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ApresentaçãoVisão, Missão, Crenças e Valores 3Mensagem do Presidente do Conselho Deliberativo 4Mensagem da Presidente Executiva 5A Organização 6Estratégia Organizacional 7Gestão da Estratégia 8Capital Social e Articulação em Rede 9Rio Grande do Sul Voluntário 10

FazerPrograma Voluntário Pessoa Física 12Programa Voluntário Pessoa Jurídica 14Programa Organizações da Sociedade Civil 16Programa Parceiros Jovens Voluntários 18

s u m á r i o

A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes analisou as demonstrações financeiras da ONGParceiros Voluntários referentes ao exercício de 2006 com o objetivo de garantir a transparência da Organização naaplicação de seus recursos. A Auditoria considerou que as referidas demonstrações apresentam, em todos os aspec-tos, adequadamente, a posição patrimonial e financeira da Organização. Cabe destacar que o trabalho realizadopela PriceWaterhouseCoopers foi voluntário.

Auditoria voluntária

InfluirSeminário Internacional Pare Pense 25Prêmio Parceiros Voluntários 28Encontros de Líderes do Voluntariado 29Comunicação e Relacionamento 30Agenda do Voluntariado 32

Nossa Equipe 33Conselho Deliberativo 34Fundadores, Mantenedores e Parcerias 35

Capa: imagem cedida do arquivo dofotógrafo Leonid Streliaev

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VisãoDesenvolver a culturado trabalho voluntárioorganizado.

Crenças e Valores

MissãoPromover, ampliare qualificar o atendimento dasdemandas sociais pelo trabalhovoluntário, visando à melhoriada qualidade de vida noRio Grande do Sul.

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56 O desenvolvimento sustentado é alcançado pela intera-

ção entre os sistemas econômico e social.

Toda pessoa é solidária e um voluntárioem potencial.

A filantropia e o exercício da cidadania, pela práticado voluntariado, são indispensáveis para a transforma-ção da realidade social.

O voluntariado organizado é a base dodesenvolvimento do Terceiro Setor.

Todo trabalho voluntário traz retorno paraa comunidade e para as pessoas que o realizam.

A prática do princípio da subsidiariedade é indispensávelà autonomia das comunidades para seu desenvolvimento.

Tribo Horizontes, de Porto Alegre, em ação na Escola Municipal Mariano Beck, localizada na Vila Pinto

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governamental. Procurando dar o nosso apoio às me-didas que se fazem necessárias para termos um RioGrande do Sul viável, participamos ativamentedas reuniões realizadas pelo RS QUE QUEREMOS epelo PACTO PELO RIO GRANDE, deixamos marcadaa nossa posição com inúmeras sugestões, mas a maisimportante que entendemos ser necessária é a elabo-ração do MAPA SOCIAL DO RIO GRANDE DO SUL,pois só com esse mapa poderemos ter uma base doque o nosso Estado tem e daquilo que necessita.

É imperioso também trabalharmos em rede eotimizarmos os recursos, que são poucos. As entidadese empresas mantenedoras da Parceiros Voluntários po-dem citá-la como exemplo a ser seguido, principalmenteno Rio Grande do Sul e no Brasil, que agora iniciamum novo período governamental.

O Voluntariado faz bem para o coração e paraa alma, mas também pode ser bom para os lucros,pois os clientes e acionistas estão recompensandoempresas que atingem mudanças sociais através dosnegócios.

Humberto RugaPresidente do Conselho Deliberativo

Ao encerrarmos mais um ano de trabalho cheio derealizações, atingimos os seguintes números: 196.915Voluntários Engajados, 72.000 Jovens Engajados,1.109 Escolas Engajadas, 1.661 Empresas Engajadas,1.906 Organizações da Sociedade Civil Conveniadase 73 cidades participando da REDE Parceiros Voluntá-rios. Isso significa um universo em torno de 650.000pessoas beneficiadas.

Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que aParceiros Voluntários é um exemplo de Gestão Social.Liderados pela nossa Presidente Executiva Maria ElenaPereira Johannpeter, tendo como companheiros de di-retoria os nossos Vice-presidentes Hermes Gazzola,Geraldo Toffanello e Alexandre Kieling, e com cola-boradores que se dedicam à causa do voluntariado,com profissionalismo e com amor, a Parceiros atingiueste patamar.

Enquanto a Parceiros Voluntários serve de modelopara as gestões no campo social, as ações governa-mentais, quer sejam federais, estaduais ou municipais,deixam muito a desejar por falta de Gestão.

É imperioso que aqueles que nos governam tenhama possibilidade e a clarividência de observar este mo-delo de Gestão e procurar transferi-lo para a órbita

Mensagem do Presidente do Conselho Deliberativo

Um exemplo de gestão social

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”No espaço da utopia, encontramos a incerte-za, mas também a esperança. Utópico não é aquilocuja existência é impossível, mas é o que ainda nãoexiste e em direção ao qual temos que nos mobili-zar. A utopia é a exploração de novas possibilida-des e vontades humanas, por via da oposição daimaginação à necessidade do que existe, em nomede algo radicalmente melhor que a humanidade temdireito de desejar e por que vale a pena lutar". Quemnos deixou essa mensagem foi a Professora TerezinhaRios, no Seminário Internacional Pare Pense (veja naspáginas 25 a 27), organizado pela Parceiros Volun-tários em maio de 2006, quando falou sobre "A Con-duta Ética". Terezinha Rios nos disse mais: "... nomundo complexo e desafiador em que vivemos, nãose trata de ficar à espera. O verbo é esperançar".

Neste Relatório Anual que está em suas mãos, vocêperceberá que a ONG Parceiros Voluntários, antes demais nada, desenha uma visão que tem uma cota deutopia. As ações e conceitos descritos nos dizem quetodos temos que assumir, em relação ao social, a con-vicção de que é preciso incluir os excluídos. Não pode-mos conviver com a exclusão ou com a fome.

Nos anos 90, o Banco Mundial passou a usar otermo Capital Social como um critério para avaliar pro-jetos de desenvolvimento. Definiu quatro tipos de capi-tal: o natural (água, florestas etc), o financeiro (a rique-za imobiliária), o humano (nível de satisfação das pes-soas, conhecimentos etc) e introduziu a variável chama-da "Capital Social", que é a capacidade que as pesso-as têm de cooperar, produzir solidariedade, interagircom as instituições, e produzir confiança. Esta última, aconfiança, é a atitude básica quando se fala em Capi-tal Social, e é fundamental para o desenvolvimento dosdemais capitais mencionados.

Vários estudos mostram que as sociedades que forame são capazes de confiar para além da família são associedades que desenvolvem as grandes corporações eco-nômicas. Veja Japão e Estados Unidos: a confiança nasociedade vai além da família e as maiores corporaçõesinternacionais são desses países. Ainda não temos aquino Brasil essa prática de cooperar e confiar de maneira

tão forte quanto gostaríamos e precisamos. Quando umasociedade sabe cooperar e confiar, tem um recurso fun-damental para produzir desenvolvimento econômico, quesignifica comida, emprego, geração de renda, habita-ção, saúde, educação e, principalmente, PAZ, pois ooutro nome da PAZ é DESENVOLVIMENTO.

Desejamos que você analise cada PROGRAMA des-crito nessas páginas com o intuito de se ver, de se en-contrar em ações que você já esteja praticando em be-nefício de sua comunidade, ou então que sirvam deexemplo para que você inicie uma atividade em proldo outro. Que você inclua em seu projeto de vida oprojeto de vida do outro. Nesse círculo virtuoso, o be-nefício será geral, num ganha-ganha para toda a nos-sa comunidade.

Nosso apelo especial à JUVENTUDE brasileira épara que faça a sua auto-inclusão na participação emprojetos sociais, como o TRIBOS NAS TRILHAS DA CI-DADANIA, pois assim estará desenvolvendo o conceitode RSI (Responsabilidade Social Individual) e prati-cando as características de liderança, criatividade,trabalho em grupo, planejamento, implantação eacompanhamento de projetos e, especialmente, de-senvolvendo o espírito empreendedor.

Outro aspecto importante a ser analisado neste Re-latório Anual é o item Gestão, pois, em Projetos So-ciais e no Terceiro Setor como um todo, é fundamentalter-se uma gestão eficiente, eficaz e efetiva para que osesforços e os investimentos não se percam.

Deixamos em suas mãos o relato de atividadesde milhares de voluntários, em mais um ano, mas es-pecialmente queremos deixar em seus corações, emsuas mentes e em seus espíritos a certeza de que"quando se abraça uma Causa, a Causa abraçavocê". E a Causa da ONG Parceiros Voluntários éum Ser Humano melhor, para que tenhamos desen-volvimento em todos os campos e, assim, aproxime-mos utopia e realidade.

Maria Elena Pereira JohannpeterPresidente Executiva

Mensagem da Presidente Executiva

O verbo é ”esperançar”

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A raiz do desenvolvimento de uma nação está no êxitoda formação de seu Capital Social. Os estudos de RobertPutman (Harvard) apontam quatro dimensões desse concei-to: a) os valores éticos dominantes em uma sociedade; b)sua capacidade associativa; c) o grau de confiança de seuscidadãos; e d) a consciência cívica. A soma desses quatrovetores nos diz que quanto mais Capital Social houver, tere-mos mais crescimento econômico a longo prazo, menor cri-minalidade, mais saúde pública e mais governabilidadedemocrática. Putman não pretende ignorar o peso dos fato-res macroeconômicos para o desenvolvimento, mas querchamar a atenção sobre o que deve ser acrescentado aeles. A mera redução ao nível economicista é uma visãoestreita, pequena, e conduz a políticas ineficientes.

Capital Social é o único tipo de recurso que quantomais temos, mais usamos e mais cresce. Fomentar Capi-tal Social significa praticar confiança, solidariedade ereciprocidade, que aumentam na medida em que agi-mos nessa direção.

Por que esse tema surgiu com tanta força nos últimosanos? Capital Social é uma terminologia nova para umconceito antigo: o de participação cívica, cidadania, cola-

A Organização

boração, cooperação e confiança. Amartya Sen, PrêmioNobel de Economia, diz: “Os valores éticos são parte in-tegrante dos recursos produtivos de um país”. Se os valo-res éticos estão presentes nas transações de investimen-tos, no progresso tecnológico e na inclusão social, entãoserão verdadeiros ativos; se, ao contrário, predominarema ganância, a corrupção e a falta de escrúpulos, odesenvolvimento será trancado. A Ética leva ao desen-volvimento e à eficácia, a longo prazo.

É fundamental que todos nós, cidadãos, nos conven-çamos de que a Atitude Ética é a mais inteligente detodas e a única realmente eficaz e sustentável quando tra-tamos do desenvolvimento. Capital Social é sinônimo deuma sociedade mais forte e de um governo responsável.

No Rio Grande do Sul, milhares de gaúchos fortalecemo Capital Social por intermédio da prática do voluntariado.Acreditam, também, que todas as comunidades possuemrecursos que podem ser identificados e potencializados napromoção do desenvolvimento humano e social, e que esseprocesso só é sustentável quando as atividades são empre-endidas no nível comunitário, na instância mais próximapossível dos beneficiados. Vejamos o quadro abaixo:

Ética + Capital Social = Desenvolvimento

Voluntários 31.198 62.548 146.042 196.915

Jovens 18.419 32.280 51.230 72.000

Escolas 271 608 857 1.109

Empresas 850 1.116 1.366 1.661

Organizações da Sociedade Civil conveniadas 1.188 1.533 1.724 1.906

Cidades da REDE Parceiros Voluntários 61 62 63 73

Pessoas beneficiadas (estimativa) 200.000 400.000 550.000 650.000

2003 2004 2005 2006Número de participantes engajados em açõesde voluntariado (total acumulado)

De tanto ver triunfar as nulidades, de tantover prosperar a desonra, de tanto ver crescera injustiça, de tanto ver agigantarem-se os

poderes nas mãos dos maus, o homem chegaa desanimar da virtude, a rir-se da honra,

chega a ter vergonha de ser honesto.Rui Barbosa,1914

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Sabemos que os problemas so-ciais e econômicos que temos hoje nãopodem ser resolvidos por apenas umdos setores da sociedade. São neces-sárias conexões entre o sistema eco-nômico, os sistemas formais de assis-tência e as redes informais.

O sucesso na resolução das ne-cessidades complexas, portanto, exi-ge uma abordagem colaborativa.Mais do que isso, essas iniciativas des-tacam a importância crucial de umaforça social, isto é, de todos nós queformamos a Sociedade Civil.

A Visão da Parceiros Voluntários,com foco no desenvolvimento de umacultura de trabalho voluntário organi-zado, quer estimular as empresas, as

Estratégia Organizacional

Fazer e Influirorganizações sociais e a comunida-de em geral a colaborarem. Para isso,a Parceiros Voluntários utiliza em seuplanejamento estratégico duas linhasbem distintas. Uma delas é o Fazer:unir pessoas que têm vontade, dispo-nibilidade e emoção para trabalharem ações voluntárias. A segunda é oInfluir. Para desenvolver uma cultu-ra é preciso ir além da ação, doFazer. É necessário perguntar por quefazer? O que faz alguém sair da zonade conforto e se comprometer com atransformação de uma realidade? Porque sua ação é importante para o ou-tro? Esses conceitos, quando estão cla-ros, levam-nos a repensar princípios evalores. É a linha do Influir que nos

faz refletir sobre a importância de agire de participar, sobre o que se ga-nha, o que o outro ganha.

A linha do Fazer está estrutura-da na Rede Parceiros Voluntários pormeio dos programas: Programa Vo-luntário Pessoa Física, Programa Vo-luntário Pessoa Jurídica, Programa Par-ceiros Jovens Voluntários e ProgramaOrganizações da Sociedade Civil. ARede é ativada e integrada, sistema-ticamente, por encontros, palestras,cursos, seminários e pela tecnologiada informação. O pano de fundo detodas essas ações, sintetizado na fi-gura abaixo, é o sentido de coletivi-dade, de partes que se somam paraatingir um propósito compartilhado.

ONG Parceiros Vountários

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Gestão da Estratégia

Organização aprendenteOs três setores necessitam ter uma boa gestão para

que possam medir, de forma adequada, o alcance de seusobjetivos e resultados. Permanentemente, as perguntascentrais formuladas são: “Como levamos nosso trabalhoà comunidade que desejamos servir e para a qual existi-mos?”, “Como promovê-lo?” e “Como medi-lo?”

Para as instituições do Terceiro Setor, é primordialcontar com uma eficiente, eficaz e efetiva gestão para:a) aumentar a transparência e fortalecer a confiançapública; b) informar ao público como e por quem essasorganizações são administradas e c) divulgar como pres-tam os seus serviços às comunidades.

Dentro desse enfoque, a Parceiros Voluntários traça suasestratégias e as converte em planos de ações, buscandoresultados para o cumprimento de sua Visão e Missão.

Para manter o foco, a Parceiros Voluntários uti-liza-se da ferramenta de gestão BSC (BalancedScorecard), introduzida na organização em 2003,por intermédio da consultoria voluntária SymneticsBusiness Transformation, de São Paulo. O MapaBSC é visitado trimestralmente, quando toda aequipe analisa os indicadores e busca correçõesde rumo. A Parceiros Voluntários posiciona-se comouma organização aprendente, aberta a melhoriase inovações que resultem em qualificação do aten-dimento aos públicos beneficiados.

No cumprimento de seus objetivos, a Parceiros Voluntári-os presta serviços gratuitos, permanentes e sem qualquer dis-criminação de beneficiários, conforme definido em seu Estatu-to Social, disponível no site www.parceirosvoluntarios.org.br.

Para os anos de 2006 e 2007, a Parceiros Voluntá-rios estabeleceu como Diretriz Geral o Fortalecimen-to da Rede Parceiros Voluntários, que se desdo-bra da seguinte forma:

A organização sem fins lucrativosexiste para provocar mudançasnos indivíduos e na sociedade.

Peter Drucker (1909-2005)

Diretrizes 2006 - 2007

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Na última década, no Brasil, e em especial no RioGrande do Sul, a observação de indicadores de resulta-dos de ações voluntárias permite perceber o rápido cres-cimento de uma rede social transformadora. Seus efeitostranscendem, em muito, as atividades realizadas por in-divíduos e instituições, pois a união colaborativa, feita apartir do voluntariado organizado, vem construindo no-vas conexões, pontes e vínculos que ampliam o capitalsocial e o sentido de coletividade.

O empreendedorismo, ou seja, a capacidade de so-nhar e de agir para realizar o próprio sonho, está na basedessa transformação. Assim como a pequena pedra lan-çada em um lago, que cria um movimento que se expan-de, redesenhando a superfície, a atitude empreendedorade um único voluntário é capaz de gerar uma reação trans-formadora, que se propaga no tempo e no espaço.

Com essa convicção, a Parceiros Voluntários trabalha paraaproximar pessoas e instituições que se dispõem a realizarum sonho comum. Hoje há, na Rede, inúmeros exemplos demelhorias significativas na vida de pessoas e comunidades,que foram alcançadas a partir da iniciativa voluntária.

Histórias de vidaEm Cachoeira do Sul, recém-nascidos com problemas de

saúde não precisam mais depender de ambulâncias que oslevem até a capital. Os voluntários, unidos, conseguiram arre-cadar fundos que viabilizaram a construção de uma Unida-de Neonatal (CTI) no Hospital de Beneficência da cidade.

Em Porto Alegre, um funcionário responsável pelo tra-balho de triagem no Instituto Dias da Cruz, sensibilizadopela dramática situação pessoal dos albergados, e perce-bendo, ao mesmo tempo, as suas potencialidades, articu-lou-se com voluntários, entre eles advogados e assistentessociais, e formou uma rede de apoio para ajudar os alber-gados a conseguir uma fonte de ocupação e renda e, as-sim, uma chance de recomeçar a vida com dignidade.

Isso é Capital Social: geração de elos de reciprocida-de e confiança entre as pessoas, como propõe o pesquisadornorte-americano Lester Salomon. Ou, como define a consulto-ra Célia Schlithler, “é o resultado da organização de diferen-tes atores, que criam laços de confiança e estabelecem acor-dos, favorecendo, assim, a coordenação de ações em bene-fício mútuo”. Nesse contexto, as redes de desenvolvimentocomunitário podem ser entendidas como uma forma de orga-nização pautada pela ética, com estrutura horizontal, orgâ-nica e autônoma, em que a participação é incentivada, adiversidade é valorizada e o protagonismo é desenvolvido.

Sonho compartilhadoVoluntariado e desenvolvimento humano

Um estudo comparativo realizado em 36 países pelaUniversidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, anali-sa e tenta responder a indagação: as nações são maisdesenvolvidas porque têm trabalho voluntário ou têmtrabalho voluntário porque são mais desenvolvidas?Nesse estudo, a Noruega, país escandinavo que tem omelhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), se-gundo a Organização das Nações Unidas (ONU), étambém o país com a mais alta taxa de voluntariado.De acordo com a pesquisa, 52% da população norue-guesa adulta realiza alguma atividade voluntária acada ano. Na América Latina, destacam-se a Argenti-na, com 8%, o Brasil, com 6% e o Peru, com 5%.

Nesse cenário, como instituição mobilizadora decapital social e articuladora de ações em rede, cabeà Parceiros Voluntários sintonizar-se com as demandascomunitárias, e fazer com que pessoas e instituiçõesatuem em sinergia. Para tanto, defende o conceito detrabalho voluntário como atividade que requer plane-jamento, organização, formação contínua e comuni-cação, e que envolve todos os setores da vida social.

Diante dessa realidade, a instituição vive o desa-fio permanente de manter uma forma de organizaçãoque possibilite abrir novos espaços de participação emnível local e regional.

Voluntária do Asilo Padre Cacique: laços de afeto

Capital Social e Articulação em Rede

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Malha de suporte social

Rio Grande do Sul Voluntário

Para desenvolver a cultura do trabalho voluntário efortalecer ações em rede no Rio Grande do Sul, estadocom mais de 10 milhões de habitantes e 496 municípios,a Parceiros Voluntários optou por um caminho estratégico:a aproximação inicial com entidades empresariais, sindi-catos ou instituições com capacidade de mobilização earticulação, como escolas e universidades comunitárias.Essas organizações contam com a participação de líde-res e empreendedores cuja legitimidade e capacidade deatuação são reconhecidas em nível local, o que lhes per-mite estar à frente dos processos de decisão, com o apoiode suas comunidades.

A experiência tem demonstrado que as parcerias ealianças estratégicas assim constituídas, a partir da sensi-bilização e articulação dos cidadãos e de suas organiza-ções, se tornam mais estáveis e duradouras quanto maisenvolvidos eles estiverem com a causa. Por isso, a Parcei-ros Voluntários disponibiliza seus recursos e experiênciapara a abertura de Unidades, em grande parte sediadasjunto a Associações Empresariais, Universidades e Esco-las, passando a realizar atividades conjuntas de mobi-lização, integração e comunicação, com o objetivo defacilitar o desenvolvimento de redes de voluntários emcada cidade parceira.

As Unidades que integram a Rede Parceiros Voluntári-os contam com o acompanhamento e apoio sistemáticode Coordenadores de Rede, que dão suporte ao traba-lho. São responsáveis por visitas de campo e reuniõesperiódicas nas cidades nas quais buscam promover ointercâmbio de informações e vivências. Os encontrosregionais e estaduais, assim como a tecnologia de co-municação via portal na Internet, são estratégias funda-mentais nesse processo. Compartilhar lições aprendidas,erros e acertos para fazer mais por sua comunidade éa razão de ser da Rede Parceiros Voluntários.

RegionalizaçãoComo estratégia para facilitar o processo de mobili-

zação e o acompanhamento dos resultados em cada co-munidade, a Rede Parceiros Voluntários leva em conta adivisão do Estado do Rio Grande do Sul em 11 regiões,que mantêm, entre si, características comuns em termosgeográficos, econômicos, sociais e culturais. O conjuntode ações promovidas pelas Unidades da Rede contribu-em, assim, para o fortalecimento do Programa de Estímu-

Região da Fronteira1 Alegrete2 Uruguaiana3 Rosário do Sul4 Santana do Livramento

Região Sul5 Bagé6 Dom Pedrito7 Pelotas8 Rio Grande

Região Metropolitana18 Alvorada19 Cachoeirinha20 Charqueadas21 Eldorado do Sul22 Gravataí23 Guaíba24 Porto Alegre25 Tapes26 Viamão

Região da Serra27 Antônio Prado28 Bento Gonçalves29 Caxias do Sul30 Farroupilha31 Garibaldi32 São Marcos33 Vacaria

Região do Vale do Sinos9 Canoas

10 Esteio11 Montenegro12 Novo Hamburgo13 Portão14 São Leopoldo15 São Sebastião do Caí16 Sapucaia do Sul17 Triunfo

lo ao Trabalho Voluntário, que engloba todos os pro-gramas da Organização.

O Encontro Estadual da Rede Parceiros Volun-tários tem a finalidade de alinhar as 73 Unida-des quanto aos conceitos de voluntariado or-ganizado e integrá-las a um único plane-jamento estratégico, o Programa de For-talecimento da Rede, que tem inúme-ras etapas e ações intermediárias.

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Região das Hortênsias34 Canela35 Gramado36 Nova Petrópolis37 Sapiranga38 a 44 Vale do Paranhana

(Taquara, Igrejinha, Nova Hartz,Parobé, Riozinho, Rolante e Três Coroas)

Região Central58 Cachoeira do Sul59 Santa Maria60 Santiago61 São Pedro do Sul62 São Sepé

Região Taquari/Rio Pardo63 Arroio do Meio64 Encruzilhada do Sul65 Espumoso66 Lajeado67 Rio Pardo68 Santa Cruz do Sul69 Teutônia70 Venâncio Aires

Região do Litoral71 Imbé72 Osório73 Torres

Região Noroeste49 Cerro Largo50 Frederico Westphalen51 Giruá52 Horizontina53 Santa Rosa54 Santo Ângelo55 São Borja56 São Luiz Gonzaga57 Tucunduva

Região da Produção45 Carazinho46 Cruz Alta47 Ijuí48 Panambi

Rede de Parceiros Voluntários

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O voluntariado não é apenas um ato individual. É tam-bém um ato social, que dá expressão a valores culturais,religiosos, éticos e políticos. A força do voluntariado é igual-mente hábil para trazer a atenção pública para problemassociais esquecidos. Assim, pode servir como consciênciasocial de uma comunidade. O voluntariado ajuda as pes-soas a reconhecerem suas próprias forças, a responsabili-zarem-se por suas vidas e a sentirem-se partícipes na buscade soluções. Nesse gesto constrói-se o Capital Social.

As pessoas não dispõem apenas de habilidades (capi-tal humano), dinheiro (capital financeiro), prédios e ma-quinários (capital físico), possuem, também, elos de soli-dariedade, fraternidade, cooperação, reciprocidade ede confiança, que estabelecem com outras pessoas. Cer-tamente são esses elos a chave para resolver os proble-mas de desenvolvimento humano que enfrentamos naépoca atual, pois proporcionam ao indivíduo uma visãoholística e sistêmica da realidade. Ele sente-se parte deum todo e trabalha para a integração e harmonizaçãodesse todo. Dá-lhe o verdadeiro sentido de ser cidadão.

O voluntariado oportuniza aumentar a nossa quali-dade de humanos, isto é, nos conhecermos melhor, ter-mos consciência de nossos próprios limites, desenvolver-mos valores, talentos e potencialidades, uma vez que sóse pode compartilhar aquilo que se tem. Proporciona,ainda, o sentimento de pertencimento a uma comunida-de e a participação em seu desenvolvimento.

Dentre as Crenças da Parceiros Voluntários estão a deque toda pessoa é solidária e um voluntário em poten-cial, e a de que o trabalho voluntário traz retorno tantopara a comunidade quanto para as pessoas que o rea-lizam. Assim, a Parceiros Voluntários acolhe os interes-sados e lhes oferece orientação e acompanhamento. Oprimeiro passo é a Reunião de Conscientização, na qualsão transmitidas informações e apresentados conceitossobre o que é ser voluntário. O passo seguinte é a En-trevista de Encaminhamento. Nesse momento, o volun-tário faz suas escolhas, referentes à área em que pre-tende atuar, o público que deseja atender, para queOSC quer ir e em que horários se disponibilizará. Apartir daí o voluntário passa a fazer parte do Movimen-to de Voluntariado Organizado no Rio Grande do Sul.

Programa Voluntário Pessoa Física

RSI - Responsabilidade Social IndividualTrabalhar os valores internos faz despertar na

pessoa o seu verdadeiro valor, o que a torna mais ativae socialmente transformadora do mundo ao seu redor.

(ONG Parceiros Voluntários)

Perfil do Voluntário

69,4% – Feminino30,6% – Masculino

Sexo

46,5% – Ensino Médio38,9% – Ensino Superior14,6% – Ensino Fundamental

Escolaridade

36,5% – até 18 anos14,6% – de 19 a 25 anos

Idade32,8% – de 26 a 50 anos16,1% – mais de 50 anos

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Periodicamente, para acompa-nhar e qualificar o trabalho dos volun-tários, a Parceiros Voluntários promoveatividades de capacitação e encontrosdo Partilhando Vivências, nos quais oespaço é aberto para que os voluntá-rios relatem suas experiências e apren-dizagens. Nesses encontros, é possí-vel ter uma amostra do impacto daação voluntária na ponta do proces-so, ou seja, nas organizações sociais

Partilhando Vivênciasem que ela se realiza. São históriascomoventes, que demonstram criativi-dade, dedicação e, sobretudo, vonta-de e capacidade de superar limites.

Uma voluntária declarou: “Estetipo de atividade é importante porquecompartilhamos também as nossas an-gústias e ansiedades, bem como reno-vamos energias para continuar possi-bilitando aos outros um pouco mais deconforto”.

Quando você abraça uma causa,toda a causa abraça você.“Faço o trabalho voluntário porquequero proteger a natureza e seique, se cada um de nós que tenhaalgumas oportunidades na vidapuder fazer algo pelos demais, todoscolaboramos um pouco, todoscrescemos juntos.”

Daniela Pinto Miranda,advogada

“O voluntariado vem de dentro,de pessoas que querem dar a suaparcela de contribuição para odesenvolvimento de suacomunidade, pessoas que dãoaquilo que sabem fazer de melhore propagam assim a semente dasolidariedade.”

Patrícia Brum Pacheco,Coordenadora da Unidade

Parceiros Voluntários emSapucaia do Sul

“Obrigada por vocês abrirem asportas desta casa para eu poder meexpressar com muito carinho,dedicação, solidariedade e amor.São nove anos de voluntariado noInstituto do Câncer Infantil, que meacolheu com muito carinho. Assimcomo eu, colegas voluntárias estãofazendo seu trabalho em prol dascrianças, que são mais que anjos.”

Ana Diehl, voluntária doInstituto do Câncer Infantil,

Porto Alegre

Voluntários relatam suas experiências e aprendizagens em reuniões periódicas

Encontro do Partilhando Vivências

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Programa Voluntário Pessoa Jurídica

O que é Responsabilidade SocialEmpresarial - RSE?

Muitas vezes, a RSE é também mencionada como ci-dadania corporativa, cidadania empresarial, empresa ci-dadã, entre outros termos. A Parceiros Voluntários adotao conceito de RSE como uma contribuição das empresaspara com o desenvolvimento sustentável, o qual foi defini-do pela ONU como “aquele que atende às necessidadespresentes sem comprometer a possibilidade das geraçõesfuturas satisfazerem suas próprias necessidades”.

Em meados do século XX, a Responsabilidade SocialEmpresarial começou a ser debatida nos Estados Unidospor especialistas em administração, como Peter Drucker, pas-sando a ser considerada como literatura empresarial. Em1970, o economista Milton Friedman (Prêmio Nobel da Eco-nomia – 1976) afirmou que “a única responsabilidade soci-al das empresas é gerar lucros para os seus acionistascontanto que obedeçam às regras do jogo e participem deuma competição aberta e livre”. Se interpretarmos “obede-çam às regras do jogo”, como “sigam a vontade do merca-do”, diríamos que as empresas estão seguindo o que omercado, o cliente quer. O mercado/cliente não olha maisapenas para o item “gerar lucros”. Ao fazer a avaliaçãode uma marca, o mercado/cliente quer, também, saber oquanto a empresa está interagindo com o público, a Comu-nidade. Portanto, o conceito de Friedman começou a per-der força à medida que as práticas de RSE foram avançan-do e se tornando importantes Estratégias de Gestão.

Sob a perspectiva de uma empresa, a RSE geral-mente envolve a busca de novas oportunidades, comouma maneira de responder às demandas ambientais,

sociais e econômicas. Muitas empresas já acreditam queesse foco possa propiciar uma vantagem competitiva maisclara e estimular a inovação empresarial.

Pesquisas recentes mostram que os colaboradorescada vez mais reconhecem o valor da ResponsabilidadeSocial Empresarial e o envolvimento da empresa com acomunidade. Está comprovado que o voluntariado em-presarial é um raro exemplo da situação ganha-ganha,através da qual o cidadão, governo, empresas, colabo-radores e comunidade saem ganhando.

Para romper com o paradigma de que a participaçãoda empresa na área social restringe-se apenas à sua contri-buição financeira ou material, a Parceiros Voluntários, porintermédio do Programa Voluntário Pessoa Jurídica,propõe um modelo de transferência do maior capital que asempresas possuem: a emoção, o tempo e o conhecimento deseus colaboradores. Assim, as empresas estarão trazendopara o Terceiro Setor, para os Projetos Sociais, a sua largaexperiência e conhecimento para o atingimento de Objeti-vos, visando a um melhor atendimento das pessoas benefici-adas pelas Organizações Sociais.

A grande maioria dos dirigentes das empresas já está seadaptando às novas regras de mercado, ou seja, já estãoincluindo em suas Estratégias de Gestão, a RSE - Responsabi-lidade Social Empresarial.

Alvin Toffler, futurólogo norte-americano, disse: “Os anal-fabetos deste século não são os que não sabem ler e escre-ver, mas os que não podem aprender, desaprender e tornara aprender”.

Sempre estou disposto aaprender, mas nem sempre

gosto que me ensinem.Winston Churchill

(1874-1965), estadista inglês

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Capacitações de ComitêsO paradigma apropriado para

responder às necessidades do séculoXXI é o da parceria e da política decolaboração, formas de atingir pro-gresso mútuo. Todos os nossos atos esonhos são pontes construídas para su-perar distâncias e nos reunirmos como mundo e com as pessoas. É a chavepara promovermos o desenvolvimentohumano que desejamos. Temos queunir Governo, Empresas e Organiza-ções Sociais de forma que, pelo apoiomútuo, encontrem maneiras de traba-lhar juntos para o bem público.

Criação de Comitês InternosPara empresas interessadas em

avançar na área da Responsabilida-de Social Empresarial e melhorar seudesempenho social, como parte desuas atividades, a Parceiros Voluntá-rios desenvolveu ações de formação,qualificação e ferramentas, com ên-fase na estratégia de constituição deComitês de Voluntariado Inter-no nas empresas. A proposta é reu-nir grupos de colaboradores, indica-dos pela diretoria ou escolhidos pe-los próprios colaboradores, dentro decritérios e perfis específicos, tais comoavaliação de liderança, capacida-de de obter sinergia multi-setorial eidentificação com causas sociais, en-tre outros.

Após a formação do Comitê, aParceiros Voluntários promove a ca-pacitação, apresentando conceitos emetodologia para que o Comitêpossa dar início à implantação e ope-racionalização dos programas emsua empresa. O Curso tem 16 horas/aula, sendo quatro módulos, sema-nais ou conforme combinação.

tempo; facilidade para lidar com aspessoas, ouvir e negociar; aptidãopara realizar planejamento – curtoe longo prazos; facilidade para pre-parar orçamentos; conviver comestresse e administrar prioridades.

Nos praticantes do voluntariado,atitudes tanto profissionais quantopessoais: compreender melhor os co-legas de trabalho e ter maior respei-to pela diversidade; nova forma deresolver conflitos; maior visão na horade assumir riscos; reconhecimento dosbenefícios oferecidos pela empresa;maior interesse pela comunidade eobrigações sociais; maior reconheci-mento pelas contribuições recebidas;auto-afirmação e auto-estima.

Capacitaçõesde Comitês em 2006

Reunião de Capacitação do Comitê Interno de Voluntariado da Gerdau S/A

Com base em pesquisas, resumiu-se algumas aptidões específicasque podem ser aprimoradas com oenvolvimento em ações sociais:

Comunicação – escrita e oral;maior habilidade para administrar o

Módulo IConceitual referenteà mobilização.

Atribuições, funções eoperacionalização.

Relacionamentose parcerias coma comunidade.

Indicadores e avaliação.

Módulo II

Módulo III

Módulo IV30

5.750

507

Horas/aula/aluno

Participantes

Comitês de empresascapacitados

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Afirmar que as instituições que atuam na área socialnecessitam aprender sobre Gestão não quer dizer queprecisem se tornar empresas, mas sim que possam se be-neficiar de conhecimentos e técnicas atualizados, utiliza-dos pelo setor privado. No panorama de desafios cres-centes na busca de soluções para as necessidades quese multiplicam exponencialmente, o desenvolvimento daGestão é o processo que visa ao aproveitamento dassuas potencialidades, para assim poderem melhor cum-prir o seu papel na comunidade. Busca-se, desta forma,uma abordagem de desenvolvimento visando ao atendi-mento do beneficiado interno, que tanto poderá ser cri-ança, jovem, idoso, como a comunidade em geral.

Não se privilegia apenas o enfoque de como buscarrecursos financeiros, ainda que este receba todo o cuidadoe boa utilização. Abordar a profissionalização das Orga-nizações Sociais dentro da perspectiva de desenvolvimentoda Gestão resulta em maior consciência sobre o que é maisadequado para as suas necessidades, visando atingimentode sua Visão, Missão e Objetivos, sendo assim um valiosocaminho para a sustentabilidade indispensável ao bom aten-dimento das demandas comunitárias.

É com esse enfoque que a Parceiros Voluntários, háalguns anos, em parceria com o SEBRAE/RS, vem minis-trando o Programa de Desenvolvimento do Ter-ceiro Setor. Com metodologia de oficinas vivenciais, oPrograma, de 88 horas/aula, capacita líderes e dirigen-tes das Organizações Sociais conveniadas para a ela-boração de planejamento estratégico, captação de re-cursos, implantação e gerenciamento de projetos, articu-lação de trabalho em rede, com os setores público e pri-vado. Ênfase especial é dada ao Fator Humano, à Co-municação e à Qualidade na Gestão do atendimento

Programa Organizações da Sociedade Civil

Idealismo com profissionalismoaos beneficiários internos. Com isso, os apoiadores e asparcerias destas Organizações Sociais têm seus recur-sos investidos otimizados.

O Programa de Desenvolvimento do TerceiroSetor é disponibilizado às Organizações Sociais e Es-colas Públicas. Todas as ações da ONG Parceiros Volun-tários têm integral gratuidade: sejam palestras, cursos,assessoria para as Organizações Sociais, encaminhamen-to de voluntários, gerenciamento do Banco de Dados doVoluntariado, bem como o fornecimento de material di-dático e de softwares de gestão e outros recursos de apoioà formação. Para isso, a ONG Parceiros Voluntários bus-ca junto aos seus Mantenedores, Patrocinadores e Apoi-adores a manutenção dos Programas.

47,5% – Creches, pré-escolas e cursos profissionais28,9% – Área de direitos humanos e desenvolvimento social11,6% – Entidades especializadas(portadores de necessidades especiais)7,9% – Área de saúde: câncer, drogas e DST/AIDS4,1% – Asilos (idosos)

Perfil das Organizações Sociais Conveniadas

Nº. de horas/ Nº. de Dirigentes OSCaula turmas capacitados atendidas

Capacitação de Dirigentes (CDOSC) 56 32 488 395

Capacitação em Projetos Sociais 16 43 437 371

Capacitação em Liderança 16 59 740 573

Soma 88 134 1.665 1.339

Programa de Desenvolvimento do Terceiro Setor

Atividade

Realizado

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Na união está a força, nosdiz um dos provérbios mais antigos.Para multiplicar as forças, e aumen-tar o impacto da ação individual, de-vemos estar coordenados, articula-dos. Também é necessidade do serhumano atender ao sentimento depertencer. Entra-se em redes para ex-pressar um sentimento de coopera-ção, colaboração, confiança, inter-câmbio de informação e aprendiza-gens, repassar e receber conhecimen-tos, experiências, capacitação.

Otimizam-se recursos, tanto hu-

Fortalecimento do Capital Social por meio de Redesmanos, quanto financeiros, mate-riais e de conhecimentos. Assim, asredes se consolidam como espaçosde construção de tecidos sociaisque buscam o bem coletivo. Vári-as Organizações, juntas, têm maisvisibilidade, credibilidade e forçareivindicativa.

As redes são um dos caminhospara o fomento do CAPITAL SOCIALde uma comunidade. Mais redes so-ciais, mais capacitação. Atuar emrede é uma atitude política, emboranão seja um engajamento com ideo-

logia político-partidária. São espaçospara superar problemas sociais e éuma contribuição do Terceiro Setor.

A Parceiros Voluntários tem comouma de suas diretrizes o fomento deRedes. Em todos os seus Programasestimula essa união em redes, visto serum ganha-ganha para todos os en-volvidos, mas especialmente para asnecessidades da comunidade. Estão,hoje, formadas 15 redes de Organi-zações Sociais em nosso Estado, ecada rede forma suas sub-redes. Sãoas redes dentro de redes.

Aniversário de um ano da Rede Nós em Ação, comemorado durantea ExpoBento Cidadã, em junho de 2006

Em Bento Gonçalves, a partir do exemplo de outrascidades e regiões do Estado mobilizadas pela ParceirosVoluntários, como Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Giruá,um grupo de instituições da comunidadeformou a “Rede Nós em Ação”.Lançada por 15 entidades, em ju-nho de 2005, durante aExpoBento Cidadã, a Rede hojeconta com 20 organizações da so-ciedade civil associadas, entre esco-las, hospitais, creches, clubes de mãese entidades que prestam atendimento naárea de saúde e assistência social.

A proposta da “Rede Nós em Ação” é qualificare fortalecer o trabalho das organizações para me-lhor atender às necessidades comunitárias. Para tan-to, estabeleceram um plano conjunto de ação, cria-ram uma logomarca para identificar o grupo, mar-car presença em eventos e facilitar as atividades decomunicação. Estabeleceram um calendário de en-contros mensais, nos quais os voluntários comparti-lham experiências, buscando identificar o diferencialde seu trabalho e as lições aprendidas no percurso.“O encontro é o momento em que as instituições seolham, compartilham e estreitam vínculos”, contaDaiane Predebon, coordenadora da Unidade Par-ceiros Voluntários de Bento Gonçalves.

Rede Nós em Ação

A parceria estabelecida com o Centro de Indústria,Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) temfacilitado à Rede o acesso a materiais, equipamentos e

infra-estrutura necessários para o desenvolvi-mento de suas atividades de capaci-

tação, além de oferecer descontosaos associados em cursos e pales-tras. Para 2007, a “Rede Nós emAção” definiu como objetivos,além do processo de capacitação,

a captação de recursos visando asua sustentabilidade. Uma das estraté-

gias é a venda de livros usados que, além desuprir uma lacuna existente na cidade, permitirá arre-cadar fundos para as próximas atividades.

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Programa Parceiros Jovens Voluntários

Missão de todosEm 1999, por iniciativa de quatro jovens de uma es-

cola particular, foi dado o início da participação jovemna Parceiros Voluntários. Essa lembrança comove atodos da equipe de colaboradores, pois foi a partir daatitude, no passado, desses jovens e de um professor que,em 2006, estiveram engajados em TRIBOS 72.000 crian-ças e jovens. Naquela época, o voluntariado voltado aosestudantes ainda se chamava “Programa deVoluntariado na Escola”.

Atenta às demandas dos jovens que registravam em

(...) Formar seres humanos para o presente,qualquer presente. Seres nos quais qualqueroutro ser humano possa confiar e respeitar,seres capazes de pensar tudo e de fazer oque é preciso como um ato responsável a

partir de sua consciência social.Humberto Maturana

Diante da crescente resposta da comunidadeescolar, foi percebida a necessidade de uma metodo-logia que pudesse contribuir para a efetividade dasações, através do desenvolvimento de uma propostaeducativa orientadora para a atuação com os jovens,que consolidasse uma cultura de participação social vo-luntária e solidária.

Em março de 2004, a Parceiros Voluntários procurou oNIUE/UFRGS (Núcleo de Integração UniversidadeEscola, da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul), visando a analisar os resulta-

suas avaliações o quanto gostavam do “estar junto”, em2003 a Parceiros Voluntários – revisando os seus proces-sos – propôs a eles uma nova forma de atuação, que logofoi aceita, pois o próprio nome expressava esse desejo.Assim, iniciou ”Tribos nas Trilhas da Cidadania”como a principal ação do Programa Parceiros JovensVoluntários. Da experiência de TRIBOS 2003 resultou apublicação do livro “Tribos nas Trilhas da Cidadania,Histórias e Guias para o Voluntariado Juvenil”.

O quadro abaixo mostra a superação de expectativas.

dos de TRIBOS 2003 e, a partir dessa análise, construirem conjunto uma metodologia para mobilização juvenil ecapacitação de educadores para essa atividade.

A execução do projeto “Jovens e ParticipaçãoSocial Voluntária”, de março 2004 até junho 2006, bus-cava a estruturação do Programa Parceiros Jovens Voluntá-rios, que tem como objetivo principal “estimular que o jo-vem atue no seu contexto social, visando à sua formaçãocomo agente mobilizador e articulador frente a desafioscotidianos, e sua integração à comunidade com base nasolidariedade e na Responsabilidade Social Individual”.

Municípios 33 46 55 61

Escolas 79 164 205 241

Tribos 74 110 161 238

Ações 300 440 640 950

Jovens 18.419 32.280 51.230 72.000

2003 2004 2005 2006Tribos nas Trilhas da Cidadania

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Com base nesse objetivo, o NIUE/UFRGS assumiu a responsabilidadepela Construção da Metodologia:

– Pesquisa Qualitativa e Quan-ti tativa, de março/2004 amarço/2005;

– Proposta Educativa, de marçoa maio/2005;

– Curso de Formação, de junhoa novembro/2005;

– Guia de Ações, de novembro/2005 a junho/2006.

A partir de 2007, as ações su-geridas pelo GUIA DE AÇÕES co-meçarão a ser praticadas. Os trêsâmbitos de atuação – socialização,subjetividade e saber – revelados naPesquisa, estão intimamente ligadose presentes nas diferentes estratégi-as elaboradas no GUIA, já que anoção de sujeito não se sustenta sema de cidadão, e destes com a refle-xão e a produção de saberes a par-tir das experiências vividas. Em sín-tese, os jovens apresentam potenci-

al de transformação a partir do quevivenciam e aprendem, assumemcondições de participação na vidasocial, dirigem o olhar sobre si mes-mos, seu lugar no mundo e sua re-lação crítica a respeito de seu fa-zer, fortalecendo projetos de futuroque poderão assegurar um mundomelhor para todos.

O GUIA poderá ser utilizado emsituações de educação formal ou nãoformal e propõe uma abordagemtransversal de conteúdos de forma-ção da cidadania, privilegiando com-petências de convivência, responsa-bilidade social individual, liderança,criatividade, auto-estima, respeito,autoria e autonomia juvenil.

A Pesquisa e a Proposta Educa-tiva para a participação social soli-dária e voluntária de jovens condu-ziram a uma aposta incondicionalna importância dos jovens e de suaspráticas sociais no presente, uma vezque eles contribuem efetivamente

para a produção da sociedade quequeremos. Por esse motivo, o GUIADE AÇÕES também quer oportuni-zar o reconhecimento, por parte deeducadores, professores e institui-ções, da legitimidade das culturasjuvenis e dos jovens como interlocu-tores dotados de capacidade deação e autonomia; logo, de atua-ção positiva na sociedade, condi-ções imprescindíveis à educação eà construção de novas bases parao relacionamento social, fundadasna solidariedade, nos valores dapaz e do diálogo.

A Parceiros Voluntários e a co-munidade gaúcha são muito agra-decidas e reconhecem o grandeapoio que receberam das em-presas patrocinadoras, gestoque permitiu a realização da primei-ra etapa do projeto, de Construçãoda Metodologia, no período de mar-ço de 2004 a junho de 2006. Aelas, nosso muito obrigado!

Apoiadores

Ação direta com os beneficiários é qualificada em oficinas de capacitação

Patrocinadores do Programa Parceiros Jovens Voluntários

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Em 2006, TRIBOS NAS TRILHAS DACIDADANIA teve a inscrição de 241 escolas,

de 61 cidades. 72.000 estudantesengajaram-se nas ações.

TRIBOS NAS TRILHAS DA CIDADANIA é uma ação de

mobilização entre os jovens. Quando escolas, jovens, famí-lias e comunidade se unem, é mais fácil identificar asprincipais necessidades da cidade e desenvolver propos-tas que ajudem a solucioná-las. Todos passam a se sentirparte das ações e agentes de transformação social.

O que são TRIBOS? Um monte de gente reunidacom vontade de agir em sua comunidade.

O que são TRILHAS? Os caminhos que as tribos fa-zem para mudar o mundo: Educação pela Paz, Cultura,Meio Ambiente.

Por que CIDADANIA? Porque a Ação TRIBOS é pra-ticada pelo viés da CIDADANIA. Dever de Cidadão!

Tribos nas Trilhas da CidadaniaA ação TRIBOS tem seu passo-a-passo:

a) Escola se inscreve;

b) Alunos formam a TRIBO e escolhem um nomepara ela;

c) Alunos escolhem a TRILHA e planejam a ação quefarão nessa TRILHA;

d) Alunos formam o Fórum Tribal em seu município;

e) Alunos formam o Fórum Tribal Regional;

f) Após a realização dos Fóruns, é feita a Avaliaçãodas ações do ano e a Celebração.

Mais detalhes no site www.tribosparceiros.org.br.

A formatação desse site foi orientada pelos jovens quequeriam um espaço virtual para deixar suas mensa-gens. Para isso, criaram “de TRIBO para TRIBO”. Látambém está “Ensinantes e Aprendentes”. O site éinterativo e democrático: todos podem entrar e deixarregistradas suas opiniões.

Programa Parceiros Jovens Voluntários

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Oito Fóruns Regionais movi-mentaram a agenda do voluntariadojovem do Estado em 2006, com mo-bilização plena das cidades que oshospedaram. As Secretarias de Edu-cação, Meio Ambiente, Saúde, Turis-mo, Transporte e Segurança envolve-ram-se com os eventos, além do movi-mento de Escoteiros, empresas e co-munidade em geral. Realmente ficouexplicitada a força da juventude no

Fóruns Tribais RegionaisRio Grande do Sul e o quanto o JO-VEM é PRESENTE e não futuro!

Os Fóruns dão visibilidade aotrabalho realizado pelos jovens comoagentes de transformação em suascomunidades. Através do exemplo,eles contribuem para a ampliaçãodas ações e para a formação de re-des regionais de escolas. Nesses en-contros, as oficinas desempenhamum papel fundamental: criam opor-

No dia 25 de outubro, emTriunfo, os participantes da“Oficina Slogan”, facilitada pelosTribeiros, deram o tom do encon-tro criando o lema: “Abrindo asportas para a cidadania efechando as portas para aindiferença”. Já na fase depreparação, o evento envolveutodos os segmentos da comunida-de, com o apoio de sete secreta-rias municipais e a participaçãodos jovens. O Fórum de Triunforeuniu mais de 1.600 pessoas,vindas de 15 cidades. A educa-ção para a cidadania inspirou osdebates em grupos e os trabalhosrealizados nas oficinas.

Fórum Tribal da RegiãoMetropolitana e Vale do Sinos

tunidades de formação, capacitaçãoe compartilhamento de experiênciasentre os Tribeiros. Para eles, o Fórumé o momento máximo de celebração,é o fechamento de uma etapa parainício de outra. Prova disso é que,ao final de 2006, os jovens já come-çaram a apresentar suas sugestõese planejar a próxima edição de Tri-bos, com início programado paramarço de 2007.

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Fórum da Regiãodas HortênsiasAs oficinas de criação de charges e dereciclagem com revistas e garrafas PET foramos destaques desta ação realizada no dia 31de outubro, em Gramado. Estiveram presentescerca de 700 jovens de Gramado, Canela,Nova Petrópolis, Sapiranga e Taquara, quecompartilharam experiências, participaramdas capacitações e celebraram as açõesdesenvolvidas ao longo do ano.

O Teatro da Universidade de Caxias do Sul(UCS) foi o ponto de encontro dos 650 jovensparticipantes do Fórum Regional da Serra,representando a cidade anfitriã, Caxias do Sul,além de Bento Gonçalves, Antônio Prado,Farroupilha, São Marcos e Garibaldi. No dia10 de novembro, os voluntários das Tribos daregião relataram seus trabalhos, documentadoscom imagens. A Tribo Filhos e Filhinhos daTerra, do Colégio La Salle Carmo, de Caxias,mostrou o projeto que se tornou destaque comu-nitário em preservação ambiental, com foco noproblema da poluição das águas. A apresenta-ção da peça “Adolescer”, do grupo Déjà-vu,completou a programação.

Fórum da Regiãoda Serra

Programa Parceiros Jovens Voluntários

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Fórum da Região CentralA cidade de Santa Maria recebeu cerca de 400jovens Tribeiros, no dia 21 de outubro, no Centro deFestas de Camobi. Vindos de Cachoeira do Sul,Santiago, São Pedro do Sul e São Sepé, elesmostraram, com muito orgulho, as atividades volun-

tárias que realizaram em 2006. A paz e tudo aquiloque o jovem pode fazer para conquistá-la foi umdos focos principais das apresentações do encontro,que se desenvolveu em um ambiente descontraídode celebração.

Em Lajeado, no dia 17 de outubro, mais de 500jovens tribeiros vindos dos municípios vizinhos deTeutônia, Encruzilhada do Sul, Santa Cruz do Sul,Herveiras e Sinimbu foram recepcionados e acompa-nhados por voluntários. As vivências nas três trilhas:cultura, meio ambiente e educação para a paz foramcompartilhadas e enriquecidas por conceitos eexemplos de solidariedade, empreendedorismo,cidadania e mobilização. Além das brincadeiras edinâmicas de grupo, os Tribeiros foram brindadoscom uma apresentação da banda CB4, de Estrela.

Fórum da RegiãoTaquari / Rio Pardo

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Fórum da Região SulCom muita alegria e arte, 250 jovens de Pelotas,Rio Grande, Aceguá, Bagé e Dom Pedrito manifes-taram suas idéias e relataram projetos de açãovoluntária no Fórum Regional realizado no Centrode Eventos de Pelotas, no dia 19 de outubro.Também os professores e coordenadores comparti-lharam experiências, em uma programação queincluiu apresentações de bandas escolares edinâmicas de grupos variadas. Nos rostos pinta-dos, os Tribeiros da Região Sul expressaram ossentimentos e emoções de quem sabe que podefazer diferença na construção do futuro.

Fórum da Região da FronteiraCerca de 120 jovens de Tribos das cidades deUruguaiana e Itaqui encontraram-se no ColégioSantana, em Uruguaiana, no dia 9 de dezembro,para o Fórum da Região da Fronteira. No mês emque é comemorado o Dia Internacional do Voluntá-rio, eles conversaram sobre a importância dovoluntariado organizado como fator de transforma-ção da realidade. O evento foi marcado por ativi-dades motivacionais, jogos cooperativos e lanchecoletivo compartilhado.

Onze cidades foram representadas por mais de 500jovens no Fórum Tribal Regional de Giruá, realizadono dia 25 de outubro, no Ginásio Elias Daffi.Apresentações de bandas locais, oficina de HipHop e Capoeira mobilizaram os jovens neste encon-

Fórum da Região Noroeste e Produçãotro. A região, representada pelos municípios de CruzAlta, Frederico Westphalen, Giruá, Horizontina,Ibirubá, Ijuí, Panambi, Passo Fundo, Quinze deNovembro, Santa Rosa e São Borja, teve a participa-ção de 44 Tribos.

Programa Parceiros Jovens Voluntários

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Seminário Internacional Pare Pense

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Desde 2002, a cada biênio, nos anos pares, a Parcei-ros Voluntários promove o Seminário Internacional ParePense, em parceria com o Consulado Geral dos EstadosUnidos em São Paulo. Como o próprio nome sugere, o eventoé um convite à reflexão sobre os rumos do desenvolvimentohumano na contemporaneidade, em abordagens multidis-ciplinares e multiculturais. Em 2006, a terceira edição doSeminário, realizada no dia 29 de maio, no Salão de Atosda Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS), em Porto Alegre, reuniu cerca de 1.500 pessoasentre universitários, empresários e comunidade em geral.

Com o tema “O futuro do ser humano é ser cadavez mais humano”, o 3º Pare Pense deu continuidadeaos debates dos anos anteriores sobre o compromisso coma dimensão humana da vida, a promoção do desenvolvi-mento social e a sustentabilidade planetária. Para exporsuas teses e propostas, foram convidados os especialistasRonald E. Fry, pesquisador norte-americano, criador da psi-cologia positiva na busca do desenvolvimento social e co-munitário; Humberto Maturana, cientista chileno, autor daconcepção filosófica da matriz biológica da existência hu-mana; Ximena Dávila Yañez, professora chilena especialis-ta em Relações Humanas e Familiares; e a professoraTerezinha Rios, Doutora em Educação e Mestre da PUC-SP.

A íntegra das palestras, em vídeo, encontra-se disponí-vel no site www.parceirosvoluntarios.org.br

Investigação Apreciativa: uma construção cooperativaCom base em mais de 25 anos de estudos e pesquisas

no Departamento de Comportamento Organizacional daCase Western Reserve University, em Cleveland/USA, o Pro-

Foco no ser humanoA habilidade coletiva para alinhamento de visões positivasdo futuro a partir de um profundo entendimento das forçasdo passado, mais do que nunca, está desencadeando uma

onda gigantesca de formas e atividades inovadoras deorganizar para transcender os desafios de hoje.

Ronald Fry

fessor Ronald Fry, Ph.D., transmitiu uma visão otimista quepropõe descoberta, compreensão e promoção de inovaçõesnos acordos e processos sociais. Ele enfatizou a possibilidadede desenvolvimento de capacidades a partir de competên-cias afirmativas: conhecimento, experiência e habilidades.

O Professor Ronald Fry trouxe a “Investigação Apreci-ativa: uma abordagem positiva para a construção da ca-pacidade cooperativa”, como uma forma inovadora paralocalizar, ressaltar e iluminar, de forma seletiva, as propri-edades daquilo “que dá vida” a qualquer organizaçãoou sistema humano. A Investigação Apreciativa não pre-coniza que organizar seja “um problema a ser resolvido”,mas sim uma “solução a ser abraçada”. Ronald Fry suge-re trabalhar-se com os 4Ds: (1) Discovery (descoberta);(2) Dream (sonho); (3) Design (elaboração) e (4) Destiny(destino). Assim estaremos realmente preparados para vi-ver no novo milênio sem limites para a cooperação.

Matriz biológica da existência humanaO Professor Humberto Maturana e a Professora Ximena

Dávila Yañes, do Instituto Matríztico, do Chile, abordaram otema “Arte e ciência do pensar ontológico constitutivo”, apre-sentando os conceitos centrais de matriz biológica da exis-tência humana, da biologia do conhecer e biologia do amar.

Para reflexão, deixaram as seguintes idéias: a) Nossoverdadeiro tema é o que queremos conservar no porvir donosso viver humano. O que se conserva define o que podemudar; b) Toda transformação cultural ocorre como uma mu-dança na configuração do emocional, que define o que seconserva e, para tanto, o que pode mudar. Toda mudançacultural é uma mudança no emocional; c) O que queremos é

Ronald Fry

Patrocinadores do Seminário Internacional Pare Pense:

Seminário Internacional Pare Pense

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Os indivíduos que integram uma comunidade sãoos únicos que podem ser conscientes e, portanto,

responsáveis por aquilo que ocorre no interiorde uma comunidade, ou pelas conseqüências

que o modo particular de ser da comunidade gerasobre o entorno biológico que a sustenta e a torna possível.

Humberto Maturana e Ximena Yañes

uma mudança cultural. Porém, se nãosoubermos que o que define uma cultu-ra é o emocional, que seus membrosgeralmente a conservam com seu viverao viverem nela, não poderemos fazê-lo; d) E não poderemos fazê-lo porquecolocamos nossa atenção naquilo quequeremos mudar, gerando oposição, enão naquilo que queremos conservar,gerando inspiração.

A conduta éticae o compromisso humano

A palestrante Terezinha Rios, Dou-tora em Educação e Mestre pela PUC/SP, trouxe para reflexão o tema dapresença da ética como elemento fun-damental nas ações e relações dos

Humberto Maturana e Ximena Yañes

Terezinha Rios

indivíduos e dos grupos, quando es-tes se propõem a construir a história ea cultura com um sentido libertador.Disse que o olhar crítico desvenda,aponta questões que podem nos in-comodar, nos desinstalar, exigindo mu-danças que não desejamos ou paraas quais muitas vezes não estamos pre-parados. Afirmou que agimos moral-mente, mas nem sempre realizamosuma reflexão ética. Nem sempre bus-camos verificar a consistência dos va-lores, os fundamentos das ações. E édisso que temos sentido falta na soci-edade contemporânea.

Terezinha Rios esclareceu a di-ferença entre os conceitos de mo-ral e ética. Enquanto a perguntada moral é “O que devemos fa-

Apoiadores:

zer?”, e a resposta nos é dada porregras, normas e leis, a perguntada ética é “Como queremos viver?”E sua resposta nos é dada pelaafirmação dos direitos de todos, daconstrução do bem comum.

Falamos em caminhar nadireção de um mundo mais

humano. Na verdade, não hámundo mais ou menos humano.Há o nosso mundo humano, o

mundo que nós fazemoshumano. A humanidade podeser reconhecida na ação de

cada ser humano.Tanto no gesto grandioso,generoso, quanto no atodegradante, aviltante. Ogrande desafio, então, é

construir o humano na medidados princípios éticos, construir

uma sociedade, um mundo emque a identidade e alteridade,

diferença e igualdade seestabeleçam e se afirmem a

cada momento.Terezinha Rios

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2006 Ocorrrerá em maio de 2007 mais um grande

momento de reconhecimento, valorização e homena-gens ao espírito voluntário existente no Rio Grande doSul. O pensamento filosófico que conduz o pro-cesso da Parceiros Voluntários é a valorização doSer Humano, por isso aqueles que foremindicados para o Prêmio estarão representando, dan-do visibilidade e divulgando o que milhares e milha-res de pessoas estão fazendo no seu dia-a-dia, commuita emoção. Pessoas muito importantes para os be-neficiados de suas ações e que, por isso, deveriam

O produto de uma organizaçãosem fins lucrativos

é um ser humano melhor.Peter Drucker

Prêmio Parceiros Voluntários

receber o Prêmio. Porém, a Parceiros Voluntáriossabe ser impossível abraçar a todos. Assim, utiliza oPrincípio da Democracia: TODOS são representadospor alguns!

O ato de Celebração da entrega do Prêmio será aculminância de todo um envolvimento das Coordenado-rias que compõem a Rede Parceiros Voluntários. Represen-ta muito investimento de tempo, energia, sensibilidade, emo-ção e conhecimentos no acompanhamento dos projetos eações de Voluntários e de Organizações Sociais. Repre-senta muito do espírito de abnegação, comprometimentoe persistência da Coordenadoria da Unidade para a es-colha e indicação daquelas ações que englobam todosos critérios e objetivos que levarão ao fortalecimento dacultura do voluntariado no nosso Estado.

Estamos aguardando, com muita ex-pectativa, a celebração desse momento!

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Encontros de Líderes do Voluntariado

A ONG Parceiros Voluntários acre-dita que as redes são fortalecidasquando existe:

a) Cooperação - capacidadede construir projetos comuns,com aceitação do outro e dadinâmica de interdependência;

b) Conexão - compartilhamen-to de valores e objetivos, emligação horizontal e interde-pendente;

c) Democracia - aceitação dalegitimidade do outro, valori-zação da sua opinião e doexercício sistemático da con-versação.

Mobilizar a sociedade é a princi-pal atribuição da Parceiros Voluntári-os, que dissemina ações de voluntari-ado em rede e se articula com outrasorganizações na busca de parcerias,visando união de forças para solu-cionar as necessidades sociais identi-ficadas pelas comunidades. Essa es-tratégia está baseada em uma dascrenças da Organização: “A práticado Princípio da Subsidiariedade é in-dispensável à autonomia das comu-nidades para o seu desenvolvimento”.

Assim, a Parceiros Voluntários di-vide o Estado do Rio Grande do Sulem onze regiões, onde são promovi-

Encontros de Líderes do Voluntariado

dos encontros regionais que dão sus-tentabilidade à mobilização social. AsUnidades da Rede Parceiros Voluntá-rios estão instaladas na sede das As-sociações Comerciais, Industriais, Ru-rais e de Serviços e outras entidadesrepresentativas, além das universida-des e das escolas, o que mostra a res-ponsabilidades em apoiar o trabalhovoluntário, engajar e desenvolver li-deranças sociais.

Em 2006, além do Encontro Esta-dual, foram realizados dois EncontrosRegionais de Lideranças doVoluntariado: o evento das RegiõesNoroeste e da Produção, em Santa

Rosa, no dia 5 de outubro; e o dasRegiões Vale do Sinos e Metropolita-na, em São Leopoldo, no dia 6 dedezembro.

Para alcançar o sonho de um RioGrande do Sul Voluntário, sãoprimordiais os Encontros Regio-nais de Lideranças do Volunta-riado, que têm como objetivo fortale-cer o relacionamento da Rede com seuslíderes. A ONG Parceiros Voluntáriosagradece a todos os participantes eparabeniza a comunidade gaúchapor contar com lideranças tão repre-sentativas e mobilizadoras para a RSI(Responsabilidade Social Individual).

Não podemos fecharos olhos para o que está

acontecendo. Eu mesmo souvoluntário na escola ao lado daminha empresa. A gente pode

fazer, todos podem fazer. Todospodem trabalhar em prol de um

bem que é o voluntariado.

Antonio Gremes Pereira, Presidente daACIS - Associação Comercial, Industrial

e de Serviços de São Leopoldo

Encontro Estadual de Lideranças do Voluntariado realizado em Porto Alegre

Líderes do Voluntariado das Regiões Vale do Sinos e Metropolitana no Encontro de São Leopoldo

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Comunicação e Relacionamento

Site: fonte de informação e referênciaCom o crescimento da Rede Parceiros Voluntários no Rio

Grande do Sul, o site www.parceirosvoluntarios.org.br ga-nhou importância ainda maior como ferramenta de integra-ção e interconectividade. Totalmente reformulado em 2006,passou a ter feições de um portal, com sistema de navega-ção aperfeiçoado e interface gráfica mais amigável e atra-ente, mantendo a identidade visual já associada às açõesdo voluntariado organizado gaúcho.

Todas as alterações foram feitas com o objetivo de tornarmais acessíveis as informações sobre as atividades da Parcei-ros Voluntários e seus Programas e, principalmente, sobre osvalores e conhecimentos que orientam o seu trabalho.

Um Glossário contendo os principais termos relacionadosaos conceitos e práticas do Terceiro Setor, de A a Z, pode serconsultado por palavra. Também os conteúdos das três ediçõesdo Seminário Internacional Pare Pense, com apresentações deespecialistas nacionais e internacionais sobre temas ligados aodesenvolvimento humano estão disponíveis para leitura, assimcomo perguntas mais freqüentes sobre voluntariado, notícias,artigos de referência e edições da Newsletter mensal.

Além do calendário de reuniões presenciais que congre-gam voluntários em cada região e em nível estadual, os parcei-ros agora contam também com um ponto de encontro virtual.Uma Agenda comum atualizada online fornece links para aprogramação em cada município participante da Rede Parcei-ros Voluntários.

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Jornal O Sul – Porto Alegre/RS

Os meios de comunicação, quan-do informam com ética e responsabili-dade, têm papel preponderante na re-dução das desigualdades e na forma-ção de nossa sociedade. Colaborampara o desenvolvimento da RSI (Res-ponsabilidade Social Individual)quando priorizam o ser humano, o seubem-estar e o seu desenvolvimento.

Todo Comunicador é um Educa-dor, e todo Educador é um Comuni-cador. Ao divulgarem as ações soci-ais, os profissionais de comunicaçãoestão se engajando nas boas causasdo voluntariado e, assim, contribuin-do para a inclusão social em nossacomunidade. Por essa atitude, a ONGParceiros Voluntários agradece, emnome da comunidade gaúcha, todoo apoio dispensado pelos veículos decomunicação. Obrigado!

Parceiros na mobilização

Você sonha com aquilo que poderia ser. Quando o melhor tiver sidodescoberto, a mente começa naturalmente a pesquisar, e vai além disso,começando a imaginar novas possibilidades. Sonhar significa pensar com

paixão sobre imagens positivas de um futuro que se deseja ou prefere.Ronald Fry

Jornal O Correio –Cachoeira do Sul/RS

Nova Època – Canela/RS

Correio de Gravataí – Gravataí /RS

Revista Amanhã – Porto Alegre/RS

Momento Regional – Cachoeirinha/RS

Zero Hora – Porto Alegre/RS

Revista Conexão Social –Porto Alegre/RS

Jornal do Comércio –Porto Alegre/RS

Diário Gaúcho – Porto Alegre/RS

Folha de S. Paulo – São Paulo/SP

Correio do Povo – Porto Alegre/RS

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Agenda do Voluntariado

Duas datas assinalam momentos importantes demobilização do voluntariado: 21 de maio, instituído em2001, por decreto estadual, no Rio Grande do Sul, comoo Dia da Solidariedade, e 5 de dezembro, o DiaInternacional do Voluntário, estabelecido pela ONUem 1985. Nessas datas, assim como nas celebraçõesda Semana da Pátria, nos tradicionais desfiles de 7 desetembro, os voluntários procuram chamar a atenção detodos para a causa, ajudando a convocar vontades pormeio do exemplo. São oportunidades preciosas pararenovar crenças e valores.

por guias turísticos voluntários. O Teatro Vanguardaencerrou a confraternização com arte e cultura.

Porto AlegreA Parceiros Voluntários engajou-se à Caminhada

pela Paz, promovida em parceria pela UNESCO,Governo do Estado do Rio Grande do Sul, PrefeituraMunicipal de Porto Alegre e Abic (Associação Brasilei-ra de Intercâmbio Cultural).

A Tribo Horizontes celebrou o Dia Internacional doVoluntariado com ação na Clínica Esperança, no MorroSantana, que abriga crianças portadoras do vírus HIV.A ação deu continuidade ao trabalho feito ao longodo ano, com atividades recreativas e confraternizaçãoentre os jovens tribeiros e as crianças.

Caxias do SulReunião-almoço destinada aos empresários da

região e à comunidade em geral foi organizada pelaUnidade Parceiros Voluntários na sede da Câmara deIndústria e Comércio. No encontro, o espanhol RafaelMoreno Pietro, ganhador do prêmio de melhor ação so-cial do ano 2000, concedido pela Câmara de Comér-cio da Espanha no Brasil, relatou sua experiência emfavelas do Rio de Janeiro e São Paulo. Na palestra “Em-presário como agente transformador do contexto soci-al”, transmitiu conceitos e informações sobre o exercícioda responsabilidade social.

Para estreitar vínculos, a Unidade Caxias do Sul pro-moveu também palestra do voluntário Daltro Monteiro,consultor na área de saúde no trabalho, relações huma-nas, motivacionais e de liderança sobre o tema“Voluntariado: Transformação Social e/ou Pessoal?”

AlegreteA Rádio Alegrete abriu espaço para a veiculação

de entrevistas de representantes de OSC e voluntáriospara divulgarem o trabalho desenvolvido.

Santa RosaOs voluntários saíram às ruas para distribuir folhe-

tos e compartilhar suas experiências com a comunida-de. A idéia partiu dos próprios voluntários, que acredi-tam que as pessoas devem participar de forma maisativa na vida das organizações sociais, renovando es-peranças para continuar na batalha do dia-a-dia.

Neste ano, a Rede Parceiros Voluntários liderouiniciativas em todas as regiões do Estado, envolvendoempresas, órgãos públicos e a sociedade civil organi-zada, com o apoio decisivo dos veículos de comunica-ção. A seguir, apresentamos alguns exemplos de açõesdesenvolvidas para celebrar o Dia Internacional doVoluntário, que se desenvolveram no período de 27de novembro a 13 de dezembro em diversas cidades.

Sapucaia do Sul e CanoasA Unidade Parceiros Voluntários reuniu cerca de

200 voluntários no Parque Zoológico de Sapucaia doSul para reconhecer e valorizar o trabalho realizadopor centenas de pessoas solidárias em ambas as co-munidades. Além de apresentar suas ações, os volun-tários participaram de uma gincana promovida peloSESI Sapucaia e visitaram o parque acompanhados

Semana da Pátria:Tribos desfilamem Viamão (ao lado) eCharqueadas (abaixo)

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Nossa Equipe

Equipe ParceirosVoluntários

Quem somos

Crenças compartilhadas, amor pela causa, atitude deserviço e de aprendizagem permanente, além da capaci-dade de realizar trabalho em equipe, são algumas dascaracterísticas que fazem dos colaboradores diretos daONG Parceiros Voluntários um time unido.

Essa sinergia é fundamental para o desenvolvimentoda cultura do trabalho voluntário organizado. E é justamen-te ao profissionalismo de sua equipe que a Parceiros Vo-luntários atribui o êxito alcançado até agora.

A Organização reconhece e agradece, emociona-da, a todos por sua decisiva contribuição!

Maria Elena Pereira JohannpeterPresidente-Executiva (voluntária)

Geraldo ToffanelloVice-Presidente (voluntário)

Hermes GazzolaVice-Presidente (voluntário)

Alexandre Kieling (voluntário)

Equipe TécnicaErnani Rosa GualtieriGerente-geral

Cláudia Remião FranciosiGerente

José Alfredo A. NahasGerente

Alesandra Duarte Mattos

Alessandra Touguinha Hruby

Ana Virginia Antunez Benavides

Angelo Corrêa Marques

Antonio Tadeu Stoduto

Carine Antonello Sabka

Cleci Marchioro

Debora Pires

Fabiano Rei Feijó

Giovane Martins

Ilone Jane Rivas de Alvez

Ivete Comparin

Jacqueline Palma

João Paulo Rodrigues Ferreira

Luiza Simon

Márcia Denise Fernandez Caminha

Maria da Graça Testa da Rosa

Paulo Afonso Belegante

Rejane Merlin

Rita Patussi

Taís Coppini Pereira

Estagiários e Voluntários

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Conselho Deliberativo

Composição do Conselho Deliberativo

Conselho DeliberativoO Conselho Deliberativo reuniu-se nos dias

13 de março e 9 de outubro de 2006, em Por-to Alegre. No encontro de março, foram apre-sentados o Relatório de Atividades, as De-monstrações Financeiras do exercício ante-rior e também o Planejamento para 2006.Na ocasião, foi votada a composição do Con-selho Deliberativo e da Diretoria Executivapara o próximo biênio. Em outubro, os Con-selheiros avaliaram os resultados das açõesplanejadas, tendo por base os Indicadoresdo BSC (Balanced Scorecard).

A ONG Parceiros Voluntários agradece aatitude de transferência de conhecimentos e ex-periência de seus Conselheiros, assim como aconfiança em unir a marca de suas empresasao movimento para o fortalecimento da culturado trabalho voluntário organizado, que tan-to benefício e desenvolvimento pessoal traráao povo do Rio Grande do Sul.

Humberto Luiz RugaPresidente do Conselho

Alexandrino de AlencarBRASKEM S/A

Pe. Aloysio Bohnen, S.J.Vice-Reitor Unisinos

Bolívar Baldisserotto MouraEMPRESA DE PETRÓLEO IPIRANGA S/A

Carlos Rivacci SperottoFARSUL- Federação da Agricultura do Estado do RS

Flávio SabbadiniFECOMÉRCIO - Federação do Comércio de Bens e Serviçosdo Estado do RS

Francisco Cirne LimaEmpresário

Jayme SirotskyRBS - Rede Brasil Sul

João Carlos SilveiroAdvogado

João PolanczykMédico

Jorge Gerdau JohannpeterGERDAU S/A

Jorge Luis LogemannGRUPO SLC

José Paulo Dornelles CairolliFEDERASUL - Federação das Associações Comerciaise de Serviços do RS

Luiz Fernando Cirne LimaCOPESUL S/A

Marco Antonio da SilvaTAM LINHAS AÉREAS S/A

Marcos SamahaWAL-MART BRASIL

Mari Helen Rech RodriguesMédica

Paulo TigreFIERGS - Federação das Indústrias do Estado do RS

Roberto PandolfoEmpresário

Silvio Pedro MachadoBANCO BRADESCO S/A

Wilson P. Ferreira JrRGE - Rio Grande Energia

Wrana Maria PanizziEx-Reitora UFRGS

Empresários Conselheiros

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In memoriam - Nossa homenagem especial a Tânia Carvalhal, grande apoiadora da Parceiros Voluntários.

Fundadores/Mantenedores/Parcerias

Projeto Editorial e Redação: ONG Parceiros Voluntários e Laser Press Comunicação – Coodenação da Produção:Sylvia Bojunga – Projeto Gráfico e Editoração: L3 Design Editorial – Revisão: Ademar Vargas de Freitas – Fotografias:Arquivo da Rede Parceiros Voluntários – Foto da capa: Leonid Streliaev – Tiragem: 10.000 exemplares

Parcerias Voluntárias 2006

• Alexandre Chedid• Aracruz Celulose S/A Unidade Guaíba• Banda Karro Forte• BAND/RS• Câmara do Livro• Casa de Cultura Mário Quintana• Conectt Marketing Interativo• Consulado-Geral dos Estados Unidos da América• Corsan• Cristiano Ribeiro• Departamento Municipal de Água e Esgotos• Fundação Irmão José Otão• Generoso Mrack• Grêmio Náutico União• Intermédio Leitor Ltda Assessoria de Imprensa e Clipping• Izmália e Banda• In Design – Identidade Arquitetônica e Visual• Jardim Botânico de Porto Alegre/Fundação Zoobotânica do RS

• José Luis Brum Carrasco• Juliano Venturella Korff• Microsoft Porto Alegre• Paim Comunicação• Patrícia Bündchen - Site Oficial Gisele Bündchen• PUCRS• Puras do Brasil S/A• Ricardo Azeredo - BAND/RS• Ritter Hotéis• Rossi & Rossi Advogados Associados• Santander Cultural• Sheraton Hotel• Simone Rasslan• Spot Auditoria e Pesquisa de Mídia• Symnetics Business Transformation• Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Salão de Atos• Vera Armando• Virtus Jornalismo e Comunicação

Fundadores/Mantenedores

Apoiadores

Produção do Relatório de Atividades 2006

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Chancelas

Apoio a este relatório

Para o fortalecimento da cultura do voluntariadoe para o aprendizado de nossa Organização,gostaríamos de conhecer sua opinião a respeitodo nosso trabalho. Comunique-se conosco.

Largo Visconde do Cairu, 17 – 8º andar

CEP 90030-110 – Porto Alegre – RS – Brasil

Telefone: (51) 2101-9797

Fax: (51) 2101-9776

e-mail: [email protected]

www.parceirosvoluntarios.org.br

Associada ao Departamento de Informações Públicas/Seção de OrganizaçõesNão-Governamentais (DPI/NGO) das Nações Unidas (ONU)

CertificaçõesConselho Municipal de Assistência Social - 296/05-R

Utilidade Pública Municipal - Lei nº 8750/2001

Utilidade Pública Estadual – 002085

Utilidade Pública Federal - Portaria nº 306/01

Entidade Beneficente de Assistência Social - RCEAS 1094/2006

Registro da marcaRegistro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI

As doações são recebidas somente por depósitoidentificado no Banco Bradesco S.A.C.C: 0525050-1 / Ag. 0268-2

Doação do papel Impressão voluntária Distribuição voluntária