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    O QUE CONHECEMOS SOBRE O STAPHYLOCOCCUS AUREUS: PATOLOGIA EEPIDEMIOLOGIA?

    Staphylococcus aureus é o principal patógeno causador de mastite subclínicaem rebanhos leiteiros. Uma vez acometida, a vaca pode apresentar infecção

    intramamária crônica, ue dificilmente responde ao tratamento. !lém disso, as perdaseconômicas da mastite causada por S. aureus estão associadas ao aumento dacontagem de células somáticas "##$%, redução da produção do leite e potencial detransmissão para outras vacas dentro do rebanho. &studos recente descreveramdiferenças epidemiológicas entre cepas de S. aureus , e em alguns rebanhos, observa'se alta incid(ncia de mastite com sinais clínicos. )este artigo serão abordados apatogenia e epidemiologia de S. aureus , um patógeno considerado o principal *vilão+do bere de vacas leiteiras.

    Patogenia Um novo caso de mastite causada por S. aureus tem início pela invasão dopatógeno via canal do teto, e após adentrar a gl-ndula mamária, este microrganismo écapaz de se ultrapassar as defesas do sistema imune da vaca e estabelecer umainfecção intramamária " /%. 0acas com les1es e ferimentos na pele e e2tremidade doteto t(m maior risco de contraírem / causadas por S. aureus. !o adentrar a gl-ndulamamária,S. aureu s adere'se 3s células epiteliais, o ue reduz a probabilidade deserem eliminadas durante a ordenha. ! defesa primária do sistema imune da vacacontra uma infecção é a fagocitose do patógeno pela ação dos neutrófilos, primeirascélulas somáticas envolvidas na defesa da gl-ndula mamária contra agentesinfecciosos. )o entanto, S. aureus produz fatores anti'fagocíticos ue inibem oureduzem a ação dos neutrófilos, como a proteína ! e a presença de cápsula epseudocápsula. !lém disso, a concentração de anticorpos e outros mecanismos dedefesa ue facilitam encontram'se em bai2a concentração no leite, o ue dificulta aeliminação do S. aureus da gl-ndula mamária. Uma vez estabelecido, $. aureus podecausar les1es nas células epiteliais secretoras e nos ductos mamários, o ue aumentaa disseminação do microrganismo em áreas profundas da gl-ndula mamária. 4aisles1es causam a oclusão dos ductos e alvéolos e conse uente, a encapsulação do S.aureus. !s bactérias encapsuladas podem se tornar uma fonte de infecção para outrasporç1es da gl-ndula mamária ou desenvolver granulomas e microabscessos uereduzem a ação dos antimicrobianos. 5 tecido afetado da gl-ndula mamária éposteriormente tomado por to2inas e enzimas e2tracelulares produzidas por S.aureus. !s to2inas t(m efeito direto sobre o tecido mamário desencadeando umaresposta inflamatória. 6or outro lado, a ação. de enzimas na patogenia da mastite nãoestá bem claro, mas podem facilitar a adaptação e multiplicação dos patógenos noleite. ! reação inflamatória e as les1es no tecido secretor mamário causadas por S.aureus causam o aumento da ##$ e redução da produção de leite.

    Fontes e in!e"#$o e e%i e&io'ogia 5 bere de vacas em lactação é considerado o principal reservatório de /causadas por S. aureus. /esmo ue este patógeno possa ser isolado do ambiente edas instalaç1es, o principal modo de transmissão de $. aureus ocorre pela via

    contagiosa "vaca'vaca%. )estes casos, a transmissão ocorre principalmente pelocontato de vacas sadias com teteiras contaminadas após ordenha de vacas

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    infectadas. 5utro potencial agente de transmissão do S. aureus entre vacas é a mosca dochifre "7aematobia irritans%. Um estudo demonstrou ue a mosca do chifre foi capazde transmitir S. aureus entre novilhas causando novas /. 5 estudo tambémdescreveu ue as feridas presentes nos tetos podem ser a fonte primária decolonização de S. aureus. 8ebanhos com programas de controle de moscas t(mmenor risco de mastite causada por agentes contagiosos no início de lactação ue osrebanhos ue controlam as moscas.

    )ovilhas para reposição também pode ser uma fonte importante de infecçãode S. aureus . &m alguns rebanhos, a preval(ncia de / causada por $. aureus nopré'parto de vacas primíparas pode chegar até 9:;. < possível ue a gl-ndulamamária de novilhas se torne infectada por S. aureus antes de seis meses de idadepermanecendo com a / durante a primeira lactação.

    8esultados de estudos também demonstram ue rebanhos ue compramnovilhas de reposição de outras propriedades t(m maior preval(ncia de / causada

    por S. aureus ue rebanhos com a reposição da própria fazenda. !lém disso, rebanhosue compram novilhas de reposição podem ter maior diversidade de cepas de $.aureus ue rebanhos fechados com as próprias novilhas de reposição. )ovilhas são mais susceptíveis 3 / durante o ltimo trimestre de gestação.6resume'se ue vacas primíparas ad uirem / a partir de bactérias presentes napele dos tetos, e ue posteriormente invadem a gl-ndula mamária via canal do teto doteto. Um estudo ue avaliou genotipicamente as cepas de $. aureus relatou ue aspossíveis fontes de infecção de S. aureus i solados do colostro de vacas primíparas noparto foram= leite de vacas em lactação ":>;%, regi1es do corpo das novilhas "9?;% efontes ambientais "@A;%. 5utro estudo descreveu ue :B; das cepas de $. aureus

    isoladas de secreção mamária de novilhas no parto foram genotipicamentesemelhantes 3s isoladas do leite de vacas em lactaçãoC e D:; das cepas de $. aureusisoladas dos tetos e da pele do bere de novilhas foram genotipicamente semelhantes3s isoladas do colostro de novilhas na primeira ordenha após o parto.

    4écnicas de biologia molecular com diferenciação genotípica intraespecífica t(mau2iliado na caracterização etiológica e epidemiológica de S. aureus causadores demastite. &studos recentes demonstraram a e2ist(ncia de diferentes cepas de $.aureus, com tend(ncia de predomin-ncia de cepas genotipicamente iguais em nível derebanho. 4ambém tem sido observado ue e2istem diferenças intraespecíficas uantoao potencial de transmissão, grau de inflamação da gl-ndula mamária, persist(ncia deinfecção e impacto sobre a ##$ e produção de leite. 5 impacto ue cada cepa de S.aureus causa sobre a sanidade de bere depende do grau de adaptação da cepa aohospedeiro. !lgumas das características específicas das cepas de S. aureus estudadosincluem resist(ncia aos antimicrobianos e capacidade de sobreviver no biofilme eEouinterior de células, o ue influencia na resposta do sistema imune da vaca e noresultado da terapia antimicrobiana. )o pró2imo artigo serão abordados temasrelacionados 3 prevenção e controle da mastite causada por $. aureus, bem como,protocolos terap(uticos utilizados no tratamento deste patógeno causador de mastite.

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    redução significativa da produção de leite Oá no primeiro dia após o tratamento. 4aisrespostas podem ser manifestadas dentro de oito horas após a primeira aplicação, o

    ue pode estar relacionado com a ativação forçada do sistema imune inato. !spropriedades terap(uticas do 7# também foram estudadas na eliminação de / pelasecagem de gl-ndulas mamárias infectadas durante a lactação, e resultou emsecreção normal de leite na lactação subse uente. !lém disso, foi relatado ue ainfusão de 7# induziu respostas bactericidas e bacteriostáticas em testes in vitro com&scherichia coli e $taphQlococcus aureus. !o contrário de outros tratamentos ueutilizam antimicrobianos, a gl-ndula mamária infundida com 7# retornou 3 plenaprodução na lactação subse uente.

    Um estudo recente realizado em srael avaliou um procedimento alternativo uepermite e2plorar as ferramentas de controle da mastite subclínica atualmentedisponíveis e outras em fase de avaliação e2perimental, a fim de produzir leite de alta

    ualidade com o má2imo de efici(ncia econômica. 5 procedimento sugerido levou emconsideração informaç1es disponível em nível de vaca, com o obOetivo de escolher o

    melhor tratamento. !s estratégias de maneOo realizadas em vacas com mastitesubclínica crônica foram= aus(ncia de intervenção, tratamento com antimicrobianosapós análise de antibiograma, secagem do uarto mamário infectado com 7# ousecagem da vaca. 5 estudo foi realizado em uma fazenda com @>> vacas em lactaçãoe uipada com um sistema de ordenha informatizado. 4al sistema fornece dados emtempo real sobre a idade, n mero de lactaç1es e composição e produção do leite, os

    uais puderam ser comparados com dados de sanidade da gl-ndula mamária por meio de condutividade elétrica. &m geral, todas as vacas ue apresentaram mastiteevidenciada pela redução da produção e aumento da condutividade elétrica do leiteforam tratadas com antimicrobianos intramamários, após análise de antibiograma. !

    secagem antecipada com infusão intramamária de B> mJ de 7# foi realizada uandoapenas um uarto mamária apresentava ##$ RB.>>>.>>> célulasEmJ em tr(s mesesconsecutivos, com ou sem isolamento de microrganismo, ou uando o uarto mamárioinfectado não respondia ao tratamento com antimicrobianos. )as ordenhassubse uentes, os demais uartos foram ordenhados normalmente. )o total, S@ vacascom ##$ R@>>.>>> célulasEmJ foram tratadas com antimicrobianos, e uartosinfectados de B: vacas passaram pelo procedimento de secagem antecipada com ouso de 7#. Has S@ vacas tratadas com antimicrobianos, D> "SD,T;% foram curadas. !média de ##$ das vacas durante o período de tratamento foi de apro2imadamenteB.T>>.>>> célulasEmJ. )a primeira amostragem de leite, apro2imadamente um m(sapós o término do tratamento, a ##$ reduziu ao nível considerado ade uado paravacas sadias "B>>.>>> célulasEmJ%, e permaneceu com bai2as contagens durante ostr(s meses subse uentes. !s vacas apresentaram um leve aumento na produção deleite após o tratamento e permaneceram com o mesmo nível produtivo por tr(s meses,mesmo com o avanço dos H&J. Has B: vacas tratadas com 7#, oito iniciaram novalactação durante o período de estudo. )o momento da secagem, todas as vacasreceberam antimicrobianos para vacas secas nos uartos mamários ativos. $ete dasoito vacas ue tiveram uartos mamários com a produção interrompida pelo uso de7# na lactação anterior restabeleceram a produção normalmente e não apresentaramisolamento microbiológico. ! ##$ durante os B>> primeiros dias da lactaçãosubse uente, incluindo os uartos não tratados, foi inferior a B>>.>>> célulasEmJ. !ntes de se tomar ual uer decisão em relação ao tratamento de vacas commastite subclínica devemos sempre considerar algumas variáveis econômicas, como

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    preço do leite, custo do tratamento, e descarte do leite durante e após o tratamento. 5uso de sistemas de ordenha informatizados, e uipados com dispositivos ue fornecemdados em nível de ordenha, pode ser uma ferramenta para au2iliar na tomada dedecisão uanto ao tratamento de /. !lém disso, a disponibilidade de 7# poderá ser uma estratégia eficiente para o tratamento de casos de mastite subclínica crônica emum futuro pró2imo. !té ue tais ferramentas modernas não esteOam disponíveis emlarga escala aos produtores de leite, registros e dados em nível de vaca podem ser comparados para tornar as fazendas leiteiras mais eficientes economicamente. Hadoscomo o n mero de lactaç1es, H&J, produção de leite "diária e de toda lactação% estatus reprodutivo, avaliados em conOunto com o n mero de uartos infectados,histórico de /, agente causador e sensibilidade aos antimicrobianos, são importantespara a decisão de tratamento de vacas com / subclínicas durante a lactação.

    U$5 H& 5# 45# )! &/ 0!#!$ J& 4& 8!$

    ! produção eficiente de leite de alta ualidade depende de uma interaçãoe uilibrada entre as vacas leiteiras, os ordenhadores e os e uipamentos. 6ara ue aordenha das vacas seOa completa, rápida e sem causar alteraç1es na sa de do bereé fundamental ue o maneOo de ordenha seOa realizado respeitando'seo funcionamento do refle2o de descida do leite. )as situaç1es nas uais as vacas nãoapresentam um bom refle2o de descida do leite, ocorre aumento do tempo de ordenhae maior risco de novos casos de mastite.

    E(e#$o o 'eite Hurante a síntese, o leite é continuamente armazenado nos alvéolos, ductos ecisternas da gl-ndula mamária. !pro2imadamente A>; do leite armazenado no beredas vacas está localizado nos alvéolos e pe uenos dutos. $endo assim, somentecerca de @>; do leite total produzido está localizado nas cisternas da gl-ndula e doteto e são prontamente ordenhados após a colocação do conOunto de teteiras no inícioda ordenha, sem a necessidade de descida do leite. 6ara ue ocorra uma ordenhacompleta, há necessidade de um refle2o neuroendócrino, ue é responsável pelaliberação da fração alveolar do leite para a cavidade cisternal.

    ! eOeção do leite é ativada pela liberação de o2itocina pela hipófise, ue induz acontração das células mioepiteliais ue envolvem os alvéolos e pe uenos dutos do

    bere. &m resposta 3 estimulação tátil, visual ou auditiva, são enviados sinais para océrebro nos n cleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo, localizado na regiãocentral do cérebro. )estes n cleos, a o2itocina é sintetizada e transportada para ahipófise, de onde é liberada para a circulação sanguínea, após a estimulação dostetos. ! contração das células mioepiteliais, como resultado da ação da o2itocina,desloca o leite armazenado nos alvéolos para a cavidade cisternal, dei2ando todo oleite sintetizado pela gl-ndula mamária disponível para a remoção pela ordenha. 6ara

    ue ocorra a eOeção do leite, a resist(ncia do canal do teto deve ser superada e acontração das células mioepiteliais deve assegurar força suficiente para o leite sair dosalvéolos e alcançar os ductos.

    5 refle2o neuro'hormonal de eOeção do leite envolve receptores nervosospresentes na pele dos tetos e ativa a liberação de o2itocina, ocorrendo contração das

    http://www.milkpoint.com.br/mypoint/6239/p_uso_de_oxitocina_em_vacas_leiteiras_5200.aspxhttp://www.milkpoint.com.br/mypoint/6239/p_uso_de_oxitocina_em_vacas_leiteiras_5200.aspx

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    células mioepiteliais e, conse uentemente a eOeção do leite. ! o2itocina liga'seespecificamente e com alta afinidade aos receptores localizados nas célulasmioepiteliais.

    ! remoção completa do leite é fundamental para a alcançar alta efici(ncia deordenha, otimização da ualidade do leite e a boa sa de das vacas leiteiras. 6orém, orefle2o de eOeção do leite é altamente sensível e pode ser inibido durante situaç1es deestresse ou em situaç1es desconfortáveis para a vaca, como mudança do local ousistema de ordenha e maneOo agressivo, ou ainda nas primeiras ordenhas de vacasprimíparas. !lém disso, a remoção do leite pode sofrer alteração por alguma disfunçãodo refle2o de eOeção do leite ou por anormalidade anatômica ou les1es dos tetos, uelevam 3 diminuição do flu2o e da produção de leite. Hist rbios no refle2o de eOeção doleite podem ser causados pela redução ou aus(ncia da síntese de o2itocina ou aindapela perda da sensibilidade das células da gl-ndula mamária para este hormônio.

    Hist rbios na eOeção do leite causam perdas econômicas devido ao decréscimo

    da produção de leite, aumento do tempo de ordenha e da susceptibilidade deinfecç1es intramamárias. &m vacas com estes problemas, a eOeção do leite alveolar édeficiente ou não ocorre, sendo liberada somente a fração cisternal, ou seOa, apenascerca de @>; do leite total produzido. )esses casos, é comum o uso de inOeç1es deo2itocina e2ógena antes ou durante a ordenha. &m altas doses, a o2itocina e2ógenacausa a eOeção de todo o leite, incluindo o leite residual, resultando em produçãosimilar entre vacas com e sem síntese e liberação normais de o2itocina. ! eOeção do leite pode ser inibida uando estão elevados os níveis de adrenalinae noradrenalina, hormônios liberados em condiç1es estressantes. )estes casos, aadministração e2ógena de o2itocina não reverte o déficit de eOeção do leite, pois a

    adrenalina blo ueia diretamente a ligação da o2itocina 3s células mioepiteliais econtrai os m sculos dos ductos mamários e dos vasos sanguíneos, causando oclusãoparcial dos ductos, dificultando a chegada da o2itocina na gl-ndula mamária.

    Uso "ontin)a o e o"ito"ina e*+gena 6es uisas realizadas nos ltimos anos sobre os efeitos da administração deo2itocina e2ógena antes da ordenha demonstram ue ocorre elevação nos níveisdesse hormônio no sangue dos animais tratados, mas, não há influ(ncia sobre asíntese e liberação de o2itocina endógena "produzida pelo organismo animal%. 6orém,o uso diário pode causar redução da eOeção espont-nea do leite devido 3dessensibilização do bere para esse hormônio, resultando em menor contração dascélulas mioepiteliais da gl-ndula mamária em concentraç1es fisiologicamente normaisde o2itocina. Um estudo foi realizado na !lemanha para analisar a interfer(ncia daadministração contínua de o2itocina e2ógena sobre a eOeção do leite após asuspensão do uso desse hormônio. 5s pes uisadores concluíram ue a interrupçãodo uso contínuo de o2itocina e2ógena após administração por período igual ousuperior a cinco dias causa redução da produção de leite, devido 3 dessensibilizaçãodos receptores de o2itocina da gl-ndula mamária. Hurante a ordenha, há elevação normal dos níveis de o2itocina, fator essencialpara a má2ima eOeção do leite total produzido. Heste modo, uando os níveisplasmáticos desse hormônio são elevados acima da concentração basal e contínuos,ocorre ligeira melhora da eficácia da eOeção e da porcentagem do leite

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    espontaneamente removido no decorrer da ordenha. #om base nisso, pes uisadoressuíços estudaram o uso contínuo de bai2as doses de o2itocina "até B U Evaca% paravacas com dist rbio na eOeção do leite. 5s pes uisadores concluíram ue, aadministração de o2itocina, mesmo em bai2as doses, eleva a concentração plasmáticadesse hormônio e ue uanto maior a dose utilizada, maior é a duração da fase deresposta. 0acas com dist rbio de eOeção do leite afetam diretamente os ganhos doprodutor, pois, produzem menos leite, e podem ser a causa de grande parte dosdescartes na propriedade leiteira. $egundo um estudo realizado por pes uisadoressuíços, embora o uso contínuo de o2itocina e2ógena em elevadas doses resulte nadessensibilização dos receptores de o2itocina da gl-ndula mamária, esse hormôniopode ser utilizado continuamente e em bai2as doses, como uma droga terap(utica emvacas com dist rbio de eOeção do leite.

    Con"')s$o

    5 tratamento com o2itocina e2ógena deve ser cuidadosamente planeOado eapenas deve ser utilizado nas vacas'problema e uando a sa de da gl-ndula mamáriaestiver em perigo pela grande uantidade de leite residual restante no bere após aordenha. !lém disso, se necessário, devem ser aplicadas doses mínimas de o2itocinae2ógena nas vacas com dist rbio na eOeção de leite, pois a duração do efeito é maisimportante ue a dose utilizada.

    #5J&4! H& !/5$48! H& J& 4&= 6!$$5 PU)H!/&)4!J 6!8!/5) 458!/&)45 H! U!J H!H& H5 J& 4&

    #om a crescente import-ncia da análise do leite para a fiscalização, ossistemas de pagamento ou como ferramenta de gestão dentro da fazenda leiteira, osprocedimentos de coleta de amostras e de análise laboratorial são hoOe consideradospontos chave para a credibilidade e confiança dos resultados. #onsiderando ue oslaboratórios brasileiros de análise de leite t(m programas de controle e aferição dee uipamentos, a correta coleta, armazenamento e transporte da amostras até aanálise passa a ser fundamental, pois dependendo desses fatores os resultados

    obtidos podem trazer resultados ue não retratam a realidade e pode induzir a tomadade decisão e uivocada. 5s fatores mais críticos para obtenção de uma amostrarepresentativa são=

    a% mão de obra,

    b% materiais e utensílios utilizados,

    c% procedimentos de coleta e transporte.

    ! representividade de uma amostra depende de padronização deprocedimentos. 6ara tanto, o motorista do caminhão de coleta do leite "transportador%é uma figura chave para confiabilidade da amostra coletada. &ste profissional deve ser constantemente capacitado para identificar problemas de ualidade do leite,

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    He acordo com a legislação canadense "para a província de 5ntário%, o leite deveser agitado pelo menos por T minutos antes da coleta de amostras, sendo ue estarecomendação também é seguida pelas demais províncias. 6ara a maioria dosestados do nordeste dos &U!, recomenda'se ue o leite deve ser ade uadamenteagitado antes da coleta "agitação de T minutos para tan ues abai2o de 9.A>> J e deB> minutos para tan ues acima de 9.A>> J V Parm IulW 4anW #ollection 6rocedures,HairQ 6ractices #ouncil%. !lguns estados, contudo, seguem as recomendaç1es da !67! "$tandard methods for e2amination of HairQ 6rodutcts%, a ual determina ue oleite seOa agitado por pelo menos T minutos imediatamente antes da coleta da amostrae ue tan ues acima de T:>> J tenham agitação de B> minutos ou de acordo com ofabricante. )a )ova Nel-ndia, os códigos de práticas para coleta de leite determinam

    ue o leite seOa continuamente agitado durante o período de armazenamento, sendoue para silos de armazenagem de leite a agitação deve suficiente para ue a

    variação do teor de gordura seOa menor ue >,B; e ue não haOa variação de

    temperatura entre os vários pontos dentro do tan ue, além de evitar a ocorr(ncia dealteração dos glóbulos de gordura. !tualmente, a maioria dos tan ues de e2pansão para resfriamento de leite temum uma pá com agitação intermitente "o agitador trabalha durante alguns minutos acada intervalo de tempo%. &sta estratégia reduz a adesão da gordura do leite nassuperfícies do tan ue, sem causar o rompimento dos glóbulos de gordura. paragarantir a uniformidade das amostras de leite coletadas de tan ues é recomendado

    ue seOa aplicada a agitação intermitente a cada hora e ue o tempo mínimo deagitação antes da coleta de leite seOa de @ minutos. &m resumo, os vários organismosinternacionais apresentam normas gerais para agitação do leite entre T e B> minutos

    para tan ues pe uenos e grandes, respectivamente. uando a agitação intermitente éusada "ciclos de agitação e repouso%, a recomendação é de ue o tempo de agitaçãomínimo de @ minutos é ade uado antes da coleta.

    Co'eta e a&ost-as in i.i )ais /.a"as0 ! realização de análises individuais de ##$ de todas as vacas do rebanho éum dos fundamentos de um programa de controle de mastite. #om os resultados de##$ individual pode'se identificar a preval(ncia da mastite subclínica no rebanho,monitorar a ocorr(ncia dos novos casos e dos casos crônicos, assim como estimar asperdas decorrentes da mastite. 8ecomenda'se ue as vacas em lactação seOamanalisadas em relação a ##$ uma vez ao m(s. Ha mesma forma ue osprocedimentos usados para amostras de tan ue, a coleta de amostras individuaispode interferir significativamente na ##$. ! amostra de leite para a realização da ##$deve ser composta dos uatro uartos e representativa de uma ordenha completa davaca.

    ! coleta da amostra pode ser feita diretamente do balde, após o término daordenha, para os sistemas de ordenha manual e balde ao pé. )estes casos,recomenda'se ue terminada a ordenha, o leite de um animal seOa cuidadosamenteagitado "transferindo'se o leite de um balde para o outro% e em seguida seOa coletada aamostra, com o uso de uma concha higienizada, e transferida para o frasco combronopol. 6ara a dissolução completa da pastilha de bronopol "conservante%,recomenda'se inverter o frasco repetidas vezes. )os sistemas de ordenha canalizado,a amostra deve ser coletada em amostradores ou medidores de leite, pois a amostra

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    !s pes uisas mais recentes sobre este tema obOetivam uantificar os danoscausados por este patógeno. 5u seOa, uma infecção intramamária causada por #orQnebacterium spp. é um problemaY &ste agente microbiano interfere na contagemde células somáticas "##$%, na produção e composição do leiteY Um estudo recente, realizado na P/0N'U$6, identificou por meio de técnicasde biologia molecular as principais cepas de #orQnebacterium spp. envolvidas namastite subclínica. &stes pes uisadores relacionaram os resultados da identificaçãode alta sensibilidade com um sistema ue permitiu coletar todo o leite produzidoindividualmente por cada uarto mamário. ! principal diferença deste sistema decoleta foi ue as vacas foram ordenhadas individualmente por uarto mamário, o uepossibilitou a comparação de uartos mamários contralaterais sadios e infectadospor Corynebacterium spp. &ste procedimento permitiu a avaliação do efeito da mastitecausada por #orQnebacterium spp. sobre o teor de gordura, proteína bruta, lactose,caseína, e2trato seco total, e2trato seco desengordurado do leite e contagem decélulas somáticas "##$%. )este estudo, foram selecionados uartos contralaterais

    "nZ?@, DS pares% com / por Corynebacterium bovis . ! ##$ mensurada em célulaspor mililitro apresentou diferença significativa "6Z>,>B%, entre a ##$ para os uartosinfectados "B?D.>>> célsEmJ% e sadios "AB.>>> célsEmJ%. !pesar de diferençasignificativa, a média da ##$ de uartos contralaterais infectados apresentou'seabai2o do limiar padrão para uartos considerados sadios "[@>>.>>> célsEmJ%. )ãohouve efeito de #orQnebacterium bovis sobre a produção de leite, gordura, proteína,caseína, lactose, sólidos totais e e2trato seco desengordurado. !lém disso, foramidentificadas cinco espécies de #orQnebacterium, além de C. bovis , dentre os DS paresde uartos contralaterais avaliados, os uais totalizaram BB uartos "@9,?B;%. &stasoutras espécies apresentaram, isoladamente, ##$ média de @TD.>>> célsEmJ, e foram

    responsáveis por um aumento de 9B; na média geral de ##$.Cont-o'e e t-ata&ento a &astite %o- Co-3ne4a"te-i)& s%%2

    #. bovis coloniza o canal do teto de vacas leiteiras e tem sido usado como umindicador de higiene no momento da ordenha. &m fazendas onde a desinfecção dostetos pós'ordenha não é prática de rotina, C. bovis pode ser isolado em mais ue S>;dos uartos amostrados. 6or isso, em rebanhos nos uais as medidas de controle demastite contagiosa não foram corretamente aplicadas observou'se alta preval(nciadeCorynebacterium spp.

    Hurante a lactação não se recomenda o tratamento dos casos subclínicoscausados por Corynebacterium spp. &m termos de controle para eliminação deinfecç1es subclínicas causadas por C. bovis , além da desinfecção dos tetos após aordenha, a terapia da vaca seca tem a mesma import-ncia.

    Hesse modo, de acordo com recentes resultados depes uisa, Corynebacterium bovis deve ser considerado como um patógeno secundário,pois a média da ##$ manteve'se dentro do limite normal para uartos mamáriossadios. !lém disso, a / causada por Corynebacterium spp. não alterou a produção enem a composição do leite. &ntretanto, os resultados sugeriram a necessidade de seavaliar as demais espécies de Corynebacterium , além de C. bovis, uanto ao efeito na##$, produção e composição do leite, fato ue não foi possível de se avaliar devidoao bai2o percentual encontrado destas diferentes espécies.

    http://www.milkpoint.com.br/mypoint/6239/p_mastite_causada_por_corynebacterium_spp_e_um_problema_mastite_corynebacterium_producao_de_leite_5101.aspxhttp://www.milkpoint.com.br/mypoint/6239/p_mastite_causada_por_corynebacterium_spp_e_um_problema_mastite_corynebacterium_producao_de_leite_5101.aspx

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    52 INTRODU67O

    ! produção de alimentos sofre constantemente refle2os da percepção dosconsumidores nos mercados nacional e internacional. )esse sentido, é crescente ademanda por alimentos de alta ualidade, seguros e livres de resíduos. 6ara algunsalimentos e2portados, as e2ig(ncias de ualidade por parte das cadeias internacionaisde vareOo incluem, além dos critérios usuais de composição, higiene e segurança,outros aspectos do processo produtivo, como o respeito ao ambiente, as ade uadascondiç1es de trabalho, higiene e sa de dos trabalhadores. )o caso da produçãoanimal, as atenç1es estão voltadas para as condiç1es sócio'ambientais, para o bemestar animal e a sustentabilidade da atividade. $endo assim, além da busca de aumentos de rentabilidade e ganhos deefici(ncia, os sistemas de produção de leite no Irasil e no mundo t(m ue ter responsabilidade em relação 3 proteção da sa de humana e animal, e a garantia dobem estar animal e sustentabilidade ambiental. 6ara tanto, dentro do de conceito decadeia de produção, é de suma import-ncia, para a ualidade e segurança do leiteoferecido aos consumidores, as práticas utilizadas durante a produção primária.&ssas práticas empregadas dentro da fazenda leiteira devem assegurar ue o leiteseOa produzido a partir de animais saudáveis, em boas condiç1es de higiene e dentrode condição ambiental sustentável. 4ais procedimentos devem sempre enfocar aprevenção dos problemas, visto ue a sua correção é, na maioria das vezes, maiscara e menos eficiente. ! demanda por alimentos seguros fez surgir diversosprogramas para assegurar a ualidade e segurança dos alimentos. &ntre as principaisferramentas usadas pelas cadeias produtivas, destacam'se= Ioas 6ráticas !gropecuárias "I6!%, Ioas 6ráticas de Pabricação "I6P%, 6rocedimento 6adrão de7igiene 5peracional "6675%, !nálise de 6erigos e 6ontos #ríticos de #ontrole"!66##%, 6rograma alimento seguro "6!$%, 8astreabilidade, $istemas de #ertificaçãoe 6rotocolos nternacionais "e2., &urepFap%. !s potenciais vantagens para osprodutores ue implantam esses programas são o aumento da competitividade, ooferecimento de produtos diferenciados e a maior garantia de perman(ncia dosmercados. 6ara os consumidores, a principal vantagem é a garantia de alimentos

    seguros e de alta ualidade.

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    As boas práticas agropecuárias (BPA) são um conjunto de atividadesdesenvolvidas dentro da fazenda leiteira com objetivo de garantir a saúde obem estar e a seguran!a dos animais do "omem e do ambiente# 4ais práticasestão associadas ao processamento de derivados lácteos seguros e de ualidade, 3sustentabilidade ambiental e 3 possibilidade de agregação de valor, além de ser umae2ig(ncia dos consumidores e da legislação. !s I6!s são também a base para aimplantação de outros programas de garantia de segurança dos alimentos, como o !66## "análise de perigo e pontos críticos de controle%. Hurante os ltimos anos,várias empresas captadoras e cooperativas em diversos países do mundo t(mdesenvolvido programas de ualidade, os uais t(m como base a aplicação demedidas nas fazendas leiteiras para a garantia da segurança dos derivados lácteos.&sses programas buscam melhorias nas seguintes áreas dentro das fazendasleiteiras=

    a% sa de animal,

    b% higiene de ordenha,

    c% alimentação animal e fornecimento de água,

    d% bem estar animal,

    e% ambiente.

    !dicionalmente, os programas de boas práticas de produção re ueremcuidados e necessidade de registros do uso de medicamentos veterinários e

    defensivos agrícolas, utilização de produtos de origem animal na alimentação dosanimais e identificação animal.

    82 SA9DE ANIMAL E CONTROLE DE MASTITE

    Um dos fundamentos das boas práticas de produção de leite é garantia dasanidade dos animais e ue seOa implantado um programa de sa de animal. )amaioria dos países, alguns programas são oficiais e t(m a gestão governamental,como as campanhas de vacinação contra febre aftosa no Irasil. !s I6!s ligadas 3sa de animal podem ser divididas em uatro diferentes áreas de atuação=' /edidas preventivas para evitar a entrada de doenças na fazenda,' mplantação de um programa de sa de de rebanho e controle de doenças,' Uso de medicamentos veterinários com prescrição ou de acordo com a bula,' 4reinamento de mão'de'obra.

    8252 Me i as %-e.enti.as %a-a e.ita- a ent-a a e oen#as na !a en a

    $#%#% Comprar animais apenas de reban"os com controle sanitário e controlar aintrodu!ão na fazenda& uma das portas de entrada de doenças numa fazenda leiteiraé por meio da introdução de animais portadores de doenças infecciosas. Hesta forma,recomenda'se não introduzir novos animais no rebanho sem um prévio controlesanitário, o ue geralmente, é de difícil implantação. #ontudo, antes da entrada no

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    rebanho, todos novos animais devem ser avaliados uanto 3 ocorr(ncia de doençasinfecciosas mais comuns na região. Heve'se solicitar do vendedor a comprovação devacinaç1es, registros de ocorr(ncia de doenças e tratamentos. uando asinformaç1es não são confiáveis ou mesmo ine2istentes, recomenda'se colocar osnovos animais em uarentena antes da introdução ao rebanho.

    $#%#$ 'ransporte de animais e introdu!ão de doen!as na fazenda& deve'se fazer um controle de tr-nsito de animais de outros rebanhos dentro da fazenda. !lém disso,outra preocupação é o descarte de carcaças de animais mortos, visando minimizar atransmissão de doenças.

    828 I&%'anta#$o e )& %-og-a&a e sa; e e -e4an1o e "ont-o'e e oen#as

    $#$#$ mplantar programa de controle de doen!as& )& 4o& %-og-a&a e "ont-o'esanit

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    esteOam de acordo com as indicaç1es da bula.

    $# #$ -sar somente medicamentos registrados e respeitar o per/odo de car0ncia

    $# # 1uardar os medicamentos em local seco e seguro preferencialmente comacesso restrito apenas ao responsável pelos tratamentos# !lém disso, osmedicamentos indicados para uso em vacas em lactação devem ser separados dospara vacas secas e animais não lactantes.

    82 T-eina&ento e &$o@ e@o4-a

    5s funcionários e pessoas envolvidas com o maneOo de animais doentesdevem ser treinados uanto a correta utilização e aplicação de medicamentosveterinários. Heve'se assegurar ue, para a aplicação de produtos potencialmentetó2icos, seOam usados e uipamentos de proteção individual.

    >2 HIGIENE E MANE O DE ORDENHA

    ! ordenha pode ser considerada uma das tarefas mais importantes dentro deuma fazenda leiteira. ! produção de leite de alta ualidade implica na necessidade deum maneOo de ordenha ue reduza a contaminação microbiana, uímica e física doleite. 4ais medidas de maneOo envolvem todos os aspectos da obtenção do leite deforma rápida, eficiente e sem riscos para a sa de da vaca e a ualidade do leite. ! ade uada higiene do bere é uma das medidas mais importantes naprevenção de novas infecç1es intramamárias. #omo e2iste relação direta entre on mero de bactérias presentes nos tetos e a ta2a de infecç1es intramamárias, todosos procedimentos para redução da contaminação dos tetos au2iliam no controle damastite. #om uma menor carga microbiana na superfície dos tetos, há redução na ta2ade novas infecç1es intramamárias e na contagem de células somáticas "##$% dotan ue. Hentre as principais práticas de produção ue obOetivam a melhoria da higieneda ordenha, podem'se destacar= evitar les1es nas vacas e a introdução decontaminantes no leite, garantir boas condiç1es higi(nicas durante a ordenha, manter uma correta armazenagem do leite após a ordenha.

    >252 O &ane(o e o- en1a e.e e.ita- 'es$o as .a"as e a int-o )#$o e"onta&inantes no 'eite

    #%#% -sar sistema de identifica!ão animal individual : todas as vacas devem ter umbom sistema de identificação, facilmente acessível a todos os envolvidos, desde onascimento até a morte dos animais. ! identificação individual é necessária para aseparação de animais em tratamento ou com alteraç1es do leite "mastite clínica%.

    #%#$ Boa prepara!ão do úbere antes da orden"a : para uma boa ordenha énecessário ue as vacas seOam ordenhadas com os tetos limpos e secos. 6ara isso,

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    deve'se lavar os tetos suOos com água, apenas uando há ac mulo de lama, barro ouestercoC aplicar desinfetante antes da ordenha "pré'dipping% e secar os tetos compapel toalha descartável. !ntes do início da ordenha, recomenda'se retirar osprimeiros Oatos de leite para diagnóstico da mastite clínica.

    #%# 2otina de orden"a : um bom maneOo de ordenha reduz o risco de mastite e decontaminação do leite. &ntre as etapas de uma boa rotina de ordenha destacam'se=condução dos animais para a ordenha de forma calma e sem agress1es, boapreparação do bere antes da ordenha, redução da entrada de ar pelas teteirasdurante a colocação das unidades de ordenha, redução da sobre'ordenha e cuidadona retirada da teteiras depois do término da ordenha.

    #%#, 3esinfec!ão dos tetos ap4s a orden"a (p4s5dipping) : o obOetivo dadesinfecção dos tetos após a ordenha é reduzir o má2imo possível a contaminaçãodos tetos após a ordenha, cobrindo'se toda a superfície dos tetos com a solução

    desinfetante, cuOa função é reduzir as novas infecç1es causadas por microrganismoscontagiosos.

    #%#6 7epara!ão do leite de animais doentes e em tratamento = as vacas commastite clínica ou em tratamento devem ser ordenhadas ao final da ordenha, usando'se uma unidade separada. 6ara os animais em tratamento, recomenda'se o descartedo leite até o do período de car(ncia.

    #%#8 *anuten!ão do e+uipamento de orden"a : em razão do contato direto com obere e com o leite, o e uipamento de ordenha deve estar com boas condiç1es de

    manutenção, instalação e uso. !lém disso, para garantir uma bai2a contaminação doleite, o e uipamento deve ser limpo e higienizado com detergentes específicos, tempode ação e temperatura corretos.

    >282 Asseg)-a- 4oas "on i# es 1igi ni"as )-ante a o- en1a

    #$#% 9igiene na área de perman0ncia das vacas : deve'se evitar o ac mulo delama, barro e esterco na área de aloOamento das vacas, o ue inclui uma boaventilação e drenagem. )os sistemas de confinamento, é importante um corretodimensionamento de baias e corredores.

    #$#$ :impeza da sala de orden"a = o local de ordenha deve ser de fácil limpeza, boadrenagem de efluentes de limpeza e com boa iluminação.

    #$# 9igiene do orden"ador = os cuidados para uma boa higiene do ordenhador envolvem o uso de roupas limpas, boa higiene das mãos "principalmente para ordenhamanual% e ue não seOa portador de doenças infecciosas.

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    >2> A-&a enage& o 'eite a%+s a o- en1a

    # #% 2esfriamento do leite : o leite deve ser resfriado imediatamente após a ordenhapara temperatura de apro2imadamente Do#, dentro de duas horas.

    # #$ :impeza do e+uipamento de orden"a e utens/lios

    5s principais fatores ue afetam a efici(ncia da limpeza de e uipamentos deordenha e utensílios são= tempo, temperatura, volume, concentração do detergente,velocidade e turbul(ncia das soluç1es de limpeza, e drenagem ade uada. ! limpeza deve começar imediatamente após a ordenha, en uanto astubulaç1es estão mornas e não ocorreu formação de depósito de resíduos. Heve'sedesconectar a tubulação de leite do tan ue resfriador e dei2ar drenar todo resíduo daunidade final e bomba de leite.

    6ara sistemas de ordenha com limpeza por circulação, recomenda'se a limpeza

    manual e2terna das unidades finais e mangueiras, antes de acoplar as unidades deordenha na linha de limpeza, fechando o circuito por onde as soluç1es de limpezaserão circuladas, a partir do tan ue de limpeza, utilizando'se os seguintes ciclos delimpeza=

    a0;n> ppm para tan ues resfriadores,

    ` #onte do de compostos clorados varia de :T a @>> ppm de )a5#l "hipoclorito desódio% para e uipamentos de ordenha e de B>> a @>> ppm de )a5#l para tan ues.

    "0:impeza com detergente ácido : a água deve ser fria e a duração é de cerca de Tminutos.

    ` Pre ^(ncia de utilização= depende da ualidade da água "dureza% usada paralimpeza, sendo normalmente recomendada pelo menos duas vezes por semana,

    ` p7 menor ou igual a 9,T.

    03esinfec!ão ou sanitiza!ão = a solução deve apresentar de B>> a @>> ppm de clorodisponível. 5 produto mais usado é o hipoclorito de sódio ")a5#l% e o tempo de açãodeve ser de no mínimo T minutos.

    # # :impeza do tan+ue ap4s o uso : o tan ue de e2pansão deve ser imediatamentelimpo após a retirada do leite. 5 tan ue deve ser dimensionado de acordo com o

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    volume de produção e os re uerimentos de velocidade de resfriamento "duas ouuatro ordenhas%, além de ter um termômetro de fácil acesso para leitura da

    temperatura. Ha mesma forma ue o e uipamento de ordenha, o tan ue de e2pansãopode ser local de ac mulo de resíduos de leite. 6ara a limpeza manual recomenda'seas seguintes etapas=

    a0;n litros de solução dedetergente alcalino clorado a T>o#, de acordo com recomendação do fabricante eesfregar todas as superfícies com escova apropriada, especialmente a pá do agitador e o registro da saída do leite. 8ecomenda'se a desmontagem da torneira de saídapara uma completa limpeza dos vários componentes.

    "0;n

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    obOetivos são disseminar e apoiar a implantação das Ioas 6ráticas e o $istema de !nálise de 6erigos e 6ontos #ríticos de #ontrole "!66##% nas empresas de alimentose alimentação no Irasil. 5 enfo ue desse programa é aumentar a segurança e a

    ualidade dos alimentos e capacitar o setor produtivo brasileiro para atender ae2ig(ncias dos países importadores em termos de segurança dos alimentos.

    5 6!$ é composto de uma parceria ue re ne instituiç1es como= &/I8!6!, $&)!8,$&)! , $&$ , $&)!#, $&$#, $&I8!& e algumas nstituiç1es Fovernamentais, comoa !)0 $! e o #)6 . &ntre os vários módulos ue comp1em o 6!$, o 6roOeto 6!$'#ampo enfoca as I6!s ligadas 3 produção primária de alimentos"http=EE .alimentos.senai.brEcampoEinde2 c.htm%.

    6ara a implantação das I6! em uma fazenda leiteira há necessidade daformação de uma e uipe de trabalho e definição de responsabilidades de cadapessoa. < fundamental nessa fase ue todas as pessoas seOam capacitadas paraparticipação no programa. < necessária, também, a e2ist(ncia de registros e controles

    na propriedade para o monitoramento da atividades e avaliação da necessidade deaç1es corretivas. ! elaboração de um /anual de Ioas 6ráticas !gropecuárias paracada propriedade au2ilia na descrição das tarefas do dia'a'dia da propriedade e naredação dos 6rocedimentos 5peracionais "65% relacionados, visando obter o leiteseguro e de alta ualidade. 5s principais 65 relacionados ao controle de mastite e

    ualidade do leite são= maneOo de ordenha, tratamento de casos de mastite clínica,procedimento de secagem, procedimentos para vacas recém'paridas, limpeza dee uipamentos de ordenha, limpeza de tan ue e coleta de amostras de leite.

    &m relação ao maneOo de ordenha e resfriamento do leite, os principais itens a

    serem descritos são=` #omo as vacas são conduzidas para a ordenha.

    ` uais cuidados e procedimentos são realizados antes da ordenha= teste da caneca,lavagem dos tetos, desinfecção dos tetos.

    ` #omo é feita a ordenha "manual ou mec-nica%.

    ` 6rocedimentos pós'ordenha= pós'dipping, alimentação das vacas.

    ` 4emperatura e velocidade de resfriamento do leite após a ordenha.

    ` 6rocedimentos de limpeza do e uipamento de ordenha e tan ue de e2pansão.

    Uma importante ferramenta das I6!s é a lista de verificação " checklist %, ue au2ilia naidentificação de procedimentos incorretos e possíveis aç1es corretivas. !lém disso, ouso da lista de verificação permite estabelecer uem é o responsável pela açãocorretiva, o prazo para e2ecução, o novo procedimento a ser utilizado e os custoenvolvidos. !lguns e2emplos de lista de verificação e 65 são descritos em ane2o "B e@%.

    http://www.alimentos.senai.br/campo/index_c.htmhttp://www.alimentos.senai.br/campo/index_c.htm

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    /54 0!L &$ 6!8! 5 #5)485J& H& /!$4 4&

    Um dos grandes desafios ue a área acad(mica, incluindo universidades,institutos e empresas de pes uisa e demais entidades afins, e o setor produtivoenfrentam é transformar conhecimento em tecnologia aplicada. 5 velho paradigma é=temos conhecimento, mas as informaç1es não chegam ou não são usadas pelos

    usuários finais. $em entrar na discussão de ual a terminologia é a mais ade uada,e2tensão rural, transfer(ncia de tecnologia ou simplesmente aplicação doconhecimento em benefício sociedade, o fato é ue e2iste um grande fosso entre oconhecimento disponível e o seu uso no dia'a'dia.

    6ara ficarmos em um e2emplo simples, podemos dizer com certa segurança uetemos disponível, atualmente, um conOunto de práticas e estratégias para um controleeficaz de mastite e de redução de ##$ em rebanhos leiteiros. sso pode ser comprovado em termos práticos pelas estatísticas de redução na ocorr(ncia dadoença em rebanhos individuais, assim como em países nos uais tais medidas foramusadas. #ontudo, ainda observamos, entre muitos produtores e técnicos, um

    percentual abai2o do deseOável em relação 3 aplicação de práticas de controleconsagradas. < certo ue muitos produtores conhecem as medidas de controle e os seusbenefícios e retornos econômicos, o ue também não significa a sua implantaçãoautomática, visto ue isso pode gerar aumentos indeseOáveis de custos de produção.6odemos assim dizer ue muitas decis1es individuais em relação 3 implantação demedidas de controle de mastite são também tomadas em razão de outros fatores uenão necessariamente retornos econômicos. &2istem estudos ue avaliaram osimpactos comprovadamente positivos de programas de pagamento por ualidadesobre a redução da ##$, mas não há escassa uantidade de informaç1es sobreoutros tipos de motivação relacionada ao comportamento dos produtores em relaçãoao controle de mastite.

    Um dos poucos estudos nessa área avaliou o comportamento dos produtores em

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    relação ocorr(ncia de perdas, sendo ue os resultados indicaram uma tend(ncia daspessoas em preferir evitar perdas a aumentar os ganhos, o ue foi chamado deaversão 3 perda. &m razão desses resultados, é possível supor ue para produtorescom comportamentos diferentes podemos ter dois tipos de decisão ue para eles sãológicas e podem ser aplicadas, ou seOa, pessoas ue tem foco maior na atividade naredução das perdas ou no aumento dos ganhos. &sses estudos au2iliam também noentendimento de como os produtores irão reagir a introdução de um determinadoes uema de pagamento ue priorize ou a bonificação ou a penalização do preço doleite. 6or outro lado, considerando ue produtores reagem de forma diferente a ummesmo estímulo, ou seOa, são motivados por diferentes fatores, pode'se esperar ueum tipo de estratégia nico em termos de incentivo não deva surtir resultados positivospara todos os diferentes perfis de produtores. 6ara tratar desse assunto foidesenvolvido um estudo em várias regi1es da 7olanda ' país esse em ue sistemasde pagamento por ualidade Oá são realidades consolidadas ' visando e2plorar osdiferentes fatores de motivação e a sua import-ncia relativa nas decis1es de maneOo

    sobre controle de mastite e avaliar a reação aos diferentes es uemas de pagamento"bonificação penalização%.

    5 estudo foi desenvolvido com B>> produtores ue responderam uestionáriossobre os fatores motivadores "satisfação no trabalho, situação geral da fazenda,perdas econômicas, sa de e bem'estar animal, atendimento de legislação, imagem e

    ualidade de produtos lácteos, incentivos financeiros% e demais informaç1es sobre orebanho "tamanho do rebanho, cota de leite, n mero de vacas em lactação, tipo demão'de'obra, ##$ do tan ue, idade, nível educacional, conhecimentos sobre mastite%. !lém disso, foram feitas simulaç1es de diferentes sistemas de pagamento com base

    nos dados de ualidade da cada fazenda para avaliar o tipo de reação de cadaprodutor. )a tabela B são apresentadas as médias de import-ncia relativa de cadafator motivacional para redução de mastite. Poram classificados os resultados em doiscenários diferentes, com base na bonificação e na penalização. He acordo com osresultados da tabela @, e2ceto para o cenário de penalização em ue o fator maisimportante foi o incentivo financeiro, para ambos os cenários os fatores motivadoresforam basicamente os mesmos em ordem de import-ncia.

    &m termos gerais, os fatores de satisfação pelo trabalho e situação geral"desempenho% da fazenda foram os mais importantes para o cenário de bonificação etambém apresentaram alta import-ncia para o cenário de penalização. #onsiderandoos resultados desse estudo, pode'se sugerir ue as decis1es sobre melhoria docontrole de mastite estão ligadas mais fortemente com fatores internos a cada fazenda"desempenho% e a individualidade de cada produtor, do ue com fatores e2ternos apropriedade ou ao desempenho geral do setor leiteiro.

    Ta4e'a 52 Fato-es ,)e in!')en"ia& a e"is$o e %-o )to-es e& -e'a#$o ao"ont-o'e e &astite e s)a i&%o-t n"ia -e'ati.a %o- "en

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    " %= import-ncia relativa de cada fator. Ponte= adaptado de 0aleeva et al, @>>:.

    #onsiderando as perdas econômicas e o incentivo financeiro, esse dois fatoresisoladamente representam cerca de 9>; de import-ncia relativa em relação 3motivação dos produtores para redução de mastite. &m outras palavras,contrariamente ao ue se esperava, e2istem fatores não financeiros ue também sãoimportantes, pelo menos nessa situação particular de sistema de produção, uedevem ser considerados uando se busca melhorar a ualidade do leite por meio deprogramas de pagamento diferenciado.

    #om relação 3s percepç1es dos produtores em relação aos dois cenários depagamentos, as respostas foram muito semelhantes, com e2ceção do incentivofinanceiro ue passou a ser o item mais valorizado num cenário em ue se penalizaalta ##$. sso indica ue os produtores reagem de forma diferente, dependo se elesrecebem uma penalização ou bonificação em função da ##$ do leite. 6ode'seconcluir com base nesses resultados, ue uando se analisa somente incentivosfinanceiros, o sistema de pagamento por penalização resulta em maior motivação pararedução da ##$ ue o sistema bonificação.

    &m resumo, as motivaç1es para melhoria do controle de mastite são diferentesentre os vários tipos de produtores, o ue significa ue outros fatores, além dosincentivos financeiros, são igualmente importantes para as decis1es de controle demastite e melhoria da ualidade do leite.

    Uma rápida visita ao setor de produtos lácteos dos grandes supermercados podeaOudar a entender as principais mudanças ue o setor de produção de leite tempassado em relação 3 ualidade. 6ercebe'se claramente ue entre as principaisraz1es ue impulsionam a demanda crescente por melhorias de ualidade podemoscitar a ampliação da variedade de produtos disponíveis aos consumidores, a reduçãode n mero de empresas do setor, a oferta crescente de produtos com apelosambientais e a busca de altos padr1es de ualidade higi(nica. )ão por acaso, as empresas processadoras de leite t(m procurado melhorar opadrão de ualidade higi(nica do leite recebido, pois somente assim podem aumentar o le ue de novos produtos e aumentar a capacidade de atender as e2pectativas doconsumidor em uanto a vida de prateleira "durabilidade%, aus(ncia de defeitos e,desta forma, garantir a fidelização do consumidor. ! conse u(ncia direta é ue amelhoria do padrão de ualidade higi(nica é uma atual demanda para todos osprodutores de leite. 6ara a melhoria da ualidade higi(nica, e2istem atualmente disponíveis diversas

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    recomendaç1es técnicas, procedimentos, produtos e tecnologias, as uais t(m sidoe2tensivamente usadas por muito produtores com sucesso comprovado, mesmoconsiderando ue temos uma grande diversidade de sistemas produtivos. #ontudo,em muitas propriedades, as principais defici(ncias de higiene estão ligadas aproblemas de treinamento de mão de obra, dificuldades de infraestrutura e usoincorreto de produtos ou de procedimentos. #onsiderando apenas o ltimo item, éconsenso entre os especialistas as principais medidas e procedimentos para produzir leite com alta ualidade higi(nica, o ue tem sido denominado de boas práticas deprodução . ! Pederação nternacional de Jaticínios " HP 'Internacional Dairy Federation % organizou um conOunto de recomendaç1es gerais ue podem ser aplicadas em ual uer sistema de produção, tendo como foco principal a segurançaalimentar e a ualidade higi(nica do leite produzido. ! ideia central das boas práticas éa prevenção "ou a redução% da contaminação do leite durante a sua produção, o ueenvolve os procedimentos ligados a tr(s obOetivos principais, em termos de higiene=

    B% Farantir ue a rotina de ordenha não cause les1es nas vacas "mastite% e não ocorracontaminação do leite,@% /anter alto padrão de higiene durante a ordenha,9% !ssegurar ue o leite é ade uadamente armazenado depois da ordenha.

    Hesta forma, é possível organizar as principais boas práticas dentro de umafazenda produtora de leite para garantir a ualidade higi(nica. #onsiderando oprimeiro obOetivo "evitar a contaminação do leite e les1es nos animais%, podemos listasas seguintes boas práticas=

    a% dentificação individual de todas as vacas= independentemente do tipo, érecomendável ter um sistema de identificação fácil e simples para as situaç1es deseparação do animal durante a ordenha ou do descarte do leite "vacas em tratamentocom antibiótico, mastite clínica%.

    b% 6reparação do bere antes da ordenha= o princípio geral é a ordenha de tetoslimpos, secos e de animais sadios, tanto para a ordenha mec-nica, uanto na manual.

    sso pode ser obtido com o teste da caneca e a desinfecção dos tetos antes daordenha " pré-dipping %, seguido da secagem com papel toalha descartável. Umapreocupação dentro das fazendas é o uso de água sem contaminação.

    c% #uidados durante a ordenha= evitar a entrada e2cessiva de ar antes da colocaçãodas teteiras e a sobreordenha.

    d% $eparar o leite dos animais doentes ou em tratamento= o leite de vacas emtratamento deve ser descartado durante o período tratamento e de car(ncia, assimcomo o leite de vacas com mastite clínica "com alteraç1es visíveis, tais como pus,sangue, grumos% deve ser descartado.

    e% Iom funcionamento do e uipamento de ordenha= para os sistemas de ordenha

    mec-nica, o mau funcionamento e a falta de manutenção resultam em maior risco delesão dos tetos e de ocorr(ncia de mastite.

    http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/qualidade-do-leite/higiene-de-ordenha-e-qualidade-do-leite-51892n.aspxhttp://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/qualidade-do-leite/higiene-de-ordenha-e-qualidade-do-leite-51892n.aspxhttp://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/qualidade-do-leite/higiene-de-ordenha-e-qualidade-do-leite-51892n.aspx

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    f% Jimpeza do local de ordenha= a sala de ordenha deve ser planeOada para facilitar asua limpeza, visando reduzir os riscos de contaminação do leite.

    &m relação 3s boas práticas recomendadas para depois da ordenha, podemos listar=

    a% 8esfriamento imediato do leite depois da ordenha= esta é uma das principaismedidas para garantir a bai2a contaminação do leite, considerando ue as medidasantes e durante a ordenha foram seguidas.

    b% Ioa higiene no local de armazenamento do leite= a sala de leite, como é conhecidao local onde fica o tan ue de resfriamento, deve ter boa higiene e facilidade delimpeza, não sendo recomendável ue o local seOa depósito de ração e outrosprodutos ue podem contaminar o leite durante o manuseio do tan ue.

    c% Pacilidade de acesso ao caminhão para a coleta do leite= a construção da sala deordenha deve prever o acesso fácil ao caminhão para a coleta a granel do leite.

    !inda ue seOam medidas simples e muitas das vezes são usadas como rotina nagrande maioria das propriedades leiteiras, deve'se lembrar ue tão importante uantoo seu conhecimento e o treinamento dos funcionários envolvidos, é o oferecimento deboas condiç1es de trabalho para ue essas medidas seOam e2ecutadas diariamente.