relatÓrio mensal câmbio - mercadosagricolas.com.br · a divisa do bloco econômico perdeu força...

Câmbio por Vitor Andrioli [email protected]

INTELIGÊNCIA DE MERCADO

RELATÓRIO MENSAL ▪ OUTUBRO/2017

RELATÓRIO MENSAL DE CÂMBIO brazil.commoditynetwork.com 2

Panorama geral

O mês de outubro nos Estados Unidos foi marcado pela aprovação da proposta de orçamento para o ano fiscal de 2018, queconferiu suporte à divisa norte-americana ao abrir espaço para a aprovação da reforma tributária proposta pelo governoTrump. O otimismo em relação ao corte de impostos impulsionou o os ativos e as bolsas do país.

As atenções dos investidores se voltaram à reforma tributária proposta pelo governo Trump, dando suporte ao dólareenfraquecendo as cotações de moedas emergentes. No mercado de commodities, com a expectativa de corte de produçãonos países da OPEP, o petróleo apresentou seus maiores níveis em dois anos.

Mercados Financeiros

O mês foi marcado pela votação das denúncias contra Michel Temer, que acabou arquivada com sinalização de apoio daCâmara ao governo. Contudo, se fortaleceram as incertezas do mercado quanto à aprovação da reforma da Previdência.Ademais, o Copom anunciou novo corte na taxa básica de juros, reduzida à 7,5%, com sinal de nova diminuição em dezembro.

No terceiro trimestre, o PIB chinês avançou 6,8%, dentro das expectativas do mercado, puxado pelo crescimento de 6,6% daindústria e a expansão das vendas ao varejo de 10,3%. Por sua vez, apesar da economia aquecida, os preços aos consumidoreschineses desaceleraram 1,6%, enquanto os preços ao produtor avançaram acima do esperado, com variação positiva de 6,9%.

A divisa do bloco econômico perdeu força perante o dólar após a decisão de outubro do BCE e das declarações do presidenteda autoridade monetária, Mario Draghi. A opção do comitê por reduzir pela metade o programa de estímulos à economia daZona do Euro e estendê-lo por mais nove meses foi vista como uma medida dovish pelo mercado.

Mercados Financeiros


-8,4%

-6,1%

-4,8%

-4,3%

-2,4%

-1,5%

-0,9%

0,6%

1,1%

2,0%

2,0%

2,1%

3,9%

4,4%

5,7%

7,2%

8,5%

-12% -8% -4% 0% 4% 8% 12%

Yen japonês

Euro

Rand Sul-africano

Dólar Neozelandês

Real

Peso Mexicano

Franco Suíço

Dólar Australiano

Coroa Norueguesa

Dólar de Singapura

Won sul-coreano

Yuan Chinês

Dólar Canadense

Dólar Taiwanês

Coroa Dinamarquesa

Coroa Sueca

Libra esterlina

-5,0%

-4,9%

-4,2%

-3,4%

-3,3%

-3,0%

-2,8%

-2,6%

-2,3%

-1,4%

-1,0%

-0,9%

-0,4%

0,3%

0,5%

1,4%

2,2%

-8% -6% -4% -2% 0% 2% 4%

Dólar Neozelandês

Peso Mexicano

Rand Sul-africano

Real

Dólar Canadense

Franco Suíço

Coroa Sueca

Coroa Norueguesa

Dólar Australiano

Coroa Dinamarquesa

Yen japonês

Libra esterlina

Dólar de Singapura

Yuan Chinês

Dólar Taiwanês

Euro

Won sul-coreano

Dólar se fortalece em outubro ante emergentese exportadores de commodities

Evolução das principais moedas – (var. mensal %) Evolução das principais moedas – (var. 12 meses %)

O dólar se fortaleceu de maneira considerável diante de um grande número de moedas em outubro, especialmente ante as divisas deeconomias emergentes e exportadores de commodities. A desvalorização de 5% do dólar neozelandês foi destaque no período e refletiu ainsegurança dos investidores com o governo da primeira-ministra Jacinda Ardern, que assumiu o cargo no final do mês. Fo

nte:

Blo

ombe

rg.


Com postura hawkish do Fed, moeda americana tem maior variação mensal positiva desde 2016

A moeda norte-americana encerrou outubro em trajetória de alta, recuperando o patamar observado em julho deste ano e registrando amaior variação mensal positiva desde a eleição de Donald Trump em 2016. A iminência da indicação de um novo chair do Federal Reserve e atramitação do projeto de reforma tributária nos Estados Unidos conferiram suporte à divisa frente a uma cesta de outras moedas.

Font

e: T

hom

son

Reut

ers.


Revisão do NAFTA pressiona o peso mexicano, diante do risco de postura protecionista dos EUA

O peso mexicano foi destaque entre as moedas que mais recuaram no mês de outubro, tendo como pano de fundo os riscos da adoção de umapostura mais protecionista por parte Estados Unidos. Desde o início de 2017 o peso mexicano vinha se recuperando da desvalorização sofridaapós a vitória do presidente Donald Trump, mas a divisa voltou a se enfraquecer no último mês com a retomada das discussões em torno doNAFTA. México, Estados Unidos e Canadá voltaram à mesa de negociações e têm opiniões conflitantes em uma série de medidas que regulamo comércio entre as nações.

Font

e: T

hom

son

Reut

ers.


Bolsas americanas fecham outubro em forte alta, com expectativas para estímulo fiscal e techs

Font

e: T

hom

son

Reut

ers.

As perspectivas para a aprovação do projeto de reformas tributária nos Estados Unidos, que promete estimular a economia do país por meiode um corte bilionário nos valores arrecadados de famílias e empresas, manteve os índices acionários americanos em trajetória construtivaconsistente. O otimismo com a atividade econômica nos EUA contribuiu para que o Dow Jones acumulasse em outubro seu sétimo mêsconsecutivo em alta, enquanto o Nasdaq registrou o quarto mês seguido de ganhos auxiliado pelos resultados trimestrais favoráveis decompanhias de tecnologia como Facebook, Amazon, Apple, Alphabet e Microsoft.


Commodity Preço Var. anual Var. mensal

Petróleo WTI (US$/bar) 54,38 6,3% 4,7%

Petróleo Brent (US$/bar) 60,94 14,9% 7,7%

Gasolina (c/gal) 173,25 20,3% 9,7%

Óleo para calefação (US$/gal) 188,05 16,1% 4,1%

Óleo combustível (US$/t) 547,75 15,2% 2,6%

Gás Natural (US$/MI btu) 2,90 -12,7% -9,0%

Ouro (US$/oz) 1.271,45 -0,5% -0,6%

Prata (US$/oz) 16,72 -6,7% 0,4%

Alumínio (US$/t) 2.160,00 24,6% 2,8%

Cobre (US$/t) 6.839,00 40,9% 5,5%

Milho (c/bu) 345,75 -11,3% -2,7%

Trigo (c/bu) 418,50 -15,0% -6,6%

Soja (c/bu) 984,75 -1,1% 0,6%

Café (c/lb) 125,10 -28,6% -2,3%

Açúcar (c/lb) 14,74 -26,1% 4,5%

Algodão (c/lb) 68,34 -1,5% 0,8%

Cacau (US$/t) 2.089,00 -20,4% 2,7%

Farelo de soja (US$/t) 311,80 -1,0% -1,3%

Óleo de soja (US$/lb) 34,75 -2,3% 5,9%

Energia

Metais

Agricultura

Mesmo com dólar mais forte, complexo de petróleo avança e se destaca entre as commodities

O complexo petrolífero exibiu altas consideráveis pelo segundo mês consecutivo em outubro, obtendo suporte dos comentários de membrosda OPEP sobre a possibilidade de uma extensão do acordo de redução de oferta. A alta do período foi compensada pela normalização dasatividades de exploração no Golfo do México, interrompida em quase 90% durante a passagem do furacão Nate pela região.

Font

e: T

hom

son

Reut

ers e

Blo

ombe

rg.

Brasil


Combustíveis e passagens aéreas contribuem para aceleração do IPCA em outubro

Com os números de 2017 já bastante consolidados, as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos levantados peloBoletim Focus não mostraram variações significativas ao longo do mês de outubro. A última sondagem do mês revelou que os economistas deinstituições financeiras do país passaram a projetar inflação ligeiramente mais alta ao final do ano, em 3,06%, e estável para 2018, em 4,02%.Para o PIB, as projeções continuaram a registrar melhoras modestas, com a estimativa da mediana do mercado indicando um crescimento de0,73% da atividade econômica neste ano, mantendo constante a projeção de 2,50% de crescimento em 2018. Em vista da comunicação clarado Banco Central, as perspectivas para a taxa Selic ao final de 2017 se mantiveram em 7,0% para ambos os anos.

Font

e: B

anco

Cent

ral d

o Br

asil.


29/09/201731/08/201731/10/2017

6,50%

7,00%

7,50%

8,00%

8,50%

9,00%

9,50%

10,00%

10,50%

jan-

18

jun-

18

nov-

18

abr-

19

set-

19

fev-

20

jul-

20

dez-

20

mai

-21

out-

21

mar

-22

ago-

22

jan-

23

jun-

23

nov-

23

abr-

24

set-

24

fev-

25

jul-

25

dez-

25

mai

-26

out-

26

mar

-27

ago-

27

jan-

28

jun-

28

nov-

28

abr-

29

set-

29

Curva de juros futuros - DI

Ponta longa da curva futura de DIs acumula alta com pessimismo para a reforma da Previdência

Font

e: T

hom

son

Reut

ers.

A ponta curta da curva futura de DIs encerrou outubro sem mudança significativa, exibindo apenas ligeira queda em relação ao mês desetembro e consolidando as expectativas de continuidade de queda da Selic até o final de 2017. A principal mudança, no entanto, foiobservada na ponta longa da curva, refletindo a perda de apoio ao presidente revelada após a votação da segunda denúncia.


IGP-M desacelera em outubro, mas componente de preços ao consumidor avança

O nível geral de preços na economia, medido pelo IGP-M, variou0,20% em outubro, desacelerando frente aos 0,47% de setembro. Oacumulado de 2017 é de -1,91%, enquanto em 12 meses o índiceregistra -1,41%.

Os preços ao produtor (IPA), categoria componente do indicador,desaceleraram em outubro, passando de 0,74% no mês anterior para0,16%. As maiores influências positivas decorreram do grupo de bensintermediários, os quais avançaram 0,95%, com destaque à batata-inglesa (+47,16%) e ao milho em grão (+10,75%). Entre os preços aoconsumidor (IPC), que se aceleraram de uma baixa de 0,09% emsetembro para uma alta de 0,28% em outubro, as categorias commaior variação positiva foram alimentação, passando de -0,82% para0,18%, e tarifa de eletricidade residencial (+0,92%)

Font

e: IB

GE, F

GV e

Fipe

.


-4%-3%-2%-1%0%1%2%3%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

set/

13

dez/

13

mar

/14

jun/

14

set/

14

dez/

14

mar

/15

jun/

15

set/

15

dez/

15

mar

/16

jun/

16

set/

16

dez/

16

mar

/17

jun/

17

set/

17

Dívida bruta e resultado primário (% PIB)

Dívida bruta Resultado primário (eixo dir.)

(200)

(150)

(100)

(50)

-

50

100

150

set/

13

dez/

13

mar

/14

jun/

14

set/

14

dez/

14

mar

/15

jun/

15

set/

15

dez/

15

mar

/16

jun/

16

set/

16

dez/

16

mar

/17

jun/

17

set/

17

R$

bilh

ões

Resultado primário do setor público consolidado

Mensal 12 meses

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

set/

13

dez/

13

mar

/14

jun/

14

set/

14

dez/

14

mar

/15

jun/

15

set/

15

dez/

15

mar

/16

jun/

16

set/

16

dez/

16

mar

/17

jun/

17

set/

17

Déficit nominal (% PIB)

Governo registra déficit de R$ 21,2 bilhões em setembro, 20% abaixo do mesmo período em 2016

No mês de setembro, o resultado do setor público consolidadoapresentou déficit de R$ 21,2 bilhões, valor 20% menor frente aos R$26,643 bilhões do mesmo período de 2016. No acumulado de 2017, osaldo é deficitário em R$ 82,110 bilhões, com os estados, municípiose empresas estatais apresentando superávit. Em 12 meses, o déficitpassou de 2,44% do PIB em agosto para 2,35% em setembro,registrando queda de 0.09 p.p.

No resultado nominal, incluindo juros, o saldo foi deficitário em R$53,309 bilhões em setembro. O acumulado do ano é de R$ 385,236bilhões, e em 12 meses o resultado equivale à 8,75% do PIB. Osgastos com a conta de juros somaram R$ 32,049 bilhões no mês.

Font

e: B

anco

Cent

ral d

o Br

asil.


Caged registra criação de 76,6 mil vagas em outubro, melhor valor mensal em três anos

Font

e: C

aged

/MTE

e IB

GE.

Em outubro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou saldo positivo de 76.599 empregos, sétimo mês consecutivocom criação líquida de postos de trabalho. O resultado, puxado pela abertura de vagas no Comércio (37.321), Indústria (33.200) e Serviços(15.915), foi o melhor desde setembro de 2014. No acumulado de 12 meses, no entanto, ainda há um saldo negativo de 294,3 mil demissões.


Índices de confiança voltam a avançar em outubro, com forte otimismo dos empresários do comércio

Font

e: FG

V.

Responsável por boa parte do crescimento do segundo trimestre, e um dos setores com maior impacto na atividade econômica no últimotrimestre, o setor do comércio voltou a mostrar otimismo na última sondagem de confiança da FGV. Em outubro, o ICOM registrou alta de 3,3pontos, segunda alta mensal consecutiva, e atingiu 92,5 pontos—maior patamar do índice desde agosto de 2014 (92,7 pontos). A recuperaçãoreal dos salários e a redução rápida da taxa de juros têm favorecido as expectativas para o setor em 2017.


Balança comercial tem recorde para outubro, registrando superávit de US$ 5,2 bilhões

Font

e: M

DIC

/Sec

ex.

O saldo da balança comercial registrou superávit de US$ 5,199 bilhões em outubro, sendo o melhor valor para o mês desde o início da série dedados da Secex, em 1989. Entre os destaques da balança comercial é possível indicar o crescimento mensal de 59,9% nas exportações deminérios de ferro, de 89% de semimanufaturados de ferro e aço e 45,4% de farelo de soja. Para as importações, vale mencionar o terceirocrescimento mensal seguido para bens de capital, indicativo de ampliação nos gastos com investimentos.

A INTL é uma empresa pública, com base nos Estados Unidos, e listada na bolsa de valores NASDAQ (símbolo "INTL"). Ela é regulada pela SEC. A INTL FCSTONE (IFL) é registrada naInglaterra e no País de Gales sob o Número 5616586. Autorizada e Regulada pela Autoridade de Comportamento Financeiro (FCA) [FRN: 446717]. Para Pagamentos Globais, a INTLFCStone Inc. atua como Agente da INTL FCSTONE (IFL) em Nova York. A INTL Asia Pte Ltd. atua como Agente da IGL em Singapura. Todas as informações financeiras e registros sãopúblicos e podem ser consultados no site http://www.sec.gov da Comissão de Securities e Câmbio ou no site http://www.intlfcstone.com da INTL. Também oferecemos serviços decâmbio no Brasil, para maiores informações consulte o site dtvm.intlfcstone.com.br da INTL FCStone DTVM.

A INTL FCStone não é responsável por qualquer redistribuição deste material por terceiros, ou quaisquer decisões comerciais tomadas por pessoas a partir deste material. Asinformações e/ou fatos contidos neste documento foram obtidas de fontes que acreditamos ser de confiança, mas não há garantias quanto à sua exatidão ou integridade. Entre emcontato com os especialistas designados pela INTL FCStone para consultoria específica em negociações que atendam às suas preferências comerciais. Estes materiais representamas opiniões, os pontos de vista e as projeções do autor, salvo se indicado o contrário, e não necessariamente refletem os pontos de vista e estratégias de negociação empregadaspela INTL FCStone. Todas as previsões de condições de mercado são inerentemente subjetivas e especulativas, e resultados reais e previsões subsequentes podem variarsignificativamente em relação a essas previsões. Nenhuma garantia é feita de que essas previsões serão alcançadas, sejam expressas ou implícitas. Todos os exemplos sãofornecidos apenas para fins ilustrativos, e não significam a possibilidade de conseguir resultados similares àqueles dos exemplos.

A reprodução ou o uso das informações aqui dispostas, na íntegra ou em parte, seja em qualquer formato, sem autorização expressa é proibida. Todos os direitos reservados. Sevocê tiver quaisquer dúvidas ou comentários sobre a nossa Política de Privacidade, entre em contato conosco.

Aviso legal

FCStone do BrasilConsultoria em Futuros e Commodities

Av. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 Ala Oeste – Sala 203 – Jd. Madalena CEP: 13.091-611 Campinas-SP +55 19 2102 1300 www.intlfcstone.com.br/inteligencia

INTELIGÊNCIA DE MERCADO

http://www.sec.gov/

http://www.intlfcstone.com/

dtvm.intlfcstone.com.br

relatÓrio mensal câmbio - mercadosagricolas.com.br · a divisa do bloco econômico perdeu força...

Documents