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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL
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Relatório Síntese do Programa 2006 a 2010
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Programa de Intervenção Pedagógica-Alfabetização no Tempo Certo
Relatório Síntese
I – Histórico:
Em 2004 foi implantado em Minas Gerais o Ensino Fundamental de 9 anos.
Em 2006 foi realizada a primeira avaliação do PROALFA em que se constatou que
somente 49% dos alunos do 3º ano do Ciclo da Alfabetização estavam no nível
recomendável de leitura e escrita.
Algumas ações de intervenção pedagógica foram, então, realizadas no final
de 2006 para possibilitar aos alunos consolidar as capacidades de alfabetização
necessárias à continuidade de estudos no Ciclo Complementar.
Em 2007 foi organizada uma pequena equipe na SEE, composta de 8 (oito)
Analistas Educacionais, para apoiar a intervenção pedagógica nas SRE do Grande
Norte do Estado que apresentavam os mais baixos índices de desempenho no
PROALFA. Esta Equipe, embrião da nova estrutura organizacional do Programa,
foi muito bem aceita pelas regionais, e esta estrutura inicial foi expandida para
todo o Estado e criada a “nova” Equipe Central.
O Programa de Intervenção Pedagógica / Alfabetização no Tempo Certo foi
oficializado com este nome em 2008, como parte de um conjunto de ações que
vinha sendo implementado pela SEE, com o desafio de ter toda criança lendo e
escrevendo até os 8 anos de idade e com o objetivo maior de estreitar o espaço
entre Secretaria de Estado de Educação, SRE e escolas para que “nenhuma escola
se sinta só”. “Para tanto o Programa precisava transformar a sala de aula através
do apoio e capacitação dos professores alfabetizadores e toda a Equipe Pedagógica
da Escola e ao mesmo tempo, orientar, monitorar e cobrar melhores resultados no
desempenho dos alunos.
O Programa evoluiu ao longo de 5 etapas: 1-criação e alinhamento de uma
visão comum: “Toda criança lendo e escrevendo até os 8 anos de idade”; 2-o
desdobramento dessa visão em metas por escola, SRE e SEE; 3-a criação de
instrumentos de ligação e apoio da SEE com as escolas; 4-a transformação nas
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escolas com a capacitação dos agentes educacionais e, 5-a priorização dos
esforços, ampliação e consolidação do Programa.
II – Etapas do Programa:
-Etapa 1: Aspiração: a criação e o alinhamento de uma visão comum: “Toda
criança lendo e escrevendo até os 8 anos de idade”
Para transformar a Educação do Estado de Minas Gerais em referência no
setor, a Secretaria de Educação definiu cinco compromissos:
1. Toda a comunidade participando
2. Toda escola tem que fazer diferença
3. Nenhum aluno a menos
4. Todos os alunos progredindo juntos
5. Toda a criança lendo e escrevendo até os oito anos de idade.
Tais compromissos foram concebidos com base na premissa de que o aluno
deveria ser e estar sempre no centro das atenções da estrutura de ensino. Os
programas e atividades da Secretaria de Educação do Estado (SEE), das
Superintendências Regionais de Ensino (SRE), das escolas e dos professores
deveriam, portanto, considerar o aluno como foco principal e final do processo de
aprendizado e a gestão pedagógica como eixo do trabalho.
Neste contexto a aspiração de se ter toda a criança lendo e escrevendo até os
8 anos de idade transformou-se em uma meta ambiciosa a ser atingida até 2010.
Uma vez definida a visão, o primeiro desafio foi engajar o sistema (servidores da
Secretaria, das escolas, professores, pais e alunos) por meio de eventos envolvendo
o Órgão Central, as Superintendências Regionais, as escolas e a comunidade,
mobilizando ao longo desta caminhada mais de 1 milhão de pessoas. O III
Congresso Estadual de Alfabetização, por exemplo, realizado em maio de 2007
contou com a participação de 2.700 pessoas entre superintendentes, diretores de
escola, especialistas de educação básica e professores.
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-Etapa 2: Metas e comprometimento do sistema traduzido em números
Esta visão precisava ser mensurada através de um indicador de
desempenho que capturasse a efetividade do programa na alfabetização dos
alunos. Foi escolhido o indicador de proficiência dos alunos do 3º ano do Ensino
Fundamental, medido através de uma avaliação externa anual, denominada
Proalfa.
Foram calculadas metas para cada escola e o modelo adotado levou em
consideração quatro princípios:
1. Metas diferenciadas por escola: para cada escola foi estabelecido um índice de
melhoria anual com relação ao seu desempenho no Proalfa de 2006-07;
2. Escalonamento: determinou-se que a melhoria exigida no desempenho para
cada escola deveria aumentar ao longo dos anos, definidas inicialmente até
2010;
3. Limites aceitáveis: independentemente das metas estabelecidas, foi
determinado um limite máximo aceitável para o baixo desempenho e um limite
mínimo aceitável para o desempenho recomendável;
4. Justiça nas metas: a melhoria absoluta exigida para cada escola foi baseada
em sua respectiva realidade e validada pela direção da escola, ouvindo o
Colegiado Escolar.
As metas das escolas foram consolidadas em metas regionais, também
ajustadas à realidade específica de cada região. Cada uma das SREs teve
autonomia para gerenciar as metas de suas escolas, desde que respeitadas a meta
do Estado, a meta consolidada da SRE e a variação máxima de +/- 5% na
proficiência média de cada escola.
O cálculo das metas considerou níveis de proficiência previamente
estabelecidos:
• Recomendável, intermediário e baixo
Tão ou mais importante que o cálculo das metas, foi atingir o
comprometimento dos agentes do sistema com suas metas. Após todos os ajustes
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e a definição da meta final, foram elaborados os “Termos de Pactuação de Metas”,
para que cada escola se comprometesse formalmente com as metas de proficiência
para os anos de 2008, 2009 e 2010. Os “Termos de Pactuação de Metas” foram
assinados pelo Diretor da escola, pelo Superintendente da SRE, e por um
representante do Colegiado da escola.
Para apoiar este processo, foi criado e divulgado um “Caderno de Resultados” por
escola, contendo os resultados individuais dos alunos no Proalfa 2007. O objetivo
desse Caderno foi proporcionar aos professores um entendimento sobre o ponto de
partida de suas escolas. Este caderno passou a ser refeito a cada ano.
-Etapa 3: Instrumentos de ligação e apoio às escolas
Criada a visão e definidas as metas, o próximo passo foi criar as estruturas
que possibilitassem a Secretaria se aproximar e, de fato, gerir as 2450 escolas do
sistema.
Etapa 3.1 - Estrutura organizacional
Um dos desafios do Programa como um todo era – e ainda é – como chegar à
sala de aula, em um sistema educacional com 2450 escolas distribuídas por 853
municípios, com um grande número de níveis entre a administração central e as
escolas.
Foram designados em 2008 46 analistas para a Equipe Central (que hoje
conta com 53 Analistas), todos com um grau de formação superior e ampla
experiência na área de alfabetização. Esses analistas foram agrupados em quatro
polos, e cada polo passou a contar com um Coordenador. A equipe central passou
a dedicar duas semanas por mês a visitas às Regionais de Ensino e às escolas
mais críticas. A esta equipe foram atribuídas três funções principais:
Capacitar as Equipes Regionais
Disseminar os conceitos-chave defendidos pela SEE diretamente para as
46 regionais de ensino e escolas e garantir que esses conceitos-chave
sejam compreendidos, assimilados e colocados em prática pelas Equipes
Regionais e, consequentemente, pelas escolas.
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Atuar como um constante termômetro da realidade das escolas, captando
suas necessidades e dificuldades, e utilizando tais informações na
adaptação e no desenvolvimento de novas políticas para a SEE.
A Equipe Regional foi ampliada para 1.500 pessoas distribuídas entre as 46
SREs e seu papel reforçado para, efetivamente, levar o programa às escolas. Uma
nova rotina foi implantada, na qual a equipe passou a dedicar quatro dias por
semana a visitas às escolas, com foco naquelas em situação mais crítica,
orientando e monitorando a partir do que recebia da equipe central e de
experiência própria.
Finalmente, dentro das escolas − espaço onde o ensino realmente acontece
−, os 4.500 especialistas (supervisores pedagógicos) reafirmaram sua função de
suporte aos 10 mil professores. Essa estrutura demonstrou ser eficaz e continua
em prática.
As escolas estratégicas se transformaram no principal foco das visitas das
equipes regional e central. Foram disponibilizadas instruções para auxiliar as
equipes durante as visitas
Etapa 3.2 – Materiais e ferramentas de apoio
Foram elaborados materiais e ferramentas com dois objetivos: (i) melhorar a
capacitação dos agentes do sistema (desde professores até dirigentes das SRE), e
(ii) acompanhar a evolução do desempenho das escolas em turmas de 1º, 2º e 3º
anos do Ensino Fundamental (Ciclo da Alfabetização).
Com foco específico no desenvolvimento de atividades voltadas para o ensino
em sala de aula, foram elaborados os “12 Guias do Professor Alfabetizador”. Além
disso, foi adquirido e distribuído para todos os alunos do 1º ano (6 anos) o livro
didático Cantalelê para auxiliar na sistematização da alfabetização.
Para apoiar as escolas em suas atividades pedagógicas foram elaborados o
“Guia do Especialista de Educação Básica” e o “Guia do Diretor Escolar”. Estes
guias trazem para estes agentes orientações sobre como exercer de forma efetiva
suas funções.
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Além dos guias foi realizado um trabalho para mapear, analisar, priorizar e
registrar de forma estruturada as boas práticas das escolas de Minas que
obtiveram excelentes resultados na avaliação do Proalfa em 2008. Essas práticas
foram consolidadas em 7 “Cadernos de Boas Práticas” para os principais agentes
envolvidos no processo de alfabetização: Analistas da equipe central, Analistas e
Inspetores das equipes regionais, Diretores das Diretorias Educacionais das
Regionais de Ensino, Diretores de escola, Especialistas, Professores
Alfabetizadores e Professores para o Ensino do Uso da Biblioteca.
Foi criada a Ferramenta de Monitoramento Online, para que as Equipes
Regionais pudessem preencher relatórios sobre as escolas visitadas e com isso
possibilitar ao Órgão Central obter uma visão integrada e atualizada do que
acontece nas escolas.
-Etapa 4: Transformação nas escolas: capacitação dos agentes educacionais
Definidas a visão e as metas e criados os instrumentos de apoio e
monitoramento, o desafio passou então a ser que todo sistema efetivamente
incorporasse a metodologia e, portanto, que a transformação chegasse em cada
sala de aula. Para isso:
• Equipes Central e Regional focaram em disseminar as boas práticas através da
capacitação maciça de Analistas, Inspetores, Diretores de Escola, Especialistas
e Professores, envolvendo mais de 15.000 agentes dos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
• Priorização contínua de onde atuar, focando esforços nas escolas e regionais com
maiores desafios.
• Desenvolvimento de estruturas para repasse das capacitações do Órgão Central
da SEE até as escolas.
As capacitações contaram com materiais de apoio “prontos para uso” com o
objetivo de garantir a uniformidade e a qualidade das informações repassadas,
como por exemplo: vídeos, estrutura de agenda para futuros encontros,
apresentações, atividades práticas, oficinas e outras.
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Ao todo, entre 2008 e 2010, 18 eventos de capacitação, tocaram direta ou
indiretamente mais de 15 mil profissionais, além do PROCIÊNCIAS que capacitou
1600 professores nas áreas de Ciências e Matemática.
Por último, para acompanhar o esforço de transformação e avaliar a efetividade do
programa e das capacitações, foram implementadas ferramentas como: (i) painel
de Controle do repasse das capacitações, que possibilitou o acompanhamento do
número final de professores capacitados; (ii) relatórios de acompanhamento da
qualidade dos encontros (iii) pesquisas online para avaliação da qualidade do
repasse respondida diretamente por diretores de escola, especialistas e
professores. Toda essa estrutura de feedback servia para a liderança do programa
estar permanentemente aprimorando e focando seus esforços.
-Etapa 5: Priorização de esforços e ampliação: a consolidação do Programa
O programa de capacitação dos agentes educacionais foi complementado
com análises dos resultados do PROALFA para definição e priorização dos esforços
das Equipes Central e Regional nas escolas e regiões com maior desafio. Com base nos
resultados do Proalfa 2008 e 2009, foram elencadas as Regionais e Escolas com maior
número de alunos abaixo do nível recomendável de proficiência e com pior desempenho
geral. Estas regionais e escolas passaram a ser a prioridade de atendimento para equipes
Central e Regional tanto em 2009, quanto em 2010 quando foi reorganizado o trabalho da
Equipe Central para maximizar o atendimento às 10 SRE Estratégicas e suas escolas
prioritárias que concentram o maior número de alunos abaixo do nível recomendável de
alfabetização.
A Equipe Regional também priorizou, em 2010, o atendimento, em suas SRE, às
Escolas Estratégicas à exemplo do que foi feito em 2008 e 2009.
Para subsidiar o trabalho das Equipes Central e Regional em 2010 foram elaborados
dois Cadernos: um, com a “Análise dos Resultados do PROALFA 2009” contendo as
diretrizes para o planejamento 2010 e outro, “Caderno para Planejamento 2010”, para cada
SRE com orientações para o Plano de Ação por SRE.
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Conforme previsto o Programa de Intervenção Pedagógica / Alfabetização no
Tempo Certo foi ampliado, em 2009, para o Ciclo Complementar (4º e 5º anos) do Ensino
Fundamental o que significou incluir a orientação e acompanhamento de mais 18.500
professores nas 2.458 escolas do Programa.
Para implementar esta expansão foram realizadas as seguintes ações:
Desenvolvimento de material instrucional para a capacitação dos professores do 4º e
5º anos, com foco em Língua Portuguesa e Matemática, incluindo o PROCIÊNCIAS;
Realização da Capacitação dos agentes envolvidos;
Inclusão do Ciclo Complementar das escolas envolvidas no Programa no processo
de monitoramento pelas Equipes Regional e Central, com visitas sistemáticas;
Elaboração dos Guias dos Professores do Ciclo Complementar (ainda não concluída),
Língua Portuguesa e Matemática;
Realização de encontros e reuniões com Diretores e Especialistas da Educação Básica
das Escolas que contam com o Ciclo Complementar;
Orientação para elaboração e aplicação pela escola, de avaliação diagnóstica interna
aos alunos do 4º e 5º anos com a respectiva análise dos resultados para elaboração do
Plano de Intervenção Pedagógica;
Estudo e análise específica das Matrizes Curriculares e Matrizes de Referência do
PROEB, 5º ano, Língua Portuguesa e Matemática, para subsidiar o planejamento dos
professores para o trabalho com os alunos;
Análise dos resultados da avaliação do PROEB / 2008 para conhecimento do
desempenho das escolas estaduais no 5º ano, para definição das prioridades de
atendimento das mesmas pelas Equipes Regional e Central.
Ainda no campo da expansão, a rede municipal de todos os 853 municípios do
Programa, foi convidada a implementá-lo em suas escolas, o que vem ocorrendo em menor
ou maior escala dependendo do envolvimento e interesse das Secretarias Municipais de
Educação.
Todos os materiais desenvolvidos pelo Programa como suporte e apoio para os
agentes envolvidos foram enviados também às escolas e Secretarias Municipais de
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Educação, bem como oferecidas a todos eles, oportunidade para participar das capacitações
em conjunto com a rede estadual.
Em 2010, dando continuidade a esta parceria, foram elaboradas pela SEE, como
sugestão, metas de proficiência e níveis de desempenho dos alunos para todas as escolas
municipais de Ensino Fundamental e Ensino Médio dos 853 municípios que serão
entregues às Secretarias Municipais de Educação em junho / 2010.
Importante assinalar que o Programa de Intervenção Pedagógica, em seu sentido
mais amplo, inclui, além da Alfabetização no Tempo Certo, foco e prioridade do Programa,
a realização de ações voltadas também para os anos finais do Ensino Fundamental e o
Ensino Médio. (Quadro abaixo)
As ações de implementação dos CBC – Conteúdos Básicos Comuns, dentro do
Programa, são desenvolvidas pelas Superintendências e Diretorias de Ensino Fundamental
e Médio, através de eventos diversos e específicos, de capacitação de Diretores,
Especialistas e Professores, tendo como foco a aprendizagem dos alunos e a melhoria dos
resultados do desempenho nas avaliações externas.
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A Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica, ao estabelecer diretrizes
para o ano de 2010, definiu três prioridades especificadas no Quadro a seguir, dentre elas, a
de “Consolidar o Programa de Intervenção Pedagógica”.
Esta consolidação depende da continuidade de implementação das outras duas
prioridades, quais sejam, aumentar a eficiência e a profissionalização das Equipes Central e
Regional para que ajudem os que estão na escola no aperfeiçoamento do processo de
transformação na sala de aula. Nesse sentido, a formação continuada e direta dos
professores se apresenta como um dos maiores desafios do sistema e o que, acreditamos,
garantirá efetivamente a melhoria do desempenho dos alunos e, assim, a consolidação do
Programa de Intervenção Pedagógica / Alfabetização no Tempo Certo.
III – Resultados Alcançados até 2009:
Os resultados do Proalfa em 2008 mostraram uma evolução impressionante no
desempenho dos alunos. Em 2006, somente 49% dos alunos apresentavam o nível de
proficiência recomendável. Em 2008, este número passou para 73%, atingindo a meta
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previamente estabelecida. Em dois anos, o percentual de crianças alfabetizadas com oito
anos de idade, na rede estadual, apresentou uma melhoria de quase 50%! Além disso, o
número de alunos com baixo desempenho foi reduzido de 31% para 14%. (Quadro)
Apesar dos avanços importantes para o Estado como um todo, algumas Regionais
não atingiram, em 2008, os resultados esperados e, em alguns casos não apresentaram
melhorias em relação ao ano anterior. Estas regiões estão sendo o foco do trabalho desde
2009, para garantir a equidade na evolução dos resultados em todas as escolas do Estado e
reduzir as desigualdades entre as regiões.
As escolas estratégicas demonstraram, em 2008, maior avanço nos resultados do
Proalfa que as demais escolas. Este avanço pode ser indicador de que a abordagem voltada
para “orientação com cobrança”, com conseqüente intensificação do número de visitas foi
bem sucedida. A Ferramenta de Monitoramento Online forneceu dados que permitiram
comparar o número de visitas às escolas com os resultados do Proalfa e esta comparação
mostrou que as escolas mais visitadas, de fato, obtiveram melhores resultados (Quadros).
Até 2008, o desempenho do Estado no Proalfa estava em linha com os resultados esperados
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Outra informação interessante obtida a partir da análise dos resultados de 2008 é que
o nível socioeconômico e a infraestrutura das escolas não foram fatores determinantes nos
resultados, o que sugere que um bom trabalho pedagógico consegue sucesso mesmo em
situações adversas (Quadros).
As escolas estratégicas demonstraram maior avanço nos resultados do Proalfa em 2008
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No ano de 2009, a análise dos resultados da avaliação do PROALFA nos levou às
seguintes conclusões:
1 – Apesar do percentual de alunos com desempenho recomendável em 2009 permanecer
estável em relação a 2008, o desempenho daqueles que não atingiram a meta mostrou
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melhoria notadamente pelo aumento de alunos na faixa do nível intermediário (15%) e
redução do percentual de alunos no baixo desempenho (12%).
2 – O percentual do total de alunos que fizeram o Proalfa em 2009 alcançou 91% - ou seja,
um aumento de 10% no número de alunos participantes em relação a 2008.
Evolução da participação dos alunos no PROALFA
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3 – As SRE não apresentaram evolução uniforme com melhoras e pioras em relação aos
percentuais de 2008. É preciso focar especialmente naquelas que tiveram queda de
desempenho e são representativas em número de alunos.
APESAR DO RESULTADO ESTÁVEL, HOUVE VARIAÇÃO NO % DE ALUNOS COM DESEMPENHO RECOMENDÁVEL NAS SRE EM
2009
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4 – As escolas estratégicas continuaram aumentando o % de alunos no nível recomendável
e as escolas pequenas foram muito bem sucedidas em atingir a meta de alunos com
desempenho recomendável.
... EMBORA AS ESCOLAS ESTRATÉGICAS TENHAM CONTINUADO A APRESENTAR AVANÇOS EM RELAÇÃO AO
ANO ANTERIOR
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5 – Dentre os alunos com desempenho intermediário em 2009, 12%, ou seja, 2.220 alunos
obtiveram um resultado na avaliação fronteiriço com o nível recomendável.
Estas conclusões foram levadas em conta pela liderança do Programa, culminando
com a reorganização do trabalho da Equipe Central para, dentre outras ações, priorizar o
atendimento às 10 SRE Estratégicas que concentram mais da metade dos alunos abaixo do
nível recomendável em todo o Estado.
Com as medidas tomadas pela liderança do Programa em 2010, a partir da análise
dos resultados de 2009, espera-se atingir a meta prevista para 2010 (90% de alunos no nível
recomendável) ou, numa visão menos otimista, conseguir 81% de alunos neste nível, meta
prevista e não atingida em 2009.
IV – Proposta de Continuidade do Programa:
Perenizar as melhorias obtidas até agora e proporcionar avanços ainda maiores no
futuro é o desafio do Programa. Sete elementos se revelaram fundamentais para o sucesso
do Programa e devem ser mantidos e aprimorados para a sua boa execução:
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1 – Um modelo de governança que garanta a clara definição de papeis e responsabilidades
dos diferentes agentes do Programa na estrutura da SEE e SRE, que deve considerar as
seguintes interações: (Quadro 34)
Quadro 34
2 – Uma estrutura organizacional ágil, com foco no aluno e tendo como “motor” uma
Equipe Central qualificada e voltada ao aprimoramento e ao apoio às Equipes Regionais e
Escolas. A manutenção da gratificação especial aos integrantes da Equipe Central é
fundamental.
3 – A efetiva implantação da Célula de Acompanhamento do Programa, responsável pela
elaboração de análises gerenciais a partir dos resultados das avaliações externas do
PROALFA, é indispensável. As análises elaboradas por esta célula técnica permitem um
melhor monitoramento dos trabalhos e fundamentam o foco nas ações do programa.
4 – A institucionalização da função de Coordenação de Polo na estrutura do Programa no
nível central, com remuneração condizente, é recomendável.
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5 – Um planejamento estruturado e contínuo das ações deve nortear a execução do
programa pela Equipe Central em cada SRE, ou seja, um planejamento fundamentado nas
análises dos resultados do Proalfa, na realidade e necessidade de cada regional a partir das
percepções das visitas de campo, registradas na ferramenta de monitoramento online ou
em outros relatórios.
6 – Um programa de capacitação eficaz e contínuo que possibilite o aprimoramento
profissional de todos os agentes do Programa, de modo especial o professor alfabetizador,
para que a SEE, SRE e escolas tenham equipes não apenas motivadas, mas também
plenamente qualificadas, para que seja mantido o foco no aluno e na gestão pedagógica,
chegando efetivamente à sala de aula, para transformá-la.
7 – Uma recomposição qualitativa e quantitativa das Equipes Regionais, considerando os
parâmetros definidos em 2008, possibilitando o atendimento a um menor número de
escolas, integrando as competências e esforços de Analistas e Inspetores Escolares.
V – Considerações Finais:
A jornada do Programa de Intervenção Pedagógica foi e ainda está repleta de
grandes desafios e muitas lições aprendidas. Desde o início do Programa percebe-
se que para obter o avanço na Educação, alguns fatores foram fundamentais.
A-A construção de uma visão comum para todo o Estado: “Toda criança lendo e
escrevendo até os 8 anos de idade.
B-O estabelecimento de um indicador mensurável e comparável ao longo do
tempo, através da avaliação do PROALFA.
C-O comprometimento das escolas e regionais através da Pactuação das metas. A
simples definição de “metas” sem comprometimento teria baixa efetividade.
D-A aproximação e o apoio da SEE às escolas e o desenvolvimento de material
pedagógico de qualidade, de cunho prático e com ênfase na transformação da sala
de aula.
E-Estrutura de gestão e acompanhamento para que a transformação chegue a
cada sala de aula.
Os resultados de todo este esforço já estão sendo colhidos e cada vez mais
as crianças de Minas estão lendo e escrevendo na idade certa.