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1 8ª COMISSÃO PERMANENTE DE TRANSPORTES, MOBILIDADE E SEGURANÇA Proposta nº 429/2020 - Aprovar submeter à Assembleia Municipal, para aprovação, o projecto de Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via PúblicaParecer Parte I - Nota introdutória e enquadramento da Proposta nº 429/2020 A Proposta nº 429/2020 (doravante nomeada simplesmente como Proposta), subscrita pelo Vereador Miguel Gaspar, titular do pelouro de Mobilidade, Segurança, Economia e Inovação, tem em vista proceder à Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública da Cidade de Lisboa, nela se incluindo a fundamentação das respectivas isenções tarifárias, bem como a fundamentação económica das tarifas e taxas alteradas no projecto, sendo composta por 4 anexos: Anexo I: Projecto de alterações ao RGEPVP (versão consolidada) com anexos; Anexo II: Projecto de alterações ao RGEPVP; Anexo III: Fundamentação económica; e Anexo IV: Relatório de Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública. Este projecto havia sido solicitado pelo plenário da AML em 14/5/2019, na sequência da aprovação da Recomendação nº 68/07 (PEV) Período de revisão do Regulamento geral de estacionamento na via pública(Anexo V). A Proposta, após ter sido aprovada por maioria na reunião da Câmara Municipal de Lisboa (CML) de 23 de Julho de 2020, com 9 votos a favor (6PS, 2IND e 1BE), e 8 votos contra (4CDS, 2PSD e 2PCP), foi submetida para apreciação e votação da Assembleia Municipal de Lisboa (AML).

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8ª COMISSÃO PERMANENTE DE TRANSPORTES, MOBILIDADE E

SEGURANÇA

Proposta nº 429/2020 - ‘Aprovar submeter à Assembleia Municipal, para

aprovação, o projecto de Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento

e Paragem na Via Pública’

Parecer

Parte I - Nota introdutória e enquadramento da Proposta nº 429/2020

A Proposta nº 429/2020 (doravante nomeada simplesmente como Proposta), subscrita pelo

Vereador Miguel Gaspar, titular do pelouro de Mobilidade, Segurança, Economia e

Inovação, tem em vista proceder à ‘Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento e

Paragem na Via Pública da Cidade de Lisboa’, nela se incluindo a fundamentação das

respectivas isenções tarifárias, bem como a fundamentação económica das tarifas e taxas

alteradas no projecto, sendo composta por 4 anexos:

Anexo I: Projecto de alterações ao RGEPVP (versão consolidada) com anexos;

Anexo II: Projecto de alterações ao RGEPVP;

Anexo III: Fundamentação económica; e

Anexo IV: Relatório de Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública.

Este projecto havia sido solicitado pelo plenário da AML em 14/5/2019, na sequência da

aprovação da Recomendação nº 68/07 (PEV) – ‘Período de revisão do Regulamento geral

de estacionamento na via pública’ (Anexo V).

A Proposta, após ter sido aprovada por maioria na reunião da Câmara Municipal de Lisboa

(CML) de 23 de Julho de 2020, com 9 votos a favor (6PS, 2IND e 1BE), e 8 votos contra

(4CDS, 2PSD e 2PCP), foi submetida para apreciação e votação da Assembleia Municipal

de Lisboa (AML).

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De seguida, a Proposta foi remetida à 8ª Comissão Permanente de Transportes, Mobilidade

e Segurança (CPTMS) por despacho do senhor Presidente da AML, a fim de ser apreciada

e emitido parecer, pelo que cumpre proceder à emissão do mesmo, em consonância com o

preceituado nos artigos 75º e 76º do Regimento da AML em vigor para o mandato

2017/2021.

Consequentemente, a 8ª CPTMS deliberou começar por ouvir em audição o Presidente da

EMEL, dr. Luís Natal Marques no dia 22/9/2020 e o Vereador Miguel Gaspar em

7/10/2020.

Parte II - Considerandos e Análise da Proposta nº 429/2020

II-1 Dos Considerandos

A CML enumerou, no corpo da Proposta, os seguintes considerandos justificativos:

a) O Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública (RGEPVP),

aprovado através da Deliberação nº 47/AM/2013 (Proposta nº 254/CM/2013), publicada no

1º Suplemento ao Boletim Municipal nº 1050, de 3 de Abril de 2014, e posteriormente

alterado através da Deliberação nº 247/AML/2016 (Proposta nº 154/CM/2016), publicada

no 2º Suplemento ao Boletim Municipal nº 1180, de 29 de Setembro de 2016, adaptou e

condensou, num único instrumento, o conjunto de normas que regulam a utilização das

vias e espaços públicos que o Município de Lisboa delibere sujeitar ao regime de

estacionamento de duração limitada, definindo, ainda, as condições de acesso a

determinadas zonas do território da cidade e as condições de realização de cargas e

descargas na Cidade;

b) A dinâmica verificada na mobilidade da cidade de Lisboa nos últimos anos leva a que

seja oportuna a reflexão em torno da revisão do RGEPVP, de modo a aproveitar a

experiência adquirida para ajustá-lo à atual realidade, contribuindo assim para a melhoria

do sistema de mobilidade;

c) Na prossecução dos objectivos do Município para a mobilidade na cidade de Lisboa,

tem vindo a promover-se o ordenamento do estacionamento, a requalificação dos bairros

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históricos e das praças, incrementando-se, ainda, as infraestruturas que permitem a opção

pelos modos suaves de mobilidade e incentivando-se a utilização do transporte público;

d) A gestão do estacionamento é um importante instrumento de gestão da mobilidade da

Cidade, importando, em face do referido, rever o RGEPVP de modo a introduzir soluções

regulamentares mais robustas, que consolidem a política que neste campo se pretende levar

a cabo;

e) Tal, em conjunto com outras dinâmicas da Cidade, como o aumento do turismo e das

actividades económicas associadas e o incremento do comércio e de serviços em algumas

zonas, justifica que se proceda à revisão do RGEPVP, de modo a promover a

compatibilização das inúmeras solicitações a que é sujeito o espaço público por parte dos

vários agentes utilizadores;

f) Neste sentido, a CML aprovou submeter a consulta pública um projecto de alteração do

RGEPVP, através da Deliberação nº 543/CM/2019, publicada no Boletim Municipal nº

1328, de 1 de Agosto de 2019;

g) Nos termos do disposto no artigo 100.º, nº 3, alínea c), e no artigo 101º, nº 1, ambos do

Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 4/2015, de 7 de

Janeiro, o período de consulta pública decorreu entre os dias 8 de Agosto de 2019 e 30 de

Setembro de 2019;

h) Durante o período da consulta pública, foram recolhidas observações e sugestões dos

interessados sobre o projecto de alteração do RGEPVP, com vista à respectiva ponderação

e elaboração da versão final;

i) Para este efeito, foram ainda realizadas reuniões sectoriais com Juntas de Freguesia e

com associações e empresas com relevo na área logística urbana;

j) Como resultado da consulta pública, foram recepcionadas 78 (setenta e oito)

participações efectivas, contendo um total de 182 (cento e oitenta e dois) contributos;

k) Concluído o período de consulta pública do projecto de alteração do RGEPVP, foi

efectuada a devida ponderação dos contributos recebidos, que se encontra vertida no

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Relatório de Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública (Anexo IV)

apenso à Proposta e que dela faz parte integrante, e em resultado da qual foram

introduzidas alterações ao texto inicial do projecto;

l) O projecto final de alteração do RGEPVP ora submetido para efeitos de sua ulterior

aprovação pela AML contém, ainda, as alterações resultantes das recomendações

formuladas pela respectiva 8ª CPTMS e, bem assim, os contributos apresentados por forças

políticas;

m) O projecto final de alteração do RGEPVP actualiza e uniformiza as normas vigentes em

matéria de estacionamento, revendo o respectivo tarifário, introduzindo duas novas Áreas

Tarifadas (Castanha e Preta) e um conjunto de disposições relativas às cargas e descargas

na cidade, regulamentando ainda inovatoriamente a circulação e estacionamento de

veículos afectos ao exercício das actividades de aluguer e partilha de veículos de

passageiro sem condutor, também designado por sharing;

n) Com a actualização do tarifário de estacionamento de rotação, pretende-se adequar as

necessidades da procura de estacionamento na cidade de Lisboa, por parte de visitantes,

residentes e comerciantes, à existência de alternativas em modos mais sustentáveis e à

efectiva oferta de lugares de estacionamento, criando-se para o efeito duas novas tarifas de

estacionamento previstas no Projecto, correspondentes às Áreas Tarifadas Castanha e

Preta, para locais onde a procura de estacionamento é mais elevada;

o) O projecto procede ainda à adaptação dos títulos de estacionamento existentes, em

função da evolução tecnológica, da realidade do estacionamento na cidade e das

necessidades dos utilizadores;

p) Em especial, o projecto introduz uma nova figura - o Registo de Residente - que visa

possibilitar aos residentes registados o acesso a diversos produtos, para além do Dístico de

Residente, como sejam o acesso a lugar em parque de estacionamento associado à sua zona

de residência, o estacionamento de veículos com Dístico de Mobilidade, a facilitação do

estacionamento de veículo de um cuidador informal e a facilitação de visitas de residentes

em períodos de menor pressão;

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q) No que concerne ao regime de realização de cargas e descargas na Cidade, no projecto

redefinem-se as regras de circulação e paragem para realização destas operações, com o

objectivo de disciplinar, entre outros, o funcionamento das bolsas de carga e descarga, os

respectivos horários e o regime de fiscalização, mas também trazer mais flexibilidade e

eficiência às operações;

r) Destacam-se, ainda, a criação do Dístico de Família Numerosa, que permite às famílias

numerosas usufruírem de lugares de estacionamento exclusivo ou partilhado com outras

famílias numerosas, e a criação dos Dísticos de SNS e IPSS, que permitem o

estacionamento de veículos afectos à prestação de cuidados de saúde e de apoio às

populações em condições mais favoráveis.

II-2 Fundamentação e contributos externos para a Proposta

A CML entendeu que seria oportuno, face à dinâmica na mobilidade de Lisboa, a revisão

do RGEPVP, para que este se ajuste à actual realidade e seja igualmente um contributo

para a melhoria do sistema de mobilidade. Além da promoção dos modos suaves de

mobilidade e o incentivo ao transporte público, também a gestão do estacionamento é um

importante instrumento de gestão da mobilidade da cidade.

Assim, e através da Deliberação nº 543/2019, publicada no Boletim Municipal nº 1328, de

1/8/2019, a CML aprovou submeter a consulta pública um projecto de ‘Alteração ao

Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública’, cujo prazo da consulta

pública decorreu entre os dias 8 de Agosto e 30 de Setembro de 2019, e onde foram

recolhidas observações e sugestões dos interessados, com vista à sua ponderação e

elaboração de uma proposta de versão final.

Neste âmbito, foram igualmente realizadas reuniões sectoriais com Juntas de Freguesia e

com associações e empresas com relevo na área logística urbana. Como resultado da

consulta pública foram recepcionadas 78 participações efectivas, contendo um total de 182

contributos.

Findo o período de consulta pública do projecto de alteração do RGEPVP, foi efectuada a

devida ponderação dos contributos recebidos, que se encontra vertida no Relatório de

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Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública (Anexo IV), apenso à

Proposta e que dela faz parte integrante, e em resultado da mesma foram introduzidas

alterações ao texto inicial do projecto.

Importa referir que o projecto final de alteração ao RGEPVP em análise contém também as

alterações resultantes das recomendações formuladas pela 8ª CPTMS, bem como, os

contributos apresentados pelas forças políticas.

Em termos gerais, o projecto final de alteração ao RGEPVP vem actualizar e uniformizar

as normas vigentes em matéria de estacionamento, revendo o respectivo tarifário,

introduzindo duas novas Áreas Tarifadas (Castanha e Preta), para locais onde a procura de

estacionamento é mais elevada, e um conjunto de disposições referentes às operações de

cargas e descargas na cidade, regulamentando a circulação e estacionamento à actividade

designada por sharing.

Foi introduzida uma nova figura - o Registo de Residente - que visa possibilitar aos

residentes registados o acesso a diversos produtos, a criação do Dístico de Família

Numerosa e dos Dísticos de SNS e IPSS.

Note-se que na mesma reunião de CML, de 23 de Julho de 2020, foi também debatida a

Proposta nº 430/2020, para aprovar a ‘Alteração dos patamares tarifários aplicáveis a

arruamentos específicos da Cidade de Lisboa, no âmbito do Regulamento Geral de

Estacionamento e Paragem na Via Pública’, a qual não se destinava a deliberação desta

AML.

Parte III - Diligências efectuadas no âmbito da 8ª Comissão

Na 110ª reunião da 8ª CPTMS, que decorreu no passado dia 11 de Setembro, por

videoconferência através da aplicação Microsoft Teams, o Presidente da CPTMS referiu

que, em relação à Proposta em análise, a CPTMS já tinha feito uma abordagem ao tema,

ainda antes da sua versão final, numa altura em que decorria ainda a consulta pública, pelo

que parte do trabalho já estaria feito, mas que ainda assim entendia pertinente ouvir o

Vereador do pelouro da mobilidade da CML e a EMEL.

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Neste contexto, a 8ª CPTMS decidiu promover audições ao Vereador Miguel Gaspar e ao

Presidente da EMEL, no âmbito da apreciação da presente Proposta.

III-1 Sessão para audição do Presidente da EMEL, dr. Luís Natal Marques

Na 111ª reunião da 8ª CPTMS, realizada no passado dia 22 de Setembro por

videoconferência através da aplicação Microsoft Teams, decorreu a audição ao Presidente

da EMEL dr. Luís Natal Marques, que através de uma apresentação (Anexo III) começou

por fazer o devido enquadramento do processo e apresentar as principais alterações

relativamente ao anterior Regulamento e aquelas que resultaram da consulta pública.

Começou por referir que a presente Proposta já integrava o resultado da consulta pública.

Destacou a criação de novas tarifas - Castanha e Preta - mantendo-se as já existentes, sendo

que na Proposta é feita uma distinção dos valores a cobrar, que se traduz num desconto no

valor para quem optar pelo pagamento por via electrónica. A EMEL entendeu ser esta a

melhor forma de incentivar o uso desta modalidade, e que cerca de 30% dos utilizadores

opta por este meio de pagamento, o qual constitui ainda uma poupança para a EMEL, quer

ao nível do custo de parquímetros, quer ao nível de logística, onde haveria uma clara

intenção da EMEL no incentivo deste modo de pagamento.

No que respeitava aos resultados da consulta pública, o Presidente da EMEL referiu que

houve 54 participações efectivas, 14 participações de pessoas colectivas, 3 de empresas e 7

de freguesias, explicando a metodologia aplicada na consulta pública. Quanto à definição

dos novos patamares de tarifário a aplicar na cidade, reiterou que esta era uma competência

da CML (conferir Proposta nº 430/2020).

De seguida procedeu à explicação das alterações relevantes ao RGEPVP e as que haviam

resultado da consulta pública, e que diziam respeito a:

I. Inovação Tecnológica

II. Registo de Residente

III. Dístico de Residente

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IV. Sharing

V. Sinalização

VI. Dístico de Empresa

VII. Dístico de SNS

VIII. Dístico de Solidariedade Social

IX. Registo de Acesso a Garagem

X. Dístico de Família Numerosa

XI. Ocupação da Via Pública

XII. Cargas e Descargas

XIII. ZACC

XIV. Fiscalização

XV. Outras alterações decorrentes da consulta pública

Finda a apresentação do Presidente da EMEL, a Secretária da 8ª CPTMS cedeu a palavra

aos DM por ordem de inscrição.

A DM Margarida Penedo (CDS) começou por chamar a atenção para a questão da

desmaterialização dos dísticos, aspecto que entendeu já terá sido pressentido pela EMEL e

que a avançar a desmaterialização, esta poderia interferir na transparência dos processos, e

no próprio escrutínio da actuação da EMEL, ficando os cidadãos sem saber como é que a

empresa estava a executar o seu trabalho.

Questionou o facto de ser possível fazer o registo de residente, mesmo para quem não quer

o dístico de residente, não compreendendo para que servia. Assinalou com gosto o facto de

os veículos de substituição temporária poderem estacionar e ter os mesmos benefícios

atribuídos ao veículo normal de um determinado residente.

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Quanto ao cuidador informal considerou que 2 horas eram muito pouco, tendo questionado

se não poderia ser aumentado, pois o cuidador informal é uma pessoa que presta serviço

até 8 ou 12 horas. Questionou se o cidadão teria de escolher uma zona limítrofe à sua

residência ou se automaticamente passava a poder estacionar em qualquer zona limítrofe à

sua residência.

Referiu ter verificado haver uma proliferação dos sinais horizontais, o que gerava uma

confusão visual, pelo que considerou que seria preferível manter os sinais verticais que,

apesar de tudo, se viam melhor. Por fim, questionou o facto de os veículos eléctricos da

Uber terem direito a dístico, mas os veículos eléctricos de animação turística não terem o

mesmo direito a dístico de isenção.

O DM Miguel Santos (PAN) colocou a questão dos deficientes, que tem questionado

repetidamente e que ainda não vira resolvida. Existiam problemas de pessoas que já

haviam tido o seu lugar marcado, mas que, entretanto, esse lugar desaparecera, tendo

surgido novos sinais para deficientes válidos apenas durante a semana, o que origina que

essas pessoas não podiam sair ao fim-de-semana. Questionou o Presidente da EMEL sobre

se esta situação já estava resolvida e de que forma.

O DM Carlos Barbosa (PSD) referiu que concordava com a DM Margarida Penedo

relativamente à questão do cuidador informal, tendo considerado que as 2 horas seriam

extremamente curtas que havia uma excessiva carga de sinais verticais, que passaria a

haver uma excessiva carga de pinturas na cidade em tudo o que fosse local para estacionar,

tendo questionando o Presidente da EMEL sobre quantos lugares de estacionamento havia

a EMEL perdido, devido à construção das ciclovias.

O DM Rodrigo Mello Gonçalves (IND) levantou duas questões: uma tinha que ver com a

questão da desmaterialização dos dísticos, considerando que poderia haver um menor

controlo do estacionamento exclusivo para residentes, porque as pessoas deixariam de

poder reportar à EMEL situações abusivas que não tivesse sido detectadas anteriormente,

enquanto a outra questão dizia respeito às bolsas exclusivas para residentes, se estas

passariam ou não a permitir os veículos de sharing e, se sim, se esta situação não seria um

desvirtuamento do princípio da bolsa para residentes.

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O DM António Prôa (PSD) questionou relativamente ao controlo do tempo dos cuidadores

informais, supondo que ele só seria viável através de meios electrónicos e, por isso, o

mesmo seria dizer que o acesso dos cuidadores informais a este benefício dependeria da

inscrição e da utilização de meios electrónicos, e que, portanto, não seria utilizado qualquer

dístico identificativo. Pediu esclarecimentos acerca do pagamento do primeiro dístico para

quem pede o segundo. Relativamente à sinalização horizontal apontou ser matéria que a

CPTMS já tinha abordado por diversas vezes, tendo reforçado a preocupação no sentido de

melhor serem identificadas as zonas de estacionamento exclusivo para residentes,

questionando se a sinalização horizontal carecia de alguma alteração ao Código da Estrada;

e, por fim, se o estacionamento para empresas estaria condicionado à disponibilidade do

número de lugares.

Dr. Luís Natal Marques (Presidente da EMEL) esclareceu, quanto às questões colocadas

pelos DM, nomeadamente sobre a questão da desmaterialização do dístico, reconhecendo

que, de facto, o dístico físico permitia um maior escrutínio, admitindo que não seria

impeditivo que a desmaterialização avançasse, pois o Regulamento abria a hipótese dessa

desmaterialização. Explicou a questão do registo de residentes que não têm automóveis,

referindo que há pessoas que são proprietárias de automóveis, mas que não conduzem e a

atribuição de um dístico de usufruto visa obstar essa particularidade.

Quanto ao cuidador informal referiu que o período das 2 horas resultara da discussão

pública, tendo sido o tempo que foi considerado suficiente para estas situações, não

sabendo se houve propostas noutro sentido.

No que diz respeito às zonas limítrofes, continuava a regra de que um residente teria um

dístico, podendo escolher uma zona limítrofe, mas deu o exemplo de poder haver ruas que

dividem zonas, e se do outro lado da rua fosse uma zona que não tenha sido opção do

residente, ele poderia estacionar nesse lado da rua.

Sobre os sinais verticais e marcações no solo, demonstrou preocupação com a proliferação

de sinais verticais, como sendo obstáculos às pessoas com mobilidade reduzida.

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Os veículos eléctricos da Uber teriam dístico verde apenas pelo facto de serem eléctricos,

os quais seriam sempre fornecidos, independentemente de pertencerem à Uber ou a

qualquer outra empresa.

Quanto à questão dos deficientes, referiu que a atribuição do dístico de deficiente caberia à

CML, sendo que a EMEL apenas se limitava a fazer as marcações no terreno que fossem

solicitadas pelo Município.

No âmbito da criação das ciclovias, e segundo os cálculos da empresa, seriam cerca de 30 a

40 lugares subtraídos ao estacionamento, de qualquer modo, e pelas contas que faziam, um

lugar de estacionamento serviria em média 3 automobilistas por dia, e quando esse lugar

fosse ocupado por um conjunto de bicicletas serviria mais de 20 cidadãos que as

utilizassem.

Quanto aos veículos de sharing serem usados em zonas de residentes, respondeu

exemplificando com um morador que tivesse o carro na oficina, e que resolvesse recorrer a

um veículo de sharing, pois, sendo residente na zona, faria sentido que pudesse estacionar

nessa zona.

No que dizia respeito ao tempo dos cuidadores informais ser controlado por meios

electrónicos, respondeu que sim, caso contrário e se o cuidador informal entrasse numa

zona de acesso condicionada para prestar apoio, não seria possível controlar o tempo em

que lá permanecera de outra forma que não por meio.

Em relação aos dísticos, uma elevada percentagem de dísticos de residentes eram primeiros

dísticos (acima dos 75%), os segundos veículos seriam menos expressivos, sendo esta uma

forma que o Regulamento encontrara para fazer uma distinção entre quem tinha apenas um

carro e quem tinha dois ou mais carros.

Na sinalização das zonas de residentes admitiu que a empresa normalmente se encontrava

num grande dilema, que poderia vir a ter alguma alteração com a criação do dístico do

cuidador informal, mas insistiu que reservar zonas exclusivas a residentes geraria sempre

muitas queixas. Tendo em conta de que os lugares na cidade são exíguos, considerava um

desperdício, por exemplo, que existisse uma avenida inteira reservada a residentes e que

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durante o dia não se pudessem lá estacionar em regime de rotação. Lembrou que havia

proposto às Juntas de Freguesia que o estacionamento fosse feito por rotação e para

residentes das 9h às 19h, e que durante a noite já estivesse reservado aos residentes.

Em relação às marcas horizontais para substituir os sinais verticais, elas teriam de ser

homologadas e que o Código da Estrada teria que as prever, pelo que se houvesse alguma

marca que fosse idealizada de novo, ela teria que ser homologada.

Por fim e quanto ao estacionamento das empresas, o critério teria de ser analisado caso a

caso, em articulação com as Juntas de Freguesia e com as necessidades que fossem

transmitidas.

O Presidente da EMEL concluiu a sua intervenção, dando os seguintes dados relativamente

ao número de dísticos:

• 1ª viatura - 85.182

• 2ª viatura - 28.000

• 3ª viatura - 3.096

• 4ª viatura - 36

O Presidente da 8ª CPTMS deu por terminada a discussão deste ponto, sendo que após a

audição do Presidente da EMEL, o DM do PAN fez um protesto relativamente à questão

dos lugares para deficientes.

III-2 Sessão para audição do Vereador Miguel Gaspar

Na 113ª reunião da 8ª CPTMS, realizada no passado dia 7 de Outubro através da aplicação

Microsoft Teams, decorreu a audição ao Vereador Miguel Gaspar, tendo o Presidente da 8ª

CPTMS informado que já tinha havido discussão sobre esta matéria na CPTMS antes da

consulta pública, e que a EMEL já tinha sido também ouvida recentemente sobre esta

versão final do Regulamento.

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O Vereador Miguel Gaspar iniciou a sua intervenção apoiada de uma apresentação (Anexo

IV) sobre o Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública.

Reiterou o aspecto referido pelo Presidente da 8ª CPTMS de que o Regulamento já havia

sido discutido na CPTMS, antes de ser submetido a Consulta Pública, lembrando algumas

das sugestões feitas, nessa altura, no seio da 8ª CPTMS, as quais haviam sido incorporadas

na actual Proposta.

Elencou os principais objectivos de política do novo RGEPVP, tendo referido que o

período de consulta pública fora alargado para além do que seria obrigatório, precisamente

para não decorrer apenas em período de férias. Indicou os resultados gerais da consulta

pública e agradeceu o trabalho dos serviços da Direcção Municipal de Mobilidade pelo

esforço em sistematizar os contributos e pela elaboração do Relatório da Consulta Pública.

Com base na apresentação elencou as principais alterações após consulta pública, no que

dizia respeito a:

• Dísticos

• Cargas e Descargas

• Veículos partilhados (velocípedes com e sem motor)

Terminou a sua apresentação com a imagem do novo zonamento tarifário, como solicitado

pelas Juntas de Freguesia do eixo central, com o ajuste das cores, e informou que este já

estava feito e publicado.

Seguidamente a Secretária da 8ª CPTMS deu a palavra aos DM por ordem de inscrição.

O DM Miguel Santos (PAN) colocou novamente a questão do estacionamento para

deficientes, referindo que segundo informou a EMEL esta não tinha qualquer

responsabilidade na concessão do estacionamento, estando ausente do Regulamento a

regulação dos pedidos de estacionamento para deficientes, e deu o exemplo de uma

munícipe que deixou de ter lugar para estacionar.

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Solicitou que esta situação fosse corrigida, por considerar ser uma deficiência grave no

Regulamento, para que se permitisse que qualquer cidadão, em circunstâncias semelhantes,

pudesse exercer os seus direitos de cidadania, sem ter aquele tipo de entraves, e pudesse

fazer a sua vida normal, tal como os restantes cidadãos.

A DM Margarida Penedo (CDS) questionou se a EMEL já havia alterado alguma coisa na

sua política de renovação dos dísticos, pois tinha conhecimento de que várias pessoas não

haviam estado a receber atempadamente a renovação do dístico, dando o exemplo da zona

do Areeiro, onde haveria grandes alterações em muitas zonas previstas no Regulamento,

questionando se seria por causa dessas alterações para as quais a EMEL já se estaria a

preparar, e se seria ainda por isso que a renovação tardava em chegar aos munícipes.

O DM Rodrigo Mello Gonçalves (IND) colocou uma primeira questão que tinha que ver

com os veículos de sharing e se estes poderiam ou não estacionar em zonas exclusivas para

residentes.

A segunda questão que colocava referia-se a uma situação que o Regulamento previa e

que, por um lado, dizia respeito à EMEL na bonificação de tarifas e, no caso do sharing,

poder vir a aplicar tarifa, sendo aquelas situações competência da AML, e que seriam

sempre colocadas para deliberação deste órgão, pedindo clarificação da parte do Vereador

sobre aquela situação, pois, da leitura do Regulamento, poder-se-ia ficar com a ideia de

que a EMEL poderia, por si própria, aplicar esses descontos.

O DM António Prôa (PSD) começou por dar nota de que todas as sugestões

consensualizadas pela 8ª CPTMS haviam sido acolhidas na actual versão final do

Regulamento. Lembrou ter sido referido pela EMEL, na audição da CPTMS de Julho de

2019, de que a empresa estaria a levar a cabo um estudo sobre o estacionamento e sobre as

necessidades de estacionamento, relacionando-as com a gestão do estacionamento tarifado,

tendo sido afirmado que estaria concluído em Setembro do mesmo ano.

Neste contexto, questionou se esse estudo havia sido concluído e se, tendo sido concluído,

contribuira para a definição de diversas dimensões da aplicação deste Regulamento, quer

no que dizia respeito ao escalão tarifário a aplicar nas diversas zonas, quer na atribuição

dos dísticos às empresas.

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A segunda questão que colocava dizia respeito à atribuição do segundo dístico, na sua

relação com as famílias numerosas, sugerindo que se mantivesse a lógica da gratuitidade

do 1º dístico, concordando com a cobrança de emolumentos na atribuição do 2º e 3º

dísticos. A este propósito, e relacionando com as famílias numerosas, recordou que em

2016 fora aprovada pela CML uma Proposta para que a atribuição de um 2º dístico de

estacionamento a agregados familiares com três ou mais dependentes, deveria cumprir a

regra da atribuição do primeiro dístico. Ou seja, esta Proposta seguia o raciocínio que

famílias numerosas com bastantes dependentes a cargo tinham necessidade de utilizar uma

segunda viatura para a sua gestão familiar. Acrescentou que esta deliberação da CML fora

esquecida neste Regulamento, apelando ao Vereador para reflectir sobre esta questão e ter

em consideração a deliberação da CML de 2016.

A terceira questão que colocava dizia respeito à sinalização das zonas de estacionamento

exclusivo para residentes, sensibilizando para que a sinalização também horizontal com cor

diferente fosse colocada em prática para sinalizar estas zonas. Ainda no âmbito do

estacionamento exclusivo para residentes, referiu terem sido recorrentes as preocupações

para o facto de essas zonas estarem muitas vezes vazias durante o dia, não podendo ser

utilizadas por outras pessoas, sugerindo se não seria vantajoso que o horário, em vez de ser

contínuo, fosse limitado, ficando a partir do final do dia dedicado para o estacionamento

exclusivo para residentes.

Por fim, e quanto à sinalização horizontal para o estacionamento tarifado. e uma vez que

teriam que haver alterações ao Código da Estrada, questionou se a CML já tomara alguma

iniciativa no sentido da sensibilização para a concretização da necessária alteração ao

Código da Estrada para alcançar aquele desiderato.

O Vereador Miguel Gaspar começou por responder à questão do estacionamento para

deficientes, referindo que a matéria não se encontrava prevista no Regulamento porque

estava em vigor um Decreto-Lei e a CML teria que aplicar a Lei, e o que ela previa.

Referiu algumas alterações que a autarquia tinha feito, como por exemplo a retirada da

matrícula naqueles casos, sendo utilizado o número do dístico emitido pelo Instituto da

Mobilidade e dos Transportes (IMT). Reconheceu que a CML, muitas vezes, não

conseguia cumprir com as normas regulamentares a que obedecem os lugares de

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deficientes, e que não dispunha de um mecanismo eficiente para identificar situações de

caducidade dos lugares e de os recuperar, mas havia um trabalho que estaria a ser feito em

conjunto com as Juntas de Freguesia nesse sentido.

Quanto à questão sobre a emissão dos dísticos da EMEL reconheceu que houve de facto

um problema na gestão dos dísticos durante o mês de Junho, sendo que quando há

renovação automática o processo fica mais simplificado, mas, ao fim de três anos, a EMEL

solicitava documentação para a renovação dos dísticos, para evitar situações de alguns

abusos, de pessoas que podiam já não estar a residir naquele local e que continuassem a

usufruir do estacionamento exclusivo para residentes. E ainda, por causa da pandemia, os

prazos de renovação haviam sido atrasados, além de que a EMEL, no mês de Julho, não

estava a ter capacidade de resposta na emissão dos dísticos, o que entretanto se alterou

desde essa altura, com a mudança total dos procedimentos, estando de momento a situação

totalmente normalizada. Acrescentou ainda que aquela situação nada tivera que ver com a

alteração das zonas tarifadas.

No que respeitava à questão do DM Rodrigo Mello Gonçalves, explicou que fora criado

para aquelas situações o dístico de residente sem carro, sendo que um veículo partilhado

poderia estacionar numa zona de residentes se fosse levado até lá por um residente, sendo a

operação controlada por um sistema electrónico que já estaria previsto.

Quanto à gratuitidade do dístico referiu que o que foi introduzido foi uma discriminação

positiva e não negativa. Reconheceu que não tinha conhecimento da deliberação de CML

de 2016, mas não estava desconfortável com a Proposta que o Regulamento introduzia para

as famílias numerosas.

A sinalização de zonas para residentes não teria que ver com o Regulamento, nem com o

Código da Estrada, mas sim com o Regulamento de sinalização e trânsito. Fora elaborado

um parecer pela CML e pela EMEL e enviado à Autoridade Nacional de Segurança

Rodoviária (ANSR), em que havia uma insistência da CML na prevalência da sinalização

horizontal face à vertical, para desobstrução dos passeios, haver menos postes e obstáculos,

podendo a sinalização horizontal ser prioritária. Porém, segundo o que previa o Código da

Estrada, não se podia abdicar da sinalização vertical, havendo grande sensibilização da

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ANSR para esta matéria, e cabendo a esta entidade fazer as alterações necessárias quanto a

essa questão. Neste âmbito, referiu ainda que coisa distinta seria a autarquia realizar de

forma complementar uma pintura numa zona exclusiva para residentes, estando a solução

de se pintar apenas uma bordadura azul em fase de estudo e a aguardar proposta concreta

da parte dos serviços.

Quanto às bolsas para residentes, o Regulamento conferia total flexibilidade face a esta

questão, acrescentando que não tinha conhecimento da situação relatada, e afirmado que

podia haver alterações nas zonas e nos próprios horários, face a necessidades identificadas.

O DM Miguel Santos (PAN) insistiu novamente na questão do estacionamento para

deficientes, relatando a resiliência da munícipe que se tem deslocado a várias sessões da

AML para expor a sua situação, sem que até à altura tivesse tido resposta ao seu problema.

Acrescentou que não lhe parecia aceitável que os cidadãos tivessem que provar de cinco

em cinco anos que ainda não haviam morrido, tendo de haver um mecanismo mais efectivo

para aquelas situações, reiterando a necessidade de resolução daquele problema.

No seguimento da intervenção do DM Miguel Santos do PAN, o Vereador Miguel Gaspar

comprometeu-se com o DM a analisarem em conjunto o caso particular da munícipe.

A DM Margarida Penedo (CDS) referiu que já visto na página da EMEL a possibilidade

para a renovação e o pedido do primeiro dístico, esperando que funcionasse, tendo

questionou o Vereador sobre o que acontecia às pessoas que não tivessem conseguido

renovar o dístico, se haveria nesses casos alguma margem de tolerância por parte da

EMEL, ou se, pelo contrário, poderiam estar sujeitas a multas.

O DM Rodrigo Mello Gonçalves (IND) insistiu na segunda questão que colocou na sua

primeira intervenção relativamente ao que poderia eventualmente ser depreendido como

uma competência da EMEL para fixar tarifas e, na sequência da intervenção do Presidente

da 8ª CPTMS, questionou também a existência do estudo elaborado pela EMEL.

O DM António Prôa (PSD) insistiu novamente na questão das famílias numerosas, e na

resolução aprovada na CML em 2016, questionando o Vereador se quer ele, quer a CML,

aceitavam a discriminação positiva de não prejudicar as famílias numerosas como uma

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possibilidade, nas condições que já havia referido, e se, nesse caso, estaria disponível para

acolher um contributo de ajuste à Proposta de Regulamento aquando da sua aprovação na

AML.

O DM Francisco Domingues (PSD) questionou sobre as isenções de pagamento de tarifas

às entidades religiosas, de estas não estarem incluídas nas isenções, nem estar prevista a

atribuição de lugares de estacionamento privativos a entidades religiosas.

O Vereador Miguel Gaspar começou por responder à questão do DM Rodrigo Mello

Gonçalves, referindo que a tarifa base estava definida no regulamento e o mecanismo de

desconto também, não tendo a aplicação do mesmo que ser deliberada pela AML.

Sobre a questão da DM Margarida Penedo, referiu que, segundo informações da EMEL,

não constatava registo de ter havido falhas no envio das mensagens para renovação dos

dísticos, mas que poderiam ter existido essas falhas, tendo solicitado recentemente à

EMEL o reenvio das mensagens a quem ainda não procedera à renovação do dístico. No

que respeitava à tolerância, ela existira de forma informal, e principalmente durante o mês

de Agosto, quando se estavam a ser recuperados os atrasos de Julho, mas que à data da

audição já não existiria.

Quanto ao estudo da EMEL referiu que este fora particularmente útil para identificar as

zonas mais prioritárias para a construção de novos parques para residentes e, nesse sentido,

influenciar o plano de investimentos da empresa, onde se poderão fazer mais parques nas

zonas de maior défice.

Na questão das famílias numerosas, não tinha uma resposta para dar, nem opinião formada

sobre a matéria, não discordando da necessidade das famílias numerosas de terem uma

segunda viatura para suprir as suas necessidades diárias, comprometendo-se a ver a

questão com o Vice-Presidente no âmbito das restantes taxas municipais, considerando

fazer mais sentido analisar a questão num conjunto das taxas municipais, nas suas

múltiplas vertentes, do que apenas no âmbito do presente Regulamento.

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No que dizia respeita à questão do DM Miguel Santos do PAN, comprometeu-se a revisitar

o caso e a enviar a devida informação ao DM, acrescentando ainda que, por mês, a CML

cedia dezenas de lugares de estacionamento a pessoas com mobilidade reduzida.

Ainda a pedido do DM Francisco Domingues (PSD), o Vereador respondeu à questão

colocada pelo DM, referindo que não tinha havido alteração no Regulamento em relação às

entidades religiosas, mantendo-se as regras anteriores. A novidade introduzida dizia

respeito à atribuição de desconto a conceder às IPSS que iria até 70%, onde muitas das

entidades religiosas acabavam por se enquadrar. Quanto aos pedidos de estacionamento, no

geral, os pedidos eram deferidos nos termos do Regulamento.

O Presidente da 8ª CPTMS agradeceu os esclarecimentos e solicitou que fossem enviados

à 8ª CPTMS tanto a apresentação realizada pelo Vereador, como o estudo elaborado pela

EMEL (Anexo II).

Parte IV - Opinião das várias forças políticas e do relator

Três Grupos Municipais e um Deputado Municipal que exerce o seu mandato como

Independente, representados na 8ª CPTMS, solicitaram que a sua opinião fosse incluída no

presente parecer, pelo que aqui se transcrevem.

IV-1 Opinião do CDS, recebida no dia “quinta 26-11-2020 - 23:21”:

«A proposta em apreço pretende alterar substancialmente a gestão do estacionamento na

cidade de Lisboa o que, directamente, implica mudanças na mobilidade de cidade e por

esse facto reveste-se de uma significativa importância.

Como o CDS-PP tem defendido, o futuro da cidade constrói-se fundado em planeamento

claro, concreto e transparente.

No que respeita ao regulamento de estacionamento e paragem na via pública, a CML

defende a proposta tendo por base os estudos elaborados pela EMEL para o efeito. Nesse

sentido e a pedido da comissão, o vereador Miguel Gaspar comprometeu-se a remeter os

referidos estudos, os quais entendemos serem essenciais para apurar as políticas e medidas

a implementar na presente proposta.

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Reiteradamente e não apenas nesta proposta, a CML compromete-se com o envio de

estudos na área da mobilidade nunca cumprindo, o que revela um enorme desrespeito pelo

trabalho de análise da 8ª Comissão, pelas competências da AML e por uma profunda

avaliação da proposta.

Nesse sentido e apesar de reconhecer o trabalho meritório do deputado relator na

elaboração deste parecer, que felicitamos, os deputados do CDS-PP membros da comissão

votaram contra o mesmo por entenderem que, sem acesso ao estudo, a proposta não se

encontra em condições de ser votada, de forma consciente e criteriosa, em plenário.»

IV-2 Opinião do Deputado Rodrigo Melo Gonçalves, recebida no dia “terça 01-12-2020 -

23:30”:

«O presente parecer transcreve com rigor e isenção as diversas reuniões e diligências

efectuadas pela 8ª Comissão, no âmbito do seu trabalho de análise à proposta 429/2020.

No entanto, e à semelhança do que já aconteceu noutras situações, o executivo da Câmara

Municipal de Lisboa, não remeteu elementos importantes para melhor apreciação da

proposta em apreço. Refiro-me por exemplo a um estudo sobre estacionamento em Lisboa,

anunciado e efectuado pela EMEL ainda em 2019, e que foi por diversas vezes solicitado,

por várias forças políticas e deputados, nomeadamente aquando da audição do Vereador

Miguel Gaspar na 8ª Comissão.

Esta tem sido aliás uma atitude recorrente por parte do executivo camarário, que

sucessivamente faz referência a estudos que justificam opções de gestão da Câmara, mas

depois estes são ocultados dos deputados municipais e dos lisboetas.

Não há razão nenhuma para que tal aconteça, e esse comportamento demonstra um total

desrespeito pelas Comissões da AML, pelo seu trabalho e, no limite, pela própria

Assembleia Municipal de Lisboa.

Face ao exposto, e por entender que se impunha uma tomada de posição política por parte

dos próprios deputados municipais da 8ª Comissão, perante um comportamento que se está

a tornar padrão, votei contra o presente parecer. Não se trata assim de um voto contra o

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teor do parecer ou mesmo as suas recomendações, mas sim de um voto político de protesto

pelo desrespeito à Comissão e contra a ausência de informação relevante, entendendo

assim que a Proposta 429/2020 não está em condições de ser apreciada e votada em

Plenário.»

IV-3 Opinião do PCP, recebida no dia “quarta 02-12-2020 - 18:05”:

«A proposta apreciada no âmbito da 8ª Comissão Permanente assume objectivos com os

quais o PCP, reiteradamente, tem manifestado a sua discordância e oposição.

Não enfrenta o problema do estacionamento na Cidade de Lisboa, antes avança com

medidas de mercantilização do espaço público, sem cuidar de alternativas como a efectiva

construção de parques de estacionamento dissuasores a custo zero para detentores de título

de transporte público válido.

Por outro lado, a presente proposta está a ser debatida ao mesmo tempo que se verifica o

aumento do tarifário de estacionamento na cidade, com a alteração da sua qualificação –

alteração da respectiva cor – em plena pandemia quando o que seria de esperar era a

facilitação da mobilidade dos cidadãos, incluindo em viatura própria, de modo a

salvaguardar as condições de saúde pública e segurança dos cidadãos em relação à

preservação da saúde, sua e de terceiros.

A questão do estacionamento da Cidade de Lisboa está a ser encarada como uma fonte de

receita e não como algo que tem que ser resolvido de forma integrada e interdisciplinar.

O presente parecer e todo o debate referente ao Regulamento Geral de Estacionamento e

Paragem na Via Pública, foi elaborado sob condições de sonegação de informação por

parte da Câmara Municipal de Lisboa, concretamente no que respeita à entrega de estudos

cuja entrega à Assembleia Municipal de Lisboa o executivo camarário assumiu depois de

tê-los identificado e anunciado. Tal situação é para o PCP, além de incompreensível,

inaceitável e limita o exercício do direito de oposição.

O PCP assinala e regista ainda que, neste caso, como em outros anteriores, a 8ª Comissão

Permanente – Transportes, Mobilidade e Segurança viu distribuída à sua responsabilidade

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e para sua análise e elaboração de relatório, a Petição n.º 17/2019 – intitulada “Por um

Regulamento de Estacionamento justo na Cidade de Lisboa”, que deu entrada no dia 10 de

Outubro de 2019, sendo dela subscritores 1174 cidadãos que tem como objecto

precisamente um regulamento de estacionamento justo na Cidade de Lisboa, tudo

indicando que não verá resposta desta comissão e por maioria de razão, da Assembleia

Municipal de Lisboa, em tempo útil, isto é, antes da votação da alteração ao Regulamento

Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública.»

IV-4 Opinião do PSD, recebida no dia “quarta 02-12-2020 - 18:33”:

«O Partido Social Democrata tem vincado bem nos últimos anos a sua posição,

relativamente à forma como a Câmara Municipal de Lisboa (CML) tem ignorado, de forma

reiterada e verdadeiramente incompreensível, diversas solicitações que a Assembleia

Municipal (AML) lhe fez, com vista a que aquele executivo camarário lhe preste

informações ou que lhe apresente documentos, relativamente a distintos assuntos de crucial

importância para a cidade de Lisboa.

Mais uma vez, com vista à apreciação da Proposta n.º 429/2020, a 8.ª Comissão

Permanente da AML (Transportes, Mobilidade e Segurança), solicitou à CML que lhe

fossem remetidos os estudos, que diz existirem, e que fundamentaram a apresentação da

presente Proposta, o que, lamentavelmente, e mais uma vez, não veio a ocorrer.

Estando em causa a aprovação da alteração do “Regulamento Geral de Estacionamento e

Paragem na Via Pública”, e sendo tal normativo um documento de grande relevância para

o nosso concelho, o PSD não poderia votar favoravelmente as Recomendações

apresentadas pela 8.ª Comissão Permanente, insertas no Parecer referente à Proposta n.º

429/2020, por esta Comissão não se encontrar na posse dos estudos que, em tempo, foram

solicitados à CML, e que nunca foram apresentados.

O PSD considera extremamente negativo para a cidade de Lisboa o facto da apreciação da

presente Proposta ocorrer sem que a 8.ª Comissão Permanente aceda à documentação

solicitada à CML, tendo presente que as Conclusões e Recomendações formuladas no

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Parecer supra referido tenderiam a ser diferentes daquelas que foram formuladas, se essa

Comissão detivesse os documentos não apresentados pela CML.

Destarte, é importante que os diversos estudos anunciados pela CML sejam tornados

públicos rapidamente, sendo inconcebível que tal ainda não tenha ocorrido, o que, no

entender do PSD, é uma postura bastante criticável (ainda para mais sendo uma postura

reiterada), por parte da CML.»

Os restantes representantes das forças políticas dos Grupos e Deputadas e Deputados

Municipais que exercem o seu mandato como Independentes, representados na 8ª CPTMS,

bem como o DM Relator, reservam as suas opiniões e a expressão do seu sentido de voto

para a reunião plenária da AML, onde será debatida e votada a Proposta.

O DM relator considerou ainda pertinente anexar ao presente parecer os Anexos da

Proposta, bem como os documentos e extratos referidos nas audições que, até ao momento,

foram remetidos à 8ª CPTMS.

Parte V - Conclusões e Recomendações

Assim, a 8ª CPTMS, reunida no dia 26 de Novembro, pelas 17h00, considerando o

projecto de ‘Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via

Pública’ apresentado pela CML, como anteriormente exposto, os grupos e deputadas e

deputados Municipais que exercem o seu mandato como Independentes da 8ª CPTMS,

deliberam remeter ao plenário da AML as presentes conclusões e recomendações,

solicitando à AML, perante os argumentos contidos na Proposta nº 429/2020, se

recomende à CML e à EMEL que:

1 - Futuras Zonas de Estacionamento de Duração Limitada (ZEDL), a serem

implementadas, sejam acompanhadas dos devidos estudos prévios, devidamente

fundamentados, referentes às reais necessidades dos munícipes e suas dificuldades de

estacionamento nas freguesias, as quais têm uma realidade e vivências próprias, devendo

ter-se em conta o contexto de cada freguesia no conjunto das freguesias da cidade.

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2 - Promovam audições públicas aos cidadãos que permitam aclarar os critérios da

definição das futuras ZEDL, devendo apresentarem a esta AML um relatório de

ponderação, com base nos contributos recebidos nessas audições.

3 - Estes processos sejam devidamente acompanhados de uma consulta pública

amplamente divulgada, que fomente e permita a auscultação e participação dos cidadãos,

garantindo, ao mesmo tempo, uma efectiva democracia participativa, com o objectivo de

encontrar soluções adaptadas às realidades do estacionamento local e na cidade.

4 - Proceda anualmente à avaliação da implementação das Zonas de Estacionamento de

Duração Limitada (ZEDL) nas várias freguesias e apresente essa avaliação à AML.

5 - A CML e a EMEL apresentem a esta AML, no curto prazo, o levantamento de espaços

disponíveis para a implementação de eventuais novos parques de estacionamento.

6 - Com base no levantamento previsto no ponto anterior, a EMEL proceda à criação de

zonas de estacionamento complementar, sejam elas em silos de edifícios em ruína ou

devolutos, tal como compromisso em sessão da CML de 21/12/2016, em terrenos

expectantes ou garagens subocupadas, de modo a permitir aumentar a oferta de

estacionamento local.

7 - A par da promoção de um efectivo reforço e melhoria dos transportes públicos, nas suas

carreiras e horários, a EMEL proceda à implementação de parques de estacionamento

dissuasores, com possível ligação às interfaces dos transportes públicos, medidas que, em

conjunto, poderão contribuir para mitigar a falta de estacionamento no interior da cidade e

reduzir a entrada pendular de viaturas na capital.

Parte VI - Considerações finais

Apesar de a 8ª CPTMS ter procedido a diligências para obtenção dos anunciados e

prometidos ‘Estudo elaborado pela EMEL em 2019’, bem como os ‘Folhetos preparados

pela EMEL para divulgação local das várias ZEDL’, e de ter oferecido alguma tolerância

temporal para a sua recepção, tal não se veio a verificar, motivo pelo qual se encontram

omissos no presente parecer.

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Pelo exposto, conclui-se que a Proposta nº 429/2020, sobre a qual incidiu este parecer, se

encontra em condições de ser debatida e votada em plenário da AML.

O presente parecer foi aprovado por maioria pelos grupos e deputadas e deputados

municipais que exercem o seu mandato como independentes, remetendo para Plenário a

expressão do seu sentido de voto nas recomendações do parecer sobre a Proposta nº

429/2020, referente ao projecto de ‘Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento e

Paragem na Via Pública’.

Parte VII - Anexos ao Parecer

Anexo I: Proposta nº 429/2020 - Aprovar submeter à Assembleia Municipal, para

aprovação, o projecto de ‘Alteração do Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem

na Via Pública’, e respectivos anexos.

Conferir https://www.am-lisboa.pt/301000/1/014578,000593/index.htm

Anexo II: Apresentação efectuada pelo Presidente da EMEL no dia 22 de Setembro

Anexo III: Apresentação efectuada pelo Vereador Miguel Gaspar no dia 7 de Outubro

Anexo IV: Recomendação nº 68/07 (PEV) - Período de revisão do Regulamento geral de

estacionamento na via pública, aprovada na AML de 14/5/2019, conferir https://www.am-

lisboa.pt/302000/1/012094,000424/index.htm

Assembleia Municipal de Lisboa, 26 de Novembro de 2020

Presidente da 8ª CPTMS Deputado relator

(António Prôa - PSD) (Sobreda Antunes - PEV)