relatorio flavonoide

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2 1 OBJETIVO Identificar a presença de glicosídeos flavonóides em drogas de origem vegetal.

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Page 1: Relatorio Flavonoide

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1 OBJETIVO

Identificar a presença de glicosídeos flavonóides em drogas de origem

vegetal.

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2 INTRODUÇÃO

Flavonóides são compostos de origem natural do grupo dos metabólitos

secundários abundantes no Reino Vegetal. Os flavonóides podem ser

considerados pigmentos naturais, desempenham um papel fundamental na

proteção do vegetal atuando na proteção contra agentes oxidantes (raios

ultravioletas, substâncias químicas presentes nos alimentos, poluição). São

representativos na dieta humana, mas não podem ser sintetizados em nosso

organismo, então são obtidos através de alimentos como frutas, legumes,

verduras e também no chá de ter ação medicinal1.

Os benefícios causados pela ingestão de frutas e outros vegetais se

deve a este composto. Ele auxilia na absorção de vitamina C, podem ter ação

anti-inflamatória, anti-alérgica, anti-hemorrágica, mas atribuímos sua ação mais

importante a de anti-oxidante. Devido a essa sua ação anti-oxidante muitas

indústrias e pesquisadores tem mostrando um imenso interesse nesses

compostos pois podem ter um papel de prevenção ao câncer e doenças

cardiovasculares1.

Na natureza encontramos cerca de 4 mil compostos flavonóides, sua

descrição ocorre a partir de sua estrutura química, mas principalmente é

descrito a partir do seu grau de oxidação presente no anel C. Apesar do nome

flavonóides ter origem do latim de flavus, que significa amarelo, geralmente são

incolores e as vezes podem variar do verde ao azul2.

Esses quatro mil compostos podem ser subdivida em classes:

Antocianina: sua coloração pode variar em azul, vermelho e violeta. São

predominantes em frutas e flores e são usados como corantes;

Flavonas: tem uma coloração amarelo pálido. São encontradas

principalmente em frutas cítricas, mas também podemos encontrá-los

em cereais, frutas, ervas e vegetais. São responsáveis pelo pigmento

amarelo das flores;

Flavonóis: possuem uma coloração também amarelo pálido. Estão

presentes em várias fontes, sendo mais comuns em frutas e vegetais;

Isoflavonóides: não possuem coloração. São encontrados apenas em

legumes, principalmente na soja. São conhecidos mais de 2000

flavonoides, sendo o maior grupo de compostos fenólicos naturais

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encontrados na natureza e, por isso, são usados como compostos

marcadores quimiossistemáticos. Seu nome deriva do termo em latim

flavus, que significa amarelo, embora a flavona pura seja incolor.

A camomila o qual foi a droga vegetal em que utilizamos para este

experimento, trata-se de uma planta herbácea anual pertencente a família

Compositae, caracterizada por apresentar uma pequena altura de 30cm

aproximadamente2.

A atividade terapêutica da camomila é determinada pelos princípios

ativos lipofilicos e pelos hidrofílicos. A atividade predominante do extrato

aquoso é espasmolitica, enquanto o estrato alcoólico apresenta uma atividade

antiflogística. O camazuleno possui reconhecida atividade antiinflamatória, que

é reforçada pela presença de matricina e alfa bisabolol3.

O alfa bisabolol possui propriedades antiflogísticas, antibacterianas,

antimicóticas e protetora de mucosas agindo assim contra úlcera. Os

flavonóides não são apenas adsorvidos pela superfície da pele após aplicação

cutânea, mas penetra nas camadas mais profundas da pele, o que é

importante para seu uso como antiflogístico. Sua atividade antiinflamatória da

camomila compreende uma interação entre flavonóides e componentes do óleo

essencial, principalmente de sua fração sesquiterpênica formada em sua maior

parte por alfa bisabolol3.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Equipamentos, Vidrarias e material utilizado

Suporte universal;

Béquer;

Proveta de 1ml e 50 ml;

Tubo de ensaio; pinça e bastão de vidro;

Papel filtro e algodão;

Bico de bunsen;

Funil e aparelho de fluorescência;

Camomila;

Ácido Clorídrico e fragmentos de magnésio metálico;

Solução hidroalcoólica, solução de cloreto férrico a 2%, solução de hidróxido de

sódio a 5% e cloreto de alumínio a 5%.

3.2 Procedimento experimental

3.2.1 Droga vegetal: Solução hidroalcoólica

Pesamos cerca de 2g da droga em pó;

Colocamos em um béquer e juntamos 30 ml de etanol a 70%;

Aquecemos até a ebulição;

Deixamos esfriar a solução;

Filtramos por algodão para outro béquer, e deixamos o resíduo no béquer;

Repetimos a extração com mais 20 ml de álcool 70 %;

Filtramos e juntamos os filtrados;

Dividimos o filtrado em 4 tubos de ensaio, um para o branco.

3.2.2 Reação de shinoda

Adicionamos dois fragmentos de magnésio metálico no tubo;

Mais 1 ml de ácido clorídrico concentrado pelas paredes do tubo;

Mais 3 ml da solução hidroalcoólica obtida;

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Deixamos o tubo na estante;

A reação aconteceu lentamente e verificamos o aparecimento da cor.

3.2.3 Reação com cloreto férrico

A 3 ml da solução hidroalcoólica obtida, adicionamos 2 gotas de solução de

cloreto férrico a 2%;

Deixamos o tubo na estante;

E verificamos o aparecimento da cor.

3.2.4 Reação com hidróxido de sódio

A 3 ml da solução hidroalcoólica adicionamos 2 gotas de solução hidróxido de

sódio a 5%;

Deixamos o tubo na estante;

E verificamos o aparecimento da cor.

3.25 Reação com cloreto de alumínio a 5%

Pingamos duas gotas da solução hidroalcoólica obtida separadamente em um

papel de filtro;

Adicionamos sobre uma das gotas, pingamos uma gota de cloreto de alumínio

5%;

Esperamos secar e verificamos a fluorescência sob luz UV;

E verificamos o aparecimento da cor.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Resultados

Tabela 1 – Resultados das cores

Reação de Shinoda Reação com cloreto

férrico

Reação com

hidróxido de sódio

Reação com cloreto

de alumínio 5%

Obteve uma cor

avermelhada

Obteve uma cor

verde escuro

Obteve uma cor

amarela

Foi verificado

fluorescência sob

luz UV

Fonte: Laboratorio – UNIP/SJC

4.2 Discussão

Não houve problemas quanto à realização do processo, com isso

obteve-se resultado satisfatório. A prescrição desses medicamentos, em sua

maioria, é realizada por nutricionistas, angiologistas e clínico geral.

Considerando que os fitoterápicos apresentam importância significativa

para a Nutrição, sendo possível, e amparado por legislação, sua prescrição, o

nutricionista deve aprimorar seus conhecimentos em fitoterapia, ampliando seu

domínio sobre a prescrição dos fitoterápicos.

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5 CONCLUSÃO

A hidrólise alcalina realizada no procedimento facilitou a identificação da

presença de flavonoides e glicosídeos nas amostras. A reação de Shinoda

apresentou como resultado uma coloração marrom claro indicando pesquisa

negativa de flavonoides e glicosídeos. Na reação com Cloreto Férrico (FeCl3) a

alteração da coloração resultou em preto indicando presença de flavonoides e

glicosídeos em grande quantidade.

A reação com Hidróxido de Sódio (NaOH) resultou na coloração

amarelada que indica presença de flavonoides e glicosídeos. A reação com

Cloreto de Alumínio (AlCl3) no papel filtro indicou presença de flavonoide pois

houve uma complexação dos flavonoides com o ferro emitindo fluorescência

com mudança de cor para verde amarelado.

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6 EXTRA

6.1 Explique a importância dos ensaios cromáticos na identificação

dos derivados flavônicos

Os ensaios cromáticos apresentam importância como estagio preliminar

de analise e, em alguns casos, podem ser empregadas as dosagens dos

respectivos derivados flavônicos. As cores obtidas variam conforme o núcleo, o

numero e a disposição dos substituintes hidroxilados. Dessa forma, os hidroxi-

flavonoides reagem a frio com soluções alcalinas, resultando em fenolatos

geralmente corados, solúveis em água, mas decomponíveis por ácidos,

vapores de amônia mudam a coloração das antocianinas de vermelho para

azul e de chalconas e auronas, de laranjas para vermelho.

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REFERÊNCIAS

1.COSTA, Aloísio F. Farmacognosia, vol. 2, 19

2.<http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio17/17_f.pdf> acesso dia 17/ago/2013.

3.<http://pt.wikipedia.org/wiki/Flavonoide> acesso dia 17/ago/2013.

4. ASOLINI, ET AL., Atividade antioxidante e antibacteriana dos compostos fenólicos dos extratos de plantas usadas como chás. Brazilian Journal of Food Technology, 9 (3), 209 - 215. 2006.

5. http://sbfgnosia.org.br/Ensino/flavonoides_e_antocianinos.html acesso dia 19/ago/2013.