CEPED UFSC

Florianópolis, 2015

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DO

LABGRID - Laboratório de Gestão de Riscos de Desastres

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES

LABORATÓRIO GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DO LABGRID

(Laboratório de Gestão de Riscos de Desastres)

CEPED UFSC

Florianópolis, 2015

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dilma Vana Rousseff MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL Francisco José Coelho Teixeira SECRETÁRIO NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL Adriano Pereira Júnior

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Reitora da Universidade Federal de Santa Catarina Professora Roselane Neckel, Drª. Diretor do Centro Tecnológico Professor Sebastião Roberto Soares, Dr. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES Diretor Geral Professor Antônio Edesio Jungles, Dr. Diretor Técnico e de Ensino Professor Marcos Baptista Lopez Dalmau, Dr. LABORATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRE Diretor Geral Professor Antônio Edesio Jungles, Dr. Coordenador Executivo Professor Rafael Higashi, Dr. EXECUÇÃO DO PROJETO Prof. Edésio Antônio Jungles, Dr. Prof. Rafael Augusto dos Reis Higashi Acadêmicos: Rodolfo Contessi, Djennifer Zoboli, Rodrigo Aline Steffens, Rodrigo Costa do Amaral e Cleyton Vilpert. FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Superintendente Geral Professor Gilberto Vieira Ângelo, Esp.

Catalogação na publicação por Graziela Bonin – CRB14/1191.

Esta obra é distribuída por meio da Licença Creative Commons 3.0 Atribuição/Uso Não Comercial/Vedada a Criação de Obras Derivadas / 3.0 / Brasil.

Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Pesquisa e Estudos sobre Desastres. Laboratório de Gestão de Riscos de Desastre - LabGrid.

Relatório final da atividades do LabGrid - Laboratório de Gestão de Riscos de Desastres. - Florianópolis: CEPED UFSC, 2015.

15 p.

1. Gestão – riscos e desastres. 2. Laboratório. I. Universidade Federal de

Santa Catarina. II. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. III. Laboratório de Gestão de Riscos e Desastres - LabGrid.

CDU 504.4

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1. BREVE HISTÓRICO

O processo de implantação legal do Laboratório de Gestão de Riscos de

Desastres foi iniciado no final de fevereiro de 2013 com a aprovação do Termo de

Cooperação “Implantação de Laboratório de Gestão de Riscos de Desastres” (Anexo

1) e a anuência do Departamento de Engenharia Civil.

Na ocasião, era necessária a aprovação do Departamento de Engenharia

Civil, sobretudo, por intermédio de sua comissão de espaço físico. A solicitação de

aprovação do laboratório encontra-se no Anexo 02.

Com a aprovação oficial do laboratório na data de 18/02/2013, iniciou-se o

processo de sua implantação física (divisórias, persianas, instalação elétrica, rede,

entre outros) que se estendeu até, aproximadamente, junho de 2013.

Para que a instalação fosse efetivada nas dependências do Departamento

de Engenharia Civil, era necessária elaboração de alguns projetos específicos

(projeto físico, planta humanizada, elétrico e rede de computadores). Seguem os

exemplos dos projetos executados (Figura 01).

Figura 1. Exemplo de projetos que foram executados para a implantação do

LABGRID.

LabGRiD

Planta baixa, locação de móveis e projeto elétrico

Projeto em 3D

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Concomitante à implantação do laboratório, em meados de março, foi

iniciado o treinamento dos bolsistas de iniciação científica que foi dividido em duas

etapas:

- Treinamento em geoprocessamento, mais especificamente no

software ArcGIS e noções gerais de Cartografia;

- Treinamento em software geotécnico e hidrológico denominado de

SHALSTAB (Shallow Slope Stability Model) para os bolsistas de

iniciação científica do laboratório e demais colaboradores. A partir

deste software, estão sendo desenvolvidas pesquisas que avaliam a

suscetibilidade a movimento de massas citadas a seguir.

- Treinamento, em laboratório, dos ensaios geotécnicos necessários

para subsidiar os parâmetros necessários ao software (ensaios de

cisalhamento direto, granulometria, densidade real, limites de

Atterberg, entre outros).

Apesar do intenso treinamento dos alunos bolsistas que iniciaram com o

projeto, ocorreu a troca desses bolsistas, o que resultou em novos treinamentos e

respectiva dificuldade no efetivo avanço das pesquisas.

Além do processo de implantação física, durante este período inicial de

funcionamento, o laboratório prestou assistência a alguns municípios que

apresentaram episódios de movimento de massas. Em março/abril, houve uma

ruptura de encosta no município de Anitápolis/SC que ameaçava uma creche

municipal. O LABGRID foi acionado e prestou auxílio avaliando a encosta e

indicando/assessorando o engenheiro que projetou uma estrutura de contenção.

Em meados de abril, aproximadamente, foi solicitada pela AMUNESC

(Associação de Municípios do nordeste de Santa Catarina) uma avaliação de uma

elevação localizada no centro da cidade. Nesta elevação localizam-se várias

residências com rachaduras e muitas fendas de tração nos taludes da encosta foram

detectadas. O LABGRID enviou proposta de estudo geotécnico para este caso.

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Em abril de 2014, o LABGRID ministrou no ENEC (Encontro Nacional dos

Estudantes de Engenharia Civil) a palestra “Avaliação da estabilidade das encostas”

como meio de difundir os estudos que estão sendo desenvolvidos pelo Laboratório.

No ano de 2013 foi elaborado em conjunto com o CENAD um checklist para

avaliar os produtos do mapeamento gerados pelas empresas. O município de

Timbó/SC foi enviado ao laboratório e o checklist foi aplicado em conjunto com os

bolsistas de Iniciação Científica. Com relação a este serviço, não foram demandadas

mais atividades.

A partir de novembro de 2013 a equipe de bolsistas de Iniciação Científica

iniciou a elaboração de cartas que auxiliam no mapeamento da suscetibilidade a

movimento de massa de uma bacia em Florianópolis (Bacia do Itacorubi), onde foi

necessário o levantamento de diferentes produtos e ações:

- Levantamento de dados digitais acerca da bacia (mapas de

pedologia, geologia, uso do solo, curvas de nível, entre outros);

- Execução e compilação de ensaios geotécnicos de laboratório;

- Avaliação dos procedimentos (normas) a serem utilizados em campo

para a execução do mapeamento, tais como a execução de tradagens,

coleta de solos em blocos indeformados, execução do ensaio BST

(Borehole Shear Test), entre outros;

- Preparação de diversos mapas temáticos, tais como mapa

pedológico, geológico, elevação, declividade, Modelo Digital do

Terreno, Mapa de direção de fluxo, Mapa de sumidouro, etc.

- Elaboração do mapa de suscetibilidade a movimento de massas da

Bacia do Itacorubi.

A partir dos dados levantados em saídas a campo, ensaios laboratoriais e

mapas diversos, foi gerado um mapa de suscetibilidade a movimentos de massas

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rasos. Este mapa é apresentado em anexo (Anexo 3) e seu respectivo estudo dos

ensaios e equipamentos envolvidos.

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2. ANÁLISE COMPARATIVA DE PRODUTOS E METODOLOGIAS PARA O

MAPEAMENTO DE VULNERABILIDADE A DESASTRES

No ano de 2014 foi realizada uma pesquisa que compara os produtos e

metodologias empregados por empresas para o mapeamento de

vulnerabilidade a desastres. A proposta encontra-se no Anexo 4 enquanto que

o documento que analisa os métodos empregados encontra-se no anexo 5.

Esta pesquisa possuía como objetivo a comparação dos produtos e

metodologias apresentados pelas empresas que realizaram os mapeamentos

de vulnerabilidade a desastres com a metodologia elaborada pelo CEPED UFSC.

Foram analisados os resultados obtidos por 4 empresas (Thalweg,

Pangea, Geoenvi e Acquatool) com o mapeamento de diferentes localidades e

seus resultados foram comparados com o método adotado pelo CEPED/UFSC.

Além dessa pesquisa, foi entregue, também, em conjunto com o

LabTec, uma pesquisa que avalia a capacidade de proteção e resposta dos

municípios.

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3. ORIENTAÇÕES DE MESTRADO/DOUTORADO EM ANDAMENTO

O PPGEC (Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil) da UFSC

possui uma área de concentração denominada Infraestrutura Viária, onde está

incluída a linha de pesquisa de Geotecnia. Nesta linha de pesquisa estão sendo

desenvolvidos trabalhos associados às atividades de pesquisa que é objetivo do

LABGRID. Estas pesquisas estão relacionadas, sobretudo, à suscetibilidade de

movimentos de massa.

A seguir, no quadro 01, são listados os estudos que estão sendo

desenvolvidos no LABGRID.

Quadro 1 - Resumo das pesquisas que estão sendo desenvolvidas no LABGRID.

ALUNO SITUAÇÃO BREVE DESCRIÇÃO DO TRABALHO

Luiz Henrique

Guesser Regular

Avaliação da suscetibilidade a escorregamentos translacionais rasos da

bacia de Antônio Carlos - SC. Determinação dos parâmetros

geotécnicos de resistência in loco usando o BHST.

Sidney F. de

Carvalho

Cursando

disciplinas

Desenvolvimento de equipamento de alerta de deslizamentos de

encostas via Web em tempo real. Tentativa de estimar a chuva crítica

necessária para deflagrar o movimento de massa.

A pesquisa tentará elaborar e testar um equipamento que avaliará a

relação entre precipitação e absorção de água da chuva que afeta as

características de resistência do solo. Com os limites de segurança

estabelecidos, o equipamento enviará um alerta via Web (ou SMS) para

qualquer receptor.

Rodrigo Bim1 Regular

Mapeamento geotécnico e Implantação e monitoramento de sistema de

avaliação de encostas. Implantação de sistema de medição de teor de

umidade e pluviômetros.

Marcia Steil1 Cursando

disciplinas

Uso de ferramenta computacional para a previsão de movimentos de

massas rasos. Tentativa de validação de modelos hidrológicos e

geotécnicos para a prevenção de desastres.

Lucas Mathews

B. Costa Regular

Mapeamento geomecânico dos solos e avaliação de processos erosivos

na bacia da Lagoa da Conceição - SC

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(Continuação)

Quadro 1 - Resumo das pesquisas que estão sendo desenvolvidas no LABGRID

Mariana Lapa

dos Santos

Cursando

disciplinas

Mapeamento geotécnico das encostas da Bacia do Itacorubi – SC.

Ênfase no movimento de massa e erodibilidade dos solos.

Regiane Mara

Sbroglia1 Regular

Validação do modelo hidrológico/geotécnico SHALSTAB para a previsão

de movimentos de massa em Gaspar – SC. Validação do sistema com

base na comparação de cicatrizes e resultados da iteração matemática.

Manolo Lima

Caramez

Cursando

disciplinas

Avaliação da capacidade de infiltração da água da chuva em unidades

de solo. A partir de valores de precipitação espera-se estimar

parâmetros que indiquem a quantidade de água que infiltra no solo

(parâmetro importante para avaliar os movimentos de massa).

Rafael Fabiano

Cordeiro

Cursando

disciplinas

Estimativa de movimentos de massa em zonas antropizadas. Ênfase na

faixa de domínio da BR-101. Será dada ênfase na possibilidade de

seccionamento da infraestrutura viária para priorizar logística de

atendimento a vítimas em momentos de desastres.

Eduardo

Amândio

Cursando

disciplinas

Geoprocessamento de dados geotécnicos espaciais originados de

laudos de sondagens SPT na Ilha de Santa Catarina. Destaque para

correlações entre parâmetros geotécnicos de campo e perfis de solos

em encostas.

Larissa Kruger Cursando

disciplinas

Diagnóstico da dinâmica urbana e definição de universos geotécnicos

com base no cadastro e geoprocessamento de dados de campo. Bacia

1 de Joinville. Objetiva-se a previsão do melhor uso e ocupação dos

solos de encostas.

Lucianna Herbst Regular

Diagnóstico da dinâmica urbana e definição de universos geotécnicos

com base no cadastro e geoprocessamento de dados de campo. Bacia

2 de Joinville. Objetiva-se a previsão do melhor uso e ocupação dos

solos de encostas.

Ricardo P. B.

Duarte

Cursando

disciplinas

Avaliação de cenários geotécnicos da região de Gaspar-SC a partir de

um banco de dados georreferenciado de sondagens. Ênfase na

determinação da espessura de solo e parâmetros geotécnicos de

encostas.

Margott

Felisbino

Cursando

disciplinas

Banco de dados geotécnico em SIG e suas aplicações no uso e

ocupação dos solos do município de São José/SC.

NOTA: 1Co-orientação NOTA: Os títulos e rumos da pesquisa podem ser alterados durante a execução do mestrado.

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A figura seguinte (Figura 2) apresenta uma estimativa do andamento das

pesquisas.

Figura 2. Andamento estimado das pesquisas.

Luiz Guesser

Sidney Carvalho

Rodrigo Bim

Marcia Steil

Lucas Costa

Mariana Santos

Regiane Sbroglia

Manolo Caramez

Rafael Cordeiro

Eduardo Amândio

Larissa Kruger

Lucianna Herbst

Ricardo Duarte

Margott Felisbino

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Percentual estimado de execução da pesquisa

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4. ORIENTAÇÕES DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO FINALIZADAS

E EM ANDAMENTO

Na tabela 02 são apresentados os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)

e orientações em andamento desenvolvidas durante o período de existência do

laboratório

Tabela 2. Monografias em andamento e finalizadas durante o período de existência

do Laboratório.

ALUNO SITUAÇÃO BREVE DESCRIÇÃO DO TRABALHO

Hugo Namba Imai e

Anderson Rosniecek Finalizado

Análise da suscetibilidade a deslizamentos rasos

na bacia do rio Ratones aplicando o modelo

SHALSTAB

Luiz Henrique Guesser Finalizado

Mapeamento geotécnico de áreas suscetíveis a

movimentos de massa do município de Antônio

Carlos/SC

Felipe Paulo de Oliveira Finalizado Avaliação dos parâmetros de resistência em

encostas da Grande Florianópolis.

Gabriel Rosolem Finalizado

Análise da suscetibilidade a deslizamentos rasos

na bacia do rio Forquilhas em São José/SC

aplicando o modelo SHALSTAB

André Monteiro Santos

Souza

Em

andamento

Mapeamento da suscetibilidade a movimento de

massas em Itapema/SC

Espera-se que neste ano de 2015 sejam publicados os resultados de

algumas das pesquisas citadas anteriormente como meio de divulgação dos

produtos que estão sendo gerados pelo laboratório.

Foram submetidos vários artigos em Congressos científicos que estão

aguardando a aceitação de sua forma final.

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ANEXOS

ANEXO A – Termo de Cooperação

ANEXO B – Ofício Ampliação do Espaço Físico

ANEXO C - Mapeamento Geotécnico da Suscetibilidade a Movimento de Massa

na Bacia do Itacorubi

ANEXO D - Comparação de Produtos e Metodologias para Mapeamento de

Vulnerabilidade a Desastres

ANEXO E - Comparação de Produtos e Metodologias para Mapeamento de

Vulnerabilidade a Desastres