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1/14 RELATÓRIO DE APURAMENTO E PONDERAÇÃO DOS RESULTADOS DA DISCUSSÃO PÚBLICA DO PROJETO DE ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO GERAL DE TAXAS, PREÇOS E OUTRAS RECEITAS DO MUNICÍPIO DE LISBOA DEZEMBRO 2014

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RELATÓRIO DE APURAMENTO E PONDERAÇÃO DOS RESULTADOS DA DISCUSSÃO PÚBLICA DO

PROJETO DE ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO GERAL DE TAXAS, PREÇOS E OUTRAS RECEITAS

DO MUNICÍPIO DE LISBOA

DEZEMBRO 2014

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1. Enquadramento

O presente documento constitui o relatório de apuramento e ponderação dos resultados da

discussão pública do projecto de Alterações ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras

Receitas do Município de Lisboa.

Este projecto foi elaborado nos termos do Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais,

aprovado pela Lei nº 53-E/2006, de 29 de Dezembro, e do Regime Financeiro das autarquias

Locais e das Entidades Intermunicipais, Lei nº 73/2013, de 3 de setembro, as quais possibilitam

que os municípios criem taxas, subordinadas aos princípios da equivalência jurídica, da justa

repartição dos encargos públicos e da publicidade, incidindo sobre utilidades prestadas aos

particulares, geradas pela atividade dos municípios ou resultantes da realização de

investimentos municipais.

O projecto foi submetido a discussão pública, para recolha de observações e sugestões, tendo

sido para o efeito publicado no jornal oficial da Câmara Municipal de Lisboa, Boletim Municipal

e na página do Município na internet.

2. Publicitação

O projecto foi divulgado no Boletim Municipal n.º 1083, 2 º suplemento, ano XXI, de 20 de

novembro de 2014, e na página do Município na internet: www.cm-lisboa.pt.

3. Resultados da discussão pública

Foram recebidos os contributos seguintes:

A. Teresa Sá e Melo (2.12.2014)

B. UACS – União de Associações do Comércio e Serviços (3.12.2014)

C. LCT – Lisbon Cruise Terminals Lda (3.12.2014)

D. APL – Administração do Porto de Lisboa S.A. (3.12.2014)

E. CTP – Confederação do Turismo Português (3.12.2014)

F. Presidente PSD/Açores (Duarte Freitas) (3.12.2014)

G. IATA – International Air Transport Association (4.12.2014)

H. EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.

I. AHP – Hotelaria Portugal (3/12/2014)

J. AHRESP – associação de Hotelaria, restauração e Similares Portugal (3/12/2014)

K. Município de Loures (28/11/2014)

L. ANA - Aeroportos de Portugal (2/12/2104)

M. AGEPOR – Associação de Agentes de Navegação de Portugal (28/11/2014)

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4. Síntese das questões levantadas por cada uma das entidades

A. Teresa Sá e Melo

Proposta nº 728/2014 - TMPC

São feitas várias observações e colocadas questões no quadro da criação desta taxa como

sejam:

- O Município pretende anular as taxas municipais de socorro para as converter na nova

TMPC, sem distinguir o que é pago por impostos e o que virá a ser pago pela taxa a criar;

se o RSB e Proteção Civil têm operacionais/bombeiros? Quantos bombeiros estão ao

serviço do Município?

- A proposta prevê a criação de 1.062 novos postos de trabalho no âmbito da Proteção Civil

com um custo em pessoal de 91% do total, são todos operacionais ou técnicos superiores?

- A TMPC com base no VPT e área dos prédios urbanos acrescenta ao IMI, actualmente de

0,3% que é agravado em 11% para 0,3375% que é um aumento substancial.

- O actual seguro será eliminado, atento que a TMPC é considerada como tendo “funções

idênticas às de um prémio de seguro do património imobiliário”, uma vez que todos os

prédios são hoje obrigados por lei a ter este tipo de seguro de riscos?.

Proposta nº 727/2014 – TRU e AR

A propósito das tarifas são feitas diversas afirmações e indagações, como sejam:

- A CML afirma que “pretende recuperar integralmente os custos totais suportados pelo

Município: a proposta deve explicitar os custos desses serviços o que não acontece;

- A proposta da TRU não diferencia quais os custos atribuídos à limpeza urbana, à recolha e

transporte de resíduos efetuada pelo Município e o custo do tratamento dos resíduos,

realizado pela Valorsul, considerando que o Município é accionista desta, pelo que se há

uma gestão ineficiente dos resíduos urbanos, esta não pode ser imputada aos munícipes;

- Por referência ao número de contadores apresentados no tarifário da AR 298.990

contadores domésticos que no quadro anexo à proposta da TRU são 301.641 contadores

domésticos, questiona qual é o nº exato de contadores domésticos ou se é arbitrário?;

- O tarifário da TRU não apresenta escalões de consumo para os domésticos ao contrário do

que acontece com a tarifa de AR;

- A base de cálculo destas taxas deve ser função do custo real acrescido do consumo, tipo

função linear contínua: F(x) = A + Bx;

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B. UACS – União de Associações do Comércio e Serviços

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

A propósito desta taxa apresenta um conjunto de preocupações, sugestões e questões como

sejam:

- Se foi avaliado o impacto a curto, médio e longo prazo, no sector do turismo e nos agentes

económicos da taxa de dormida, sabendo-se que o turismo é um sector estratégico para a

economia nacional, notando que para os índices de competitividade, terão de ser os

agentes privados do sector a internalizar o custo, com redução brusca de margens de

exploração para absorver aumentos de taxas, comissões e outros custos/encargos para

poder suportar o ajuste em baixa dos preços de mercado em condições de economia

adversa;

- A Taxa de Dormida só deve ser aplicada se for adotada pelos restantes municípios do

distrito de Lisboa sob pena de ser dissuasora do alojamento em Lisboa em benefício de

concelhos limítrofes;

- Todo e qualquer cidadão nacional que desembarque no Aeroporto de Lisboa proveniente

de voo não doméstico e que não resida na cidade, será considerado “turista” o que será

penalizador para os não residentes em Lisboa;

- Deve ser clarificada a afectação da Taxa Municipal Turística a benfeitorias efectuadas em

bens do domínio privado municipal, previsto no artº 68º do projeto de alteração do

Regulamento Geral de Taxas em apreço;

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal de Proteção Civil”

A propósito da TMPC apresenta um conjunto de alegações de que se destacam:

- Os princípios de equivalência jurídica e proporcionalidade estão consagrados na Lei nº 53-

E/2006 de 29 dezembro não estão observados na proposta de criação da TMPC, sendo

entendimento da UACS que esta taxa constitui tributação injustificada, na medida em que

a actividade de protecção civil é função geral do Estado que cabe a todos os órgãos e

departamentos da Administração Pública – artº 1º da Lei de Bases da Proteção Civil

aprovada pela Lei nº 27/2006 de 3 de julho;

- A TMPC viola os Princípios da Proporcionalidade e da Igualdade Tributária, pois os

proprietários de prédios urbanos serão onerados anualmente em 0,0375% do VPT, taxa

que subirá para 0,3% e 0,6% do VPT para prédios degradados/devolutos ou em ruínas,

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respectivamente, e particularmente em 2015 pois não foi tido em conta o fim da cláusula

de salvaguarda de IMI;

- Devem ser incluídos no âmbito das entidades isentas de TMPC – artº 62, as entidades sem

fins lucrativos enquanto detentoras do estatuto de Utilidade Pública, quanto a imóveis de

que sejam proprietárias, desde que afetos à prossecução do respectivo escopo social.

C. LCT – Lisbon Cruise Terminals Lda

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

A propósito da TMT apresenta um conjunto de preocupações, sugestões e questões como

sejam:

- A taxa turística de chegada de 1€ a cobrar representa, em 2015, 25% do valor total a ser

cobrado pela LCT por passageiro, o que representa um peso significativo; as taxas

existentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a nova taxa da CML

representarão em conjunto 75% do valor a ser cobrado ao passageiro pelo seu

desembarque;

- Vigo, Leixões, Málaga e Gibraltar não cobram qualquer taxa equivalente, podendo vir a

tornar-se alternativa a Lisboa;

- As variações de preços devem ser anunciadas com pelo menos 2 anos de antecedência à

sua entrada em vigor, pois os armadores agendam e fecham os preços e começam as

vendas 2 antes do início do cruzeiro;

- A perda de receita para a economia local resultante da redução de competitividade e

possível deslocalização do destino, será superior à coleta que venha a resultar da aplicação

da anunciada taxa.

D. APL – Administração do Porto de Lisboa S.A.

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

A APL pronunciou-se negativamente não só quanto à criação da “taxa de chegada”, como

quanto aos seus termos e à data prevista para entrada em vigor, apresentando vários

argumentos, como sejam:

- A taxa de 1€ por passageiro significa, para 2015, em termos percentuais, um aumento

muito significativo no que concerne à tarifa diretamente imputável ao passageiro. A APL

recebe por passageiro cerca de 0,95€ (estimativa com base no número de passageiros de

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2013). Com inclusão da Tarifa de Uso Portuário e da Tarifa de Pilotagem (aplicáveis ao

navio) este valor sobe para 7,3€. A APL tem custos associados ao serviço concreto

prestado;

- Em 2010, os portos nacionais do Continente foram confrontados com a aprovação de uma

tabela de taxas a cobrar pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos postos de

fronteira marítima, tendo, além disso, sido atualizadas as taxas a pagar à Sanidade

Marítima. A taxa foi aplicada dias depois de ter sido publicada. As diferentes reações por

parte dos agentes do setor, desde os armadores aos agentes de navegação, foram

particularmente negativas, tendo provocado danos na imagem do Porto de Lisboa; as

diferentes companhias de cruzeiro manifestaram formalmente o seu desagrado,

concluindo, inclusivamente, pela necessária reponderação das escalas nos portos

portugueses (do Continente), mesmo as já agendadas. O fator surpresa relativo à aplicação

destas taxas leva os agentes a considerarem Portugal como um destino de “risco” na hora

de fixar itinerários para as suas viagens de cruzeiro com consequências negativas para as

entidades que cobram ou pretendem cobrar as taxas em apreciação e reflexos na

economia da cidade.

- A APL, SA, e a LCT – Lisbon Cruise Terminals, Ld.ª, outorgaram um contrato de concessão

do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, na sequência de procedimento concursal com vista a

captar investimento privado para construção de nova gare marítima, pelo que os agentes

estarão especialmente sensíveis a qualquer alteração no Porto de Lisboa face ao sucesso

da gestão direta pela APL, SA.;

- A criação deste novo encargo contraria todo o esforço efetuado e divulgado pelos portos

portugueses do Continente, em geral, e, em particular pelo Porto de Lisboa na redução das

taxas portuárias. A componente aplicável à carga da Tarifa de Uso Portuário (TUP) foi

eliminada e tem-se aplicado o princípio de não atualização anual quanto à componente

aplicável ao navio da TUP e às tarifas de pilotagem e à manutenção em termos reais da

tarifa de passageiros (procedendo-se à sua atualização à taxa de inflação);

- Esta taxa penalizará a competitividade do Porto de Lisboa, em relação aos demais portos

portugueses, em especial face ao do Funchal e dos Açores onde não existem taxas

municipais, a exemplo dos demais portos nacionais, e não existe a referida taxa do SEF;

- Qualquer alteração na atividade de cruzeiros deve ser efetuada com antecedência, dado

que as escalas dos navios de cruzeiro são anunciadas com a antecedência de um a dois

anos. O contrato de concessão do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, assinado entre a APL,

SA, e a LCT, Ld.ª, prevê a aprovação dos tarifários com dois anos de antecedência.

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- O Projeto de Regulamento prevê a entrada em vigor no dia seguinte ao da sua publicação,

não salvaguardando de forma adequada as operações de comercialização já concluídas no

sector de cruzeiros mas cujos efeitos se produzem em 2015 ou 2016;

- O Município de Lisboa investe quantias significativas para beneficiar o espaço urbano com

vista a que a experiência da sua fruição pelos turistas entre outros beneficiários mas não

existe a especial relação bilateral, concreta, entre este investimento e o concreto

passageiro do navio de cruzeiro que desembarque em Lisboa que permita que seja criada

uma taxa;

- A possibilidade de consignação da receita a um Fundo nos gera dúvidas, atento o artigo

43.º da referida Lei nº 73/2013, de 3 de setembro;

E. CTP – Confederação do Turismo Português

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística” e sobre a Proposta

de Aprovação da “Criação do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa”

A CTP rejeita veementemente, manifestando-se totalmente contra à criação de uma Taxa

Municipal Turística, pelas implicações graves na actividade económica do Turismo, na cidade

de Lisboa, no emprego da região e pela falta de ligação dos fundamentos da proposta n.º

729/2014 - Taxa Municipal Turística (TMT) e anexo - valores da TMT, com os efeitos que dela

se pretendem – presumidamente – recolher, e pelo efeito “dominó” relativamente aos demais

municípios, assim como é contra a criação de um Fundo de Desenvolvimento Turístico de

Lisboa, pelas razões evocadas quanto à TMT e porque este seria em parte financiado por

aquela Taxa, no que explana designadamente os seguintes argumentos:

- A proposta não tem em atenção os impactos verificados sobre a viabilidade da mesma

sobre as empresas turísticas, a competitividade das nossas empresas com outras suas

concorrentes (em mercados mais maduros), sobre o emprego;

- Existem potenciais conflitos, não abordados na proposta, no limiar de sérios riscos

judiciais, por razões de ordem legal, constitucional e de oposição à legislação europeia;

- A integração da aplicação desta Taxa Municipal Turística não encontra qualquer ligação

sinalagmática entre as partes envolvidas nesta relação;

- Fica por demonstrar, de forma fundamentada e baseada em estudos prévios, de que

forma a introdução desta Taxa vai contribuir para a melhoria da competitividade global do

país e da cidade de Lisboa assim como de que forma a introdução desta Taxa pode

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estimular a inovação da cidade e do Turismo, através dos ditos projectos “potencialmente

estruturantes”;

- Fica por responder como é que a TMT pode contribuir para absorver o custo do

investimento público com o serviço de informação e apoio aos turistas, pela utilização de

produtos criados para facilitar a visita, pelo usufruto da oferta de animação, pela utilização

e usufruto do espaço público e dos equipamentos de vocação turística;

- A proposta não tem subjacente uma avaliação técnica prévia (ao qual o “projecto de

Alteração ao Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de

Lisboa” e respectivos anexos, não responde), com os diversos impactos, no que ao Turismo

diz respeito, no que à população de Lisboa respeita e, no que aos Turistas concerne que

de alguma forma, possam fundamentar a mesma, considerando-se que a Proposta não

está devidamente suportada para possibilitar uma tomada de decisão, porque não foram

convenientemente demonstrados, nem evidenciados, dados fiáveis que a fundamentem.

F. Presidente PSD/Açores (Duarte Freitas) (3.12.2014)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

A propósito da TMT solicita a isenção das taxas em perspectiva aos açorianos com base nas

seguintes alegações.

- A taxa de chegada e a taxa de dormida penalizarão os açorianos que se deslocarem à

capital, colocando questões de desigualdade em que um cidadão nacional (açoriano) não

se poderá deslocar livremente em território nacional como os demais;

- A exclusão dos voos domésticos não resolve a questão dado que existem diversos voos

considerados internacionais que fazem escala nos Açores e que são utilizados pelos

açorianos para se deslocarem a Lisboa;

G. IATA – International Air Transport Association (4.12.2014)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

Manifesta a sua oposição absoluta à proposta da Taxa de Chegada, na medida em que

aumentará os custos totais das viagens (aéreas) com impacto significativo na procura e

consequentemente nas indústrias de turismo e aviação do país.

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H. EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.

Contributos sobre a Proposta das Taxas Serviço de Recolha de Águas Residuais e do Serviço de

Gestão de Resíduos Urbanos

- Quanto às tarifas de AR deve ser explicitado que se trata dos utilizadores finais na área do

Município de Lisboa, pois há clientes diretos da EPAL fora de Lisboa;

- A CML deverá assumir a responsabilidade pela comunicação dos tarifários aos clientes.

I. AHP – Hotelaria Portugal (3/12/2014)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística” e sobre a Proposta

de Aprovação da “Criação do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa”

A propósito da TMT a AHP manifesta-se contra a criação da taxa de dormida com base,

designadamente, nos seguintes argumentos:

- Questionam que a iniciativa municipal configure uma taxa correspondente a um serviço

prestado aos turistas ou sequer uma compensação pela utilização ou sobrecarga do

espaço publico mas antes uma forma de encontrar financiamento para a realização de

iniciativas cujo benefício directo e exclusivo para o turista é discutível;

- Entendem que o Centro de congressos carece de rejeita qualquer iniciativa que constitua

um entrave à entrada e permanência de turistas em hotéis em Portugal profunda reflexão

dado configurar um grande investimento que deverá ter cabal avaliação económico-

financeira incluindo verificação da procura e de inexistência de oferta alternativa;

- Consideram a fundamentação económico-financeira da taxa deficiente e muito

insuficiente entendendo não estarem explicitadas as vantagens e benefícios que os turistas

colhem do investimento público realizado, assim como não estar demonstrada a ligação da

despesa considerada com o turismo;

- A AHP considera que a promoção turística e prestação de serviços de informação e apoio

aos turistas cabe à ATL não podendo ser arrolada como finalidade a financiar pela taxa; a

ATL já é financiada pelos estabelecimentos hoteleiros e também pela CML resultando da

criação de uma taxa, também paga por privados, um desequilíbrio entre a componente

privada e publica do financiamento da promoção turística de Lisboa, uma duplicação e

funções e uma duplicação de verbas para os mesmos fins;

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- Não é apresentada fundamentação económica para o valor fixado para as taxas turísticas

nem para que a taxa de chegada tenha o mesmo valo da de dormida ou que as mesmas

sejam cumulativas;

- O Fundo de turismo pode vir a ser discutido mas carece de amadurecimento e terá de ser

dissociada das taxas municipais de turismo;

- Considera que sendo a fundamentação económico-financeira desadequada e insuficiente

tal gera a nulidade das taxas nos termos da aliena c) do nº 2 da lei 53-E/2006, de 29 de

Dezembro;

- Consideram que a isenção de hóspedes até 13 anos é insuficiente, dado que todos os

menores deveriam ficar isentos, uma vez que é prática os filhos menores ficarem no

quarto dos pais; assim também para a taxa de chegada;

- Arrolam dificuldades que a cobrança da taxa de dormida pelas entidades exploradoras de

empreendimentos turísticos e de alojamento local coloca designadamente quanto a

respeitar os requisitos do DL 138/90, de 26 de Abril, alterado pelo DL 162/99, de 13 de

Maio, do qual decorre a necessidade de se evidenciar o preço de venda e o preço por

unidade de medida, seja qual for o suporte utilizado para os indicar, referindo-se ao preço

total expresso na moeda legal em curso devendo incluir todos os impostos e taxas e outros

encargos para que o consumidor conheça exactamente o valor a pagar. Assim considera

que decorre deste diploma não se poder autonomizar a taxa como preconiza o projecto de

regulamento da CMLisboa;

- Questionam como se vai controlar a cobrança da taxa nos estabelecimentos que não

hotéis – apartamentos turísticos, moradias, hostels, etc., dado que nãos e conhece bem

este mercado;

- Reclamam que pese embora o sujeito passivo seja o turista são os hoteleiros quem vai

liquidar e cobrar a taxa e entregá-la à CMLisboa o que gera custos devendo ficar logo

consagrada uma percentagem da taxa para o cobrador e não a fórmula genérica proposta

pela CMLisboa;

- De igual modo entendem de acautelar os casos em que o turista se recusa a pagar e os

casos em que paga posteriormente, i.e., consideram que a taxa não pode ser reportada à

dormida mas à data do pagamento efectivo pelo turista obstando que a solução

preconizada consagra que seja o hoteleiro a adiantar o valor da taxa sempre que o serviço

prestado pelo hotel não ocorra na data da dormida e que venha a suportar o custo

efectivo da mesma quando se verifique insolvência do operador turístico que fez as

reserva;

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A AHP manifesta que poderia ser favorável à criação de um fundo de desenvolvimento

turístico, com duração limitada, desde que:

- As respectivas verbas fossem exclusivamente consignadas ao desenvolvimento de

projectos de turismo e infra-estruturas que sirvam o turismo;

- As verbas fossem alocadas a finalidades apresentadas, debatidas e aceites com caracter

vinculativo, pela AHP, enquanto associação privada representativa da maioria das

empresas hoteleiras nacionais, nomeadamente, de Lisboa, nos respectivos órgãos de

gestão;

- Que a AHP acompanhasse directamente o cumprimento das obrigações do Fundo;

- Que os hotéis associados da ATL tivessem uma concomitante redução da quota fixa que

pagam a esta Associação e deixassem de pagar a quota variável;

- Que a CMLisboa assumisse o compromisso de ser mais activa na fiscalização do

alojamento local e na repressão do alojamento ilegal e assumisse a obrigação do

acompanhamento e monitorização da oferta de alojamento existente designadamente

vertendo em instrumentos de planeamento os limites á instalação de

raiz/conversão/alterações dos prédios urbanos com usso habitacional, turístico ou

qualquer outro em alojamento local.

J. AHRESP – associação de Hotelaria, restauração e Similares Portugal (3/12/2014)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal de Proteção Civil”

- Alerta que, embora sem aplicação direta aos sectores integrados na Associação

representa, pode vir a ser mais um custo acrescido, por via da aplicação aos

estabelecimentos instalados em grandes superfícies comerciais ou gares de transporte,

bem como sobre recintos de espectáculo e em todos os estabelecimentos de cariz

temporário em feiras, concertos/espetáculos.

Contributos sobre a Proposta das Taxas Serviço de Recolha de Águas Residuais e do Serviço de

Gestão de Resíduos Urbanos

- O regime transitório proposto para a tarifa de saneamento – consumos superiores a 50 m3

não terá qualquer impacto positivo pra a esmagadora maioria das empresas associadas

que são de micro e pequena dimensão;

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- As empresas associadas deveriam ter uma bonificação na taxa de saneamento aplicada

que no mínimo anulasse o aumento previsto em face do serviço que prestam quanto à

utilização das utilizações sanitárias;

- Julga inoportuna a introdução da RU e dará um conjunto de informação designadamente

sobre a fórmula de cálculo proposta indexada ao consumo da água em momento

oportuno.

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

- Consideram adversa a criação a taxa dado que estimam terá impacto negativo nas

empresas sendo adversa para os interesses do concelho em detrimento dos seus vizinhos.

Não obstante manifesta-se disponível para trabalhar com CMLisboa dado que a taxa só

entrará em vigor, nas dormidas, em 2016.

K. Município de Loures (28/11/2014)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

- A taxa não se deve aplicar aos moradores, eleitores, trabalhadores e proprietários de

Loures, dado que a população do concelho também sofre as consequências negativas do

aeroporto como ruido, restrições urbanísticas e outras.

L. ANA - Aeroportos de Portugal (2/12/2104)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

- Estranham a aplicação da taxa a turistas que não tenham qualquer permanência na área

geográfica do município, não tendo por tal qualquer benefício individualizado dos serviços,

equipamentos e produtos com vocação turística disponibilizados pela CMLisboa e,

sobretudo, a aplicação restrita da taxa ao Aeroporto de Lisboa com tratamento

discriminatório face aos que entram por outras vias designadamente rodoviária e

ferroviária;

- Mencionam problemas operacionais e económicos que a implementação a taxa determina

para a operação do Aeroporto de Lisboa e para a própria Ana, enquanto concessionária,

dado não existir qualquer relação jus-tributária direta com os passageiros, mas antes, e

apenas, com as companhias aéreas e agentes de assistência em escala (taxas de trafego ou

de assistência em escala) ou, então, com utentes, que não passageiros, que ocupam

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terrenos e instalações do aeroporto ou neles exercem actividade económica, sendo pois

alheio à Ana o conhecimento sobre os passageiros e se cumprem ou não os requisitos para

aplicação da taxa; tal configura exigir uma triagem física de todos os passageiros que

diariamente processam no aeroporto de lisboa para apuramento do respectivo

preenchimento das condições de aplicação da taxa. Este proceder teria não só eventual

ilegitimidade do ponto de vista da reserva da intimidade da vida privada como colocaria

impacto negativo relevante no funcionamento e operacionalidade do serviço

aeroportuário;

- Entendem ser manifestamente insuficiente o regime de compensação de despesas

administrativas proposto pela CMLisboa para o cabal ressarcimento dos encargos e

investimentos que se afiguram necessários na implementação a taxa;

- Concluem que a taxa não só levanta dúvidas jurídicas como no caso específico da Ana

sérios problemas de praticabilidade e admissibilidade operacional e económica que

desaconselham a sua aplicação no aeroporto, considerando que a taxa turística deve

cingir-se apenas às dormidas.

M. AGEPOR – Associação de Agentes de Navegação de Portugal (28/11/2014)

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa Municipal Turística”

- Alerta para a reacção negativa por parte dos armadores aquando da introdução das taxas

a pagar pelo SEF de 3 euros por passageiro desembarcado, 2 por passageiro em trânsito e

1 euro por cada tripulante que vá a terra, considerando que a iniciativa da CMLisboa

representa mais um euro a acrescer ao que já se paga ao SEF ou à taxa que o Porto e

Lisboa ou o novo concessionário desta actividade irão cobrar, o que pode favorecer a

procura de portos alternativos e concorrentes a Lisboa;

- Argumenta quanto a tratar-se de um imposto e não de uma taxa dado não ter

correspondência em serviços prestados.

5. Ponderação global dos resultados

Em anexo a este Relatório apresenta-se quadro com síntese de contributos (descritivo) e

comentários / alterações decorrentes da ponderação dos contributos.

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6. Introdução de ajustes de melhoria

No seguimento da discussão pública e a partir dos diferentes contributos recolhidos foram

introduzidos ajustamentos de redacção e sistematização ao regulamento, aos anexos tarifários

e ao relatório de fundamentação económico-financeiro, bem como corrigidos alguns erros

materiais detectados. Assim e a exemplo: (i) no regulamento foram corrigidos alguns artigos,

salientando-se no artigo 28.º a questão da publicitação da alteração dos tarifários pelo

Município de Lisboa, no artigo 34º correção dos volumes mínimos sujeitos ao regime

transitório, com outras alterações ao nível de melhoria de redacção; (ii) nos anexos tarifários

das tarifas de RU e de AR, foram corrigidas as periodicidades de aplicação das tarifas de

disponibilidade, de mensal para 30 dias; (iii) no relatório de fundamentação económica foram

introduzidos ajustamentos de redacção/clarificação.

Todas as alterações referidas encontram-se já vertidas nos novos documentos agora

apresentados.

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

Teresa Sá e Melo – Proposta nº 727/2014 – TRU e AR Contributo sobre as Tarifas de Recolha de Águas Residuais e de Resíduos Urbanos

1. Solicita fundamento dos custos totais do Município na proposta.

O custeio está patenteado no Relatório de fundamentação económico-financeira anexo ao Regulamento e foi feito por relação com as atividades objeto da tarifa

2. A proposta da TRU não diferencia os custos atribuídos à limpeza urbana, à recolha e transporte de resíduos efetuados pelo Município (pagos através da TCE e EPAL - conta de terceiros) e o do tratamento dos resíduos realizados pela Valorsul, de que a CML é acionista.

O quadro legal vigente pede a diferenciação dos sistemas obrigando à segmentação dos sistemas. A limpeza não faz parte do custeio da RU. No custeio foram considerados os vários componentes do serviço prestado – recolha, transporte, depósito, tratamento, sendo estes feitos directamente pelo Município e /ou mediante prestação e serviços (FSE) como é o caso do tratamento através da Valorsul.

3. Sendo os tarifários de AR calculado com base no nº de contadores domésticos, por escalões de consumo de água e dado que o nº de contadores domésticos considerado é diferente no tarifário de Saneamento (298.990) e nos Resíduos Urbanos (301.641) contadores domésticos; qual é o nº de contadores domésticos?

O custeio de AR e RU é função do nº total de contadores (domésticos e não domésticos) e é igual nos 2 tarifários. A variação referido prende-se com a diferenciação entre domésticos e não domésticos: os utilizadores não domésticos de utilidade pública têm, no caso da RU a mesma tarifa dos utilizadores domésticos tendo sido, essa conformação, feita via nº de contadores afetos no cálculo da receita potencial

4. O tarifário da TRU, na sua parte variável, não apresenta escalões de consumo para os domésticos ao contrário do que acontece com a tarifa de AR.

A Deliberação nº 928/2014 de 15 de abril, que estipula as disposições aplicáveis à definição, cálculo, revisão e publicitação do serviço de gestão de resíduos urbanos, não permite tarifas variáveis em escalões quanto a esta tarifa.

5. A base de cálculo destas taxas deve ser função do custo real acrescido do consumo, tipo função linear contínua: F(x) = A + Bx

O cálculo do tarifário foi efectuado nos termos da legislação em vigor - Deliberação nº 928/2014 de 15 de abril e de orientações da Entidade Reguladora do Setor – Recomendação IRAR nº 1/2009 – Formação de Tarifários, e Recomendação ERSAR nº 2/2010 – Critérios de Cálculo para a Formação de Tarifários – em que se prevê a demarcação de escalões A tarifa tem subjacente, no quadro legal vigente, o princípio do poluidor-pagador

6. Se a CML não tem contabilidade analítica, deve reconhecer que o novo tarifário proposto é qualitativo e calculado em relação à média nacional das grandes urbes

A metodologia do custeio e a construção dos tarifários seguiu as orientações da Entidade Reguladora do Setor e da legislação em vigor; foi fixada uma metodologia para minimizar os inconvenientes de não estar implementada uma contabilidade analítica, que permitiu o apuramento de custos por função e atividade, respeitando as orientações do POCAL e cumprindo as exigências da Lei nº 53 – E/2006.

Contributo sobre a Taxa Municipal de Proteção Civil

7. O RSB é pago genericamente pelos impostos e quando presta um serviço pontual é pago pelo munícipe através de uma taxa municipal; com a TMPC pretende-se anular as taxas municipais de socorro, não distinguindo o que é pago pelos impostos e o que será pago pela TMPC?

Estão em causa taxas distintas. A TMPC é uma taxa genérica que visa remunerar os serviços assegurados pelo Serviço Municipal de Protecção Civil nos domínios da protecção civil, do combate aos incêndios e da garantia de segurança de pessoas e bens. As outras taxas prestadas pelos serviços de bombeiros e proteção civil (ponto 10 da TTM 2015) respeitam a serviços específicos dos quais resultam utilidades ou benefícios prestados a particulares.

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

8. No quadro de pessoal da autarquia de Lisboa não consta o nº total de bombeiros do RSB mas apenas 2 comandantes; os serviços de RSB e Proteção Civil têm operacionais/bombeiros? A proposta prevê a criação de 1.062 novos postos de trabalho no âmbito da Proteção Civil com um custo em pessoal de 91% do total; serão todos operacionais ou técnicos superiores? Quantos bombeiros estão ao serviço do Município?

A 31/12/2013 a CML tinha 923 bombeiros + 72 elementos de protecção civil e socorro, conforme Relatório de Gestão 2013. No quadro do RSB (estatuto próprio) os bombeiros são todos operacionais, qualquer técnico superior ou de outra categoria pertencem ao quadro da CML. Está a decorrer um concurso para admissão de 50 bombeiros em 2015.

9. Há um aumento substancial dado que a TMPC é uma parcela calculada adicionar ao IMI: total de 0,3375%, correspondendo a TPCM a um agravamento de 11%.

Trata-se de situações distintas; o IMI é um imposto enquanto a TPCM é uma taxa. O Município está a propor simultaneamente a eliminação da Taxa de Conservação de Esgotos que também era calculada sobre o valor patrimonial do IMI.

10. Dado que se considera que a TMPC tem “funções

idênticas às de um prémio de seguro do património imobiliário”; sendo obrigatório por lei que os prédios tenham seguro de riscos; o actual seguro é eliminado?

Na apresentação da TMPC é usada esta analogia para efeitos de construção do racional que liga os serviços que, em concreto, são prestados pelo Município, no âmbito da protecção civil, aos diversos universos que deles beneficiam. A taxa em nada se relaciona com a cobertura feita por seguros de risco que têm outro objectivo e âmbito.

LCT – Lisbon Cruise Terminals Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1. A taxa turística de chegada de 1€ a cobrar representa

em 2015 25% do valor total a ser cobrado pela LCT por passageiro, o que representa um peso significativo.

2. A manutenção da taxa terá impacto na avaliação dos armadores em virem a Lisboa, sendo que os portos alternativos de Vigo, Leixões, Málaga e Gibraltar não cobram qualquer taxa equivalente, podendo vir a tornar-se alternativa a Lisboa.

A taxa será reinvestida para criar novas valências na oferta turística da cidade de Lisboa aumentando por esta via a sua competitividade

3. Nesta indústria, as variações de preços devem ser anunciadas com pelo menos 2 anos de antecedência à sua entrada em vigor, pois os armadores agendam e fecham os preços e começam as vendas 2 antes do início do cruzeiro; um aumento inesperado de custos terá consequências muito negativas no orçamento dos armadores e quanto ao nível de confiança dos armadores no Porto de Cruzeiros de Lisboa.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional. Foi tido em conta o agendamento do sector na medida em que a taxa de dormida só entrará em vigor em 2016.

4. Sendo uma indústria particularmente sensível aos custos e proveitos de operação de cada porto, a perda de receita para a economia local resultante da redução de competitividade e possível deslocalização do destino, será superior à coleta que venha a resultar da aplicação da anunciada taxa.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

5. As taxas existentes do SEF e a nova taxa da CML representarão em conjunto 75% do valor a ser cobrado ao passageiro pelo seu desembarque.

Conciliou-se o objetivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

Presidente do PSD/Açores – Duarte Freitas Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1. A taxa de chegada para os passageiros desembarcados no aeroporto de Lisboa e a taxa de dormida para os hóspedes alojados em hotéis do concelho de Lisboa penalizarão os açorianos que se deslocarem à capital designadamente para tratamentos médicos indisponíveis nos Açores e que muitas vezes obrigam a estadias mais prolongadas, assim como estudantes que vêm frequentar o ensino superior no continente.

Estão isentos da taxa de chegada os passageiros com domicilio fiscal em território nacional. Ficam isentos de dormida os hóspedes cuja estada seja motivada pela obtenção de serviços médicos

2. Está-se perante uma situação de desigualdade em que um cidadão nacional (açoriano) não se poderá deslocar livremente em território nacional como os demais.

Estão isentos da taxa de chegada os passageiros com domicilio fiscal em território nacional.

3. Quanto à cobrança da taxa de chegada só ser cobrada aos voos internacionais, existem diversos voos considerados internacionais que fazem escala nos Açores e que são utilizados pelos açorianos para se deslocarem a Lisboa.

Estão isentos da taxa de chegada os passageiros com domicilio fiscal em território nacional.

4. É solicitada isenção aos açorianos que se desloquem ao continente/Lisboa da taxa de chegada e da taxa de dormida.

Estão isentos da taxa de chegada os passageiros com domicilio fiscal em território nacional.

UACS – União de Associações Empresariais do Comércio e Serviços

Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa e a Taxa Municipal de Proteção Civil

1. Quanto à Taxa de Dormida, questiona-se que tenha sido devidamente avaliado o seu impacto, a curto, médio e longo prazo, no sector do turismo e nos agentes económicos, sendo que o turismo é um sector estratégico para a economia nacional, contribuindo em 10% para o PIB, em cerca de 14% para as exportações totais e contribui em 46% para as exportações de serviços.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

2. Para manter índices de competitividade, terão de ser os agentes privados do sector a internalizar o custo com redução brusca de margens de exploração para absorver aumentos de taxas, comissões e outros custos/encargos para poder suportar o ajuste em baixa dos preços de mercado em condições de economia adversa.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

3. Entendem que a Taxa de Dormida só deve ser aplicada se adotada pelos restantes municípios do distrito de Lisboa sob pena de ser dissuasora do alojamento em Lisboa em benefício de concelhos limítrofes.

Está por demonstrar que o pagamento de uma taxa de dormida de 1 euro seja um factor decisivo nesta opção

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

4. Quanto à Taxa de Chegada, todo e qualquer cidadão nacional que desembarque no Aeroporto de Lisboa proveniente de voo não doméstico e que não resida na cidade, será considerado “turista” o que será penalizador

para os não residentes em Lisboa.

Estão isentos da taxa de chegada os passageiros com domicilio fiscal em território nacional.

5. Deve ser clarificada a afectação da Taxa Municipal Turística a benfeitorias efectuadas em bens do domínio privado municipal, previsto no artº 68º do projeto de alteração do Regulamento Geral de Taxas em apreço

O reinvestimento das receitas será feito na cidade e no sector através do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa

6. Os princípios de equivalência jurídica e proporcionalidade estão consagrados na Lei nº 53-E/2006 de 29 dezembro, e não estão observados na proposta de criação da TMPC em apreço.

Esta taxa visa remunerar os serviços assegurados pelo Município nos domínios da protecção civil, do combate aos incêndios e da garantia de segurança de pessoas e bens, i.e. prevenção dos riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe deles resultantes; atenuação dos riscos coletivos e limitação dos seus efeitos no caso de ocorrência de acidente grave ou de catástrofe; Socorro e assistência às pessoas e outros seres vivos em perigo e proteção de bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público; Reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe, em conformidade com fundamento no nº 2 do artº 5º da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

7. É entendimento da UACS que esta taxa constitui tributação injustificada, na medida em que a actividade de protecção civil é função geral do Estado que cabe a todos os órgãos e departamentos da Administração Pública – artº 1º da Lei de Bases da Proteção Civil aprovada pela Lei nº 27/2006 de 3 de julho

A Lei 65/2007, de 12 de Novembro, ao fixar novo enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, reconhece a importância que os municípios têm na gestão destes riscos, em virtude da sua proximidade ao território e às populações. Sobre esta matéria deve-se ainda observar o disposto na Lei nº53-E/2006, de 29 de Dezembro.

8. A TMPC viola os Princípios da Proporcionalidade e da Igualdade Tributária, pois os proprietários de prédios urbanos serão onerados anualmente em 0,0375% do VPT, taxa que subirá para 0,3% e 0,6% do VPT para prédios degradados/devolutos ou em ruínas, respectivamente, e particularmente em 2015 pois não foi tido em conta o fim da cláusula de salvaguarda de IMI.

O agravamento da taxa para certos prédios, equipamentos e atividades de risco cumpre com o Principio da Proporcionalidade. Com efeito, em certos casos, o estado/uso a que se encontra afeto um imóvel gera riscos de tal modo acrescidos que o princípio da equivalência impõe que se lhes aplique uma majoração na taxa a pagar.

9. Devem ser incluídos no âmbito das entidades isentas de TMPC – artº 62, as entidades sem fins lucrativos enquanto detentoras do estatuto de Utilidade Pública, quanto a imóveis de que sejam proprietárias, desde que afetos à prossecução do respectivo escopo social

As isenções abrangem imóveis de VPT < 20.000€, bem como

imóveis administrativos e sujeitos a actividades de risco acrescido, com nº de efetivos <= 1.000 pessoas

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

IATA – International Air Transport Association Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1. Oposição absoluta à proposta da Taxa de Chegada, na medida em que aumentará os custos totais das viagens (aéreas) com impacto significativo na procura e consequentemente nas indústrias de turismo e aviação do país; a IATA rejeita esta proposta

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

Porto de Lisboa Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1. Esta taxa de 1€ por passageiro significa, para 2015, em

termos percentuais um aumento muito significativo no que concerne à tarifa diretamente imputável ao passageiro. A APL recebe por passageiro cerca de 0,95€, estimativa

tendo por base o número de passageiros de 2013, as taxas auferidas nos termos do contrato de concessão e a tarifa de passageiros. Caso incluamos a Tarifa de Uso Portuário e a Tarifa de Pilotagem (aplicáveis ao navio) este valor sobe para 7,3€. Note-se que se trata de receita e não de resultados. Isto é, há que salientar que a APL tem custos associados ao serviço concreto prestado.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

2. O fator surpresa relativo à aplicação destas taxas (…)

leva os agentes a considerarem Portugal como um destino de “risco” na hora de fixar itinerários para as suas viagens

de cruzeiro e, consequentemente, pode comprometer a receita expectável por parte das entidades que cobram ou pretendem cobrar as taxas em apreciação, para além dos reflexos na economia da cidade. Esta perceção é especialmente preocupante tendo em conta que muito recentemente, a APL, SA, e a LCT – Lisbon Cruise Terminals, Ld.ª, outorgaram contrato de concessão do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, na sequência de procedimento concursal com vista a captar investimento privado para construção de nova gare marítima, pelo que os agentes estarão especialmente sensíveis a qualquer alteração no Porto de Lisboa face ao sucesso da gestão direta pela APL, SA.

A taxa de chegada por via marítima entra em vigor a 1/01/2016

3. Esta taxa penalizará a competitividade do Porto de Lisboa, em relação aos demais portos portugueses, em especial face ao do Funchal e dos Açores onde não só não existem taxas municipais, a exemplo dos demais portos nacionais, como não existe a referida taxa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

4. Contrariamente ao que se passa noutros setores de atividade, qualquer alteração deve na atividade de cruzeiros ser efetuada com bastante antecedência, designadamente dois anos. As escalas dos navios de cruzeiro são anunciadas com a antecedência de um a dois anos e, por conseguinte, a aplicação repentina de novas taxas onerará diretamente os armadores, não permitindo a sua repercussão no valor pago pelo passageiro. Esta é a razão pela qual o contrato de concessão do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, assinado entre a APL, SA, e a LCT, Ld.ª, prevê a aprovação dos tarifários com dois anos de antecedência. O Projeto de Regulamento prevê a entrada em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, não salvaguardando de forma adequada as operações de comercialização já concluídas no sector de cruzeiros mas cujos efeitos se produzem em 2015 ou 2016.

A taxa de chegada por via marítima entra em vigor a 1/01/2016

5. As taxas, incluindo as das Autarquias Locais, assentam, por definição (…), na prestação concreta de um serviço público e não podem ultrapassar o benefício auferido pelo particular, o que, não se vislumbra na fundamentação económica e financeira da taxa em apreciação. (…) Sucede que, sendo inegável que o Município de Lisboa investe quantias significativas para beneficiar o espaço urbano com vista a que a experiência da sua fruição pelos turistas e pelos seus munícipes bem como pelos demais cidadãos da AML que nesta cidade trabalham, não existe, a especial relação bilateral, concreta, entre este investimento e o concreto passageiro do navio de cruzeiro que desembarque em Lisboa que permita que seja criada uma taxa.

Na criação desta taxa atendeu-se à necessidade de assegurar a participação do universo de turistas no financiamento do esforço que a cidade desenvolve para ser e se manter um destino turístico atrativo, conciliando este objetivo com a necessidade de confinar o valor a pagar pelos turistas em patamares comportáveis no quadro da competitividade internacional, e garantir a equidade do tributo face à intensidade do usufruto da cidade

6. Também a possibilidade de consignação da receita a um Fundo nos gera dúvidas, atento o art.º 43.º da referida Lei n.º 73/2013, de 3 de Setembro

Não se evidencia a consignação da receita antes pugnando por um compromisso de afectação de recursos

Confederação do Turismo de Portugal Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1. A proposta não tem em atenção (i) os impactes verificados sobre a viabilidade da mesma sobre as empresas turísticas, (ii) a competitividade das nossas empresas com outras suas concorrentes (em mercados mais maduros), (iii) sobre o emprego;

A atividade turística no Município de Lisboa, tem assumido uma importância fundamental no contexto da atividade económica em geral, local e regional, patenteando uma tendência crescente ao nível dos diversos indicadores: nº de estabelecimentos hoteleiros, capacidade de alojamento, nº de dormidas, taxa média de ocupação, receita originada por quarto disponível e preço médio por quarto vendido. A promoção turística e a disponibilização de espaços turísticos desenvolvida por Lisboa assumiram uma importância estratégica para a economia da cidade de Lisboa em particular, mas também ao nível da área metropolitana em geral, com impacto nacional, fundada na capacidade de criar riqueza e emprego.

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

2. A integração da aplicação desta Taxa Municipal Turística, em nosso entendimento, não encontra qualquer ligação sinalagmática entre as partes envolvidas nesta relação

A sinalagmática está evidenciada na existência de um esforço financeiro Município direccionado para o sujeito passivo da taxa, com expressão nos investimentos directamente associados ao turismo, ou priorizados por via deste, assim como na sobrecarga com serviços urbanos associada à presença temporária de uma população na cidade que se junta à população residente, colocando um acréscimo de pressão no espaço urbano, nas infraestruturas e equipamentos públicos.

3. A proposta não tem subjacente uma avaliação técnica prévia (ao qual o “projecto de Alteração ao Regulamento

Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa” e respectivos anexos, não responde), com os

diversos impactes, no que ao Turismo diz respeito, no que à população de Lisboa respeita e, no que aos Turistas concerne que de alguma forma, possam fundamentar a mesma;

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro. O Plano Estratégico para o Turismo da Região de Lisboa 2015-2019 enquadra aspectos relacionados com esta matéria

4. A proposta n.º 729/2014 - Taxa Municipal Turística (TMT) e anexo não está devidamente suportada para possibilitar uma tomada de decisão, porque não foram convenientemente demonstrados, nem evidenciados, dados fiáveis que a fundamentem;

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

5. A proposta n.º 729/2014 não apresenta uma avaliação das externalidades, nomeadamente no tocante aos aspectos relativos à distribuição da receita obtida por via da introdução da Taxa e de que forma ela reverte para o “serviço turístico”;

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.

Contributos sobre a Proposta das Taxas Serviço de Recolha de Águas Residuais e do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos

1.Quanto às tarifas de AR deve ser explicitado que se trata dos utilizadores finais na área do Município de Lisboa, pois há clientes diretos da EPAL fora de Lisboa;

Acautelado na versão final do regulamento

2.A CML deverá assumir a responsabilidade pela comunicação dos tarifários aos clientes

A CML prestará todo o apoio a esta matéria como devido

AHP – Hotelaria Portugal Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa e Fundo de Desenvolvimento Turístico

1.Questionam que a iniciativa municipal configure uma taxa correspondente a um serviço prestado aos turistas ou sequer uma compensação pela utilização ou sobrecarga do espaço publico mas antes uma forma de encontrar financiamento para a realização de iniciativas cujo benefício directo e exclusivo para o turista é discutível

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

2.Questionam que a iniciativa municipal configure uma taxa correspondente a um serviço prestado aos turistas ou sequer uma compensação pela utilização ou sobrecarga do espaço publico mas antes uma forma de encontrar

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

financiamento para a realização de iniciativas cujo benefício directo e exclusivo para o turista é discutível Entendem que o Centro de congressos carece de rejeita qualquer iniciativa que constitua um entrave à entrada e permanência de turistas em hotéis em Portugal profunda reflexão dado configurar um grande investimento que deverá ter cabal avaliação económico- financeira incluindo verificação da procura e de inexistência de oferta alternativa.

3.Consideram a fundamentação económico-financeira da taxa deficiente e muito insuficiente entendendo não estarem explicitadas as vantagens e benefícios que os turistas colhem do investimento público realizado, assim como não estar demonstrada a ligação da despesa considerada com o turismo

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

4.A AHP considera que a promoção turística e prestação de serviços de informação e apoio aos turistas cabe à ATL não podendo ser arrolada como finalidade a financiar pela taxa; a ATL já é financiada pelos estabelecimentos hoteleiros e também pela CML resultando da criação de uma taxa, também paga por privados, um desequilíbrio entre a componente privada e publica do financiamento da promoção turística de Lisboa, uma duplicação e funções e uma duplicação de verbas para os mesmos fins.

A taxa financia actividade desenvolvida pelo Município de lisboa

5.Não é apresentada fundamentação económica para o valor fixado para as taxas turísticas nem para que a taxa de chegada tenha o mesmo valo da de dormida ou que as mesmas sejam cumulativas;

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro.

6.O Fundo de turismo pode vir a ser discutido mas carece de amadurecimento e terá de ser dissociada das taxas municipais de turismo

Não se evidencia a consignação da receita antes pugnando por um compromisso de afectação de recursos

7.Considera que sendo a fundamentação económico-financeira desadequada e insuficiente tal gera a nulidade das taxas nos termos da aliena c) do nº 2 da lei 53-E/2006, de 29 de Dezembro

A proposta é acompanhada de uma fundamentação económica e financeira em conformidade com os requisitos da Lei nº 53-E/2006 de 22 de dezembro

8.Consideram que a isenção de hóspedes até 13 anos é insuficiente - todos os menores deveriam ficar isentos - uma vez que é prática os filhos menores ficarem no quarto dos pais; assim também para a taxa de chegada.

Considera-se de manter a isenção fixada alargando as isenções as estadias por motivos de tratamento médico

9.Arrolam dificuldades que a cobrança da taxa de dormida pelas entidades exploradoras de empreendimentos turísticos e de alojamento local coloca designadamente quanto a respeitar os requisitos do DL 138/90, de 26 de Abril, alterado pelo DL 162/99, de 13 de Maio, do qual decorre a necessidade de se evidenciar o preço de venda e o preço por unidade de medida, seja qual for o suporte utilizado para os indicar, referindo-se ao preço total expresso na moeda legal em curso devendo incluir todos os impostos e taxas e outros encargos para que o consumidor conheça exactamente o valor a pagar. Assim considera que decorre deste diploma não se poder autonomizar a taxa como preconiza o projecto de regulamento da CMLisboa;

A taxa terá de ser considerada de modo individualizado, concorrendo para o valor final a pagar, à semelhança do que acontece com o IVA

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

9.Questionam como se vai controlar a cobrança da taxa nos estabelecimentos que não hotéis – apartamentos turísticos, moradias, hostels, etc., dado que não se conhece bem este mercado

A taxa só entrará em vigor, nas dormidas, em 2016, podendo neste tempo de permeio haver novos contributos que possam vir a ser considerados

10.Reclamam que pese embora o sujeito passivo seja o turista são os hoteleiros quem vai liquidar e cobrar a taxa e entregá-la à CMLisboa o que gera custos devendo ficar logo consagrada uma percentagem da taxa para o cobrador e não a fórmula genérica proposta pela CMLisboa

A taxa só entrará em vigor, nas dormidas, em 2016, podendo neste tempo de permeio haver novos contributos que possam vir a ser considerados

11.De igual modo entendem de acautelar os casos em que o turista se recusa a pagar e os casos em que paga posteriormente, i.e., consideram que a taxa não pode ser reportada à dormida mas à data do pagamento efectivo pelo turista obstando que a solução preconizada consagra que seja o hoteleiro a adiantar o valor da taxa sempre que o serviço prestado pelo hotel não ocorra na data da dormida e que venha a suportar o custo efectivo da mesma quando se verifique insolvência do operador turístico que fez as reserva

A taxa só entrará em vigor, nas dormidas, em 2016, podendo neste tempo de permeio haver novos contributos que possam vir a ser considerados

12.A AHP manifesta que poderia ser favorável à criação de um fundo de desenvolvimento turístico, com duração limitada, desde que:

- As respectivas verbas fossem exclusivamente consignadas ao desenvolvimento de projectos de turismo e infra-estruturas que sirvam o turismo

- As verbas fossem alocadas a finalidades apresentadas, debatidas e aceites com caracter vinculativo, pela AHP, enquanto associação privada representativa da maioria das empresas hoteleiras nacionais, nomeadamente, de Lisboa, nos respectivos órgãos de gestão

- Que a AHP acompanhasse directamente o cumprimento das obrigações do Fundo

- Que os hotéis associados da ATL tivessem uma concomitante redução da quota fixa que pagam a esta Associação e deixassem de pagar a quota variável

- Que a CMLisboa assumisse o compromisso de ser mais activa na fiscalização do alojamento local e na repressão do alojamento ilegal e assumisse a obrigação do acompanhamento e monitorização da oferta de alojamento existente designadamente vertendo em instrumentos de planeamento os limites á instalação de raiz/conversão/alterações dos prédios urbanos com usso habitacional, turístico ou qualquer outro em alojamento local.

Não se evidencia a consignação da receita antes pugnando por um compromisso de afectação de recursos

AHRESP – associação de Hotelaria, restauração e Similares Portugal

Contributos sobre a Proposta de Aprovação da “Taxa

Municipal de Proteção Civil”

1.Alerta que, embora sem aplicação direta aos sectores integrados na Associação representa, pode vir a ser mais um custo acrescido, por via da aplicação aos estabelecimentos instalados em grandes superfícies comerciais ou gares de transporte, bem como sobre recintos de espectáculo e em todos os estabelecimentos de cariz temporário em feiras, concertos/espetáculos.

A taxa aplicar-se-á às actividades de risco, desde que verificados os requisitos para nível de risco superior a 2, nos casos e conforme condições previstas no Anexo à Proposta de Regulamento.

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

Contributos sobre a Proposta das Taxas Serviço de Recolha de Águas Residuais e do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos

1.O regime transitório proposto para a tarifa de saneamento – consumos superiores a 50 m3 não terá qualquer impacto positivo pra a esmagadora maioria das empresas associadas que são de micro e pequena dimensão; Julga inoportuna a introdução da RU e dará um conjunto de informação designadamente sobre a fórmula de cálculo proposta indexada ao consumo da água em momento oportuno.

Com o regime transitório procurou-se acautelar uma minimização do impacto mais gravoso que ocorre nos escalões de consumo mais elevados. O regulamento prevê a possibilidade de, em casos excepcionais e quando se possa demonstrar, ser fixado outro método de cálculo da tarifa, numa base sectorial ou individual.

Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1.Consideram adversa a criação a taxa dado que estimam terá impacto negativo nas empresas sendo adversa para os interesses do concelho em detrimento dos seus vizinhos, manifestando-se disponível para trabalhar com CMLisboa neste domínio.

A taxa só entrará em vigor, nas dormidas, em 2016, podendo neste tempo de permeio haver novos contributos que possam vir a ser considerados.

Município de Loures Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1.A taxa não se deve aplicar aos moradores, eleitores, trabalhadores e proprietários de Loures, dado que a população do concelho também sofre as consequências negativas do aeroporto como ruido, restrições urbanísticas e outras.

Estão isentos da taxa de chegada os passageiros com domicilio fiscal em território nacional.

ANA - Aeroportos de Portugal Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1.Estranham a aplicação da taxa a turistas que não tenham qualquer permanência na área geográfica do município, não tendo por tal qualquer benefício individualizado dos serviços, equipamentos e produtos com vocação turística disponibilizados pela CMLisboa e, sobretudo, a aplicação restrita da taxa ao Aeroporto de Lisboa com tratamento discriminatório face aos que entram por outras vias designadamente rodoviária e ferroviária.

A sinalagmática está evidenciada na existência de um esforço financeiro Município direccionado para o sujeito passivo da taxa, com expressão nos investimentos directamente associados ao turismo, ou priorizados por via deste, assim como na sobrecarga com serviços urbanos associada à presença temporária de uma população na cidade que se junta à população residente, colocando um acréscimo de pressão no espaço urbano, nas infraestruturas e equipamentos públicos.

2.Mencionam problemas operacionais e económicos que a implementação a taxa determina para a operação do Aeroporto de Lisboa e para a própria Ana, enquanto concessionária, dado não existir qualquer relação jus-tributária direta com os passageiros, sendo pois alheio à Ana o conhecimento sobre os passageiros e se cumprem ou não os requisitos para aplicação da taxa; tal configura exigir uma triagem física de todos os passageiros que diariamente processam no aeroporto de lisboa para apuramento do respectivo preenchimento das condições de aplicação da taxa com impacto negativo relevante no funcionamento e operacionalidade do serviço aeroportuário.

A taxa entrará em vigor em Abril de 2015, acautelando um período para a concertação das questões relativas à operacionalização da taxa

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Contributos /Descritivo Comentários / Alterações decorrentes da ponderação

3.Entendem ser manifestamente insuficiente o regime de compensação de despesas administrativas proposto pela CMLisboa para o cabal ressarcimento dos encargos e investimentos que se afiguram necessários na implementação a taxa.

A taxa entrará em vigor em Abril de 2015, acautelando um período para a concertação das questões relativas à operacionalização da taxa

4.Concluem que a taxa não só levanta dúvidas jurídicas como no caso específico da Ana sérios problemas de praticabilidade e admissibilidade operacional e económica que desaconselham a sua aplicação no aeroporto, considerando que a taxa turística deve cingir-se apenas às dormidas.

Conciliou-se o objectivo de garantir a equidade do tributo dos turistas face à intensidade do uso da cidade com um patamar comportável no quadro da competitividade internacional.

AGEPOR – Associação de Agentes de Navegação de Portugal

Contributo sobre a Taxa Municipal Turística de Lisboa

1.Alerta para a reacção negativa por parte dos armadores aquando da introdução das taxas a pagar pelo SEF de 3 euros por passageiro desembarcado, 2 por passageiro em trânsito e 1 euro por cada tripulante que vá a terra, considerando que a iniciativa da CMLisboa representa mais um euro a acrescer ao que já se paga ao SEF ou à taxa que o Porto e Lisboa ou o novo concessionário desta actividade irão cobrar, o que pode favorecer a procura de portos alternativos e concorrentes a Lisboa

A taxa de chegada por via marítima entra em vigor a 1/01/2016

2.Argumenta quanto a tratar-se de um imposto e não de uma taxa dado não ter correspondência em serviços prestados

A sinalagmática está evidenciada na existência de um esforço financeiro Município direccionado para o sujeito passivo da taxa, com expressão nos investimentos directamente associados ao turismo, ou priorizados por via deste, assim como na sobrecarga com serviços urbanos associada à presença temporária de uma população na cidade que se junta à população residente, colocando um acréscimo de pressão no espaço urbano, nas infra-estruturas e equipamentos públicos.