relatório potencial elétrico e campo elétrico

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Universidade Federal de Uberlândia UFU Faculdade de Engenharia Mecânica Graduação em Engenharia Aeronáutica Física Experimental II Prof. Dr. Ademir Cavalheiro Uberlândia, 08 de maio de 2015 POTENCIAL ELÉTRICO E CAMPO ELÉTRICO Gino Lavagnino 11411EAR034 Luis Henrique Rodrigues da Silva 11411EAR005 Matheus Araújo Caixeta 11411EAR007 Rômulo Silva Anastácio 11321EAR001

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Relatório da disciplina de Física Experimental II

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  • Universidade Federal de Uberlndia UFU

    Faculdade de Engenharia Mecnica

    Graduao em Engenharia Aeronutica

    Fsica Experimental II Prof. Dr. Ademir Cavalheiro

    Uberlndia, 08 de maio de 2015

    POTENCIAL ELTRICO E CAMPO ELTRICO

    Gino Lavagnino 11411EAR034

    Luis Henrique Rodrigues da Silva 11411EAR005

    Matheus Arajo Caixeta 11411EAR007

    Rmulo Anastcio Silva X-MATRCULA-X

    Gino Lavagnino 11411EAR034

    Luis Henrique Rodrigues da Silva 11411EAR005

    Matheus Arajo Caixeta 11411EAR007

    Rmulo Silva Anastcio 11321EAR001

  • 1. INTRODUO

    Dentro do contexto do laboratrio de eletromagnetismo trabalha-se

    constantemente com corpos eletrizados, isto , carregados positivamente ou

    negativamente. Corpos dotados de carga eltrica possuem a capacidade de se

    atrarem ou se repulsarem de acordo com a situao em que esto inseridos. Como

    enunciou Charles Du Fay pela primeira vez em 1937, corpos carregados com cargas

    de sinais equivalentes repelem-se e, em contrapartida, corpos carregados com

    cargas de sinais contrrios atraem-se.

    O motivo dessa fora de interao que as cargas eltricas exercem umas nas

    outras, ora atraindo-se, ora repelindo-se, est intimamente relacionado com o campo

    eltrico que essas cargas geram ao seu redor. Para detectar a presena de um

    campo eltrico gerado por uma determinada carga eltrica, basta colocar prximo

    regio uma outra carga q0, chamada carga de prova, e observ-la movimentar-se em

    decorrncia desse campo. Alm disso, a intensidade do campo eltrico

    quantificvel, e o seu mdulo E dado pela razo entre a fora eletrosttica F no

    ponto P pela carga de prova q0.

    Isto ,

    E =

    0 (I)

    Como a fora eletrosttica F dada em Newton (N) e a carga de prova q0 em

    Coulomb (C), segue da equao (I) que a intensidade do campo eltrico dado em

    Newton por Coulumb (N/C) de acordo com o S.I. O campo eltrico comumente

    representado pelas linhas de campo, que so traos-curvas que partem das cargas

    positivas indo em direo s negativas, sendo mais concentradas na regio prxima

    s cargas.

    Outro conceito de suma importncia relacionado diretamente definio de

    campo eltrico a diferena de potencial eltrico (d.d.p.). Essa, por sua vez, pode

    ser entendida como o negativo do trabalho realizado pelo campo e pode ser escrita

    como:

    Vf - Vi =

    (II)

    Para um campo uniforme:

    Vf - Vi = d (III)

    A unidade da grandeza representada em (II) e em (III) Joule por Coulomb

    (J/C) que, no S.I., equivale ao Volt (V).

  • Existem determinados pontos no espao em que a diferena de potencial

    (d.d.p) a mesma, e traando curvas ligando todos esses pontos chega-se a uma

    superfcie conhecida como superfcie equipotencial. As linhas dessa superfcie

    sempre formam um ngulo reto com relao ao campo eltrico e, portanto,

    conhecendo uma superfcie equipotencial possvel conhecer o campo eltrico

    daquela regio.

    2. OBJETIVOS

    Determinar as superfcies equipotenciais e as linhas de campo eltrico para

    diferentes configuraes de eletrodos.

    Definir como o campo eltrico se comporta em um conjunto de superfcies

    equipotenciais e qual a sua relao com o potencial eltrico.

    Obter as linhas de campo e o valor do prprio campo, a partir os dados

    experimentais.

    3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    Foram utilizados no experimento: multmetro digital, cuba de acrlico (com o

    fundo quadriculado) preenchida com gua mineral, um par de eletrodos em forma de

    barra, um par de eletrodos em forma de cilindro, fonte de alimentao ajustvel,

    cabos e pontas de provas para ligao da fonte cuba e ao multmetro.

    Fig. 3.1 Equipamentos e acessrios utilizados no experimento

    Utilizaram-se as seguintes configuraes de arranjos de eletrodos: cilindro-

    cilindro, cilindro-placa, placa-placa (figuras 3.2, 3.3 e 3.4), inseridas numa soluo

    eletroltica (gua mineral), fazendo o papel de condutora, com os eletrodos estando

    a uma distncia de 15 cm, 24 cm e 22 cm, respectivas a cada configurao, entre si.

    Com a fonte de alimentao ajustada em 10 V e o multmetro posicionado na

  • condio de voltmetro com a escala adequada, com o auxlio da ponta de prova do

    multmetro (simulando uma carga de prova), determinou-se a diferena de potencial

    eltrico entre um eletrodo e um ponto qualquer na superfcie do fundo da cuba. Assim

    foi-se variando aleatoriamente a posio da ponta de prova at achar pontos onde a

    diferena de potencial fosse a desejada, de um eletrodo at o outro. Aps cada

    medida, utilizou-se uma folha milimetrada para marcar os pontos encontrados nas

    superfcies, obtendo uma sequencia em busca de encontrar superfcies

    equipotenciais para cada configurao (folhas em anexo).

    Fig. 3.2 Primeiro arranjo de eletrodos utilizados com distncia de 15 cm.

    Fig. 3.3 Segunda configurao de eletrodos com distncia de 24 cm.

  • Fig. 3.4 Terceiro e ltimo arranjo de eletrodos utilizados com distncia de 22 cm

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    As coordenadas dos pontos encontrados experimentalmente para cada

    potencial escolhido e para cada configurao de eletrodos so mostradas nas

    tabelas a seguir (a origem dos eixos x e y varia em cada caso, como mostra as figuras

    4.1, 4.2 e 4.3):

    Tabela 1 - Coordenadas dos pontos das superfcies equipotenciais para a configurao cilindro-cilindro.

    (1,00 0,01) V (3,00 0,01) V (5,00 0,01) V (6,00 0,01) V

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    5,50 6,50 10,50 4,50 16,00 1,50 18,70 5,00

    6,50 7,50 11,50 7,50 15,50 5,50 17,50 6,50

    6,60 8,50 11,60 10,00 15,50 8,00 17,50 9,50

    5,50 9,50 9,50 15,50 16,00 14,50 18,50 10,50

  • Tabela 2 - Coordenadas dos pontos das superfcies equipotenciais para a configurao cilindro-placa.

    (1,00 0,01) V (4,00 0,01) V (6,00 0,01) V (7,00 0,01) V

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    2,50 6,50 10,00 3,50 17,50 1,50 21,00 2,50

    2,60 7,50 10,50 7,50 17,90 4,00 22,00 6,50

    2,60 8,50 10,50 9,50 18,00 8,50 22,00 9,50

    2,50 9,50 9,70 12,50 19,00 14,50 21,50 13,50

    Tabela 3 - Coordenadas dos pontos das superfcies equipotenciais para a configurao placa-placa.

    (1,00 0,01) V (3,00 0,01) V (6,00 0,01) V (7,00 0,01) V

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    X 0,05

    (cm)

    Y 0,05

    (cm)

    6,20 4,50 11,30 2,50 18,80 4,00 21,00 3,50

    6,20 5,50 11,50 8,50 18,50 6,50 20,90 6,00

    6,20 8,00 11,50 11,50 18,50 8,50 21,00 8,50

    6,00 12,50 11,50 12,50 18,70 11,00 21,00 16,50

    Nas configuraes de eletrodos cilindro-cilindro e cilindro-placa, cujos pontos

    das superfcies equipotenciais tm suas coordenadas relacionadas nas tabelas 1 e

    2, respectivamente, e cujos respectivos esboos se encontram nos anexos 1 e 2,

    observamos que devido ao fato de o campo eltrico no ser uniforme em ambas as

    configuraes, no possvel analisa-lo matematicamente neste relatrio, j que

    para a utilizao da equao (III) necessrio que o campo eltrico E seja uniforme.

    J para a configurao placa-placa temos que devido ao posicionamento

    paralelo dos eletrodos e ao arranjo fsico dos mesmos, pressupe-se que o campo

    eltrico encontrado entre eles seja uniforme. Sendo assim, podemos utilizar a

    equao (III) para encontrar o campo eltrico. No anexo 3, foram traadas superfcies

    equipotenciais aproximadas e, perpendicularmente a estas, seis linhas de campo

    ligando os eletrodos, como solicitado no roteiro do experimento. Tomando uma

    dessas linhas e a placa positiva como referncia, temos as seguintes distncias da

    placa at as superfcies equipotenciais:

  • Tabela 4 - Distncia entre a placa positiva e as superfcies equipotenciais

    Superfcie V (V) Distncia (cm)

    Superfcie eq. 1 1,00 0,01 4,20 0,05

    Superfcie eq. 2 3,00 0,01 9,40 0,05

    Superfcie eq. 3 6,00 0,01 16,50 0,05

    Superfcie eq. 4 7,00 0,01 19,00 0,05

    Comparando a equao (III) com uma do tipo y=ax+b, tem-se que o campo

    eltrico total E pode ser encontrado a partir do coeficiente angular de um grfico

    dxV (fig. 4.1). Logo, temos:

    E=(V)/d

    E=(2,5V - 1,0V)/(8,00x10-2m 4,20x10-2m)

    E=39,47 V/m.

    Como pode ser observado no grfico, a reta aproximada no cruza a origem

    como o esperado. Isso se deve ao fato de que, devido oxidao dos eletrodos, h

    um acmulo de cargas neles. Por essa razo, os potenciais neles encontrados no

    so, efetivamente, 0V e 10V, o que gera a divergncia de valores.

  • 5. CONCLUSO

    O experimento possibilitou a visualizao de diferentes campos eltricos e

    superfcies equipotenciais. Nas trs configuraes de eletrodos utilizadas, as linhas

    de campo e superfcies equipotenciais se aproximaram da disposio esperada para

    cada caso, levando em conta o formato dos eletrodos e a distncia entre eles.

    Especificamente, percebemos no arranjo placa-placa, a tendncia uniformidade do

    campo eltrico, j que suas linhas de campo encontradas foram bem prximas

    linhas completamente perpendiculares em relao s placas e s superfcies

    equipotenciais. A leve distoro encontrada nas linhas de campo neste caso pode

    ser explicada pelo formato das placas, fazendo com que suas extremidades no

    ficassem em paralelo como o desejado.

    J a diferena entre o valor do campo eltrico encontrado entre as duas placas

    pelo mtodo grfico e o valor esperado pela aplicao direta da equao (III), deve-

    se oxidao dos eletrodos, praticamente intrnseca ao experimento. Em funo da

    oxidao, h um acmulo de cargas nos eletrodos e, por isso, os potenciais neles

    encontrados no so, realmente, 0V e 10V, gerando discrepncia nos valores.

    Tambm preciso levar em conta, a instabilidade da posio da ponta de prova nas

    medidas (devido ao fator humano) e a um possvel descalibramento do multmetro

    digital utilizado. Porm, mesmo com estes erros, notvel a proximidade entre os

    valores encontrados e os desejados, fazendo com que o experimento tenha sido

    realizado com xito e os objetivos alcanados.

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J., Fundamentos de fsica, 7 ed., V.3, Rio

    de Janeiro: LTC, 2009.

    CHAVES, Alaor. Fsica: eletromagnetismo. 1 ed, V.2. Rio de Janeiro: Reichmann &

    Afonso Editores, 2001.