque Natural da Serra
de São Mamede, o PDM é obrigado acolher as normas resultantes do programa deste, entre as
quais os regimes de edificabilidade e os regimes de proteção definidos no mesmo.
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Deverá ainda ser assegurada a conformidade entre os planos especiais e os planos municipais ao
nível dos regulamentos e das respetivas plantas (nº 2 do artigo 198º do RJGIT).
Assim, conforme descrito no relatório do plano, em cumprimento dos princípios e normas do
PROTA para as áreas de forte presença de pequena propriedade, em que a soma da Superfície
Agrícola Útil (SAU) das explorações com SAU inferior a 5 hectares é superior a 5% da SAU da
respetiva freguesia, a área mínima do prédio maior ou igual a 4 hectares, com exceção das
freguesias de S. Salvador e Santa Maria onde seria 2 hectares, teve que ser estabelecida em
função das categorias de espaço, ponderada com os limiares inerentes à salvaguarda de recursos
e valores naturais, podendo concretizar-se em 2,5, 4 ou 5 hectares de acordo com o regime de
edificabilidade estabelecido para as referidas categorias.
Acrescenta-se ainda, que o quadro legal em vigor dita que as edificações em solo rústico devem
reger-se por princípios gerais de contenção da edificação isolada e do parcelamento da
propriedade, pela racionalização das infraestruturas e pelo fomento da reabilitação de construções
existentes. Em concreto no PROTA é referido q eu a edificação em solo rural (rústico) deve
justificar-se como suporte das atividades agro-silvo-pastoris e naturais, estando diretamente
associadas aos usos e funções destas.
Relativamente à edificabilidade em solo rústico com a finalidade de uso turístico, as mesmas são
definidas tendo em conta as normas do POPNSSM, que nas categorias de solo rústico em que é
admitida, exceto as definidas como espaço de ocupação turística que tem condições próprias, só
é admitida obras de ampliação para este fim até ao máximo de 400m2 de área total de construção
ou até ao máximo de 10% da área de construção dos imóveis existentes. No entanto, para qualquer
das pretensões apresentadas, se de facto os requerentes as pretendem concretizar, as mesmas
podem passar, por, a qualquer momento, se definir num Plano de Intervenção em Espaço Rural,
sendo na altura avaliado à devida escala.
Desta forma, todas as questões relacionadas com a edificabilidade em solo rústico deverão cumprir
os parâmetros definidos no plano, dado a sua obrigatoriedade de cumprir os programas e planos
territoriais de hierarquia superior.
D. Reserva Ecológica Nacional
Conforme referido no relatório do plano, a Reserva Ecológica Nacional (REN) que assume a
natureza jurídica de restrição de utilidade pública, foi criada pelo Decreto-Lei n.º 321/83, de 5 de
julho e modificada pela nova proposta REN traduzida no Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de agosto
alterado pelo Decreto-Lei n.º 239/2012, de 2 de novembro, à qual se aplica um regime territorial
especial que estabelece condicionamentos à ocupação, uso e transformação do solo e identifica
os usos e as ações compatíveis com os objetivos desse regime para os vários tipos de áreas que
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a integram e que prevalece sobre os regimes de uso, ocupação e transformação do solo
estabelecidos em PMOT.
A delimitação da REN no município de Marvão foi efetuada de acordo com o estabelecido na
Resolução do Conselho de Ministros n.º 81/2012, de 3 de outubro, e Declaração de Retificação n.º
71/2012, de 30 de novembro, e objeto de avaliação e parecer das entidades competentes, APA e
CCDRA,
Relativamente ao sistema áreas ameaçadas pelas cheias, nos aglomerados urbanos já
constituídos e que artificializaram, assim, a circulação da água relacionada com os períodos de
retorno considerados esta questão foi assumida como condicionante. Efetivamente, não se
concretizando o risco de cheia, é, por este motivo representado na Planta de Ordenamento
enquanto limitação ao uso.
Ainda, de acordo com o regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), as exclusões da
REN para satisfação de carências têm de ser suportadas em indicadores quantitativos que
justifiquem essa necessidade de expansão bem como a inexistência de alternativas para zonas
não abrangidas pelo regime da REN. Em áreas abrangidas pelo regime da REN podem
desenvolver-se usos e atividades compatíveis com o respetivo regime jurídico (DL n.º 239/2012,
de 02/11).
Desta forma, todas as participações que incidam sobre esta restrição deverá cumprir os requisitos
definidos no DL n.º 239/2012, de 02 de novembro para o referido sistema, dependendo a sua
exclusão de parecer favorável pela entidade responsável.
E. Estratégia para o desenvolvimento do município
Os objetivos estratégicos do plano encontram-se discriminados no artigo 2º do regulamento do
plano, sendo definidos pelos seguintes eixos:
a. Contribuir para a afirmação de Marvão enquanto território com valores elevados de
património natural, cultural e paisagístico, assegurando a sua proteção, nomeadamente
nas áreas consideradas prioritárias para a conservação da natureza, de modo a constituir-
se um destino atrativo para viver e visitar;
b. Contrariar o progressivo despovoamento dos territórios do interior, de baixa densidade,
promovendo a afirmação de sinergias locais que a condição natural e humana lhes confere;
c. Afirmar os valores identitários locais no contexto regional e nacional;
d. Promover a reabilitação e regeneração dos tecidos urbanos e valores culturais e
patrimoniais;
e. Desenvolver e afirmar o potencial desenvolvimento económico que a condição de potencial
destino turístico lhe confere, quer pela via da valorização dos seus recursos endógenos no
domínio do ambiente e recursos naturais, do património natural e edificado, a gastronomia,
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quer enquanto meio de desenvolvimento local e regional pelo potencial de atração e de
desenvolvimento de novas atividades e dinamização das existentes.
Não obstante ao descrito no artigo 2º do regulamento, outros documentos desenvolvidos no âmbito
da revisão explicam e desenvolvem a estratégia do plano, como:
Quadro Estratégico Municipal – Hipóteses de Atuação, que serve como um instrumento de
orientação para o desenvolvimento das atuações municipais – com a seleção de
estratégias, linhas de desenvolvimento e ações – com objetivo primário de potenciar o
desenvolvimento municipal e diminuir as debilidades existentes.
Relatório do plano, que conforme definido no artigo 97º do RJGIT, explicita-se a estratégia
e o modelo de desenvolvimento local, nomeadamente os objetivos estratégicos e as
opções de base territorial adotadas para o modelo de organização espacial.
Programa de Execução e Plano de Financiamento, que coloca as disposições previstas,
quer a curto e médio prazo, sobre a execução das intervenções prioritárias do Estado e do
município, o enquadramento das intervenções do Estado e as intervenções municipais
previstas a longo prazo, e a fundamentação da sustentabilidade económica e financeira do
plano.
F. Lapsos detetados nos elementos do plano
Conforme o título do tema sugere são acautelados os erros ou falhas observados, durante a
participação pública, dos elementos do plano.
G. Inconformidade com programas e/ou planos territoriais
Este tema refere-se em específico à participação do ICNF relativamente à compatibilização do PDM
com as normas definidas pelo POPNSSM, que são ponderadas na ficha de participação n.º 17.
Face ao constante na ficha correspondente à participação nº17, as correções identificadas e que
não constituem novas opções de planeamento que pudessem determinar a repetição da discussão
pública, a desconformidade com o Plano de ordenamento do Parque Natural da Serra de S.
Mamede mantém-se apenas nos dois aspetos que determinam a necessidade da sua ratificação
governamental:
- Identificação do espaço turístico no PDM de Marvão em vigor (RCM 70/94 de 18.08) que inclui o
aldeamento turístico e o golfe existentes, ambos com os devidos títulos legais necessários –, bem
como a parcela destinada a estabelecimento hoteleiro, presentemente todos do mesmo
proprietário, a tratar como projeto integrado de gestão conjunta.
O Plano de ordenamento do Parque Natural da Serra de S. Mamede (RCM 77/2005 de 21.03)
acolheu no entanto apenas na planta de síntese, a área correspondente ao campo de golfe,
registando-se assim, a desconformidade a ultrapassar por via do presente pedido de ratificação.
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De salientar que os trabalhos da revisão do PDM de Marvão foram deliberadamente interrompidos
por via da impossibilidade de resolução da questão da área turística, determinante para o seu
prosseguimento, enquanto projeto âncora da estratégia municipal de desenvolvimento para a
progressiva regressão do alarmante despovoamento e envelhecimento do município.
- Definição da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) da Área de Atividades
Económicas em Stº António das Areias, o maior aglomerado urbano e principal polo industrial do
município é funcionalmente o mais importante e onde se concentram os principais equipamentos,
comércio e serviços. A base económica do concelho é bastante frágil e apresenta altos níveis de
dependência do setor terciário, não se apresentando como uma alavanca suficiente para a
ultrapassagem de alguns constrangimentos como o progressivo despovoamento e a baixa
capacidade de atração populacional. Deste modo, o município, prevê criar espaços qualificados
para a localização empresarial, designadamente destinados a pequenas unidades industriais ou de
serviços que manifestem interesse em se localizar no concelho, procurando assim atrair
investimento, capaz de gerar empregabilidade, aumentar a diversidade empresarial e assim
contribuir para a atração e fixação da população.
Tratando-se de um terreno propriedade do município, ao longo do CM1036 e em continuidade com
a área industrial já constituída e praticamente esgotada, parte da UOPG coincide com Área de
Proteção Parcial II, e, como tal, desconforme com o Plano de Ordenamento do Parque Natural da
Serra de S. Mamede
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
As participações que se referem a pedidos de esclarecimentos e sugestões respeitantes à proposta
do plano, são ponderadas individualmente em cada ficha.
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3.2. FICHAS DE PONDERAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES
Em resultado da reflexão dada a conhecer no ponto anterior deste relatório sobre as diversas
questões suscitadas durante o período da discussão pública, apresentam-se de seguida as fichas
de ponderação individual. Através do respetivo conteúdo, é possível aferir-se o sentido de
apreciação, face ao teor de cada participação, concluindo-se pelo acolhimento, ou não, das
pretensões apresentadas. Nuns casos considerou-se não colocar em causa nem o sentido da
revisão do plano nem o cumprimento das normas legais em vigor, entendendo-se noutros não
estarem reunidas as condições para ser acolhida, por não se enquadrar nos objetivos que
estiveram na génese deste procedimento de revisão do plano.
Figura 6. Ficha de Participação tipo – Explicação do seu preenchimento
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
Requerente: Jorge Ferreira Dias
Registo de Entrada: 583 de 20-10-2016
Localização: Galegos
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
x A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
x B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
x D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 Omissões na Cartografia: existência em cadastro e em imagem aéreas de construções omissas na
cartografia base utilizada na revisão do plano, por exemplo azinhagas antigas.
2
Alteração do Perímetro Urbano de Galegos - Refere que a proposta não tem justificação visto que vai
estrangular o escasso perímetro urbano já existente, partir prédios a meio, deixa de fora a Igreja e o
cemitério. Ainda refere que irá condicionar o desenvolvimento da atividade industrial e evolução futura.
3
Reserva Ecológica Nacional – o requerente refere que a delimitação da REN na zona sul e zona norte são
divergente, uma vez que deveria incluir vertentes geologicamente e morfologicamente idênticas que não
foram incluídas, bem como acha excessiva a área classificada como zonas ameaçadas pelas cheias, que
engole a parte sul do aglomerado urbano de Galegos, achando que não se olhou às características do
leito da ribeira e topografia do local.
4
Solicita a exclusão da REN de confinante ao aglomerado urbano confinante, por já se encontrar
infraestruturada, permitindo a fixação de moradores em construção de habitação própria ou para fins
turísticos em parcelas de terrenos de 1ha. E ainda entre a Azinhaga e a Estrada Municipal de acesso a
Galegos.
5
Solicita que a área do prédio rústico 95/D, do lado contrário da estrada municipal de acesso a Galegos,
seja retirada da REN de modo a ter na Planta da REN e na Planta de Ordenamento a mesma classificação
dos terrenos contínuos.
6
Refere que analisando planta cadastral de 195/51, na zona dos Galegos, os prédios são compostos por
propriedades rurais de pequena dimensão, e que a equipa não teve isso em conta na elaboração da
proposta de ordenamento. Pelo que o regime de edificabilidade de 5, 4 ou 2,5ha considerados na proposta,
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são praticamente inexistente na malha cadastral do concelho, interditando de forma global a construção
de novas habitações próprias em solo rústico.
7
Refere que o prédio artigo 21, inserido em aglomerado urbano no PDM em vigor, foi na proposta dividido
em dois e não percebe o objetivo de retalhar um artigo único e uma área consolidada, com uso definido
em duas que não acrescentam nada, sendo a única explicação ao total desconhecimento da realidade do
local e da propriedade cadastral. Acha ainda que é um absurdo metade do cemitério estar classificado
como EFC II.
8
Solicita que a Pretensão para a Torre dos Galegos seja enquadrada e acautelada na revisão do PDM -
Reabilitação das Casas do Monte e desenvolvimento de alojamento turístico composto por 12 unidades
tipo "bungalows";
9
Solicita que a pretensão para "Casa do Café" em Curral da Videira seja enquadrada na revisão do PDM -
recuperação do imóvel existente com vista à futura exploração turística no regime de alojamento local,
sendo ainda intenção dos proprietários criar alojamento turístico autónomo com o mínimo de 12 unidades
tipo "bungalows";
10
Solicita a redefinição do perímetro urbano de Galegos - repor o perímetro em vigor mas integrando a
ampliação do cemitério e a área contígua à via de acesso. Pretende que a proposta assegure que
futuramente o alargamento da via de 3m para 6 m, incluindo estacionamento, por hoje se observar que o
mesmo acontece no espaço urbano central por falta de alternativa. O futuro estacionamento também
serviria os clientes do Lagar de Azeite dos Galegos e Espaço Museológico, única atividade industrial e
cultural existente na aldeia com potencial de evolução.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Solo Rústico REN
Risco de Incêndio - Alto
PONDERAÇÃO
1
Relativamente às omissões na cartografia não é neste âmbito da discussão que as mesmas
serão regularizadas.
Esta questão será reencaminhada para a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo para se
ter em conta aquando do processo de homologação de cartografia própria para a respectiva
representação.
No entanto ressalva-se que segundo a Direção Geral do Território não é necessária toda a
informação da cartografia homologada na carta base, tendo-se somente utilizado a informação
necessária para cumprir os requisitos mínimos da carta base descrita pela norma desta
entidade.
2
A escala do plano diretor municipal não se relaciona diretamente com a propriedade do cadastro, no
entanto o mesmo foi tido em conta em termos de estudo e análise do território, apesar de não se refletir
na divisão das categorias de uso do solo. A delimitação dos perímetros urbanos propostos teve em
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 30
consideração os critérios e as diretrizes definidas no quadro legal em vigor (Lei 31/2014; Dec-Lei 80/2015
e ainda Decreto Regulamentar nº 15/2015), conforme explanado no relatório do plano. Uma vez que no
aglomerado de Galegos se observam áreas livres (não consolidadas) e não apresenta dinâmica
urbanística tornou-se a opção de diminuir o perímetro urbano em vigor. Conforme referido anteriormente,
a definição das categorias de espaços não corresponde à delimitação cadastral, passando no caso de
Marvão pelo cruzamento das variáveis presentes no território, como a ocupação e uso do solo, os valores
naturais (Rede Natura) e os regimes de proteção definidos no plano do Parque Natural da Serra de S.
Mamede. Porém face ao interesse demonstrado no âmbito da discussão pública e pelas expetativas de
desenvolvimento deste aglomerado, deverá retomar-se a delimitação do perímetro urbano em vigor de
1994.
Com a reposição do Perímetro Urbano de 1994, cremos ver solucionados os entraves que o requerente
manifesta como condicionantes ao “desenvolvimento da atividade industrial e evolução futura” do
aglomerado.
Relativamente à questão do Cemitério dos Galegos é de facto um equipamento já existente e devidamente
localizado na Planta de Equipamentos, folha n.º 5. Na sua legalização o projeto respetivo, terá de ser
devidamente analisado pelas entidades com servidões sobre o território, tal como já está a acontecer com
outros cemitérios em fase de legalização.
3
A REN proposta foi delimitada de acordo com o disposto na Lei em vigor e devidamente analisada pela
APA e CCDRA. No sistema áreas ameaçadas pelas cheias, nos aglomerados urbanos já
constituídos e que artificializaram, assim, a circulação da água relacionada com os períodos de
retorno considerados esta questão foi assumida como condicionante. Efetivamente, não se
concretizando o risco de cheia, é, por este motivo representada na Planta de Ordenamento
enquanto limitação ao uso.
4
De acordo com o regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), as exclusões da REN para
satisfação de carências têm de ser suportadas em indicadores quantitativos que justifiquem essa
necessidade de expansão bem como a inexistência de alternativas para zonas não abrangidas pelo regime
da REN. Em áreas abrangidas pelo regime da REN podem desenvolver-se usos e atividades compatíveis
com o respetivo regime jurídico (DL 239/2012, de 02/11)
5
Solicita que a área do prédio rústico 95/D, de 0,5ha com área de olival, integrado na REN como AEREHS,
seja retirado desta condicionante uma vez que não entende a criação de uma bolsa contígua à EM,
mantendo a mesma classificação do prédio.
6
As áreas mínimas dos prédios decorrem da entrada em vigor do Plano Regional de Ordenamento do
Território, que em 2010 determinou uma alteração ao artigo 10º do Regulamento do PDM de 1994. A
alteração do valor destas áreas mínimas para 5 ou 2.5ha decorreu da transposição das normas do Plano
de Ordenamento do PNSSM.
A transposição das normas, e neste caso em particular dos índices de edificação dos futuros programas
para o PDM é obrigatória ao abrigo do disposto no nº1 do artigo 198º do Decreto-Lei nº80/2015, de 14 de
maio (que aprova o RJIGT).
7
A questão colocada relativamente ao Solo Urbano e a diminuição da sua área face ao PDM de 1994 já foi
referida atrás assim como o que se refere ao Cemitério.
Conforme referido anteriormente a definição das categorias de espaços não corresponde à delimitação
cadastral, passando no caso de Marvão pelo cruzamento das variáveis presente no território, como a
ocupação e uso do solo, os valores naturais (Rede Natura) e os regimes de proteção definidos no plano
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 31
do PNSSM, bem como a definição de profundidade. Não obstante, visto que este aglomerado despertou
grande interesse na discussão pública o perímetro urbano de 1994 será reposto.
8
Se o requerente pretender um empreendimento de TER, a partir da edificação existente, qualquer
classificação de espaço permite a ampliação de edificações para empreendimentos de TER até ao máximo
de 400m2 ou de 10% da área de construção existente. Sem prejuízo, de para Estabelecimentos Hoteleiros
associados a temáticas específicas e Empreendimentos de Turismo de Habitação, se aplicar o disposto
no geral para o solo rústico e que, de acordo com o nº 3 do artº 27, que o índice de impermeabilização do
solo não pode ser superior a 0.2.
No entanto, se o requerente quiser concretizar as pretensões, poderá a qualquer momento, definir-
se um Plano de Intervenção em Espaço Rural, sendo na altura avaliado à devida escala.
9
10
Conforme referido anteriormente o perímetro urbano de Galegos será reposto, de acordo com o limite do
PDM de 1994. Relativamente ao alargamento da via para a possibilidade de criação de lugares de
estacionamento, para este alargamento não existe espaço público, devendo para tal haver cedência do
espaço privado contíguo. Se o prédio for do proprietário do Lagar e do Museu, sempre poderá efetuar a
todo o momento o respetivo parqueamento nesse local.
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Planta de Ordenamento – Reposição do Perímetro Urbano de Galegos conforme PDM 1994.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
2
Requerente: Raimundo de Leiro Vasconcelos Aires
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) 03-11-2016
Localização: Fazenda do Roque
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente apresenta a pretensão de construção de uma pequena fábrica de
engarrafamento, num modelo de pequena industria, virada para o ambiente e para os fatores
ecológicos com valores de equilíbrio e respeito pela natureza, pelo local, o concelho, o parque
natural onde se insere.
De acordo com a exposição apresentada já efetuou as primeiras análises para atestar das
qualidades da água e os primeiros contactos.
Em termos de edificação indica que a propriedade tem 13hectares e que metade dessa área
será suficiente para delimitar a vertente industrial. Indica que será necessário entre 400 a
600m2 de edificação. Refere ainda, que o stock diário será transportado em ciclos diários para
um outro armazém de produtos acabados a localizar-se próximo no Concelho.
Pretende assim a implementação de uma água engarrafada da região, que será mais um
meio de comunicação para a visibilidade de Marvão, representando por isso um benefício
para a região, para o Município e ao nível socioeconómico para a população com a criação de
emprego local.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 33
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EFC I e UOPG – Portagem. REN – AEREHS
Risco de Incêndio - Alto
PONDERAÇÃO
1
Em solo rústico permite-se expressamente a possibilidade de instalação de indústrias do tipo 3.
Recaindo a pretensão sobre Áreas de Elevado Risco de Erosão Hídrica do Solo, na proposta
de delimitação da REN, de acordo com o regime jurídico da REN não está definido dentro dos
usos e ações compatíveis nos termos do Anexo II do DL n.º 236/2012, uma vez que a área
pretendida se situa entre os 400 e 600m2. Alegando o requerente que esta pretensão é uma
mais-valia não só para o Município como para a região, poderá avaliar-se o seu eventual
enquadramento enquanto “empreendimento de caracter estratégico” definido no Título VIII do
Regulamento. A concretização da construção da unidade industrial, poderá também, se
desenvolver-se no âmbito da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) da
Portagem, através da elaboração de um Plano de Pormenor, à luz do previsto no Regime
Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial.
Neste contexto considera-se não haver fundamentos que justifiquem a alteração dos elementos
do plano.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
3
Requerente: Rui Manuel Bento Reguinga
Registo de Entrada: 977 de 03-11-2016
Localização: Porto Espada – Portela e Outeiro do Alto
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente pretende vir a construir uma sala de provas, associada a uma área de comércio
de vinhos com uma área de construção de 100m2, na sua propriedade que tem 3,7ha que já
possui uma dependência agrícola de 41,09m2, em Portela, Porto da Espada.
2 O requerente pretende construir uma adega vinícola, sem indicar a área que pretende construi,
numa propriedade de 2,675ha, na qual não se verifica a existência de edificações.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
1 ENCV II REN – AEREHS
Risco de incêndio
2 OEA I, OEA II e EAP II REN – AEREHS (parcial)
RAN (parcial)
PONDERAÇÃO
1 A construção a ser efetuada neste espaço tem de respeitar as condições do artigo 46 do
Regulamento em discussão pública, bem como ser solicitado o parecer ao ICNF sobre a
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localização da construção (conforme o disposto na alínea b) do nº 3 do artigo 7º). A área a
edificar encontra-se abrangida pela condicionante de Alto Risco de Incêndio, pelo que terá de
dar cumprimento ao descrito no DL nº 124/2006, de 28 de junho, em “que as novas edificações
em espaço florestal ou rural fora das áreas edificadas consolidadas têm de salvaguardar, na
sua implantação no terreno, as regras definidas no Plano Municipal de Defesa da Floresta
Contra Incêndio respetivo”, devendo proceder à eliminação do referido risco previamente à
edificabilidade. Relativamente à REN verifica-se que este tipo de ação se encontra sujeita a
comunicação prévia ao abrigo do DL n.º 236/2012 de 02/11.
2
Sobre a construção da adega e sem a totalidade dos elementos à localização da construção
uma vez que a propriedade é abrangida por três categorias de espaço, a mesma deve cumprir
o regime de edificabilidade da categoria onde se pretende edificar. Por exemplo relativamente
à área do prédio para Outros Espaço Agrícolas II e Espaços Agrícolas de Proteção II é
necessário o mínimo de 2,5ha (a propriedade possui 2,675ha) enquanto para Outros Espaços
Agrícolas I não é permitida a construção se o prédio for inferior a 5ha. Tal como para todas as
novas construções, a localização está sempre sujeita a parecer do ICNF, nos termos do artigo
7º do Regulamento.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
4
Requerente: Joaquim José de Oliveira Mourato
Registo de Entrada: 367 de 04-11-2016
Localização: Alvarrões - Quinta da Nave do Lobo
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O prédio sobre o qual apresenta a sua exposição está descrito na Conservatória do Registo Predial de
Marvão sob o nº 1474/19950214 e inscrito na matriz com o artigo urbano nº 2040 e com o artigo rustico
27 secção B, da freguesia de S. Salvador de Aramenha.
De acordo com a primeira informação à qual foi dada resposta indicava-se que o prédio acima descrito
tem uma área de 47000m2. Desta, tem uma área coberta de 564m2, resultado de uma operação
urbanística licenciada pelo processo de obras nº 41/2001.
O requerente já teve neste prédio um empreendimento turístico classificado como “Moradias Turisticas”,
o qual mais tarde foi reclassificado como Turismo em Espaço Rural – Casas de Campo. Mais tarde alterou
a sua utilização e atualmente tem registada a moradia como Alojamento Local.
As unidades de alojamento existentes são 9 e considera necessário aumentar o nº de unidades de
alojamento para tornar viável o investimento.
Pretende que seja contemplado na Revisão do PDM, a possibilidade de ser construído um
estabelecimento Hoteleiro, na Quinta da Nave do Lobo, garantindo-se assim, a viabilidade por parte das
entidades externas a consultar em, razão da localização.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EFC I, EFC II e OEA I REN-AEREHS
Risco de Incêndio
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PONDERAÇÃO
1
A pretensão não se encontra no interior dos Espaços de Ocupação Turística, os quais estão
devidamente identificados no artigo 53º e descritos nos artigos 54º a 57º. Deste modo,
localizando-se o prédio em solo rustico, os empreendimentos turísticos isolados são admitidos
nas tipologias definidas no artigo 26º. As condições de implementação descritas no artigo 27º
referem expressamente a área máxima para empreendimentos Turísticos no Espaço Rural e a
área máxima de implantação para os Parques de Campismo e Caravanismo, no entanto, para
Estabelecimentos Hoteleiros associados a temáticas específicas e Empreendimentos de
Turismo de Habitação, apenas temos, de acordo com o nº 3 do artigo 27º, que o índice de
impermeabilização do solo não pode ser superior a 0.2.
Para estas categorias de espaços do solo rústico, em que a pretensão se insere verifica-se que
são permitidas obras de ampliação das edificações existentes “para fins turísticos até ao
máximo de 400m2 ou até ao máximo de 10% da área de construção dos imóveis existentes”.
De notar que o que se permitia na generalidade do solo rústico no artigo 27º, não se encontra
permitido em particular com a classificação do tipo de espaço, restando apenas a possibilidade
de ampliação da edificação existente em 10% para um Empreendimento Turístico no Espaço
Rural.
De acordo com o Regime Jurídico da REN, a ampliação de edificações existentes destinadas a
empreendimentos de turismo em espaço rural e de turismo da natureza e a turismo de
habitação, para a classe de espaço onde se insere a construção deste prédio (AEREHS), os
usos e ações estão sujeitos a comunicação prévia (CCDRA no âmbito da REN). A ampliação
de construções se se efetuar em termos de ampliação de área de implantação terá de ser
consultado o ICNF, nos termos do artigo 7º do Regulamento em discussão pública.
Apesar de não se ter uma localização precisa sobre a pretensão, verifica-se que certas áreas
do lugar com o nome "Quinta da Nave de Lobo" encontra-se perto de terrenos classificados
com Alto Risco de Incêndio, pelo que terá de dar cumprimento ao descrito no DL 124/2006, de
28 de junho, em "que as novas edificações no espaço florestal ou rural fora das áreas edificadas
consolidadas têm de salvaguardar, na sua implantação no terreno, as regras definidas no
PMDFCI respectivo", devendo-se proceder à eliminação do referido risco previamente à
edificabilidade.
Contudo, a intervenção solicitada pode passar, por a qualquer momento, se definir um Plano
de Intervenção em Espaço Rural, sendo na altura avaliado à devida escala.
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DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
5
Requerente: Eduardo Costa – Palpite Total, Consultoria e Gestão de Negócios
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 08-11-2016
Localização: Galegos
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
x A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente desenvolve um projeto turístico no aglomerado de Galegos e na sua envolvente, que se
baseia em aproveitar imóveis existente para fins turísticos, denominado Casas do contrabando.
No mesmo projeto pretendem criar o centro interpretativo sobre o Lince Ibérico.
Desta forma, solicitam que se considere a integração de um artigo no perímetro urbano proposto, para ser
possível dar continuidade ao projeto turístico, bem como não reduzir o perímetro urbano em vigor uma vez
que assim aumentam as limitações urbanas.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EFC I REN – AEREHS
Risco Incêndio – Alto (parcial)
PONDERAÇÃO
1
De acordo com a exposição apresentada depreende-se que o requerente pretende a
reabilitação de habitações existentes em unidades de alojamento turístico. De notar que a
localização do prédio já não estava inserida no anterior aglomerado urbano dos Galegos. Logo,
a pretensão de inclusão de um prédio no interior do espaço habitacional dos Galegos, que, de
acordo com a sua descrição já tem uma edificação, para efetuar a sua reabilitação e a
transformar em unidades de alojamento turístico, em princípio sempre poderá ser admissível,
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porque nas categorias de espaço em que se insere, Espaços Florestais Condicionados II, será
permitida a ampliação de edificações existentes para Turismo em Espaço Rural até 400m2.
Permitindo ainda o parqueamento e equipamentos de lazer, desde que devidamente
autorizados pelo ICNF, nos termos do artigo 7º do Regulamento e desde que devidamente
autorizados pela REN, dada a sua proximidade da Ribeira.
Relativamente ao Centro de Interpretação do Lince Ibérico em Galegos, o requerente não faz
qualquer referência quanto à sua eventual localização.
A área em preço que pretende ver integrada em Perímetro Urbano encontra-se inserida em
AEREHS, podendo desenvolve-se usos e atividades compatíveis com o regime Jurídico da REN
definido pelo DL n.º 239/2012, de 02/11.
Para além desta restrição, alguns terrenos encontram-se também classificados como de Alto
Risco de Incêndio pelo que terá de dar cumprimento ao descrito no DL nº 124/2006, de 28 de
junho, em “ que as novas edificações no espaço florestal ou rural fora das áreas edificadas
consolidadas têm de salvaguardar, na sua implantação no terreno, as regras definidas no Plano
Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndio respetivo”, devendo-se proceder à eliminação
do referido risco previamente à edificabilidade.
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Planta de Ordenamento – Reposição do Perímetro Urbano de Galegos conforme PDM 1994.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
6
Requerente: Jorge Ferreira Dias
Registo de Entrada: 1013 de 08-11-2016
Localização: Galegos
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
x A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
x B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
x D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 Participação igual à Participação nº 1, com apoio de mais imagens.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Ver participação nº 1 Ver participação nº 1
PONDERAÇÃO
1 Verificar ponderação da participação nº 1
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Ver participação nº 1
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
7
Requerente: Jorge Van Krieken
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 08-11-2016
Localização: Todo o concelho
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
A discussão pública do PDM de Marvão não foi devidamente organizada e dinamizada por essa
CM, tendo-se limitado o município a promover um tímido debate 9 dias antes do fecho da
discussão pública, em vez de o fazer logo no início dos 30 dias, promovendo a participação dos
munícipes. Fê-lo para evitar o debate público, manifestando assim desprezo pela população,
dado que era sua obrigação não só dinamizar a discussão e o debate, como explicar de forma
compreensível à população o conteúdo das propostas e as suas repercussões para as pessoas,
empresas e território.
2 Esta atitude só vem adensar as acusações de falta de transparência desta CM em relação aos
munícipes.
3
A dita pseudo "discussão" pública foi um embuste, com uma técnica de empresa externa a
apresentar um conjunto de dados pouco compreensíveis. Ao ser (ela e o presidente da CM)
confrontados com perguntas e/ou sugestões, respondiam invariavelmente que "a decisão
estava tomada" e que tudo tinha sido "negociado" com a CCDR e o Parque Natural da Serra de
S. Mamede, pelo que nada podiam fazer de forma alterar o já decidido. Confessaram
publicamente, assim, que o presidente da CM de Marvão negociou o PDM à revelia da
população e que a "discussão" pública surgia depois do texto do PDM estar decidido entre os
organismos da comissão de acompanhamento do PDM.
4 Ou seja: não se tratava de uma "discussão" pública, mas tão só de um pro-formo de forma a
dar uma aparência legal à obrigatoriedade de "discussão" pública. Um embuste.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 43
5
O PDM apresentado pela CM (combinada ao que parece com o Parque Natural da Serra de S
Mamede) parece visar concentrar o grosso do investimento turístico (alojamento) em apenas
algumas poucas empresas privadas, nomeadamente em hotéis. Aqui parece não ter havido
qualquer impedimento de área nem de dificuldades "ambientais", enquanto que para o resto do
concelho exigem-se, entre outros, áreas mínimas de 2,5 e sobretudo 4,5 hectares para construir
uma casa de habitação, mesmo para alojamento local ou turismo.
6
A grande dinâmica deste concelho tem sido o investimento privado em pequenas unidades de
alojamento local e turismo rural, que, segundo estudo da OCDE representa uma dinâmica 4
vezes maior na criação de emprego direto e indireto do que unidades hoteleiras, sendo este o
verdadeiro turismo sustentável, como se observa em países como reino Unido, França ou
Áustria, por exemplo.
7 A grande prioridade deste PDM deveria ser o de promover o desenvolvimento, captação de
população, o emprego, a sustentabilidade e a defesa do meio ambiente.
8
Para tal, seria imperioso permitir a construção de unidades de habitação em terrenos com mais
de 1 hectare, como forma de dinamizar o turismo residencial (que é, afinal, o grande
impulsionador atual do investimento no concelho) e também a captação de novos habitantes.
9
O concelho de Marvão é e sempre foi ocupado de forma dispersa, é este o seu encanto e
também a sua única possibilidade de sobrevivência económica, sobretudo através do turismo
residencial. Sendo certo que a construção em demasia pode prejudicar a paisagem, é também
certo que a construção de pequenas quintas, bem enquadradas por um regulamento municipal
que defenda o meio ambiente, a ecologia e a arquitetura tradicional, pode representar um
enorme impulso para o desenvolvimento da região, captando investimento estrangeiro (como
tem sucedido), nova população e criando postos de trabalho.
10
Este PDM está estrategicamente errado, ao visar promover o turismo de massas e a
especulação imobiliária, ao invés do turismo de qualidade das pequenas unidades de
alojamento local ou turismo rural.
11
Dada a vital importância deste instrumento para a sobrevivência das populações atuais e das
novas gerações de habitantes (especialmente os jovens), proponho a não aceitação da
proposta atual do PDM apresentada por esta CM, por ser uma proposta extremamente lesiva
para o futuro deste concelho.
12
Proponho igualmente a possibilidade de construção em áreas mínimas de 1 hectare, discussão
essa que deverá contar com a participação da população, empresários locais, especialistas e
académicos ligados ao estudo do ambiente, ecologia e desenvolvimento rural.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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PONDERAÇÃO
1
O enquadramento legal da revisão do PDM está dado à luz do DL nº 80/2015, de 14 de maio.
O respetivo diploma define ainda os procedimentos a cumprir para a sua aprovação, o qual
ocorre em sede de Assembleia Municipal.
As áreas mínimas definidas no PDM decorrem da obrigatoriedade de verter as orientações,
normas e princípios de instrumentos de gestão territorial superiores.
É o caso do Plano Regional de Ordenamento do Território, que em sede da sua elaboração foi
objeto de discussão pública, e define áreas de 4 ha e 2 ha para o Município de Marvão,
parâmetros oportunamente inseridos no PDM em vigor através de alteração por adaptação. Do
mesmo modo, ao abrigo do DL nº 80/2015 devem ser transpostas as normas dispostas em
planos especiais como o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra de S. Mamede, o
qual define para o Município a área mínima de 5ha e 2,5ha.
O PDM cumpre, assim, o Plano Regional de Ordenamento do Território, de hierarquia superior,
bem como o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra de S. Mamede transpondo as
normas referentes aos direitos dos particulares constantes deste Plano Especial de
Ordenamento do Território.
2
3
4
5
Existe uma pretensão de viabilização do aldeamento turístico e do golfe com a condicionante
de construção de um hotel, bastante discutida em diversas reuniões com diversas entidades.
Quanto à área mínima da parcela a mesma decorre da adaptação por força de lei do Plano
Regional do Ordenamento do Território e da transposição das normas do PNSSM, uma vez que
o mesmo vai passar a Programa.
No entanto, o plano não proíbe a instalação de outros empreendimentos turísticos isolados, os
mesmos tem é de cumprir as disposições descritas no regulamento, em concreto no disposto
no Capítulo II do Título V.
6
7
Relativamente ao ponto 7 e considerando os diversos documentos que integram o documento
da proposta de Revisão do PDM colocados disponíveis ao público quer através do site do
município como na Divisão de obras, ambiente e qualidade de vida da Câmara Municipal em
documentos em papel, o referido é de facto a grande prioridade do PDM em revisão.
8
A questão levantada pelo requerente foi bastante debatida aquando da realização do PROT,
uma vez que este município considera importante continuar com a permissão de construção de
unidades de habitação em terrenos com mais de 1ha. No entanto, por força de lei o PDM tem
de cumprir o PROTA como plano de hierarquia superior, bem como transpor as normas
referentes aos direitos dos particulares do Plano Especial do PNSSM e do POA.
9 No que toca às unidades de turismo rural ou de reabilitação de construções, refere-se que em
todas as classes de espaços à exceção dos Espaços Naturais, está prevista a ampliação de
construções até ao máximo de 250m2 e a instalação de empreendimentos turísticos com a
ampliação até ao máximo de 400m2. As limitações da área da propriedade aplicam-se a 10
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 45
construções novas que se encontram condicionadas a parecer vinculativo do ICNF sobre a sua
localização.
11 Ver resposta aos pontos 1,2 e 3.
12
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☒ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
8
Requerente: Silvestre Mangerona Fernandes Andrade
Registo de Entrada: 1016 de 08-11-2016
Localização: Sto. António da Areias - Largo Ricardo Vaz Monteiro
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
x B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
Requerente refere que não verificou nas peças da revisão nenhum espaço ou equipamento
cultural. E coloca duas questões acerca do projeto da Sede do Grupo Desportivo Arenense
como Equipamento cultural: Se a revitalização deste espaço vai avançar? Se sim, este não
deveria ter destaque e peso nesta revisão?
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EUBD -
PONDERAÇÃO
1
Os equipamentos são compatíveis com as diferentes categorias de espaços, podendo ocorrer,
desta forma, em qualquer categoria do solo urbano, não sendo necessária a sua definição como
Espaço de Uso Especial.
Apesar de não se verificar a relevância deste projeto a nível de PDM, o mesmo já consta do
Plano de Ação de Regeneração Urbana de Marvão, mas à data da elaboração da generalidade
dos documentos da Revisão do PDM, ainda este plano não estava concluído.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 47
Sem prejuízo da Câmara Municipal de Marvão dar mais esclarecimentos informar-se que a
realização do projeto para esta sede do grupo desportivo, poderá avançar desde que exista
protocolo entre o Município e o Grupo Desportivo Arenense.
Neste contexto, considera-se não haver fundamentos que justifiquem a alteração dos elementos
do plano.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
9
Requerente: Silvestre Mangerona Fernandes Andrade
Registo de Entrada: 1017 de 08-11-2016
Localização: Sto. António da Areias - Largo de S. Marcos – Jardim – Av. 25 de abril
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
x B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 O requerente pretende saber se os parâmetros de estacionamento definidos no regulamento se
aplicam ao projeto de regeneração urbana de Sto. António das Areias.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Solo Urbano -
PONDERAÇÃO
1
Independentemente do que o Plano de Regeneração Urbana de Sto. António das Areias
contemple, o mesmo terá de respeitar as normas estabelecidas no PDM, referentes ao
estacionamento, tal como previsto no artigo 80 do Regulamento, exceto se reunir as condições
previstas pelo enunciado do artigo 81 do Regulamento. Neste contexto considera-se não haver
fundamentos que justifiquem a alteração dosa elementos do plano.
Neste contexto considera-se não haver fundamentos que justifiquem a alteração dos elementos
do plano.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 49
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 50
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
10
Requerente: Silvestre Mangerona Fernandes Andrade
Registo de Entrada: 1018 de 08-11-2016
Localização: Sto. António da Areias - Bairro Manuel Pedro da Paz
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
x B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente solicita esclarecimentos sobre se o facto da zona de construção do polidesportivo
resultante do Orçamento Participativo de 2015, se esta não deveria ou podia já estar assinalado
no PDM.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Solo Urbano -
PONDERAÇÃO
1
A localização deste ocorre dentro do perímetro urbano de Sto. António das Areias, não sendo
necessária a sua delimitação com Espaços de Uso Especial, uma vez que os espaços de
equipamentos são compatíveis com todas as categorias de espaço.
Neste contexto, considera-se não haver fundamentos que justifiquem a alteração dos elementos
do plano.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 51
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 52
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
11
Requerente: Silvestre Mangerona Fernandes Andrade
Registo de Entrada: 1019 de 08-11-2016
Localização: Sto. António da Areias – Zona Industrial
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
x B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente pretende esclarecimentos sobre se o fato de não estar prevista a ampliação da
zona industrial de Stº António das Areias comprometer os investimentos já aí localizados,
nomeadamente chamando a atenção quanto às restrições colocadas à construção do Lagar de
Azeite - Indústria
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Solo Urbano -
PONDERAÇÃO
1
A laboração dos investimentos existentes não interfere com a ampliação ou não da zona
industrial. As restrições colocadas à laboração de algumas indústrias verifica-se
independentemente da dimensão da área da zona industrial.
A definição de solo urbano, em concreto dos Espaços de Atividades Económicas procurou
abranger toda a área comprometida (construída e/ou em construção), integrando por isso o
referido Lagar de Azeite no loteamento industrial de Sto. António das Areias. Prevê-se também
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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a ampliação da zona industrial através da operacionalização da UOPG de Sto. António das
Areias definida no plano.
No entanto, se existe atividade licenciada constitui-se como uma preexistência, e defende-se
que para o alargamento das zonas industriais nem é necessário a realização de Plano de
Pormenor com efeitos registais.
Neste contexto, considera-se não haver fundamentos que justifiquem a alteração dos elementos
do plano.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
12
Requerente: Júlia Maria Serra Calha Soares Bonacho
Registo de Entrada: 1020 de 09-11-2016
Localização: Escusa - Prado
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
x B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
Proprietária de prédio rústico refere que propriedade se insere dentro da área de espaços de
ocupação turística. E nestes termos pretende saber se o seu terreno será urbanizável para fins
turísticos de modo a ser autorizada a construção para fins turísticos ou para habitação com o
fim de a adequar a um pequeno alojamento local.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EOT - CT
REN – AEPRA (parcial) RAN e AH (parcial)
Zona de Proteção alargada da captação de Olhos de Água
Zona especial de proteção das Caleiras de Escusa
PONDERAÇÃO
1
De acordo com o regulamento a área definida como conjunto turístico deverá ser sujeita a
projeto de turismo integrado que "deve considerar a totalidade da área de intervenção, devendo
garantir a sua compatibilidade com as condicionantes ambientais e patrimoniais e demonstrada
a sua conformidade com os princípios e regras de ordenamento estabelecidas no presente
regulamento para as categorias de espaço onde se inserem." (número 3 do artigo 55º). Apesar
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 55
de em termos estratégicos se ter considerado uma mancha para que se elaborasse um estudo
deste conjunto turístico, verifica-se que a propriedade em questão poderá ser excluída do
mesmo, uma vez que a aptidão desta não se adequa ao uso turístico. Desta forma, será alterada
a Planta de Ordenamento integrando a área em questão em Espaços Agrícolas de Produção.
DECISÃO
☒ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Planta de Ordenamento – Integração da Propriedade em EAP diminuindo a área do conjunto turístico
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
13
Requerente: Luis António Vitorino
Registo de Entrada: 1023 de 09-11-2016
Localização: Porto Roque (Fronteira)
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
x B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
x F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente pretende esclarecimentos sobre o fato de se poder efetuar um loteamento urbano
no Espaço Habitacional de Porto Roque.
Apresenta pedidos de retificações de localizações nas diversas plantas assim como a revisão
do Regulamento do Plano.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Espaços Habitacionais -
PONDERAÇÃO
1
Relativamente aos lapsos apontados pelo requerente os mesmo serão retificados.
Na planta de ordenamento o aglomerado de Porto Roque encontrar-se representado como
Espaço Habitacional, mas no regulamento é designado como Espaço Urbano de Baixa
Densidade. Em ambas as categorias é admitida a realização de um loteamento.
Uma vez que este aglomerado encontra-se sob regime da reabilitação urbana, o loteamento
terá de ser executado ou no âmbito de Plano de Pormenor ou de instrumento próprio, mas em
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ambos depois deve-se delimitar áreas de intervenção que têm o mesmo regime que as unidades
de execução do RJIGT, em que se definem sistemas com prioridades de intervenção.
DECISÃO
☒ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Regulamento – Correção dos lapsos.
Planta de Ordenamento – Correção da localização da Pedreira; Reclassificação do Aglomerado da
Portagem de EH para EUBD.
Planta de Condicionantes - Correção da localização da Pedreira.
Planta de Energias Renováveis e Recurso Geológicos – Correção da localização da Pedreira.
Planta de Equipamentos – Correção da localização dos seguintes equipamentos: parque de campismo da
Apartadura, da extensão de saúde de Porto da Espada, da retirada da designação de parque de campismo
na Quinta dos Olhos d’Água, da retirada da designação de cemitério na Abegoa e no Areal, retificação da
localização dos equipamentos na Vila de Marvão, retificação da localização dos equipamentos na zona de
Stº António das Areias.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
14a
Requerente: Partido Socialista – Jaime Miguel da Mota Miranda
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Todo o Concelho
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
x E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente pretende esclarecimentos sobre a justificação da inclusão do aeródromo.
Alargamento do IC13 e referências desatualizadas relativas às infraestruturas rodoviárias e
ferroviárias.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1
Os objetivos estratégicos do plano encontram-se discriminados no artigo 2º do regulamento,
sendo definidos pelos seguintes eixos:
a. Contribuir para a afirmação de Marvão enquanto território com valores elevados de
património natural, cultural e paisagístico, assegurando a sua proteção, nomeadamente
nas áreas consideradas prioritárias para a conservação da natureza, de modo a
constituir-se um destino atrativo para viver e visitar;
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lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 59
b. Contrariar o progressivo despovoamento dos territórios do interior, de baixa densidade,
promovendo a afirmação de sinergias locais que a condição natural e humana lhes
confere;
c. Afirmar os valores identitários locais no contexto regional e nacional;
d. Promover a reabilitação e regeneração dos tecidos urbanos e valores culturais e
patrimoniais;
e. Desenvolver e afirmar o potencial desenvolvimento económico que a condição de
potencial destino turístico lhe confere, quer pela via da valorização dos seus recursos
endógenos no domínio do ambiente e recursos naturais, do património natural e
edificado, a gastronomia, quer enquanto meio de desenvolvimento local e regional pelo
potencial de atração e de desenvolvimento de novas atividades e dinamização das
existentes.
A criação do aeródromo, conforme definido no quadro estratégico, é um projeto que serve para
a constituição de uma plataforma de conectividade internacional, no entanto será atualizada,
com esclarecimento do senhor vereador, a informação do documento "Quadro Estratégico".
Relativamente às infraestruturas viárias e ferroviárias, foi considerada a informação disponível
quanto à caracterização das mesmas. A caracterização apresentada foi sujeita a apreciação
pela entidade competente, Infraestruturas de Portugal, que emitiu parecer favorável. Segundo
a mesma entidade, em parecer datado de 6 de outubro de 2015, "não se encontram em curso,
sob a responsabilidade direta da IP, Sa, quaisquer estudos ou projetos de execução (para
construção nova) para a área abrangida pelo presente Plano", e uma vez que o IC13 não se
encontra na área do município (terminando em Portalegre), afetando o município indiretamente,
não se verifica a necessidade de acautelar no plano a questão do alargamento desta via.
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Quadro estratégico – inclusão da explicação dada pelo Senhor Vereador José Manuel Pires:
“A localização do aeródromo tem em conta: O voo livre de lazer, tal como parapente, asa delta, swift e
planadores, reúnem condições de excelência, devido à existência de formação de térmicas no vale (Porto da
Espada – Tapada da Eira) que permite a prática do voo livre (sem motor). As outras atividades serão
complementares com descolagem a partir das penhas da Serra da Faria. A pista será curta, de terra batida e
prado natural, que será complementar à atividade de voo à vela (planadores), onde aviões de pequeno porte
poderão aterrar. Esta é uma infraestrutura com características naturais para a sua implantação em Marvão, mas
de relevância para apoio à atividade turística e desportiva para os concelhos vizinhos (10km para Portalegre,
10km para Castelo de Vide e 10Km para Valência de Alcântara (Espanha))”
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 60
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
14b
Requerente: Partido Socialista – Tiago Fernandes Teotónio Pereira
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Vila de Marvão
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
x E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente pretende esclarecimentos sobre Atualização da Candidatura de Marvão a
Património Mundial nos documentos do Plano, assim como da localização da buffer zone na
Planta de Ordenamento.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1
O processo de candidatura de Marvão a Património Mundial foi elaborado paralelamente à
revisão do PDM, constando "As Fortalezas Abaluartadas da Raia" da lista indicativa de Portugal
desde de janeiro de 2016. Esta informação será atualizada no documento do quadro
estratégico.
O buffer apresentado na candidatura, não carece de delimitação na planta de ordenamento,
uma vez que a revisão foi comitente à candidatura e não contradiz os objetivos da mesma.
Neste contexto não se verifica fundamento para alterar a planta de ordenamento.
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lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 61
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Quadro Estratégico – Atualização da ficha sobre o Marvão como Património Mundial.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
14c
Requerente: Partido Socialista – António Joaquim de Sousa Canêdo Berenguel
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Todo o concelho e Sto. António das Areias
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 O requerente pretende que se tenha o direito de edificar em prédios com uma área mínima de
2500m2, em solo rústico.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1
Apesar de não se ter dados suficientes para localizar o prédio, em Sto. António das Areias,
referido na participação depreende-se que este tem uma área de 2500m2. Na freguesia de Sto.
António das Areias, no solo rústico tem que se cumprir as normas definidas no regulamento.
Por força de lei o PDM tem de cumprir os planos de hierarquia superior, como o PROTA que
define áreas de 4ha para o município de Marvão, bem como transpor as normas referentes aos
direitos dos particulares do Plano Especial do PNSSM, que estabelece para o Município a área
mínima de 5 ha e 2,5ha.
Neste contexto, considera-se não haver fundamentos que justifiquem a alteração dos elementos
do plano.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☒ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
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lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 64
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
14d
Requerente: Partido Socialista – Sandra Isabel Abelho da Paz
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Porto Roque (Fronteira)
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
x E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 A requerente pretende saber qual o destino do Bairro da Fronteira, de Porto Roque.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
Espaços Habitacionais -
PONDERAÇÃO
1
A criação de “Residências Artísticas” não deixa de ser considerada uma possibilidade a levar a
efeito pelo Município. No entanto, esse tipo de proposta pode ser acolhida em qual zona
habitacional ou espaço adequado para esse efeito. O Porto Roque já tem definidos os objetivos
e são conhecidos, nomeadamente a recuperação da zona habitacional.
Não se considera que o assunto apresentado seja fator de alteração da proposta do plano.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Alteração Planta de Ordenamento – Aglomerado Portagem EH para EUBD.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 65
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
14e
Requerente: Partido Socialista – Jaime Miguel da Mota Miranda
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Sto. António das Areias e Marvão
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 O requerente pretende saber quais os usos para o novo parque de máquinas e para o que vai
ser desativado.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1
De acordo com a obra que se encontra em curso, o parque de máquinas municipal, com
oficinas, garagens, armazéns, balneários, sanitários, salas de motoristas, sala de refeições,
localiza-se na antiga fábrica da Celtex em Sto. António das Areias. A parte que estava destinada
à parte administrativa da fábrica, está a ser preparada para em parte ser instalado o arquivo
Municipal. Este projeto já foi objeto de apresentação à população.
O parque de máquinas existente junto à Santa casa da Misericórdia de Marvão está previsto
ficar afeto como equipamento ainda sem fim específico, pelo que o mesmo insere-se na
categoria de Espaços de Uso Especial, na qual se privilegia a sua ocupação por equipamentos,
sendo admitindo usos complementares como os de comércio e serviços, ou equipamento de
apoio aos usos dominantes, definidos no artigo 70º do regulamento.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 66
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 67
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
14f
Requerente: Partido Socialista – Tiago Fernandes Teotónio Pereira
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Todo o Concelho
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
x E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 O requerente pretende saber porque não existe na proposta de revisão do plano uma previsão
de investimento e alocação de novos terrenos para equipamentos afetos à Saúde e à Educação.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1
No relatório de caracterização referente aos equipamentos existentes no município de Marvão
é feita a programação para as diferentes valências, tendo como referência as carências do
Município e os projetos que o mesmo pretende desenvolver.
A tradução territorial de áreas de reserva para equipamentos não é necessária em sede de
ordenamento, tanto mais que à luz do regime de compatibilidade das categorias de usos de
solos não é necessário a afetação de uma categoria específica destinada à implantação de
equipamentos uma vez que estes são admissíveis em outras categorias de uso de solo.
Conforme descrito no relatório de caracterização, a nível dos equipamentos escolares é
integrada no PDM a carta educativa, sendo que se prevê a expansão da EB da Ammaia na
Portagem no espaço já afeto ao estabelecimento de ensino. Quanto aos equipamentos de
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 68
saúde, apesar de o município apresentar um cenário positivo na oferta existente, apurou-se que
a Câmara Municipal considera pertinente a implementação de um novo equipamento de saúde
em Marvão e na Portagem, não obstante a implantação destes equipamentos serem da
competência da administração central. No entanto, o Município tem salvaguardada esta
possibilidade na área da Portagem.
De acordo com a análise efetuada, não se considera de efetuar mais aditamentos à proposta
do plano.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 69
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
15
Requerente: Daniel Filipe da Costa Boto
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Galegos - Braçais
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
x A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
O requerente pretende saber porque não se considerou esta zona como espaço urbano ou
como zona de povoamento disperso. Pretende ainda da viabilidade de ampliação da Casa dos
Galegos e apoio da do município em procedimentos técnicos, jurídicos e legais.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EFM I Montado (parcial)
Risco de Incêndio - Alto (parcial) Rede Primária de Gestão de Combustível
PONDERAÇÃO
1
Da análise da participação verifica-se que a Casa dos Galegos, como acima se designa-se
localiza-se de acordo com a Planta de Ordenamento em Espaços Florestais Múltiplo I, o que,
de acordo com o artigo 42º do Regulamento são permitidas obras de ampliação das edificações
existentes para fins turísticos até ao máximo de 400m2 ou até ao máximo de 10% da área de
construção dos imóveis existentes.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 70
Quanto à definição do Perímetro Urbano de Galegos, Tendo em conta os estudos de
caracterização, na vigência do PDM em vigor não se constatou a consolidação do perímetro
urbano, e o mesmo não demonstrou dinâmica urbanística durante a vigência do PDM de 1994.
Porém face ao interesse demonstrado durante a discussão pública e pelas expectativas do
desenvolvimento deste aglomerado decidiu-se retomar a delimitação do PDM em vigor.
A pretensão não se enquadra na metodologia adotada para a delimitação dos perímetros
urbanos, a qual teve em consideração os critérios e as diretrizes definidas no quadro legal em
vigor, conforme explanado no relatório do Plano, assim como não se encontra integrado em
perímetro urbano no PDM de 1994, pelo que o mesmo tem de cumprir as disposições definidas
para a categoria de espaço em que se insere - Espaços Florestais Múltiplo I.
Nesta categoria é permitida dentro dos parâmetros definidos a ampliação de construções
existentes para fins turísticos, até ao máximo de 400m2 ou de 10% da área de construção
existente. Sem prejuízo, de para Estabelecimentos Hoteleiros associados a temáticas
específicas e Empreendimentos de Turismo de Habitação, se aplicar o disposto no geral para
o solo rústico e que, de acordo com o nº 3 do artº 27, que o índice de impermeabilização do
solo não pode ser superior a 0.2.
A área em apreço encontra-se também abrangida pela condicionantes de Alto Risco de
Incêndio, pelo que terá de dar cumprimento ao descrito no DL 124/2006, de 28 de junho, em
"que as novas edificações no espaço florestal ou rural fora das áreas edificadas consolidadas
têm de salvaguardar, na sua implantação no terreno, as regras definidas no PMDFCI respetivo",
devendo-se proceder à eliminação do referido risco previamente à edificabilidade.
Conforme referido acima, uma vez que não se verificou dinâmico perímetro urbano de Galegos
a proposta da revisão do PDM não contemplou o aumento do mesmo, aliás foi proposta a sua
diminuição que agora após a discussão pública se prevê a reposição do perímetro do PDM de
1994 perante o interesse demonstrado no seu desenvolvimento.
Relativamente ao apoio do município em questões legais, técnicas e jurídicas, o próprio não
tem condições para assumir estes compromissos uma vez também recorre à prestação de
serviços externas para algumas das situações referidas pelo requerente.
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Planta de Ordenamento – Reposição do Perímetro Urbano de Galegos conforme PDM 1994.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 71
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
16
Requerente: Nuno Frade
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Todo o Concelho
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
x C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
x C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
x H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1
Pretende o requerente a ampliação da área de construção de TER. Não considerar as
construções tradicionais como choças e chafurdões como áreas de construção. Pretende que
se potencie a construção de piscinas e lagos
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1
O que é pretendido em termos de regime de edificabilidade, uma norma cumulativa para quem
utiliza a edificação simultaneamente como habitação própria e para fins turístico (250+400), não
se encontre previsto pela lei e contraria o PROTA assim como o Plano Especial do PNSSM. No
entanto em caso de solicitar ampliação o requerente pode optar pelo uso que lhe permita uma
maior capacidade construtiva, mas nunca será cumulativo.
Relativamente a considerar as construções tradicionais como área de construção, nos termos
da legislação em vigor (Lei 31/2014; DL 80/2015 e ainda DR15/2015) deve conter fenómenos
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 72
generalizados da edificação dispersa, privilegiando a concentração do solo já apto para
construção e servido por infraestruturas, e a manutenção das áreas urbanas deve ser
sustentada em indicadores de execução física da urbanização e da edificação, níveis de
infraestruturação, equipamentos e quantificação dos compromissos urbanísticos válidos. Ainda
no quadro legal em vigor devem ser privilegiadas as ações de reabilitação e aproveitamento de
construções existentes no solo rústico.
Quanto à construção de piscinas ou lagos, estes terão procedimento diferente, porque a piscina
estará associada a equipamento de recreio e lazer associado a turismo e um lago já poderá
estar afeto à exploração agrícola ou florestal. Ambas as situações terão sempre de obter a
autorização de localização por parte do ICNF.
DECISÃO
☐ Favorável ☐ Parcial ☒ Desfavorável ☒ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Não aplicável.
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FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
17
Requerente: ICNF
Registo de Entrada: 1032 de 10-11-2016 e Por correio eletrónico (email) de 09-11-2016
Localização: Todo o Concelho
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
x G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 A participação identifica desconformidades encontradas pelo ICNF quanto ao POPNSSM
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
- -
PONDERAÇÃO
1 Planta de energias renováveis e recursos geológicos
A existência desta peça desenhada autónoma e não transposta na planta de
ordenamento destina-se a identificar o potencial de energias renováveis e os recursos
geológicos existentes – por solicitação no âmbito do acompanhamento da revisão do
PDM da DGEG – já que são recursos naturais, tal como o solo, a água ou os valores
da fauna e flora de que o concelho é particularmente dotado. Neste contexto de
elaboração uma planta potencial, só constam, em coerência, da planta de
condicionantes como recursos geológicos, a pedreira existente licenciada
anteriormente ao POPNSSM e a área de salvaguarda do urânio, pelo facto de usos ou
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atividades que nela possam ocorrer terem que levar em linha de conta a respetiva
segurança, como é disposto no nº2 do artigo 43º.
De salientar que esse mesmo nº2 sujeita qualquer atividade neste âmbito – prospeção
e pesquisa, salvaguarda, conservação e exploração de recursos geológicos – a parecer
do ICNF.
Sugere-se, no entanto, que o articulado do artigo 43º possa ser clarificado do seguinte modo:
Título: Exploração de recursos energéticos e geológicos, eliminando a referência a “Espaços”,
tal como no início do nº1, já que não correspondem efetivamente, na planta de ordenamento a
qualquer classe de espaço.
2 Incongruências no regulamento:
i. Atos e atividades condicionados nas disposições comuns e que nas disposições
específicas para determinadas categorias são interditos – é referido a título de exemplo
o artigo 7º – 3 b) ii) e o artigo 45º – 1 e).
O artigo 7º é um artigo de enquadramento sobre a necessidade de o ICNF se pronunciar
sobre, entre outros aspetos, a melhor localização de construções (no sentido do menor
efeito possível no território), naturalmente só e quando as mesmas possam ocorrer,
de acordo com os índices e parâmetros do POPNSS Mamede devidamente
incorporados no regulamento do PDM.
ii. Atos e atividades indicados na generalidade como interditos e que são condicionados
nas disposições específicas para determinadas categorias – é referido a título de
exemplo o artigo 7º – 3 a) ii) e o artigo 43º – 2.
Esta observação ficará resolvida com a adoção do preconizado no ponto nº 1.
iii. Atos e atividades sujeitos a parecer (não vinculativo) do ICNF nas disposições comuns
e a autorização nas disposições específicas para as categorias de solo – é referido a
título de exemplo o artigo 7º – 3 b) ix) e o artigo 46º – 2 d).
O parecer previsto é vinculativo, para além de a exploração de recursos
hidrogeológicos, tal como referido em 1 não constituir uma categoria de solo.
iv. A disposição constante do nº3 do artigo 37º (interdição de construção em áreas de risco
de incêndio elevado ou muito elevado) já se encontra prevista no artigo 10º para todas
as classes de espaços em solo rústico, pelo que se continua a propor a eliminação da
primeira, uma vez que diz respeito à categoria de espaços florestais, ou que, em
alternativa na mesma se remeta para o artigo 10º.
Concorda-se pelo que será eliminado o nº3 do artigo 37º.
Tal como referido já em 2 iii) o o artigo 7º – 3 b) condiciona a parecer vinculativo do ICNF os
usos elencados de i. a x., salientando-se que já estando os índices e parâmetros do POPNSS
Mamede devidamente incorporados no regulamento do PDM, o referido parecer será no âmbito
da melhor localização de construções (no sentido do menor efeito possível no território), tal
como consta no esclarecimento 2 i).
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 75
3 Normas aplicáveis ao solo rústico que constituem desconformidades relativamente ao
POPNSS Mamede:
3.1 - Artigos 74º, 75º e 76º – previsão de empreendimentos de carácter Estratégico. Esclarece-
se que está acautelado pelos nºs 1 e., 2 e 3 do artigo 74º e nº2 do artigo 75º a salvaguarda de
valores e recursos:
Artigo 74º:
1. Consideram-se empreendimentos de carácter estratégico para efeitos da presente
Secção, todos aqueles a que, por deliberação da Assembleia Municipal sob proposta
devidamente fundamentada da Câmara Municipal em conformidade com o disposto no
artigo seguinte, seja reconhecido interesse público estratégico pelo seu especial
impacto na ocupação do território, pela sua importância para o desenvolvimento
económico e social do concelho, ou pela sua especial funcionalidade ou expressão
plástica ou monumental, entre outros:
(…)
e. Não ponham em causa valores presentes no território e o uso do solo dominante.
2.Os empreendimentos de carácter estratégico devem cumprir pelo menos duas das
características constantes nas alíneas a) a d) do n.º anterior, sendo uma delas
obrigatoriamente a constante da alínea c) ou da alínea d) e em todos os casos a alínea
e).
3. Caso os empreendimentos de carácter estratégico se localizem em solo rústico, é
obrigatório o parecer vinculativo da Autoridade Nacional para a Conservação da
Natureza e da Biodiversidade nos termos do presente regulamento.
Artigo 75º:
2. Em caso de necessidade de avaliação ambiental estratégica, a viabilização da
iniciativa só pode ocorrer ao abrigo de alteração do presente plano, de plano de
urbanização ou de plano de pormenor.
3.2.- Artigo 91º – possibilidade de legalização de construções não licenciadas.
Esclarece-se que, tal como consta do nº1 do artigo 91º,se trata apenas de atividades
ou usos não licenciados, anteriores à data da entrada em vigor da versão inicial do
Plano Diretor Municipal de Marvão, ocorrida em 1994, ou posteriores a esta data mas
cuja ilegalidade resulta apenas de não terem sido sujeitos ao procedimento de controlo
preventivo legalmente exigido, com exceção, neste ultimo caso, das industrias e
agropecuárias que apresentem licença ou título de exploração válidos emitidos pela
entidade competente (…).
Neste contexto não se vislumbra qualquer incompatibilidade.
3.3. - Artigo 93º – integração e transformação de pré-existências.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 76
Esclarece-se que ao abrigo do nº1, apenas são consideradas preexistências ao Plano
as atividades, explorações, instalações, edificações, equipamentos ou quaisquer atos,
nomeadamente aqueles que, executados ou em curso à data da sua entrada em vigor,
cumpram nesse momento pelo menos uma das seguintes condições:
a. Não careçam de qualquer licença, aprovação ou autorização, nos termos da lei;
b. Estejam licenciados, aprovados ou autorizados pela entidade competente, nos
casos em que a lei a tal obriga, e desde que as respetivas licenças, aprovações
ou autorizações sejam válidas e se mantenham eficazes;
c. Constituam direitos ou expectativas legalmente protegidas, considerando-se
como tal, para efeitos do presente Regulamento, as decorrentes de alienações
em hasta pública municipal, de informações prévias favoráveis válidas e de
aprovações de projetos de arquitetura.
Também aqui não se vislumbra qualquer incompatibilidade.
3.4. – Relatório de conformidade – não consideração de todas as categorias de espaços,
nomeadamente espaços de Exploração de recursos energéticos e geológicos, Espaços
Culturais, Outros espaços culturais e Áreas de edificação dispersa. Esclarece-se:
Exploração de recursos energéticos e geológicos – idem esclarecimento do conteúdo do
ponto 1.
Espaços Culturais – correspondem, como indica o artigo 49º, à cidade romana da Amaia,
constituindo um polígono coincidente com a área de intervenção específica para valorização
cultural e patrimonial identificada na planta de síntese do POPNSS Mamede e na alínea h) do
nº3 do artigo 24º do respetivo regulamento, onde, tal como refere o nº 2 do mesmo artigo, as
ações identificadas no nº1 não colidem com os objetivos de conservação da natureza.
Não se vislumbra, assim, com esta correspondência, qualquer incompatibilidade.
Outros espaços culturais:
Termas da Fadagosa e Herdade do Pereiro – correspondem, respetivamente:
A área de intervenção específica para valorização cultural e patrimonial identificada na
planta de síntese do POPNSS Mamede e na alínea a) do nº3 do artigo 24º do respetivo
regulamento, onde, tal como refere o nº 2 do mesmo artigo, as ações identificadas no
nº1 não colidem com os objetivos de conservação da natureza.
A um conjunto edificado preexistente, de dimensão significativa, muito anterior à data
do PDM de Marvão ainda em vigor (1994).
Estando para ambas as situações prevista a necessidade de plano de pormenor para o seu
aproveitamento, não se vislumbra, com esta correspondência, qualquer incompatibilidade.
Áreas de edificação dispersa – tal como consta do nº1 do artigo 48º, são áreas com
edificações pré-existentes, que cumprem o respetivo normativo do PROT Alentejo (norma 156)
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 77
e integram a categoria de solo rústico prevista na alínea e) do nº2 do artigo 23º do DR 15/2015
de 19 de Agosto.
Sendo regulamentadas pelo artigo 48º relativamente à edificabilidade, concorda-se, no entanto,
que se insira um nº 2 com o seguinte conteúdo:
Nas áreas de edificação dispersa serão a manter os usos agrícolas, florestais ou mistos
existentes, sendo proibida qualquer alteração que não esteja relacionada com os usos
admitidos no solo rústico e estritamente de acordo com o disposto nos números seguintes.
A numeração será atualizada passando o artigo a ter 10 pontos.
3.5. Relatório – fazer referência à forma como a planta de síntese foi transposta para o PDM
Marvão e demonstrada a sua boa execução.
Considerando-se que está evidenciada a forma como foi transposta, poder-se-á, ainda
assim, acrescentar no relatório a referência à respetiva evidência introduzindo, por
exemplo, excertos de zonas particularmente complexas onde se pode ver a subdivisão
em categorias que declinam os regimes de proteção.
4 Situações ilustradas no Anexo II (figuras 2 a 19) que serão devidamente ajustadas:
Fig. 3 - Barretos – será ajustada a área urbana por forma a não coincidir com Área de proteção
parcial II, já que se trata, muito provavelmente de desfasamento relativo à transposição de
escalas.
Fig. 4 - Ranginha – será incluída no relatório a justificação da opção tomada relativa à
manutenção da opção da identificação enquanto aglomerado rural junto á área urbana.
Fig. 9 - Portagem – os limites já se encontram de acordo com a reunião de 28.06.2016. (ver
observações )
Fig. 17 - Amaia - Não se vislumbra qualquer incompatibilidade, pelo referido em 3.4.
relativamente aos Espaços Culturais – correspondem, como indica o artigo 49º, à cidade
romana da Amaia, constituindo um polígono coincidente com a área de intervenção específica
para valorização cultural e patrimonial identificada na planta de síntese do POPNSS Mamede
e na alínea h) do nº3 do artigo 24º do respetivo regulamento, onde, tal como refere o nº 2 do
mesmo artigo, as ações identificadas no nº1 não colidem com os objetivos de conservação da
natureza.
Fig.18 – Herdade do Pereiro – Não se vislumbra qualquer incompatibilidade, pelo referido em
3.4. relativamente aos Outros espaços culturais: Herdade do Pereiro – conjunto edificado pré-
existente, de dimensão significativa, muito anterior à data do PDM de Marvão ainda em vigor
(1994). Estando prevista a necessidade de plano de pormenor para o seu aproveitamento, não
se vislumbra, com esta correspondência, qualquer incompatibilidade.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 78
Fig.19 – Porto Roque – face ao observado será incluído o texto sublinhado no nº 1 do artigo
68º do regulamento “ As áreas de baixa densidade correspondem a áreas de expansão urbana
imediata ao centro histórico, bem como o antigo bairro da Guarda Fiscal adjacente a Porto
Roque, nas quais predomina o uso habitacional e por se encontrarem em situação de quase
completa consolidação, se pretende apenas o preenchimento de espaços livres por
colmatação”.
5 Em síntese, com as correções acima identificadas e que não constituem novas opções de
planeamento que pudessem determinar a repetição da discussão pública, a desconformidade
com o Plano de ordenamento do Parque Natural da Serra de S. Mamede mantém apenas nos
dois aspetos que determinam a necessidade da sua ratificação governamental:
Identificação do espaço turístico no PDM de Marvão em vigor (RCM 70/94 de 18.08)
que inclui o aldeamento turístico e o golfe existentes, ambos com os devidos títulos
legais necessários –, bem como a parcela destinada a estabelecimento hoteleiro,
presentemente todos do mesmo proprietário, a tratar como projeto integrado de gestão
conjunta.
O Plano de ordenamento do Parque Natural da Serra de S. Mamede (RCM 77/2005 de
21.03) acolheu no entanto apenas na planta de síntese, a área correspondente ao
campo de golfe, registando-se assim, a desconformidade a ultrapassar por via do
presente pedido de ratificação. De salientar que os trabalhos da revisão do PDM de
Marvão foram deliberadamente interrompidos por via da impossibilidade de resolução
da questão da área turística, determinante para o seu prosseguimento, enquanto
projeto âncora da estratégia municipal de desenvolvimento para a progressiva
regressão do alarmante despovoamento e envelhecimento do município.
Definição da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) da Área de
Atividades Económicas em Stº António das Areias, o maior aglomerado urbano e
principal polo industrial do município é funcionalmente o mais importante e onde se
concentram os principais equipamentos, comércio e serviços. A base económica do
concelho é bastante frágil e apresenta altos níveis de dependência do setor terciário,
não se apresentando como uma alavanca suficiente para a ultrapassagem de alguns
constrangimentos como o progressivo despovoamento e a baixa capacidade de atração
populacional. Deste modo, o município, prevê criar espaços qualificados para a
localização empresarial, designadamente destinados a pequenas unidades industriais
ou de serviços que manifestem interesse em se localizar no concelho, procurando
assim atrair investimento, capaz de gerar empregabilidade, aumentar a diversidade
empresarial e assim contribuir para a atração e fixação da população.
Tratando-se de um terreno propriedade do município, ao longo do CM1036 e em
continuidade com a área industrial já constituída e praticamente esgotada, parte da
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 79
UOPG coincide com Área de Proteção Parcial II, e, como tal, desconforme com o Plano
de Ordenamento do Parque Natural da Serra de Mamede.
DECISÃO
☐ Favorável ☒ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Descritas na ponderação as alterações a efetuar aos seguintes elementos:
Regulamento
Planta de Ordenamento
Relatório do Plano
OBSERVAÇÕES
Como se pode verificar pelas figuras abaixo, a UOPG delimitada no aglomerado da Portagem abrangia
uma pequena área que compreende o nível de proteção Parcial II do POPNSSM, pelo que foi solicitado
e ficou acordado em reunião que se iria acertar o limite da UOPG retirando essa área. A versão
apresentada na Discussão Pública já comtempla essa correção, tanto que a participação do ICNF
refere: “Verifica-se que a UOPG na atual proposta não incide sobre APP II, pelo que se considera
admissível. Contudo a retificação dos limites ficou aquém do expectável, abrangendo ainda áreas
declivosas situadas em REN.”
Figura 7. Extrato da figura 9 do parecer do ICNF com a referência 34095/2016/DCNF-ALT/DPAP
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 80
Figura 8. Extrato da Planta de Ordenamento com a sobreposição dos níveis de proteção parcial (I e II) , abril
2016
Pela figura abaixo verifica-se a existências de Áreas de elevado risco de Erosão Hídrica do solo e de
Áreas de Instabilidade de Vertentes, no entanto, conforme definido pelo plano a UOPG deve ser sujeita
a elaboração de Plano de Pormenor, sendo que deverá ser efetuado em sede deste as exclusões ou
ajustes à REN necessários.
Figura 9. Extrato da sobreposição da Planta de Ordenamento com a REN – Aglomerado da Portagem
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 81
FICHA DE PONDERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
18
Requerente: Jorge Didier Rito Mimoso Lopes
Registo de Entrada: Por correio eletrónico (email) de 10-11-2016
Localização: Portagem
NATUREZA DA PARTICIPAÇÃO
A. Reclassificação do Solo – Reapreciação do Perímetro Urbano
x B1. Requalificação do Solo Urbano
B2. Requalificação do Solo Rústico
C1. Edificabilidade em Solo Rústico - Geral
C2. Edificabilidade em Solo Rústico - Uso Turístico
D. Reserva Ecológica Nacional - Exclusão
E. Estratégia para o desenvolvimento do Município
F. Lapsos nos elementos do Plano
G. Inconformidade com programas e/ou planos territorial
H. Críticas, sugestões e outros comentários à proposta do plano
RESUMO/EXPOSIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO
1 Por força da promitente compra da propriedade, o novo proprietário pretende uma alteração à
localização do Espaço destinado a atividades económicas na Portagem.
ENQUADRAMENTO NA REVISÃO DO PLANO
Quanto à Planta de Ordenamento: Quanto às Condicionantes:
EAE e EUBD -
PONDERAÇÃO
1
Como esta alteração se localiza em solo urbano, em Espaços Urbanos de Baixa Densidade e
em Espaços de Atividades Económicas. Uma vez que o objeto da participação apresenta cariz
industrial, e pretende a sua localização numa área integrada totalmente em Espaço Urbano de
Baixa Densidade, verifica-se que a melhor solução será a ampliação do Espaço de Atividades
Económicas da Portagem até ao limite tardoz da antiga Escola Primária da Portagem.
DECISÃO
☒ Favorável ☐ Parcial ☐ Desfavorável ☐ Previsto no Plano ☐ Fora do âmbito PDM
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PROPOSTA DE ALTERAÇÃO
Planta de Ordenamento – Alteração do limite do Espaço de Atividade Económica de Portagem.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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3.3. SÍNTESE DO RESULTADO DA PONDERAÇÃO SOBRE AS PARTICIPAÇÕES
Do conjunto das participações registadas, e uma vez ponderadas as implicações que cada uma
teria na estratégia de ordenamento delineada pelo município, é tomada uma decisão podendo-se
a mesma enquadrar como:
Favorável – a pretensão apresentada na participação é acolhida na sua totalidade,
acautelando-se as alterações nos elementos do plano.
Parcial (ou favorável parcial) – a pretensão apresentada na participação é acolhida
parcialmente, ou somente se acolhe algumas das questões requeridas, acautelando-se as
alterações necessários dos elementos do plano.
Desfavorável – a pretensão ou pretensões não são acolhidas.
Previsto no Plano – quando a situação exposta na participação já é admitida no plano, ou
demonstra inconformidade como os planos e programas de hierarquia superior, e da qual
não resulta alterações aos elementos do plano.
Fora do âmbito do PDM – quando a participação extravasa o âmbito do PDM.
O quadro abaixo, traduz o resultado da ponderação das participações, segundo o tipo de decisão
enunciado acima, tendo em conta a análise individual de cada ficha apresentadas no capítulo 3.2.
Quadro 4. Lista de participações segundo a decisão
ID.N Nº
ENT Data Expoente Local Decisão
1 583 20-10-2016 Jorge Ferreira Dias Aglomerado Urbano dos
Galegos, solo rústico na Torre e nos Braçais
Parcial
2 email 03-11-2016 Raimundo Aires Fazenda do Roque, freguesia de
S. Salvador da Aramenha Previsto no Plano
3 977 03-11-2016 Rui Manuel Bento
Reguinga Vinha da Portela, Vinha do
Outeiro do Alto Previsto no Plano
4 367 04-11-2016 Joaquim José de Oliveira Mourato
Quinta da Nave de Lobo Previsto no Plano
5 email 08-11-2016
Palpite Total, Consultoria e
Gestão de Negócios
Aglomerado urbana e solo rústico na envolvência de Galegos
Parcial
6 1013 08-11-2016 Jorge Ferreira Dias Galegos Parcial
7 email 08-11-2016 Jorge Van Kriken Todo o concelho Desfavorável
8 1016 08-11-2016 Silvestre
Mangerona F. Andrade
Sto António das Areias Previsto no Plano
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ID.N Nº
ENT Data Expoente Local Decisão
9 1017 08-11-2016 Silvestre
Mangerona F. Andrade
Sto António das Areias Previsto no Plano
10 1018 08-11-2016 Silvestre
Mangerona F. Andrade
Sto António das Areias Previsto no Plano
11 1019 08-11-2016 Silvestre
Mangerona F. Andrade
Sto António das Areias Previsto no Plano
12 1020 09-11-2016 Júlia Maria Serra
Calha Soares Bonacho
Escusa - Prado Favorável
13 1023 09-11-2016 Luis António
Vitorino Porto Roque e todo concelho Favorável
14a
email 09-11-2016
Jaime Miguel da Mota Miranda
Todo concelho Parcial
14b Tiago Fernandes Teotónio Pereira
Aglomerado Marvão Parcial
14c
António Joaquim de Sousa Canêdo
Berenguel
Sto António das Areias e todo concelho
Desfavorável
14d Sandra Isabel Abelho
da Paz Aglomerado Fronteira Previsto no Plano
14e Jaime Miguel da
Mota Miranda Aglomerado Marvão Previsto no Plano
14f Tiago Fernandes Teotónio Pereira
Todo concelho Previsto no Plano
15 email 09-11-2016 Daniel Filipe da
Costa Boto Galegos Parcial
16 email 09-11-2016 Nuno Frade Todo o concelho Desfavorável e Previsto no
Plano
17 1032 10-11-2016 ICNF Todo o concelho Parcial
18 email 10-11-2016 Jorge Didier Rito Mimoso Lopes
Portagem Favorável
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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4. ALTERAÇÕES À VERSÃO DA PROPOSTA SUBMETIDA A DISCUSSÃO
PÚBLICA
Da análise e ponderação das várias participações as alterações efetuadas recaem sobre o
Regulamento, Planta de Ordenamento, Planta de Condicionantes e outros elementos que
acompanham o plano.
4.1. REGULAMENTO
As alterações no regulamento decorrem da participação nº 17, no entanto, decorrente da gestão
de pedidos de informações que os serviços municipais têm efetuado verificou-se a necessidade de
alterar o artigo 46º, de forma a acautelar parâmetros de edificabilidade na categoria referente a
este artigo. E ainda efetuaram-se a correção de lapsos detetados, como por exemplo a referência
a outros artigos.
Artigo nº 37
Versão Discussão Pública
1. As intervenções nos espaços florestais de conservação devem privilegiar, para além das atividades
silvícolas, todas as ações de recuperação e valorização da paisagem, tendo como objetivo o uso
múltiplo da floresta.
2. Sem prejuízo do disposto no PROF do Alto Alentejo PROFAA, a utilização predominante é destinada
a usos florestais, admitindo funções de enquadramento a outros usos compatíveis, como silvo
pastorícia, agricultura extensiva, caça, pesca nas águas interiores, recreio e enquadramento.
3. Nos espaços florestais que estejam identificados no Plano Municipal de Defesa da Floresta contra
Incêndios (PMDFCI) com risco de incêndio elevado ou muito elevado é interdita a construção nos
termos da legislação em vigor.
4. Constituí exceção ao número anterior as edificações destinadas à prevenção e combate a incêndios
florestais, desde de que seja salvaguardada a implementação de medidas estruturantes de silvicultura
preventiva, na área circundante.
5. Nos espaços florestais admite-se, desde que determinantes para a concretização de estratégias de
desenvolvimento local, construção ou beneficiação de infraestruturas, nomeadamente, rodoviárias e
ferroviárias, de abastecimento de água e energia (gás e eletricidade), telecomunicações, saneamento
básico, recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos e produção de energia, nomeadamente a
partir de fontes de energia renováveis.
Proposta de Alteração
Retirado nº3 e atualizada a numeração seguinte:
1. As intervenções nos espaços florestais de conservação devem privilegiar, para além das atividades
silvícolas, todas as ações de recuperação e valorização da paisagem, tendo como objetivo o uso
múltiplo da floresta.
REVISÃO DO PDM DE MARVÃO Relatório de ponderação da discussão pública | novembro de 2016
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2. Sem prejuízo do disposto no PROF do Alto Alentejo PROFAA, a utilização predominante é destinada
a usos florestais, admitindo funções de enquadramento a outros usos compatíveis, como silvo
pastorícia, agricultura extensiva, caça, pesca nas águas interiores, recreio e enquadramento.
3. Constituí exceção ao número anterior as edificações destinadas à prevenção e combate a incêndios
florestais, desde de que seja salvaguardada a implementação de medidas estruturantes de silvicultura
preventiva, na área circundante.
4. Nos espaços florestais admite-se, desde que determinantes para a concretização de estratégias de
desenvolvimento local, construção ou beneficiação de infraestruturas, nomeadamente, rodoviárias e
ferroviárias, de abastecimento de água e energia (gás e eletricidade), telecomunicações, saneamento
básico, recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos e produção de energia, nomeadamente a
partir de fontes de energia renováveis.
Fundamentação
Participações: 17
Artigo nº 43
Versão Discussão Pública
n.º1
Espaços de Exploração de Recursos Energéticos e Geológicos correspondem à pedreira licenciada ou
em processo de adaptação.
Proposta de Alteração
n.º1
Exploração de Recursos Energéticos e Geológicos correspondem à pedreira licenciada ou em processo
de adaptação.
Fundamentação
Participações: 17
Artigo nº 46
Versão Discussão Pública
1. Sem prejuízo das ações que constam da alínea a) do nº 3 do artigo 7º, na subcategoria
Conservação e Valorização II são ainda interditas as seguintes atividades:
a. Construção de barragens, exceto as destinadas a abeberamento de gado e proteção
contra incêndios, infraestruturas rodoviárias, ferroviárias ou aeroportuárias, bem como
de redes de pipelines para transporte de gás, combustíveis ou outros produtos;
b. Instalação de aproveitamentos eólicos;
c. Instalação ou ampliação de explorações agropecuárias ou silvo-pastoris, em regime
intensivo ou semi-intensivo;
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d. Instalação ou ampliação de parques de campismo;
e. Instalação de estabelecimentos industriais dos tipos 1 e 2;
f. Instalação ou ampliação de campos de golfe;
g. Ampliação de explorações para extração de recursos geológicos, nos espaços de
recursos geológicos identificados na carta de ordenamento de acordo com a legislação
específica em vigor;
h. Instalação de campos de treino de caça.
2. Sem prejuízo das ações que constam da alínea a) do nº 3 do artigo 7º, nesta subcategoria
estão, ainda, sujeitas autorização da Autoridade Nacional para a Conservação da Natureza
e da Biodiversidade, as seguintes atividades
a. Instalação de linhas de distribuição ou de transporte de energia elétrica de alta ou média
tensão e linhas ou antenas de telecomunicações, aéreas e ou subterrâneas;
b. Instalação ou ampliação de explorações agropecuárias ou silvo-pastoris em regime
extensivo;
c. Abertura de trilhos equestres e de percursos pedonais desde que não ponham em causa
os objetivos de conservação da natureza;
d. Instalação ou ampliação de explorações de recursos hidrogeológicos, nomeadamente
de águas mineromedicinais e termais, quando impliquem edificação de novas
construções e ampliação das existentes;
e. Instalação ou alteração de estabelecimentos industriais isolados do tipo 3;
f. Instalação de redes de saneamento básico.
Proposta de Alteração
Acrescentados os seguintes números:
1. Sem prejuízo das ações que constam da alínea a) do nº 3 do artigo 7º, na subcategoria
Conservação e Valorização II são ainda interditas as seguintes atividades:
a. Construção de barragens, exceto as destinadas a abeberamento de gado e proteção
contra incêndios, infraestruturas rodoviárias, ferroviárias ou aeroportuárias, bem como
de redes de pipelines para transporte de gás, combustíveis ou outros produtos;
b. Instalação de aproveitamentos eólicos;
c. Instalação ou ampliação de explorações agropecuárias ou silvo-pastoris, em regime
intensivo ou semi-intensivo;
d. Instalação ou ampliação de parques de campismo;
e. Instalação de estabelecimentos industriais dos tipos 1 e 2;
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f. Instalação ou ampliação de campos de golfe;
g. Ampliação de explorações para extração de recursos geológicos, nos espaços de
recursos geológicos identificados na carta de ordenamento de acordo com a legislação
específica em vigor;
h. Instalação de campos de treino de caça.
2. Sem prejuízo das ações que constam da alínea b) do nº 3 do artigo 7º, nesta subcategoria
estão, ainda, sujeitas autorização da Autoridade Nacional para a Conservação da Natureza
e da Biodiversidade, as seguintes atividades
a. Instalação de linhas de distribuição ou de transporte de energia elétrica de alta ou média
tensão e linhas ou antenas de telecomunicações, aéreas e ou subterrâneas;
b. Instalação ou ampliação de explorações agropecuárias ou silvo-pastoris em regime
extensivo;
c. Abertura de trilhos equestres e de percursos pedonais desde que não ponham em causa
os objetivos de conservação da natureza;
d. Instalação ou ampliação de explorações de recursos hidrogeológicos, nomeadamente
de águas mineromedicinais e termais, quando impliquem edificação de novas
construções e ampliação das existentes;
e. Instalação ou alteração de estabelecimentos industriais isolados do tipo 3;
f. Instalação de redes de saneamento básico.
3. Sem prejuízo dos parâmetros definidos no Quadro1. Do artigo 24º, nos Espaços Naturais a
Paisagísticos de Conservação e Valorização II as edificações destinadas a habitação própria terão de
observar as seguintes condições:
a. A área do prédio seja igual ou superior a 5 hectares;
b. A área de implantação da edificação seja igual ou inferior a 250m2.
4. São permitidas obras de ampliação das edificações existentes:
a. Para habitação até um máximo de 10% da área de implantação ou até atingir o máximo de 250m2;
b. Para fins turísticos até ao máximo de 400m2 ou até ao máximo de 10% da área de construção
dos imóveis existentes.
Fundamentação
Decorrente da gestão de pedidos de informações
Artigo nº 48
Versão Discussão Pública
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1. As áreas de edificação dispersa correspondem aos polígonos identificados na Planta de Ordenamento
que evidenciavam, à data de aprovação do PROT Alentejo, edificações existentes, devidamente
infraestruturadas, constituindo-se como áreas de consolidação em termos de ocupação edificada.
2. Nestas áreas são permitidos, preferencialmente, os seguintes usos:
a. Habitação unifamiliar;
b. Instalações de apoio a atividade agrícola, pecuária e florestal desde que compatíveis com a função
residencial;
c. Empreendimentos turísticos isolados nas tipologias de Turismo no Espaço Rural e Turismo de
Habitação;
d. Estabelecimentos industriais do tipo 3;
e. Comércio de produtos agrícolas, florestais e pecuários e de outros produtos endógenos
associados a atividade artesanal.
3. As regras de edificação e utilização regem-se pelos seguintes parâmetros urbanísticos máximos:
a. Número de pisos (acima da cota de soleira): 2;
b. Área máxima de impermeabilização do solo no prédio: 500m2.
4. As instalações identificadas em b) número 2 do presente artigo não podem exceder os 100m2 de área
de construção e uma altura máxima da fachada de 4,5m.
5. As ocupações e utilizações identificadas em c) do número 2 do presente artigo regem-se pelos
seguintes parâmetros urbanísticos máximos:
a. Número de pisos (acima da cota de soleira): 2;
b. Número de pisos (abaixo da cota de soleira): 1;
c. Índice de utilização: 40%;
d. Índice de impermeabilização: 60%.
6. As ocupações e utilizações identificadas em d) do número 2 do presente artigo regem-se pelos
seguintes parâmetros urbanísticos máximos:
a. Altura máxima da fachada: 9 m;
b. Índice de utilização: 2%.
7. As utilizações identificadas em e) do número 3 do presente artigo regem-se pelos seguintes parâmetros
urbanísticos máximos:
a. Número de pisos (acima da cota de soleira): 1;
b. Área máxima de construção: 150m2.
8. Admitem-se obras de reconstrução e obras de ampliação até um máximo de 30% da área de
construção licenciada à data de entrada em vigor da Revisão do PDM de Marvão, não podendo
exceder-se a altura da edificação e o número de pisos máximos definidos nos números anteriores,
salvo nas situações existentes em que tais parâmetros já são ultrapassados.
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9. Em termos morfológicos, sobretudo em termos de volumetria e de linguagem arquitetónica, as
edificações devem procurar uma integração formal no espaço rural e no conjunto onde se inserem.
Proposta de Alteração
Acrescentada novo número 2 passando a ter 10 números
1. As áreas de edificação dispersa correspondem aos polígonos identificados na Planta de Ordenamento
que evidenciavam, à data de aprovação do PROT Alentejo, edificações existentes, devidamente
infraestruturadas, constituindo-se como áreas de consolidação em termos de ocupação edificada.
2. Nas áreas de edificação dispersa serão a manter os usos agrícolas, florestais ou mistos existentes,
sendo proibida qualquer alteração que não esteja relacionada com os usos admitidos no solo rústico e
estritamente de acordo com o disposto nos números seguintes.
3. Nestas áreas são permitidos, preferencialmente, os seguintes usos:
a. Habitação unifamiliar;
b. Instalações de apoio a atividade agrícola, pecuária e florestal desde que compatíveis com a função
residencial;
c. Empreendimentos turísticos isolados nas tipologias de Turismo no Espaço Rural e Turismo de
Habitação;
d. Estabelecimentos industriais do tipo 3;
e. Comércio de produtos agrícolas, florestais e pecuários e de outros produtos endógenos
associados a atividade artesanal.
4. As regras de edificação e utilização regem-se pelos seguintes parâmetros urbanísticos máximos:
a. Número de pisos (acima da cota de soleira): 2;
b. Área máxima de impermeabilização do solo no prédio: 500m2.
5. As instalações identificadas em b) número 2 do presente artigo não podem exceder os 100m2 de área
de construção e uma altura máxima da fachada de 4,5m.
6. As ocupações e utilizações identificadas em c) do número 2 do presente artigo regem-se pelos
seguintes parâmetros urbanísticos máximos:
a. Número de pisos (acima da cota de soleira): 2;
b. Número de pisos (abaixo da cota de soleira): 1;
c. Índice de utilização: 40%;
d. Índice de impermeabilização: 60%.
7. As ocupações e utilizações identificadas em d) do número 2 do presente artigo regem-se pelos
seguintes parâmetros urbanísticos máximos:
a. Altura máxima da fachada: 9 m;
b. Índice de utilização: 2%.
8. As utilizações identificadas em e) do número 3 do presente artigo regem-se pelos seguintes parâmetros
urbanísticos máximos:
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a. Número de pisos (acima da cota de soleira): 1;
b. Área máxima de construção: 150m2.
9. Admitem-se obras de reconstrução e obras de ampliação até um máximo de 30% da área de
construção licenciada à data de entrada em vigor da Revisão do PDM de Marvão, não podendo
exceder-se a altura da edificação e o número de pisos máximos definidos nos números anteriores,
salvo nas situações existentes em que tais parâmetros já são ultrapassados.
10. Em termos morfológicos, sobretudo em termos de volumetria e de linguagem arquitetónica, as
edificações devem procurar uma integração formal no espaço rural e no conjunto onde se inserem.
Fundamentação
Participações: 17
Artigo nº 68
Versão Discussão Pública
1. As áreas urbanas de baixa densidade correspondem a áreas de expansão urbana imediata ao centro
histórico nas quais predomina o uso habitacional e por se encontrarem em situação de quase completa
consolidação, se pretende apenas o preenchimento de espaços livres por colmatação.
2. Os Espaços Urbanos de Baixa Densidade são constituídos pelos seguintes aglomerados: Barretos,
Ranginha, Cabeçudos, Galegos e Ponte Roque (Fronteira).
Proposta de Alteração
Acrescentou-se texto no nº1 e corrigiu-se nome no nº 2
1. As áreas urbanas de baixa densidade correspondem a áreas de expansão urbana imediata ao centro
histórico, bem como o antigo bairro da Guarda Fiscal adjacente a Porto Roque, nas quais predomina
o uso habitacional e por se encontrarem em situação de quase completa consolidação, se pretende
apenas o preenchimento de espaços livres por colmatação.
2. Os Espaços Urbanos de Baixa Densidade são constituídos pelos seguintes aglomerados: Barretos,
Ranginha, Cabeçudos, Galegos e Porto Roque (Fronteira).
Fundamentação
Participações: 17
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4.2. PLANTA DE ORDENAMENTO
Figura 10. Alteração à Planta de Ordenamento decorrente das Participações nº 1, 5 e 15, - Aglomerado
Galegos
A – Discussão Pública
B – Proposta de Alteração
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Figura 11. Alteração da Planta de Ordenamento decorrente da participação nº 12– Conjunto Turístico
A – Discussão Pública
B – Proposta de Alteração
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Figura 12. Alteração à Planta de Ordenamento decorrente da Participação nº 13
A – Discussão Pública
B – Proposta de Alteração
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Figura 13. Alteração da Planta de Ordenamento – Aglomerado Porto Roque (Fronteira)
(participações n.º 13,14d,17)
A – Discussão Pública
B – Proposta de Alteração
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Figura 14. Alteração à Planta de Ordenamento decorrente da Participação nº 17, ICNF - Aglomerado
Barretos
A – Discussão Pública
B – Proposta de Alteração
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Figura 15. Alteração da Planta de Ordenamento decorrente da participação nº 18– Aglomerado Portagem
A – Discussão Pública
B – Proposta de Alteração
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4.3. PLANTA DE CONDICIONANTES
A única alteração decorrente da ponderação da discussão pública decorre da participação nº 13,
que a massa mineral (pedreira) não se encontra bem posicionada, tendo-se relocalizado a mesma
conforme a figura 12, apresentada no ponto 4.2 na alteração à planta de ordenamento.
4.4. ALTERAÇÃO DE OUTROS ELEMENTOS QUE ACOMPANHAM O PLANO
Quadro Estratégico Municipal – Hipóteses de Atuação
Decorrente das participações 14a e 14b foram efetuadas as alterações descritas nas fichas de
ponderação, no documento do quadro estratégico municipal, como complemento e atualização
as opções definidas neste relatório, quanto ao aeródromo e quanto à candidatura de Marvão a
Património Mundial.
Planta de Energias Renováveis e Recurso Geológicos
Efetuou-se, decorrente da participação 13 relocalização da Pedreira, à semelhança do efetuado
na planta de ordenamento e condicionantes.
Planta de Equipamentos
Conforme descrito na ficha de ponderação nº 13, nesta planta efetuou-se a correção da
localização de vários equipamentos.
Relatório do Plano
De forma a complementar, o desenvolvimento do processo de transposição das normas do
POPNSSM, acrescentou-se no relatório a referência à respetiva evidência introduzindo, por
exemplo, excertos de zonas particularmente complexas onde se pode ver a subdivisão em
categorias que declinam os regimes de proteção. Esta alteração efetua-se decorrente da
participação nº17.
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5. DA DESNECESSIDADE DE REPETIÇÃO DO PERÍODO DE DISCUSSÃO
PÚBLICA
A intervenção ou participação dos particulares no procedimento de elaboração dos instrumentos de
planeamento revela-se fundamental para a cabal prossecução da atividade jurídico-pública de
planeamento, que é, no seu cerne, uma tarefa de ponderação complexa dos interesses públicos e
privados que se concentram na ocupação de uma área determinada.
A questão da intervenção dos particulares no âmbito dos processos de planeamento não se coloca
apenas como método ou fator de promoção de um melhor ordenamento do território, ao permitir à
Administração uma recolha mais fiel e completa dos interesses privados relevantes na ocupação do
solo, mas, paralelamente, como um direito dos interessados, cujo respeito é essencial para se aferir da
legitimidade da atuação da Administração.
De acordo com o RJIGT, é fundamental que a garantia de participação se concretize em fases distintas
da elaboração do Plano, dizendo o presente documento respeito à participação concretizada através
de uma discussão pública formal, na qual se possibilita a audição e recolha das contribuições e
sugestões da população em geral.
Encontrando-se esta garantia defendida em diversos conteúdos normativos, e muito especificamente
no RJIGT, garantia essa que se concretiza em fases distintas de participação, o presente documento
trata especificamente a designada participação sucessiva, concretizada através de uma discussão
pública formal e que corresponde a uma participação-audição dos particulares no procedimento de
revisão do Plano Diretor Municipal, durante um período próprio, no qual oferecem as suas contribuições
e sugestões ou apresentam as reclamações em face do estado em que se apresenta o Plano.
Uma questão que assume particular relevo é a de saber se deve repetir-se a discussão pública quando
a proposta do Plano tenha sofrido alterações na sequência da ponderação dos resultados desta fase
procedimental.
Entende-se que uma resposta adequada a esta questão tem de resultar de um necessário equilíbrio
entre a função reconhecida a esta fase e as exigências decorrentes dos princípios da proteção da
confiança e da ponderação de interesses. Assim, se estes interesses assumem especial relevo –
exigindo que os interessados se possam pronunciar sobre todas as opções planificadoras que venham
a ser tomadas – não pode esquecer-se que a fase de discussão pública e a ponderação das
participações ocorridas no seu seio têm, precisamente, por objetivo, acolher novos dados e novos
interesses que, devidamente ponderados, têm como efeito determinar alterações ao projeto
inicialmente elaborado.
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lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 100
Ou seja, a introdução de alterações ao projeto inicial é, precisamente, a consequência mais normal da
discussão pública, pelo que uma repetição desta apenas terá de ocorrer em situações excecionais sob
pena de se ter de repetir este trâmite até ao limite, transformando esta fase num momento impraticável
e interminável, o qual poria em causa outras garantias dos particulares, também elas devidamente
salvaguardadas e que se prendem com os princípios de decisão, da celeridade, economia e eficiência
das decisões da Administração.
Com vista a garantir o necessário equilíbrio entre a função reconhecida a esta fase procedimento e as
exigências decorrentes dos princípios da proteção da confiança e da ponderação de interesses, deverá
notar-se que as alterações decorrentes da discussão pública se devem fundamentar e basear
diretamente em sugestões, observações ou reclamações apresentadas nesta fase do procedimento de
planeamento.
No entanto, tal não significa que cada alteração tenha de ter na sua base uma específica participação
que a fundamente. De facto, pode bem suceder que as alterações a introduzir na sequência da
discussão pública decorram da conjugação articulada de várias reclamações, observações ou
sugestões. Naturalmente, nestas situações ainda se pode afirmar que as alterações introduzidas ao
projeto de Plano têm a sua base (a sua fundamentação) na discussão pública.
Para além da importância da fundamentação das alterações à proposta nas participações recebidas,
não se deverá esquecer também a dimensão de tais alterações, uma vez que se considera que apenas
alterações significativas à versão inicial determinarão a necessidade de repetição deste trâmite
procedimental.
Deste modo, uma alteração à classificação dos solos apenas pode ser considerada uma alteração
substancial se a mesma afetar o modelo global definido, designadamente, se se traduzir numa
alteração expressiva (em termos de aumento ou diminuição) do perímetro urbano, a ponto de se poder
afirmar que o modelo de ocupação proposto na versão inicial já não é a mesma.
Por este motivo, meros acertos nas classes de solos que decorram de observações, sugestões ou
reclamações dos particulares (ainda que com alguma dimensão), não devem determinar uma repetição
da discussão pública.
Face ao exposto, considera-se que as alterações efetuadas não constituem uma alteração substancial
do projeto do Plano colocado a discussão pública, uma vez que a estratégia e o modelo de ocupação
territorial globalmente considerado a ele subjacente permanecem.
Para além do mais, as alterações efetuadas na proposta do Plano foram maioritariamente justificadas
nas participações apresentadas durante o período de discussão pública; não configuram a
transformação de expectativas criadas com a anterior proposta; não determinam em definitivo normas
mais restritivas do que aquelas que constavam do projeto colocado à discussão pública e não afetem
de forma significativa o tipo e intensidade de uso do solo, configurando sim uma aproximação desejada
e expectável aos interesses dos participantes e da comunidade, integrando os seus contributos na
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lugar do plano, gestão do território e cultura, Lda. | 101
medida da sua compatibilização com os interesses territoriais, a estratégia de desenvolvimento
preconizada, e bem ainda a eficiência e a celeridade das decisões administrativas.