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Administração Regional de Saúde do Centro, IP Relatório de actividades 2010 www.arscentro.min-saude.pt

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Administração Regional de Saúde do Centro, IP

Relatório de actividades

2010

w w w . a r s c e n t r o . m i n - s a u d e . p t

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Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP:

João Pedro Travassos de Carvalho Pimentel (Presidente)

Mário Rui Fernandes Pinto Ferreira (Vice-Presidente)

Joaquim Gomes da Silva (Vogal)

Regina Helena Lopes Dias Bento (Vogal)

Coordenação da edição

António Morais

Lúcio Meneses de Almeida

Sandra Lourenço

Lígia Carvalho

José Coimbra

Pedro Filipe Morais

Colaboração

Alda Rebelo, José Manuel Tereso, José Varandas da Silva, Mauricio Loureiro Alexandre, Jorge

Amaral Tavares, Helena Neves, Ana Dias, António Morais, António Mota, António Queimadela

Baptista, Carolina Veloso, Conceição Casimiro, Elizabete Gonçalves, Lúcia Amélia Marques, José

Relvas, Eugénio Cordeiro, Fernanda Pinto, Fernando Gomes da Costa, Helder Ferreira, Ilídia

Duarte, Isabel Lança, Isabel Silva, Joana Andrade, José Bonifácio, José Carlos Cabral Peixoto,

Judite Maia Ribeiro, Lúcio Meneses de Almeida, Maria da Anunciação Costa, Maria Hermínia

Trindade Simões, Maria José Hespanha, Paula Godinho, Maria Manuel Açafrão.

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Nota prévia

O presente documento pretende espelhar as actividades empreendidas pela Administração Regional de Saúde do Centro no âmbito da sua missão de garantir o acesso das populações na sua área de influência e de jurisdição territorial a cuidados de saúde de qualidade.

As administrações regionais de saúde incluem, a par dos seus serviços centrais (departamentos, unidades e gabinetes) os agrupamentos de centros de saúde (ACES). Estes serviços desconcentrados, criados ao abrigo do Decreto-lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, têm vindo a consolidar a sua organização interna assente em unidades funcionais. Neste sentido, a par da abertura de várias USF, foi possível também em 2010 assegurar a entrada em funcionamento de várias UCC, UCSP, USP e URAP. Os ACES são hoje uma realidade na Região Centro, os seus órgãos funcionam e a governação clínica, ganho maior desta reforma, dá passos seguros.

Em 2010 concretizámos nos cuidados de saúde primários o processo de contratualização através do qual se procura adequar a oferta às necessidades em saúde e que, na área hospitalar, tem já um histórico e um saber acumulado de há alguns anos.

Mas este Relatório de Actividades incorpora também muitos indicadores, consequência das actividades dos hospitais com quem os Cuidados de Saúde Primários e os Cuidados Integrados colaboram e articulam no desenvolvimento dos programas de saúde.

Pela importância para o novo modelo gestionário da ARS Centro é justo aqui destacar a ampla reorganização que tem vindo a ser feita na estrutura regional, por exemplo, na área das compras e logísticas com recurso aos serviços partilhados.

Neste contexto é possível dizer que na Região Centro as reformas têm vindo a ser desenvolvidas sem sobressaltos, mau grado todas as dificuldades e limitações incluindo a carência de alguns recursos humanos.

Convém também lembrar, num tempo de austeridade, que menos gastos em saúde não implicam piores cuidados em saúde, bem pelo contrário: antes obrigam a uma prescrição diagnostica e terapêutica mais criteriosa e, consequentemente, mais custo-efectiva. Ao garantir previamente, a capacitação financeira dos doentes relativamente à medicação prescrita, assegura-se a adesão à terapêutica, determinante fundamental da efectividade da intervenção.

“Mais vale prevenir do que remediar”: por cada cêntimo investido na prevenção, poupam-se muitos euros no tratamento. Mais do que nunca, importa redireccionar o sistema de serviços de saúde para “montante” (cuidados preventivos e de saúde pública) e valorar o papel do cidadão no sistema de saúde, colocando-o verdadeiramente no centro do sistema.

Estes grandes objectivos têm, pois, acompanhado a acção deste Conselho Directivo e dos profissionais da ARS Centro.

Por isso, uma palavra de agradecimento sentido para todos os parceiros que tornaram possível estas actividades: dirigentes e profissionais dos serviços centrais da ARSC (departamentos e laboratórios de saúde pública) e dos seus serviços desconcentrados/ACES (com destaque para as diversas unidades funcionais e centros de diagnóstico pneumológico). Palavras extensíveis aos restantes parceiros do sistema de serviços de saúde (ULS e hospitais) e parceiros de outros sectores relevantes.

Numa nota final, diremos que o Serviço Nacional de Saúde, na Região Centro é, na observância dos seus resultados, um factor de qualidade de vida e um reforço de coesão social. Tem sido assim preocupação deste Conselho Directivo torná-lo mais humanizado, mais eficiente e sustentável.

A todos, Muito Obrigado.

João Pedro Travassos Pimentel

Presidente do Conselho Directivo

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Índice

CAPITULO I. A REGIÃO

Missão e estrutura organizac ional da ARS do Centro, IP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Descrição geográf ica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Indicadores sóc io-demográficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.1. Estrutura etária ....................................................................................................................................................................................... 4

1.2. Índices de envelhecimento e índices de dependência............................................................................................................................. 7

1.3. Esperança de v ida à nascença ....................................................................................................................................................... 8

4. Indicadores de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4.1 Mortal idade ....................................................................................................................................................................................... 10

4.2 Morbi l idade: internamentos hospita lares ............................................................................................................................... 13

5. Rede de cuidados de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

5.1 Recursos humanos .......................................................................................................................................................................... 24

6. Indicadores de produção hospita lar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

7. Produção dos cuidados de saúde primários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

7.1. Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários............................................................................................................ 32

7.2. Utentes inscritos e utilizadores ............................................................................................................................................................. 34

7.3. Indicadores de produção dos cuidados de saúde primários .................................................................................................................. 38

7.3.1. Planeamento familiar ............................................................................................................................................................................. 43

7.3.2. Saúde materna ...................................................................................................................................................................................... 45

7.3.3. Diagnóstico precoce .............................................................................................................................................................................. 48

7.3.4. Saúde infantil......................................................................................................................................................................................... 49

7.4 Indicadores de eficiência em Cuidados de saúde Primários .................................................................................................................. 53

7.4.1. Consumo de medicamentos genéricos ................................................................................................................................................... 53

7.4.2. Custo médio de medicamentos facturados por utilizador ...................................................................................................................... 54

7.4.3. Custo médio de MCDT facturados por utilizador .................................................................................................................................... 55

CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE

1. Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

1.1. Doenças cardiovasculares ..................................................................................................................................................................... 57

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1.2. Programa de prevenção e controlo da diabetes .................................................................................................................................... 62

2. Programa de prevenção da doença oncológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

2.1. Programa de rastreio do cancro da mama ............................................................................................................................................ 68

2.2. Programa de rastreio do cancro do colo do útero ................................................................................................................................. 70

2.3. Programa de rastreio do cancro do cólon e recto ................................................................................................................................. 73

3. Programa de cuidados continuados integrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

4. Programa de prevenção e controlo de doenças transmissíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

4.1. Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis ................................................................................................................................ 82

4.1.1 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada .............................................................................................................................................. 82

4.1.2 Doenças de Declaração Obrigatória ...................................................................................................................................................... 82

4.2 Programa nacional de Vacinação (PNV) ................................................................................................................................................. 86

4.3 VIH/Sida.................................................................................................................................................................................................. 90

4.4 Controlo da Infecção nas Unidades de Saúde ......................................................................................................................................... 98

4.5. Programa de prevenção e luta contra a tuberculose ............................................................................................................................ 100

5. Programa de saúde materno -infant i l e dos adolescentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104

6. Programa de prevenção do tabagismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

7. Problemas l igados ao álcool . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

8. Programa da Qual idade e Vigilância Alimentar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

9. Programa de promoção da saúde em meio escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

9.1. Programa nacional de promoção da saúde oral (PNSO) / contratualização ........................................................................................ 124

9.2. Programa nacional de saúde escolar (PNSE) ....................................................................................................................................... 128

10. Programa de gestão ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131

11. Programa de gestão das l istas de espera hospitalares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

12. Programa regional de capacitação e l i teracia em saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

13. Observatório Regional de Apoio ao S istema SIM -Cidadão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139

CAPÍTULO III. REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

1. Reorganização dos serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

1.1. Cuidados de saúde primários .............................................................................................................................................................. 143

1.1.2. Unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde ............................................................................................................. 143

1.2. Outras unidades ou serviços................................................................................................................................................................ 150

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CAPÍTULO IV. AVALIAÇÃO

1. QUAR (Quadro de aval iação e responsabi lização) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

2. Auto-aval iação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156

ANEXOS

Anexo 1. Balanço Socia l: análise sumária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

Anexo 2. Caracterização económico -financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164

Anexo 3. Programas Regionais de Rastreios Oncológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167

Anexo 4. Public idade inst ituc ional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172

Índice de figuras, quadros e gráficos Figuras

Figura 1 - Âmbito territorial da ARS Centro, IP 2

Figura 2 - Região Centro (NUTS 1999), por NUTS III, em vigor a partir de 24 de Agosto de 2010 3

Figura 3 – Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2010) 34

Figura 4 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2009 e 2010) 35

Figura 5 - Taxa de participação no programa de rastreios do cancro da mama, por concelhos (2009) 69

Figura 6 - Taxa de incidência de tuberculose/DDO por 100 000 habitantes (Região Centro) 85

Figura 7 - ELI da Região Centro 110

Quadros

Quadro 1 - Evolução da população residente (censos e estimativas) e síntese de indicadores demográficos na Região Centro (NUTS1999), por ACeS e ULS 4

Quadro 2- População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999) e sua evolução, por grupo etário, Estimativa a 31/12/2009 5

Quadro 3 - Índices demográficos (2009) 7

Quadro 4 - Evolução da esperança média de vida no Continente e na Região Centro, por NUTS III 9

Quadro 5 - GDH de internamento por todas as neoplasias malignas na Região Centro (2009) 13

Quadro 6 - GDH de internamento por Diabetes na Região Centro (2009) 14

Quadro 7 - GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2009) 14

Quadro 8 - GDH de internamento por AVC hemorrágico na Região Centro (2009) 15

Quadro 9 - GDH de internamento por AVC isquémico na Região Centro (2009) 15

Quadro 10 - GDH de internamento por enfarte agudo de Miocárdio na Região Centro (2009) 16

Quadro 11 - GDH de internamento por cancro da Mama feminina na Região Centro (2009) 17

Quadro 12 - GDH de internamento por cancro do Colo do Útero na Região Centro (2009) 17

Quadro 13 - GDH de internamento por neoplasia colo-rectal na Região Centro (2009) 18

Quadro 14 - GDH de internamento por Doenças Infecciosas na Região Centro (2009) 18

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Quadro 15 - GDH de internamento por SIDA na Região Centro (2009) 19

Quadro 16 - GDH de internamento por SIDA (portador) na Região Centro (2009) 19

Quadro 17 - GDH de internamento por Tuberculose na Região Centro (2009) 20

Quadro 18 - GDH de internamento por Gripe na Região Centro (2009) 20

Quadro 19 - GDH de internamento por Pneumonia na Região Centro (2009) 21

Quadro 20 -GDH de internamento por DPOC e Asma na Região Centro (2009) 21

Quadro 21 - GDH de internamento por evitáveis por vacinação na Região Centro (2009) 22

Quadro 22- Rede de cuidados de saúde da Região Centro em 31/12/2010 23

Quadro 23 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional, a 31/12/2010 24

Quadro 24 – Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 25

Quadro 25 – Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 27

Quadro 26 – Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 28

Quadro 27 – Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010) 29

Quadro 28 – Produção em cirurgia de ambulatório nos hospitais da Região Centro (2010) 30

Quadro 29 – Produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e taxas de crescimento (2010) 31

Quadro 30 – Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários (2010) 33

Quadro 31 - Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS (2009-2010) 35

Quadro 32 - Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por ACeS e ULS 37

Quadro 33 - Produção dos Cuidados de Saúde Primários na Região Centro (2009 e 2010) 38

Quadro 34 - Primeiras consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF) 38

Quadro 35 - Total de consultas de MGF 39

Quadro 36 - Taxa de utilização global de consultas médicas (2009 e 2010) 40

Quadro 37 - Taxa de visitas domiciliárias (médicas e de enfermagem) por 1000 utentes (2009 e 2010) 41

Quadro 38 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos) 43

Quadro 39 - Consultas de Saúde Materna (2009 e 2010) 45

Quadro 40 - Precocidade das primeiras consultas de gravidez (2009 e 2010) 46

Quadro 41 - Diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida 48

Quadro 42 - Taxa cobertura de primeiras consulta na vida realizadas até aos 28 dias de vida 50

Quadro 43 - Precocidade de primeira consulta na vida, realizada até aos 28 dias de vida (2009 e 2010) 51

Quadro 44 - % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2009 e 2010) 53

Quadro 45 - Custo médio de medicamentos facturados por utilizador (2009 e 2010) 54

Quadro 46 - Custo médio de MCDT facturados por utilizador (2009 e 2010) 55

Quadro 47 - Rastreio de retinopatia diabética 66

Quadro 48 - Indicadores de produção da rede de cuidados de saúde primários da ARSC 66

Quadro 49 - Programa de rastreio do cancro do colo do útero (triénio 2008-2010) 72

Quadro 50 -N.º camas propostas/ N.º camas contratualizadas (2010) 76

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Quadro 51 - Distribuição das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) e sua capacidade, por ACES 77

Quadro 52 - Doentes tratados e admitidos na RNCCI – Região de Saúde do Centro – 2010 78

Quadro 53 - Proveniência dos doentes tratados no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010) 79

Quadro 54 - Motivos de alta dos doentes internados nas unidades da RNCCI/Região de Saúde do Centro (2010) 80

Quadro 55 - Transferência dos doentes internados nas unidades da RNCCI por origem e destino /Região de Saúde 81

Quadro 56 - N.º de prorrogações pedidas e autorizadas nas unidades de internamento da RNCCI/Região de Saúde do 81

Quadro 57 – Doenças de declaração obrigatória notificadas na Região Centro (2009 e 2010) 84

Quadro 58 – Doenças de declaração obrigatória notificadas em 2010 na Região Centro (por ACeS/ULS) 85

Quadro 59 - Actividades desenvolvidas e indicadores 86

Quadro 60 - Cobertura vacinal – vacinas do PNV- coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de idade 87

Quadro 61 - Cobertura vacinal – vacinas do PNV- coortes de nascidos de 14, 15, 18, 25 e 65 anos de idade 87

Quadro 62 - Cobertura vacinal – campanha de vacinação contra infecções por vírus do papiloma humano- coortes de raparigas de 17 e 18 anos de idade 88

Quadro 63 - Contratualização – PNV cumprido aos 2, 7 e 14 anos 88

Quadro 64 - Mapa de inoculações região centro 2010 – Total de doses por vacina 89

Quadro 65 - Cobertura vacinal – Gripe Sazonal 2009/2010 90

Quadro 66 - % Proporcional acumulada de infectados com Sida, PA e CRS por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) 94

Quadro 67 - Casos acumulados de infecção por VIH e óbitos por distrito (concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC) 94

Quadro 68 - Indicadores/resultados 97

Quadro 69 - Casos Novos de Tuberculose por Distrito 101

Quadro 70 - Cobertura de TOD 102

Quadro 71 - Casos novos por Nacionalidade 2009 103

Quadro 72 - Casos Novos Notificados em 2010, por País de Origem 103

Quadro 73 - N.º de Núcleos constituídos 106

Quadro 74- Casos sinalizados 108

Quadro 75 - Tipo de maus tratos 109

Quadro 76 - ELI da Região Centro 110

Quadro 77 - Consultas de cessação tabágica* 111

Quadro 78 - Primeiras consultas 112

Quadro 79 - Total de consultas seguintes* 112

Quadro 80 - Caracterização dos utentes 113

Quadro 81 - Número total de consultas * 113

Quadro 82 - Unidades de saúde da rede de cuidados primários com consultas de cessação tabágica 114

Quadro 83 - Análise de resultados dos estabelecimentos que fazem parte dos ACeS do Distrito de Coimbra (análise 0 – diagnóstico) 120

Quadro 84 - Análise de resultados dos estabelecimentos de restauração colectiva da ULS da Guarda (análise 0 – diagnóstico) 120

Quadro 85 - Médicos aderentes 124

Quadro 86 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar 2010 129

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Quadro 87 - Monitorização das emissões gasosas (Decreto-lei nº 78/2004) 132

Quadro 88 - Situação da organização ARSC, IP no SIRAPA e DUC pagos 133

Quadro 89 - 1ª fase do Projecto “Escolas Sem Ruído” 134

Quadro 90 - USF nos modelos A e B (2009 -2010) 144

Quadro 91 – Unidades de saúde familiar em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/2010 145

Quadro 92 - Unidades de cuidados de saúde personalizados no âmbito territorial da ARSC, IP 146

Quadro 93 - Unidades de cuidados na comunidade, no âmbito territorial da ARSC, IP 147

Quadro 94 - Unidades de saúde pública, no âmbito territorial da ARSC, IP 148

Quadro 95 - Unidades de recursos assistenciais partilhados 149

Quadro 96 - Unidades de apoio à gestão 150

Quadro 97 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional a 31/12/2010 161

Quadro 98 - Saída de pessoal por aposentação, segundo o grupo profissional, em 2010 162

Gráficos

Gráfico 1 - População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999), por grupos etários, em 2009 (estimativa para 2009) 6

Gráfico 2 - Pirâmides etárias da população residente na Região Centro (NUTS 1999), nos Censos 2001 e nas estimativas de 2009 6

Gráfico 3 - Evolução dos índices demográficos na Região Centro (NUTS1999) 8

Gráfico 4 - Evolução da esperança média de vida (em anos) no Continente e na Região Centro (NUTS 2002) 9

Gráfico 5 - Taxa de mortalidade infantil por ACeS e ULS da Guarda – ARSC, IP 10

Gráfico 6 - Óbitos infantis e nados vivos na Região Centro (NUTS 1999) 11

Gráfico 7 - Risco de morrer aos 5 anos por ACeS e ULS da Guarda (2006-2009) 11

Gráfico 8 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 2002) 12

Gráfico 9 - Mortalidade por neoplasias padronizada para a idade pela população europeia (%ooo) 16

Gráfico 10 - Percentagem de utentes Inscritos COM e SEM Médico de Familia, por ACeS e ULS, 2010 36

Gráfico 11 - Variação percentual (2009-2010) do total de inscritos nos CSP / ACeS e ULS 36

Gráfico 12 - Variação percentual (2009-2010) de utentes utilizadores dos CSP / ACES e ULS 09-10 37

Gráfico 13 - Taxa de utilização global de consultas médicas, 2010 40

Gráfico 14 - Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos, por ACeS 42

Gráfico 15 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos, por ACeS 42

Gráfico 16 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos), por ACES 44

Gráfico 17 - Variação percentual das mulheres inscritas em idade fertil (2009-2010) 44

Gráfico 18 - Variação percentual de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre (2009-2010) 47

Gráfico 19 - Variação percentual (2009-2010) dos recém-nascidos que completaram 7 dias de vida 49

Gráfico 20 - variação percentual (2009-2010) de primeiras consultas na vida – até aos 28 dias 50

Gráfico 21 - Taxa de crianças com baixo peso 52

Gráfico 22 - Nascimentos pré-termo / 100 nados vivos 52

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Gráfico 23 - Prevalência da Diabetes em Portugal e Prevalência ajustada - população (2009) 62

Gráfico 24 - Prevalência da Diabetes e da Hiperglicemia intermédia em Portugal (prevalência ajustada – população) -2009 63

Gráfico 25 - Prevalência da Diabetes em Portugal por sexo e por escalão etário (prevalência ajustada – população) -2009 63

Gráfico 26 - Incidência Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil 70

Gráfico 27 - Mortalidade Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil 71

Gráfico 28 - N.º camas da RNCCI na Região de Saúde do Centro – 2010 75

Gráfico 29 - % de doentes tratados por tipologia, no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro 78

Gráfico 30 - Taxa de ocupação nas unidades da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010) 79

Gráfico 31 - Taxa acumulada de infectados por distrito (área geográfica da ARSC) 92

Gráfico 32 - Evolução dos novos casos notificados de infecção pelo VIH/sida, na Região Centro 93

Gráfico 33 - Taxa de novos casos de infectados notificados em 2010, por distrito 93

Gráfico 34 - Testes de rastreio do VIH realizados pelos CAD em 2010 95

Gráfico 35 - Taxa de seropositivos para o VIH por CAD por 1000 rastreados em 2010 96

Gráfico 36 - Evolução da taxa de incidência da Tuberculose na Região Centro 2005 a 2010 102

Gráfico 37 - Distribuição dos casos de Tuberculose segundo a localização 103

Gráfico 38 - Constituição dos NACJR no âmbito territorial da ARSC,IP 107

Gráfico 39 - Constituição dos N (H) ACJR no âmbito territorial da ARSC, IP 107

Gráfico 40 - Monitorização dos casos sinalizados 108

Gráfico 41 - Encaminhamento dos casos sinalizados 109

Gráfico 42 - Tipo de maus tratos 109

Gráfico 43 - Saúde Oral na Saúde Infantil 125

Gráfico 44 - Saúde Oral Crianças e Jovens 125

Gráfico 45 - SOCJ – Coortes 125

Gráfico 46 - Referenciação Higienista Oral 126

Gráfico 47 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) 126

Gráfico 48 - Saúde Oral na Gravidez 126

Gráfico 49 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas 127

Gráfico 50 - Saúde Oral em utentes com VIH 127

Gráfico 51 - N.º de USF criadas (2006-2010) 144

Gráfico 52 - Pirâmide etária da ARSC (2010) 160

Gráfico 53 - Evolução das Receitas 2009/2010 165

Gráfico 54 - Evolução Despesas 2009/2010 166

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CAPITULO I. A REGIÃO

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1

Missão e estrutura organizacional da ARS do Centro, IP

A Administração Regional de Saúde do Centro IP, criada ao abrigo do Decreto-Lei nº 222/2007

de 29 de Maio, tem como missão garantir à população da sua área geográfica de intervenção o

acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às

necessidades em saúde e cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde nessa área.

Este instituto público é composto por 5 departamentos (Saúde Pública e Planeamento;

Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral; Contratualização; Gestão Financeira;

Instalações e Equipamentos) e 2 unidades (Unidade de Planeamento do Departamento de

Saúde Pública e Planeamento; unidade de Administração Geral do Departamento de Estudos,

Recursos Humanos e Administração Geral).

A área de jurisdição territorial da ARSC, é constituída por 14 agrupamentos de centros de

saúde (ACeS do Baixo Vouga I, Baixo Vouga II, Baixo Vouga III, Baixo Mondego I, Baixo

Mondego II, Baixo Mondego III, Dão Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III, Pinhal Interior

Norte I, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II e Cova da Beira) e duas

unidades locais de saúde (ULS da Guarda e ULS de Castelo Branco).

A ULS da Guarda, EPE, criada em 1 de Outubro de 2008, integra o Hospital de Sousa Martins, o

Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e os centros de saúde da Guarda, Seia, Gouveia,

Manteigas, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e

Figueira de Castelo Rodrigo.

A ULS de Castelo Branco, EPE, criada em 1 de Janeiro de 2010, integra o Hospital Amato

Lusitano e os centros de saúde dos ACeS da Beira Interior Sul e do Pinhal Interior Sul.

O âmbito de jurisdição territorial da ARSC inclui um total de 85 centros de saúde (dos quais, 64

centros de saúde integrados nos seus serviços desconcentrados/ACeS) e de 20 hospitais – em

virtude da transição, em Agosto de 2010, do concelho de Mação para o âmbito de jurisdição

territorial da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, IP.

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2

Figura 1 - Âmbito territorial da ARS Centro, IP

Descrição geográfica

A área de jurisdição territorial da ARS Centro, IP, conforme disposto no Decreto-Lei

nº 222/2007 de 29 de Maio, corresponde à Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins

Estatísticos (NUTS) de nível II prevista no Decreto-Lei nº 317/99 de 11 de Agosto (NUTS II 1999)

e inclui dez NUTS de nível III.

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3

Por força das alterações introduzidas pela Lei nº 21/2010 de 23 de Agosto, actualmente a ARSC

integra 77 concelhos, na medida em que aquele diploma legal estabelece que o município de

Mação passa a integrar, a partir de 24 de Agosto, a NUTS III Médio Tejo (Região de Lisboa e

Vale do Tejo). Não obstante, os dados apresentados referentes à NUTS III Pinhal Interior Sul

ainda incluem o concelho de Mação.

Figura 2 - Região Centro (NUTS 1999), por NUTS III, em vigor a partir de 24 de Agosto de 2010

Indicadores sócio-demográficos

No âmbito territorial da ARS Centro, IP, residem 1 782 646 indivíduos de ambos os sexos,

conforme estimativa de população residente a 31/12/2009, que corresponde a 17,6% da

população no Continente, sendo a terceira região de saúde em termos de efectivos

populacionais. O ACeS Pinhal Litoral II é o mais populoso, com mais de 207 500 habitantes,

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4

logo seguido do Baixo Mondego I e Baixo Vouga II. Não obstante o exposto, o Baixo Vouga II e

III e o Baixo Mondego I são os ACeS mais densamente povoados - respectivamente com 278,

292 e 249 habitantes/Km2.

Mais de metade dos habitantes da ARS Centro (56,5%) reside nos ACeS do litoral (Baixo Vouga

I, II e III, Baixo Mondego I, II e III e Pinhal Litoral I e II).

Relativamente a 2008, a estimativa aponta para um ligeiro decréscimo populacional de 0,2%

na região, facto que deriva em grande parte de saldos naturais negativos na maioria dos ACeS

e ULS e de saldos migratórios insuficientes para colmatar o défice natural.

Quadro 1 - Evolução da população residente (censos e estimativas) e síntese de indicadores demográficos na

Região Centro (NUTS1999), por ACeS e ULS

Localização geográfica (ACeS e ULS)

População residente

Acréscimo populacional Componentes do

crescimento demográfico em 2009

Densidade populacional

2009 Estimativa 2009

1991-2001

2001-2009

2008-2009

Saldo natural

Saldo migratório

Nº % Nº hab/Km2

Continente 10.144.940 5,3 2,8 0,1 -5011 14642 114

Centro (NUTS 1999) 1.782.646 3,5 -0,1 -0,2 -6258 2212 75

Baixo Vouga I 117.314 9,0 2,1 -0,1 -340 228 152

Baixo Vouga II 165.291 11,7 5,1 0,3 156 378 278

Baixo Vouga III 96.196 8,0 3,6 0,1 -50 137 292

Baixo Mondego I 168.301 6,9 -6,8 -0,9 -294 -1313 249

Baixo Mondego II 108.128 -0,6 -0,8 -0,2 -460 217 124

Baixo Mondego III 84.647 3,3 3,3 0,1 -298 362 97

Pinhal Litoral I 59.968 9,6 6,5 0,2 -208 318 96

Pinhal Litoral II 207.555 12,6 6,6 0,4 114 762 186

Pinhal Interior Norte I 95.925 2,4 1,7 0,1 -551 650 54

Pinhal Interior Norte II 41.125 -6,6 -7,0 -0,9 -386 -4 49

Dão-Lafões I 99.470 11,8 6,4 0,5 145 309 196

Dão-Lafões II 83.790 -3,7 -0,4 -0,3 -525 236 51

Dão-Lafões III 97.612 -2,5 -0,7 -0,3 -529 204 90

Cova da Beira 90.073 0,5 -3,7 -0,7 -512 -116 66

ULS C. Branco, EPE 112.276 -6,7 -8,7 -1,1 -1130 -139 20

ULS Guarda, EPE 154.975 -4,3 -6,2 -1,0 -1658 167 31

Fonte: INE/ARSC

1.1. Estrutura etária

Em 2009, 13,6% da população residente na Região Centro tinha menos de 15 anos de idade e

20,9% da população tinha 65 e mais anos. Relativamente ao grupo etário dos 25 aos 64 anos,

este representa 54,6% da população residente.

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5

Confirmando a tendência de “duplo envelhecimento” (de base e de topo) evidenciada nas

últimas décadas, no último ano os efectivos jovens sofreram um decréscimo de 1,3%, e os

idosos com 65 e mais anos registaram um acréscimo de efectivos de 0,5%.

Na maior parte dos ACeS e ULS, a proporção entre grupos etários é semelhante ao retrato da

região, embora seja mais notório o peso dos idosos com mais de 65 anos no interior (Pinhal

Interior Norte II e ULS) e o maior peso de crianças e jovens no litoral da região (Baixo Vouga II e

III, Pinhal Litoral II) e em Dão-Lafões I.

Quadro 2- População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999) e sua evolução, por grupo

etário, Estimativa a 31/12/2009

Localização geográfica (ACeS e ULS)

Grupos etários e variação 2008-2009

0-14 var. 15-24 var. 25-64 var. 65 + var.

Nº % Nº % Nº % Nº %

Continente 1.528.075 -0,3 1.111.700 -2,1 5.666.838 0,2 1.838.327 1,5

Centro (NUTS 1999) 242.437 -1,3 194.349 -2,6 973.736 0,3 372.124 0,5

Baixo Vouga I 16.051 -2,1 12.982 -2,3 65.233 0,4 23.048 1,2

Baixo Vouga II 25.686 -0,4 18.940 -1,8 93.479 0,5 27.186 1,8

Baixo Vouga III 14.941 -1,7 11.434 -1,4 54.364 0,7 15.457 1,5

Baixo Mondego I 22.731 -1,7 16.559 -2,7 96.429 -1,0 32.582 0,6

Baixo Mondego II 13.978 -0,6 10.584 -2,9 59.742 0,0 23.824 0,7

Baixo Mondego III 10.668 -0,8 8.839 -3,2 46.335 0,5 18.805 1,0

Pinhal Litoral I 8.442 -0,8 6.868 -2,4 31.810 0,8 12.848 0,6

Pinhal Litoral II 32.070 -0,5 23.170 -1,3 116.115 0,6 36.200 1,9

Pinhal Interior Norte I 13.108 -1,5 10.433 -1,9 50.628 0,0 21.756 0,1

Pinhal Interior Norte II 4.773 -1,9 4.191 -3,3 21.002 -0,3 11.159 -0,9

Dão-Lafões I 15.748 -0,8 11.616 -1,7 55.040 0,8 17.066 2,2

Dão-Lafões II 10.681 -3,2 10.447 -3,0 43.816 0,9 18.846 0,0

Dão-Lafões III 12.383 -1,9 11.145 -3,8 51.819 0,6 22.265 0,3

Cova da Beira 11.025 -1,7 9.580 -3,8 48.971 -0,2 20.497 0,3

ULS C. Branco, EPE 12.548 -1,3 10.701 -3,7 57.111 -0,4 31.916 -1,4

ULS Guarda, EPE 17.604 -2,3 16.860 -4,4 81.842 0,0 38.669 -0,9

Fonte: INE/ ARSC

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Gráfico 1 - População residente nos ACeS e ULS da Região Centro (NUTS 1999), por grupos etários, em 2009

(estimativa para 2009)

A evolução da população residente por grupos etários resulta numa pirâmide etária

característica dos países mais envelhecidos (“duplo envelhecimento” de base e de topo). Esta

evolução é bem visível nas pirâmides etárias de 2001 e de 2009.

Gráfico 2 - Pirâmides etárias da população residente na Região Centro (NUTS 1999), nos Censos 2001 e nas

estimativas de 2009

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Dão-Lafões I

Dão-Lafões II

Dão-Lafões III

Cova da Beira

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos mais de 65 anos

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1.2. Índices de envelhecimento e índices de dependência

Em 2009, o índice de envelhecimento na área territorial de jurisdição da ARSC é de 153,5%,

sendo o segundo mais elevado do Continente. Entre 2008 e 2009 manteve a tendência de

aumento verificada nas últimas décadas, registando variações positivas em todas as unidades

administrativas, excepto na ULS de Castelo Branco, EPE. No entanto, a ULS de Castelo Branco,

EPE juntamente com a ULS da Guarda, EPE e o ACeS Pinhal Interior Norte II são as unidades

territoriais mais envelhecidas (254,4%, 219,7% e 233,8%, respectivamente).

Este cenário de envelhecimento da população reflecte-se no aumento do índice de

dependência de idosos, que se mantém superior ao do Continente. Atendendo a que os

índices de dependência têm como denominador a população potencialmente activa (dos 15

aos 64 anos), a sua evolução traduz um peso cada vez maior dos idosos (65 e mais anos) na

população em idade activa. De entre os índices demográficos, o índice de envelhecimento é o

que apresenta o crescimento mais acentuado.

Quadro 3 - Índices demográficos (2009)

Índice de

envelhecimento (%) Índice de dependência

total (%) Índices de dependência

de jovens (%) Índices de dependência

de idosos (%)

2001 2008 2009 ∆ 2001 2008 2009 ∆ 2001 2008 2009 ∆ 2001 2008 2009 ∆

Continente 104,5 118,2 120,3 ↑ 47,7 49,3 49,7 ↑ 23,3 22,6 22,5 ↓ 24,4 26,7 27,1 ↑

Centro (NUTS 1999) 130,8 150,7 153,5 ↑ 52,7 52,6 52,6 ↔ 22,8 21,0 20,8 ↓ 29,9 31,6 31,9 ↑

Baixo Vouga I 112,9 138,9 143,6 ↑ 49,2 50,0 50,0 ↑ 23,1 20,9 20,5 ↓ 26,1 29,1 29,5 ↑

Baixo Vouga II 86,1 103,5 105,8 ↑ 45,4 46,8 47,0 ↑ 24,4 23,0 22,8 ↓ 21,0 23,8 24,2 ↑

Baixo Vouga III 82,3 100,3 103,5 ↑ 47,2 46,4 46,2 ↓ 25,9 23,2 22,7 ↓ 21,3 23,2 23,5 ↑

Baixo Mondego I 122,9 140,0 143,3 ↑ 44,8 48,5 49,0 ↑ 20,1 20,2 20,1 ↔ 24,7 28,3 28,8 ↑

Baixo Mondego II 156,5 168,3 170,4 ↑ 52,0 53,4 53,8 ↑ 20,3 19,9 19,9 ↓ 31,8 33,5 33,9 ↑

Baixo Mondego III 136,9 173,2 176,3 ↑ 50,7 53,2 53,4 ↑ 21,4 19,5 19,3 ↓ 29,3 33,7 34,1 ↑

Pinhal Litoral I 125,3 150,1 152,2 ↑ 54,1 55,1 55,0 ↑ 24,0 22,0 21,8 ↓ 30,1 33,1 33,2 ↑

Pinhal Litoral II 89,5 110,2 112,9 ↑ 45,7 48,8 49,0 ↑ 24,1 23,2 23,0 ↓ 21,6 25,6 26,0 ↑

Pinhal Interior Norte I 147,9 163,3 166,0 ↑ 59,9 57,2 57,1 ↓ 24,2 21,7 21,5 ↓ 35,7 35,5 35,6 ↔

Pinhal Interior Norte II 200,3 231,4 233,8 ↑ 65,0 63,5 63,2 ↓ 21,6 19,2 18,9 ↓ 43,4 44,3 44,3 ↑

Dão-Lafões I 89,5 105,1 108,4 ↑ 47,1 49,0 49,2 ↑ 24,8 23,9 23,6 ↓ 22,2 25,1 25,6 ↑

Dão-Lafões II 139,4 170,8 176,4 ↑ 61,6 55,1 54,4 ↓ 25,7 20,3 19,7 ↓ 35,8 34,8 34,7 ↓

Dão-Lafões III 146,3 175,9 179,8 ↑ 57,5 55,2 55,0 ↓ 23,4 20,0 19,7 ↓ 34,2 35,2 35,4 ↑

Cova da Beira 153,4 182,1 185,9 ↑ 54,5 53,6 53,8 ↓ 21,5 19,0 18,8 ↓ 33,0 34,6 35,0 ↑

ULS C. Branco, EPE 239,3 254,6 254,4 ↑ 68,9 65,9 65,6 ↓ 20,3 18,6 18,5 ↓ 48,6 47,3 47,1 ↓

ULS Guarda, EPE 184,6 216,5 219,7 ↑ 62,4 57,3 57,0 ↓ 21,9 18,1 17,8 ↓ 40,5 39,2 39,2 ↓

Fonte: INE/ ARSC

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8

Gráfico 3 - Evolução dos índices demográficos na Região Centro (NUTS1999)

1.3. Esperança de vida à nascença

A esperança de vida à nascença na Região Centro (NUTS 2002) é actualmente 79,4 anos,

ligeiramente superior ao valor do Continente, evidenciando uma evolução favorável nos

últimos anos.

No contexto das NUTS III que integram o âmbito territorial da ARS Centro, IP, a esperança

de vida à nascença varia entre 77,2 no Pinhal Interior Sul e 79,7 no Baixo Mondego e

Pinhal Litoral. (quadro 4)

0 20 40 60 80 100 120 140 160

I. Envelhecimento

I. Dep. Total

I. Dep. Jovens

I. Dep. Idosos

Percentagem

1991

2001

2009

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9

Quadro 4 - Evolução da esperança média de vida no Continente e na Região Centro, por NUTS III

Esperança de vida à nascença (0 anos)

2004-2006 2005-2007 2006-2008 2007-2009

Anos Anos Anos Anos

Continente 78,34 78,65 78,9 79,17

Centro (NUTS 2002) 78,65 78,93 79,11 79,35

Baixo Vouga 79,05 79,25 79,36 79,41

Baixo Mondego 78,96 79,37 79,56 79,66

Pinhal Litoral 78,87 79,2 79,53 79,66

Pinhal Interior Norte 77,8 78,33 78,84 79,17

Dão-Lafões 78,82 79 79,11 79,51

Pinhal Interior Sul 76,95 77,34 77,77 77,19

Serra da Estrela 78,01 78,01 78,5 77,92

Beira Interior Norte 78,59 78,64 78,92 78,97

Beira Interior Sul 78,01 78,35 78,85 78,95

Cova da Beira 79,07 79,34 79,42 79,14

Oeste 77,83 78,37 78,67 78,67

Médio Tejo 78,33 78,78 79,24 79,66 Fonte: INE

Gráfico 4 - Evolução da esperança média de vida (em anos) no Continente e na Região Centro (NUTS 2002)

Fonte: INE

78,65

78,93

79,11

79,35

77,8

78

78,2

78,4

78,6

78,8

79

79,2

79,4

79,6

2004-2006 2005-2007 2006-2008 2007-2009

An

os

Continente Centro (NUTS 2002)

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10

4. Indicadores de saúde

4.1 Mortalidade

Gráfico 5 - Taxa de mortalidade infantil por ACeS e ULS da Guarda – ARSC, IP

A evolução da taxa de mortalidade infantil na Região Centro tem-se mantido estável, próximo

dos 3 óbitos por 1 000 nados-vivos. O valor mais alto observado no quadriénio de 2006 a 2009

foi 3,8%o (em 2008), tendo-se cifrado em 2,9%o em 2009.

A reduzida dimensão do denominador (nados-vivos) explica a grande variação anual neste

indicador observada a um âmbito sub-regional (ACeS/ULS) e impossibilita, na prática,

quaisquer inferências.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2006 2007 2008 2009 Valor médio da Região Centro (2006-2009)

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11

Gráfico 6 - Óbitos infantis e nados vivos na Região Centro (NUTS 1999)

Gráfico 7 - Risco de morrer aos 5 anos por ACeS e ULS da Guarda (2006-2009)

Fonte: WebSig

A mortalidade infantil até aos 5 anos apresenta um valor médio da Região Centro 4,1%0 entre

2006 e 2009.

46

51

4746

54

2004 2005 2006 2007 2008

Região Centro Óbitos infantis

16.301 16.176

15.465

14.58114.745

2004 2005 2006 2007 2008

Região Centro Nascimentos vivos

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

2006 2007 2008 2009 Valor médio da Região Centro (2006-2009)

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12

Gráfico 8 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 2002)

Fonte: DGS/Divisão de estatística de saúde

8,6 8,1 8,2

7,8

3 3,2 3,7

2,6

3,7

2,6 1,9

2,9

5,5

4,2 3,7

4,3

2006 2007 2008 2009

natalidade mortalidade infantil fetal(22 e + semanas) perinatal (28 e + semanas)

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13

4.2 Morbilidade: internamentos hospitalares

Em 2009 (dados mais recentes disponíveis) realizaram-se 179 731 internamentos na rede

hospitalar do SNS da área de jurisdição territorial da ARSC. Não obstante a ULS de Castelo

Branco EPE, só ter entrado em funcionamento a 1 de Janeiro de 2010, foram agregados os

dados correspondentes aos 2 ACeS que a precederam (Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul).

O ACeS do Pinhal Litoral II foi o responsável pelo maior número de episódios de internamento

da Região (11,6% do total), seguido do ACeS do Baixo Mondego I (10,8%) e da ULS da Guarda

EPE (8,9%). Já os ACeS correspondentes à actual ULS de Castelo Branco EPE motivaram 6,4%

do total de episódios de internamento na Região.

Quadro 5 - GDH de internamento por todas as neoplasias malignas na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 643 677 1320 63 12.092 10,92

Baixo Vouga II 797 886 1.683 61 15.488 10,87

Baixo Vouga III 229 175 404 62 4.872 8,29

Baixo Mondego I 1.207 1.328 2.535 61 19.377 13,08

Baixo Mondego II 692 760 1453 63 11.481 12,66

Baixo Mondego III 482 585 1.067 63 8.049 13,26

Cova da Beira 885 716 1601 64 13.846 11,56

Pinhal Litoral I 382 362 744 64 6.111 12,17

Pinhal Litoral II 1154 1195 2349 62 20.877 11,25

Pinhal Interior Norte I 555 556 1.111 62 9.111 12,19

Pinhal Interior Norte II 269 260 529 64 3.991 13,25

Dão Lafões I 477 586 1.063 61 9.503 11,19

Dão Lafões II 396 423 819 64 7.251 11,29

Dão Lafões III 621 572 1.193 65 9.969 11,97

Beira Interior Sul 473 438 911 65 8.578 10,62

Pinhal Interior Sul 200 188 388 64 3.026 12,82

ULS da Guarda, EPE 1146 1191 2337 64 16.109 14,51

ULS de Castelo Branco, EPE 673 626 1299 65 11.604 11,19

Total Região Centro 10608 10898 21507 63 179.731 11,97

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 140.0 a 195.8 e 196.0 a 199.1 e 200.00 a 208.9 e 230.0 a 234.9)

As neoplasias malignas e a diabetes mellitus estão entre as patologias que justificaram mais

internamentos hospitalares (quadros 5 e 6) 12% e 11,6% do total de episódios de

internamento). Os AVC corresponderam, nesse período, mais de 3,5% do total de

internamentos (quadros 7, 8 e 9).

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14

Quadro 6 - GDH de internamento por Diabetes na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 622 605 1227 71 12.092 10,15

Baixo Vouga II 932 833 1.765 70 15.488 11,4

Baixo Vouga III 283 389 672 73 4.872 13,79

Baixo Mondego I 1.116 992 2.108 70 19.377 10,88

Baixo Mondego II 663 629 1292 72 11.481 11,25

Baixo Mondego III 542 480 1.022 71 8.049 12,7

Cova da Beira 820 872 1692 71 13.846 12,22

Pinhal Litoral I 359 349 708 72 6.111 11,59

Pinhal Litoral II 1194 1103 2297 72 20.877 11

Pinhal Interior Norte I 538 541 1.079 72 9.111 11,84

Pinhal Interior Norte II 322 277 599 72 3.991 15,01

Dão Lafões I 513 616 1.129 72 9.503 11,88

Dão Lafões II 466 491 957 72 7.251 13,2

Dão Lafões III 716 742 1.458 72 9.969 14,63

Beira Interior Sul 390 414 804 71 8.578 9,37

Pinhal Interior Sul 179 163 342 72 3.026 11,3

ULS da Guarda, EPE 816 897 1713 72 16.109 10,63

ULS de Castelo Branco, EPE 569 577 1146 72 11.604 9,88

Total Região Centro 10471 10393 20864 72 179.731 11,61

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 250.00 a 250.93)

Quadro 7 - GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 169 193 362 74 12.092 2,99

Baixo Vouga II 220 247 467 72 15.488 3,02

Baixo Vouga III 108 101 209 74 4.872 4,29

Baixo Mondego I 296 270 566 74 19.377 2,92

Baixo Mondego II 173 208 381 75 11.481 3,32

Baixo Mondego III 141 118 259 74 8.049 3,22

Cova da Beira 201 199 400 75 13.846 2,89

Pinhal Litoral I 118 103 221 75 6.111 3,62

Pinhal Litoral II 344 319 663 74 20.877 3,18

Pinhal Interior Norte I 144 150 294 75 9.111 3,23

Pinhal Interior Norte II 88 86 174 74 3.991 4,36

Dão Lafões I 188 185 373 75 9.503 3,93

Dão Lafões II 199 227 426 75 7.251 5,88

Dão Lafões III 193 277 470 75 9.969 4,71

Beira Interior Sul 151 148 299 74 8.578 3,49

Pinhal Interior Sul 61 66 127 76 3.026 4,20

ULS da Guarda, EPE 260 268 528 76 16.109 3,28

ULS de Castelo Branco, EPE 212 214 426 75 11.604 3,67

Total Região Centro 3054 3165 6219 75 179.731 3,46

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 09487 e 430 a 432.9 e 433.00 a 434.91 e 436)

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15

Quadro 8 - GDH de internamento por AVC hemorrágico na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 41 35 76 69 12.092 0,63

Baixo Vouga II 49 47 96 65 15.488 0,62

Baixo Vouga III 27 21 48 71 4.872 0,99

Baixo Mondego I 62 40 102 70 19.377 0,53

Baixo Mondego II 36 41 77 71 11.481 0,67

Baixo Mondego III 26 23 49 71 8.049 0,61

Cova da Beira 46 28 74 72 13.846 0,53

Pinhal Litoral I 23 17 40 73 6.111 0,65

Pinhal Litoral II 85 72 157 70 20.877 0,75

Pinhal Interior Norte I 31 23 54 70 9.111 0,59

Pinhal Interior Norte II 24 21 45 71 3.991 1,13

Dão Lafões I 37 22 59 69 9.503 0,62

Dão Lafões II 36 32 68 73 7.251 0,94

Dão Lafões III 35 38 73 70 9.969 0,73

Beira Interior Sul 47 45 92 74 8.578 1,07

Pinhal Interior Sul 16 14 30 72 3.026 0,99

ULS da Guarda, EPE 68 64 132 73 16.109 0,82

ULS de Castelo Branco, EPE 63 59 122 73 11.604 1,05

Total Região Centro 689 583 1272 71 179.731 0,71

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 09487 e 430 a 432.9)

Quadro 9 - GDH de internamento por AVC isquémico na Região Centro (2009)

ACeS / ULS Masculinos Femininos Total Total de

Internamentos %

Baixo Vouga I 131 162 293 12.092 2,42

Baixo Vouga II 177 202 379 15.488 2,45

Baixo Vouga III 83 82 165 4.872 3,39

Baixo Mondego I 249 235 484 19.377 2,50

Baixo Mondego II 143 173 316 11.481 2,75

Baixo Mondego III 120 100 220 8.049 2,73

Cova da Beira 160 174 334 13.846 2,41

Pinhal Litoral I 99 89 188 6.111 3,08

Pinhal Litoral II 275 260 535 20.877 2,56

Pinhal Interior Norte I 115 131 246 9.111 2,70

Pinhal Interior Norte II 74 73 147 3.991 3,68

Dão Lafões I 153 163 316 9.503 3,33

Dão Lafões II 163 197 360 7.251 4,96

Dão Lafões III 160 239 399 9.969 4,00

Beira Interior Sul 113 111 224 8.578 2,61

Pinhal Interior Sul 47 53 100 3.026 3,30

ULS da Guarda, EPE 196 206 402 16.109

2,50

ULS de Castelo Branco, EPE 160 164 324 11.604 2,79

Total Região Centro 2443 2630 5073 179.731

2,82

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 433.00 a 434.91e 436)

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16

Quadro 10 - GDH de internamento por enfarte agudo de Miocárdio na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 102 68 170 71 12.092 1,41

Baixo Vouga II 111 50 161 69 15.488 1,04

Baixo Vouga III 24 9 33 71 4.872 0,68

Baixo Mondego I 167 96 263 70 19.377 1,36

Baixo Mondego II 129 72 201 72 11.481 1,75

Baixo Mondego III 72 40 112 71 8.049 1,39

Cova da Beira 93 59 152 72 13.846 1,1

Pinhal Litoral I 34 16 50 71 6.111 0,82

Pinhal Litoral II 142 56 198 67 20.877 0,95

Pinhal Interior Norte I 90 50 140 72 9.111 1,54

Pinhal Interior Norte II 46 23 69 75 3.991 1,73

Dão Lafões I 61 30 91 66 9.503 0,96

Dão Lafões II 39 42 81 72 7.251 1,12

Dão Lafões III 52 57 109 73 9.969 1,09

Beira Interior Sul 72 41 113 72 8.578 1,32

Pinhal Interior Sul 20 14 34 73 3.026 1,12

ULS da Guarda, EPE 131 68 199 71 16.109 1,24

ULS de Castelo Branco, EPE 1 92 55 147 73 11.604 1,27

Total Região Centro 1385 791 2176 71 179.731 1,21

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnosticos considerados: 410.00 a 410.92)

Gráfico 9 - Mortalidade por neoplasias padronizada para a idade pela população europeia (%ooo)

Fonte: INE (cit. Relatório de actividades 2008 da ARSC)

153,3 154,5 153,7 145,2 145,2 146 147,2 142 137,4 137,4

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Continente Região Centro

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17

Quadro 11 - GDH de internamento por cancro da Mama feminina na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 0 75 75 67 12.092 0,62

Baixo Vouga II 0 116 116 59 15.488 0,75

Baixo Vouga III * 0 8 8 64 4.872 0,16

Baixo Mondego I 1 257 258 61 19.377 1,33

Baixo Mondego II 0 125 125 60 11.481 1,09

Baixo Mondego III 1 89 90 62 8.049 1,12

Cova da Beira 0 96 96 64 13.846 0,69

Pinhal Litoral I 0 40 40 60 6.111 0,65

Pinhal Litoral II 2 216 218 59 20.877 1,04

Pinhal Interior Norte I 0 84 84 59 9.111 0,92

Pinhal Interior Norte II 0 39 39 58 3.991 0,98

Dão Lafões I 1 105 106 59 9.503 1,12

Dão Lafões II 0 46 46 61 7.251 0,63

Dão Lafões III 0 86 86 63 9.969 0,86

Beira Interior Sul 0 73 73 59 8.578 0,85

Pinhal Interior Sul 0 40 40 63 3.026 1,32

ULS da Guarda, EPE 0 148 148 59 16.109 0,92

ULS de Castelo Branco, EPE 0 113 113 61 11.604 0,97

Total Região Centro 5 1643 1648 61 179.731 0,92

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 174.0 a 174.9 e 233.0 e 198.81.)

*Drenam frequentemente para o Hospital de Santa Maria da Feira na ARS do Norte.

Quadro 12 - GDH de internamento por cancro do Colo do Útero na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 0 32 32 62 12.092 0,26

Baixo Vouga II 0 36 36 60 15.488 0,23

Baixo Vouga III 0 3 3 61 4.872 0,06

Baixo Mondego I 0 28 28 55 19.377 0,14

Baixo Mondego II 0 39 39 59 11.481 0,34

Baixo Mondego III 0 11 11 58 8.049 0,14

Cova da Beira 0 2 2 61 13.846 0,01

Pinhal Litoral I 0 11 11 58 6.111 0,18

Pinhal Litoral II 0 39 39 50 20.877 0,19

Pinhal Interior Norte I 0 27 27 53 9.111 0,3

Pinhal Interior Norte II 0 7 7 46 3.991 0,18

Dão Lafões I 0 15 15 59 9.503 0,16

Dão Lafões II 0 17 17 58 7.251 0,23

Dão Lafões III 0 11 11 53 9.969 0,11

Beira Interior Sul 0 17 17 53 8.578 0,2

Pinhal Interior Sul 0 4 4 61 3.026 0,13

ULS da Guarda, EPE 0 17 17 62 16.109 0,11

ULS de Castelo Branco, EPE 0 21 21 57 11.604 0,18

Total Região Centro 0 316 316 57 179.731 0,18

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 180.0 a 180.9 e 233.1)

A neoplasia colo-rectal motivou 2 338 internamentos na Região, correspondentes a 1,3% do

total de episódios de internamento em 2009 (quadro 13).

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18

Quadro 13 - GDH de internamento por neoplasia colo-rectal na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 86 65 151 71 12.092 1,25

Baixo Vouga II 107 95 202 69 15.488 1,3

Baixo Vouga III 29 28 57 65 4.872 1,17

Baixo Mondego I 107 104 211 67 19.377 1,09

Baixo Mondego II 91 49 140 72 11.481 1,22

Baixo Mondego III 45 45 90 70 8.049 1,12

Cova da Beira 107 40 147 70 13.846 1,06

Pinhal Litoral I 57 35 92 71 6.111 1,51

Pinhal Litoral II 185 83 268 71 20.877 1,28

Pinhal Interior Norte I 55 33 88 71 9.111 0,97

Pinhal Interior Norte II 44 18 62 74 3.991 1,55

Dão Lafões I 54 46 100 68 9.503 1,05

Dão Lafões II 49 47 96 62 7.251 1,32

Dão Lafões III 97 51 148 72 9.969 1,48

Beira Interior Sul 73 37 110 72 8.578 1,28

Pinhal Interior Sul 37 22 59 73 3.026 1,95

ULS da Guarda, EPE 191 126 317 71 16.109 1,97

ULS de Castelo Branco, EPE 110 59 169 73 11.604 1,46

Total Região Centro 1414 924 2338 70 179.731 1,30

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 153.0 a 153.9 e 154.0 a 154.1 e 230.3 a 230.4 e 197.5)

As doenças infecciosas motivaram, no seu conjunto, menos de 1% dos internamentos da

Região (0,55%), correspondendo a SIDA a cerca de metade dos 993 internamentos por

doenças infecciosas (407). A estes valores acrescem 106 internamentos de portadores

VIH/SIDA .

Quadro 14 - GDH de internamento por Doenças Infecciosas na Região Centro (2009)

ACeS / ULS Masculinos Femininos Total

Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 26 13 39 46 12.092 0,32

Baixo Vouga II 58 23 81 51 15.488 0,52

Baixo Vouga III 36 16 52 53 4.872 1,07

Baixo Mondego I 154 44 198 44 19.377 1,02

Baixo Mondego II 59 21 80 49 11.481 0,7

Baixo Mondego III 20 13 33 53 8.049 0,41

Cova da Beira 56 23 79 54 13.846 0,57

Pinhal Litoral I 13 11 24 58 6.111 0,39

Pinhal Litoral II 84 40 124 49 20.877 0,59

Pinhal Interior Norte I 25 13 38 51 9.111 0,42

Pinhal Interior Norte II 6 4 10 53 3.991 0,25

Dão Lafões I 29 17 46 46 9.503 0,48

Dão Lafões II 14 8 22 64 7.251 0,3

Dão Lafões III 43 10 53 52 9.969 0,53

Beira Interior Sul 32 14 46 49 8.578 0,54

Pinhal Interior Sul 20 5 25 56 3.026 0,83

ULS da Guarda, EPE 28 15 43 52 16.109 0,27

ULS de Castelo Branco, EPE 52 19 71 53 11.604 0,61

Total Região Centro 703 290 993 52 179.731 0,55

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 005.1 e 023.0 a 023.9 e 046.1 e 001.0 a 001.9 e 032.0 a 032.9 e 122.0 a 122.9 e 066.1 e 060.0 a 060.9 e 002.0 e 083.0 e 098.0 a 098.19 e 070.0 a 070.9 e 030.0 a 030.9 e 098.0 a 098.89 e 482.84 e 085.0 e 100.0 a 100.9 e 084.0 a 084.9 e 036.0 a 036.9 e 020.0 a 020.9 e 072.9 e 045.00 a 045.93 e 056.00 a 056.9 e 771.0 e 003.0 a003.9 e 055.0 a 055.9 e 004.0 a 004.9 e 090.0 a 090.9 e 104.0 e 091.0 a 091.9 e 037 e 771.3 e 033.0 a 033.9 e 124 e 013.00 a 013.96 e 018.00 a 018.96 e 012.00 a 012.86 e 320.0 e 088.81 e 071 e 041.5)

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19

O quadro 15 ilustra a “masculinização” da infecção VIH/SIDA: cerca de 74% dos episódios de

internamento em 2009 é referente a indivíduos do sexo masculino.

Quadro 15 - GDH de internamento por SIDA na Região Centro (2009)

ACeS / ULS Masculinos Femininos Total

Media de

Idades

Total de

Internamentos %

Baixo Vouga I 17 6 23 49 12.092 0,19

Baixo Vouga II 34 15 49 45 15.488 0,32

Baixo Vouga III 11 5 16 39 4.872 0,33

Baixo Mondego I 98 26 124 45 19.377 0,64

Baixo Mondego II 10 4 14 46 11.481 0,12

Baixo Mondego III 8 2 10 44 8.049 0,12

Cova da Beira 16 8 24 44 13.846 0,17

Pinhal Litoral I 1 0 1 87 6.111 0,02

Pinhal Litoral II 38 15 53 48 20.877 0,25

Pinhal Interior Norte I 3 11 14 43 9.111 0,15

Pinhal Interior Norte II 5 1 6 45 3.991 0,15

Dão Lafões I 15 0 15 45 9.503 0,16

Dão Lafões II 4 1 5 35 7.251 0,07

Dão Lafões III 7 3 10 46 9.969 0,1

Beira Interior Sul 20 4 24 38 8.578 0,28

Pinhal Interior Sul 4 0 4 51 3.026 0,13

ULS da Guarda, EPE 10 5 15 42 16.109 0,09

ULS de Castelo Branco, EPE 24 4 28 45 11.604 0,24

Total Região Centro 301 106 407 47 179.731 0,23

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 042)

Quadro 16 - GDH de internamento por SIDA (portador) na Região Centro (2009)

ACeS / ULS Masculinos Femininos Total

Media de

Idades

Total de

Internamentos %

Baixo Vouga I 6 1 7 42 12.092 0,06

Baixo Vouga II 8 5 13 42 15.488 0,08

Baixo Vouga III 3 1 4 42 4.872 0,08

Baixo Mondego I 14 6 20 40 19.377 0,1

Baixo Mondego II 2 1 3 54 11.481 0,03

Baixo Mondego III 3 1 4 46 8.049 0,05

Cova da Beira 2 0 2 43 13.846 0,01

Pinhal Litoral I 1 0 1 46 6.111 0,02

Pinhal Litoral II 8 18 26 42 20.877 0,12

Pinhal Interior Norte I 0 1 1 29 9.111 0,01

Pinhal Interior Norte II 6 0 6 14 3.991 0,15

Dão Lafões I 3 0 3 61 9.503 0,03

Dão Lafões II 0 2 2 48 7.251 0,03

Dão Lafões III 2 0 2 31 9.969 0,02

Beira Interior Sul 2 3 5 37 8.578 0,06

Pinhal Interior Sul 1 0 1 37 3.026 0,03

ULS da Guarda, EPE 6 0 6 30 16.109 0,04

ULS de Castelo Branco, EPE 3 3 6 37 11.604 0,05

Total Região Centro 67 39 106 40 179.731 0,06

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: V08)

No quadro 17, os internamentos por tuberculose representaram 0,16% do total de

internamentos médicos (N=289).

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20

Quadro 17 - GDH de internamento por Tuberculose na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 11 4 15 46 12.092 0,12

Baixo Vouga II 24 18 42 52 15.488 0,27

Baixo Vouga III 12 3 15 43 4.872 0,31

Baixo Mondego I 24 11 35 52 19.377 0,18

Baixo Mondego II 7 3 10 54 11.481 0,09

Baixo Mondego III 3 1 4 46 8.049 0,05

Cova da Beira 26 10 36 56 13.846 0,26

Pinhal Litoral I 5 1 6 57 6.111 0,1

Pinhal Litoral II 18 12 30 51 20.877 0,14

Pinhal Interior Norte I 11 2 13 61 9.111 0,14

Pinhal Interior Norte II 3 5 8 63 3.991 0,2

Dão Lafões I 5 0 5 68 9.503 0,05

Dão Lafões II 14 3 17 55 7.251 0,23

Dão Lafões III 3 1 4 51 9.969 0,04

Beira Interior Sul 16 5 21 63 8.578 0,24

Pinhal Interior Sul 5 1 6 68 3.026 0,2

ULS da Guarda, EPE 17 5 22 48 16.109 0,14

ULS de Castelo Branco, EPE 21 6 27 66 11.604 0,23

Total Região Centro 204 85 289 55 179.731 0,16

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 010.00 a 018.96)

Já a gripe foi responsável por 408 episódios de internamento (0,23% do total de

internamentos) (quadro 18), em contexto epidemiológico de pandemia pelo vírus influenza

A(H1N1).

Quadro 18 - GDH de internamento por Gripe na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 7 11 18 24 12.092 0,15

Baixo Vouga II 27 20 47 19 15.488 0,3

Baixo Vouga III 6 3 9 12 4.872 0,18

Baixo Mondego I 10 23 33 38 19.377 0,17

Baixo Mondego II 7 13 20 27 11.481 0,17

Baixo Mondego III 10 5 15 47 8.049 0,19

Cova da Beira 25 25 50 48 13.846 0,36

Pinhal Litoral I 4 4 8 54 6.111 0,13

Pinhal Litoral II 36 26 62 30 20.877 0,3

Pinhal Interior Norte I 6 5 11 33 9.111 0,12

Pinhal Interior Norte II 2 6 8 55 3.991 0,2

Dão Lafões I 15 14 29 31 9.503 0,31

Dão Lafões II 6 9 15 32 7.251 0,21

Dão Lafões III 5 7 12 42 9.969 0,12

Beira Interior Sul 19 16 35 41 8.578 0,41

Pinhal Interior Sul 7 2 9 58 3.026 0,3

ULS da Guarda, EPE 9 18 27 35 16.109 0,17

ULS de Castelo Branco, EPE 26 18 44 50 11.604 0,38

Total Região Centro 201 207 408 37 179.731 0,23

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 487.0 a 487.8)

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21

As pneumonias foram um dos mais frequentes diagnósticos entre os doentes internados na

Região Centro 7,8% dos internamentos.

Quadro 19 - GDH de internamento por Pneumonia na Região Centro (2009)

ACeS / ULS Masculinos Femininos Total Total de

Internamentos %

Baixo Vouga I 531 475 1.006 12.092 8,32

Baixo Vouga II 669 650 1.319 15.488 8,52

Baixo Vouga III 242 259 501 4.872 10,28

Baixo Mondego I 753 625 1.378 19.377 7,11

Baixo Mondego II 534 471 1.005 11.481 8,75

Baixo Mondego III 391 311 702 8.049 8,72

Cova da Beira 577 476 1.053 13.846 7,61

Pinhal Litoral I 278 247 525 6.111 8,59

Pinhal Litoral II 857 646 1.503 20.877 7,20

Pinhal Interior Norte I 471 397 868 9.111 9,53

Pinhal Interior Norte II 265 174 439 3.991 11,00

Dão Lafões I 339 271 610 9.503 6,42

Dão Lafões II 295 248 543 7.251 7,49

Dão Lafões III 407 322 729 9.969 7,31

ULS de Castelo Branco, EPE 484 362 846 11.604 7,29

ULS da Guarda, EPE 536 463 999 16.109 6,20

Total Região Centro 7.629 6.397 14.026 179.731 7,80

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnosticos considerados: 486; 485; 481; 482.0 a 482.9; 483.0 a 483.8)

Quadro 20 -GDH de internamento por DPOC e Asma na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 213 165 378 74 12.092 3,13

Baixo Vouga II 273 203 476 74 15.488 3,07

Baixo Vouga III 94 129 223 76 4.872 4,58

Baixo Mondego I 387 258 645 73 19.377 3,33

Baixo Mondego II 233 176 409 73 11.481 3,56

Baixo Mondego III 187 112 299 73 8.049 3,71

Cova da Beira 365 229 594 75 13.846 4,29

Pinhal Litoral I 122 84 206 76 6.111 3,37

Pinhal Litoral II 537 457 994 75 20.877 4,76

Pinhal Interior Norte I 240 134 374 76 9.111 4,1

Pinhal Interior Norte II 104 62 166 75 3.991 4,16

Dão Lafões I 218 152 370 75 9.503 3,89

Dão Lafões II 162 142 304 76 7.251 4,19

Dão Lafões III 238 191 429 77 9.969 4,3

Beira Interior Sul 117 46 163 75 8.578 1,9

Pinhal Interior Sul 54 30 84 75 3.026 2,78

ULS da Guarda, EPE 341 196 537 77 16.109 3,33

ULS de Castelo Branco, EPE 171 76 247 75 11.604 2,13

Total Região Centro 3885 2766 6651 75 179.731 3,70

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 491.20 a 491.22, 492.0 a 492.8, 493.20 a 493.22 e 496)

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22

AS DPOC e a asma corresponderam, por sua vez, a 6 651 episódios de internamento e a quase

4% do total de internamentos da Região. (quadro 20)

As doenças evitáveis pela vacinação motivaram 733 episódios de internamento (0,41% do total

de internamentos), conforme o quadro abaixo.

Quadro 21 - GDH de internamento por evitáveis por vacinação na Região Centro (2009)

ACeS / ULS

Masculinos Femininos Total Media de Idades

Total de Internamentos

%

Baixo Vouga I 15 16 31 34 12.092 0,26

Baixo Vouga II 38 28 66 26 15.488 0,43

Baixo Vouga III 22 6 28 38 4.872 0,57

Baixo Mondego I 46 45 91 45 19.377 0,47

Baixo Mondego II 21 20 41 34 11.481 0,36

Baixo Mondego III 18 11 29 43 8.049 0,36

Cova da Beira 38 31 69 50 13.846 0,5

Pinhal Litoral I 14 7 21 52 6.111 0,34

Pinhal Litoral II 62 49 111 38 20.877 0,53

Pinhal Interior Norte I 12 8 20 46 9.111 0,22

Pinhal Interior Norte II 2 8 10 52 3.991 0,25

Dão Lafões I 33 24 57 40 9.503 0,6

Dão Lafões II 14 13 27 48 7.251 0,37

Dão Lafões III 20 11 31 50 9.969 0,31

Beira Interior Sul 22 24 46 43 8.578 0,54

Pinhal Interior Sul 12 2 14 58 3.026 0,46

ULS da Guarda, EPE 18 23 41 43 16.109 0,25

ULS de Castelo Branco, EPE 34 26 60 51 11.604 0,52

Total Região Centro 407 326 733 44 179.731 0,41

Fonte: Base de Dados dos GDHs (Diagnósticos considerados: 056.00 a 056.9 e 771.0 e 070.30 a 070.33 e V02.61 e 055.0 a 055.9 e 032.0 a 032.9 e

487.0 a 487.8 e 036.0 a 036.9 e o37 e 771.3 e 033.0 a 033.9 e 041.5)

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23

5. Rede de cuidados de saúde

A área de jurisdição territorial da ARSC é constituída por 14 agrupamentos de centros de saúde

e por duas unidades locais de saúde (ULS da Guarda e ULS de Castelo Branco). Este âmbito

jurisdicional inclui, desde Agosto de 2010, um total de 85 centros de saúde (dos quais 64

dependentes da ARSC) e 20 hospitais do SNS.

Relativamente à rede hospitalar da Região, encontra-se organizada em 8 hospitais EPE, 2

unidades locais de saúde EPE e 9 hospitais SPA.

A ULS da Guarda, EPE integra o Hospital de Sousa Martins (Guarda), o Hospital de Nossa

Senhora da Assunção (Seia) e 12 centros de saúde. A ULS de Castelo Branco, EPE integra o

Hospital Amato Lusitano e os 9 centros de saúde dos ACeS da Beira Interior Sul e do Pinhal

Interior Sul.

Quadro 22- Rede de cuidados de saúde da Região Centro em 31/12/2010

ACES/ ULS CENTROS DE SAÚDE HOSPITAIS

ACES/ ULS CENTROS DE SAÚDE HOSPITAIS

Baixo Vouga I Águeda Hospital Distrital de Águeda

Pinhal Interior Norte II

Alvaiázere

Anadia

Ansião

Oliveira do Bairro Hospital José Luciano de Castro

Castanheira de Pera

Sever do Vouga

Figueiró dos Vinhos

Baixo Vouga II Albergaria-a-Velha Hospital Infante D. Pedro, EPE -

Aveiro Pedrógão grande

Aveiro

Penela

Ílhavo

Dão Lafões I Viseu 1 Hospital S. Teotónio,

EPE - Viseu Vagos

Viseu 2

Baixo Vouga III Estarreja Hospital Visconde de Salreu - Estarreja

Viseu 3

Murtosa

Dão Lafões II Aguiar da Beira

Ovar Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar

Castro Daire

Baixo Mondego

I Celas Hospitais da Universidade de

Coimbra, EPE

Oliveira de Frades

Eiras

São Pedro do Sul

Fernão de Magalhães Centro Hospitalar de Coimbra, EPE

Sátão

Norton de Matos

Vila Nova de Paiva

Santa Clara Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE

Vouzela

S. Martinho do Bispo

Dão Lafões III Carregal do Sal Hospital Cândido de

Figueiredo - Tondela Condeixa-a-Nova Centro Hospitalar Psiquiátrico de

Coimbra Mangualde

Penacova

Nelas

Baixo Mondego II

Figueira da Foz Hospital Distrital da Figueira Foz, EPE

Penalva do Castelo

Montemor-o-Velho Centro Hospitalar Psiquiátrico de

Coimbra Santa Comba Dão

Soure

Tondela

Baixo Mondego

III Cantanhede Hospital Arcebispo João Crisóstomo -

Cantanhede

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE

Mealhada

Beira Interior Sul

Castelo Branco Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco

Mira Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais

Idanha-a-Nova

Mortágua

Penamacor

Cova da Beira Belmonte Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE

Vila Velha de Ródão

Covilhã

Pinhal Interior

Sul Oleiros

Fundão

Proença-a-Nova

Pinhal Litoral I Pombal Hospital Distrital de Pombal

Sertã

Pinhal Litoral II Batalha Hospital Santo André, EPE - Leiria

Vila de Rei

Arnaldo Sampaio

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE

Gorjão Henriques

Celorico da Beira Hospital Sousa

Martins - Guarda Marinha grande

Guarda

Porto de Mós

Manteigas Hospital Nossa

Senhora da Assunção - Seia

Pinhal Interior Norte I

Arganil

Sabugal

Góis

Almeida

Lousã

Figueira de Castelo

Rodrigo

Miranda do Corvo

Meda

Oliveira do Hospital

Pinhel

Pampilhosa da Serra

Trancoso

Tábua

Fornos de Algodres

Vila Nova de Poiares

Gouveia

Seia

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24

5.1 Recursos humanos

A 31/12/2010 trabalhavam nos serviços dependentes da ARSC (serviços centrais, serviços

desconcentrados/ACeS e centros de diagnóstico pneumológico) 4 599 profissionais e nas

unidades locais de saúde (ULS) 2 988 profissionais, distribuídos pelas categorias conforme

consta no quadro 23.

Os profissionais mais prevalentes na Região Centro são os enfermeiros, médicos e assistentes

técnicos (25,5%, 25% e 24,3%, respectivamente), embora a expressão seja diferente entre

ACeS e ULS.

A proporção de médicos e de enfermeiros no contexto dos ACeS é muito próxima (cerca de

25%), enquanto nas ULS o peso de médicos é muito inferior ao de enfermeiros (13,8% e 35,3%,

respectivamente).

Entre os grupos profissionais mais representados verificam-se diferenças nos assistentes

técnicos – com mais expressividade no contexto dos ACeS - e nos assistentes operacionais, que

assumem maior expressão nas ULS (23,4%), sobrepondo-se aos médicos.

Quadro 23 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional, a 31/12/2010

Categorias Sede e ACeS ULS de Castelo

Branco, EPE ULS da Guarda,

EPE Região Centro

Dirigentes 26 10 8 44

Pessoal Médico 1.174 193 219 1.586

Pessoal Enfermagem 1.150 473 582 2.205

Técnico Superior 126 34 24 184

Pessoal Informática 30 11 10 51

Téc. Superior Saúde 47 20 29 96

Téc. Diagnóstico Terapêutica 165 77 103 345

Assistente Técnico 1.119 228 231 1.578

Assistente Operacional 760 300 398 1.458

Outro Pessoal 2 2 36 40

Região Centro 4.599 1.348 1.640 7.587

Fonte: Balanço Social ARSC

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25

6. Indicadores de produção hospitalar

Os cuidados hospitalares são responsáveis pela satisfação de necessidades médicas em saúde

não passíveis de gestão clínica apropriada pelo nível primário de cuidados (“cuidados primários

de saúde”).

A área de jurisdição territorial da ARSC inclui 20 hospitais, dos quais 3 (hospitais Amato

Lusitano de Castelo Branco, Nossa Senhora da Assunção de Seia e Sousa Martins da Guarda)

integrados nas unidades locais de saúde (ULS) da Região (ULS da Guarda, EPE e ULS de Castelo

Branco, EPE).

Os objectivos de produção estabelecidos em relação a cada unidade hospitalar resultam de um

processo de contratualização com a ARSC/Departamento de Contratualização.

Este processo inclui o acompanhamento dos contratos-programa (disponíveis no sítio da ARSC

em http://www.arscentro.min-saude.pt/CONTRATUALIZACAO/Paginas/Hospitais.aspx) nas vertentes de

produção e económico-financeira.

Excluindo a produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (CHPC), realizou-se um

total de 2 067 937 consultas hospitalares pelas unidades do SNS da área de jurisdição

territorial da ARSC (hospitais EPE e hospitais SPA), correspondendo a um acréscimo de 2,0%

relativamente ao ano anterior. Relativamente às primeiras consultas, foram realizadas 607

959, excluindo o CHPC, correspondendo a um acréscimo de 1,9% relativamente ao ano

anterior.

Quadro 24 – Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010)

Dez-09 Dez-10

Tx. de

crescimento 2010/ 2009

Dez-09 Dez-10

Tx. de crescimento 2010/ 2009 Hospitais Gerais

Primeiras

Consultas (Base + Adicional)

Primeiras

Consultas (Base + Adicional)

Total de Consultas (Base+Adicional)

Total de Consultas (Base+Adicional)

Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) 596.766 607.959 1,9% 2.027.635 2.067.937 2,0%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 51.130 52.392 2,5% 154.929 161.106 4,0%

Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 84.017 83.299 -0,9% 269.230 271.429 0,8%

Hospitais Universidade de Coimbra, EPE 121.368 120.529 -0,7% 529.429 527.828 -0,3%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 26.743 28.809 7,7% 90.030 93.709 4,1%

Hospital Infante D. Pedro, EPE 56.434 58.408 3,5% 165.074 171.915 4,1%

Hospital S. Teotónio, EPE 66.935 67.391 0,7% 203.623 211.210 3,7%

Hospital Santo André, EPE 60.805 64.514 6,1% 182.707 184.604 1,0%

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26

Dez-09 Dez-10

Tx. de crescimento 2010/ 2009

Dez-09 Dez-10

Tx. de crescimento 2010/ 2009

Hospitais Gerais Primeiras

Consultas (Base + Adicional)

Primeiras Consultas (Base +

Adicional)

Total de Consultas (Base+Adicional)

Total de Consultas (Base+Adicional)

Instituto Português Oncologia de

Coimbra, EPE 20.332 22.722 11,8% 123.129 128.378

4,3%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 30.937 32.835 6,1% 98.299 98.870 0,6%

Unidade Local de Saúde de Castelo

Branco, EPE 26.049 27.900 7,1% 77.123 85.182

3,0%

Centro Medicina de Reabilitação da

Região Centro Rovisco Pais 1.030 1.551 50,6% 2.623 3.044

16,1%

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 6.536 6.399 -2,1% 14.389 14.810 2,9%

Hospital Cândido de Figueiredo 5.667 4.190 -26,1% 12.508 10.415 -16,7%

Hospital Distrital de Águeda 11.685 9.757 -16,5% 27.389 24.309 -11,2%

Hospital Distrital de Pombal 6.606 5.943 -10,0% 21.007 21.552 2,6%

Hospital Dr. Francisco Zagalo 10.603 10.154 -4,2% 29.680 30.031 1,2%

Hospital José Luciano de Castro 5.835 6.774 16,1% 14.482 16.455 13,6%

Hospital Visconde de Salreu 4.054 4.392 8,3% 11.984 13.090 9,2%

Fonte: SICA

No que diz respeito aos internamentos efectuados em 2010 (excepto CHPC) - 191 636 doentes

saídos sem transferência interna, correspondentes a 1 462 196 dias de internamento -,

verificou-se um decréscimo médio de 2,2% relativamente ao ano anterior. Este valor é, grosso

modo, coincidente com a variação observada na lotação praticada relativamente a 2009 (-

2,1%).

A unidade hospitalar em que se observou o maior acréscimo de doentes saídos foi o Centro de

Medicina de Reabilitação da Região Centro (+ 41,3% relativamente a 2009), enquanto que

aquela em que o decréscimo foi mais acentuado foi o Hospital Cândido de Figueiredo, de

Tondela (-8,4% de doentes saídos relativamente a 2009).

A lotação praticada em 2010 foi de 5 018 camas (excluindo CHPC) e a taxa de ocupação de

79,8%.

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27

Quadro 25 – Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado em 2010)

Hospitais Gerais

Dez-09 Dez-10

Tx. d

e c

rescim

en

to

20

10

/ 200

9

Dez-09 Dez-10

Tx. d

e c

rescim

en

to

20

10

/ 200

9

Dez-0

9

Dez-1

0

Tx. d

e c

rescim

en

to

20

10

/ 200

9

Dez-0

9

Dez-1

0

Dez-0

9

Dez-1

0

Nº de Doentes Saídos -

Sem Transf Interna

Nº de Doentes Saídos -

Sem Transf Interna

Nº de Dias Internamento

Nº de Dias Internamento

Lo

taçã

o

Pra

tica

d

a

Lo

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ão

Pra

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d

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Tx d

e

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de

Oc

up

ão

Dem

ora

dia

Dem

ora

dia

Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.)

195.932 191.636 -2,2% 1.461.159 1.462.196 0,1% 5.127 5.018 -2,1% 0,78 79,8% 7,5 7,6

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

13.550 13.700 1,1% 98.797 101.808 3,0% 342 341 -0,3% 0,79 81,8% 7,3 7,4

Centro Hospitalar de Coimbra, EPE

24.083 25.068 4,1% 182.630 190.019 4,0% 519 519 0,0% 0,96 100,3% 7,6 7,6

Hospitais Universidade de Coimbra, EPE

48.922 48.290 -1,3% 381.465 384.025 0,7% 1.456 1.375 -5,6% 0,72 76,5% 7,8 8,0

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

5.500 5.508 0,1% 39.238 40.199 2,4% 144 144 0,0% 0,75 76,5% 7,1 7,3

Hospital Infante D. Pedro, EPE

18.160 17.221 -5,2% 115.742 110.446 -4,6% 387 330 -14,7% 0,82 91,7% 6,4 6,4

Hospital S. Teotónio, EPE

25.133 24.310 -3,3% 197.295 199.199 1,0% 623 626 0,5% 0,87 87,2% 7,9 8,2

Hospital Santo André, EPE

22.526 22.539 0,1% 136.228 131.505 -3,5% 450 455 1,1% 0,83 79,2% 6,0 5,8

Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE

6.477 6.553 1,2% 43.923 45.875 4,4% 186 191 2,7% 0,65 65,8% 6,8 7,0

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE

11.905 11.101 -6,8% 97.987 96.393 -1,6% 361 362 0,3% 0,74 73,0% 8,2 8,7

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE

9.983 9.759 -2,2% 69.661 70.731 1,5% 296 298 0,7% 0,64 65,0% 7,0 7,2

Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais *

172 243 41,3% 18.845 25.082 33,1% 60 80 33,3% 0,86 85,9% 109,6 103,2

Hospital Arcebispo João Crisóstomo **

Hospital Cândido de Figueiredo

1.005 117 -88,4% 8.059 928 -88,5% 0 24 10,6% 8,0 7,9

Hospital Distrital de Águeda

3.508 2.984 -14,9% 27.061 25.955 -4,1% 110 110 0,0% 0,67 64,6% 7,7 8,7

Hospital Distrital de Pombal

1.911 1.633 -14,5% 16.415 14.989 -8,7% 57 57 0,0% 0,79 72,0% 8,6 9,2

Hospital Dr. Francisco Zagalo

1.159 914 -21,1% 8.605 7.846 -8,8% 34 23 -32,4% 0,69 93,5% 7,4 8,6

Hospital José Luciano de Castro

769 566 -26,4% 1.850 865 -53,2% 20 16 -20,0% 0,25 14,8% 2,4 1,5

Hospital Visconde de Salreu

1.169 1.127 -3,6% 9.693 9.322 -3,8% 50 46 -8,0% 0,53 55,5% 8,3 8,3

Fonte: SICA * Não é considerada a produção em medicina interna (doentes de Hansen). ** Não dispõe de serviços de internamento

Exceptuando o CHCP (dados não incluídos), o número de atendimentos nos serviços de

urgência dos hospitais do âmbito jurisdicional da ARSC foi de 1 198 951. Relativamente a 2009,

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28

observou-se uma variação negativa de quase 2% (-1,6%), consistente com o observado na

generalidade dos hospitais dispondo de serviço de urgência.

Quadro 26 – Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento

(acumulado em 2010)

Hospitais Gerais

Dez-09 Dez-10 Tx. de

crescimento 2010/ 2009

Nº de Atendimentos na Urgência

Nº de Atendimentos na Urgência

Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) 1.217.894 1.198.951 -1,6%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 90.726 88.332 -2,6%

Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 139.067 139.229 0,1%

Hospitais Universidade de Coimbra, EPE 166.197 166.739 0,3%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 75.356 74.856 -0,7%

Hospital Infante D. Pedro, EPE 143.397 141.417 -1,4%

Hospital S. Teotónio, EPE 152.004 150.494 -1,0%

Hospital Santo André, EPE 153.152 149.516 -2,4%

Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE *

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 101.060 98.043 -3,0%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 76.912 73.758 -4,1%

Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais *

Hospital Arcebispo João Crisóstomo *

Hospital Cândido de Figueiredo 32.686 32.926 0,7%

Hospital Distrital de Águeda 46.579 44.623 -4,2%

Hospital Distrital de Pombal 40.758 39.018 -4,3%

Hospital Dr. Francisco Zagalo *

Hospital José Luciano de Castro *

Hospital Visconde de Salreu *

Fonte: SICA * Não dispõem de serviço de urgência

A produção cirúrgica total (127 610 cirurgias) apresentou uma variação negativa de 4,1%

relativamente a 2009 – reflectindo a diminuição observada em todas as tipologias

(ambulatório, convencional e urgente). O maior decréscimo foi observado na produção

cirúrgica convencional (-5,5%), correspondente em 2010 a quase 42% do total de cirurgias

(quadro 27).

Já a cirurgia em ambulatório correspondeu, em 2010, a 41,1% da produção cirúrgica total e a

49,2% da cirurgia programada (quadro 28).

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29

Quadro 27 – Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento

(acumulado em 2010)

Hospitais Gerais

Dez-09 Dez-10 Tx. d

e c

rescim

en

to

20

10

/ 200

9

Dez-09 Dez-10 Tx. d

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20

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/ 200

9

Dez-09 Dez-10 Tx. d

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en

to

20

10

/ 200

9

Dez-09 Dez-10 Tx. d

e c

rescim

en

to

20

10

/ 200

9

Total Cirurgias

(Base+Adicional)

Total Cirurgias

(Base+Adicional)

Ciru

rgia

Am

bu

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ria

Cirurgia Ambulatór

ia (Base+Adi

cional)

Ciru

rgia

Con

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l

Ciru

rgia

Co

nv

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cio

na

l

Cirurgia Urgente

Cirurgia Urgente

Região de Saúde do Centro (s/

Psiq.) 133.074 127.610 -4,1% 54.202 52.533 -3,1% 57.821 54.660 -5,5% 21.051 20.417 -3,0%

Centro Hospitalar Cova da

Beira, EPE 4.921 5.365 9,0% 1.380 1.808 31,0% 2.669 2.773 3,9% 872 784 -10,1%

Centro Hospitalar de Coimbra,

EPE 21.098 18.962 -10,1% 8.164 6.698 -18,0% 9.480 8.558 -9,7% 3.454 3.706 7,3%

Hospitais Universidade de

Coimbra, EPE 28.989 26.599 -8,2% 9.735 8.052 -17,3% 13.869 13.283 -4,2% 5.385 5.264 -2,2%

Hospital Distrital da Figueira da

Foz, EPE 7.391 7.530 1,9% 4.492 4.661 3,8% 2.178 2.150 -1,3% 721 719 -0,3%

Hospital Infante D. Pedro, EPE 8.955 7.800 -12,9% 3.207 2.992 -6,7% 3.929 3.154 -19,7% 1.819 1.654 -9,1%

Hospital S. Teotónio, EPE 17.766 17.242 -2,9% 7.511 7.472 -0,5% 6.759 6.399 -5,3% 3.496 3.371 -3,6%

Hospital Santo André, EPE 13.696 13.300 -2,9% 6.751 5.967 -11,6% 4.508 4.949 9,8% 2.437 2.384 -2,2%

Instituto Português Oncologia

de Coimbra, EPE 5.084 5.356 5,4% 1.775 2.080 17,2% 3.309 3.276 -1,0%

Unidade Local de Saúde da

Guarda, EPE 7.098 7.733 8,9% 2.065 3.265 58,1% 3.788 3.355 -11,4% 1.245 1.113 -10,6%

Unidade Local de Saúde de

Castelo Branco, EPE

5.856 6.980 19,2% 1.817 2.536 39,6% 2.614 3.125 19,5% 1.425 1.319 -7,4%

Hospital Arcebispo João

Crisóstomo *

1.899 1.986 4,6% 1.899 1.986 4,6%

Hospital Cândido de

Figueiredo 918 220 -76,0% 267 123 -53,9% 651 97 -85,1%

Hospital Distrital de Águeda 3.094 2.915 -5,8% 1.474 1.473 -0,1% 1.424 1.339 -6,0% 196 103 -47,4%

Hospital Distrital de Pombal 2.159 1.903 -11,9% 1.684 1.521 -9,7% 474 382 -19,4% 1

-100,0%

Hospital Dr. Francisco Zagalo 1.642 1.485 -9,6% 895 880 -1,7% 747 605 -19,0%

Hospital José Luciano de

Castro 1.102 1.078 -2,2% 319 499 56,4% 783 579 -26,1%

Hospital Visconde de Salreu 1.406 1.156 -17,8% 767 520 -32,2% 639 636 -0,5%

Fonte: SICA * Não dispõe de serviços de cirurgia convencional

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30

Quadro 28 – Produção em cirurgia de ambulatório nos hospitais da Região Centro (2010)

Hospitais Gerais

Dez-10

(%) Cirurgia de Ambulatório (GDH)/ Total de Cirurgia Programada

(GDH)

Região de Saúde do Centro (s/ Psiq.) 49,16%

Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 43,09%

Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 45,64%

Hospitais Universidade de Coimbra, EPE 37,25%

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 65,78%

Hospital Infante D. Pedro, EPE 52,30%

Hospital S. Teotónio, EPE 57,98%

Hospital Santo André, EPE 56,28%

Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 37,61%

Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 53,92%

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 49,53%

Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais

Hospital Arcebispo João Crisóstomo 100,00%

Hospital Cândido de Figueiredo 56,85%

Hospital Distrital de Águeda 44,92%

Hospital Distrital de Pombal 72,70%

Hospital Dr. Francisco Zagalo 60,33%

Hospital José Luciano de Castro 43,60%

Hospital Visconde de Salreu 45,76%

O quadro 29 descreve a produção do CHPC nas suas diversas tipologias: internamento de

agudos, internamentos crónicos, internamentos forenses, reabilitação, hospital de dia e

consultas (médicas e domiciliares).

No que diz respeito ao internamento de agudos, o número de doentes saídos sofreu uma

diminuição de 40,3% relativamente ao ano de 2009; complementarmente, verificou-se um

aumento do número de doentes tratados (41,4%) em hospital de dia, do número de visitas

domiciliárias (8,3%) e do número de primeiras consultas médicas (2,6%). A lotação praticada

para internamentos de agudos decresceu de 100 para 91 camas.

A taxa de ocupação para internamentos de agudos foi de 83,2% enquanto que nos

internamentos de crónicos foi de 87,8%.

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31

Quadro 29 – Produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e taxas de crescimento (2010)

Centro Hospitalar Psiquiátrico Acumulado

Dez-2009

Acumulado

Dez-2010

Tx. de crescimento

2010/2009

Internamento de Agudos

Doentes Saídos 1726 1030 -40,3%

Dias de Internamento 28948 27641 -4,5%

Demora Média 16,77 18,96 13,0%

Taxa de Ocupação 79,31% 83,22% 4,9%

Lotação 100 91 -9,0%

Internamentos Crónicos

Doentes Saídos 38 34 -10,5%

Dias de Internamento 68029 64151 -5,7%

Demora Média 1790,24 1886,79 5,4%

Taxa de Ocupação 84,72% 87,88% 3,7%

Lotação 220 200 -9,1%

Internamento Forenses

Doentes Saídos 41 30 -26,8%

Dias de Internamento 42166 38261 -9,3%

Lotação 142 142 0,0%

Reabilitação Psicossocial/ Estruturas Residenciais Dias de Internamento 7882 8217 4,3%

Lotação 30 30 0,0%

Hospital Dia N.º de Sessões 3377 3952 17,0%

Doentes Tratados 145 205 41,4%

Unidades Sócio-Ocupacionais/ Estruturas Reabilitativas Dias de Tratamento 8901 5474 -38,5%

Doentes Tratados 69 42 -39,1%

Cuidados no Domicílio N.º de Visitas 1578 1709 8,3%

Consultas Médicas

1.ªs Consultas 2208 2265 2,6%

Consultas Subsequentes 25417 22524 -11,4%

Total de Consultas 27625 24789 -10,3%

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32

7. Produção dos cuidados de saúde primários

7.1. Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários

Em 2010, a taxa de utilização global de consultas médicas no âmbito de jurisdição territorial

da ARSC (ULS incluídas) correspondeu a 67,2%. Relativamente à proporção de consultas pelo

médico de família atribuído ao utente, esse valor foi de 73,2%.

Desagregando os dados por ACeS, o serviço desconcentrado que apresentou uma maior taxa

de utilização global de consultas médicas foi o Pinhal Interior Norte I (75,6%), enquanto que

o Dão Lafões I foi aquele que registou uma maior prevalência de consultas pelo médico de

família atribuído (86,8%).

Em média, o custo de MCDT facturados por utilizador foi de 60,60 euros na rede de cuidados

de saúde primários do âmbito jurisdicional da ARSC (ULS incluídas). No ACeS do Pinhal Litoral

I esse valor foi substancialmente superior à média regional (74,60 euros – valor máximo da

Região); pelo contrário, o valor médio facturado pelo ACeS da Cova da Beira foi de 44,80

euros (valor mínimo da Região, não obstante apresentar uma estrutura etária mais

envelhecida).

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33

Quadro 30 – Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários (2010)

Fonte: SIARES /ARSC - (*) Programa de Vacinação - (**) Liga (1) dados só disponiveis do ano 2008

Acesso

Taxa de utilização global de consultas médicas 70,2 67,5 72,1 59,7 64,0 61,2 73,0 75,6 74,6 63,8 64,5 63,2 73,3 70,1 68,1 5,3 73,4 78,7 62,8 57,5 59,7 75,6

% percentagem de consultas ao utente pelo seu médico de familia 68,4 76,9 73,0 75,2 78,6 76,9 65,7 64,1 66,0 86,2 71,2 86,8 68,1 67,8 73,2 7,3 80,5 87,7 65,9 58,7 64,1 86,8

Taxa de visistas domiciliárias médicas por 1000 inscritos 6,3 10,1 19,4 2,3 18,1 16,3 12,9 9,4 7,4 3,4 7,8 23,8 7,0 6,9 10,8 6,4 17,2 23,6 4,4 -2,0 2,3 23,8

Taxa de visistas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos 118,9 114,3 168,5 5,4 144,3 94,6 161,4 133,9 63,6 50,8 47,9 121,6 107,2 98,2 102,2 46,4 148,6 195,1 55,8 9,3 5,4 168,5

Qualidade / Efectividade

Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar /15-49 anos 22,5 30,4 21,7 12,2 23,2 20,5 26,6 22,4 15,9 19,2 16,8 29,0 15,1 12,9 20,6 5,7 26,3 31,9 14,9 9,3 12,2 30,4

% de recém-nascidos, de termo, com baixo peso (1) 13,5 19,4 8,3 7,3 16,3 7,9 2,9 1,4 22,2 19,6 18,5 24,1 14,8 15,3 13,7 7,1 20,8 27,9 6,6 -0,5 1,4 24,1

Percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias 72,3 73,9 78,7 69,1 75,3 60,4 86,0 76,2 80,2 71,5 63,7 83,1 87,1 76,0 75,3 7,7 83,0 90,7 67,5 59,8 60,4 87,1

* % de utentes com PNV actualizado aos 14 anos 96,7 97,0 97,8 95,0 91,8 93,5 97,1 95,9 97,0 98,6 95,9 97,3 97,6 98,2 96,4 1,9 98,3 100,1 94,5 92,6 91,8 98,6

* % de utentes com PNV actualizado aos 7 anos 96,2 97,6 97,8 96,2 93,6 96,1 98,0 95,8 89,9 94,2 97,0 97,0 97,2 98,0 96,0 2,2 98,2 100,5 93,8 91,6 89,9 98,0

* % de utentes com PNV actualizado aos 2 anos 95,4 96,5 97,6 95,4 95,0 95,0 98,4 94,7 97,9 93,8 96,9 97,7 97,5 94,5 96,2 1,5 97,7 99,2 94,7 93,2 93,8 98,4

** Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro do colo do útero

(25-64 anos) na pop. elegivel61,0 78,0 73,0 51,0 62,0 64,0 77,0 57,0 43,0 41,0 47,0 88,0 55,0 47,0 60,3 14,4 74,7 89,0 45,9 31,5 41,0 88,0

** Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro da mama (45-69

anos) na pop. residente70,9 65,2 71,5 73,3 53,5 60,0 67,3 67,1 75,4 67,7 51,1 74,8 79,1 79,0 68,3 8,6 76,9 85,5 59,7 51,1 51,1 79,1

Percentagem de diabéticos com pelo menos 3HbA1C registada nos últimos

12 meses (com 2 semestres)36,7 50,8 47,5 6,5 43,8 67,1 38,1 43,5 33,0 25,4 34,6 59,7 35,5 18,5 38,6 15,7 54,3 70,0 22,9 7,2 6,5 67,1

% de Hipertensos com registo de tensão arterial nos últimos 6 meses 63,2 67,5 66,2 49,1 60,9 63,3 68,1 67,7 53,8 61,6 61,4 84,5 68,7 66,1 64,4 8,0 72,5 80,5 56,4 48,3 49,1 84,5

Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 80,5 81,5 84,0 80,6 84,4 84,3 80,7 84,9 78,4 85,7 79,2 81,7 75,5 77,7 81,4 3,0 84,4 87,4 78,3 75,3 75,5 85,7

Taxa de realização do diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida do recém-

nascido73,9 79,2 81,3 20,5 68,3 52,5 71,2 49,3 41,7 64,4 56,6 89,2 79,9 38,0 61,9 19,6 81,5 101,0 42,3 22,7 20,5 89,2

Eficiência

Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos e sedativos e

antidepressivos no mercado do SNS em ambulatório (Dose Diária Definida /

1000 Hab/ dia) - (1)

146,0 127,7 114,5 130,5 150,2 156,8 142,5 139,0 185,1 139,9 137,1 130,3 115,6 130,9 139,0 17,8 156,8 174,6 121,2 103,4 114,5 185,1

% do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de

embalagens de medicamentos26,10 23,80 24,70 19,90 25,70 24,30 27,60 26,70 24,70 25,30 25,00 25,00 27,00 24,40 25,10 1,77 26,87 28,64 23,33 21,56 19,90 27,60

Custo médio de medicamentos facturados por utilizador 235,0 205,9 190,1 238,0 207,6 258,3 237,2 218,7 265,3 251,2 200,9 181,2 205,2 239,7 219,9 25,2 245,1 270,2 194,7 169,6 181,2 265,3

Custo médio de MCDT facturados por utilizador69,4 68,3 62,0 44,9 39,4 36,9 34,5 34,3 37,7 46,2 43,5 33,1 32,8 37,1 45,5 12,4 57,9 70,3 33,1 20,7 32,8 69,4

MáximoD. Lafões

IID. Lafões IIIIndicadores de desempenho dos cuidados de saúde primários - 2010

Baixo

Vouga I

Baixo

Vouga II

Baixo

Vouga IIIMínimo

Média -

2DP

Desvio-

padrão

Média +

1DP

Baixo

Mondego III

Pinhal Int.

Norte I

Pinhal Int.

Norte II

Pinhal

Litoral I

Pinhal

Litoral IID. Lafões I

Média -

1DPMédia

Cova da

Beira

Baixo

Mondego I

Média +

2DP

Baixo

Mondego II

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34

7.2. Utentes inscritos e utilizadores

Em 2010 no âmbito territorial da ARSC, havia um total de 1 944 616 utentes inscritos, dos

quais 1 652 288 (85%) correspondentes aos serviços desconcentrados deste instituto público

(ACeS). A proporção de utentes inscritos sem médico de família atribuído foi de 6,7%,

traduzindo um aumento de 48,1% relativamente ao ano anterior.

No entanto, se considerarmos apenas os ACeS, a proporção de utentes sem médico de família

atribuído aumentou de forma menos acentuada (40%) relativamente a 2009. O ano de 2010

caracterizou-se pela aposentação de um grande número de profissionais de saúde,

nomeadamente médicos de família.

O envelhecimento da população médica, em geral, e da população de médicos de família, em

particular, tem vindo a ser, nos últimos anos, agudizado pela saída destes profissionais do

sistema de serviços de saúde, sobretudo através de processos de aposentação.

Figura 3 – Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2010)

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35

Figura 4 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro (2009 e 2010)

Quadro 31 - Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS (2009-2010)

Sem Médico Família Com Médico Família Total Inscritos

ACES/ ULS 2009 % 2010 %

Var.

09/10

(%)

2009 % 2010 %

Var.

09/10

(%)

2.009 2010

Var.

09/10

(%)

Baixo Vouga I 1.962 1,6 19.353 15,4 886,4 123.525 98,4 106.301 84,6 -13,9 125.487 125.654 0,1

Baixo Vouga II 8.193 4,5 8.134 4,5 -0,7 174.629 95,5 173.862 95,5 -0,4 182.822 181.996 -0,5

Baixo Vouga III 814 0,8 1.005 1,0 23,5 102.558 99,2 101.765 99,0 -0,8 103.372 102.770 -0,6

Cova da Beira 1.862 1,9 9.291 9,3 399,0 97.419 98,1 90.088 90,7 -7,5 99.281 99.379 0,1

Baixo Mondego I 10.108 4,9 17.721 8,7 75,3 194.446 95,1 185.932 91,3 -4,4 204.554 203.653 -0,4

Baixo Mondego II 5.217 4,4 8.789 7,5 68,5 114.453 95,6 108.815 92,5 -4,9 119.670 117.604 -1,7

Baixo Mondego III 3.478 3,8 1.406 1,5 -59,6 88.309 96,2 89.919 98,5 1,8 91.787 91.325 -0,5

Pinhal Interior Norte I 4.322 4,4 4.738 4,8 9,6 94.605 95,6 93.579 95,2 -1,1 98.927 98.317 -0,6

Pinhal Interior Norte II 2.239 5,0 6.696 15,0 199,1 42.599 95,0 38.036 85,0 -10,7 44.838 44.732 -0,2

Pinhal Litoral I 3.433 5,6 1.750 2,9 -49,0 57.794 94,4 59.558 97,1 3,1 61.227 61.308 0,1

Pinhal Litoral II 20.321 8,9 18.397 8,1 -9,5 207.073 91,1 207.397 91,9 0,2 227.394 225.794 -0,7

Dão/Lafões I 2.718 2,4 3.962 3,6 45,8 112.745 97,6 106.095 96,4 -5,9 115.463 110.057 -4,7

Dão/Lafões II 6.439 7,3 1.995 2,3 -69,0 81.486 92,7 83.686 97,7 2,7 87.925 85.681 -2,6

Dão/Lafões III 10.938 10,5 11.594 11,1 6,0 93.149 89,5 92.424 88,9 -0,8 104.087 104.018 -0,1

ULS C. Branco, EPE 1.573 1,2 1.432 1,1 -9,0 124.922 98,8 125.211 98,9 0,2 126.495 126.643 0,1

ULS Guarda, EPE 3.705 2,2 13.081 7,9 253,1 163.563 97,8 152.604 92,1 -6,7 167.268 165.685 -0,9

Total ACES 82.044 4,9 114.831 6,9 40,0 1.584.790 95,1 1.537.457 93,1 -3,0 1.666.834 1.652.288 -0,9

Total c/ ULS 87.322 4,5 129.344 6,7 48,1 1.873.275 95,5 1.815.272 93,3 -3,1 1.960.597 1.944.616 -0,8

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados: Indicadores>Relatórios Compartilhados>[ ... ]>Painel 3 - Disponibilidades (Inscritos)>3.3 e 3.4 - Nº e (%) de Inscritos Sem Médico de Família

10

00

0

20

00

0

30

00

0

40

00

0

50

00

0

60

00

0

70

00

0

80

00

0

90

00

0

2010

10

00

0

20

00

0

30

00

0

40

00

0

50

00

0

60

00

0

70

00

0

80

00

0

90

00

0

0-4

5-9

10-14

15-19

20-24

25-29

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

65-69

70-74

75-79

80-84

85+

2009

Homens Mulheres

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36

Em termos locais o maior aumento relativamente aos utentes sem médico de família atribuído

observou-se no ACeS do Baixo Vouga I, seguindo-se a Cova da Beira e a ULS da Guarda EPE. De

referir que na ULS de Castelo Branco EPE se verificou uma diminuição do número de utentes

sem médico atribuído de quase 10%.

Gráfico 10 - Percentagem de utentes Inscritos COM e SEM Médico de Familia, por ACeS e ULS, 2010

Gráfico 11 - Variação percentual (2009-2010) do total de inscritos nos CSP / ACeS e ULS

Fonte: SIARS

- 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão/Lafões I

Dão/Lafões II

Dão/Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Sem Médico Família Com Médico Família

-5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão/Lafões I

Dão/Lafões II

Dão/Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Var. 09/10 (%)

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37

Quadro 32 - Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por ACeS e ULS

Nº Utilizadores

ACES/ ULS 2009 % 2010 %

Var.

09/10

(%)

Baixo Vouga I 92.160 73,4 90.204 71,8 -2,1

Baixo Vouga II 126.359 69,1 125.435 68,9 -0,7

Baixo Vouga III 76.231 73,7 75.605 73,6 -0,8

Cova da Beira 61.425 61,9 60.371 60,7 -1,7

Baixo Mondego I 117.075 57,2 134.224 65,9 14,6

Baixo Mondego II 82.871 69,2 74.374 63,2 -10,3

Baixo Mondego III 68.646 74,8 68.190 74,7 -0,7

Pinhal Interior Norte I 70.521 71,3 76.639 78,0 8,7

Pinhal Interior Norte II 34.912 77,9 34.189 76,4 -2,1

Pinhal Litoral I 40.418 66,0 40.002 65,2 -1,0

Pinhal Litoral II 151.297 66,5 148.982 66,0 -1,5

Dão/Lafões I 71.190 61,7 71.555 65,0 0,5

Dão/Lafões II 62.263 70,8 65.513 76,5 5,2

Dão/Lafões III 75.340 72,4 74.386 71,5 -1,3

ULS C. Branco, EPE 80.434 63,6 86.823 68,6 7,9

ULS Guarda, EPE 116.123 69,4 114.001 68,8 -1,8

Total ACES 1.130.708 67,8 1.139.669 69,0 0,8

Total c/ ULS 1.327.265 67,7 1.340.493 68,9 1,0

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados: Indicadores>Relatórios Compartilhados>[ ... ]>Painel 3 - Disponibilidades (Inscritos)>3.3 e 3.4 - Nº e (%) de Inscritos Sem Médico de Família

Gráfico 12 - Variação percentual (2009-2010) de utentes utilizadores dos CSP / ACES e ULS 09-10

Fonte: SIARS

-15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão/Lafões I

Dão/Lafões II

Dão/Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Var. 09/10 (%)

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38

7.3. Indicadores de produção dos cuidados de saúde primários

Em 2010 realizaram-se um total de 8 045 744 consultas na rede de cuidados de saúde

primários (ACeS e ULS), sendo que a esmagadora maioria (86%) corresponderam a consultas

programadas. Relativamente a 2009, verificou-se um aumento de 15,2% nestas consultas e

uma diminuição de 13,8% nos atendimentos urgentes (SAP e afins).

Em 2010 verificou-se um aumento de 29% de actos de enfermagem relativamente ao ano

anterior.

Quadro 33 - Produção dos Cuidados de Saúde Primários na Região Centro (2009 e 2010)

ARSC,IP 2009 2010 Variação %09/10

Consultas Totais (Ambulatório + SAP) 7.299.705 8.045.744 10,2

Consultas Programadas 6.050.293 6.968.373 15,2

Atendimentos em SAP e Afins 1.249.412 1.077.371 -13,8

Actos de Enfermagem 2.824.903 3.648.029 29,1

Fonte:SIARS /ARSC- relatório de actividades 2009

Quadro 34 - Primeiras consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF)

ARSC, IP 2010 1as consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF)

ACES/ ULS Saúde

Materna Var. 09/10

(%) Pl.Familiar

Var. 09/10 (%)

Saúde Infantil até aos 13 anos

Var. 09/10 (%)

Saúde Infantil dos 14 aos 18

anos

Var. 09/10 (%)

Saúde do Adulto

Var. 09/10 (%)

Baixo Vouga I 840 21,0 ↑ 8.136 10,6 ↑ 10.327 6,2 ↑ 3.279 -0,2 ↓ 80.759 15,6 ↑

Baixo Vouga II 1.272 11,1 ↑ 15.413 9,4 ↑ 18.073 7,2 ↑ 5.466 3,8 ↑ 111.519 15,4 ↑

Baixo Vouga III 718 -3,9 ↓ 7.213 -10,7 ↓ 9.221 -6,0 ↓ 3.102 -3,8 ↓ 55.797 -6,0 ↓

Cova da Beira 485 0,0

6.165 -8,8 ↓ 5.322 -8,9 ↓ 1.650 -15,6 ↓ 49.733 -0,1 ↓

Baixo Mondego I 1.118 -12,3 ↓ 15.012 1,3 ↑ 16.246 1,9 ↑ 5.094 -0,1 ↓ 110.846 4,4 ↑

Baixo Mondego II 521 -8,3 ↓ 4.710 -35,6 ↓ 5.456 -23,6 ↓ 1.732 -25,0 ↓ 53.526 -6,6 ↓

Baixo Mondego III 749 31,2 ↑ 7.930 -0,5 ↓ 8.634 19,9 ↑ 2.634 14,2 ↑ 77.280 45,1 ↑

Pinhal Interior Norte I 526 -18,4 ↓ 5.197 -5,2 ↓ 8.895 0,6 ↑ 2.880 4,2 ↑ 63.198 5,0 ↑

Pinhal Interior Norte II 208 -4,6 ↓ 2.649 -12,0 ↓ 3.157 -6,2 ↓ 1.033 -10,5 ↓ 28.846 1,3 ↑

Pinhal Litoral I 333 8,1 ↑ 4.327 -0,4 ↓ 4.844 -1,1 ↓ 1.645 5,2 ↑ 40.787 15,7 ↑

Pinhal Litoral II 1.034 -1,2 ↓ 14.152 -3,3 ↓ 19.038 -10,0 ↓ 5.928 -8,3 ↓ 126.283 -1,6 ↓

Dão/Lafões I 604 -19,7 ↓ 8.451 -14,0 ↓ 9.041 -17,9 ↓ 2.787 -24,8 ↓ 51.489 -27,7 ↓

Dão/Lafões II 564 -2,4 ↓ 4.756 -4,9 ↓ 9.340 -5,5 ↓ 3.246 -6,8 ↓ 63.565 7,1 ↑

Dão/Lafões III 623 4,9 ↑ 5.243 5,5 ↑ 8.061 -0,9 ↓ 2.694 -4,0 ↓ 63.459 2,7 ↑

ULS C. Branco, EPE 744 5,8 ↑ 7.396 23,1 ↑ 7.558 -7,7 ↓ 2.620 -11,1 ↓ 75.362 -0,6 ↓

ULS Guarda, EPE 846 -2,2 ↓ 8.049 5,3 ↑ 10.570 -9,6 ↓ 3.229 -11,3 ↓ 94.080 -4,2 ↓

Total ACES 9.595 -0,3 ↓ 109.354 -3,8 ↓ 135.655 -3,0 ↓ 43.170 -4,9 ↓ 977.087 4,3 ↑

Total c/ ULS 11.185 -0,1 ↓ 124.799 -2,0 ↓ 153.783 -3,7 ↓ 49.019 -5,7 ↓ 1.146.529 3,2 ↑ Fonte: 2009- SINUS/MedicineOne e VitaCare / 2010 – SIARS/pasta-dados tradicionais

/ARSC- relatório de actividades 2009

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39

Em 2010 realizaram-se um total de 5 857 531 consultas de medicina geral e familiar (MGF) nos

ACeS e ULS, correspondendo a uma diminuição de 3.2% em relação ao ano anterior. No que

diz especificamente respeito aos ACeS, apresentam uma diminuição de 3,1% do total de

consultas de MGF em relação ao ano de 2009.

Quadro 35 - Total de consultas de MGF

ARSC, IP 2010 Total de de consultas de MGF

ACES/ ULS Total de

Consultas seguintes

Var. 09/10 (%)

Revisão Puerpério

Var. 09/10 (%)

Consultas no

domicílio (medico)

Var. 09/10 (%)

Total de consultas de

MGF

Var. 09/10

(%)

Baixo Vouga I 303.994 -2,6 ↓ 292 19,2 ↑ 810 -14,3 ↓ 408.437 1,1 ↑

Baixo Vouga II 413.630 -0,2 ↓ 647 12,7 ↑ 1.874 8,5 ↑ 567.894 3,1 ↑

Baixo Vouga III 261.139 1,7 ↑ 391 21,4 ↑ 2.049 33,7 ↑ 339.630 -0,1 ↓

Cova da Beira 185.221 -14,2 ↓ 107 2,9 ↑ 243 -48,8 ↓ 248.926 -11,5 ↓

Baixo Mondego I 454.549 -11,3 ↓ 342 41,9 ↑ 3.834 0,8 ↑ 607.047 -8,0 ↓

Baixo Mondego II 231.803 -9,1 ↓ 163 40,5 ↑ 2.025 6,3 ↑ 299.786 -9,6 ↓

Baixo Mondego III 211.883 -13,1 ↓ 231 10,5 ↑ 1.221 -3,0 ↓ 310.562 -1,9 ↓

Pinhal Interior Norte I 271.737 -7,5 ↓ 188 0,0 969 -11,8 ↓ 353.587 -5,2 ↓

Pinhal Interior Norte II 122.797 -6,3 ↓ 51 -25,0 ↓ 341 -28,2 ↓ 159.082 -5,2 ↓

Pinhal Litoral I 143.143 -5,9 ↓ 69 -15,9 ↓ 213 17,0 ↑ 195.361 -1,7 ↓

Pinhal Litoral II 425.531 -1,7 ↓ 392 -3,7 ↓ 1.811 -17,3 ↓ 594.169 -2,1 ↓

Dão/Lafões I 243.410 7,2 ↑ 378 37,0 ↑ 2.733 8,8 ↑ 318.848 -2,3 ↓

Dão/Lafões II 213.278 -7,3 ↓ 188 -13,4 ↓ 635 -54,8 ↓ 295.572 -4,6 ↓

Dão/Lafões III 252.064 1,3 ↑ 230 15,6 ↑ 730 7,7 ↑ 333.104 1,6 ↑

ULS C. Branco, EPE 281.045 -4,3 ↓ 186 -3,6 ↓ 2.091 17,3 ↑ 377.002 -3,1 ↓

ULS Guarda, EPE 328.467 -3,6 ↓ 274 5,8 ↑ 3.009 5,8 ↑ 448.524 -3,7 ↓

Total ACES 3.734.179 -4,9 ↓ 3.669 13,0 ↑ 19.488 -3,5 ↓ 5.032.005 -3,1 ↓

Total c/ ULS 4.343.691 -4,8 ↓ 4.129 11,6 ↑ * 24.588 -0,9 ↓ 5.857.531 -3,2 ↓

Fonte: 2009- SINUS/MedicineOne e VitaCare / 2010 – SIARS/pasta-dados tradicionais

* O número de consultas médicas no domicílio, no ano 2010 são ligeiramente diferentes com o cálculo do indicador

“taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos” quadro n. 39, pela opção do roteiro de acesso a dados

“Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS

no Período->Semestre”. SIARS

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40

A taxa de utilização global em 2010 na área de jurisdição da ARSC (ACeS e ULS) foi de 67,2%,

sendo idêntica (67,3%) no que diz respeito aos seus serviços desconcentrados (ACeS) e

traduzindo um aumento de 1,2% relativamente a 2009.

Quadro 36 - Taxa de utilização global de consultas médicas (2009 e 2010)

Total de Inscritos com consulta médica/Utilizadores Inscritos

ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var.

09/10 (%) 2009 2010

Var.

09/10

(%)

Baixo Vouga I 92.160 71,7 90.204 70,2 -2,1 127.317 128.571 1,0

Baixo Vouga II 126.359 68,0 125.435 67,5 -0,7 184.278 185.847 0,9

Baixo Vouga III 76.231 72,7 75.605 72,1 -0,8 104.516 104.816 0,3

Cova da Beira 61.425 60,8 60.371 59,7 -1,7 100.558 101.087 0,5

Baixo Mondego I 117.075 55,8 134.224 64,0 14,6 206.236 209.703 1,7

Baixo Mondego II 82.871 68,2 74.374 61,2 -10,3 120.808 121.531 0,6

Baixo Mondego III 68.646 73,5 68.190 73,0 -0,7 92.971 93.431 0,5

Pinhal Interior Norte I 70.521 69,6 76.639 75,6 8,7 100.572 101.317 0,7

Pinhal Interior Norte II 34.912 76,2 34.189 74,6 -2,1 45.568 45.844 0,6

Pinhal Litoral I 40.418 64,5 40.002 63,8 -1,0 62.189 62.692 0,8

Pinhal Litoral II 151.297 65,5 148.982 64,5 -1,5 228.263 230.845 1,1

Dão/Lafões I 71.190 62,9 71.555 63,2 0,5 111.815 113.250 1,3

Dão/Lafões II 62.263 69,6 65.513 73,3 5,2 89.068 89.397 0,4

Dão/Lafões III 75.340 71,0 74.386 70,1 -1,3 105.743 106.101 0,3

ULS C. Branco, EPE 80.434 61,9 86.823 66,9 7,9 120.622 129.848 7,6

ULS Guarda, EPE 116.123 68,2 114.001 66,9 -1,8 170.115 170.366 0,1

Total ACES 1.130.708 66,7 1.139.669 67,3 0,8 1.679.902 1.694.432 0,9

Total c/ ULS 1.327.265 66,5 1.340.493 67,2 1,0 1.970.639 1.994.646 1,2

Fonte: SIARS

Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

Gráfico 13 - Taxa de utilização global de consultas médicas, 2010

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0Valor médio da Região

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41

Em 2010 realizaram-se 24 280 consultas médicas domiciliárias e 200 529 consultas

domiciliárias de enfermagem na rede de cuidados de saúde primários do âmbito jurisdicional

da ARSC (ACeS e ULS).

Em termos de variação percentual, e no que diz respeito ao período de 2009-2010, verificou-se

um aumento das consultas médicas e de enfermagem no domicílio – respectivamente de

5,79% e de 11,84%.

Quadro 37 - Taxa de visitas domiciliárias (médicas e de enfermagem) por 1000 utentes (2009 e 2010)

Nº consultas domiciliárias médicas Nº consultas domiciliárias de enfermagem

ACES/ ULS 2009 Tx/1000 inscritos

2010 Tx/1000 inscritos

Var. 09/10 (%)

2009 Tx/1000 inscritos

2010 Tx/1000 inscritos

Var. 09/10 (%)

Baixo Vouga I 935 7,34 807 6,28 -13,69 15.838 124,40 15.286 118,89 -3,49

Baixo Vouga II 1.700 9,23 1.868 10,05 9,88 23.170 125,73 21.238 114,28 -8,34

Baixo Vouga III 1.520 14,54 2.037 19,43 34,01 17.436 166,83 17.654 168,43 1,25

Cova da Beira 455 4,52 237 2,34 -47,91 20 0,20 545 5,39 ………

Baixo Mondego I 3.376 16,37 3.795 18,10 12,41 27.465 133,17 30.268 144,34 10,21

Baixo Mondego II 2.383 19,73 1.979 16,28 -16,95 11.477 95,00 11.502 94,64 0,22

Baixo Mondego III 1.236 13,29 1.206 12,91 -2,43 15.061 162,00 15.083 161,43 0,15

Pinhal Interior Norte I 991 9,85 952 9,40 -3,94 9.188 91,36 13.567 133,91 47,66

Pinhal Interior Norte II 465 10,20 338 7,37 -27,31 1.203 26,40 2.914 63,56 142,23

Pinhal Litoral I 180 2,89 211 3,37 17,22 1.225 19,70 3.185 50,80 160,00

Pinhal Litoral II 2.168 9,50 1.803 7,81 -16,84 7.542 33,04 11.066 47,94 46,73

Dão/Lafões I 2.843 25,43 2.696 23,81 -5,17 13.246 118,46 13.766 121,55 3,93

Dão/Lafões II 725 8,14 623 6,97 -14,07 8.607 96,63 9.586 107,23 11,37

Dão/Lafões III 670 6,34 730 6,88 8,96 9.949 94,09 10.417 98,18 4,70

ULS C. Branco, EPE 539 4,47 2.077 16,00 285,34 701 5,81 4.071 31,35 480,74

ULS Guarda, EPE 2.765 16,25 2.921 17,15 5,64 17.166 100,91 20.381 119,63 18,73

Total ACES 19.647 11,70 19.282 11,38 -1,86 161.427 96,09 176.077 103,92 9,08

Total c/ ULS 22.951 11,65 24.280 12,17 5,79 179.294 90,98 200.529 100,53 11,84

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

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42

Gráfico 14 - Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos, por ACeS

Gráfico 15 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos, por ACeS

Fonte: SIARS

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0Valor médio da Região

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

Valor médio da Região

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43

7.3.1. Planeamento familiar

Em 2010, o número de mulheres em idade fértil (15-49 anos) inscritas nas Unidades de Saúde

da ARSC (ACeS e ULS) era de 459 865. As mulheres com pelo menos 1 consulta médica de

planeamento familiar em 2010, aumentaram 16,1% relativamente ao ano anterior – variação

ligeiramente inferior quando considerados, apenas, os ACeS (14,5%).

Quadro 38 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos)

Nº mulheres em idade fértil com consulta médica

de PF Nº mulheres inscritas em idade fértil

ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10

(%) 2009 2010

Var. 09/10 (%)

Baixo Vouga I 5.657 18,7 6.826 22,5 20,66 30.322 30.370 0,16

Baixo Vouga II 12.434 26,8 14.064 30,4 13,11 46.339 46.288 -0,11

Baixo Vouga III 5.362 21,0 5.498 21,7 2,54 25.555 25.315 -0,94

Cova da Beira 2.373 10,9 2.667 12,2 12,39 21.854 21.851 -0,01

Baixo Mondego I 8.959 17,4 12.011 23,2 34,07 51.358 51.782 0,83

Baixo Mondego II 5.531 20,4 5.541 20,5 0,18 27.141 27.025 -0,43

Baixo Mondego III 5.454 26,1 5.508 26,6 0,99 20.872 20.743 -0,62

Pinhal Interior Norte I 3.702 16,7 4.988 22,4 34,74 22.215 22.222 0,03

Pinhal Interior Norte II 1.428 15,6 1.459 15,9 2,17 9.147 9.159 0,13

Pinhal Litoral I 2.361 16,4 2.757 19,2 16,77 14.392 14.375 -0,12

Pinhal Litoral II 8.637 15,3 9.546 16,8 10,52 56.578 56.677 0,17

Dão/Lafões I 6.727 23,6 8.293 29,0 23,28 28.512 28.623 0,39

Dão/Lafões II 3.052 15,2 3.025 15,1 -0,88 20.080 20.094 0,07

Dão/Lafões III 2.649 11,5 2.961 12,9 11,78 23.107 23.032 -0,32

ULS C. Branco, EPE 2.015 8,2 3.425 13,1 69,98 24.539 26.169 6,64

ULS Guarda, EPE 3.594 9,9 4.256 11,8 18,42 36.365 36.140 -0,62

Total ACES 74.326 18,7 85.144 21,4 14,55 397.472 397.556 0,02

Total c/ ULS 79.935 17,4 92.825 20,2 16,13 458.376 459.865 0,32

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

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44

Gráfico 16 - Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar médicas (15-49 anos), por ACES

Fonte: SIARS

Gráfico 17 - Variação percentual das mulheres inscritas em idade fertil (2009-2010)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0 Valor médio da Região

-2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão/Lafões I

Dão/Lafões II

Dão/Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Percentagem

Var. 09/10 (%)

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45

7.3.2. Saúde materna

No ano de 2010 realizaram-se no âmbito de jurisdição territorial da ARS Centro 11 185

primeiras consultas, correspondendo a uma diminuição de 0,1% relativamente a período

homólogo do ano anterior. Relativamente ao total das consultas de saúde materna, observou-

se um aumento de 24,3% durante o período em análise.

Quadro 39 - Consultas de Saúde Materna (2009 e 2010)

ACES/ ULS

Nº primeiras consultas de Saúde Materna % var.

09/10

Nº consultas de Saúde Materna % var.

09/10

2009 2010 2009 2010

Baixo Vouga I 694 840 21,0 4.415 6.062 37,3

Baixo Vouga II 1.145 1.272 11,1 8.158 9.069 11,2

Baixo Vouga III 747 718 -3,9 4.859 5.916 21,8

Cova da Beira 485 485 0,0 2.044 2.146 5,0

Baixo Mondego I 1.275 1.118 -12,3 5.549 7.581 36,6

Baixo Mondego II 568 521 -8,3 1.642 3.048 85,6

Baixo Mondego III 571 749 31,2 3.754 4.030 7,4

Pinhal Interior Norte I 645 526 -18,4 2.811 3.920 39,5

Pinhal Interior Norte II 218 208 -4,6 1.258 1.393 10,7

Pinhal Litoral I 308 333 8,1 1.727 1.966 13,8

Pinhal Litoral II 1.047 1.034 -1,2 4.861 5.959 22,6

Dão/Lafões I 752 604 -19,7 2.786 4.901 75,9

Dão/Lafões II 578 564 -2,4 3.505 3.919 11,8

Dão/Lafões III 594 623 4,9 3.861 4.211 9,1

ULS C. Branco, EPE 703 744 5,8 3.608 4.298 19,1

ULS Guarda, EPE 865 846 -2,2 4.790 5.718 19,4

Total ACES 9.627 9.595 -0,3 51.230 64.121 25,2

Total c/ ULS 11.195 11.185 -0,1 59.628 74.137 24,3

Fonte: SIARS Indicadores>Relatórios Compartilhados>01 - DADOS TRADICIONAIS (Administrativo)>1.1. Informação DGS / INE>Reports para Quadro DGE>CS - SMaterna_QuadroDGS->ACES Relatório de actividades 2009

Em 2010, realizaram-se um total de 7 649 primeiras consultas de gravidez em 2010 (88% das

quais nos ACeS), traduzindo um aumento de 14% relativamente ao ano anterior.

Atendendo a que em 2010 se observou um aumento de mulheres inscritas nesta consulta de

8,3% relativamente a 2009, o “aumento líquido” de primeiras consultas de gravidez

correspondeu a cerca de 6 pontos percentuais.

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46

A proporção regional de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre de 2010 foi de 81,5%,

com uma amplitude local de valores entre 72,9% (ULS de Castelo Branco) e 85,6% (Pinhal

Litoral I).

Quadro 40 - Precocidade das primeiras consultas de gravidez (2009 e 2010)

Primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre Nº inscritas

ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10

(%) 2009 2010

Var. 09/10 (%)

Baixo Vouga I 471 73,48 534 80,54 13,4 641 663 3,43

Baixo Vouga II 858 80,11 919 81,54 7,1 1.071 1.127 5,23

Baixo Vouga III 487 73,56 519 83,98 6,6 662 618 -6,65

Cova da Beira 246 80,13 278 80,58 13,0 307 345 12,38

Baixo Mondego I 677 83,79 903 84,39 33,4 808 1.070 32,43

Baixo Mondego II 301 76,79 375 84,27 24,6 392 445 13,52

Baixo Mondego III 423 84,94 425 80,65 0,5 498 527 5,82

Pinhal Interior Norte I 362 81,17 428 84,92 18,2 446 504 13,00

Pinhal Interior Norte II 102 75,56 116 78,38 13,7 135 148 9,63

Pinhal Litoral I 148 77,08 209 85,66 41,2 192 244 27,08

Pinhal Litoral II 712 74,55 809 79,16 13,6 955 1.022 7,02

Dão/Lafões I 460 78,63 512 81,66 11,3 585 627 7,18

Dão/Lafões II 331 73,23 330 75,51 -0,3 452 437 -3,32

Dão/Lafões III 362 72,69 376 77,69 3,9 498 484 -2,81

ULS C. Branco, EPE 281 70,96 383 72,95 36,3 396 525 32,58

ULS Guarda, EPE 490 71,32 533 80,27 8,8 687 664 -3,35

Total ACES 5.940 77,73 6.733 81,50 13,4 7.642 8.261 8,10

Total c/ ULS 6.711 76,92 7.649 80,94 14,0 8.725 9.450 8,31

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

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47

Gráfico 18 - Variação percentual de primeiras consultas de gravidez no 1º trimestre (2009-2010)

Relativamente ao total de consultas do 1º trimestre de gravidez realizadas em 2010, as

primeiras consultas corresponderam a 81%.

-10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão/Lafões I

Dão/Lafões II

Dão/Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Percentagem

Var. 09/10 (%)

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48

7.3.3. Diagnóstico precoce

No âmbito de jurisdição territorial da ARSC (ACeS e ULS), a proporção de recém-nascidos com

registo de diagnóstico precoce (até ao 7º dia de vida) em 2010 foi de 62% (64,8% nos ACeS).

Em 2009 esse valor cifrou-se em 49,6% e 51,8% - respectivamente.

Tratou-se, pois, de um aumento considerável em relação a 2009, mas que não espelha a

realidade sentida nas unidades de saúde. O valor real deste indicador é concerteza superior a

90% em todos os ACeS, observando-se sub-registo.

Quadro 41 - Diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida

Recem-nascidos com registo de diagnóstico precoce Total recém-nascidos que completaram 7

dias de vida

ACES/ ULS 2009 % 2010 % 2009 2010 Var. 09/10

(%)

Baixo Vouga I 615 75,5 701 73,9 815 948 16,3

Baixo Vouga II 1.088 67,5 1.270 79,2 1.611 1.603 -0,5

Baixo Vouga III 689 81,0 685 81,3 851 843 -0,9

Cova da Beira 3 0,5 128 20,5 581 624 7,4

Baixo Mondego I 979 63,4 1.104 68,3 1.545 1.616 4,6

Baixo Mondego II 395 50,9 436 52,5 776 831 7,1

Baixo Mondego III 415 65,8 449 71,2 631 631 0,0

Pinhal Interior Norte I 295 46,2 332 49,3 639 674 5,5

Pinhal Interior Norte II 31 13,2 106 41,7 234 254 8,5

Pinhal Litoral I 1 0,2 284 64,4 454 441 -2,9

Pinhal Litoral II 519 27,2 1.098 56,6 1.907 1.941 1,8

Dão/Lafões I 806 88,2 844 89,2 914 946 3,5

Dão/Lafões II 253 47,6 421 79,9 532 527 -0,9

Dão/Lafões III 193 30,5 228 38,0 633 600 -5,2

ULS C. Branco, EPE 0 0,0 100 13,0 716 770 7,5

ULS Guarda, EPE 559 58,6 574 65,9 954 871 -8,7

Total ACES 6.282 51,8 8.086 64,8 12.123 12.479 2,9

Total 6.841 49,6 8.760 62,0 13.793 14.120 2,4

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

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49

Gráfico 19 - Variação percentual (2009-2010) dos recém-nascidos que completaram 7 dias de vida

7.3.4. Saúde infantil

Em 2010 realizaram-se 10 436 primeiras consultas médicas neonatais na Região (89%

nos ACeS), traduzindo um aumento de 9,3% relativamente a 2009. A cobertura em

saúde infantil até aos 28 dias de vida aumentou em 2010, tendo passado de cerca de

65% para cerca de 71%.

-10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Interior Norte I

Pinhal Interior Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão/Lafões I

Dão/Lafões II

Dão/Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Percentagem

% Var. 09/10

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50

Quadro 42 - Taxa cobertura de primeiras consulta na vida realizadas até aos 28 dias de vida

Nº 1as consultas médicas

realizadas até ao 28º dia de vida

Nados-vivos + fetos mortos

2009

Taxa cobertura de saúde infantil

ACES/ ULS 2009 2010 2009 2010*

Baixo Vouga I 570 690 1.005 56,72 68,66

Baixo Vouga II 1140 1184 1.658 68,76 71,41

Baixo Vouga III 613 660 848 72,29 77,83

Cova da Beira 396 447 667 59,37 67,02

Baixo Mondego I 917 1220 1.482 61,88 82,32

Baixo Mondego II 566 515 885 63,95 58,19

Baixo Mondego III 543 548 697 77,91 78,62

Pinhal Int. Norte I 413 505 746 55,36 67,69

Pinhal Int. Norte II 191 206 284 67,25 72,54

Pinhal Litoral I 340 316 492 69,11 64,23

Pinhal Litoral II 1164 1257 1.980 58,79 63,48

Dão-Lafões I 727 786 976 74,49 80,53

Dão-Lafões II 430 454 579 74,27 78,41

Dão-Lafões III 484 458 710 68,17 64,51

ULS C. Branco, EPE 367 530 750 48,93 70,67

ULS Guarda, EPE 684 660 1.019 67,12 64,77

Total ACES 8494 9246 13.009 65,29 71,07

Total c/ ULS 9.545 10.436 14.778 64,59 70,62

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

* Nota: A taxa de cobertura de saúde infantil relativa a 2010 tem como denominador os

nados-vivos e fetos mortos relativos a 2009

Gráfico 20 - variação percentual (2009-2010) de primeiras consultas na vida – até aos 28 dias

-20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0

Baixo Vouga I

Baixo Vouga II

Baixo Vouga III

Cova da Beira

Baixo Mondego I

Baixo Mondego II

Baixo Mondego III

Pinhal Int. Norte I

Pinhal Int. Norte II

Pinhal Litoral I

Pinhal Litoral II

Dão-Lafões I

Dão-Lafões II

Dão-Lafões III

ULS C. Branco, EPE

ULS Guarda, EPE

Percentagem

Variação %09/10

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51

Em 2010 foi realizado um total de 14 246 primeiras consultas de vida na rede de cuidados

primários do âmbito jurisdicional da ARSC (88% nos ACeS). Relativamente a 2009, verificou-se

um aumento de 1,6% no total das consultas de vida realizadas naquele âmbito geográfico e de

1,8% no que diz especificamente respeito aos ACeS.

As primeiras consultas médicas realizadas no período neonatal (0-28 dias de vida)

corresponderam a um total de 10 436 em 2010 – variação positiva de 9,33% relativamente a

2009. Aumentando este indicador de 68,9% em 2009 para 73,6% em 2010.

Quadro 43 - Precocidade de primeira consulta na vida, realizada até aos 28 dias de vida (2009 e 2010)

Nº 1as consultas médicas realizadas até ao 28º dia

de vida Total de consultas de vida

ACES/ ULS 2009 % 2010 % Var. 09/10

(%) 2009 2010

Var. 09/10 (%)

Baixo Vouga I 570 67,7 690 72,3 21,05 842 954 13,3

Baixo Vouga II 1.140 69,3 1.184 73,9 3,86 1.645 1.603 -2,6

Baixo Vouga III 613 70,7 660 78,7 7,67 867 839 -3,2

Cova da Beira 396 66,6 447 69,1 12,88 595 647 8,7

Baixo Mondego I 917 58,0 1.220 75,3 33,04 1.581 1.621 2,5

Baixo Mondego II 566 70,8 515 60,4 -9,01 800 853 6,6

Baixo Mondego III 543 85,8 548 86,0 0,92 633 637 0,6

Pinhal Interior Norte I 413 62,1 505 76,2 22,28 665 663 -0,3

Pinhal Interior Norte II 191 79,6 206 80,2 7,85 240 257 7,1

Pinhal Litoral I 340 72,2 316 71,5 -7,06 471 442 -6,2

Pinhal Litoral II 1.164 61,1 1.257 63,7 7,99 1.904 1.974 3,7

Dão/Lafões I 727 79,2 786 83,1 8,12 918 946 3,1

Dão/Lafões II 430 80,1 454 87,1 5,58 537 521 -3,0

Dão/Lafões III 484 76,3 458 76,0 -5,37 634 603 -4,9

ULS C. Branco, EPE 367 51,5 530 67,4 44,41 712 786 10,4

ULS Guarda, EPE 684 69,8 660 73,3 -3,51 980 900 -8,2

Total ACES 8.494 68,9 9.246 73,6 8,85 12.332 12.560 1,8

Total c/ ULS 9.545 68,1 10.436 73,3 9,33 14.024 14.246 1,6

Fonte: SIARS Roteiro para aceder aos dados - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período->Semestre”

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52

Gráfico 21 - Taxa de crianças com baixo peso

Considerando o âmbito territorial correspondente à NUTS II de 2002, a taxa de nascimentos

pré-termo tem vindo a evoluir de forma positiva (i.e., decrescente) e sustentada nos últimos

anos. Não obstante esse facto, a Região Centro NUTS II 2002 apresenta valores superiores aos

do Continente.

Em 2009, a NUTS III da Cova da Beira era a que apresentava a taxa de nascimentos pré-termo

mais elevada (11%), tendo a Beira Interior Norte o valor mais baixo (6,6%). Devido aos

pequenos números envolvidos, os dados por NUTS III apresentam uma grande variação anual,

sendo em muitos casos difícil identificar uma tendência.

Gráfico 22 - Nascimentos pré-termo / 100 nados vivos

Fonte: WebSig

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

Baixo Vouga BaixoMondego

Pinhal Litoral Pinhal InteriorNorte

Dão-Lafões Pinhal InteriorSul

Serra daEstrela

Beira InteriorNorte

Beira InteriorSul

Cova da Beira

Taxa

de

cri

ança

s co

m b

aixo

pe

so

NUTS III

2007 2008 Valor médio da Região Centro (2007-2008)

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

Baixo Vouga BaixoMondego

Pinhal Litoral Pinhal InteriorNorte

Dão-Lafões Pinhal InteriorSul

Serra daEstrela

Beira InteriorNorte

Beira InteriorSul

Cova da Beira

Nas

cim

en

tos

pré

-te

rmo

/ 1

00

nad

os

vivo

s

NUTS III

2008 2009 Valor médio da Região Centro (2008-2009)

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53

7.4 Indicadores de eficiência em Cuidados de saúde Primários

7.4.1. Consumo de medicamentos genéricos

No ano de 2010 os medicamentos genéricos facturados corresponderam a 25,1% do total de

medicamentos facturados na Região Centro. Tal representa um valor superior ao observado no

ano de 2009, podendo traduzir uma tendência crescente de prescrição deste tipo de

medicamentos.

Quadro 44 - % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2009 e 2010)

Nº embal. medicamentos genéricos facturadas Nº total embal. medicamentos

facturados

ACES/ ULS 2009 % 2010 % var. custo

médio 09/10

var. custo total 09/10

2009 2010 % Var. 09/10

Baixo Vouga I 256.473 20,5 310.161 26,1 27,3 20,9 1.249.251 1.186.674 -5,01

Baixo Vouga II 282.633 18,9 338.587 23,8 26,2 19,8 1.499.295 1.423.367 -5,06

Baixo Vouga III 171.845 19,5 203.907 24,7 26,5 18,7 881.578 827.091 -6,18

Cova da Beira 130.616 15,8 146.385 19,9 25,9 12,1 826.787 736.225 -10,95

Baixo Mondego I 304.065 20,0 365.739 25,7 28,6 20,3 1.523.927 1.425.489 -6,46

Baixo Mondego II 227.714 18,6 273.069 24,3 30,5 19,9 1.224.067 1.125.099 -8,09

Baixo Mondego III 204.301 21,9 247.539 27,6 26,3 21,2 934.575 896.605 -4,06

Pinhal Interior Norte I 191.199 20,2 246.423 26,7 32,1 28,9 947.484 924.224 -2,45

Pinhal Interior Norte II 108.489 20,0 132.646 25,7 29,0 22,3 543.797 515.613 -5,18

Pinhal Litoral I 119.665 20,4 140.351 25,3 24,1 17,3 587.209 555.105 -5,47

Pinhal Litoral II 338.609 19,6 402.951 25,0 27,3 19,0 1.725.152 1.613.017 -6,50

Dão/Lafões I 140.030 19,7 170.834 25,0 27,3 22,0 711.887 681.990 -4,20

Dão/Lafões II 167.288 21,5 199.932 27,0 25,6 19,5 778.511 740.574 -4,87

Dão/Lafões III 189.388 18,9 238.462 24,4 29,5 25,9 1.004.597 976.483 -2,80

ULS C. Branco, EPE 233.562 20,5 271.992 25,9 26,2 16,5 1.137.400 1.049.621 -7,72

ULS Guarda, EPE 263.316 19,4 321.969 25,0 28,7 22,3 1.354.697 1.287.461 -4,96

Total ACES 2.832.315 19,6 3.416.986 25,1 27,8 20,6 14.438.117 13.627.556 -5,61

Total c/ ULS 3.329.193 19,7 4.010.947 25,1 27,8 20,5 16.930.214 15.964.638 -5,70

Fonte: SIARS - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Baixo VougaI

Baixo VougaII

Baixo VougaIII

Cova daBeira

BaixoMondego I

BaixoMondego II

BaixoMondego III

PinhalInteriorNorte I

PinhalInteriorNorte II

PinhalLitoral I

PinhalLitoral II

Dão/LafõesI

Dão/LafõesII

Dão/LafõesIII

ULS C.Branco, EPE

ULS Guarda,EPE

2009 2010 Valor médio da Região Centro

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54

7.4.2. Custo médio de medicamentos facturados por utilizador

No ano de 2010 o custo médio de medicamentos facturados por utilizador foi de 219 euros na

Região Centro, que corresponde a um decréscimo de 6,4% relativamente ao ano anterior.

Quadro 45 - Custo médio de medicamentos facturados por utilizador (2009 e 2010)

Custo total com medicamentos facturados Nº Utilizadores

ACES/ ULS 2009 custo total

/utilizadores 2010

custo total /utilizadores

var. custo médio 09/10

var. custo total

09/10

2009 2010 % Var. 09/10

Baixo Vouga I 21.242.644 245,3 19.999.972 235,0 -4,2 -5,8 86.583 85.123 -1,7

Baixo Vouga II 25.014.754 214,1 23.827.479 205,9 -3,9 -4,7 116.826 115.739 -0,9

Baixo Vouga III 14.434.716 202,0 13.438.132 190,1 -5,9 -6,9 71.443 70.672 -1,1

Cova da Beira 14.734.937 263,1 13.138.066 238,0 -9,5 -10,8 56.003 55.200 -1,4

Baixo Mondego I 24.772.190 256,7 22.908.580 207,6 -19,1 -7,5 96.503 110.359 14,4

Baixo Mondego II 20.527.630 277,0 18.525.467 258,3 -6,8 -9,8 74.107 71.732 -3,2

Baixo Mondego III 15.536.098 248,4 14.734.879 237,2 -4,5 -5,2 62.556 62.114 -0,7

Pinhal Interior Norte I 15.838.974 249,9 15.170.247 218,7 -12,5 -4,2 63.389 69.351 9,4

Pinhal Interior Norte II 8.885.767 279,7 8.304.649 265,3 -5,1 -6,5 31.774 31.307 -1,5

Pinhal Litoral I 10.275.829 263,6 9.678.293 251,2 -4,7 -5,8 38.986 38.527 -1,2

Pinhal Litoral II 29.978.051 210,9 28.067.614 200,9 -4,8 -6,4 142.110 139.733 -1,7

Dão/Lafões I 11.851.947 188,4 11.379.722 181,2 -3,8 -4,0 62.916 62.802 -0,2

Dão/Lafões II 12.955.249 228,3 12.272.001 205,2 -10,1 -5,3 56.758 59.810 5,4

Dão/Lafões III 17.339.469 249,7 16.502.595 239,7 -4,0 -4,8 69.442 68.843 -0,9

ULS C. Branco, EPE 19.493.217 273,9 17.920.998 232,4 -15,2 -8,1 71.174 77.118 8,4

ULS Guarda, EPE 23.829.524 230,7 22.399.307 220,9 -4,2 -6,0 103.308 101.399 -1,8

Total ACES 243.388.255 236,4 227.947.696 218,9 -7,4 -6,3 1.029.396 1.041.312 1,2

Total c/ ULS 286.710.996 238,2 268.268.001 219,9 -7,7 -6,4 1.203.878 1.219.829 1,3

Fonte: SIARS - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período

O valor de medicamentos não inclui os custos relativos ao 3º protocolo da Diabetes Melittus

-

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

Baixo VougaI

Baixo VougaII

Baixo VougaIII

Cova daBeira

BaixoMondego I

BaixoMondego II

BaixoMondego III

PinhalInteriorNorte I

PinhalInteriorNorte II

PinhalLitoral I

PinhalLitoral II

Dão/LafõesI

Dão/LafõesII

Dão/LafõesIII

ULS C.Branco, EPE

ULS Guarda,EPE

2009 2010 Valor médio da Região Centro

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55

7.4.3. Custo médio de MCDT facturados por utilizador

No ano de 2010 o custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT)

facturados por utilizador foi de 45 euros na Região Centro, que corresponde a um decréscimo

de 24% relativamente ao ano anterior.

Quadro 46 - Custo médio de MCDT facturados por utilizador (2009 e 2010)

Custo total com MCDT facturados Nº Utilizadores

ACES/ ULS 2009 custo

total/utilizadores

2010 custo

total/utilizadores

var. custo médio 09/10

var. custo total

09/10 2009 2010

% Var. 09/10

Baixo Vouga I 6.121.736 70,7 5.905.355 69,4 -1,9 -3,5 86.583 85.123 -1,7

Baixo Vouga II 8.257.578 70,7 7.902.122 68,3 -3,4 -4,3 116.826 115.739 -0,9

Baixo Vouga III 4.684.691 65,6 4.384.270 62,0 -5,4 -6,4 71.443 70.672 -1,1

Cova da Beira 2.507.810 44,8 2.478.962 44,9 0,3 -1,2 56.003 55.200 -1,4

Baixo Mondego I 6.924.600 71,8 4.345.556 39,4 -45,1 -37,2 96.503 110.359 14,4

Baixo Mondego II 4.408.196 59,5 2.646.720 36,9 -38,0 -40,0 74.107 71.732 -3,2

Baixo Mondego III 3.311.769 52,9 2.140.026 34,5 -34,9 -35,4 62.556 62.114 -0,7

Pinhal Interior Norte I 3.979.028 62,8 2.381.555 34,3 -45,3 -40,1 63.389 69.351 9,4

Pinhal Interior Norte II 1.831.605 57,6 1.179.838 37,7 -34,6 -35,6 31.774 31.307 -1,5

Pinhal Litoral I 2.907.149 74,6 1.778.183 46,2 -38,1 -38,8 38.986 38.527 -1,2

Pinhal Litoral II 9.924.819 69,8 6.071.473 43,5 -37,8 -38,8 142.110 139.733 -1,7

Dão/Lafões I 2.965.205 47,1 2.081.219 33,1 -29,7 -29,8 62.916 62.802 -0,2

Dão/Lafões II 2.751.061 48,5 1.964.681 32,8 -32,2 -28,6 56.758 59.810 5,4

Dão/Lafões III 3.458.056 49,8 2.554.504 37,1 -25,5 -26,1 69.442 68.843 -0,9

ULS C. Branco, EPE 3.888.108 54,6 3.365.033 43,6 -20,1 -13,5 71.174 77.118 8,4

ULS Guarda, EPE 5.080.798 49,2 4.349.654 42,9 -12,8 -14,4 103.308 101.399 -1,8

Total ACES 64.033.303 62,2 47.814.464 45,9 -26,2 -25,3 1.029.396 1.041.312 1,2

Total c/ ULS 73.002.209 60,6 55.529.151 45,5 -24,9 -23,9 1.203.878 1.219.829 1,3

Fonte: SIARS - “Indicadores>Relatórios Compartilhados>2 - INDICADORES MISSÃO>OFICIAIS>Indicadores ACeS>Relatório de Indicadores do ACeS no Período

O valor de medicamentos não inclui os custos relativos ao 3º protocolo da Diabetes Melittus

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

Baixo VougaI

Baixo VougaII

Baixo VougaIII

Cova daBeira

BaixoMondego I

BaixoMondego II

BaixoMondego III

PinhalInteriorNorte I

PinhalInteriorNorte II

PinhalLitoral I

PinhalLitoral II

Dão/LafõesI

Dão/LafõesII

Dão/LafõesIII

ULS C.Branco, EPE

ULS Guarda,EPE

2009 2010 Valor médio da Região Centro

Page 71: Relatório de Actividades - arscentro.min-saude.pt · Quadro 44 - % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2009 e 2010) 53 Quadro

CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE

Page 72: Relatório de Actividades - arscentro.min-saude.pt · Quadro 44 - % do consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos (2009 e 2010) 53 Quadro

57

1. Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares

1.1. Doenças cardiovasculares

As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte e de incapacidade

nas sociedades ocidentais, nas quais Portugal se inclui. A Região Centro do País não é excepção

neste aspecto, sendo de prever que o impacte nefasto destas doenças na nossa Região se

venha a agravar com o crescente envelhecimento da população e com o aumento da

prevalência dos vários factores de risco a elas associadas, particularmente na população mais

jovem.

Ao pretender-se reduzir o impacte das doenças do aparelho circulatório na Região Centro, e na

sequência do Plano de Acção já desenvolvido desde 2006, continuou-se em 2010 a actuar em

duas vertentes essenciais: por um lado, no tratamento adequado das complicações agudas

destas doenças, promovendo uma organização mais eficiente dos recursos físicos e humanos

já existentes, permitindo oferecer a um maior número de pessoas da nossa Região o acesso a

tratamentos recomendados internacionalmente com provas já dadas na redução da

mortalidade e na morbilidade destas doenças. Por outro lado, pretendeu-se realizar um

esforço estruturado, com objectivos preventivos, para se conseguir o controlo dos principais

factores de risco modificáveis, não só na população já doente, mas principalmente na

população mais jovem.

Finalmente, as tecnologias emergentes de informação e comunicação (ehealth e Saúde 2.0)

permitem uma interacção produtiva e geradora de valor entre os doentes e o sistema de

serviços de saúde, evitando deslocações desnecessárias - com custos directos e indirectos

associados - às unidades de saúde, responsabilizando o utente pela auto-gestão da sua doença

crónica (doente como recurso do sistema) e contribuindo para a sustentabilidade do sistema

de saúde.

Durante o ano de 2010, foram assim levadas a efeito diversas acções com vista a atingir os

objectivos propostos no plano de acção inicialmente elaborado até final de 2010,

nomeadamente (objectivos gerais):

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58

Reduzir a mortalidade e a morbilidade por doenças isquémicas do coração, e por AVC,

através de (objectivos específicos): redução da mortalidade intra-hospitalar do enfarte

agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST abaixo dos 7%; aumentar para 25%

os doentes com AVC enviados pela Via Verde com pelo menos 5% sujeitos a fibrinólise;

aumento da percentagem de doentes com HTA controlada para níveis superiores a 14%

da população com HTA.

Sensibilizar a população e os profissionais de saúde para os factores de risco

cardiovascular (prevenção primordial/capacitação e literacia em saúde)

Promover as condições logísticas para o diagnóstico e controlo das doenças

cardiovasculares nas unidades de saúde da periferia.

Actividades desenvolvidas

Vias Verdes Coronária e AVC

Unidades de AVC

Foram implantadas no terreno (em todos os distritos da Região), e em conformidade com os

objectivos traçados no anterior Plano de Acção, unidades de AVC com capacidade de

realização de trombólise, estando já incluído o da Guarda, que apenas ficou operacional em

2009. A rede desenhada inicialmente cobre agora, portanto, todos os hospitais previstos: HUC,

CHC, Infante D. Pedro de Aveiro, Amato Lusitano de Castelo Branco, Centro Hospitalar da Cova

de Beira, Santo André de Leiria e S. Teotónio de Viseu. O Hospital da Figueira da Foz dispõe de

uma unidade básica.

Houve avanços significativos na articulação entre o INEM e os referidos serviços no que se

refere à Via Verde AVC.

O Hospital de Santo André (Leiria) passou a dispor de uma unidade de hemodinâmica, a

exemplo do que já acontecia em Coimbra (HUC e CHC) e Viseu (Hospital de S. Teotónio),

alargando-se assim, também, a capacidade de actuação no âmbito da Via Verde Coronária.

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59

Programa PRECOCE

Trata-se de um programa em que, nos casos suspeitos de enfarte do miocárdio, os diversos

centros de saúde (antigos SAP, e agora apenas SUB ou centros de saúde de grandes

dimensões) e os diversos hospitais podem contactar, via telemedicina, com os serviços de UCIC

de referência e ali ser efectuado on line o diagnóstico à distância, com a avaliação em directo

do ECG, exame clínico e outros julgados necessários. O sistema permite que sejam dadas

indicações terapêuticas imediatas, e organizar a referenciação do doente de modo a que

chegue com a maior brevidade de tempo e já pré-diagnosticado ao destino mais adequado

(UCIC, hemodinâmica, etc.).

O sistema está implantado em 11 centros de saúde. A reestruturação e consolidação da rede

de cuidados de saúde primários (ACeS), bem como a diminuição do número de médicos de

família (por aposentação), levou à desaceleração na implementação do programa, que se

pensa poder dinamizar de novo em articulação com os novos responsáveis e equipas de gestão

locais.

De referir que, apesar de uma diminuição da utilização, o sistema continua operacional,

carecendo eventualmente de um reforço e incentivo da sua utilização junto dos profissionais.

Para 2011 o objectivo principal será, portanto, dinamizar a sua utilização em articulação com

as direcções dos ACeS, e equipar com plataformas de telemedicina todos os serviços de

urgência, em especial os SUBs - situação já contemplada para 2009, mas que ainda não foi

possível atingir na totalidade.

Cartão de risco cardio-vascular

Este projecto consiste em distribuir aos utentes dos centros de saúde um cartão que recolha

de forma coerente os 5 principais factores de risco das doenças cardiovasculares, que será

marcado com as cores verde, amarelo ou vermelho consoante o risco, para assim motivar os

utentes a um auto-controlo mais eficaz da sua doença crónica. Fornece também explicações

básicas sobre os factores de risco, e é replicado nos sistemas informáticos.

Foi lançada e terminada em 2008 a fase piloto de teste em três centros de saúde (Aveiro, Eiras

e Cantanhede), onde foram já distribuídos cerca de 800 cartões.

Em 2010 foram criados novas interfaces e sistemas de recolha de dados nos sistemas

informáticos de gestão das consultas e actos de enfermagem. Na sequência das reuniões de

monitorização havidas, foram efectuadas diversas adaptações para poder incluir os dados

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60

colhidos através dos cartões (os 5 factores de risco das doenças cardiovasculares), e articular

devidamente os programas SAM e SAPE.

Assim, e após diversas reuniões com os ACeS, foi alargada a distribuição do cartão e

implementado o respectivo programa de monitorização e prevenção em mais 16 unidades de

saúde, estando o programa a decorrer em 19 locais.

Programa de hipocoagulação

Após em 2009 ter sido efectuada a distribuição de coagulómetros por todos os centros de

saúde da ARSC que se mostraram interessados e dada formação básica sobre a sua utilização,

seguiu-se em 2010 a promoção no terreno da sua utilização apropriada.

Foram ainda definidas as normas e vias para aquisição das tiras a utilizar, tendo sido

identificados constrangimentos ao nível de stocks. Durante 2010 o trabalho de coordenação

incidiu sobretudo no acompanhar as eventuais dificuldades e necessidades detectadas, que

passaram sobretudo por problemas com o fornecimento atempado das tiras reagentes.

Em todos os casos, os problemas identificados serão alvo de particular atenção em 2011,

tendo em vista a sua resolução.

Foram também levadas a cabo diversas acções de formação no âmbito da utilização do

software de comunicação e controlo dedicado a este programa.

Foram distribuídas 43 056 tiras/teste de hipocoagulação em 2010, não havendo, no momento,

dados consolidados quanto à sua utilização.

Também se verificou que houve uma consciencialização da utilidade deste programa, pelo que

muitos centros de saúde manifestaram o desejo de serem incluídos no programa e outros de

serem equipados com mais aparelhos. Foi possível adquirir mais 25 hipocoagulómetros,

totalizando assim 229 número de aparelhos distribuídos

Programas locais de Suporte Básico de Vida (SBV)

Este projecto destina-se a conferir competências práticas no âmbito do SBV a diversas pessoas,

profissionais de saúde ou não, que integrem comunidades locais a nível dos concelhos da área

de influência da ARSC, e a fomentar a instalação de desfibrilhadores externos automáticos

(DEA) em locais cuja dimensão populacional e/ou tipo de actividades o justifiquem.

Sendo reconhecida a extrema importância da precocidade de intervenção nas situações de

paragem cardio-respiratória, e sendo quase total a falta de informação e formação da

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61

população nessa área, estes programas irão, de forma faseada e electiva (nomeadamente

junto de locais como centros desportivos, escolas, fábricas de grande dimensão e outras

instituições sociais), formar indivíduos em SBV, promover a aquisição de DEAs, e possibilitar a

formação contínua e prática regular do SBV aos formandos.

Não obstante as diversas actividades de formação em SBV desenvolvidas desde 2008, as

indefinições relativas à legislação que autoriza a utilização de DEA por não-médicos, bem como

constrangimentos de ordem financeira e de recursos humanos impediram a implementação

deste programa em 2010. Pretende-se, no entanto, retomar a sua execução em 2011.

Programa SMILES

Este programa consiste na monitorização no domicílio de doentes de risco cardiovascular,

permitindo obter e transmitir de forma regular e permanente dados como peso, tensão,

glicemia, colesterolemia, e frequência cardíaca, sendo ainda possível adicionar outros

parâmetros.

Esses dados são recolhidos de forma automática no domicílio dos pacientes, e transmitidos

para um servidor central que os trata, procede a uma análise automática dos valores, e os

transmite para os locais adequados previamente acordados, como sejam o e-mail do médico,

consultório, gabinete de enfermagem, ou outros dispositivos de acesso à rede informática ou

de GSM. É inclusivamente possível parametrizar o sistema para que sejam definidos alertas

automáticos personalizados por doente.

Actualmente já terminou a fase-piloto preliminar no Centro de Saúde de Celas (ACeS do Baixo

Mondego I), com um feedback extremamente positivo. Face ao exposto, foi já solicitada

autorização para se iniciar em 2011 a fase de validação do projecto, com 1 000 doentes, que

obteve parecer favorável do Ministério da Saúde.

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62

1.2. Programa de prevenção e controlo da diabetes

A diabetes mellitus é uma doença crónica e incapacitante para o doente, representando, pelas

suas implicações em saúde pública, um enorme desafio para o Serviço Nacional de Saúde.

O controlo da diabetes, enquanto problema de Saúde Pública, implica uma intervenção

concertada a um âmbito populacional e comunitário e enfocada na prevenção.

A reorganização da rede de cuidados de saúde primários veio dotar o SNS de unidades

funcionais especialmente vocacionadas para a monitorização, capacitação e gestão

comunitária desta doença (as USP e as UCC), em articulação estreita com as unidades

prestadoras de cuidados directos (USF e UCSP).

Cabe a estas últimas assegurar a integração dos cuidados com o nível hospitalar, quando

apropriado.

Em consonância com os objectivos do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes

(PNPCD), procurou-se inverter a tendência crescente deste problema de saúde pública

(incidência e prevalência) e suas complicações, tendo em vista a obtenção de ganhos em

saúde.

Gráfico 23 - Prevalência da Diabetes em Portugal e Prevalência ajustada - população (2009)

Fonte: PREVADIAB (SPD);OND

Estima-se que a prevalência da diabetes em Portugal corresponda a 12,3% na população com

idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a um total de cerca de 983

mil indivíduos. Destes, 56% já sabiam que eram diabéticos e a 44% ainda não tinha sido feito o

diagnóstico.

6,9

5,4

0

2

4

6

8

10

12

14

%

Diagnosticada Não diagnosticada

12,3

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63

Gráfico 24 - Prevalência da Diabetes e da Hiperglicemia intermédia em Portugal (prevalência ajustada –

população) -2009

Fonte: PREVADIAB (SPD);OND

Gráfico 25 - Prevalência da Diabetes em Portugal por sexo e por escalão etário (prevalência ajustada –

população) -2009

Fonte: PREVADIAB (SPD);OND

Na Região Centro a prevalência da diabetes é estimada em 10,7%, sendo 6,4% da população

da Região diabéticos já diagnosticados e 4,3% diabéticos não diagnosticados.

Não obstante o Programa Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes ser dirigido a toda a

população, foi identificada a seguinte população-alvo preferencial deste programa:

a) Diabéticos, com ou sem complicações da doença (cerca de 200 000 pessoas na Região

Centro);

b) Mulheres grávidas;

12,3

9,8

13,5

2,7

Diabetes + Hiperglicémia Intermédia

diabétes AGJ AGJ+TDG

9,8

13,5

2,7

Hiperglicémia Intermédia

AGJ TDG AGJ+TDG

12,3

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

diabétes

6,0

7,9

4,2

6,7

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0

Mulheres

Homens

Diagnosticada Não diagnosticada

1,1

6,6

16,7

0,9

6,2

10,4

0

5

10

15

20

25

30

20-39 anos 40-59 anos 60-79 anos

Diagnosticada Não diagnosticada

38,3

26,0

12,8

27,1

2,0

10,2

14,6

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c) População com risco acrescido de desenvolvimento de diabetes: 1- Excesso de peso (IMC

>25) e Obesidade (IMC >30). 2- Obesidade central ou visceral, (H > 94cm e M > 80cm). 3-

Idade> 45 anos se europeus e > 35 se de outra origem/região do mundo. 4- Vida sedentária. 5-

História familiar de diabetes, em primeiro grau. 6- Diabetes gestacional prévia. 7- História de

doença cardiovascular prévia (doença cardíaca isquémica, doença cerebrovascular e doença

arterial periférica). 8- Hipertensão arterial. 9- Dislipidémia. 10- Intolerância à glicose em jejum

e diminuição da tolerância à glicose, prévias. 11- Consumo de fármacos que predisponha à

diabetes.

De entre as estratégias desenvolvidas no âmbito do programa regional, temos:

Acções de sensibilização e de capacitação em saúde dirigidas ao público em geral.

Articulação com as unidades prestadoras de cuidados de saúde. Articulação com a

Comissão de Coordenação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da

Diabetes. Realizaram-se várias reuniões com a Comissão de Coordenação do P. N. C.

Diabetes

Implementação de consultas autónomas e multidisciplinares da diabetes nas unidades

de cuidados de saúde primários e hospitais. Conforme as orientações do Conselho

Directivo da ARSC todos os médicos de família são solicitados a incluir um período do

seu horário para consultas de diabetes - equipas autónomas, com médico e

enfermeiro e outros profissionais de saúde necessários ao tratamento e gestão da

diabetes tipo 2 (eg. nutricionistas)

Praticamente todos os hospitais da Região Centro dispõem de consultas de “Pé Diabético”,

havendo alguns que têm em funcionamento hospitais de Dia de Diabetes.

A nível da rede de cuidados de saúde primários, tem-se incentivado a consulta de Pé Diabético.

Para tal a ARSC procedeu à aquisição de material (cadeiras de podologia, micromotores, fresas

e restante material).

Relativamente às actividades desenvolvidas, destacam-se as seguintes:

Realização de sessão sobre diabetes num grande centro comercial da Região, inserida

nas actividades do Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde da ARSC

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(Ciclo de Debates em Saúde - parceria ARSC/Chamartín Imobiliária). Este debate

(“Diabetes: prevenção e tratamento”) teve como orador o Coordenador Regional do

Programa e um representante da participação da Associação dos Diabéticos da Zona

Centro;

Comemoração do Dia Mundial da Diabetes (14 de Novembro). Realização de uma

Conferência sobre Diabetes, no Governo Civil de Coimbra, aberta ao público e à

comunicação social.

Realização de inquérito destinado aos directores executivos dos ACeS e presidentes

dos conselhos de administração dos hospitais da Região, com os seguintes tópicos:

descrição e balanço das actividades desenvolvidas em 2010 no âmbito do PNPCD;

ponto de situação relativamente à implementação de consultas multidisciplinares e

autónomas nas unidades de saúde e número de consultas de pé diabético; rastreio de

retinopatia diabética (indicadores de actividade, incluindo proporção de rastreados

referenciados para consultas da especialidade), no caso da rede de cuidados primários

de saúde e tempos de espera para consulta, no que diz respeito aos hospitais;

Formação em exercício. Realizaram-se estágios de enfermeiros no Hospital de Dia de

Diabetes do Hospital Geral do Centro Hospitalar de Coimbra, tendo sido frequentado,

por 28 enfermeiros de 3 ACeS da ARSC;

Rastreio Sistemático da Retinopatia Diabética. A prevalência de Retinopatia Diabética

em diabéticos tipo 1 é de cerca 40% enquanto em diabético tipo 2 é de 20%. A faixa

etária mais afectada situa-se entre 30-65 anos, sendo o sexo feminino mais afectado.

Relativamente ao rastreio da retinopatia diabética, continuam envolvidos todos os

centros de saúde dependentes da ARSC na convocação e realização de retinografias de

rastreio (2 fotos em cada olho). O tratamento da retinopatia diabética, com laser, é

realizado nos serviços de Oftalmologia dos seguintes hospitais: Hospitais da

Universidade de Coimbra; Centro Hospitalar de Coimbra; Hospital Distrital da Figueira

da Foz; Hospital S. Teotónio (Viseu); Centro Hospitalar da Cova da Beira; Hospital de

Santo André (Leiria); Hospital Infante D. Pedro (Aveiro); Hospital Amato Lusitano

(Castelo Branco).

Número de retinografias realizadas em 2008: 19 902

Número de retinografias realizadas em 2009: 14 766

Número de retinografias realizadas em 2010: 15 271

Total (desde o início do programa em 2001) 149 269

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66

Quadro 47 - Rastreio de retinopatia diabética

Resultados

ANO Total Rastreios

Doentes que necessitam tratamento

Doentes que não necessitam de

tratamento

2001 5.067 2.872 56,7% 2.195 43,3%

2002 13.317 5.530 41,5% 7.787 58,5%

2003 11.235 3.650 32,5% 7.585 67,5%

2004 19.106 5.304 27,8% 13.802 72,2%

2005 15.237 3.116 20,5% 12.121 79,5%

2006 18.485 2.962 16,0% 15.523 84,0%

2007 16.883 2.935 17,4% 13.948 82,6%

2008 19.902 1.503 7,6% 18.399 92,4%

2009 14.766 978 6,6% 13.788 93,4% 2010 15.271 812 5,32% 14.459 94,68% Total 149.269 29.662 19,87% 119.607 80,13%

Foi solicitado a todos os agrupamentos de centros de saúde (ACeS), unidades de saúde

familiar (USF), unidades de cuidados saúde personalizados (UCSP) e hospitais que

indicassem um profissional ou equipa de profissionais responsáveis, para funcionarem

com interlocutores em matérias relacionadas com o Programa de Prevenção e

Controlo da Diabetes, bem como serem os responsáveis pela implementação local do

Programa (detecção de carência e necessidades, levantamento da situação e dos

recursos, adaptação e definição das estratégias locais e acompanhamento da

respectiva implementação). Realizaram-se, nesse âmbito, várias reuniões de trabalho

com os responsáveis dos ACeS.

Participação em reuniões promovidas pela Comissão de Coordenação do PNPCD.

Quadro 48 - Indicadores de produção da rede de cuidados de saúde primários da ARSC

2008 2009 2010 Metas 2011

Proporção de utentes em programa de Diabetes 3,61% 5% 4,47% 6%

% de diabéticos correctamente vigiados 24,60% 29,20% 29,19% 35%

% de diabéticos controlados 22,00% 24,50% 20,54% 30%

Nº de novos casos diabetes em programa no ano 10730 9254 6471 5000

% diabéticos com rastreio de retinopatia diabética 17,20% 24,50% 18,44% 30%

% diabéticos com referenciação para oftalmologia 7,79% 10%

% diabéticos com rastreio de nefropatias 0,67% 1,00% 0,64% 5%

% diabéticos com complicações da doença 0,64% 0,93% 0,64% 0,5%

Fonte: BD SAM / SAMESTATbi ; 2011 Notas: Diabéticos Controlados: diabéticos que na última consulta, têm um registo de HbA1C igual ou < 6,5 Diabéticos correctamente vigiados: média dos valores de HbA1C registados no último ano igual < 6,5 Diabéticos com rastreio de retinopatia diabética: diabéticos com avaliação oftalmológica (ficha de diabetes) “Referenciação” ou “Consulta” = Sim Diabéticos com complicações da doença: diabéticos com sinalização em Patologias Associadas na Ficha da Diabetes

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2. Programa de prevenção da doença oncológica

A nível dos serviços de saúde pública e em cuidados de saúde primários, têm sido

desenvolvidos programas e projectos de prevenção primária e de promoção da saúde sobre

factores de risco e factores condicionantes da doença oncológica. Destacam-se os seguintes:

Projecto de intervenção comunitária pão.come de redução do sal adicionado ao pão

(projecto monitorizado laboratorialmente e abrangendo a totalidade das padarias da

Região Centro);

Projecto sopa.come de redução do sal adicionado à sopa (projecto idêntico, tendo

como alvo os estabelecimentos de restauração e de restauração colectiva);

Projecto oleovitae de monitorização dos compostos polares presentes nos óleos de

fritura (estabelecimentos de restauração e de restauração colectiva);

Programa Regional de prevenção do Tabagismo (sensibilização para os malefícios do

tabagismo activo e passivo, em articulação com o Programa de Promoção da Saúde

em Meio Escolar, e implementação de consultas de desabituação tabágica em

Cuidados de saúde primários);

Programa de Prevenção e Controlo da Obesidade (prevenção do excesso de peso e

obesidade das crianças, em articulação com as estruturas regionais do Ministério da

Educação, mediante acções de sensibilização nas escolas e na comunidade e

capacitação do público em geral);

Programa Regional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool (prioridade dos

estabelecimentos pré-escolares e escolas como settings de prevenção do abuso e

dependência alcoólicas – em articulação com as estruturas regionais do Ministério da

Educação);

Programa de Promoção da Saúde em Meio Escolar (apoio e desenvolvimento de

projectos na área da educação alimentar, educação sexual/prevenção das infecções de

transmissão sexual e prevenção de consumos nocivos, como o álcool e o tabaco);

Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde (programa transversal da

ARSC visando a capacitação e literacia em saúde).

Programa de prevenção do cancro da pele (programa sazonal, de iniciativa local, que

abrange os centros de saúde da orla costeira de região centro).

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Programa Regional de Vacinação, no que diz respeito ao cancro do colo do útero (vacina

contra a infecção pelo papilomavírus, incluída no PNV).

Estes programas assentam no âmbito comunitário e inter-sectorial de intervenção. Dentre os

organismos e entidades envolvidos em parcerias temos, designadamente, a Liga Portuguesa

Contra o Cancro (LPCC), a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), o Instituto da

Droga e Toxicodependência (IDT), as estruturas regionais do Ministério do Ambiente e do

Ordenamento do Território e entidades da sociedade civil.

2.1. Programa de rastreio do cancro da mama

O rastreio do cancro da mama decorre na ARS Centro desde 1990. É um rastreio de base

populacional, que atingiu 100% de cobertura geográfica da Região em 2001. A população alvo na

área geodemográfica actual da ARS Centro é de 288.600 mulheres entre 45 e 69 anos. A Liga

Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) é parceira da ARSC na realização deste rastreio, sendo

responsável pela sua implementação. O convite personalizado (bienal) à participação foi instituído

em 2003, e a a digitalização da mamografia, feita em 2007. Os casos radiologicamente positivos

são submetidas a consulta de aferição centralizada (cirurgia, imagiologia, patologia e psicologia), e

os casos considerados positivos são encaminhados para os 3 hospitais de referência para o

rastreio.

Resultados 2009-2010

Mulheres convidadas: 97%

Mulheres rastreadas (total): 191 960

Taxa de participação: 69% (total) (Urbana: 57,7%; Rural: 76,5%)

(Novas: 31%, Repetidas: 91%)

Taxa de cobertura: 66,5%

Discrepância inter-leitores em dupla ocultação (na última volta): 5,1%

Nº de aferições na última volta (Tx Mamografia +) 6.187 (3,3%)

Nº de aferições positivas na última volta: 653 (10,6% das aferidas ou 3,3 por mil mulheres rastreadas)

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69

Com a reestruturação dos cuidados de saúde primários, fazemos a análise da participação,

cobertura e aferição segundo a nova organização dos centros de saúde em ACeS e ULS em anexo.

(anexo 3)

Os resultados finais relativos a 2009-10 só estarão disponíveis em 2012 dado que a maioria das

mulheres ainda estão em tratamento, pelo que se apresentam os resultados obtidos até 2008-9:

Taxa de detecção tumoral (1990 a 2009) – total: 2,8‰

(Novas 3,8‰; Repetidas 1,9‰)

Valor preditivo positivo da mamografia (1990 a 2009) – Total: 10,5%

Valor preditivo positivo da aferição (1990 a 2009) – Tota:l 59,1%

Valor preditivo positivo da biopsia (2009) – Total: 84,8%

Até 2009, 82,9% dos tumores detectados eram invasivos (17,1% in situ).

Das mulheres submetidas a cirurgia (98%), 36% realizaram cirurgia conservadora e as

restantes mastectomia.

Em 79% dos cancros detectados no programa de rastreio, não havia invasão

ganglionar.

Figura 5 - Taxa de participação no programa de rastreios do cancro da mama, por concelhos (2009)

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70

2.2. Programa de rastreio do cancro do colo do útero

O rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) na Região Centro iniciou-se de forma estruturada

em 1990, com coordenação do Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPOC). Até 1997

foram englobados 65 centros de saúde. A partir de 2005, com a coordenação do programa

dependente da Comissão Oncológica Regional (COR), o programa alargou-se à totalidade dos

centros de saúde da Região em 2007.

Estão envolvidos 2 laboratórios de citopatologia e uma rede de referenciação com 10

Unidades de Patologia Cervical. Encontra-se em implementação um programa de informação

específico.

A taxa de incidência na região subiu inicialmente, devido à procura activa, de 19,6 por 100 mil

até 28,4 por 100 mil em 1995, iniciando uma queda progressiva desde essa data, situando-se

em 18,2 por mil em 2009 (última edição do Registo Oncológico Regional).

De referir que, relativamente aos carcinomas invasivos, a região com 9 casos por 100 mil

mulheres apresenta valores idênticos aos mais baixos encontrados nos países da CE.

Gráfico 26 - Incidência Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil

Fonte: ROR

28,0

22,4

18,8 17,8

19,6 21,2

18,7 16,7

18,1

14,3 14,4 14,0

16,7 18,3

16,8 15,9

12,5

9,1

11,2 13,1 12,4

11,1 9,7 10,3

8,4 9,0 8,1

9,4 8,9 8,5

12,2

10,0 9,7

6,6 6,4

8,8 7,6 7,0 7,8

5,9 5,4 5,9 7,3 9,4 8,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

colo total invasivos in situ

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71

A mortalidade por cancro do colo do útero tem vindo a diminuir, de 3,1 por 100 mil em 1996

até 2,2‰ em 2007. Em 2009 ocorreram na Região 44 óbitos por esta doença.

Gráfico 27 - Mortalidade Padronizada por Cancro do Colo do Útero, por 100 mil

Fonte: INE/DGS

A incidência de cancro invasivo reduziu-se drasticamente, se antes do inicio do rastreio menos

de 20% dos cancros eram detectados no estádio I e II, sendo mais de 50% detectados em

estadios avançados (III e IV), actualmente a situação inverteu-se, sendo detectados mais de

90% dos casos nos estadios I e II.

Desde 2005 a cobertura populacional tem vindo a subir. Foram rastreadas 46 700 mulheres em

2004 (65 centros de saúde participantes), 65 400 em 2005 (82 centros de saúde) e 99 700 em

2006 (cobertura de todos os 109 centros de saúde da região em Junho), 111 649 em 2007, 113

985 em 2008. Em 2009, com a alteração da estrutura das ARS, a Região Centro viu reduzida a

população alvo em cerca de 26%, pelo que o nº de mulheres rastreadas caiu para 78 712, a

que corresponde uma taxa de cobertura de 57,8%. Em 2010 foram rastreadas 83 704 mulheres

na região, a que corresponde uma taxa de cobertura de 61% da população elegível estimada.

Foram ainda rastreadas na ARSC, no ano de 2009, 18 568 mulheres da actual área de influência

da ARS Norte, e 6 793 da ARS LVT.

3,6

3,3 3,5

3,3

3,6

4,3

3,2 3,2 3

3,2 3,2 3,1 3,1

3,3

2,5 2,6

3,1

4,1

3 2,9

2,7

2,2 2,1

2,2

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Continente Região Centro

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72

A última volta na actual área de influência da ARSC – 2008 a 2010:

Realizaram o rastreio na última volta 241 369 mulheres, o que em 3 anos representa

uma taxa de cobertura de 58,4%.

Diagnosticaram-se e trataram-se 38 cancros do colo correspondendo a uma taxa de

incidência de 0,16 ‰

Diagnosticaram-se 846 lesões de alto grau a que corresponde uma incidência de

3,6‰.

A percentagem de citologias insatisfatórias foi menor que 1%, significativamente

inferiores à de outros programas.

Mais de 90% dos cancros diagnosticados correspondem a mulheres que foram

rastreadas na primeira fase.

Quadro 49 - Programa de rastreio do cancro do colo do útero (triénio 2008-2010)

ACES/ULS pop elegivel estim citol 2008 citol 2009 citol 2010 asc-us/h LSIL HSIL carcinoma

BAIXO VOUGA I 27.771 5.231 5.319 5.610 353 332 38 3

BAIXO VOUGA II 39.752 8.685 9.290 10.302 978 453 117 2

BAIXO VOUGA III 22.988 4.030 4.522 5.605 444 138 53 0

COVA BEIRA 20.628 4.290 4.108 3.522 184 179 6 0

ULS CAST. BRANCO 22.504 3.802 3.544 3.814 171 214 13 0

PINHAL INT. NORTE I 21.036 4.564 4.395 4.030 224 275 29 1

BAIXO MONDEGO III 19.613 4.594 4.596 5.065 560 214 63 4

BAIXO MONDEGO I 44.085 9.238 9.277 9.066 592 513 70 4

BAIXO MONDEGO II 25.602 5.642 5.238 5.433 345 329 38 1

ULS GUARDA 34.854 6.343 6.319 6.633 323 347 24 5

PINHAL INT NORTE II 8.850 1.322 1.275 1.278 163 39 13 0

PINHAL LITORAL I 13.062 1.322 1.600 1.769 180 53 21 0

PINHAL LITORAL II 49.024 6.650 6.890 7.624 993 368 142 7

DÃO LAFÕES III 22.007 3.613 3.298 3.451 566 136 46 4

DÃO LAFÕES II 18.362 3.487 3.373 3.364 519 114 46 2

DÃO LAFÕES I 24.016 6.140 5.668 7.138 1.063 317 127 5

REGIÃO CENTRO 414.155 78.953 78.712 83.704 7.658 4.021 846 38

Pode ser consultada em anexo a cobertura e diagnóstico citológico por centro de saúde e por

ACeS/ULS. (anexo 3)

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73

2.3. Programa de rastreio do cancro do cólon e recto

Em Portugal, o carcinoma do cólon e do recto (CCR) representa a primeira causa de morte por

cancro, 3 648 mortes em 2009 (10 óbitos por dia) dos quais 692 na Região Centro. Verifica-se

um aumento consistente entre nós desde o início da década de 80 a uma taxa média anual

superior a 4%. O CCR é uma neoplasia maligna susceptível de ser prevenida. Com efeito, cerca

de 90% destes tumores têm a sua origem em pólipos adenomatosos benignos, os quais

crescem e se desenvolvem no cólon durante 10 a 20 anos até se tornarem malignos, podendo

a identificação e remoção atempada destes adenomas prevenir o CCR e, decorrentemente,

reduzir a sua incidência. Além disso, o CCR possui uma fase pré-clínica relativamente longa, no

decurso da qual o tumor pode ser detectado num estádio precoce e curável.

De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) comprovados pelas

estatísticas de saúde de países com programas de rastreio iniciados nos anos 80-90, uma em

cada três mortes poderia ser evitada se os indivíduos com mais de 50 anos fossem vigiados

com regularidade, uma vez que mais de 90% dos CCR ocorrem depois daquela idade.

As recomendações do International Agency for Research on Cancer (IARC) /European

Colorectal Cancer Network (ECRCN), vão no sentido da realização de rastreios de base

populacional, utilizando a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) complementada com

colonoscopia total nos casos positivos.

Foi esta a metodologia adoptada no programa piloto deste rastreio na Região Centro, iniciado

em Abril de 2009.

O programa está no terreno em 28 centros de saúde, correspondendo a 6 ACeS, tendo grande

parte da estrutura montada no terreno - projecto com manual, participação das equipas de

medicina familiar, laboratório de saúde pública, gastrenterologia (IPOC e HS Teotónio) e

anatomia patológica (FMUC). Os módulos de cirurgia e de monitorização do programa

(epidemiologia, estatística e informática) estão em fase de implementação, devendo concluir-

se no primeiro semestre de 2011.

Apresentam-se os resultados dos primeiros 20 meses de programa:

Convidados 34% da população-alvo – 12 279 utentes

87% dos convidados acorreram à consulta

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74

88,5% dos utentes a quem foi atribuído um teste enviou-o ao laboratório (70,9% dos

utentes convidados e 81,3% dos utentes que realizaram consulta de rastreio)

1,5% dos testes foram inconclusivos

2,8% dos testes tiveram resultado positivo

96,5% dos testes positivos resultaram em CT de rastreio

Em 79% das Colonoscopias foi detectada patologia (lesões pré-malignas em 18% das

Colonoscopias Totais e cancro em 8%)

8 em cada mil participantes no rastreio apresentaram adenomas vilosos

2 em cada mil participantes no rastreio apresentaram displasias de alto grau

Em cada mil participantes diagnosticaram-se 1,6 cancros do cólon e recto.

Prevê-se a conclusão do piloto de rastreio na Região em 2012. Ano em que se prevê uma

cobertura geográfica de 100% da região. Durante o ano de 2011 prevê-se o alargamento do

rastreio de 6 para 10 ACeS e a participação de mais 3 serviços hospitalares de

Gastrenterologia, o que implicará o incremento da cobertura geográfica de 37,5% para 62,5%.

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75

3. Programa de cuidados continuados integrados

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do Decreto-Lei

n.º 101/2006 de 6 de Junho. A sua implementação desde 2006 tem vindo a ser realizada de

uma forma sustentada e baseada na integralidade, globalidade, interdisciplinaridade,

intersectorialidade (sectores social e da saúde), inserção na comunidade, harmonia, qualidade

e continuidade assistencial, garantindo o princípio da autonomia e desenvolvendo a

participação da família, fomentando a permanência das pessoas no seu domicílio e assente na

metodologia do trabalho por objectivos.

Capacidade instalada

Desde a experiência piloto em Novembro de 2006 a RNCCI, na Região de Saúde do Centro

contratualizou um total de 1 484 camas até ao final do ano de 2010, com maior predominância

de camas nas tipologias de longa duração (49,2%) e média duração (37,5%) - ou seja, as

tipologias com possibilidade de internamentos mais prolongados.

Comparativamente ao ano transacto verificou-se um acréscimo do número de camas em 24%

(288 camas) 46,6% destas em média duração e 36,4% em longa duração.

Gráfico 28 - N.º camas da RNCCI na Região de Saúde do Centro – 2010

172

25

731

556

Unidade de Convalescença Cuidados Paliativos Unidade longa duraçã emanutenção

Unidade média duaração ereabilitação

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76

Não obstante, a ECR Centro tinha como meta para 2010 a contratualização de um total de

1 586 camas, ficando assim a 6,4% da sua concretização.

Na tipologia de convalescença o não cumprimento do objectivo deveu-se ao facto de na

Unidade da Fundação Nossa Sr.ª da Guia – Avelar, as 9 camas previstas para esta tipologia

terem transitado para média duração, tendo em consideração as necessidades verificadas no

distrito.

A causa do não cumprimento dos objectivos estabelecidos para a tipologia de longa duração

prendeu-se com o atraso verificado na abertura das unidades da Santa Casa da Misericórdia da

Marinha Grande (30 camas) e da Santa Casa da Misericórdia de Seia (12 camas). A demora na

execução das obras nos hospitais Cândido Figueiredo em Tondela (20 camas) e no hospital do

Fundão (20 camas) também provocou atraso na concretização do objectivo para os cuidados

paliativos.

De notar que a Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande e a Santa Casa da Misericórdia

de Seia integraram a rede no dia 17 de Janeiro de 2011, e o Hospital de Tondela no dia 1 de

Fevereiro de 2011.

Quadro 50 -N.º camas propostas/ N.º camas contratualizadas (2010)

Tipologia Nº camas

propostas

Nº camas

efectivas Variação

Unidade de Convalescença (UC) 181 172 - 5,0%

Unidade de Cuidados Paliativos (UCP)

65 25 - 61,5%

Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM)

785 731 - 6,9%

Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR)

555 556 0,2%

Total 1586 1484 - 6,4%

Fonte: ARSC

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77

Quadro 51 - Distribuição das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) e sua capacidade, por ACES

ACES Centro de Saúde - ECCI Lugares

disponíveis Utentes

acompanhados

Beira Interior Sul Castelo Branco 45 9

Baixo Mondego I

Condeixa 15 5

Eiras 8 4

São Martinho Bispo 15 8

Baixo Mondego III Mealhada 20 6

Baixo Vouga I Águeda 15 7

Baixo Vouga II Albergaria 11 5

Baixo Vouga III Ovar 50 11

Cova da Beira Covilhã 15 6

Dão Lafões II Vouzela 20 8

Guarda Este

Almeida 17 9

Celorico da Beira 20 9

Guarda 50 8

Manteigas 31 11

Sabugal 12 8

Guarda Norte

Figueira Cast. Rodrigo 20 3

Meda 50 7

Pinhel 50 21

Trancoso 15 14

Guarda Oeste

Fornos de Algodres 50 30

Gouveia 120 43

Seia 50 22

Pinhal Interior Norte I

Miranda do Corvo 20 11

Oliveira Hospital 20 3

Tábua 30 23

Pinhal Interior Norte II Ansião 50 4

Penela 25 7

Pinhal Interior Sul Sertã 10 4

Pinhal Litoral II Arnaldo Sampaio 15 10

Pombal 50 17

Fonte: ARSC

Doentes atendidos

No decurso do ano de 2010, foram admitidos nas unidades de cuidados continuados

integradas da Região Centro 4 431 novos doentes, tendo sido dada continuação ao tratamento

de 2 133 doentes internados nos anos precedentes.

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Quadro 52 - Doentes tratados e admitidos na RNCCI – Região de Saúde do Centro – 2010

Tipologia Doentes

tratados

Doentes

admitidos

Equipas de cuidados continuados

integrados (ECCI) 799 460

Unidade de Convalescença (UC) 1461 1248

Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) 239 141

Unidade de Longa Duração e

Manutenção (ULDM) 1757 952

Unidade de Média Duração e

Reabilitação (UMDR) 2308 1630

Total 6564 4431

Fonte: ARSC

O número de doentes em tratamento na tipologia de convalescença e média duração - que

focam a sua actividade essencialmente em programas de reabilitação - representam, em

conjunto, 57% do total de doentes, contrastando a rotatividade de doentes nestas tipologias

com a tipologia de longa duração detentora de 49,2% do total de camas da região e com

apenas 27% dos doentes tratados.

Gráfico 29 - % de doentes tratados por tipologia, no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro

Fonte: ARSC

ECCI 12%

UC 22%

UCP 4% ULDM

27%

UMDR 35%

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79

Proveniência dos doentes tratados

Em 2010 foram referenciados 5 352 doentes na Região Centro, sendo que as instituições

hospitalares superaram os centros de saúde neste âmbito. Assim, 59% do total de doentes

foram referenciados por hospitais e os restantes 41% pelos cuidados de saúde primários (mais

2% do que em 2009).

Do total de doentes referenciados 39% tiveram como destino unidades de média duração e

reabilitação, 26 % unidades de longa duração e manutenção e 22% unidades de convalescença.

Quadro 53 - Proveniência dos doentes tratados no âmbito da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010)

Tipologia de destino Centros de Saúde Hospital Total

Valor % Valor % Valor %

Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) 287 5% 115 2% 402 8%

Unidade de Convalescença (UC) 208 4% 956 18% 1164 22%

Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) 108 2% 222 4% 330 6%

Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) 873 16% 507 9% 1380 26%

Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) 730 14% 1346 25% 2076 39%

Total 2206 41% 3146 59% 5352 100%

Utilização da capacidade instalada

No ano de 2010 a taxa de ocupação das unidades que integram a RNCCI da Região Centro foi,

em termos globais, de 89%. Em termos específicos (por tipologia) foi de 84% na convalescença,

93% na média duração, 97% na longa duração e 83% em cuidados paliativos.

Gráfico 30 - Taxa de ocupação nas unidades da RNCCI /Região de Saúde do Centro (2010)

Fonte: ARSC

84% 83%

93% 97%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Unidade deConvalescença

Unidade deConvalescença

Unidade longa duraçãe manutenção

Unidade médiaduaração e reabilitação

Valor médio 89%

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80

A taxa de ocupação das equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) não foi tida em

consideração para o cálculo deste indicador, uma vez que a plataforma informática de apoio à

RNCCI considera um conjunto de entidades prestadoras não operacionais.

Altas

Do total de altas das unidades e das ECCI, 54% devem-se ao facto de terem sido atingidos os

objectivos estabelecidos no plano individual de intervenção, sendo este o motivo de alta mais

prevalente em todas as tipologias.

É de notar que 21% das altas representaram a transferência para outra tipologia e/ou unidade,

havendo uma continuidade do percurso dos doentes na RNCCI.

Quadro 54 - Motivos de alta dos doentes internados nas unidades da RNCCI/Região de Saúde do Centro (2010)

Motivos da alta ECCI UC UCP ULDM UMDR Total

%

Objectivos atingidos 52 82 25 53 58 54

Transferência p/ outra tipologia 13 1 25 14 13 13

A pedido do doente 7 3 0 10 7 6

Transferência para proximidade 1 1 25 8 3 8

Outras 27 12 25 14 19 19

Fonte: ARSC

Transferências

As transferências de doentes entre unidades correlacionam-se com a necessidade de

continuidade de tratamento dos doentes por um período de tempo significativo, devido ao seu

potencial de recuperação ou agravamento da situação de dependência, promovendo a

aproximação dos doentes à sua residência.

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Quadro 55 - Transferência dos doentes internados nas unidades da RNCCI por origem e destino /Região de

Saúde

Tipologia de origem Tipologia de destino

ECCI UC UCP ULDM UMDR Total

Equipas de cuidados continuados integrados (ECCI) 0 6 3 7 5 21

Unidade de Convalescença (UC) 47 15 3 11 169 245

Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) 1 0 0 7 1 9

Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) 5 0 1 28 9 43

Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) 12 5 2 89 48 156

Total 65 26 9 142 232 474

Fonte: ARSC

No ano de 2010 o número de doentes transferidos totalizou 474, tendo como principal origem

as unidades de convalescença e como principal destino as unidades de média duração, ou seja,

entre tipologias cuja prestação está mais direccionada para a reabilitação, diferenciadas

principalmente pelo tempo limite de internamento (30 dias para a convalescença e 90 dias

para a média duração).

Prorrogações

A prorrogação do prazo de internamento só é necessária para as tipologias de convalescença e

de média duração e reabilitação. Em 2010 foi solicitada prorrogação do prazo de internamento

para 18,2% dos doentes internados (1 066 prorrogações), tendo 96% sido consideradas

justificáveis pela ECR.

Quadro 56 - N.º de prorrogações pedidas e autorizadas nas unidades de internamento da RNCCI/Região de Saúde do

Prorrogações UC UMDR Total

Nº de pedidos 502 549 1051

Nº aprovações 487 521 1008

% Prorrogações / doentes tratados 33,3% 9,4% 18,2%

Fonte: ARSC

Execução financeira

A execução financeira da RNCCI na Região de Saúde do Centro no ano de 2010 acresce a um

valor de 27 811 116,33€.

Duas parcelas constituem esta despesa: a prestação de cuidados de saúde e apoio social

(levado a cabo pelas unidades contratadas) e o financiamento para a construção de novas

unidades ou apetrechamento técnico das já existentes (através do programa Modelar - 1.ª e

2.ª fases). A primeira parcela representa 79,1% da execução financeira e a segunda parcela

20,9%.

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82

4. Programa de prevenção e controlo de doenças transmissíveis

4.1. Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis

4.1.1 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada

Em 2010, na Região Centro, foram declarados apenas 2 casos esporádicos de doença

meningocócica pelo SARA (Sistema de Alerta e Resposta Apropriada). Ambos os casos (1

meningococcémia e 1 meningite) ocorreram no início do Outono num mesmo ACeS da ARSC.

A transcendência da doença meningocócica prende-se mais com a gravidade potencial da

doença e suas consequências do que com o número de casos.

Não têm sido detectados casos agrupados ou surtos de doença meningocócica por razões

desconhecidas. Sabe-se que a probabilidade da sua ocorrência é maior perante estirpes

importadas para as quais a população não apresenta memória imunológica.

Invoca-se a importância da quimioprofilaxia dos contactantes na prevenção da eclosão de

casos agrupados, pois sabe-se que a sua prescrição é regra dos médicos envolvidos no controlo

e vigilância da doença meningocócica; no entanto esta hipótese carece de confirmação.

4.1.2 Doenças de Declaração Obrigatória

A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das doenças de

declaração obrigatória (DDO). A última publicação disponibilizada no sítio deste serviço central

de saúde pública (www.dgs.pt) refere-se aos dados históricos de 2004 a 20082. Nesta série de

5 anos a proporção dos casos declarados da Região Centro, em relação ao total de casos

residentes no país, variou entre os 20% (1040/5259) em 2005 e os 13% (438/3500) em 2008.

2 Doenças de Declaração Obrigatória 2004/2008, Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde,

Divisão de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa, 2010

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83

A “tuberculose respiratória” foi sempre a doença mais declarada nesta série temporal, quer no

país, quer na região, seguida à distância, independentemente da ordem, de “outras

salmoneloses”, “febre escaronodular” e “parotidite epidémica”.

Na região, em 2010, a tuberculose continua não só a ser a doença mais declarada, com 50% do

total de doenças de declaração obrigatória, como mostra um acréscimo de 6% em relação a

2009. Foram declaradas, 169 tuberculoses o que corresponde a uma taxa de incidência de

9,47%oooo habitantes, contra 9,07 em 2009. As 3 doenças seguintes mais declaradas com

percentagens iguais ou superiores a 5% do total de doenças declaradas mantêm a mesma

ordem observada em 2009 e são: a “Febre escaro-nodular”, “Outras salmoneloses” e

“Parotidite epidémica” (quadro 57).

Assim, a tuberculose justifica uma análise mais detalhada. A nova divisão por agrupamentos de

centros de saúde (ACeS) e unidades locais de saúde (ULS) mostra um padrão visual a que não

estamos habituados, no qual se destacam os ACeS do Baixo Vouga II e da Cova da Beira com

taxas de incidência de tuberculose superiores a 17%oooo habitantes (quadro 58 e figura 6) já

que os ACeS e as ULS respeitam a integridade geodemográfica dos concelhos, a representação

por esta divisão administrativa clássica continua pertinente.

O número de casos de tuberculose respiratória representa 97% (157/162) do número de total

de casos de tuberculose declarados.

O número de casos novos (169) de “todas as tuberculoses”, em 2010, difere em menos 26 do

que o obtido a partir do sistema de vigilância específico para esta doença: o Sistema de

Vigilância da Tuberculose (SVIGTB), o que está de acordo com o esperado, já que nem todos os

casos de tuberculose são de declaração obrigatória. Contudo se compararmos as

“Tuberculoses Respiratórias - (A15 + A16) ” do sistema de DDO com as “Tuberculoses

Pulmonares” do SVIGTB, esta entidade nosológica aparece com mais 23 casos.

Foram declarados 9 óbitos, correspondentes a 3 mulheres e a 6 homens, 8 por tuberculose

respiratória e 1 por tuberculose miliar, cuja idade mediana à data da declaração era de 72 anos

(amplitude entre os 51 e os 90 anos).

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84

Quadro 57 – Doenças de declaração obrigatória notificadas na Região Centro (2009 e 2010)

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

2009 2010

N.º % Taxa a N.º % Taxa

a

Todas as tuberculoses (A15 a A19) 162 44,38 9,07 169 50,15 9,47

Tuberculose respiratoria (A15 e A16) 157 43,01 8,79 161 47,77 9,02

Tuberculose respiratoria (A15) 152 41,64 8,51 150 44,51 8,41

Febre escaro nodular 63 17,26 3,53 45 13,35 2,52

Outras salmoneloses 25 6,85 1,40 17 5,04 0,95

Parotidite epidemica 21 5,75 1,18 16 4,75 0,90

Tosse convulsa 16 4,38 0,90 1 0,30 0,06

Hepatite aguda C 13 3,56 0,73 5 1,48 0,28

Febres Tifoide e paratifoide 12 3,29 0,67 7 2,08 0,39

Sifilis precoce 11 3,01 0,62 15 4,45 0,84

Hepatite aguda B 8 2,19 0,45 6 1,78 0,34

Leptospirose 7 1,92 0,39 6 1,78 0,34

Hepatite aguda A 6 1,64 0,34 1 0,30 0,06

Tuberculose respiratória (A16) 5 1,36 0,28 11 3,26 0,62

Brucelose 4 1,10 0,22 7 2,08 0,39

Febre Q 4 1,10 0,22 6 1,78 0,34

Meningite meningococica 4 1,10 0,22 6 2,08 0,39

Tuberculose miliar 4 1,10 0,22 6 1,78 0,34

Leishmaníase visceral 3 0,82 0,17 2 0,59 0,11

Doença dos legionarios 2 0,55 0,11 6 1,78 0,34

Malaria 2 0,55 0,11 6 1,78 0,34

Rubeola 1 0,27 0,06 1 0,30 0,06

Sarampo 1 0,27 0,06 7 2,08 0,39

Tuberculose do sistema nervoso 1 0,27 0,06 2 0,59 0,11

Sifilis congénita 0 0,00 0,00 2 0,59 0,11

Infecção meningocócica 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06

Doença de Creutzfeldt Jacob 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06

Doença de Hansen 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06

Tétano 0 0,00 0,00 1 0,30 0,06

Infecção gonocócica 0 0,00 0,00 2 0,59 0,11

Total 365 100,00 20,43 337 100,00 18,89

Taxa por 100.000 residentes. Estimativas do INE para o final de 2008 1.786.692

Taxa por 100.000 residentes (nova área da ARSC, IP). Estimativas do INE para o final de 2010 1.783.981

Foram declarados 7 casos esporádicos de doença meningocócica que incluem os 2 casos

declarados pelo SARA; 6 destes doentes eram do sexo masculino e 1 do sexo feminino; a idade

mediana era de 5 anos, compreendida entre os 3 e os 86 anos; 6 foram classificados como

meningites meningocócicas e 1 como infecção meningocócica. Um destes casos terminou no

óbito por “meningite meningocócica” do doente com 86 anos.

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85

Quadro 58 – Doenças de declaração obrigatória notificadas em 2010 na Região Centro (por ACeS/ULS)

ACeS / ULS Número População 2010 Taxa *

Baixo Vouga II 28 165.291 17,5

Cova da Beira 19 90.073 22,2

Baixo Vouga I 15 117.314 11,9

Baixo Mondego II 12 108.128 11,1

Pinhal Interior Norte I 11 95.925 11,5

Pinhal Litoral II 11 209.160 5,3

Baixo Vouga III 9 96.196 9,4

Baixo Mondego I 8 168.301 4,8

Dão Lafões II 9 83.790 9,5

Pinhal Litoral I 8 59.968 13,3

Beira Interior Sul** 8 72.201 11,1

Dão Lafões I 7 99.470 7

Baixo Mondego III 6 84.647 7,1

Pinhal Interior Sul** 6 39.805 15,1

ULS Guarda 6 154.975 3,9

Pinhal Interior Norte II 4 41.125 9,7

Dão Lafões III 2 97.612 2

Total (Região Centro) 169 1.783.981 9,5

* Taxa por 100.000 residentes. Estimativas do INE para o final de 2010. (1.783.981)

** Integram, desde 1 de Janeiro de 2010, a ULS de Castelo Branco EPE

Figura 6 - Taxa de incidência de tuberculose/DDO por 100 000 habitantes (Região Centro)

A nova Lei n.º 81/2009 de 21 de Agosto e o respectivo Sistema Nacional de Informação de

Vigilância Epidemiológica (SINAVE) por ela criado e já em fase de testes irá introduzir ganhos

substanciais na qualidade de dados e facilitar uma avaliação regular e credível do Sistema

Nacional de Vigilância das DDO, ainda em 2011.

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86

4.2 Programa nacional de Vacinação (PNV)

O projecto “Excelência na Vacinação” tem por finalidade “proporcionar, à população da Região

Centro, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando normas de

procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adoptar, introduzir ou alterar

medidas correctoras”. A gestão e monitorização regionais deste programa nacional são da

responsabilidade do Departamento de Saúde Pública e Planeamento/Coordenação regional do

PNV.

As actividades desenvolvidas em 2010 (ao nível regional, dos ACeS e ULS e das unidades

funcionais), permitiram alcançar resultados que só foram possíveis graças ao envolvimento

continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área.

O processo de reorganização dos serviços de saúde (criação de novas unidades funcionais e

colaboração com os responsáveis e interlocutores do programa), a continuação da campanha

de vacinação contra infecção pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 a continuidade na

implementação do PNV e a campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma

humano (vacina HPV), dirigida às raparigas de 17 anos de idade, corresponderam a momentos

marcantes para o Programa Regional de Vacinação em 2010.

Quadro 59 - Actividades desenvolvidas e indicadores

Actividades Comentários

Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal – coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7, 13, 14, 15, 18, 25 e 65 anos de idade

Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre – 30/06/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região); final do ano – 31/12/2010 (unidade de saúde, ACeS, ULS e região)

Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal – coortes de raparigas de 17 e 18 anos abrangidas pela campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV)

Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre – 30/06/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região); final do ano – 31/12/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região)

Determinação do número de doses administradas e registadas no módulo de vacinação do SINUS

Realizada avaliação: final do ano - 31/12/2010 (unidade, ACeS, ULS e Região)

Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à Gripe Sazonal 2009/2010

Aplicação de suportes de informação relativos a: profissionais de saúde – ACeS, ULS e hospitais; idosos e população em geral; instituições de apoio social e/ou privada de saúde

Elaboração do plano de actividades – programa de Vacinação da Região Centro para o ano 2010

Elaborado o plano de actividades anual tendo em vista a sua integração no plano de actividades da ARSC

Elaboração do relatório de actividades – programa de Vacinação da Região Centro – ano 2009

Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua integração no relatório de actividades da ARSC

Divulgação de informação relativa ao PNV Foram divulgadas informações de apoio à implementação do PNV (apoio técnico associado a rede de frio, à administração de vacinas,…)

Reuniões com os responsáveis do Programa de Vacinação (ACeS e ULS)

Foram realizadas 2 reuniões ao longo do ano de 2010

Reunião com Conselho Consultivo de Vacinação Foi constituído o Conselho, tendo sido realizada 1 reunião ao longo do ano de 2010

Reuniões com os responsáveis regionais e nacionais do Programa de Vacinação

Foram realizadas 2 reuniões ao longo do ano de 2010

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87

Cobertura vacinal (PNV)

De destacar a evolução positiva das coberturas vacinais, que de um modo geral aumentou em

todas as coortes. As metas regionais foram atingidas em todas as coortes em avaliação (única

excepção no que respeita à vacina HPV [raparigas de 13 e 14 anos de idade], devendo ser

mantidos esforços para continuar a aumentar a cobertura vacinal contra as infecções por vírus

do papiloma humano).

Quadro 60 - Cobertura vacinal – vacinas do PNV- coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de

idade

Nascidos

ano de

avaliação

1 ano de idade 2 anos de idade 7 anos de idade

Raparigas

com 13 anos

de idade

BC

G

VH

B I

BC

G

DT

Pa I

II/D

TP

a

Hib

III

/Hib

VIP

III/V

IP

VH

B III/V

HB

Men

C II/

Me

nC

DT

Pa I

V/D

TP

a

Hib

IV

/Hib

VA

SP

R I

Men

C III

/MenC

DT

Pa V

/DT

Pa

VIP

IV

/VIP

VA

SP

R II

HP

V I

HP

V III

Avaliação

2007 (%) 96 96 98 98 98 98 98 98 96 96 98 98 96 97 97

Avaliação

2008 (%) 97 96 99 98 98 98 98 98 96 96 98 97 97 97 97 84

Avaliação

2009 (%) 96 96 98 98 98 98 98 98 95 96 97 96 95 96 96 85 54

Avaliação

2010(%) 97 97 99 98 98 98 98 98 97 97 98 98 97 97 97 88 63

Quadro 61 - Cobertura vacinal – vacinas do PNV- coortes de nascidos de 14, 15, 18, 25 e 65 anos de idade

14 anos de idade 15 anos

de idade 18 anos de idade

25 anos

de idade

65 anos de

idade

VA

SP

R II

VH

B

III/V

HB

Td

HP

V III

(ra

pa

riga

s)

HP

V III

(ra

pa

riga

s)

VA

SP

R II

VIP

VH

B III

Td

Td

Td

Avaliação

2007 (%) 97 95 97 96 96 94 96 75 72

Avaliação

2008 (%) 98 95 97 97 97 96 97 78 76

Avaliação

2009 (%) 98 97 97 84 96 97 95 96 79 77

Avaliação

2010 (%) 99 97 98 89 91 97 98 96 97 80 78

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88

Campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano

Durante o ano de 2010 foi dada continuidade à campanha de vacinação dirigida às raparigas de

17 anos. Para a 1.ª dose foi atingida uma cobertura de 88%, correspondendo a 70% para as 3

doses da vacina (esquema completo).

Quadro 62 - Cobertura vacinal – campanha de vacinação contra infecções por vírus do papiloma humano-

coortes de raparigas de 17 e 18 anos de idade

Raparigas com

17 anos de idade

Raparigas com

18 anos de idade

HP

V I

HP

V

III

HP

V

III

Avaliação 2009 (%) 85 64

Avaliação 2010 (%) 88 70 86

Para as raparigas que entraram na campanha em 2009 (18 anos de idade) foi atingida a

cobertura de 86%.

Contratualização

No ano de 2010, foi também incluída a avaliação dos indicadores de desempenho –

contratualização. Relativamente ao total dos ACeS e ULS, atingiram-se as seguintes coberturas:

Quadro 63 - Contratualização – PNV cumprido aos 2, 7 e 14 anos

Coort

e

200

8

Coort

e

200

3

Coort

e

200

6

Avaliação 2010 (%) 96 96 96

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89

Inoculações de vacinas do programa nacional de vacinação

Quadro 64 - Mapa de inoculações região centro 2010 – Total de doses por vacina

Vacinas

BC

G*

VH

B*

Td

VIP

Hib

VA

SP

R

DT

PaH

ib

DT

PaV

IP

DT

PaH

ibV

IP

DT

Pa

Men

C

HP

V**

TO

TA

L

Região Centro - 2010

10817 47617 184680 1208 56 30363 14309 15418 41134 32 43080 56298 445012

Fonte: SIARS

* Haverá subnotificação referente às vacinas BCG e VHB, em virtude do não registo no SINUS de vacinas

administradas em algumas maternidades (n.º de vacinados com BCG e nascidos em 2010 – 13705);

** Este n.º inclui o registo das 242 vacinas HPV Cervarix® (vacina HPV que não integra o PNV)

No ano de 2010, foram administradas e registadas no SINUS Vacinação, 445012 vacinas, na

Região Centro.

Vacinação contra a gripe sazonal (época 2009/2010)

De um modo geral houve um aumento da cobertura vacinal e do número de instituições

respondentes em relação a 2008/2009.

Em relação aos profissionais de saúde, houve um aumento da cobertura vacinal relativamente à

época anterior, devendo ser mantidas estratégias promotoras da adesão à vacinação antigripal -

em particular no grupo dos médicos, administrativos, auxiliares e outros técnicos (com maior

ênfase na área hospitalar).

No que respeita aos idosos e população em geral, a possibilidade desta vacina ser administrada

em farmácias e postos de enfermagem retirou aos serviços operativos de saúde pública

(departamentos de saúde pública das ARS e unidades de saúde pública dos ACeS) qualquer

possibilidade de monitorização e avaliação credíveis, devendo ser acauteladas medidas que

minimizem esse inconveniente.

Mantém-se uma boa adesão por parte das instituições, verificando-se, no entanto, a necessidade

de melhorar a cobertura vacinal nos seus profissionais.

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90

Quadro 65 - Cobertura vacinal – Gripe Sazonal 2009/2010

4.3 VIH/Sida

A infecção VIH/sida é um dos maiores problemas de saúde pública à escala mundial

continuando Portugal a apresentar um das maiores taxas de infecção da Europa, motivo que

continua a justificar a intervenção nesta área através de um programa nacional de saúde

prioritário.

A avaliação das actividades efectuadas no âmbito do Plano Regional para a infecção VIH/sida

no ano 2010 foi efectuada, à semelhança dos anos anteriores, através dos indicadores nele

previstos para além dos indicadores nacionais, quando aplicáveis.

As actividades de prevenção e controlo do VIH realizadas pela ARSC foram desenvolvidas de

acordo com as linhas estratégicas e áreas de intervenção definidas a nível nacional pela

Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida (CNSIDA).

A responsabilidade da execução deste programa no âmbito da ARSC é assumida pelo seu

Conselho Directivo, pela Equipa Coordenadora Regional para a Infecção VIH/sida e

Profissionais de saúde Idosos e população em

geral Instituições de apoio social e/ou privada

de saúde

dic

os

Enfe

rme

iros

Adm

inis

trativos,

Auxili

are

s, O

utr

os

técnic

os

To

tal

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Institu

ições r

espondente

s

AC

ES

/ U

LS

Hospitais

AC

ES

/ U

LS

Hospitais

AC

ES

/ U

LS

Hospitais

Avaliação 2008/2009 (%)

57 15 59 19 58 18 4,4 16 76 72

Avaliação 2009/2010 (%)

64 25 74 30 64 29 5,4 29 81 77

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91

Departamento de Saúde Pública e Planeamento, em articulação com os centros de

aconselhamento e detecção (CAD) precoce do VIH/sida, ACeS, centros de diagnóstico

pneumológico (CDP), hospitais, centros de resposta integrada (CRI) do Instituto da Droga e

Toxicodependência (IDT), organizações não governamentais (ONG), serviços e instituições do

sector da Educação, autarquias, institutos da juventude, associações académicas e meios de

comunicação social da Região Centro.

Actividades desenvolvidas

Designação de interlocutores para a infecção VIH/sida em cada um dos ACeS e

unidades locais de saúde (ULS);

Reunião com os interlocutores dos ACeS e das ULS para uniformização de critérios na

implementação dos testes rápidos de rastreio do VIH nas unidades de saúde familiares

(USF) e unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP);

Contactos com os ACeS, CDP, CAD, hospitais, ONG e outras instituições em especial as

que beneficiam de financiamento da CNSIDA através de projectos ADIS/sida;

Realização de: 4 491 atendimentos nos CAD, com aconselhamento pré-teste; 3 480

rastreios com testes rápidos do VIH (anónimos e gratuitos), com aconselhamento pós-

teste, e referenciação hospitalar dos casos positivos pelos CAD da Região;

Realização de actividades de prevenção, capacitação e formação sobre a infecção

VIH/sida, dinamizadas pela Equipa Regional, CAD, ACeS e ULS;

Sensibilização dos doentes com tuberculose seguidos pelos CDP para o rastreio VIH e

utilização de testes rápidos;

Realização de 2 cursos de formação de âmbito regional sobre infecção VIH/sida (com a

duração de 18 horas cada), dirigido a médicos, enfermeiros, psicólogos e outros

técnicos superiores de saúde – em colaboração com o Gabinete de Formação da ARSC;

Distribuição de material informativo (folhetos, cartazes, blocos, pins, lápis,

esferográficas, porta-chaves, etc.) elaborados pela CNSIDA e CADs, bem como material

preventivo (gel lubrificante à base de água, preservativos masculinos e femininos)

fornecido pela CN, em diversos serviços, instituições públicas/privadas, utentes dos

CAD, centros de atendimento de jovens (CAJ), USF e UCSP;

Comemoração do Dia Mundial de Luta Contra a Sida através de diversas actividades

informativas e de sensibilização, nomeadamente, actividades de rua, workshops e

rastreios móveis utilizando unidades móveis, em articulação com os CAD, ACeS, IPJ,

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92

ONG, estabelecimentos de ensino e divulgação de artigos e mensagens em órgãos de

comunicação social, site da ARSC, ACeS e ULS;

Emissão de pareceres técnicos referentes às candidaturas ao programa ADIS para

2011, referentes a 5 projectos nacionais (4 de prevenção e 1 de formação) e a 3

projectos regionais de prevenção e participação na reunião de avaliação nacional dos

projectos ADIS/sida aprovados no ano anterior.

Ponto da situação em 31/12/2010

Notificados 2 755 casos acumulados, sendo 541 óbitos, na área geográfica abrangida

pela ARSC;

Taxa de infectados (casos acumulados) inferiores à média nacional (154,4 por 100 mil

habitantes;

A área de abrangência da ARSC pertencente ao distrito de Leiria é a que apresenta a

maior taxa acumulada de infectados por VIH (207,2 por 100 mil habitantes) e a do

distrito da Guarda, a menor (78,8 por 100 mil habitantes).

Gráfico 31 - Taxa acumulada de infectados por distrito (área geográfica da ARSC)

Fonte: DDI-URVE do INSA – Casos notificados até 31/12/2010

Comparativamente a 2008 (166 novos casos) e 2009 (135 novos casos), foram notificados

menos casos novos durante o ano de 2010 (116) em toda a Região Centro, tendo a área de

influência territorial da ARSC, 99 casos novos (taxa de incidência de 5,5 por 100 mil

habitantes), contrariando o aumento progressivo dos diagnósticos verificado entre 2005-2008.

207,2 180,8

161,3 154,9

124,3 112,2

78,8

Leir

ia

Co

imb

ra

Ave

iro

Reg

ião

Cen

tro

Vis

eu

C. B

ran

co

Gu

ard

a

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93

Gráfico 32 - Evolução dos novos casos notificados de infecção pelo VIH/sida, na Região Centro

Fonte: DDI-URVE do INSA e ARSC

Aveiro foi o distrito com a maior taxa de novos casos de Infecção VIH/sida, 8 por 100

mil habitantes durante o ano 2010, e Castelo Branco o que apresentou a menor com 2

por 100 mil habitantes (nova área da ARSC);

Gráfico 33 - Taxa de novos casos de infectados notificados em 2010, por distrito

(concelhos da area de jurisdição territorial da ARSC)

Fonte: DDI-URVE do INSA e ARSC

A tuberculose (TB) foi a infecção oportunista mais frequente nos casos de sida

(33,70%), tendo sido identificados em 2010,na área geográfica da ARSC, 181 novos

casos de TB pelos CDP;

Notificadas 30 infecções sexualmente transmissíveis (indicadores indirectos da

infecção VIH) na Região Centro em 2010: 15 de sífilis precoce, 2 de sífilis congénita, 6

de hepatite B, 5 de hepatite C e 2 de infecção gonorreica;

5 13 11

82

135

166

135 116

020406080

100120140160180

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

8 7,4

5,9 5,5

3,1 2,8 2

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Aveiro Coimbra Leiria R. Centro Guarda Viseu C. Branco

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94

A maior parte (51,9%%) dos casos acumulados notificados na área geográfica da ARSC

corresponde, em todos os distritos, a Portadores Assintomáticos (PA), com excepção

da Guarda onde predominavam os infectados já em fase de Sida (distrito que teve

também, a maior percentagem de óbitos nos infectados).

Quadro 66 - % Proporcional acumulada de infectados com Sida, PA e CRS por distrito (concelhos da area de

jurisdição territorial da ARSC)

Distrito SIDA PA CRS

%

Aveiro 32,0 58,0 10,7

C. Branco 38,8 47,6 13,7

Coimbra 33,8 51,9 14,4

Guarda 45,7 43,3 11,0

Leiria 35,0 50,0 14,9

Viseu 41,5 50,6 8,0

Região Centro 35,6 51,9 12,6

Fonte: DDI-URVE do INSA – Casos notificados até 31/12/2010

Quadro 67 - Casos acumulados de infecção por VIH e óbitos por distrito (concelhos da area de jurisdição

territorial da ARSC)

Distrito Casos Óbitos % Óbitos

Aveiro 638 121 19,0

Castelo Branco 227 58 25,6

Coimbra 779 157 20,2

Guarda 127 35 27,6

Leiria 630 124 19,7

Viseu 354 46 13,0

Total 2755 541 16,6

Fonte: DDI-URVE do INSA – Casos notificados até 31/12/2010

A transmissão heterossexual foi a principal via de transmissão (50,1%) em todos os

distritos, excepto em Castelo Branco onde a infecção predominou nos utilizadores de

drogas injectáveis (46,3%);

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95

Os infectados são predominantemente do sexo masculino (74,9%), pertencendo ao

grupo etário dos 15-49 anos (81,1%);

Em 95,7% dos casos a infecção foi provocada pelo VIH1.

Taxas de cobertura/adesão

Os 5 CAD da Região Centro (localizados em Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu),

efectuaram em 2010 um total de 3 480 testes de rastreio do VIH tendo o CAD de Coimbra

efectuado o maior número destes testes.

Gráfico 34 - Testes de rastreio do VIH realizados pelos CAD em 2010

Fonte: ARSC /CAD

A taxa de infectados pelo VIH nos utentes dos CAD foi muito superior - 5,2 por mil rastreados

(18 positivos para o VIH) - à taxa de novos casos da população em geral.

525

1250

1867

634 729

Aveiro C. Branco Coimbra Leiria Viseu

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96

Gráfico 35 - Taxa de seropositivos para o VIH por CAD por 1000 rastreados em 2010

Fonte: ARSC/CAD

O CAD de Aveiro é o que apresenta a maior taxa de infectados (18,4 por 1000

rastreados) e CAD de Castelo Branco com a menor (0).

20,7% dos utentes dos CAD, em 2010, pertenciam a grupos vulneráveis da população,

nomeadamente, trabalhadores/utilizadores de sexo pago, migrantes e homens que

têm sexo com homens (HSH).

Funcionaram consultas externas dedicadas nos seguintes hospitais: Centro Hospitalar de

Coimbra (Hospital Geral, Hospital Pediátrico e Maternidade Bissaya Barreto); Centro Hospitalar

da Cova da Beira; Hospitais da Universidade de Coimbra; Hospital Infante D. Pedro de Aveiro e

Hospital S. Teotónio de Viseu.

18,4

0 1,53

10,4

6,12

Aveiro C. Branco Coimbra Leiria Viseu

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97

Quadro 68 - Indicadores/resultados

METAS Atingidas em 2009

Atingidas em 2010*

Propostas para 2010

1 - Nº de casos e óbitos por infecção VIH/sida, identificados, durante o Ano de 2010

135 Casos 21 Óbitos

116 12

A identificar

2- % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP

89,7% 43,1%

60%

3- % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP, através de testes rápidos

21,3% 14,9%

50%

4- % de CDP que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH - 33,3% 100%

5- Casos de positivos para o VIH identificados pelos CDP 3 9 A identificar

6 - % de casos VIH positivos encaminhados/referenciados para hospital, pelos CDP

0% 0% 99%

7- % de ACES que desenvolvem projectos de Saúde Escolar em parceria com escolas do Ensino Básico e Secundário nesta área

58,8% 75% 50%

8- Nº de testes de pesquisa de AC-VIH pedidos pelos hospitais 53.938 12.807 A identificar

9- Nº de testes de pesquisa de AC-VIH efectuados pelos ACES nd nd A identificar

10- % de ACES que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH - 66,7% 25%

11- % de encaminhamentos de casos VIH positivos efectuados pelos ACES

100% 100% 99%

12- % de notificações de infecções por VIH/sida efectuados pelos ACES 8,3% 62,5% 99%

13- % de ET do IDT do Centro com o “Programa Klotho” implementado 100% 100% 100%

14- % de CADs que efectuaram > 200 testes rápidos de pesquisa do VIH, por semestre

100% 100% 100%

15- Nº de casos VIH positivos detectados pelos CAD 28 18 A identificar

16- % de testes confirmatórios efectuados pelos CAD, após teste de rastreio do VIH reactivos

100% 100% 99%

17- % de atendimentos/rastreios efectuados pelos CAD a trabalhadores e/ou utilizadores de sexo pago/ migrantes/HSH

21,5% 20,7% 20%

18- Nº de cursos de formação efectuados para profissionais de saúde da ARSC, sobre a infecção VIH

0

2 2

19- % de maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH

16,7%

nd

90%

20- % de hospitais que possuem testes rápidos de rastreio do VIH nos serviços de urgência

23,1% nd 50%

21- % ACES com interlocutor para a infecção VIH/sida - 100% 100%

* Dados preliminares e parciais (i.e., não correspondentes à totalidade das instituições/serviços da Região)

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Previsão para 2011

Para 2011, prevê-se a continuidade do programa, integrando ainda as novas orientações,

estratégias e áreas prioritárias de intervenção contempladas no Programa Nacional para 2011-

14. Este último encontra-se ainda em fase de elaboração/conclusão pela Coordenação

Nacional para a Infecção VIH/sida.

4.4 Controlo da Infecção nas Unidades de Saúde

A infecção associada aos cuidados de saúde (IACS) é hoje considerada um dos problemas de

saúde em Portugal, com grande impacto na qualidade de vida das populações, pelo seu

reflexo no aumento da morbimortalidade e dos custos envolvidos (prolongamento do

internamento, maior recurso a técnicas de diagnóstico e terapêutica). De acordo com os

Centers for Disease Control and Prevention (CDC), estas infecções são evitáveis em cerca de

um terço dos casos, pelo que a capacidade de as prevenir deve constituir um indicador de

qualidade dos cuidados.

É fundamental aumentar a consciência e o compromisso político, para melhorar a segurança

dos cuidados e facilitar o desenvolvimento de políticas e práticas de segurança dos doentes.

O controlo de infecção nas unidades de saúde tem por objectivo prevenir as infecções

evitáveis, protegendo os doentes e profissionais de uma forma custo-benéfica. Para atingir

este objectivo global, é necessário que esteja instituído em todas as unidades de saúde um

plano operacional de prevenção e controlo de infecção (POPCI) bem estruturado, que

contemple as três principais vertentes: vigilância epidemiológica (de estruturas, de processos

e de resultados), normas ou recomendações e formação/informação.

Para que o POPCI seja eficaz, é necessário que, entre outros requisitos, os profissionais que

integram as equipas de controlo de infecção tenham formação específica e disponibilidade

para dar resposta.

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99

Estratégias e metodologias

O desenvolvimento das actividades assentou num conjunto de projectos propostos no POPCI:

Projecto 1: Rede de notificação de microorganismos multiresistentes (MMR);

Projecto 2: Recomendações/orientações de boas práticas para uniformização da utilização

de anti-sépticos e desinfectantes nas unidades de cuidados de saúde primários (CSP) e

unidades de cuidados continuados integrados (UCCI);

Projecto 3: Colaboração na Campanha Nacional de Higiene das Mãos em parceria com o

Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARSC - dirigida à comunidade, à rede de

cuidados de saúde primários (CSP) e unidades de cuidados continuados integrados (UCCI);

Projecto 4: Formação.

Actividades programadas e desenvolvidas

Projecto 1

Desenho de infra-estruturas para a implementação de um sistema de notificação em

rede de microorganismos multirresistentes (MMR), epidemiologicamente significativos

na Região Centro (actividade parcialmente realizada)

Projecto 2

Reuniões com o Gabinete da Farmácia e do Medicamento para identificação dos produtos

utilizados nas unidades de saúde da região e procedimentos praticados

Selecção de produtos de utilização livre e/ou restrita na Região Centro.

Não foi executada a divulgação das recomendações/orientações sobre a utilização uniforme de

anti-sépticos e desinfectantes nas unidades de CSP e UCCI.

Projecto 3

Envio e recolha de declaração de compromisso formal de adesão à campanha de

higienização das mãos;

Reunião com os coordenadores, nomeados para a campanha, de cada ACeS aderente.

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100

Não foi executada a divulgação de suportes informativos de sensibilização, para a importância

das mãos, como veículo de transmissão de microorganismos e para a higienização como

medida de prevenção.

Projecto 4

Curso de Formação, sob a coordenação do GCR em colaboração com o Gabinete de Formação

da ARSC, com duração de dezoito horas e frequência de vinte e nove formandos, destinada aos

elos de ligação das unidades de saúde.

As actividades planeadas e parcialmente realizadas ou não realizadas, expressas no relatório,

assim como limitações e constrangimentos de variada ordem, que se referem a meios e

recursos previamente identificados, contribuíram de forma significativa no nível de

concretização. Apesar dos constrangimentos acima assinalados, consideramos que o trabalho

desenvolvido contribuirá para reais e efectivos ganhos em saúde na Região Centro.

4.5. Programa de prevenção e luta contra a tuberculose

Quase um terço da população mundial está infectado com o Mycobacterium tuberculosis e em

risco de desenvolver a doença. A co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH)

aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB, duplicando o número de casos e

de mortes de TB com VIH positivo.

Simultaneamente, a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento inadequado,

representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando minar anos de progresso

no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige medicação diferente e mais onerosa.

Face à evolução da tuberculose a nível mundial, a OMS promoveu, no ano 2000, um

movimento global visando a aceleração de acções sociais e políticas no sentido do controlo da

tuberculose no mundo.

O movimento, conhecido como STOP TB Partnership, que engloba centenas de parceiros a

nível mundial, definiu como finalidade eliminar a tuberculose enquanto problema de saúde

pública, tendo como objectivo um mundo livre desta doença em 2050. Foi definido um plano

de acção através do qual se procura garantir compromisso político na luta contra a

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101

tuberculose, apoio financeiro, intervenção activa, envolvimento dos doentes e participação

comunitária, investigação e desenvolvimento.

O Programa de Luta contra a Tuberculose é coordenado e avaliado pela Direcção-Geral da

Saúde (DGS), em colaboração com a Comissão Nacional de Luta contra a Tuberculose. Tem

como finalidade a redução sustentada do impacto da tuberculose na saúde da comunidade,

através duma diminuição anual da taxa de incidência - a qual será atingida através do aumento

da taxa de detecção de casos novos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso

terapêutico.

Assim, novas abordagens no diagnóstico da TB, associadas a sistemas de saúde aperfeiçoados

e a uma maior informação da população, com investimento simultâneo na estratégia DOTS

(correspondendo, em Português, a Toma de Observação Directa) e nos testes IGRA são

decisivas na detecção e tratamento precoces desta doença que deve ser encarada como uma

“pandemia” a controlar.

Resultados

Foram notificados 191 casos dos quais 181 foram casos novos, 9 foram recidivas e 1 após

interrupção de tratamento (dados preliminares).

O distrito de Aveiro foi o que notificou o maior número de casos novos, 68 (37,6 %) seguido

pelos distritos de Castelo Branco com 27 casos (14,9 %) e de Viseu com 26 casos (14,4 %),

Quadro 69.

Quadro 69 - Casos Novos de Tuberculose por Distrito

Distrito M F MF %

Aveiro 42 26 68 37,6

C. Branco 15 12 27 14,9

Coimbra 11 10 21 11,6

Guarda 13 2 15 8,3

Leiria 14 10 24 13,2

Viseu 20 6 26 14,4

Total 115 66 181 100,0

Fonte: SVIG TB

A incidência de TB na Região Centro em 2010 foi de 10,14%0000, decrescendo relativamente a

2009 (13,14%0000) e mantendo assim a tendência decrescente que se tem verificado ao longo

dos últimos 5 anos (Gráfico 36).

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102

Gráfico 36 - Evolução da taxa de incidência da Tuberculose na Região Centro 2005 a 2010

Fonte: SVIG TB

Dos casos novos notificados 166 (91,7%) foram detectados por rastreio passivo após sintomas

e apenas 3 (1,66%) através do rastreio de contactos.

O teste VIH foi realizado em 43,1% dos 78 casos novos diagnosticados e em 9 destes casos

(11,5%) a TB foi indicativa de SIDA.

A toma observada directa (quadro seguinte) regista-se em 57,5% dos doentes, havendo ainda

uma percentagem de 10,5% em que não houve registo desse indicador, desconhecendo-se,

assim, se encontram ou não em TOD.

Quadro 70 - Cobertura de TOD

Dos casos novos notificados, 93,9 % eram de nacionalidade portuguesa e apenas 6,1 % foram

diagnosticados em estrangeiros.

19,53

16,68 16,33 14,45

13,14

10,14

2005 2006 2007 2008 2009 2010

TOD Nº %

Com TOD 104 57,5

Sem Registo 19 10,5

Sem TOD 58 32,0

Total 181 100,0

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103

Quadro 71 - Casos novos por Nacionalidade 2009

Nacionalidade Nº %

Portugueses 170 93,9

Estrangeiros 11 6,1

TOTAL 181 100,0 Fonte: SVIG TB

Relativamente aos imigrantes predominam os de Angola, Brasil e França com 2 casos cada.

Quadro 72 - Casos Novos Notificados em 2010, por País de Origem

País de Origem Nº %

Portugal 170 93,92

Andorra 1 0,55

Angola 2 1,11

Brasil 2 1,11

Cabo verde 1 0,55

França 2 1,11

Roménia 1 0,55

Ucrânia 1 0,55

Uzbequistão 1 0,55

TOTAL 181 100,00

Fonte: SVIG TB

Em 63% dos doentes a localização principal da doença foi exclusivamente pulmonar e 10%

apresentavam lesões a nível pulmonar e também em outros órgãos (Gráfico 37).

Dos casos com lesões extrapulmonares predominaram a tuberculose pleural e linfática.

Gráfico 37 - Distribuição dos casos de Tuberculose segundo a localização

Fonte: SVIG TB

A incidência da tuberculose multirresistente tem vindo a diminuir, havendo, a 31/12/2010, 2

casos em tratamento.

114 (63%) 10 (6%)

57 (31%)

Pulmonares

Pulmonares e outra

Extra - pulmonar

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104

5. Programa de saúde materno-infantil e dos adolescentes

A Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (CRSMCA), nomeada

em 18 de Maio de 2009, viu o seu papel de coordenação reforçado com a publicação do

Despacho nº 9872/2010 de 11 de Junho. Além da coordenação da referenciação entre a rede

de cuidados primários de saúde e os hospitais, este despacho – cuja elaboração contou com a

colaboração da CRSMCA da ARSC - veio acrescentar a responsabilidade de promoção da

articulação entre os hospitais que integram a rede de referenciação materno-infantil

(articulação inter-hospitalar).

As unidades coordenadoras funcionais (UCF) são fundamentais à prossecução dos objectivos

de promoção da saúde da mulher, criança e adolescente, assumindo, assim, uma dimensão

estratégica.

O Decreto-lei 281/2009 de 6 de Outubro cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na

Infância (SNIPI) que tem por objectivo “garantir condições de desenvolvimento das crianças

dos 0-6 anos, com funções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas actividades

típicas para a respectiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de

desenvolvimento, bem como as suas famílias” (artigo 1º, ponto 1).

O SNIPI é desenvolvido através da actuação coordenada dos ministérios do Trabalho e da

Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, contando com o envolvimento das famílias e da

comunidade.

Cabe às equipas locais de intervenção (ELI) assegurar, entre outras, a articulação com as

Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e os Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens

em Risco (NASCJR) e outras entidades com actividade na área da protecção da criança.

Actividades desenvolvidas

Em 2010 a CRSMCA deu continuidade ao trabalho iniciado em 2009 e teve como principais

objectivos:

Constituir de novo as UCF adaptando-as à nova estrutura dos ACeS

Promover o acesso universal e com equidade nos vários circuitos assistenciais da

saúde da mulher, criança e adolescente, com destaque para as seguintes áreas:

o Saúde reprodutiva;

o Infertilidade;

o Saúde materna;

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o Saúde infantil;

o Intervenção do sector da saúde no âmbito das crianças e jovens em risco;

o Intervenção precoce;

o Saúde dos adolescentes;

Promover a cooperação interprofissional e a complementaridade interinstitucional;

Desenvolver o processo da gestão do conhecimento e de difusão da informação entre

os vários intervenientes;

Desenvolver o processo de avaliação e formação;

Promoção da implementação regional do Despacho nº 9872/2010 de 11 de Junho;

Reunião com todas as vertentes 1 e 2 da Região nas suas próprias sedes (Covilhã,

Guarda, Figueira da Foz, Leiria, Aveiro, Viseu, Castelo Branco, Maternidade Bissaya

Barreto do CHC e Maternidade Daniel de Matos/HUC) para: avaliação do seu

funcionamento; rectificação das redes de referência entre serviços de Pediatria e

serviços de Obstetrícia e entre unidades funcionais dos ACeS prestadoras de cuidados

(USF e UCSP); definição de um Plano de Acção para a rectificação dos protocolos

funcionais interinstitucionais e meios de circulação da informação clínica;

Organização do IV Plenário Regional de todas as UCF agendado para 28 de Janeiro de

2011, em que se pretende que todas as UCF dêem a conhecer os respectivos relatórios

de actividades de 2010 e planos de acção para 2011;

Constituição dos núcleos de apoio às crianças e jovens em risco (NACJR) em

praticamente todos os centros de saúde da Região Centro (dos 85 centros de saúde

apenas 2 não dispõem de NACJR);

Rectificação das redes de referenciação materno-infantis – referenciação de saúde

materna e infantil em toda a Região;

Desenho do circuito assistencial da criança com risco biológico. Foi efectuado um

levantamento estrutural e elaborado um protocolo de avaliação e de regulamentação

das regras de cooperação e complementaridades entre os vários serviços;

Participação em reunião da Comissão de Coordenação Nacional do Sistema Nacional

de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), no âmbito do Decreto-Lei nº 281 /2009 e

reunião com sociedades científicas relevantes (caso do Centro de Estudos Perinatais da

Região Centro);

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106

Participação na elaboração do consenso sobre a avaliação e orientação do risco

obstétrico e na análise das causas do aumento da prematuridade e baixo peso na

Região;

Reuniões com os responsáveis pelos programas de intervenção nos adolescentes da

ARS Centro, perspectivando a concretização do Circuito Assistencial dos Jovens;

Concretização do 1º Programa de Formação de Prestadores em Medicina do

Adolescente (que decorreu de Fevereiro a Julho 2010 em Coimbra) e elaboração de

plano para a assistência aos adolescentes na Região;

Estruturação da referenciação das crianças/jovens com suspeita de consumos de

substâncias ilícitas e da área da Pedopsiquiatria na Região;

Reinício da auditoria dos óbitos perinatais e infantis na Região;

Promoção da informatização da Carta de Nascimento e da Alta como fonte de

monitorização contínua da qualidade dos serviços prestados (em articulação com a

Assessoria Especializada de Informação e Comunicação);

Disponibilização de informação actualizada na página web da ARSC (incluindo circuitos

assistenciais e normas de orientação clínica).

Acção da saúde para crianças e jovens em risco

Em 31 de Dezembro de 2010, dando cumprimento ao Despacho n.º 31292/2008, de 5 de

Dezembro, a ARSC dispunha de NACJR em todas os seus ACeS e nas ULS do seu âmbito

territorial – à semelhança dos hospitais com atendimento pediátrico (incluindo as duas

maternidades com apoio perinatal diferenciado – Maternidade Daniel de Matos e

Maternidade Bissaya Barreto).

Quadro 73 - N.º de Núcleos constituídos

Ano de Formação NACJR NHACJR

2007 5 5

2009 19 2

2010 47 3

Aguardam Formação 5 2

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107

Gráfico 38 - Constituição dos NACJR no âmbito territorial da ARSC,IP

Gráfico 39 - Constituição dos N (H) ACJR no âmbito territorial da ARSC, IP

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108

Actividades desenvolvidas:

Apoio aos núcleos;

Disponibilização da Ficha de Sinalização e de ferramenta informática para a sinalização

de casos;

Organização de 6 acções de formação para novos N(H)ACJR;

Disponibilização no site da ARSC de informação relevante (documentação e legislação

referente ao Projecto “Acção da Saúde para Crianças e jovens em Risco”, bem como a

composição de todos os NACJR e NHACJR);

Participação nas reuniões com a Comissão de Acompanhamento da DGS;

Elaboração de duas grelhas para todos os N(H)ACJR com o intuito de identificar:

o Principais dificuldades sentidas pelos núcleos;

o Necessidades formativas e outras;

o Dados estatísticos (produção assistencial).

Quadro 74- Casos sinalizados

N.º de casos sinalizados

M F Total

420 379 799

Em acompanhamento 230 195 424

Arquivados 70 78 148

Encaminhados 293 247 540

- Para parceiros do 1.º nível 166 135 301

- Para CPCJ 101 89 190

- Para o tribunal 37 30 67

Gráfico 40 - Monitorização dos casos sinalizados

38,10%

13,30%

48,60%

Em acompanhamento

Arquivados

Encaminhados

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109

Gráfico 41 - Encaminhamento dos casos sinalizados

Quadro 75 - Tipo de maus tratos

Tipo de Mau trato M F total

Negligência 271 224 495

Maus tratos físicos 30 21 51

Abuso sexual 6 20 26

Maus tratos psicológicos 74 62 136

Outros 33 52 85

Gráfico 42 - Tipo de maus tratos

53,94% 34,05%

12,00% Para parceiros do 1.º nível

Para CPCJ

Para o tribunal

62,42% 6,43%

3,27%

17,15%

10,71%

Negligência

Mau trato físico

Abuso sexual

Mau tratopsicológico

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110

Actividades desenvolvidas pela Subcomissão de Coordenação Regional:

Participação nas reuniões da Comissão de Coordenação Nacional do SNIPI;

Participação em reuniões locais de âmbito intersectorial (incluindo as relativas à

proposta de constituição das equipas locais de intervenção) e interno.

Quadro 76 - ELI da Região Centro

Distrito Nº de Concelhos Nº de ELI

Aveiro 12 8

Castelo Branco 11 4

Coimbra 17 10

Guarda 14 5

Leiria 10 6

Viseu 14 7

Figura 7 - ELI da Região Centro

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6. Programa de prevenção do tabagismo

O tabagismo é a dependência socialmente mais bem aceite, pelo que representa uma das

principais causas de morte evitável no Mundo.

A substância psicoactiva responsável por esta dependência é a nicotina-produto que causa

dependência física e psíquica, estando incluído, desde 1992, na 10ª Classificação Internacional

das Doenças (CID – 10) e, desde 1994, no DSM-IV. Na maioria dos casos esta dependência é

adquirida durante a infância e adolescência, etapas de maior vulnerabilidade psicossocial.

O consumo de tabaco é a primeira causa de morte evitável e prematura e de doença crónica.

As consequências do consumo de tabaco incluem, não só os fumadores, mas todos aqueles

expostos ao seu fumo (“fumadores passivos”). O fumo de tabaco ambiental é considerado a 3ª

principal causa de morte evitável pela OMS.

A cessação tabágica visa melhorar não só a qualidade de vida dos fumadores (e expostos), mas

também a sua saúde e reduzir a mortalidade e morbilidade associadas ao consumo de tabaco.

As estratégias de promoção e capacitação em saúde são essenciais para diminuir a iniciação do

consumo (prevenção primordial), assim como motivar os fumadores para a cessação.

A epidemia tabágica nas mulheres é outro “alvo” para a prevenção e promoção da saúde.

Margaret Chan, Directora Geral da OMS refere que “proteger e promover a saúde das

mulheres é fundamental para a saúde e desenvolvimento não só para os cidadãos de hoje, mas

também para aqueles das gerações futuras”.

Actividades desenvolvidas/indicadores/resultados

Quadro 77 - Consultas de cessação tabágica*

Idades dos Utentes

Nº de fumadores com 1ª consulta em 2010

SEXO MASCULINO

SEXO FEMININO

Total fumadores inscritos

(ambos os sexos)

10 a 14 anos 1 0 1

15 a 24 anos 17 14 31

25 a 34 anos 47 39 86

35 a 44 anos 91 50 141

45 a 54 anos 101 48 149

55 a 64 anos 51 18 69

65 a 74 anos 29 3 32

> 75 anos 3 4 7

TOTAL 340 176 516

*Excluindo os ACeS Baixo Vouga II, Baixo Vouga III, Baixo Mondego I, Baixo Mondego II e Baixo Mondego III

(dados não disponíveis)

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112

No quadro 78 podemos verificar que a maioria dos fumadores que frequentaram a consulta de

cessação tabágica são do sexo masculino e que o grupo etário mais prevalente foi o dos 45 a 54

anos de idade.

Quadro 78 - Primeiras consultas

ACES

Nº de fumadores com 1ª consulta em 2010 Total fumadores

inscritos (ambos os sexos) SEXO

MASCULINO SEXO FEMININO

Baixo Vouga I 6 7 13

Baixo Vouga II 124 97 221

Baixo Vouga III 24 21 45

Baixo Mondego I 109 65 174

Baixo Mondego II 34 32 66

Baixo Mondego III 25 13 38

Cova da Beira 69 42 111

Pinhal Interior Norte I 46 14 60

Pinhal Litoral I 24 7 31

Pinhal Litoral II 76 44 120

Dão Lafões III 2 2 4

ULS Guarda 83 28 111

Total 622 372 994 * Excluindo ACeS do Pinhal Interior Norte II, Dão Lafões I e Dão Lafões II e ULS Castelo Branco EPE (dados não disponíveis)

Em 2010 realizou-se um total de 994 primeiras consultas na rede de cuidados primários do

âmbito de jurisdição territorial da ARSC (serviços dependentes/ACeS e unidades locais de

saúde) – excluindo a ULS de Castelo Branco EPE.

Quadro 79 - Total de consultas seguintes*

ACES

Total de consultas seguintes Total de consultas seguintes (ambos os

sexos) SEXO MASCULINO

SEXO FEMININO

Baixo Vouga I 20 30 50

Baixo Vouga II 110 134 244

Baixo Vouga III 50 32 82

Baixo Mondego I 144 89 233

Baixo Mondego II 115 73 188

Baixo Mondego III 50 29 79

Cova da Beira 198 116 314

Pinhal Litoral I 118 38 156

Pinhal Litoral II 80 56 136

Dão Lafões II 5 3 8

ULS Guarda 219 38 257

Total 1109 638 1747 *Excluindo ACeS do Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Dão Lafões I e Dão Lafões III e ULS Castelo

Branco EPE (dados não disponíveis)

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113

O total de consultas seguintes realizadas em 2010 no âmbito de jurisdição territorial da ARSC

(serviços dependentes/ACeS e unidades locais de saúde) foi de 1747 – exceptuando o Pinhal

Interior Norte I e ULS de Castelo Branco EPE (dados não disponíveis).

Utentes utilizadores das consultas de cessação tabágica (2010)

Quadro 80 - Caracterização dos utentes

Nº DE CONSULTAS

SEXO MASCULINO

SEXO FEMININO

Total

1 107 73 180

2 60 38 98

3 44 23 67

4 36 9 45

5 27 5 32

> 5 46 23 69

Total 320 171 491

Dos 491 utentes que frequentaram as consultas de cessação tabágica, 180 (107 no sexo masculino

e 73 no sexo feminino) só a frequentaram uma única vez.

Quadro 81 - Número total de consultas *

ACES 2010

Baixo Vouga I 63

Baixo Vouga II 465

Baixo Vouga III 127

Baixo Mondego I 407

Baixo Mondego II 254

Baixo Mondego III 117

Pinhal Litoral I 187

Pinhal Litoral II 256

Cova da Beira 425

Dão Lafões II 12

ULS Guarda 368

Total 2681 * Excluindo ACeS do Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Dão Lafões I e Dão Lafões III

e ULS Castelo Branco EPE (dados não disponíveis)

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114

Quadro 82 - Unidades de saúde da rede de cuidados primários com consultas de cessação tabágica

ACES Número de centros de saúde com consulta

Baixo Vouga I 4

Baixo Vouga II 6

Baixo Vouga III 2

ULS Castelo Branco 7

Cova da Beira 2

Baixo Mondego I 5

Baixo Mondego II 2

Baixo Mondego III 1

Pinhal Interior Norte I 1

Pinhal Interior Norte II 2

Pinhal Litoral I 1

Pinhal Litoral II 2

Dão Lafões I 2

Dão Lafões II 2

Dão Lafões III 3

ULS Guarda 7

Total 49

A 31/12/2010 encontravam-se em funcionamento na área de jurisdição territorial da ARSC (rede

de cuidados primários) 49 consultas.

Acções de formação para profissionais

Foi desenvolvida uma acção de formação com a carga horária de 12 horas, nos ACeS do Dão

Lafões I, II e III.

Grupo de trabalho regional de prevenção e cessação tabágica

Este Grupo reúne-se periodicamente, sendo constituído pelos responsáveis do tabagismo nos

vários ACeS/ULS e por um médico especialista em Saúde Pública do Departamento de Saúde

Pública e Planeamento da ARSC.

Dentre as actividades desenvolvidas ou promovidas por este grupo destacam-se as seguintes:

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115

Edição de duas newsletters e sua publicação na página web da ARSC (alojadas em

www.arscentro.min-saude.pt em “Saúde Pública/Programas e projectos/Programa

Regional de Prevenção do Tabagismo”);

Edição e divulgação de folhetos no Dia Mundial Sem Tabaco e no Dia Nacional do Não

Fumador;

Publicação de artigo alusivo na imprensa regional;

Organização do 3º Encontro sobre Tabagismo na Região Centro “Tabaco e a Mulher”

(Coimbra, 28 de Maio de 2010);

Participação na Sessão “A mulher fumadora” em comemoração do Dia Mundial Sem

Tabaco (organização: Sociedade Portuguesa de Pneumologia).

Outras intervenções na comunidade

ACeS Pinhal Litoral II

Acção de sensibilização aos funcionários de um grupo empresarial – presentes 30

funcionários;

Sensibilização à população com a medição de CO e espirometria na Praça Rodrigues Lobo,

em Leiria;

3º Encontro de Cessação Tabágica ACeS Pinhal Litoral I /Hospital de Sto André.

ULS Castelo Branco

Acção de sensibilização no Hospital Amato Lusitano (espirometria, medição de CO, peso e tensão

arterial).

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116

7. Problemas ligados ao álcool

Os Problemas Ligados ao Álcool (PLA) assumem um carácter eminentemente transversal, com

consequências na saúde individual, na família e sociedade e na economia dos países. Por outro

lado, emergem novos padrões de consumo preocupantes, em especial junto dos jovens.

Portugal é um dos países que tem mantido um consumo per capita de bebidas alcoólicas elevado,

com importantes repercussões em Saúde Pública.

O Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool surge na sequência do Plano de

Acção contra o Alcoolismo proposto em 2000, pretendendo responder aos desafios que se

colocam - nomeadamente os relacionados com os padrões de consumo de álcool nas camadas

mais jovens da população. Pretende-se, igualmente, uma intervenção mais abrangente sobre a

sociedade em geral.

Transcendência e pertinência do problema de saúde pública

O consumo nocivo do álcool tem consequências não só para os bebedores mas

fundamentalmente para a sociedade em geral. Os padrões inapropriados - porque relacionados

com consumos excessivos, em termos absolutos ou relativos - de consumo de álcool têm

consequências significativas em saúde pública, com impacte em termos sociais e económicos.

Nos Inquéritos Nacionais ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral (2001-

2007) observa-se um aumento da prevalência do consumo para todos os grupos etários. Apenas

20,7% dos portugueses entre os 15-64 anos, refere nunca ter bebido.

Por outro lado, 41,6% referiu ter bebido 6 ou mais bebidas numa ocasião (8,1% fê-lo duas ou mais

vezes por mês, 1,8 % fê-lo quatro ou mais vezes por semana e 1,3 % fê-lo diariamente) e 20,7%

dos portugueses embriagou-se no último ano (1,8% referiu tê-lo feito dez ou mais vezes). De

acordo com estes inquéritos, 7,8% dos portugueses embriagou-se no último mês.

No que diz especificamente respeito à população jovem (15-25 anos), 38,5% dos jovens dos 20-24

anos e 34,6% dos jovens dos 15-19 anos embriagou-se no último ano, sendo que 2,8 % dos jovens

dos 20-24 anos e 1,2% dos jovens dos 15-19 anos, fê-lo dez ou mais vezes. Quando inquiridos

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117

relativamente ao último mês, 15,4 % dos jovens dos 20-24 anos e 11,2% dos jovens dos 15-19

anos relatou ter-se embriagado nesse período.

Numerosos estudos demonstram que existe uma relação dose-resposta entre o consumo de

álcool e a frequência e gravidade de várias doenças. Deste modo, a maiores níveis de consumo

correspondem taxas de mortalidade e morbilidade mais elevadas, designadamente por cirrose

hepática, neoplasias, acidentes nos locais de trabalho e sinistralidade rodoviária. Influenciam

ainda outras situações, como absentismo laboral, comportamentos sexuais de risco, gravidez na

adolescência, agressividade e violência.

Perante este problema justifica-se que a política actual em relação aos PLA deva apontar para a

necessidade de uma sensibilização ao nível da população, no sentido da redução do consumo

global e dos consumos de risco, assim como a intervenção junto dos utentes com consumos de

risco, consumos nocivos e dos dependentes alcoólicos.

Neste contexto, torna-se relevante uma Rede de Referenciação Alcoológica Nacional, com uma

arquitectura claramente definida. Esta rede deverá ser enquadrada pelo Plano Nacional de Saúde,

devendo ser desenvolvida em conformidade com o Plano Nacional para a Redução dos Problemas

Ligados ao Álcool 2009-2012.

Esta rede deverá incluir, não só os serviços de saúde, mas também parceiros relevantes

(institucionais e comunitários), envolvendo múltiplos agentes e diferentes sectores, como sejam o

da educação, da segurança social, do trabalho, da justiça.

Actividades desenvolvidas:

Diagnóstico da situação regional no âmbito dos PLA e identificação das equipas de

Alcoologia a funcionar nos ACeS da ARS do Centro, assim como os coordenadores,

consultas e respectiva carga horária;

Nomeação dos responsáveis / interlocutores na área de Alcoologia em cada um dos

ACeS da ARS do Centro;

Participação na organização de uma Rede de Referenciação de Alcoologia, baseada

nas orientações do IDT;

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118

Participação na elaboração do Manual da Abordagem do PLA nos cuidados de saúde

primários (CSP), preparado no âmbito do Projecto PHEPA. (Projecto Europeu

relacionado com o álcool nos cuidados de saúde primários).

Definição dos conteúdos de duas brochuras para Cuidados de Saúde Primários, uma

para utentes e outra para profissionais de saúde (em colaboração com o Núcleo de

Comportamentos Aditivos).

Participação do Coordenador Distrital em reuniões com os parceiros envolvidos, quer

a nível dos CSP, quer a nível da Unidade de Alcoologia, serviços de saúde mental e

IDT.

Actividades previstas e não desenvolvidas:

Reuniões com os interlocutores/responsáveis dos ACeS pelos PLA;

Uniformização de indicadores de avaliação em articulação com todos os parceiros

envolvidos - dependente da constituição da Rede de Referenciação Alcoológica;

Formação de profissionais de saúde a fim de integrarem novas equipas de alcoologia.

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119

8. Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar

Ao longos dos últimos anos - e tendo em consideração a mudança de paradigma da Saúde Pública

- o Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar (PQVA) delineou a sua actividade em projectos

de intervenção comunitária que visam a minimização dos problemas de saúde decorrentes de

uma alimentação inadequada.

Sendo a nutrição humana determinante major do estado de saúde de uma população, foram

criadas linhas de orientação promotoras de uma maior eficiência dos serviços. Assim, foram

desenhadas estratégias passíveis de implementar a nível local, permitindo-nos assim chegar a

toda a população da Região Centro, com recurso à rede de serviços operativos de saúde pública.

Ultrapassados os primeiros constrangimentos decorrentes de um “formato novo” de

implementação no terreno, tem sido relativamente simples aplicar esta metodologia, que visa

essencialmente diminuir as doenças mais prevalentes (aquelas que, simultaneamente,

apresentam maior impacto social e económico), nomeadamente as doenças cardio e cérebro

vasculares, algumas neoplasias e a obesidade.

Assim, no ano de 2010 foi alvo de uma particular atenção o novo projecto na área da prevenção

das doenças cardiovasculares: projecto sopa.come. Relativamente ao projecto oleovite de

controlo dos compostos polares nos óleos de fritura da restauração/restauração colectiva,

procedeu-se à aquisição de equipamento de monitorização (sondas).

A ARSC, através das unidades de saúde pública dos seus serviços desconcentrados (ACeS), avaliou

mais de 2 000 óleos de fritura em estabelecimentos de restauração/restauração colectiva da

Região. Esta intervenção tem como objectivo de saúde prevenir as neoplasias associadas à

ingestão de compostos polares presentes nos alimentos em resultado da fritura.

Apesar de apenas 7% das avaliações apresentarem valores acima do admissível, entendeu-se

pertinente dar continuidade a este projecto, tanto mais que reforça a interacção com os

responsáveis dos estabelecimentos intervencionados e sensibiliza os mesmos para escolhas

conscientes e mais saudáveis das gorduras a utilizar na alimentação e para o respeito das boas

práticas na manipulação de alimentos.

Projecto sopa.come

Este projecto surgiu na sequência do projecto pão.come (redução do sal da alimentação da

população da Região Centro). A sopa ocupa um lugar de relevo na alimentação mediterrânica,

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120

pelo que deverá ser promovido o seu consumo. Contudo, a sopa pode veicular grandes

quantidades de sal e tornar-se por isso perniciosa na alimentação.

No ano de 2010 foi feito o diagnóstico dos teores de NaCl na restauração colectiva em 25

concelhos que fazem parte da área geo-demográfica abrangida pela ARSC. O diagnóstico supra-

referenciado foi desenvolvido pelos profissionais de saúde pública das unidades de saúde pública

dos ACeS e pelos laboratórios de Saúde Pública de Coimbra (dependente da ARSC/DSPP) e da

Guarda (dependente da ULS da Guarda, EPE).

Quadro 83 - Análise de resultados dos estabelecimentos que fazem parte dos ACeS do Distrito de Coimbra

(análise 0 – diagnóstico)

Estabelecimentos Número

Dose de sopa (g)

média

g de NaCl/100g

de sopa

média

g NaCl/dose média

Cantinas 392 340,38 0,57 1,93

Restaurantes 292 367,66 0,72 2,67

Total 684 352,03 0,63 2,24

Quadro 84 - Análise de resultados dos estabelecimentos de restauração colectiva da ULS da Guarda (análise 0 – diagnóstico)

Estabelecimentos Número Dose de sopa (g)

média

g de NaCl/100g

de sopa

média

g NaCl/dose média

Cantinas 179 377,87 0,47 1,77

* As diferenças dos números apresentados nos gráficos anteriores devem-se fundamentalmente à entrada da ULS da

Guarda, numa fase mais tardia do processo

0

5

10

15

Coimbra Guarda

Número de concelhos incluidos no diagnóstico

0

100

200

300

400

500

Coimbra Guarda

Número de cantinas intervencionadas

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121

Os resultados do presente diagnóstico mostram evidência que a quantidade de sal ingerido num

alimento nutricionalmente recomendado pelo seu valor alimentar é excessivo, tendo em

consideração os teores máximos recomendados pela OMS (5g/dia).

Complementarmente e para estruturação da metodologia, foram realizadas as seguintes

actividades laboratoriais no âmbito do PQVA:

1) Avaliação analítica dos teores de sal das sopas processadas (liofilizadas/ conservação a

fresco/ longa duração), conferindo a rotulagem e definindo os teores nas sopas não

referenciadas. Este estudo serviu-nos para avaliar as ofertas de mercado e

simultaneamente estabelecer uma plataforma de negociação com as empresas nacionais

de processamento deste produto;

2) Realização de provas cegas de degustação para aferição da capacidade de tolerância à

redução de sal neste alimento entre profissionais de saúde seleccionados (amostragem de

conveniência);

3) Concepção de adequação de quantitativos de NaCl a volumetrias de sopa de legumes,

fixas.

A nível global foram igualmente desenvolvidas provas cegas de degustação numa IPSS, para aferir

do grau de tolerância dos idosos à redução de NaCl por porção (prato de sopa).

320330340350360370380390

Coimbra Guarda

Dose média de sopa (em gramas)

1,65

1,7

1,75

1,8

1,85

1,9

1,95

Coimbra Guarda

NaCl em g por dose média de sopa

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Coimbra Guarda

NaCl por 100g de sopa

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122

Projecto pão.come

Actividades desenvolvidas

Reuniões parcelares com os profissionais de saúde pública envolvidos no

projecto,

Reunião de avaliação do projecto, incluída na reunião geral do PQVA;

Artigos para revistas e jornais,

Candidatura ao prémio Nutrition Awards da Associação Portuguesa dos

Nutricionistas (galardoado com uma Menção Honrosa Categoria Promoção da

Saúde);

Apresentação do projecto a convite da organização II Congresso Mundial de

Nutrição em Saúde Pública (II World Congress of Public Health Nutrition/I

Latinamerican Congress of Community Nutrition), que se realizou no Centro de

Congressos da Alfandega do Porto de 23 a 25 de Setembro de 2010;

Apresentação de poster no II Congresso Nacional de Saúde Pública que se realizou

no Centro de Congressos da Alfandega do Porto em 28 e 29 de Outubro de 2010;

Representação no evento do parque do pão.come promovido pela ACIP

(Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares) que

se realizou em Miranda do Corvo;

Candidatura ao Prémio Boas Práticas em Saúde. Depois de avaliado em Agosto de

2010 foi excluído da candidatura por ter sido galardoado no ano de 2009 pelo

Alto Comissariado da Saúde na Categoria Promoção da Saúde.

Resultados a 31 de Dezembro de 2010 (projecto pão.come)

O projecto teve início no ano de 2010 em 10 novos concelhos encontrando-se concluído ou em

fase de conclusão nos restantes 68.

26

60 68

78

2007 2008 2009 2010

Concelhos envolvidos

322

761 937

1058

2007 2008 2009 2010

padarias

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123

As médias regionais de NaCl por 100g de pão dos concelhos que já cumpriram a 4.ª fase do

projecto inicial encontram-se em valores de 0,91. Nos 22 concelhos que fizeram uma 5ª avaliação

encontraram-se as mesmas médias regionais havendo contudo diferenças entre os concelhos da

ULS da Guarda e os concelhos de Coimbra.

* Excluiu-se desta análise o concelho da Figueira da Foz que apresentou valores médios em 20 amostras analisadas de

1,21

A ULS da Guarda EPE realizou uma sexta avaliação em 167 amostras, colhidas em padarias de 12

concelhos cujo valor médio de Na Cl/100g de pão foi de 0,83g.

Projecto Aguarela Alimentar

Projecto de formação profissional que visa a capacitação dos profissionais dos cuidados de saúde

primários (médicos e enfermeiros) na área da nutrição humana e comorbilidades associadas aos

distúrbios alimentares. Este projecto da ARSC, com 5 anos de execução, foi modificado em 2010

por forma a contemplar áreas como a psiquiatria, psicologia e “gastronomia clínica”.

Foram realizadas três formações Aguarela Alimentar perfazendo um total de 55 profissionais.

Média etária de 43 anos

Masculino 11%

Feminio 89%

5.ª avaliação

Distritos Concelhos Amostras Média de Na Cl/100g de pão

Coimbra 9* 124 0,98

Guarda 12 171 0,86

Região Centro 21 295 0,91

24%

76%

Médica Enfermagem

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124

9. Programa de promoção da saúde em meio escolar

9.1. Programa nacional de promoção da saúde oral (PNSO) / contratualização

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) corresponde a uma estratégia global

de intervenção assente na promoção da saúde e prevenção primária e secundária da cárie

dentária. A promoção da saúde e prevenção da doença são assegurados pelas equipas de saúde

escolar com suporte da intervenção curativa, operacionalizada maioritariamente através da

contratualização.

O PNPSO compreende 5 projectos:

1. Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ) - permite prestar cuidados médico dentários a

coortes (7, 10 e 13 anos) de crianças escolarizadas integradas em programa de

saúde oral e que desenvolvem cárie dentária;

2. Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) - destinado a crianças com idade até aos 6

anos que apresentam situações de cárie dentária de considerável gravidade

avaliadas pelo médico de família;

3. Saúde Oral na Gravidez (SOG) - destinado a grávidas seguidas no SNS;

4. Saúde Oral nas Pessoas Idosas (SOPI) - destinado a beneficiários do complemento

solidário para idosos;

5. Saúde Oral em utentes com VIH - destinado a utentes com o vírus VIH e

portadores da SIDA.

Quadro 85 - Médicos aderentes

Centro Nacional

Médicos 739 3690

Locais 1043 5814

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125

Gráfico 43 - Saúde Oral na Saúde Infantil

Gráfico 44 - Saúde Oral Crianças e Jovens

Gráfico 45 - SOCJ – Coortes

0

1000

2000

3000

4000

Cheques emitidos Cheques utilizados

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

Cheques emitidos Cheques utilizados

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

7 anos 10 anos 13 anos

Cheques emitidos

Cheques utilizados

Taxa Exec. ARSC 61%

Taxa Exec. ARSC 52%

Taxa Exec. ARSC 52%

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126

Gráfico 46 - Referenciação Higienista Oral

Gráfico 47 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias)

Gráfico 48 - Saúde Oral na Gravidez

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Ref. Emitidas Ref. Utilizadas

0

100

200

300

400

500

600

700

Cheques emitidos Cheques utilizados

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Cheques emitidos Cheques utilizados

Taxa Exec. 53%

Taxa Exec. 63%

Taxa Exec. 63%

Taxa Exec. 63%

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127

Gráfico 49 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas

Gráfico 50 - Saúde Oral em utentes com VIH

Da análise dos graficos verifica-se que:

Aderiram ao programa 1 040 prestadores de cuidados médico dentarios, distribuídos por toda

a área territorial da Região Centro;

No SOSI foram abrangidas 3 689 crianças com emissão de cheque dentista pelos médicos de

família;

No SOCJ foram abrangidas 52 083 crianças com emissão do respectivo cheque dentista pelas

equipas de saúde escolar. Também neste projecto foram abrangidas mais 5 759 crianças por

consultas de saúde oral prestadas pelos higienistas orais dos ACeS/centros de saúde. Na

continuidade deste projecto surgiu o SOCJi (para idades intermédias) tendo sido abrangidas

666 crianças, com emissão de cheque dentista pelos médicos de família;

No SOG foram abrangidas 5 983 grávidas que frequentam o SNS com emissão de cheque

dentista pelos médicos de família;

No SOPI foram abrangidos 1 125 idosos beneficiários do complemento solidário para idosos,

com emissão de cheques dentistas pelos médicos de família;

900

950

1000

1050

1100

1150

Cheques emitidos Cheques utilizados

0

1

2

3

4

Cheques emitidos Cheques utilizados

Taxa Exec. 88%

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128

No VIH/SIDA foram abrangidos 4 utentes portadores do vírus VIH com emissão de cheques-

dentista pelos médicos de família. Não foi utilizado nenhum cheque, devido ao início deste

projecto no final do ano 2010. Estes dados foram obtidos a partir da aplicação informática

SISO, que monitoriza os 5 projectos.

9.2. Programa nacional de saúde escolar (PNSE)

O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) assenta na execução sistemática de um conjunto de

actividades organizadas, que contemplam uma intervenção integrada em quatro áreas: a saúde

individual e colectiva, a inclusão escolar, o ambiente e os estilos de vida.

Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que nos permitiram

evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar. A avaliação quantitativa visa

monitorizar a execução do PNSE e traduz-se em taxas de cobertura.

Apesar das dificuldades na recolha da informação e em tornar visíveis as actividades de saúde

escolar desenvolvidas pelos profissionais, devido à inexistência de uma base informática que

permita o registo e posterior avaliação do programa, existiu desde sempre um sistema de

avaliação, que ao longo do tempo nos tem permitido monitorizar as actividades nesta área.

Assim, a avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos são transcritos para suportes de

informação normalizados, preenchidos ao nível local, remetidos à ARSC e por este instituto

público compilados, tratados e analisados, a fim de serem enviados à DGS.

A intervenção da saúde em contexto escolar incide frequentemente sobre problemas

multifactoriais, decorrentes de uma população-alvo muito heterogénea e contextos complexos e

realidades muito variáveis. Os profissionais que trabalham em saúde escolar direccionam a sua

intervenção dando resposta às necessidades, reais e sentidas, da comunidade educativa.

A reorganização dos cuidados de saúde primários, com a criação dos agrupamentos de centros de

saúde (ACeS) - internamente organizados em unidades funcionais – teve implicações na

implementação do PNPSE a nível local, devido à mobilidade de pessoal para unidades não

directamente responsáveis pelo desenvolvimento destas actividades, escassez de recursos

humanos ou eventuais dificuldades ou constrangimentos na articulação entre as várias unidades

existentes.

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129

Seja qual for a realidade vivenciada, torna-se cada vez mais necessário definir e sedimentar

estratégias regionais de acção pertinentes neste domínio, com a cooperação de todos os

parceiros internos e externos envolvidos, definindo metodologias de trabalho/articulação entre

unidades e a afectação de recursos, que permita melhorar os indicadores do PNPSE.

Resultados (indicadores de produção e taxas de execução)

Avaliação dos indicadores 2010

Quadro 86 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar 2010

- Act

INDICADOR

META %

Avaliação

1.

Agrupamentos de centros de saúde que desenvolvem actividades no âmbito do PNSE

100

100

2.

Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do ensino pré-escolar

90

87

3.

Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do 1º ciclo do ensino básico

92

86

4. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário.

90

96

5. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino pré-escolar

86

82

6. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 1º ciclo do ensino básico.

85

83

7.

Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 2º ciclo do ensino básico

55

65

8.

Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 3º ciclo do ensino básico

55

61

9.

Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino secundário

50

37

10.

Taxa de cobertura, pelo Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do ensino pré-escolar

60

56

11.

Taxa de cobertura pelo, Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do 1º ciclo do ensino básico

76

69

12.

Taxa de cobertura, dos alunos com 6 anos, por exames globais de saúde (EGS)

77

73

13.

Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 6 anos

91

92

14.

Taxa de cobertura, dos alunos com 13 anos, por EGS

54

57

15.

Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 13 anos

89

92

Apesar das transformações organizacionais em curso, a implementação do PNPSE no ano lectivo

de 2009/2010 foi uma realidade em todos os ACeS/ULS da Região Centro. No entanto, e se

considerarmos os centros de saúde, só 95% destes desenvolveram actividades de saúde escolar.

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130

A população-alvo do Programa de Saúde Escolar são alunos, professores, educadores de infância,

auxiliares de acção educativa e pais a que genericamente se designa por Comunidade Educativa.

Apesar da proporção de escolas abrangidas pelo programa ter diminuído, verificou-se um

aumento no número de alunos abrangidos por actividades de saúde escolar. Assim 82% dos

alunos do ensino pré-escolar, 83% dos alunos do 1º ciclo, 65% dos alunos do 2º ciclo, 61% dos

alunos do 3º ciclo do ensino básico e 37% dos alunos do ensino secundário, tiveram oportunidade

de participar nas acções desenvolvidas.

Das 2 257 crianças com necessidades de saúde especiais (NSE) detectadas no âmbito deste

programa (nomeadamente casos de défice visual, auditivo, doença crónica ou outro), foi possível

o encaminhamento de cerca de 81% destas crianças, tendo ficado tratadas ou em tratamento

cerca de 41% das crianças encaminhadas.

Cerca de 48% das escolas têm Programa de Prevenção de Acidentes e foram monitorizados cerca

de 3 976 acidentes, dos quais em 82% dos casos houve recurso aos serviços de saúde para

tratamento.

As equipas de saúde escolar (SE) apoiaram/desenvolveram projectos específicos de promoção da

saúde, abrangendo todos os graus de ensino em áreas diversas como: vida activa saudável,

educação alimentar, educação sexual, relações interpessoais, absentismo escolar, consumos

nocivos, prevenção da violência e outros, tendo realizado parcerias com outras instituições,

comissões, organizações não governamentais (ONG) e outros.

De referir a parceria da ARSC no âmbito do Projecto “5 ao dia”. Esta iniciativa do Mercado

Abastecedor de Coimbra, que conta com a colaboração de diversos organismos e entidades dos

sectores da saúde, educação e outros, visa a promoção do consumo de frutas e produtos

hortícolas (5 porções por dia) nas crianças escolarizadas entre os 7 e os 12 anos de idade

(http://www.arscentro.min-saude.pt/Noticias/Paginas/ARSCparceiranoPrograma5aoDia.aspx).

Das actividades de execução corrente, a realização dos exames de saúde global (ESG) tem vindo a

aumentar gradualmente a sua execução, embora este ano tenha apenas sido realizado a 73% dos

alunos com 6 anos e 54% com 13 anos.

O Programa Básico de Saúde Oral foi desenvolvido por 56% dos alunos do pré-escolar e 69% do 1º

ciclo o que ficou aquém da meta desejada.

A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas é um aspecto a melhorar,

tendo a DGS, em articulação com as coordenações das ARS, criado um grupo de trabalho para

propor as alterações necessárias.

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131

10. Programa de gestão ambiental

A gestão sustentável de instalações e serviços constitui uma preocupação crescente de acordo

com as guidelines internacionais para a melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde,

traduzida em ganhos quer para a população quer para o ambiente e assegurando, desta forma, a

qualidade e a eficiência do seu funcionamento. Trata-se de uma área privilegiada em matéria de

saúde ambiental.

A sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde é uma intervenção dinâmica, iniciada na

concepção/implementação de serviços e recursos, efectivada através da gestão e qualificação dos

serviços e consolidada através de uma avaliação permanente para garantia de qualidade.

A análise e avaliação das condições existentes, bem como dos meios disponíveis para optimização

da intervenção a desenvolver em saúde ambiental, são fundamentais para a prossecução do

programa, dando continuidade aos projectos anteriormente iniciados e alargando a área de

intervenção face a novas solicitações e desafios.

Nas três áreas fundamentais anteriormente consideradas, foram incluídos novos projectos, tendo

como enquadramento a gestão ambiental e a qualidade e monitorização dos determinantes

ambientais:

Projecto de qualidade ambiental – engloba todos os projectos relacionados com a

intervenção em matéria de determinantes ambientais da saúde e de intervenções e

pareceres em matéria de saúde ambiental;

Projecto de resíduos hospitalares – a implementação da organização no SIRAPA (Sistema

Integrado de Registo de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente) e

complementarmente a implementação da gestão de resíduos na administração pública;

Projecto de prevenção de doenças e riscos decorrentes de factores ambientais de

desenvolvimento ou transmissão.

Como principal objectivo estabeleceu-se o cumprimento das metas definidas no anterior Plano

de Acção, bem como a prossecução dos objectivos estabelecidos face aos diagnósticos de

actualização. O trabalho desenvolvido tem vindo a ser consolidado com reuniões conjuntas

realizadas no DSPP com todos os ACeS, e a nível de acções de formação/reflexão realizadas nos

ACeS.

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132

1 - Projecto de qualidade do ar

Tem como fundamentação legal a alínea a) do ponto 2 do artigo 3º do Decreto-lei nº 78/2004, ou

seja a “obrigatoriedade de todas as instalações de combustão com uma potência térmica nominal

superior a 100KWth efectuarem a monitorização pontual das suas emissões, duas vezes em cada

ano civil” (número 1 do artigo 19º).

Indicadores de actividade

Durante o ano de 2010 foram concluídas as monitorizações previstas de monitorização das

emissões gasosas das fontes fixas do ACeS, tendo sido a todos comunicado o parecer de validação

da monitorização e cumprimento dos limites de emissão, e definição de periodicidade, da

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (com excepção de dois centros

de saúde, por restrições decorrentes da construção das chaminés existentes, cuja correcção se

aguarda). Foram atingidas as metas propostas.

Resultados da implementação do programa de gestão ambiental

Quadro 87 - Monitorização das emissões gasosas (Decreto-lei nº 78/2004)

2 -Resíduos hospitalares: implementação da organização no SIRAPA e implementação da

gestão de resíduos na administração pública

Projecto de resíduos hospitalares

Foram identificados os registos de estabelecimentos produtores de resíduos hospitalares

pertencentes à organização ARSC e, atendendo ao pedido da Âgencia Portuguesa do Ambiente

(APA) de um nível concelhio de desagregação, foi considerado como estabelecimento o centro de

saúde.

Atendendo à classificação legal de resíduo hospitalar, englobam-se os laboratórios de Saúde

Pública, os centros de diagnóstico pneumológico (CDP) e a Farmácia da ARSC. Esta decisão

implicou a manutenção de um registo por cada centro de saúde e respectivo pagamento de guias

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133

no SIRAPA designadas como Documento Único de Pagamento (DUC).

Indicadores de actividade

Foram efectuadas as seguintes actividades programadas:

Reunião com os directores executivos dos ACeS da ARSC, para informação relativa a

pagamento de DUC do SIRAPA e registos afectos a cada ACeS (promovida pelo Conselho

Directivo da ARSC);

Sensibilização para implementação da gestão de resíduos e da constituição de equipas de

gestão;

Implementação da gestão de resíduos da função pública na ARSC;

Mantém-se a gestão do procedimento (guias, notificações, etc. com efeito suspensivo até

resolução e decisão final da situação pela APA);

Pagamento dos DUC efectivos e regularização até Janeiro de 2011, no SIRAPA:

Quadro 88 - Situação da organização ARSC, IP no SIRAPA e DUC pagos

Número de registos SIRER da ARS Centro e DUC pagos

Nº de guias/ DUC

Nº de registos SIRAPA 158 Aguarda actualização APA

ACeS ARS Centro 13 154

Laboratórios de Saúde Pública (LSP) 4 8

CDP 4 9

Farmácia ARS C 1 A criar

Total

171

3 - Prevenção de doenças e riscos decorrentes de factores ambientais de desenvolvimento ou

transmissão

No que diz respeito à intervenção sobre os determinantes ambientais de saúde foram

implementadas medidas de avaliação e viabilização de existências e recursos para organização de

programas e definição de novas metas.

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Relativamente à água de consumo humano, foi efectuada uma avaliação dos equipamentos

disponíveis nos ACeS para monitorização dos parâmetros básicos de caracterização, tendo os

resultados desta avaliação sido comunicados superiormente.

Dentro dos projectos que foram iniciados na perspectiva da vigilância salientam-se o Projecto de

Vigilância Sanitária de Piscinas, e o Projecto Escolas sem Ruído, ambos tendo como principal

objectivo a salvaguarda da saúde das populações e em especial dos grupos mais jovens.

Vigilância Sanitária de Piscinas

Foi estabelecido um plano faseado de implementação, com definição de metodologia de

intervenção, com vista à uniformização de critérios e procedimentos ao nível da Região Centro e

de metas.

Foram efectuadas reuniões com mais de 60% das unidades de saúde pública dos ACeS da Região

Centro – meta plenamente atingida, conforme o calendarizado.

Escolas sem Ruído

A primeira fase do estudo (elaboração, quantificação e avaliação) iniciou-se em Maio de 2010.

Quadro 89 - 1ª fase do Projecto “Escolas Sem Ruído”

Actividades Cronograma Previsto

Execução 1ª fase 2010

Apresentação do Projecto às USP da ARSC, CM e DREC

Agosto /Setembro 100%

Elaboração de ficha de caracterização das Escolas Setembro 100%

Calendarização das visitas às Escolas para realização das medições

Setembro 100%

Número de monitorizações previstas 18 83,30%

( 3 não efectuadas *)

* monitorizações adiadas: 2 devido a condições atmosféricas incompatíveis com as medições, e 1 por falta de viatura

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11. Programa de gestão das listas de espera hospitalares

A missão das administrações regionais de saúde consiste em assegurar o acesso às populações da

sua área de jurisdição territorial a cuidados de saúde de qualidade (incluindo a sua oportunidade

temporal), adequando os recursos disponíveis às necessidades reais de saúde daquelas

populações.

Assim, a garantia da satisfação de necessidades médicas (i.e., dependentes das tecnologias da

saúde) enquadra-se na missão destes institutos públicos implicando a gestão apropriada do

acesso a procedimentos cirúrgicos e a consultas externas hospitalares.

A dimensão das LIC (Listas de Espera Cirúrgicas) está estabilizada em redor dos 38 000 doentes e a

mediana do tempo é de espera cerca de 4,1 meses (dados provisórios relativos a Dezembro de

2010). Quaisquer melhorias e ganhos significativos, para além deste patamar, dependem da

concentração de recursos técnicos e da criação de centros especializados de alta capacidade de

resposta.

DIMENSÃO LIC ARSC, IP

Fonte: UCGIC * dados provisórios

38.490 38.384 39.969 39.370 39.756

37.831 38.918

37.962

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000M

ar-09

Jun

-09

Set-09

Dez-0

9

Mar-10

Jun

-10

Set-10

Dez 20

10

*

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MEDIANA DO TEMPO DE ESPERA (MESES) - LIC ARSC, IP

Fonte: SIGLIC e SICA - Data de extracção - 28/01/2011 * dados provisórios

Já quanto à LINCE (Lista de Espera para Consultas Externas) verificou-se em 2010 um crescimento

de quase 100% no número de pedidos realizados por via electrónica (Alert) relativamente ao ano

anterior.

Ano

Nº 1ªas consultas realizadas e pedidos de 1ª consulta - ALERT/SICA Nº de pedidos de 1ª Consulta inscritos no

ALERT Informação retirada do SICA/SIARS

Informação retirada do ALERT % consultas realizadas registadas no ALERT

2009 596.766 44.536 7,50% 81.175

2010 607.959* 88.860 14,60% 145.038 Fonte: SIGLIC e SICA - Data de extracção - 28/01/2011 * dados provisórios

3,5 3,5

4

3,7 3,7 3,8

4,3

4,1

3

4

5

Mar-09

Jun

-09

Set-09

Dez-0

9

Mar-10

Jun

-10

Set-10

Dez 20

10

*

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12. Programa regional de capacitação e literacia em saúde

O Programa Regional de Capacitação em Saúde (“Informação para uma correcta decisão”) tem

como pressuposto fundamental o papel do cidadão-utente enquanto actor primordial do sistema

de saúde. A sua finalidade consiste em promover comportamentos adequados na saúde (auto-

gestão da saúde) e na doença (auto-gestão da doença) por parte das populações do âmbito de

jurisdição territorial da ARSC, incluindo a procura apropriada de cuidados de saúde.

A estratégia deste programa assenta na utilização das tecnologias emergentes em informação e

comunicação como instrumentos de literacia e capacitação em saúde e de promoção daquilo a

que vem sendo chamado de “cidadania em saúde”.

A reorganização de assessorias e gabinetes correlatos existentes na ARSC – funcionando,

presentemente, de forma não-integrada - permitiria ganhos em eficiência e a maximização do

impacte da estratégia de comunicação em saúde deste instituto público.

O sector da saúde tem vivido nas últimas décadas uma galopante pressão assistencial resultante

do envelhecimento da população e das expectativas dos cidadãos (“mais e melhores cuidados de

saúde”). A pertinência do Programa Regional de Capacitação em Saúde resulta da

preventibilidade de muitas doenças (associadas a estilos de vida) e dos custos crescentes

associados aos cuidados de saúde.

Actividades desenvolvidas

Dentre as múltiplas actividades desenvolvidas, em exclusivo ou em parceria, por este programa

destacam-se:

Organização do Ciclo de Debates em Saúde (em parceria com o Dolce Vita

Coimbra/Chamartín Imobiliária). Apresentação, numa grande superfície comercial

(estratégia proactiva), de temas relevantes à capacitação em saúde por parte de

profissionais de saúde convidados (ARSC). Foram realizadas 7 das 8 sessões programadas

(periodicidade mensal, de Janeiro a Outubro de 2010).

Participação em sessões de capacitação em saúde, em resposta a solicitações de

entidades e organismos da sociedade civil.

Colaboração em iniciativas regionais de âmbito transversal (eg. Fórum Regional de Saúde

do Centro e preparação do Ano Europeu do Voluntariado 2011).

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Desenvolvimento de actividades de comunicação mediatizada do risco no âmbito do

Plano de Contingência Regional para as Ondas de Calor 2010

(http://diario.iol.pt/noticia.html?id=1175984&div_id=4071).

Disponibilização de contributos no âmbito do PNS 2011-2016/Alto Comissariado em

Saúde em diversas áreas, com destaque para a cidadania em saúde (http://www.acs.min-

saude.pt/pns2011-2016/2010/07/27/ae-cs/comment-page-1/#comment-1150).

O Programa Regional de Capacitação em Saúde da ARSC assegura, no âmbito das suas actividades,

um conjunto vasto de representações deste instituto público junto dos serviços centrais do

Ministério da Saúde: integração da equipa nacional de edição de conteúdos do PORTAL DA SAÚDE

(www.portaldasaude.pt) desde a sua criação em 2005 e gestão do microsite do Delegado de Saúde

Regional do Centro (alojado em www.dgs.pt) com todos os níveis de privilégio (desde a sua

disponibilização em 2006).

O programa garantiu, ainda, a interlocução regional junto do Alto Comissariado da

Saúde/Projecto Nacional de Literacia em Saúde e Capacitação do Cidadão.

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13. Observatório Regional de Apoio ao Sistema SIM-Cidadão

A criação do Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR), pretendeu tornar mais

eficiente o tratamento das reclamações, melhorando o atendimento e a prestação de cuidados de

saúde, com base nas exposições dos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Consequentemente, foi criada uma estrutura responsável pelo acompanhamento e

monitorização, a nível nacional e regional, das exposições efectuadas nos Gabinetes do Utente,

criados pelo Despacho n. 26/86, ou nos livros de reclamações existentes obrigatoriamente em

todos os serviços públicos, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 189/96, de 31

de Outubro.

Com efeito, o Despacho nº 5081/2005 do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde,

criou o Observatório Nacional de Apoio ao Sistema SIM-Cidadão e, junto de cada ARS, os

Observatórios Regionais, com atribuições de acompanhamento e monitorização das exposições e

reclamações dos utentes do SNS que derem entrada nos serviços do âmbito das respectivas ARS,

bem como das decisões a elas respeitantes.

De salientar que o Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, que instituiu os Agrupamentos de

Centros de Saúde (ACES) e criou o Gabinete do Cidadão (GC) como um serviço de apoio, na

dependência directa e funcional do director executivo do ACES, conferindo-lhe a responsabilidade

pelo atendimento e pelo processo de registo, análise, tratamento, proposta de resolução e

resposta a todas as exposições apresentadas pelos cidadãos utilizadores, bem como pela

identificação das medidas correctivas.

Por seu turno e decorrente da reestruturação das ARS operada pelo D.L. n.º 222/2007, de 29 de

Maio, os Estatutos da ARSC, IP, anexos à Portaria n.º 650/2007, de 30 de Maio prevê no seu artigo

8º. a existência do Gabinete Jurídico e do Cidadão ao qual compete, neste âmbito, assegurar, em

cooperação com o Observatório Regional, a gestão das sugestões e reclamações dirigidas ou

encaminhadas para a ARS do Centro, IP.

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140

A missão e os objectivos decorrentes desta articulação são os seguintes:

Acompanhar os indicadores de satisfação e o nível de participação dos utentes do SNS;

Obter e tratar de forma credível e oportuna a informação disponível sobre o modo como

a qualidade dos serviços prestados é percepcionada pelos cidadãos;

Acompanhar e monitorizar as exposições apresentadas pelos cidadãos, bem como as

decisões a elas respeitantes;

Monitorizar o desempenho dos Gabinetes do Cidadão e promover a melhoria contínua do

seu funcionamento e da sua actuação com o SGSR nos serviços de saúde da Região

Centro;

Zelar pelo respeito dos utilizadores dos serviços de saúde, com vista a uma maior e

melhor participação dos mesmos no pleno uso dos seus direitos e deveres de cidadania.

Foram desenvolvidas, em síntese, as seguintes acções:

Atendimento presencial e telefónico dos cidadãos que pretenderam manifestar

directamente, a nível regional, a sua opinião relativamente à actuação dos serviços ou

profissionais de saúde das instituições da Região Centro;

Avaliação e encaminhamento, através do SGSR, das exposições relativas aos centros de

saúde e hospitais da região remetidas à ARSC directamente pelos exponentes ou pelos

Serviços Centrais do Ministério da Saúde, cuja resposta é da responsabilidade da

instituição visada;

Apoio aos GC da Região Centro na implementação dos procedimentos a observar e

circuitos inerentes ao tratamento das exposições nos ACES – continuação;

Identificação das necessidades de formação dos profissionais dos GC;

Esclarecimento/orientação dos profissionais dos GC acerca do preenchimento dos mapas

estatísticos relativos à produção mensal dos GC;

Colaboração com o Departamento da Qualidade em Saúde da DGS, designadamente,

através de:

o Identificação de anomalias e falhas do SGSR,

o Elaboração de propostas de melhorias e desenvolvimentos do SGSR,

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141

o Acompanhamento das actualizações do SGSR (correcções e desenvolvimentos),

o Acompanhamento dos GC na implementação das alterações introduzidas,

o Monitorização e acompanhamento de correcções de inconformidades de registos do

SGSR,

o Monitorização do acesso dos utilizadores do SGSR,

o Acompanhamento de elaboração de Planos de contingência relativos ao período de

suspensão do SGSR,

o Divulgação e esclarecimento das Orientações emitidas pela Coordenação do Sistema

SIM-Cidadão/DGS.

Participação nas reuniões do Observatório Nacional do Sistema SIM-Cidadão;

Participação no Grupo de Trabalho para a Revisão Legislativa do Sistema SIM-Cidadão,

dinamizado pela DGS;

Recolha e sistematização dos dados estatísticos solicitados à ARSC pela Inspecção-Geral

das Actividades em Saúde.

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CAPÍTULO III. REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

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1. Reorganização dos serviços

A reorganização da rede de cuidados de saúde primários, ao abrigo do Decreto-Lei nº 28/2008 de

22 de Fevereiro, assenta na criação de unidades funcionais, integradas nos agrupamentos de

centros de saúde (ACeS), visando a prestação de cuidados de saúde de âmbito individual e

populacional de forma efectiva, equitativa (cobertura) e eficiente, porque concertada.

De acordo com aquele diploma legal, os ACeS são serviços desconcentrados das respectivas

administrações regionais de saúde, sujeitos ao seu poder de direcção (número 3 do artigo 2º).

As unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde de âmbito individual correspondem às

unidades de saúde familiar (USF) e, mais recentemente, às unidades de cuidados de saúde

personalizados (UCSP). As USF encontram-se organizadas em dois modelos (modelo A, dotadas de

incentivos institucionais, e modelo B, dotadas de incentivos individuais), prevendo-se ainda, a

título experimental e supletivo, o modelo C (contratos-programa com os sectores social,

cooperativo e privado).

A par das USF e das UCSP, cada ACeS dispõe, nos termos do diploma em apreço, de uma unidade

de saúde pública (com a missão de observatório local de saúde), de unidades de cuidados na

comunidade e de uma unidade de recursos assistenciais partilhados (à qual incumbe o apoio e

consultoria às restantes unidades funcionais).

1.1. Cuidados de saúde primários

1.1.2. Unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde

Unidades de saúde familiar

As USF surgem de um movimento organizativo voluntário de um conjunto de profissionais de

saúde, e visam a prestação de cuidados de saúde personalizados, garantindo a acessibilidade, a

continuidade e a globalidade dos mesmos.

No ano de 2010 entraram em funcionamento 5 novas unidades de saúde familiar (Flor de Sal,

Rainha D. Teresa, Mondego, Progresso e Saúde, Montemuro), tendo a USF S. Pedro (ACeS D.

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Lafões II) cessado nesse ano a sua actividade. Desta forma, a 31 de Dezembro de 2010

encontravam-se em funcionamento 31 USF (das quais 20 correspondem ao modelo A).

Quadro 90 - USF nos modelos A e B (2009 -2010)

2010 % 2009 %

Var. 09/10

(%)

N.º de USF Modelo B 11 35,5 7 25,9 57,1

N.º de USF Modelo A 20 64,5 20 20,0 0,0

N.º de USF 31 100,0 27 100,0 14,8

Relativamente ao período de 2006 a 2010, verifica-se que 2007 foi o ano em que foram

constituídas mais USF (“pico de incidência”), tendo este número estabilizado em 2009 e 2010.

Gráfico 51 - N.º de USF criadas (2006-2010)

Das 31 USF em funcionamento a 31/12/2010, 11 encontram-se a funcionar de acordo com o

modelo B (maior amadurecimento organizacional, traduzido por um processo de contratualização

mais exigente e, simultaneamente, por um regime retributivo especial para todos os

profissionais).

0 2 4 6 8 10 12

2010

2009

2008

2007

2006

N.º de USF criadas desde 2006

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Quadro 91 – Unidades de saúde familiar em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/2010

Designação das USF ACES Entrada em funcionamento

Modelo A Modelo B

Moliceiro

Baixo Vouga II

14-05-2007 01-03-2010

Santa Joana 23-06-2008 Beira Ria 15-12-2008 Flor de Sal 26-03-2010 Rainha D. Teresa 09-12-2010 Barrinha

Baixo Vouga III

27-12-2007 01-07-2009

S. João de Ovar 17-12-2008 João Semana 15-12-2008 Alpha 29-12-2009 Briosa

Baixo Mondego I

05-02-2007 01-07-2009

Cruz de Celas 05-02-2007 01-07-2009

Condeixa 04-09-2006 01-07-2008

CelaSaúde 18-11-2009 Mondego 23-12-2010 Buarcos

Baixo Mondego II

11-10-2007 01-01-2010

S. Julião 30-12-2006 Vitasaurium 30-10-2006 Marquês de Marialva

Baixo Mondego III

02-07-2007 As Gândras 15-09-2008 Progresso e Saúde 01-10-2010 Santiago de Leiria

Pinhal Litoral II 01-03-2007 01-07-2009

D. Dinis 29-11-2007 01-11-2008

Serra da Lousã Pinhal Interior Norte I 19-11-2007 01-10-2008

Grão Vasco

Dão Lafões I

23-10-2006 01-09-2008

Infante D. Henrique 02-07-2007 01-12-2008

Viriato 09-12-2008 Lusitana 28-07-2009 Viseu Cidade 28-07-2009 Montemuro

Dão Lafões II 09-12-2010

Lafões 02-12-2008 A Ribeirinha ULS da Guarda, EPE 15-07-2009 Fonte: ARSC

Os ACeS do Baixo Vouga II, Baixo Mondego I e Dão Lafões I são aqueles que dispõem de um maior

número de USF em funcionamento (5 USF em cada um destes ACeS).

Unidades de cuidados de saúde personalizados

As UCSP (unidades de cuidados de saúde personalizados) apresentam uma estrutura idêntica às

USF e, à semelhança destas últimas, prestam cuidados personalizados de saúde, garantindo a

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acessibilidade, a continuidade e a globalidade dos mesmos. Sem processo de candidatura, estas

unidades foram constituídas através da assinatura de uma carta de compromisso com o director

executivo do ACeS, de acordo com o plano de acção respectivo.

Desde 2009 entraram em funcionamento 37 UCSP na área territorial da ARSC.

Quadro 92 - Unidades de cuidados de saúde personalizados no âmbito territorial da ARSC, IP

ACES / ULS UCSP

Designação Entrada em funcionamento

Baixo Vouga I

Águeda I 02-06-2010

Águeda IV 02-12-2010

Oliv.do Bairro I 04-05-2010

Oliv.do Bairro II 02-12-2010

Baixo Vouga II Albergaria a Velha I 09-12-2010

Ilhavo I 01-04-2010

Baixo Mondego I Conímbriga 15-11-2010

Baixo Mondego II

Fig. Da Foz Urbana 19-06-2009

Montemor o Velho 20-07-2009

Arazede 19-06-2009

Soure 19-06-2009

Fig. Da Foz Norte 19-06-2009

Fig. Da Foz Sul 02-07-2009

Baixo Mondego III

Cantanhede 20-09-2010

Mealhada 13-09-2010

Mira 20-09-2010

Mortágua "Juíz de Fora" 27-09-2010

Cova da Beira

Belmonte 01-06-2010

Covilhã 1 01-06-2010

Covilhã 2 01-06-2010

Tortosendo 01-06-2010

Teixoso 01-06-2010

Fundão Sede 01-06-2010

Fundão Extensões 01-06-2010

Pinhal Litoral I Pombal Oeste 10-05-2010

Pinhal Interior Norte I Lousã/Serpins 31-12-2009

Dão Lafões I D. Duarte 01-06-2009

Coração de Viseu 01-06-2009

ULS de Castelo Branco

Oleiros 01-09-2009

Proença-a-Nova 01-09-2009

Sertã 01-09-2009

Vila de Rei 01-09-2009

UCSP I 01-09-2009

UCSP II 01-09-2009

UCSP III 01-09-2009

UCSP IV 01-09-2009

UCSP V 01-09-2009

Fonte: ARSC

*O ACeS PIN I criou em 2011 as UCSP de Miranda do Corvo, Tábua e Arganil

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147

Unidades de cuidados na comunidade

As UCC (unidades de cuidados na comunidade) estão fundamentadas no Decreto-Lei n.º 28/2008

de 22 de Fevereiro que criou os ACeS e têm como principio assegurar respostas integradas,

articuladas, diferenciadas de grande proximidade às necessidades em cuidados de saúde e sociais

da população. Em 2010 entraram em fucionamento 4 UCC, resultado de um processo de

candidatura com a respectiva autorização e homologação pelo Conselho Directivo da ARSC.

Quadro 93 - Unidades de cuidados na comunidade, no âmbito territorial da ARSC, IP

ACES / ULS

UCC

Designação Entrada em funcionamento

Baixo Vouga II Albergaria 10-12-2010

Pinhal Interior Norte I Arouce 01-10-2010

Pedra da Sé 11-08-2010

Dão Lafões III Nelas com + Saúde 19-11-2010

Fonte: ARSC

Unidades de saúde pública

As USP (unidades de saúde pública) abrangem toda a área geográfica do ACeS e têm como missão

elaborar informação e planos no domínio da saúde pública, proceder à vigilância epidemiológica,

gerir e monitorizar programas de saúde no âmbito da prevenção, promoção e protecção da saúde

e ainda exercer as funções de autoridade de saúde.

A 31/12/2010 encontram-se em funcionamento 17 USP ou equiparáveis, correspondentes à

totalidade dos 14 ACeS da ARSC e às ULS da Região. A ULS de Castelo Branco EPE, em

funcionamento desde 1 de Janeiro de 2010, dispõe de duas USP, transitadas dos ACeS criados ao

abrigo da portaria nº 274/2009 de 18 de Março (Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul).

Nos termos da legislação em vigor (número 1 do artigo 12º do Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de

Fevereiro) incumbe, ainda, a estas unidades funcionais assegurar a função de observatório de

saúde da área geodemográfica correspondente ao ACeS em que se integram – dotando, desta

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148

forma, os decisores de informação em saúde necessária à tomada de decisão (health

information/public health reporting).

As USP, serviços operativos de saúde pública de âmbito local, são coordenadas pelo delegado de

saúde de âmbito municipal, designado nos termos da legislação própria das autoridades de saúde

(Decreto-Lei nº 82/2009 de 2 de Abril).

Quadro 94 - Unidades de saúde pública, no âmbito territorial da ARSC, IP

ACES / ULS Entrada em funcionamento N. profissionais

Baixo Vouga I 30-07-2009 16

Baixo Vouga II 06-07-2009 27*

Baixo Vouga III 19-03-2009 21

Baixo Mondego I 08-09-2009 27

Baixo Mondego II 02-04-2009 13

Baixo Mondego III 17-09-2009 16

Cova da Beira 01-01-2010 33**

Pinhal Litoral I 02-04-2009 5

Pinhal Litoral II 01-02-2010 36

Pinhal Interior Norte I 01-03-2010 26

Pinhal Interior Norte II 01-01-2009 8

Dão Lafões I 01-06-2009 10

Dão Lafões II 02-11-2009 11

Dão Lafões III 1-3-2009 12

ULS da Guarda n.d. 13***

ULS de Castelo Branco

(ACES Pinhal Interior Sul)

01-09-2009 3

(ACES Beira Interior Sul)

01/09/2009 13

Fonte: ARSC

* Inclui 8 profissionais a tempo parcial **Inclui 26 profissionais a tempo parcial *** Profissionais afectos à sede da USP – incluindo Laboratório de Saúde Pública e excluindo profissionais dos pólos locais/centros de saúde

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149

Unidades de recursos assistenciais partilhados

Estas unidades, previstas no Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, abrangem todo o

território do ACeS e prestam serviços de consultoria e assistenciais às unidades funcionais atrás

referidas, organizando ainda as ligações funcionais aos serviços hospitalares.

No ano de 2010 entraram em funcionamento 9 URAP, compostas por uma equipa multidisciplinar

com um âmbito de intervenção agrupamental (à semelhança das USP). Ao contrário das USP, as

URAP não dispõem de programas de saúde próprios, antes concorrendo para a prossecução dos

objectivos das unidades funcionais e do ACeS, mediante a disponibilização dos recursos que lhes

são alocados.

Quadro 95 - Unidades de recursos assistenciais partilhados

ACES / ULS

URAP

Entrada em funcionamento N. profissionais

Baixo Vouga I 19-03-2010 5

Baixo Vouga II 06.11.2009 12*

Baixo Vouga III 19-03-2009 13

Baixo Mondego I 03-05-2010 23**

Baixo Mondego II 16-10-2009 15

Baixo Mondego III 10-08-2010 7

Cova da Beira 27-04-2010 6

Pinhal Litoral II n.d. 11**

Pinhal Interior Norte I 15-09-2009 20***

Pinhal Interior Norte II 01-04-2009 4

Dão Lafões I 01-06-2009 16

Dão Lafões II 18-03-2009 11

Dão Lafões III 1-6-2009 11

ULS de Castelo Branco 01-09-2009 5

Fonte: ARSC

*Inclui 8 profissionais a tempo parcial **Técnicos superiores ***Ténicos superiores e os técnicos de diagnóstico e terapêutica

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150

1.2. Outras unidades ou serviços

Unidades de apoio à gestão

A 31/12/2010 a ARSC dispunha de 14 unidades de apoio à gestão (UAG) em funcionamento. Estas

unidades funcionais, criadas ao abrigo da alínea f) do número 1 do artigo 7º do decreto-lei nº

28/2008 de 22 de Fevereiro, exercem funções de assessoria ao director executivo do ACeS.

Quadro 96 - Unidades de apoio à gestão

ACES / ULS UAG

Entrada em funcionamento N. profissionais

Baixo Vouga I 03-04-2009 12

Baixo Vouga II 20-05-2009 23

Baixo Vouga III 19-03-2009 9

Baixo Mondego I 17-04-2009 12

Baixo Mondego II 18-05-2009 21

Baixo Mondego III 28-04-2009 13

Cova da Beira 12-10-2009 4*

Pinhal Litoral I 03-08-2009 6

Pinhal Litoral II 02-04-2009 43

Pinhal Interior Norte I 18-01-2010 14

Pinhal Interior Norte II 01-01-2009 3

Dão Lafões I 01-06-2009 53

Dão Lafões II 18-03-2009 10

Dão Lafões III 1-3-2009 22

Fonte: ARSC

* Incluindo profissionais a tempo parcial

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CAPÍTULO IV. AVALIAÇÃO

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1. QUAR (Quadro de avaliação e responsabilização)

Missão: Garantir à população da sua área geográfica de intervenção o acesso à prestação de

cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde e

cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de Saúde na Região de Saúde do Centro.

Objectivos Estratégicos:

OE1 Melhorar a acessibilidade das populações aos cuidados de saúde

OE2 Alargar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)

OE3 Incrementar a prevenção e controlo da doença crónica

OE4 Incrementar a saúde da Mulher e da Criança

OE5 Melhorar a qualidade de gestão da ARS Centro através da optimização de recursos e modernização administrativa

Monitorização 2010

Ponderação: 50%

OP1

Implementação da nova organização dos cuidados de saúde primários (DL 28/2008) através da entrada em funcionamento dos ACES e suas Unidades Funcionais

(OE1)

Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

VerificaçãoResultado Desvio

Taxa de realização

Ind1 -Nº de ACES com todas as unidades funcionais criadas e

regulamentadas 11 25% ARSC e MCSP 11 0% 100%

Ind2 - Nº de USF e UCSP em funcionamento na região 78 75% ARSC e MCSP 83 6% 106%

OP2Reduzir em 3% o nª de utentes sem médico de família

(OE1)Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind3 - Nº de utentes sem médico de familia 136.200 100% SINUS-ACSS 129344 5% 105%

OP3 Aumentar em 15% o nº total de camas em RCCI (OE 2) Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind4 - Nº de camas disponíveis em RCCI a 31-12-2010

(convalescença, média e longa duração) 1.290 60% base dados RNCCI 1459 13% 113%

Ind5 - Nº de camas disponíveis em RCCI a 31-12-2010

(cuidados paliativos) 64 30% base dados RNCCI 25 -61% 39%

Ind6 - Nº de equipas em cuidados domiciliarios em RCCI a 31-

12-2010 54 10% base dados RNCCI 36 -33% 67%

OP4Aumentar em 3% o nº de consultas médicas

hospitalares (OE1)Ponderação: 20%

Indicadores

Indicadores

Eficácia Avaliação 2010

Indicadores

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153

Ponderação: 50%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind7 - Nº de primeiras consultas médicas hospitalares no ano

de 2010 562.400 60%

Plano de desempenho mensal

ARSC607959 8% 108%

Ind8 - Percentagem de primeiras consultas médicas

hospitalares em 2010 relativamente ao total de consultas hospitalares

32% 40%Plano de

desempenho mensal ARSC

30% -8% 92%

OP5Aumentar em 3% o nº de cirurgias realizadas por forma

a reduzir a lista de espera cirurgica (OE1)Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind9 - Nº de cirurgias realizadas no ano de 2010 112.270 60% SIGIC 127610 14% 114%

Ind10 - Percentagem de cirurgias em ambulatório no ano de

2010, relativamente ao total de cirurgias programadas50% 30% SIGIC 49,3% -1% 99%

Ind11 - Nº de utentes em lista de espera cirurgica 38.600 10% SIGIC 37962 2% 102%

Eficácia Avaliação 2010

Indicadores

Indicadores

Ponderação: 25%

OP6Optimização dos recursos humanos e materiais nos

cuidados de saúde em RCCI, incrementando a utilização custo-efectiva (OE2)

Ponderação: 25%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind12 -Taxa média de ocupação das camas em CCI durante

201090% 100% base dados RNCCI 93% 3% 103%

OP7Cobertura integral da região centro nos rastreios

oncológicos do colo do útero e mama feminina (OE3)Ponderação: 25%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind13 - Percentagem de mulheres em idade elegível que

realizam rastreio do cancro do colo do útero55% 15%

Comissão Oncologica Regional

ARSC

61% 11% 111%

Ind14 - Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro do colo do útero

100% 35%Comissão

Oncologica Regional ARSC

100% 0% 100%

Ind15 - Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro da mama feminina

65% 15%Comissão

Oncologica Regional ARSC

66,5% 2% 102%

Ind16 - Percentagem de unidades de saúde da região com

programa de rastreio do cancro da mama feminina (OE4)

100% 35%Comissão

Oncologica Regional ARSC

100% 0% 100%

OP8Implementar um projecto piloto de monitorização sistemática de risco cardio-vascular na consulta de

adultos em CSP (OE3)Ponderação: 25%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind17 - Nº de unidades de saúde em utilização do cartão de

risco cardio-vascular 12 100% ARSC IP 19 58% 158%

OP9Aumentar a utilização de medicamentos genéricos na

região (OE5)Ponderação: 25%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind18 - percentagem de embalagens de medicamentos genéricos vendidas relativamente ao total de

embalagens receitadas durante 201017% 100% Infarmed/SIARS 23% 35% 135%

Indicadores

Indicadores

Indicadores

Indicadores

Eficiência Avaliação 2010

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154

Ponderação: 25%

OP10Aumentar em pelo menos 5% a taxa de

cobertura em saúde materno-infantil em CSP (OE4)

Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind19 -Taxa de cobertura em saúde materna

nos centros de saúde da região66% 50% ARSC IP 75,8% 15% 115%

Ind20 - Taxa de cobertura em saúde infatil (1º ano de vida) nos centros de saúde da

região81% 50% ARSC IP 94,3% 16% 116%

OP11

Implementar o rastreio do cancro do colon e recto como projecto piloto em 6 dos 14 ACES para cidadãos dos 60 aos

70 anos de idade (OE3)

Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind21 - Nº de ACES em programa de rastreio

CCR 6 100% ARSC IP 6 0% 100%

OP12

Garantir resposta atempada pelo Gabinete do Utente às

reclamações/sugestões do cidadão (OE5)

Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind22 - Inicio do processo de resposta ao cidadão no prazo de 5 dias úteis

90% 100% ARSC IP 90,0% 0% 100%

OP13Manter a taxa de cobertura vacinal aos 15 meses não inferior a 97,5% (OE 4)

Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind23 - taxa de cobertura vacinal aos 15 meses 97,6% 100% ARSC IP e DGS 97,6% 0% 100%

OP14Atingir uma taxa de cobertura vacinal

Anti-HPV superior a 90% na coorte feminina de 13 anos de idade (OE 4)

Ponderação: 20%

2010 Meta

PesoFontes de

Verificação

Ind24 -

Percentagem de jovens da coorte de 13 anos de idade em 2010 vacinadas com anti-HPV, relativamente à população

elegível

87% 100% ARSC IP e DGS 86% -1% 99%

1 Superou (S)

0 Atingiu (A)

-1 Não Atingiu (NA)

Indicadores

Indicadores

Indicadores

Avaliação 2010

Legenda:

Qualidade

Indicadores

Indicadores

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155

* não contabilizados os profissionais das ULS da Guarda e C. Branco

* não contabilizados os recursos das ULS da Guarda e C. Branco

Nº Efectivos

Pontuação unitária

Pontuação Planeada

Nº Efectivos*Pontuação executada

Desvio

Dirigentes - Direcção Superior 8 4

Dirigentes - Direcção Intermédia, Chefes de equipa

20 22

Técnicos Superiores 3964 2694

Coordenadores Técnicos 65 28

Assistente técnico 1712 1091

Assistente operacional 1222 760

TOTAL 6991 4599

Avaliação 2010Recursos Humanos

Grupo Profissional

exercicio 2009* Estimado 2010* Desvio

734502228 797.201.133 -10%

215434200 174.435.526

517707681 572.561.962

3.155.923

1360374 297.886

46.749.836

33849374 19.416.064 -53%

2435500 2.392.552 -41%

770.787.129 819.009.749 -11%

Executado 2010*

Avaliação 2010

730.283.196

Rubricas

TOTAL

719.702.662

1.417.455

Recursos Financeiros (euros)

Funcionamento

Despesas com Pessoal

Aquisição de Bens e Serviços

Transferências correntes

Outras despesas correntes

Aquisição de bens de capital

PIDDAC

Outros

163.052.415

542.483.645

3.154.959

467.107

10.544.536

9.163.079

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156

2. Auto-avaliação

Na globalidade, os objectivos propostos no QUAR de 2010 da ARSC, foram atingidos ou

superados, tendo-se atingido 107,4% na taxa de realização final.

Dos objectivos de eficácia, foram superados 4 em 5 objectivos propostos, o que levou a uma taxa

final de 50,6/50. O objectivo 3: “ Aumento em 15% do número de camas em RNCCI” não foi

atingido (86,2% de realização). Dos indicadores deste objectivo, foi superado o indicador 4

relativo ao aumento do nº de camas de convalescença, média e longa duração, em 13%, mas não

se verificou qualquer incremento no número de camas em cuidados paliativos (indicador 5) nem

no nº de EDCCI:

As camas de cuidados paliativos em RCCI, na dependência de terceiros e de concursos com

forte componente burocrática, sofreram atrasos consideráveis.

A criação de EDCCI tem sido condicionada pela falta de recursos humanos, sobretudo de

enfermagem, nos ACES.

O indicador “percentagem de primeiras consultas hospitalares relativamente ao total de consultas

hospitalares na região” (indicador 8) ficou também aquém do proposto, atingindo 92%. Contudo, o

objectivo 4 de aumentar em 3% o nº de consultas hospitalares na região foi superado.

Todos os objectivos de eficiência, foram superados, e todos os indicadores atingidos ou superados,

tendo sido de 31,1/25 a taxa final de eficiência.

Relativamente aos objectivos de qualidade, 2 foram superados, 2 foram atingidos e 1 não foi

atingido, obtendo-se uma taxa final de 25,7/25 em qualidade.

Apenas o objectivo da cobertura vacinal anti-HPV na coorte de 13 anos ficou aquém do desejado,

embora tenha tido um cumprimento de 99%.

Como menção, salientamos a elevada eficácia, o bom desempenho nos critérios de qualidade e a

superação de todos os parâmetros de eficiência propostos no inicio do ano.

Consideramos ter havido um desempenho muito positivo por parte da instituição e seus

profissionais.

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157

Assim, consideramos que na sua globalidade, a ARS Centro teve um nível de desempenho que

classificamos qualitativamente como Bom, em paralelo com a avaliação quantitativa global de

107,4% da taxa de realização final. Realçamos algumas das referências na audição dos dirigentes

intermédios e demais trabalhadores que demonstram a preocupação numa gestão participada e

numa cultura de co-responsabilização.

Não foi realizado, inquérito interno de satisfação aos utilizadores a nível regional. Este inquérito

está a ser realizado num âmbito nacional, com validação externa.

O plano de acção de 2011, em consonância com o Plano Nacional de Saúde 2011-16, não deixará

de incluir as medidas de correcção dos desvios observados.

O Presidente do Conselho Directivo da ARSC, IP

(Dr. João Pedro Pimentel)

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ANEXOS

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Anexo 1. Balanço Social: análise sumária

O balanço social constitui um instrumento de informação e de negociação e, simultaneamente,

um instrumento de planeamento e gestão nas áreas sociais e dos recursos humanos.

A 31/12/2010 existiam 4 599 trabalhadores em funções na Administração Regional de Saúde do

Centro, IP, considerando a sede e os serviços desconcentrados (ACeS), dos quais 79% do sexo

feminino e 21% do sexo masculino.

Gráfico 52 - Pirâmide etária da ARSC (2010)

Fonte: Balanço Social 2010

A caracterização etária dos trabalhadores está compreendida entre os 25 e os 69 anos e a maioria

tem mais de 45 anos de idade (63%). A idade média dos trabalhadores é de 47 anos.

A Administração Regional de Saúde do Centro, IP mostra-nos que a maioria dos médicos (69%)

tem mais de 50 anos de idade, enquanto que a maioria dos enfermeiros (80%) apresentam uma

idade inferior a 50 anos. Observa-se que 40% dos assistentes técnicos e 35% dos médicos

trabalham há mais de 30 anos na respectiva carreira.

Considerando a modalidade de vinculação, 99% dos trabalhadores detinha Contratos de Trabalho

em Funções Públicas (CTFP), dos quais 86% por tempo indeterminado e 13% a termo resolutivo

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(certo e incerto). Os restantes trabalhadores estavam em Comissão de Serviço no âmbito da LVCR

e no âmbito do Código do Trabalho.

As ULS concentram no seu território 40% dos recursos humanos activos.

Quadro 97 - Recursos humanos em funções na Região Centro, segundo o grupo profissional a 31/12/2010

Recursos Humanos da ARS Centro, IP

Dirigentes Médicos Enfermeiros Téc.

Superior Informática

Téc. Sup. Saúd

e

Téc. Diagn. Terapêutic

a

Assist. Téc.

Assist. Oper.

Outro Pessoal

Sede 11 3 1 57 20 9 17 66 21

CDP a)

2 6

8 6 6

Baixo Vouga I 1 76 92 4 1 2 6 67 64

Baixo Vouga II 1 120 114 6 1 4 13 106 75

Baixo Vouga III 2 72 70 4 1 2 7 64 44

Cova da Beira 1 60 77 1 3 2 8 64 41

Baixo Mondego I 1 174 121 11 6 11 126 63

Baixo Mondego II 1 94 91 6

2 6 86 45

Baixo Mondego III 1 65 80 4 10 61 42

Pinhal Interior Norte I 1 83 101 5

5 18 98 109 2

Pinhal Interior Norte II 1 31 43 2 8 38 34

Pinhal Litoral I 1 36 32 1

2 4 32 10

Pinhal Litoral II 146 116 7 2 4 15 136 62

Dão-Lafões I 1 79 61 7 1 4 8 60 35

Dão-Lafões II 1 60 77 2 1 2 13 52 56

Dão-Lafões III 1 64 75 5

2 10 56 52

ULS de C.Branco, EPE b) 10 193 473 34 11 20 77 228 300 2

ULS da Guarda, EPE 8 219 582 24 10 29 103 231 398 36

Fonte:ARSC;ULSCB;ULSG a) Inclui Coimbra e Leiria b) No total de pessoal em funções da ULS de Castelo Branco, EPE estão incluídos 104 profissionais em prestação de serviços através de

empresas

Durante o ano de 2010, aposentaram-se no âmbito da ARSC 271 profissionais, na sua maioria

assistentes técnicos e médicos. Os ACeS mais afectados foram o Baixo Mondego I (9%), o Baixo

Vouga II e o Pinhal Litoral II (8,7% em ambos).

Nas ULS, a maior parte das saídas por aposentação durante o ano de 2010 registou-se entre os

assistentes técnicos e operacionais, logo seguidos pelos médicos. (quadro 98)

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Quadro 98 - Saída de pessoal por aposentação, segundo o grupo profissional, em 2010

Dirigentes Médico

s

Enfermeiro

s

Técnico

Superio

r

Informática

Téc.

Sup.

Saúde

Téc. Diagn.

Terapêutic

a

Assist.

Téc.

Assist.

Oper.

Outro

Pessoal Total

Sede

2

1 1 2

6

CDP a)

1 2 1

4

Baixo Vouga I

10

5 6

21

Baixo Vouga II

3 3 2

16 6

30

Baixo Vouga III

2

1 2

5

Cova da Beira

5 1

6 2

14

Baixo Mondego I

9 5 2

8 7

31

Baixo Mondego II

7 3 1

2 2

15

Baixo Mondego III 1 4

4 3

12

Pinhal Interior Norte I

5 1

8 10

24

Pinhal Interior Norte II

7 4

6 3

20

Pinhal Litoral I

3 1

2 1

7

Pinhal Litoral II 1 5 5

1

15 3

30

Dão-Lafões I

6 2

1 6 1

16

Dão-Lafões II

6 1

6 2

15

Dão-Lafões III

8

1

5 6 1 21

ARS Centro, IP b) 2 80 26 7 2 1 3 94 55 1 271

ULS C. Branco, EPE

4 3 2 1 2 2 8 10

32

ULS Guarda, EPE

12 7 2

3 10 8

42

Total ULS 0 16 10 4 1 2 5 18 18 0 74

Região Centro 2 96 36 11 3 3 8 112 73 1 345

Fonte: ARSC; ULS a) Inclui Coimbra e Leiria b) b) Podem ocorrer diferenças no nº de aposentados em 2010, em consequência da divergência de critérios no que respeita à data da recepção da comunicação

da aposentação vs produção de efeitos da aposentação, especialmente nas situações que ocorrem no fim/início do ano.

A 31/12/2010 existiam 67 trabalhadores em situação de mobilidade geral - predominantemente

pertencentes às carreiras de enfermagem, dos assistentes técnicos e dos assistentes operacionais.

A data de 31 de Dezembro de 2010, o valor médio da antiguidade dos trabalhadores na respectiva

carreira é de 20 anos.

Em 2010 saíram 330 trabalhadores, 74% dos quais motivos de reforma/aposentação,

predominantemente das carreiras de assistente técnico (38%) e médica (27%).

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Relativamente às ausências ao trabalho dos profissionais da ARS Centro foram principalmente por

doença (49%) e por protecção na parentalidade (11%).

O total de despesas com pessoal no ano de 2010 somou 138 441 689,73 Euros. Exceptuando o

pagamento da remuneração base (incluindo subsídios de férias e de Natal), o pagamento de

suplementos remuneratórios representou 15% das despesas com pessoal (32% pagamento de

trabalho em dias de descanso semanal, complementar, em 29% a feriados e trabalho

extraordinário diurno e nocturno) - sendo 70% dos suplementos remuneratórios pagos a pessoal

médico, devido principalmente a trabalho extraordinário.

Os encargos com prestações sociais representaram 3,7% das despesas com pessoal em 2010.

Registaram-se 33 acidentes no local de trabalho que resultaram num total de 1 642 dias de

trabalho perdidos. Não foram declarados casos de incapacidade relativamente aos trabalhadores

vítimas de acidente de trabalho.

No âmbito das actividades de medicina no trabalho realizaram-se 230 exames médicos,

totalizando 17 500 euros de encargos totais (medicamentos, pessoal afecto e exames

complementares).

No ano de 2010, registaram-se 773 participações em acções de formação profissional, todas

internas, e na sua maioria (77%) com duração inferior a 30 horas. As despesas com formação

somaram 88 534,33 euros.

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Anexo 2. Caracterização económico-financeira

No ano de 2010, solidificada a estrutura organizacional da prestação dos cuidados de saúde

primários em paralelo com o importante papel de cumprir e fazer cumprir o Plano Nacional de

Saúde na sua área de jurisdição territorial, consolidou-se a centralização das componentes

financeiras até aqui localizadas a um nível sub-regional.

Este novo modelo organizacional tem por principal objectivo ganhos de eficiência, libertando as

unidades prestadoras dos cuidados de saúde para o desenvolvimento da sua actividade específica

junto da população da sua área geodemográfica.

Não obstante os constrangimentos resultantes da integração de diferentes práticas e

procedimentos, nas diversas componentes financeiras, no final do exercício económico

encontravam-se em desenvolvimento um conjunto de projectos considerados fundamentais para

a consolidação do novo modelo de organização regional, centrado na simplificação da estrutura

orgânica existente e na melhoria da qualidade dos serviços prestados:

Projecto de Recursos Humanos - iniciado em 2009 mas com relevante desenvolvimento

em 2010, permitiu a centralização do processamento de vencimentos e o

desenvolvimento do portal do funcionário. Relativamente a este projecto foram sentidas

grandes dificuldades na integração do processamento dos vencimentos no Sistema de

Informação Descentralizado de Contabilidade (SIDC), tendo sido ultrapassadas já na fase

final do ano económico.

Projecto de Gestão de Reembolsos - implementação de um sistema de gestão

administrativa e financeira de reembolsos, descentralizado na componente administrativa

pelos agrupamentos de centros de saúde (ACeS), originalmente desenvolvido pela ARS do

Norte, IP. Através deste projecto, com início já em 2011, será possível o processamento

atempado dos reembolsos das despesas de saúde realizadas pelos utentes, mantendo-se

o necessário controlo.

Projecto SGTD (Sistema de Gestão de Transportes de Doentes) - gestão do transporte de

doentes no âmbito da prestação de cuidados de saúde. Pelas suas características é um

projecto descentralizado na componente administrativa, ficando a componente financeira

à responsabilidade do Departamento de Gestão Financeira.

Projecto de Facturação – a integração deste programa nos sistemas de gestão de doentes

em funcionamento nas unidades de saúde e posterior integração no SIDC, permitirá um

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maior controlo sobre toda a facturação bem como uma maior rentabilização dos recursos

humanos existentes. Pelas características e especificidades dos serviços de saúde, houve a

necessidade de se realizarem desenvolvimentos informáticos que incluíssem, para além

da facturação integrada, a prestação de outros serviços, designadamente no âmbito da

Saúde Pública.

Projecto de centralização da conferência de facturas - iniciado em Agosto de 2010 com a

centralização regional da conferência de facturas relativas ao fornecimento de serviços de

saúde

Projecto de centralização de compras e logística - centralizador dos processos de compras

e distribuição, desenhado em 2010 mas cuja entrada em produtivo foi já em Fevereiro de

2011. Com este projecto será possível à ARSC, IP uma poupança muito significativa em

recursos, físicos e humanos, e nos consumos diários, com especial relevo para os

relacionados com a componente terapêutica e medicamentosa.

Quanto à execução financeira e orçamental de 2010 ocorreu um ligeiro decréscimo não só na

receita processada de Orçamento de Estado e receita própria como também na despesa

processada e paga, com especial relevo para os custos com os consumos e com pessoal.

Para este decréscimo da despesa contribuiu o esforço que tem vindo a ser realizado na

reorganização dos serviços procurando-se em permanência uma maior eficácia da despesa

realizada, com ganhos significativos para a organização.

Gráfico 53 - Evolução das Receitas 2009/2010

0,00 €

100.000.000,00 €

200.000.000,00 €

300.000.000,00 €

400.000.000,00 €

500.000.000,00 €

600.000.000,00 €

700.000.000,00 €

800.000.000,00 €

Transferências e Subsídios Correntes Obtidos Outros Proveitos

2009 2010

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Gráfico 54 - Evolução Despesas 2009/2010

Por último, uma alusão ao esforço realizado no final do exercício económico para a diminuição

dos prazos médios de pagamento (PMP) que influenciou o nível de despesa processada e paga,

fundamentalmente nos sub-contratos. Esta realidade irá ter maior relevo já no ano de 2011, com

a previsível continuidade da diminuição dos PMP destes fornecedores.

0,00 €

100.000.000,00 €

200.000.000,00 €

300.000.000,00 €

400.000.000,00 €

500.000.000,00 €

600.000.000,00 €

Custo MercadoriasVendidas e Materiais

Consumidos

Fornecimentos e ServiçosExternos

Custos com o Pessoal Outros Custos

2009 2010

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Anexo 3. Programas Regionais de Rastreios Oncológicos

Centros de Saúde/

ACeS

residentes

45-69

pop

elegivel

estim

Convidadas RastreadasTx

participaçãoTx cobertura

Leit.

positiva

tx

positivas

(%)

AferidasAf

Positiva

TX AF.

+

Águeda 8.195 7.457 7.691 6.003 78,1 73,3 200 3,3 198 21 10,6

Anadia 5.172 4.707 5.104 3.666 71,8 70,9 79 2,2 79 6 7,6

Ol. Bairro 3.589 3.266 3.308 2.010 60,8 56,0 64 3,2 62 7 11,3

Sever Vouga 1.973 1.795 1.951 1.668 85,5 84,5 42 2,5 41 2 4,9

BAIXO VOUGA I 18.929 17.225 18.054 13.347 73,9 70,5 385 2,9 380 36 9,5

Albergaria 4.201 3.781 3.852 3.225 83,7 76,8 186 5,8 184 17 9,2

Aveiro 12.210 10.989 12.001 7.904 65,9 64,7 251 3,2 247 21 8,5

Ilhavo 6.487 5.838 6.299 3.380 53,7 52,1 107 3,2 105 6 5,7

Vagos 3.595 3.236 3.485 2.590 74,3 72,0 68 2,6 66 9 13,6

B. VOUGA II 26.493 23.844 25.637 17.099 66,7 64,5 612 3,6 602 53 8,8

Estarreja 4.457 4.011 3.990 3.178 79,6 71,3 235 7,4 232 17 7,3

Murtosa 1.551 1.396 1.537 942 61,3 60,7 23 2,4 22 3 13,6

Ovar 9.057 8.151 8.760 6.471 73,9 71,4 199 3,1 196 15 7,7

B. VOUGA III 15.065 13.559 14.287 10.591 74,1 70,3 457 4,3 450 35 7,8

Belmonte 1.227 1.104 1.218 846 69,5 68,9 38 4,5 36 2 5,6

Covilhã 9.014 8.113 8.998 6.413 71,3 71,1 183 2,9 180 27 15,0

Fundão 4.822 4.340 4.708 3.600 76,5 74,7 130 3,6 129 15 11,6

COVA BEIRA 15.063 13.557 14.924 10.859 72,8 72,1 351 3,2 345 44 12,8

Castelo Branco 9.078 8.170 8.954 6.470 72,3 71,3 196 3,0 193 17 8,8

Idanha a Nova 1.446 1.301 1.354 839 62,0 58,0 26 3,1 26 3 11,5

Penamacor 866 779 851 658 77,3 76,0 26 4,0 26 4 15,4

Vila V. Rodão 535 482 520 388 74,6 72,5 10 2,6 10 2 20,0

Oleiros 972 875 943 755 80,1 77,7 16 2,1 16 3 18,8

Proença a Nova 1.343 1.209 1.307 1.143 87,5 85,1 33 2,9 33 5 15,2

Sertã 2.351 2.116 2.339 1.638 70,0 69,7 44 2,7 44 5 11,4

Vila de Rei 452 407 446 367 82,3 81,2 18 4,9 18 0 0

ULS CasteloBranco 17.043 15.339 16.714 12.258 73,3 71,9 369 3,0 366 39 10,7

Arganil 1.981 1.783 1.979 1.539 77,8 77,7 42 2,7 42 4 9,5

Gois 636 572 626 439 70,1 69,0 10 2,3 10 0 0,0

Lousã 2.829 2.546 2.621 1.722 65,7 60,9 59 3,4 58 10 17,2

Miranda 2.192 1.973 2.009 1.053 52,4 48,0 35 3,3 33 3 9,1

Oliveira do Hospital 3.372 3.035 3.359 2.373 70,6 70,4 61 2,6 60 6 10,0

Pampilhosa 655 590 631 487 77,2 74,4 6 1,2 6 2 33,3

Tábua 1.848 1.663 1.712 1.419 82,9 76,8 30 2,1 30 3 10,0

V. N. Poiares 1.071 964 1.051 730 69,5 68,2 18 2,5 18 2 11,1

PINHAL INT. NORTE I 14.584 13.126 13.988 9.762 69,8 66,9 219 2,2 215 26 12,1

Cantanhede 6.492 5.843 6.429 4.142 64,4 63,8 128 3,1 128 13 10,2

Mealhada 3.512 3.161 3.205 2.195 68,5 62,5 75 3,4 74 8 10,8

Mira 2.296 2.066 2.267 1.597 70,4 69,6 39 2,4 38 3 7,9

Mortágua 1.845 1.661 1.806 1.490 82,5 80,8 30 2,0 30 6 20,0

B. MONDEGO III 14.145 12.731 13.707 9.424 68,8 66,6 272 2,9 270 30 11,1

Coimbra 24.711 22.240 24.626 12.699 51,6 51,4 501 3,9 497 59 11,9

Condeixa 2.898 2.608 2.712 1.571 57,9 54,2 67 4,3 67 7 10,4

Penacova 2.710 2.439 2.543 1.632 64,2 60,2 54 3,3 52 6 11,5

BAIXO MONDEGO I 30.319 27.287 29.881 15.902 53,2 52,4 622 3,9 616 72 11,7

Fig. Foz 10.932 9.839 10.781 6.228 57,8 57,0 185 3,0 184 19 10,3

Montemor 4.095 3.686 3.551 2.412 67,9 58,9 78 3,2 76 7 9,2

Soure 3.390 3.051 3.134 2.415 77,1 71,2 72 3,0 71 7 9,9

BAIXO MONDEGO II 18.417 16.575 17.466 11.055 63,3 60,0 335 3,0 331 33 10,0

PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DA MAMA DA ARS CENTRO - Avaliação da última volta - 2009/2010

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Centros de Saúde/

ACeS

residentes

45-69

pop

elegivel

estim

Convidadas RastreadasTx

participaçãoTx cobertura

Leit.

positiva

tx

positivas

(%)

AferidasAf

Positiva

TX AF.

+

Fornos Algodres 806 725 883 729 82,6 90,4 11 1,5 11 2 18,2

Gouveia 2.582 2.324 2.354 1.839 78,1 71,2 61 3,3 61 5 8,2

Seia 4.623 4.161 4.347 3.469 79,8 75,0 112 3,2 110 15 13,6

Celorico da Beira 1.303 1.173 1.284 1.029 80,1 79,0 28 2,7 28 5 17,9

Guarda 6.959 6.263 6.458 5.239 81,1 75,3 167 3,2 166 22 13,3

Manteigas 658 592 644 562 87,3 85,4 23 4,1 23 1 4,3

Sabugal 2.007 1.806 1.936 1.491 77,0 74,3 51 3,4 49 4 8,2

Almeida 1.155 1.040 1.206 983 81,5 85,1 26 2,6 26 3 11,5

Figueira Castelo

Rodrigo1.017 915 937 690 73,6 67,8 32 4,6 32 8 25,0

Meda 914 823 905 772 85,3 84,5 26 3,4 26 3 11,5

Pinhel 1.641 1.477 1.640 1.278 77,9 77,9 40 3,1 39 5 12,8

Trancoso 1.632 1.469 1.601 1.398 87,3 85,7 32 2,3 32 1 3,1

ULS da GUARDA 25.297 22.767 24.195 19.479 80,5 77,0 609 3,1 603 74 12,3

Alvaiazere 1.194 1.075 1.165 879 75,5 73,6 22 2,5 22 3 13,6

Ansião 2.144 1.930 2.132 1.788 83,9 83,4 38 2,1 38 4 10,5

Castanheira de Pêra 563 507 559 425 76,0 75,5 15 3,5 15 3 20,0

Figueiró dos Vinhos 1.132 1.019 1.092 771 70,6 68,1 30 3,9 30 2 6,7

Penela 953 858 903 503 55,7 52,8 24 4,8 24 0 0,0

Pedrógão Gde 671 604 660 618 93,6 92,1 14 2,3 14 0 0,0

PINHAL INT NORTE II 6.657 5.991 6.511 4.984 76,5 74,9 143 2,9 143 12 8,4

Pombal 9.347 8.412 8.658 6.291 72,7 67,3 169 2,7 168 23 13,7

PINHAL LITORAL I 9.347 8.412 8.658 6.291 72,7 67,3 169 2,7 168 23 13,7

Batalha 2.447 2.202 2.204 1.801 81,7 73,6 61 3,4 61 8 13,1

Leiria 20.502 18.452 19.170 8.871 46,3 43,3 324 3,7 321 33 10,3

Mar. Grande 6.216 5.594 5.943 3.662 61,6 58,9 137 3,7 133 10 7,5

Porto de Mós 3.897 3.507 3.756 2.524 67,2 64,8 98 3,9 95 10 10,5

PINHAL LITORAL II 33.062 29.756 31.073 16.858 54,3 51,0 620 3,7 610 61 10,0

Carregal do Sal 1.693 1.524 1.692 1.362 80,5 80,4 25 1,8 25 5 20,0

Mangualde 3.321 2.989 3.294 2.684 81,5 80,8 103 3,8 103 7 6,8

Nelas 2.423 2.181 2.298 1.889 82,2 78,0 63 3,3 63 4 6,3

Penalva Castelo 1.315 1.184 1.297 1.112 85,7 84,6 27 2,4 27 4 14,8

Santa Comba Dão 2.037 1.833 1.941 1.406 72,4 69,0 34 2,4 33 3 9,1

Tondela 4.949 4.454 4.798 3.959 82,5 80,0 82 2,1 81 9 11,1

DÃO L. III 15.738 14.164 15.320 12.412 81,0 78,9 334 2,7 332 32 9,6

Aguiar da Beira 1.030 927 1.021 870 85,2 84,5 23 2,6 22 1 4,5

Castro Daire 2.480 2.232 2.471 2.054 83,1 82,8 42 2,0 41 6 14,6

Oliveira de Frades 1.546 1.391 1.452 1.052 72,5 68,0 31 2,9 30 0 0,0

S. Pedro do Sul 3.041 2.737 2.921 2.252 77,1 74,1 76 3,4 72 10 13,9

Sátão 1.960 1.764 1.947 1.627 83,6 83,0 42 2,6 41 6 14,6

Vila Nova de Paiva 868 781 864 646 74,8 74,4 21 3,3 21 3 14,3

Vouzela 1.740 1.566 1.718 1.386 80,7 79,7 44 3,2 43 5 11,6

D. LAFÕES II 12.665 11.399 12.394 9.887 79,8 78,1 279 2,8 270 31 11,5

Viseu 15.839 14.255 15.204 11.752 77,3 74,2 378 3,2 376 50 13,3

Dão Lafões I Viseu 15.839 14.255 15.204 11.752 77,3 74,2 378 3,2 376 50 13,3

REGIÃO CENTRO 288.663 259.986 278.013 191.960 69,0 66,5 6288 3,3 6187 653 10,6

PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DA MAMA DA ARS CENTRO - Avaliação da última volta - 2009/2010

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Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaÁgueda 14.394 12091 2.418 2.338 2.608 2.814 7.431 24 111 181 13 0Anadia 8.831 7418 1.484 1.507 1.337 1.213 3.912 5 52 83 5 0

Ol. Bairro 6.339 5325 1.065 820 830 932 2.393 12 120 41 14 2Sever Vouga 3.497 2937 587 566 544 651 1.645 12 70 27 6 1

BAIXO VOUGA I 33.061 27.771 5.554 5.231 5.319 5.610 15.381 53 353 332 38 357% 57% 61% 951,79 3,28 21,84 21,03 2,41 0,19

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaAlbergaria 7.467 6.272 1.254 1.340 1.317 930 3.309 46 152 52 27 1

Aveiro 21.486 18.048 3.610 3.990 4.236 5.099 12.359 179 522 181 74 1Ilhavo 11.790 9.904 1.981 2.276 2.571 2.854 7.366 10 141 173 11 0Vagos 6.581 5.528 1.106 1.079 1.166 1.419 3.416 33 163 47 5 0

B. VOUGA II 47.324 39.752 7.950 8.685 9.290 10.302 26.450 268 978 453 117 266% 70% 78% 935,39 9,48 34,59 16,36 4,22 0,07

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaEstarreja 7.911 6.645 1.329 936 773 1.038 2.591 24 96 25 11 0Murtosa 2.521 2.118 424 399 426 330 1.113 3 14 24 1 0

Ovar 16.935 14.225 2.845 2.695 3.323 4.237 9.663 128 334 89 41 0 B. VOUGA III 27.367 22.988 4.598 4.030 4.522 5.605 13.367 155 444 138 53 0

53% 59% 73% 944,20 10,95 31,36 9,88 3,79 0,00

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaBelmonte 2.057 1.728 346 363 446 276 1.049 1 13 22 0 0

Covilhã 14.590 12.256 2.451 3.120 3.034 2.730 8.633 10 144 122 5 0Fundão 7.910 6.644 1.329 807 628 516 1.887 1 27 35 1 0

COVA BEIRA 24.557 20.628 4.126 4.290 4.108 3.522 11.569 12 184 179 6 062% 60% 51% 970,55 1,01 15,44 15,21 0,51 0,00

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaCastelo Branco 14.828 12.456 2.491 1.678 1.359 1.920 4.738 12 91 112 4 0Idanha a Nova 2.074 1.742 348 306 261 207 750 1 12 9 2 0

Penamacor 1.145 962 192 174 171 179 496 1 10 17 0 0Vila V. Rodão 799 671 134 188 127 124 426 0 6 7 0 0

Oleiros 1.317 1.106 221 149 232 62 435 0 1 6 1 0Proença a Nova 2.097 1.761 352 453 456 432 1.299 0 15 26 1 0

Sertã 3.857 3.240 648 704 795 766 2.195 3 33 30 4 0Vila de Rei 674 566 113 150 143 124 406 0 3 7 1 0

ULS CAST. BRANCO 26.791 22.504 4.501 3.802 3.544 3.814 10.745 17 171 214 13 051% 47% 51% 962,81 1,52 15,32 19,57 1,19 0,00

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaArganil 3.157 2.652 530 559 574 518 1.569 5 28 44 5 0

Gois 989 831 166 81 80 72 224 0 7 2 0 0Lousã 5.251 4.411 882 1.358 1.399 1.429 4.030 5 53 92 6 0

Miranda 3.752 3.152 630 575 544 527 1.595 2 20 27 2 0Ol. Hospital 5.748 4.828 966 970 828 550 2.265 6 33 42 2 0Pampilhosa 923 775 155 141 95 125 323 3 23 8 4 0

Tábua 3.190 2.680 536 671 671 711 1.956 6 32 53 5 1 V. N. Poiares 2.033 1.708 342 209 204 98 462 9 28 7 5 0

PINHAL INT. NORTE I 25.043 21.036 4.207 4.564 4.395 4.030 12.424 36 224 275 29 165% 63% 57% 956,50 2,77 17,25 21,68 2,29 0,08

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaCantanhede 10.676 8.968 1.794 2.186 2.206 2.351 6.237 95 292 82 34 3Mealhada 6.172 5.184 1.037 1.330 1.470 1.595 4.187 28 77 97 6 0

Mira 3.697 3.105 621 696 612 752 1.860 31 130 21 17 1Mortágua 2.804 2.355 471 382 308 367 969 7 61 14 6 0

B. MONDEGO III 23.349 19.613 3.923 4.594 4.596 5.065 13.253 161 560 214 63 470% 70% 77% 929,71 11,29 39,28 15,31 4,51 0,29

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaCoimbra 41.091Celas (1) 8.152 1.630 1.482 1.507 1.633 4.315 39 174 73 19 2

Condeixa (1) 4.935 4.145 829 1.198 1.092 1.022 3.203 3 41 63 2 0Eiras (1) 4.074 815 1.003 1.215 861 2.951 2 53 68 5 0

Fer.Magalhães (1) 6.153 1.231 1.200 1.209 1.164 3.409 5 63 88 8 0Norton Matos (1) 8.014 1.603 1.792 1.761 1.729 5.052 4 79 137 10 0

Penacova 4.710 3.956 791 810 741 801 2.249 7 49 41 6 0S. Clara (1) 4.840 968 896 889 896 2.586 11 55 20 7 2

S. Martinho Bispo (1) 4.751 950 857 863 960 2.554 12 78 23 13 0BAIXO MONDEGO I 50.736 44.085 8.817 9.238 9.277 9.066 26.319 83 592 513 70 4

(1) - CS de Coimbra 63% 63% 62% 954,24 3,01 21,46 19,00 2,59 0,15

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaFig. Foz 18.118 15.219 3.044 3.364 2.996 3.237 9.156 17 170 230 24 0

Montemor 6.873 5.773 1.155 1.258 1.291 1.276 3.684 3 64 68 5 1Soure 5.487 4.609 922 1.020 951 920 2.708 32 111 31 9 0

BAIXO MONDEGO II 30.478 25.602 5.120 5.642 5.238 5.433 15.548 52 345 329 38 166% 61% 64% 953,10 3,19 21,15 20,63 2,38 0,06

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaFornos Algodres 1.305 1.096 219 295 262 239 748 0 29 17 1 1

Gouveia 3.937 3.307 661 699 694 724 2.033 1 37 44 2 0Seia 7.729 6.492 1.298 390 544 615 1.491 1 27 28 2 0

Celorico da Beira 2.144 1.801 360 472 386 289 1.117 1 14 13 2 0Guarda 12.361 10.383 2.077 2.409 2.392 2.636 7.161 9 120 136 8 3

Manteigas 1.024 860 172 185 148 143 462 3 3 6 2 0Sabugal 3.019 2.536 507 415 239 222 855 2 8 8 2 1Almeida 1.814 1.524 305 481 411 352 1.201 0 22 20 1 0

Figueira Castelo 1.591 1.336 267 192 184 169 531 1 3 10 0 0Meda 1.409 1.184 237 176 186 139 484 5 6 6 0 0Pinhel 2.512 2.110 422 257 454 430 1.091 3 22 24 1 0

Trancoso 2.648 2.224 445 372 419 675 1.395 1 32 35 3 0ULS GUARDA 41.493 34.854 6.971 6.343 6.319 6.633 18.569 27 323 347 24 5

55% 54% 57% 962,37 1,40 16,74 18,34 1,27 0,26

PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO DA ARS CENTRO (triénio 2008-2010)

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Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaAlvaiazere 1.871 1.572 314 217 169 181 547 2 10 6 2 0

Ansião 3.572 3.000 600 607 501 505 1.499 17 76 17 4 0Castanheira de Pêra 859 722 144 87 82 83 233 1 15 3 0 0Figueiró dos Vinhos 1.760 1.478 296 197 159 144 466 3 28 2 1 0

Penela 1.540 1.294 259 141 311 317 713 20 22 10 4 0Pedrógão Gde 934 785 157 73 53 48 159 0 12 1 2 0

PINHAL INT NORTE II 10.536 8.850 1.770 1.322 1.275 1.278 3.617 43 163 39 13 045% 43% 43% 933,42 11,10 42,06 10,20 3,40 0,00

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaPombal 15.890 13.062 2.612 1.322 1.600 1.769 4.381 56 180 53 21 0

PINHAL LITORAL I 15.890 13.062 2.612 1.322 1.600 1.769 4.381 56 180 53 21 030% 37% 41% 933,92 11,94 38,37 11,48 4,55 0,00

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaBatalha 4.355 3.642 728 704 640 625 1.827 13 95 27 6 1Leiria 36.494 30.621 6.124 4.468 4.657 5.282 13.144 183 694 283 99 4

Mar. Grande 10.658 8.953 1.791 801 894 1.025 2.529 31 113 33 23 2Porto de Mós 6.914 5.808 1.162 677 699 692 1.929 15 91 25 14 0

PINHAL LITORAL II 58.421 49.024 9.805 6.650 6.890 7.624 19.412 242 993 368 142 741% 42% 47% 917,22 11,43 46,92 17,82 6,88 0,34

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaCarregal do Sal 2.779 2.334 467 437 381 456 1.203 6 51 11 3 0

Mangualde 5.675 4.767 953 880 924 900 2.516 17 129 27 14 1Nelas 4.001 3.361 672 576 464 456 1.365 10 95 18 7 1

Penalva Castelo 2.191 1.840 368 233 244 260 701 2 31 3 0 0Santa Comba Dão 3.402 2.858 572 509 347 348 1.112 7 62 14 8 1

Tondela 8.151 6.847 1.369 978 938 1.031 2.660 11 198 63 14 1DÃO LAFÕES III 26.199 22.007 4.401 3.613 3.298 3.451 9.557 53 566 136 46 4

49% 45% 47% 922,31 5,11 54,62 13,36 4,52 0,39

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaAguiar da Beira 1.662 1.396 279 161 111 186 417 6 29 2 4 0

Castro Daire 4.098 3.442 688 451 505 500 1.368 6 64 11 6 1Oliveira de Frades 2.790 2.344 469 446 520 453 1.314 6 73 22 4 0

S. Pedro do Sul 5.069 4.258 852 1.231 1.115 1.012 3.108 13 184 35 18 0Sátão 3.602 3.026 605 563 570 442 1.471 6 72 18 8 0

Vila Nova de Paiva 1.631 1.370 274 313 224 256 730 10 44 8 1 0Vouzela 3.007 2.526 505 322 328 515 1.082 6 53 18 5 1

D. LAFÕES II 21.859 18.362 3.672 3.487 3.373 3.364 9.490 53 519 114 46 257% 55% 55% 928,21 5,18 50,76 11,33 4,57 0,20

Centros de Saúde Pop res. 25-64 anos P pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinomaViseu 28.254 24.016 4.803 6.140 5.668 7.138 17.324 110 1.063 317 127 5

Dão Lafões I 28.254 24.016 4.803 6.140 5.668 7.138 17.324 110 1.063 317 127 577% 71% 89% 914,39 5,81 56,11 17,14 6,87 0,27

Pop Residente * pop elegivel estim Metas Anuais c citol 2008 citol 2009 citol 2010 negativos insatisfatório asc-us/h LSIL HSIL carcinoma

REGIÃO CENTRO 491.358 414.155 82.830 78.953 78.712 83.704 227.406 1.421 7.658 4.021 846 38

57% 57% 61% 942,15 5,89 31,73 17,00 3,58 0,16por mil * Estimativas de população residente em 31/XII/2008, por sexo e grandes grupos etários, NUTS II e III (NUTS

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Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto 2009-2010

2009 2010

Pop.

residente analisados positivos taxa (%) %

Pop. residente

analisados positivos taxa (%) %

65-70 cobertura Positivos 60-65 cobertura Positivos

Pinhal Interior Norte I 5179 935 30 18,1 3,2 5084 826 21

16,25

2,54

Arganil 740 4 0 0,5 0,00 697 20 0

2,87 -

Góis 253 5 0 2,0 0,00 233 0 0

- -

Lousã 963 252 11 26,2 4,37 1037 27 0

2,60 -

Miranda do Corvo 765 2 0 0,3 0,00 766 0 0

- -

Oliveira do Hospital 1187 254 9 21,4 3,54 1116 198 7

17,74

3,54

Pampilhosa 289 1 0 0,3 0,00 251 60 2

23,90

3,33

Tábua 645 414 10 64,2 2,42 639 521 12

81,53

2,30

Vila Nova de Poiares 337 3 0 0,9 0,00 345 0 0

- -

Pinhal Interior Norte II 2474 1025 38 41,4 3,71 2409 1541 45

63,97

2,92

Alvaiazere 456 211 11 46,3 5,21 420 168 3

40,00

1,79

Ansião 808 355 9 43,9 2,54 792 603 19

76,14

3,15

Castanheira de Pera 175 71 2 40,6 2,82 211 195 7

92,42

3,59

Figueiró dos Vinhos 399 110 3 27,6 2,73 421 284 11

67,46

3,87

Pedrogão Grande 251 38 3 15,1 7,89 205 0 0

- -

Penela 385 240 10 62,3 4,17 360 291 5

80,83

1,72

Pinhal Litoral I 3339 248 10 7,4 4,03 3241 627 22

19,35

3,51

Pombal 3339 248 10 7,4 4,03 3241 627 22

19,35

3,51

Dão Lafões I 5059 53 2 1,0 3,77 5411 1510 43

27,91

2,85

Viseu 5059 53 2 1,0 3,77 5411 1510 43

27,91

2,85

Dão Lafões II 4228 450 15 10,6 3,33 4444 708 16

15,93

2,26

Aguiar da Beira 314 20 0 6,4 0,00 328 32 1

9,76

3,13

Castro Daire 859 173 7 20,1 4,05 860 120 3

13,95

2,50

Oliveira de Frades 498 8 0 1,6 0,00 525 7 1

1,33

14,29

S. Pedro do Sul 1027 37 2 3,6 5,41 1044 112 5

10,73

4,46

Sátão 602 16 1 2,7 6,25 720 257 2

35,69

0,78

Vila Nova de Paiva 284 47 1 16,5 2,13 302 142 4

47,02

2,82

Vouzela 644 149 4 23,1 2,68 665 38 0

5,71 -

Dão lafões III 5053 193 7 3,8 3,63 5245 798 12

15,21

1,50

Carregal do Sal 619 8 0 1,3 0,00 598 180 7

30,10

3,89

Mangualde 1083 1 0 0,1 0,00 1231 44 0

3,57 -

Nelas 826 0 0 - 0,00 839 1 0

0,12 -

Santa Comba Dão 686 178 7 25,9 3,93 760 571 5

75,13

0,88

Tondela 1839 6 0 0,3 0,00 1817 2 0

0,11 -

USF (mod. B) B Mondego I na na na na na 3623 682 23 -

3,37

Total 25332 2904 102 11,5 3,51 29457 6692 182 22,72 2,72

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Anexo 4. Publicidade institucional

A Administração Regional de Saúde do Centro IP, no âmbito das suas actividades no ano de 2010,

efectuou os seguintes investimentos em publicidade institucional:

Listas telefónicas/Páginas Brancas da PT Comunicações, correspondentes à área

jurisdicional da ARSC;

Gestão da sua página web (alojada em www.arscentro.min-saude.pt);

Elaboração de cartazes e folhetos informativos;

Cumprimento de obrigações de publicitação previstas na Lei (por exemplo, relacionadas

com procedimentos concursais);

O custo total imputado a actividades de publicidade desta ARS em 2010 foi de 16 349,32 euros.

Não houve outros custos associados a suportes publicitários, designadamente rádios locais ou

imprensa regional da responsabilidade directa desta ARS.