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sabesp 1 PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO Municípios de Juquitiba, Ibiúna, Vargem Grande Paulista, Cotia, Jandira, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo RELATÓRIO FINAL Prof. Dr. Paulo Eduardo Zanettini Arqueólogo Coordenador Outubro de 2011 Permissão de Pesquisa: Portaria IPHAN/ DEPAM/ CNA nº 7, de 23/02/2011 Processo 01506.000131/2011-20, publicada no D.O.U. de 24/02/2011, Seção 1, p. 4-5

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PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO

Municípios de Juquitiba, Ibiúna, Vargem Grande Paulista,

Cotia, Jandira, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Santana de

Parnaíba, Estado de São Paulo

RELATÓRIO FINAL

Prof. Dr. Paulo Eduardo Zanettini

Arqueólogo Coordenador

Outubro de 2011

Permissão de Pesquisa: Portaria IPHAN/ DEPAM/ CNA nº 7, de 23/02/2011 Processo 01506.000131/2011-20, publicada no D.O.U. de 24/02/2011, Seção 1, p. 4-5

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PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO

Municípios de Juquitiba, Ibiúna, Vargem Grande Paulista, Cotia, Jandira, Barueri,

Carapicuíba, Itapevi e Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo

RELATÓRIO FINAL

EXECUÇÃO:

ZANETTINI ARQUEOLOGIA S/S LTDA.

Rua Estevão Lopes, 133, Butantã, São Paulo, SP, CEP 05.503-020

Fones/Fax: (11) 3034-1946 e 3034-1446

E-Mail: [email protected]

Responsabilidade Científica: Prof. Dr. Paulo Eduardo Zanettini

EMPREENDEDOR:

COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP

CNPJ: 43.776.517/0001-80

Departamento de Concepção e Modelagem de Empreendimentos – TEC

Endereço: Rua Nicolau Gagliardi, 313, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05.429-010

RESPONSÁVEL PELO LICENCIAMENTO:

ENCIBRA S/A. ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA

CNPJ 33.160.102/0001-23

Endereço: Av. das Nações Unidas, 13797, Bloco 3, 17º andar, Vila Gertrudes

São Paulo, SP, CEP 04.794-000

Contato: Eng. Eduardo Péricle Colzi, Coordenador do Projeto, CREA 600950124

Fone (11) 5501-1622

ENDOSSO INSTITUCIONAL:

Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara – MAPA

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PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA

SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO

Municípios de Juquitiba, Ibiúna, Vargem Grande Paulista, Cotia, Jandira, Barueri,

Carapicuíba, Itapevi e Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo

RELATÓRIO FINAL

EQUIPE ENVOLVIDA

Alvanir Oliveira (mergulhador comercial)

Ariane Couto Costa (logística)

Carlos Gustavo dos Santos Momberg (cientista social e técnico em arqueologia)

Fernando Paparelli (produção gráfica)

Gabriela Ribeiro Farias (arquiteta)

José Quintino da Silva Júnior (administrativo)

Juliano Meneghello (historiador e técnico em geoprocessamento)

Kena Chaves (geógrafa)

Louis Van Sluys (financeiro)

Luciana Bozzo Alves (oceanógrafa e técnica em arqueologia)

Paulo Eduardo Zanettini, Dr. (arqueólogo)

Paulo Fernando Bava de Camargo, Dr. (arqueólogo subaquático)

Rodrigo Angelosse (produção gráfica)

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5  2. DADOS DO EMPRENDIMENTO ................................................................................ 7  3. QUADRO FISIOGRÁFICO ........................................................................................ 12 

Bacia do Alto Tietê ................................................................................................... 14 Bacia do rio Cotia .................................................................................................... 15 Bacia do Ribeira de Iguape ..................................................................................... 16 Bacia do rio Juquiá .................................................................................................. 17 

4. QUADRO ARQUEOLÓGICO REGIONAL ................................................................ 18  5. QUADRO HISTÓRICO REGIONAL .......................................................................... 23 

São Paulo colonial .................................................................................................. 23 A expansão do povoamento ................................................................................... 24 D. Francisco de Sousa e o celeiro do Brasil ........................................................... 25 A mineração esquecida: séculos XIX e XX ............................................................ 27 O café e as ferrovias .............................................................................................. 30 Processo de metropolização: século XX ................................................................ 31 Expansão urbana: região oeste da RMSP ............................................................. 32 Abastecimento de água nos municípios envolvidos ............................................... 34 

6. METODOLOGIA ....................................................................................................... 38 

Definições de conceitos arqueológicos ................................................................. 41  7. RESULTADOS OBTIDOS ......................................................................................... 44 

7.1. Sub-adutora Gênesis ........................................................................................ 44 7.2. Adutora Tronco ................................................................................................. 49 7.3. Captação ............................................................................................................ 51 

Metodologia empregada ......................................................................................... 52 Levantamento geofísico ......................................................................................... 62 

8. DISCUSSÃO ............................................................................................................. 79  9. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ................................................ 81  10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................. 84 

ANEXOS

1. Coordenadas UTM da obra e das intervenções arqueológicas

2. Ficha do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/Iphan)

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta os resultados do Programa de Prospecção desenvolvido em

áreas afetadas pelo conjunto de obras do Sistema Produtor São Lourenço, adutora de

água bruta que será construída nos municípios de Juquitiba, Ibiúna, Vargem Grande

Paulista, Cotia, Jandira, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e Santana de Parnaíba, no

estado de São Paulo, empreendimento sob a responsabilidade da Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp

O estudo envolveu a realização de prospecção de subsuperfície ao longo da área

diretamente afetada (ADA), excetuadas as áreas impermeabilizadas por pavimentos,

perfazendo aproximadamente 80 quilômetros de traçado da adutora principal, além de

quase 15 quilômetros da sub-adutora Gênesis. Tais procedimentos objetivaram avaliar

a existência de vestígios arqueológicos passíveis de impacto pelo referido

empreendimento, atendendo à legislação e às normas federais e estaduais referentes

ao patrimônio arqueológico e histórico, a saber:

Lei 3.924, de 26/07/1961 que proíbe a destruição ou mutilação, para qualquer

fim, da totalidade ou parte das jazidas arqueológicas, o que é considerado crime

contra o patrimônio nacional;

Lei 10.257, de 10/07/2001 (Estatuto das Cidades), item XII, artigo 2, capítulo 1, o

qual estabelece como uma das diretrizes gerais da gestão das cidades

“proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do

patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico”;

Constituição federal de 1988 (artigo 225, parágrafo IV), que considera os sítios

arqueológicos como patrimônio cultural brasileiro, garantindo sua guarda e

proteção, de acordo com o que estabelece o artigo 216;

Constituição estadual de 1989, artigos 259, 260 e 261.

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O estudo considerou, também, as diretrizes normativas e operacionais fornecidas pelos

seguintes instrumentos:

Resolução Conama 01/86, especificamente o artigo 6, inciso I, alínea c, onde

são destacados os sítios e monumentos arqueológicos como elementos a serem

considerados nas diferentes fases de planejamento e implantação de um

empreendimento (LP, LI e LO);

Resolução Conama 07/97 que detalha as atividades e produtos esperados para

cada uma das fases acima citadas e de sua obrigatoriedade para obras civis

rodoviárias e demais obras de arte a elas relacionadas;

Portaria SPHAN/ MinC nº 07, de 01 de dezembro de 1988 que normatiza e

legaliza as ações de intervenção e resgate junto ao patrimônio arqueológico

nacional, definindo a documentação necessária para pedidos de autorização

federal de pesquisa;

Portaria IPHAN/ MinC nº 230, de 17 de dezembro de 2002 que normatiza a

pesquisa arqueológica no âmbito de estudos de impacto e de licenciamento

ambiental;

Portaria IPHAN/ MinC nº 28, de 31 de janeiro de 2003 que obriga a realização

de estudos arqueológicos na faixa de depleção de reservatórios de usinas

hidrelétricas previamente existentes;

Resolução SMA-34, de 27 de agosto de 2003, que dispõe sobre as medidas

necessárias à proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico quando do

licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades potencialmente

causadores de significativo impacto ambiental, sujeitos à apresentação de

EIA/RIMA, e dá providências correlatas;

Como resultado desse Programa não foram localizadas ocorrências ou sítios

arqueológicos na área diretamente afetada (ADA) pelo empreendimento, mas foi

registrado um sítio arqueológico – Cachoeira do França II – e um sítio histórico de

interesse arqueológico no entorno imediato da ensecadeira temporária que será

construída para a implantação da captação. Adicionalmente foram determinadas quais

áreas deverão ser submetidas ao Programa de Monitoramento arqueológico.

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2. DADOS DO EMPRENDIMENTO

Tipo e características do empreendimento: Sistema Produtor São Lourenço (SPSL),

que consiste em um conjunto de instalações para captação de água no Reservatório

Cachoeira do França (bacia do Alto Juquiá, pertencente à bacia do rio Ribeira de

Iguape), e posterior recalque, adução de água bruta, tratamento e adução de água

tratada para reforço do sistema público de abastecimento no setor oeste da Região

Metropolitana de São Paulo (RMSP), na bacia do Alto Tietê, mediante interligação ao

SAM – Sistema Adutor Metropolitano.

A tubulação será enterrada nas vias públicas, preferencialmente a um metro do meio

fio, respeitando as distâncias das habitações especificadas. Ao longo das vias públicas

onde estiver disponível uma faixa não pavimentada ou faixa tipo acostamento será

dada preferência a este local em substituição à instalação sob pavimento.

Um excerto do Plano de Trabalho para a Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e

Relatório de Impacto no Meio Ambiente – EIA-RIMA, de Novembro de 2009 fornece

mais indicações das características técnicas do projeto da adutora:

“Resumidamente, o SPSL compõe-se de:

Captação na margem direita do reservatório Cachoeira do França, próximo da foz do ribeirão Laranjeiras, no sítio denominado Editora 3, município de Ibiúna.

Tomada de água (submersa) para vazão máxima de 6,0 m³/s. O NA do reservatório varia entre as cotas 623-640m; considerou-se deplecionamento máximo até a cota 630m.

Estação elevatória EEAB-1, na área da captação, com 5 bombas (4+1R) horizontais, capacidade nominal de 1,50 m3/s, AMT de 360 mca e potência unitária de 7000 CV.

Adutora de recalque, em aço soldado, enterrada, com Ø 2100mm e 14,5km de extensão. A adutora segue em rumo norte predominantemente por estradas de serviço dentro de fazendas, e depois pela estrada Juquitiba-Ibiúna, Estrada Verava até alcançar o reservatório de água bruta.

Reservatório de água bruta, em concreto armado, situado na cota 965m, com volume útil de 86.500 m3. Está dimensionado para reservar o volume não-bombeado no horário de pico, mantendo constante 24hs a vazão aduzida à ETA.

Adutora de água bruta, trecho por gravidade entre o reservatório e a ETA, em aço soldado, enterrada, com Ø 2100mm e 26,2km de extensão. A adutora segue em rumo norte por estradas secundárias do município de Ibiúna. Pouco antes do final deste trecho, entra no município de Cotia.

ETA Cotia, situada na estrada dos Pereiras, ao norte da mesma, em terreno de 25ha na cota 925m. A ETA tem vazão nominal de 6,0 m3/s (vazão máxima diária), com 6 unidades de floculação, 6 de decantação, 6 filtros e sistema de tratamento avançado. A ETA prevê

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sistema de recuperação de água de lavagem dos filtros, tratamento do lodo por desaguamento mecanizado e área de secagem natural de lodo.

Estação elevatória de água tratada, na área da ETA, com vazão de 6,0 m3/s, AMT de 26mca e motores de 700CV cada um.

Linha de Transmissão (LT) para suprimento de energia elétrica à captação e à ETA a partir de subestação ou derivação de LT existente, em estudo.

Adutora de água tratada (trecho 1 por recalque), em aço soldado, com Ø 2100mm e 12,7km de extensão. Dessa extensão, 10,56km são de adutora enterrada, em vala, em sua maior parte sob a estrada de Caucaia do Alto, e 2,16km em túnel-abrigo que passa sob a rodovia Raposo Tavares e área de morro.

Reservatório de água tratada, em concreto armado, com volume útil de 20.000 m3. Está situado na cota 920m, em área do futuro condomínio Vila Florestal – Reserva Cotia, em licenciamento e aprovação nos municípios de Cotia e Itapevi.

Adutora de água tratada (trecho 2, por gravidade), entre o reservatório de água tratada e a derivação para o Reservatório Barueri – Centro. Adutora em aço soldado, enterrada, com Ø 2100mm e 16,0km de extensão.

Adutora de água tratada (trecho 3, por gravidade), entre o final do trecho 2 e a interligação com o SAM na adutora Carapicuíba-Tamboré. Adutora em aço soldado, enterrada, com Ø 1500mm e 2,1km de extensão” (COMPANHIA, 2009: 3).

O comprimento da tubulação da adutora, à época do Diagnóstico (2010), somado com

os tramos de ligação dela com as sub-adutoras era de 79.180,92 m. Atualmente o

projeto foi aumentado em 14.162,13 m, correspondendo estes à sub-adutora Genesis,

nos municípios de Carapicuíba, Barueri e Santana de Parnaíba, totalizando 93.343,05

m a serem prospectados e/ ou monitorados.

Localização do empreendimento: inserido em áreas dos municípios de Juquitiba,

Ibiúna, Vargem Grande Paulista, Cotia, Jandira, Barueri, Carapicuíba, Itapevi e

Santana de Parnaíba, no estado de São Paulo, desde o local da captação de água

bruta na Represa Cachoeira do França, coordenada UTM 23 K 280286/ 7352549

(datum SD’69, utilizado em todo o relatório), no município de Ibiúna, passando pela

estação de tratamento de Nova Aldeinha, no município de Carapicuíba, coordenada 23

K 311486/ 7398214, até o seu fim, no município de Santana do Parnaíba, coordenada

23 K 308595/ 7405573 (Prancha 1).

Características dos terrenos (usos e ocupação do solo): vias públicas, faixas de

domínio de vias públicas e faixas de terrenos de propriedades rurais e condomínios.

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Outro excerto do Plano de Trabalho para a Elaboração de Estudo de Impacto

Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente – EIA-RIMA fornece mais

indicações sobre o traçado do projeto e as características dos terrenos afetados:

“O SPSL tem início na captação MD Reservatório no sítio Editora 3, no município de Ibiúna. (...)

Nos primeiros 12,3km, o traçado se desenvolve em sua maior parte por estradas internas às Fazendas Editora 3, Sama e Meandros, ou por faixas de servidão entre trechos dessas estradas. Segue por via pública somente um trecho de 1,4km pela estrada da Eva.

A maioria dessas estradas internas estreitas é utilizada na atividade de reflorestamento, e requererá ampliação do leito estradal e melhorias durante as obras. Após a instalação da adutora, uma estrada asfaltada deverá ser implantada para acesso à captação e estação elevatória na fase de operação, seguindo basicamente o eixo da adutora.

No trecho por dentro da Fazenda Meandros, o traçado contorna por fora a RPPN Fazenda Meandros, a 30-50m do limite da reserva em área em sua maior parte antropizada, e atravessa a RPPN em trecho de 140m (ver comentários adiante).

Após a Fazenda Meandros, o traçado segue em vala pela estrada municipal Juquitiba-Ibiúna, que apresenta perfil sinuoso predominantemente no sentido ascendente, com precário estado de conservação, até o ponto mais alto do caminhamento onde será implantado o Reservatório de Água Bruta (Km 17,5 / cota 965m). Após o Reservatório, o traçado desce rumo ao norte pela Estrada Verava, passando pelo Bairro dos Grilos e parte do fundo de vale do Ribeirão Sorocabuçu, com melhores condições para assentamento da adutora. A frente do Bairro dos Grilos inicia-se um trecho com pavimento asfáltico até alcançar o Bairro Verava, em meio a grandes extensões de áreas de reflorestamento.

Logo após o Bairro Verava, situado em fundo de vale da vertente do Rio Sorocaba, a diretriz da adutora segue por estradas secundárias da zona rural do Município de Ibiúna, tais como as Estradas dos Ribeiros, dos Rodrigues, Cachoeira e um trecho da Beira Rio. A Estrada dos Ribeiros deverá ser utilizada como caminhamento por uma extensão de cerca de 5km até alcançar o bairro dos Rodrigues. Não pavimentada, a estrada de terra com cascalho apresenta alguns trechos estreitos percorrendo locais ocupados basicamente por propriedades agrícolas. Na seqüência, a Estrada dos Rodrigues tem seu início no bairro do mesmo nome seguindo até o núcleo urbano chamado Carmo Messias, onde inicia o trecho pavimentado até o bairro Cachoeira. Antes de alcançar a Estrada Beira Rio, no bairro Cachoeira, o caminhamento deriva à esquerda, deixando o asfalto e seguindo por estrada de terra, passando por grandes extensões de áreas utilizadas pelo cultivo de hortaliças, verificando-se algumas propriedades particulares e condomínios fechados. Este percurso foi escolhido para evitar a passagem pela área urbana do distrito de Caucaia do Alto.

O traçado segue pela estrada Santa Ana, depois entra na estrada Nhanduca e na estrada Água Espraiada, onde atinge a área peri-urbana de Caucaia do Alto. Depois segue pela estrada dos Pereiras até a ETA Cotia, situada ao norte dessa estrada. Prevê-se a travessia aérea da Estrada de Ferro da ALL na região do bairro Água Espraiada.

A ETA Cotia será implantada na cota 925m, em área antropizada de reflorestamento da Chácara Mirassol, situada na margem esquerda da Estrada dos Pereiras sentido Caucaia do Alto, distando aproximadamente 2,0km da estrada Caucaia do Alto.

A adutora de água tratada que sai da ETA segue pela estrada dos Pereiras e depois pela estrada de Caucaia, até as proximidades da rodovia Raposo Tavares. O traçado sai do eixo da estrada e atravessa em túnel de 2,2km sob a rodovia e maciço elevado. Após o desemboque do túnel, o caminhamento segue pela estrada Boa Vista por fundo de vale até encontrar a Estrada do Pau Furado, onde deriva à esquerda e continua por cerca de 400m até adentrar ao futuro Condomínio Vila Florestal – Reserva Cotia, em processo de aprovação junto à Prefeitura de Cotia. O acesso ao loteamento, com cerca de 500m de extensão até a primeira rotatória, passa por uma reserva florestal de onde a elevação máxima alcança a cota 925,00m. A área próxima da rotatória foi selecionada para implantação do reservatório de água tratada (RAT).

A partir do RAT, o traçado segue pela via principal do loteamento até o seu final, onde se prevê a interligação com o arruamento existente (estrada dos Eucaliptos) que dá acesso à estrada

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Roselândia. Atravessando a estrada, o traçado segue pela Estrada das Pitas e depois pela antiga estrada de Itapevi, esta última asfaltada. No limite de município com Jandira, a via passa ser denominada Estrada Estadual Barueri-Itapevi (SP-274). Percorridos 2,0km passa pelo limite dos municípios Jandira-Barueri e cerca de 1.300m a frente a via passa a chamar-se av. Aníbal Correia, que dá acesso a conjuntos habitacionais da COHAB. Segue depois pela estrada Antônio João junto de fundo de vale e chega à av. Bariloche que dá acesso à nova avenida marginal ao Rio Cotia, recentemente implantada.

Por esta avenida o caminhamento da adutora alcança o trevo da av. Marechal Rondon e, cerca de 150m adiante, a Linha 8 Diamante da CPTM. Ambos cruzamentos serão realizados por método não destrutivo. Após a travessia da ferrovia, o traçado segue entre a CPTM ao sul e a ERQ Barueri ao norte, por dentro de terreno da Sabesp, e chega na av. Laerte Cearense, no bairro Vila do Sapo, onde interliga com a alça oeste do SAM na adutora Carapicuíba-Tamboré” (COMPANHIA, 2009: 3-7).

Executor do projeto: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo –

Sabesp.

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3. QUADRO FISIOGRÁFICO

A adutora de água que conectará a represa Cachoeira do França (municípios de

Juquitiba – SP e Ibiúna – SP) ao município de Santana de Parnaíba – SP, passando

pelos municípios de Cotia, Vargem grande Paulista, Itapevi, Jandira, Carapicuíba e

Barueri, será implementada em função de responder às demandas de complementação

do abastecimento de água de tais municípios da grande São Paulo.

Os tubos da adutora, ao longo de seu traçado, cruzarão uma região de relevo

recortado, marcado pela presença de morrotes e colinas retrabalhadas, topos

arredondados, vertentes com perfis convexos a retilíneos. Drenagem de alta

densidade, padrão dendrítico a retangular, vales abertos a fechados, planícies

aluvionares interiores desenvolvidas.

A área de estudo se insere na macrorregião dos mares de morros, domínio

morfoestrutural comum a toda a faixa paralela ao litoral brasileiro, com formações

onduladas típicas. Tal domínio faz parte do compartimento geomorfológico dos

planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste, associados ao cinturão atlântico. A

gênese deste compartimento está vinculada aos ciclos de dobramentos acompanhados

de metarmosfismos regionais, falhamentos e extensas intrusões, seguidos por

seqüencias de ciclos erosivos (ROSS, 2009).

Na região de estudo observa-se forte presença de decomposição de rochas cristalinas

e de processos de convexização do relevo. Planícies meândricas (como a do Tietê e do

Ribeira) e predominância de depósitos finos nas calhas aluviais, assim como a

presença de solos superpostos por seqüencias de coberturas coluviais, são comuns

(ROSS, 2009).

Os solos profundos e férteis, em sua maioria latossolos, são garantidos pela intensa

ação química da água, que somada à ação biológica de raízes e pequenos animais,

possibilitam aos horizontes de solo apresentar camadas espessas. O clima da região é

também o tropical quente e úmido, marcado pela alternância entre estações seca e

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úmida, com médias de temperatura circundando as 20ºC. As precipitações na região

variam entre 1100 e 1500 mm e 3000 a 4000 mm (Serra do Mar – SP) (CONTI et al.,

2009).

Segundo Ab’Saber (2007) o domínio dos “mares de morros” tem mostrado ser o meio

físico, ecológico e paisagístico mais complexo e difícil do país com relação as ações

antrópicas. Trata-se de uma região sujeita a intensos processos erosivos e movimentos

coletivos de solo em toda sua extensão, sobretudo na região da Serra do Mar, algo que

coloca em risco a ocupação humana.

A cobertura vegetal original foi de florestas atlânticas. Tal domínio é considerado o

mais devastado do país, coincidindo com as regiões historicamente mais povoadas do

território brasileiro. A Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação exuberante, sendo

as espécies mais freqüentes: briófitas, cipós, orquídeas e palmeiras. Este bioma,

embora bastante destruído, está presente em toda a faixa litorânea do Brasil,

justaposto ao bioma costeiro, e encontra-se atualmente ameaçado de extinção. As

florestas atlânticas são conhecidas por guardarem a maior biodiversidade por hectare

entre as florestas tropicais.

Segundo Ab'Saber (2007), os rios da região de estudo, inseridos nas bacias do Alto

Tietê e Alto Ribeira de Iguape, apresentam padrão dendrítico na região das encostas e

paralelo na região dos vales. Os cursos têm tamanho médio e as anomalias em seu

padrão de escoamento são comuns e estão relacionadas ao controle estrutural. Falhas

tectônicas, contatos rochosos, entre outros eventos vinculados ao embasamento que

sustenta os leitos dos rios, podem marcar seu traçado, ocorrendo muitas vezes

cotovelos bruscos e meandros encaixados. Os vales principais são extensos, com

largas planícies e meandros divagantes. As calhas principais apresentam uma rede

típica de planície de soleira, várzeas inundáveis e terraços.

Para o caso do rio Tietê, anteriormente à retificação, este apresentava alta

sinuosidade, meandros divagantes e labirínticos simples, além de lagoas formadas por

meandros abandonados, ilhas fluviais e ligeiros trechos de drenagens anastamosadas

(ramificadas em múltiplos canais, em função da deposição de sedimentos no leito do

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rio), condições típicas a rios com baixa capacidade de transporte de sedimentos. O

Ribeira apresenta padrão semelhante, com drenagem dendrítica na região das

cabeceiras e padrão meandrico a partir do médio vale.

A área estudada situa-se justamente em planaltos que compõe o divisor de águas

entres as bacias do Ribeira de Iguape e Alto Tiête, em uma região de cabeceiras com

alta densidade de nascentes. Uma importante formação regional é o planalto de Ibiúna,

sustentado por rochas graníticas, gnáissicas e metassedimentos. É formado

predominantemente por granitos relacionados com as mais altas elevações. Faz limite

com a zona serrana de São Roque, ao norte, através da serra de Taxaquara.

Na Prancha 1 apresentamos um mapa com a localização do empreendimento

sobreposta à malha urbana, hidrografia e curvas de nível correspondentes à região.

Bacia do Alto Tietê

A bacia hidrográfica é por muitos autores considerada uma unidade de análise, por

conta da complexidade de sistemas que se integram em seu interior. É ela um

receptáculo natural cuja morfologia faz com que a circulação de água em seu interior

convirja para os cursos d'água. Estes, por sua vez, entremeados que são e vinculados

a um curso central, drenam as águas da bacia em direção aos fundos de vale, onde se

encontra o rio principal.

Bacia do Alto Tietê engloba os domínios da Bacia Sedimentar de São Paulo e as

rochas pré-cambrianas do embasamento cristalino que a circundam. Os sedimentos

preenchem um vale desenvolvido em terrenos cristalinos representados por granitos e

por rochas metamórficas, que incluem os migmatitos, gnaisses, xistos e

metassedimentos em geral, relacionados ao Complexo Embu e aos grupos São Roque

e Serra do Itaberaba. Por sua vez, os sedimentos, com espessuras médias de 100 m,

pertencem ao Grupo Taubaté (Terciário, Paleógeno), subdividido nas formações

Resende, Tremembé e São Paulo, superpostos pela Formação Itaquaquecetuba

(Terciário, Neógeno) e por depósitos neocenozóicos (GROSSO et al., 2008).

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O rio, que tem extensão de 1.010 km, atravessa de leste a sudoeste todo o estado de

São Paulo, passando por uma das regiões mais populosas do mundo, que é a Região

Metropolitana de São Paulo. Com nascentes situadas na Serra do Mar, o Tietê corre

em direção ao oeste, até que ao final de seu curso, encontra o rio Paraná. A

macrobacia do Paraná é uma das mais importantes bacias interiores do país, drenando

anualmente 29 bilhões de m³ de água.

O Tietê é famoso por atravessar a região metropolitana que envolve a capital paulista.

Nesse trecho, que compõe a área das cabeceiras e curso alto do rio, seus principais

afluentes são o Tamanduateí, Pinheiros e Cotia, sendo este último um dos importantes

rios que abastece os municípios da região estudada. Nesse trecho, ainda, tanto o Tietê

como seus afluentes são considerados rios urbanos e apresentam qualidade bastante

comprometida por conta do lançamento de rejeitos residenciais e industriais pelos

municípios que compõe a RMSP. É na região oeste da RMSP que está concentrado o

maior índice de poluição difusa derivada dos esgotos domésticos e industriais lançados

sem tratamento nos mananciais da região.

Inundações e enchentes são também freqüentes às margens desse rio, cujo curso foi

retificado na segunda metade do século XX, mas as primeiras iniciativas de retificar o

rio e recuperar suas várzeas datam do século XIX.

Bacia do rio Cotia

O rio Cotia, que deságua no rio Tietê, tem como principais afluentes o Ribeirão das

Pedras e Moinho Velho. Com uma área drenada de 262,6 km², o rio percorre os

municípios de Cotia (sub-região Cotia-Guarapiranga) e Vargem Grande Paulista

(UGRHI Tietê-Sorocaba), Barueri, Carapicuíba, Jandira (sub-região Pinheiros-

Pirapora). Nele há três barragens que integram os sistemas produtores de água,

operados pela Sabesp: Pedro Beicht, Cachoeira da Graça e Isolina (FILHO, s.d.).

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Os sistemas são divididos em Alto e Baixo Cotia. O Alto Cotia é beneficiado pelas

matas naturais da Reserva Estadual do Morro Grande. E compreende os reservatórios

Pedro Beicht e Cachoeira da Graça. Neles a Sabesp capta água para abastecer os

municípios de Embu, Embu-Guaçu, Cotia, Itapecerica da Serra e Vargem Grande

(FILHO, s.d.).

As cabeceiras do rio encontram-se em região onde a conservação da água e dos

recursos naturais são privilegiadas, tanto pelo padrão do relevo (morros, espigões e

escarpas) que dificulta a chegada do capital imobiliário, preservando a cobertura

vegetal e o uso das águas, como pela adoção de políticas públicas de proteção

ambiental. À medida que o rio se urbaniza, sobretudo na região do Baixo Cotia onde

estão os terrenos mais planos, passa receber dejetos e esgotos, o mau uso das

margens promove o assoreamento de seu leito, além da canalização de alguns trechos

que alteram o curso do rio.

Quanto mais plano e mais adequado à urbanização, maior a concentração de grupos

de maior renda. Como conseqüência da própria história de ocupação da região, os

grupos de maior renda estão junto às indústrias e aos cursos d'água que acumulam

impactos. Problemas de erosão e assoreamento são tão freqüentes quanto nas regiões

mais declivosas. A qualidade do ar está também comprometida, uma vez que a região

apresenta alta concentração industrial. Em suma, o ar, a água e o solo apresentam

níveis de qualidade bastante críticos (FILHO, s.d.).

Bacia do Ribeira de Iguape

O Ribeira de Iguape é o único grande rio no estado de São Paulo que corre

diretamente para o oceano. As demais grandes bacias, tais como as do Tietê, do

Paranapanema e do Paraíba, têm suas nascentes nos contrafortes da Serra do Mar e

da Serra de Paranapiacaba, correndo ou para o rio Paraná, ou em direção ao estado

do Rio de Janeiro, no caso do Paraíba.

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A bacia do Ribeira insere-se num relevo bastante dissecado e movimentado,

alcançando altitudes maiores que 1.000 metros e com áreas de alta declividade,

pertencendo em termos geomorfológicos, na sua maior parte, à Província Costeira, a

qual limita-se com o Planalto Atlântico através dos divisores das serras do Mar e de

Paranapiacaba.

A região do Vale do Ribeira se localiza entre a Serra do Mar e o Oceano Atlântico, no

litoral sul do estado de São Paulo. Em sua totalidade, a bacia do rio Ribeira de Iguape

compreende regiões do sudeste de São Paulo (61%) e leste do Paraná (39%), sendo

composta por 23 municípios. O rio Ribeira nasce no Paraná e deságua no mar no

município de Iguape e possui 520 km de extensão.

Bacia do rio Juquiá

A Bacia do Rio Juquiá é uma sub-bacia do rio Ribeira do Iguape, com área de

drenagem de 5.280 km². Localizada na região sudeste do estado de São Paulo, ela faz

divisa a norte e oeste com as Bacias do Alto Tietê e Alto Paranapanema e a sul e leste

com a Bacia do Ribeira do Iguape e pequenas bacias da vertente oceânica.

A contribuição da bacia do rio Juquiá para as cheias do rio Ribeira de Iguape passou a

ser considerada, chegando-se à conclusão de que, para um controle eficiente dessas

cheias, seria conveniente a construção de um barramento no rio Juquiá, a jusante da

cidade de Juquiá, a poucos quilômetros a montante da confluência dos rios Juquiá e

Ribeira de Iguape. Desde o início da década de 80, esse barramento é considerado

para as reversões de água para a região metropolitana de São Paulo. Atualmente

aventa-se a hipótese de reversão para a Bacia do Guarapiranga, utilizando a captação

de água no Alto Juquiá.

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4. QUADRO ARQUEOLÓGICO REGIONAL

A ocupação humana dos municípios por onde será construído o Sistema Produtor São

Lourenço, assim como dos municípios envoltórios, remonta ao período pré-colonial, ou

seja, antes do estabelecimento de assentamentos europeus no Planalto Paulista, por

volta da década de 1550. Abaixo apresentamos uma tabela com os sítios localizados

nos municípios afetados pelo empreendimento.

Tabela 1: sítios arqueológicos dos municípios afetados pelo empreendimento.

DENOMINAÇÃO DO SÍTIO

MUNICÍPIO LOCALIZAÇÃODATA (S) DA

(S) PESQUISA (S)

IND

ÍGE

NA

CA

ÇA

DO

R-

CO

LE

TO

R

IND

ÍGE

NA

AG

RIC

UL

TO

R

CE

RA

MIS

TA

HIS

RIC

O

DATAÇÃO - MÉTODO

DATAÇÃO - RESULTADO

Aldeia de Barueri Barueri Centro de

Barueri 2002-2006

x Relativa Séc. XVI

Aldeia de Carapicuíba -

Rodoanel (RO-23-CA)

Carapicuíba Rod. Raposo Tavares, Km

22,5 2003

x Relativa Séc. XVI

Fazenda Velha - Rodoanel (RO-

28-CA) Carapicuíba

Jd. Cicília Cristina

2003

x

Flamboyant - Rodoanel (RO-

15-CA) Carapicuíba Parque Jandaia 2001

x

Barragem Cachoeira da

Graça Cotia

2005

x Relativa Séc XIX

Cotia 1 Cotia

Área de Preservação Ambiental de

Morro Grande.

2004

x Relativa Séc. XIX e XX

Mandu Cotia Jd. Barro Branco

Não menciona

x

Padre Inácio Cotia Est. do Morro

Grande Não menciona

x

Santa Maria 1 Ibiúna Fazenda Santa

Maria 2007 x

Santa Maria 2 Ibiúna Fazenda Santa

Maria 2007 x

Santa Maria 3 Ibiúna Fazenda Santa

Maria 2007

x

Ambuitá I; Eurofarma I

Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62004

x x C-14 Séc XIX e XX

Ambuitá II; Eurofarma III

Itapevi Rod. Castelo Branco, Km

35,6 2004

x

C-14 560 a 40 AP

Ambuitá III; Eurofarma IV

Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62004

x Relativa Séc XVIII - XIX

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DENOMINAÇÃO DO SÍTIO

MUNICÍPIO LOCALIZAÇÃODATA (S) DA

(S) PESQUISA (S)

IND

ÍGE

NA

CA

ÇA

DO

R-

CO

LE

TO

R

IND

ÍGE

NA

AG

RIC

UL

TO

R

CE

RA

MIS

TA

HIS

RIC

O

DATAÇÃO - MÉTODO

DATAÇÃO - RESULTADO

Eurofarma - I Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62006

x Relativa

7-2 mil AP (?)-estilhas de silexito (Obs: podem ser hitóricas) e Séc-XVIII-XX (peças

históricas)

Eurofarma - III Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62006

x Relativa Séc XVIII-XX

Eurofarma - IV Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62006

x Relativa Sécs. XVIII-XIX

Eurofarma II Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62004; 2006

x

Eurofarma V Itapevi Rod. Castelo

Branco, km 35,62004

x

Dos sítios elencados, tomamos alguns para a construção do contexto arqueológico do

empreendimento.

A datação absoluta mais antiga disponível foi obtida a partir da análise de Carbono 14

de carvões localizados em antiga fogueira do sítio Ambuitá II (Itapevi): 520 a 600 anos

Antes do Presente (DOCUMENTO, 2004). Apesar de esta data colocar a presença de

indígenas naquela região somente às vésperas da Conquista européia, outros sítios

com contextos mais antigos podem ser citados.

Em Ibiúna foram identificados 3 sítios arqueológicos pré-coloniais, 2 deles lito-

cerâmicos e 1 cerâmico, todos relacionados ao trabalho de Arqueologia Preventiva,

realizado em 2007, desenvolvido em razão do licenciamento do sistema de esgoto do

bairro Paruru (levantamento no arquivo da SE-IPHAN, 2010). O referido bairro está a

muitas dezenas de quilômetros do empreendimento.

Já bastante mais distante, mas servindo para formar um quadro regional temos o caso

do sítio Santa Cecília V (Itu), onde foram encontrados fragmentos de utensílios de

pedra lascada vinculados a grupos caçadores-coletores que ocuparam o estado de São

Paulo entre 9000 e 2000 anos atrás, portanto, anteriores aos indígenas históricos

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encontrados pelos europeus e africanos (ZANETTINI A., 2006b) no século XVI. Caso

também do sítio Morumbi (São Paulo), localizado no bairro Morumbi, onde foi

encontrada e escavada uma oficina lítica, ou seja, uma área de fabricação de utensílios

de pedra lascada também associada a grupos caçadores-coletores (levantamento no

arquivo da SE-IPHAN, 2010).

Também compondo esse contexto regional temos o sítio Jaraçatiá (ou Do Moraes),

presente no município de Miracatu, coordenada UTM 23J 256908 / 7313340. Este é um

exemplo próximo de sambaqui fluvial localizado dentro da bacia do Ribeira de Iguape,

ou seja, no mesmo contexto hídrico da represa Cachoeira do França. Neste sítio foram

localizados artefatos líticos e ossos que ao serem datados em laboratório indicaram

serem vestígios de 6.777 a 5.048 anos AP (GOMES, 2003).

Finalmente, situado a poucos quilômetros do empreendimento, mas ainda sem estudos

efetivos, temos um sítio recém localizado, isto em razão das atividades do Diagnóstico

deste empreendimento. O sítio arqueológico Cachoeira do França I está fora da área

afetada pela adutora, implantado na faixa de depleção da represa homônima, próximo

ao Porto do Sossego, Bairro dos Vitalinos, município de Juquitiba (UTM 23 K 280440

7350647).

Apontado por morador da região, lá foram encontradas peças residuais de processo de

lascamento, além de artefatos de lítico lascado, como pontas de projétil e raspadores

registradas durante o Diagnóstico (2010) da adutora.

Já para o período histórico – pós 1550 – o quadro regional é outro, muito mais

complexo, com cidades que tem importantes acervos de bens culturais materiais e

imateriais, já bastante conhecidos e muitos deles, tombados.

Em termos de sítios arqueológicos sobre o período histórico, Itapevi possui 6 registros

efetuados junto ao IPHAN. Estes são representativos de fases da colonização do

território, desde o período das bandeiras até a formação do “cinturão caipira” e

consolidação da metrópole paulistana ou do pólo agro-industrial do interior próximo.

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Em Cotia existem as bastantes conhecidas casas bandeiristas – casas senhoriais

rurais implantadas entre o final do século XVI e primeira metade do século XVIII – do

sítio Mandu e do Padre Inácio, bens tombados pelo IPHAN, mas também classificados

como sítios arqueológicos (levantamento no arquivo da SE-IPHAN, 2010).

Mesmo Itapevi, município relativamente novo possui um patrimônio histórico

bandeirista pouco conhecido, mas de alta relevância, dos quais podemos citar o solar

São João, exemplar de casa bandeirista, executada em taipa de pilão, situada nas

cercanias da estação de trens da CPTM Engenheiro Cardoso (ZANETTINI A., 2011;

DOCUMENTO, 2004).

Já em Carapicuíba podemos destacar a Aldeia homônima (tombada pelo IPHAN).

Fundada em 1580 por padres jesuítas, ainda hoje mantém suas primeiras casas

construídas em taipa e pode ser considerada como ponto pioneiro para o povoamento

de toda a região afetada pelo projeto, assim como a aldeia de Barueri, na cidade

homônima e limítrofe ao trajeto da nova adutora. A referida aldeia – em verdade um

aldeamento do padroado real – criada no final do quinhentos ou início do seiscentos, foi

escavada nos anos 2000, tendo sido reveladas as fundações de taipa de pilão da

primitiva igreja (SCATAMACCHIA et al., 2001-2002).

Em Santana de Parnaíba existem dezenas de imóveis tombados em nível municipal,

estadual e federal, sendo até mesmo o centro urbano, com seu arruamento antigo,

tombado. Não há, entretanto, qualquer sítio arqueológico registrado no município.

Em São Roque, município mais afastado, mas cujo quadro arqueológico serve para

contextualizar o empreendimento em foco, destacamos o sítio histórico arqueológico

Carmo, que foi localizado no distrito de Canguera (IPHAN et al., 2007). A despeito das

prospecções, nele foram encontrados apenas fragmentos de telhas, mas vale ressaltar

que o bairro do Carmo, no distrito de Canguera, próximo do local onde foi encontrado o

referido sítio arqueológico, é remanescente de quilombo, cujos libertos haviam

pertencido à fazenda do Carmo, propriedade estabelecida no século XVIII pela

Província Carmelita Fluminense (STUCHI et. al., 2009).

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Também no distrito de Canguera, na coordenada 23 K 279937 7387104, indicamos o

sítio arqueológico Canguera 1, lixeira remanescente de unidade doméstica onde foram

encontrados vestígios materiais que a situam entre o século XIX e início do XX

(ZANETTINI, 2010a). O sítio em questão se encontra na faixa de domínio da linha da

antiga EF Sorocabana (hoje ALL), bastante próximo da vinícola Palmeiras, que lá se

instalou em 19281. No entanto, o cultivo das vinhas, em São Roque e região, é muito

mais antigo: informações pontuais sobre videiras em localidades próximas da cidade de

São Paulo existem a partir das décadas de 1830-1840 (OLIVER, 2007).

É nesse contexto de ocupação das montanhas envoltórias de São Paulo, para a

produção vitivinícola e de cereais, nos séculos XIX e XX, no qual está inserida a

fazenda Nascimento (SHIA 05), sítio histórico de interesse arqueológico (para a

conceituação, ver tópico adiante) identificado na fase de Diagnóstico do

empreendimento em tela, que ainda possui remanescentes edificados das etapas de

produção de vinho (para um quadro mais completo ver ZANETTINI A., 2007-2008).

1 Extraído do site http://www.roteirodovinho.com.br/conteudo/vinhospalmeiras/vinhospalmeiras.htm em 08/06/2011.

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5. QUADRO HISTÓRICO REGIONAL

São Paulo colonial

Durante longo período de tempo, a historiografia acerca de São Paulo a via como uma

cidade pobre, pouco habitada, fechada sobre si mesma por estar distante dos núcleos

coloniais de onde a metrópole tirava maiores proveitos. É o caso de Odilon Nogueira de

Matos que em seu “Café e ferrovias – a evolução ferroviária de São Paulo e o

desenvolvimento da cultura cafeeira” exalta o “ensimesmamento” e a autonomia de

São Paulo, cujo isolamento que viveu ao longo de quase todo o período colonial “como

resultante de condições geográficas bem conhecidas, criou para as regiões de “‘serra-

acima’ uma configuração sócio-econômica toda especial dentro da comunidade

brasileira” (MATOS, 1990: 23). Ele prossegue, mais adiante, dizendo “por isso mesmo,

talvez mais do que em qualquer outro lugar, o poder municipal, instalado em São

Paulo, com a criação da vila e em breve estendido a outras vilas, que se foram

estabelecendo nas proximidades da velha Piratininga, assumiu um caráter de

autonomia, que não tinha no reino” (MATOS, 1990: 26).

Estudos mais recentes, contudo, dão à capitania de São Vicente uma posição de maior

importância no contexto colonial. Ilana Blaj, diferentemente de outros autores que vêem

São Paulo como uma cidade lutando contra o perigo eminente e constante de se

despovoar e a atividade principal do paulista (o comércio de cativos) como a única

forma de sobrevivência, insere a vila no contexto econômico e mental da colonização.

Em seu artigo “Mentalidade e sociedade: revisitando a historiografia sobre São Paulo

colonial” diz que São Paulo não estava à margem do sistema colonial. A mesma

mentalidade latifundiária, cristã e escravocrata estava presente também na capitania de

São Vicente. Os colonos que para lá se dirigiram, bem como os que foram para as

prósperas capitanias do nordeste reproduziam o ideal de ser senhor. A concentração

de terras e escravos também se dava em terras voltadas ao abastecimento interno

como São Paulo. “Em outras palavras, em troca de promessas, honrarias e mercês, a

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metrópole obtinha o que interessava: a pacificação (ou extermínio) dos índios hostis e

as expedições empenhadas na descoberta de terrenos auríferos” (BLAJ, 2001: 254).

Não nos cabe aqui aprofundar essa discussão historiográfica, no entanto, vale dizer

que a primeira interpretação da História paulista parece se contradizer. Matos afirma

que: “Quanto às condições do povoamento, ele se faz de maneira reduzida nos dois

primeiros séculos, ainda assim, atingindo a um ponto distante cem quilômetros de São

Paulo, com a fundação de Taubaté em 1636. Para o outro lado, o povoamento atingiu

Jundiaí, Parnaíba, Itu, Sorocaba e Atibaia.” (MATOS, 1990: 26). Como uma vila que

lutava contra o despovoamento teria fôlego para expandir-se e fundar outras vilas?

A expansão do povoamento

O antropólogo John Manuel Monteiro busca “recuperar o elo essencial entre o

chamado bandeiritismo e a evolução agrária do planalto, mostrando a interdependência

dos processos de apresamento e produção”. Para ele, “o surgimento de uma

agricultura comercial no planalto, sobretudo com a produção do trigo, pode explicar

muito da constituição da sociedade colonial na região” (MONTEIRO, 1994: 99). Como

se pode perceber, Monteiro aborda a colonização de São Paulo sob um ponto de vista

diverso daquele trazido por Odilon Matos. Para ele, São Paulo sofreu com a povoação

no século XVI, mas já no XVII, com a conquista definitiva dos índios do planalto, os

colonos iniciavam a ocupação e exploração de terras próximas. O crescimento das

atividades coloniais, como a exploração da cana de açúcar no Nordeste, não levaram

ao abandono e esquecimento do planalto, pelo contrário: incentivaram a criação de

gado e produtos de gêneros alimentícios. Além disso, John Monteiro dá ênfase aos

esforços régios para a instauração de uma economia integrada de mineração e

agricultura nas capitanias do sul. Isso tudo estimulou o desenvolvimento de uma

agricultura que visava à subsistência, bem como as atividades de recrutamento de mão

de obra indígena.

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Sobre a ocupação de outras terras, Monteiro fala que a expansão se iniciou ainda na

década de 1580.

“Um dos motivos desta expansão foi o esgotamento dos recursos do núcleo

inicial (...). No entanto, o processo de ocupação foi lento. Os colonos que

arriscavam distanciar-se muito da Villa ainda haviam que enfrentar, pelo menos

até o fim do século, a perspectiva da aniquilação. Certamente, porém, o maior

constrangimento à mobilidade dos colonos decorria da carestia da mão-de-obra

disponível” (MONTEIRO, 1994: 101).

Essa situação alterou-se, portanto, com as novas formas de aprisionamento de índios.

A primeira onda de expansão, que se achava muito ligada à economia do litoral, dirigiu-

se para o Ipiranga, para o Guaré (entre o núcleo primitivo da vila e o rio Tietê) e ao

longo do rio Pinheiros, ligado ao aldeamento de Pinheiros. Foi nesta última que se

desenvolveu os sinais mais fortes de uma economia francamente comercial.

D. Francisco de Sousa e o celeiro do Brasil

Um segundo impulso para o desenvolvimento econômico do planalto foi dado por d.

Francisco de Sousa. “Um dos objetivos explícitos [de d. Francisco] era a transformação

de São Paulo no ‘celeiro do Brasil’, onde fazendas de trigo, organizadas no modelo de

hacienda hispano-americana, abasteceriam as minas e as cidades” (MONTEIRO, 1994:

102). D. Francisco morreu em 1611, mas as sementes que ele jogou já haviam

semeado. O aldeamento de Barueri estimulou a ocupação de terras além do rio Tietê e

a oeste da vila de São Paulo. O sistema de aldeamentos, também trazido por d.

Francisco de Sousa não prosperou, uma vez que representava um empecilho ao

desenvolvimento das atividades coloniais. Com a redefinição do papel do índio na

sociedade, os colonos ficaram aptos a ocupar terras mais distantes.

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Outro fator que estimulou a expansão territorial foi o aumento populacional. As

sesmarias que haviam sido doadas na década de 1630 estavam concentradas nas

mãos de poucos povoadores, sendo, portanto, as terras insuficientes. Uma solução

para esse problema foi alcançada com a fundação de novas vilas. As duas primeiras

novas vilas do planalto, foram Mogi das Cruzes e Santana de Parnaíba,

respectivamente em 1611 e 1625.

Uma segunda fase de fundação de vilas se iniciou na década de 1640, articulada à

questão do acesso à mão-de-obra indígena. As expedições voltaram-se para o vale do

Paraíba, onde as vilas de Taubaté, Guaratinguetá e Jacareí surgiram. A oeste e a

noroeste essa expansão resultou na fundação das vilas de Jundiaí, Itu e Sorocaba.

Segundo Monteiro, São Paulo realizou o sonho de d. Francisco de Sousa e em 1630-

1680 viveu a idade de ouro da produção de trigo. No entanto, sua produção

especializada iniciou-se em 1620, em três áreas: bairros rurais de Santana de

Parnaíba, o bairro de Cotia e a região denominada Juqueri, ao norte de São Paulo.

Esse produto tinha valor expressamente comercial, uma vez que não era produzido

para sustentar a população local. “A produção para consumo local concentrava-se, sem

dúvida, na cultura de mandioca, do feijão e, sobretudo do milho (...). Já o trigo

destinava-se à população européia das vilas e cidades do litoral e às frotas

portuguesas, sendo produto requisitado pelo governo colonial em diversas ocasiões ao

longo do século” (MONTEIRO, 1994: 114).

Embora seja difícil dizer o destino exato da produção, há evidências dos contatos entre

comerciantes paulistas e negociantes da Bahia e Pernambuco. Mas, o maior mercado

para o trigo paulista foi o Rio de Janeiro.

Como se pode perceber, São Paulo exercia o papel de abastecedor dos principais

núcleos da colônia. Foi nesse contexto que foram fundadas muitas das cidades nos

arredores da vila, como Cotia.

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A mineração esquecida: séculos XIX e XX

Apesar da mineração, ao redor da cidade de São Paulo, não ter o mesmo peso de

Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso ou mesmo do vale do Ribeira paulista na

historiografia ou na arqueologia, as atividades minerarias se iniciaram muito cedo, no

final do século XVI, produzindo, com certa regularidade, mas em modesta quantidade,

até a primeira metade do século XIX. Na Grande São Paulo, os exemplos de sítios

arqueológicos mais antigos relativos à mineração são as cavas do Jaraguá, nas

imediações da rodovia Anhanguera, sítios esses trabalhados por ocasião das obras do

Trecho Oeste do Rodoanel metropolitano Mário Covas (DOCUMENTO, 2002).

Somando-se a esses sítios há o morro do Boturuna, patrimônio natural e histórico,

tombado pelo estado, ao redor do qual houve também atividades minerarias. No final

do século XVI, a região já constava entre as áreas requeridas por Afonso Sardinha

para experiências minerárias no Voturuna, Boturuna ou Cantagalo.

Para as proximidades do empreendimento, o qual permeia tanto afluentes formadores

do Tietê, quanto do Ribeira, existe documentação cartográfica indicando que houve,

pelo menos, a prospecção mineraria nas margens e afluentes do Juquiá e do São

Lourenço, no século XVIII. A partir da carta de João da Costa Ferreira depreende-se

que havia ouro de aluvião na região e de que ele era conhecido desde, pelo menos, o

final do século XVIII. No referido documento cartográfico, ao longo do rio Juquiá lê-se

“tem mto ouro” e, ao longo do rio São Lourenço, está a frase “tem ouro” (Prancha 2).

Essa informação nos permitiria aventar a possibilidade de serem encontrados, ao longo

dos rios e cursos d’água formadores do São Lourenço, muros, ecofatos e

afeiçoamentos de terreno relativos à prospecção mineraria colonial.

Também próximas ao traçado da adutora temos as minas, contemporâneas, de

Araçariguama, Itapevi e Embu Guaçu.

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Exemplo disso é a mina Saint George, empreendimento inglês que explorou ouro entre

as décadas de 1920-1930 e as cavas, provavelmente de coríndon, existente no bairro

São João e Paiol (ZANETTINI A., 2009a). Outros exemplos da atividade de mineração

são as cavas existentes em Itapevi, no bairro Ambuitá, nas proximidades do terreno de

uma das plantas da Eurofarma (DOCUMENTO, 2004).

E por último, apresentando parte significante do contexto minerário da região que

compõe o empreendimento, temos também o sítio Santa Rita I, situado próximo à

estrada de Santa Rita (SP 214), Km 61, no município de Embu-Guaçú, coordenada

UTM 23K 306544/ 7352465 (DOCUMENTO, 2004). Esse sítio é remanescente de

mineração e beneficiamento de caulim com datação referente a 1940-1950.

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O café e as ferrovias

O café penetrou em terras paulistas pelo vale do Paraíba. Em 1836, o vale ainda

conservava a primazia na produção cafeeira, enquanto Campinas ainda produzia

açúcar. Aos poucos, essa situação foi alterando-se a favor do centro-oeste que

passava a assumir a liderança econômica da província.

Em 1854, ainda há a liderança do vale do Paraíba, embora o aumento da importância

de Campinas altere um pouco a proporção. Essa situação se alterou algumas décadas

depois e, em 1886, Campinas assume a primazia. Essa alteração deve-se em grande

parte ao início da era ferroviária que facilitou o escoamento da produção do centro-

oeste.

Foi em 30 de abril de 1854 que se inaugurou o primeiro trecho ferroviário brasileiro.

Segundo Odilon Nogueira de Matos “o trecho inicial compreendia pouco mais de

quatorze quilômetros, de Mauá até a estação de Fragoso” (MATOS, 1990: 65) na

província do Rio de Janeiro. A Estrada de Ferro Petrópolis, ou Estrada de Ferro Mauá

foi construída por Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá. Treze anos

depois, foi inaugurada a Estrada de ferro Santos-Jundiaí que resolveu definitivamente o

problema da ligação entre o planalto de Piratininga e o porto de Santos, assegurando a

exportação do café. A Santos-Jundiaí “marcou o início efetivo de um sistema ferroviário

que, em poucos anos, se estenderá por toda a Província de São Paulo, propiciando o

surgimento de novas empresas, retalhando com seus trilhos o território paulista”

(MATOS, 1990: 77).

Outras cidades, ainda não beneficiadas pelos trilhos de ferro, passaram a se organizar

para ter “suas” próprias estradas. Foram criadas, então, três companhias que

procuraram ligação direta com a capital, sem utilizar-se do tronco inicial da Santos-

Jundiaí: Ituana, Sorocabana e Mogiana. A este estudo, interessa a Sorocabana.

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A mesma lei provincial que autorizara a construção da Ituana (que ia de Jundiaí a Itu)

autorizou também a construção da Sorocabana. Segundo a lei, a linha férrea para

Sorocaba partiria de Itu. Esse percurso, contudo, alongaria a distância entre a capital e

Sorocaba que “em ligação direta seria de 100 quilômetros, enquanto que pelo esquema

proposto chegaria a quase duzentos” (MATOS, 1990: 89). As desvantagens que tal

estrada acarretaria aos sorocabanos levou ao empreendimento consignado pela Lei

Provincial n° 33, de 29 de março de 1871.

O movimento pela Sorocabana foi encabeçado pelo polonês Luís Mateus Mailasky e a

construção foi iniciada em 13 de julho de 1872. Em 1875 foi aberto o primeiro trecho

até Sorocaba. A linha-tronco atingiu, em 1922, Presidente Epitácio. Antes disso, porém,

foram construídos vários ramais, a Sorocabana trocou de dono e foi fundida com a

Ituana em 1892. Em 1903, passou ao governo federal e em 1905 ao governo do estado

de São Paulo. Em 1971, a Estrada de Ferro Sorocabana compôs a estatal FEPASA.

Trens de passageiros trafegaram até 1999, quando foram suprimidos. Hoje, os trens

fazem apenas transportes de cargas, à exceção dos trechos metropolitanos2.

Processo de metropolização: século XX

A mesma sociedade bandeirante que se embrenhou no sertão em busca de riquezas

minerais e de mão-de-obra escrava indígena também se estabeleceu em grandes

propriedades rurais, produzindo os mais diversos gêneros, dentre os quais, gado e

cereais.

Com o passar dos séculos, foram se modificando as bases da economia agrária, com

as lavouras extensivas, imensas sesmarias ou com as pequenas propriedades de

imigrantes. Dúvidas sobre a forma de exploração econômica da região, desde o século

XIX até a primeira metade do XX, tornam os sítios relativos a esse período

extremamente significativos, pois a historiografia que foi produzida a respeito dos

2 Extraído do site www.estacoesferroviarias.com.br, em 20/05/2011.

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arredores da Grande São Paulo costuma tratar essa área como economicamente

decadente desde tempos coloniais em vistas de sua baixa fertilidade.

É dentro dessa perspectiva ampla que estudos relativamente recentes apontam para

outra direção: a estrutura econômica e social dos arredores de São Paulo foi

fortemente afetada pela introdução dos caminhos de ferro a partir da década de 1860

(LINS, 2003), o que inviabilizou a continuidade dos cargueiros – tropas de muares – e,

como conseqüência, a produção da lavoura de larga escala.

No entanto uma série de povoados floresce neste mesmo processo de expansão

ferroviária, como é o caso de Osasco, Itapevi e Jandira, surgidas no entorno da ferrovia

Sorocabana. Assim, cidades outrora importantes no cenário da colônia – Cotia e

Santana de Parnaíba –, vão gradativamente perdendo dinamismo no império e na

república, isso até entrar em cena o processo de metropolização do entorno da capital,

fenômeno da segunda metade do século XX.

Expansão urbana: região oeste da RMSP

Três foram os eixos de circulação principais que orientaram a ocupação do território da

porção oeste da atual Região Metropolitana de São Paulo. O primeiro deles foi o rio

Tietê, cujo curso possibilitou a entrada ao interior. Até o final do século XIX os

povoamentos restringiam-se às áreas marginais ao Tietê, acompanhando seu curso.

Algumas pequenas aglomerações urbanas se faziam presentes, porém permaneciam

isoladas do todo da metrópole, uma vez que poucas eram as rotas, caminhos ou

estradas que pudessem conectar esses espaços.

A construção da ferrovia transformou bastante esse cenário, fazendo com que os

municípios da região oeste se “aproximassem” da capital, conectando e de certa forma

agrupando tal território. A chegada da ferrovia transforma a percepção de tempo e

distância, fazendo com que negócios, moradias, e atividades complementares às

realizadas no centro da cidade de São Paulo, passassem a ser realizadas também

nessa região. Ao longo do curso da estrada de ferro a população foi se adensando e

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atividades produtivas e econômicas se aglomerando, de forma que alguns núcleos

recobraram importância mostrando centralidade e conformando uma incipiente rede de

cidades, onde São Paulo, desde então, tinha primazia.

O terceiro eixo de ocupação acompanhou o traçado da rodovia Raposo Tavares, cuja

denominação atual foi dada no ano de 1954. Anteriormente era conhecida como

estrada “São Paulo – Paraná”. A rodovia inicia-se no bairro paulistano do Butantã

seguindo na direção sudoeste do estado, cortando o interior paulista e conectando

esse espaço às capitais paulista e paranaense.

Estes três vetores, rio Tietê, ferrovia e rodovia Raposo Tavares não se sobrepõem;

cada um deles marca a ocupação de determinado território no interior da mancha

urbana oeste da grande São Paulo.

Os municípios de Carapicuíba, Barueri e Santana de Parnaíba, têm seus núcleos

centrais vinculados a curso do rio Tietê, apesar da influência da ferrovia no território

destes. Por sua vez, Jandira e Itapevi são municípios que estão diretamente vinculados

à circulação ferroviária. Ambos são resultados de povoados surgidos ao redor de

estações da Sorocabana, e faziam parte do município de Cotia, do qual se

emanciparam na segunda metade do século XX. Já os municípios de Cotia e Vargem

Grande Paulista apresentam aglomerações urbanas que acompanham o eixo da

rodovia Raposo Tavares. Eixo já antigo, uma vez que este era o caminho que

conectava o povoamento de São Paulo aos estados do Sul.

A expansão da mancha urbana do município de São Paulo, e também de Osasco,

contribuiu para o crescimento urbano da região. Além da implementação de novos

eixos de circulação, sendo o mais recente o Trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas,

cujas áreas vizinhas estão sendo urbanizadas. Outra pressão para a urbanização das

áreas é o crescente loteamento em municípios cujos territórios ainda são pouco

urbanizados.

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A explosão demográfica na RMSP deu-se durante as décadas de 1970 e 1980. Na

região oeste o processo de expansão da metrópole teve ritmo mais lento que para

outras regiões, mas o padrão observado não foi diferente: uma combinação entre

abertura de loteamentos irregulares, construção de grandes conjuntos habitacionais e

estabelecimento de infra-estrutura radial que ligava as áreas recém urbanizadas às

mais antigas e consolidadas, onde estavam os empregos.

Desde então a população dos municípios no oeste da Grande São Paulo vêm

crescendo a taxas bastante altas. Com exceção de Osasco, a população de todos os

outros municípios da região cresceu, entre 1991 e 2000, a taxas mais altas que a

média da Região Metropolitana, que é de 1,63% ao ano. Santana de Parnaíba teve o

maior crescimento proporcional: 7,89% ao ano, o que levou sua população a

praticamente dobrar em 9 anos. E mais: municípios que já tinham na década de 90

uma densidade demográfica alta, como Barueri e Jandira, seguiram crescendo muito,

acima dos 4% ao ano. Esse crescimento se deu principalmente por meio da expansão

das áreas urbanas e também pelo adensamento das áreas já ocupada (ELEMENTOS,

2005).

A região oeste, porém, possui uma particularidade. Ela foi o primeiro setor da Grande

São Paulo a desenvolver um tipo específico de urbanização que passou a se reproduzir

em outros lugares: a criação de loteamentos fechados ou condomínios para a classe

média alta, que saem dos bairros centrais em busca de melhor qualidade ambiental e

de vida.

Abastecimento de água nos municípios envolvidos

A RMSP é o maior e mais populoso aglomerado urbano do país e um dos cinco

maiores do mundo, concentrando quase 20 milhões de habitantes.

Dos 39 municípios, 31 pertencem ao Sistema Integrado de Abastecimento de Água,

operado pela SABESP.

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O adensamento populacional e urbano vem acompanhado da pressão sobre o

abastecimento de água em todos os municípios da RMSP, além da sobrecarga do

sistema de captação de esgoto e coleta de lixo, serviços de que muitos municípios não

dispõem para toda a área urbana em seus territórios. O projeto de construção de uma

adutora pela Sabesp prevê justamente incorporar ao setor oeste da Região

Metropolitana mais um reservatório, com o intuito de complementar o abastecimento de

água na região.

O abastecimento de água nesta região de estudo dá-se através dos sistemas de

captação, tratamento e distribuição de água das sub-bacias Pinheiros – Pirapora e

também do Sistema Cantareira.

O Cantareira é formado por cinco reservatórios produtores de água sendo quatro

localizados na Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (Cachoeira,

Atibainha, Jaguarí e Jacareí) e um no Alto Tietê (Paiva Castro). A interligação dos

reservatórios do Cantareira é considerada a maior rede de abastecimento público da

América Latina. O Sistema fornece, na sub-região, água para Carapicuíba, Osasco e

parte dos municípios de Barueri, Itapevi e Santana de Parnaíba. Já os municípios de

Jandira e também partes de Barueri e Itapevi são abastecidos pelo Sistema Baixo Cotia

(que compõe o sistema Pinheiros – Pirapora). Pequenas áreas de Santana de

Parnaíba, Barueri e Itapevi contam com sistemas locais de abastecimento, compostos

de captações superficiais (em córregos e ribeirões na região) e subterrâneas (poços

profundos). As sub-bacias sofrem com problemas como assoreamento de cursos

d’água, erosão, inundações e falta de água para abastecimento público (ELEMENTOS,

2005).

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Tabela 2: Sistemas de Abastecimento de água - RMSP.

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Sistema de Abastecimento

Principais Mananciais Sedes Urbanas Atendidas

Cantareira Represas Jaguari, Jacareí, Atibainha,

Cachoeira e Paiva Castro

Barueri; Caieiras; Cajamar; Carapicuíba; Francisco Morato; Franco da Rocha; Guarulhos;

Osasco; São Caetano do Sul; São Paulo

Guarapiranga Represas Guarapiranga e Billings (Taquacetuba)

e Rio Capivari

Cotia; Embu; Itapecerica da Serra; São Paulo; Taboão da Serra

Alto Tietê

Represas Paraitinga, Ponte Nova, Jundiaí,

Biritiba-Mirim e Taiaçupeba

Arujá; Ferraz de Vasconcelos; Itaquaquecetuba; Guarulhos; Mauá; Mogi da Cruzes; Poá;

Suzano; São Paulo

Rio Claro Rio Claro - Represa Ribeirão do Campo

Mauá; Ribeirão Pires; Santo André; São Paulo

Rio Grande Represa Billings - Braço

do Rio Grande Diadema; Santo André; São

Bernardo do Campo

Alto Cotia Represas Pedro Beicht e

Cachoeira da Graça

Cotia; Embu; Embu-Guaçu; Itapecerica da Serra; Vargem

Grande Paulista

Baixo Cotia Rio Cotia - Isolinas Barueri; Itapevi; Jandira

Ribeirão da Estiva

Ribeirão da Estiva Rio Grande da Serra

Sistemas Isolados

Mananciais Superficiais / Mistos

Biritiba-Mirim; Juquitiba; Mairiporã; Pirapora do Bom Jesus;

Salesópolis; Santana de Parnaíba; São Lourenço da Serra

Fonte: ANA - Agência Nacional de Águas, 2010.

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Tabela 3: Perfil dos municípios envolvidos no projeto.

Figura 1: Déficit hídrico na RMSP.

Município

Po

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o (

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b.)

Gra

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e

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)

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e lix

o (

%)

Barueri 228.962 100 81 70 27 100

Carapicuíba 389.118 100 89 55 6 100

Cotia 206.750 100 93 36 0 90

Ibiúna 71.899 35 86,7 42 Sem informação 94

Jandira 110.081 100 90 57 0 80

Juquitiba 28.955 77 69,5 15,2 Sem informação 90

Santana de Parnaíba 112.703 100 69 26 0 100

Vargem Grande Paulista 44.019 100 53 19 0 100

Organização: Zanettini Arqueologia, 2011

Fonte: SEADE, 2011.

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6. METODOLOGIA

A metodologia desta pesquisa foi estabelecida a partir dos estágios de investigação

propostos por Schiffer et alli (1978: 16-18): estudos de base (levantamento

bibliográfico), reconhecimento (visitas técnicas) e levantamento intensivo (escavação

amostral). Via de regra, o Diagnóstico Não Interventivo desenvolve de forma mais

incisiva as duas primeiras etapas, ficando a terceira para a fase de Prospecção.

Dentro deste trabalho, em razão da necessidade de incluir o traçado da sub-adutora

Gênesis neste Programa, não contemplada no Diagnóstico original da adutora tronco

(2010b), foram realizados estudos de base e de reconhecimento com foco no trecho

setentrional do sistema, compreendendo em torno de 15 km dentro dos municípios de

Carapicuíba, Barueri e Santana do Parnaíba. O conjunto dessas ações envolveu:

Em gabinete:

Obtenção dos dados do projeto;

Levantamento de dados e construção do quadro arqueológico de referência para

a região envolvente, tendo como base o CNSA Iphan (www.iphan.gov.br) e o

Levantamento dos sítios arqueológicos do estado de São Paulo (IPHAN et al.,

2007);

Preparação de cartografia de apoio, com a subdivisão da adutora principal, das

obras de arte e dos ramais em trechos de estaqueamento, denominados Trecho

A até L (Anexo 1).

Em campo:

Varredura sistemática ao longo do traçado projetado, buscando identificar

porções dotadas de melhor visibilidade, áreas expostas e/ou submetidas a

intervenções antrópicas. Caminhamento e observação sistemática de superfície

na área a ser diretamente afetada (ADA) e áreas adjacentes (AID/ AII) ao

empreendimento, definindo Unidades de Prospecção;

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Observação das edificações situadas ao longo dos trechos e suas adjacências,

objetivando a caracterização do ambiente construído e o entendimento do

processo de ocupação e urbanização dos municípios envolvidos;

Reconhecimento do patrimônio histórico e arqueológico da área e do entorno;

Marcação das zonas inspecionadas em GPS portátil e captação seqüenciada de

imagens fotográficas em meio digital;

Obtenção de informações orais por meio de entrevistas com moradores das

áreas vistoriadas, no intuito de registrar informações sobre bens dotados de

interesse cultural para a comunidade.

Em gabinete (pós-campo):

Análise das informações colhidas e recomendações quanto aos procedimentos

arqueológicos futuros.

Para o conjunto do sistema – adutora tronco, sub-adutora e demais obras – foram

desenvolvidas, de forma integrada, ações extensivas e intensivas de pesquisa da

subsuperfície do terreno, possibilitando a caracterização e a valoração do patrimônio

arqueológico passível de impactos de natureza diversa (CARVALHO, 2007; BICHO,

2011).

A prospecção do tipo extensivo abarca áreas que eventualmente teriam potencial

arqueológico mais elevado (CARVALHO, 2007) que, no nosso caso, estariam no

entorno imediato da Ocorrência Arqueológica e dos Sítios Históricos de Interesse

Arqueológico (SHIAs) identificados pelo Diagnóstico e descritos na tabela abaixo:

Bem identificado (Diagnóstico) Coordenadas UTM

SD’69 23K Descrição

SHIA 01 (Casas Submersas) 280440/ 7350647 Edificações anteriores aos anos de 1950 submersos em áreas

próximas as margens da represa.

SHIA 04 (Casa João Miguel) 284404/ 7365870 Casa de taipa construída nos anos de 1920 por um dos primeiros

moradores do Bairro dos Paulos.

SHIA 05 (Fazenda Nascimento) 298087/ 7386406 Sede, capela e demais benfeitorias da fazenda Nascimento, de

construção do fim do século XIX/ inicio do século XX.

SHIA 06 (Fábrica de Sabão) 303738/ 7392113 Antiga fábrica desativada de construção anterior aos anos de

1970. Ocorrência 01 310166/ 7397692 Lítico lascado próximo ao rio Cotia.

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Por sua vez, a prospecção do tipo intensivo ou sistemático pode se dar tanto por meio

da cobertura total dos terrenos, como por meio de amostragem, neste caso realizada a

cada 50 m ao longo da área do empreendimento. Dessa forma, o presente Programa

conjugou abordagens oportunísticas (prospecções extensivas) e sistemáticas de

cobertura total (prospecções intensivas).

A prospecção intensiva foi caracterizada pela abertura de 3153 Unidades de Escavação

(doravante denominadas UEs), escavadas com ferramentas até atingir as dimensões

aproximadas de 30cm X 30cm X 1m, com espaçamento médio de 50 m entre elas. Nos

locais onde os taludes apresentavam indícios de ainda manter características

topomorfológicas originais relativamente íntegras, ao invés de serem escavadas UEs

foram retificados os perfis desses taludes, propiciando a visualização da estratificação

do terreno. Em ambos os casos o sedimento resultante foi revolvido e examinado, com

ferramentas, ou peneirado, de acordo com sua consistência (Prancha 3).

A prospecção extensiva (143 UEs) aconteceu em locais por onde passará a adutora e

que estão situados ou nas proximidades de algumas das SHIAs ou em áreas de grande

potencial para o assentamento humano (caso da área da ETA de Caucaia, por

exemplo), independentemente de terem sido contempladas pela malha sistemática ou

não. Como é fácil de depreender, muitas vezes a malha sistemática não permite a

alocação de intervenções nos locais com maior potencial para a existência de vestígios

arqueológicos sendo necessário, nesse caso, a abertura de sondagens

independentemente de marcação prévia (Prancha 4).

Com relação à metodologia utilizada na investigação subaquática na área da

ensecadeira temporária, estrutura de terra que viabilizará a construção da Captação

foram utilizadas técnicas de prospecção por linhas direcionais, quando mergulhadores

seguem cursos pré-estabelecidos através de bússolas, além de prospecção por

pêndulos e círculos concêntricos, quando os arqueólogos-mergulhadores estabelecem,

a partir de um ponto fixo, semi-círculos (no caso dos pêndulos) ou círculos sucessivos

3 Foram escavadas 458 UEs no total. Outras 67 foram projetadas, durante o desenrolar do trabalho, mas tiveram que ser canceladas, pois o terreno, que em princípio parecia favorável, após exame mais detalhado, revelou-se inapropriado, seja pela presença de brejos, existência de tubulação, camada de brita e assim por diante.

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cujos raios são gradualmente aumentados na medida em que as áreas são percorridas.

Essas técnicas, para o caso brasileiro foram adaptadas e desenvolvidas por Rambelli

(2002) e serão detalhadas no tópico referente ao trabalho subaquático.

Definições de conceitos arqueológicos

Neste tópico explicamos quais são os conceitos arqueológicos utilizados nesta

pesquisa, tendo em vista um melhor esclarecimento dos procedimentos adotados e dos

resultados alcançados.

Locais onde for detectada a presença de três ou mais peças a uma distância máxima

de 10 metros entre elas são considerados sítios arqueológicos, sendo que as

manifestações arqueológicas que não satisfizerem estas condições serão denominadas

“ocorrências arqueológicas isoladas” (OC) (ARAÚJO, 2001: 155). As peças isoladas

localizadas num raio máximo de 30 metros umas das outras são englobadas em uma

mesma Ocorrência Arqueológica, para fins de descrição, embora essas peças possam

estar relacionadas a fenômenos diferenciados. A importância destas ocorrências não

pode ser subestimada, uma vez que são potencialmente informativas a respeito de

locais onde atividades específicas ocorreram, sendo fundamentais para o

desenvolvimento de interpretações em escala regional.

A definição de Sítios Históricos de Interesse Arqueológico (SHIAs) tem sua origem

formalizada em GT de Arqueologia Histórica, promovido em 2010 pelo CNA/ DEPAM/

IPHAN. Embora o documento não tenha sido efetivamente transformado em portaria,

fornece-nos elementos para a abordagem de locais com vestígios de atividade humana

recente (notadamente do século XX), passíveis de intervenções arqueológicas,

seguindo as mesmas metodologias aplicadas a sítios arqueológicos. Do ponto de vista

jurídico, esses sítios históricos não são elevados à categoria de sítio arqueológico. Tais

exemplares permitirão, ainda, enfocar aspectos relativos à cultura material das

comunidades da área, em sintonia com termo de referência que vem sendo desenhado

pelo IPHAN.

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7. RESULTADOS OBTIDOS

A investigação de campo ocorreu no mês de abril do corrente, com intuito de investigar

a área afetada pela adutora de água bruta São Lourenço (adutora tronco, 80 km) e pela

sub-adutora Gênesis (15 km) através de prospecção de subsuperfície e demais

investigações pertinentes (caminhamentos, por ex.).

7.1. Sub-adutora Gênesis

O trabalho nos terrenos afetados pela sub-adutora Gênesis revelou que a prospecção

preventiva de subsuperfície seria inviável, tendo em vista que é área urbanizada, a

despeito das áreas de proteção ambiental lindeiras, notadamente, o Núcleo Barueri do

Parque Ecológico do Tietê (Prancha 5). Todo o trecho, principalmente aquele que

margeia o rio Tietê, sofreu drástica mudança na paisagem devido à retificação do curso

do referido rio, a qual demandou obras em grande escala que teriam alterado a

integridade e padrões de deposição dos eventuais vestígios arqueológicos (ver

Prancha 7). Essas alterações topomorfológicas, se não destruíram as possíveis jazidas

arqueológicas, soterram-nas sob espessos pacotes de aterros. Por outro lado, vestígios

arqueológicos que antes estivessem depositados na calha do rio, hoje poderiam estar a

seco, cobertos pelos aterros.

Exemplos recentes do potencial arqueológico confirmado dessa zona de interface entre

ambientes úmidos e ambientes secos são as escavações arqueológicas do projeto

Porto Maravilha, realizadas no Rio de Janeiro, as quais revelaram antigos cais

encobertos por grandes camadas de aterro4 realizadas nas primeiras décadas do

século XX. Por outro lado, no ano passado, foi localizado em um barranco na cidade de

Porto Feliz, celebrizada por ser o porto de partida das monções para Cuiabá,

expedições navais que seguiam para as minas do Mato Grosso pelos rios Tietê,

Grande, Pardo, dentre outros, um batelão, uma antiga embarcação de carga feita com

4 Extraído do site http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/03/01/escavacoes-de-obra-de-drenagem-da-zona-portuaria-encontram-restos-dos-cais-da-imperatriz-do-valongo-923909746.asp em 01/06/2011.

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um só tronco escavado5. Essa embarcação foi, séculos atrás, abandonada na margem

de um curso d’água que, em razão do assoreamento ou da mudança de curso de seus

meandros, acabou ficando parcialmente a seco.

Levando em consideração a limitação de escala de amostragem permitida pela

prospecção com ferramentas diante da dimensão das transformações ambientais da

faixa de terrenos a ser afetada pela sub-adutora, aponta-se como melhor estratégia de

abordagem arqueológica, para esse trecho, o Monitoramento arqueológico. Dentro das

condições verificadas em campo, nenhuma abordagem arqueológica teria condições de

realizar Unidades de Escavação com profundidades próximas àquelas necessárias

para a instalação dos dutos, em torno de 3-3,6 metros. E seriam justamente em

profundidades abaixo dos 2 m que estariam concentradas as melhores possibilidades

para a localização de vestígios arqueológicos nesse ambiente tão peculiar.

Especial atenção, dentro do futuro programa de Monitoramento, deve ser dada ao

trecho entre as estacas L 30 (23 K 296086/ 7382280) e L 90 (23 K 310044/ 7399364).

No intervalo entre essas estacas está o bairro Aldeia de Barueri, núcleo populacional

urbano surgido ainda no século XVII. Nele se destacam a capela da Aldeia de Barueri,

bem tombado em nível municipal, estadual e federal, e o sítio arqueológico existente

em seu entorno. Alertamos para o fato de que a futura sub-adutora, entre as estacas L

79 a L87, estaria entre 290 e 310 m do bem (levando em conta uma margem de

precisão de 10 m) (Prancha 6).

Finalmente, o único local dotado de potencial para prospecções preventivas com

ferramentas, dada a integridade da paisagem, é onde será construído o reservatório

Gênesis (23 K 308588/ 7405583, referência), o qual está no terreno do condomínio

Residencial Gênesis, mas que ainda carece de definição projetual.

5 Extraído do site http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,fossil-a-deriva,611816,0.htm em 01/06/2011.

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7.2. Adutora Tronco

No trabalho de prospecção da adutora tronco foi observada a seguinte situação de uso

e ocupação do solo. A maior parte das intervenções foi aberta ao S da rodovia Raposo

Tavares (SP 270), pois aquela região é bastante menos urbanizada que àquela situada

ao N da mencionada rodovia. Ainda assim, nos pequenos bairros rurais e no distrito de

Caucaia do Alto, justamente onde há indícios concretos de ocupação humana desde

muito tempo, verificou-se a impermeabilização do solo – pavimento de vias de

circulação – ou a presença de equipamentos de infraestrutura urbana nas faixas de

domínio das mesmas vias – tubulações, a exemplo da que será implantada.

TRECHOS E OBRAS JÁ SUBMETIDOS À PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA

Trecho/ obra Estaca início UTM (SD'69) Estaca fim UTM

A

0 23 K 280343 7352547 123 23 K 279756 7353726

261 23 K 281139 7355115 331 23 K 280996 7356117

465 23 K 282912 7357057 657 23 K 283959 7359518

806 23 K 282684 7360965 1083 23 K 283876 7365284

B

0 23 K 283882 7365291 41 23 K 284381 7365893

309 23 K 287273 7368750 444 23 K 288448 7370692

492 23 K 289080 7371120 506 23 K 289337 7371042

713 23 K 290893 7374114 866 23 K 290285 7376573

C 0 23 K 293612 7382979 10 23 K 293773 7382860

E 250 23 K 299410 7387869 313 23 K 300264 7388770

337 23 K 300381 7389203 403 23 K 300600 7390436

F 0 23 K 300172 7388562 30 23 K 300583 7388267

Chaminé de Equilíbrio

x x x 23 K 283870 7365268

Captação e EEAB (emerso)

x x x 23 K 280259 7352576

Estação de Tratamento de

Água de Caucaia do Alto

x x x 23 K 293317 7383017

Outros fatores que inviabilizaram a prospecção de subsuperfície em alguns trechos

rurais ou peri-urbanos, onde as escavações poderiam ser realizadas sem maiores

problemas causados pela interferência da ocupação humana atual, foram os acessos

viários precários e o cercamento das propriedades.

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Houve empecilhos de trânsito por vias bastante afetadas pela estação chuvosa, que,

neste ano, prolongou-se até início de maio. Soma-se isso ao fato dessas estradas

estarem em zonas de extração de madeira, trafegadas por veículos pesados que

deixam sulcos que não podem ser vencidos nem por veículos com tração nas quatro

rodas (ver Prancha 7).

O cercamento e parcelamento das propriedades, aspecto mais marcante a partir de

Caucaia do Alto para o N, impediu o acesso a muitos segmentos de terreno. Em alguns

casos os proprietários ou seus prepostos não foram encontrados no local.

O resultado das intervenções de subsuperfície foi a localização de uma baixa

quantidade de vestígios materiais contemporâneos e não contextualizados, portanto,

sem interesse arqueológico. Essas poucas peças só foram localizadas em trechos de

prospecção extensiva, em locais onde havia a possibilidade de se prospectar uma área

de terreno poligonal, e não uma faixa linear, caso da estrutura emersa da captação, da

chaminé de equilíbrio e da estação de tratamento de Caucaia do Alto. Na prospecção

intensiva, estabelecida sistematicamente na faixa onde será implantada a adutora,

nenhum vestígio foi encontrado.

Não foi possível realizar a prospecção de subsuperfície na fazenda Nascimento, local

do SHIA 05, pois a proprietária não se encontrava no local. Quando contatada, via

telefone, não autorizou a entrada da equipe, solicitando que os pesquisadores

retornassem noutro dia, o que foi impossível em razão do cronograma estabelecido

para a continuidade das atividades. De qualquer forma, o trajeto da adutora foi, como

conseqüência dos resultados do Diagnóstico arqueológico, desviado de seu eixo

original, evitando o impacto sobre o patrimônio edificado. Em razão da impossibilidade

de se realizar a prospecção preventiva no período determinado para o trabalho, tendo

em vista que o novo trajeto da adutora não afetará negativamente o bem, mas que a

região tem grande potencial arqueológico, aponta-se o Monitoramento arqueológico

como a melhor opção para a confirmação ou não desse potencial.

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7.3. Captação

A captação de água é uma estrutura caracterizada por tubos que ligam o reservatório

Cachoeira do França, represa construída pela Companhia Brasileira de Alumínio nos

anos 1950, à estação elevatória a ser construída pela Sabesp. Sua área de afetação é

pequena (576,6 m²), mas, para a implantação dessa estrutura será necessária a

construção de uma ensecadeira temporária de 34.864,5 m² e 17 m de altura, fato que

justifica plenamente uma avaliação arqueológica não só na faixa de depleção que será

afetada pela obra temporária, mas um avanço da prospecção à parte mais funda do

reservatório, empregando métodos e técnicas da arqueologia subaquática (Prancha 8).

A ensecadeira em questão será uma muralha de terra a ser construída no entorno dos

dutos de captação. Seu objetivo é conter a água, permitindo que o local onde será

instalada a ‘boca’ do Sistema Produtor São Lourenço fique em seco para as obras

necessárias. Uma vez que a represa apresenta grande variação de profundidade para

uma pequena área – os taludes são muito íngremes, descendo até os 17 m de

profundidade em apenas 50 m, a partir da margem – a pressão da massa de água

exercida sobre a estrutura é muito grande, requerendo a construção de uma verdadeira

muralha temporária, com área 60 vezes maior do que a que vai ser ocupada

permanentemente pela boca dos dutos (Prancha 9).

Após a construção da captação, a ensecadeira de terra será dragada, devolvendo as

feições originais ao terreno anteriormente ocupado por ela, segundo informações do

empreendedor (Pranchas 10 e 11).

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Metodologia empregada

A investigação arqueológica na faixa de depleção de reservatórios possui normatização

específica – portaria IPHAN/ Minc 28/2003 – na qual fica estabelecido que, para fins de

regularização ambiental e renovação de Licenças de Operação, todo lago artificial deve

ter a sua faixa de depleção – área resultante da diferença entre o nível máximo e o

nível mínimo de água – prospectada pela arqueologia. Já para as partes

permanentemente submersas dos reservatórios não há legislação específica, uma vez

que a Lei federal 7542/1989 se refere exclusivamente a embarcações soçobradas e

ainda em termos que permitem a exploração comercial desses sítios arqueológicos

submersos, situação em completo desalinho com as práticas hoje aplicadas pela

arqueologia contemporânea.

Por outro lado, a própria portaria IPHAN/MinC 230/2002, no seu artigo 2º aponta a

necessidade de realização de investigação em ‘todos os compartimentos afetados’.

Enxergando a normatização a partir de um princípio holístico6, obrigatoriamente somos

levados a constatar a necessidade de arqueologia também nas porções

permanentemente imersas do empreendimento, ainda mais nessa região,

arqueologicamente mal conhecida.

Ademais, para a realização de uma arqueologia efetivamente preventiva, ou seja, que

ocorreria antes do início das obras do empreendimento, a prospecção teria que

necessariamente ocorrer neste ano. No entanto, a estação chuvosa de 2011 foi de

grande pluviosidade, garantindo, dessa forma, um nível elevado da água dos

reservatórios. Assim, para este ano, a despeito de já estarmos no pico da estação seca

(julho-agosto), não se prevê maior diminuição do nível do reservatório, o que manterá

até mesmo as estruturas da faixa de depleção, submersas. Torna-se, portanto,

absolutamente necessário o emprego de arqueologia subaquática para a investigação

preventiva.

6 Princípio preconizado pelo promotor de justiça e coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda.

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Com relação à metodologia utilizada na pesquisa subaquática foram utilizadas técnicas

de prospecção por linhas direcionais, quando mergulhadores autônomos (equipados

com scuba, acrônimo de self contained undewater breathing apparatus) seguem cursos

pré-estabelecidos através de bússolas, além de prospecção por pêndulos e círculos

concêntricos, quando os arqueólogos-mergulhadores estabelecem, a partir de um

ponto fixo, semi-círculos (no caso dos pêndulos) ou círculos sucessivos cujos raios são

gradualmente aumentados na medida em que as áreas são percorridas. Essas

técnicas, para o caso brasileiro foram adaptadas e desenvolvidas por Rambelli (2002)

(Pranchas 12 a 14).

Essas técnicas, no entanto, permitem uma limitada abrangência da área a ser afetada

pela ensecadeira, pois a visibilidade dentro d’água se limita a, no máximo, 3 m, sendo

que, abaixo dos 9 m de profundidade ela cai sensivelmente no reservatório Cachoeira

do França. Tendo em vista que o tempo de permanência dos pesquisadores no fundo

depende do suprimento de ar carregado por eles, é praticamente impossível realizar

uma varredura presencial integral de toda a superfície do fundo atingida pela obra,

assim como na grande maioria dos trabalhos de arqueologia feita em áreas emersas,

mas por outros motivos (impermeabilização, vegetação, etc). Uma outra possibilidade

de prospecção, para áreas de baixa ou nula visibilidade seria a prospecção do fundo

através do tato, técnica bastante empregada em contextos localizados no próprio vale

do Ribeira (RAMBELLI, 2003, com referências anteriores para o baixo vale do Ribeira).

Nessa área do reservatório, no entanto, o uso dessa técnica não seria possível, tendo

em vista que o fino sedimento acumulado no fundo, uma vez espalhado pelo tato,

prejudicava ainda mais a visibilidade em um ambiente com diversos e perigosos

obstáculos, uma vez que a vegetação outrora existente nas porções alagadas quando

do fechamento da barragem, na década de 1950, não foi suprimida. Soma-se a isso o

fato do acumulo atual de sedimentos finos, nos paleo-leitos do rio Laranjeiras ter

formado espessas camadas lamosas em razão da perda de competência de transporte

de sedimentos das correntes.

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Dessa maneira, a despeito da faixa de terrenos entre o 0 e os 8 m de profundidade ter

sido integralmente prospectada, abaixo dos 9 m a prospecção ocorreu de forma

amostral, procurando ser estressada a avaliação da área da estrutura da captação.

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Levantamento geofísico

Tendo em vista as restrições de visibilidade para a realização da varredura integral com

arqueólogos-mergulhadores, na área da ensecadeira, empregou-se um sonar de

varredura lateral digital (side scan sonar, em inglês), aparelho que produz uma imagem

pictórica do fundo do reservatório através da emissão e captação de pulsos sonoros

(BAVA-de-CAMARGO, 2002) – uma ‘foto aérea’ do leito da represa. O aparelho

empregado, diferentemente do analógico, não gera registros em papel, mas arquivos

georeferenciados – graças a uma interface com o gps diferencial – os quais podem ser

analisados, tanto em tempo real, nas telas dos computadores instalados na

embarcação do levantamento ou posteriormente, em gabinete (Prancha 15).

Através dessa varredura geofísica é possível distinguir as feições naturais do fundo do

lago, inclusive as diferentes ‘texturas’ de fundo, as quais apontam a existência de

diferentes materiais formadores da geologia do reservatório – rocha, lama, areia, etc.

Outros elementos naturais perceptíveis são as formas de relevo e a vegetação

(Pranchas 16 e 17).

Além da paisagem natural, a paisagem geográfica também pode ser registrada.

Embora não tenham sido detectadas evidências de ocupação humana na área da

ensecadeira foram localizadas diversas evidências de embarcações naufragadas,

fornos de carvão, edificações, terrenos, estradas e cercas relativas ao período anterior

ao enchimento do reservatório, comprovando o potencial da represa como um grande

manancial para o entendimento da ocupação pretérita dessa sub-bacia do Ribeira de

Iguape.

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Um dos motivos da inexistência de ocupação humana exatamente no local da

ensecadeira pode ser explicado pela inclinação dos taludes que, como já foi

mencionado, despencam abruptamente em direção ao paleo-leito do rio Laranjeiras, o

curso d’água que outrora corria por ali. Ora, tais características, absolutamente

necessárias para a construção da captação – a qual não poderia jamais ficar a seco,

mesmo nas estiagens mais intensas – inviabilizavam a ocupação humana

anteriormente ao enchimento do reservatório. Entretanto, no entorno da ensecadeira,

em porções de terreno menos íngremes, estabelecidos em platôs que costumam ficar

emersos durante as estiagens, foram localizados dois bens culturais: o Sítio Histórico

de Interesse Arqueológico (SHIA) 07 e o SHIA 01, este último cadastrado na etapa de

Diagnóstico. Tendo sido submetido à avaliação mais detalhada nesta etapa de

Prospecção, passou a ser denominado como Sítio Arqueológico Cachoeira do França II

(Prancha 18).

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Passemos à descrição dos procedimentos de avaliação dos bens culturais materiais.

Sítio Arqueológico Cachoeira do França II

Cadastrado como SHIA 01, “Casas Submersas”, na etapa de Diagnóstico, sobre esse

bem incidia diretamente a captação da adutora, de acordo com o projeto original.

Após modificações projetuais, desviou-se a estrutura da captação do local do bem.

Apesar disso e tendo em vista que a ensecadeira da captação abrangeria uma área

dezenas de vezes maior que a estrutura permanente, resolveu-se efetuar uma

avaliação mais detalhada do posicionamento do bem com relação ao empreendimento,

assim como uma melhor contextualização da cultura material existente no sítio.

Através das informações orais do sr. Luiz Angiolucci, morador da região que indicou às

equipes de pesquisa a localização dos bens, efetuamos mergulhos exploratórios no

local do sítio com o objetivo de encontrar os baldrames de rocha apontados pelo sr.

Luiz. Segundo o informante, durante as secas eram visíveis alinhamentos de pedra que

se assemelhavam aos baldrames de edificações de pau-a-pique. Neste ano, de grande

volume de chuvas, a menor profundidade do sítio é de 2,4 m, estando, em média, sob 3

m de lâmina d’água.

Encontradas essas evidências estruturais de forma esparsa – vestígios de baldrames,

muros e bolsões de telhas capa e canal –, mergulhos orientados foram realizados

buscando possíveis conexões entre essas estruturas espalhadas, com o intuito de

levantar uma planta da(s) edificação(ões) submersas. Através de mergulhos com

bússola e trena foi possível definir uma área para a implantação do assentamento, de

400 a 500 m² na coordenada UTM 23 K 280488 7352621, mas não foi possível definir

uma planta fechada da estrutura. Isso se deve, em parte, ao fato de haver, sobre a

superfície do leito da represa, uma fina camada de sedimentos que recobre os

vestígios parcialmente enterrados. Apesar do terreno, nesse ponto da represa, ser

bastante compactado, com a presença de argila, pedriscos e mica em grande

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quantidade, o espalhamento da fina camada de lodo que recobre essa superfície

original provoca turvação da água, prejudicando os trabalhos (Pranchas 19 a 22).

Por outro lado, uma vez que não é raro o sítio ficar emerso nas estações secas, em

seu local são montados, sazonalmente, acampamentos de pesca, os quais

descaracterizaram, em parte a integridade do sítio. Uma vez que o platô submerso se

transforma em um promontório sólido, espaçoso, livre de vegetação e sem mergulhos

abruptos do talude mesmo nas porções que permanecem imersas durante as secas,

impedindo o escorregar dos pescadores incautos em águas profundas durante a pesca

na margem, a área do sítio se transforma em excelente local para o estabelecimento de

acampamentos temporários.

Esses acampamentos sazonais demandam o estabelecimento de estruturas

temporárias precárias – tendas de lona sobre cordas e paus – e geram bolsões de

refugo bastantes característicos, com grandes quantidades de garrafas de bebidas

alcoólicas e contentores de alimentos processados, notadamente latas. Tudo isso deixa

marcas impressas na paisagem do sítio, mas nada é mais característico que os restos

das fogueiras, perceptíveis pelas circunferências de rocha cheias de carvão e restos de

latas (Prancha 23).

A despeito de na área do sítio existirem afloramentos rochosos naturais, notamos que

algumas das rochas utilizadas para as fogueiras ou foram retiradas das estruturas do

sítio ou as próprias fogueiras foram criadas na contigüidade dos baldrames,

transformando-os em parte integrante da fogueira. Essa ação de reaproveitamento das

rochas e das estruturas definitivamente alterou a integridade das estruturas do sítio,

uma vez que há vestígios de praticamente meio século de acampamentos de pesca

sobre ele.

Quanto à cultura material móvel existente no sítio, além de grande quantidade de

vestígios de utensílios datados dos últimos 50 anos, provenientes dos acampamentos

de pesca, e dos bolsões de telhas, foram localizados alguns fragmentos datados da

primeira metade do século XX, apresentados nas Pranchas 24 e 25. Quanto ao fundo

de garrafa, este pode ser anterior, da última década do século XIX ou primeira do XX.

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Esse pequeno acervo, uma vez que aparenta estar separado cronologicamente do

acervo gerado pelos acampamentos de pesca pode indicar que a edificação que

outrora existiu naquele ponto foi abandonada antes da construção da represa, ou seja,

o abandono do local pode ter se dado não pela eminência do alagamento do

reservatório, mas por motivo anterior e não relacionado ao evento.

Tendo em vista as características do sítio observadas durante a pesquisa e levando em

conta que essa é uma região arqueologicamente mal conhecida, tendo reduzido

número de sítios arqueológicos cadastrados – em parte porque não houve grande

quantidade de pesquisas na região – o SHIA 01 passou a ser considerado como Sítio

Arqueológico Cachoeira do França II, sendo necessário, portanto, o seu registro junto

ao IPHAN (Anexo 2).

SHIA 07

Possui parte de sua área permanentemente emersa e uma porção na faixa de

depleção do reservatório, tendo como ponto central a coordenada 23 K 280284

7352412.

A despeito do grande acúmulo de telhas na porção emersa do SHIA, a cultura material

existente indica que o local foi ocupado por acampamentos sazonais de pesca. Talvez

pelo local estar perto de uma edificação conhecida na região como ‘Casa Rosada’, o

acampamento fosse uma estrutura mais sólida, ocupada pelos moradores ou visitantes

da Casa durante temporadas de pesca.

Na porção submersa foram encontrados fragmentos de garrafas de meados do século

XX e alguns tijolos. Novamente segundo o sr. Luiz, em períodos de estiagem ele

identificou vestígios de uma edificação naquele local, edificação essa que aparentava

ser mais nova que àquela identificada no local do Sítio Arqueológico, fato que parece

se comprovar (Prancha 26).

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8. DISCUSSÃO

A região perpassada pela adutora tem comprovadamente potencial arqueológico, como

indicado no Diagnóstico já apresentado ao Iphan, a despeito da não localização de

ocorrências e sítios arqueológicos na faixa a ser diretamente afetada pelo

empreendimento durante a fase de Prospecção.

A inexistência de vestígios durante a prospecção pode ser explicada pela abrangência

das intervenções arqueológicas, necessariamente pontuais, pois incidentes sobre uma

estreita faixa de terrenos, a despeito de sua extensão.

De fato, quando a prospecção ocorre em uma ampla área, como no caso da zona

selecionada para implantação da ensecadeira da captação e seu entorno submerso,

inúmeras evidências materiais de patrimônio arqueológico e de interesse arqueológico

são encontradas, contradizendo a idéia de que a região perpassada pela adutora é um

‘vazio’ arqueológico. Por um lado o reservatório inundou uma grande quantidade de

vestígios, estruturas e afeiçoamentos decorrentes de atividade humana pret+erita e

recente, mantendo-os a salvo de intervenções. E por outro lado, a lâmina d’água da

represa, longe de ser um empecilho à observação desse patrimônio inundado, permite

um “sobrevôo”, sem barreiras físicas – vegetação, cercas, edificações – do sonar de

varredura lateral sobre um vasto território, realizando um levantamento minucioso de

um ambiente subitamente abandonado há mais de 50 anos atrás.

Para o futuro, com o desenvolvimento do programa de Monitoramento, espera-se, para

a porção emersa do empreendimento, um resultado semelhante aquele obtido na

porção submersa.

A vantagem desse amplo monitoramento recai sobre a obtenção de uma vasta

amostragem subsuperficial que corta os principais eixos de deslocamento históricos e

pré-coloniais. A exemplo do trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas (DOCUMENTO,

2002), a avaliação arqueológica da adutora, em todas as suas fases de estudo, tem

permitido uma visão ‘transversal’ sobre eixos de deslocamento ancestrais. Ou seja, em

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razão de sua orientação ser no eixo dos quadrantes N-S, ela possibilita a análise de

uma região cujos sentidos principais de deslocamento, por séculos, deram-se

majoritariamente – mas não exclusivamente – no sentido E-W. A adutora, do ponto de

vista arqueológico, irá se configurar com uma extensa trincheira que, durante o

programa de Monitoramento, permitirá a verificação de uma ampla estratigrafia cultural.

Agregado a essa questão está o fato de que a largura da escavação, para a instalação

do cano, será relativamente pequena, e que, na maior parte das vezes, essa

escavação irá ocorrer em locais já impermeabilizados pelo pavimento das faixas de

rolamento, onde os arqueólogos hoje não dispõem mais de fácil acesso ao solo. Assim,

sem dúvida poderão ocorrer impactos sobre eventuais vestígios arqueológicos durante

as obras do empreendimento, mas haverá, igualmente, a possibilidade do registro de

contextos que, de outra forma, estariam encapsulados e inacessíveis.

Da mesma forma, mas em outra dimensão, a profundidade da escavação da vala

propiciará, aos arqueólogos, acesso a eventuais depósitos arqueológicos mais

profundos, típicos de regiões de várzea. Dentro do contexto atual de ocupação humana

e de circulação veicular metropolitano, aos arqueólogos seria impossível realizar esse

tipo de escavação profunda no eixo da vala, em intervalos regulares, pois exigiria um

aporte grande de recursos para uma amostragem que, ao fim e ao cabo seria

insatisfatória.

Dessa forma temos uma obra absolutamente vital para o abastecimento de água da

Região Metropolitana de São Paulo, a qual poderá vir a afetar contextos arqueológicos,

mas que, ao mesmo tempo, permitirá a detecção de recrusos numa porção da região

metropolitana, via de regra, ainda pouco conhecida do ponto de vista da arqueologia.

Assim, em termos de avaliação de impacto ambiental da obra sobre o meio antrópico,

há a possibilidade de dano sobre os recursos culturais materiais, o que é um fator

negativo, mas o conhecimento que poderá vir a ser gerado sobre uma região pouco

estudada pela arqueologia, caso o monitoramento ocorra em uníssono com as etapas e

frentes de obra, tenderia a atenuar esse impacto negativo.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

O Programa de Prospecção desenvolvido para os trechos emersos do empreendimento

da adutora tronco e da sub-adutora Gênesis, não conduziu à localização de vestígios

de interesse arqueológico na área diretamente afetada pela obra. Esses terrenos já

prospectados, portanto, não precisam ser submetidos ao programa de Monitoramento

arqueológico.

Tendo em vista, entretanto, o potencial arqueológico apontado pelo Diagnóstico

arqueológico para as áreas a serem afetadas pelo empreendimento, mas que não

puderam ser prospectados, seja por dificuldade de acesso ou em razão de estarem

recobertos por pisos e pavimentos, aponta-se a necessidade de desenvolvimento de

programa de Monitoramento arqueológico sistemático da obra, no intervalo entre as

estacas e nas obras arroladas na tabela abaixo:

TRECHOS A SEREM SUBMETIDOS AO MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

Trecho/ obra Estaca início UTM (SD'69) Estaca fim UTM

A

123 23 K 279756 7353726 261 23 K 281139 7355115

331 23 K 280996 7356117 465 23 K 282912 7357057

657 23 K 283959 7359518 806 23 K 282684 7360965

B

41 23 K 284381 7365893 309 23 K 287273 7368750

444 23 K 288448 7370692 492 23 K 289080 7371120

506 23 K 289337 7371042 713 23 K 290893 7374114

866 23 K 290285 7376573 1327 23 K 293599 7382522

C 10 23 K 293773 7382860 156 23 K 295996 7382247

D 0 23 K 296086 7382280 110 23 K 297102 7384091

E 0 23 K 297102 7384091 250 23 K 299410 7387869

313 23K 300264 7388770 337 23 K 300381 7389203

F 30 23 K 300583 7388267 115 23 K 301850 7388023

G 0 23 K 300704 7390543 616 23 K 309638 7395985

H 0 23 K 305634 7393967 43 23 K 305536 7394732

I 0 23 K 307964 7395314 50 23 K 308017 7396164

J 0 23 K 309656 7395991 135 23 K 310434 7397999

K 0 23 K 310439 7398004 115 23 K 312542 7398207

L (Gênesis) 0 23 K 310438 7398004 509 23 K 308593 7405586

Chaminé de Equilíbrio (CE) X x x 23 K 296019 7382190

Caixa de Válvulas e Interligação X x x 23 K 309627 7395984

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TRECHOS A SEREM SUBMETIDOS AO MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

Trecho/ obra Estaca início UTM (SD'69) Estaca fim UTM

RCTA Granja Carolina X x x 23 K 300568 7390367

Captação (ensecadeira) X x x 23 K 280422 7352501

Como já mencionado em tópico anterior, especial atenção, durante esse

Monitoramento, deve ser dada ao trecho entre as estacas L 30 (23 K 296086/ 7382280)

e L 90 (23 K 310044/ 7399364). No intervalo entre essas estacas está o bairro Aldeia

de Barueri, núcleo populacional urbano surgido ainda no século XVII. Nele se destacam

a capela da Aldeia de Barueri, bem tombado em nível municipal, estadual e federal, e o

sítio arqueológico existente em seu entorno. Alertamos para o fato de que a futura sub-

adutora, entre as estacas L 79 a L87, estaria entre 290 e 310 m do bem (levando em

conta uma margem de precisão de 10 m).

Do mesmo modo, deverão ser sistematicamente prospectados acessos, barracões de

obras, áreas de empréstimo, bota-foras e outras intervenções para as quais não se

contou à época dos levantamentos de campo com definição projetual a respeito mas

que implicarão em movimentação de solos (caso do reservatório Gênesis, por ex), a fim

de se afastar por completo a possibilidade de dano, mutilação e/ou destruição de

eventuais evidências isoladas ou sítios arqueológicos enterrados que possam

porventura ter escapado aos procedimentos sistemáticos de avaliação de subsuperfície

até o presente momento desenvolvidos.

Nas proximidades do trecho submerso do empreendimento foram identificados um Sítio

Arqueológico – Cachoeira do França II – e um sítio histórico de interesse arqueológico

(SHIA 07), ambos localizados no entorno da ensecadeira temporária que viabilizará a

construção da estrutura da captação, a salvo de impactos. Entretanto, em razão dos

bens estarem relativamente próximos da ensecadeira projetada (40 m, com margem de

erro de 15 m), recomenda-se igualmente o monitoramento das obras de modo a se

evitar impactos indesejáveis aos recursos envolvidos.

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Assim, visando à proteção do sítio arqueológico Cachoeira do França II, recomenda-se,

no período de realização das obras no local, a aplicação e manutenção de sinalização

dos perímetros do referido sítio com bóias balizadoras. Com isso se espera evitar

qualquer dano que possa ocorrer ao patrimônio durante a execução das intervenções.

Diante do exposto somos favoráveis à liberação arqueológica do empreendimento para

fins de obtenção da Licença de Instalação, mediante o devido monitoramento das

obras conforme mencionado, procedendo-se ao devido resgate de eventuais

ocorrências e\ou sítios arqueológicos que venham a ser porventura detectados na faixa

de terrenos a ser diretamente afetada pelo empreendimento.

Do mesmo modo, deverá ser desenvolvido programa de educação patrimonial

devotado à socialização dos resultados, conforme determina a legislação relacionada à

preservação do patrimônio arqueológico, histórico e cultural

Sem mais por ora, aguardamos a deliberação dessa Superintendência Estadual e nos

colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

São Paulo, 05 de Outubro de 2011.

Prof. Dr. Paulo Eduardo Zanettini

Arqueólogo Responsável

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ZANETTINI, Paulo E. (1998). Calçada do Lorena: o caminho para o mar. Dissertação de

mestrado. FFLCH/USP. São Paulo. ZANETTINI, Paulo E. (2005). Maloqueiros e seus palácios de barro: o cotidiano doméstico

na Casa Bandeirista. Tese de Doutorado, Museu de Arqueologia e Etnologia, USP, São Paulo, 2005.

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sabesp

88

ANEXO 1

Coordenadas UTM da obra e das intervenções arqueológicas

Ponto Referências UTM (SD'69)

Trecho A 0000 Estaca adutora 23 K 280343 7352547

Trecho A 1083 Estaca adutora 23 K 283876 7365284

Trecho B 0000 Estaca adutora 23 K 283882 7365291

Trecho B 1327 Estaca adutora 23 K 293599 7382522

Trecho C 000 Estaca adutora 23 K 293612 7382979

Trecho C 156 Estaca adutora 23 K 295996 7382247

Trecho D 000 Estaca adutora 23 K 296086 7382280

Trecho D 110 Estaca adutora 23 K 297102 7384091

Trecho E 000 Estaca adutora 23 K 297102 7384091

Trecho E 403 Estaca adutora 23 K 300600 7390436

Trecho F 000 Estaca sub-adutora 23 K 300172 7388562

Trecho F 115 Estaca sub-adutora 23 K 301850 7388023

Trecho G 000 Estaca adutora 23 K 300704 7390543

Trecho G 616 Estaca adutora 23 K 309638 7395985

Trecho H 00 Estaca sub-adutora 23 K 305634 7393967

Trecho H 43 Estaca sub-adutora 23 K 305536 7394732

Trecho I 00 Estaca sub-adutora 23 K 307964 7395314

Trecho I 50 Estaca sub-adutora 23 K 308017 7396164

Trecho J 000 Estaca adutora 23 K 309656 7395991

Trecho J 135 Estaca adutora 23 K 310434 7397999

Trecho k 000 Estaca adutora Aldeinha 23 K 310439 7398004

Trecho k 115 Estaca adutora Aldeinha 23 K 312542 7398207

Trecho L 000 Estaca sub-adutora Gênesis 23 K 310438 7398004

Trecho L 509 Estaca sub-adutora Gênesis 23 K 308593 7405586

C 01 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283870 7365268

C 02 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283885 7365285

C 03 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283883 7365287

C 04 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283885 7365290

C 05 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283888 7365288

C 06 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283902 7365303

C 07 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283926 7365281

C 08 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 283894 7365246

CAP 01 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280259 7352576

CAP 02 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280291 7352595

CAP 03 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280322 7352617

CAP 04 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280356 7352628

CAP 05 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280374 7352634

CAP 06 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280396 7352618

CAP 07 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280431 7352569

CAP 08 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280402 7352540

CAP 09 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280407 7352527

CAP 10 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280422 7352501

CAP 11 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280413 7352495

CAP 12 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280393 7352519

CAP 13 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280385 7352525

CAP 14 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280320 7352489

CAP 15 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280299 7352508

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sabesp

89

Ponto Referências UTM (SD'69)

CAP 16 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280287 7352532

CAP 17 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280274 7352525

CAP 18 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280203 7352482

CAP 19 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280166 7352469

CAP 20 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280130 7352464

CAP 21 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280091 7352427

CAP 22 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280089 7352428

CAP 23 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280088 7352445

CAP 24 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280115 7352472

CAP 25 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280126 7352480

CAP 26 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280158 7352497

CAP 27 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280177 7352503

CAP 28 CAPTAÇÃO E EEAB 23 K 280282 7352540

CE 01 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 296019 7382190

CE 02 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 295992 7382250

CE 03 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 296088 7382286

CE 04 CHAMINÉ DE EQUILIBRIO 23 K 296112 7382225

CV 01 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309627 7395984

CV 02 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309622 7395999

CV 03 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309641 7396028

CV 04 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309667 7396048

CV 05 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309679 7396057

CV 06 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309700 7396063

CV 07 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309704 7396063

CV 08 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309711 7396060

CV 09 CAIXA DE VÁLVULAS E INTERLIGAÇÃO 23 K 309724 7396026

ETA 01 ETA 23 K 293317 7383017

ETA 02 ETA 23 K 293339 7383115

ETA 03 ETA 23 K 293351 7383157

ETA 04 ETA 23 K 293368 7383152

ETA 05 ETA 23 K 293373 7383149

ETA 06 ETA 23 K 293377 7383147

ETA 07 ETA 23 K 293412 7383140

ETA 08 ETA 23 K 293428 7383131

ETA 09 ETA 23 K 293435 7383126

ETA 10 ETA 23 K 293441 7383118

ETA 11 ETA 23 K 293446 7383112

ETA 12 ETA 23 K 293478 7383114

ETA 13 ETA 23 K 293547 7383112

ETA 14 ETA 23 K 293599 7383112

ETA 15 ETA 23 K 293622 7383110

ETA 16 ETA 23 K 293647 7383104

ETA 17 ETA 23 K 293667 7383086

ETA 18 ETA 23 K 293679 7383062

ETA 19 ETA 23 K 293681 7383042

ETA 20 ETA 23 K 293674 7383005

ETA 21 ETA 23 K 293685 7382966

ETA 22 ETA 23 K 293707 7382935

ETA 23 ETA 23 K 293765 7382889

ETA 24 ETA 23 K 293764 7382867

ETA 25 ETA 23 K 293728 7382894

ETA 26 ETA 23 K 293725 7382890

ETA 27 ETA 23 K 293732 7382882

ETA 28 ETA 23 K 293735 7382877

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sabesp

90

Ponto Referências UTM (SD'69)

ETA 29 ETA 23 K 293736 7382872

ETA 30 ETA 23 K 293739 7382802

ETA 31 ETA 23 K 293732 7382799

ETA 32 ETA 23 K 293725 7382796

ETA 33 ETA 23 K 293719 7382797

ETA 34 ETA 23 K 293716 7382796

ETA 35 ETA 23 K 293715 7382796

ETA 36 ETA 23 K 293693 7382788

ETA 37 ETA 23 K 293690 7382786

ETA 38 ETA 23 K 293684 7382784

ETA 39 ETA 23 K 293666 7382783

ETA 40 ETA 23 K 293663 7382782

ETA 41 ETA 23 K 293623 7382598

ETA 42 ETA 23 K 293620 7382576

ETA 43 ETA 23 K 293618 7382551

ETA 44 ETA 23 K 293616 7382551

ETA 45 ETA 23 K 293591 7382500

ETA 46 ETA 23 K 293494 7382531

ETA 47 ETA 23 K 293476 7382530

ETA 48 ETA 23 K 293472 7382531

ETA 49 ETA 23 K 293436 7382524

ETA 50 ETA 23 K 293410 7382531

ETA 51 ETA 23 K 293398 7382552

ETA 52 ETA 23 K 293396 7382585

ETA 53 ETA 23 K 293398 7382674

ETA 54 ETA 23 K 293352 7382699

ETA 55 ETA 23 K 293312 7382739

ETA 56 ETA 23 K 293293 7382740

ETA 57 ETA 23 K 293283 7382752

ETA 58 ETA 23 K 293275 7382773

ETA 59 ETA 23 K 293268 7382776

ETA 60 ETA 23 K 293268 7382778

ETA 61 ETA 23 K 293262 7382780

ETA 62 ETA 23 K 293276 7382867

RCAT 01 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300568 7390367

RCAT 02 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300563 7390372

RCAT 03 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300569 7390385

RCAT 04 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300585 7390395

RCAT 05 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300607 7390446

RCAT 06 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300624 7390466

RCAT 07 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300675 7390518

RCAT 08 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300708 7390543

RCAT 09 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300710 7390541

RCAT 10 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300711 7390534

RCAT 11 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300719 7390526

RCAT 12 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300718 7390520

RCAT 13 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300706 7390512

RCAT 14 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300710 7390507

RCAT 15 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300721 7390500

RCAT 16 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300727 7390493

RCAT 17 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300732 7390485

RCAT 18 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300734 7390483

RCAT 19 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300728 7390469

RCAT 20 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300720 7390459

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sabesp

91

Ponto Referências UTM (SD'69)

RCAT 21 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300686 7390425

RCAT 22 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300668 7390416

RCAT 23 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300652 7390431

RCAT 24 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300641 7390417

RCAT 25 RCAT GRANJA CAROLINA 23 K 300632 7390423

RG 01 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308588 7405583

RG 02 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308593 7405575

RG 03 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308593 7405573

RG 04 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308593 7405572

RG 05 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308602 7405573

RG 06 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308607 7405573

RG 07 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308607 7405574

RG 08 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308614 7405571

RG 09 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308616 7405571

RG 10 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308618 7405571

RG 11 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308620 7405571

RG 12 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308623 7405571

RG 13 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308625 7405572

RG 14 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308627 7405572

RG 15 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308628 7405573

RG 16 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308630 7405574

RG 17 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308631 7405575

RG 18 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308634 7405577

RG 19 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308640 7405583

RG 20 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308641 7405585

RG 21 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308637 7405581

RG 22 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308643 7405588

RG 23 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308643 7405588

RG 24 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308667 7405562

RG 25 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308667 7405508

RG 26 RESERVATÓRIO GENESIS 23 K 308588 7405507

TD 01 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300159 7388566

TD 02 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300185 7388592

TD 03 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300201 7388649

TD 04 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300207 7388668

TD 05 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300211 7388653

TD 06 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300211 7388650

TD 07 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300198 7388586

TD 08 TÚNEL (DESEMBOQUE) 23 K 300175 7388551

TE 01 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299416 7387858

TE 02 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299406 7387869

TE 03 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299401 7387874

TE 04 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299413 7387885

TE 05 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299420 7387876

TE 06 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299424 7387869

TE 07 TÚNEL (EMBOQUE) 23 K 299424 7387865

23 UE positiva 23 K 280290 7352558

023 B UE positiva 23 K 280294 7352560

023 C UE positiva 23 K 280292 7352553

023 D UE positiva 23 K 280285 7352555

34 UE positiva 23 K 280232 7352503

034 A UE positiva 23 K 280231 7352508

034 D UE positiva 23 K 280228 7352501

36 UE positiva 23 K 280278 7352524

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sabesp

92

Ponto Referências UTM (SD'69)

036 D UE positiva 23 K 280273 7352522

428 UE positiva 23 K 293430 7382880

433 UE positiva 23 K 293430 7383130

4 UE cancelada 23 K 280314 7352624

5 UE cancelada 23 K 280337 7352635

6 UE cancelada 23 K 280359 7352645

7 UE cancelada 23 K 280382 7352656

12 UE cancelada 23 K 280347 7352612

13 UE cancelada 23 K 280370 7352622

14 UE cancelada 23 K 280392 7352633

15 UE cancelada 23 K 280108 7352473

16 UE cancelada 23 K 280131 7352484

17 UE cancelada 23 K 280154 7352494

27 UE cancelada 23 K 280380 7352600

28 UE cancelada 23 K 280403 7352610

29 UE cancelada 23 K 280119 7352450

42 UE cancelada 23 K 280414 7352588

49 UE cancelada 23 K 280424 7352565

55 UE cancelada 23 K 280377 7352488

56 UE cancelada 23 K 280400 7352499

62 UE cancelada 23 K 279816 7352350

63 UE cancelada 23 K 279779 7352316

106 UE cancelada 23 K 281079 7355411

107 UE cancelada 23 K 281061 7355370

118 UE cancelada 23 K 282852 7357168

121 UE cancelada 23 K 282784 7357302

130 UE cancelada 23 K 283085 7357591

131 UE cancelada 23 K 283110 7357546

132 UE cancelada 23 K 283150 7357531

139 UE cancelada 23 K 283436 7357751

140 UE cancelada 23 K 283484 7357776

141 UE cancelada 23 K 283534 7357776

143 UE cancelada 23 K 283629 7357758

145 UE cancelada 23 K 283725 7357758

146 UE cancelada 23 K 283771 7357770

150 UE cancelada 23 K 283953 7357854

151 UE cancelada 23 K 284004 7357874

154 UE cancelada 23 K 284124 7357960

155 UE cancelada 23 K 284120 7358006

156 UE cancelada 23 K 284116 7358055

157 UE cancelada 23 K 284105 7358103

158 UE cancelada 23 K 284094 7358152

159 UE cancelada 23 K 284099 7358201

160 UE cancelada 23 K 284136 7358236

163 UE cancelada 23 K 284239 7358343

165 UE cancelada 23 K 284296 7358425

166 UE cancelada 23 K 284320 7358468

167 UE cancelada 23 K 284351 7358508

168 UE cancelada 23 K 284384 7358547

169 UE cancelada 23 K 284416 7358584

170 UE cancelada 23 K 284434 7358632

171 UE cancelada 23 K 284434 7358680

172 UE cancelada 23 K 284405 7358721

173 UE cancelada 23 K 284382 7358767

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sabesp

93

Ponto Referências UTM (SD'69)

174 UE cancelada 23 K 284340 7358795

175 UE cancelada 23 K 284316 7358848

176 UE cancelada 23 K 284302 7358898

177 UE cancelada 23 K 284268 7358936

178 UE cancelada 23 K 284231 7358970

185 UE cancelada 23 K 284042 7359263

186 UE cancelada 23 K 284021 7359309

206 UE cancelada 23 K 282605 7361742

224 UE cancelada 23 K 283046 7362488

232 UE cancelada 23 K 283043 7362894

236 UE cancelada 23 K 283020 7363080

259 UE cancelada 23 K 282947 7364194

261 UE cancelada 23 K 282984 7364286

264 UE cancelada 23 K 283027 7364433

266 UE cancelada 23 K 283040 7364531

273 UE cancelada 23 K 283295 7364621

274 UE cancelada 23 K 283343 7364639

279 UE cancelada 23 K 283521 7364821

280 UE cancelada 23 K 283547 7364859

281 UE cancelada 23 K 283555 7364910

284 UE cancelada 23 K 283664 7365018

300 UE cancelada 23 K 284205 7365612

301 UE cancelada 23 K 284231 7365657

311 UE cancelada 23 K 287665 7369225

322 UE cancelada 23 K 287648 7369592

323 UE cancelada 23 K 287677 7369637

324 UE cancelada 23 K 287705 7369677

326 UE cancelada 23 K 287787 7369743

327 UE cancelada 23 K 287785 7369795

328 UE cancelada 23 K 287807 7369844

329 UE cancelada 23 K 287806 7369895

332 UE cancelada 23 K 287818 7370043

336 UE cancelada 23 K 287910 7370209

343 UE cancelada 23 K 288150 7370447

344 UE cancelada 23 K 288194 7370471

345 UE cancelada 23 K 288240 7370495

346 UE cancelada 23 K 288283 7370525

347 UE cancelada 23 K 288313 7370570

366 UE cancelada 23 K 290446 7374562

367 UE cancelada 23 K 290395 7374571

377 UE cancelada 23 K 290155 7375019

509 UE cancelada 23 K 300376 7389748

1 UE negativa 23 K 280246 7352592

2 UE negativa 23 K 280269 7352603

3 UE negativa 23 K 280291 7352613

8 UE negativa 23 K 280256 7352570

9 UE negativa 23 K 280279 7352580

10 UE negativa 23 K 280302 7352591

11 UE negativa 23 K 280324 7352601

18 UE negativa 23 K 280176 7352505

19 UE negativa 23 K 280199 7352515

20 UE negativa 23 K 280222 7352526

21 UE negativa 23 K 280244 7352536

22 UE negativa 23 K 280267 7352547

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sabesp

94

Ponto Referências UTM (SD'69)

023 A UE negativa 23 K 280287 7352562

24 UE negativa 23 K 280312 7352568

25 UE negativa 23 K 280335 7352579

26 UE negativa 23 K 280358 7352589

30 UE negativa 23 K 280142 7352461

31 UE negativa 23 K 280164 7352471

32 UE negativa 23 K 280187 7352482

33 UE negativa 23 K 280210 7352493

034 B UE negativa 23 K 280237 7352505

034 C UE negativa 23 K 280235 7352499

35 UE negativa 23 K 280255 7352514

036 A UE negativa 23 K 280276 7352529

036 B UE negativa 23 K 280282 7352526

036 C UE negativa 23 K 280280 7352520

37 UE negativa 23 K 280300 7352535

38 UE negativa 23 K 280323 7352545

39 UE negativa 23 K 280346 7352556

40 UE negativa 23 K 280368 7352567

41 UE negativa 23 K 280391 7352577

43 UE negativa 23 K 280288 7352502

44 UE negativa 23 K 280311 7352512

45 UE negativa 23 K 280333 7352523

46 UE negativa 23 K 280356 7352533

47 UE negativa 23 K 280379 7352544

48 UE negativa 23 K 280401 7352554

50 UE negativa 23 K 280299 7352479

51 UE negativa 23 K 280321 7352490

52 UE negativa 23 K 280344 7352500

53 UE negativa 23 K 280367 7352511

54 UE negativa 23 K 280389 7352521

57 UE negativa 23 K 280044 7352409

58 UE negativa 23 K 279994 7352408

59 UE negativa 23 K 279944 7352406

60 UE negativa 23 K 279894 7352404

61 UE negativa 23 K 279852 7352384

64 UE negativa 23 K 279746 7352353

65 UE negativa 23 K 279716 7352393

66 UE negativa 23 K 279687 7352433

67 UE negativa 23 K 279662 7352478

68 UE negativa 23 K 279638 7352522

69 UE negativa 23 K 279614 7352565

70 UE negativa 23 K 279578 7352601

71 UE negativa 23 K 279541 7352633

72 UE negativa 23 K 279512 7352674

73 UE negativa 23 K 279489 7352717

74 UE negativa 23 K 279463 7352762

75 UE negativa 23 K 279429 7352806

76 UE negativa 23 K 279446 7352855

77 UE negativa 23 K 279454 7352904

78 UE negativa 23 K 279460 7352955

79 UE negativa 23 K 279454 7353003

80 UE negativa 23 K 279456 7353053

81 UE negativa 23 K 279461 7353105

82 UE negativa 23 K 279459 7353153

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sabesp

95

Ponto Referências UTM (SD'69)

83 UE negativa 23 K 279495 7353204

84 UE negativa 23 K 279543 7353217

85 UE negativa 23 K 279587 7353240

86 UE negativa 23 K 279640 7353240

87 UE negativa 23 K 279741 7353717

88 UE negativa 23 K 279692 7353722

89 UE negativa 23 K 280976 7356102

90 UE negativa 23 K 280962 7356054

91 UE negativa 23 K 280952 7356002

92 UE negativa 23 K 280969 7355953

93 UE negativa 23 K 280965 7355907

94 UE negativa 23 K 281009 7355870

95 UE negativa 23 K 281061 7355863

96 UE negativa 23 K 281084 7355820

97 UE negativa 23 K 281132 7355792

98 UE negativa 23 K 281147 7355758

99 UE negativa 23 K 281128 7355712

100 UE negativa 23 K 281090 7355682

101 UE negativa 23 K 281051 7355649

102 UE negativa 23 K 281037 7355601

103 UE negativa 23 K 281054 7355548

104 UE negativa 23 K 281085 7355501

105 UE negativa 23 K 281087 7355457

108 UE negativa 23 K 281018 7355350

109 UE negativa 23 K 280978 7355313

110 UE negativa 23 K 280989 7355290

111 UE negativa 23 K 281054 7355284

112 UE negativa 23 K 281088 7355264

113 UE negativa 23 K 281113 7355226

114 UE negativa 23 K 281124 7355179

115 UE negativa 23 K 281137 7355132

116 UE negativa 23 K 282885 7357063

117 UE negativa 23 K 282856 7357119

119 UE negativa 23 K 282816 7357203

120 UE negativa 23 K 282804 7357252

122 UE negativa 23 K 282801 7357358

123 UE negativa 23 K 282827 7357404

124 UE negativa 23 K 282858 7357442

125 UE negativa 23 K 282868 7357496

126 UE negativa 23 K 282903 7357542

127 UE negativa 23 K 282940 7357581

128 UE negativa 23 K 282984 7357604

129 UE negativa 23 K 283033 7357601

133 UE negativa 23 K 283202 7357560

134 UE negativa 23 K 283254 7357597

135 UE negativa 23 K 283291 7357628

136 UE negativa 23 K 283330 7357654

137 UE negativa 23 K 283368 7357685

138 UE negativa 23 K 283408 7357714

142 UE negativa 23 K 283583 7357778

144 UE negativa 23 K 283680 7357746

147 UE negativa 23 K 283807 7357807

148 UE negativa 23 K 283857 7357821

149 UE negativa 23 K 283904 7357837

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sabesp

96

Ponto Referências UTM (SD'69)

152 UE negativa 23 K 284047 7357913

153 UE negativa 23 K 284090 7357939

161 UE negativa 23 K 284181 7358262

162 UE negativa 23 K 284211 7358301

164 UE negativa 23 K 284271 7358382

179 UE negativa 23 K 284191 7359004

180 UE negativa 23 K 284151 7359037

181 UE negativa 23 K 284120 7359078

182 UE negativa 23 K 284089 7359117

183 UE negativa 23 K 284070 7359163

184 UE negativa 23 K 284051 7359208

187 UE negativa 23 K 284016 7359359

188 UE negativa 23 K 284016 7359409

189 UE negativa 23 K 284007 7359458

190 UE negativa 23 K 283969 7359501

191 UE negativa 23 K 282650 7360981

192 UE negativa 23 K 282604 7361002

193 UE negativa 23 K 282559 7361024

194 UE negativa 23 K 282429 7361284

195 UE negativa 23 K 282454 7361328

196 UE negativa 23 K 282487 7361364

197 UE negativa 23 K 282532 7361384

198 UE negativa 23 K 282578 7361404

199 UE negativa 23 K 282623 7361438

200 UE negativa 23 K 282661 7361471

201 UE negativa 23 K 282686 7361511

202 UE negativa 23 K 282690 7361561

203 UE negativa 23 K 282671 7361609

204 UE negativa 23 K 282653 7361655

205 UE negativa 23 K 282612 7361692

207 UE negativa 23 K 282594 7361790

208 UE negativa 23 K 282613 7361841

209 UE negativa 23 K 282637 7361884

210 UE negativa 23 K 282663 7361937

211 UE negativa 23 K 282674 7361985

212 UE negativa 23 K 282690 7362040

213 UE negativa 23 K 282694 7362093

214 UE negativa 23 K 282734 7362134

215 UE negativa 23 K 282777 7362159

216 UE negativa 23 K 282823 7362179

217 UE negativa 23 K 282873 7362182

218 UE negativa 23 K 282925 7362214

219 UE negativa 23 K 282928 7362266

220 UE negativa 23 K 282923 7362317

221 UE negativa 23 K 282945 7362364

222 UE negativa 23 K 282980 7362406

223 UE negativa 23 K 283016 7362440

225 UE negativa 23 K 283053 7362541

226 UE negativa 23 K 283065 7362589

227 UE negativa 23 K 283082 7362642

228 UE negativa 23 K 283069 7362691

229 UE negativa 23 K 283065 7362746

230 UE negativa 23 K 283082 7362798

231 UE negativa 23 K 283086 7362852

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sabesp

97

Ponto Referências UTM (SD'69)

233 UE negativa 23 K 283029 7362942

234 UE negativa 23 K 283052 7362986

235 UE negativa 23 K 283052 7363036

237 UE negativa 23 K 282986 7363120

238 UE negativa 23 K 282963 7363167

239 UE negativa 23 K 282965 7363224

240 UE negativa 23 K 282955 7363276

241 UE negativa 23 K 282953 7363328

242 UE negativa 23 K 282934 7363385

243 UE negativa 23 K 282915 7363438

244 UE negativa 23 K 282900 7363494

245 UE negativa 23 K 282877 7363537

246 UE negativa 23 K 282852 7363584

247 UE negativa 23 K 282868 7363635

248 UE negativa 23 K 282883 7363686

249 UE negativa 23 K 282889 7363740

250 UE negativa 23 K 282888 7363787

251 UE negativa 23 K 282903 7363834

252 UE negativa 23 K 282941 7363865

253 UE negativa 23 K 282979 7363903

254 UE negativa 23 K 283009 7363948

255 UE negativa 23 K 282999 7364003

256 UE negativa 23 K 282997 7364047

257 UE negativa 23 K 282986 7364098

258 UE negativa 23 K 282971 7364145

260 UE negativa 23 K 282965 7364241

262 UE negativa 23 K 283002 7364335

263 UE negativa 23 K 283016 7364383

265 UE negativa 23 K 283031 7364487

267 UE negativa 23 K 283063 7364578

268 UE negativa 23 K 283084 7364619

269 UE negativa 23 K 283109 7364662

270 UE negativa 23 K 283159 7364689

271 UE negativa 23 K 283206 7364671

272 UE negativa 23 K 283241 7364634

275 UE negativa 23 K 283383 7364669

276 UE negativa 23 K 283416 7364709

277 UE negativa 23 K 283443 7364751

278 UE negativa 23 K 283478 7364789

282 UE negativa 23 K 283595 7364946

283 UE negativa 23 K 283636 7364975

285 UE negativa 23 K 283695 7365061

286 UE negativa 23 K 283734 7365096

287 UE negativa 23 K 283754 7365143

288 UE negativa 23 K 283781 7365186

289 UE negativa 23 K 283819 7365218

290 UE negativa 23 K 283855 7365259

290 A UE negativa 23 K 283871 7365277

290 B UE negativa 23 K 283903 7365313

290 C UE negativa 23 K 283873 7365242

290 D UE negativa 23 K 283890 7365261

290 E UE negativa 23 K 283906 7365279

290 F UE negativa 23 K 283922 7365299

291 UE negativa 23 K 283888 7365296

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sabesp

98

Ponto Referências UTM (SD'69)

292 UE negativa 23 K 283919 7365337

293 UE negativa 23 K 283951 7365375

294 UE negativa 23 K 283977 7365419

295 UE negativa 23 K 283994 7365464

296 UE negativa 23 K 284020 7365509

297 UE negativa 23 K 284068 7365533

298 UE negativa 23 K 284130 7365544

299 UE negativa 23 K 284165 7365580

302 UE negativa 23 K 284235 7365710

303 UE negativa 23 K 284253 7365756

304 UE negativa 23 K 284290 7365792

305 UE negativa 23 K 284323 7365830

306 UE negativa 23 K 284361 7365861

307 UE negativa 23 K 287278 7368782

308 UE negativa 23 K 287314 7368807

309 UE negativa 23 K 287689 7369130

310 UE negativa 23 K 287677 7369178

312 UE negativa 23 K 287615 7369238

313 UE negativa 23 K 287570 7369258

314 UE negativa 23 K 287526 7369284

315 UE negativa 23 K 287503 7369328

316 UE negativa 23 K 287480 7369374

317 UE negativa 23 K 287496 7369421

318 UE negativa 23 K 287513 7369468

319 UE negativa 23 K 287521 7369518

320 UE negativa 23 K 287550 7369559

321 UE negativa 23 K 287598 7369576

325 UE negativa 23 K 287747 7369711

330 UE negativa 23 K 287800 7369947

331 UE negativa 23 K 287796 7369997

333 UE negativa 23 K 287863 7370070

334 UE negativa 23 K 287893 7370112

335 UE negativa 23 K 287902 7370164

337 UE negativa 23 K 287951 7370244

338 UE negativa 23 K 287971 7370289

339 UE negativa 23 K 287996 7370333

340 UE negativa 23 K 288024 7370373

341 UE negativa 23 K 288070 7370392

342 UE negativa 23 K 288119 7370405

348 UE negativa 23 K 288354 7370601

349 UE negativa 23 K 288391 7370639

350 UE negativa 23 K 288426 7370678

351 UE negativa 23 K 289119 7371100

352 UE negativa 23 K 289171 7371095

353 UE negativa 23 K 289220 7371086

354 UE negativa 23 K 289260 7371055

355 UE negativa 23 K 289309 7371029

356 UE negativa 23 K 290106 7371720

357 UE negativa 23 K 290887 7374134

358 UE negativa 23 K 290730 7374338

359 UE negativa 23 K 290708 7374384

360 UE negativa 23 K 290678 7374427

361 UE negativa 23 K 290645 7374462

362 UE negativa 23 K 290611 7374499

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sabesp

99

Ponto Referências UTM (SD'69)

363 UE negativa 23 K 290583 7374542

364 UE negativa 23 K 290546 7374578

365 UE negativa 23 K 290496 7374580

368 UE negativa 23 K 290369 7374617

369 UE negativa 23 K 290338 7374662

370 UE negativa 23 K 290298 7374697

371 UE negativa 23 K 290291 7374743

372 UE negativa 23 K 290260 7374783

373 UE negativa 23 K 290243 7374831

374 UE negativa 23 K 290221 7374877

375 UE negativa 23 K 290180 7374909

376 UE negativa 23 K 290153 7374954

378 UE negativa 23 K 290141 7375066

379 UE negativa 23 K 290115 7375147

380 UE negativa 23 K 290099 7375197

381 UE negativa 23 K 290076 7375238

382 UE negativa 23 K 290055 7375285

383 UE negativa 23 K 290044 7375334

384 UE negativa 23 K 290025 7375382

385 UE negativa 23 K 289999 7375425

386 UE negativa 23 K 289973 7375467

387 UE negativa 23 K 289945 7375509

388 UE negativa 23 K 289920 7375554

389 UE negativa 23 K 289894 7375598

390 UE negativa 23 K 289881 7375647

391 UE negativa 23 K 289869 7375697

392 UE negativa 23 K 289856 7375744

393 UE negativa 23 K 289831 7375791

394 UE negativa 23 K 290259 7376232

395 UE negativa 23 K 290274 7376288

396 UE negativa 23 K 290259 7376340

397 UE negativa 23 K 290262 7376399

398 UE negativa 23 K 290267 7376440

399 UE negativa 23 K 290275 7376495

400 UE negativa 23 K 290282 7376549

401 UE negativa 23 K 293280 7382780

402 UE negativa 23 K 293280 7382830

403 UE negativa 23 K 293280 7382880

404 UE negativa 23 K 293330 7382730

405 UE negativa 23 K 293330 7382780

406 UE negativa 23 K 293330 7382830

407 UE negativa 23 K 293330 7382880

408 UE negativa 23 K 293330 7382930

409 UE negativa 23 K 293330 7382980

410 UE negativa 23 K 293330 7383030

411 UE negativa 23 K 293380 7382680

412 UE negativa 23 K 293380 7382730

413 UE negativa 23 K 293380 7382780

414 UE negativa 23 K 293380 7382830

415 UE negativa 23 K 293380 7382880

416 UE negativa 23 K 293380 7382930

417 UE negativa 23 K 293380 7382980

418 UE negativa 23 K 293380 7383030

419 UE negativa 23 K 293380 7383080

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sabesp

100

Ponto Referências UTM (SD'69)

420 UE negativa 23 K 293380 7383130

421 UE negativa 23 K 293430 7382530

422 UE negativa 23 K 293430 7382580

423 UE negativa 23 K 293430 7382630

424 UE negativa 23 K 293430 7382680

425 UE negativa 23 K 293430 7382730

426 UE negativa 23 K 293430 7382780

427 UE negativa 23 K 293430 7382830

428 A UE negativa 23 K 293430 7382885

428 B UE negativa 23 K 293435 7382880

428 C UE negativa 23 K 293430 7382875

428 D UE negativa 23 K 293425 7382880

429 UE negativa 23 K 293430 7382930

430 UE negativa 23 K 293430 7382980

431 UE negativa 23 K 293430 7383030

432 UE negativa 23 K 293430 7383080

433 A UE negativa 23 K 293430 7383135

433 B UE negativa 23 K 293435 7383130

433 C UE negativa 23 K 293430 7383125

433 D UE negativa 23 K 293425 7383130

434 UE negativa 23 K 293480 7382530

435 UE negativa 23 K 293480 7382580

436 UE negativa 23 K 293480 7382630

437 UE negativa 23 K 293480 7382680

438 UE negativa 23 K 293480 7382730

439 UE negativa 23 K 293480 7382780

440 UE negativa 23 K 293480 7382830

441 UE negativa 23 K 293480 7382880

442 UE negativa 23 K 293480 7382930

443 UE negativa 23 K 293480 7382980

444 UE negativa 23 K 293480 7383030

445 UE negativa 23 K 293480 7383080

446 UE negativa 23 K 293530 7382530

447 UE negativa 23 K 293530 7382580

448 UE negativa 23 K 293530 7382630

449 UE negativa 23 K 293530 7382680

450 UE negativa 23 K 293530 7382730

451 UE negativa 23 K 293530 7382780

452 UE negativa 23 K 293530 7382830

453 UE negativa 23 K 293530 7382880

454 UE negativa 23 K 293530 7382930

455 UE negativa 23 K 293530 7382980

456 UE negativa 23 K 293530 7383030

457 UE negativa 23 K 293530 7383080

458 UE negativa 23 K 293580 7382530

459 UE negativa 23 K 293580 7382580

460 UE negativa 23 K 293580 7382630

461 UE negativa 23 K 293580 7382680

462 UE negativa 23 K 293580 7382730

463 UE negativa 23 K 293580 7382780

464 UE negativa 23 K 293580 7382830

465 UE negativa 23 K 293580 7382880

466 UE negativa 23 K 293580 7382930

467 UE negativa 23 K 293580 7382980

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sabesp

101

Ponto Referências UTM (SD'69)

468 UE negativa 23 K 293580 7383030

469 UE negativa 23 K 293580 7383080

470 UE negativa 23 K 293630 7382630

471 UE negativa 23 K 293630 7382680

472 UE negativa 23 K 293630 7382730

473 UE negativa 23 K 293630 7382780

474 UE negativa 23 K 293630 7382830

475 UE negativa 23 K 293630 7382880

476 UE negativa 23 K 293630 7382930

477 UE negativa 23 K 293630 7382980

478 UE negativa 23 K 293630 7383030

479 UE negativa 23 K 293630 7383080

480 UE negativa 23 K 293680 7382830

481 UE negativa 23 K 293680 7382880

482 UE negativa 23 K 293680 7382930

483 UE negativa 23 K 293722 7382903

484 UE negativa 23 K 300380 7389210

485 UE negativa 23 K 300372 7389262

486 UE negativa 23 K 300373 7389314

487 UE negativa 23 K 300372 7389367

488 UE negativa 23 K 300373 7389418

489 UE negativa 23 K 300369 7389470

490 UE negativa 23 K 300357 7389522

491 UE negativa 23 K 300364 7389574

492 UE negativa 23 K 300394 7389614

493 UE negativa 23 K 300426 7389655

494 UE negativa 23 K 300600 7390436

495 UE negativa 23 K 300573 7390393

496 UE negativa 23 K 300552 7390349

497 UE negativa 23 K 300531 7390303

498 UE negativa 23 K 300511 7390261

499 UE negativa 23 K 300490 7390213

500 UE negativa 23 K 300470 7390166

501 UE negativa 23 K 300449 7390122

502 UE negativa 23 K 300429 7390075

503 UE negativa 23 K 300420 7390028

504 UE negativa 23 K 300421 7389978

505 UE negativa 23 K 300402 7389932

506 UE negativa 23 K 300383 7389886

507 UE negativa 23 K 300365 7389840

508 UE negativa 23 K 300349 7389797

510 UE negativa 23 K 300403 7389705

511 UE negativa 23 K 300559 7388280

512 UE negativa 23 K 300520 7388313

513 UE negativa 23 K 300485 7388345

514 UE negativa 23 K 300434 7388360

515 UE negativa 23 K 300384 7388364

516 UE negativa 23 K 300341 7388392

517 UE negativa 23 K 300303 7388427

518 UE negativa 23 K 300253 7388432

519 UE negativa 23 K 300204 7388439

520 UE negativa 23 K 300162 7388464

521 UE negativa 23 K 300178 7388570

522 UE negativa 23 K 300196 7388617

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sabesp

102

Ponto Referências UTM (SD'69)

523 UE negativa 23 K 300220 7388660

524 UE negativa 23 K 300232 7388708

525 UE negativa 23 K 300251 7388754

SHIA.01 Sítio submerso Casa Rosada 23 K 280484 7352674

O.C. 01 Lítico lascado 23 K 310166 7397692

SHIA.04 Casa João Miguel 23 K 284404 7365870

SHIA.05 Fazenda Nascimento 23 K 298087 7386406

SHIA.06 Fábrica de Sabão 23 K 303738 7392113

Etapa subaquática

Denominação Data UTM SAD'69 Altitude Observação

2 13/7/2011 16:27 23 K 280516 7352575 637 m Linha de prospecção

3 13/7/2011 16:29 23 K 280520 7352385 638 m Linha de prospecção

4 13/7/2011 16:31 23 K 280486 7352433 637 m Linha de prospecção

5 13/7/2011 16:32 23 K 280468 7352497 640 m Linha de prospecção

6 13/7/2011 16:34 23 K 280432 7352522 634 m Linha de prospecção

7 13/7/2011 16:35 23 K 280451 7352484 635 m Linha de prospecção

8 13/7/2011 16:36 23 K 280445 7352470 637 m Linha de prospecção

9

23 K 280406 7352519 Linha de prospecção

10

23 K 280436 7352539 Linha de prospecção

11

23 K 280429 7352535 Linha de prospecção

12

23 K 280435 7352528 Linha de prospecção

13

23 K 280412 7352519 Linha de prospecção

14

23 K 280441 7352482 Linha de prospecção

15 14/7/2011 16:36 23 K 280498 7352608 637 m Linha de prospecção

16 14/7/2011 16:37 23 K 280495 7352604 636 m Linha de prospecção

17

23 K 280514 7352581 Linha de prospecção

18

23 K 280400 7352509 Linha de prospecção

19

23 K 280271 7352401 Linha de prospecção

AFLORAMENTO 12/7/2011 16:32 23 K 280368 7352461 638 m

boia 1 14/7/2011 16:36 23 K 280488 7352621 639 m

boia 2 14/7/2011 16:34 23 K 280501 7352622 637 m

boia 3 14/7/2011 16:36 23 K 280498 7352608 637 m

boia 4 14/7/2011 16:37 23 K 280495 7352604 636 m

CAPTAÇÃO 10

23 K 280422 7352501 Extremidade da captação

CAPTAÇÃO 11

23 K 280413 7352495 Extremidade da captação

SHIA 07 14/7/2011 13:10 23 K 280284 7352412 634 m

ESTACA 12/7/2011 13:23 23 K 280415 7352525 632 m

estrada 14/7/2011 13:24 23 K 280483 7352615 636 m

FUNDO 165°

23 K 280513 7352389

LATERAL 25°

23 K 280319 7352422

MARCO CBA 12/7/2011 16:28 23 K 280407 7352536 636 m

LATERAL MÁX. W 14/7/2011 13:08 23 K 280238 7352410 634 m

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sabesp

103

Denominação Data UTM SAD'69 Altitude Observação

RAMPA 12/7/2011 16:33 23 K 280308 7352440 644 m

SP-JUQUITIBA

23 K 280513 7352389 Linha de prospecção

vestígios submersos 14/7/2011 13:21 23 K 280318 7352418 636 m

X

23 K 280426 7352508 Linha de prospecção

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sabesp

104

ANEXO 2

Ficha do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/Iphan)

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