cory ne bacterium

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CORYNEBACTERIUM

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Page 1: Cory Ne Bacterium

CORYNEBACTERIUM

Page 2: Cory Ne Bacterium

CORYNEBACTERIUM

Características do gênero:

• Bastonetes Gram positivos, retos ou curvos, delgados, extremidades afiladas– letras chinesas

• Catalase positivos

• Grânulos metacromáticos

• Imóveis

Page 3: Cory Ne Bacterium

MORFOLOGIA BACTERIANA

•Forma em clava: grossa em uma extremidade e delgada na outra•Arranjo em forma de letras chinesas e ligeira curvatura dos bastonetes

Coloração de Gram

Page 4: Cory Ne Bacterium

PATOGENIA

• Microbiota normal da pele e mucosa

• Principal patógeno: Corynebacterium diphtheriae

• Toxigenicidade: exotoxina secretada no foco da infecção

• Gene Tox: introduzido em cepas de C. diphtheriaaeatravés de um bacteriófago (tox + e tox -)

Page 5: Cory Ne Bacterium

Revisando: Mecanismos de ação de TOXINAS

• Bloqueiam função nervosa-toxina tetânica (contração muscular), toxina botulínica (inibe contração muscular)

• Bloqueiam a síntese de proteínas- toxina diftérica

Page 6: Cory Ne Bacterium

A liberação de uma exotoxina é a causa de sua patogenicidade e virulência. Para que isso ocorra, o bacilo deve ser lisogenado por um bacteriófago contendo o gene tox, dando origem a descendentes tox+. Cepas não-toxigênicas também podem causar a difteria, mas sem a virulência das toxigênicas.

Page 7: Cory Ne Bacterium

REPLICAÇÃO DOS BACTERIÓFAGOS

Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos.

Page 8: Cory Ne Bacterium

• No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas.

Page 9: Cory Ne Bacterium

A toxina diftérica é um polipeptídeo que pode ser clivado em dois peptídeos, os fragmentos A e B. Há receptores para o fragmento B na superfície das células, com uma maior concentração nos tecidos nervoso e miocárdio. A penetração do fragmento A (tóxico) nas células ocorre através do fragmento B. A liberação de toxina pela bactéria pode ser demonstrada por fagotipagem ou pelo teste de Elek.

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Fatores de virulênciaToxina diftérica (gene tox) principal fator de virulência tipo A-BCodificada por alguns tipos de fagos, que lisogenizam o bacilo diftérico, sendo o fago mais conhecido denominado fago beta.(Termolábil, letal em concentrações de 0,1 µg/Kg de peso;)

1. Fixação da toxina (domínio B) ao receptor presente em tipos celulares

2. Endocitose3. Translocação do domínio A para o citosol da célula4. Domínio A ribosila o fator de alongamento da cadeia peptídica interrompe a síntese protéica de maneira irreversível com a morte celular (necrose)

Page 11: Cory Ne Bacterium

PATOGENIA-TOXINA DIFTÉRICA

Page 12: Cory Ne Bacterium

DIFTERIA

• Doença infecto contagiosa de curto período de incubação

• Faringite exsudativa

• Formação de membrana de consistência mucopurulenta, pode aumentar e envolver a laringe e a traquéia

Page 13: Cory Ne Bacterium

DIFTERIA

• Virulência- cepas produtoras de potente exotoxina

• Toxina de ação sistêmica- sistema cardiorrespiratório e sistema nervoso central

• Difteria cutânea

Page 14: Cory Ne Bacterium

EPIDEMIOLOGIA

• Aumento da incidência nos meses frios

• Afeta pessoas não imunizadas, de qualquer idade, raça ou sexo (imunidade é temporária )

• Maior coeficiente de incidência: crianças na idade pré escolar

• Letalidade: varia de 5 a 10%

Page 15: Cory Ne Bacterium

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Faringite estreptocócica

• Mononucleose infecciosa

• Infecção por adenovirus

• Doença de Vicent

Page 16: Cory Ne Bacterium

DIAGNÓSTICO LABORATORIALCOLETA E TRANSPORTE

• É feita com swab nas áreas inflamadas da orofaringe e

nasofaringe

• Amostra em mais de um sítio aumenta a sensibilidade

• A membrana não deve ser removida

• Coleta da nasofaringe de portadores

• Meio de transporte semi sólido Amies

• Excedendo as 24 horas- meio com sílica gel ou carvão

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MATERIAL DO TRATO RESPIRATÓRIO

Coletar a amostra das bordas da pseudomembrana utilizando um swab

Page 18: Cory Ne Bacterium

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

MICROSCOPIA

• Exame direto: baixo valor diagnóstico

• Visualização de grânulos metacromáticos

CULTURA

• Inoculados em meios não seletivos

• Meios específicos: Agar telurito de potássio, agar cisteína telurito: colônias de cor cinza a pretas

• Meio de Loeffler: microscopia

• Tipos morfológicos: gravis, mitis, intermedius

TESTES DE TOXIGENICIDADE

• In vitro: Teste de Elek

• In vivo: inoculação em cobaias

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MICROSCOPIAGRÂNULOS METACROMÁTICOS

• COLORAÇÃO DE AZUL DE METILENO DE LOEFFLER

(Azul de metileno, álcool etílico)

• COLORAÇÃO DE ALBERT-LAYBOURN

1) Azul de toluidina, verde malaquita, ácido acético, álcool

2) Iodo, iodeto de potássio, água

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Grânulos metacromáticos- coloração de Albert- Laybourn

Bacilos longos, curvados e delgadosnumerosos grânulosbacilos se coram de verde acinzentados

Page 21: Cory Ne Bacterium

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

MICROSCOPIA

• Exame direto: baixo valor diagnóstico

• Visualização de grânulos metacromáticos

CULTURA

• Inoculados em meios não seletivos: agar sangue

• Meios específicos: ágar cisteína telurito: colônias de cor cinza a pretas

• Meio de Loeffler: microscopia

• Tipos morfológicos: gravis, mitis, intermedius

TESTES DE TOXIGENICIDADE

• In vitro: Teste de Elek

• In vivo: inoculação em cobaias

Page 22: Cory Ne Bacterium

MORFOLOGIA COLONIAL

Corynebacterium diphyteriae em ágar sangue

Page 23: Cory Ne Bacterium

MORFOLOGIA DOS BIOTIPOS

Colônias do tipo gravisCones achatados com centros cinzas metálicomargens radialmente estriadas

Colônias do tipo mitiscentro preto que se declina suavementeaté um halo descorado

Colônias do tipo intermediusSão menores do que mitis e gravisCom centros escuros e margens mais claras

Page 24: Cory Ne Bacterium

BIOTIPOS

Microrganismo Glicose Amido Nitrato Uréia

C.diphyteriae biotipo -

intermedius A - + -

mitis A - + -

gravis A + + -

belfanti A - - -

C. ulcerans A + - +

C. pseudotuberculosis A - v +

A=produção de ácidos; v= variável

Page 25: Cory Ne Bacterium

PROCEDIMENTO DE ISOLAMENTO E INCUBAÇÃO

Semear o swab nos meios

Ágar sangue CTBA (cystine tellurite Bood medium) Loeffler inclinado

35°C24 horas

35°C24 a 48 horas

35°C2 a 4 horas

Verificar a presença de colônias beta hemolíticas

Coloração de Albert-

Laybourn

Gram

Ágar sangue

Provas bioquímicas

Subcultivar em CTBA

18 a 24 horas

Colônias típicas tamanho médio cinza metálico

Catalase + Bacilos Gram + diftéricos

Page 26: Cory Ne Bacterium

•Produção de ácidos: glicose, maltose, sacarose, manitol e xilose• Hidrólise de amido•Redução de nitrato•Hidrólise da uréia•CAMP

medium)

Semear swab

CTBA (cystine tellurite bood

35°C24 a 48 horas

Colônias típicas tamanho médio cinza metálico

Catalase + Bacilos Gram + diftéricos

Ágar sangue

Provas bioquímicas

Page 27: Cory Ne Bacterium

PROVAS BIOQUÍMICAS

Hidrólise de amido

Hidrólise de uréia

+ -CAMP

Page 28: Cory Ne Bacterium

COMO REPORTAR O RESULTADO

• Liberar resultados preliminares após 24 e 48 horas de observação de culturas

• Resultado negativo: cultura negativa para corynebacterium diphteriae

• Resultado positivo: provável corynebacterium diphteriae, encaminhar para laboratório de referência para confirmação e teste de toxicidade

Page 29: Cory Ne Bacterium

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

MICROSCOPIA

• Exame direto: baixo valor diagnóstico

• Visualização de grânulos metacromáticos

CULTURA

• Inoculados em meios não seletivos

• Meios específicos: ágar cisteína telurito: colônias de cor cinza a pretas

• Meio de Loeffler: microscopia

• Tipos morfológicos: gravis, mitis, intermedius

TESTES DE TOXIGENICIDADE

• In vitro: Teste de Elek

• In vivo: inoculação em cobaias

Page 30: Cory Ne Bacterium

TESTE DE ELEK

Elek Teste: antitoxina que foi impregnado numa tira de papel de filtro estéril é colocada sobre a superfície do meio de agar. Após, um inoculo pesado é riscado em ângulos retos para a posição da tira de papel, e deixa-se incubar durante 24 horas. Se o organismo é toxigênico, uma linha visível de Ag-Ac precipitado irá se formar.

Page 31: Cory Ne Bacterium

Método in vitro- TESTE DE ELEK

Page 32: Cory Ne Bacterium

TESTE DE ELEK MODIFICADO

•Meio de ELEK adicionado de soro bovino•Inóculo pesado de amostras testes e controle•Disco com antitoxina (10 UI/disco) no centro•Incubação 24 a 48 horas a 37°C•Observação da linha de precipitação

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TESTE INTRADÉRMICO PARA TOXIGENICIDADE

•Suspensões de várias amostras são injetadas na pele do coelho

•As lesões que não se desenvolvem em coelhos protegidos com antitoxina confirmam que estas são causadas pela toxina diftérica

Page 34: Cory Ne Bacterium

TRATAMENTO

• Administração da antitoxina diftérica

• Antibioticoterapia com penicilina e eritromicima

• Prevenção: imunização ativa com com toxóide diftérico: DPT

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OUTRAS ESPÉCIES

• C. jeikeium- pacientes imucomprometidos ou submetidos a procedimentos invasivos. Resistência antimicrobianos

• C. urealyticum- assciado com infecção urinária

• C. ulcerans-doença semelhante a difteria. Toxina menos potente

• C. pseudotuberculosis- doença em animais

• C. xerosis- infecções oportunistas