staphylococcus aureus -...

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Norma nº 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 1/30 NÚMERO: 031/2013 DATA: 31/12/2013 ATUALIZAÇÃO 18/12/2014 ASSUNTO: Profilaxia Antibiótica Cirúrgica na Criança e no Adulto PALAVRAS-CHAVE: Profilaxia, antibióticos, cirurgia, infeção PARA: Médicos do Sistema de Saúde CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Saúde ([email protected]) Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de Janeiro, por proposta conjunta do Departamento da Qualidade na Saúde, do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos e da Ordem dos Médicos, emite a seguinte: NORMA 1. A indicação da profilaxia antibiótica (PA) cirúrgica deve estar (Nível de Evidência A) (1,2,3,7,13) definida e ser registada em consulta pré-anestésica e, como tal, integrada no processo clínico. 2. A profilaxia antibiótica cirúrgica aplica-se a certas cirurgias limpas, nomeadamente com prótese vascular ou articular e em que a infeção do local cirúrgico se associe a elevado risco de mortalidade, e a cirurgia limpas-contaminadas (Nível de Evidência A) (1,2,3,7,13). 3. Na maioria das situações de profilaxia antibiótica cirúrgica (Nível de Evidência A) (1,2,3,4,5) : a) A cefazolina é o antimicrobiano de primeira escolha para cirurgia limpa e para a maioria das cirurgias limpas-contaminadas; e, b) A cefoxitina é prescrita para procedimentos que envolvam tubo digestivo baixo. 4. Está indicada a profilaxia antibiótica com utilização de vancomicina, em associação com o regime recomendado, sempre que o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SAMR) seja causa provável de infeção do local cirúrgico (Nível de Evidência B), nomeadamente (1,2,3,4,5) : a) Colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina; b) Infeção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina no ano anterior à cirurgia; c) Surto de infeção a Staphylococcus aureus resistente à meticilina no local de internamento do utente ou no bloco operatório onde vai ser realizada a cirurgia. 5. A prescrição do antibiótico profilático é da responsabilidade do cirurgião, sendo da responsabilidade do anestesiologista assegurar o cumprimento da sua administração atempada e a inclusão desta no registo anestésico (Nível de Evidência B) (1,2,3,4,5,6), tendo presente que: a) A administração da profilaxia antibiótica é efetuada nos 60 minutos (120 minutos, no caso de vancomicina) que antecedem a cirurgia, de modo a assegurar níveis tecidulares adequados na altura da incisão cirúrgica, e deve estar completa antes da incisão (Nível de Evidência A) (1,2,3,4,5,7,8) :

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  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 1/30

    NMERO: 031/2013

    DATA: 31/12/2013

    ATUALIZAO 18/12/2014

    ASSUNTO: Profilaxia Antibitica Cirrgica na Criana e no Adulto

    PALAVRAS-CHAVE: Profilaxia, antibiticos, cirurgia, infeo

    PARA: Mdicos do Sistema de Sade

    CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Sade ([email protected])

    Nos termos da alnea a) do n 2 do artigo 2 do Decreto Regulamentar n 14/2012, de 26 de Janeiro, por

    proposta conjunta do Departamento da Qualidade na Sade, do Programa de Preveno e Controlo de

    Infees e de Resistncia aos Antimicrobianos e da Ordem dos Mdicos, emite a seguinte:

    NORMA

    1. A indicao da profilaxia antibitica (PA) cirrgica deve estar (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,7,13)

    definida e

    ser registada em consulta pr-anestsica e, como tal, integrada no processo clnico.

    2. A profilaxia antibitica cirrgica aplica-se a certas cirurgias limpas, nomeadamente com prtese

    vascular ou articular e em que a infeo do local cirrgico se associe a elevado risco de mortalidade,

    e a cirurgia limpas-contaminadas (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,7,13).

    3. Na maioria das situaes de profilaxia antibitica cirrgica (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5)

    :

    a) A cefazolina o antimicrobiano de primeira escolha para cirurgia limpa e para a maioria das

    cirurgias limpas-contaminadas; e,

    b) A cefoxitina prescrita para procedimentos que envolvam tubo digestivo baixo.

    4. Est indicada a profilaxia antibitica com utilizao de vancomicina, em associao com o regime

    recomendado, sempre que o Staphylococcus aureus resistente meticilina (SAMR) seja causa provvel

    de infeo do local cirrgico (Nvel de Evidncia B), nomeadamente (1,2,3,4,5)

    :

    a) Colonizao por Staphylococcus aureus resistente meticilina;

    b) Infeo por Staphylococcus aureus resistente meticilina no ano anterior cirurgia;

    c) Surto de infeo a Staphylococcus aureus resistente meticilina no local de internamento do

    utente ou no bloco operatrio onde vai ser realizada a cirurgia.

    5. A prescrio do antibitico profiltico da responsabilidade do cirurgio, sendo da responsabilidade

    do anestesiologista assegurar o cumprimento da sua administrao atempada e a incluso desta no

    registo anestsico (Nvel de Evidncia B) (1,2,3,4,5,6),

    tendo presente que:

    a) A administrao da profilaxia antibitica efetuada nos 60 minutos (120 minutos, no caso de

    vancomicina) que antecedem a cirurgia, de modo a assegurar nveis tecidulares adequados na

    altura da inciso cirrgica, e deve estar completa antes da inciso (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5,7,8)

    :

    mailto:[email protected]

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 2/30

    b) A sequncia da administrao EV de frmacos para induo da anestesia deve iniciar-se 5 a 10

    minutos aps a profilaxia antibitica (Nvel de Evidncia C) (1,2,3,4,5,7,8)

    .

    6. Nos procedimentos cirrgicos com durao no superior a duas horas, a profilaxia antibitica

    cirrgica prescrita em dose nica (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5,7,8,9,10)

    .

    7. Na cirurgia mais prolongada ou no caso de procedimento com perda de sangue intraoperatria

    superior a 1500 ml, h necessidade de repetir a dose inicial cada duas vezes a semivida do

    antibitico, em doentes com funo renal normal, nomeadamente, conforme a tabela abaixo (Nvel

    de Evidncia A) (1,2,3,4,5)

    :

    i. Cefoxitina, de 2 em 2 horas;

    ii. Cefazolina, de 4 em 4 horas;

    iii. Cefuroxima de 4 em 4 horas;

    iv. Clindamicina de 6 em 6 horas;

    v. Metronidazol de 8 em 8 horas;

    vi. Amoxicilina + cido clavulnico, de 2 em 2 horas.

    8. A dose inicial para profilaxia antibitica cirrgica o dobro da dose usual (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5)

    . Considerar ainda:

    a) No utente obeso com ndice de massa corporal superior a 35, a dose de betalactmicos

    ainda duplicada (dose habitual de profilaxia x 2) (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5)

    ;

    b) Na prescrio peditrica, a dose na profilaxia antibitica cirrgica baseada no peso, exceto

    quando a dose assim calculada exceda a dose padro recomendada (Nvel de evidncia B) (1,2,3,4,5)

    .

    9. Na verificao da administrao da profilaxia antibitica cirrgica, aplica-se a seguinte lista de

    verificao (Nvel de Evidncia C) (1,2,3,4,5,11)

    :

    a) Antibitico ou protocolo aplicado;

    b) Hora da administrao do antibitico;

    c) Hora da inciso cirrgica;

    d) Hora de reforo do antibitico;

    e) Hora do fim da cirurgia.

    10. Para os utentes colonizados por microrganismos MDR ou XDR no, ou perto do, local cirrgico deve

    estabelecer-se uma profilaxia antibitica cirrgica especfica (Nvel de Evidncia B) (1,2,3,4,5)

    .

    11. Nos utentes a fazer teraputica antimicrobiana:

    a) Se os antibiticos so apropriados para profilaxia antibitica cirrgica, prescrever uma dose

    extra nos 60 minutos antes da inciso cirrgica (Nvel de Evidncia B) (1,2,3,4,5);

    .

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 3/30

    b) Seno, prescrever a profilaxia antibitica cirrgica indicada para o tipo de cirurgia (Nvel de

    Evidncia A), nos termos da presente Norma (1,2,3,4,5).

    .

    12. Em caso de histria de alergia penicilina (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5)

    :

    a) Se a manifestao for de baixo risco de anafilaxia (exantema aps penicilina), podem

    prescrever-se cefalosporinas;

    b) Se houver alto risco de anafilaxia (angioedema, dificuldade respiratria e urticria), deve

    prescrever-se como alternativa a vancomicina (15mg/Kg) ou a clindamicina (900 mg EV ou 10

    mg/Kg) para profilaxia de infeo por bactrias Gram positivo;

    c) Nos casos em que podem estar presentes tambm bacilos Gram negativo, deve associar-se

    a prescrio de mais um agente com atividade nestes microrganismos (ex: aminoglicosdeo);

    d) Se houver suspeita da presena de anaerbios, h necessidade de adicionar prescrio, o

    metronidazol ou a clindamicina, se esta no figurar j no esquema.

    13. Na cirurgia de ambulatrio devem ser utilizados os mesmos protocolos da cirurgia realizada em

    regime de internamento e apresentados no ponto 18, sendo a dose inicial (ou de reforo, se

    necessria), a habitual (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5)

    .

    14. Genericamente, na profilaxia antibitica cirrgica, no devem ser prescritas tomas adicionais de

    antibitico no ps-operatrio (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5,9)

    .

    15. Nos utentes de alto risco submetidos a cirurgia cardiotorcica, vascular, maxilofacial ou ortopdica,

    pode manter-se a profilaxia nas primeiras 24 horas (e nunca para alm deste limite), devendo ser

    implementados sistemas de alerta e de suspenso automtica da profilaxia (Nvel de Evidncia A) (1,2,3,4,5,10)

    .

    16. Os antibiticos prescritos para profilaxia antibitica cirrgica no devem ser prescritos para o

    tratamento de infees, nomeadamente no mesmo utente (Nvel de Evidncia B) (1,2,3,4,5)

    .

    17. A presente Norma deve estar disponvel e facilmente acessvel (em papel ou em suporte eletrnico),

    nomeadamente nas salas de consulta pr-anestsica, nos blocos operatrios, nas salas de cirurgia e

    nos servios de cirurgia (Nvel de Evidncia C) (1,2,3,4,5)

    .

    18. Devem ser usados os algoritmos clnicos abaixo indicados, que espelham as indicaes de primeira

    linha de profilaxia antibitica para:

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 4/30

    a) Cirurgia torcica;

    b) Cirurgia endcrina;

    c) Cirurgia da mama;

    d) Cirurgia maxilofacial (cabea e pescoo);

    e) Cirurgia digestiva;

    f) Cirurgia baritrica (IMC > 35kg/m2);

    g) Cirurgia ortopdica;

    h) Cirurgia ginecolgica e obsttrica;

    i) Cirurgia urolgica;

    j) Cirurgia vascular;

    k) Cirurgia de transplantao;

    l) Neurocirugia;

    m) Cirurgia oftalmolgica.

    19. Qualquer exceo Norma fundamentada clinicamente, com registo no processo clnico.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 5/30

    20. Os algoritmos clnicos

    Cirurgia torcica (Staphylococcus, S. pneumoniae, H. influenzae, bacilos Gram negativo)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Exrese de

    pulmo

    Amoxicilina+cido

    clavulnico

    ou

    Cefoxitina

    2,2 g EV lento

    2 g (adulto) ou 40

    mg/kg (pediatria) EV

    Dose nica; se durao

    > 2h, repetir com 1,2g

    Dose nica; se durao

    > 2 h repetir 1 g

    A (1,2,3,4,5,12)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina#

    900 mg (adulto) ou

    10 mg/Kg

    (pediatria) EV lento

    5 mg/Kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Dose nica; se

    durao>6h repetir

    900 mg

    Dose nica

    Cirurgia

    toracoscpica

    assistida por

    vdeo (VATS)

    Amoxicilina + cido

    clavulnico

    ou

    Cefoxitina

    2,2 g EV lento

    2 g (adulto) ou 40

    mg/kg (pediatria)

    EV

    Dose nica; se

    durao > 2h, repetir

    com 1,2g

    Dose nica; se

    durao > 2 h repetir

    1 g

    C (1,2,3,4,5,12)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina#

    900 mg (adulto) ou

    10mg/Kg

    (pediatria) EV lento

    5 mg/Kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Dose nica; se

    durao > 6h repetir

    900 mg

    Dose nica

    Timectomia

    Cefazolina 2 g (adulto) 30

    mg/Kg (pediatria)

    Dose nica; se

    durao >4h repetir

    1 g

    A

    (1,2,3,4 5

    )

    Colocao de

    pace maker

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    Dose nica A

    (1,2,3,4,5,13)

    Revasculariza

    o coronria

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    Dose nica; se

    durao > 4 h repetir

    1 g

    A

    (1,2,3,4,5,13)

    Prtese

    valvular

    Cefoxitina 2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Se durao > 4 h

    repetir 1 g e depois

    cada 8h, durante

    24h

    A

    (1,2,3,4,5,13)

    Implantao de

    sistemas de

    assistncia

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Dose nica; se

    durao > 4 h repetir

    1 g

    C

    (1,2,3,4,5,13)

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 6/30

    ventricular

    Traqueostomia Sem indicao para profilaxia antibitica (1,2,3,4,5)

    Toracocentese Sem indicao para profilaxia antibitica (1,2,3,4,5)

    Trauma

    torcico

    perfurante sem

    envolvimento

    esofgico

    Cefoxitina 2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Se durao > 4 h

    repetir 1g e depois

    cada 8h, durante

    24h

    A (1,2,3,4,5)

    Trauma

    torcico

    perfurante com

    envolvimento

    esofgico

    Cefoxitina

    +

    Gentamicina ##

    2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    5 mg/Kg (adulto) e

    2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Se durao >4 h

    repetir 1g e depois

    cada 8h, durante

    24h

    Dose nica

    A (1,2,3,4,5)

    # Dose mxima: 500 mg.

    ## Em utentes com alergia penicilina com alto risco de anafilaxia: Clindamicina (900 mg EV lento) +

    Gentamicina (5mg/kg).

    Em utentes portadores nasais de MRSA para alm de descontaminao nasal com mupirocina e banho

    com clorohexidina, deve ser ponderada a utilizao de vancomicina sistmica.

    Cirurgia Endcrina

    Interveno Antibitico Dose

    inicial

    Posologia Nvel de

    Evidncia

    Suprarrenalectomia

    com ou sem

    nefrectomia (urina

    limpa)

    Sem indicao para profilaxia antibitica. (1,2,3,4,5)

    Tiroide,

    paratiroides

    Normalmente, sem indicao para profilaxia

    antibitica.

    Considerar cefazolina, se doena neoplsica e risco

    infecioso elevado.

    B (1,2,3,4,5)

    C (1,2,3,4,5)

    Pncreas Ver protocolo cirurgia digestiva pancretica.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 7/30

    Cirurgia da Mama (Staphylococcus aureus, outros Staphylococcus, Streptococcus)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Mastectomia

    com ou sem

    esvaziamento

    axilar;

    Reconstruo

    mamria com ou

    sem prtese

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Dose nica;

    se durao >

    4 h repetir 1

    g

    C

    (1,2,3,4,5)

    Alergia

    penicilina com

    alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina #

    900 mg (adulto)

    ou 10 mg/Kg

    (pediatria) EV

    lento

    5 mg/Kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Dose nica;

    se durao >

    6 h repetir

    900 mg

    Dose nica

    Tumorectomia Sem indicao para profilaxia antibitica A (1, 2, 3, 4, 5)

    # Dose mxima: 500 mg.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 8/30

    Cirurgia maxilofacial (Cabea e Pescoo) (Streptococcus, bactrias anaerbias, S. aureus, K.

    pneumoniae, E. coli)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Cirurgia major

    da cabea,

    pescoo e oral

    com inciso

    atravs da

    mucosa oral ou

    farngea

    Amoxicilina +

    cido

    clavulnico

    2,2 g EV lento 1 g cada 2

    horas no per-

    operatrio;

    depois 1 g 6/6

    h por 24 horas

    A (se

    doena

    neoplsica)

    B (outros

    grupos) (1,2,3,4,5)

    Alergia

    penicilina com

    alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina#

    900 mg (adulto)

    ou 10 mg/Kg EV

    lento

    5 mg/Kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Se durao > 6

    h repetir

    900mg; depois

    600 mg 6/6 h

    por 24 horas

    Dose nica

    Cirurgia

    otolgica

    (cirurgia de

    timpanomastoi

    dite crnica ou

    de

    colesteatoma)

    Amoxicilina +

    cido

    clavulnico

    2,2 g EV lento 1 g cada 2

    horas no per-

    operatrio;

    depois 1 g 6/6

    h por 24 horas

    B (1,2,3,4,5)

    Cirurgia

    alveolar, ou

    extrao

    dentria no

    sptica

    Aplicar protocolo de preveno de endocardite bacteriana

    Glndulas

    salivares*

    Sem indicao para profilaxia antibitica B* (1,2,3,4,5)

    Amigdalectomi

    a*

    Sem indicao para profilaxia antibitica B (1,2,3,4,5)

    Microcirurgia

    larngea*

    Sem indicao para profilaxia antibitica B (1,2,3,4,5)

    Cervicotomia* Sem indicao para profilaxia antibitica B (1,2,3,4,5)

    Esvaziamento

    ganglionar*

    Sem indicao para profilaxia antibitica B (1,2,3,4,5)

    *A frequncia de infeo do local cirrgico nestas cirurgias limpas

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 9/30

    Cirurgia Digestiva (Escherichia coli, S. aureus meticilino-sensvel, Bactrias anaerbias na cirurgia

    inframesoclica)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Cirurgia esofgica

    (sem interposio

    de clon);

    Gastroduodenal

    (incluindo PEG);

    Pancretica;

    Heptica;

    Vias biliares

    Cefazolina

    OU

    Cefoxitina

    2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg EV

    (pediatria)

    Dose nica; se

    durao > 4 h

    repetir 1 g

    Dose nica; se

    durao > 2 h

    repetir 1 g

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina #

    900 mg

    (adulto) ou 10

    mg/Kg

    (pediatria) EV

    lento

    5 mg/Kg

    (adulto) ou 2,5

    mg/Kg

    (pediatria) EV

    Dose nica;

    se durao >

    6 h repetir

    900 mg

    Dose nica

    Colecistectomia

    laparoscpica sem

    factores de risco*

    Sem indicao para profilaxia antibitica A (1,2,3,4,5)

    Anastomose bilio-

    digestiva;

    Cirurgia colo-

    rectal**;

    Cirurgia esofgica com

    interposio de colon;

    Prolapso retal;

    Apndice***

    Cefoxitina 2 g (adulto) ou

    40 mg/Kg

    (pediatria) EV

    Dose nica;

    se durao >

    2 h repetir 1

    g

    A (1,2,3,4,5,14,15)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Metronidazol

    +

    Gentamicina#

    1 g (adulto) ou

    15 mg/Kg

    (pediatria) EV

    5 mg/Kg

    (adulto) ou 2,5

    mg/Kg

    (pediatria) EV

    Dose nica

    Dose nica

    Fstulas perianais

    Hemorroidectomia

    Quistos

    Sem indicao para profilaxia antibitica A (1,2,3,4,5)

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 10/30

    sacrococcgeos

    Hrnia

    (com ou sem

    utilizao de

    prtese)

    Cefazolina 2 g (adulto) ou

    30 mg/Kg

    (pediatria) EV

    Dose nica;

    se durao >

    4 h repetir 1

    g

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina #

    900 mg

    (adulto) ou 10

    mg/Kg

    (pediatria) EV

    lento

    5 mg/Kg

    (adulto) ou 2,5

    mg/Kg

    (pediatria) EV

    Dose nica;

    se durao >

    6 h repetir

    900 mg

    Dose nica

    Traumatismos

    abdominais que

    levam a cirurgia

    Como a cirurgia colorretal A (1,2,3,4,5,14,15)

    * Ausncia de colecistite recente, sem converso para laparotomia, sem explorao das vias biliares,

    sem imunodepresso, mulher no grvida; caso exista algum fator de risco, aplicar protocolo vias

    biliares.

    ** Para alm da profilaxia antibitica sistmica, proceder preparao mecnica do colon atravs de

    enemas e agentes catrticos e administrar antibiticos orais no absorvveis em doses fracionadas na

    vspera da interveno (IA).

    *** Apndice normal ou macroscopicamente pouco alterado; se infeo, usar teraputica antibitica.

    # Dose mxima: 500 mg.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 11/30

    Cirurgia Baritrica (IMC>35Kg/m2) (Staphylococcus, Streptococcus, bactrias Gram negativo aerbias e

    anaerbias)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Banda

    gstrica

    Cefazolina 4 g (perfuso

    de 30 min) EV

    Dose nica; se

    durao > 4 h

    repetir 2 g

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Vancomicina

    15 mg/kg

    (perfuso de

    60 min) EV *

    Dose nica

    Derivao ou

    sleeve

    gastrectomy

    Cefoxitina 4 g (perfuso

    de 30 min) EV

    Dose nica; se

    durao > 2 h

    repetir 2 g

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina**

    900 mg EV

    5 mg/kg EV

    Dose nica

    Dose nica

    Abdominopla

    stia

    Cefazolina 4 g (perfuso

    de 30 min) EV

    Dose nica; se

    durao > 4 h

    repetir 2 g

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina**

    900 mg EV

    5 mg/kg EV

    Dose nica

    Dose nica

    * Dose mxima: 2 g.

    ** Dose mxima: 500 mg.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 12/30

    Cirurgia Ortopdica

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Cirurgia limpa

    envolvendo

    mo, joelho ou

    p sem

    implantao de

    material

    Sem indicao para profilaxia antibitica C (1,2,3,4,5,9)

    Cirurgia

    articular sem

    material de

    osteosntese

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,9)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Vancomicina*

    15 mg/kg

    (perfuso EV de

    60 min)

    Dose nica

    Hrnias discais Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Vancomicina*

    15 mg/kg

    (perfuso EV de

    60 min)

    Dose nica

    Artroplastias Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    depois 1 g

    cada 8 h,

    durante 24

    h

    A

    (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina**

    900 mg (adulto)

    ou 10 mg/Kg

    (pediatria)

    5 mg/kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Dose nica

    Dose nica

    Cirurgia da

    coluna com ou

    sem

    instrumentao

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    depois 1 g

    cada 8 h,

    durante 24

    h

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 13/30

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Vancomicina*

    15 mg/kg

    (perfuso EV de

    60 min)

    Dose nica

    Amputao

    Membros

    Inferiores

    Cefoxitina 2 g (adulto) ou 40

    mg/kg (pediatria)

    EV

    depois 1 g

    cada 8 h,

    durante 24

    h

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina**

    900 mg (adulto)

    ou 10 mg/Kg

    (pediatria)

    5 mg/kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria)

    Dose nica

    Dose nica

    Reduo aberta

    de

    fraturas/fixao

    interna ou

    correo de

    fratura exposta

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Depois 1 g

    cada 8 h,

    durante 24

    h

    A (1,2,3,4,5,9)

    Correo de

    fratura

    ortopdica

    composta

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Depois 1 g

    cada 8 h,

    durante 24

    h

    A (1,2,3,4,5,9)

    * Dose mxima: 2 g.

    **Dose mxima: 500 mg.

    Nota: Em utentes portadores nasais de MRSA, para alm de descontaminao nasal com mupirocina e

    banho com clorohexidina, deve ser ponderada a utilizao de vancomicina sistmica.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 14/30

    Cirurgia Ginecolgica e Obsttrica (Escherichia coli, Staphylococcus aureus MS e anaerbios)

    Interveno Antibitic

    o

    Dose inicial Posologia Nvel de Evidncia

    Cesariana Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,16,17,18)

    Histerectomia

    (vaginal ou

    abdominal)

    Cefazolina

    ou

    Cefoxitina

    2 g (adulto) ou 30

    mg/kg (pediatria) EV

    ou

    2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5)

    Abortamento A (1,2,3,4,5,19)

    1

    Trimestre

    Doxiciclina 300mg PO a)

    2

    Trimestre

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica

    Lacerao

    perineal com

    envolvimento

    do esfncter

    anal ou

    mucosa rectal

    Cefoxitina 2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica B (1,2,3,4,5)

    Biopsia de

    endomtrio

    Sem indicao para profilaxia antibitica A (1,2,3,4,5)

    Histeroscopia Sem indicao para profilaxia antibitica B

    (1,2,3,4,5,20)

    Fecundao

    in vitro

    Sem indicao para profilaxia antibitica A (1,2,3,4,5)

    Colocao de

    DIU

    Sem indicao para profilaxia antibitica A (1,2,3,4,5)

    Interrupo

    voluntria da

    gravidez

    Sem indicao para profilaxia antibitica A (1,2,3,4,5)

    * Se alergia penicilina com baixo risco de anafilaxia, tem indicao para cefazolina 2g EV. dose nica.

    ** Se alergia penicilina com alto risco de anafilaxia, tem indicao para clindamicina 900mg EV +

    gentamicina, dose nica.

    a) Se alto risco (antecedentes de DIP, gonorreia ou mltiplos parceiros sexuais) 100mg 1 hora antes do

    abortamento e 200mg 1 hora aps.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 15/30

    Cirurgia Urolgica (Enterobacteriaceae (Escherichia coli, Proteus mirabilis), Enterococcus e Staphylococcus) Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de Evidncia

    Genitais masculinos Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica B (1,2,3,4,5,21,22, 23,24,25)

    Genitais femininos Cefoxitina 2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24,25)

    Endoscopia ambulatria

    Uretrocistoscopia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Remoo de cateteres Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Exames

    Estudo Urodinmico TMP-SMZ 960 mg p.o. Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Endoscopia

    RTU-P / RTU-TV Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Ureterorrenoscopia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Nefrolitotomia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica B (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Litotrcia extracorporal Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Laparoscopia

    Rim Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Prstata Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Cirurgia aberta

    Prostatectomia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Cistectomia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Cistectomia com utilizao

    de segmento do tubo

    digestivo

    Cefoxitina 2 g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica B (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    Nefrectomia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5,21,22, 23,24, 25)

    NOTA1: Se alergia penicilina com alto risco de anafilaxia, tem indicao para ciprofloxacina 200 mg E.V. dose nica.

    NOTA2: O objetivo principal da profilaxia evitar infees sintomticas do trato geniturinrio como a pielonefrite, prostatite e a

    urosepsis, no sendo evidente o significado clinico da bacteriria assintomtica.

    NOTA3: Se for implantado material prostsico, pode ser recomendada a adio de uma dose nica de aminoglicosdeo.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 16/30

    Cirurgia vascular

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Cirurgia

    vascular dos

    membros

    inferiores

    Cefoxitina 2g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5)

    Cirurgia

    vascular

    abdominal ou

    inguinal ou

    com uso de

    prtese

    Cefoxitina 2g (adulto) ou 40

    mg/Kg (pediatria)

    EV

    Depois 1 g

    cada 8 h,

    durante 24 h

    A (1,2,3,4,5)

    Alergia

    penicilina com

    alto risco de

    anafilaxia:

    Clindamicina

    +

    Gentamicina*

    900 mg (adulto) ou

    10 mg/Kg

    (pediatria) EV

    5 mg/kg (adulto)

    ou 2,5 mg/Kg

    (pediatria) EV

    Dose nica

    Dose nica

    *Dose mxima: 500 mg.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 17/30

    Cirurgia de transplantao

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Transplante

    cardaco,

    pulmonar ou

    cardio-

    pulmonar

    Cefazolina

    2 g

    (perfuso de

    30 min) EV

    Dose nica; se

    durao > 4 h

    repetir 1 g

    A (1)

    Transplante

    renal

    Cefazolina 2 g

    (perfuso de

    30 min) EV

    Dose nica; se

    durao > 4 h

    repetir 1 g

    A (1)

    Transplante

    pncreas ou

    rim-pncreas

    Cefazolina # 2 g

    (perfuso de

    30 min) EV

    Dose nica; se

    durao > 4 h

    repetir 1 g

    A (1)

    Transplante

    heptico

    Piperacilina/tazobactam

    ou

    Cefotaxima+ Ampicilina

    4,5 g EV

    2 g + 2 g EV

    Dose nica

    Doses nicas

    B (1)

    # Pode ser associado fluconazol em doentes com alto risco de infeo fngica, nomeadamente aqueles

    com drenagem entrica do pncreas.

    NOTA: No transplante pulmonar, a profilaxia pode ser adaptada flora colonizante.

    NOTA: indicaes no incluem a profilaxia de infees oportunistas em utentes imunodeprimidos.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 18/30

    Neurocirurgia (Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativo, Bacilos Gram negativo)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Craneotomia Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Vancomicina*

    15 mg/kg (perfuso

    de 60 min) EV

    Dose nica

    Shunt de

    LCR

    Cefazolina 2 g (adulto) ou 30

    mg/Kg (pediatria) EV

    Dose nica A (1,2,3,4,5)

    Alergia penicilina

    com alto risco de

    anafilaxia:

    Vancomicina*

    15 mg/kg (perfuso

    de 60 min)

    Dose nica

    * Dose mxima: 2 g.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 19/30

    Cirurgia oftalmolgica (Staphylococcus coagulase negativo, Staphylococcus aureus, Streptococcus,

    Enterococcus, P.acnes, Corynebacterium sppp, bacilos Gram negativo)

    Interveno Antibitico Dose inicial Posologia Nvel de

    Evidncia

    Cirurgia de

    catarata#

    Neomicina-

    gramicidina-

    polimixina B

    Ou

    moxifloxacina

    +

    Cefuroxima

    Ou

    Cefazolina

    no fim da

    cirurgia##

    1 gota topicamente

    cada 5-15 min por 5

    doses

    1 gota topicamente

    cada 5-15 min por 5

    doses

    1mg intracamerular

    100 mg

    subconjuntival ou 1-

    2,5 mg

    intracamerular

    Dose nica

    Dose nica

    Dose nica no

    final do

    procedimento

    Dose nica no

    final do

    procedimento

    B (1,2,3,4,5)

    A (1,2,3,4,5)

    #No pr-operatrio, antissepsia com iodopovidona diluda a 5% (em NaCl a 0,9%) ou clorhexidina

    aquosa a 0,05% no fundo de saco conjuntival e crnea; antissepsia com iodopovidona a 10% nas

    plpebras e periocular (Nvel de Evidncia A).

    ## Em utentes de alto risco; se alergia a betalactmicos, moxifloxacina 50 microg/0,1ml intra-camerular.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 20/30

    21. O instrumento de auditoria clnica

    Instrumento de Auditoria Clnica

    Norma " Profilaxia antibitica cirrgica na Criana e no Adulto Unidade:

    Data: ___/___/___ Equipa auditora:

    1: Responsabilidades

    Critrios Sim No N/A EVIDNCIA/

    FONTE

    Existe evidncia de que a indicao da profilaxia antibitica (PA) cirrgica

    est definida e registada em consulta pr-anestsica, integrada no

    processo clnico

    Existe evidncia de que a prescrio de antibitico profiltico da

    responsabilidade do cirurgio, sendo da responsabilidade do

    anestesiologista assegurar o cumprimento da sua administrao

    atempada e a incluso desta no registo anestsico, tendo presente que a

    administrao da profilaxia antibitica efetuada nos 60 minutos (120

    minutos, no caso de vancomicina) que antecedem a cirurgia, de modo a

    assegurar nveis tecidulares adequados na altura da inciso cirrgica, e

    deve estar completa antes da inciso

    Existe evidncia de que a prescrio de antibitico profiltico da

    responsabilidade do cirurgio, sendo da responsabilidade do

    anestesiologista assegurar o cumprimento da sua administrao

    atempada e a incluso desta no registo anestsico, tendo presente que a

    administrao EV dos frmacos para induo da anestesia deve iniciar-se 5

    a 10 minutos aps a profilaxia antibitica

    Existe evidncia de que a prescrio de antibitico profiltico da

    responsabilidade do cirurgio, sendo da responsabilidade do

    anestesiologista assegurar o cumprimento da sua administrao

    atempada e a incluso desta no registo anestsico, tendo presente que no

    procedimento cirrgico com durao no superior a duas horas,

    prescrita dose nica de profilaxia antibitica cirrgica

    Existe evidncia de que a presente Norma est disponvel e facilmente

    acessvel (em papel ou em suporte eletrnico), nomeadamente nas salas

    de consulta pr-anestsica, nos blocos operatrios, nas salas de cirurgia e

    nos servios de cirurgia

    Sub-total 0 0 0

    NDICE CONFORMIDADE %

    2: Profilaxia

    Critrios Sim No N/A EVIDNCIA/

    FONTE

    Existe evidncia de que a profilaxia antibitica cirrgica aplicada a certas

    cirurgias limpas, nomeadamente com prtese vascular ou articular e em

    que a infeo do local cirrgico se associe a elevado risco de mortalidade,

    e a cirurgia limpa-contaminada

    Existe evidncia de que na maioria das situaes de profilaxia antibitica

    cirrgica, a cefazolina o antimicrobiano de primeira escolha para cirurgia

    limpa e na maioria das cirurgias limpa-contaminada

    Existe evidncia de que na maioria das situaes de profilaxia antibitica

    cirrgica, a cefoxitina prescrita para procedimento que envolva tubo

    digestivo baixo

    Existe evidncia de que na cirurgia mais prolongada ou no caso de

    procedimento com perda de sangue intraoperatria superior a 1500 ml, a

    dose inicial repetida, no doente com funo renal normal, de acordo com

    o antibitico prescrito, nomeadamente: cefoxitina, de 2 em 2 horas;

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 21/30

    cefazolina, de 4 em 4 horas; cefuroxima de 4 em 4 horas; clindamicina de 6

    em 6 horas; metronidazol de 8 em 8 horas; amoxicilina + cido clavulnico,

    de 2 em 2 horas

    Existe evidncia de que a dose inicial prescrita para profilaxia antibitica

    cirrgica o dobro da dose usual

    Existe evidncia de que a dose inicial prescrita para profilaxia antibitica

    cirrgica no utente obeso com ndice de massa corporal superior a 35, a

    dose de betalactmicos ainda duplicada (dose habitual de profilaxia x 2)

    Existe evidncia de que na prescrio peditrica, a dose na profilaxia

    antibitica cirrgica baseada no peso, exceto quando a dose assim

    calculada exceda a dose padro recomendada

    Existe evidncia de que na verificao da administrao da profilaxia

    antibitica cirrgica, aplicada a seguinte lista de verificao: antibitico

    ou protocolo aplicado; hora da administrao do antibitico; hora da

    inciso cirrgica; hora de reforo do antibitico; hora do fim da cirurgia

    Existe evidncia de que para utentes colonizados por microrganismos

    MDR ou XDR no, ou perto do, local cirrgico estabelecida uma profilaxia

    antibitica cirrgica especfica

    Existe evidncia de que no utente a fazer teraputica antimicrobiana se os

    antibiticos so apropriados para profilaxia antibitica cirrgica,

    prescrita uma dose extra nos 60 minutos antes da inciso cirrgica

    Existe evidncia de que no utente a fazer teraputica antimicrobiana se os

    antibiticos no so apropriados para profilaxia antibitica cirrgica

    prescrita a profilaxia antibitica cirrgica indicada para o tipo de cirurgia

    Existe evidncia de que na profilaxia antibitica cirrgica, no so

    prescritas tomas adicionais de antibitico no ps-operatrio

    Existe evidncia de que no utente de alto risco submetido a: cirurgia

    cardiotorcica, vascular, maxilofacial ou ortopdica, a prescrio de

    profilaxia antibitica cirrgica mantida nas primeiras 24 horas (e nunca

    para alm deste limite)

    Existe evidncia de que no utente de alto risco submetido a: cirurgia

    cardiotorcica, vascular, maxilofacial ou ortopdica esto implementados

    sistemas de alerta e de suspenso automtica da profilaxia antibitica

    cirrgica

    Existe evidncia de que os antibiticos prescritos para profilaxia antibitica

    cirrgica no so prescritos para o tratamento de infees,

    nomeadamente no mesmo utente

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia torcica

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia endcrina

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia da mama

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia maxilofacial (cabea e pescoo

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia digestiva

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia baritrica (IMC > 35kg/m2

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia ortopdica

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 22/30

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia ginecolgica

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia obsttrica

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia urolgica

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia vascular

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia de transplantao

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    neurocirugia

    Existe evidncia de que as prescries de primeira linha de profilaxia

    antibitica esto de acordo com o algoritmo da presente Norma para

    cirurgia oftalmolgica

    Sub-total 0 0 0

    NDICE CONFORMIDADE %

    A: Infeo do Local Cirrgico por MRSA

    Critrios Sim No N/A EVIDNCIA/

    FONTE

    Existe evidncia de que indicada a profilaxia antibitica com utilizao de

    vancomicina, em associao com o regime recomendado, sempre que o

    Staphylococcus aureus resistente meticilina (SAMR) seja causa provvel de

    infeo do local cirrgico, nomeadamente: colonizao por Staphylococcus

    aureus resistente meticilina; infeo por Staphylococcus aureus resistente

    meticilina no ano anterior cirurgia; surto de infeo a Staphylococcus

    aureus resistente meticilina no local de internamento do utente ou no

    bloco operatrio onde vai ser realizada a cirurgia

    Sub-total 0 0 0

    NDICE CONFORMIDADE %

    B: Alergia Penicilina

    Critrios Sim No N/A EVIDNCIA/

    FONTE

    Existe evidncia de que em caso de histria de alergia penicilina se a

    manifestao for de baixo risco de anafilaxia (exantema aps penicilina),

    prescrita cefalosporina

    Existe evidncia de que se houver alto risco de anafilaxia (angioedema,

    dificuldade respiratria e urticria), prescrita, como alternativa a

    vancomicina (15mg/Kg) ou a clindamicina (900 mg EV ou 10 mg/Kg) para

    profilaxia de infeo por bactrias Gram positivo

    Existe evidncia de que no caso em que pode estar presente tambm

    bacilos Gram negativo, associada a prescrio de mais um agente com

    atividade nestes microrganismos (ex: aminoglicosdeo)

    Existe evidncia de que se houver suspeita da presena de anaerbios,

    adicionado prescrio, o metronidazol ou a clindamicina, se esta no

    figurar j no esquema

    Sub-total 0 0 0

    NDICE CONFORMIDADE %

    C: Cirurgia do Ambulatrio

    Critrios Sim No N/A EVIDNCIA/

    FONTE

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 23/30

    Existe evidncia de que na cirurgia de ambulatrio so utilizados os

    mesmos protocolos da cirurgia realizada em regime de internamento e

    nos termos do ponto 18 da presente Norma, sendo a dose inicial (ou de

    reforo, se necessria), a habitual

    Sub-total 0 0 0

    NDICE CONFORMIDADE %

    Avaliao de cada padro:

    x 100= (IQ) de ..%

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 24/30

    22. A presente Norma, atualizada com os contributos cientficos recebidos durante a discusso pblica,

    revoga a verso de 31/12/2013 e ser atualizada sempre que a evoluo da evidncia cientfica assim

    o determine.

    23. O seguinte texto de apoio orienta e fundamenta a implementao da presente Norma.

    Francisco George

    Diretor-Geral da Sade

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 25/30

    TEXTO DE APOIO

    Conceito, definies e orientaes

    A. O conhecimento da populao microbiana endgena das diversas regies abordadas

    cirurgicamente, assim como a identificao dos fatores de risco do hospedeiro so dois pilares

    importantes para a seleo do esquema de profilaxia antibitica. Existem, no entanto, algumas

    dvidas no que concerne discriminao dos atos cirrgicos que beneficiam da sua utilizao, pelo

    que se indicam as categorias de recomendao para mltiplas cirurgias, considerando-se que:

    1) A categoria A caracteriza evidncia a partir de ensaios clnicos aleatorizados e controlados ou

    de coorte bem conduzidos ou de meta-anlises;

    2) A categoria B com base em estudos caso-controlo bem conduzidos ou de estudos no

    controlados ou de evidncia conflitual que parece favorecer a recomendao; e

    3) A categoria C com base na opinio de peritos ou de dados extrapolados de evidncia sobre

    princpios gerais ou outros procedimentos.

    B. A indicao da profilaxia antibitica cirrgica deve ser prescrita de acordo com (Nvel de Evidncia A):

    1) O tipo de interveno previsto;

    2) O risco infecioso associado;

    3) A existncia de antecedentes alrgicos.

    C. O antibitico profiltico deve ser selecionado, designadamente, com base na sua eficcia contra os

    agentes patognicos mais frequentes para cada local, em conformidade com as indicaes desta

    Norma

    D. O agente antimicrobiano para profilaxia antibitica cirrgica deve ser:

    1) Ativo contra os microrganismos patognicos com maior probabilidade de contaminar o local

    cirrgico;

    2) Administrado em dose e timing que assegurem concentraes sricas e tecidulares durante o

    perodo de potencial contaminao;

    3) Seguro;

    4) Administrado pelo perodo efetivo mais curto para minimizar efeitos adversos,

    desenvolvimento de resistncias e custos.

    E. A profilaxia antibitica cirrgica pode alterar a flora individual e institucional, levando a alterao da

    taxa de colonizao e a aumento da resistncia antimicrobiana. A diminuio da flora microbiana

    comensal pode facilitar a infeo por Clostridium difficile. Os riscos so tanto maiores quanto mais

    prolongada a profilaxia e quanto maior o nmero de antimicrobianos utilizados.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 26/30

    F. A cefazolina uma cefalosporina de primeira gerao, barata, pouco txica, ativa contra

    Staphylococcus aureus meticilina sensvel, alguns Staphylococcus coagulase negativa e alguns bacilos

    Gram negativo.

    G. A cefoxitina uma cefalosporina de segunda gerao com menor atividade nos Gram positivo, mas

    com melhor espectro em relao a anaerbios (bacteroides grupo fragillis) e bacilos Gram negativo.

    H. Os utentes so, sistemtica e cuidadosamente, questionados para correta avaliao se existe uma

    histria valorizvel de alergia a antimicrobianos com impacto na seleo dos agentes para profilaxia.

    I. A presena, colocao ou retirada de drenos, sondas ou cateteres no motivo de realizao de

    profilaxia antibitica.

    J. Nas cesarianas, a prtica tem sido a administrao do antibitico aps a clampagem do cordo

    umbilical. A justificao subjacente a esta metodologia era a de que a exposio fetal a antibiticos

    pudesse mascarar o rastreio de infeo no recm-nascido e promover a seleo de resistncias.

    Atualmente, vrios estudos mostram que, na cesariana, a PA diminui a incidncia de endometrite

    ps-parto e a morbilidade infeciosa materna total em comparao com a administrao ps-

    clampagem do cordo umbilical, sem afetar os outcomes dos recm-nascidos. Assim, o American

    College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) e a Society of Obstetricians and Gynecologists of Canada

    (SOGC) emitiram, em 2010, recomendaes sobre a PA na cesariana, em que se preconiza a sua

    administrao em todas as cesarianas nos 60 minutos antes da inciso cirrgica.

    Fundamentao

    B. A infeo do local cirrgico (ILC) uma complicao comum da cirurgia, com taxas de incidncia

    entre 2 e 20%, e est associada a alta morbilidade, mortalidade e custos.

    C. Em Portugal, de acordo com os ltimos resultados divulgados no Estudo Nacional de Prevalncia da

    Infeo de 2010, a ILC representou a terceira causa de Infeo hospitalar (IN=11,7%), com 14,3% dos

    casos relatados, e a sua prevalncia parece crescente, nos ltimos anos.

    D. O Centers for Disease Control and Prevention definiu critrios de ILC: infeo relacionada com o

    procedimento cirrgico, que ocorre no local da inciso cirrgica ou prximo dele (incisional ou

    rgo/espao), nos primeiros trinta dias do ps-operatrio, ou at um ano no caso de colocao de

    prtese.

    E. O risco de infeo depende de muitos fatores relacionados com o doente (idade avanada,

    obesidade, diabetes e outros), assim como de fatores cirrgicos, nomeadamente durao e limpeza

    do procedimento cirrgico.

    F. A preveno da ILC muito importante e o seu sucesso depende da combinao de vrias medidas

    bsicas, incluindo a preparao adequada pr-operatria, a tcnica cirrgica assptica, a profilaxia

    antibitica e os cuidados ps-operatrios.

    G. A administrao apropriada de profilaxia antibitica cirrgica reduz o risco de ILC em cerca de 80%,

    uma vez que a esmagadora maioria das ILC so causadas por translocao endgena de

    microrganismos intestinais.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 27/30

    H. Os microrganismos que geralmente causam ILC so os da populao microbiana do doente. Estas

    bactrias endgenas podem estar presentes em pequeno nmero, mas encontram na ferida

    cirrgica condies muito favorveis sua proliferao hemorragia, isquemia, modificao do

    potencial de oxirreduo ocorrendo a infeo, predominantemente, durante o ato cirrgico e

    diminuindo o risco aps o encerramento da ferida.

    I. O objetivo da profilaxia antibitica cirrgica criar um obstculo proliferao bacteriana, com a

    manuteno de nveis adequados tecidulares de antibitico durante todo o ato cirrgico e assim

    diminuir o risco e incidncia de ILC.

    J. Esto bem definidas as situaes em que adequada a profilaxia nos casos em que h um grande

    risco de infeo (cirurgia limpa-contaminada) ou em que a morbimortalidade significativa no caso

    de ILC (cirurgia cardaca, neurocirurgia, implantao de prteses e doentes imunodeprimidos).

    K. Nos casos de cirurgias contaminadas e sujas deve ser implementada teraputica antimicrobiana.

    L. A utilizao desnecessria de profilaxia antibitica no reduz a incidncia de ILC e aumenta a

    probabilidade de aquisio de microrganismos resistentes e at, de infeo por esses

    microrganismos, como tal, de mais difcil tratamento.

    Avaliao

    A. A avaliao da implementao da presente Norma contnua, executada a nvel local, regional e

    nacional, atravs de processos de auditoria interna e externa.

    B. A parametrizao dos sistemas de informao para a monitorizao e avaliao da implementao e

    impacte da presente Norma da responsabilidade das administraes regionais de sade e dos

    dirigentes mximos das unidades prestadoras de cuidados de sade.

    C. A efetividade da implementao da presente Norma nos cuidados hospitalares e a emisso de

    diretivas e instrues para o seu cumprimento da responsabilidade das direes clnicas dos

    hospitais.

    D. A implementao da presente Norma pode ser monitorizada e avaliada atravs dos seguintes

    indicadores:

    1) Cirurgias com registo pormenorizado da prescrio do protocolo de Profilaxia Antibitica (PA):

    a) Numerador: nmero de cirurgias com registo pormenorizado da prescrio do protocolo

    de PA, incluindo frmaco, dose, via de administrao e momento da administrao da PA

    e do incio do procedimento cirrgico;

    b) Denominador: total de cirurgias com indicao para PA.

    2) Cirurgias com prescrio da PA no momento adequado:

    a) Numerador: nmero de cirurgias com prescrio da PA no momento adequado, isto ,

    para a ciprofloxacina e vancomicina, administrao dentro dos 120 minutos anteriores

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 28/30

    inciso e, para todos os outros antibiticos, administrao dentro dos 60 minutos

    anteriores inciso;

    b) Denominador: nmero de cirurgias em que o frmaco e o momento de administrao de

    PA foram registados.

    3) Cirurgias em que na PA foi prescrita a cefazolina ou a cefoxitina:

    a) Numerador: nmero de cirurgias em que na PA foi prescrita a cefazolina ou a cefoxitina;

    b) Denominador: nmero de cirurgias em que o frmaco de PA foi registado.

    4) Cirurgias com PA com dose aps sada do bloco:

    a) Numerador: nmero de cirurgias com PA com dose aps sada do bloco;

    b) Denominador: nmero de cirurgias em que a durao da PA foi registada.

    5) Cirurgias com PA com durao superior a 24 horas:

    a) Numerador: nmero de cirurgias com PA com durao superior a 24 horas;

    b) Denominador: nmero de cirurgias em que a durao da PA foi registada.

    Comit Cientfico

    A. A presente Norma foi elaborada no mbito do Departamento da Qualidade na Sade da Direo-

    Geral da Sade, Programa de Preveno e Controlo de Infees e de Resistncia aos Antimicrobianos

    e do Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Mdicos, atravs dos seus Colgios de

    Especialidade, ao abrigo do protocolo existente entre a Direo-Geral da Sade e a Ordem dos

    Mdicos.

    B. A elaborao da proposta da presente Norma foi efetuada por Jos Artur Paiva, Antnio Sousa Uva

    (coordenao cientfica) Elaine Pina e Valquria Alves.

    C. A elaborao da proposta da presente Norma teve ainda o apoio da Comisso Cientifica do Programa

    de Preveno e Controlo de Infees e de Resistncia aos Antimicrobianos.

    D. Todos os peritos envolvidos na elaborao da presente Norma cumpriram o determinado pelo

    Decreto-Lei n. 14/2014 de 22 de janeiro, no que se refere declarao de inexistncia de

    incompatibilidades.

    E. A avaliao cientfica do contedo final da presente Norma foi efetuada no mbito do Departamento

    da Qualidade na Sade.

    Coordenao executiva

    Na elaborao da presente Norma a coordenao executiva foi assegurada Cristina Martins dArrbida,

    do Departamento da Qualidade na Sade da Direo-Geral da Sade.

  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 29/30

    Comisso Cientfica para as Boas Prticas Clnicas

    Pelo Despacho n. 7584/2012, do Secretrio de Estado Adjunto do Ministro da Sade, de 23 de maio,

    publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 107, de 1 de junho de 2012, a Comisso Cientfica para as

    Boas Prticas Clnicas tem como misso a validao cientfica do contedo das Normas de Orientao

    Clnica emitidas pela Direo-Geral da Sade. Nesta Comisso, a representao do Departamento da

    Qualidade na Sade assegurada por Henrique Luz Rodrigues.

    Siglas/Acrnimos

    Sigla/Acrnimo Designao

    PA Profilaxia antibitica

    ILC

    EV

    Infeo do local cirrgico

    Endovenoso

    Referncias Bibliogrficas

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  • Norma n 031/2013 de 31/12/2013 atualizada a 18/12/2014 30/30

    electronic alerts to achieve near 100% timely prophylactic antibiotic administration in surgical cases.

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    2015-01-07T11:26:51+0000Francisco Henrique Moura George