relatório final prodetur-ne i

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  • 7/24/2019 Relatrio Final Prodetur-NE I

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    1Relatrio Final de Projeto

    Project Completion Report PCR

    PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOTURISMO NO NORDESTE

    PRIMEIRA FASE

    PRODETUR/NE I

    Memorando do Banco do Nordeste do Brasil S.A.rgo Executor

    EMPRSTIMO 841/OC-BR

    PROJETO BR-0204

    Apresentado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

    Dezembro/2005

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    SUMRIO

    1. INFORMAO GERAL..............................................................................................................................4

    APRESENTAO.............................................................................................................................................41.1 OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .........................................................................4

    Introduo...................................................................................................................................................4Objetivos ....................................................................................................................................................6

    1.2 DADOS BSICOS DO PROJETO..........................................................................................................7

    3. MEMORANDO DO EXECUTOR ...............................................................................................................8

    3.1 ANLISE DE RESULTADOS (PRODUTOS, EFEITOS E IMPACTOS)........ ...... ...... ...... ...... ...... ...... ....83.1.1. Produtos (outputs) obtidos................................................................................................................83.1.1.1. Anlise de indicadores de produto.......................................................................................................8

    COMPONENTE A: DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - DI.........................................................8rgos de Turismo Estaduais: .....................................................................................................................8rgos Ambientais Estaduais: .....................................................................................................................9Companhias de Saneamento Estaduais:......................................................................................................10

    Departamentos Estaduais de Estradas: .......................................................................................................10rgos de Planejamento e Unidades Executoras Estaduais:........................................................................11Governos Municipais: ...............................................................................................................................11Anlise dos Investimentos em DI:..............................................................................................................12COMPONENTE B:OBRAS MLTIPLAS EM INFRAESTRUTURA BSICA E SERVIOS PBLICOS.............................15a) Saneamento...........................................................................................................................................15Sub-setor gua potvel: .............................................................................................................................15Sub-setor esgotamento sanitrio:................................................................................................................16Anlise dos investimentos em Saneamento: ...............................................................................................16b) Gerenciamento de Resduos Slidos ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... 18Anlise dos investimentos em Gerenciamento de Resduos Slidos: ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..... 18c) Recuperao e Proteo Ambiental........................................................................................................20

    Anlise dos investimentos em Proteo e Recuperao Ambiental: ............................................................20d) Transporte (obras virias urbanas e rodovias).........................................................................................22Anlise dos investimentos em Transportes:................................................................................................ 23e) Recuperao do Patrimnio Histrico ....................................................................................................25Anlise dos investimentos em Recuperao do Patrimnio Histrico:.........................................................25COMPONENTE C: MELHORAMENTO DE AEROPORTOS.................................................................. 27Anlise dos investimentos em Aeroportos:.................................................................................................30COMPONENTE D: ESTUDOS E PROJETOS..........................................................................................32Anlise dos investimentos em Estudos e Projetos: ......................................................................................32

    3.1.1.2. Identificao dos produtos alcanados.............................................................................................343.1.2. Efeitos (outcomes) e impactos do projeto........................................................................................ 353.1.2.1. Anlise de indicadores de efeito (outcome)........................................................................................353.1.2.2. Identificao dos efeitos (outcomes) e impactos iniciais.....................................................................39

    3.1.2.3. Identificao dos efeitos futuros (outcomes) e impactos. ....................................................................433.1.2.4. Anlise das suposies (de produtos a efeitos). ..................................................................................443.1.2.9. Reclculo da Taxa Interna de Retorno (TIR)......................................................................................453.1.2.10. Reclculo de outros indicadores de avaliao econmica. ................................................................453.1.2.11. Qualificao da efetividade do projeto em termos de seu objetivo de desenvolvimento (OD)............45

    3.2. ANALISE DA IMPLEMENTAO.....................................................................................................473.2.1. Mensurao do Desempenho do projeto. ..............................................................................................473.2.1.1. Elementos para monitoramento e avaliao. ......................................................................................473.2.1.2. Anlise de fatores crticos para avaliabilidade no escopo do projeto. ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..483.2.1.3. Lies aprendidas para o desenho (medidas adotadas). ......................................................................483.2.1.4. Lies aprendidas para o desenho (medidas alternativas). ...... ...... ...... ..... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... .493.2.1.5. Informao disponvel durante a implementao do projeto. ...... ...... ...... ...... ..... ...... ...... ...... ...... ...... ...503.2.1.6. Anlise dos fatores crticos para mensurao de desempenho durante a implementao......................51

    3.2.1.7. Lies aprendidas na implementao (medidas adotadas). .................................................................513.2.1.8. Lies aprendidas para a implementao (medidas alternativas).........................................................523.2.2. Fatores que afetaram a execuo do projeto..........................................................................................523.2.3. Anlise de fatores crticos para o xito do projeto.................................................................................54

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    3.2.3.1. Identificao de fatores negativos para obter os produtos...................................................................543.2.3.2. Identificao de fatores positivos para obter os produtos....................................................................553.2.3.3. Identificao de fatores negativos para obter os efeitos (outcomes). ..... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ....553.2.3.4. Identificao de fatores positivos para obter os efeitos (outcomes). ...... ..... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..... 563.2.4. Anlise da gesto e lies aprendidas.................................................................................................. 573.2.4.1. Anlise da gesto.............................................................................................................................. 57

    3.2.4.2. Lies aprendidas sobre gesto de projetos. .......................................................................................573.2.4.3. Qualificao da implementao do projeto. .......................................................................................583.3. ANLISE DE SUSTENTABILIDADE.................................................................................................59

    3.3.1. Fortalecimento Institucional / Organizacional (FIO) .............................................................................593.3.1.1. reas fortalecidas ou melhoradas pelo projeto. ..................................................................................593.3.1.2. Fortalecimento alcanado pelo projeto na Regio Nordeste................................................................593.3.1.3. Fortalecimento alcanado pelo projeto no rgo Executor.................................................................603.3.1.4. Qualificao da contribuio do projeto ao FIO................................................................................. 603.3.2. Sustentabilidade do projeto .................................................................................................................613.3.2.1. Alcance da sustentabilidade do projeto. .............................................................................................613.3.2.2. Bases para a anlise de sustentabilidade. ...........................................................................................613.3.2.3. Anlise de origem das causas que afetam negativamente a sustentabilidade. ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..623.3.2.4. Anlise da fonte de causas que contribuem favoravelmente sustentabilidade. ...... ...... ...... ...... ...... ....62

    3.3.2.5. Lies aprendidas para a sustentabilidade (medidas adotadas)............................................................633.3.2.6. Lies aprendidas para a sustentabilidade (medidas alternativas). ...... ...... ...... ..... ...... ...... ...... ...... ...... .633.3.2.7. Plano de Sustentabilidade..................................................................................................................643.3.2.8. Qualificao de Sustentabilidade do Projeto. .....................................................................................64

    3.4. DESEMPENHO DO BANCO ...............................................................................................................663.4.1. Desempenho do Banco nas reas crticas..............................................................................................663.4.2. Lies aprendidas para a organizao e funcionamento da UEP (medidas adotadas)..............................663.4.3. Lies aprendidas para a organizao e funcionamento da UEP (medidas alternativas). ...... ...... ...... ...... 663.4.4. Qualificao do desempenho do Banco. ...............................................................................................66

    3.5. BASES PARA A AVALIAOEX POST............................................................................................683.5.1. Previses para a avaliao ex post. .......................................................................................................683.5.2. Anlise da capacidade para a avaliao ex post.....................................................................................68

    3.6. OUTRAS LIES APRENDIDAS E RECOMENDAES................................................................. 69

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    1. INFORMAO GERAL

    APRESENTAO

    O presente relatrio foi elaborado para efeito de prestao de contas ao Banco Interamericano deDesenvolvimento e sociedade de um modo geral, quanto aos investimentos pblicos realizados nombito da primeira fase do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR/NE I).

    Para tanto, este documento apresenta primeiramente uma avaliao dos Resultados do Programa emtermos de seus: 1) Produtos (os projetos e aes que foram efetivamente implantados / realizados); 2)Efeitos (mudanas sociais, ambientais ou econmicas decorrentes da implantao dos Produtos edetectveis no curto prazo); e 3) I mpactos (mudanas mais profundas e sustentveis que, estima-se,ocorrero no mdio longo prazo).

    Tambm foram analisadas as dificuldades encontradas durante a Implantaodo PRODETUR/NE I e assolues de contorno adotadas, o que permitiu a identificao de L ies Aprendidascom a execuo doPrograma.

    Foram avaliadas as condies de Sustentabilidadedas aes do Programa, buscando-se levantar o quepode ser feito para garantir o alcance dos efeitos e impactos desejados. Em seguida, foi realizada umaAvaliao do Desempenho do BID em termos de: 1) sua participao durante o desenho doPRODETUR/NE I; 2) sua assistncia tcnica, treinamento e superviso para facilitar o cumprimento desuas polticas e procedimentos e para melhorar a gerncia e administrao do projeto por parte do rgoExecutor (BNB); 3) sua capacidade de resposta aos requerimentos do Executor; e 4) sua flexibilidade pararesponder a situaes imprevistas durante a implementao do PRODETUR/NE I.

    Por fim, foram apresentadas as Principais Lies Aprendidas e Recomendaesque sero teis para o

    desenho e implementao de novos Programas / Projetos.

    1.1 OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

    As informaes apresentadas nesse item foram extradas do documento do Banco Interamericano deDesenvolvimento denominado Informe de Projeto (IP), do Contrato de Emprstimo do PRODETUR/NE I(841/OCBR) e de seu respectivo Regulamento Operativo.

    Introduo

    A regio Nordeste do Brasil envolve nove, dos vinte e seis estado do Pas: Maranho, Piau, Cear, Rio

    Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, cobrindo territrio de 1,5 milhes deKm2. De acordo com projees baseadas no censo de 1991, a regio em 1994 contava com populaoestimada de 45,3 milhes de habitantes, com aproximadamente 58% de populao urbana e 42% depopulao rural. Atividades de indstria e servios so concentradas nas capitais estaduais, a maioriadelas localizadas na regio litornea, com exceo de Teresina capital do Piau. Na poca, trs dessascapitais apresentavam populao maior que um milho de habitantes: Salvador-BA com 2,1 milhes;Fortaleza-CE com 1,8 milhes e Recife-PE com 1,3 milhes de habitantes.

    Apesar de ser uma das primeiras regies economicamente estabelecidas no Pas, o Nordeste perdeu suaposio de centro de crescimento aps a industrializao do Brasil, ocorrida no incio do sculo XX.Alm dos impactos negativos cclicos causados pelas secas (principalmente no interior semi-rido), oNordeste como um todo apresenta baixos ndices sociais com relao mdia nacional e enfrenta sriosproblemas macro-estruturais, configurando-se como uma das regies mais pobre do Pas.

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    Em 1990, anteriormente execuo do PRODETUR/NE, vrios indicadores refletiam essa durarealidade: renda per capta de US$ 1.702,00 quando a nacional era de US$ 2.874,00; a cobertura dossistemas de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio era de menos de 52% e de 8%,respectivamente; somente 4% do esgoto coletado era tratado; a taxa de desemprego era de 7%; a taxa deanalfabetismo aproximava-se de 40%, quando a nacional era de 20%; estimava-se que 23 milhes dehabitantes, aproximadamente a metade da populao da regio, viviam abaixo da linha de pobreza.

    Entre as alternativas recomendadas para solucionar tais problemas, o desenvolvimento do turismo foiapontado como meio para criao de oportunidades de emprego e para o aumento da renda per capta e daarrecadao tributria. Na poca j se observava uma grande heterogeneidade entre os Estados da regio,os quais apresentavam, e ainda apresentam, diferentes graus de maturidade institucional e de despertarpara o turismo. A atividade turstica era ainda incipiente na maior parte desses Estados, apresentandoalguma expresso somente na Bahia, em Pernambuco e no Cear. Diante de uma clara indicao dopotencial turstico da regio, sobretudo na faixa litornea, e de acordo com a poltica de desenvolvimentodo turismo do Pas, o Governo Federal e os Governos Estaduais reuniram-se para elaborao conjunta deum plano de ao para o desenvolvimento do turismo no Nordeste, parte do qual seria financiado por umamplo projeto que foi especialmente criado para essa finalidade. Assim nasceu o Programa de

    Desenvolvimento do Tur ismo no Nordeste do Brasil PRODETUR/NE, concebido como um Programa

    Global de Investimentos Mltiplos, com recursos repassados para os Estado participantes via contratos desub-emprstimo.

    O objetivo bsico do PRODETUR/NE I foi contribuir para o desenvolvimento socioeconmico doNordeste do Brasil por meio do desenvolvimento da atividade turstica. Especificamente, o Programacontemplou iniciativas do setor pblico em infra-estrutura bsica e desenvolvimento institucional voltadastanto para a melhoria das condies de vida das populaes beneficiadas, quanto para a atrao deinvestimentos do setor privado ligados ao turismo. Os projetos e aes do PRODETUR/NE I foramselecionados e implantados no mbito de Estratgias de Desenvol vimento Tursticode cada estado daregio, resultando na gerao de empregos, melhoramento dos nveis de renda (aumento da renda percapta) e das receitas pblicas. Estas estratgias de desenvolvimento foram elaboradas por meio de

    consultas a operadores e investidores, visando analisar tendncias recentes do turismo no estado eidentificando barreiras para atingir os objetivos de desenvolvimento turstico, especialmente aquelasassociadas aos investimentos do setor privado. Ressalte-se que, em meados da dcada de 90, a elaboraodessas Estratgias de Desenvolvimento representou um pao pioneiro e importante em direo aoplanejamento do desenvolvimento turstico em muitos dos estados do Nordeste.

    Com isso, o PRODETUR/NE I foi desenhado para:

    (a) propiciar uma estrutura institucional adequada para fomentar e encorajar o turismo sustentvel, pormeio do fortalecimento institucional de rgos de turismo de estados e municpios, rgos ambientaisestaduais e outros rgos de municpios localizados nas reas tursticas selecionadas;

    (b) melhorar as condies ambientais e de saneamento nas reas tursticas, via investimentos emfornecimento de gua e coleta e tratamento de esgotos e resduos slidos e na recuperao e proteoambiental, alm do fortalecimento institucional das companhias de gua e esgoto;

    (c) facilitar os deslocamentos para e dentro da regio, por meio de investimentos no melhoramento deaeroportos, sistemas de vias urbanas e rodovias secundrias e de acesso, complementados pelofortalecimento dos rgos estaduais de transportes em termos de sua da capacidade operacional e demanuteno; e

    (d) melhoria e diversificao dos produtos tursticos da regio, por meio de atividades como arecuperao e preservao do patrimnio histrico com revitalizao de seu entorno e a melhoria depraias, parques e outros recursos naturais.

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    Informaes mais detalhadas sobre o desenho do PRODETUR/NE I podem ser encontradas nos anexos 1-C (anexo A do contrato 841/OC-BR) e 1-D (Breve histrico da fase de negociao e contratao doPRODETUR/NE I) do presente documento.

    Objetivos

    A seguir so apresentados os objetivos do Programa, extrados do anexo A do contrato 841/OC-BR:

    Objetivo Geral:

    Reforar a capacidade da Regio Nordeste em manter e expandir sua crescente indstria tursticacontribuindo assim para o desenvolvimento scio-econmico regional atravs de investimentosem infra-estrutura bsica e servios pblicos em reas atualmente de expanso turstica.

    Objetivos Especficos:

    Atrair atividades tursticas privadas adicionais e de melhor padro.

    Gerar oportunidades de emprego. Melhorar os nveis de renda. Aumentar as receitas pblicas. Beneficiar a populao de baixa renda das reas selecionadas com disponibilizao dos servios

    de abastecimento de gua, esgotos e acessos pavimentados. Aumentar a capacidade dos Estados beneficiados de acompanhar a demanda por servios bsicos.

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    1.2 DADOS BSICOS DO PROJETO

    NOME DO PROJETOPrograma de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste do Brasil PRODETUR/NE

    NMERO DO PROJETOBR-0204

    NMERO DO EMPRSTIMO / CT841 /OC-BR

    RGO EXECUTORBANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.

    AUTORIA DO MEMORANDO DO EXECUTOR

    Coordenao

    Mario Eduardo Fraga da Silva

    Mestre em Ecologia, Especialista em Avaliao Ambiental de ProjetosCentral Operacional para o Setor PblicoBANCO DO NORDESTE

    Equipe

    Pela Central Operacional para o Setor PblicoBANCO DO NORDESTE

    Oflia Maria Maia Amorim Gerente GeralManuelita Falco Brito Gerente de ProjetosMaria Lady Paz Sales Carmo Gerente de Controle FinanceiroSlvia de Ftima Pimenta Especialista em Licitao

    Jos Airton Mendona de Melo Doutor em EconomiaEspecialista em Avaliao Socioeconmica de Projetos

    Pelo Escritrio Tcnico de Estudos do Nordeste (ETENE)BANCO DO NORDESTE

    Laura Lcia Ramos Freire Economista, Mestre em EconomiaAlda Maria Nogueira Pedroza Engenheira civil, Mestrado em Engenharia

    Consultor Externo

    Joo Agostinho Teles Economista, Mestre em Gesto de Negcios Tursticos.Coordenador do Grupo Tcnico de Pesquisas da Comisso de Turismo Integradodo Nordeste (CTI-NE)Gerente do Ncleo de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Turismo do Estado do Cear

    Demais Colaboradores

    Membros das Unidades Executoras Estaduais (UEE) dos nove Estados da Regio Nordeste,participantes do PRODETUR/NE.

    Membros da Central Operacional para o Setor Pblico do BANCO DO NORDESTE. Membros das Centrais Operacionais (CENOP) do BANCO DO NORDESTE, Unidades de

    Fortaleza, Recife e Salvador.

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    3. MEMORANDO DO EXECUTOR

    3.1 ANLISE DE RESULTADOS (PRODUTOS, EFEITOS E IMPACTOS)

    O Projeto PRODETUR/NE I no foi desenhado sob a gide do Marco Lgico. Assim, no foram pr-estabelecidos indicadores destinados avaliao dos resultados desse Programa. No presente Relatrio, asanlises de resultados dos produtos, efeitos e impactos foram realizadas com base em indicadores esupostos disponveis na base de dados do Banco do Nordeste (rgo Executor) e das UnidadesExecutoras Estaduais, alm de informaes presentes no Informe de Projeto (Project Report BR-0204)(IP) e em outros documentos oficiais relacionados ao Programa, tais como: Contrato de Emprstimo841/OC-BR (CE) e o respectivo Regulamento Operativo (RO).

    3.1.1. Produtos (outputs) obtidos.

    Descrio dos produtos do PRODETUR/NE I por componente e sub-componente e anlise de fatores queafetaram a sua execuo.

    3.1.1.1. Anlise de indicadores de produto.

    Registro dos indicadores dos produtos obtidos por componente ou sub-componente usando os mesmosindicadores de produto (outputs) importados do PPMR ou do IP comparando os indicadores nas colunasAlcanado e Planejado. So brevemente descritos os fatores das diferenas mais significativas.

    A Matriz de financiamento Planejada e a Alcanada do Programa, como um todo, pode ser visualizada noAnexo 1-A do presente documento. No Anexo 1-B apresentado o calendrio geral de investimentosrealizados.

    COMPONENTE A: DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - DIOBJETIVO: Ampliar a capacidade das entidades beneficirias de executar suas respectivas funes,proporcionando assistncia tcnica, com nfase nas reas de: Reestruturao organizacional; desenvolvimento e implementao de sistemas de apoio administrativo, financeiro e instrumentos operacionais; fortalecimento da capacidade fiscal e regulatria (particularmente das administraes municipais); treinamento de pessoal.Este componente apoiou os seguintes tipos de entidades: rgos de Turismo Estaduais, rgos AmbientaisEstaduais, Companhias de Saneamento Estaduais, Departamentos Estaduais de Estradas, rgos de Planejamento eUnidades Executoras Estaduais e Governos Municipais.

    OBS: No caso dos investimentos em Desenvolvimento Institucional, o termo projeto representa uma ou umconjunto de aes.

    PLANEJADO ALCANADO%

    Valor AlcanadoMETAS DO COMPONENTE: 73 projetos / rgos beneficiados 207 aes 9 Estados

    VALOR PREVISTO:

    BID: US$ 18.800.000 LOCAL: US$ 11.200.000 TOTAL: US$ 30.000.000

    METAS ALCANADAS: 59 projetos / rgos beneficiados 149 aes (36 no inicialmente previstas) 9 Estados

    VALOR APLICADO:

    BID: US$ 16.009.869 LOCAL: US$ 5.777.469 TOTAL: US$ 21.787.338

    BID: 85,1%LOCAL: 51,6%TOTAL: 72,6%

    rgos de Turismo Estaduais: Planejamento turstico e sistemas de

    rgos de Turismo Estaduais:Os investimentos realizados foram basicamente

    TOTAL: 173,7%

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    monitoramento, Estudos especiais e consultorias em

    estratgias de turismo, e Treinamento de pessoal.

    METAS: 9 Projetos / rgos beneficiados 27 aes 9 Estados

    Valor pr evisto:

    TOTAL : US$ 4.610.000

    em: 1) Planejamento Turstico (planosestratgicos, planos de marketing, planos deroteiros) e organizao interna dos rgos; 2)Promoo turstica; 3) Capacitao e treinamento;e 4) Aquisio de Equipamentos e veculos. Osprojetos mais significativos em termos de valores

    foram de Planejamento e de Promoo Turstica,principalmente aqueles realizados pelos estadosdo MA, CE e BA. Os estados de AL e SE norealizaram os projetos previstos. Os estados daBA, PE e PB realizaram todas as aes previstasnos projetos. As principais aes extras foram dePromoo Turstica (CE e PE), Aquisio deequipamentos (RN, PI e PE) e Planejamento (PI).Vale ressaltar que o Estado do MA repriorizou osinvestimentos do componente de DI, alocando osrecursos somente em projetos associados aorgo de Turismo Estadual (planejamento emarketing).

    ALCANADO: 7 projetos / rgos beneficiados 25 aes (6 no inicialmente previstas). 7 Estados (BA, CE, MA, PB, PE, PI e RN)

    Valor Aplicado:

    BID:US$ 6.248.076 LOCAL:US$ 1.763.065 TOTAL: US$8.011.142

    Os recursos doBID, isoladamente,corresponderam a135,5%das metasde investimentos,enquanto que osrecursos locais

    representaramapenas 38,2%dessas metas.

    rgos Ambientais Estaduais: Planejamento ambiental e sistemas de

    monitoramento, envolvendo: Diagnsticos ambientais, Macrozoneamento, e Sistemas de controle de atividades

    poluidoras. Reorganizao e aparelhamento dos

    rgos, e Treinamento.

    METAS: 9 projetos / rgos beneficiados

    rgos Ambientais Estaduais:Os investimentos realizados foram em grandeparte para aquisio de equipamentos e veculosnecessrios para a atuao dos rgos emmonitoramento e fiscalizao ambiental.Ocorreram investimentos em capacitao etreinamento de recursos humanos em quase todosos estados, o que contribuiu para a melhoria deatuao dos rgos.Foram tambm realizados levantamentos eestudos igualmente importantes para a atuao dosrgos, a exemplo de aes especficas dediagnstico ambiental e macrozoneamentorealizadas nos estados do CE e RN, ambas noinicialmente previstas.Somente os estados de SE e AL realizaram todasas aes previstas, seja com recursos definanciamento seja de contrapartida local.Entretanto importante ressaltar que em outrosestados parte das aes previstas foram realizadascom utilizao de outras fontes, como ocorreu naBA e RN.Somente o estado do MA no realizou o projetoprevisto.80% das aes no inicialmente previstas foramrealizadas em PE, e esto relacionadas

    implantao da APA de Guadalupe.ALCANADO: 8 projetos / rgos beneficiados

    TOTAL: 40,3%

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    36 aes 9 Estados

    Valor Pr evisto:

    TOTAL : US$ 8.858.000

    30 aes (10 no inicialmente previstas). 8 Estados (AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN e SE)

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 2.000.938 LOCAL: US$ 1.572.197 TOTAL : US$ 3.573.135

    Companhias de Saneamento Estaduais: Sistemas de apoio administrativo e

    financeiro, Medio de gua, Melhoramentos operacionais, Estabelecimento de unidades

    descentralizadas de servio em zonasdo projeto, e

    Treinamento.

    METAS: 7 projetos / rgos beneficiados

    24 aes 7 Estados (AL, BA, CE, MA, PB, RN e

    SE)

    Valor Pr evisto:

    TOTAL : US$ 4.730.000

    Companhias de Saneamento Estaduais:82,3% dos investimentos foram voltados para aaquisio de equipamentos e veculos destinadosao aparelhamento dos rgos e ao controle deproduo e consumo de gua, sendo que 50% dototal investido foi para projetos de pitometria,macromedio e micromedio, realizados nosestados do RN e PB.15,2 % dos recursos foram voltados paraplanejamento interno, em termos organizacionaise administrativos, principalmente na PB, e 2,5%para capacitao e treinamento de pessoal.Somente o Estado do CE realizou todas as aesprevistas no projeto, enquanto que os estado daBA, SE, MA e AL no realizaram,no mbito doPRODETUR/NE I, nenhuma das aes previstasnos projetos, embora em muitos casos tais aesforam realizadas com outras fontes, como ocorreuna BA onde a EMBASA foi beneficiada comrecursos do Projeto Bahia Azul.

    ALCANADO: 4 projetos / rgos beneficiados

    9 aes (1 no inicialmente prevista) 4 Estados (BA, CE, PB e RN)

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 495.256 LOCAL: US$ 745.377 TOTAL : US$ 1.240.633

    TOTAL: 26,23%

    Departamentos Estaduais de Estradas: Desenvolvimento de sistemas de

    acompanhamento de contratos de obras,

    e Servios de manuteno e

    implementao de procedimentosambientais.

    Departamentos Estaduais de Estradas:Foram realizados investimentos em equipamentose veculos, adequao de normas e procedimentos

    em relao a aspectos ambientais,desenvolvimento de sistemas gerenciais ecapacitao de recursos humanos.85,3% dos investimentos foram realizados em 4aes no CE, todas elas com recursos dacontrapartida local. Os estados do RN e PBrealizaram todas as aes previstas nos projetos,ao passo em que no estado de SE o projetoprevisto no foi implantado no mbito doPrograma.As duas aes que no estavam previstas foramrealizadas no estado do CE e esto relacionadas adequao normativa em relao aos aspectos

    ambientais e implantao de sinalizao tursticana rodovia CE-085 - Estruturante.

    TOTAL: 56,41%

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    METAS: 4 projetos / rgos beneficiados 8 aes 4 estados (CE, PB, RN e SE)

    Valor Pr evisto:

    TOTAL : US$ 980.000

    ALCANADO: 3 projetos / rgos beneficiados 7 aes (2 no inicialmente previstas) 3 Estados (CE, PB e RN)

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 76.080 LOCAL: US$ 476.803 TOTAL : US$ 552.883

    rgos de Planejamento e UnidadesExecutoras Estaduais: Apoio para o estabelecimento de

    unidades executoras estaduais, Aquisio de equipamentos, e Treinamento de pessoal.

    METAS: 14 projetos / rgos beneficiados 17 aes 9 estados

    Valor Pr evisto:

    TOTAL : US$ 720.000

    rgos de Planejamento e UnidadesExecutoras Estaduais (UEEs):Foram realizados investimentos em equipamentose veculos, planejamento para estruturao internados rgos e capacitao de recursos humanos.Os estados de SE e MA no utilizaram recursosdo Programa (locais ou do BID) para estruturaode suas UEEs ou fortalecimento de rgos deplanejamento.Foram feitos investimentos significativos naestruturao da UEM de Macei-AL e na UEE daBA com destaque para a capacitao de recursoshumanos. Na UEE-BA os investimentos nacapacitao de recursos humanos resultaram emdiversas publicaes fruto da produo intelectualde membros da equipe da UEE (publ icaes emanexo). Os recursos utilizadosDentre os projetos inseridos no sub-componenteem questo, o fortalecimento institucional daSEPLAN-PI (rgo sede da UEE. Projeto noinicialmente previsto) representou 63,3% dosrecursos.Tambm dignos de nota foram os investimentosem PE (22,6%), relacionados implantao daUnidade Gestora do Centro Turstico deGuadalupe pela Agncia de DesenvolvimentoEconmico de Pernambuco (AD/DIPER) e aoFortalecimento Institucional da UEE-PE.

    ALCANADO: 9 projetos / rgos beneficiados (1 no previsto

    inicialmente) 9 aes 6 estados (AL, CE, PB, PE, PI e RN)

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 655.111 LOCAL: US$ 48.474 TOTAL : US$ 703.585

    TOTAL: 97,7%

    Governos Municipais: Fortalecimento financeiro, incluindo: Aperfeioamento do sistema de

    arrecadao (cadastro, assessoriajurdica), e

    Sistemas de administrao financeira(para contabilidade e oramento);

    Planejamento ambiental/urbano, planos

    Governos Municipais:Os recursos foram utilizados para a estruturaode rgos municipais e para a melhoria de suaatuao, envolvendo estudos e planejamento(Planos Diretores, Cadastro Tcnico, Sistemas

    Tributrios..), aquisio de equipamentos ecapacitao e treinamento de recursos humanos.

    TOTAL: 77,3%

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    diretores de desenvolvimento urbano,legislao para uso da terra;

    Planejamento econmico estratgico; Treinamento no local de trabalho e Acompanhamento da implementao de

    todos os projetos de assistncia tcnica.

    METAS: 40 projetos / rgos beneficiados (para

    35 municpios) 95 aes

    Valor Pr evisto:

    TOTAL : US$ 9.970.000

    O municpio de Macei recebeu grande parte dosinvestimentos (69,4% dos recursos), tendosomente o projeto Cadastro Tcnico de Maceiconsumido 55,5% do total investido em GovernosMunicipais no mbito do PRODETUR/NE I. Valelembrar que investimentos significativos em

    Desenvolvimento Institucional em Maceiocorreram em parte devido ao fato do mesmo tersido sub-muturio do Programa, o que exigiu umaforte estruturao do municpio quando emcomparao com outros municpios envolvidos noPRODETUR/NE I.

    Foram elaborados Planos Diretores para 16municpios dos estados da PB, RN, PE e CE,tendo sido investidos US$ 1.589.870 somente emplanos diretores, legislao urbanstica eatualizao cartogrfica.

    A maior parte das aes que no estavamprevistas inicialmente foram realizadas em PE.Estas esto relacionadas ao municpio deTamandar, o qual foi emancipado de RioFormoso aps a assinatura do contrato doPRODETUR/NE I, alm de aes de capacitaoe treinamento de recursos humanos paraSirinham, Rio Formoso e Tamandar(municpios envolvidos com o CT-Guadalupe).

    ALCANADO: 28 projetos / rgos beneficiados (para 23

    Municpios) 69 aes (17 no previstas inicialmente)

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 6.534.407 LOCAL: US$ 1.171.551 TOTAL : US$ 7.705.958

    Anlise dos Investimentos em DI:

    Dados quantitativos e grficos analticos relacionados ao desenvolvimento institucional podem ser consultados noAnexo 3-B1.

    De um modo geral os investimentos em Desenvolvimento Institucional nos estados sub-muturios do Programaforam importantes para a estruturao dos rgos envolvidos. Nesse sentido grande parte dos recursos foi utilizadacom a aquisio de equipamentos e veculos necessrios para o adequado funcionamento das instituiesbeneficiadas. Alm disso, importantes investimentos foram realizados na capacitao de recursos humanos dosdiversos rgos pblicos beneficiados, incluindo as Unidades Executoras Estaduais (UEE) do PRODETUR/NE.Nesse caso, em algumas UEEs os treinamentos realizados renderam trabalhos e publicaes que vieram a agregarconhecimento e experincia na gesto do Programa, notadamente no estado da Bahia. A ttulo de exemplo, citaesde parte dessas publicaes e exemplares de algumas delas encontram-se no Anexo 3-B2.

    Conforme abordado no item 1.1 Objetivo de Desenvolvimento do Projeto, a elaborao das Estratgias deDesenvolvimento Turstico representou importante pao em termos de planejamento do turismo em diversos

    Estados. Nesse contexto, investimentos nos rgos Estaduais de Turismo foram importantes para a estruturao dosmesmos com vistas a implementar as estratgias que foram desenhadas. Entre as aes realizadas foram elaboradaspublicaes em diferentes estados, voltadas para a divulgao de produtos tursticos, tanto para os turistas de ummodo geral quanto para investidores do setor privado. Empreendedores nacionais e internacionais eram pblico alvo

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    de parte do material publicado, razo pela qual muitas dessas publicaes saram em duas ou trs lnguas (Portugus,Ingls e/ou Espanhol). O Banco do Nordeste (BNB), rgo Executor do Programa, tambm elaborou materialvisando atrao de investidores no mbito do PRODETUR/NE. A ttulo de exemplo, no Anexo 3-B3 soapresentados exemplares de material publicado por alguns dos Estados participantes do Programa e pelo BNB.

    No balano geral do componente, tanto os investimentos com recursos do BID (85,1%), quanto aqueles da

    contrapartida dos estados (51,6%) foram menores que o planejado. Isto deveu-se a diferentes fatores:1) variao cambial, com desvalorizao do real ao longo do perodo de execuo do Programa, fazendo com que omontante em dlares inicialmente previsto fosse mais do que suficiente para a realizao dos projetos planejados;2) no execuo de parte dos projetos e/ou aes que estavam previstos;3) parte dos projetos e/ou aes inicialmente previstos foi realizada com fontes de financiamento que, por diversosmotivos (comprovao financeira, fonte prprio BID, fonte Banco Mundial, entre outros), no puderam serreconhecidas como contrapartida local, como ocorreu nos estados do RN, BA e SE. Como exemplo pode-se citar osrgo de Meio Ambiente da BA e RN, que receberam recursos do MMA e Banco Mundial, no mbito do GERCO.Ressalte-se que o perodo de execuo do Programa coincidiu com o despertar da conscincia ambiental no pas, oque de certo modo se refletiu em investimentos nos rgos ambientais estaduais e municipais por diferentes fontesde recurso, entre elas o PRODETUR/NE.

    Especificamente quanto aos investimentos realizados nos Governos Municipais, percebe-se que os resultados

    alcanados ficaram aqum do esperado, frente importncia dos municpios na gesto / manuteno dos produtosexecutados. A falta de instrumentos de planejamento no nvel municipal, para disciplinar a ocupao do territriodas reas beneficiadas pelos programa gerou em alguns casos uma ocupao inadequada das reas costeiras comprejuzos s reas frgeis que deveriam ser protegidas, assim como especulao imobiliria e a conseqenteproliferao de loteamentos, seja em locais inadequados, seja com lotes numerosos e muito reduzidos, podendocomprometer a capacidade de suporte natural destas reas. O programa financiou projetos de conservao ambientale planejamento regional promovidos pelos estados, e previu recursos para fortalecimento institucional de municpiosnos aspectos de planejamento e zoneamento ambiental, com o objetivo de prevenir esses impactos. Entretanto, osresultados foram menos efetivos que o esperado, por diferentes razes, entre elas: 1) insuficiente efetividade eabrangncia dos Planos Diretores e projetos de conservao e zoneamento ambiental; e 2) deficincias na articulaoinstitucional entre estado e municpios.

    At o momento parte dos municpios alvo do Programa ainda no tm Planos Diretores. Diante desse fato e da

    diretriz do Ministrio das Cidades de que todos os municpios devero obrigatoriamente ter Planos DiretoresMunicipais (PDM), no desenho do PRODETUR/NE II j se prev que os municpios que recebero projetos deinfra-estrutura devero ter PDM atualizados e em vigor.

    No Banco do Nordeste (BNB) foram feitos importantes investimentos em fortalecimento institucional, tais como:

    A) a criao do ncleo de meio ambiente, inicialmente denominado Grupo Interdepartamental de Meio Ambiente(GIMAM), posteriormente Grupo Temtico Meio Ambiente e atualmente Gerncia de Infra-estrutura Meio-ambientee Responsabilidade Social, ligada rea de Polticas do BNB. Aps sua criao esse ncleo j realizou diversasatividades, como: 1) a elaborao da poltica do BNB para o meio ambiente, com a sua incorporao nos normativosinternos do Banco; 2) a realizao de seminrios, palestras e cursos para divulgao da poltica ambiental do BNB etemas relacionados questo ambiental entre os seus funcionrios e pblico externo; 3) a publicao de cartilhas eoutros materiais de divulgao; 4) a organizao e publicao do Manual de Impactos Ambientais, o qual

    transformou-se em material de referncia no BNB e em outras instituies, inclusive rgos ambientais. No Anexo3-B4 seguem as citadas publicaes, e no Anexo 3-B5 segue documento sobre as atribuies atuais dessa gerncia.

    B) No BNB tambm ocorreu uma srie de eventos de capacitao e foram criadas oportunidades de treinamento paravrios funcionrios em diferentes reas relacionadas ao PRODETUR/NE, tais como avaliao socioeconmica deprojetos, gesto ambiental, anlise de processos licitatrios e planejamento urbano. Estes eventos de treinamentoainda continuam sendo realizados, agora para preparao de tcnicos que iro acompanhar o PRODETUR/NE II,com a realizao de curso de especializao em avaliao ambiental (36 alunos) em 2003 e curso de avaliaosocioeconmica de projetos (28 alunos) em 2005, dessa vez envolvendo um nmero maior de participantes. Aindaest prevista a realizao de cursos de Planejamento Urbano e Gesto Municipal e de Cursos de Extenso emSaneamento Ambiental e Estradas.

    C) A atuao do BNB voltada para o turismo foi bastante intensificada a partir do PRODETUR/NE, com a

    estruturao e divulgao de diferentes linhas de financiamento (recursos do FNE) que j existiam anteriormente,tais como Programa de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (PMPE), Programa de Financiamento Conservao eControle do Meio Ambiente (FNE VERDE), Programa de Apoio ao Turismo (PROATUR), entre outros. Alm

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    disso, a partir de 1997 o BNB iniciou um trabalho de desenho e estruturao de Plos de Desenvolvimento Integradodo Turismo em todos os estados do Nordeste, alm da poro norte dos estados de Minas Gerais e Esprito Santo. NoAnexo 3-B3 encontra-se a publicao em ingls PRODETUR/NE In Action: actions towards tourisminfrastructure in the Northeast of Brazil, material de divulgao externa criado pelo BNB com relao aoPRODETUR/NE, os Plos de Turismo e as citadas linhas de financiamento.

    Por fim, constata-se que, se por um lado parte dos investimentos em DI no PRODETUR/NE I foi insuficiente paramodificar significativamente a atuao dos rgos beneficiados e, com isso, no atingiram os resultados esperados,por outro, no desenho do PRODETUR/NE II, j est prevista uma maior abrangncia e direcionamento dosinvestimentos em DI. Como exemplo, para maior efetividade dos investimentos busca-se financiar odesenvolvimento de projetos que envolvem o desenvolvimento de reas especficas de rgos estaduais (gesto deunidades de conservao, sistemas de informaes tursticas) e municipais (programas de ajuste fiscal, planosdiretores municipais, fortalecimento da gesto municipal do turismo).

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    COMPONENTE B:OBRAS MLTIPLAS EM INFRAESTRUTURA BSICA E SERVIOS PBLICOSa) Saneamento

    OBJETIVO: melhorar os servios pblicos de abastecimento de gua e tratamento de esgoto, nas reas abrangidas

    pelo Programa. Na maioria dos casos, os trabalhos visam ampliar, simultaneamente, a capacidade dos sistemas tantode abastecimento de gua quanto de esgotamento sanitrio, aproveitando ao mximo as instalaes existentes.

    PLANEJADO ALCANADO%

    ValorAlcanado

    METAS: 83 Projetos 8 Estados (AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN e SE)

    VALOR PREVISTO:

    BID: US$ 123.150.000 (84,4%) LOCAL: US$ 22.750.000 (15,6%) TOTAL: US$ 145.900.000

    METAS ALCANADAS: 72 Projetos (24 no inicialmente

    previstos) 9 Estados Populao atendida 971.888 hab

    VALOR APLICADO:

    BID: US$ 118.255.966 (73,3%)LOCAL: US$ 43.012.392 (26,7%)TOTAL: US$ 161.268.358

    BID: 96,0%LOCAL 189,1%TOTAL: 110,5%

    Sub-setor gua potvel:Os trabalhos incluem a construo ou reabilitao de: captaes de gua, poos, adutoras, estaes de tratamento, reservatrios, redes de distribuio, ligaes domiciliares com medio, bombas, e outros equipamentos de tratamento e manuteno.

    META:

    41 projetos 8 estados

    Sub-setor gua potvel:Foram implantados sistemas deabastecimento de gua completos(captao, tratamento, aduo, reservaoe distribuio), ou complementares asistemas existentes, resultando naobteno dos seguintes produtos:

    Rede de distribuio 706,8 Km Aduo 121,3 Km Estaes de Tratamento

    de gua implantadas 25 Und Ligaes domiciliares

    at set/2005 50.472 Und Populao atendida

    at set/2005 474.514 hab

    92,3% dos recursos foram investidos emprojetos dos estados da BA, CE, SE e PI,sendo que nos estados do CE e BA foram

    implantados os maiores nmeros desistemas, 11 e 7 respectivamente.

    No foram implantados os projetosprevistos para o RN, ao passo que foiimplantado um projeto no MA, o que noera inicialmente previsto.

    Trs sistemas no estado do CE ainda noesto funcionando, pois esto em fasefinal de implantao.

    META ALCANADA:

    30 projetos (4 no inicialmenteprevistos)

    8 estados.

    43,4% do totalPLANEJADO

    para osaneamento

    39,3% do totalALCANADOem saneamento

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    Valor Aplicado:

    BID: US$ 39.870.687 (62,9%) LOCAL: US$ 23.475.634 (37,1%) TOTAL: US$ 63.346.321

    Sub-setor esgotamento sanitrio:Est prevista a construo de: Redes de esgotos, coletores tronco, estaes elevatrias, e estaes de tratamento.

    META: 42 Projetos 8 estados

    Sub-setor esgotamento sanitrio:Os investimentos em sistemas deesgotamento sanitrio envolveramprojetos de sistemas completos (coleta,transporte, tratamento e lanamentofinal), ou projetos complementares asistemas existentes, resultando naobteno dos seguintes produtos:

    Rede de coleta de esgoto 1.090,1 Km Interceptores / emissrios 137,6 Km Estaes de tratamento

    de esgotos implantadas 29 Und Ligaes domiciliares

    at set/2005 71.932 Und Populao atendida

    at set/2005 670.463 hab

    65,6% dos recursos foram aplicados emprojetos nos estados da BA, CE e PB,sendo que os dois primeiros estados (BAe CE) realizaram 10 projetos cada um.

    Foram realizados 4 projetos no estado doMA, o que no estava inicialmenteprevisto.

    META ALCANADA: 39 projetos (16 no inicialmente

    previstos) 9 estados

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 78.385.279 (80%) LOCAL: US$ 19.536.758 (20%)

    TOTAL: US$ 97.922.037

    67,1% do totalPLANEJADO

    para osaneamento

    60,7% do totalALCANADOem saneamento

    Anlise dos investimentos em Saneamento:

    Os investimentos em saneamento foram acima do planejado, sendo que foi aplicado quase o dobro do valor previstoda contrapartida local. A maior parte dos sistemas implantados j est em pleno funcionamento, enquanto que umapequena parcela est em fase final de implantao. Nesse caso, alguns dos projetos de abastecimento de gua em fasede concluso j esto aptos a operar, entretanto ainda no entraram em funcionamento pelo fato de no terem sidoconcludos os sistemas de esgotamento sanitrio correspondentes, como o caso de projetos em AL, CE e PE.

    Os principais problemas encontrados foram: Certa resistncia de moradores para fazer ligaes domiciliares de esgoto, devido ao custo associado, como

    ocorreu em alguns projetos no CE e PE. Resistncia de moradores no entorno de ETEs implantadas, com receio de haver contaminao de lenol fretico e

    incomodados por mal cheiro e degradao da paisagem (BA).

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    Conflitos com moradores quanto locao das obras de alguns projetos, devido deficiente realizao deconsulta s comunidades afetadas durante a fase de elaborao de projetos.

    Limitaes na abrangncia dos sistemas, sendo que muitas vezes reas que apresentam caractersticas geogrficasque dificultam ou impossibilitam a instalao de sistemas em rede (zonas alagadas ou com extrema declividade)so ocupadas por populaes de baixa renda, pblico alvo do programa (PE).

    Falta de complementao de sistemas de esgotamento sanitrio (rede coletora, interceptores), de modo a

    possibilitar o atendimento da populao projetada e a plena operao das estaes de tratamento implantadas. Passivos ambientais e sociais gerados durante a fase de execuo das obras (Ponta Negra, Natal-RN e Praia do

    Forte-BA).

    Os estados mais beneficiados foram BA, CE, PB e SE, onde foram aplicados 75,6% dos recursos.

    Houve maior populao beneficiada com abastecimento de gua nos estado da BA, CE, PI e SE, enquanto que osestados da BA, CE, MA e PB apresentaram maior populao beneficiada com projetos de esgotamento sanitrio.Alguns municpios foram amplamente beneficiados com sistemas de gua e esgoto simultaneamente, merecendodestaque: 1) Porto Seguro, Belmonte, Santa Cruz Cabrlia e Mata de So Joo (Costa do Saupe) na BA; 2) Paraipaba,Paracuru, Itapipoca, Caucaia e So Gonalo do Amarante no CE; 3) Maragogi em AL; e 4) Rio Formoso em PE.

    Tambm devem ser destacados importantes projetos de saneamento em capitais e outras grandes cidades, tais comoSo Luis-MA, Joo Pessoa-PB, Parnaba-PI, Natal-RN e Aracaju-SE.

    Alm dos projetos de sistemas de gua e esgotamento sanitrio, no setor de saneamento tambm foram feitosinvestimentos em projetos de drenagem associados a outras intervenes, a exemplo dos projetos: 1) Drenagem deguas Pluviais do Plo Lagamar do Trairi- CE; 2)Drenagem e Pavimentao de Porto Seguro - BA; e 3)Drenageme Pavimentao do Centro Histrico de So Lus - MA. Os investimentos nos projetos que envolvem drenagemchegaram ao montante de US$ 4.170.532 (BID US$ 3.417.960; LOCAL US$ 752.572).

    Por fim, dados quantitativos e grficos analticos relacionados ao saneamento podem ser consultados no Anexo 3-C.

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    COMPONENTE B: OBRAS MLTIPLAS EM INFRAESTRUTURA BSICA ESERVIOS PBLICOS

    b) Gerenciamento de Resduos Slidos

    OBJETIVOS:

    1) proporcionar uma coleta apropriada e eficiente dos resduos slidos no meio urbano;2) proporcionar um transporte eficiente e econmico dos resduos at a rea de despejo final;3) proporcionar uma eliminao ecologicamente segura, tecnicamente prtica e de baixo custo;4) promover programas de educao ambiental e de longo alcance orientado mudana de atitude da populaopara conseguir sua cooperao e tornar a coleta mais eficiente;5) fortalecer as instituies em seus aspectos tcnicos e financeiros, a fim de assegurar sua operao emanuteno com um custo eficiente, tanto no curto como no longo prazo;6) proteger a sade e segurana de seus trabalhadores.

    PLANEJADO ALCANADO%

    ValorMETA DO SUB-COMPONENTE: 19 Projetos 6 Estados (AL, BA, PB, PE, PI e RN)

    Valor Previsto: BID: US$ 8.550.000 LOCAL: US$ 2.050.000 TOTAL: US$ 10.600.000

    META ALCANADA: 0 Projetos 0 Estados

    Valor Aplicado:

    US$ 0,00

    0,00

    Anlise dos investimentos em Gerenciamento de Resduos Slidos:

    As aes que estavam previstas para o estado de Alagoas no foram executadas por problemas relacionados alternativa de projeto escolhida*, no caso do aterro sanitrio de Macei, e pelo fato da prefeitura municipal deMacei e do governo do estado de Alagoas, ambos sub-muturios do PRODETUR/NE I, terem priorizado

    investimentos em outros componentes na capital (revitalizao do bairro do Jaragu), o que inviabilizou osinvestimentos em administrao de resduos slidos que estavam previstos para Maragogi, Barra de SantoAntnio e Paripueira.

    No caso da Bahia, dos projetos previstos (Porto Seguro, Santa Cruz Cabrlia e Belmonte), apenas o aterrosanitrio de Porto Seguro foi realizado, utilizando outra fonte de financiamento. No caso, o projeto no foiintegrado ao PRODETUR/NE como contrapartida local. Os projetos para os demais municpios ainda noforam realizados. No mbito do PRODETUR/NE II, est em fase de licitao o projeto de ReavaliaoRegional da Gesto dos Resduos Slidos da Costa do Descobrimento, o qual deve apontar as melhoressolues para a administrao de resduos slidos relacionados aos 3 municpios dessa Zona Turstica (PortoSeguro, Santa Cruz Cabrlia e Belmonte).

    Em relao ao projeto de administrao de resduos slidos previsto para a PB, em agosto de 2003 foi fechado

    definitivamente o Lixo do Roger e inaugurado novo aterro sanitrio de Joo Pessoa-PB, projeto inicialmenteprevisto para ser realizado com recursos do Programa. O projeto foi executado com outra fonte definanciamento, sem reconhecimento de contrapartida local para o PRODETUR/NE I.

    Em PE estavam previstos projetos para os municpios envolvidos no CT-Guadalupe. Entretanto, somente foramelaborados os Planos Diretores de Limpeza Urbana dos municpios. Atualmente est sendo finalizada aimplantao de aterro sanitrio consorciado para os trs municpios (Sirinham, Rio Formoso e Tamandar)com recursos do programa PROMATA. Apesar desse projeto estar previsto no PRODETUR/NE II, segundo oPlano de Ao do PDITS do Plo Costa dos Arrecifes-PE, o mesmo no poder ser contrapartida doPRODETUR/NE II pelo fato do PROMATA tambm utilizar recursos do BID.

    Os projetos previstos para o Piau tambm no foram realizados. Luis Correia ainda utiliza lixo e em Parnabaexiste aterro sanitrio em ms condies de operao e no fim de sua vida til. Segundo informaes no PDITS

    do Plo Costa do Delta-PI, o municpio j est com novo aterro em implantao com recursos do Ministrio doTurismo (PNMT) com repasse via Caixa Econmica Federal. Se atendidos os critrios de elegibilidade doPrograma, este projeto poder vir a ser considerado como contrapartida local do PRODETUR/NE II.

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    No caso do RN, em 2004 foi inaugurado novo aterro sanitrio para a regio metropolitana de Natal, realizadocom recursos de outras fontes e ainda no reconhecido como contrapartida local (possvel no PRODETUR/NEII), o qual atende a capital e municpios da redondeza, incluindo Extremoz, Cear-mirim e Parnamirim, para osquais estavam previstos projetos de administrao de resduos slidos no PRODETUR/NE I. Foi realizadoainda aterro sanitrio simplificado e provisrio no municpio de Tibau do Sul, para atender a localidade tursticade Pipa, em fase de acelerada expanso. Para os municpios de Nsia Floresta, Tibau do Sul, Ares, So Gonalo

    do Amarante, Senador Georgino Avelino e demais municpios do Plo Costa das Dunas-RN, esto previstosprojetos de implantao de aterros sanitrios no PRODETUR/NE II, os quais sero precedidos do Plano deGesto Integrada de Resduos Slidos para os municpios do plo.

    Alguns Estados (entre os quais BA e RN) alegam que projetos previstos nesse sub-componente no foramrealizados devido a restries do Programa, no qual no se financia a aquisio de equipamentos para oprocesso de coleta de lixo e operao do aterro sanitrio. Os recursos previstos terminaram por ser alocados emoutros sub-componentes.

    * = A alternativa de biorremediao apresentada no foi aprovada pelo fato de no ter resultados comprovados de suaeficcia.

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    COMPONENTE B: OBRAS MLTIPLAS EM INFRAESTRUTURA BSICA ESERVIOS PBLICOS

    c) Recuperao e Proteo Ambiental

    OBJETIVOS: Melhorar / manter a qualidade ambiental de reas de interesse turstico, por meio deinvestimentos em estudos, educao ambiental, manejo, preservao e recuperao de recursos naturais emdeterminados territrios dentro da rea de abrangncia do Programa. desejvel que todos os projetosapresentem metodologias ou tecnologias que possam ser aproveitadas para o desenvolvimento de projetossimilares em outras reas. Ademais, os projetos contemplados neste setor devero incluir a elaborao (ouservir de subsdios elaborao) de planos diretores municipais, assim como estimular a participao dasadministraes municipais em sua implantao.

    PLANEJADO ALCANADO%

    ValorMETA DO SUB-COMPONENTE: 15 Projetos; 7 Estados (AL, CE, MA, PB, PE, PI

    e RN);

    Valor Previsto:

    BID: US$ 19.500.000

    LOCAL: US$ 3.900.000 TOTAL: US$ 23.400.000;

    METAS ALCANADAS: 18 Projetos (7 Previstos; 11

    adicionais) 4 Estados (AL, BA, CE e RN)

    rea protegida /recuperada: 11.202 ha

    O Programa contribuiu para aconservao (criao de APAs)de outros 102.925 ha

    Foram criadas 6 Unidades deConservao no mbito doPRODETUR/NE I, todas na BA;

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 6.303.674

    LOCAL: US$ 14.245.756 TOTAL: US$ 20.549.430

    BID: 32,3%LOCAL: 365,3%TOTAL: 87,8%

    Anlise dos investimentos em Proteo e Recuperao Ambiental:

    Os investimentos em proteo e recuperao ambiental com recursos do BID foram aqum do esperado,sendo que no foram realizados os projetos previstos para cinco estados (AL, MA, PB, PE e PI).

    A maior parte dos recursos do financiamento foi para o CE, onde foram realizados praticamente todos osprojetos previstos, referentes proteo e recuperao de lagoas, lagamares e orlas de rio. Dentre os onze

    projetos adicionais enquadrados nesse sub-componente, constam sete projetos de urbanizao de reas delazer associados s aes de proteo e recuperao de lagoas e lagamares*. No estado tambm foi criado oParque Botnico do Cear, como medida compensatria pela implantao da rodovia CE-085 Estruturante.

    As principais dificuldades / problemas encontrados foram: Baixa eficincia na proteo / conservao ambiental nos casos em que Unidades de Conservao

    foram criadas porm no devidamente implantadas. Desrespeito aos limites estabelecidos no entorno das lagoas e lagamares no CE, onde foram

    piqueteadas (demarcadas) as reas de Preservao Permanente. Difcil controle dos acessos nas reas de fixao de dunas. Problemas encontrados na execuo de obra de recuperao e defesa contra processo de eroso

    marinha, onde a primeira soluo adotada foi insuficiente para conter o avano das mars (Pecm,CE). Falta de compromisso por parte das administraes municipais quanto manuteno das benfeitorias,

    contribuindo para a degradao / depredao das mesmas (plos de lazer nas margens de lagoas).

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    Ausncia de elaborao e implementao, em tempo hbil, de um plano de gesto para a efetivautilizao dos citados plos de lazer com maior envolvimento da populao local, o que teriacontribudo para a sua manuteno.

    Somente um dentre os projetos que no estavam previstos, a Despoluio do Vale do Reginaldo /Salgadinho, consumiu US$ 12,9 milhes da contrapartida local, representando 62,7% do valor total

    aplicado. Ressalte-se que tal ao estaria melhor enquadrada no sub-componente de saneamento, um vezque se constituiu em coleta dos lanamentos de esgoto que existiam ao longo de parte do crrego doReginaldo / Salgadinho e seu direcionamento para emissrio submarino.

    No estado da BA foram criadas diversas unidades de conservao do tipo APA (reas de ProteoAmbiental) no mbito do PRODETUR/NE I. Tambm foi criado um Parque estadual (Parque do Conduru)como medida compensatria associada implantao da rodovia BA-001 Ilhus-Itacar. Parte dessasUnidades de Conservao, entretanto, no foram implantadas. Constam nos Planos de Ao dos PDITS dosplos tursticos do PRODETUR/NE II vrios projetos de implantao de unidades de conservao(demarcao do terreno, implantao de acessos, construo de edificaes, aquisio de veculos eequipamentos etc) os quais vm complementar parte dos investimentos em proteo e recuperaoambiental realizados na primeira fase do Programa.

    Exemplo de projeto de Proteo e Recuperao Ambiental, apontado como caso de sucesso noPRODETUR/NE I foi o Parque das Dunas, em Natal-RN, onde foram realizadas diversas aes (Planos deManejo/Operao, e obras fsicas envolvendo um viveiro com 20 espcies, escola de educao ambiental,uma pista de Cooper, aquisio de mobilirio e equipamentos, recuperao das cercas do entorno,herbrio, recuperao de 3 trilhas ecolgicas) que contriburam significativamente para a proteoambiental local e para a melhoria da qualidade da experincia dos freqentadores do Parque.

    Outros projetos que merecem meno por terem atingido os benefcios almejados a contento foram aRecuperao da praia e embocadura do rio Munda e a Recuperao (fixao) das dunas do Paracuru, oprimeiro evitando impactos significativos sobre a comunidade ribeirinha e o segundo preservando oprincipal ponto de captao de gua da cidade, evitando seu soterramento por dunas mveis.

    No mbito de projetos no CE (urbanizao dos plos de lazer) e RN (Parque das Dunas) foram feitos

    investimentos em urbanizao, totalizando rea de 107.516 m2. Frente constatao da importncia darevitalizao de reas urbanas para o turismo e frente demanda dos estados para a realizao de projetosde urbanizao, no PRODETUR/NE II foi criado um sub-componente especfico para a Urbanizao dereas Turstica, com regras claras no Regulamento Operacional do Programa para a realizao dos projetos.Maiores informaes quanto investimentos dessa natureza podem ser encontradas no Anexo 3-I

    Por fim, pelo exposto pode-se inferir que do montante planejado apenas 32,6% dos recursos foramefetivamente empregados em aes inerentes a esse componente. Diante da proposta do Programa dedesenvolver na regio Nordeste a atividade turstica com base nos princpios do DesenvolvimentoSustentvel, deve-se envidar maiores esforos no PRODETUR/NE II para a realizao de projetos deproteo e recuperao ambiental de modo a salvaguardar os recursos naturais da regio, os quaisconstituem-se principais atrativos tursticos da regio.

    Maiores informaes (tabelas e grficos) relacionadas Proteo e Recuperao Ambiental podem serencontradas no Anexo 3-D.

    * = Ressalte-se que inicialmente os projetos de Urbanizao dos Plos de Lazer foram enquadrados na rubricaObras Adicionais da Matriz do Contrato de Emprstimo BID-BNB, a qual foi excluda da Matriz quando de suamodificao. A partir da, devido s suas caractersticas, decidiu-se pelo enquadramento de tais projetos no sub-componente Proteo e Recuperao Ambiental.

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    COMPONENTE B: OBRAS MLTIPLAS EM INFRAESTRUTURA BSICA ESERVIOS PBLICOS

    d) Transporte (obras virias urbanas e rodovias)

    OBJETIVOS: Propiciar acesso cmodo, confivel e seguro a zonas tursticas, melhorar a circulao urbana e

    diminuir congestionamentos associados ao acesso a zonas de interesse turstico. Para atender a tais objetivos osprojetos no setor de transporte so divididos / classificados em dois sub-setores:Rodovias e Vias urbanas.

    PLANEJADO ALCANADO%

    ValorMETA DO SUB-COMPONENTE: 43 Projetos; 8 Estados (somente para o MA no estavam

    previstos projetos de transporte);

    Valor Previsto:

    BID: US$ 71.000.000 LOCAL: US$ 11.800.000 TOTAL: US$ 82.800.000

    META ALCANADA:

    90 Projetos (30 previstos e 60adicionais);

    9 Estados;

    Extenso de viaspavimentadas: 1.025,1 km.

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 109.944.291 LOCAL: US$ 32.253.071 TOTAL: US$ 142.197.362

    BID: 154,8%LOCAL: 273,3%TOTAL: 171,7%

    Sub-Setor Rodovias:Construo, melhoramento e reabilitao decaminhos e rodovias prioritrias para daracesso cmodo, confivel e seguro a zonas

    tursticas.

    Sub-Setor Rodovias:Foram executados projetos deimplantao / melhoramento derodovias estaduais, tanto interligando

    diferentes municpios de interesseturstico, quanto melhorando aacessibilidade a atrativos tursticosespecficos. Os estados maisbeneficiados em termos de extenso derodovias vias pavimentadas foram PI,CE e BA.

    Embora tenha absorvido apenas 6% dosrecursos do sub-componentetransportes, o estado do Piau foi omaior beneficiado em termos deextenso de rodovias pavimentadas

    (278,4 Km). Nesse caso os custos deimplantao foram menores, pois amaior parte das estradas beneficiadas japresentavam um leito carrovel, tendosido realizadas algumas alteraes notraado e a pavimentao das vias. Almdisso, o estado do Piau entroutardiamente no Programa (1999), tendoos desembolsos ocorridos em poca dedesvalorizao cambial em relao aodlar, ou seja, na poca o custo em dlarpor quilmetro pavimentado tambm foimenor em comparao ao investimento

    em outros estados.

    Extenso de rodoviaspavimentadas: 978,1 Km

    139,8% do totalPLANEJADO para

    transportes

    81,4% do totalALCANADO em

    transportes

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    Valor Aplicado:

    BID: US$ 86.521.177 LOCAL: US$ 29.231.385

    TOTAL: US$ 115.752.562

    Sub-setor Vias Urbanas:Reabilitao de vias urbanas e drenagemdestinadas a melhorar a circulao urbana ediminuir o congestionamento para facilitar oacesso a zonas de interesse turstico. As obras,entre outras, incluem: Remodelao de ruas e avenidas, habilitao de vias para pedestres, ciclovias e as correspondentes obras de drenagem.

    Sub-setor Vias Urbanas:Foram realizadas: Pavimentao de ruas, avenidas e

    vias expressas (BA, MA, Macei, PE,RN e SE);

    Construo e recuperao de pontes eviadutos (MA e PE);

    Construo de atracadouros eterminais martimos (BA e MA);

    Requalificao urbana de ruas,avenidas, praas e orlas (BA, MA,Macei, PE, RN e SE).

    Embora no tenha realizado 4 dos 5projetos previstos, o sub-muturio maisbeneficiado nesse sub-setor foi a capitalde AL, Macei, a qual absorveu 43%dos recursos (requalificao urbana nobairro do Jaragu), seguido do estado doMA, com 19,3% dos recursos (2viadutos - melhoria do trfego).

    Algumas das aes realizadas emMacei, MA e PE (recuperao de viasurbanas, recuperao de pontes,requalificao urbana) esto associadasaos projetos de recuperao doPatrimnio Histrico do bairro doJaragu, Macei-AL, do CentroHistrico de So Luis-MA e do CentroHistrico do Recife-PE.

    Extenso de viaspavimentadas: 47 Km

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 23.423.114 LOCAL: US$ 3.021.686 TOTAL: US$ 26.444.800

    33,5% do totalPLANEJADO para

    transportes

    19,5% do totalALCANADO em

    transportes

    Anlise dos investimentos em Transportes:

    O sub-componente de transportes absorveu mais recursos do que o inicialmente previsto, tanto da fonte BID(55% a mais) quanto da contrapartida local (quase 3 vezes mais do que o previsto). Os estados maisbeneficiados em termos de aplicao de recursos foram BA,CE, SE e PE, onde foram investidos 68,7% dosrecursos. Somente BA e CE respondem por 50% das aplicaes.

    Merecem destaque os projetos: 1) Rodovia CE-085 Estruturante, ligando Fortaleza s praias do litoral oeste doCear; 2) Rodovia BA-001 Ilhus-Itacar, facilitando o acesso rodovirio a Itacar (regio de praias paradisacasat ento pouco freqentadas); 3) Rodovia Porto Seguro - Trancoso, melhorando a interligao desses destinos,

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    buscando-se no comprometer rea de fragilidade ambiental localizada entre os mesmos; 4) Sistema virio dePonta Negra, Natal-RN, requalificando o bairro e preparando-o para o crescimento do turismo; 5) Complexosvirios (viadutos) do Turu e dos Franceses em So Lus-MA, resolvendo graves problemas de engarrafamentosentre o aeroporto e a zona turstica; 6) Rodovia PB-008, facilitando o acesso de Joo Pessoa ao litoral sul daParaba; 7) Ligao da capital Teresina ao litoral do Piau por rodovias estaduais, melhorando as condies deacesso e diminuindo problemas de engarrafamentos nos perodos de pico do fluxo de veculos para as zonas

    tursticas; 8) Rodovia SE-100, promovendo acesso ao litoral sul de Sergipe, nas proximidades da fronteira com aBahia.

    Com a diviso em categorias dos investimentos realizados em transportes (tabela e grficos no Anexo 3-E),percebe-se que dos 1025,1 Km pavimentados, 285,2 Km (27,8%) constituem-se em acessos a localidades ouatrativos tursticos especficos, 47 Km (4,6%) so vias urbanas e 693 Km (67,6%) so rodovias que interligamncleos urbanos. Na primeira categoria (acessos especficos), os reflexos dos investimentos tendem a estarfortemente associados ao desenvolvimento da atividade turstica, enquanto que na ltima categoria (ligaesentre ncleos urbanos), os reflexos dos investimentos tendem a ser mais abrangentes, uma vez que a melhoria daacessibilidade leva a modificaes na dinmica de vrias outras atividades econmicas desenvolvidas nas reasbeneficiadas, ligadas ou no ao turismo.

    Principais dificuldades / problemas enfrentados:

    Ocorrncia de passivos ambientais em 14 projetos de rodovias, devido tanto ao insuficiente detalhamentodos projetos quanto proteo ambiental quanto ao no cumprimento das medidas mitigadoraspreconizadas nos estudos e licenas ambientais, sobretudo s relacionadas recuperao de reasdegradadas.

    Conflitos com populao local, em casos onde no houve, principalmente durante a fase de planejamento,adequada aproximao, interao e consulta junto s comunidades afetadas.

    Ocupao desordenada do solo, nos casos em que rodovias melhoraram acesso a municpiosdespreparados (falta de instrumentos de ordenamento territorial Planos Diretores, ou dificuldade parafazer cumprir as leis de ordenamento locais). Isso foi mais grave nas rodovias que resultaram em umarpida resposta em termos de aumento de fluxo turstico, revelando por um lado que a acessibilidade eraum gargalo para o crescimento da atividade e por outro que as administraes pblicas das localidadestursticas beneficiadas, sobretudo no caso de pequenos municpios, estavam despreparadas para controlaros efeitos adversos do sbito crescimento do turismo ocorrido.

    Cientes das dificuldades acima observadas, os rgos envolvidos no planejamento e execuo do Programa,passaram a tomar importantes medidas para equacionar tais problemas. A maioria dessas medidas est inseridana estrutura do PRODETUR/NE II, o qual traz, entre outras, as seguintes diretrizes: 1) previso de recuperaodos passivos gerados na primeira fase do Programa anteriormente a outros obras de infra-estrutura; 2) anecessidade de haver Planos Diretores Municipais em vigor naqueles municpios a serem beneficiados comobras de infra-estrutura; 3) um maior rigor quanto elaborao e execuo dos planos de recuperao de reasdegradadas; 4) a necessidade de haver superviso de obras independente para os grandes investimentos; 5) arealizao de campanhas de auditoria socioambiental durante a fase de execuo dos projetos.

    No mbito de projetos de transportes realizados em Macei-AL e nos estados do MA, PE, RN e SE, foram feitosinvestimentos em requalificao urbana (urbanizao), totalizando rea beneficiada de 252.503 m2. Maioresinformaes quanto investimentos dessa natureza podem ser encontradas no Anexo 3-I. Frente constataoda importncia da revitalizao de reas urbanas para o turismo e frente demanda dos estados para a realizaode projetos de urbanizao, no PRODETUR/NE II foi criado um sub-componente especfico para a Urbanizaode reas Turstica, com regras claras no Regulamento Operacional do Programa para a realizao dos projetos.

    Maiores informaes (tabelas e grficos) relacionadas aos Transportes podem ser encontradas no Anexo 3-E.

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    COMPONENTE B: OBRAS MLTIPLAS EM INFRAESTRUTURA BSICA ESERVIOS PBLICOS

    e) Recuperao do Patrimnio Histrico

    OBJETIVOS:

    1) Recuperar monumentos histricos principalmente da poca colonial e constitu-los focos de atraoturstica;2) revitalizar o contorno urbano de reas geralmente degradadas mas com potencial cultural, comercial ehabitacional;3) promover a participao do setor privado nessas atividades.

    PLANEJADO ALCANADO%

    ValorMETA DO SUB-COMPONENTE:

    7 Projetos; 6 Estados (AL, BA, MA, PB, PE, PI);

    Valor Planejado:

    BID: US$ 30.000.000 LOCAL: US$ 5.900.000 TOTAL: US$ 35.900.000

    METAS ALCANADAS:

    17 Projetos, 6 Previstos e 11 Adicionais; 7 Estados (AL, BA, MA, PB, PE, PI, SE)

    e 1 Municpio (Macei);

    N stios histricos contemplados 14N edificaes recuperadas 61 rea construda recuperada 94.814 m2 Enterramento de rede eltrica 11.000 m Enterramento de rede telefnica 11.000 m

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 35.035.963 LOCAL: US$ 10.596.215 TOTAL: US$ 45.632.178

    BID: 116,8%LOCAL: 179,6%TOTAL: 127,1%

    Anlise dos investimentos em Recuperao do Patrimnio Histrico:

    Os investimentos foram basicamente voltados para a recuperao de edificaes histricas pertencentes aosetor pblico (com raras excees, por exemplo: Igreja do Bonfim-BA) e revitalizao de reas em seu entorno(praas, caladas, jardins).

    As aplicaes foram maiores do que o planejado, tanto envolvendo os recursos do BID quanto da contrapartidalocal. Os estados mais beneficiados em termos de aplicao de recursos foram PE, BA e MA, respondendojuntos por 69% dos investimentos realizados. Somente nestes estados localizam-se 50 das 61 edificaesrecuperadas. Em termos de rea construda recuperada os estados mais beneficiados foram PE, BA, MA e SE.

    Grande parte dos projetos que foram inicialmente planejados foi realizada, com exceo do Centro Histrico

    de Parnaba-PI e do Centro Histrico de Aracaju-SE.

    Com enquadramento no sub-componente de Recuperao do Patrimnio Histrico, tambm foram realizadosinvestimentos na recuperao de Centros de Eventos em Olinda-PE e no bairro do Jaragu em Macei-AL.

    Entre os 17 projetos realizados nesse sub-componente, merecem destaque: 1) Recuperao do Centro Histricode So Luis-MA; 2) Praa da S e Quarteiro Cultural no Pelourinho e Igreja do Bonfim em Salvador-BA; 3)Centro Histrico de Porto Seguro e Trancoso BA; 4) Centro Histrico de Recife-PE; 5) Revitalizao doBairro do Jaragu, Macei-AL.

    importante ressaltar que os investimentos do PRODETUR/NE em Recuperao do Patrimnio Histricomuitas vezes complementaram outros investimentos do estado, com utilizao de diferentes fontes de recursos(BID / Monumenta, Programa de Recuperao de Stios Histricos URBIS, Recursos Prprios), e da prpria

    iniciativa privada. Projetos como o Centro Cultural Drago do Mar, Recuperao de Patrimnio do Pelourinho,Recuperao de edifcios em Recife Antigo, benfeitorias realizadas na regio de Porto Seguro emcomemorao aos 500 anos do Descobrimento do Brasil so exemplos desses investimentos, muitos dos quaisj vinham acontecendo anteriormente. Vale registrar que a promulgao da Lei Rouanet em 1991 foi grande

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    incentivo para investimentos em Recuperao de Patrimnio Histrico a partir da dcada de 90.

    As principais dificuldades encontradas foram: Complicaes que surgiram no decorrer da execuo das obras e que, nem sempre, estavam previstas nos

    projetos, significando atrasos no cronograma e aumento nos custos. Deficincias na gesto das reas revitalizadas (stios histricos) com foco no turismo, notadamente quanto

    diversificao de usos; Falta de garantia de manuteno peridica de parte das edificaes e reas urbanas recuperadas; Dificuldades para se atingir os indicadores socioeconmicos previstos nos projetos, em grande parte

    devido aos itens acima mencionados.

    As dificuldades apontadas acima indicam um possvel comprometimento da sustentabilidade dos investimentosrealizados. Entretanto, vale mencionar que, na maior parte dos locais onde houve atuao com recursos doPRODETUR/NE I, os projetos realizados representaram apenas um frao da totalidade dos investimentosnecessrios para a completa revitalizao dos stios histricos. Com isso, apesar do Programa ter contribudopara a recuperao dessas reas, muito ainda precisa ser feito para a sua completa revitalizao e consolidaoenquanto reas de interesse histrico e atrao turstica.

    Para corrigir e/ou evitar a ocorrncia na segunda fase do PRODETUR/NE de dificuldades semelhantes sapontadas anteriormente, foram realizadas as seguintes modificaes em seu Regulamento Operacional: 1)Maior rigor na elaborao e anlise dos projetos, sobretudo quanto sua sustentabilidade econmico-financeira; 2) melhor definio dos tipos de obras e stios objeto de intervenes, de modo a facilitar oenquadramento dos projetos e guardar identidade das intervenes com os objetivos do componente; 3) maiordetalhamento dos critrios socioambientais.

    No mbito de projetos em todos os estados envolvidos no componente, foram feitos investimentos pararevitalizar o contorno urbano das reas beneficiadas, envolvendo obras de urbanizao. Tais investimentosrequalificaram rea equivalente a 146.606 m2. Frente constatao da importncia da revitalizao de reasurbanas para o turismo e frente demanda dos estados para a realizao de projetos de urbanizao, noPRODETUR/NE II foi criado um sub-componente especfico para a Urbanizao de reas Turstica, comregras claras no Regulamento Operacional do Programa para a realizao dos projetos.

    Maiores informaes (tabelas e grficos) relacionadas Recuperao do Patrimnio Histrico podem serencontradas no Anexo 3-F, e quanto investimentos em urbanizao informaes adicionais podem serencontradas no Anexo 3-I.

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    COMPONENTE C: MELHORAMENTO DE AEROPORTOSOBJETIVOS: Facilitar o acesso para o Nordeste, por meio do melhoramento de oito aeroportos na regio,sete deles administrados pela Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroporturia (INFRAERO) e umaeroporto (Lenis - BA) controlado pelo Estado da Bahia.

    PLANEJADO ALCANADO %ValorMETA DO COMPONENTE:

    8 Projetos; 6 Estados (BA, CE, MA, PE, RN, SE);

    Valor previsto:

    BID: US$ 110.000.000 LOCAL: US$ 110.000.000 TOTAL: US$ 220.000.000

    META ALCANADA:

    8 Projetos; 6 Estados;

    Valor Aplicado:

    BID: US$ 108.680.759 LOCAL: US$ 114.778.920 TOTAL: US$ 223.459.679

    BID: 116,8%LOCAL: 179,6%TOTAL: 127,1%

    Aeroporto Cunha Machado (So Luiz,Maranho):

    Ampliao e reforma do edifcio doterminal existente e dos edifcios deapoio operacional e administrativo,

    construo e melhoramento das vias deacesso,

    ampliao do estacionamento deveculos,

    construo de um terminal de carga e

    suas obras complementares.

    Valor previsto:

    Informe de Projeto: US$ 8.350.000; Contrato: US$ 7.210.000;

    Alcanado: Foram realizados todos osinvestimentos previstos, alm deintervenes adicionais.

    Novo terminal de cargas e passageiroscom ambiente climatizado, elevador eescadas rolantes, plataformas deembarque e desembarque do tipo defingers, espaos para lojas, lanchonetese restaurantes e servios de informaesde vo com recursos de audiovisuais.

    Em 2002, foi executada a pavimentaoda segunda pista de pouso e decolagem,que mede 1.520,00m de comprimento e45,00m de largura.

    Valor aplicado:

    BID: US$ 00,00 LOCAL: US$ 13.814.395 TOTAL: US$ 13.814.395

    Percentual emrelao aoContrato

    191,6%

    Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza,

    Cear):

    Construo de novos terminais depassageiros e carga, edifcios de apoioe administrao,

    vias de acesso, estacionamento de veculos, ptio de aeronaves e faixas de

    circulao para as mesmas.

    Alcanado: Foram realizados todos os

    investimentos previstos.

    O novo aeroporto de Fortaleza teve area ampliada de 8.700 m2para 36.000m2e aumentou a capacidade depassageiros/ano de 900.000 passageirospara 2.500.000.

    Foram implantadas sete pontes deembarques, uma central de inteligncia,ampliado o estacionamento de 300 para1.000 veculos.

    No projeto do aeroporto, foi construdauma via de acesso com seis quilmetros

    de extenso, incluindo viadutos eciclovias.

    Percentual emrelao aoContrato

    125,7%

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    Valor previsto:

    Contrato: Valor US$ 58.200.000

    Valor aplicado:

    BID: US$ 39.097.678 LOCAL: US$ 34.089.561 TOTAL: US$ 73.187.239

    Aeroporto Augusto Severo (Natal, RN):

    Reforma e ampliao do terminal depassageiros,

    construo de edifcios de apoio, ampliao da rea para estacionamento

    de veculos, acessos virios e as obras

    complementares correspondentes.

    Valor previsto:

    Contrato: Valor US$ 15.700.000;

    Alcanado: Foram realizados todos osinvestimentos previstos.

    O aeroporto foi construdo em estruturametlica com uma infra-estruturaconstituda por 04 pontes de embarque;

    O terminal de passageiros passou de2.970m para 11.300,00 m de rea eum terminal de cargas com 800 m,

    A demanda de passageiros aumentou de300/hora para 800/hora, ampliando ofluxo de 260.000 para 1.500.000;

    16 boxes de check-in, 02 salas VIP, 02free-shop, 26 lojas, 06 elevadores, 05lojas de fast food, capela e restaurante.

    A pista permite aterrissagem deaeronaves do tipo Boing 747/400 com400 passageiros 10 toneladas decarga, DC-10 e Boing 767;

    A capacidade do estacionamentopassou de 130 veculos para 475veculos.

    Valor aplicado:

    BID: US$ 7.770.251 LOCAL: US$ 12.410.362 TOTAL: US$ 20.180.613

    Percentual emrelao aoContrato

    128,5%

    Aeroporto Santa Maria (Aracaju,Sergipe):

    Ampliao e modernizao do terminalde passageiros e carga,

    edifcios de apoio, vias de acesso, estacionamento de veculos e servios

    conexos necessrios.

    Valor previsto:

    Informe de Projeto: US$ 6.850.000; Contrato: US$ 6.710.000;

    Alcanado: Com recursos do Programa,foram realizados quase todos osinvestimentos previstos, com exceoapenas do melhoramento das vias deacesso.

    Foi construdo novo Terminal dePassageiros do Aeroporto de Aracaju,com capacidade para 800.000

    passageiros/ ano.

    Valor aplicado:

    BID: US$ 4.496.869 LOCAL: US$ 3.591.963 TOTAL: US$ 8.088.832

    Percentual emrelao aoContrato

    120,5%

    Aeroporto de Porto Seguro (PortoSeguro, Bahia):

    ampliao da pista, suas cabeceiras, asfaixas de circulao e o ptio deaeronaves.

    obras de drenagem, paisagismo,

    Alcanado: Foram realizados todos osinvestimentos previstos.

    O Aeroporto Internacional de PortoSeguro possui uma estrutura formadapor terminal de passageiros e sistemasde segurana contra incndio;

    Foram executados servios de

    Percentual emrelao aoContrato

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    segurana, sinalizao, iluminao, duplicao da rea atual do terminal de

    passageiros.

    Valor previsto:

    Contrato: US$ 5.700.000

    ampliao na pista de pouso edecolagem, com uma pista de pouso edecolagem de 2000x45m de extenso,apresentando uma capacidade paraoperar com aeronaves do porte deBoeing 767-200ER;

    As recentes ampliaes eliminaramproblemas de congestionamento detrfego areo e falta de reas deestacionamento e manobra.

    Valor aplicado:

    BID: US$ 5.480.351 LOCAL: US$ 00,00 TOTAL: US$ 5.480.351

    96,1%

    Aeroporto Deputado Luis EduardoMagalhes (Salvador, Bahia)

    Construo de novo terminal depassageiros.

    Novo terminal de cargas. Edifcios de apoio e administrao. Vias de acesso. Estacionamento de veculos. Ptio de aeronaves. Faixas de circulao para as aeronaves.

    Valor previsto:

    Contrato: US$ 95.000.000

    Alcanado: Foram realizados todos osinvestimentos previstos.

    Foi construdo terminal de cargas(4.780 m). A ltima etapa foiconcluda com a ampliao do terminalde passageiros, posies de check-in,ampliao das reas de embarque edesembarque e incremento de lojas.

    As reas para apoio e administraoforam construdas em conjunto com oTerminal de Passageiros.

    Foi construdo acesso virio aoaeroporto.

    Houve a ampliao das pistas e do ptiode aeronaves.

    Foi construdo edifcio-garagem comcapacidade para 1.400 veculos.

    Valor aplicado:

    BID: US$ 47.358.407 LOCAL: US$ 47.292.461 TOTAL: US$ 94.650.868

    Percentual emrelao aoContrato

    99,6%

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    Aeroporto de Lenis (Bahia):

    Ampliao da pista, suas cabeceiras efaixas de circulao.

    Ampliao do ptio de aeronaves. Obras de drenagem, e paisagismo.

    Itens de segurana, sinalizao eiluminao.

    Ampliao da rea do terminal depassageiros.

    Valor previsto:

    Contrato: US$ 5.000.000

    Alcanado: Foram realizados todos osinvestimentos previstos.

    O aeroporto possui a dimenso de 2080x 30 metros, totalmente pavimentados,com capacidade para receber aeronaves

    do tipo Boeing 737 - 300. Alm dapista, foI construdo um ptio deestacionamento com dimenses de 150x 84 metros.

    Foram realizadas as obras de drenagem,paisagismo, segurana, sinalizao eiluminao.

    Foi ampliado o terminal de passageiros,passando a ter rea de 1.100m2.

    Valor aplicado:

    BID: US$ 2.972.000 LOCAL: US$ 1.981.000 TOTAL: US$ 4.953.000

    Percentual emrelao aoContrato

    99%

    Aeroporto de Guararapes (Recife,Pernambuco)

    Ampliao do ptio de aeronaves. Ampliao da pista, suas cabeceiras e

    faixas de circulao.

    Valor previsto:

    Contrato: US$ 5.000.000

    Alcanado:

    Com recursos do Programa, foi realizado:

    Ampliao do Ptio Norte deEstacionamento de Aeronaves (rea dereforo do Ptio de Aeronaves de22.142 m2e rea de Alargamento doPtio de 28.170 m2).

    Valor aplicado:

    BID: US$ 1.505.204 LOCAL: US$ 1.599.176 TOTAL: US$ 3.104.380

    Percentual emrelao aoContrato

    62,1%

    Anlise dos investimentos em Aeroportos:

    O componente Aeroportos respondeu por 56,3% dos recursos investidos nos quatro componentes doPrograma (1.Desenvolvimento Institucional; 2. Obras Mltiplas; 3. Melhoramento de Aeroportos; e 4.

    Elaborao de Estudos e Projetos). Inicialmente foram programados cinco aeroportos, com recursos na ordemde US$ 93,5 milhes. Em 1997 essas metas foram revistas e foram includos mais trs aeroportos, dois delesna BA e um em PE. Com isso, os recursos disponibilizados para esse componente passaram para um montantede US$ 220 milhes. No componente foram efetivamente gastos, US$ 223,46 milhes, havendo, portanto,uma superao da meta prevista em 27,1%. Dos investimentos realizados, 51,4% foram com recursos dacontrapartida local. No caso dos aeroportos, o aporte de contrapartida ocorreu com recursos da Unio. Taisrecursos originaram-se do oramento da EMBRATUR, na poca subordinada ao ento Ministrio dosEsportes e Turismo, e foram repassados INFRAERO para aplicao na reforma e ampliao dos aeroportosdo Nordeste, no mbito do PRODETUR/NE.

    Os estados que absorveram mais recursos foram a BA (47%) e CE (32,7%), juntos respondendo por 79,8%dos investimentos realizados em aeroportos. Merecem destaque os projetos: 1) Aeroporto InternacionalDeputado Luis Eduardo Magalhes, Salvador-BA aeroporto com o maior movimento de passageiros da

    Regio Nordeste. Sua ampliao foi a obra que mais absorveu recursos no mbito do Programa; 2) AeroportoInternacional Pinto Martins, Fortaleza-CE investimentos propiciaram aumento significativo de desembarquede passageiro, com reflexos diretos sobre a atividade turstica no estado; 3) Aeroporto Internacional de PortoSeguro-BA facilitou o acesso de turistas nacionais e estrangeiros zona turstica da Costa do

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    Descobrimento, sendo um dos fatores responsveis pelo rpido crescimento do turismo na regio.

    A execuo da maior parte dos projetos ficou a cargo da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroporturia(INFRAERO) a qual tem se mostrado bastante eficiente tanto na conduo e superviso das obras demelhoramento dos aeroportos, quanto na sua operao e manuteno. Com isso, no existiram dificuldadessignificativas na implantao dos projetos no mbito do PRODETUR/NE.

    Os investimentos realizados demonstram a necessidade premente que existia na Regio Nordeste por infra-estrutura aeroporturia. Devido s dimenses continentais do pas, tornava-se invivel o acesso dos mercadosemissores tursticos domsticos Regio, bem como o acesso dos grandes mercados emissores internacionais,sem a existncia de aeroportos com capacidade e qualidade suficiente para receber esses mercados. No itemposterior do presente documento relativo aos efeitos do PRODETUR/NE I, poder ser constatado osubstancial aumento do fluxo de passageiros embarcados e desembarcados nos aeroportos beneficiados, entreos anos de 1994 e 2004, perodo de vigncia do Programa.

    At o momento, os resultados obtidos com o melhoramento dos aeroportos tm si