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RELATÓRIO NACIONAL APURAMENTO E PONDERAÇÃO DOS RESULTADOS DA CONSULTA PÚBLICA PORTUGAL I Maio 2016

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RELATÓRIO NACIONAL

APURAMENTO E PONDERAÇÃO DOS RESULTADOS DA

CONSULTA PÚBLICA

PORTUGAL I Maio 2016

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Edição Direção-Geral do Território Rua da Artilharia Um, n.º 107, 1099-052 Lisboa ∙ Portugal www.dgterritorio.pt | [email protected]

Maio de 2016

Equipa Técnica Cristina Cavaco (coordenação) António Graça Oliveira Cristina Gusmão Margarida Castelo Branco Margarida Nicolau Maria da Luz França Maria do Rosário Gaspar Marta Afonso Marta Magalhães Nuno Esteves Ricardo Gaspar

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

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ÍNDICE

1. ENQUADRAMENTO ........................................................................................................ 4

1.1. Introdução .................................................................................................... 4

1.2. Cronologia do processo ................................................................................ 4

1.3. Publicitação da consulta pública .................................................................. 5

2. ANÁLISE GERAL DA PARTICIPAÇÃO ................................................................................ 6

2.1. Perfil dos participantes e diversidade das questões suscitadas ................... 6

2.2. Metodologia de análise e ponderação ......................................................... 7

3. SÍNTESE E CONCLUSÕES ................................................................................................. 8

3. 1. Matriz de ponderação final e de acolhimento.............................................. 8

3. 2. Ponderação e acolhimento de demais contributos .................................... 43

3. 3. Balanço global do processo e considerações finais .................................... 45

ANEXOS ................................................................................ ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

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1. ENQUADRAMENTO

1.1. Introdução

O Relatório Nacional Habitat III constitui o contributo de Portugal para a terceira conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre habitação e desenvolvimento urbano sustentável (Habitat III), que terá lugar em Quito (Equador), em outubro de 2016.

Este relatório depende do envolvimento ativo de todos os agentes que intervêm nos setores da habitação e do desenvolvimento urbano, com destaque para a administração pública, central e local, mas também para o setor privado e todos os demais atores cujo contributo é determinante.

A Consulta Pública, cujo Relatório de Apuramento e Ponderação dos Resultados agora se apresenta, teve como objetivo a recolha de comentários e sugestões de todas as partes interessadas, atendendo ao Princípio da Participação previsto no Artigo 12º do Decreto-Lei nº 4/2015, de 7 de Janeiro (Código do Procedimento Administrativo), bem como o disposto no Artigo 48º da Constituição da República Portuguesa, no que à Participação na vida pública diz respeito.

1.2. Cronologia do processo

O Relatório Nacional Habitat III foi elaborado por uma equipa técnica da Direção-Geral do Território (DGT) com a colaboração de uma rede de pontos focais, composta por representantes de organismos da Administração Central e da Administração Regional e Local.

Entre 14 de março e 12 de abril de 2016, foi colocada à consulta pública a proposta resultante daquele trabalho conjunto, convidando todos os interessados a participar e enviar os seus contributos e sugestões, através do preenchimento de um formulário eletrónico disponibilizado para o efeito no website do Habitat III – Portugal (URL: http://habitatiii.dgterritorio.pt/).

A condução do processo de consulta pública, bem como do subsequente apuramento e ponderação dos respetivos resultados, à DGT, organismo responsável pela coordenação dos trabalhos para efeitos da produção do Relatório Nacional.

Do apuramento e ponderação dos resultados da consulta pública, resultaram um conjunto de alterações e ajustamentos ao documento disponibilizado para consulta

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pública, que permitiram chegar a uma versão técnica final, a qual será submetida ao Governo para efeitos da sua aprovação e submissão ao Secretariado do Habitat III.

1.3. Publicitação da consulta pública

A divulgação desta consulta pública foi feita através dos websites do Habitat III - Portugal e da DGT. Foi ainda solicitada a colaboração dos organismos da rede de pontos focais, para que divulgassem nos seus websites oficiais o período de consulta pública e o acesso ao website Habitat III – Portugal.

Este processo foi ainda objeto de divulgação através da newsletter n.º 11/2016 do Fórum das Cidades.

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2. ANÁLISE GERAL DA PARTICIPAÇÃO

2.1. Perfil dos participantes e diversidade das questões suscitadas

O processo de consulta pública contou com 11 respostas válidas inseridas através do formulário eletrónico disponibilizado para o efeito. Foram ainda recebidos por correio eletrónico, dentro do prazo previsto, 5 contributos escritos, os quais se considerou igualmente de ponderar, embora seguindo um processo de ponderação diferenciado desenvolvido no ponto 3.2 deste relatório.

Relativamente aos contributos recebidos através do formulário eletrónico, estes são provenientes dos seguintes participantes:

Autarquias Locais:

Câmara Municipal de Celorico da Beira

Câmara Municipal de Abrantes

Câmara Municipal de Câmara de Lobos

Câmara Municipal da Maia

Câmara Municipal de Lisboa

Organização não-governamental:

GEOTA – Grupo de Estudos do Ordenamento do Território

Habita65 – Associação pelo Direito à Habitação e à Cidade

PpDM – Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres

EOS – Associação de Estudos, Cooperação e Desenvolvimento

Fundação Cuidar o Futuro

Associação cultural sem fins lucrativos:

AP2 – Associação para a Participação Pública (Associação Portuguesa de Arte Urbana)

Os contributos recebidos por correio eletrónico são provenientes das seguintes entidades:

Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG)

Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL)

Governo Regional da Madeira (GRM)

Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA)

Plataforma Portuguesa para o Direito das Mulheres (PpDM)

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Relativamente às questões suscitadas pelas entidades que inseriram a sua participação na plataforma eletrónica, estas incidiram sobre os seguintes pontos do documento:

Quadro 1 – Número de questões suscitadas por capítulo do documento

Capítulo n.º

Introdução 6

Capítulo I 11

Capítulo II 13

Capítulo III 11

Capítulo IV 12

Capítulo V 11

Capítulo VI 11

Capítulo VII 5

Bibliografia 4

Anexos 5

2.2. Metodologia de análise e ponderação

Foi elaborada uma matriz de ponderação final e de acolhimento em que se indicaram o registo e identificação dos autores das observações e sugestões, as respetivas observações e a ponderação e acolhimento das mesmas.

A natureza da ponderação e acolhimento das observações traduziu-se nos seguintes termos de tipificação aplicada ao tratamento das questões levantadas:

A – Aceita

PA – Parcialmente Aceite

NA – Não Aceite

n.a. – não aplicável

As duas primeiras classificações (Aceite e Parcialmente Aceite) constituíram-se como razões de alteração e melhoria do texto inicial do relatório.

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3. PONDERÇÃO E CONCLUSÕES

3. 1. Matriz de ponderação final e de acolhimento

Os resultados da participação foram apresentados numa matriz que, a partir dos contributos recebidos, agrupa as observações e sugestões em função da sua incidência: capítulos do relatório, introdução, anexos e bibliografia. A matriz apresenta igualmente a respetiva ponderação e o acolhimento dado às sugestões, expressos de forma descritiva e sucinta, em termos de efeitos na formulação do documento. As propostas de alteração e de melhoramento pontuais, nomeadamente no que se refere a correções ortográficas, de sintaxe e de terminologia, foram globalmente acolhidas no texto, tendo observações e sugestões de caráter técnico sido avaliadas e, sempre que considerado relevante e pertinente, traduzidas em novas redações, reformulação e inclusão de conteúdos. Nos casos em que os contributos incidiram sobre questões de fundo, regra geral relacionadas com lacunas ou alegadas insuficiências da proposta submetida a consulta pública, assim como com matérias transversais e de estrutura, entre outras, a apreciação destas observações e sugestões mereceu, pela sua complexidade, maior desenvolvimento.

Os critérios adotados para a avaliação da relevância das observações e sugestões foram aplicados com o propósito de situar as questões no objetivo do documento e contexto das temáticas abordadas, no que se refere à coerência interna dos conteúdos, permitindo a incorporação ponderada de melhorias no texto.

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Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

Introdução

47 Município de Celorico da

Beira

Após leitura do Relatório, na sua introdução é apresentado o país, nas diversas temáticas com relevância para os assuntos desenvolvidos nos capítulos seguintes. Considera-se suficiente e de leitura fácil e percetível e com os dados que sucintamente, mas de forma eficiente, caracterizam o país.

n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

106 Câmara Municipal de

Câmara de Lobos

Após análise geral do Relatório Habitat III, concluímos que o mesmo apresenta lacunas consideráveis relativamente à informação sobre a Região Autónoma da Madeira, em todos os capítulos (Demografia Urbana, Ordenamento do Território e Planeamento Urbano, Ambiente e Urbanização, Governação Urbana e Legislação, Economia Urbana, Habitação e Infraestruturas Básicas, Indicadores). Neste sentido, sugerimos o complemento da informação em falta, em articulação com os organismos regionais competentes.

PA

Reconhecendo-se a pertinência das observações feitas relativamente às lacunas respeitantes à Região Autónoma da Madeira, as mesmas foram em parte superadas nesta fase pós-consulta, tendo por base a informação enviada pelo Governo Regional da Madeira, órgão representado na Rede de Pontos Focais Habitat III. Atendendo às especificidades próprias da Região da Madeira e ao regime de autonomia administrativa que a Constituição Portuguesa lhe consagra, não poderão os restantes organismos da Administração Pública Central que compõe a RPF colmatar por si, sem o contributo do órgão de governo regional competente, as restantes referidas lacunas.

113 Município da Maia Relativamente ao presente ponto do relatório nada há a

referir. n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

Em set. foram adotados 17 ODS. A Declaração política da 59ª Sessão da CSW –afirma que “a realização plena e efetiva da Declaração e da Plataforma de Ação de Pequim (…) essencial para (…) fazer face aos desafios críticos remanescentes mediante uma abordagem transformadora e abrangente na Agenda de Des. pós-2015, incluindo através do ODS sobre Alcançar a Igualdade de Género e o Empoderamento de todas as Mulheres e Raparigas, (…) e também através da integração de uma perspetiva de género na Agenda de Des. pós-2015”. Assumiu-se o compromisso de “garantir a integração de uma

PA

Reconhecendo-se a importância da Agenda 2030 e respetivos ODS e, muito em particular, a pertinência das questões relativas à igualdade de género e empoderamento das mulheres no contexto do desenvolvimento urbano, importa referir que as mesmas se encontram tratadas com a necessária especificidade no capítulo I.5 do presente relatório. Apesar do atual contributo não apresentar qualquer observação ou sugestão concreta relativamente aos conteúdos do documento e, mais particularmente, aos conteúdos específicos da Introdução, foi introduzida

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Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

perspetiva de género nas preparações e na implementação integrada e coordenada, bem como no acompanhamento de todas as principais Conferências e Cimeiras das NU nos domínios do des. económico, social, ambiental, humanitário e outras áreas conexas para que possam contribuir de facto para a realização da igualdade de género e empoderamento de todas as Mulheres e Raparigas. A HABITAT III é a 1ª conf. da ONU após Agenda 2030.

referência à integração da perspetiva de género em todos os domínios de ação do município, no contexto das competências municipais.

122 EOS - Associação de

Estudos, Cooperação e Desenvolvimento

A Agenda 2030 (17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) é o referencial adoptado pelas Nações Unidas e, portanto, pelo Estado Português para os próximos 15 anos. A HABITAT III está intimamente relacionada com o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 11 - “Cidades, e Comunidades Sustentáveis”, no âmbito do qual o empoderamento das mulheres e a sua relação com o desenvolvimento sustentável constitui um aspeto essencial e, portanto, com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 "Alcançar a Igualdade de Género e o Empoderamento de Todas as Mulheres e Raparigas". Assim, e no respeito daquele que é o enquadramento para as políticas políticas para os próximos 15 anos - a Agenda 2030, e sendo que a HABITAT III é uma das grandes conferências da ONU em 2016, deve integrar devidamente a perspectiva de género, e o relatório nacional fazer referência a este enquadramento desde a introdução.

A

Reconhecendo-se a importância da Agenda 2030 e respetivos ODS e, muito em particular, a pertinência das questões relativas à igualdade de género e empoderamento das mulheres no contexto do desenvolvimento urbano, importa referir que as mesmas se encontram tratadas com a necessária especificidade no capítulo I.5 do presente relatório. Contudo, foi dado o devido acolhimento à proposta de integrar na introdução a perspectiva de género, designadamente associada às competências municipais.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O Habitat III espera “novos desafios, tendências emergentes e uma visão prospetiva para o desenvolvimento urbano sustentável” (p.11). No Relatório, genérico e inacessível à maioria dos leitores, o ímpeto de mostrar “o feito” sobrepõe-se ao esforço por “fazer melhor”, não se vislumbrando contribuições práticas para melhorar o “Habitat III”, cá e noutros locais. No contexto de “saber de experiência feito” que nos caracteriza, importa reportar os resultados conseguidos nos projetos realizados e em curso, em vez de os

PA

A fase de inquérito público não configurou, no âmbito da preparação do Relatório Nacional Habitat III, o único meio disponível de participação pública no processo. De facto, ao longo de todo o processo de elaboração do Relatório Nacional, que teve o seu início formal no dia 16 de setembro de 2015, altura em que ocorreu a 1ª reunião da rede de pontos focais, esteve disponível um website dedicado que, para além de veicular informação sobre o Habitat III e a condução dos trabalhos preparatórios no contexto do nosso

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

criticar (p.105). Ao solicitar a participação da Sociedade Civil (SC) apenas no final, em 1000 caracteres, este Relatório cultiva “a incipiente cultura de participação da sociedade civil em Portugal e a importância dessa participação na execução de políticas” (p.56). Sugere-se a redução do Relatório (e a exclusão da frase citada), o convite à SC a apresentar anexos de uma página descritivos de boas práticas, e a reformulação deste na atitude prospetiva solicitada.

país, oferecia uma plataforma e espaço de participação pública. Mediante registo, a plataforma esteve aberta a qualquer cidadão ou instituição interessado em participar, permitindo o envio, a todo o tempo, de questões, comentários e outras sugestões. A divulgação pública do respetivo website aconteceu, em permanência, na área de destaques do Portal da DGT.

A frase em questão foi alterada no contexto do ponto II.14.

Relativamente à sugestão de incluir anexos com boas práticas, importa ainda referir que no Portal Habitat III – Portugal (www.habitatiii.dgterritorio.pt), criado especificamente para o efeito, foi desenvolvida uma área para divulgação de boas práticas, onde constam um conjunto de exemplos associados ao envolvimento das comunidades e à participação sociedade civil. Esta área poderá ser sempre alimentada e incluir outros projetos e casos de referência. Atendendo ao limite de palavras imposto pela ONU para os relatórios nacionais, considerou-se que esses exemplos deveriam ficar espelhados no website nacional e não no relatório propriamente dito. O presente contributo não indica, contudo, exemplos de boas práticas que queira ver incluídas nesse mesmo espaço.

Capítulo I — Demografia Urbana

47 Município de Celorico da

Beira

São apresentados dados consistentes, fornecidos por entidades credíveis. É feita uma caracterização bastante pormenorizada do país, no que respeita à Demografia Urbana

n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

77

AP2 - Associação para a Participação Pública / (Associação Portuguesa

de Arte Urbana)

.3. Respostas às necessidades da juventude em meio urbano De notar o crescimento do envolvimento de autarquias (por exemplo Lisboa e mais recentemente o Porto) e centros de investigação (por exemplo CIEBA/ F. Belas Artes da Universidade de Lisboa, com Urbancreativity.org) no

A

Considera-se de aceitar a ideia relativa ao crescente envolvimento entre autarquias e centros de investigação e às consequências positivas que isso tem trazido para a economia e empreendedorismo jovem.

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

desenvolvimento de iniciativas relacionadas com o Graffiti, Street Art e Arte Urbana. Alterações têm ocorrido ao nível do ambiente urbano através de um conjunto de intervenções de grande escala, e reposicionamento reflexivo através da organização de conferências e publicações. Estas atividades têm desenvolvido consequências positivas na economia por via do turismo e empreendedorismo jovem na área das indústrias criativas.

113 Município da Maia Na componente da gestão da urbanização considera-se que a

caracterização poderia ser enriquecida com indicadores de pressão urbanística.

NA A proposta não é suficientemente explícita relativamente ao

tipo de indicadores mencionados.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

A Agenda 2030 é o quadro mundial para políticas públicas, sendo objetivo global atingir a igualdade mulheres/homens até 2030, com avanços significativos até 2020: Planeta 50/50. Nesta agenda o ODS 5 visa Alcançar a Igualdade de Género e o Empoderamento de todas as Mulheres e Raparigas e a Igualdade de Género é componente transversal em todos os ODS, particularmente: ODS 11 – Cidade e Comunidades Sustentáveis. As cidades e a nova agenda urbana têm que ser baseadas nos DH, formulada c/ base necessidades e participação de todas pessoas: incluindo mulheres, em toda a diversidade e idades – crianças, jovens, adultas, mais velhas, com dificuldades de mobilidade, migrantes, refugiadas... A cidade tem que ser de todas p/ todas. Promover cidades seguras sem violência contra as mulheres e raparigas nos espaços públicos; articulação entre vida familiar, profissional e pessoal; transportes públicos; energias limpas, equipamentos e serviços acessíveis; política de hab inclusiva; planeamento urbano integrado...

A As preocupações manifestadas no presente contributo

foram genericamente incorporadas nos pontos I.5 e I.7 do presente relatório.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson

Há projetos na Sociedade Civil que merecem destaque, nem que seja nos anexos.

n.a. A sugestão, ainda que pertinente, não foi feita em moldes

suficientemente concretos que permitam a sua inclusão no relatório. Veja-se comentário anterior relativo à inclusão de

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

brito) casos de estudo no âmbito do portal Habitat III Portugal.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Concordamos com a importância dada ao incentivo da complementaridade entre regiões. • Apesar de mencionar as várias razões para a urbanização acelerada e expansão urbana desordenada, não avalia nem quantifica a perda de património natural e cultural, o impacto da fragmentação do território na biodiversidade. • Não é abordada a precariedade laboral como um dos fatores para o quadro demográfico existente e uma das razões para as dificuldades de acesso à habitação. Consideram-se os estágios profissionais e outros apoios como incentivos à criação de emprego mas não são ponderadas as suas vantagens ou desvantagens, incluindo a distorção do mercado laboral.

PA

É de considerar a alusão à perda de património natural e cultural nas zonas de maior pressão demográfica, bem como, o impacto da fragmentação do território na diminuição da biodiversidade.

Será a precaridade laboral (atual) ou o próprio mercado laboral (mesmo em períodos anteriores de maior estabilidade) que influenciou a ocupação nos limites dos grandes centros urbanos (preços mais baixos, mas a distâncias toleráveis de movimentos pendulares?

Relativamente à observação feita sobre os estágios profissionais e outros apoios, considera-se de aceitar no capítulo V – Economia Urbana, tendo sido integrada no subcapítulo V.31 a seguinte redacção: “Verifica-se, no entanto que, medidas como estágios profissionais e outros apoios como incentivos à criação de emprego, carecem de maior ponderação sobre as suas vantagens e desvantagens, nomeadamente a distorção do mercado laboral.”

Capítulo I — Demografia Urbana: Dificuldades Encontradas e Lições Aprendidas/Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana

47 Município de Celorico da

Beira

O ponto I.6. é bastante incisivo e assertivo, dadas as circunstâncias sócio económicas atuais. O ponto I.7. aborda aquilo que está a ser aa "filosofia" adotada para a organização espacial do território nos próximos anos, nomeadamente a contenção dos perímetros urbanos e o fim da especulação imobiliária, criada com o excesso de Espaços Urbanos. Concorda-se com esta filosofia em termos de ordenamento do território; estes dois pontos são apresentados de forma sucinta e assertiva.

n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

113 Município da Maia Quanto às dificuldades e desafios futuros a abordar nada há a

acrescentar. n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

As mulheres e meninas nas cidades enfrentam um conj de vulnerabilidades e obstáculos específicos: desigualdade de género, violência contra as mulheres, pobreza, trabalho não remunerado de prestação de cuidados, controlo limitado sobre bens e propriedades, participação desigual na tomada de decisão pública e privada; bem como, obstáculos à educ, emp, habitação e serviços básicos. No processo de rápida urbanização, a não integração plena da dimensão da igualdade de género no planeamento urbano, na legislação, nas finanças e no desenvolvimento económico dificulta o desenvolvimento inclusivo das cidades, bem como a plena integração das mulheres e meninas na vida económica, social, política e cultural das cidades e, portanto, impede o desenvolvimento de uma cidade mais justa. De modo a empoderar as mulheres e meninas, e a melhorar o bem-estar de todas as pessoas na cidade, é fundamental trabalhar para promover cidades inclusivas, com espaços que acolham e envolvam mulheres e meninas.

PA

Considera-se de aceitar, nos pontos I.6 e I.7., o reforço da ideia aqui expressa, salvo os casos em que tal já consta no relatório.

123 Câmara Municipal de

Lisboa

Para além de uma abordagem assistencialista, face ao envelhecimento da população, muito baseado na criação das necessárias redes de apoio social, deveriam enquadrar-se políticas de rejuvenescimento da população, de aproveitamento do ativo de conhecimento de populações envelhecidas num quadro de uma economia mais baseada no conhecimento que no esforço físico, o desenvolvimento de uma economia preparada para o envelhecimento, quer na forma de financiamento dos sistemas de proteção social, quer no desenvolvimento de novos produtos e serviços destinados á população sénior. Por outro lado o relatório não aborda o contributo das comunidades emigrantes principalmente na

PA

Considera-se de aceitar a referência a políticas de rejuvenescimento da população e de integração das comunidades emigrantes.

Ainda que pertinentes, algumas sugestões carecem de especificação no sentido de avaliar se se referem a aspectos que não constem no texto do relatório (e.g. novos produtos e serviços destinados à população sénior).

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

composição social das duas áreas metropolitanas do País, bem como a assunção de políticas de integração destas comunidades.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O tópico “Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo” é utilizado como um longo resumo, impossibilitando a distinção entre as “dificuldades encontradas e lições”. O tópico “Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana” limita-se a resumo dos anteriores resumos, resultando numa nuvem de assuntos sem a profundidade necessária: as “Questões e desafios” propostas devem corresponder à importância do título.

n.a.

A integração num único subcapítulo das dificuldades encontradas e lições aprendidas decorre diretamente da estrutura proposta pela ONU, sendo tratado como um capítulo de súmula dos problemas que o diagnóstico da situação nos últimos 20 anos permitiu evidenciar. No subcapítulo seguinte procuram sistematizar-se as questões que, em face da situação e problemas descritos em cada domínio temático, se colocam com maior acuidade para o futuro, constituindo-se como desafios a considerar, designadamente no âmbito da concepção e implementação das políticas públicas.

Capítulo II — Ordenamento do Território e Planeamento Urbano

47 Município de Celorico da

Beira Estudo consistente e bem fundamentado. n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

99 Câmara Municipal de

Abrantes

Na abordagem ao Capitulo II – Ordenamento do Território e Planeamento Urbano, propomos o seguinte: para além dos Sistemas de Monitorização e Avaliação dos IGT's, e dos correspondentes indicadores, que sustentem futuras revisões/alterações dos planos, seja consagrado nos mesmos, para a prossecução da Sustentabilidade e dos Objetivos, a existência de uma efetiva Execução dos Planos. Consagrando prioridades, prazos, sistemas e instrumentos para a concretização das propostas (ações) dos planos, e assumindo a execução do plano no âmbito das ações de origem sistemática e não sistemática.

A

Considera-se de aceitar o presente contributo no ponto II.14 onde se procedeu à introdução de um novo parágrafo. com a seguinte redação: "Mas também é fundamental que os municípios assumam programação da execução efetiva dos planos territoriais consagrando prioridades e prazos para a concretização das propostas dos planos, recorrendo aos instrumentos de contratação e execução já consagrados na Lei."

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

109 Habita65 – Associação

pelo Direito à Habitação e à Cidade

II.9 Melhoria da gestão do solo urbano, incluindo a expansão urbana Sem referência ao impacto da lei das rendas. Quantas pessoas foram despejadas ao abrigo da nova lei das rendas?

NA

O impacto da Lei das rendas é referido tanto no Cap II, do ponto de vista da cidade, e Cap V do ponto de vista mercado de arrendamento.

Desconhecem-se estudos sobre n.º de pessoas despejadas ao abrigo da nova lei das Rendas, estabelecendo a lei garantias para os mais desfavorecidos e pessoas idosas.

113 Município da Maia

No domínio de assegurar o planeamento e o desenho urbano sustentável dão destaque ao contributo das recentes alterações legislativas no domínio da nova lei de bases do solo e do novo regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial para este desígnio, sendo que esta componente importa ser complementada com a revisão de outros diplomas legais, como seja o do código das expropriações, bem como articulação com o Código do IMI e IMT e bem ainda com o dos Registos e Notariado.

A

Considera-se de aceitar o contributo, propondo-se a introdução de um novo parágrafo no Ponto II.14. com a seguinte redação: "Importa ainda complementar o quadro legal do sistema de gestão territorial com a revisão doutros diplomas como sejam o código das expropriações, bem como articulação com o Código do IMI e IMT e bem ainda com o quadro legal dos Registos e Notariado."

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

Contrariar as conceções de cidades funcionalistas nas quais cada zona inclui apenas uma dimensão de vida: área residencial, área de trabalho, área de tempo lazer e área de serviços. Nesta ordem urbana o trabalho da/o cuidador/a não parece contar: as mulheres trabalhadoras, não só têm que fazer uma dupla jornada, como também caminhar uma dupla distância até aos serviços e equipamentos - que muitas vezes se transformam em lugares de violência. Pensar as cidades numa ótica de género e geracional é integrar as necessidades das raparigas, mulheres jovens, mulheres em idade ativa, mulheres idosas. Garantir a acessibilidade e a seg a transportes públicos, projetar as cidades onde pessoas em cadeiras de rodas ou com carrinhos de crianças possam circular com facilidade, assegurar adequada iluminação nas ruas, transportes e paragens/estações, evitar edificação de zonas cinzentas onde apenas circulem moradores/as, disponibilizar espaços lúdicos inclusivos.

A Os contributos foram genericamente acolhidos no âmbito do

ponto I.5

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|17

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

A evolução das hortas urbanas pode ser interessante para outros países. Interessava documentar diversas abordagens, que existem na Sociedade Civil, através de links ou anexos de uma página.

NA

O número limitado de palavras e páginas previsto pela ONU impossibilita a apresentação e descrição no Relatório de exemplos e casos concretos. O Portal Habitat III, criado especificamente para dar suporte a esta iniciativa, contém uma área dedicada à apresentação de casos de estudo e boas práticas, na qual poderão vir a ser incluídos outros exemplos para além dos já disponíveis. O presente contributo não refere, contudo, nenhum caso em particular.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Concordamos com a importância dada à adoção de padrões de contenção dos perímetros urbanos, tendo como objetivo refrear a edificação dispersa e as novas urbanizações, em favor de um desenvolvimento urbano planeado, que o novo quadro legal do ordenamento do território e urbanismo, em 2015, reforçou • Atribui-se a diminuição da expansão imobiliária em 1.º lugar à existência do PNPOT e dos PROT e, em 2.º lugar, à crise económica (pág. 42), contudo valeria a pena reflectir sobre os fenómenos especulativos que criaram um universo de mais de meio milhão de fogos desabitados e a incapacidade do Estado de prevenir e inverter esta tendência apesar dos instrumentos existentes. Ao nível da mobilidade: • De maneira geral concordamos com os assuntos abordados. Contudo, não é identificada a falta de uma política nacional de transportes coerente. Portugal precisa desesperadamente de uma estratégia de mobilidade e transportes numa perspectiva global do que são as necessidades do país.

A

O parágrafo em questão foca a contenção dos perímetros urbanos e não a "diminuição da expansão imobiliária" que, sendo um dos factores associados à efetiva contenção da expansão urbana, é referida de forma complementar à ideia central do capítulo, nomeadamente orientado para as políticas que visam a contenção dos perímetros, com fundamentos na sustentabilidade urbana, e não tanto para os aspetos conjunturais que reforçam os efeitos pretendidos.

Ainda assim, considera-se de reforçar, no ponto II.9, a questão relativa aos “fenómenos especulativos”, associando-os às áreas previstas nos PDM para expansão urbana, sobredimensionadas face às reais necessidades e tendências económicas e demográficas.

A nota referente à falta de uma política nacional de transportes coerente é acolhida no ponto II.11.

Capítulo II — Ordenamento do Território e Planeamento Urbano: Dificuldades Encontradas e Lições Aprendidas/Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana

47 Município de Celorico da

Beira Nada a acrescentar. Apresentação, quer das dificuldades, quer

dos desafios, muito claros. n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|18

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

113 Município da Maia Quanto às dificuldades e desafios futuros a abordar neste

capítulo nada há a reportar. n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

As cidades e a nova agenda urbana devem ter em conta uma perspetiva de interseccionalidade: um olhar sensível ao ciclo de vida e a outros elementos de diferenciação social e que estão na origem de outras bases de discriminação que acrescem e se acumulam com a discriminação das mulheres com base no sexo e no género, como a etnia, a religião ou crença, a cultura, a saúde/deficiência, o estado, rendimentos, trabalho pago e trabalho não pago, competências, idade, orientação sexual e identidade de género etc. que, frequentemente, têm efeitos muito significativos e duradoiros e que apenas são percecionáveis se a questão for analisada com os olhares múltiplos que uma abordagem interseccional possibilita. A “intersecionalidade” deve estar enraizada na justiça social; usar uma abordagem interseccional é utilizar uma estratégia para abordar as barreiras sistémicas.

A

O presente contributo é considerado relevante, ainda que se considere que o mesmo não tem enquadramento no presente capítulo, mas sim no ponto I.7. do presente relatório, onde se integra a seguinte frase: “... deve ser adotada uma perspetiva de interseccionalidade, considerando a igualdade de género num contexto multidimensional, em estreita articulação com outras dimensões sistémicas da vida e fatores de diferenciação social.”

123 Câmara Municipal de

Lisboa

Para além da explanação dos novos mecanismos de contenção dos perímetros urbanos e dos desafios de reconversão de áreas industrias, AUGI, regeneração de bairros periféricos e da gestão sustentável da urbanização dispersa e da ocupação difusa, torna-se necessário acrescentar: - Uma política de Cidades, que aposte em recentrar as áreas metropolitanas nos seus Centros Metropolitanos; - Um programa nacional de reabilitação e regeneração urbana que permita reabilitar os centros urbanos, e alavancar o financiamento para a reconversão de áreas urbanas degradadas, designadamente das AUGI.

NA

O quadro de referência estratégico traçado a nível nacional para a política de cidades e desenvolvimento urbano enquadra-se no âmbito da Estratégia Cidades Sustentáveis 2020 que estabelece como ambição de política o fortalecimento do sistema urbano nacional, perspetivando um desenvolvimento territorial fortemente suportado numa lógica de estruturação urbana do território, onde cada cidade, centro urbano e área metropolitana cumpre a sua função na hierarquia do sistema, numa lógica de equilíbrio, articulação e complementaridade conjuntas.

Relativamente ao segundo ponto, e atenta a relevância das políticas de reabilitação e regeneração urbana, considera-se que o mesmo já se encontra equacionado no Relatório com o detalhe considerado adequado a um documento desta natureza e amplitude.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|19

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O tópico “Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo” é utilizado como um longo resumo, impossibilitando a distinção entre as “dificuldades encontradas e lições”. O tópico “Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana” limita-se a resumo dos anteriores resumos, resultando numa nuvem de assuntos sem a profundidade necessária: as “Questões e desafios” propostas devem corresponder à importância do título. p.56: Não é admissível que num relatório sobre um tema tão relevante os colaboradores do mesmo Estado que apenas solicita a "participação da sociedade civil" no final comentem a participação pública como "incipiente". Naturalmente não há muita "sociedade civil" interessada em comentar em 1000 caracteres um trabalho que está dado como "quase completo". Por favor retirar a frase, ou reformular como autocrítica da equipa ao relatório produzido. Ver relatório UNEP 2015, como inspiração para uma potencial melhoria: http://www.unep.org/energy/portals/50177

PA

A integração num único subcapítulo das dificuldades encontradas e lições aprendidas decorre diretamente da estrutura proposta pela ONU, sendo tratado como um capítulo de súmula dos problemas que o diagnóstico da situação nos últimos 20 anos permitiu evidenciar. No subcapítulo seguinte procuram sistematizar-se as questões que, em face da situação e problemas descritos em cada domínio temático, se colocam com maior acuidade para o futuro, constituindo-se como desafios a considerar, designadamente no âmbito da concepção e implementação das políticas públicas.

No que respeita ao comentário relativo à incipiência da participação pública, considera-se de acolher, procedendo-se à alteração do parágrafo em questão. Importa ainda referir que o link sugerido não se encontra disponível.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Ainda sobre a mobilidade: • Não é identificada a importância da intermodalidade como um dos desafios para a mobilidade. A intermodalidade aborda não só os transportes colectivos mas também a articulação deste com modos suaves e mesmo com outros meios de transporte individual e sistemas de partilha. As melhorias na mobilidade urbana passam não só por uma aposta nos transportes colectivos mas também pelos pontos de interface dos diferentes meios de transporte como forma de reduzir os tempos de viagem e tornar todo o “processo” mais fácil e cómodo. • É necessária uma maior articulação/colaboração entre os vários intervenientes/ operadores de transportes. Apesar de nos últimos anos se ter verificado uma maior articulação continua a existir pouca coordenação entre os serviços prestados. • Outro factor importante que torna o transporte colectivo mais atractivo é a

Reconhece-se a pertinência dos desafios associados à intermodalidade e à coordenação entre os serviços de transporte. Ao nível do diagnóstico, os problemas associados à falta de integração desses serviços são abordados no ponto VI.40 do presente relatório. Nessa medida, julga-se que o presente contributo tem um melhor enquadramento no âmbito do capítulo VI: Vi.41 e Vi.42.Também os aspetos relativo à informação prestada ao passageiro são abordados nesse mesmo capítulo.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|20

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

informação disponibilizada ao passageiro, nomeadamente a informação em tempo-real à qual deveria ser dada mais atenção.

Capítulo III — Ambiente e Urbanização

47 Município de Celorico da

Beira Estudos e apresentação fundamentada. Concorda-se. n.a

A observação enunciada não configura sugestão uma concreta.

113 Município da Maia Relativamente ao presente capítulo nada tem a acrescentar ao

presente relatório, cuja síntese e conclusões parecem acertadas para os objetivos que servem

n.a A observação enunciada não configura sugestão uma

concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

A necessidade do planeamento urbano ser fundamentado e não “neutro”, uma vez que as cidades são habitadas por diferentes pessoas que têm direito a alojamento adequado, água potável e instalações sanitárias, serviços e equipamentos sociais, áreas verdes, acessos de mobilidade, permitindo um equilíbrio de todas as dimensões da vida: com particular enfoque para o equilíbrio, com particular incidência nas mulheres, entre os tempos de trabalho formais e os tempos de prestação de cuidados não pagos e de lazer. Melhorar os transportes públicos individualmente bem como na conjugação de horários entre transportes públicos e com serviços e equipamentos (creches, escolas, centros de saúde, hospitais, segurança social, etc). As políticas da habitação têm que ter em consideração o fenómeno estrutural da violência contra as mulheres. As sobreviventes de violência doméstica devem ter direito a habitação adequada e a manter residência livre de violência - tenham ou não a posse formal da habitação.

A

Concorda-se com as afirmações deste contributo. Algumas das ideias patentes nas sugestões apresentadas não têm contudo enquadramento nos subdomínios contemplados neste capítulo. No capítulo III.20. Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana foi introduzida uma das ideias constantes desta propostas, designadamente no que se referente à articulação entre os horários dos transportes e os horários dos serviços e equipamentos de apoio. As questões relativas ao equilíbrio das várias dimensões da vida e articulação entre a vida pessoal, profissional e familiar estão abordadas no ponto I.5., tendo sido também incluído nesse capítulo referência às medidas adoptadas pelo Governo e Municípios portugueses no sentido de garantir habitação condigna para as mulheres vítimas de violência doméstica.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson

A crise que Portugal atravessou não afetou o Capítulo III, apenas todos os outros capítulos? A informação prestada é incompleta, e basta consultar a evolução do PIB nacional para perceber o que se passou. Caso tal não seja feito, corremos o

A

A relação entre a crise económica e o decréscimo do consumo energético foi inicialmente considerada neste capítulo, tendo-se optado por retirá-la por não haver dados estatísticos oficiais que fundamentassem tal afirmação. No

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|21

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

brito) risco de não preparamos a eficiência energética de uma eventual retoma, se/quando vier a acontecer.

enanto considera-se que essa asserção é pertinente, optando-se agora, e tendo em conta o comentário recebido, por enquadrá-la novamente no texto (tal referência foi introduzida no ponto III.15. Lidar com as alterações climáticas).

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

É feito um resumo das estratégias e políticas dos últimos anos para as alterações climáticas, evidenciando algumas das suas fragilidades, como a falta de capacidade da organização dos serviços e instrumentos da Administração Pública para fazer face às necessidades identificadas, quer a falta de informação à escala adequada com falta de dispositivos legais para endereçar a questão e a necessidade de abordagem sistemática e transversal. • São identificados os problemas resultantes da extemporaneidade da produção dos planos mas não é feita menção às consequências da falta de Relatórios de Estado sobre o Ordenamento do Território como o que foi produzido em 2013 sobre o PNPOT, nem são apontadas hipóteses de soluções possíveis para essas dificuldades. • No que respeita à temática do ambiente e urbanização, considera-se insuficiente a abordagem apresentada pelo facto de se encontrarem praticamente ausentes os temas da Gestão de Resíduos, da Água e do Ruído.

PA

Concorda-se com a proposta de introdução de referência à ausência de Relatórios de Estado sobre o Ordenamento do Território como constituindo uma importante lacuna de informação. Nesse sentido, a inclusão desta ideia foi agora no ponto III.19.Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo.

No que respeita à observação relativa à ausência de referência dos temas: gestão de resíduos, da água e do ruído, os dois primeiros temas encontram-se tratados no capítulo VII – Infraestruturas básicas. A gestão do ruído encontra-se abordada no texto (e.g. capítulo II Ordenamento do Território e Planeamento Urbano), ainda que de forma mais genérica, uma vez que este tema não consta do índice proposto pela ONU. Os conteúdos do presente capítulo, face aos critérios de dimensão que o relatório deve ter por referência, procuram focar-se fundamentalmente nos subdomínios indicados pela ONU, ainda que com as necessárias adaptações ao caso português.

Capítulo III — Ambiente e Urbanização: Dificuldades Encontradas e Lições Aprendidas/Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana

47 Município de Celorico da

Beira Nada a acrescentar. n.a.

A observação enunciada não configura sugestão uma concreta.

113 Município da Maia Considera-se que a defesa do bem comum, ao nível da

salvaguarda da estrutura ecológica, se encontra ainda, longe de ter as condições necessárias para o sucesso. Os

A Consideram-se todos os contributos como válidos,

pertinentes e enquadráveis no âmbito dos temas e da abordagem efetuada neste capítulo. As referências às

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|22

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

instrumentos de ordenamento do território são ainda insuficientes e não permitem aos governos locais a capacidade de atuar facilmente em territórios, de suma importância para a estrutura ecológica que contribui para o bem comum. É nas cidades que a pressão urbanística mais dificulta a constituição e desempenho dos serviços prestados à sociedade pelas estruturas ecológicas, sendo nas cidades onde essas mesmas estruturas, mais são exigidas e necessárias. É referida a importância da mitigação dos efeitos das AC na orla costeira, devendo também ser referida a importância da mitigação dos mesmos efeitos no âmbito fluvial, tendo em conta que grande percentagem de população vive em cidades na área de influência de cheias fluviais. Continua-se a sentir uma grande incapacidade na verificação e aplicação da extensa legislação ambiental.

questões da estrutura ecológica, bem como às dificuldades na verificação e aplicação da legislação ambiental foram introduzidas no ponto III.19.Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo. A questão da importância de assegurar a mitigação e adaptação às alterações climáticas no âmbito dos corredores fluviais foi prevista no ponto III.20 Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

A administração local tem que fornecer uma gama de opções e serviços de habitação para as mulheres e as raparigas sobreviventes de violência. As novas tecnologias são um importante motor para o desenho urbano, gestão e governança e para aumentar a transparência na governação, mas é necessário investir nos programas concebidos por mulheres e raparigas a fim de superar o fosso digital entre mulheres e homens. Incluir as mulheres no planeamento e gestão das cidades, auscultar e incentivar a participação das mulheres nos debates públicos de planeamento (ex. na discussão dos PDM) mediante a consideração de processos mais inclusivos e diferenciadores dos atuais. Os direitos das mulheres e as mudanças climáticas estão interligados. Homens e mulheres afetam e são afetados de maneiras diferentes pelas alterações climáticas e ambientais. Segundo um estudo do EIGE, as mulheres geram, em média, menos emissões de carbono do que os homens.

PA

Não obstante a generalidade dos comentários e observações propostos no presente contributo não se enquadrarem no âmbito das matérias tratadas por este capítulo, os mesmos foram parcialmente acolhidos no âmbito do capítulo I, onde se faz referência: - às medidas adoptadas pelo Governo e Municípios portugueses no sentido de garantir habitação condigna para as mulheres vítimas de violência doméstica; - à participação das mulheres na tomada de decisão e no controlo sobre nes e propriedades; - à integração da dimensão da igualdade de género em diversas áreas, designadamente no planeamento e gestão das cidades; - aos comportamentos diferenciados entre mulheres e homens no que respeita à sustentabilidade ambiental.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

123 Câmara Municipal de

Lisboa

No que concerne às alterações climáticas o documento ainda está muito preocupada nas questões de mitigação, quando já deveria estar a refletir os desafios da adaptação, designadamente preconizando: - Uma política de ordenamento do território que aponte para a interligação entre a localização de funções centrais e produtivas com o transporte coletivo; - O início de processos de desurbanização que permitam naturalizar e recuperar áreas particularmente sensíveis da estrutura ecológica, porque mais vulneráveis aos fenómenos de alterações climáticas. Por outro lado, aborda os problemas de poluição, sem refletir convenientemente uma estratégia integrada para o setor dos transportes e da mobilidade urbana, nem refletir sobre os elevados consumos energéticos do edificado e a necessidade da complementaridade de uma política de reabilitação urbana acompanhada da melhoria do desempenho energético do edificado.

PA

Considera-se que algumas das sugestões estão implícitas no documento, não podendo o relatório adensar muito mais o conteúdo propositivo. Foi introduzido no capítulo III.20 Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana a questão de procurar garantir que a política de reabilitação urbana seja acompanhada pela melhoria do desempenho energético.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O tópico “Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo” é utilizado como um longo resumo, impossibilitando a distinção entre as “dificuldades encontradas e lições”. O tópico “Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana” limita-se a resumo dos anteriores resumos, resultando numa nuvem de assuntos sem a profundidade necessária: as “Questões e desafios” propostas devem corresponder à importância do título.

NA Veja-se comentário anterior feito para contributo idêntico.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Mobilidade: • Necessidade de medidas concretas para a redução do congestionamento do tráfego, nomeadamente através de políticas que apoiem o desenvolvimento do transporte colectivo em detrimento ao veículo privado. • Substituição dos benefícios fiscais a empresas na disponibilização de veículos automóveis a colaboradores por incentivos/apoios para os colaboradores recorrerem ao transporte colectivo. • O transporte individual continua a ser o

A

Na generalidade as ideias contidas nas sugestões apresentadas foram integradas no capítulo III.20 Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana do relatório, designadamente na parte do texto que versa sobre a redução do congestionamento do tráfego.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

meio de transporte preferencial apesar das várias acções de contenção da procura implementadas (como sejam a tarifação do estacionamento) pois a alternativa que os transportes colectivos apresentam é um serviço de baixa qualidade, com pouca frequência e com horários de funcionamento reduzido. Sem um serviço de transportes colectivos de qualidade o veículo privado continuará a ser o modo mais procurado. A redução do congestionamento do tráfego passa pelo investimento nos serviços de transportes colectivos de forma a melhorar o serviço prestado.

Capítulo IV — Governança Urbana e Legislação

47 Município de Celorico da

Beira

A Governança Urbana, cabe essencialmente aos municípios, que detêm a competência territorial da área que lhes pertence. A legislação publicada ao longo destes últimos anos tem vindo a incentivar uma melhor Governança por parte dos órgãos que tomam decisões. A Gestão, devido às imposições e regras da legislação nacional, tem obrigatoriamente a ser mais controlada, o que obriga a uma melhor gestão. Já a Governança, muito mais abrangente e complexa, depende de quem detém o poder de decisão. Deveriam ser aplicados mecanismos que permitissem, ou obrigassem (depende do ponto de vista) a que todos os órgãos praticassem uma "Boa Governança".

n.a.

Não obstante a pertinência de algumas das observações tecidas em matéria de governança, trata-se de enunciados gerais, não sendo materializadas sugestões concretas no que concerne aos conteúdos do documento.

106 Câmara Municipal de

Câmara de Lobos

I.25. Melhoria da inclusão social e da equidade - “A resolução dos problemas associados ao crescente desemprego, à pobreza e exclusão social na RAM, constitui uma preocupação transversal do governo e da sociedade civil que se encontra consubstanciada neste novo milénio em vários documentos de políticas e estratégias de desenvolvimento, nomeadamente, através de diversos Planos Regionais nas áreas do Emprego, Saúde, Igualdade de Género e Cidadania, Violência Doméstica, Idosos e Sem-Abrigo. Neste sentido, o Programa Regional para

A

O contributo apresentado relativamente ao subcapítulo ‘IV. 25. Melhoria da inclusão social e da equidade’ é considerado relevante e pertinente. Nesse sentido e atendendo aos prévios requisitos em matéria de extensão-limite do documento do Relatório Nacional, integra-se súmula em adenda de parágrafo “A resolução dos problemas associados ao crescente desemprego, à pobreza e exclusão social na RAM constitui uma preocupação transversal do governo e da sociedade civil que se encontra consubstanciada em

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

a Intervenção Social (PRIS 2012-2015), constituiu um instrumento de intervenção no quadro da Estratégia Europa 2020 e teve por objetivo principal: - promover a inclusão social, nomeadamente, através de medidas de prevenção de situações de pobreza e redução das desigualdades, impulsionadoras da inclusão ativa, bem como medidas especificas para grupos e situações de maior vulnerabilidade." (Fonte: 2012, Plano Regional para a Inclusão Social, ISSM, IP-RAM)

"Neste sentido, o Programa Regional para a Intervenção Social (PRIS 2012-2015), constituiu um instrumento de intervenção no quadro da Estratégia Europa 2020 e teve por objetivo principal: - promover a inclusão social, nomeadamente, através de medidas de prevenção de situações de pobreza e redução das desigualdades, impulsionadoras da inclusão ativa, bem como medidas especificas para grupos e situações de maior vulnerabilidade. Em termos de orientações estratégicas, o PRIS pressupôs a mobilização de todos os recursos existentes na RAM, proporcionando uma maior coerência, sistematicidade e eficiência às políticas sociais desenvolvidas, sempre num quadro de parceria com outras organizações públicas e privadas e sociedade civil, procurando assegurar a todas as pessoas em situação de grave carência económica e/ou exclusão social, a proteção dos seus direitos básicos de cidadania." (Fonte: 2012, Plano Regional para a Inclusão Social, ISSM, IP-RAM) (cont.) Capítulo IV - Governança Urbana e Legislação - "O princípio metodológico do PRIS assentou no reforço da parceria como forma privilegiada de gestão social participada (poder regional e local, organizações não governamentais e sociedade civil) e o envolvimento/participação direta dos vários parceiros indispensáveis ao processo de intervenção integrada e participada.” (Fonte: 2012, Plano Regional para a Inclusão Social, ISSM, IP-RAM)

vários documentos de políticas e estratégias de desenvolvimento regionais, destacando-se o Programa Regional para a Intervenção Social (PRIS 2012-2015), assente no princípio metodológico de reforço da parceria como forma privilegiada de gestão social participada e envolvimento/participação direta dos vários parceiros”.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|26

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

“O princípio metodológico do PRIS assentou no reforço da parceria como forma privilegiada de gestão social participada (poder regional e local, organizações não governamentais e sociedade civil) e o envolvimento/participação direta dos vários parceiros indispensáveis ao processo de intervenção integrada e participada.” (Fonte: 2012, Plano Regional para a Inclusão Social, ISSM, IP-RAM)

113 Município da Maia

Relativamente ao presente capítulo nada tem a acrescentar ao presente relatório, cuja síntese e conclusões parecem acertadas para os objetivos que servem. Importa apenas referir que, no relatório, na página 80 - Onde se lê: QRE Porto — Projeto 100.000 Árvores – deverá constar: C.R.E. Futuro – Projeto das 100.00 árvores.

PA

O contributo é parcialmente acolhido, resultando em reformulação de redação no documento no que se refere à designação do projeto em apreço “CRE.Porto/FUTURO — projeto das 100.000 árvores na AMP”.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

A falta de segurança é um sério obstáculo à igualdade mulheres/homens, dado que inibe a mobilidade das mulheres e limita o seu direito de participar plena e livremente enquanto cidadãs, nas suas comunidades. A ausência de planeamento estratégico no que respeita aos percursos urbanos, a má iluminação das ruas e passagens subterrâneas isoladas podem colocar as mulheres em maior risco de violência e abuso sexual nos espaços públicos. A segurança das mulheres implica estratégias, práticas e políticas destinadas a reduzir a violência de género, incluindo a e vulnerabilidade das mulheres à criminalidade. Para tornar as comunidades mais seguras para todas e todos, é fundamental que se exija uma mudança nas normas das comunidades, dos modos de interação social, dos valores, dos costumes e das instituições. As políticas deverão ser mais sensíveis à igualdade mulheres/homens, e deverão ser planeadas ações específicas, tais como a prevenção da criminalidade e da violência contra as mulheres.

NA

Sendo as questões de género e de não-discriminação da maior relevância, mormente no quadro da Nova Agenda Urbana da ONU, estas encontram-se especificamente equacionadas no âmbito do ‘Capítulo I. Demografia Urbana — I.5. Integração das questões de género no desenvolvimento urbano’. O presente capítulo, no seu ponto IV.24, faz já referência às mulheres como potenciais grupos de risco no contexto do estabelecimento e ampliação de programas de segurança de proximidade, estando também assinalados, neste e no capítulo I, os problemas e desafios que se colocam em termos de segurança urbana, ao nível do desenho e ordenamento do espaço público.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|27

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

Faltam exemplos concretos NA

O ‘Capítulo IV. Governança Urbana e Legislação’ integra já a referência a casos concretos, sempre que considerado pertinente e atendendo à extensão de um documento desta natureza dados os requisitos no que diz respeito à limitação de número máximo de palavras. Releva-se ainda que o enunciado complementar de casos de estudo, documentos de política, planos de ação e outros documentos ilustrativos das realizações mencionadas no Relatório Nacional, assim como a discriminação mais exaustiva de diplomas jurídicos integram a componente do documento correspondente à ‘Bibliografia’.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Refere-se a nova estruturação de planos e programas previstos na LBPPSOTU e no novo RJIGT 2015 sem considerar algumas das questões que carecem de resolução, como a dificuldade em fazer cumprir os prazos previstos para a produção de legislação complementar, actualizar PDMs, etc. Preocupação especial com o facto dos Planos Especiais deixarem de vincular os particulares a partir de Julho de 2017 havendo sérias dúvidas sobre o processo de transição de normas para os PDMs ser cumprido no prazo estipulado. • Refere-se a importância da reabilitação urbana mas não da regeneração. Referem-se as medidas excepcionais e temporárias mas não se faz menção aos problemas causados pela suspensão das exigências de eficiência energética e acústica.

NA

Os subcapítulos IV.21 a IV.25 do ‘Capítulo IV. Governança Urbana e Legislação’ incluem um elenco de realizações e resultados alcançados nos respetivos subdomínios em registo fundamentalmente descritivo. As principais dificuldades encontradas e lições aprendidas, bem como as questões e desafios futuros encontram-se plasmados nos subcapítulos IV.26 e IV.27, os quais contemplam parte das questões ora suscitadas, designadamente em matéria de regeneração urbana.

Capítulo IV — Governança Urbana e Legislação: Dificuldades Encontradas e Lições Aprendidas/Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana

109 Habita65 – Associação

pelo Direito à Habitação e à Cidade

Promover processos de reabilitação urbana estruturados a partir de medidas de combate à expulsão de residentes, nomeadamente mecanismos de controlo e de apoio ao arrendamento, apoio aos moradores locais, fomento de habitação pública -bolsas de arrendamento e obrigatoriedade de habitação social nos novos licenciamentos de edifícios de

NA

Atenta a relevância das vertentes associadas a políticas de reabilitação urbana, assim como dos equilíbrios dos centros urbanos, estas matérias são tratadas, com o detalhe considerado adequado a um documento desta natureza e amplitude, no âmbito dos capítulos ‘II. Ordenamento do Território e Planeamento Urbano’, ‘V. Economia Urbana’ e

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|28

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

habitação plurifamiliar. Os programas de reabilitação urbana subsidiados terão um impacto subversivo a curto e médio prazo conduzindo ao encarecimento geral da habitação e a formas negativas de gentrificação, se não se criarem mecanismos de controlo do arrendamento e bolsas de habitação pública que integre o tecido urbano e social das nossas cidades. Combater os fenómenos de expulsão da população dos centros urbanos através do controlo dos arrendamentos turísticos deve ser hoje uma prioridade nas nossas cidades. Tomar medidas relacionadas com o licenciamento e fiscalidade que reponham o equilíbrio nos bairros.

‘VI. Habitação e Infraestruturas Básicas’, não se encontrando as questões suscitadas fundamentadas ou sustentadas por dados concretos.

113 Município da Maia Quanto às dificuldades e desafios futuros a abordar neste

capítulo nada há a reportar. n.a. A observação enunciada não configura sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

As políticas de acesso à habitação devem respeitar as leis da não discriminação em relação à orientação sexual, uniões civis, etnia, etc. É nec. planeam habitacional baseado nas necessidades das pessoas e combinando a quantidade c/ qualidade: não é suf. determinar o nº de fogos em relação à dens. populacional, é importante promover: a) tipologias que possam ser benéficas para mulheres solteiras, famílias monoparentais, pessoas idosas – na maioria mulheres - como, por exemplo, a co-habitação; b) design de aloj flexível e adaptável a diferentes tipologias de utilizadoras/es: mulheres solteiras; famílias pequenas; pessoas com deficiência etc., facilitando espaços arquitetónicos diversificados e projetados de acordo com o de ciclo de vida das pessoas, e que levem em consideração a cultura e o contexto das/os habitantes. As desigualdades enfrentadas pelas mulheres urbanas são particularmente significativas nos bairros de lata

PA

As matérias relacionadas com a igualdade de género e a não-discriminação no contexto das políticas de ordenamento do território e de habitação, sendo da maior relevância, são objeto de referência e de análise em ponto próprio do documento, no seu ‘Capítulo I. Demografia Urbana — I.5. Integração das questões de género no desenvolvimento urbano’, sendo as questões relacionadas com a habitação referidas especificamente no capítulo VI. O desafio associado à flexibilização e adaptação das habitações e suas tipologias encontra-se já mencionado no ponto VI.42 do presente relatório, tendo sido contudo reforçada a ideia da flexibilização e adaptação do alojamento a diferentes tipologias de utilizador.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|29

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

123 Câmara Municipal de

Lisboa

Neste capítulo, falta refletir sobre os fenómenos de fragmentação urbana e social, como causas de exclusão, de insegurança e de falta de equidade no acesso às funções urbanas. Propõe-se que sejam aditadas políticas de regeneração urbana integradas, através do estabelecimento de parcerias público-públicas e de parcerias com agentes locais, baseadas no objetivo de contratualizar a inclusão social das populações alvo.

A

Considera-se que a sugestão apresentada é relevante e pertinente, sendo integrada uma adenda, no subcapítulo ‘IV. 27. Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana’, com a seguinte redação “Sendo os fenómenos de fragmentação urbana e social causa de exclusão, de insegurança e de falta de equidade no acesso às funções urbanas, releva-se neste âmbito a importância de se promoverem políticas de regeneração urbana integradas, através do estabelecimento de parcerias público-públicas e de parcerias com agentes locais, baseadas no objetivo de contratualizar a inclusão social das populações-alvo”.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O tópico “Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo” é utilizado como um longo resumo, impossibilitando a distinção entre as “dificuldades encontradas e lições”. O tópico “Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana” limita-se a resumo dos anteriores resumos, resultando numa nuvem de assuntos sem a profundidade necessária: as “Questões e desafios” propostas devem corresponder à importância do título.

n.a. Veja-se comentário anterior feito para contributo idêntico.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Há pouco enfoque na necessidade do envolvimento de todos os actores da cidade nos processos de planeamento e da possibilidade destes incorporarem os seus contributos. Seria vantajoso considerar processos de execução (como as políticas de reabilitação) que promovam esse envolvimento contínuo, garantindo a prossecução do interesse público no desenvolvimento dos projectos e possíveis parcerias. • Ausência de referência ao papel da cultura e economia criativa como alavanca estratégica do desenvolvimento sustentável.

A

O contributo apresentado é considerado relevante e pertinente, traduzindo-se na aposição de redação ao subcapítulo ‘IV. 27. Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana’, incluindo-se a adenda “Importa fomentar o envolvimento contínuo de todos os atores da cidade nos processos de planeamento e de execução, garantindo a prossecução do interesse público no desenvolvimento dos projetos e possíveis parcerias, destacando-se ainda o papel da cultura e economia criativa como alavanca estratégica do desenvolvimento sustentável”.

Capítulo V — Economia Urbana

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|30

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

47 Município de Celorico da

Beira

O apoio ao desenvolvimento da economia local tem efetivamente sido baseado, como é dito no texto, nos Programas de iniciativa comunitária. Parece uma política pobre, quer no facto de o desenvolvimento assentar essencialmente em ter um projeto financiado ou não, quer no facto de o país não ter encontrado ainda formas de desenvolvimento autónomas desse apoio comunitário, que deveriam assentar em primeiro lugar, na aposta de uma formação académica sólida, com qualidade e sem facilitismos, com vista à formação de recursos humanos em áreas académicas que, a médio prazo possam contribuir efetivamente para o desenvolvimento do país. Sem pessoas bem formadas nunca se terá um país desenvolvido. A Educação (real e não a estatística) é fundamental tem sido dado muito mais importância à estatística do que ao verdadeiro saber e à verdadeira aprendizagem, fator essencial e básico em qualquer país desenvolvido.

n.a.

As observações enunciadas não configuram uma sugestão concreta, uma vez que incidem nas políticas realizadas neste período e não no relatório em causa.

109 Habita65 – Associação

pelo Direito à Habitação e à Cidade

I.29. Reforço e melhoria de acesso ao financiamento da habitação Perceber o número de pessoas que perderam a casa para os bancos. A propriedade privada é sagrada, condição aqui bastante acentuada se comparada com a de outros países capitalistas. Deste modo, a habitação vazia é considerada intocável criando, desde há décadas, uma realidade chocante. Entre 2001 e 2011, o número de alojamentos devolutos aumentou 35%, para um valor superior a 700 mil unidades (Mateus A (coord.) (2015) Três décadas de Portugal europeu. FFMS, Lisboa).

NA

Os conteúdos do documento abrangem já, grosso modo, as observações formuladas. Embora não seja diretamente referido o número de pessoas que perderam a casa para os bancos, refere-se, no subcapítulo V.33, “a própria fragilização da situação económico-financeira das famílias, nalguns casos levando mesmo a situações de rutura e fragilidade habitacional”. Quanto à evolução do número de alojamentos devolutos entre 2001 e 2011, essa questão foi abordada no subcapítulo V.29, sendo referido que “Em 2011, a situação do excedente habitacional agravou-se face a 2001, tendo-se registado um total de cerca de 735 mil alojamentos vagos, correspondendo a um acréscimo de 35% relativamente à década anterior.”

113 Município da Maia Não parece o mais adequado o termo utilizado na questão

relativa ao “Reforço e melhoria de acesso ao financiamento da habitação” quando as políticas que se têm vindo a desenvolver

NA O termo utilizado é uma tradução para português do termo

“Strengthening and improving acess to housing finance” presente nas orientações das Nações Unidas para a

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|31

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

e que se perspetiva que continuarão são relacionadas com incentivos ao arrendamento.

organização dos relatórios nacionais, pelo que não é passível de alteração.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

A falta de acesso a água potável, ao saneamento e a outros serviços básicos acarreta grandes riscos para saúde. As mulheres, especialmente aquelas que pertencem a comunidades urbanas pobres estão sujeitas a maiores riscos de saúde, por não terem acesso a serviços de saúde de qualidade. As mulheres têm mais tendência a ser vítimas de violência física, sexual e psicológica, o que afeta a sua saúde. As mulheres que vivem em situação de pobreza são mais afetadas pelo HIV / SIDA do que qualquer outro grupo. As disparidades socioeconómicas, culturais e políticas, o estigma e a sobrecarga que constitui o trabalho não remunerado ligado aos cuidados, contribuem também para este desequilíbrio. Os programas devem levar em conta estas desigualdades, bem como a necessidade de eliminar os modelos patriarcais para permitir que as mulheres tenham acesso a sistemas de saúde e de desenvolvimento comunitário sustentável que deem resultados.

n.a.

Ainda que se considere a pertinência das observações efetuadas, considera-se que as mesmas não configuram propostas concretas aplicáveis ao domínio V – Economia Urbana. As questões relacionadas com o acesso às infraestruturas básicas são abordadas no capítulo VI, nomeadamente nos pontos 36, 37 e 38, e ainda no capítulo VII onde são apresentados indicadores relevantes relativamente ao acesso da população portuguesa à água potável e canalizada, aos serviços de saneamento básico, recolha de resíduos sólidos e eletricidade. As restantes questões não têm enquadramento no presente relatório.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

Informação relevante, mas muito extensa: a quem interessa? Este relatório peca por menorizar aquela que poderia ser a sua maior contribuição para o fórum Habitat III, tal como é demonstrado na página 105: Onde se lê: “Embora com carácter residual, surgiram algumas intervenções (...)” Poderia ser lido: “Sinal de uma mudança necessária, intervenções de base territorial (...)” [“como a Iniciativa Bairros Críticos e Parcerias de Regeneração Urbana (...)"] Onde se lê: “Apesar de importantes, pelos efeitos demonstrados, estas políticas foram muito localizadas e não tiveram nunca o carácter transversal que se desejaria” Poderia ser lido: “Os efeitos demonstrados apontam já para o potencial destas intervenções, sendo apresentada em anexo uma ficha síntese de cada um dos

NA Considera-se que a sugestão de efectuar “Uma revisão mais

positiva” deste relatório colide com a objetividade que se pretende para o mesmo.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|32

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

projetos, com destaque para as estratégias, potenciais e melhorias identificadas" Uma revisão mais positiva permitirá melhorar o interesse, e aplicabilidade, deste relatório.

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Concordamos com a identificação e listagem de alguns dos problemas das pequenas e médias cidades: a contração demográfica, o envelhecimento populacional e a dificuldade na fixação dos quadros mais qualificados. • Não é abordada a precariedade laboral conforme referido no contributo para o capítulo I.

A

A proposta de abordar o tema da precariedade laboral é considerada relevante, sendo acolhida sub-capítulo V.31 – Criação de emprego e de meios de subsistência condignos:

“Estes problemas de carência e de vulnerabilidade social e económica vêm assumindo, particularmente desde 2010, contornos preocupantes aos níveis individual, familiar e coletivo, sobretudo no quadro de diminuição dos rendimentos disponíveis e de agravamento do desemprego e precariedade laboral, que contribuem por sua vez para aumentar a sua incidência e intensidade”

Capítulo V — Economia Urbana: Dificuldades Encontradas e Lições Aprendidas/Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana

109 Habita65 – Associação

pelo Direito à Habitação e à Cidade

A inundação de crédito teve um contributo decisivo no endividamento do país e para a dívida privada e promoveu um ritmo de construção sem precedentes. Em 1994 os beneficiários do crédito à habitação eram 84.445, número que ascendeu a 2.351.160 em 2013.Portugal tem o segundo maior rácio de habitação por agregado familiar da UE. Ao contrário do que advoga o mercado livre, a explosão da oferta de habitação não a tornou mais acessível. Os problemas criados pelo excesso de endividamento privado decorrente do crédito a habitação têm vindo a aumentar significativamente; o mercado de arrendamento é hoje uma alternativa inflacionada e pouco segura. Segundo o último censo, há cerca de 700 000 casas vazias. Muitas pertencem a fundos de investimento, empresas imobiliárias, bancos. É necessário criar uma penalização progressiva para os grandes proprietários, dissuasora da retenção de habitações e a sua especulação.

NA As observações em causa encontram-se, no essencial,

refletidas no documento, nos seus sub-capítulos V.29 e V.33.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|33

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

113 Município da Maia Quanto às dificuldades e desafios futuros a abordar neste

capítulo nada há a reportar.

n.a.

A observação enunciada não configura uma sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

As embalagens e a gestão de resíduos são questões que têm um grande impacto sobre as mulheres, e deve ser implementada uma legislação rigorosa. Deve ser concretizada a legislação que concretiza os iguais direitos das mulheres e dos homens, dos rapazes e das raparigas no acesso aos recursos económicos e produtivos, incluindo acesso, posse e controle sobre a terra, propriedade e direitos de herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo microcrédito, e a igualdade de oportunidades das mulheres ao trabalho digno, independentemente da origem étnica ou de nacionalidade, designadamente nos contextos das comunidades ciganas e da imigração, relacionados com a população – mulheres e raparigas refugiadas. A privatização da água (apesar da diretiva-quadro da Água da UE) e dos serviços públicos, incluindo transportes públicos ameaça o acesso das mulheres e dos homens a estes serviços e recursos fundamentais.

NA

Ainda que se considere a pertinência das observações efetuadas, considera-se que as mesmas não configuram propostas concretas aplicáveis ao domínio V – Economia Urbana, sendo que, no caso da gestão de resíduos, essas questões estão já consideradas no âmbito dos capítulos VI e VII, e, no caso dos recursos económicos e controlo sobre bens e propriedades, foram integradas no quadro do ponto I.5..

123 Câmara Municipal de

Lisboa

Concorda-se em termos globais com as propostas apresentadas neste capítulo, no entanto seria importante refletir sobre o desenvolvimento de mecanismos legais de combate à especulação fundiária, designadamente na necessidade de afetação legal de parte da nova promoção imobiliária a habitação a custos acessíveis. Também seria importante equacionar novas formas de financiamento das autarquias locais, de modo a estarem menos dependente do setor imobiliário.

A

As sugestões apresentadas são consideradas relevantes, tendo sido acolhidas no sub-capítulo V.34 – Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana, acrescentando os seguintes pontos:

“Equacionar novas formas de financiamento das autarquias locais, de modo a estarem menos dependentes do setor imobiliário”;

“Refletir sobre a necessidade de desenvolver mecanismos legais de combate à especulação fundiária, designadamente na necessidade de afetação legal de parte da nova promoção imobiliária a habitação a custos acessíveis”;

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|34

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O tópico “Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo” é utilizado como um longo resumo, impossibilitando a distinção entre as “dificuldades encontradas e lições”. O tópico “Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana” limita-se a resumo dos anteriores resumos, resultando numa nuvem de assuntos sem a profundidade necessária: as “Questões e desafios” propostas devem corresponder à importância do título.

n.a.

Veja-se comentário anterior feito para contributo idêntico.

Capítulo VI — Habitação e Infraestruturas Básicas

47 Município de Celorico da

Beira Texto fundamentado, refletindo o estado das infraestruturas

no país

n.a.

A observação enunciada não configura uma sugestão concreta.

109 Habita65 – Associação

pelo Direito à Habitação e à Cidade

Quantas pessoas ficaram fora do PER? PER: programa de realojamento implementado numa altura já cientificamente comprovado nefasto para a integração e cidadania. E a sobrelotação dos alojamentos clássicos? Dimensão das listas de espera para habitação social, nos municípios e no IHRU? Existem cerca de 120.000 fogos de habitação social, representando 3,3% do total do parque habitacional. Esta percentagem é inferior à da generalidade dos países europeus - Alemanha (5,0%), Itália (5,3%), Bélgica (7,0%), Irlanda (8,7%), França (17%) Reino Unido (18%). Segundo o INE, a taxa de sobrecarga das despesas em habitação tem vindo a subir e já chegou aos 9%. As famílias mais pobres são as mais penalizadas: 30% das pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza (os que auferem menos que 60% do rendimento médio), paga mais de 40% do seu rendimento em habitação. É uma taxa de esforço demasiado elevada, sendo premente garantir que esta se adeque às condições socioeconómicos

NA

As questões suscitadas não se encontram fundamentadas nem sustentadas em fontes de informação que permitam verificar e comprovar os dados concretos aqui apresentados.

O PER – Programa Especial de Realojamento, criado pelo Decreto-Lei nº163/93 de 7 de Maio, foi uma iniciativa cujo principal objetivo foi o de erradicar barracas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, cujo recenseamento dos agregados familiares residentes em barracas foi efetuado pelos respetivos municípios. Sobre esta matéria cumpre ainda informar que estão por realojar 6,8% de agregados, na área metropolitana do Porto, e 7,5 % de agregados familiares na área metropolitana de Lisboa. Tal facto decorre de um conjunto de municípios não terem concluído totalmente os realojamentos previstos em sede de Acordos de Adesão.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

|35

Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

hoje verificadas. Relativamente ao nº de fogos de habitação social, essa informação consta já do Relatório, com dados apurados decorrentes da aplicação do Inquérito de Caracterização Habitação Social pelo Instituto Nacional de Estatística (INE, 2012), que indica existirem 118 334 fogos de habitação social.

113 Município da Maia Relativamente ao presente capítulo nada tem a acrescentar ao

presente relatório, cuja síntese e conclusões parecem acertadas para os objetivos que servem.

n.a.

A observação enunciada não configura uma sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

Importa caminhar no sentido de uma igual participação mulheres de todas as idades nas comunidades locais (ao nível rural e urbano) mediante a disponibilização de estruturas organizadas e de mecanismos formais de colaboração como os poderes locais, suscetíveis de ampliar e de institucionalizar as práticas e o trabalho dos grupos organizados de mulheres que trabalham no terreno e da diversidade de representantes das comunidades, e de permitir a sua participação no acompanhamento da execução das políticas públicas e da integração da dimensão da igualdade entre mulheres e homens nessas políticas. É necessário aumentar e melhorar a representação e participação ativa e significativa das mulheres e das jovens na tomada de decisão e no desenvolvimento de políticas a todos os níveis da governança para alterar o estatuto político e socioeconómico das mulheres. As mulheres permanecem sub-representadas nos cargos públicos eleitos e nos cargos de nomeação, bem como no sector privado.

n.a.

Ainda que se considere a pertinência das observações efetuadas, considera-se que as mesmas não configuram propostas concretas aplicáveis ao domínio VI – Habitação e Infraestruturas básicas, estando as questões aqui equacionadas refletidas no âmbito do capítulo I e capítulo IV.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

Aqui há muita informação que a maioria dos portugueses desconhece. Mesmo assim, é necessário ser tão extensa?

n.a.

A informação é organizada segundo os moldes propostos pela ONU para a formalização do Relatório.

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Matriz de Ponderação Final e Acolhimento

Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Não é feita menção às consequências da suspensão das exigências de eficiência energética e acústica, permitidos pelas regras excecionais e temporárias para reabilitação.

PA Será mencionado o regime excecional da reabilitação, o DL

n.º 53/2014 que visa adaptar as suas disposições às intervenções nos tecidos urbanos antigos.

Capítulo VI — Habitação e Infraestruturas Básicas: Dificuldades Encontradas e Lições Aprendidas/Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana

109 Habita65 – Associação

pelo Direito à Habitação e à Cidade

Despejos. Verifica-se a necessidade de criar mecanismos prévios a qualquer forma de despejo, garantes de uma avaliação das condições das famílias e das alternativas existentes de forma a salvaguardar a sua dignidade: suspensão de todos os despejos por motivo económicos; a criação de uma estrutura ou programa do Estado que avalie a situação económica e alternativas Processo simultâneo de auditoria aos protocolos e contratos de financiamento PER e PROHABITA, de forma a avaliar e reestruturar os programas de realojamento: novo recenseamento; dotar o Prohabita da capacidade financeira para realojar de forma permanente (e não temporária) os agregados que ficaram fora do PER. Desenvolver uma nova lei para o regime de arrendamento apoiado, em diálogo com os moradores, suas associações e comissões de moradores. Desenvolver um plano urgente para as pessoas sem casa com base num censo claro e sério do número de pessoas sem abrigo, e/ou que vivem em quartos e pensões.

NA

Considera-se de não acolher a presente proposta uma vez que a mesma não se encontra sustentada qualitativa ou quantitativamente, e que tais alterações legais pressupõem a elaboração de um levantamento nacional que analise e caraterize detalhadamente as necessidades de realojamento nacionais.

O quadro de referência estratégico traçado a nível nacional para a problemática da Habitação enquadra-se no âmbito da Estratégia nacional da Habitação, aprovada por Resolução do Conselho de Ministros.

113 Município da Maia Quanto às dificuldades e desafios futuros a abordar neste

capítulo nada há a reportar.

n.a.

A observação enunciada não configura uma sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

A governança no plano local deve ser sensível ao género. O quotidiano das pessoas e o trabalho que se prende com o cuidar, constituem aspetos que devem ser colocados no cerne das políticas públicas. A dimensão da igualdade entre mulheres e homens deve ser integrada em todas as políticas, incluindo na conceção de espaços públicos e no planeamento

n.a.

Ainda que se considere a pertinência das observações efetuadas, considera-se que as mesmas não configuram propostas concretas aplicáveis ao domínio VI – Habitação e Infraestruturas básicas, estando as questões aqui equacionadas já refletidas no âmbito do capítulo I e capítulo IV

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Nações Unidas - Habitat III

Relatório Nacional – Portugal | Apuramento e Ponderação dos Resultados da Consulta Pública

Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

de serviços, tendo em mente as necessidades de todos os cidadãos e cidadãs e apoiadas na sua participação. Uma melhor colaboração entre as instituições democráticas locais e a sociedade civil é essencial para o empoderamento das mulheres. É necessário que todas as autarquias façam orçamentos participativos e apliquem orçamentos sensíveis ao género – gender budgeting. Trabalhar no sentido da transformação de atividades da economia informal – onde as mulheres estão particularmente presentes nas atividades relacionadas com a esfera do cuidado, em atividades produtivas com proteção social, no enquadramento do trabalho digno.

123 Câmara Municipal de

Lisboa

Neste capítulo propomos que sejam aditadas as seguintes preocupações: - O redimensionamento de uma política de reabilitação urbana que não se foque apenas no proprietário individual, mas que reconheça a necessidade de apoio aos condomínios, após décadas de aquisição individual da habitação própria por parte de uma extensa camada da população; - A necessidade de acompanhar essa política com o reforço dos serviços e infraestruturas urbanas, das redes de transporte coletivo, de equipamentos e de espaço público.

PA

A primeira das observações já está mencionada no ponto VI.42. A segunda questão foi acolhida no contexto dos desafios que se colocam à mobilidade urbana e à melhoria dos serviços e redes de transporte coletivo.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O tópico “Dificuldades encontradas e lições aprendidas neste capítulo” é utilizado como um longo resumo, impossibilitando a distinção entre as “dificuldades encontradas e lições”. O tópico “Questões e desafios futuros a abordar numa Nova Agenda Urbana” limita-se a resumo dos anteriores resumos, resultando numa nuvem de assuntos sem a profundidade necessária: as “Questões e desafios” propostas devem corresponder à importância do título. O primeiro parágrafo da página 131 é uma questão, ou um desafio? Não deveria estar aqui, a a mesma verificação era necessária em todos os outros tópicos.

NA

Veja-se comentário anterior feito para contributo idêntico.

Relativamente à questão colocada, trata-se de assinalar, no contexto da tendência que se tem vindo a verificar nos últimos, as perspetivas que se colocam para o futuro ao nível da produção de energia por fontes renováveis, pelo que não se considera de aceitar a presente sugestão.

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Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

Capítulo VII — Indicadores

47 Município de Celorico da

Beira Os indicadores têm origem em entidades oficiais. n.a.

Sim. Todos os indicadores tem indicada a fonte, que para todos eles é a entidade oficial INE.

113 Município da Maia

Quanto aos indicadores verifica-se que foram apenas definidos indicadores referentes à Capítulo VI – Habitação e Infraestruturas Básicas, com exceção do acesso a meios de transporte sustentáveis. Questiona-se porque não foram definidos/considerados indicadores chave para todas as questões abordadas nos diferentes capítulos do relatório e muito particularmente na questão da mobilidade.

NA

No capitulo VII foram apresentados indicadores que já estivessem calculados ou pudessem ser calculados com base em inquéritos já existentes e que correspondessem aos temas dos indicadores solicitados pela ONU.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

As mulheres veem frequentemente negado o seu acesso à cultura e ao património cultural nas cidades. O seu direito de participar plenamente na construção prática e intelectual e na construção do seu futuro deve ser garantido. Tal implica que seja prestado apoio a mulheres artistas para que possam contribuir com diversidade, pontos de vista críticos e criatividade para nosso futuro comum. As mulheres têm mais oportunidades de emprego remunerado nas cidades; no entanto, continuam a ganhar menos do que os homens devido à divisão sexual do trabalho que as segrega nos empregos com mais baixas remunerações. Para as mulheres que vivem na pobreza, há imensos desafios no acesso ao crédito e ao financiamento para si e as suas organizações. Está provado que a igualdade de género reduz os níveis de pobreza. A igualdade económica entre homens e mulheres confere mais poder de decisão no seio da família, e permite o empoderamento das mulheres e a sua participação na governança local e urbana.

NA

No capítulo VII foram apresentados indicadores que já estivessem calculados ou pudessem ser calculados com base em inquéritos já existentes e que correspondessem aos temas dos indicadores solicitados pela ONU.

122 EOS - Associação de

Estudos, Cooperação e Desenvolvimento

Desagregação de todas as estatísticas por sexo, idade e localização.

NA A desagregação sugerida iria tornar o capítulo VII mais extenso aumentando a dimensão do relatório ainda mais

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Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

para além do nº de páginas indicado pela ONU.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson Brito)

De leitura fácil, uma estratégia que poderia ser mais aproveitada ao longo do relatório.

NA A sugestão apresentada cuja estrutura segue as orientações

ditadas pela ONU.

Bibliografia

113 Município da Maia Nada a Reportar. n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta.

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

Fomentar uma rede de transportes públicos acessíveis, cujo percurso e horários estejam adaptados aos tempos de vida e de trabalho de mulheres e de homens. E.g. paragens junto de escolas; serviços de apoio à infância, à terceira idade e a outras pessoas dependentes. Fomentar o empreendorismo local por parte de mulheres; aumentar a participação das mulheres na tomada de decisão política e económica à escala local, regional e nacional. Criação de emprego que integre, quando necessário, medidas de ação positiva voltadas para o emprego de mulheres (cuja taxa de desemprego é superior à dos homens).Necessidade de o ordenamento do território e o planeamento urbano contrariarem a segregação e promoverem a integração sócio-espacial, evitando concentrar a habitação social em áreas amplas e da periferia, que facilmente se podem transformar em locais de insegurança urbana. A habitação social deve ser acompanhada de medidas de apoio económico, a fim de evitar fenómenos de exclusão social e gentrifição.

n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta, designadamente no que se refere à bibliografia e outras referências constantes nesta parte do relatório.

Algumas das observações aqui mencionadas encontram-se incorporadas no âmbito dos vários domínios temáticos tratados no relatório.

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122 EOS - Associação de

Estudos, Cooperação e Desenvolvimento

Plataforma de Ação de Pequim – Área Crítica K – “Mulheres e meio ambiente”, páginas 173-182: http://plataformamulheres.org.pt/wp-content/ficheiros/2016/01/Plataforma-Accao-Pequim-PT.pdf Pequim+20 1995 - 2015 um compromisso com o empoderamento das mulheres. Portugal em análise pela PpDM, páginas 52-55: http://plataformamulheres.org.pt/projectos/pequim20/ http://plataformamulheres.org.pt/ambiente/ http://www.igualdade.gov.pt/images/stories/documentos/documentacao/relatorios/relatorio_genero_territorio_ambiente.pdf http://eige.europa.eu/news-and-events/news/what-does-infrastructure-have-do-gender-equality http://plataformamulheres.org.pt/estudo-sobre-a-dimensao-de-genero-na-justica-climatica/ http://plataformamulheres.org.pt/apelo-europeu-das-organizacoes-de-direitos-das-mulheres-e-promocao-da-igualdade-de-genero-por-um-acordo-climatico-justo-transformador-e-sensivel-ao-genero-30-nov-2015/

PA As sugestões apresentadas foram aceites em síntese, tendo

sido o Portal para a Igualdade e a Plataforma das Mulheres integrados nos sítios da internet que integram a Bibliografia.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

É esclarecedor que a bibliografia não refira ações da Sociedade Civil, apenas as citações mínimas da produção teórica sobre o tema, muita legislação e muitos sítios da internet dos relatores deste relatório. A bibliografia comprova que neste relatório as poucas práticas da sociedade civil, a tal "com incipiente cultura de participação", não foram investigadas.

n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta.

Anexos

47 Município de Celorico da

Beira Consideram-se adequados

n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta.

113 Município da Maia Nada a Reportar. n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta.

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Legenda: A – Aceite; PA – Parcialmente Aceite; NA – Não Aceite; n.a. – não aplicável

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Registo e identificação Observações e sugestões Ponderação e acolhimento

121 Plataforma Portuguesa

para os Direitos das Mulheres (PpDM)

Fornecer acesso universal e equitativo para todas/os a água limpa e acessível, e adequado saneamento urbano e higiene, particularmente nas escolas, instalações e edifícios públicos, prestando particular atenção às necessidades específicas das mulheres e raparigas, que são afetadas desproporcionalmente por instalações de água e sanitárias inadequadas – maior risco de serem vítimas de violência e assédio; necessidades específicas relacionadas com a menstruação. Todas as estatísticas devem ser desagregadas por sexo, idade, e localização. Os indicadores da UE sobre as mulheres e o ambiente centram-se sobretudo na tomada de decisão e deveriam incluir outros indicadores qualitativos e quantitativos sobre o impacto direto e indireto das mudanças climáticas nas mulheres. Há uma insuficiente pesquisa e recolha de dados sobre a exposição a produtos químicos (por exemplo, produtos de limpeza, pesticidas, produtos industriais e agrícolas, produtos de consumo) e o seu impacto na saúde das mulheres.

n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta, designadamente no que se refere aos anexos do presente relatório.

Algumas das observações aqui mencionadas encontram-se incorporadas no âmbito dos vários domínios temáticos tratados no relatório.

No que se refere aos indicadores, informa-se que no capítulo VII foram apresentados indicadores que já estivessem calculados ou pudessem ser calculados com base em inquéritos já existentes e que correspondessem aos temas dos indicadores solicitados pela ONU.

125

Fundação Cuidar o Futuro (contributo formalizado por membro do Conselho

de Curadores, Nelson brito)

O relatório em consulta possui muita informação relevante. No entanto, sem a participação e exemplos concretos da sociedade civil, o seu propósito não é alcançado. Poucos leitores de outros países estarão interessados em perceber o que se passa em Portugal, com perda para todos. A colocação de exemplos nos "Anexos" é uma oportunidade de transformar este relatório numa contribuição valorizada por todos.

NA

Reconhecendo-se a relevância da participação da sociedade civil e da própria identificação de boas práticas a ela associadas, não são contudo apresentadas quaisquer sugestões concretas para efeitos de inclusão como anexos ao presente relatório. Importa ainda referir que no Portal Habitat III – Portugal (www.habitatiii.dgterritorio.pt), criado especificamente para o efeito, foi desenvolvida uma área para divulgação de boas práticas, onde constam um conjunto de exemplos associados ao envolvimento das comunidades e à participação sociedade civil. Esta área poderá ser sempre alimentada e incluir outros projetos e casos de referência. Atendendo ao limite de palavras imposto pela ONU para os relatórios nacionais, considerou-se que esses exemplos deveriam ficar espelhados no website nacional e não no relatório propriamente dito.

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127 GEOTA - Grupo de

Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente

Dado o limite de caracteres, foram cortados alguns dos contributos preparados. O documento completo do parecer do GEOTA para esta consulta pública poderá ser encontrado em: http://www.geota.pt/scid/geotaWebPage//defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=2611. Dado o carácter global do Relatório Nacional, há três aspectos que poderão ser melhorados não só na produção deste documento como na abordagem futura destas temáticas (dado que estamos numa fase de preparação da Nova Agenda Urbana): sistematização dos conteúdos, transversalidade da abordagem e participação mais diversificada e numa fase mais inicial. Poderiam ainda ser fornecidas mais métricas/estatísticas (por ex. nº total de fogos, percentagens médias das fontes de receita dos municípios, etc.) e relacionados os temas com os objectivos para o Desenvolvimento Sustentável. Obrigada.

n.a.

A observação enunciada não configura sugestão concreta, designadamente no que se refere aos anexos do presente relatório. No que respeita aos aspetos enunciados relativos à sistematização de conteúdos, transversalidade da abordagem e formas mais diversificadas de participação, importa referir que o presente relatório segue a organização e estrutura de conteúdos proposta pela ONU, decorrendo, as matérias nele tratadas, bem assim com os títulos dos capítulos e subcapítulos dele constantes, das orientações veiculadas pela ONU para todos os Estados Membros, para efeitos da produção dos seus relatórios nacionais. O mesmo acontece com as estatísticas constantes do capítulo VII do presente relatório, que acompanham os indicadores solicitados pela ONU. Já no âmbito da participação pública, estiveram implementados no decorrer do processo de elaboração do relatório outros mecanismos de participação, designadamente um website dedicado que, para além de veicular informação sobre o Habitat III e a condução dos trabalhos preparatórios, oferecia uma plataforma e espaço de participação pública. Mediante registo, a plataforma encontrava-se aberta a qualquer cidadão ou instituição interessado em participar, permitindo o envio, a todo o tempo, de questões, comentários e outras sugestões.

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3. 2. Ponderação e acolhimento dos demais contributos

Durante o período de consulta pública, os interessados puderam apresentar as suas observações e sugestões através do preenchimento de um formulário eletrónico disponibilizado online, tendo sido esse o modo e formato de participação preconizados. Não obstante, na sequência deste procedimento, foram recebidos, por correio eletrónico, cinco contributos escritos, cuja versão integral se encontra em anexo, os quais se considerou igualmente de ponderar.

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Quadro 2 – Contributos não recebidos através do formulário electrónico de consulta pública

Entidade Natureza do contributo Tratamento

Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG)

Contributos em track-changes inseridos no texto do relatório.

Os contributos incidiram exclusivamente sobre o capítulo I – Demografia Urbana, tendo sido aceites, no essencial.

Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL)

Identificação de parágrafos do texto do relatório com propostas de alteração

Os contributos incidiram exclusivamente sobre o capítulo IV – Governança Urbana e Legislação, tendo sido aceites, no essencial, as contribuições propostas.

Governo Regional da Madeira (GRM) Documento remetido por email,

intitulado “Ordenamento do Território”, contendo uma listagem de Planos Setoriais, Planos Especiais e ainda uma referência à adaptação à Região do RJIGT, seguida de uma lista dos PDM, PU e PP em vigor na Região.

O documento remetido foi considerado e ponderado, tendo sido integradas no texto referências relativas a informações e instrumentos de planeamento nele constantes, sempre que as mesmas se afiguraram enquadráveis nas temáticas e conteúdos do Relatório.

Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA)

A par dos contributos inseridos na plataforma foi enviado por email o documento Trabalho Preparatório para a Nova Agenda Urbana, que contém considerações gerais sobre o relatório.

As propostas constantes do documento enviado por esta entidade foram ponderadas e consideradas juntamente com os contributos recebidos através do formulário eletrónico de consulta pública.

Plataforma Portuguesa para o Direito das Mulheres (PpDM)

A par dos contributos inseridos na plataforma foi enviado por email um documento com recomendações do Women´s Partners Constituent Group (WPCG) sobre as mulheres.

Embora o contributo não consubstancie propostas concretas de alteração, as considerações foram ponderadas e foram tidas em conta na ponderação e acolhimento das propostas desta entidade recebidas através do formulário de consulta pública.

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3. 3. Balanço global do processo e considerações finais

Concluída a consulta pública e a subsequente análise das participações, importa efetuar uma breve síntese das ilações a retirar deste processo.

Do ponto de vista do coletivo de participações válidas, importa à partida notar o seu número reduzido. No entanto, convém referir a diversidade de agentes que efetivamente submeteram as suas contribuições, o que admite inferir sobre a relevância e abrangência das matérias em questão.

A revisão do conjunto de contribuições permite concluir que o documento foi objeto de uma análise completa por parte dos participantes, suscitando a produção de reflexões eminentemente e construtivamente críticas e propositivas, revelando a importância dada aos temas tratados nos diferentes subdomínios do relatório.

Relativamente às reservas e questões suscitadas, resultam evidentes as preocupações em acautelar matérias que constituem o âmbito das atividades desenvolvidas por algumas das entidades que enviaram contributos, tendo-se procurado, na medida do possível, enquadrar todas estas preocupações.

Pretendeu-se com este exercício promover consensos e compromissos aos diversos níveis relativamente ao diagnóstico, desafios encontrados e lições aprendidas, bem como as questões e desafios futuros, identificados no relatório, reforçando em particular a coerência e racionalidade do contributo de Portugal para o desenvolvimento de uma Nova Agenda Urbana.

Finalmente, importa tomar esta iniciativa como um quadro de referência promissor para a sucessiva maturação e integração das preocupações nacionais, que resultarão em propostas a acolher na Nova Agenda Urbana.