relatÓrio de atividades · 2015. 1. 23. · relatÓrio de atividades do aces dÃo lafÕes 2013 ....
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RELATÓRIO DE ATIVIDADES
2013
RELATÓRIO DE
ATIVIDADES
DO ACES
DÃO LAFÕES
2013
Índice Geral
Nota Introdutória.............................................................................................................................. 7
1 - Caraterização do ACeS Dão-Lafões .......................................................................................... 9
1. 1. Organograma do ACeS Dão-Lafões ............................................................................... 9
1. 2. Unidades de Saúde do ACeS Dão-Lafões ...................................................................... 9
1. 3. Distribuição dos Recursos Humanos no ACeS Dão-Lafões.......................................... 11
1. 4. Área de Influência do ACeS Dão-Lafões ...................................................................... 12
1. 5. População Inscrita no ACeS Dão-Lafões ...................................................................... 12
1. 6. Densidade Populacional ............................................................................................... 14
1. 7. Índice de Dependência de Idosos e de Jovens ............................................................. 15
1. 8. Esperança de Vida à Nascença ................................................................................... 16
1. 9. Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade ................................................................... 17
2 - Contratualização e Resultados ................................................................................................. 18
2. 1. Indicadores do Eixo Nacional/Eixo Regional e Eixo Local ............................................ 18
2. 2. Outros Indicadores ....................................................................................................... 19
2. 3. Processo de Contratualização ...................................................................................... 20
3 - Avaliação do Plano de Ação ..................................................................................................... 22
3. 1. Plano Estratégico (Implementação do Balanced Scorecard) ........................................ 22
3. 2. Compromisso ............................................................................................................... 22
3. 3. Desenvolvimento do Plano Estratégico ........................................................................ 23
3. 4. Formação ..................................................................................................................... 26
3. 5. Reflexão sobre o Plano Estratégico .............................................................................. 27
4 - Execução Orçamental da Despesa, 2013 ................................................................................ 28
Considerações Finais .................................................................................................................... 30
Índice de Quadros
Quadro 1. Unidades Funcionais do ACeS Dão-Lafões .................................................................. 10
Quadro 2. Número de Profissionais por Unidade de Saúde/Serviços ........................................... 11
Quadro 3. População Inscrita S/Méd. S/ por Opção e C/ Médico por Concelho .......................... 13
Quadro 4. População Residente por Grupo Etário e Sexo no ACeS Dão-Lafões ......................... 13
Quadro 5. Comparação da População Residente por Grupo Etário e Sexo do ACeS Dão-Lafões, Continente e Região Centro .......................................................................................................... 14
Quadro 6. Densidade Populacional .............................................................................................. 15
Quadro 7. Índice de Envelhecimento e Dependência de Idosos e Jovens por Concelho do ACeS Dão-Lafões e Região Centro ......................................................................................................... 16
Quadro 8. Comparação da Evolução da Esperança de Vida à Nascença da NUT DL, Região e Continente ..................................................................................................................................... 16
Quadro 9. Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade por Concelho do ACeS DL, Região Centro, NUT III e País em 2011 ................................................................................................................. 17
Quadro 10. Contratualização – ACeS Dão-Lafões ........................................................................ 18
Quadro 11. Indicadores de Acompanhamento .............................................................................. 19
Quadro 12. Execução da Despesa paga pelo ACeS, face ao Orçamentado ................................. 28
Quadro 13. Execução Financeira Global, Receita e Despesa (não compara com o Orçamento) .. 29
Índice de Figuras
Figura 1. Organograma ................................................................................................................... 9
Figura 2. Mapa do ACeS Dão-Lafões ........................................................................................... 12
Listagem de Siglas
ACES…………..Agrupamento de Centros de Saúde
ARSC…………..Administração Regional de Saúde do Centro
Assist. Téc……Assistentes Técnicos
Assist. Op…… Assistentes Operacionais
CCS…………….Conselho Clínico e de Saúde
CDP…………….Centro de Diagnóstico Pneumológico
DE………………Diretor Executivo
ECLCCI………...Equipa Coordenadora Local de Cuidados Continuados Integrados
Enf………………Enfermeiros
H………………...Homem
HM………………Homem/Mulher
INE………………Instituto Nacional de Estatística
I.P………………Instituto Público
M………………...Mulher
MCDT…………..Meios Complementares de diagnóstico e Terapêutica
MGF…………….Medicina Geral e Familiar
MSP…………….Médico de Saúde Pública
PNS……………..Plano Nacional de Saúde
PRS……………..Plano Regional de Saúde
SINUS…………..Sistema Informático das Unidades de Saúde
SIARS…………..Sistema Informático da Administração Regional de Saúde
SNS…………….Serviço Nacional de Saúde
SUB…………….Serviço de Urgência Básica
Téc. Inf…………Técnico de informática
TDT……………..Técnicos de Diagnóstico e terapêutica
TS……………….Técnicos Superiores
TSS……………..Técnicos Superiores de Saúde
UAG…………….Unidade de Apoio à Gestão
UCC…………….Unidade de Cuidados na Comunidade
UCSP…………..Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
UF………………Unidades Funcionais
URAP…………..Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USF……………..Unidade de Saúde Familiar
USP……………..Unidade de Saúde Pública
7
Nota Introdutória
O ano de 2013 foi aquele em que surgiu o Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões
resultante da fusão dos anteriores três existentes. Ao fim de quase quatro anos de certa
autonomia, com diretores executivos próprios que imprimiram, cada um deles de um modo
diferente, o seu modo de dirigir e o seu modo de organizar os serviços, o surgir de um único cria
ansiedades e expetativas próprias dos profissionais que os integravam, expetativas igualmente
presentes nos lideres próprios das comunidades que servíamos. Foi sob esta realidade inicial que
a nossa primordial preocupação foi o de compatibilizar as realidades encontradas tentando gerar o
sentido de missão para a nossa organização e onde todos os profissionais se sentissem como um
elo da cadeia funcional que contribuía, com o seu saber e o seu desempenho pessoal, para o total
do agrupamento.
Aceitar as diferenças dos profissionais, compatibilizar as suas expetativas para gerar
reconhecimentos e valores foram a realidade, o grande desafio que tivemos necessidade de
vencer para podermos constituir o Conselho Clínico e de Saúde e a Unidade de Apoio à Gestão,
órgãos que para nós são os sustentáculos da força de um Agrupamento de Centros de Saúde,
órgãos cujo desempenho mais fortalece a imagem interna e externa e o sentir de motivação ou
desmotivação de todos. No final deste primeiro ano de atividade julgamos que conseguimos
vencer o desafio.
Desenvolvemos um desempenho assistencial, não só pela normalização e harmonização
dos cuidados de Saúde, mas igualmente através do fortalecer da articulação com o Centro
Hospitalar de Tondela-Viseu, EPE (entidade de referência regional para a Saúde) cientes que o
denominador da nossa existência é a equidade entre todos os nossos utentes independentemente
dos seus valores pessoais. Contrariedade maior com que nos debatemos foi o diminuir dos
prestadores de cuidados (assistentes técnicos, enfermeiros e médicos) não compensados com os
ingressos de novos profissionais. Com a boa vontade de todos e a sua disponibilidade
conseguimos manter uma acessibilidade aceitável.
Na organização interna procuramos satisfazer as necessidades sentidas e expressas pelos
nossos colaboradores através de um pensar de missão, procurando saltar obstáculos e
envolvendo todos os interlocutores nos diferentes processos de forma a ver satisfeitas as
necessidades dentro das contingências económico-organizacionais em vigor na Administração
Pública.
Externamente sempre estivemos disponíveis para debater com os parceiros da comunidade
as nossas realidades e o seu possível contributo para melhorar os cuidados de Saúde aos nossos
8
utentes. Tarefa difícil, pois as expetativas pessoais e organizacionais dos interlocutores nem
sempre se compadecem com as realidades que vivemos em 2013.
O desempenho que subscrevemos na nossa Carta de Missão e os resultados atingidos
constituem-se, para nós profissionais do Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões, uma
satisfação pessoal e profissional cientes que o futuro nos vai reservar uma maior visibilidade dos
ganhos em saúde para a nossa comunidade e que aliada a satisfação possível no atual quadro
organizacional constituem-se como metas que subscrevemos para os próximos anos.
O Diretor Executivo,
(José Armando Marques Neves, Dr.)
9
1 - Caraterização do ACeS Dão-Lafões
1.1 Organograma do ACeS Dão-Lafões
Figura 1 – Organograma
Fonte: UAG
1.2 Unidades de Saúde do ACeS Dão-Lafões
O ACeS Dão-Lafões dispõe de 15 Centros de Saúde, nos quais funcionam 10 Unidades de
Saúde Familiar (USF), 16 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e 7 Unidades
de Cuidados na Comunidade (UCC), conforme quadro que a seguir apresentamos:
10
Quadro 1 - Unidades Funcionais de Saúde do ACeS Dão -Lafões
Centros de Saúde Unidades Funcionais Extensão de Saúde/Pólos
Aguiar Beira UCSP Aguiar da Beira
Carregal do Sal UCSP Carregal do Sal Cabanas de Viriato
UCC Aristides Sousa Mendes
Castro Daire
UCSP Castro Daire Parada Ester
USF Montemuro Mões
UCC Castro Daire
Mangualde
UCSP Mangualde
UCC Mangualde (a)
UCSP Terras Azurara
Nelas Pólo Assistencial de Canas Senhorim Carvalhal Redondo; Santar
USF Estrela do Dão
UCC Nelas com Mais Saúde
Oliv. Frades USF Lafões Ribeiradio, Pinheiro de Lafões
Penal. Castelo UCSP Penalva do Castelo
UCC Pena de Alva
Santa C. Dão Pólo Assistencial de Santa Comba Dão São João de Areias
USF Rio Dão UCC Santa Comba Dão
S. P. Sul UCSP São Pedro do Sul Santa Cruz Trapa, Pindelo dos Milagres, Sul
Sátão UCSP Sátão Avelal, Lamas
UCC Mirante Seixo
Tondela
UCSP Tondela Molelos
UCSP Campo/Caramulo Campo de Besteiros, Caramulo, São João do Monte
UCSP Canas de Santa Maria Lageosa do Dão
UCC Lusitânia (b)
UCC Capuchinhas de Besteiros (b)
Vila N. Paiva UCSP Vila Nova Paiva
Vouzela UCSP Vouzela Alcofra, Campia, Cambra, Queirã
Viseu I, III
USF Infante D. Henrique
USF Lusitana
USF Alves Martins
USF Viseu-Cidade Bodiosa USF Grão Vasco
USF Viriato Torredeita
UCSP D. Duarte Cepões, Lordosa, Silgueiros
UCC Viseu
USP URAP
Fonte: UAG, dezembro 2013. (a) candidatura em avaliação. (b) aguarda fusão por reorganização, dando origem à UCC Tondela
11
1.3 Distribuição dos Recursos Humanos no ACeS Dão-L afões
Quadro 2 - Número de Profissionais por Unidade de S aúde/Serviços
Profissionais
Unidades e Serviços
M.G.F.
E.
T.S.S
.
M.S.P
T.S.
T. I.
T.D.T.
A.T.
A.O.
TOTAL
UCSP Aguiar da Beira 3 4 4 11 UCSP Carregal do Sal 5 5 5 15 UCC Aristides S. Mendes 2 2 UCSP Castro Daire 4 5 5 14 UCC Castro Daire 2 2 USF Montemuro 5 5 5 15 UCSP Mangualde 3 7 3 13 UCSP Terras de Azurara 5 6 4 15 UCC Mangualde (a) 2 2 Pólo Assist. Canas Senhorim 1 2 3 6 UCC Nelas C. Mais Saúde 3 3 USF Estrela do Dão 5 5 4 14 USF Lafões 6 6 5 17 UCSP Penalva do Castelo 3 5 4 12 UCC Pena de Alva 2 2 Pólo Assist. Santa Comba Dão 1 2 1 4 USF Rio Dão 6 6 5 17 UCC Santa Comba Dão 2 2 UCSP São Pedro do Sul 11 12 6 29 SUB S. P. do Sul 9 3 12 UCSP Sátão 7 8 7 22 UCC Mirante do Seixo 3 3 UCSP Tondela 7 8 8 23 UCC Lusitânia (b) 2 2 UCSP Campo/Caramulo 4 5 5 14 UCC Capuchinha Besteiros (b) 2 2 UCSP Canas S. Maria 3 3 4 10 UCSP Vila Nova de Paiva 3 5 4 12 USF Infante D. Henrique 8 8 5 21 USF Lusitana 9 9 6 24 USF Alves Martins 6 5 4 15 USF Viseu-Cidade 8 8 6 22 USF Grão Vasco 8 7 5 20 USF Viriato 8 8 6 22 UCSP D. Duarte 10 12 10 32 UCC Viseu 7 7 UCSP Vouzela 8 8 7 23 UAG 1 11 1 1 26 100 140 URAP/CDP 1 7 10 18 2 38 USP 4 7 3 1 15 Diretor Executivo 1 1
Totais 147 205 8 8 21 1 19 165 101 675 Fonte: Seção Pessoal – janeiro 2014. a) Candidatura em avaliação. b) Aguarda-se fusão por reorganização, dando origem à UCC Tondela. Nota: Não estão incluídos os internos do internato complementar nem os profissionais em prestação de serviços
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1.4 Área de Influência do ACeS Dão-Lafões
A área de influência do ACeS Dão-Lafões abrange os concelhos de Carregal do Sal, Castro
Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro
do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela. Para além dos concelhos que se
inserem no distrito de Viseu, abrange ainda o concelho de Aguiar da Beira que pertence ao distrito
da Guarda, conforme Figura 2, que apresentamos.
Figura 2 – Mapa do ACeS Dão-Lafões
A área geográfica de influência do ACeS Dão-Lafões é de 3.237,6 Km2, com uma
densidade populacional de 82,7hab/Km2 abrangendo uma população residente de cerca de
267.633 habitantes (Censos 2011),
1.5 População Inscrita no ACeS Dão-Lafões
Analisando o quadro 3, verifica-se que existem 29.089 utentes sem médico de família,
sendo Oliveira de Frades o concelho com um menor número (17) e Tondela o concelho com um
maior número de utentes sem médico de família com 9.166.
13
Quadro 3 - População Inscrita S/ Méd. S/por Opção e C/ Médico por Concelho
População Inscrita - 2013
Concelhos S/ Méd. Fam. S/ por Opção C/ Méd. Fam. Total
Aguiar da Beira 587 5 5.174 5.766
Carregal do Sal 1.991 12 8.298 10.301
Castro Daire 115 14 15.513 15.642
Mangualde 4.770 3 16.317 21.090
Nelas 947 5 12.840 13.792
Oliveira de Frades 17 0 9.901 9.918
Penalva do Castelo 1.894 0 5.929 7.823
Sta Comba Dão 78 4 11.884 11.966
S. Pedro do Sul 329 14 16.398 16.741
Sátão 1.177 10 10.991 12.178
Tondela 9.166 10 18.612 27.788
Vila Nova de Paiva 869 1 4.525 5.395
Viseu 7.126 54 97.917 105.097
Vouzela 23 2 11.107 11.102
Totais 29.089 134 245.376 274.599
Fonte: SIARS, dezembro 2013
Observando o quadro 4, verifica-se que o maior número de residentes situa-se no grupo
etário dos 25-64 anos (139.911), assim como, a menor percentagem populacional situa-se no
grupo dos 65 e mais anos (61.997).
A população residente é maioritariamente constituída por pessoas do sexo feminino.
Quadro 4 - População Residente por Grupo Etário e S exo no ACeS Dão-Lafões
Idade/Sexo 0 – 14 Anos 15 – 24 Anos 25 – 64 Anos 65 e mais anos Total ACeS
HM 37.149 28.576 139.911 61.997 267.633
H 18.974 14.342 67.379 26.238 126.933
M 18.175 14.234 72.532 35.759 140.700
Fonte: INE - Censos 2011
14
Através do quadro 5, pode concluir-se que a população residente do ACeS Dão-Lafões no
grupo etário dos 0-14 anos (13,9%) é inferior à do Continente (14,8%), mas ligeiramente superior
à da região Centro, enquanto a população entre os 65 e mais anos é no ACeS Dão-Lafões
(23,2%) superior à do Continente (19,3) e à verificada na Região Centro (22,4%)
Quadro 5 - Comparação da População Residente por Gr upo Etário e Sexo do ACeS Dão-Lafões, Continente e Região Centro.
Local Residência Sexo 0 – 14
Anos % 15 – 24 Anos % 25 – 64
Anos % 65 e mais Anos
% Total
Continente
HM 1.484.120 14,8 1.079.493 10,7 5.546.220 55,2 1.937.788 19,3 10.047.621
H 758.841 15,8 547.004 11,4 2.677.999 56,0 814.954 17,0 4.798.798
M 725.279 13,8 532.489 10,1 2.868.221 54,6 1.122.834 21,4 5.248.823
Região Centro
HM 319.258 13,7 239.248 10,3 1.247.499 53,6 521.750 22,4 2.327.755
H 163384 14,7 121569 10,9 605993 54,5 220317 19,8 1111263
M 155874 12,8 117679 9,7 641506 52,7 301433 24,8 1216492
ACeS DL
HM 37149 13,9 28576 10,7 139911 52,3 61997 23,2 267633
H 18974 14,9 14342 11,3 67379 53,1 26238 20,7 126933
M 18175 12,9 14234 10,1 72532 51,6 35759 25,4 140700
Fonte: INE - Censos 2011.
1.6 Densidade Populacional
Ao analisar o Quadro 6, pode-se observar que o concelho de Viseu apresenta a maior
densidade populacional relativamente aos restantes concelhos que integram o ACeS do Dão-
Lafões, seguido pelos concelhos de Nelas e Santa Comba Dão que também apresentam uma
elevada densidade populacional. Aguiar da Beira e Vila Nova de Paiva são os concelhos com
menor densidade populacional.
15
Quadro 6 - Densidade Populacional
Período de referência dos dados
Local de Residência
Densidade populacional
(N.º/ km²)
Superfície (km²) do território
nacional
População residente (N.º)
N.º/ km² km² N.º
2011
Aguiar da Beira 26,2 206,8 5.410 Carregal do Sal 83,5 116,9 9.784
Castro Daire 40,2 379 15.182
Mangualde 90,3 219,3 19.772
Nelas 111,2 125,7 13.951
Oliveira de Frades 70,4 145,3 10.246 Penalva do Castelo 59 134,3 7.893 Santa Comba Dão 102,9 111,9 11.474 São Pedro do Sul 47,9 349 16.695
Sátão 61,2 201,9 12.370 Tondela 77,4 371,2 28.733
Vila Nova de Paiva 29,3 175,5 5.135 Viseu 195,6 507,1 99.093
Vouzela 54 193,7 10.469 Fonte: INE - 2011
1.7 Índice de Dependência de Idosos e de Jovens
Os índices de dependência de idosos e de jovens referem-se à relação entre estas
populações, respetivamente, e a população em idade ativa. O índice de dependência de idosos
define-se como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de
pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, já o índice de dependência de
jovens o quociente define-se entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e
os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos.
Analisando o quadro 7, comprova-se que o concelho de Viseu é aquele apresenta o menor
índice de envelhecimento (119,2) e de idosos (27,5) e de dependência total (50,5). O Concelho de
Penalva do Castelo apresenta o maior índice de dependência de idosos (46,1) e de dependência
total (66,7). O Concelho de Oliveira de Frades tem o maior índice de dependência de jovens (23,2)
e Aguiar da Beira o menor com (17,5), sendo que este ultimo também apresenta o maior índice de
envelhecimento de 248,5.
Comparando a Região Centro com a Região Dão-Lafões constata-se que o índice de
dependência de idosos na Região Dão-Lafões (35,9) é superior ao da Região Centro (34,2).
O Índice de dependência de Jovens na Região Dão Lafões é de (21,7) e na Região Centro é
de (21,3), verifica-se que o Índice de Dependência dos Jovens a nível da região Dão Lafões é
ligeiramente superior quando comparado com o da Região Dão-Lafões.
16
Quadro 7 - Índices de Envelhecimento e Dependência de Idosos e Jovens por Concelho do ACeS Dão-Lafões e Região Centro
Regiões/ Concelhos
Índice de envelhecimento
Índice de dependência de
idosos
Índice de dependência de
jovens
Índice de dependência
total
Região Centro 160,7 34,2 21,3 55,5
Dão-Lafões 165,5 35,9 21,7 57,6
Aguiar da Beira 248,5 43,5 17,5 61
Carregal do Sal 170,9 39 22,8 61,8
Castro Daire 199 43,2 21,7 65
Mangualde 168,9 36,7 21,7 58,4
Nelas 173 38 21,9 59,9
Oliveira Frades 138,2 32,1 23,2 55,4
Penalva Castelo 224,8 46,1 20,5 66,7
Santa C. Dão 195,1 40,7 20,9 61,6
São Pedro do Sul 204,4 42,6 20,9 63,5
Sátão 172,2 35,3 20,5 55,8
Tondela 232,1 45 19,4 64,4
Vila Nova Paiva 198,2 43 21,7 64,6
Viseu 119,2 27,5 23,1 50,5
Vouzela 220,6 44,9 20,4 65,3
Fonte: INE – 2011
1.8 Esperança de Vida à Nascença
Tem-se observado nas últimas décadas, uma evolução progressiva da esperança média de
vida à nascença na NUT Dão Lafões, à semelhança da Região Centro e Continente
Quadro 8 - Comparação da Evolução da Esperança de V ida à Nascença da NUT DL, Região e Continente
Anos 2004-2006 2005-2007 2006-2008 2007-2009 2008-2010
Continente 78,3 78,7 78,9 79,2 79,4 Centro (NUTTs 2002) 78,7 78,9 79,1 79,4 79,6 NUT Dão-Lafões 78,8 79,0 79,1 79,5 79,9
Fonte: Relatório de Atividades da ARS Centro, 2011
17
1.9 Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade
A taxa bruta de natalidade na NUT Dão-Lafões é de 7,8‰, inferior à verificada na Região
Centro (7,9‰) e a nível nacional (9,2‰), verificando-se que no ACeS DL o concelho que
apresenta a maior taxa bruta de natalidade é Viseu (9,4‰) e o concelho de Aguiar da Beira a
menor (5,7‰).
O concelho de Viseu destaca-se pelo facto de apresentar a menor taxa de mortalidade
(8,7‰) sendo inferior à nacional (9,7‰), da Região Centro e NUT DL (11,3‰). Em situação
oposta está o concelho de Aguiar da Beira com a maior taxa de mortalidade de 19,6‰ (Quadro 9).
Quadro 9 - Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade por Concelho do ACeS DL, Região Centro, NUT III e País em 2011
Localização geográfica Taxa bruta de natalidade (‰) Taxa bruta de mortalidade (‰)
Portugal 9,2 9,7
Continente 9,1 9,8
Centro 7,9 11,3
NUT Dão-Lafões 7,8 11,3
Aguiar da Beira 5,7 19,6
Carregal do Sal 7,3 12,3
Castro Daire 6,2 12,4
Mangualde 7,9 12,6
Nelas 8,2 10,4
Oliveira de Frades 9,2 10,2
Penalva do Castelo 7,8 12,9
Santa Comba Dão 8,1 12,9
São Pedro do Sul 6,6 13,5
Sátão 6 13,7
Tondela 5,8 13,4
Vila Nova de Paiva 7 14,3
Viseu 9,4 8,7
Vouzela 5,9 11,4
Fonte: INE, 2011
18
2 - Contratualização e Resultados
2.1 Indicadores do Eixo Nacional/Eixo Regional e Ei xo Local
Quadro 10 - Contratualização - ACeS Dão-Lafões
DESIGNAÇÃO DO INDICADOR
Peso Relativo do Eixo
Peso Relativo do Indicador
Meta Contratu-
alizada
Atingido
2013
EIXO NACIONAL 75%
- Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos;
5,43% 86,00% 88,98%
- Taxa de consultas de enfermagem no domicílio por 1. 000 inscritos;
4,35‰ 120,00‰ 111,00‰
- Proporção de embalagens de medicamentos faturados, q ue são genéricos;
6,52% 45,00% 39,05%
- Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação de hábitos tabágicos nos últimos 3 anos;
4,35% 35,00% 26,15%
- Proporção de consultas médicas presenciais que deram origem a pelo menos uma codificação ICPC-2;
6,52% 88,00% 84,21%
-Taxa de internamentos por doença cerebro -vascular, entre residentes com menos de 65 anos (por 10.000);
3,26% 8,33%
- Proporção de mulheres em idade fértil, com acompanhamento adequado na área do planeamento familiar;
6,52% 23,10%
- Proporção de recém -nascidos de termo, de baixo peso ; 1,63% 1,09% - Proporção de jovens com 14 anos com consulta médica de vigilância realizada no intervalo [11;14 [ anos e PN V totalmente cumprido até ao 14º aniversário;
2,72%
55,00%
52,62%
- Incidência de amputações major de membro inferior e m utentes com diabetes, entre utentes residentes (por 10.000) ;
3,26% 0,51%
- Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 65 anos, a quem não foram prescritos ansiolíticos, nem sedativ os, nem hipnóticos, no período em análise;
4,35%
70,50%
67,10%
- Percentagem de utilizadores satisfeitos ou muito sat isfeitos ; - Despesa média de medicamentos faturados, por utente utilizador (baseado no PVP);
17,39% 170,50 € 157,11 €
- Despesa média de MCDTs faturados, por utente utiliz ador do SNS (baseado no preço convencionado);
8,70% 40,00 € 40,04 €
75%
EIXO REGIONAL
17%
- Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigi lância da gravidez, realizada no 1º trimestre;
2,83% 90,00% 87,32%
- Proporção de utentes com hipertensão arterial, com i dade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg;
2,83% 50,00% 44,72%
- Proporção de crianças com 2 anos, com PNV totalmente cumprido até ao 2º aniversário;
2,83% 98,00% 94,54%
- Proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com colpo citologia nos últimos 3 anos;
8,51% 40,00% 38,11%
17%
EIXO LOCAL
8%
- Proporção de recém -nascidos com pelo menos uma consulta médica de vigilância realizada até aos 28 dias de v ida;
3,2% 87,00% 88,35%
- Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas méd icas de vigilância de saúde infantil no 2º ano de vida;
4,8% 69,00% 67,26%
8%
Fonte: SIARS, março 2014
19
2.2 Outros Indicadores
Quadro 11 – Indicadores de Acompanhamento
DESIGNAÇÃO DO INDICADOR Atingido 2013
.Proporção de consultas realizadas pelo MF ; 79,31%
.Taxa de domicílios médicos por 1.000 inscritos ; 14,29‰
.Proporção de consultas realizadas pelo enfermeiro de família ; 41,14%
.Proporção utiliz. referenciados p/ consulta hosp. ; 1,40%
.Taxa de utilização de consultas de PF (méd./enf.) ; 36,45%
.Taxa de utilização de consultas de PF (enf.) ; 32,17%
.Proporção de grávidas com 6 ou ma is consultas de enfermagem em saúde materna ; 74,21%
.Proporção de puérperas com consulta domiciliária de enfermagem ; 23,95%
.Proporção de recém -nascidos com cons. dom. de enf. realizada até ao 15 º dia de vida;
24,90%
.Proporção crianças c pelo menos 6 c ons. méd. vigil. de SI no 1º ano ; 66,77%
.Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) ; 59,68%
.Proporção de hipertensos com PA em cada semestre ; 50,70%
.Proporção hipertensos, c/ prescrição de tiazidas ; 21,82%
.Proporção hipertensos sem DM c/ prescriçã o ARA II ; 27,88%
.Proporção hipertensos com risco CV (3 A) ; 11,79%
.Proporção hipertensos, c/ consulta enfermagem e gestão RT ; 2,05%
.Proporção crianças 7A, c/ PNV cumprido até 7ª ; 95,98%
.Proporção jovens 14A, c/ PNV cumprido até 14ª ; 88,13%
.Proporç ão de inscritos com diabetes ou com doença respirat ória crónica ou com doença cardíaca crónica ou com idade superior a 65 anos, com a vacina da gripe prescrita ou efetuada nos últimos 12 meses;
--
.Proporção crianças 7A, c/ peso e altura [5; 7[A ; 84,65%
.Proporção jovens 14A, c/ peso e altura [11; 14[A ; 63,41%
.Proporção inscritos > 14A, c/ IMC últimos 3 anos ; 42,81%
.Proporção obesos > 14A, c/ cons ulta. vigilância obesid ade 2ª; 39,84%
.Proporção DM com exame pés último ano ; 59,15%
.Proporção de ut entes co m diabetes, com consulta de enfermagem de vigilância e registo de gestão do regime terapêutico (3 itens) n o último ano
3,39%
.Proporção DM c/ 1 HgbA1c por semestre ; 53,30%
.Proporção DM c/ última HgbA1c <= 8,0 % ; 55,98%
.Proporção DM c/ exame of talmológico último ano ; 11,34%
.Proporção de utentes com diabetes, com consulta de enf. de vigilância e registo de gestão do regime terapêutico (3 itens) no último an o;
6,46%
.Proporção de utentes com diabetes tipo 2 com terapê utica com metformina ; 46,88%
20
.Proporção mulheres [50; 70[ A, com mamogr afia (2 anos) ; 46,75%
.Proporção utentes [50; 75[ A, com rastreio cancro CR ; 27,45%
.Proporção de inscritos com idade igual ou superior a 14 anos e com hábitos tabágicos, a quem foi realizada consulta relacionad a com tabagismo, no último ano;
18,64%
.Proporção de grávidas com consulta de revisão de pu erpério efetuada ; 36,31%
.Proporção inscritos>= 14 A, c/ hábitos alcoólicos ; 22,93%
.Proporção utentes hábitos alcoólicos, com consulta 3ª ; 64,57%
.Proporção d e recém -nascidos, com diagnóstico precoce (TSHPKU) realizad o até ao sexto dia de vida;
88,50%
.Propo rção crianças 7A, c/ consulta médica vig ilância e PNV; 83,78%
.Proporção utentes c om idade >= 75 A, com prescrição. Crónica < 5 fármacos ; 54,88%
.Propor ção DM com idade < 65 A, c/ HgbA1c <= 6,5 % ; 30,70%
.Proporção hipocoagulados que são controlados na uni dade; 6,98%
.Rácio entre a despesa faturada c om inibidores DPP4 e antidiabéticos orais ; 82,62%
.Proporção DM c/ microalbum. no último ano ; 57,37%
.Proporção de utentes com idade >= 25 A, c/ vacina an titetânica atualizada ; 78,62%
.Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos ; 76,85%
Fonte: SIARS, março 2014.
2.3 Processo de Contratualização
O processo de contratualização externa e interna decorreu com a normalidade possível
dentro de um quadro de inoportunidade real quando se quer visar um atempado processo de
mudança dos atores intervenientes nos objetivos que se querem atingir.
A contratualização externa constituiu-se como um objetivo negociado com a Administração
Regional de Saúde do Centro, IP partindo de uma realidade totalmente desconhecida, pois o
Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões resultante da fusão de três organizações
desconhecia objetivamente a dinâmica interna de cada uma delas. Olhando para a globalidade
dos resultados atingidos podemos inferir que nos ficamos pelo possível no primeiro ano da nossa
existência como organização.
A atualização do Registo Nacional de Utentes ocorrida no segundo trimestre ao ano e
coincidente com a realização das reuniões de contratualização interna, constituiu-se como um
fator de insegurança para as Unidades de Saúde Familiar gerada pelo desconhecimento do
impacto que a referida atualização poderia constituir para os objetivos que se estavam a
contratualizar.
21
O acompanhamento e a monitorização interna do desempenho assistencial, de uma forma
formal, não foi conseguida ao longo do ano sendo aspetos que penalizamos no processo
esperando que passe a ser rotina no Agrupamento de Centros de Saúde.
Deve-se pugnar por uma dinâmica de contratualização precocemente iniciada,
fundamentada num sistema de informação que forneça, de uma forma atempada, dados e
informação que permita valorizar permanentemente o desempenho assistencial das unidades
funcionais para que elas próprias possam gerar uma dinâmica permanente de adaptabilidade das
suas necessidades para o atingir do contratualizado e assim desenvolverem melhores cuidados
para os ganhos em saúde necessários e desejados interna e externamente.
22
3 - Avaliação do Plano de Ação
3.1 Plano Estratégico
A planificação deste projeto assentou desde o início no apoio do líder da organização e de
todos os intervenientes deste projeto de melhoria de desempenho conselho clínico e de saúde
(CCS). Só com o apoio de todas as unidades funcionais (UF) e seus colaboradores foi possível
alcançar o propósito deste projeto, isto é, levar ao mais alto grau, com eficiência, os ganhos em
saúde no ACeS Dão Lafões. Este projeto baseou-se essencialmente na capacidade de
melhoramento, combatendo atitudes de apatia e imobilismo.
O desempenho dos profissionais de saúde foi fundamental para alcançar os resultados
obtidos, pois as pessoas são a pedra “basilar” de qualquer organização e só através do seu apoio
é possível imprimir dinamismo para a obtenção dos objetivos propostos.
O ACeS Dão Lafões agregou os ex-ACeS Dão Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III,
tendo-se revelado necessário um momento de adaptação na organização, pois cada ACeS
apresentava realidades diferentes. Durante o ano de 2013, nem sempre foi possível recolher
dados sobre as unidades funcionais do ACeS no sistema informático, em rigor, pois os resultados
recolhidos, em alguns casos reportavam-se a realidades desadequadas naquele momento.
Neste sentido, o CCS assumiu a responsabilidade deste processo de preparação e
implementação da metodologia, logo após a sua nomeação.
3.2 Compromisso
Uma vez assente que era preciso mudar e que nada acontece por acaso, percebeu-se que
se continuássemos a trabalhar sem definir um plano estratégico, poderíamos obter os mesmos
resultados ou piores, já que a entropia está presente e o mundo exterior não espera.
A definição da missão e da visão da organização e CCS permitiu-nos perceber o sentido
do pensamento sistémico, encontrando um rumo, em busca de um ponto de alavanca que nos
transportasse para um futuro onde a organização fosse capaz de produzir os resultados futuros
desejados de forma perfeitamente normal.
O espírito de equipa partilhado por todos os elementos do CCS, com gente disposta a
olhar para depois de amanhã, gente que acredita que consegue construir o futuro, gente capaz de
simultaneamente equacionar na sua cabeça: a organização atual, a organização do futuro, a
organização em transformação e o feedback que deseja alcançar.
23
O plano estratégico foi desenhado e apresentado a todos os colaboradores do ACeS Dão
Lafões para explicar e comunicar a decisão de mudança, na perspetiva de evidenciar a
necessidade profunda de alinhamento estratégico da organização a todas as unidades funcionais,
baseando-se numa nova cultura de desempenho e com vontade de medir essa evolução.
3.3 Desenvolvimento do Plano Estratégico
A execução do plano estratégico dividiu-se em três fases distintas: desenvolvimento,
acompanhamento e controlo.
Uma vez previstas as tarefas e atividades a realizar, baseadas na hierarquização das
prioridades definidas pelo ACeS Dão Lafões, o projeto iniciou a sua concretização.
Nesta fase de realização do projeto, para tomarem conhecimento do mesmo, todos os
coordenadores e conselhos técnicos das Unidades funcionais, com a finalidade de levar a cabo
uma tarefa integrada e integradora que contemplasse tanto a dimensão de diagnóstico e de
planeamento como a de avaliação e impacto, pois só deste modo o processo de realização do
projeto poderia ser claro e rigoso, sem deixar de ser dinâmico.
Elaborou-se um cronograma que foi sendo ajustado também às necessidades e
constrangimentos que foram surgindo, o que se transformou numa mais-valia no processo de
gestão, permitindo no final do ano uma avaliação do projeto e reflexão sobre os reajustamentos a
implementar no ano seguinte.
No quadro 12, que se segue são apresentados os resultados obtidos em 2013, tendo como
base de apresentação dos mesmos, o mapa com a definição dos objetivos, indicadores, metas e
ações previstas.
24
Objetivos
Indicadores
Histórico
Metas Resultados
Obtidos Iniciativas
2013 2013
1 -Atingir níveis de excelência
1.1-% de USF’s e UCSP’s que atingiram incentivos a 100% (*)
15%
20%
Não disponível (1)
� Identificação das Unidades
funcionais com áreas de excelência
2- Obter os resultados contratualizados 2.1-% de Unidades funcionais que atingiram todos os resultados contratualizados.
------
15%
Não disponível (1)
� Reuniões com os coordenadores e conselhos técnicos � Reuniões com a responsável da UAG
3-Incentivar a progressão do desenvolvimento organizacional
3.1-% de USF’s e de UCSP’s nos vários modelos organizacionais
USF – 50%
UCSP2- 0%
USCP1- 50%
55%
20%
25%
55%
0%
45%
� Reunião com as unidades (USF’s e UCSP’s) para divulgação dos modelos. � Motivação e apoio das equipas de saúde. � Visitas a USF’s “modelo”
4-Melhorar a acessibilidade, qualidade, eficiência e efetividade
4.1-% de Unidades funcionais que atingiram os resultados contratualizados da acessibilidade, qualidade, eficiência e efetividade
-------
15%
Não disponível (1)
� Reuniões com as Unidades funcionais � Reuniões de monitorização dos dados � Promoção de auditorias internas � Plano de acompanhamento interno � Elaboração de PAI no âmbito da Diabetes a todas as Unidades funcionais � Monitorização/envio de relatórios com indicadores relativos à prescrição de medicamentos e MCDT’s � Monitorização/acompanhamento das VD’s nas Unidades Funcionais � Identificação dos Utentes/famílias com problemas de saúde que necessitam de apoio das UF’s (acamados, doentes alcoólicos) � Monitorização dos indicadores relativos a diabetes, oncologia e doenças cerebrovasculares
5-Incrementar e estabelecer parcerias 5.1-Nº de parcerias estabelecidas
-------
3
3 - (UCF Pediatria, UCF Materna e Neonatal, UCF
Diabetes)
� Apresentação de propostas de protocolos com os parceiros
6-Promover a contratualização
6.1-% de USF’s e UCSP’s que contratualizaram
--------
75%
41,7% (Só USF)
� Reuniões com todas as Unidades funcionais no âmbito da contratualização � Identificação dos indicadores a
25
6.2.- Nº de indicadores contratualizados com USP, URAP e UCC’s
-------- 3 (Nenhum - adiado para 2014)
contratualizar com a USP, URAP e UCC’s
7-Definir prioridades de atuação 7.1-% de Unidades funcionais que implementaram programas definidos como prioritários
--------
75%
100%
� Apresentação a todas as Unidades funcionais do PNS � Apresentação do Plano de ação a todas as unidades � Envio de relatório de atividades
8-Estabelecer compromissos 8.1-% de Unidades funcionais com planos de ação e relatórios de atividades
USF’s/ UCSP’s
UCC/URAP/USP
75%
90%
41,7% ( Só USF)
90% (UCC, URAP)
� Reuniões com as equipas funcionais de apoio à elaboração de planos de ação
9-Apoiar e orientar na organização, o funcionamento das UF’s
9.1-Nº de reuniões com as UF’s, no âmbito do desenvolvimento organizacional.
--------
10
26
� Reuniões com as equipas funcionais de apoio ao desenvolvimento organizacional
10-Assegurar e promover os processos de articulação com os parceiros
10.1-Nº de reuniões efetuadas com os parceiros
---------
12
16 (UCF Pediatria-7,
UCF Diabetes 4,UCF Materna e Neonatal -
5)
� Reuniões com parceiros (hospitais, Instituições do Ensino Superior, autarquias, ecl’s…)
11-Melhorar a comunicação 11.1-. Nº de planos de comunicação elaborados (CCS e Unidades Funcionais)
--------
1
Não atingido
� Elaboração de plano de comunicação � Divulgação a todas as Unidades funcionais e DE � Elaboração de manuais de acolhimento por perfil profissional
12- Adquirir novas competências (formação)
12.1-Nº de formações propostas pelo CCS nas áreas prioritárias de intervenção
12.2. - % de Unidades funcionais que apresentaram planos de formação
--------
--------
4
75%
Não atingido
79,2%
� Elaboração e apresentação de proposta de formação � Apresentação de planos de formação por unidades funcionais
13-Promover a partilha do conhecimento organizacional e interpessoal
13.1- Nº de Unidades Funcionais envolvidas em formação interunidades.
13.2. – Nº de reuniões de promoção do conhecimento interpessoal (rede de conhecimento)
---------
---------
2
3
3
3
� Ações de formação interunidades � Desenvolvimento de projetos interunidades � Reunião interunidades para conhecimento interpessoal � Identificação das Unidades funcionais com áreas de excelência
14-Optimizar os recursos 14.1- % de USF’s e UCSP’s com qualificação da despesa clínica
---------
60%
90%
� Reuniões interpares sobre a temática da qualificação de despesas médicas � Reuniões interpares sobre a temática da qualificação de despesas de enfermagem
(1) Aguarda-se publicação do relatório da ARS Centr o
26
3.4 Formação
No momento da apresentação do plano estratégico foi solicitado a todas as Unidades
funcionais que elaborassem plano de formação, identificando as áreas de formação que
pretendiam, após diagnóstico das necessidades dos profissionais, tendo em conta os programas e
projetos que foram apresentados como prioritários para o ACeS Dão Lafões.
Pretendia-se que a formação se constituísse como uma mais-valia no processo de
aprendizagem e aperfeiçoamento das competências dos profissionais, aproveitando as elevadas
expectativas iniciais, de forma a vencer a inércia inicial e permitindo o alinhamento desde o início
do processo.
O plano de formação tem como objetivo a interiorização do processo na sua globalidade,
sensibilizando e motivando todos os profissionais para enriquecer a sua rede de conhecimento
individual e em equipa.
Tendo em conta a nova realidade do funcionamento e organização do ACeS Dão Lafões, a
necessidade de criar uma nova identidade, a premência do alinhamento entre a gestão de topo e
as unidades funcionais, a formação que foi possível concretizar centralizou-se no plano de
formação da ARS Centro e nos planos de formação definidos por algumas USF, dando
cumprimento ao que já estava planado por essas unidades funcionais.
27
3.5 Reflexão sobre o Plano Estratégico
Atualmente a metodologia do Balanced Scorecard (BSC) constitui-se como uma ferramenta
bastante válida na gestão estratégica permitindo simplificar: a preparação de um plano
estratégico, a elaboração de um plano de atividades e carta de missão, a comunicação da
estratégia a todos os Stakeholders, a medição da eficácia da estratégia, a articulação dos
objetivos das unidades orgânicas com a estratégia da organização.
O alinhamento preconizado pelo BSC é sem dúvida a mais-valia deste modelo. É através
dessa abordagem integrada da organização que todos os profissionais, independentemente das
funções e responsabilidades que detém, identificam claramente qual é o seu papel para atingir a
missão e qual a estratégia que está a ser utilizada para lá chegar. Podemos inclusivamente
afirmar que o BSC pode transformar-se na razão de ser do trabalho das pessoas nas
organizações.
O ACeS Dão Lafões iniciou um caminho, escolheu um rumo, comunicou a sua estratégia,
solicitou a colaboração de todos os elementos da organização, envolveu todas as unidades
funcionais na discussão e reflexão dos resultados obtidos, promoveu e dinamizou uma rede de
conhecimento interunidades facilitando a partilha de experiências e de saberes entre as equipas
multiprofissionais, preconizando os seus valores (definidos na carta de missão) tendo presente a
sua visão para alcançar a sua missão.
28
4 - Execução Orçamental da Despesa, 2013
Em 2013 não houve qualquer orçamento de receita e de investimentos, pelo que não se
pode fazer uma avaliação da execução face ao orçamentado, mas apenas um relato financeiro
dos recebimentos (receita). No caso do investimento, não temos elementos que nos permitam
relatar e quantificar os investimentos efetuados.
Quadro 12 - Execução da Despesa paga pelo ACeS, fac e ao Orçamentado
ACES DÃO LAFÕES Proposta Orçamento
Orçamento Aprovado Execução Variação Grau
execução Conta Classific. Designação Executado/aprovado %
31611 02.01.09 Prod. Farmaceuticos 793,14 793,14 0,00 -793,14 0,00%
3162 02.01.11 Material consumo clinico 3.098,12 3.098,12 206,13 -2.891,99 6,65%
3163 02.01.06 Produtos Alimentares 5.737,73 3.737,73 3.747,71 9,98 100,27%
3164 02.01.13 Material cons. hoteleiro 1.832,56 1.832,56 310,08 -1.522,48 16,92%
3165 02.01.08 Material consumo admin. 1.174,13 1.174,13 1.087,99 -86,14 92,66%
3166 02.01.21 Material manuten e cons. 181,08 181,08 1.153,27 972,19 636,88%
3169 02.01.21 Outro material consumo 1.086,56 1.086,56 889,01 -197,55 81,82%
62211 02.02.01 Electricidade 228.294,35 218.294,35 228.050,94 9.756,59 104,47%
62212 02.01.02 Combustiveis 85.417,08 75.417,08 54.509,00 -20.908,08 72,28%
62213 02.02.01 Agua 25.427,12 25.427,12 24.704,74 -722,38 97,16%
62214 02.01.02 Outros fluidos 22.838,09 22.838,09 25.188,45 2.350,36 110,29%
62217 02.01.08 Material de escritorio 2.394,48 2.394,48 0,00 -2.394,48 0,00%
6222213 02,02,09 Comunicações fixas voz 600,00 600,00 121,80 -478,20 20,30%
6222214 02,02,09 Comunicações Moveis 9.600,00 9.600,00 6.166,85 -3.433,15 64,24%
62226 02.02.10 Transporte de Pessoal 12.074,92 12.074,92 6.758,48 -5.316,44 55,97%
6223213 02.02.19.C0.00 Conserv. E reparaçao 27.079,02 5.079,02 3.947,19 -1.131,83 77,72%
62234 02.02.02 Limpeza, hig e conforto 133,30 133,30 0,00 -133,30 0,00%
62298 02.02.25 OFS 5.913,44 4.413,44 752,71 -3.660,73 17,05%
658 06,02,03AO Outros custos operacionais 500,00 500,00 1.524,10 1.024,10 304,82%
688 02.02.25 OCPF 500,00 500,00 2.372,48 1.872,48 474,50%
621894 02,02,25 Reembolsos 166.736,72 166.736,72 214.155,71 47.418,99 128,44%
TOTAL 601.411,84 555.911,84 575.646,64 19.734,80 103,55%
Fonte: Serviços Financeiros
29
Quadro 13 - Execução Financeira Global, Receita e D espesa (não compara com o orçamento)
C O N T A D E M E I O S F I N A N C E I R O S
CONTA RECEBIMENTOS VALOR (Euros) CONTA PAGAMENTOS VALOR (Euros)
SALDO INICIAL 3161 Produtos Farmacêuticos 0,00
Caixa: Numerário 3162 Material de Consumo Clínico 206,13
Valores 3163 Produtos Alimentares 3.747,71
Documentos devolvidos 3164 Material de Consumo Hoteleiro 310,08
Bancos 3165 Material de Consumo Administrativo 1.087,99
TOTAL 1 0,00 3166 Material de Manutenção e Conservação 1.153,27
3169 Outro Material de Consumo 889,01
7112 Venda de Matérias de Consumo 0,00 42 Imobilizações Corpóreas 0,00
7113 Venda de Desperdícios, Resíduos e Refugos 0,00 6212 Meios Complementares de Diagnóstico 0,00
71211 Prest. Serviços - ADSE 0,00 6216 Transporte de Doentes 0,00
71212 - Forças Armadas 0,00 62211 Electricidade 228.050,94
71213 - Forças Militarizadas 0,00 62212 Combustíveis 54.509,00
71214 - SAMS 0,00 62213 Água 24.704,74
71215 - IOS CTT / ACS Portugal Telecom 0,00 62214 Outros Fluídos 25.188,45
71216 - Serviços Sociais 0,00 62215 Ferramentas e Utensílios Desgaste Rápido 0,00
71219 - Outros Subsistemas 0,00 62216 Livros e Documentação Técnica 0,00
7123 Companhias de Seguros 68.347,20 62217 Material de Escritório 0,00
71251 Instituições do Ministério da Saúde 0,00 62219 Rendas e Alugueres 0,00
71259 Outras Instituições do Estado 0,00 62222 Comunicação 6.288,65
71299 Outros Clientes 0,00 62223 Seguros 0,00
7122 Excepto taxas moderadoras 4.809,18 62225 Transporte de Mercadorias 0,00
712271 Taxas Moderadoras - Consultas 1.390.529,88 62226 Transporte de Pessoal 6.758,48
712272 - SAP 129.172,70 62232 Conservação e Reparação 3.947,19
712276 - MCD e MCT 14.504,24 62234 Limpeza, Higiene e Conforto 0,00
712279 - Outras (Domicílios, etc) 82.618,45 62235 Vigilância e Segurança 0,00
71229 Outras Prestações Serviços (Micros, Certificados, etc) 0,00 622361 Trab. Especializados - Serviços de Informática 0,00
72 Impostos e taxas (Taxas sanitárias) 54.259,25 622362 - Serviços de Alimentação 0,00
7621 Reembolsos - Alimentação 0,00 622363 - Serviços de Lavandaria 0,00
7622 - Telefone 0,00 622369 Outros Trababalhos Especializados 0,00
7629 - Outros Reembolsos 0,00 62298 Outros Fornecimentos e Serviços 752,71
768 Receitas não Especificadas 0,00 6581 Outros Custos e Perdas Operacionais 1.524,10
769 Outros Proveitos e Ganhos Operacionais * 1.198,20 688 Outros Custos e Perdas Financeiros 2.372,48
7811 Juros de Depósitos à Ordem 0,00 242 Retenção de IRS 0,00
7818 Outros Juros 0,00 Reversão de Saldo 1.745.439,10
788 Outros Proveitos e Ganhos Financeiros 0,00 621894 Produtos vendidos por farmacias 214.155,71
797 Receitas de Anos Anteriores 0,00 TOTAL 1 2.321.085,74
242 Retenção de IRS 0,00
0,00
TOTAL 2 1.745.439,10
SALDO FINAL (devolvido) 23.297,36
Financiamento 598.944,00
TOTAL 3 598.944,00
TOTAL 2 23.297,36
TOTAL GERAL (1+2+3) 2.344.383,10 TOTAL GERAL (1+2) 2.344.383,10
30
Considerações Finais
Finalizamos o ano de 2013 com um desempenho assistencial que não consideramos ideal
mas que nos permite considerar como de muito bom atendendo às contrariedades organizacionais
que nos foram surgindo ao longo do ano, em particular na área dos recursos humanos.
Vemos, objetivamente, os valores atingidos não equacionando as assimetrias das
realidades que tínhamos à partida, das realidades que foi preciso gerir e das vontades que foi
necessário conquistar.
O sensibilizar de todos para a realidade dimensional do Agrupamento de Centros de Saúde,
das necessidades de todos para em conjunto contribuírem para um uníssono de desempenho,
ultrapassando as barreiras próprias geradas pela individualização de Unidades de Saúde
Familiares, de Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, de Unidades de Cuidados à
Comunidade, de Unidade de Saúde Pública e da Unidade de Recursos Assistenciais partilhados
foi desafio praticamente ganho.
Julgamos ter criado a identidade de grande equipa resultante do somatório exponencial da
identidade de pequenas equipas ligadas por necessidades e valores partilhados para o atingir de
uma identidade única; esta deve continuar a constituir-se e a reconhecer-se como “Agrupamento
de Centros de Saúde Dão Lafões”.
O ano de 2014 espera-nos com a vontade de melhorar e com a ambição de sermos
referência na nossa comunidade Dão Lafões, pois o valor de cada profissional aliado ao valor de
cada unidade são as dimensões que desejamos respeitar e potenciar para melhor fazer.