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arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços ano XIII | nº 64 | set/out 2012 | www.construirnordeste.com.br R$ 12,90 | € 5,60 RCN Editores Associados FICONS A maior feira comercial de Pernambuco ENERGIA ELÉTRICA O que muda com a redução da tarifa VIDASUSTENTÁVEL Resíduos sólidos, a lei que ainda não pegou Certificados de CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL OS SELOS VERDES AVANÇAM NO NORDESTE E MUDAM DESDE O PROJETO ATÉ O USO DOS EMPREENDIMENTOS

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Revista Construir NE

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arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços

ano XIII | nº 64 | set/out 2012 | www.construirnordeste.com.br

R$ 1

2,90

| €

5,60

RCN

Edito

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Asso

ciad

os

fiCoNsA maior feira comercial de Pernambuco

eNeRgia elétRiCaO que muda com a redução da tarifa

VidaSuStEntávElResíduos sólidos, a lei que ainda não pegou

Certificados de

Construção sustentávelos selos veRdes avançam no noRdeste e mudam desde o pRojeto até o uso dos empReendImentos

Certificado de Construção Sustentável, por que ele é tão importante?

Joaquim Correia – O importante é saber fazer

VidaSuStEntávEl | 69

84 O impacto da redução da tarifa de energia elétrica no Brasil

88 Locação de máquinas vale a pena?

14 SHARE – Asaph Sabóia

28 TRENA – Marianne Brito

48 MOVIMENTO EM JP – Ricardo Castro

66 CONSTRuIR DIREITO – Rafael Accioly

74 VISTO DE PORTuGAL – Renato Leal

89 CONSTRuIR ECONOMIA – Mônica Mercês

92 INDICADORES IVV – Danyelle Monteiro

72 Eu DIGO 80 CAPA 82 BOAS PRáTICAS

76 ENTREVISTAO agrônomo Antônio José Chagas explica por que faz bem ter plantas em ambientes internos

Capa | 42

eNtReVista | 18

ColuNas

teCNologia

iNfRaestRutuRa

eCoNômia & NegóCios

16 palaVRa

22 RespoNsabilidade soCial

24 dia a dia

26 paiNel CoNstRuiR

31 VitRiNe

35 espaÇo abeRto

50 Como se faZ

90 Cub

94 iNsumos

104 oNde eNCoNtRaR

seÇões

64 Revestimento de cortiça é cada vez mais usado no isolamento térmico e acústico

60 O mais moderno Centro de Eventos do Nordeste foi inaugurado em Fortaleza

sumÁRio

uma nova construção civil

Caro Leitor,

O modo de se pensar a construção civil passa por mudanças des-de que chegaram ao Brasil os Certifi cados de Construção Sustentável. Nossa editora de conteúdo, Marianne Brito, ouviu engenheiros e es-pecialistas na área de certifi cação da construção civil e conta como alguns empreendimentos do Nordeste estão sendo projetados para conseguir a certifi cação. Em alguns casos, a construtora para comprar uma lata de tinta lê a bula antes para saber se ela tem gases voláteis. O resultado você confere a partir da página 42.

Na seção Dia a Dia (páginas 24 e 25) o repórter Yuri Assis mostra que o trabalho do almoxarife vai além de controlar a saída e entrada de materiais. É preciso saber inclusive informações específi cas sobre a na-tureza de cada produto, o perigo que pode representar para as pessoas e o meio ambiente, além de medidas de primeiros socorros e instruções de manuseio.

Na seção Economia & Negócios, páginas 84 e 85, abordamos um dos temas mais comentados nas últimas semanas: a redução da tarifa de energia elétrica para a indústria. O pacote divulgado pela presiden-te Dilma Roussef garantiu aos consumidores industriais um benefício de até 28% na redução da conta de energia.

Preparamos esta edição da Construir Nordeste a tempo de pres-tigiar um dos maiores eventos da Construção Civil do Nordeste, a Ficons. Acompanhamos todas as oito edições da Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços de Construção e somos teste-munhas do seu crescimento. Esta é a maior e mais lucrativa edição do evento, que está fechado desde o ano passado. Na seção Trena (pág.28) temos mais informações que comprovam o sucesso desta que já é a maior feira comercial realizada em Pernambuco. Trazemos também a cobertura completa do Greenbuilding (pág. 52), SIACS – etapa Bahia (pág. 54), Feira Construir Bahia (pág. 56), e Concrete Show (pág.58).

Na cobertura das edições de agosto e setembro do Fórum Pernam-bucano de Construção Sustentável, parte integrante do Movimento Vida Sustentável, foram apresentadas tecnologias que permitem redu-zir custos, tanto por gerenciar as etapas do processo construtivo como por racionalizar o uso da energia na produção de água e refrigeração do ar. Entre as novas tecnologias construtivas o destaque foi para a plataforma Building Information Modelling (BIM), que foi tema do Fórum no mês de agosto. Já na edição de setembro do Fórum, o des-taque foi soluções para economizar energia com o uso de sistemas de pressurização de bombas. Na ocasião, Bruno César Beltrão, da Grun-dfos Brasil, analisou o uso de bombas nas edifi cações e seus refl exos nos gastos com energia elétrica. A efi ciência energética também foi tema da palestra de Francisco Dantas, da Interplan. O engenheiro de-talhou o funcionamento do sistema de ar condicionado do shopping RioMar em construção no Recife, onde foi implantado um sistema híbrido de refrigeração. A reportagem completa de Juliana Outtes está nas páginas 78 e 79 do Caderno Vida Sustentável.

| SEt/Out 2012PB | SEt/Out 2012 | | 7

matéRias/NotasCaRo leitoR

eXpedieNte

RCN editores associados

Conselho editorialAdriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Carlos Valle,

Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Joaquim Correia, José G. Larocerie, Luiz Otavio Cavalcanti, Luiz Priori Junior, José Antônio de Lucas Simon, Mário Disnard, Otto Benar Farias, Renato Leal, Risale Neves, Ricardo Leal, Serapião

Bispo.

Conselho técnicoProfessores:

Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana

Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas

Publisher | Elaine Lyra

[email protected]

A redação e a diagramação são da agência de comunicação eXClusivA!br

Editora-ExEcutiva | Luciana Nunes

editorA de Conteúdo | Marianne [email protected]

rePortAgemAline Franceschini | Gabriela Bezerra I Ingrid Melo I Juliana Outtes |

Juliane Planzo | Yuri Assis

revisão de teXto Bruno Marinho | Gabriela Bezerra I Ingrid Melo

editorA de Arte | Paula K. Santos

diAgrAmAção e ilustrAçãoAna Elisa Ribeiro | Glaucos Ribeiro | Juliana Delgado

FotogrAFiA | Guilherme Veríssimo

ColunistAsAsaph Sabóia | Danyelle Monteiro | Marianne Brito | Mônica Mercês

Renato Leal | Ricardo Castro

PubliCidAdeTatiana Feijó | [email protected]

Pollyanny Chateaubriand | [email protected]+55 81 3038-1045 | [email protected]

rePresentAntes PArA PubliCidAde

CeArá ns&A – Aldamir Amaral+55 85 3264.0576 | [email protected]

sAntA CAtArinA | Media Opportunities - Lúcio Mascarenhas+55 48 3025-2930 | [email protected]

rio de JAneiro | AG MAIS Aílton Guilherme+55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | [email protected]

são PAulo | Media Opportunities - Demetrius Sfakianakis+55 11 3255-2522 | [email protected]

rio grAnde do sul | Everton Luis+55 51 9986-0900 | [email protected]

PortugAl - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal351 210329111 | [email protected]

administrativo-FinancEiro | Ebénezer Rodrigues

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seCretáriA eXeCutivA | Pollyanny [email protected]

AssinAturAs e distribuição | Tatiana Feijó

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| Asaph Sabóia

Portal Construir ne | www.construirnordeste.com.brtwitter: @Construir_NE

Facebook: Construir Nordeste

endereço e teleFonesAv. Domingos Ferreira, 890 sl 704 – Boa Viagem Recife - PE 51011 - 050

+55 81 3038 1045 / 3038 1046

enContro Construir ACústiCA urbAnAData: 04 de outubro de 2012Local: Centro de Convenções - Olinda/PEconstruirne.com.br

ibrACon – 54º Congresso brAsileiro do ConCretoData: 08 a 11 de outubro de 2012Local: Maceió/ALibracon.org.br

FesQuA – FeirA internACionAl de esQuAdriAs, FerrAgens e ComPonentes | viteCh – ii glAss internACionAl FAir | ArCteCh – FeirA internACionAl de teCnologiAs PArA ArQuiteturA e urbAnismo Data: 17 a 20 de outubro de 2012Local: São Paulo/SPfesqua.com.br

ComPlAn – Adit seminário internACionAl de ComunidAdes PlAneJAdAsData: 18 a 20 de outubro de 2012Local: Costa do Sauípe/BAadit.com.br

vitÓria stonE Fair - 30ª FEira internACionAl do mármore e grAnitoData: 26 de fevereiro de 2012 a 01 de março de 2013Local: Vitória/ESvitoriastonefair.com.br eXPorevestirData: 5 a 7 de março de 2013Local: São Paulo/SPexporevestir.com.br

FeiCon - 21º salão dA ConstruçãoData: 12 a 16 de março de 2013Local: São Paulo/SPfeicon.com.br

redAção/sugestÕes de PAutAsAvenida Domingos Ferreira, 890/704 Empresarial Domingos FerreiraPina | Recife | PE | CEP: 51 001-050

Atendimento Ao [email protected]: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h

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hoje ouvimos muito falar da Avaliação do Ciclo de vida (ACv), principalmente, como uma ferramenta importante na adoção de medidas que tenha como foco a sustenta-bilidade do setor produtivo brasileiro, em especial, o setor da construção civil. en-tretanto, aqui no brasil a gente não vê uma prática dessa ferramenta, como nos pa-íses mais desenvolvidos. Qual é a nossa dificuldade de aplicar o acv aqui no Brasil?um recente estudo divulgado, que focou entre outras coisas esse tema na pesquisa, aponta como principal barreira a ausência de uma base de dados brasileira (inventá-rios brasileiro). A coleção dos dados dos consumos de matéria e energia envolvidos nos processos de produção — aquilo que chamamos de dados de entrada e saída do sistema, que engloba, também, as emissões — É tratado, ainda, com muita restrição, considerando-os “confidenciais”. Mesmo que se consiga quebrar as barreiras inter-nas nas empresas, surge um outro problema: os dados dos fornecedores. Esses, sim, é que, como estão fora do sistema de produção, dificultam ainda mais a coleta de dados. Então, isso nos remete a estimar por modelos teóricos ou usar dados interna-cionais, que, muitas vezes, não refletem a realidade local.Assim, a fase de construção dos inventários do ciclo de vida torna-se mais complexa e nos obriga a adaptar e ajustar, portanto, isso constitui a principal barreira à prática do ACV no Brasil.

*Prof. Arnaldo Cardim de Carvalho (PEC/Poli/uPE) os resíduos da construção civil recebem algum tipo de tratamento especial quando destinados aos aterros sanitários? (nathália melo, 10º período de En-genharia Civil, uPe/Poli)Segundo a Resolução Nº 307, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), os resí-duos de construção deverão ser destinados de acordo com a sua classe. Em se tratando dos resíduos da Classe A (por exemplo, tijolos, blocos, argamassa, concreto e solos), estes devem “[...] ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura”. Para isso, os resíduos de construção devem ser destinados a áreas de Transbordo, Triagem e Reciclagem (ATTR) ou Aterro de Inertes. Dessa forma, os aterros sani-tários devem contar com uma área específica para receber tais materiais. Contudo, deve-se lembrar que grandes volumes desses resíduos não são sequer destinados aos aterros sanitá-rios, sendo dispostos, por pequenos geradores, em locais inadequados (margens de rios e estradas, terrenos baldios, etc.). Diante da complexidade da gestão desses resíduos, uma importante estratégia para promover a sua destinação adequada está no estabelecimento de Pontos de Entrega Voluntária (PEV), onde o pequeno gerador possa entregar pequenos volumes – menores que 1m3/dia – com facilidade de acesso e boas condições de tráfego.

*Prof. Eder Carlos Guedes dos Santos (PEC/Poli/uPE)

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CaRtas ageNda

N ão podemos deixar passar essa data sem comentar e ressaltar. Há 13 anos,

Elaine Lyra, dava o pontapé inicial para esse projeto, que hoje é a Revista Cons-truir Nordeste. Esse aniversário tem um gosto especial, pois marca o primeiro ano do portal Construir Nordeste. Lançado em 2012, o portal tem se consolidado como um dos principais veículos de comunicação na área. Os acessos não param de crescer, o au-mento é de aproximadamente 4.000%.

CoberturA ComPletA i Construbusiness A primeira edição do Fórum Construbusiness teve cobertura completa do portal Construir Nordeste. O evento foi organiza-do pela Amcham-Recife (Câmara Americana de Comércio) e foi voltado para empresários e empreendedores que atuam na cadeia produtiva da construção civil ou industrial. Na ocasião, os espe-cialistas discutiram sobre as principais tendências e desafi os do mercado para os próximos anos. O tema Copa do Mundo foi uma das temáticas abordadas pelos palestrantes, que comentaram so-bre as mudanças ocasionadas pela Cidade da Copa.

Com A PAlAvrA, nosso internAutAOlá, estou muito feliz por ter encontrado este site, pois, através dele estou conhecendo mais a fundo a construção sustentável.Bom, sou construtor e estou me formando em Administração. Estou elaborando minha monografi a, cujo tema é Redução dos Impactos Ambientais Gerados pela Construção Civil como Dife-rencial Competitivo. O Construir Nordeste vem sendo um ótimo espaço para fazer pesquisas e compreender melhor o assunto.

Obrigado.Douglas Lima

CoberturA nAs redes soCiAis A Construir Nordeste vem participando dos principais eventos de construção civil do Brasil. Além dos nacionais ADIT, Concrete Show, Feicon e Greenbuilding, nossa equipe vem fazendo a cober-tura de vários eventos de âmbito local. Você pode acompanhar tudo em nossas redes sociais. No twitter, a cobertura sempre acontece no @construir_ne. Estamos no facebook.com/construir.nordeste

Já curtiu?No Facebook, chegamos a mais de 2 mil seguidores. Muito mais do que número, essa é uma marca bastante valiosa, visto que, diariamente, essas pessoas comentam, compartilham, curtem e ajudam a fazer da fanpage da Revista Construir NE, muito mais que uma extensão do Portal Construir NE, mas um “cantinho” de conteúdo, amizades e discussões.

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Acesse: www.construirnordeste.com.brEscreva: [email protected] (Twitter): @Construir_NECompartilhe nossa fan page no Facebook

tania bacelar de Araujo

nordeste: sinAis de AlertA

O Nordeste vem experimentando mu-danças importantes, muitas delas

associadas ao novo momento brasileiro. O momento pós-redemocratização, por exemplo, ao priorizar as políticas sociais e a elevação real do salário mínimo, trouxe impactos muito positivos para os mais po-bres e para maioria dos trabalhadores da região. Mais renda junto com crédito farto e bem escalonado, num contexto de em-prego em expansão, estimulou o consumo popular na região de forma nunca vista. O consumo dinâmico mexeu com as frá-geis economias das pequenas localidades e ativou as bases produtivas dos médios e grandes municípios, estimulando e atrain-do investimentos privados, sobretudo nos setores ligados ao consumo popular.

Por sua vez, a tendência a ampliar in-vestimentos, especialmente via Petrobras e via o Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC), trouxe projetos de peso e estruturadores de um novo momento da economia regional. Paralelamente, em vá-rias políticas setoriais, o Governo atuou para estimular iniciativas no Nordeste. Talvez o mais relevante exemplo seja o da política de ensino superior e médio, que definiu a presença de novas universidades e de vários novos campi das federais nas

investimentos no Brasil nos próximos anos, mas já se encontra fortemente con-centrada no Sudeste/Sul do País, onde existem melhores condições de competi-tividade. Se a decisão de localização for entregue apenas ao mercado, a concen-tração espacial dos novos investimentos será inevitável. No entanto, o novo marco do setor automotivo não explicita preo-cupação com a questão da localização regional.

Por seu turno, o avanço da produção de etanol se dá concentrado em São Paulo e em parte do Centro-Oeste. O Nordeste tem perdido seguidamente peso na pro-dução nacional deste combustível. Outro sinal de alerta.

Como se não bastassem tais tendên-cias, a correta decisão do Governo Federal de patrocinar a ampliação da infraestru-tura rodoviária e ferroviária do País, que vai proporcionar investimentos da ordem de R$ 80 Bi nos próximos 5 anos, como vai ser feita via concessão ao setor priva-do, vai concentrar os investimentos no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O mapa di-vulgado pelo Ministério dos Transportes fala por si mesmo. Na lista dos projetos rodoviários apenas um no Nordeste: o tre-cho da BR-101 que sai de Salvador para o sul da Bahia. No novo mapa das ferrovias, uma ligação de Belo Horizonte a Salvador e outro ligando Salvador ao Recife.

Os exemplos acima sinalizam para a possibilidade dos próximos anos ficarem na história econômica do Brasil como um novo momento de concentração da base produti-va nacional, rompendo tendência à modesta desconcentração regional que se observava desde os tempos do II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) e que foi impul-sionada no período recente, beneficiando o Nordeste. Eles são sinais de alerta.

Tania Bacelar de Araujo é economista e profes-sora da universidade federal de Pernambuco.

cidades médias do interior nordestino, ao mesmo tempo em que diversos institutos federais e escolas técnicas se multiplica-vam no interior da região.

O resultado favorável é conhecido: o Nordeste foi revisitado e sua imagem no País mudou. No entanto, o hiato que separa essa região das mais ricas do País se encurtou pouco, tanto que abrigando quase 28% da população brasileira, con-tinua respondendo por apenas 14% da produção nacional. E algumas tendências em curso são portadoras de ameaças para essa região.

Uma primeira preocupação é com as consequências da exploração do pré-sal e a localização dos investimentos que ela propiciará. O setor de Petróleo & Gás vai liderar o crescimento industrial no País nas próximas décadas, como já o faz hoje. E o núcleo central da cadeia produtiva de fornecedores que ele mobilizará (eletro--metal-mecânica) está fortemente con-centrado no Sudeste/Sul. O Brasil tende a colocar, assim, no novo momento do setor de P&G, uma cunha no modesto e recente movimento de desconcentração industrial que beneficiava o Nordeste.

Outro exemplo é o da indústria auto-motiva que vai crescer rapidamente seus

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o agricultor joaquim correia Xavier de andrade era um homem de visão. nascido em 1882, foi em busca de conhecimento e se formou engenheiro. depois fez o filho, que leva seu nome, ter diploma no mesmo ofício. o engenheiro joaquim correia Xavier de andrade filho, 78 anos, ergueu milhares de apartamentos, ajudou a construir o metrô do Recife e fez barragens, mas se especializou em consultoria técnica e ensaios de materiais da construção civil. a empresa que fundou em 1992, tecomat, é a única do nordeste que tem seu laboratório de materiais acreditado pelo InmetRo, de acordo com a norma aBnt Iso/Iec 17025/05. joaquim correia, que foi professor de engenharia da universidade federal de pernambuco por 48 anos, diz que tem receio de falar com jornalista. mas medo mesmo só o de falhar com as famílias dos trezentos funcionários. até hoje, é o primeiro a chegar no trabalho, mas não se gaba do sucesso. diz que não é daqueles que vibra com a vitória e se decepciona com as derrotas.

por marianne Brito

Na hora de contratar um funcionário, a sua preferência é pelos que têm menos experiência. Por quê?A Odebrecht, onde eu fui consultor por mais de 30 anos, vai nas escolas e con-trata estagiários e treina esses estagiários. Eu tive a sorte muito grande, quando me formei, de trabalhar numa empresa que tinha uma assessoria americana de mecâ-nica de tratores. Eles jamais contratariam um mecânico, eles formavam mecânicos

para que eles não trouxessem os vícios de fora, mas tivessem os vícios da empresa. Quase a totalidade dos nossos engenhei-ros foi feita aqui dentro.

Quais são os critérios essenciais na sua avaliação?O meu ponto de vista é comprometimen-to. Eu prefiro um técnico com menos co-nhecimento e comprometido do que um de alto conhecimento, sem compromisso,

sem educação e sem saber tratar bem as pessoas. Eu nunca tive problema com alu-no, em 45 anos nunca tive nenhuma briga.

Como o senhor, filho de agricultor, en-veredou para a engenharia?Aí é uma história engraçada. Meu pai nasceu em 1882. Naquela época só exis-tiam três carreiras: medicina, engenharia e direito. Ele tinha três filhos homens, e eu fui escalado para ser médico, mas

joaquim correia Xavier de andrade

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eNtReVista

durante o processo de estudar derivei para a agronomia. Foi quando um grupo muito forte de colegas do Colégio Oswal-do Cruz decidiu que íamos todos fazer engenharia. Eu sempre dizia aos meus alunos que se eu fosse começar hoje faria a mesma coisa. Meu filho é engenheiro e tenho um neto fazendo engenharia. A engenharia passou uma época terrível. Você dava uma aula na Federal para uma turma de quinze. Destes, talvez apenas 10% ficasse na área. Iam fazer concurso para banco, porque a engenharia civil dá uma visão muito ampla, cadeiras como matemática desenvolvem o raciocínio.

Como o senhor chegou nesta área de análise de material de construção?Quando estava no quarto ano de enge-nharia, pagando a cadeira de materiais de construção, eu e outros sete colegas formos convidados pelo professor José Maria Cabral de Vasconcelos a trabalhar no laboratório da Escola de Engenha-ria, sem ganhar nada. Com seis meses tinham dois, com um ano só tinha eu. Passei 2 anos dando duas horas por dia no laboratório de pesquisa de madeira, então quando eu me formei abriu uma vaga de professor da área, eu me candida-tei e entrei. Trabalhei em rede ferroviária, em equipamento rodoviário e passei seis anos na Sudene, quando resolvi pedir de-missão e fui para a construção civil. Em 1982, decidi ser consultor, passei um ano praticamente sem fazer nada porque não tinha serviço. A minha formação como consultor foi quando fui para o metrô do Recife, onde consegui colocar em prática tudo tinha estudado. Quando terminou a obra, virei consultor de concreto em obras de barragens, sempre como pessoa física, independente. Depois, as constru-toras passaram a exigir contratação como pessoa jurídica, aí eu criei a Tecomat e passei a trabalhar com um estudante de escola técnica, José Carlos Sampaio.

Como foi o início da empresa?Não foi nem com concreto. A gente co-meçou fazendo consultoria para a cons-trução civil: programação de obra, pro-blemas de execução de construção. Eu sempre fui de executar, a minha teoria é

desafio porque eu fui sozinho para essa obra. Inclusive, o dormente precisava ser feito em 18 horas para atingir essa resis-tência, com a evolução nós chegamos a 12. Eu diria que é a obra de que eu tenho mais orgulho.

Vários prédios desabaram no Gran-de Recife, o senhor acompanhou esses episódios onde se questionou muito os materiais usados nas obras?Isso aí é um negócio que me preocupa, porque eu construí muitos prédios desses e até hoje estão todos de pé, mas a gente

“Em 1984, eu desenvolvi um concreto de 60 mpa que não existia no Brasil naquela época”

a seguinte: é importante você fazer, mas é muito mais importante saber fazer. Eu digo sempre, quando você chega numa obra e o mestre tem uma dúvida, se o en-genheiro disser “você não sabe não é?”, é porque ele (engenheiro) não sabe expli-car e, pra se livrar, joga pro outro.

Que obra marcou sua carreira?Uma obra que me caracteriza bem é a do metrô do Recife. Porque concreto você classifica pela resistência, e em 1984 eu desenvolvi um concreto de 60 mpa que não existia no Brasil naquela época. Con-segui o material e estudei praticamente seis meses até chegar nesse concreto, que era o mais resistente que existia. Foi um

está sujeito a qualquer coisa porque es-ses prédios (o último que eu fiz tem mais de 30 anos) ficam como, com que ma-nutenção? Eu não quero dizer que não tenha erros, em muitos houve erros, mas também tem problema de manutenção. Na época me chamaram no CREA e me perguntaram qual a principal causa dos desabamentos. Eu disse “os responsáveis são vocês”, é o Governo. Por que a cidade não é saneada. Sabe-se hoje que as águas sulfatadas que existem nos terrenos ata-cam os materiais, então você pode ter um prédio estável hoje e amanhã ser ataca-do. Isso me preocupa. Existe erro, existe coisa mal feita, existe material vagabun-do, existe por desconhecimento ou para ganhar dinheiro, porém também podem acontecer casos em que houve um ata-que, houve falta de manutenção.

Material de construção, todo ele, tem prazo de validade?É uma questão de durabilidade, de dosa-gem do concreto. Você hoje constrói um prédio nos países adiantados para durar 50 anos, para durar 100 anos, mas você toma providências para que aquele tipo de concreto seja durável. As normas bra-sileiras, até pouco tempo, não tratavam disso. De uns 15 anos para cá elas tratam. Todo prédio construído no Recife antes de 1990 tem problemas. Todos, sem ex-ceção. Problema de corrosão da estrutura porque foi construído com concreto que não era durável. Recife, Fortaleza, essas cidades à beira mar, têm que ter um tipo de concreto diferente de Caruaru, Petro-lina, porque o ambiente é agressivo.

O que deve ser feito nesses prédios?Recuperar. O prédio em que eu moro tem trinta e tantos anos e teve a estrutura recuperada. O prédio é como a gente. A gente adoece, não adoece? Prédio adoe-ce também, tem uma vida útil que não é indefinida. Hoje as normas amarram isso com mais rigor do que antigamen-te. Qualquer obra, para ser financiada pela Caixa nessas novas tecnologias, que não são normalizadas, tem de passar pela avaliação de desempenho. Somos o único laboratório fora de São Paulo que faz isso, somos da Instituição Técnica de

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eNtReVista

Na década de 60, Joaquim Correia desenvolveu a tecnologia de concreto para os dormentes com 60 MPa

“Prefiro um fracasso financeiro a um fracasso técnico”

Avaliação (ITA), ligada ao Ministério das Cidades. Eu digo sempre que prefiro um fracasso financeiro a um fracasso técni-co. Nós estamos sempre buscando ser avaliados, credenciados pelo INMETRO, ABCP. Meu objetivo não é ser o maior, é ser o melhor.

Por que existem tantos buracos nas ruas das cidades e os recapeamentos não resolvem o problema?Porque os calçamentos estão velhos, acabados, não são benfeitos. Não deve-ria haver o recapeamento, deveria ser tirado o revestimento porque a base já tem problema. Aí você bota o asfalto em cima do concreto e daqui a pouco é uma tapioca caída.

E para os novos corredores de ônibus que estão sendo criados, que pavimen-to é melhor?O problema do asfalto é o seguinte, nas paradas de ônibus não pode ser asfal-to porque quando você freia o ônibus dá um esforço de tração no pavimento e o asfalto não tem resistência a isso, o

concreto tem. O concreto que é usado em pavimentação é calculado para ter resis-tência a uma tração determinada. Você poderia achar que eu iria pender para o concreto porque é a minha especialidade, mas em muitas rodovias poderia ser as-falto, não tenho nada contra, depende do fluxo de veículos. Se você pode ter uma estrada mais duradoura e com um trá-fego maior o ideal é concreto, benfeito. O problema todo é que o Brasil não tem o costume de manutenção, o cabra quer fazer mas não quer manter. Você pegue sua casa e não a mantenha, pegue seu carro e não troque o óleo. Eu trabalhei com manutenção na Sudene e tenho um carro velho, que já completou 13 anos e funciona que é uma maravilha.

O senhor fez análise, o que isso melho-rou na sua profissão.Eu fiz análise três anos, três dias por semana e foi um negócio extraordiná-rio. Minha mulher diz que eu melhorei 100%. Só tem um defeito, eu começo a conversar e, agora mesmo, já estou ana-lisando você.

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eNtReVista

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O projeto Casa da Criança levou o espaço Q’Alegria, para a ala de on-

cologia pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso. O Q’Alegria tem uma metodologia inovadora, que leva entrete-nimento durante as sessões de quimiote-rapia, proporcionando uma melhor qua-lidade ao tratamento do câncer entre os pacientes infantojuvenis.

O Q’Alegria foi criado pelos arquitetos Marcelo Souza Leão e Patricia Chalaça, ambos fundadores do projeto Casa da Criança. Eles têm como objetivo dissemi-nar este conceito em território nacional para melhorar o tratamento de quimiote-rapia das crianças e adolescentes em trata-mento do câncer.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT) viabilizou os equipamentos Q’Alegria em Cuiabá, já o custeio para o desenvolvimento dessa tecnologia ocorreu graças ao parceiro máster do Q’Alegria, a Pizza Hut das cidades de João Pessoa e Fortaleza.

A implantação do Q’Alegria no Hos-pital de Câncer de Mato Grosso carac-teriza a terceira atuação do projeto Casa da Criança neste hospital, que realizou

a reforma da ala de oncologia pediátrica em 2006 e a humanização do ambulatório das crianças e adolescentes em 2011. E, este ano, inaugura esse novo espaço des-tinado ao tratamento de quimioterapia: o Q’Alegria! Lembrando ainda que antes de dar início a esta sequência de ações bene-ficentes neste hospital, o Abrigo Bom Je-sus foi benefici ado com o Casa da Crian-ça no ano de 2003.

Saiba mais sobre o Q ‘Alegria acessan-do: www.projetocasadacrianca.com.br

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A implantação do Q’Alegria é a terceira atuação do Projeto Casa da Criança no hospital de Câncer de mato grosso

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responsabilidade social

Q’AlegriA PArA CriAnçAs Com CÂnCer

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mAteriAis guArdAdos do Jeito Certoa integridade dos materiais usados na obra passa pelo controle rigoroso do almoxarifado

A garantia de que nenhum material vai faltar durante uma construção

vem de um dos setores mais importan-tes da obra: o almoxarifado. A função do almoxarife é controlar toda a entrada e a saída de materiais de acordo com as solicitações dos encarregados e enge-nheiros. Absolutamente tudo passa por este profissional, desde britas, concreto e argamassa até solventes e tintas. O almo-xarife administra a quantidade, o tipo e a marca dos produtos, além de requisitar, com antecedência, produtos essenciais como cimento, areia e cal. Esse controle evita desvios no orçamento, promovendo

por yuri assis

o desenvolvimento da construção dentro do planejamento estipulado.

O almoxarife Erasmo Alves é um dos funcionários mais antigos da Per-nambuco Construtora. Ele tem 20 anos de carreira, com plena experiência na armazenagem e controle dos itens da obra. “Como a Pernambuco Construto-ra obteve o certificado de qualidade ISO 9001, é necessário seguir uma série de recomendações, como no caso dos pro-dutos químicos, que têm um controle mais rigoroso”, explica. O almoxarife se refere à Ficha de Informação de Segu-rança de Produtos Químicos (FISPQ),

responsável por armazenar, controlar e distribuir os materiais da obra, o almoxarifado tem papel fundamental na construção civil

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dia a dia

na qual constam informações específi-cas sobre a natureza de cada produto, seu potencial de perigo para as pessoas e para o meio ambiente, além de medidas de primeiros socorros e instruções de manuseio. “Apenas funcionários capa-citados podem realizar a retirada desse tipo de produto”, explica Alves.

Todos os dias, junto com seu assis-tente Roberto Farias, ele atualiza uma planilha de estoque no software Micro-siga, auxiliar no monitoramento dos materiais. Com a aproximação do fim da semana, é apresentado um relatório im-presso ao engenheiro da obra, no caso, a engenheira Maria do Carmo. “Como a saída de material é diária, evitamos imprimir relatórios desnecessários, considerando apenas os balanços para cada semana”, afirma Alves. O proces-so de requisição acontece por meio de um talão, preenchido pelos encarrega-dos dos setores ou pelo mestre de obras. Os operários apresentam o documento ao setor e já saem do local com o ma-terial em mãos. “Isso só não ocorre no caso de o material estar em falta. Mas as aquisições são raras, pois são realizadas antes do início da construção, de acordo com o planejamento da obra”, completa o almoxarife.

Segundo Alves, no pique de uma obra como a que ele trabalha hoje, do Edifí-cio Benfica Prince, saem por dia 50 sa-cos de cimento, destinados para alvena-ria e para o revestimento de fachadas; 30 a 40 sacos de argamassa, empregadas no

média diária de saída de materiais

sAibA A QuAntidAde de mAteriAl Que o AlmoXAriFe erAsmo Alves desPAChA Por diA:

Cimento: 50 sacos, aproximadamente 2.500 kgArgamassa: 30 a 40 sacos, aproximadamente 800 kgCal: 30 sacos, aproximadamente 600 kgAreia: 20 m³Concreto*: 50 m³Tijolo: 1.000 unidades

*Quantidade usada no momento de concretagem da laje

assentamento de cerâmica, revestimento de paredes e alvenaria; 30 sacos de cal; 20 m³ de areia; 50 m³ de concreto, usa-dos na estrutura das lajes; e mil tijolos. A armazenagem de todo esse montante é gerenciada conforme a natureza dos produtos. “Os materiais ensacados fi-cam no exterior do canteiro, separados nas baias. A parte de instalações elétrica e hidráulica, como tubos, fios e cone-xões, fica dentro do almoxarifado. Já os produtos químicos são armazenados em depósitos separados”, esclarece.

Ainda consta, dentre as tarefas do almoxarife, a supervisão da integridade dos materiais, que ele realiza guiando-se pela Ficha de Verificação de Materiais (FVM). Anexa, encontra-se a Tabela de Inspeção, Armazenamento e Manuseio, indicando os locais e as condições de armazenagem de cada material. “Assim que recebemos os materiais, precisamos preencher essa ficha para verificar se correspondem às características neces-sárias para uso, além de assegurar que essas características sejam conservadas, já que os materiais vão ser utilizados até o fim da obra”, acrescenta Alves. A obra do Benfica Prince tem previsão de tér-mino na segunda quinzena de setembro de 2012. A Pernambuco Construtora, que atua há 45 anos no mercado imobi-liário, conta com cerca de dez obras de incorporação e seis obras de prestação de serviços, nos quais a supervisão dos itens empregados na obra é realizada por meio desse setor.

Com 20 anos de experiência, o almoxarife Erasmo Alves controla rigorosamente todo o material armazenado nas prateleiras do almoxarifado

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dia a dia

Com vistA PArA suAPeO município de Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco, vai ganhar um bairro planejado para atender a alta demanda de imóveis residenciais para quem trabalha na região do porto de Suape. O Reserva Ipojuca, empreendimento da Pernambuco Construtora, com projeto de Rangel Moreira Arquitetura, foi planejado para ter 152 torres distribuídas em 17 condomínios. O valor geral de vendas é estimado em R$ 700 milhões.

CAsA Cor rio grAnde do norteA parceria entre os franqueados da Casa Cor no RN e a Humanização e Apoio ao Transplantado de Medula Óssea do Estado tem um grande valor social. Em setembro, foi realizado um encontro com empresários locais para apresentar o trabalho desenvolvido pela instituição. Na ocasião, a HATMO recebeu uma doação de equipamentos da linha branca (geladeira, lava-louça, micro-ondas, lavadora e forno), além da contribuição de empresas locais.

CAsA Cor PernAmbuCoOs arquitetos já deram início aos trabalhos para realizar a Casa Cor Pernambuco. Em uma área de 6.300 m², estarão distribuídos 40 ambientes compostos de duas casas para exposições e um complexo de lazer, equipado com lojas variadas, champanheria, sorveteria e café – todos voltados para a Praça de Eventos, onde fi cará o palco para as atividades culturais. As franqueadoras RitaTristão e Amelinha Peixoto receberam a aprovação dos profi ssionais que participam da Casa Cor Pernambuco por terem escolhido um antigo instituto psiquiátrico como sede da mostra em 2012.m

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mulheres Que ConstroemUm dos destaques da Concrete Show, realizada em São Paulo, foi o estande da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Profissionais do projeto Mulheres que Constroem ergueram no local parte de uma casa popular. O objetivo foi mostrar, na prática, as qualidades do trabalho feminino para a construção civil.

um PArQue nA PrAiACom projeto paisagístico do escritório de arquitetura britânico AECOM, a Reserva do Paiva ganha o primeiro parque público integrado à praia e cercado pelos dois novos residenciais da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) e dos Grupos Ricardo Brennand e Cornélio Brennand. O investimento é de R$ 160 milhões. A Reserva do Paiva já soma investimentos de R$ 880 milhões em três condomínios residenciais, um complexo empresarial e mall associado ao Sheraton Hotel and Convention Center. O espaço tem 6,6 hectares e é a primeira de oito áreas públicas que estão previstas no empreendimento.

bAbA e guinterA designer de produtos Baba Vacaro e Guinter Parschalk, arquiteto especialista em iluminação, fizeram palestra no Recife com o tema “Formas e sentidos: uma visão da arquitetura e do design”. Na plateia, estavam arquitetos, designers, decoradores e engenheiros civis, que tiveram uma experiência lúdica e participativa, revelando alguns mistérios da percepção visual. O evento foi promovido pelo Ciclo de Palestras Docol (que completa cinco anos), em parceria com o Home Center Ferreira Costa.

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painel construir

por marianne brito

um Ano PArA se ComemorAr

N este segundo semestre, a Construir Nordeste acompanhou de perto algu-

mas das principais feiras e convenções volta-das para o setor da construção civil, a exemplo da Adit Invest, do Concrete Show, Tecobi e Greenbuilding. Todas realizadas com sucesso de público, com debates que muito contribuí-ram para o crescimento do setor. Agora chega a vez do evento mais importante da constru-ção em Pernambuco, a Ficons. Como aconte-ce a cada dois anos, a Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços de Cons-trução é um bom termômetro para avaliar o movimento da construção civil no Nordeste,

que está fervendo. Esta oitava edição foi a mais concorrida e lucrativa, segundo informações de Gisela Latache, organizadora da Ficons. A maior feira realizada em Pernambuco na área comercial teve crescimento de mais de trinta por cento de área e mais de quarenta empresas entraram na fila de espera por uma vaga. Faltando três semanas para o evento, já haviam mais de seis mil pessoas cadastradas para visitação. Como em todos os eventos, a consolidação dos negócios fechados só se tem com certeza meses após a realização da Feria. mas como é de praxe dar ao menos alguma previsão, aí vai: R$ 150 milhões.

ArQuiteturA Com sotAQue inglêsAntes do mercado europeu entrar em crise, o governo da Inglaterra já fazia prospecção para fechar negócios com outros países. Recife, que passou a ter um Consulado Geral Britânico em 2011, apareceu como um local estratégico para atender as demandas do nordeste, prin-cipalmente na área de arquitetura comercial e industrial. A primeira parceria acaba de ser fechada entre o escritório pernambucano Amplus Projetos de Espaços e o Aukett Fitzroy. A empresa tem sede em Londres e 25 escritórios espalhados pelo planeta, com obras em cidades como Moscou, Madri, Berlim, Praga, Abu Dhabi e Marselha. O foco são os grandes empreendimentos, como hotéis e shoppings, além de trazer para a terra do frevo tecnologias sustentáveis, como o carbono zero e o retrofit. As arquitetas Gisele Carvalho, Roberta Pes-soa de Melo e Ana Amélia Andrade Velloso lembram que a parceria soma a experiência de 20 anos da Amplus e o know how do Aukett Fitzroy, que está entre as dez maiores empresas de arquitetura da Europa. Em passagem pelo Recife, Raul Curiel, diretor da Aukett, disse que o mercado europeu começou a focar na América do Sul, com atenção especial para o Brasil. A vantagem dos escritórios, Curiel é que eles têm personalidade própria no mercado local. O clima, a cultura e até o sotaque da região precisa ser levado em consideração na hora de se elaborar um projeto de arquitetura e urbanismo.

FICONS 2010, no Cecon de Pernambuco

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Cimento APodi

bonitA e resistenteModelo Unika, da Haga S/A Indústria e Comércio, é uma Maçaneta 120 alumínio, disponível nos acabamentos cromado e cromo acetinado; roseta 524 alumínio, cilindro multiponto, com 5 chaves. Conjunto resistente a condições severas de umidade, intempéries e tráfego intenso. Fundada em 1937, a Haga é hoje uma das dez maiores fabricantes de fechaduras do País e seu sistema de gestão é considerado referência.

leve e versátilA Marko Sistemas Metálicos, empresa especializada na fabricação de coberturas e estruturas metálicas, apresenta na Ficons a Viga Universal. O produto, que teve investimento de R$ 6 milhões, traz um conceito e design diferenciado, sendo mais leve, econômico e versátil, podendo atender às mais variadas cargas e vãos. A Viga Universal foi desenvolvida pela Marko em conjunto com algumas universidades, entre elas a UFRJ e a Carleton University do Canadá.

a edição especial da seção vitrine apresenta os lançamentos da ficons 2012 - 8° feira Internacional de materiais, equipamentos e serviços de construção, que acontece em Recife, no mês de outubro

ForçA nA mAngueirAA Vonder lança a linha de Lavadoras de Alta Pressão, que promete economia de água e maior eficiência. Direcionada e recomendada para diferentes atividades semiprofissionais ou mesmo domésticas, as novas máquinas possuem forte ação de limpeza em aplicações como automóveis, pisos, fachadas e outros ambientes que requerem a utilização de um equipamento para a perfeita conservação e limpeza. Seu funcionamento conta com sistema que gera mais pressão e libera menos água, tornando-as mais eficientes e diminuindo desperdícios. Além disso, toda a linha é certificada de acordo com a norma IEC 60335-1, 60335-2-79 do Inmetro, e possui um ano de garantia. São quatro modelos: LAV 2000 I (com 2000 W de potência), LAV 1800 I (com 1800 W de potência), LAV 1800 (com 1800 W de potência) e LAV 1400 (com 1400 W de potência).

medição A lAser O micro LM-100, da RIDGID, fornece uma simples, rápida e precisa leitura de distâncias com alcance de 50 metros, precisão de cerca de 1,5mm, em pés, metros ou polegadas com apenas um toque. Basta pressionar o botão de medições para acionar um laser especial (ultra sharp), apontar o aparelho para o ponto a ser medido e apertar a tecla de medição. A leitura da distância aparece no monitor LCD em instantes. O monitor mostra as três últimas medições e armazena as 20 últimas medições. A duração de bateria é estimada em 4.000 medições.

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VitRiNe/fiCoNs

elevAdores PrA todA obrAO Grupo Baram lança nova linha de elevadores de cremalheira - equipamento destinado à movimentação de cargas e pessoas em obras civis e industriais, se utilizando do sistema pinhão cremalheira acionado por um ou mais moto-freios. O equipamento, com capacidade de carga de 1300kg, possui um inversor de frequência e freios de segurança com acionamento automático sempre que a cabine ultrapassar 15% da velocidade normal de funcionamento.

PortFÓlio led A Jotama Distribuidora, especializada em materiais elétricos e iluminação, possui o maior portfólio de produtos LED para uso residencial, comercial e industrial. Hoje, a iluminação LED promove uma economia de até 80% comparada a uma incandescente com uma durabilidade de até 25 vezes mais.

tomAdAs em 45 grAusA Daneva lança nova extensão elétrica No Shock 45 Terra, com tomadas em 45°. Com esta extensão, é possível conectar adaptadores, fontes e carregadores em geral sem perder espaço.

sisloC soFtwAresA Sisloc Softwares é líder no segmento de gestão em Rental no mercado brasileiro, e especializada em locadoras de diferentes grupos de equipamentos. Com sede em Belo Horizonte (MG), atende pequenas, médias e grandes locadoras de todo o Brasil. Em 21 anos de mercado, tem uma carteira de aproximadamente 300 locadores e cerca de 2,5 mil usuários.

nAs AlturAsFundada em 2004, a Adler trabalha com locação de andaimes necessários para a implantação, expansão e manutenção de plantas industriais e construção civil. A equipe técnica é especializada em montagem de equipamentos de acesso temporário.

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3 Em 1Uma tinta sem cheiro, que protege contra bactérias e mofo. Segundo a Coral a tinta Premium é produto inédito no Brasil protege até três vezes mais contra mofo em comparação às tintas convencionais e sua tecnologia antibactérias elimina até 99,9% das bactérias da parede. O produto tem baixo nível de emissão de voláteis compostos orgânicos (VOC). São 2 mil cores diferentes no sistema tintométrico, além de 18 tonalidades prontas.

manchas? Já EraO PEK Lacre é o novo produto da Pisoclean, referência nacional no segmento de produtos para limpeza, tratamento, restauro e conservação de pisos e revestimentos. A resina monocomponente, tem alto teor de sólidos, destinada à impermeabilização do verso de pedras de revestimento. Sua aplicação forma uma camada de barreira intransponível contra umidade e ele pode ser aplicado em todos os tipos de pedras e revestimentos porosos, como granitos, mármores, cerâmicas, além de fachadas. De fácil utilização, a lata de 2,6 litros rende até 25m².

Cor no telhAdoA Abtelhas Soluções e Tecnologia em Telhas inova com os modelos de telhas de cimento Tradicional e Plana com diversas pigmentações. Na sua fabricação, não há queima de lenha ou uso de gás e os resíduos são reutilizados. Além disso, as telhas de cimento oferecem variação de tonalidades, resistência do material à maresia e um custo por metro quadrado inferior ao da maioria das telhas cerâmicas.

desenho PremiAdoO Ralo Linear Master Line é uma faixa metálica 100% em aço inox 304, instalado na junção da parede com o piso. A água passa pelas imperceptíveis frestas entre a tampa e o piso e entre a tampa e o revestimento da parede. Proporciona facilidade na instalação e fi nalização do acabamento, redução no desperdício de materiais, segurança em relação a infi ltrações, eliminação de pontos empoçados, bloqueio total do acesso de insetos e praticidade na limpeza.

a lata de 2,6 litros rende até 25m².

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VitRiNe

desenvolvimento de umA metodologiA simPliFiCAdA de gerenCiAmento de resÍduos sÓlidos em CAnteiro de obrAs.*

resumoO artigo objetiva a apresentação de um diagnóstico dos resíduos das construções verticais por incorpora-ção no município de João Pessoa e o desenvolvimento de uma metodologia simplificada de gestão desses resíduos em canteiros de obras, com vistas a adequar as empresas às legislações e resoluções vigentes. A geração de resíduos desse tipo de empreendimento é alta (2.373,93 t/mês) e sua composição é forma-da por resíduos potencialmente recicláveis. Este fato confirma a importância da implantação de uma metodologia de gestão desses resíduos em canteiros. A metodologia desenvolvida buscou adotar uma simplicidade com vistas a uma maior facilidade na sua adoção e aplicação pelas empresas, como também para não haver grandes custos em sua implantação, adequando-se aos instrumentos públicos e privados disponíveis na região.

Palavras-chavEResíduos de Construção. Diagnóstico. Gerenciamento. Metodologia.

o espaço aberto traz o artigo das engenheiras cláudia coutinho nóbrega e karla simone da cunha lima viana, que apresenta um diagnóstico dos resíduos das construções verticais por incorporação no município de joão pessoa. o artigo será dividido em duas edições e pode ser visto na íntegra no site www.construirnordeste.com.br

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espaço aberto

1. introduÇÃoO setor da construção civil tem uma importância fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Isso é fato comprovado, pois, segundo Leitão (2005), no Brasil, o setor da construção civil responde por 15,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e garante cerca de 15 milhões de empregos diretos, sendo considerado o maior consumidor de matérias-primas da economia brasileira e um dos maiores geradores de resíduos: estima-se que cerca de 80 milhões de toneladas de rejeitos da construção sejam movimentados no País, superando o volume de lixo doméstico.

Dados nacionais revelam que, para cada tonelada de lixo urbano recolhido, são coletadas duas toneladas de entulhos oriundos da atividade de construção civil (BIDONE, 2001).

Tam (2007), após pesquisa de diversos autores, concluiu que no Reino Unido mais de 50% do aterro provém dos re-síduos de construção, na Austrália esse percentual é de 44%. Nos Estados Unidos da América 29% do total dos resíduos correspondem aos resíduos da indústria da construção, enquanto que em Hong Kong esse valor corresponde a 38%. Carneiro (2005) afirma que no caso do Brasil, a participação média fica em torno de 59%.

Viana, et al (2008) afirmam que, além dessa produção com números elevados, existe também o problema da ausência de tratamento adequado para tais resíduos, gerando graves problemas ambientais, sobretudo nas cidades em processo mais dinâmico de expansão ou renovação urbana, como é o caso da cidade de João Pessoa (capital da Paraíba/Brasil).

Segundo Pinto e González (2005), a Construção Civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, e, por outro lado, comporta-se, ainda, como grande geradora de impactos ambien-tais, seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.

A quantidade de resíduos de construção civil gerada nas cidades brasileiras demonstra um desperdício irracional de material desde a sua extração, passando pelo transporte e chegando a sua utilização. Os custos desta irracionalidade são distribuídos por toda sociedade, não só pelo aumento do custo final das construções como também por aqueles referentes à remoção e tratamento dos mesmos, e os custos da degradação ambiental.

Já se tem conhecimento de algumas iniciativas no sentido de solucionar esses problemas através de ações rápidas e eficazes, a exemplo dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos nos municípios de Guarulhos, Piracicaba, Belo Horizonte e São Paulo. Entretanto, segundo Meira (2007), na maioria dos municípios brasileiros, a Resolução nº 307 do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA não tem atingido os seus objetivos de forma satisfatória.

Silva (2000) afirma que um enfoque logístico, levando-se em conta as atividades de conversão e de fluxo, aumenta as possibilidades de racionalização da produção na construção de edifícios. Essa racionalização reduz o resíduo gerado, e com a redução do resíduo gerado a empresa ganha através da economia na aquisição de material, pois com uma quantidade menor de matéria prima é possível a realização de uma mesma atividade. Reduz-se também os custos de remoção e tratamento desses resíduos, o que leva a um ganho ambiental, pois diminui a quantidade de resíduo a ser depositado no meio ambiente.

Shen e Tam (2001), mostram que, após investigação na construção civil da Austrália, a boa utilização de um plano de gestão de resíduos durante a fase de construção é muito eficaz na redução dos resíduos gerados: menos 15% de resíduos foram gerados no local antes da reciclagem; 43% a menos de resíduos foram depositados em aterros; e 50% das despesas de manuseio de resíduos foram reduzidas.

Trabalho semelhante foi realizado por Souza (2007) na cidade de Recife – Pernambuco, estado vizinho à Paraíba, onde concluiu, através da análise de custo/benefício da implantação de um Sistema de Gestão de Resíduos em canteiros de obras, que durante os meses de implantação e monitoramento, os custos iniciais foram compensados financeiramente, por exemplo, pela economia do número de caçambas contratadas na obra, e que, algumas obras avaliadas superaram, em poucos meses, o valor investido em até 3 vezes para implantação do sistema.

2. mEtodoloGiaDe acordo com Viana, et al (2008), foi realizado o levantamento junto ao Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (SINDUSCON-JP) da quantidade de empresas cadastradas e atuantes no município. Foi retirada uma amos-tra representativa dessas empresas que, de acordo com as normas de amostragem (NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos e NBR 5427 – Guia para utilização da norma 5427 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos), são treze as empresas a serem pesquisadas.

A partir de então, foi elaborado um questionário para avaliar a adequação das empresas à legislação vigente e estimar a produção de resíduos de construção da obra pesquisada.

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espaço aberto

As visitas foram realizadas em um canteiro para cada empresa, abrangendo, assim, treze empresas diferentes, com o objetivo de aplicar o questionário anteriormente elaborado e coletar amostras dos resíduos produzidos nestes. Foram coletadas quatro amostras de aproximadamente 13,0 kg para cada canteiro, adotando-se esses valores de acordo com trabalho realizado anteriormente por Carneiro (2005). Ainda de acordo com o trabalho da referida autora, as amostras devem ser recolhidas de pontos distintos de uma mesma caçamba ou do local onde são armazenados esses resíduos, com vistas a evitar o recolhimento de apenas alguns dos resíduos provenientes da construção em questão, isto é, procurou-se recolher amostras homogêneas para uma posterior segregação, classificação e pesagem, para determinação do percentual de material encontrado para cada etapa construtiva. Foram consideradas quatro etapas construtivas distintas, a saber: fundação, estrutura, alvenaria e acabamento.

Para realizar o levantamento da quantidade de resíduos produzidos nas construções verticais por incorporações na cidade de João Pessoa foram coletados, na Prefeitura Municipal, dados relativos às áreas (em m²) licenciadas nos anos de 2005, 2006 e 2007 de uso R5 (uso residencial multifamiliar) e R6 (construções residenciais multifamiliares), segundo o código de obras do município.

Com os dados referentes a esses três anos obteve-se, então, a média anual, em m² de edificações por incorporações construídas por ano.

Fazendo uso dos questionários respondidos pelas empresas construtoras, obteve-se a área construída de cada canteiro, em m², e uma estimativa de volume anual de resíduos produzidos em cada canteiro, em m³ (unidade de volume). Este volume em m³ foi transformado em peso através da multiplicação pelo peso específico do entulho, valor de 1500 kg.m³-1 (RESOLUÇÃO 01, 2005) e obteve-se o peso da geração de resíduos anual para cada empreendimento.

Dividiu-se o peso do resíduo de cada empresa pelo número de meses em um ano, obtendo-se a geração mensal em kg.m²-1, transformou-se em toneladas, obteve-se a estimativa mensal em t/m² para cada obra. Efetuou-se, então, a média aritmética desses valores e obteve-se uma estimativa mensal, em peso, da produção de resíduos de construção em obras de construções verticais por incorporação.

Através da multiplicação desse valor pela média de áreas licenciadas no ano (dado já obtido com as informações for-necidas pela Prefeitura Municipal), tem-se uma produção anual de resíduos de construções verticais por incorporações.

Viana, et al (2008), afirmam que, em uma segunda etapa foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema aborda-do. Nessa pesquisa o foco principal foi identificar bibliografias que dessem suporte à elaboração dessa metodologia sim-plificada de gestão de resíduos em canteiros de obras com base na legislação em vigor. De posse desses suportes técnicos e legais, foram realizadas análises e reflexões para, por fim, partir-se para a elaboração da metodologia simplificada de gerenciamento dos resíduos em canteiros de obras.

3. rEsultados Através da aplicação dos questionários observou-se que: 69,23% das empresas não sabem o que a legislação e resolução vigentes exigem; 41,15% sabem o destino dos resíduos e estes são locais irregulares, tais como no caminho para o aterro sanitário, terrenos não edificados, entre outros; e 100% das empresas não possuem um plano de gerenciamento para os seus resíduos como efetivamente exigido em lei.

Verificou-se que em João Pessoa tem-se, em média, 136.282,50 m² de áreas de construções verticais por incorporação construídos a cada ano. A partir desse dado e dos dados recolhidos nos questionários, pode-se chegar a estimativa de uma geração de resíduos de construções verticais por incorporação de 2.373,93 T.mês-1. Essa quantidade de resíduos corresponde a 64,59% de todos os resíduos gerados pelas construções novas no município, segundo dados constantes no Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolição do Município de João Pessoa, mostrando a importância fundamental da realização de um Plano de Gerenciamento de Resíduos para as empresas construtoras, com vistas a reduzir, reutilizar e reciclar esses resíduos.

A metodologia proposta é composta de algumas etapas essenciais para que a legislação seja atendida e as perdas exis-tentes durante a produção sejam minimizadas. Será buscada a redução, através do melhor reaproveitamento do uso da matéria prima, com vistas a minimizar o consumo; a reutilização, através do reaproveitamento daquilo que está definido como perda inerente ao processo de produção; e a reciclagem dos materiais restantes os quais não puderam ser utilizados no canteiro de obras. Em linhas gerais, essas etapas podem ser assim divididas:

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espaço aberto

3.1 Planejamento e implantação de ações de sensibilização.Tem como finalidade criar a conscientização da importância das atividades a serem desenvolvidas dentro da empresa. De início esse programa deve abranger o nível estratégico, expandindo-se para os níveis táticos e operacionais. Devem cons-tar de atividades tais como palestras, debates, sinalizações, caixa de sugestões, etc. Sugere-se a elaboração de um Plano de Sensibilização que deverá conter, para cada ação estabelecida, a sua periodicidade e duração, o responsável pela ação, onde e como cada ação será realizada e, por fim, quais os custos e recursos necessários para a sua adequada realização. Essas atividades do Plano devem ser listadas e dispostas no tempo através de um Cronograma de Sensibilização para o adequado acompanhamento dos prazos de realização estabelecidos. Todas as ações realizadas devem ser registradas atra-vés de uma lista de presença.

3.2 Elaboração e implantação de ações para reduzir a geração de resíduos.Sabe-se que os problemas que geram desperdícios vêm desde a concepção dos projetos, o processo de gestão destes e seguindo durante toda a produção, até mesmo na pós entrega da obra, porém, a metodologia se diz simplificada por abordar apenas alguns problemas advindos da logística e da produção em si nos canteiros, através de ações simples de gerenciamento que trarão grandes resultados em termos de redução de desperdícios e, em conseqüência, de redução de resíduos. Estas ações podem ser assim descritas:

3.2.1 Realização do projeto do canteiro para cada etapa construtiva.Todas as interferências e barreiras devem ser identificadas, a fim de que não impeça a correta armazenagem e o bom fluxo de materiais, pessoas e equipamentos. Deve ser elaborado um layout para agilizar as atividades, evitar desperdício e garantir segurança aos funcionários. Este layout deve ser um documento vivo, que modifique efetivamente o canteiro em função da etapa e necessita ser realizado desde a etapa de fundação e modificado nas etapas de estrutura, alvenaria, instalações, acabamento e fachadas, que produzem maiores mudanças no canteiro.

3.2.2 Especificação e planejamento de necessidades de recursos materiais.Deve haver um planejamento (semanal ou quinzenal) das necessidades de materiais a serem utilizados para que estes não faltem, fazendo com que a produção apresente atrasos, ou evitar o improviso com o uso de outros materiais inadequados ao processo produtivo, ou, até mesmo, o uso de materiais sem qualidade. Por outro lado, nenhum material ou produto em processo deve chegar ao local de processamento ou montagem sem que ele seja necessário para aquele momento. Os materiais passam a chegar ao canteiro mais próximo do momento da utilização e, em vez de serem estocados temporaria-mente, são levados ao ponto de aplicação, evitando o excesso de transporte interno, o alto volume de estoque no canteiro, perdas excessivas e furtos.

3.2.3 Escolha dos materiais considerados críticos para a produção com vistas a serem inspecionados no momento do recebimento.Devem ser escolhidos materiais representativos dos maiores volumes de resíduos e também em termos de qualidade final do produto para evitar demolições e consequente geração de resíduos. Esses materiais serão inspecionados no seu recebi-mento de acordo com procedimento elaborado.

3.2.4 Emissão de pedidos de compra para os materiais considerados críticos.Os materiais a serem controlados devem ser adquiridos após a emissão de um pedido de compras, onde constará a quanti-dade do material pedido, a especificação para cada material (de acordo com o procedimento de especificação de materiais a ser descrito na próxima ação), o prazo de entrega, e outras informações que a empresa considerar necessária, com vistas a adquirir o produto realmente necessário à obra e de acordo com as especificações, para um posterior recebimento e aplicação adequados.

(CONTINUA NA PRóxIMA EDIÇÃO)

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Camila Pires dos santos e simone rosa da silva

AvAliAção de Consumo de águA em CAnteiros de obrA

N a construção civil, a água é um in-sumo fundamental, sendo inviável

realizar atividades básicas, como preparar a argamassa, sem sua utilização. Conforme o Conselho Brasileiro de Construção Sus-tentável – CBCS (2009), a construção civil é responsável por boa parte do consumo de água potável no mundo, sendo que, em áreas urbanizadas, o consumo é de cerca de 50% da água potável fornecida à região.

Medidas para redução do consumo de água na utilização da edificação após sua conclusão são frequentes, como o uso de equipamentos com vazões reduzidas. Nos canteiros de obras, o uso racional de água também é de extrema importância, pois ela é um bem finito e ao aplicar medidas para a sua racionalização, os custos deste insumo podem ser reduzidos de manei-ra significativa, além de contribuir para a conscientização ambiental dos cidadãos. Entretanto, não se verifica um investi-mento maior em medidas para redução do consumo de água durante a execução da edificação, talvez pela característica temporária do canteiro de obras.

Pessarelo (2008) indica que o custo com o consumo de água em um edifício em construção representa 0,7% do custo total da obra. Mas, apesar da importância do tema, pesquisas sobre o assunto são ra-ras. Não há dados oficiais sobre o consumo de água em canteiros de obra no Brasil. O levantamento desse tipo de informação necessita de um detalhamento da tipologia da obra, uma vez que o consumo pode va-riar bastante em função disso, já que ser-viços de alvenaria, revestimentos e pisos exigem um maior consumo de água.

As formas de utilização deste recurso em uma construção podem ser divididas em humanas e serviços. No primeiro caso, está relacionada basicamente às demandas essenciais dos funcionários do canteiro. Para o segundo caso, a água é utilizada em

atividades como limpeza, fabricação e cura do concreto, diluição de tintas, testes de impermeabilização e funcionamento das instalações hidrossanitárias, entre outras. Embora não haja comprovação, acredita- -se que o maior consumo de água no can-teiro de obras seja na área de vivência. Para ter certeza do resultado, seria neces-sária uma medição setorizada do consu-mo desse canteiro.

Encontra-se em andamento uma pes-quisa, tema de dissertação de mestrado no PEC, para obter indicadores de con-sumo de água em canteiros de obras no município do Recife. Foram obtidos da-dos relativos a 10 canteiros de obra de uma única construtora, a partir do ano de 2010. Adotou-se a metodologia de levan-tamento de dados mensais do consumo de água, número médio de funcionários na obra e área construída no período. As obras selecionadas foram caracterizadas pelas tipologias em residenciais, flats re-sidenciais e empresariais.

Foi constatado que a fonte de abaste-cimento de água de todas as obras é pro-vida pelo serviço de caminhão-pipa. Os dados coletados possibilitaram relacio-nar o consumo de água com o número de trabalhadores. Entretanto, os resultados preliminares obtidos apresentam uma grande variação, devido às diferenças de tipologias dos edifícios estudados e às fa-ses em que as obras encontravam-se.

A relação entre área construída e consumo de água necessita de um acom-panhamento mais detalhado, a fim de apurar precisamente a área construída em cada período. A meta é que nos resul-tados finais da pesquisa, previstos para 2013, sejam apresentados indicadores diferenciados por tipologia de obra e em cada uma das principais fases da obra, contribuindo para o uso mais eficiente da água na construção civil.

engenheira Camila Pires dos santos Mestranda da Escola Politécnica da uPE ([email protected])

dra. simone rosa da silvaProfessora adjunta da Escola Politécnica de Pernambuco e membro do corpo docente permanente do mestrado em Engenharia Civil da POLI/uPE ([email protected])

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CertiFiCAdode Construçãosustentávelpara conseguir o selo verde de construção, os empreendimentos precisam reduzir o consumo de água e energia, diminuir os resíduos e a emissão de carbono e ainda garantir o conforto das pessoas que utilizam as edificações, entre outras exigênciaspor marianne Brito

O processo em que uma obra é proje-tada, executada e utilizada atesta o

quanto ela é sustentável, um conceito que vem ganhando força no Brasil. Há cer-ca de seis anos, chegaram ao País alguns dos principais certificados de construção sustentável do mundo, que têm desper-tado o interesse dos segmentos de mate-riais de reforma, decoração, construção

e operação de edificações. Entre as prin-cipais ferramentas de certificação, estão o Leed (EUA), Breeam (Reino Unido), Aqua (Brasil), Procel Edifica (Brasil) e o recente Selo Azul (da Caixa Econômica Federal). O número de construções que estão em busca da excelência nas fases de projeto, execução da obra e uso do equipa-mento só faz aumentar.

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A busca pela excelência nas fases de projeto, execução da obra e uso do equipamento só faz aumentar. os certificados de construção sustentável têm despertado o interesse do setor

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leed

O Breeam International foi criado para aplicação fora da Inglaterra, onde são considerados os aspectos, as regulamen-tações e as características de desenvolvi-mento local, efetivamente reconhecendo a sustentabilidade no seu contexto regio-nal. Os critérios avaliados são organiza-dos em nove categorias: gerenciamento; energia; água; transporte; materiais; poluição; saúde e bem-estar; uso da ter-ra; e ecologia e resíduos. Mas cada país dispõe de um modelo próprio, feito sob medida para atender suas demandas. No Brasil, o condomínio Movimento Terras, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, con-quistou o selo utilizando inovações sus-tentáveis em oito casas, como estrutura metálica (com percentual de aço recicla-do); telhado verde; madeira certificada; aquecimento solar; captação de água da chuva e integração com iluminação; e ventilação naturais.

A certificação Alta Qualidade Ambien-tal (Aqua) é baseada no processo francês Démarche Haute Qualité Environmentale (HQE), e foi desenvolvida e adaptada à cul-tura, às normas técnicas e à regulamentação brasileira pela Fundação Vanzolini, em 2008.

A certificação Aqua para edificações baseia-se em 14 objetivos de desempenho que devem ser atingidos em níveis bom, superior ou excelente, ultrapassando as exigências que correspondem à regula-mentação vigente ou à prática corrente, distribuídas em quatro grandes temas: eco- construção, ecogestão, conforto e saúde. As soluções arquitetônicas e técnicas con-sideram o programa de necessidades, o contexto local; a estratégia ambiental do empreendedor; a análise econômica glo-bal; o usuário e as demais partes interes-sadas; e a regulamentação. A certificação é concedida por meio de processo de audi-torias presenciais em três fases estratégicas

A certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) é concedida pelo Green Building Council Brasil, que faz parte da World Green Building Coun-cil, união dos Conselhos Nacionais de Edifícios Verdes do mundo. O selo de ori-gem norte-americana indica que, no em-preendimento, há redução no consumo de energia em 30%, redução de até 50% no consumo de água e a quantidade de resí-duos eliminados cai em até 80%.

Esse sistema de certificação, que está no Brasil desde 2007, avalia e pontua critérios específicos do edifício: sustentabilidade

da localização; eficiência no uso da água; eficiência energética e cuidados com as emissões na atmosfera; otimização do uso de materiais e recursos; qualidade ambiental no interior da edificação. Para cada critério, é dada uma determinada pontuação, que varia de acordo com o tipo de edifício, totalizando 100 pontos. Além disso, há 10 pontos de bônus distri-buídos em dois critérios: uso de novas e inovadoras tecnologias que melhorem o desempenho do edifício e edificações que dão prioridade às preocupações ambien-tais regionais.

do empreendimento: planejamento, pro-jeto e construção. Os referenciais técnicos abrangem empreendimentos comerciais, residenciais, centros de comércio e gal-pões industriais.

A certificação Aqua também se apli-ca a bairros, loteamentos e condomínios. Nesse caso, considera 17 categorias de de-sempenho de qualidade ambiental, distri-buídas em três grandes temas: integração e coerência com o tecido urbano e o ter-ritório; preservação dos recursos naturais e promoção da qualidade ambiental e sa-nitária; promoção na vida social e forta-lecimento das dinâmicas econômicas. Tal como acontece para edificações, é reque-rido um sistema de gestão do bairro, com requisitos de ações e produtos documen-tados nas fases de lançamento, análise ini-cial, definição e comprometimento com os objetivos, concepção do projeto e das ações, realização e balanço.

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reduZindo imPACtos

Os chamados selos verdes trazem, no seu conceito, o desafio de reduzir os impactos provocados pela construção civil ao meio ambiente. De acordo com o Worldwatch Institute, o setor con-some 40% das pedras e da areia e 25% da madeira extraída em todo o plane-ta, além de ser responsável por 40% das emissões de CO2, 40% da energia e por 16% da água consumida em todo o mundo. Existem ainda outros impactos provocados pelas operações de urbani-zação, construção e operação de edi-fícios: impermeabilização e ocupação de solos, incluindo a pressão sobre a biodiversidade e os habitats; produção de resíduos, poeiras e ruído na fase de construção; consumo de energia, água e materiais na fase de ocupação e a emis-são cargas poluentes, também na fase de ocupação.

Quando a construção civil adota soluções sustentáveis, os principais be-nefícios são: melhora da saúde e bem--estar de quem utiliza o espaço; oti-mização da relação das pessoas com o ambiente, o que provoca um efeito positivo em questões como a prevenção da criminalidade; aumento da qualida-de do ambiente interior e exterior, com o controle contínuo do grau de venti-lação, de temperatura, umidade e acús-tica (no interior) e com a otimização

do tráfego e redução de ruído (no exte-rior); redução dos estragos progressivos ocasionados pela contaminação, oxida-ção e deterioração dos materiais.

Após decidir pela construção sus-tentável, os incorporadores precisam mobilizar profissionais com experiên-cia nessa área. “Esta é a principal difi-culdade que atualmente se sente na im-plementação de projetos sustentáveis: a falta de conhecimento e de meios téc-nicos que ainda existe sobre o que é e como implementar a sustentabilidade no edificado, e a necessidade de garan-tir o envolvimento de todos os interve-nientes, em todas as fases de processo”, explica Isabel Santos, da Ecochoice, empresa com maior número de certi-ficações efetuadas em Portugal e que começa a operar no Brasil. É uma nova forma de se construir, que provoca mu-danças importantes nos canteiros de obras. O novo centro administrativo de Suape tem como desafio seguir as nor-mas para conseguir a certificação com selo Gold da Leed. É a primeira vez que a construtora Queiroz Galvão participa de um empreendimento que precisa se-guir normas internacionais de susten-tabilidade. “Depois que entramos neste processo, entendemos que a empresa não vai mais ser a mesma e nem os pro-fissionais que trabalham nela. Então a

gente entende que, uma vez dentro do processo, a ideia é utilizar estas práti-cas junto aos nossos empreendimentos convencionais, nas outras áreas da em-presa. Estamos fazendo um investimen-to em aprendizado, em consultoria, em profissionais especializados para que a gente possa depois transpor esse conhe-cimento para os outros empreendimen-tos”, diz o engenheiro Celso Guerra, gerente de tecnologia da construtora e responsável pela obra.

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brAsil, o 4° do mundo

De acordo com o Green Building Coun-cil — órgão internacional de certifica-ção, o Brasil é o quarto país do mundo que mais certifica empreendimentos que reduzem a quantidade de resídu-os, economizam água e energia e ain-da oferecem conforto e segurança para quem mora ou trabalha nesses imóveis. Até junho de 2012, havia 574 constru-ções sustentáveis no País. É pouco, um número setenta e duas vezes menor do que o registrado pelo país que lidera este ranking. Os Estados Unidos foram os primeiros a certificar empreendimentos ecologicamente corretos e, em 15 anos, já possuem 41.857 construções com cer-tificação Leed. Bem atrás dos america-nos também estão a China, que ocupa a segunda colocação com 996 certifica-ções, e os Emirados Árabes, com 791. Os resultados obtidos no Brasil são mais expressivos do que os da Índia (348), Canadá (318), México (287), Alemanha (261), Coreia do Sul (171) e Qtar (164).

Na Região Nordeste, o número de

empreendimentos em fase de certifica-ção tem aumentado nos últimos anos, de acordo com Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council. “A região é hoje a terceira com mais pro-jetos buscando a certificação Leed no Brasil, ficando atrás apenas do Sudeste e Sul”, assegura Casado. Encontrar forne-cedores que atendam ao conceito de sus-tentabilidade é o maior desafio. “A ob-tenção de pontos na categoria créditos regionais está condicionada à compra de materiais próximo ao local da obra para evitar a poluição gerada pelo transpor-te. Nesta região a falta de empresas de materiais e tecnologias locais dificulta um pouco a obtenção desses créditos. Porém, com o crescimento da demanda na região, estão surgindo novas empre-sas para atender esse mercado”, explica o gerente técnico do GBC.

O Processo Aqua já certificou 53 em-preendimentos no Brasil, alguns com mais de uma torre, totalizando 72 edi-fícios — sendo sete no Nordeste. Foram

emitidos 106 certificados, uma vez que requer a certificação em todas as fases essenciais: Programa (correspondente ao planejamento do produto), Concep-ção (correspondente aos projetos execu-tivos de arquitetura, complementares e de sistemas e instalações prediais) e Re-alização (correspondente à execução e entrega da obra).

“Dentro da missão da Diretoria de Certificação da Fundação Vanzolini, que é contribuir para o desenvolvimento eco-nômico, ambiental e social do Brasil por meio dos serviços de avaliação da con-formidade e certificação, temos interes-se em desenvolver a certificação da Alta Qualidade Ambiental (Processo Aqua) em todos os estados do Nordeste. Para tanto, estamos mantendo contato com esses e outros empreendedores da região, esperando também que os primeiros pro-jetos tenham um efeito de demonstração para o empresariado e para o público”, informa o professor Manuel Martins, co-ordenador executivo do Processo Aqua.

ProgrAmA, ConCePção e reAliZAção

O Shopping Riomar Recife passou pela auditoria Aqua das fases Programa e Con-cepção, tendo já recebido os certificados correspondentes. Assim que a obra for concluída e entregue, será realizada a mis-são de auditoria da fase Realização, e, se constatada conformidade, será emitido o correspondente certificado e direito de uso do selo Aqua.

Fazer do canteiro de obra uma área sustentável é o maior desafio, segundo Francisco Bacelar, diretor da Divisão Imo-biliária do Grupo JCPM. “Na fase de exe-cução, os maiores desafios se encontram na categoria 3, canteiro com baixo im-pacto ambiental. Nela, temos o compro-misso de reduzir e gerenciar os resíduos gerados; monitorar o consumo de água e energia; manter os níveis de ruídos em conformidade com a legislação municipal;

controlar os impactos visuais e do ar cau-sados por poeira; limpeza do canteiro e do entorno; e minimizar os impactos causa-dos pela circulação de veículos no empre-endimento. A limpeza e organização do canteiro devem ser mantidas diariamente do tapume às áreas de descartes.

O projeto é rico em soluções técnicas que atendem às 14 categorias do Aqua com alta tecnologia e ações sustentáveis.

Com todas essas medidas, o shopping deve ter uma redução considerável no con-sumo de água e energia. “Os estudos apon-tam a redução de até 50% do consumo de água e de 34,5% de energia. Elegemos o sis-tema de refrigeração como o maior contri-buinte na redução desses consumos pela sua eficiência energética e soluções inovadoras ao utilizar vigas frias no forro e piso frio no mall do G1”, explica Francisco Bacelar.

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bAhiA, CeArá e PernAmbuCo

Segundo dados do GBC Brasil, o primeiro colocado em certificações é o Estado de São Paulo, com 47 empreendimentos sus-tentáveis e 308 em processo, seguido pelo Rio de Janeiro, com 10 certificações e 83 em andamento, e o Paraná na terceira posição, com dois empreendimentos certificados e 35 em processo. No Nordeste, a Bahia é o estado que mais se destaca em empreen-dimentos com selo sustentável. São cinco construções em processo de certificação e um prédio certificado pelo sistema Leed. O auditório da sede da construtora Ode-brecht recebeu o selo na categoria silver em junho de 2011. Estão em processo de certificação o estádio Arena Fonte Nova, a fábrica da Pepsico Feira de Santana e o Syene Corporate, além de outros dois empreendimentos que são confidenciais. O Syene Corporate já é considerado o pri-meiro edifício comercial Green Building do Norte e Nordeste. O empreendimento conquistou o Selo de Alta Qualidade Am-biental – Aqua na fase de projeto, após ser avaliado em 14 categorias. Projetado pelo arquiteto Antonio Caramelo e construído pela MCC Engenharia, o prédio vai ter

telhas termoacústicas e vidros que redu-zem o calor na fachada do edifício. Tam-bém foi prevista a captação e reaproveita-mento de águas das chuvas, a instalação de unidades coletoras de descartes recicláveis em todos os andares das torres, uso de piso elevado e forros modulados 100% reci-clados e recicláveis, além da utilização de sanitários a vácuo. As áreas comuns e de circulação da torre têm iluminação natu-ral; sensores de presença; e uso de barra-mento blindado do tipo bus-way, evitando perdas de energia no sistema e redução nas quedas de tensão.

O Ceará ocupa a sétima posição entre os estados brasileiros, com 14 construções em processo de certificação. Entre eles, o Paço das Águas, LC Corporate Green Tower, blocos do empreendimento Wai Wai (oito no total), agência Messejana do Banco do Brasil, Consórcio Castelão, Ho-tel Plathô e Sebrae Fortaleza Building. O estádio Castelão será a maior arena espor-tiva do Nordeste e terá capacidade para 67.037 espectadores, sendo o único da Região apto para receber uma semifinal. Uma das exigências da Fifa é que a obra

siga o modelo de construção sustentável, como a reciclagem de todo o concreto obtido das demolições. Ao fim do pro-cesso, o material reciclado será usado na pavimentação de todo o estacionamento da obra. Além disso, tudo que for possí-vel será doado para órgãos públicos. Isso inclui as 59.700 cadeiras do estádio, o gra-mado (será doado para a nova Academia Estadual de Segurança Pública), as lâmpa-das e a coberta metálica.

Já Pernambuco aparece na 11a posição, com seis construções em processo de cer-tificação. A sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que está sendo construído no Recife, pode ser o primei-ro Green building com certificação Leed do Recife. O projeto prevê uma redução da ordem de 15 a 20% do consumo de energia elétrica, quando comparado com um prédio tradicional. “O investimento é da ordem de 5 a 6% do custo total da obra, quando relacionado com um em-preendimento tradicional. O retorno se dará tanto financeiramente como para o meio-ambiente, ao longo dos anos de uso pelo usuário”, assegura Lucian Fragoso de Andrade – CEO da Conic.

Ele também explica que, durante a fase de projeto, foram feitas várias modelagens de incidência de iluminação interna e ex-terna, gradientes de calor interno e exter-no, fazendo com que os sistemas tivessem o máximo de eficiência possível. Os mate-riais especificados obedeceram premissas da certificação Leed, como: menor gera-ção de resíduos, proteção térmico/acústi-ca do prédio e preferência a fornecedores locais. Como exemplo, a estrutura foi toda em concreto pré-moldado, evitando resí-duos de madeira, e a fachada do prédio foi executada em painéis isotérmicos e vidros especiais, que protegem a edificação da incidência do calor externo e raios ultra-violeta. Durante a obra, foram implemen-tados procedimentos visando não causar agressão ao ambiente externo da obra nem ao meio ambiente. Todos os resíduos de óleos dos equipamentos utilizados na obra, por exemplo, foram coletados e não contaminaram o meio ambiente.

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PAÍs registros PAÍs registro

1º EUA 41.857 6º Canadá 318

2º China 996 7º México 287

3ºEmirados Árabes Unidos

791 8º Alemanha 264

4º Brasil 574 9º Coreia do Sul 171

5º Índia 348 10º Qtar 164

estAdo CertiFiCAçÕes no ProCesso

1º são Paulo 47 308

2º Rio de Janeiro 10 83

3º Paraná 2 35

6º Bahia 1 5

7º Ceará - 14

11º Pernambuco - 6

ranking muncial - leed*

green building Council brasil

* Registrados no US GBC. Esses países já iniciaram registros diretos nos GBCs locais. Mas o ranking leva em conta apenas os registros recebidos pelo US GBC até junho de 2012.

Refere-se ao número de empreendimentos registrados (certificados + em processo de certificação) no sistema de certificação Leed

O Green Building Council Brasil é uma organização não governamental, em operação desde 2007, que visa fomentar a indústria de construção sustentável no Brasil, desde 2011. Há cinco anos, existiam apenas oito empresas com certificado de construção ecologicamente correta em andamento. Hoje são 511, segundo dados do Green Building Council Brasil.

Destaque para o desempenho da Região Nordeste no ranking nacional.

de obras e até no desenvolvimento e na fabricação de produtos sustentáveis”, co-menta o presidente do Grupo Sustentax, Newton Figueiredo. “A nosso ver, trata--se de um processo cumulativo: quanto mais pessoas adquirem consciência e passam a exigir a certificação Processo Aqua como demonstração inequívoca da Alta Qualidade Ambiental do seu imóvel, mais os empreendedores se sen-sibilizam para desenvolver seus projetos dessa forma. Assim, se a procura ainda representa uma proporção pequena dos lançamentos, esperamos uma aceleração nos próximos anos”, é a opinião do pro-fessor Manuel Martins.

Os números, referentes ao 1º semestre deste ano, divulgados pela Inteligência Empresarial da Construção, mostram que, no segmento residencial, são 3.729 obras em andamento; no comercial, 2.341, e no industrial, 1.460, que conta-bilizam 83.877.422 m2 em construção e somam por volta de US$ 27,6 bilhões em investimentos. “Fica evidente que o cres-cimento de prédios verdes não acompa-nha todo o potencial do segmento da construção civil nacional. Muito há para ser feito quando falamos em sustentabi-lidade de empreendimentos, inclusive no que diz respeito às empresas, desde a gestão do próprio negócio, aos canteiros

muito A FAZer AQuA

O Processo Alta Qualidade Ambiental (Aqua), é um certificado internacional da construção sustentável que tem como base o processo francês Démarche Haute Qualité Environmentale. Lançado em 2008 no Brasil, o selo Aqua foi desenvolvido e adaptado à cultura, às normas técnicas e à regulamentação brasileira pela Fundação Vanzonlini. São 14 critérios do Processo Aqua para edifícios e 17 critérios para bairros e loteamentos.A certificação ocorre ao final de cada uma das três etapas essenciais do empreendimento – Programa, Concepção e Realização. Ao final de cada uma dessas avaliações, caso seja constatada conformidade ao referencial técnico, o certificado é emitido em até 30 dias. A certificação de um empreendimento com 10.000 m2 de construção tem um valor total de cerca de R$ 36.000,00.

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home & grill Seletos convidados da área de arquitetura e decoração prestigiaram na tarde de sábado, 04 de agosto, a recepção promovida pelos empresários Marcelo Monteiro e Daniel Arruda, na loja especializada em churrasqueiras a gás Home & Grill. Marcelo e Daniel acompanharam cada convidado para conhecer de perto todos os detalhes de seus produtos. O churrasco-gourmet, acompanhado de música ao vivo, foi uma verdadeira demonstração de como ficam ainda mais saborosas as carnes preparadas nas churrasqueiras à gás by Home & Grill.

novA ediçãoSuper prestigiado o coquetel de lançamento das luminárias

Scatto Lampadário e da edição 11ª da revista digital D&A (www.revistadea.com.br), na noite de quarta-feira, 15 de agosto,

na loja Trianon Iluminação de João Pessoa. A empresária Luciana Rocha, em parceria com este editor, recebeu convidados

especiais em grande estilo e no melhor clima de festa.

PArCeriA evvivARequinte, arrojo e modernidade a loja Evviva Bertolini possibilita ambientes personalizados onde móveis criam espaços para interação entre família e amigos. A franquia de João Pessoa, que tem à frente o dinâmico Alfredo Resende, ultrapassa limites e chega no interior do Estado através de parceria com arquitetos, permitindo mobilidade e conforto para os clientes que não moram na Capital. As jovens e talentosas arquitetas Mariana Santos e Emanuelle Oliveira, com escritório próprio há cinco anos na cidade de Souza e com projetos espalhados no interior da Paraíba e Ceará, são ótimos exemplos dessa parceria e já trabalham com a Evviva há dois anos, firmando uma troca de respeito e confiança.

novA gerAçãoAs jovens promessas da arquitetura paraibana, Georgeana Buriti e Keylla Garcia, trazem novos ares

e experiências para o mercado pessoense. Atuando desde 2010 e com escritório próprio há um ano, inicialmente, elas desenvolvem projetos de ambientação, em que traduzem os desejos dos

clientes em espaços harmônicos e, em breve, pretendem expandir para os projetos arquitetônicos. A dupla, que se conheceu nos últimos períodos do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro

Universitário de João Pessoa (Unipe) formou sociedade pela afinidade de ideias, montou o escritório próprio, foi crescendo o número de projetos e a partir daí não parou mais.

ricardo Castro

O decorador Alain Moszkowicz e a arquiteta Viviane Sanguinetti prestigiando evento na loja Home & Grill

Empresária Luciana Rocha com Felipe Rock e Thiago Nascimento, arquitetos que assinam projeto de ambientação

estrelada na capa da nova edição da revista digital D&A

Mariana Santos e Emanuelle Oliveira são parceiras da loja Evviva Bertolini de João Pessoa

As arquitetas Georgeana Buriti e Keylla Garcia renovam mercado pessoense

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movimento em João Pessoa

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reCuPerAção de FAChAdApara descobrir o que precisa ser reformado e como isso deve ser feito, condomínios devem contar com o auxílio de empresas especializadas nesse tipo de consultoria

Q uando o filósofo inglês Francis Ba-con escreveu, em um dos seus en-

saios, que as casas são construídas para que se viva nelas, e não para serem ad-miradas, ele mal poderia imaginar a im-portância que essa contemplação nutri-ria alguns séculos depois. Uma simples restauração na fachada de um imóvel é capaz de aumentar até 40% o seu valor, pois ela protege e embeleza o patrimô-nio. Contudo, antes de contratar ope-rários para a reforma, o síndico de um condomínio precisa conhecer o que é necessário ser feito para que a obra ocor-ra com segurança. Afinal, embora a es-tética seja relevante, Bacon estava certo: a utilidade fundamental de uma casa é abrigar pessoas e é necessário estar sem-pre atento ao estado de conservação da sua infraestrutura.

A principal medida para evitar desastres é contratar para a restauração um engenhei-ro credenciado no Conselho Regional de En-genharia e Arquitetura (CREA). Entretanto, o registro não é suficiente para a escolha. “No mercado, intencionalmente ou não, a gana de ganhar obras torna comum às cons-trutoras oferecerem um preço baixo para um serviço e, no meio do trabalho, informarem ao cliente que é necessário um aditivo. Nes-se momento é difícil negociar”, alerta Luiz Fernando Bernhoeft, da Petrus Engenharia, companhia especializada em evitar esse tipo de transtorno. A Petrus é pioneira em um novo segmento de empresas de consultoria, cuja função é realizar um diagnóstico que aponta, por meio da análise das causas e efei-tos do problema, o que precisa ser corrigido em um edifício. No relatório, também é pos-sível sugerir como fazer essa correção.

“O laudo técnico garante que o ser-viço contratado não esteja aquém nem

Prédio patrimônio do IPHAN passa por sua primeira reforma em quase 50 anos

por Ingrid melo

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além daquele que o condomínio precisa, evitando gastos desnecessários. Além disso, ele serve como um termo de refe-rência para a padronização das propos-tas das construtoras, já que especifica e quantifica detalhadamente o material a ser usado na obra, bem como a téc-nica adequada para o trabalho”, explica Bernhoeft. Com a uniformidade dos

orçamentos, o diferencial para a escolha da empresa que fará o restauro geral-mente fica relacionado às facilidades de pagamento e à credibilidade da constru-tora. Isso simplifica bastante a decisão das assembleias de condôminos e ainda garante que o atrativo de um orçamento baixo não resulte em uma reforma inefi-ciente e perigosa.

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Como reparar as anomalias que acometem habitualmente as fachadas

As fachadas devem ser restauradas quando existir uma necessidade estética ou funcional. Segundo Luiz Fernando Bernhoeft, no segundo caso, o problema é quase sempre a estanqueidade (falta de capacidade de conter infiltrações) ou a queda dos revestimentos. Veja abaixo qual procedimento deve ser usado para recuperar fachadas com essa anomalia, de acordo com o tipo de material com o qual elas são constituídas.

alvenaria com revestimento tradicional: hidrojateamento (limpeza); tratamento da armadura e alvenaria; aplicação de um fundo preparador; aplicação de impermeabilizantes; aplicação de tinta látex acrílico.

alvenaria com revestimento de argamassa travertino: hidrojateamento e remoção das placas ou painéis por inteiro; tratamento da estrutura.

cerâmica (pastilhas): hidrojateamento; remoção das placas cerâmicas soltas ou pastilhas para o tratamento do substrato; colocação de novas pastilhas recortadas em placas.

concreto aparente: hidrojateamento; lixamento mecânico para remoção de verniz ou resina acrílica; tratamento da estrutura.

Foi exatamente esse o processo no Condomínio Barão de Rio Branco, locali-zado no bairro da Boa Vista, no Recife. O prédio, que tem quase 50 anos, é uma das 73edificações reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-nal (Iphan), em Pernambuco, e passa por sua primeira restauração. Antes de realizar as reuniões para decidir construtora, forma de pagamento e rateios, o síndico do edifí-cio, Gilberto Gomes Leal, resolveu contra-tar o serviço da Tecomat, empresa que tam-bém realiza consultoria para construção civil. “Eu sabia que o prédio estava em um estado ruim e precisava de uma reforma. Mas sou contador aposentado e não enten-do nada de engenharia, não poderia dizer o que precisava ser consertado. Paguei três mil reais pelo laudo e só na posse dos resul-tados solicitei os orçamentos”, conta.

A empresa informou o que careceria ser feito, quais materiais seriam necessários e agora está acompanhando a reforma, que está no segundo andar da fachada. Serão 20 meses de obras, com troca de pastilhas, limpeza e repintura. “Nós pagamos 3 mil reais por mês para esse acompanhamento, mas é ótimo. O engenheiro vai na obra três vezes por semana e diz se está tudo sendo feito a contento, coisa que eu não poderia mensurar”, explica o síndico. A fiscaliza-ção ainda será importante para determinar o valor a ser pago por mês à construtora, uma estratégia para evitar atrasos no ser-viço. “A gente deu uma entrada para o co-meço da obra, mas o restante só será pago a partir do que for feito. Por exemplo, estava

“o laudo técnico garante que o serviço contratado não esteja aquém nem além daquele que o condomínio precisa e serve para padronizar as propostas das construtoras” luiz fernando Bernhoeft

previsto para aquele mês um trabalho que valeria 15 mil, mas se eles só fizerem um avanço que vale 5 mil, eles só vão receber 5 mil. Me sinto seguro com isso e até consigo dormir bem, apesar do barulho infernal da reforma”, expõe.

Luiz Fernando Bernhoeft considera fundamental que a empresa que realizou o diagnóstico realize o acompanhamento da obra, embora o cliente possa optar por não adquirir o serviço. Ele ressalta que, devido a isso, uma especialista em consul-toria não deve ser, também, construtora. “Ao fiscalizar uma obra, a firma não estará fiscalizando um concorrente. Isso é crucial

para a imparcialidade do serviço. Além do que essa limitação do trabalho garante que a consultora não tenha interesse em deixar para si mesma a reforma”, afiança. Acompanhamento, aliás, é a palavra chave quando se fala em construção civil. A lei estadual 13.032, de 14 de junho de 2006, sugere uma inspeção a cada cinco anos até o prédio completar 15 anos e, depois dis-so, vistorias a cada três anos. “Não dá para achar que a restauração da fachada é eter-na. Nada é perene numa edificação. Ações preventivas não são apenas mais seguras, como são também mais econômicas”, afir-ma o engenheiro.

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“Foi uma oportunidade para conferir detalhes da concepção dos projetos”marcia coimbra

por gabriela Bezerra

Aindústria de construção funciona como um termômetro do desen-

volvimento. Essencial para o crescimen-to urbano, esse setor se mostra aquecido conforme determinada região se desen-volve, já que grandes obras passam a ser demandadas. Hoje, em ascensão no Brasil, a construção civil é responsável por 40% do consumo de energia mundial, e inves-tir em medidas sustentáveis para a cons-trução tem sido um desafio para o setor.

Mais do que um espaço para apresen-tação de projetos e soluções sustentáveis na indústria da construção, a conferência internacional Greenbuilding Brasil – re-alizada de 11 a 13 de setembro, em São Paulo – se apresentou como uma oportu-nidade de qualificação profissional nesse mercado. “Sessões plenárias foram rea-lizadas no primeiro dia do evento com especialistas nacionais e internacionais debatendo questões como práticas susten-táveis, normas e certificações ambientais, além de estudos de cases que foram des-taque no setor”, contou Marcia Coimbra, gerente da Unidade de Negócios e Confe-rência da Reed Exhibitions Alcantara Ma-chado, organizadora do evento.

Além de sessões plenárias e palestras, o Greenbuilding Brasil ofereceu aos par-ticipantes visitas técnicas em empreen-dimentos certificados com o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), criado pela Greenbuilding esta-dunidense. “Foi uma oportunidade para conferir detalhes da concepção dos pro-jetos, aplicações de tecnologias, desafios de implantação e resultados obtidos”, co-mentou. Entre os pontos visitados, Sofite-lJequitimar (Guarujá), CETEC BR Foods

(Jundiaí), CARN (Centro Administrativo Rio Negro) e BASF (São Paulo).

Nesta terceira edição, o Greenbuilding Brasil ocorreu no Pavilhão Transamérica Expo Center. Foram mais de 6 mil m² de área de exposição e 65 palestrantes nacio-nais e internacionais. Cerca de 7 mil vi-sitantes e compradores compareceram à conferência, além de 1400 congressistas. Em 2011, a conferência recebeu mais de mil visitantes das principais capitais do Brasil e de países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Costa Rica e Itália.

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Construir Com sustentAbilidAde Ideias sustentáveis para construção são destaques na terceira edição do sIacspor gabriela Bezerra

U tilizar uma área localizada sob um aquífero para projetar uma interven-

ção de 3 milhões de m², à primeira vista, não parece ser uma ideia muito susten-tável. Mas o desafio de aliar urbanismo e sustentabilidade para garantir um espaço verde e funcional em Rio Branco (AC) foi assumido pelo arquiteto Eiji Hayakawa, resultando no Master Plan de Arquitetu-ra. O projeto consiste na criação de um parque a partir do qual foi traçada a estru-tura da cidade. Tudo sem comprometer o Aquífero do Rio Branco.

Durante anos, técnicos e políticos dis-cutiram sobre o impacto que a urbaniza-ção daquele espaço causaria no aquífero. “Chegamos à conclusão que era possível sim urbanizar a área, mas com certos cui-dados, como garantir o mínimo de per-meabilidade do solo. Por isso a criação de uma área verde com ciclovias e não de

uma via para veículos”, explicou. Hoje, o projeto está em processo de aprovação. Segundo Hayakawa, há, no mercado imo-biliário, levantamentos que apontam para uma valorização dos imóveis da região em até três vezes após a construção do parque.

Levar aos profissionais da arquitetura e da construção esse e outros cases sobre as novas ações e tecnologias aplicadas ao desenvolvimento sustentável é o objetivo do Simpósio Internacional de Arquitetura e Construção Sustentável (SIACS), que re-alizou a sua terceira edição anual, iniciada em setembro. “O projeto do aquífero lan-ça a mensagem de que não é necessária uma grande parafernália tecnológica para construir um espaço sustentável”, desta-cou Hayakawa, que foi um dos palestran-tes do SIACS. Cerca de 1200 pessoas, entre conferencistas, arquitetos, engenheiros e estudantes, compareceram ao evento.

O SIACS 2012 percorre cinco cidades do País: Salvador (14/9), Recife (17/9). Fortaleza (20/9), Belém (30/10) e Rio de Janeiro (9/11). “Como nos outros anos, o simpósio mantém o seu foco na arquitetura sustentável, o que muda são os palestrantes e os cases”, comentou Amarildo Leal, organizador do evento. A programação inclui palestras, workshops e uma mostra conceitual de produtos e equipamentos já disponíveis no merca-do. Ao todo, 40 palestras serão proferidas durante o simpósio.

Outro case de destaque na programação do SIACS é o primeiro shopping sustentá-vel de Salvador. Projeto do arquiteto Cami-lo Baiardi, o Salvador Prime foi projetado com atenção às questões ambientais. “A obra sai 6% mais cara, mas os investimen-tos em sustentabilidade logo dão resultados de economia”, comentou Baiardi.

Profissionais da construção prestigiam projetos inovadores que privilegiam a questão ambiental

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Construir bAhiA suPerA eXPeCtAtivAsperspectiva de crescimento econômico na Bahia estimula participação em feiras de construção civilpor gabriela Bezerra

A pesar do decréscimo que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção

civil da Bahia sofreu em 2011, este ano o setor voltou a dar sinais de melhoria. O anúncio, no último mês de junho, de mais de R$ 8 milhões para a indústria, por meio do PAC Equipamentos, tem estimulado ainda mais o setor.

Pelo PAC Equipamentos, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, um mon-tante de R$ 8,4 bilhões será destinado para agilizar as compras governamentais para aquisição de produtos da indústria nacio-nal. As obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 tam-bém estão servindo como impulso para a o setor da construção, sobretudo na região Nordeste, mais necessitada dessas obras.

Somente no primeiro trimestre de 2012, o PIB da construção da Bahia re-gistrou um aumento de 8,9%. Se compa-rado com o percentual atingido no ano anterior, 6%, o número é animador. A expectativa de crescimento do setor é bas-tante positiva e os negócios no Estado não param. A grande movimentação em duas grandes feiras de construção na Bahia são provas incontestes desse otimismo.

Reunindo num só lugar os principais ele-mentos da cadeia produtiva da construção, a 12ª edição da Construir Bahia promoveu um verdadeiro balcão de negócios e troca de informações sobre o setor. O evento ocorreu de 12 a 15 de setembro no Centro de Con-venções da Bahia e contou com a participa-ção de importantes fabricantes do Brasil e de outros países, como China, Argentina e Inglaterra. Este ano, a feira apresentou cres-cimento de cerca de 10% em relação a 2011.

Em parceria com a Construir Bahia desde o ano passado, a Expo Máquina e Equipamentos trouxe as principais novi-dades de maquinários para a construção pesada. A diversificação dos produtos em exposição este ano superou a edição do ano passado, com destaque para máquinas de grande porte. “Em 2011, atingimos R$ 20 milhões em volume de negócios. Estimo um crescimento de 20% para este ano”, apostou Arthur Vieira, presidente da As-sociação Baiana das Empresas Locadoras de Máquinas e Equipamentos (Abelme), durante o evento. Ele também tem boas expectativas para o setor de equipamentos: “Acredito que o PIB em relação à comer-cialização de máquinas da linha amarela

(equipamentos de terraplanagem) crescerá o dobro do PIB do Brasil”.

Entre as principais novidades de ma-quinários para o setor da construção, está a CargoMix 260, da Continental SRL — uma transportadora e misturadora pneumática de massas pesadas de tanque à pressão, que possui armadura interna substituível para facilitar o trabalho do misturador na prepa-ração da massa. Também merece destaque uma máquina de projeção de concreto de-senvolvida para projeção úmida com fibra de aço, com capacidade para projetar tanto via seca como úmida, manualmente ou roboti-zada: a AL 236, da Asserc Representações.

Para além da mostra de materiais e equi-pamentos, outra aposta do setor é a ques-tão da sustentabilidade na construção. “A sustentabilidade é uma exigência da socie-dade e está sendo amplamente enfatizada nesta edição da feira, seja na proposta dos estandes, nos fóruns ou produtos. Mostra que o setor está engajado nessa tendência”, comentou o Sinduscon-BA, Carlos Alber-to Vieira Lima. Como nos anos anteriores, a Construir Bahia também cedeu espaço à 3º edição do Simpósio de Arquitetura e Construção Sustentável (SIACS).

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Cimento PArA o brAsil CresCeras novas obras de infraestrutura no Brasil têm ampliado o crescimento no setor do concreto

por gabriela Bezerra

C om a necessidade de obras de in-fraestrutura para atender a de-

manda do crescimento urbano, o setor do concreto tem se mostrado bastan-te aquecido. A iminência da Copa do Mundo e das Olímpiadas de 2016 é, sem dúvida, o grande propulsor desse boom na construção civil. Entre os dias 29 e 31 de agosto, expositores de 550 empresas nacionais e internacionais se reuniram em São Paulo, no Concrete Show, para discutir os rumos do setor e realizar negócios. Cerca de R$ 880 milhões foram negociados durante o evento, com venda de maquinários, equipamentos, sistemas construtivos, novas soluções e tecnologias.

Hoje, a indústria brasileira de ci-mento ocupa o sétimo lugar no ranking dos maiores produtores mundiais, com um parque produtor composto por 79 unidades (51 fábricas e 28 unidades de

moagem). “O setor está em ascensão. Muitas empresas estão investindo em equipamentos. A expectativa é de que, este ano, se alcance um aumento de 10% no consumo do cimento em relação a 2011”, apostou Eduardo Moraes, geren-te da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) regional Nordeste.

Em sua sexta edição, o Concrete Show é o maior evento da cadeia produtiva do cimento e da construção civil da América Latina e o segundo maior do mundo. “O Concrete Show cresceu 500% desde a sua primeira edição, há seis anos. Consolidou--se como uma catalisadora de negócios e fortaleceu ainda mais o segmento”, avaliou Cláudia Godoy, diretora-geral da UBM Sienna, organizadora do evento. Este ano, 29 mil visitantes conferiram mais de 60.000 m² de exposição indoor e outdoor, além de 150 palestras sobre tecnologias e avanços para o setor.

Material imprescindível para o desen-volvimento do País pela contribuição que oferece à construção civil, o cimento teve 63 milhões de toneladas produzidas no Brasil somente em 2011, de acordo com o relató-rio apresentado na Rio+20. Esse número é animador e tem atraído cada vez mais in-vestidores para o segmento. Com a difusão de tendências e inovações mundiais em sistemas e métodos construtivos à base de concreto e soluções para aumentar a pro-dutividade, a qualidade e a velocidade de execução da obra, a 6ª edição do Concrete Show Brasil atraiu expositores da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina. “O número de investimentos estrangeiros no País cresceu muito nos últimos cinco anos e a construção civil está absorvendo uma boa parte destes negócios”, declarou Sergio Watanabe, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). 

Concret Show contou com 550 empresas e 29 mil visitantes

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modernidAde PlAneJAdAceará tem novo centro de eventos com tecnologia de ponta e integração viáriapor juliana outtes

P ara comportar os investimentos que fazem a Região crescer, o Nordeste

vem recebendo novas obras de infraestru-tura em todos os seus estados. A constru-ção de hotéis e estruturas para realização de eventos não só alavanca o setor do tu-rismo como atrai novos investidores. Um exemplo disso é o que acontece no Ceará, onde o turismo de negócios cresce anual-mente, gerando ainda mais renda para a economia do Estado.

Pensando em expandir a realização de eventos na capital cearense, foi inau-gurado, em agosto, o Centro de Eventos do Ceará (CEC). O novo equipamento da Secretaria de Turismo do Ceará (Se-tur-CE) é o segundo maior espaço para realização de feiras e eventos do Brasil e o primeiro do Nordeste. Com capaci-dade para abrigar até 30 mil pessoas em um único evento, o empreendimento foi projetado para ser multiuso, poden-do sediar feiras, exposições, congressos

nacionais e internacionais. A planta, considerada a mais moderna da Amé-rica Latina, foi construída numa área de 152.694 m² e inclui dois pavilhões, o Leste e o Oeste, com dimensões de apro-ximadamente 300 m² e 14 mil m².

Segundo a Setur, a versatilidade da construção fica por conta das diversas maneiras de dividir o espaço. Cada um desses blocos está equipado com um sa-lão de exposição (com até 13,6 mil m²) e dois mezaninos, com 18 salas cada um, todas interligáveis. Assim, pode-se formar até 44 espaços diferentes, po-tencializando a realização de pequenos eventos simultâneos ou grandes eventos com estrutura mais complexa. Essa plas-ticidade espacial é possível graças ao uso de divisórias dobráveis de 13,65 metros de altura, que, quando não acionadas, fi-cam recolhidas em um nicho na parede.

O projeto arquitetônico do Centro de Eventos foi inspirado em aspectos

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infraestrutura

A construção do empreendimento utilizou técnicas de aproveitamento de luz natural e reuso de água , além de prezar pela eficiência energética

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típicos da paisagem e do artesanato do Estado. Um dos elementos naturais uti-lizado para compor a construção foi a formação das falésias do litoral leste ce-arense, retratada no tom de terra e nas formas da fachada do equipamento.

Realizada pelo Consórcio entre as construtoras Galvão Andrade Mendon-ça, a construção do empreendimento re-cebeu investimentos de R$ 580 milhões e levou 38 meses para ser concluída. Com o objetivo de acelerar a confecção do equipamento, a técnica construtiva empregada contou com estruturas pré--fabricadas de concreto armado. Por serem produzidas em escala industrial, as pré-fabricadas são mais ágeis que as estruturas convencionais, que, além de serem moldadas na própria obra, de-pendem do uso de formas e escoramen-to. Com as pré-moldadas, ganhou-se tempo na montagem, feita através de guindastes diretamente no canteiro.

De acordo com o gerente de con-trato da obra do CEC, Sílvio Andrade,

da Galvão Construtora, o projeto foi concebido para atender aos padrões de construção sustentável, como sistema de esgotamento sanitário a vácuo, seme-lhante ao utilizado em aeronaves, que garante uma economia de 90% no con-sumo de água das descargas. Além dis-so, o Centro de Eventos possui estação de tratamento de esgoto própria, pois a área ocupada não contava com rede de esgoto, e era necessário garantir que a água utilizada no prédio fosse tratada para não contaminar o Rio Cocó.

Ainda pensando em economia, o sis-tema de ar condicionado do Centro de Eventos do Ceará utiliza a técnica de termoacumulação, que consiste na refri-geração a partir de uma central de água gelada. Com isso, não só há a redução das despesas com energia elétrica, como também a diminuição de custos de ma-nutenção, uma vez que esse tipo de sis-tema — muito empregado em shoppings centers — consegue prolongar a vida útil dos equipamentos de ar condicionado.

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infraestrutura

“o projeto foi concebido para atender aos padrões de construção sustentável, como sistema de esgotamento sanitário a vácuo, que garante uma economia de 90% no consumo de água das descargas”sílvio andrade

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Outro recurso inteligente foi o aprovei-tamento da luz natural na maior área de convivência do equipamento, a praça de alimentação. O local é coberto por um grande domo, feito de metal e acrílico transparente de alta resistência.

Quando o assunto é acessibilidade, o CEC também atende aos requisitos para receber pessoas portadoras de defici-ência. Rampas com guarda-corpo, ele-vadores, escadas rolantes e pisos táteis fazem parte das soluções para possibi-litar que todos os públicos frequentem as instalações.

A preocupação com o uso dos ma-teriais se estendeu por toda a fase de construção. Na fabricação do isolamen-to acústico das salas, dos pavilhões e mezaninos, a matéria-prima foi extraída de garrafas PET, barateando a despesa com insumos. Já a enorme quantidade de resíduo gerada pela obra passou por etapas de controle, sendo depois enca-minhada para depósitos licenciados.

Embora a construção do Centro de Eventos tenha sido um sucesso no Ce-ará, Sílvio Andrade conta que também

houve dificuldades. “Encontrar mão de obra qualificada foi um desafio. A obra exigia especialistas em montagem de an-daimes, trabalhos em altura e alvenaria estruturada, por isso precisamos buscar profissionais em outros estados”, reve-la. Paralelamente às contratações feitas fora do Ceará, o consórcio capacitou e treinou seus funcionários, empregando, ao todo, 70% de mão de obra local nos trabalhos do equipamento.

mudAnçAs no trÂnsito gArAntem mobilidAde Aos usuários

Receber um equipamento do porte do CEC sem observar se as vias de aces-so comportam o fluxo de veículos pode comprometer o trabalho e a utilização das instalações. Junto com o planeja-mento da construção, a Setur precisou pensar na infraestrutura do entorno. As obras para modificação do trânsito na região da Washington Soares foram es-senciais para tornar o projeto viável.

Entre as mudanças, está a constru-ção de quatro túneis, cada um com

9,5 metros de largura, que eliminaram dois outros já existentes na avenida de acesso e tiveram investimento de R$ 94,6 milhões. Dois mil metros de tú-neis passam sob a Avenida Washing-ton Soares e as ruas perpendiculares a ela, sendo mil metros em túnel fe-chado e mil metros em túnel aberto (trincheira), ambos com duas faixas de rolamento. A estrutura, projetada de maneira integrada com o Centro de Eventos, permite que os usuários tra-feguem com mais tranquilidade pelo entorno, integrando o equipamento à cidade. Para Sílvio Andrade, foi uma realização importante. “Com os túneis, foi possível eliminar dois semáforos, melhorando significativamente a con-dição de tráfego no local”, comemora o gerente da Galvão construtora.

Além dos novos acessos para quem chega ao CEC de carro ou ônibus, o equipamento será interligado à malha metroviária de Fortaleza. Uma estação da Linha Leste, que irá interligar bairros como Centro, Aldeota-Meireles e Varjota à região onde está o empreendimento.

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infraestrutura

Fachada do Centro de Eventos do Ceará foi inspirada na formação de falésias das praias do Estado

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infraestrutura

“A cortiça não acumula sujidades e tem boa capacidade de absorção e impermeabilidade” hugo Borrego

A novA APostA dA Construção CivilEficiente e sustentável, o aglomerado composto de cortiça é escolha certeira para revestimentos e isolamentos

por Ingrid melo

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ÃoA cortiça não é apenas matéria-prima para confeccionar rolhas e vedar

garrafas. Com o crescente avanço tec-nológico, a utilização dessa substância e dos seus derivados para além da indús-tria rolheira tem aumentado de modo exponencial, sobretudo na construção civil. Aplicada sob a forma de aglomera-dos em revestimentos, pavimentações e isolamentos, ela vem se mostrando mais competente do que qualquer outro ma-terial com maior tradição de uso, como madeira e cerâmica. Isso porque a cor-tiça é nobre, maleável, natural, ecologi-camente correta, fácil de ser instalada e ainda possui um conjunto de proprieda-des sem equivalente no mercado.

Entre as características mais explo-radas do produto, estão suas possibili-dades de isolamento térmico e acústico. “O aglomerado composto de cortiça é capaz de proteger o imóvel tanto do calor como do frio, o que economiza energia. Ele também detém uma exce-lente resistência à condução do ruído e de vibrações, sendo ideal para isolar os pavimentos de prédios”, explica o enge-nheiro Hugo Borrego, da empresa por-tuguesa Amorim Cork Composites, do Grupo Amorim, líder mundial na in-dústria corticeira. Todavia, segundo ele, as vantagens da escolha da cortiça para as edificações vêm principalmente de suas particularidades pouco conhecidas, como a durabilidade que ela tem, por exemplo, no formato de manta acústica para isolamento de pavimentos.

“Pessoas alérgicas podem se benefi-ciar bastante com revestimentos em cor-tiça, pois eles não acumulam sujidades, pó ou bactérias. Uma limpeza simples e regular é suficiente para promover um ambiente interior saudável, sem mo-fos ou ácaros. Também é possível citar

características como a boa capacidade de absorção de impacto, sua imper-meabilidade e resiliência, como ainda o retardo do alastramento do fogo e a nula libertação de gases tóxicos decor-rentes de um produto químico chamado suberina, que a compõe”, completa. De acordo com a Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor), a construção civil já ocupa a segunda posição no destino do produto extraído em Portugal, respon-sável por metade da comercialização de cortiça do mundo. A tendência é esse número aumentar ainda mais, em uma época em que os problemas ambientais já não podem ser ignorados e a constru-ção sustentável é estimulada em todos os países. A cortiça é um dos poucos mate-riais à altura das exigências contempo-râneas. O sobreiro, árvore da qual ela é originada, combate a desertificação e o aquecimento global, serve de alimento para os animais, protege a biodiversida-de e depende da extração de sua casca (a cortiça) para crescer saudável.

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tecnologia

Particularidades da cortiça

APliCAçãoOs aglomerados compostos de cortiça podem ser instalados acima ou abaixo do nível do solo, sob o formato de rolos, mantas ou pranchas. O alojamento pode ser com cola ou flutuante, a depender do material da superfície em que eles serão colocados. A cortiça também pode ser usada para revestir paredes, tetos e fachadas e preencher paredes duplas, juntas e divisórias para isolar.

mAnutençãoA manutenção é a básica de qualquer revestimento. O cuidado especial deve ser com o sol, que, se incidente por muito tempo, pode gerar mudanças de tonalidade no material. No caso de isolamentos, manutenções não são necessárias.

ACAbAmentoOs aglomerados como revestimento podem ser rematados com verniz, PVC ou cera.

“A cortiça extraída é fonte para a indústria de rolhas e com seus desper-dícios são produzidos os aglomerados compostos que darão origem ao mate-rial usado pela engenharia civil. Ou seja, o aproveitamento da casca do sobreiro é completo, tudo é reciclado. Isso signifi-ca uma redução de resíduos para aterro e um prolongamento da fixação do car-bono”, esclarece Hugo Borrego. A casca do sobreiro pode ser extraída pela pri-meira vez quando ele completa 25 anos de idade. Então, ela se renova e pode ser retirada novamente após nove anos. Um único sobreiro é capaz de renovar sua casca 16 vezes.

Amorim no nordesteMais recorrente em revestimentos inter-nos, a cortiça está em franca expansão pela Europa também no revestimento de fachadas. Já no Brasil, ainda é raro se deparar com o produto. No entanto, Hugo Borrego informa que essa realida-de está prestes a mudar. O Grupo Amo-rim, que já estava investindo na cortiça para construção civil em países chave há algum tempo, agora volta sua aten-ção para o Brasil, mais especificamente

para o Nordeste do País, depois de já ter dado os primeiros passos no Estado de São Paulo. A empresa já possui negócios por aqui, enfaticamente na indústria de rolhas e calçado, mas pretende alastrar sua atuação.

“Nós estamos investindo em novas geografias também devido à crise que ocorre atualmente na Europa e o Brasil é sempre uma primeira opção, devido à relação quem tem com Portugal e ao compartilhamento da língua portuguesa. O Nordeste, por sua vez, está crescendo bastante e acreditamos que a engenharia civil vai encontrar nessa região um gran-de destaque, juntamente com o foco da sustentabilidade, que é o ponto alto do nosso produto”, conta Hugo Borrego.

O grupo está realizando um estudo de mercado e em outubro, na 8° Feira In-ternacional de Materiais e Equipamen-tos de Construção (Ficons), que ocorre em Pernambuco, começa a divulgar o aglomerado composto de cortiça. Em se-guida, serão realizadas ações junto com construtoras, arquitetos e gabinetes de projeto. A projeção é de que no ano que vem os isolamentos e revestimentos já estejam bem mais populares.

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time shAringA ProPriedAde imobiliáriA ComPArtilhAdA Pelo FrACionAmento do esPAço de temPo.

A copropriedade de um mesmo imó-vel é algo antigo no direito, inicial-

mente verifi cada com a existência de um condomínio comum (também chamado de indiviso ou geral), ou seja, aquele em que cada pessoa é proprietária de uma fra-ção ideal do bem, sem defi nição concreta de que parte do imóvel aquela fração se refere, possuindo todos os proprietários o direito de usufruir o bem como um todo, concorrendo, porém, de forma propor-cional à sua fração ideal com as dívidas e frutos daquele.

Por conseguinte, no ordenamento ju-rídico brasileiro, apesar de observamos a existência de outras normas no início do século 20 que já desenhavam uma forma especial de condomínio (como o Decreto nº. 5.481/1928), foi com a pro-mulgação da Lei Federal nº. 4.591/64 que tivemos o nascimento do chamado condomínio edilício.

Através deste instituto (que, nos ter-mos do art. 1.331 do Código Civil, deverá ser instituído em imóveis com edifi cações) os coproprietários de um mesmo imóvel estipulam, de comum acordo, a instituição de um condomínio de caráter pró-diviso, ou seja, dispõem que naquele imóvel ha-verá partes que serão de uso comum e partes que serão de uso exclusivo de cada um dos condôminos, havendo, desta for-ma, através de uma fi cção jurídica, o fra-cionamento da propriedade em partes, e mantendo-se o imóvel como um todo ain-da em condomínio entre eles. Neste caso, há uma divisão da propriedade em partes de uso exclusivo e de uso comum.

Outrossim, nos últimos anos vem se tornando recorrente a utilização de um novo modelo de copropriedade, dife-rente daquelas indicadas acima, é o cha-mado time sharing. Aqui, se observa que multipropriedade sobre determinado imóvel fi ca dividida em razão do tempo. Neste caso, a propriedade imobiliária é

compartilhada pelos condôminos estabe-lecendo-se o uso em períodos defi nidos e divididos no tempo, seja por dias, meses ou anos, abrangendo não apenas o imóvel, mas todos os móveis e utensílios que lhes são inerentes.

O time sharing não encontra previsão no Código Civil, sendo implementado, na prática, com a instituição de um con-domínio indiviso (geral), e, através de um instrumento fi rmado entre as partes, na forma de convenção ou regimento inter-no, se estipula que a divisão na utilização do imóvel se dará em razão do tempo, atendendo à disponibilidade e interesse de cada um, evitando-se a ociosidade do bem. O referido regimento deverá estabe-lecer também as regras de uso e manuten-ção do imóvel.

Neste tipo de condomínio, haverá tan-tos condôminos quantas forem as frações de tempo divididas no ano, da mesma for-ma que, no condomínio edilício, a quan-tidade de condôminos se dá em razão do número de unidades autônomas (aparta-mentos ou casas) existentes.

Este tipo de multipropriedade pode ter por fi nalidade a racionalização dos custos de uma empresa, através da divi-são da propriedade de determinado bem em razão do horário, turnos ou épocas do ano. Já é comum o compartilhamento, por

exemplo, da propriedade de escritórios e consultórios ou de galpões e depósitos de acordo com certas épocas do ano, poden-do ocorrer o mesmo em relação a bens móveis, como máquinas e veículos.

Esta nova forma de divisão da pro-priedade pode atender também àqueles que buscam a oportunidade de desfrutar, com um custo mais acessível, de itens de luxo ou destinados ao lazer, como casas de praia ou de campo, helicópteros, aviões particulares, sendo, na prática, proprietá-rio daquele bem apenas por determinado período do ano, do mês ou da semana, rateando, assim, os custos de aquisição e manutenção com os demais coproprietá-rios, que se servirão do bem durante os outros períodos, maximizando, desta for-ma, a utilização do mesmo.

Sendo assim, apesar de não encontrar regramento próprio no Código Civil ou leis esparsas, o compartilhamento da pro-priedade através do time sharing, além de atender a função social da propriedade, pode ser uma excelente alternativa para àqueles que buscam a máxima efi ciência em relação a seus custos, seja pessoal, no caso do time sharing de imóveis de lazer e artigos de luxo, ou em relação à ativida-de comercial, com a divisão de parques industriais, depósitos, máquinas etc., de acordo com a necessidade do uso.

rafael Accioly

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CoNstRuiR diReito

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entrevistaO agrônomo Antônio José Chagas fala sobre as plantas em ambientes internos

ano III | nº 13 | setembro/outubro 2012

Visto de portugal O colunista Renato Leal comenta sobre o momento de buscar tecnologia

lei de resÍduos sÓlidoso que falta para ela pegar?

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FÓrum PernAmbuCAno de Construção sustentável www.movimentovidasustentavel.com.br

pRojeto BRe – laBoRatóRIo de casa com sIstemas sustentáveIs (londRes)Data: 04/10/2012Local: Recife/PE

avalIaçÃo do cIclo de vIda do pRoduto ceRÂmIco – pRojeto RetRofIt da secRetaRIa de RecuRsos hídRícos e eneRgétIcosData: 07/11/2012Local: Recife/PE

pRogRama de coleta seletIva da admInIstRaçÃo do estadoData: 05/12/2012Local: Recife/PE

Xiv FimAi / simai - FeirA e seminário internACionAl de meio Ambiente industriAl e sustentAbilidAdeData: 06/11/2012 a 08/11/2012Local: São Paulo/SP

Caro leitor,

A Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), foi discutida durante duas décadas até entrar em vigor em agosto de 2012. Entre a aprovação da lei e sua entrada em vigor, foram dados dois anos de prazo para que os municípios se adaptassem às novas exigências, mas, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, apenas 488 das 5.565 prefeituras estão aptas a receber verba federal para manejo do lixo. O que as empre-sas de construção estão fazendo para seguir a nova legislação você confere na reportagem de Aline Franceschini, que começa na página 80.

Na cobertura das edições de agosto e setembro do Fórum Pernambucano de Cons-trução Sustentável, parte integrante do Movimento Vida Sustentável, foram apre-sentadas tecnologias que permitem reduzir custos na obra, tanto por gerenciar as etapas do processo construtivo como por racionalizar o uso da energia na produção de água e refrigeração do ar, como mostra a repórter Juliana Outtes nas páginas 78 e 79.

A editora de conteúdo, Marianne Brito, conversou com o agrônomo Antônio José Chagas, um dos maiores conhecedores de plantas do Brasil. Nas páginas 76 e 77 está o resultado deste bate-papo, onde ele defende que a melhoria da qualidade do ar passa pela escolha das plantas certas, inclusive nos ambientes internos. O agrônomo ainda dá as dicas das plantas que se adaptam melhor a cada ambiente.

sumÁRio

ageNda

78 FÓRuMCobertura do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável de agosto e setembro apresentou tecnologias que reduzem custos na obra

82 BOAS PRátICAS72 COlunA Eu DIGO

74 COlunA vIStO DE PORtuGAl Para o colunista Renato Leal, chegou a hora de buscar tecnologia de produto, processo e gestão

76 EntREvIStAO agrônomo Antônio José da Cunha Chagas diz que ter plantas em ambientes internos melhora a qualidade do ar

80 CAPAA maioria dos municípios ainda não cumpre a Lei dos Resíduos Sólidos

ricardo Cricci

biodiversidAde e áreAs verdes sustentáveis

O mercado da construção civil susten-tável no Brasil cresce rapidamente,

e, com ele, uma série de normas e pre-missas para edifi cações de menor impac-to ambiental. Já são centenas de projetos certifi cados ou em busca pela certifi cação LEED, por exemplo, uma das mais requi-sitados no país.

Itens como economia de energia, obras limpas e um menor consumo de água são observados atentamente. Entre-tanto, um item importante para a susten-tabilidade dentro da realidade brasileira precisa receber mais atenção: as áreas verdes dos projetos.

O Brasil é considerado o país de maior biodiversidade do planeta, um patrimônio ambiental único. Os locais onde as cida-des brasileiras foram construídas também possuíam essa biodiversidade, com grande riqueza de fauna e fl ora que praticamente desapareceram com a rápida urbanização do último século. Para piorar, a vegetação escolhida nas cidades para enverdecê-las foi trazida de locais distantes e desconec-tada da riqueza natural herdada. Hoje, estima-se que 80% das plantas usadas no paisagismo e arborização urbana sejam de origem estrangeira, ou seja, exóticas.

O motivo de tais escolhas é cultural. Remete aos primeiros cultivadores imi-grantes europeus, que desconheciam jar-dins com a nossa fl ora e relegaram o nativo ao “mato” no mau sentido, o que causou historicamente sérios problemas ambien-tais como espécies invasoras, o desconhe-cimento da fl ora nativa pela população e a extinção de toda uma fauna especializada e interdependente há milênios.

Resgatar as espécies nativas locais – que ocorriam originalmente na região – deve ser considerada uma premissa básica para a sustentabilidade ecológica de edifi -cações verdes, com ao menos um percen-tual do projeto contemplando a biodiver-sidade autóctone e promovendo nichos

ecológicos para a fauna e maior equilíbrio ambiental urbano.

Áreas verdes sustentáveis ecologi-camente têm uma maior capacidade de serviços ambientais – os benefícios da ve-getação para a população urbana – e, atre-ladas ao uso de plantas com porte maiores, privilegiando arbustos e árvores e não so-mente forrações, podem fazer a diferença.

Pesquisando a Mata Atlântica e o Cer-rado foi possível, após diversos estudos, adaptar essas plantas para nossa tecnolo-gia de telhados verdes SkyGarden e criar o conceito de “Pocket Forests”, com espes-suras de substrato de 7 a 20 centímetros. A ideia se baseia em trazer pequenos frag-mentos de vegetação original e promotora de biodiversidade com tecnologia de leve-za e durabilidade para coberturas e lajes em edifi cações inseridas junto ao paisagis-mo convencional.

Aliar a estética do paisagismo com a recriação da biodiversidade nativa local nas cidades brasileiras. Esse deve ser o norte das áreas verdes de edifi cações sustentáveis.

Ricardo Cardim é diretor da SkyGarden Telhados e Paredes Verdes

o resgate tecnológico de espécies nativas locais em edifi cações verdes promove equilíbrio ambiental urbano e retoma a identidade brasileira

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renato leal

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Visto de poRtugal

o momento dA virAdA

F echado o primeiro ciclo de cresci-mento do setor da construção no

Nordeste do Brasil, temos alguns sinais e informações que merecem alguma aten-ção. Os preços já estão no seu teto ou muito próximo dele, na maior parte do segmentos. As vendas já não são como dantes, apesar de haver ainda um grande défi cit habitacional, e alguma apetência em algumas cidades. A lucratividade, em fun-ção do aumento de preços de praticamente todos os insumos, vem se reduzindo. Espe-cifi camente nas habitações populares, esta questão é mais acentuada. Já tenho ouvido falar entre os empresários do setor, que chegou a hora de buscar tecnologia – de produto, processo e gestão – e de diferen-ciar os seu produtos no mercado. Está tudo a mexer.

Abaixo, um conjunto de perguntas que sugiro passem a fazer parte do dia a dia das empresas da construção:

1. NOVOS MATERIAIS: Os materiais utlizados na construção são os mais ade-quados ao nosso clima? Atendem à ten-dência mundial de construção no sentido de melhorar o conforto térmico e o custo de energia para o usuário fi nal? Quando se disseminarão os estudos de ciclo de vida de produto, de maneira a não mais edifi -carmos utilizando produtos danosos ao meio ambiente? Estes novos materiais são racionalizadores do uso de mão de obra?

2. SISTEMAS CONSTRUTIVOS: Será que ainda é rentável se construir casas po-pulares de uma forma semi-artesanal, ou teremos que saltar para a montagem de ca-sas fabricadas em indústrias, com grandes economias de escala e velocidade de pro-dução, e montadas nas obras? Os custos, a escassez e a pouca especialização de mão de obra não serão sufi cientes para ser adotado um modelo construtivo mais industrial; in-tensivo em equipamento e tecnologia, mais

previsível em termos de custos e prazos; e que não dependa tanto da mão de obra lo-cal? Em algumas cidades, encontrar mão de obra qualifi cada tem sido tarefa quase im-possível por parte das empresas.

3. MELHORA NO SISTEMA DE GESTÃO: O BIM – recentemente apresentado num dos Fóruns do Movimento Vida Sustentável – já está sendo amplamente utilizado pelo mun-do desenvolvido, agregando à atividade da construção mais planejamento de obra eco-nômico-fi nanceiro, modelagem, integração e fi abilidade nas informações. Será que a reação será a mesma, quando começaram a ser ins-talados os primeiros ERPs nas empresas in-dustriais e comerciais? Haverá críticas quanto às difi culdades de implementação? E reações às inovações? Dirão que não funcionará no Brasil? Que aqui é diferente? Que só funciona em grandes empresas? A realidade nos mos-tra hoje que é quase universal a utilização dos ERPs nas empresas industriais e comerciais. Mesmo em médias empresas.

4. A RENOVAÇÃO NOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS: Muitos dos

projetos arquitetônicos mais arrojados simplesmente não consideram as carac-terísticas ambientais do nosso país. Será possível compatibilizar a estética com o nosso clima? Poderemos desenvovlver um modelo arquitetônico mais adequado.

5. PREPARAÇÃO DA MÃO DE OBRA PARA ESTA NOVA REALIDADE: Como andam os programas de formação de mão de obra nas empresas, para ade-quá-la a um padrão contruitivo com mais produtividade e qualidade? E as universi-dades e escolas técnicas?

Na verdade, poderíamos chegar facilmen-te a dez ou mais perguntas, sendo estas, talvez, as mais relevantes. O que importa aqui é evidenciar a ideia de que o setor da construção está no momento mais propí-cio a acelerar esta “revolução industrial da construção civil”. E não pode perdê-lo.

Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em [email protected]

o bem Que A PlAntA FAZ

o agrônomo antônio josé chagas dedicou a vida ao estudo das plantas. costuma lembrar que a planta é que nos dá a condição de respirar, o que garante a vida. autor do livro características das flores tropicais na Zona da mata de pernambuco, josé antônio chagas é um defensor do uso de plantas dentro das residências, não só para embelezar os ambientes, mas principalmente para melhorar a qualidade do ar que respiramos.

A qualidade do ar em ambientes inter-nos é considerada um dos cinco pro-blemas de saúde pública do mundo. Onde as plantas podem ajudar a com-bater os gases tóxicos?Quando a nave Skylab voltou de órbita, no ano de 1979, os cientistas da Nasa detectaram muitos gases tóxicos dentro dela. Foi quando o William Wolverson resolveu pesquisar as plantas que mais purificam o ar. Ele mandou fazer uma casa fechada no Centro Espacial da Nasa e colocou dentro dela cem tipos diferen-tes de plantas. Todo dia, eram injetados gases tóxicos para medir quatro variá-veis: a planta que conseguia viver sem ver o sol, mas recebendo luminosidade indireta; a planta que, neste ambiente fechado e com gases, resistia a pragas e doenças; a planta que era fácil de culti-var; e a que ajudava a melhorar a quali-dade do ar.

por marianne Brito

antônio josé chagas

Qual o resultado desta pesquisa?Foram selecionadas cinquenta plantas que deram melhor resultado. A que ti-rou a nota mais alta a gente chama de Areca bambu. É uma planta muito co-mum, mas ela tirou nota 8,5 e chega a transpirar um litro de água em 24 horas. Era uma planta para se ter dentro de to-das as casas, principalmente em lugares secos como Brasília.

Dentro de casa, ela ficaria bem em que ambiente?Perto de uma janela, onde a luminosida-de entrasse com mais intensidade; pode ser no quarto ou na sala.

Que outras descobertas foram feitas para melhorar a qualidade do ar?A Ficus elastica, por exemplo, é a plan-ta que mais absorve formaldeído dentro de casa. Ela já foi considerada a melhor

planta da Era Vitoriana. Em absorção de gás tóxico, que é o mais importante que a gente quer, ela teve nota 9. Só em transpiração ela tirou 7, uma nota re-lativamente baixa. Essa eu colocaria até um pouco afastada da luminosidade.

Por que as árvores caem nas ruas com mais frequência a cada inverno?Por idade e por maus-tratos. Então o que acontece: toda água que entra para ela vem pelo seu próprio tronco e cai tudo ali no lugar onde ela vai respirar. A tendência no futuro é substituirmos essas árvores por palmeiras, que só pre-cisam de um metro quadrado de espaço para crescer e têm uma função de puri-ficadoras do ar. Dizem que não se deve ter plantas den-tro do quarto, é verdade?A quantidade de gás carbônico que sai

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entrevista

“Gostaria de ver Suape arborizado com palmeiras. Elas têm uma capacidade de purificação do ar fantástica.De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o ideal é que você tenha 12 m³ de plantas para cada habitante”

das plantas é mínima. Você nunca ouviu dizer que alguém dentro de uma floresta fechada passou mal por falta de ar. Pode haver uma restrição a planta de flores no quarto por questão de alergia apenas.

Existe um limite máximo de plantas para se ter em ambientes fechados?Para mais não, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde o ideal é que você tenha 12 m³ de plantas para cada habitante. Aqui, no Recife, calculo que não chega a 1,5 m³ de plantas por ha-bitante. Sabemos que uma planta a cada 9 m³ já é suficiente para purificar o ar.

Os imóveis estão sendo planeja-dos para ter plantas em quantidade suficiente?No Recife existe uma lei de uso do solo que determina que ¼ da área de cons-trução ao redor do edifício deve ser li-vre para se ter plantas. Eu não encontro

O que o senhor acha dos chamados prédios verdes?Eu acho muito mais fácil plantar em toda a parede, em todo o muro, porque a planta tem uma força vital fantástica. Ela, além de purificar o ar e liberar oxi-gênio para a gente, também absorve o ruído e o calor.

Que cuidados se deve ter com as plantas?Não molhar demais. Deixar secar um pouquinho pra molhar de novo. Deve-se colocar o dedo no extrato e se vier limpo pode molhar, mas, se vier sujo, não. A planta respira pela raiz e pode afogar.

Qual um sonho seu?Gostaria de ver Suape arborizado com palmeiras, porque ela é de tronco único, não toma espaço, tem uma capacidade de purificação do ar fantástica e embeleza o local. Das 2.500 espécies de palmeiras, eu tenho 85 plantadas na minha chácara.

nenhum prédio que tenha deixado a área circunvizinha em terra viva, com plantas. Isso permitiria a infiltração da água.

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eConomiZAr semPrefórum pernambucano apresentou, nas edições de agosto e setembro, tecnologias que permitem reduzir custos na obra, tanto por gerenciar as etapas do processo construtivo como por racionalizar o uso da energia na produção de água e refrigeração do ar

por juliana outtes

Novas tecnologias construtivas estão em constante desenvolvimento. En-

tretanto, algumas não tão recentes come-çam a ganhar destaque no cenário da cons-trução civil. É o caso da plataforma Building Information Modelling (BIM), que foi tema do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável do mês de agosto. O BIM sur-giu na década de 1980, através da empresa húngara Graphisoft, pioneira no sistema in-tegrado de gerenciamento de obras.

Segundo Max Andrade, arquiteto e professor da Universidade Federal de Ala-goas (UFAL), que apresentou a primeira

palestra sobre o tema, o BIM é mais que uma ferramenta computacional. “A pla-taforma BIM reúne, num só sistema de gestão e compartilhamento de informação, os conceitos de políticas, procedimentos e tecnologias empregados no decorrer da obra”, definiu. Como pontos positivos da utilização dessa plataforma, Andrade des-tacou que o BIM permite centralizar todas as informações no mesmo lugar, que po-dem ser compartilhadas com facilidade e gerenciadas no próprio sistema.

Outro ponto positivo da plataforma abordado no Fórum foi a melhoria da

construtibilidade, uma vez que o BIM possibilita a construção de protótipos em 3D do projeto. Também é possível simular o término da construção geren-ciada pelo BIM com condições de tem-po, materiais e pessoal diferentes. Isso faz com que os profissionais que super-visionam o projeto possam acompanhar detalhadamente cada processo.

O palestrante Miguel Krippahl, ge-rente de desenvolvimento de negócios da Graphisoft, apresentou a situação do uso da plataforma no Brasil e no mun-do. “O momento atual é favorável para a

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FÓRUM

construção civil, embora ainda seja bai-xo o percentual de empresas no mundo que utilizam o BIM.” De acordo com Krippahl, há uma procura crescente pela plataforma no Brasil, pois as cons-trutoras estão conseguindo reduzir seus custos e acelerar as obras com a tec-nologia. No entanto, ele destacou que, para o BIM ser bem-sucedido, é preciso haver uma modificação gradual envol-vendo toda a equipe. Entre os clientes da Graphisoft que já utilizam a platafor-ma, estão desde arquitetos autônomos a fábricas japonesas com mais de 1.500 funcionários, obtendo bons resultados com o sistema.

A edição de setembro do Fórum trou-xe aos participantes, presentes no auditó-rio do Sinduscon-PE, soluções para eco-nomizar energia com o uso de sistemas de pressurização de bombas. Na ocasião, Bruno César Beltrão, da Grundfos Brasil, analisou o uso de bombas nas edificações e seus reflexos nos gastos com energia

elétrica. “Dos 10 anos de operação de uma bomba, 85% é gasto com energia. Esses equipamentos consomem cerca de 10% da energia mundial”, afirmou.

Uma das alternativas para atingir a eficiência energética é a utilização de bombas de alta eficiência. Elas funcio-nam com o uso de um pressurizador, com bombas em paralelo, que diferem das comuns por terem menor potência, o que lhes confere rendimentos melhores e velocidade variável. A redução de ener-gia acontece porque esse sistema não opera na vazão máxima como as bombas comuns, mas se adapta de acordo com a demanda por água. Como esse sistema dispensa a construção de reservatório de água na parte superior da obra, dimi-nuem os riscos de contaminação.

A eficiência energética também foi tema da palestra de Francisco Dantas, da Interplan. O engenheiro detalhou o funcionamento do sistema de ar condi-cionado RioMar Shopping, no Recife.

Para o empreendimento, foi implantado um sistema híbrido de refrigeração, com partes trabalhando em diferentes tempe-raturas e 25% do equipamento destinado a tratar o ar externo, que é recuperado e tem a umidade retirada.

Em sua apresentação, Dantas desta-cou ainda a utilização de dois tanques de termoacumulação no sistema de ar condicionado do RioMar. Os reserva-tórios mantêm a água em temperaturas entre 16°C e 18°C, facilitando o resfria-mento do ar. Para otimizar a refrigeração do centro de compras, o projeto prevê também a instalação de microdutos de refrigeração em todo o piso. Segundo o engenheiro da Interplan, essa tecno-logia se reflete na economia de energia do shopping, que tem previsão de inau-guração no fim de outubro e já recebeu certificação. “O RioMar conseguiu o selo AQUA e deve receber o selo Procel, o que prova que a construção foi feita de maneira sustentável”, contou.

FÓRUM

Começou a vigorar no último mês de agosto, a lei nº 12.305, que institui

a política nacional de Resíduos sólidos (pnRs). sancionada em 2010, após quase duas décadas de discussões, a lei criou um marco regulatório para o setor no Brasil. ela faz a distinção entre resíduo (material que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não pode ser reutilizado). fica proibido lançar qualquer um dos dois a céu aberto – com exceção para os resídu-os provenientes da mineração –, em praias, no mar ou em rios. também está proibida a queima de materiais a céu aberto ou em instalações não licenciadas. com essas medidas, espera-se alcançar um dos prin-cipais objetivos da pnRs: “não geração, redução, reutilização, reciclagem e trata-mento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequa-da dos rejeitos”.

entre a aprovação da lei e sua entrada em vigor, foram dados dois anos de prazo para que os municípios se adaptassem às novas exigências. as prefeituras deve-riam elaborar planos de gestão de resí-duos sólidos que incluíssem coleta se-letiva, reciclagem, destinação em aterro sanitário, desativação de lixões e implan-tação de logística reversa, entre outros ítens. a lei prevê que os repasses fede-rais destinados a essa área só poderão ser feitos para cidades que apresentarem seus projetos. mesmo assim, no início de agosto, mais de 90% dos municípios bra-sileiros ainda não haviam concluído seus planos de resíduos sólidos. de acordo com dados do ministério do meio am-biente divulgados naquele mês, apenas 291 cidades tinham projetos aprovados, enquanto outros 197 estavam em apro-vação. ou seja, 488 das 5.565 prefeituras estão aptas a receber verba federal para manejo do lixo.

A lei dos resÍduos AindA vAi PegArprazo teve de sobra para as prefeituras se prepararem para a nova política nacional de Resíduos sólidos, mas a maioria dos municípios ainda não estão preparados para cumprir a leipor aline franceschini

por outro lado, mesmo antes da aprova-ção da lei, o setor empresarial já contava com alguns exemplos de iniciativas para reduzir a geração de resíduos. “algumas empresas, multinacionais principalmente, já se preocupavam com o ciclo de vida do produto. mas, como não havia a obrigato-riedade de estruturar a logística reversa, ou o que alguns chamam de responsabilidade pós-consumo, elas estavam focadas no produto em si, e não na sua disposição final ambientalmente adequada”, afirma Fabri-cio soler, coordenador do departamento de meio ambiente e sustentabilidade do escritório felsberg e associados.

a logística reversa, um dos principais pontos do pnRs, corresponde a um con-junto de procedimentos encadeados entre poder público, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumi-dores, com o objetivo de viabilizar a coleta do resíduo e o retorno do mesmo ao setor empresarial. com esse sistema, as empre-sas não podem mais se preocupar apenas com a maneira de colocar o produto no mercado – elas também devem recolher o

resíduo resultante, seja a embalagem ou o próprio produto descartado após uso. de acordo com soler, cada setor possui uma obrigação específica dentro desse pro-cesso. “os comerciantes e distribuidores têm a obrigação de receber os resíduos dos consumidores e devolvê-los aos fabri-cantes e importadores. estes, por sua vez, têm a obrigação de dar uma destinação ambientalmente adequada aos resíduos. a prefeitura tem o papel de estruturar o sistema”, explica soler. caso a prefeitura adote medidas que são de responsabilida-de da esfera privada, ela poderá ser remu-nerada pelo serviço prestado.

no setor da construção civil, as empre-sas vêm tratando seus resíduos sólidos de acordo com a Resolução 307 do conselho nacional do meio ambiente (conama), estabelecida em 2002. segundo o enge-nheiro serapião Bispo, diretor de ciência e tecnologia do sindicato da Indústria da construção civil no estado de pernam-buco (sinduscon/pe), a resolução criou um caminho para a gestão dos resíduos do setor em todo o país. “a resolução do

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conama começou a estabelecer objetivos, métodos, práticas, requisitos e atribuições para os municípios e para os geradores de resíduos. então, essa resolução, até agora, é o grande direcionador do setor da cons-trução no Brasil”, afirma.

a câmara Brasileira da Indústria da construção (cBIc) vem, desde 2002, trabalhando na aplicação da resolução do conama. os três estados onde esse processo está mais adiantado são per-nambuco, são paulo e minas gerais, com destaque para este último, onde o po-der público está mais atuante, criando parcerias com as empresas do setor. em pernambuco, o sinduscon estadual não recebe apoio adequado do poder público. “não conseguimos colocar a resolução para funcionar em sua plenitude porque os municípios não fizeram a sua parte. É impossível colocar uma gestão de resídu-os para rodar dentro de seu ciclo virtuoso sem o governo estar presente. a lei nº 12.305 precisava ser aprovada para que

os municípios criassem suas gestões de resíduos”, critica Bispo.

de acordo com fabricio soler, o plano nacional de Resíduos sólidos está em fase de implantação, apesar do prazo de dois anos estipulado pelo governo já estar ter-minado. “hoje, a parte mais importante desse processo no setor público é a obri-gação que as prefeituras têm de implan-tar sistemas de coleta seletiva. Isso é o passo fundamental”, ressalta o advogado. enquanto isso, as empresas estão estrutu-rando o sistema de logística reversa, que entrará em funcionamento a partir da as-sinatura do acordo setorial, que está pre-vista para o primeiro semestre de 2013. “eu, particularmente, entendo que será um impacto não só positivo para o setor

industrial, mas principalmente para a socieda-de, que terá que enxergar uma nova forma de gerenciar seus resíduos dentro de casa. trata-se de uma revolução que é cultural, traz uma nova postura do cidadão”, acrescenta soler.

segundo serapião Bispo, o pnRs é importan-te também para o meio ambiente, pois mostra aos setores industriais, inclusive o da construção civil, que o resíduo gerado pode ser um copro-duto. “não existe cidade sustentável sem o tripé gestão de resíduo, sistema viário e assistência dos seus equipamentos. e a gestão de resíduos, em qualquer lugar do mundo, não busca só or-ganizar o setor, mas reduzir a geração e trans-formar o que foi gerado em coproduto”, afirma o engenheiro. atualmente, o setor da construção civil é um dos que mais conseguem reaproveitar resíduos, com uma taxa superior a 95%.

A lei prevê que os repasses federais destinados ao setor dos resíduos sólidos só poderão ser feitos para cidades que apresentarem seus projetos

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umA CAsA esPeCiAla construção de uma casa sustentável marcou o v seminário pernambucano de construção sustentável, promovido pelo sinduscon/pe, em conjunto com a Revista construir nordeste e a secretaria de Recursos hídricos e energéticos

por yuri assis

A quinta edição do Seminário Pernam-bucano de Construção Sustentável

teve como principal objetivo conscientizar a cadeia produtiva da construção civil para as vantagens da utilização de materiais de menor impacto ambiental, bem como o em-prego de medidas e soluções de reaproveita-mento de resíduos e gestão dos recursos usa-dos nas obras, e as certificações energéticas.

Uma casa de 35 m² foi construída na sede do Sindicato da Indústria de Cons-trução Civil, no Recife, usando os princí-pios da sustentabilidade. “Estamos lidando com materiais que estão no mercado há mais de 10 anos, ou seja, que não são exa-tamente novidade. Contudo, falta conheci-mento, apesar do potencial e do interesse de investir”, afirma Serapião Bispo, diretor de Ciência e Tecnologia do Sinduscon/PE. “O mercado da construção civil tem plena

capacidade de alçar um nível superior de execução, com o qual são beneficiados construtor e cliente”, conclui.

A casa levou seis dias para ficar pronta, usando os elementos da sustentabilidade: planejamento, construção, operação e ma-nutenção eficientes e de baixo custo. Além disso, quando a casa for destruída, todos os materiais poderão ser reaproveitados. Foram usados apenas sistemas constru-tivos industrializados. As portas são de madeira certificada, com fabricação con-trolada do plantio até a instalação, e che-gam prontas com as ferragens, para serem instaladas. Para fazer o isolamento térmico e acústico, foi usado um material à base de plástico. Para cada metro quadrado, foram necessárias setenta garrafas PET.

Toda a estrutura da casa tem perfis le-ves, chapa cimentícia e acartonado. A obra

não utilizou água nem produziu resíduos, seguindo o método de construção a seco. Quatro placas fotovoltaicas produzem energia suficiente para o imóvel, que tem sala, cozinha, um quarto e um banheiro. A energia solar esquenta a água do banho, que é responsável por cerca de 40% da con-ta de energia elétrica. A água esquentada na cozinha pode ser usada para lavar louça, o que reduz o uso de detergente e aumenta a vida útil das tubulações. O sistema de refrigeração, outro vilão do consumo de energia, ganhou atenção especial. Foi feito o isolamento da tubulação do ar-condicio-nado, o que garante de 8 a 10% de redução no consumo. O ar-condicionado utiliza gás ecológico, que não produz o efeito estufa, além de utilizar o sistema invert – que atin-ge rapidamente a temperatura desejada, que é mantida com pouca oscilação.

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Boas práticas

A tAriFA CAiuo mercado avalia as novas perspectivas após a redução da tarifa de energia elétrica anunciada pela presidente Dilma Rousseff

C erca de 15% do valor dos imóveis residenciais são creditados a des-

pesas com energia elétrica, utilizada durante o período de construção. O nú-mero é resultado de um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pes-quisas Econômicas (Fipe), que aponta a construção civil como um dos setores mais prejudicados pelo alto custo da energia no Brasil. O pacote de reajustes anunciado pela presidente Dilma Rous-seff, no último mês, foi bem recebido por amortizar o impacto econômico nas indústrias de construção. Só não dá para dizer que tranquilizou o setor.

Hoje, o Brasil tem a quarta tarifa de energia elétrica mais cara do mundo, atrás apenas da Itália, Turquia e Re-pública Tcheca, de acordo com estudo recente divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O consumidor brasileiro paga R$ 329 por cada KWh, mas nem todo o valor é referente ao custo de produção e distribuição da energia. “No Brasil, os componentes adicionados à conta de energia elétrica elevam significa-tivamente seus custos. O consumidor paga aproximadamente 30% da tarifa pela energia, 6% pela transmissão e 25% pela distribuição, além de demais encargos e tributos”, explica Eduardo Jatobá, gerente da Divisão de Eficiência Energética e Desenvolvimento Tecno-lógico da Chesf.

O pacote divulgado por Dilma ga-rantiu aos consumidores industriais um benefício de até 28% na redução da conta de energia e 16,2% aos consumi-dores residenciais. “Nenhum dos dois cenários nos deixa próximo da média mundial. Hoje, o Brasil tem o valor da sua energia 53% acima dessa média.

por gabriela Bezerra

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O reajuste chegou em boa hora, mas temos espaço para maiores reduções. Ainda há muitos impostos e encargos”, avalia Carlos Faria, presidente da Asso-ciação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace). Hoje, a conta de ener-gia elétrica está atrelada a 23 impostos e 13 encargos. A cobrança por um rea-juste maior está em sintonia com a ne-cessidade de melhorar a infraestrutura das cidades-sedes da Copa do Mundo, já que grandes obras estão previstas.

Para atingir esse desconto médio de 20% foi necessária a eliminação de dois encargos das contas – a Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) –, além da alteração no valor da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável pelo subsídio de tarifas de energia dos consumidores de baixa

renda, que será reduzido a 25% do va-lor original. Essas alterações represen-tam 7% do total do desconto. Os outros 13% serão atingidos após novos cálcu-los de tarifas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que devem ser realizados até março de 2013. “É necessário um desconto médio de 35% para alcançar a média mundial e colo-car o Brasil em patamar de competiti-vidade”, comenta Carlos.

O alto custo energético tem um im-pacto negativo no setor da construção civil, conforme aponta Eduardo Jatobá: “A significativa participação dos tribu-tos promove uma elevação dos preços dos produtos e por consequência al-guns insumos são afetados de sobre-maneira, comprometendo a competiti-vidade e encarecendo o custo final das habitações”. E também tem reflexo no

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Economia & nEgócio

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mercado imobiliário, impedindo o seu crescimento. “Algumas contas pagas mensalmente têm o valor da ordem da parcela do financiamento da habita-ção. Isso concorre com a segurança na adimplência contratual, as expectati-vas de aquisições de novos imóveis e o consequente desenvolvimento de novos mercados”, completa.

Apesar da redução só entrar em vi-gor em janeiro do próximo ano, os seus impactos no setor da construção já po-dem ser mensurados. “As medidas ser-virão de base para se ampliar a oferta de produtos para a construção civil, com preços mais atrativos e tendo como consequência o surgimento de novas e melhores oportunidades para esse se-tor da economia, o que contribui para a maior geração de postos de trabalho, a redução do déficit habitacional do Bra-sil, e a ampliação do mercado de novas moradias”, estima Eduardo. Também já são especuladas as consequências do re-ajuste na economia brasileira como um

todo. Pelo estudo da Fipe, se as tarifas caírem na média 10% – considerando as contas da indústria e das residências –, o Produto Interno Bruto (PIB) seria

5% maior até 2020, as exportações bra-sileiras aumentariam R$ 60 bilhões e seriam gerados 4,5 milhões de empre-gos nesse período.

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Economia & nEgócio

Economia & nEgócio

nÍvel de tensão eFeito dos enCArgoseFeito dA renovAção dos

ContrAtos de trAnsmissão e gerAção

eFeito dA renovAção dos ContrAtos de gerAção

A1 -10,8% -17,2% -28,0%

A2 -9,3% -15,5% -24,7%

A3 -6,9% -14,5% -21,5%

A3a -7,4% -12,6% -20,0%

A4 -6,8% -12,6% -19,4%

As -6,8% -12,8% -19,7%

BT -5,4% -10,8% -16,2%

Efeito Médio -7,0% -13,2% -20,2%

resumo dos impactos sobre as tarifas de energia

Fonte: Aneel

AbtelhAs | ColoridAs e eColÓgiCAsAs telhas de cimento defi nitivamente ganharam a preferência dos arquitetos e das construtoras, tendo em vista suas vantagens, dentre outras, praticidade na sua montagem; resistência; custo; design avan-çado; variação de cores com a utilização de pigmento; baixa absorção de água; perfeito encaixe; além de garantia de 20 anos.  A ABtelhas possui um portfólio para atender todas as necessidades de projetos arquitetônicos, contando desde a telha tradicional à telha plana, com seus diversos complementos e variações de cores.

aBBlocos- QualidadE E GarantiaEm pleno interior Pernambucano, mais preci-samente em Arcoverde (PE), surgiu a primeira fábrica de blocos de concreto, meio-fi o e blocos intertravados do sertão.

Destinado a atender uma demanda cres-cente na busca pela melhor opção construtiva, alinhado a qualidade, a ABblocos com seu cri-terioso processo de fabricação vem suprir essa necessidade do mercado local.

teleFone 81 36211165 | sites  www.abblocos.com.br  e  wwww.abtelhas.com.br

Nelson Benevides - Diretor Comercial 

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iNfoRme publiCitÁRio

gruPo AndrAde benevidesinveste em PernAmbuCo

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O Grupo Andrade Benevides, distri-buidor do cimento Campeão, in-

vestiu este ano em duas estratégias para o seu desenvolvimento; uma fábrica de telhas de cimento ABtelhas em Lagoa do Carro (PE) e uma fábrica de blocos e pi-sos intertravados (Pavers) a ABblocos em Arcoverde (PE).

Ao instalar as duas fábricas em regiões diferentes, sua pretensão é atingir mais facilmente todo o estado de Pernambuco e regiões vizinhas na implantação de seus projetos em conjunto com a venda direta de seus produtos, pois, utilizando trans-portadora própria, otimiza seus fretes com cargas de ida e volta.

Por que duas fábricas específi cas? Inicialmente tem a ver com o que é ecologicamente recomendável e com a sustentabilidade, tendo em vista que o grupo busca o aprimoramento destes princípios como meta essencial do seu trabalho, não utilizando os produtos si-milares tradicionais feitos a base de ar-gila, ou seja, telhas, tijolos e blocos por agredirem em demasia o meio ambiente, devido à queima da madeira, carvão e gás necessários a sua produção.

Fora os dois empreendimentos, o gru-po, através da Construtora Andrade Bene-vides, tem direcionado o foco no desenvol-vimento habitacional com a utilização de pré-fabricados de cimento, visando confor-to, tecnologia avançada e sustentabilidade em todas as etapas da construção.

Economia & nEgócio

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AlugAr vAle A PenAa locação de equipamentos evita gastos com manutenção e armazenamento

A lugar em vez de comprar. A tendência que vem se desenvolvendo em diver-

sos mercados está em consolidação no seg-mento da construção civil. É o que aponta o presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas de Pernambuco (Sindileq-PE), Reynaldo Fraiha. Segundo o executivo, o mercado de locação em Pernambuco cresce-rá em média superior à do mercado nacional até 2013, quando estabilizará e terá o mesmo porte. “Hoje percebemos que o mercado de construção funciona com nichos, com atua-ções de setor. A locação chega num momen-to propício, visto essa condição”, explica.

Na verdade, alugar equipamentos pou-pa muitas “dores de cabeça”. Não é neces-sário, por exemplo, montar uma estrutura

física para manutenção e armazenamento, o que já implica em corte no orçamento. “Caso o equipamento quebre, o que ocorre é apenas a sua substituição, e os cuidados ficam por conta da locadora”, esclarece Rey-naldo Fraiha. A locação ainda sai na fren-te quando se leva em conta o menor custo operacional, o fato de não ser necessária captação de recursos externos, além de evi-tar a formação de estoque de peças e equi-pe técnica voltada para os cuidados com o equipamento. Optar pela compra, contudo, pode ser vantajoso, caso seja considerado o ganho financeiro com o gerenciamento dos custos de manutenção, e a disponibilidade de crédito de baixo custo para aquisição. Fora isso, existem empresas especializadas no conserto dos equipamentos.

por yuri assis

As estatísticas recentes do desempe-nho da economia brasileira, me-

didas pelo PIB no 1º semestre de 2012, revelaram que a expansão nacional foi modesta (0,6%), comparada a igual perí-odo de 2011. Observando a contribuição dos diversos setores para esse resultado, verifica-se que houve recuo no Agrope-cuário (-3,0%) e no Industrial (-1,2%), com crescimento apenas no de Serviços (+1,5%). Mas mesmo com desempenho negativo no cômputo geral, o setor In-dustrial, quando desmembrado, revela que a atividade da construção civil teve elevação de 2,4%. Ou seja, se não fosse esse desempenho, o recuo de 1,2% teria sido ainda maior e, consequentemente, o PIB global de 0,6%, provavelmente, teria sido negativo.

Analisando esses mesmos números, para um dos estados que mais cresce no país, Pernambuco, observamos que o PIB global no 1º semestre cresceu 2,8%, resul-tado acima do PIB Brasil. Setorialmente, temos a Agropecuária pernambucana com retração de 12,8%, Serviços com crescimento de 2,6% e a Indústria com elevação de 6,0%. E, da mesma forma, foi o comportamento da indústria da cons-trução civil, com expansão de 10,2% no semestre, que fez a diferença no indicador final da economia de Pernambuco.

Crescer é sempre muito bom, sobretu-do, quando se tem a expansão do empre-go para uma massa expressiva de traba-lhadores. Isso é o retrato fiel do Brasil nos últimos anos!

Os números coletados pelo Ministério do Trabalho e Emprego dão conta que de 2007 para 2012 (até julho) o contingente de trabalhadores na indústria da constru-ção no Brasil cresceu 83,6% (tabela). Um número de encher os olhos de qualquer economia asiática!

Fazendo um corte estadual nessa análise, e elegendo para exemplo dois

Estados do Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) e dois do Nordeste (Pernambu-co e Bahia), observamos que o emprego cresce em todas as direções. Entretanto, vale ressaltar a expansão de 186,2% na quantidade de empregos no setor cons-trutivo em Pernambuco. Essa expansão, estatisticamente considerada gigantesca, é vista a olho nu por quem circula pelo Estado, atualmente caracterizado como um grande canteiro de obras.

A inclusão social, vinda do empre-go num dos setores mais importantes da economia, é um fato a celebrar, pois sabemos que esse tipo de crescimento é estruturante e gera possibilidades dignas de se viver nesse novo Brasil. Moradias, estradas, hospitais, escolas, escritórios, hotéis, por exemplo, todos erguidos por esses trabalhadores, são elementos agre-gadores de um bem viver.

Mônica Mercês é economista, Assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da Diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvi-mento Imobiliário (QGDI).

loCAis seleCionAdos 2007 2011 2012 2012* 2012*/

2007 (%)

Pernambuco 54.190 122.908 144.169 155.091 186,2

Bahia 87.015 153.474 190.837 224.052 157,5

Rio de Janeiro 158.096 224.662 266.413 315.295 99,4

São Paulo 434.496 633.882 642.705 650.121 49,6

Brasil 1.617.989 2.508.922 2.734.067 2.971.146 83,6

Empregos na construção civil (2007-2012*)

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS 2007/2010 e CAGED 2011 e 2012 (*) 2012: Dados até julho

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mônica mercês

emPrego nA Construção Civil: A grAnde inClusão nos últimos CinCo Anos

| SEt/Out 2012PB | SEt/Out 2012 | | 89

Construir EConomia

observAçÕes: Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²),

calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”.

“Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebai-xamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardi-namento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, pro-jetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.”

ProJetos PAdrão de ACAbAmento

ProJetos PAdrÕes r$/ m²

vAriAção PerCentuAl

mensAl ACumulAdo no Ano

ACum. em 12 mEsEs

RESIDENCIAIS

R-1 (Residência Unifamiliar)

Baixo R-1-B 1.024,21 0,36% 3,52% 11,60%

Normal R-1-N 1.239,80 0,38% 3,42% 11,18%

Alto R-1-A 1.590,46 0,30% 3,58% 10,30%

PP-4 (Prédio Popular)

Baixo PP-4-B 949,23 0,34% 2,77% 10,15%

Normal PP-4-N 1.166,65 0,32% 3,44% 11,57%

R-8 (Residência Multifamiliar)

Baixo R-8-B 898,07 0,31% 2,79% 10,33%

Normal R-8-N 1.001,67 0,31% 2,91% 10,64%

Alto R-8-A 1.279,67 0,29% 3,78% 11,03%

R-16 (Residência Multifamiliar)

Normal R-16-N 978,31 0,30% 2,89% 10,44%

Alto R-16-A 1.262,47 0,54% 2,93% 10,42%

PIS (Projeto de Interesse Social)

PIS 678,25 0,44% 3,27% 11,39%

RP1Q (Residência Popular)

RP1Q 967,66 0,62% 1,85% 10,82%

COMERCIAIS

CAL-8 (Comercial Andares Livres)

Normal CAL-8-N 1.131,00 0,25% 2,80% 11,07%

Alto CAL-8-A 1.245,89 0,25% 3,53% 11,59%

CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)

Normal CSL-8-N 960,29 0,31% 2,63% 10,88%

Alto CSL-8-A 1.087,92 0,31% 3,81% 12,13%

CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)

Normal CSL-16-N 1.279,99 0,32% 2,52% 10,66%

Alto CSL-16-A 1.449,37 0,31% 3,68% 11,85%

GI (Galpão Industrial)

GI 546,13 0,38% 2,04% 10,51%

Em aGosto dE 2012

Cub – Custo unitário básico da Construção

danyelle monteiro*

tendênCiA dAs vendAs É de imÓveis residenCiAis menores

| SEt/Out 201292 |92 |

iNdiCadoRes iVV

C oncluído o 1º semestre de 2012, os números apresentados pela pesqui-

sa mensal do IVV (Índice de Velocidade de Vendas) de imóveis novos comercia-lizados na Região Metropolitana de Re-cife não param de surpreender.

Em junho de 2012 o índice fechou em 19,6%, maior índice para um mês de ju-nho desde 2001, enquanto que em julho o mesmo computou 10,7%, apresentando uma média anual compatível com os re-sultados de 2010, melhor ano para o setor imobiliário de Pernambuco.

Fatores como o desenvolvimento de Suape, projetos estruturadores e Copa do Mundo de 2014 são algumas das variáveis que explicam o desempenho do setor. A cada dia que passa, novas empresas se ins-talam no Estado, gerando mais emprego

e renda, além do efeito multiplicador na economia, impactando também no setor imobiliário e toda sua cadeia produtiva.

Ao focarmos nossa análise no perfi l dos imóveis comercializados, constatamos que o mercado de imóveis residenciais novos do Grande Recife está aquecido para imó-veis em todas as segmentações, com um quarto social, dois, três e quatro quartos sociais ou mais. Ao avaliarmos o período de 2008 a julho de 2012, para os imóveis com apenas um quarto social, em termos percentuais, a curva das vendas se situou na maior parte do período acima da curva das ofertas, enquanto que os imóveis com dois quartos sociais oscilou mais e a par-tir de março de 2012, a curva das vendas situou-se acima da curva das ofertas em termos percentuais.

No que diz respeito aos apartamentos com três quartos sociais, desde agosto de 2011 que as vendas situam-se abaixo das ofertas ininterruptamente, enquanto que para os imóveis com quatro quartos sociais ou mais, o gráfi co aponta para um maior equilíbrio entre as curvas de ofertas e de ven-das, conforme os gráfi cos 1, 2, 3 e 4 (em %).

Conforme apontado acima, a tendên-cia de maior aquecimento permanece para imóveis menores, efeito da infl uência de famílias menores apresentada no último senso de 2010, além de maior quantidade de pessoas que moram sozinhas. Cabe fri-sar também que fatores como o aumento considerável no custo de alguns insumos da indústria da construção, como terrenos e concreto, também contribuem com esse perfi l. Ver tabela abaixo.

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Insumos Var. %de 2006 a 2010

Concreto 192,2

Vergalhões 144,3

Cimento 130,9

Terrenos 191,0

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*Economista, conselheira do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), atua na unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.

Gráfi co I - 1 quarto social Gráfi co II - 2 quartos sociais Gráfi co III - 3 quartos sociais

Gráfi co IV - 4 quartos sociais ou mais Tabela - Insumos

| SEt/Out 201292 |

aGosto-2012 - cotação no período de 01 a 23-08-2012.esta seção contém a listagem de preços unitários de insumos para construção civil. Responsabilidade técnica do engenheiro clelio fonseca de morais (cRea nº 041752. titular da cm-assessoria de obras ltda.) fone: (81) 3236.2354 - 9108.1206 | [email protected] | www.cleliomorais.com.br assinantes da Revista construir nordeste têm desconto de 50% sobre o preço da assinatura anual da lista de preços de serviços, contendo a listagem resumida de preços unitários (com preços unitários de materiais e mão de obra separados); um quadro com diversos indicadores econômicos e setoriais dos últimos 13 meses, e mais outras informações interessantes para o setor.

| SEt/Out 201294 |

insumos

AglomerAntes

Cal hidratado Calforte Narduk kg 0,59 Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg)

sc 5,85

Cimento Portland kg 0,410

Cimento Portland (saco c/ 50 kg) sc 20,71

Cimento branco específico Narduk kg 1,02 Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg)

sc 40,99

Gesso em pó de fundição (rápido) kg 0,39 Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg)

sc 15,71

Gesso em pó para revestimento (lento) kg 0,31 Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg)

sc 12,50

Gesso Cola kg 1,27

Gesso Cola (saco com 5kg) sc 6,33

ArteFAtos de Cimento

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa)

un 1,55

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa)

un 1,75

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa)

un 2,07

Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa)

un 2,40

Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa)

un 3,05

Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's aberta 60x40x40cm

un 56,33

Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's fechada 60x40x50cm

un 71,97

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x50x40cm

un 74,83

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x45x60cm

un 86,33

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's fechada 70x45x60cm

un 73,00

Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm

un 2,80

Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm

un 4,20

Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm

un 4,90

Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm

un 4,20

Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm

m2 15,13

Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm

m2 16,10

Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm

un 15,50

Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2

m 8,17

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 28,00

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 30,50

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 32,67

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 35,50

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2)

m2 33,67

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2)

m2 37,33

Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma)

m2 31,83

Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1

m 12,60

Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1

m 19,12

Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1

m 27,92

Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1

m 35,68

Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1

m 55,25

Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1

m 105,30

Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1

m 154,60

Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1

m 230,00

Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2

m 45,00

Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2

m 56,15

Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2

m 73,00

Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2

m 106,00

Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2

m 187,25

Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2

m 249,50

Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2

m 469,00

Verga de concreto armado de 10x10cm m 12,45 Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m

m 8,13

Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m

m 8,72

Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m

m 7,32

Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m

m 7,91

Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m

m 7,38

Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m

m 12,97

Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m

m 7,62

Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m

m 14,53

Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m 8,12

Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m 8,91

ArteFAtos de FibroCimento

Caixa d'água cônica CRFS de 250 litros c/tampa Brasilit

un 79,02

Caixa d'água cônica CRFS de 500 litros c/tampa Brasilit

un 142,95

Caixa d'água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit

un 257,17

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit

un 4,62

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit

un 4,62

Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit

un 49,90

Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit

un 49,90

Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit

un 34,07

Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit

un 34,07

Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit

un 34,07

Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit un 126,18

Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit un 163,72

Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit un 220,99

Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit un 239,94

Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit un 254,74

Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit un 203,93

Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit un 456,09

Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit un 504,33

Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit un 557,78

Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit un 626,55 Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit

un 7,01

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit

un 12,48

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit

un 12,86

Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit

un 115,55

Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit

un 162,96

Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit

un 186,39

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit

un 28,06

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit

un 32,63

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit

un 38,80

Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit

un 46,08

Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit

un 52,23

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit

un 33,63

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit

un 39,13

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit

un 46,90

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit

un 54,42

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit

un 62,87

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit

un 39,50

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit

un 49,70

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit

un 59,50

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit

un 69,70

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit

un 79,90

AgregAdos

Areia fina m3 42,50

Areia grossa m3 45,00

Saibro m3 36,67

Barro para aterro m3 23,33

Barro para jardim m3 32,50

Pó de pedra m3 43,33

Brita 12 m3 75,00

Brita 19 m3 75,00

Brita 25 m3 73,33

Brita 38 m3 66,67

Brita 50 m3 63,33

Brita 75 m3 64,00

Pedra rachão m3 49,33

Paralelepípedo un 0,38

Meio fio de pedra granítica m 8,50

ArgAmAssA ProntA

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg)

sc 5,47

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno

kg 0,27

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg)

sc 10,08

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo

kg 0,51

Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg)

sc 21,93

Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg)

sc 23,21

Massa para alvenaria (saco 40kg) sc 12,22 Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg)

sc 4,59

Reboco externo pronto (saco 20kg) sc 6,02

Rejunte aditivado interno (saco 40kg) sc 47,06

Rejunte aditivado interno Narduk kg 1,18 Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg)

sc 57,14

Rejunte aditivado flexível externo Narduk kg 1,43

ArAmes

Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm kg 5,60

Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm kg 5,77

Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm kg 6,34

Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm kg 6,71

Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm kg 8,19

Arame recozido 18 BWG preto kg 6,41 Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 250m

un 119,06

| SEt/Out 201294 |

| SEt/Out 201296 |

insumos

Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 400m

un 190,53

Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm - rolo com 250m

un 98,56

Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm - rolo com 500m

un 182,94

bombAs CentrÍFugAs

Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider

un 511,67

Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider

un 546,00

Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider

un 578,67

Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider

un 773,33

Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider

un 832,00

Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider

un 668,73

Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider

un 1.344,53

Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider

un 1.659,50

Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider

un 444,00

Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider

un 518,00

Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider

un 563,33

Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG

un 162,67

Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG

un 166,00

Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG

un 205,00

Bóia para bomba com 10 amperes un 42,67

Bóia para bomba com 20 amperes un 42,73

CArPetes

Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm

m2 11,23

Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm

m2 12,15

ConCreto usinAdo

Concreto usinado FCK=10MPa m3 236,50

Concreto usinado FCK=15MPa m3 240,50

Concreto usinado FCK=15MPa bombeável m3 261,00

Concreto usinado FCK=20 MPa m3 256,50

Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável m3 277,50

Concreto usinado FCK=25 MPa m3 281,33

Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável m3 295,00

Concreto usinado FCK=30 MPa m3 293,00

Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável m3 315,00

Concreto usinado FCK=35 MPa m3 310,00

Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável m3 332,50

Taxa de bombeamento m3 32,50

esQuAdriAs de AlumÍnio

Janela de alumínio com bandeira m2 313,33

Janela de alumínio sem bandeira m2 280,00 Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m

m2 306,67

Porta de alumínio com saia e bandeira m2 440,00

esQuAdriAs de Ferro

Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4"

m2 235,00

Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) m2 265,00 Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12

m2 170,00

Tubo de ferro preto de 2" m 18,37

Tubo de ferro preto de 4" m 38,76

Tubo de ferro preto de 6" m 90,87

Tubo de ferro galvanizado de 2" m 31,12

Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2" m 38,98

Tubo de ferro galvanizado de 4" m 86,13

eQuiPAmentos ContrA-inCêndio

Adaptador de 2.1/2"x1.1/2" un 56,07

Adaptador de 2.1/2"x2.1/2" un 68,37 Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial

un 245,33

Chave Storz un 17,67

Esguicho Jato sólido de 1.1/2" un 54,33

Extintor de água pressurizada 10 litros un 120,00

Extintor de CO2 de 6kg un 461,00

Extintor de pó quimico 4kg un 96,60

Extintor de pó quimico 6kg un 112,27

Extintor de pó quimico 8kg un 147,33

Extintor de pó quimico 12kg un 179,33 Mangueira predial de 1.1/2" x 15m com união

un 215,00

Mangueira predial de 1.1/2" x 30m com união

un 403,33

Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m un 957,50

Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m un 977,50

Registro Globo 45° de 2.1/2" un 136,50 Tampa de ferro fundido de 60x40cm "incêndio"

un 225,67

Tampão cego de 1.1/2" T.70 articulado un 60,12

esQuAdriAs de mAdeirA

Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m

un 60,85

Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m

un 55,25

Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m

un 55,58

Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m

un 58,33

Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI

un 68,30

Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI

un 66,55

Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI

un 74,02

Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI

un 84,44

Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

un 167,30

Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

un 198,07

Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

un 242,67

Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m

un 241,77

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

un 182,00

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

un 203,00

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

un 219,25

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

un 154,26

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

un 160,26

Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

un 185,67

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m

un 216,00

Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 45,33

Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 106,33

Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera

un 55,00

eQuiPAmentos

Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador)

h 75,83

Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m)

mês 12,00

Betoneira elétrica de 400L sem carregador mês 337,88

Compactador CM/13 elétrico mês 363,33

Compactador CM/20 elétrico mês 688,08

Cortadora de piso elétrica mês 411,10

Furadeira industrial Bosch ref. 1174 mês 201,67

Guincho de coluna (foguete) mês 302,33

Mangote vibratório de 35mm mês 75,33

Mangote vibratório de 45mm mês 74,67

Motor elétrico para vibrador mês 87,00

Pistola finca pinos mês 170,00

Pontalete metálico regulável (1 peça) mês 6,33

Serra elétrica circular de bancada mês 190,22

Ferros

Ferro CA-25 de 12,5mm kg 2,95

Ferro CA-25 de 20mm kg 3,26

Ferro CA-25 de 25mm kg 3,21

Ferro CA-50 de 6,3mm kg 3,47

Ferro CA-50 de 8mm kg 3,35

Ferro CA-50 de 10mm kg 3,34

Ferro CA-50 de 12,5mm kg 3,14

Ferro CA-50 de 16mm kg 3,14

Ferro CA-50 de 20mm kg 3,34

Ferro CA-50 de 25mm kg 3,08

Ferro CA-50 de 32mm kg 3,05

Ferro CA-60 de 4,2mm kg 3,24

Ferro CA-60 de 5mm kg 3,24

Ferro CA-60 de 6mm kg 3,28

Ferro CA-60 de 7mm kg 3,19

Ferro CA-60 de 8mm kg 2,61 Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

kg 5,47

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

m2 5,45

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

kg 5,36

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

m2 8,21

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

kg 5,22

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

m2 9,39

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

kg 5,61

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

m2 12,32

Forros, divisÓriAs e serviços de gesso

Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória

un 7,50

Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm

un 3,25

Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado

m 15,00

Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado

m 18,00

Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado

m 22,50

Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2cm aplicada

m 15,00

Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3cm aplicada

m 19,00

FerrAgens de PortA

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte

un 4,31

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte

un 4,55

Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte

un 8,74

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte

un 81,22

Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte

un 61,11

Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte

un 60,25

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte

un 56,31

Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte

un 46,41

Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte

un 46,41

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte

un 73,87

Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte

un 49,67

Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte

un 54,59

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte

un 127,63

Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte

un 101,49

Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte

un 101,49

grAnitos

Granilha nº 02 (saco com 40kg) sc 10,40

Granilha nº 02 kg 0,17 Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp.

m 163,30

Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm

m 19,93

Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm

m 24,95

Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm

m 16,70

Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm

m2 103,08

Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm

m2 118,30

Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm

m2 124,33

Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm m 215,77 Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm

m 30,37

Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm m 37,00

Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm m 25,33 Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm

m2 115,17

| SEt/Out 201296 |

| SEt/Out 201298 |

insumos

Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm

m2 132,75

Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm

ml 174,34

Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm

ml 23,43

Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm

ml 29,17

Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm

ml 19,67

imPermeAbiliZAntes

Acquella (galão de 3,6 litros) gl 66,41

Acquella (lata de 18 litros) lata 295,11

Bianco (galão de 3,6 litros) gl 32,11

Bianco (balde de 18 litros) bd 140,05

Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) kg 38,83 Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6 litros)

gl 32,52

Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18 litros)

bd 132,22

Frioasfalto (galão de 3,9 kg) gl 23,60

Frioasfalto (balde de 20kg) bd 117,17

Neutrol (galão de 3,6 litros) gl 55,71

Neutrol (lata de 18 litros) lata 221,08

Vedacit (galão de 3,6 litros) bd 16,35

Vedacit (balde de 18 litros) bd 64,78

Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg) gl 39,26

Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg) bd 143,38

Vedaflex (cartucho com 310ml) cart 25,70

Vedapren preto (galão de 3,6 litros) gl 37,34

Vedapren preto (balde de 18kg) bd 142,75

Vedapren branco (galão de 4,5 kg) gl 68,93

Vedapren branco (balde de 18kg) bd 213,08

Sika nº 1 (balde de 18 litros) bd 57,66

Igol 2 (balde de 18kg) bd 136,43

Igol A (balde de 18kg) bd 201,48

Silicone (balde de 18 litros) bd 170,01

mAdeirAs

Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm m2 71,74

Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm m2 78,05

Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm m 8,93 Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm

m2 29,50

Folha de "fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25m

un 47,97

Folha de "fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25m

un 43,47

Estronca roliça tipo litro m 1,80

Barrote de madeira mista de 6x6cm m 5,82

Sarrafo de madeira mista de 10cm (1"x4") m 2,87

Tábua de madeira mista de 15cm (1"x6") m 4,25

Tábua de madeira mista de 22,5cm (1"x9") m 5,61

Tábua de madeira mista de 30cm (1"x12") m 8,09 Madeira serrada para coberta (Massaranduba)

m3 2.379,00

Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm

m 26,93

Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm

m 18,39

Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm

m 9,53

Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm

m 4,74

Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm

m 14,88

Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm

m 28,53

Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m

un 41,18

Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m

un 46,61

Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m

un 55,93

Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m

un 71,45

Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m

un 81,88

Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m

un 17,72

Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m

un 25,98

Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m

un 30,12

Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m

un 36,26

Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m

un 41,99

mAteriAis elÉtriCos e teleFÔniCos

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2"

m 1,12

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4"

m 1,53

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3m)

vara 4,00

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3m)

vara 5,35

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m)

vara 7,85

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3m)

vara 10,83

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3m)

vara 13,53

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3m)

vara 17,30

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3m)

vara 36,58

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3m)

vara 44,20

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2"

un 1,05

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4"

un 1,18

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1"

un 1,78

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4"

un 2,65

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2"

un 3,08

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2"

un 5,10

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2"

un 12,40

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3"

un 14,33

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2"

un 0,43

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4"

un 0,67

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1"

un 0,89

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4"

un 1,40

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2"

un 1,78

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2"

un 2,80

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2"

un 8,00

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3"

un 9,68

Bucha de alumínio de 1/2" un 0,30

Bucha de alumínio de 3/4" un 0,43

Bucha de alumínio de 1" un 0,62

Bucha de alumínio de 1.1/4" un 0,84

Bucha de alumínio de 1.1/2" un 1,01

Bucha de alumínio de 2" un 1,89

Bucha de alumínio de 2.1/2" un 2,40

Bucha de alumínio de 3" un 2,93

Arruela de alumínio de 1/2" un 0,19

Arruela de alumínio de 3/4" un 0,28

Arruela de alumínio de 1" un 0,48

Arruela de alumínio de 1.1/4" un 0,64

Arruela de alumínio de 1.1/2" un 0,80

Arruela de alumínio de 2" un 1,02

Arruela de alumínio de 2.1/2" un 1,24

Arruela de alumínio de 3" un 2,36

Caixa de passagem em PVC de 4"x4" un 3,06

Caixa de passagem em PVC de 4"x2" un 1,79 Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3"

un 2,82

Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4"

un 3,00

Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho un 1,60

Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho un 1,79

Cabo de cobre nú de 10mm2 m 4,07

Cabo de cobre nú de 16mm2 m 5,63

Cabo de cobre nú de 25mm2 m 7,84

Cabo de cobre nú de 35mm2 m 11,24 Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico

m 0,50

Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico

m 0,77

Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico

m 1,44

Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico

m 1,94

Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico

m 3,60

Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico

m 6,63

Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico

m 11,44

Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico

m 13,65

Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico

m 0,54

Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

m 0,83

Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico

m 1,42

Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico

m 2,17

Fita isolante de 19mm (rolo com 20m) un 9,95

Disjuntor monopolar de 10A Pial un 8,63

Disjuntor monopolar de 15A Pial un 6,92

Disjuntor monopolar de 20A Pial un 7,60

Disjuntor monopolar de 25A Pial un 8,63

Disjuntor monopolar de 30A Pial un 7,25

Disjuntor tripolar de 10A Pial un 47,45

Disjuntor tripolar de 25A Pial un 46,68

Disjuntor tripolar de 50A Pial un 49,14

Disjuntor tripolar de 70A Pial un 67,32

Disjuntor tripolar de 90A Pial un 68,53

Disjuntor tripolar de 100A Pial un 68,26

Disjuntor monopolar de 10A GE un 5,38

Disjuntor monopolar de 15A GE un 5,25

Disjuntor monopolar de 20A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 25A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 30A GE un 5,50

Disjuntor tripolar de 10A GE un 45,00

Disjuntor tripolar de 25A GE un 41,25

Disjuntor tripolar de 50A GE un 42,00

Disjuntor tripolar de 70A GE un 69,35

Disjuntor tripolar de 90A GE un 60,00

Disjuntor tripolar de 100A GE un 60,00 Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores

un 12,43

Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores

un 39,83

Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores

un 70,85

Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores

un 119,99

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores

un 37,73

Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores

un 123,50

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores

un 46,33

Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores

un 181,95

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores

un 66,10

Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de embutir

un 28,90

Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de sobrepor

un 29,35

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis

cj 5,65

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis

cj 9,97

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis

cj 13,41

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis

cj 7,37

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis

cj 13,40

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis

cj 12,38

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 11,30

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 14,55

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 5,97

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 12,55

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis

cj 7,85

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis

cj 8,90

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis

cj 10,55

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis

cj 5,68

| SEt/Out 201298 |

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis

cj 6,10

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis

cj 12,20

Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis un 0,61

Suporte padrão 4"x4" Pial un 1,23

Placa cega 4"x2" Pial Pratis un 2,05

Placa cega 4"x4" Pial Pratis un 5,04 Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus

cj 8,75

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus

cj 15,16

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus

cj 21,40

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus

cj 11,38

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus

cj 21,45

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus

cj 18,90

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 16,26

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 18,75

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus

cj 7,24

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus

cj 16,13

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus

cj 13,68

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus

cj 11,03

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus

cj 10,50

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus

cj 8,23

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus

cj 8,46

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus

cj 13,59

Suporte padrão 4"x2" Pial Plus un 1,00

Placa cega 4"x2" Pial Plus un 2,20

Placa cega 4"x4" Pial Plus un 5,43 Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores

un 22,35

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis

cj 10,40

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis

cj 16,80

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus

cj 14,65

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus

cj 22,38

Cabo telefônico CCI 50 - 1 par m 0,33

Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares m 0,47

Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares m 0,78

Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares m 1,12

Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares m 1,31

Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares m 1,69 Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm

un 51,30

Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm

un 81,56

Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm

un 119,85

Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm

un 144,44

Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm

un 212,33

Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm

un 356,38

Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm

un 895,48

mAteriAis hidráuliCos

Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda

un 7,46

Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda

un 10,55

Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda

un 17,38

Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda

un 17,83

Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha

un 4,64

Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório

un 1,31

Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm

un 1,25

Curva de PVC soldável para água de 20mm un 1,08

Curva de PVC soldável para água de 25mm un 1,34

Curva de PVC soldável para água de 32mm un 3,07

Curva de PVC soldável para água de 40mm un 6,00 Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4"

un 1,80

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2"

un 0,87

Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4"

un 1,55

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1"

un 2,33

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4"

un 5,90

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2"

un 6,93

Joelho 90° de PVC roscável para água de 2"

un 13,70

Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm

un 0,29

Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm

un 0,43

Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm

un 1,25

Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm

un 2,77

Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm

un 3,02

Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm

un 13,74

Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm

un 46,08

Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm

un 56,33

Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm

un 8,78

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm

un 0,98

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm

un 1,57

Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm

un 2,00

Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm

un 9,68

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca

un 61,20

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca

un 96,18

Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca

un 43,12

Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar

un 48,33

Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca

un 64,65

Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 1,23

Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 1,72

Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 4,31

Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 9,13

Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 11,50

Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 18,80

Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 0,63

Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 17,00

Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 31,80

Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 50,10

Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra

un 4,52

Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 18,57

Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 24,36

Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 51,80

Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 65,46

Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 78,92

Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 121,13

Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 8,03

Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 11,56

Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 25,06

SEt/Out 2012 | | 101

insumos

Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 40,00

Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 48,45

Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 78,73

Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 118,33

Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 132,29

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 21,15

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 33,92

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 41,78

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6m)

vara 54,75

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 127,01

Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2" Docol

un 145,50

Vedação para saída de vaso sanitário un 5,21 Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro)

litro 25,83

Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)

litro 24,46

mAteriAis de inoX

Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 144,25

Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 185,15

Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 266,75

Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 454,30

Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 290,83

Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 473,65

Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat

un 122,95

Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat

un 402,90

Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat

un 619,25

Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x1 1/2", Franke Douat

un 12,68

mármoresBancada de mármore branco rajado de 60x2cm

m 130,20

Bancada de mármore branco extra de 60x2cm

m 416,53

Bancada de mármore travertino de 60x2cm

m 197,47

Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm

m2 116,40

Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm

m2 62,67

Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm

m2 58,33

Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm

m2 101,67

Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm

m2 96,67

Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm

m 14,00

Rodapé em mármore travertino de 7x2cm m 21,33 Soleira em mármore branco extra de 15x2cm

m 48,33

Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm

m 21,33

Soleira em mármore travertino de 15x2cm

m 31,00

mAteriAis de PinturA

Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão)

gl 65,30

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão)

gl 25,90

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros)

lata 113,63

Selador acrílico para parede externa (galão) gl 23,00 Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros)

lata 96,90

Massa corrida PVA (galão) gl 11,23

Massa corrida PVA (lata c/18 litros) lata 31,23

Massa acrílica (galão) gl 23,20

Massa acrílica (lata c/18 litros) lata 90,40

Massa à óleo (galão) gl 43,53

Solvente Aguarrás (galão c/5 litros) gl 56,80

Tinta latex fosca para interior (galão) gl 23,90 Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros)

lata 104,93

Tinta latex para exterior (galão) gl 38,47

Tinta latex para exterior (lata c/18 litros) lata 164,97

Líquido para brilho regulador (galão) gl 45,47 Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros)

lata 225,70

Tinta acrílica fosca (galão) gl 47,43

Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros) lata 199,60

Textura acrílica (galão) gl 21,93

Textura acrílica (lata c/18 litros) lata 95,80 Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão)

gl 59,75

Verniz marítimo à base de poliuretano (galão)

gl 41,27

Tinta antiferruginosa Zarcão (galão) gl 68,23

Esmalte sintético acetinado (galão) gl 66,07

Esmalte sintético brilhante (galão) gl 52,77

Tinta à óleo (galão) gl 41,64

Tinta à óleo para cerâmica (galão) gl 64,50

Tinta acrílica especial para piso (galão) gl 31,63 Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros)

lata 144,00

Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão) gl 130,07

Diluente epoxi (litro) l 16,30

Lixa para parede un 0,45

Lixa para madeira un 0,38

Lixa d'água un 0,96

Lixa para ferro un 1,87

Estopa para limpeza kg 5,12

Ácido muriático (litro) l 4,30

Cal para pintura kg 0,76

Tinta Hidracor (saco com 2kg) sc 3,16 Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)

lata 5,80

mAteriAis PArA instAlAção de águA Quente

Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m)

un 60,37

Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m)

un 96,25

Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m)

un 113,61

Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m)

un 202,20

Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m)

un 374,76

mAteriAis sAnitários

Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca

un 75,95

Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra

un 40,73

Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra

un 22,06

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite

un 244,57

Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite

un 163,90

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca

un 273,46

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca

un 277,45

Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite

un 120,40

Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca

un 236,83

Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca

un 67,68

Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca

un 123,95

Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca

un 125,95

Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca

un 185,00

Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca

un 191,80

Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca

un 48,73

Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca

un 48,30

Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca

un 76,00

Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca

un 71,90

Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca

un 58,70

Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca

un 135,43

Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca

un 73,73

Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite

un 49,45

Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra

un 2,03

Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre

un 17,22

Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi

un 2,38

Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi

un 3,00

Chuveiro de PVC de 1/2" com braço un 7,80 Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca

un 203,30

Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par)

par 5,95

Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par)

par 13,25

Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par)

par 11,20

Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" un 46,95 Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves

un 71,50

Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" un 6,52 Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)

un 2,08

Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca

un 276,00

Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca

un 73,95

Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca

un 183,08

Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca

un 71,00

Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite

un 163,45

Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam

un 45,70

Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol

un 45,88

| SEt/Out 2012102 |

insumos

Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol

un 54,90

Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol

un 65,85

Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca

un 240,10

Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca

un 372,30

Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca

un 359,60

Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca

un 56,50

Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca

un 52,12

Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca

un 86,85

Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca

un 55,50

Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca

un 180,75

Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca

un 184,00

Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca

un 96,83

Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca

un 153,10

Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca

un 120,30

Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca

un 25,25

Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca

un 37,85

Válvula de PVC para lavatório un 1,94 Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha

un 2,33

outros

Corda de nylon de 3/8" kg 15,68

Tela de nylon para proteção de fachada m2 3,38 Bucha para fixação de arame no forro de gesso

kg 4,00

Pino metálico para fixação à pistola com cartucho

un 0,59

Cola Norcola (galão com 2,85kg) gl 31,71

Cola branca (pote de 1 kg) kg 6,92

Bloco de EPS para laje treliçada m3 208,75

Produtos CerÂmiCos

Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm mil 393,33

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm mil 186,50

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm mil 318,72

Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm mil 421,39

Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm mil 474,39 Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm

mil 605,00

Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm

mil 400,00

Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm mil 417,50 Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2

mil 420,00

Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2

mil 770,00

Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2

mil 950,00

Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2

mil 2.250,00

Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2

mil 1.640,00

Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm

mil 1.285,80

Massa refratária seca kg 0,72 Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro)

mil 50,00

Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada

mil 720,00

Pregos e PArAFusos

Prego com cabeça de 1.1/4"x14 kg 5,96

Prego com cabeça de 2.1/2"x10 kg 5,98 Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas

un 1,28

Arruela de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,16 Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16"

un 0,17

Porca de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,15 Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,31

Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,52

Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,71

Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,92

Arruela de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,17 Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4"

un 0,12

Porca de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,10

revestimentos CerÂmiCos

Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A"

m2 17,52

Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4

m2 14,45

Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm

m2 36,24

Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm

m2 31,66

Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722

m2 23,65

Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041

m2 28,73

Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073

m2 21,65

Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm

m2 17,17

Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A"

m2 16,41

revestimentos de PedrAs nAturAis

Pedra Ardósia cinza de 20x20cm m2 12,33

Pedra Ardósia cinza de 20x40cm m2 13,33

Pedra Ardósia cinza de 40x40cm m2 14,67

Pedra Ardósia verde de 20x20cm m2 20,03

Pedra Ardósia verde de 20x40cm m2 26,00

Pedra Ardósia verde de 40x40cm m2 26,42

Pedra Itacolomy do Norte irregular m2 20,67

Pedra Itacolomy do Norte serrada m2 27,34

Pedra São Thomé Cavaco m2 33,00

Pedra Cariri serrada de 30x30cm m2 17,34

Pedra Cariri serrada de 40x40cm m2 17,67

Pedra Cariri serrada de 50x50cm m2 18,00

Pedra sinwalita de corte manual m2 21,00

Pedra Sinwalita serrada m2 27,67

Pedra portuguesa (2 latas/m2) m2 15,33

Pedra Itamotinga Cavaco m2 15,67

Pedra Itamotinga almofada m2 18,33

Pedra Itamotinga Corte Manual m2 20,67

Pedra Itamotinga Serrada m2 26,67

Pedra granítica tipo Canjicão Almofada m2 32,00 Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm

m2 27,00

Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros)

lata 33,00

Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)

gl 38,80

revestimentos vinÍliCos e de borrAChA

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash

m2 33,65

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash

m2 38,83

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash

m2 43,32

Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar

m2 20,50

telhAs metáliCAs

Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm m2 29,27 Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm

un 111,07

Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm m2 24,29 Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm

un 92,18

vidros

Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado)

m2 26,72

Vidro Canelado incolor (cortado) m2 29,82

Vidro aramado incolor de 7mm (cortado) m2 115,63

Vidro anti-reflexo (cortado) m2 30,40

Vidro liso incolor de 3mm (cortado) m2 25,53

Vidro liso incolor de 4mm (cortado) m2 31,73

Vidro liso incolor de 5mm (cortado) m2 40,43

Vidro liso incolor de 6mm (cortado) m2 44,73

Vidro liso incolor de 8mm (cortado) m2 67,92

Vidro liso incolor de 10mm (cortado) m2 77,15

Vidro laminado incolor 3+3 (cortado) m2 135,65

Vidro laminado incolor 4+4 (cortado) m2 159,20

Vidro laminado incolor 5+5 (cortado) m2 209,52

Vidro bronze de 4mm (cortado) m2 45,12

Vidro bronze de 6mm (cortado) m2 70,49

Vidro bronze de 8mm (cortado) m2 109,50

Vidro bronze de 10mm (cortado) m2 139,59

Vidro cinza de 4mm (cortado) m2 38,34

Vidro cinza de 6mm (cortado) m2 65,86

Vidro cinza de 8mm (cortado) m2 89,81

Vidro cinza de 10mm (cortado) m2 109,16

Espelho prata cristal de 3mm (cortado) m2 57,66

Espelho prata cristal de 4mm (cortado) m2 82,93

Espelho prata cristal de 6mm (cortado) m2 130,39 Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado)

m2 102,60

Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado)

m2 126,31

Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado)

m2 134,71

Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado un 10,01

Junta de vidro para piso m 0,40

Massa para vidro kg 1,30

mão de obrA

Armador h 5,06

Azulejista h 5,06

Calceteiro h 5,06

Carpinteiro h 5,06

Eletricista h 5,06

Encanador h 5,06

Gesseiro h 5,06

Graniteiro h 5,06

Ladrilheiro h 5,06

Marceneiro h 5,06

Marmorista h 5,06

Pastilheiro h 5,06

Pintor h 5,06

Serralheiro h 5,06

Telhadista h 5,06

Vidraceiro h 5,06

Pedreiro h 4,11

Servente h 3,09

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| SEt/Out 2012104 |

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