relatÓrio de anÁlise tÉcnica

16
PREFEITURA DE MACEIÓ COORDENADORIA MUNICIPAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL DIRETORIA DE OPERAÇÕES DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL CENTRO INTEGRADO DE MONITORAMENTO E ALERTA DE DEFESA CIVIL RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA AVALIAÇÃO DE RISCO ESTRUTURAL DO CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM ACÁCIA SITUADO NO BAIRRO PINHEIRO MACEIÓ/AL. Novembro, 2019

Upload: others

Post on 01-Oct-2021

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

PREFEITURA DE MACEIÓ

COORDENADORIA MUNICIPAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

DIRETORIA DE OPERAÇÕES DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

CENTRO INTEGRADO DE MONITORAMENTO E ALERTA DE DEFESA CIVIL

RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

AVALIAÇÃO DE RISCO ESTRUTURAL DO CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM

ACÁCIA SITUADO NO BAIRRO PINHEIRO – MACEIÓ/AL.

Novembro, 2019

Page 2: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

PREFEITURA DE MACEIÓ

Rui Soares Palmeira Prefeito de Maceió

Eduardo Canuto Secretário Municipal de Governo

COORDENADORIA MUNICIPAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

Dinário Augusto Lemos Junior Coordenador Municipal de Proteção e Defesa Civil

Joanna C C Borba Brandão Diretoria de Operações de Proteção e Defesa Civil / Coordenadoria CIMADEC

EQUIPE TÉCNICA

Walber Mendes Gama Geógrafo

Antonioni Guerrera Geólogo

Dayvisson Rodrigues Engenheiro Civil

Victor Azevedo Engenheiro Civil

Page 3: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5

1.1. Objetivos.......................................................................................................................... 5

2. DADOS ............................................................................................................................... 5

2.1. Identificação .................................................................................................................... 5

2.2. Objeto de inspeção .......................................................................................................... 6

2.3. Verificação das patologias da edificação ........................................................................ 6

2.4. Área de feição de instabilidade do solo ......................................................................... 13

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 16

Page 4: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização dos blocos. ............................................................................................. 5

Figura 2 - (a) Bloco 07 Jequitibá – Vista frontal, (b) Bloco 08 Palmas - Vista frontal .............. 6

Figura 3 - (a) Bloco 09 Ingazeiras - Fachada lateral, (b) Bloco 15 Araçá - Vista frontal .......... 6

Figura 4 - Rachadura inclinada fora do eixo principal ............................................................... 7

Figura 5 - Rachadura inclinada fora do eixo principal. .............................................................. 7

Figura 6 - Fissura inclinada próxima a abertura das janelas. ..................................................... 8

Figura 7 - Rachadura inclinada fora do eixo principal. .............................................................. 8

Figura 8 - Trinca inclinada em ambiente interno do edifício ..................................................... 9

Figura 9 - Rachadura inclinada fora do eixo principal e deslocamento do elemento estrutural 9

Figura 10 - Fissura inclinada próxima a abertura da janela ...................................................... 10

Figura 11 - Fissuras inclinadas próximas as aberturas das janelas ........................................... 10

Figura 12 - Rachadura vertical próxima a viga de sustentação ................................................ 11

Figura 13 - Trinca horizontal em elemento estrutural (Escada) ............................................... 11

Figura 14 - Rachadura horizontal em ambiente interno do edifício próximo a escada. ........... 12

Figura 15 - Rachadura vertical com prolongamento até a viga de sustentação. ....................... 12

Figura 16 - Trinca horizontal em elemento estrutural com deslocamento. .............................. 13

Figura 17 - Área de atuação da feição - Alto grau (área vermelha). ........................................ 14

Figura 18 - (a) Feição no piso do bloco 15, (b) Trinca no piso na mesma direção da feição. . 15

Figura 19 - Trinca no piso no mesmo direcionamento da feição. ............................................ 15

Figura 20 - Área de influência e isolamento ............................................................................ 16

Page 5: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como foco a inspeção predial, elaborando uma análise geral

sobre as patologias de recalque diferencial encontradas no Conjunto Habitacional Edifício

Jardim Acácia.

1.1. Objetivos

Descrever as anomalias decorrentes à instabilidade de solo na região e realizar uma

análise de riscos oferecidos.

2. DADOS

2.1. Identificação

O conjunto habitacional Edifício Jardim Acácia, blocos 7A / 7B Jequitibá, 9A / 9B

Ingazeiras, localizados na rua Alameda Cônego Cavalcante de Oliveira e blocos 8A / 8B

Palmas, 15A / 15B Araçá, localizados na rua Manoel Menezes (Figura 1).

Figura 1 - Localização dos blocos.

Page 6: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

2.2. Objeto de inspeção

Trata-se de imóveis de uso residencial composto por 2 pavimentos e térreo, dimensões

de 28,00m (vinte e oito metros) de frente e fundo medindo 18,30m (dezoito metros e trinta

centímetros), que totalizam uma área de 512,4 m² (quinhentos e doze, quatro metros quadrados).

Com fundação direta, estrutura em concreto armado, alvenaria de fechamento em bloco

cerâmico, com faixa de 50 anos de idade (Figuras 2 e 3).

Figura 2 - (a) Bloco 07 Jequitibá – Vista frontal, (b) Bloco 08 Palmas - Vista frontal

Figura 3 - (a) Bloco 09 Ingazeiras - Fachada lateral, (b) Bloco 15 Araçá - Vista frontal

2.3. Verificação das patologias da edificação

Foram realizadas vistorias técnicas afim de identificar as manifestações patológicas

na edificação, mapeá-las conforme tipo e apontar causa geradora do problema. As patologias

analisadas in loco decorrem por recalque diferencial da fundação de grau de intensidade

elevada, proveniente do rompimento do contato entre fundação e o solo, onde gerou um

afundamento maior que suportado entre os apoios e suas distancias. As trincas e rachaduras

estão localizadas desde o térreo até o 2º pavimento em toda sua estrutura com grande extensão

e abertura, de forma inclinada e horizontais. Como também deslocamento significativo dos

elementos estruturais entre o 1º e 2º pavimento na lateral das fachadas dos blocos 8 (Palmas),

9 (Ingazeira) e 15 (Araçá). Conforme indicação das fotos a seguir:

(a) (b)

Page 7: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 4 - Rachadura inclinada fora do eixo principal

Figura 5 - Rachadura inclinada fora do eixo principal.

Page 8: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 6 - Fissura inclinada próxima a abertura das janelas.

Figura 7 - Rachadura inclinada fora do eixo principal.

Page 9: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 8 - Trinca inclinada em ambiente interno do edifício

Figura 9 - Rachadura inclinada fora do eixo principal e deslocamento do elemento estrutural

Page 10: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 10 - Fissura inclinada próxima a abertura da janela

Figura 11 - Fissuras inclinadas próximas as aberturas das janelas

Page 11: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 12 - Rachadura vertical próxima a viga de sustentação

Figura 13 - Trinca horizontal em elemento estrutural (Escada)

Page 12: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 14 - Rachadura horizontal em ambiente interno do edifício próximo a escada.

Figura 15 - Rachadura vertical com prolongamento até a viga de sustentação.

Page 13: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 16 - Trinca horizontal em elemento estrutural com deslocamento.

2.4. Área de feição de instabilidade do solo

As fraturas no solo (trincas e rachaduras) com grande intensidade e persistência, foram

mapeadas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na região dos blocos Edifício Jardim

Acácia, atingindo-os diretamente em suas fundações e causando instabilidade de solo na zona

de atuação.

Confeccionado pela CPRM o mapa de feições de instabilidade de terreno,

apresentam os problemas estruturais dos imóveis e solo para toda região do bairro Pinheiro.

Nele há três classificações que indicam grau de intensidade das fraturas: Alto grau (área

vermelha), médio grau (área laranja) e baixo grau (área amarela). Pode-se observar na figura

17 que a área onde os blocos do Edifício em questão encontram-se em nível de instabilidade de

alto grau (área vermelha) indicando processo erosivo de solo elevado e zona de falha.

Page 14: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 17 - Área de atuação da feição - Alto grau (área vermelha).

Conforme o levantamento e descrição relatado por moradores, as fraturas surgiram

cerca de 10 anos atrás, onde patologias surgiam em toda a estrutura do edifício, onde a indicação

averiguada no piso de acordo com as figuras a seguir:

Page 15: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

Figura 18 - (a) Feição no piso do bloco 15, (b) Trinca no piso na mesma direção da feição.

Figura 19 - Trinca no piso no mesmo direcionamento da feição.

Page 16: RELATÓRIO DE ANÁLISE TÉCNICA

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto diante das patologias verificadas no imóvel vistoriado, identificadas e

classificadas como exógena, originaria de fatores externos da edificação, recalque diferencial

de fundação. Foi constatado que a anomalia (instabilidade no terreno) já é frequente há alguns

anos, com relatos de ocorrência de trincas nas edificações, o que aponta para deformação do

solo ativa.

Considerando que o Conjunto habitacional do Edifício Jardim Acácia blocos 7A / 7B

Jequitibá, 8A / 8B Palmas, 9A / 9B Ingazeiras, 15A / 15B Araçá, de uma maneira global, está

em área de risco elevado, seus elementos estruturais passaram do estado limite de deformação,

encontram-se colapsadas e sem funções, com grandes riscos de tombamento iminente,

principalmente no que diz respeito às condições encontradas no solo por sua zona de

fraturamento. De acordo com a Lei 12.608 de 10 de abril de 2012 art. 8º § VII cabe a defesa

civil vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção

preventiva e a evacuação da população das áreas de alto risco ou das edificações vulneráveis.

Dessa forma, como medida preventiva de segurança sugere-se o isolamento da área de

possível tombamento do edifício, em caso hipotético, considerando-se um raio de uma vez e

meia da altura do edifício, o que resulta em aproximadamente 20 metros de raio. A Figura 23

ilustra a área mínima necessária para isolamento da região sugerida devido à logística. Outra

medida preventiva a ser tomada é a demolição total das edificações, visto que as mesmas já se

encontram colapsadas.

Figura 20 - Área de influência e isolamento