relatório staphylococcus

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA INSTITUTO DE CIÊNCIAS E SAÚDE RELATÓRIO ACADÊMICO – RELATO DE CASO E ISOLAMENTO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS Hudson Oliveira FREITAS1 1. Acadêmico do Curso de Medicina CARATINGA /MG 2012 Hudson Oliveira FREITAS1 1. Acadêmico do Curso de Medicina RELATÓRIO ACADÊMICO – RELATO DE CASO E ISOLAMENTO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS Relatório acadêmico, apresentado ao Curso de Medicina do Instituto de Ciências e Saúde - Centro Universitário de Caratinga (UNEC), para fins de avaliação da 1ª (primeira) etapa do 4º (quarto) semestre letivo do corrente ano. Orientadora(s): Profº. Valter LINARDI 2 1. Docente em Mecanismos de Agressão e Defesa II, pela disciplina de Microbiologia.

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Page 1: Relatório Staphylococcus

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS E SAÚDE

RELATÓRIO ACADÊMICO – RELATO DE CASO E ISOLAMENTO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS

Hudson Oliveira FREITAS1

1. Acadêmico do Curso de Medicina

CARATINGA /MG

2012

Hudson Oliveira FREITAS1

1. Acadêmico do Curso de Medicina

RELATÓRIO ACADÊMICO – RELATO DE CASO E

ISOLAMENTO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS

Relatório acadêmico, apresentado ao Curso de Medicina do Instituto de Ciências e Saúde - Centro Universitário de

Caratinga (UNEC), para fins de avaliação da 1ª (primeira) etapa do 4º (quarto) semestre letivo do corrente ano.

Orientadora(s): Profº. Valter LINARDI 2

1. Docente em Mecanismos de Agressão e Defesa II, pela disciplina de Microbiologia.

Page 2: Relatório Staphylococcus

CARATINGA/MG

2012

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3

2. OBJETIVO ........................................................................................................................................... 4

3. MATERIAIS UTILIZADOS ........................................................................................................... 4

4. MÉTODO .............................................................................................................................................. 4

5. RESULTADO ...................................................................................................................................... 5

6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 5

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 6

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Page 3: Relatório Staphylococcus

1. INTRODUÇÃO

Os microrganismos da espécie Staphylococcus aureus, que pertencem à família Micrococcaceae, são potencialmente responsáveis pela causa de diversas enfermidades no ser humano. As

manifestações clínicas pode se revelar em diversos graus de gravidade, de acordo com a virulência e localização da infecção. Encontrado comumente nas regiões da nasofaringe e fossas nasais. São

imóveis, cocos Gram-positivos. Aeróbios ou anaeróbios facultativos em geral, reação catalase positivos. Fermentam a glicose com produção de ácido, tanto em aerobiose, como em anaerobiose, e

se diferenciam nessa questão, dos microrganismos do gênero Micrococcus, que só fermentam em aerobiose. Atualmente o gênero Staphylococcus é composto por cerca de 27 espécies, sendo

algumas freqüentemente associadas a uma ampla variedade de infecções de caráter oportunista, em seres humanos e animais. As principais espécies de estafilococos encontrados em seres humanos

são os Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus saprophyticus (Pinheiro, 2009). As doenças causadas por estes microorganismos podem ser classificadas como

superficiais, invasivas ou tóxicas, ou ainda, apresentar características mistas, tóxicas e invasivas. Podem ser responsáveis por afecções cutâneas como, impetigo, pústulas, furúnculo, carbunculose e

celulite. Além disso, também podem desencadear complicações pós-operatórias, em próteses e infectar queimaduras. São responsáveis pela Síndrome da pele escaldada (Pereira, 2006). Essas

complicações se desenvolvem devido aos fatores de virulência, que se apresentam na forma de componentes da superfície e substâncias extracelulares produzidas. Como: A cápsula, que

proporcionam maior resistência a fagocitose; Peptideoglicano – ativa a via alternativa do complemento; Ácidos teicóicos – (ribitol e glicerolfosfato) são componentes da parede celular e parecem

estar envolvidos na ativação do complemento e na aderência; Proteína A – é uma proteína de superfície, sendo responsáveis pela interação com a porção Fc da molécula de IgG. Tem sido

demonstrado que esta reação, direta e indiretamente, provoca efeitos quimiotáticos, anticomplementar, antifagocitário, liberação de histamina, reações de hipersensibilidade e lesão plaquetária;

Enzimas e toxinas extracelulares – a mais conhecida é a coagulase, característica da espécie, e provoca a coagulação do plasma. Outras enzimas incluem a catalase, desoxirribosenucleases,

hialuronidase, lipase, proteases, betalactamase e a estafiloquinase. Hemolisinas – hemolisina alfa e beta, sendo tóxica para animais e plaquetas humanas. Leucocidina – que é uma toxina que possui

a capacidade de desgranular os neutrófilos e macrófagos. A transmissão do S. aureus ocorre por contato direto e por contato indireto. As infecções estafilocócicas superficiais podem ser

consideradas graves se acometerem recém-nascidos, pacientes cirúrgicos e portadores de doenças debilitantes como o câncer e a diabete. Esta é uma das razões pelas quais as infecções

estafilocócicas severas são mais freqüentemente adquiridas em hospitais (Trabulsi, 2005).

2. OBJETIVO

Foi utilizada a região nasal de alunos do curso de Medicina, no Centro Universitário de Caratinga – UNEC, para extração de material propício à colonização de Staphylococcus aureus. Seleção dos

possíveis presentes através do meio ágar hipertônico manitol. E realização do teste de resistência à selecionados antibióticos: Oxacilina, Vancomicina e Amoxicilina.

3. MATERIAIS UTILIZADOS

O técnico responsável pelo laboratório de Midrobiologia do UNEC, disponibilizou para realização dos procedimentos os seguintes materiais: Placas de Petri,

Caldo de enriquecimento (BHI), Meio seletivo contendo Agar hipertônico manitol, Swab, Pinça, Bico de bunsen, Tubo de ensaio contendo BHI - infusão de

cérebro e coração e NaCl 5%; Antibióticos: oxacilina, amoxicilina e vancomicina. Agitador de tubos.

4. MÉTODO

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Page 4: Relatório Staphylococcus

O Swab, introduzido na narina do aluno para retirada do material coletado, foi utilizado na primeira aula prática, na qual foram armazenadas as amostras coletadas

e dispostas na estufa imersas em tubo de ensaio, devidamente identificados, contendo o BHI. Na aula seguinte, os microrganismos que se desenvolveram foram

espalhados na placa de Petri com o objetivo de selecionar bactérias do gênero Staphylococcus. As placas de petri, já identificadas foram armazenadas em estufas

para promoverem o crescimento dos microrganismos. O resultado foi obtido contendo dois tipos de coloração nas placas: amarelo, que indicou fermentação do

manitol e positividade para S. aureus; e vermelho, que indicou ausência de fermentação: resultado negativo. As placas positivas foram submetidas ao

antibiograma, para avaliação da sensibilidade do microorganismo aos selecionados antibióticos.

5. RESULTADO

A placa de Petri utilizada para o experimento, contendo o material coletado da fossa nasal apresentou acentuado crescimento de colônias de bactérias, com a coloração final do meio amarelo-

dourada. Após teste de sensibilização com os antibióticos, foi verificado que houve resistência do microrganismo a todos os antibióticos testados. Com ocorrência então de colônias de MRSA

(Staphylococcus aureus resistente à meticilina).

Imagem 1 – Resultado obtido. Placa de Petri referente ao aluno Hudson O. Freitas.

6. CONCLUSÃO

Após isolamento e identificação dos microrganismos através dos meios seletivos, foi possível concluir que há portadores de Staphylococcus entre os alunos do 4º

(quarto) período do curso de Medicina do UNEC. E através da placa de Petri analisada foi possível identificar que o microrganismo presente na microbiota

humana, particularmente do aluno utilizado, foi capaz de ser resistente a todos os antibióticos testados.

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Page 5: Relatório Staphylococcus

REFERÊNCIAS

PINHEIRO, Sofia. Art. Staphylococcus aureus, disponínel em http://pt.shvoong.com/exact-sciences/biology/1959055-staphylococcus-aureus/.

TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flavio. Microbiologia. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atheneu, 2005. 697 p.

PEREIRA, A.F. e cols. Práticas de Microbiologia. 4ª Edição. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro-RJ: 2006.

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