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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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Índice:

PRINCIPAIS INDICADORES DA ATIVIDADE ........................................................ 3

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRAÇÃO ....... 6

ÓRGÃOS SOCIAIS E DE GESTÃO 2015 - 30/4/2016 ....................................... 7

ORGANOGRAMA DO GRUPO EM 2015 – 30/4/2016: ...................................... 8

RELATÓRIO DE GESTÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA 2015 ................... 9

Enquadramento Macroeconómico: ......................................................................... 9

Atividade Consolidada do Grupo ...........................................................................13

Atividade por Blocos Geográficos .........................................................................22 Bloco Europa: ........................................................................................................................................... 23 Bloco Africa: .............................................................................................................................................. 29 Bloco Asia: ................................................................................................................................................ 30

ANTEVISÃO E DESENVOLVIMENTO DO NEGÓCIO EM 2016’.............. 32

PARECER E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ................. 33

PEÇAS FINANCEIRAS CONSOLIDADAS .............................................................. 34

Balanço Consolidado 2015 (30 de Abril de 2016) .................................................34

Demonstração de Resultados Consolidada 2015 (30 Abril 2016) .........................36

Demonstração dos Fluxos de Caixa 2015 (30 de Abril de 2016) ..........................37

Anexos ao Balanço e DR Consolidadas 2015’ (30 de Abril de 2016) ....................38

RELATORIO E PARECER DO FISCAL UNICO ................................................... 56

MISSÃO, VISÃO E VALORES EUW .......................................................................... 59

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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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PRINCIPAIS INDICADORES DA ATIVIDADE

2015’ 2014’ 2013’ 2012 2011

Balanço: 67.133.613 71.037.536 68.377.283 70.115.900 78.640.179

Ativo Fixo Tangível 33.394.628 34.112.699 35.080.461 38.331.110 39.600.922

Inventários 12.928.334 13.770.672 12.008.732 11.135.905 13.249.703

Créditos s/ Terceiros 2.924.878 4.497.171 4.742.389 7.385.343 8.593.845

Capital Próprio 12.670.818 14.234.784 15.866.438 20.966.506 23.101.741

Endividamento Bancário 27.658.489 27.366.675 27.075.103 27.887.772 29.132.495

Autonomia Financeira 19% 20% 23% 30% 29%

Solvabilidade Total 23% 25% 30% 43% 42%

Atividade:

TurnOver 23.514.937 25.231.334 23.779.327 31.058.172 34.284.146

Margem Operacional 11.907.750 11.511.275 10.890.537 13.794.764 16.261.686

Margem Operacional Percentual 51% 46% 46% 44% 47%

Gastos de estrutura Líquidos 9.280.186 9.364.237 9.047.643 11.242.526 11.281.780

Cost to income 39% 37% 38% 36% 33%

Cash Flow

EBIT 1.718.088 1.016.719 606.362 1.071.202 3.584.611

EBITDA 2.627.563 2.147.038 1.842.894 2.552.238 4.979.905

Margem EBITDA 11% 9% 8% 8% 15%

RL -66.086 -595.365 -1.936.070 -1.288.127 118.253

Rácios: Enc Financ/EBITDA 58% 71% 148% 96% 57%

Enc Financ/Vendas 6% 6% 11% 8% 8%

FSE / Vendas 24% 16% 22% 20% 20%

Pessoal/Vendas 17% 17% 18% 17% 15%

Apesar da degradação (ligeira) de alguns indicadores de balanço, não é difícil verificar que do ponto de vista de resultados o ano 2015’ foi positivo face a 2014’. Concretamente sobre as contas de balanço percebe-se que algumas contas do ativo como os inventários e os créditos sobre terceiros, descem face ao ano anterior. Os inventários, depois de uma grande descida de 11 para 12, iniciaram um processo de crescimento continuo que atingiu o limite em 14 com um valor de quase 14M€, em 2015 ajustou ligeiramente para cerca de 13M€. Relativamente ao tema dos créditos sobre terceiros, verifica-se uma grande redução especificamente nos adiantamentos a fornecedores, e também nos clientes fruto do decréscimo das vendas. Sobre o Capital Próprio, verifica-se uma tendência decrescente que se iniciou em 2011 e na pratica consiste no reconhecimento de prejuízos acumulados ao longo dos anos e em ajustamentos em ativos financeiros. O endividamento financeiro apresenta um crescimento muito ligeiro de 0,3M€, face a 2014’, manteve-se contudo entre os 27 e 28M€.

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Efetivamente através da reestruturação financeira implementada em 2014/2015, o grupo conseguiu dosear o seu esforço de redução de endividamento (que estava a um ritmo de 1M€/ano de 2011 para 2012 e deste para 2013) tendo até conseguido alguma carência de pagamentos e capitalização de juros e também aumento das linhas de crédito comercial (factoring), o que na pratica se traduziu num aumento liquido de divida de 2015 por exemplo face a 2013 em cerca de 0,5M€. Esta tendência irá desaparecer nos próximos anos, voltando-se à redução liquida de divida mas com um ritmo mais lento (e adequado) do que o verificado de 2011 a 2013. Também os indicadores de autonomia financeira e solvabilidade se degradaram nos últimos anos, sendo que com a recuperação de resultados e estabilização do balanço, a empresa começa a reduzir substancialmente as quebras nestes indicadores. Por exemplo a AF e a ST caem de 2012 para 2013’, 7 e 13% respetivamente e de 2014’ para 2015’, apenas 1 e 2% respetivamente. Quanto á atividade de 2015 verifica-se uma nova recaída do turnover de cerca de 1,7M€ (-7%), embora na realidade não seja exatamente assim, pois como se explicou no relatório anterior ocorreu uma venda de granel, a preços de custo, para fora do grupo que equivaleu a cerca de 1,2M€ e que empolou os crescimentos de 2014’ face a 2013’. Ora retirando este efeito, nem o crescimento face a 2013 foi tão grande, nem o decréscimo face a 2015 é tão significativo. Consideramos que as vendas de 2014’ net seriam cerca de 24M€ o que fará com que a quebra de 2015’ ronde os 0,5M€ ou seja 2%. Já em 2014’ a margem operacional da empresa tinha crescido face a 2013’ (analisando valores net de vendas) e em 2015’ o mesmo efeito continuou a manter-se. Assim em 3 anos a empresa consegue recuperar as suas margens de 44% em 2012 para 51% em 2015’. Considera-se que a empresa atingiu um mix de margem ótimo, ou seja, ligeiramente acima de 50%, pois é aquele que assegura rentabilidade e mesmo assim permite crescimentos de vendas e volumes. Pese embora seja evidente que é um nível de margem muito interessante é extremamente difícil de manter, não só pelas grandes variações de mix de vendas da empresa nos últimos anos mas também pelas significativas oscilações dos preços das matérias-primas e consumíveis que estando sujeitas na maior parte dos casos aos condicionalismos atmosféricos são imprevisíveis e incontroláveis. Apesar da grande descida de 2012 para 2013’ de mais de 2M€ no cost to income desde esse ano a empresa tem estado estacionária nos custos operacionais, não tendo sido capaz de continuar a manter reduções consistentes deste indicador. O objetivo será atingir um valor equivalente a um terço do turnover mas neste momento será necessário uma importante reestruturação para conseguir esse desidrato, já que os valores rondam os 39% em 2015’.

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Fruto essencialmente do crescimento da margem e de alguma redução de custos que a empresa conseguiu implementar em 2015, o Ebitda apresentou uma recuperação relevante face a 2014’, cerca de, 22%, Importa relembrar que já de 2013 para 2014 se tinha verificado um crescimento de 17%, após uma quebra de 28% de 2012 para 2013. Assim apesar de 2015 não ter ainda alcançado os valores de Ebitda de 2011 (cerca de 4M€), na verdade apresenta o melhor ano desde então e a consolidação de uma recuperação dois anos seguidos. A empresa tem estado muito focada não só na recuperação das vendas mas mais importante do que isso dos seus resultados e é claro que nessa matéria o Ebitda tem um papel muito relevante nesta análise. Do ponto de vista dos resultados líquidos, mais uma vez a empresa conseguiu uma recuperação muito relevante face ao ano anterior. Apesar de, por pouco, não ter ainda conseguido chegar aos lucros, praticamente conseguiu-se chegar ao break even. E com crescimentos de performance face ao ano anterior. Veja-se que os resultados melhoraram 89% face a 2014 (que por sua vez já tinham melhorado 69% face a 2013). Consolida-se a trajetória de recuperação, com ganhos substanciais nos dois anos consecutivos, que poderá permitir alcançar lucros já no ano 2016’. Esta melhoria de resultados líquidos assenta essencialmente em ter conseguido melhorar 2 das 3 vertentes essenciais, Ebitda, Amortizações e Juros. Efetivamente em 2015’não se conseguiu uma redução dos encargos financeiros face ao ano anterior (conforme vinha a acontecer já desde 2013), mas também não se verificaram aumentos. Sobre as amortizações e o ebitda aqui sim conseguiram-se melhorias de cerca de 0,7M€ e são esses os grandes ganhos responsáveis pela melhoria das contas finais consolidadas. Relativamente a rácios por exemplo pode-se constatar que os encargos financeiros não tendo reduzido não tiveram uma grande redução de peso face ás vendas que caíram ligeiramente mas sim em relação ao Ebidta que aumentou muito. Sobre os custos operacionais, existe um alerta do peso dos FSE sobre as vendas que passa de 16% para 24%, o que é muito elevado e que precisa de ser revisto futuramente. E nos custos com pessoal, o peso manteve-se, já que estes tiveram também um ligeiro decréscimo tal como as vendas liquidas.

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRAÇÃO Sras e Srs. Shareholders e Stakeholders, Tal como define a lei, e o nosso compromisso, na plena execução da função como administradores, venho em meu nome e dos restantes membros do Conselho de Administração fazer a apresentação da atividade, resultados e acontecimentos relevantes do ano 2015 (Maio 2015 a Abril 2016). O relatório de gestão da Comissão Executiva detalha com a profundidade necessária os factos e situações relevantes a relatar sobre este período, mas não posso deixar referir algumas palavras relativamente a este exercício e aos seus resultados. Se no ano 2014 os sinais de inversão dos resultados da empresa eram promissores já que se tinha conseguido recuperar de um prejuízo de 1,9M€ em 2013 para 0,6M€ negativos, 2015 veio confirmar a tendência de recuperação, com um resultado de 0,1M€ negativo. Apesar de em 2015 ainda não ter sido possível alcançar lucros efetivos, o resultado já está praticamente no zero, o que demonstra bem não só que as medidas que a gestão tomou estão a dar os seus frutos, como se indicia que o estão a fazer de forma consistente. Apesar de as políticas de crescimento estarem a dar retorno, a empresa está a enfrentar o colapso cambial e monetário de Angola (fator que condicionou as vendas globais mas que em termos de resultados não foi comprometedor. Apresento portanto o meu agradecimento aos nossos colaboradores que sempre, salvo em pouquíssimas situações pontuais e limitadas, souberam honrar o nome da empresa mesmo num período tão difícil como o que passou, sempre se mostraram ao lado da empresa e da administração nas horas mais delicadas e nunca deixaram de acreditar na casa onde trabalham e no seu futuro. Uma palavra de agradecimento também aos nossos fornecedores e clientes com quem ano após ano temos tido cada vez melhores relações. Por fim um agradecimento especial aos senhores acionistas que sempre apoiaram esta administração especialmente nesta hora difícil em que é necessário sacrificar alguns compromissos assumidos no passado em prol da sustentabilidade e subsistência do grupo Enoport.

Georgina Santos

Presidente Conselho de Administração Tinta Santa II – Sgps, SA

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ÓRGÃOS SOCIAIS E DE GESTÃO 2015 - 30/4/2016

Em 11/9/2014 a Enoport United Wines Sgps alterou a sua designação social para Tinta Santa II Sgps, contudo o grupo e a marca corporativa utilizada mantém-se como Enoport United Wines, essa designação manteve-se durante todo o exercício de 2015 (1/5/2015 a 30/4/2016). Conselho de Administração Tinta Santa II – SGPS, SA. Presidente: Georgina da Silva Cruz Vice-Presidentes: António Manuel Figueiredo dos Santos Nuno Miguel Santos Fiscal Único Tinta Santa II – SGPS, SA. Kaizeler, Lourenço & Santos, Auditores. SROC Representado por: Sérgio Manuel Santos Malino – ROC 1122 Suplente: João Cabrito Lourenço – ROC 531 Comissão Executiva Tinta Santa II – SGPS, SA.

Nuno Santos Administrador Executivo Presidente Comissão Executiva (CEO)

José Reis Diretor Financeiro Chief Finance Officer (CFO)

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ORGANOGRAMA DO GRUPO EM 2015 – 30/4/2016:

Em 2015 (Abril 2016) o Grupo Enoport, consolidou a atividade de 5 distribuidoras (WW, EDB, EST, ENA, EST, PWS), 2 empresas de Agro-turismo (ENV, CMB), 2 produtoras (EPB, CVP) e 1 empresa de prestação de serviços internos (FSE) onde se inclui uma outra que funciona como central de compras de seguros (FSS). E 2 empresas não tiveram atividade relevante, SVE e TSV. Fora de Portugal, além da Enoang Comercio de Bebidas Lda, sedeada em Angola, existe a EnoAsia Entreprises Limited, sedeada em Hong Kong e detida a 100% pela Tinta Santa II SGPS SA. Esta ultima detém a Exclusive Selection Trading Lda (Macau), e a Prime Wines Shanghai Corp (China) cujo foco assenta na distribuição direta e gestão de importadores na China Continental. Existe um propósito forte em o grupo promover uma simplificação societária que permita uma redução relevante da sua estrutura formal. Assim sendo é natural que nos próximos anos se venham a operar fusões e simplificações.

Tinta Santa II

SGPS

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RELATÓRIO DE GESTÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA 2015

Enquadramento Macroeconómico:

De acordo com a generalidade dos analistas, 2015 registou um crescimento moderado, abaixo das projeções e do crescimento registado no período homólogo, quebrando uma tendência de crescimento gradual, registando o pior desempenho desde 2009. A destacar-se a volatilidade sentida nos mercados cambiais, com o euro a perder para a maioria das principais divisas dos mercados de exportação. A queda acentuada do preço do petróleo e o abrandamento das economias emergentes, anteriormente designadas como motores do desenvolvimento mundial futuro, como o Brasil, a Rússia e a China. De acordo com as estimativas do World Economic Outlook (WEO) 7 de janeiro de 2016, do Fundo Monetário Internacional (FMI), a taxa de crescimento global recuou de 3,4% em 2014 para 3,1% em 2015. Essa evolução decorreu do arrefecimento na taxa de crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento, que teria recuado de 4,6% em 2014 para 4% em 2015. Nas economias desenvolvidas, o documento estima que o crescimento econômico acelerou de 1,8% para 1,9%. As previsões indicam que, em 2015, os EUA continuaram o ritmo de crescimento do triénio anterior, onde o crescimento estimado prevê-se que ronde os 2,5%, mais 0,1 que no ano anterior A nível europeu, o ritmo de expansão da economia avança lentamente, os valores finais apurados em 2015, apontam para sinais de retoma, ainda que com um crescimento de cerca de 1,5%. A região segue enfrentando riscos de deflação. O índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em 2015.No Reino Unido, apesar de ser a economia que mais cresce entre os países desenvolvidos, o crescimento económico de 2015 foi de 2,2%, o que representa o valor mais baixo desde 2012. A economia chinesa tem sofrido nos últimos anos um desaceleramento constante, ainda que pouco pronunciado, cifrando-se o PIB de 2015 em níveis de crescimento inferiores aos de 2014 (7,3%). Estima-se que em 2015 o crescimento da economia chinesa tenha alcançado 6,9%. Quanto à economia do Brasil tem abrandado o seu ritmo de crescimento, acentuou de forma vincada a espiral recessiva. O crescimento do PIB rondará, segundo as estimativas os 3,8%. Quanto à Rússia, entrou numa recessão económica intensa. Enquanto em dados de 2014 indicaram um crescimento do PIB de 0,6%, em 2015 esse indicador deverá cifar-se nos -3,8%.

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Em Angola estima-se que a economia tenha crescido 3,5%, um valor mais baixo que nos anos anteriores, reflexo da descida do preço do petróleo, principal fonte de rendimento do país, e a consequente desvalorização da moeda local face ao dólar e ao euro. Mercado cambial Em termos de mercado cambial, o mesmo tem evoluído de forma instável. No início de 2015 a cotação do euro face ao dólar era de 1,2043 e no final do ano a mesma cotação era de 1,0887. Na mesma linha o euro desvalorizou-se face ao franco Suíço e à libra esterlina e ao Iene do Japão, (dados do BCE). Comportamento do setor No que concerne ao comportamento global do setor, as estimativas apresentadas pela OIV –Organização Internacional da Vinha e do Vinho, apontam para um crescimento da produção mundial de vinho na ordem dos 2% em 2015, sendo França, Itália e Espanha os maiores produtores a nível mundial. O consumo mundial de vinho manteve-se estável em 2015 com valores próximos dos 240 milhões de hectolitros. Verifica-se uma evidente mudança no perfil do consumo com maior crescimento nos países fora da Europa, onde cerca de 39% do consumo mundial de vinho feito fora da Europa, contrastando com os 31% no ano 2000. Os Estados Unidos da América continua a ser o maior consumidor mundial. Perspetivas futuras Apesar de se prever uma evolução negativa do consumo per capita a nível global, que poderá sofrer um decréscimo pela primeira vez nos últimos 20 anos, estima-se que a evolução do setor aponte para um crescimento de consumo pelos millennials, associado também a uma tendência do negócio em que se privilegia o fator qualidade face ao fator quantidade, assim como uma mudança nos hábitos de consumo nos EUA. Perspetiva-se também o regresso da China a crescimentos anuais significativos, que farão cada vez mais, deste, um mercado de referência. Projeções para 2016 Relativamente ao crescimento da economia mundial para 2016 e 2017, o FMI aponta para um crescimento esperado de 3.4% para 2016 é de 3.6% em 2017. O crescimento nas economias desenvolvidas deverá ser de 2.1%. Do lado das economias emergentes e em desenvolvimento, o FMI prevê uma aceleração para 4.3% em 2016. Em relação aos EUA, o crescimento económico de 2016 espera-se que seja de 2.6%. Na Zona Euro, o crescimento deverá acelerar para 1.7% em 2016, suportado pelo consumo privado. França, Alemanha, Japão, Rússia e EUA beneficiarão dos preços reduzidos do petróleo e de condições financeiras favoráveis, e que deverá compensar o enfraquecimento das exportações líquidas, dada a débil procura externa.

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A instituição espera que a economia chinesa volte a desacelerar em 2016. A Índia e a restante Ásia Emergente deverá continuar a crescer a um ritmo acelerado. Na América Latina e Caribe, a contração económica deverá refletir a recessão no Brasil e noutros países em situação de instabilidade económica. O Médio Oriente, por seu lado, continuará a ser afetado pelos baixos preços do petróleo e, em alguns casos, pelas tensões geopolíticas e conflitos internos, mas, ainda assim, deverá crescer a um ritmo favorável. A Europa Emergente também deverá expandir, embora a um ritmo inferior ao do ano anterior. Neste caso, o realce vai para a Rússia, que deverá continuar a ajustar-se aos baixos preços do petróleo e às sanções do Ocidente, o que implicará uma recessão da atividade económica em 2016. Pelos dados da Comissão Europeia, até 2017 espera-se que as economias de todos os Estados-Membros se expandam. Espera-se que o consumo privado continue a ser o principal motor do crescimento de 2016 e do próximo ano, apoiado por um mercado de trabalho melhorado e pelo aumento dos rendimentos reais disponíveis. O Eurosistema prevê um aumento do PIB de 1,6 em 2016 para 1,7 em 2017 e 2018. O Banco de Portugal reviu em baixa a previsão de crescimento económico para 2016, duas décimas para 1,3%.Se esta projeção se concretizar, a economia deverá abrandar face a 2015, quando o PIB subiu 1,5%. Para 2017 prevê uma ligeira aceleração da economia nacional para 1,6%, para voltar a abrandar novamente em 2018 para 1,5%. Analisando os diversos componentes do produto interno bruto, as exportações são quem sofre o maior abrandamento. O banco central estima agora um peso das exportações de 1,6% em 2016. Quanto às importações, a instituição prevê uma desaceleração para 2016, face ao ano anterior. O BP estima agora que esta componente seja de 2,8%. Relativamente ao investimento, o banco central também prevê uma desaceleração. As estimativas sobre este índice apontam para um crescimento, em 2016, de apenas 0,1% para voltar a acelerar para acima dos 4% em 2017 e 2018. Em Portugal, as últimas projeções do Banco de Portugal para 2015-2016 apontam para uma aceleração do crescimento do PIB para 1,7% e 1,9%, respetivamente (acima do projetado pela Comissão Europeia para a Zona Euro, que é de 1,5% em 2015 e 1,9% em 2016). O crescimento na economia portuguesa deverá ser assente na manutenção de um crescimento robusto das exportações de bens e serviços (+4,8% em 2015 e +6,0% em 2016), a par de uma recuperação moderada da procura interna (+2,1% em 2015 e +1,8% em 2016). De acordo com a Comissão Europeia, o emprego registou um aumento de 1,4% em 2014 (após -2,9% em 2013), prevendo-se um crescimento mais moderado no

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período 2015-2016 (0,6% e 0,7%, respetivamente). A taxa de desemprego deverá continuar a baixar nesse período, para 13,4% em 2015 e 12,6% em 2016. Segundo a OMC (Organização Mundial do Comércio), o volume de comércio global deve crescer apenas 1,7% em 2016. Também estima um crescimento mais lento do comércio em 2017, que deve variar entre 1,8 e 3,1%, refletido da desaceleração da China e Brasil e redução das importações dos EUA. Adverte a organização sobre as várias incertezas que pesam nas perspetivas para o restante de 2016 e 2017. “Como por exemplo a volatilidade financeira provocada pelas mudanças que afetam a política monetária”, “os discursos que afetam políticas comerciais e efeitos do Brexit no Reino Unido”. Segundo a Comissão europeia, o crescimento das exportações da área do euro deverá acelerar ao longo de 2016, após uma moderação no segundo semestre de 2015. Isto deve-se aos efeitos atrasados da depreciação do euro, custos unitários de mão-de-obra mais baixos e um aumento gradual da procura externa. Por estimativa do Eurostat, em meados de 2016 a inflação é de -0,1% na zona euro e deve registar até final do ano uma recuperação devendo situar-se no final do ano nos 0,2%. Prevê 1,3% para 2017 e 1,6% para 2018. O emprego deve continuar a subir modestamente. As taxas de desemprego continuarão a cair, embora a um ritmo mais lento do que no ano passado. O declínio deve ser mais acentuado nos Estados-Membros onde as reformas do mercado de trabalho foram implementadas. A taxa de desemprego na área do euro deverá cair de 11% em 2015 para 10,5% em 2016 e 10,2% em 2017. Anteriores quedas do preço do petróleo continuam a pesar na inflação a nível mundial, que se mantém nos 0,8%, deverá permanecer fraca no curto prazo, prevendo-se um aumento gradual no 2º semestre de 2016. O Banco Central Europeu que prevê para Portugal, em 2016, um crescimento de 1,3%, uma inflação de 0,7% e um desemprego de 11,9%. A evolução da taxa de desemprego é descendente, passando dos 12,4% de 2015, para 10,7% em 2018, depois de previsivelmente atingir os 11,3% em 2017. Por outro lado, a relativa melhoria da economia esperada para 2017 e 2018, com os mencionados crescimentos mais fortes do PIB e a esperada descida da taxa de desemprego, justifica a aguardada aceleração da taxa de inflação, que dos 0,5% de 2015 deve passar para 1,5% em 2018, depois de registar 0,7% em 2016 e 1,4% em 2017.

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Atividade Consolidada do Grupo

ANÁLISE ÀS VENDAS

€ 2015’ 2014' 2013' 2012 2011 2010 2009 2008

Vendas Consolidadas

23.514.937 25.231.334 23.779.327 31.058.172 34.284.146 30.788.625 29.117.366 33.134.734

VAR n/n-1 -7% 6% -23% -9% 11% 6% -12%

As vendas em 2015 caíram de forma algo notoria face a 2014, (-7%) embora convenha relembrar que em 2014 a empresa realizou uma série de vendas de granel que representaram cerca de 1,2M€ e que não foram geradoras de valor pela margem quase inexistente que tiveram, portanto na realidade não se poderiam classificar como vendas operacionais. Já no relatório do ano anterior a empresa referia que considerava que “as suas vendas líquidas rondavam os 24M€ e não os 25,2M€ apresentados na DR”. Desta forma as vendas globais têm uma quebra real net de 2%. Apesar de se ter atingido o valor mais baixo de vendas de sempre desde a existência do grupo Enoport (2005), a empresa está a fazer esforços para recuperar as suas vendas para os níveis anteriores a 2013 que rondavam em média os 30M€. Efetivamente uma empresa apenas contribuiu decisivamente para a quebra de vendas do grupo, mas nem sequer pela sua atividade, que na realidade não apresentou quebra relevante mas sim pelo impacto cambial na consolidação, que resultado de uma forte desvalorização da moeda local, penalizou gravemente as vendas do grupo.

ANÁLISE DAS VENDAS POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: Do ponto de vista macro, as vendas do grupo dividem-se em 64% na Europa; 20% em Africa; e 8% América e Asia, cada um. Verifica-se que em 4 anos o peso de Africa desce de 30% para 20% e a Europa (nomeadamente Portugal) cresce de 54% para 64%. Pouca variação ocorreu nas Americas e Asia que em 2011 tinham um peso de 7% e em 2015’ tiveram de 8%.

PORTUGAL/EUROPA Detalhando a análise aos mercados, em Portugal, verifica-se um crescimento de 18% face ao ano anterior (cerca de 1,6M€) e pela primeira vez desde 2012 o valor das vendas ultrapassa os 10M€. Embora ainda longe do recorde de vendas de Portugal de 29M€ em 2001 existe a convicção neste momento de que é possível recuperar significativamente e fazer crescer as vendas para valores acima dos 20M€ como aconteceu consistentemente até 2008.

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Em termos de divisão de segmentos, temos um crescimento de 15% no negócio da distribuidora de marcas, a EDB, para os 9,2M€, quando em 2014 valia 8M€, e um crescimento de 38% no negócio de BOB (Buyer Own Brand) isto é marcas detidas ou exclusivas de um cliente, que valeu já 1,4M€ e em 2014 era 1M€. Relativamente ao segundo mercado mais importante da Europa o Reino Unido, verificou-se pela primeira vez desde 2005, vendas abaixo de 2M€, Trata-se de um mercado que tem vindo a apresentar algumas debilidades em termos de performance, especialmente desde 2013. Na realidade cerca de 99% de todo o negócio que se faz com o cliente é BOB para as grandes cadeias de distribuição o que o torna mais arriscado e volátil. Será necessário em anos futuros desenvolver uma nova estratégia para poder retomar a rota de crescimento, nomeadamente através do alargamento do número de clientes e também incremento de vendas nos clientes atuais. O valor recorde de vendas neste mercado foi de 4,2M€ em 2006, sendo que desde 2005 a 2012 a média de vendas sempre foi próxima dos 3,5M€/ano. Em relação aos restantes mercados da Europa, existe também uma componente BOB e uma componente de negócio de marcas. Sendo verdade que o negócio de BOB é o mais incerto, volátil e arriscado, porque um ano vale muito e no ano seguinte vale pouco, aquilo que se verifica é que em 2015 apresentou um crescimento de 78% face a 2014, atingindo um total de 1,3M€. Sobre o negócio das marcas verifica-se também um desenvolvimento muito interessante no ano 2015, com um crescimento de 45% face ao anterior, sendo que pela primeira vez desde 2008 se conseguiu ultrapassar a fasquia do 1M€. Em termos de resumo Portugal vale 45% das vendas da empresa, no seu total (incluindo Portugal, a Europa vale 64% das vendas globais da companhia. No global a performance neste continente é muito interessante com um crescimento de 1,6M€ em Portugal e 2,1M€ no total Europa (+16%). Este foi sem duvida o continente que apresentou a melhor performance em termos mundiais ao longo do ano 2015.

ZONAS 2015 fiscal 2014 fiscal 2013 fiscal 2012

MRC PORTUGAL 9.198.479 7.971.726 8.380.647 12.793.456

BOB Portugal 1.384.565 1.003.102 1.366.117

Total PT 10.583.044 8.974.828 9.746.763 12.793.456

BOB UK 1.922.563 2.361.203 2.123.213 3.612.528

BOB Alemanha 1.311.276 738.398

Resto EUROPA 1.126.869 775.346 669.630 862.383

Total EU s/ PT 4.360.707 3.874.947 2.792.843 4.474.911

Total EU c/PT 14.943.751 12.849.775 12.539.606 17.268.367

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ANGOLA/AFRICA De uma forma geral as vendas do grupo para Africa oscilaram desde os 3,5 a 4M€/ano desde 2000 até 2008 (ano em que arrancou parcialmente a EnoAng). A partir de 2009 e enquanto a EnoAng e o mercado de Angola crescia de forma expressiva, os números evoluíram substancialmente e em 2011 o grupo consegue mesmo superar a barreira dos 10M€ de negócio em Africa, quer com exportações para os vários países, quer com o negócio florescente da EnoAng, como distribuidora local para o mercado Angolano.

No entanto, a partir de 2012, quer por perda de vendas da EnoAng (que entretanto conseguiu estabilizar), quer por perda de algumas exportações para Angola e também para outros países de Africa, quer fundamentalmente por desvalorizações cambiais, decorrentes de perda de posição da moeda Angolana face ao Euro, o volume de negócio consolidado reduz mais de 50% em 4 anos.

Detalhando um pouco mais o tema de Angola e da EnoAng, o que se verificou foi que com a crise no país, que se iniciou em meados de 2013 (embora já em 2012 a EnoAng tenha apresentado uma quebra de vendas na ordem dos 20%, por razões de organização e performance interna), as vendas começaram a cair substancialmente.

A quebra das divisas externas (decorrente da quebra do preço do petróleo) obrigou os importadores a suspenderem as suas compras, e que claro, afetou a EnoAng de igual forma. Por conseguinte a exportação direta para Angola quebrou quase em absoluto em cerca de 3 anos, tendo representado um valor próximo de zero em 2015. O que valeu 2,1M€ em 2011, passou para 0,6M€ em 2012 e 0,15M€ em 2013! Animou para 0,4M€ em 2014 mas acabou por cair em 2015!

No que respeita à EnoAng, as suas vendas subiram muito até final de 2011 (940M AKZ), nos 2 anos seguintes cai um acumulado de 20% (para 750M AKZ) e a partir de 2013 estabiliza e em média as faturações até hoje rondam sempre os 760M AKZ/ano. Contudo o valor cambial do AKZ a partir de início de 2015 começa a cair a pique desvalorizando enormemente as vendas da empresa na consolidação geral do grupo.

Um câmbio de 125 AKZ/€ em 2014, transforma-se em 150 AKZ/€ em final de 2015 e continuou a cair até cerca de 190 AKZ/€ que é o valor aproximado que vigora no momento da realização desta análise.

Este fator teve um impacto determinante quando se analisam as vendas globais da empresa em euros, sendo que só em efeitos cambias se perderam mais de 2M€ de vendas na consolidação e por isso mesmo prejudicando seriamente a performance comercial de Africa e de todo o grupo.

ZONAS 2015 fiscal 2014 fiscal 2013 fiscal 2012

ANGOLA 4.413.789 6.797.154 6.251.012 7.781.113

Resto ÁFRICA 201.257 183.696 372.084 635.722

Total AF 4.615.046 6.980.850 6.623.096 8.416.835

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AMÉRICA Durante cerca de 10 anos o mercado das Américas, que compreende quase exclusivamente 3 países, são eles Canadá, Estados Unidos e Brasil, valeu em média 1M€/ano, pese embora com oscilações por vezes relevantes, como 2000 ou 2009 a valerem cerca de 0,85M€ e 2006 a valer 1,6M€. A partir de 2009 e durante 3 anos consecutivos (10-12) as vendas cresceram a um ritmo de 50% ao ano, tendo alcançado um record em 2012 com 2,85M€. Mas nos 3 anos seguintes (13-15) as vendas apresentaram um ritmo continuo de quebra, tendo em 2015 descido abaixo da marca dos 2M€ de negócio. Em 2013 e 2014 o mercado que mais contribuí para a quebra é o do Brasil que conseguia atingir 1,5M€ em 2012 mas que acaba 2014 com cerca de 0,8M€. Sendo que em 2015 verifica-se uma certa recuperação do Brasil para cerca de 1M€ mas uma quebra muito substancial na América do Norte quer nos Estados Unidos quer no Canadá. Pela primeira vez em 5 anos o mercado da América do Norte, não alcança a marca do 1M€ e apresenta uma quebra de 40%, Não se trata de uma quebra meramente acidental mas sim de um modelo de negócio que necessita de ser repensado e reajustado e que deriva da perda/quebra de 3 clientes importantes nos Estados Unidos e que causaram um impacto muito significativo. Por outro lado tb é verdade que o cliente SAQ (monopólio do Quebec) também não teve uma performance semelhante a anos anteriores o que denota tb necessidade reanalisar a performance e fundamentação dos produtos no mercado. Relativamente à quebra da América do Norte começou-se a implementar uma estratégia de abordagem e gestão do mercado completamente diferente do que até então, nomeadamente através da uniformização do negócio das Américas sob a alçada de um único Area Manager e do mesmo DUN (diretor de unidade de negócio). Esta alteração ocorreu no final do segundo quadrimestre do ano, e por conseguinte já não foi possível de verificar resultados no ano em curso, contudo existe uma perspetiva de crescimento para os anos seguintes. Relativamente ao mercado do Canadá e do Brasil há notas muito positivas de recuperação para os anos seguintes, algo que de resto no Brasil se tinha iniciado já em 2015 face a 2014. Como se constata do quadro abaixo:

ZONAS 2015 fiscal 2014 fiscal 2013 fiscal 2012

AMÉRICA SUL 989.818 841.315 1.010.305 1.470.547

EUA + CND 971.168 1.655.130 1.663.214 1.380.081

Total AM 1.960.987 2.496.444 2.673.519 2.850.628

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ASIA Desde 2000 até 2009 (10 anos) a média anual de vendas do grupo para a Asia foi de apenas 0,4M€. Contudo em 2009 por via de uma estratégia de aposta muito significativa no continente Asiático a empresa conseguiu encontrar novos clientes e marcar posição num mercado que ainda era muito jovem e desconhecido. E tal como sucedeu com o mercado das Américas, os 3 anos seguintes (10-12) foram de crescimentos muito expressivos e relevantes, na ordem dos 65%/ano. O valor máximo de negócio aconteceu no ano 2012 com 2,6M€. Para tal contribui o facto de a empresa ter criado uma estrutura local de acompanhamento permanente do mercado com base em Macau (na altura o local de venda com mais expressividade e numero de clientes), mas também pouco tempo depois ter criado uma pequena unidade de importação e distribuição em Shanghai que funciona também como suporte para a permanência de uma equipa que acompanha todo o mercado chinês mesmo na importação. Contudo em 2013 o mercado da China (o principal do continente) tem um revés muito significativo com diversos bloqueios à importação por diversos organismos estatais e pela redefinição do modelo de negócio e distribuição do vinho no país. Na realidade passou-se de um cenário em que o vinho era visto como um artigo de luxo e status social e por isso mesmo assentava em preços de grande especulação, sendo que posteriormente passou a ser um negócio para apreciadores, classe média e preços mais consentâneos com o resto do mundo. Claro que isso teve um impacto extremo no tecido empresarial que assegurava a importação e distribuição do vinho (não só português mas mundial) e por conseguinte muitas empresas fecharam e as importações caíram muito. Felizmente a empresa conseguiu não ter perdas muito significativas, mas quebrou o ímpeto de crescimento que trazia e foi obrigada a reorganizar o seu modelo de negócio. Por um lado pela racionalização da estrutura física e por outro pela procura de novos clientes mais pequenos e com maior complexidade a nível de costumização de produto. Á medida que o mercado se vai reorganizando, há países que se tornam mais competitivos que outros por via da renegociação da carga fiscal que incide sobre as importações e infelizmente Portugal não beneficia dessa situação já que estando na união europeia não tem poder para o fazer isoladamente, e esse não é um tema da agenda comunitária. Perante a situação o ambiente é mais adverso e obrigará a um maior esforço nos próximos anos para manter e/ou crescer as vendas na Ásia.

ZONAS 2015 fiscal 2014 fiscal 2013 fiscal 2012

ÁSIA 1.995.200 2.171.315 2.082.473 2.635.930

Total AS 1.995.200 2.171.315 2.082.473 2.635.930

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ANÁLISE ÀS MARGENS

€ 2015’ 2014' 2013' 2012

Margem Bruta 11.907.750 11.511.275 10.890.537 13.794.764

Margem Bruta % 51% 46% 46% 44%

Tendo em conta a análise do mapa acima verifica-se uma grande subida da margem face ao ano anterior, contudo ela não é tão expressiva como se sugere já que a mesma se encontra por defeito relativamente a 2014. De facto, como explicado no relatório do ano anterior, atendendo a que as vendas desse ano incorporaram uma componente relevante de granel, que foi vendido sem margem, o mesmo baixou o valor percentual final. Se essa venda não tivesse sido realizada a margem bruta da atividade seria de 48%. Desta forma, sai claro que face ao ano anterior essa foi uma das grandes evoluções de 2015, o que de resto contribuiu para uma melhoria dos resultados. Por outro lado é também importante referir que, mais uma vez, a margem global cresce mas essencialmente à custa de compras de mercadorias e de matérias-primas mais baratas do que em 2013 e 14 e não propriamente graças a aumentos de preços no mercado. Em termos mais detalhados e concretamente relativamente a mercados e continentes, temos a seguinte realidade: (por mercado e por empresa - margens estatísticas e não contabilísticas):

Margem %

2012 2013’ 2014’ 2015’

Margem %

2012 2013’ 2014’ 2015’

Europa 25 27 27 26

EDB 31 31 35 32

Africa 36 40 42 48

ENA 39 41 45 49

América 45 34 31 31

WW 31 29 25 29

Asia 20 20 27 27

EST 24 29 28 28

Fruto do crescimento dos negócios de marca branca e exclusiva a margem da europa decresceu 1%. Além disso a EDB está a voltar a vender vinhos de mesa de entrada e portanto a sua margem decresce cerca de 3%. Já a nível dos ganhos o negócio de Africa recuperou quer na exportação quer na EnoAng e a WW também apresentou um ganho relevante de margens. Não obstante o importante foi o grupo ter conseguido crescer em MB contabilística, o que implicou cerca de +0,4M€ de ganho de resultados face a 2014’.

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ANÁLISE AOS CUSTOS OPERACIONAIS:

€ 2015’ 2014 cor 2014' 2013' 2012

Gastos de estrutura 9.280.186 9.364.237 9.364.237 9.047.643 11.242.526

Cost to income 39% 37% 37% 38% 36%

Fornecimentos e serviços externos -5.741.052 -5.270.914 -3.919.906 -5.319.056 -6.170.382

Gastos com pessoal -3.928.558 -4.195.945 -4.195.945 -4.307.570 -5.155.426

Outros “gastos/perdas + ganhos/proveitos” 389.423 102.623 -1.248.385 578.983 83.282

Ao analisar a tabela dos gastos de estrutura de 2015’, verifica-se um decréscimo face a 2014’, mas muito ligeiro, apenas cerca de 0,1M€. Mas como as vendas líquidas (sem granel) decresceram, ao analisar o peso destes sobre vendas, a percentagem não só não desce como até sobe. Essa a explicação da passagem de um cost-to-income de 37% para 39% de 14 para 15. Ou seja, o CTI (rácio de gastos de estrutura sobre vendas) em 2014’ foi um pouco beneficiado face a 2013’ por causa do aumento de vendas com base em granel, sendo que o mais razoável seria uma manutenção. Relativamente a 2015 verifica-se o efeito inverso, ou seja, o rácio é penalizado por uma aparente quebra de vendas que na realidade não tem tanto impacto como indicia. Na realidade em termos net e excluindo os efeitos de vendas de granel, não operacionais, o CTI tem-se mantido estável nos cerca de 38%. Necessariamente a empresa deverá continuar no sentido de reduzir o CTI quer em termos absolutos quer em termos relativos, até porque essa é a única forma de poder fazer face a eventuais cenários de quebra de margens, se e quando estes possa acontecer. Detalhando um pouco a análise dos custos operacionais verifica-se que há um incremento dos fornecimentos e serviços adquiridos a terceiros externos ao grupo. Aqui importa desde logo clarificar que na Demonstração de Resultados de 2014’ ocorreu um erro, pois cerca de 1.35M€ de custos foram erroneamente classificados como “Outros gastos/Perdas” e não como FSE. Assim sendo na realidade o valor de 2014’ para FSE foi de 5,3M€ e não 3,9M€ como anteriormente referido. Por outro lado os Outros gastos/perdas não foi um custo de 1,3M€ mas sim um proveito de 0,1M€. Este erro deve-se ao facto de que na empresa EnoAng os “FSE” foram erradamente classificados com “Outros custos/perdas”, o que acabou por influenciar o consolidado nessas rubricas. Contudo o valor dos gastos operacionais ou designado Cost-to-Income, não se altera, visto tratar-se apenas de uma reclassificação de rubricas. Assim na realidade verifica-se que de 2014’ para 2015’ o valor dos FSE consolidado do grupo aumenta cerca de 9% para 5,7M€ (+0,5M€). Esta realidade está fortemente ligada com o aumento dos projetos de investimento para internacionalização, que sendo comparticipados incentivam a maiores gastos na expectativa de maiores vendas.

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Aliás a esse respeito tem-se notado que nos anos recentes o grupo tem uma componente elevada de projetos (cerca de 1 a 1,5M€/ano) que claramente cria um empolamento nos custos de FSE. No que concerne aos custos com pessoal verifica-se que a empresa está a conseguir progressivamente ao longo dos anos reduzir os seus encargos. Na realidade uma parte verifica-se porque está a reduzir os custos fixos e a transferi-los para variáveis (FSE). Desde 2012 a empresa tem conseguido reduzir os custos salariais em 1,2M€, sendo que a redução mais expressiva decorre precisamente em 2013 (cerca de 0,85M€), sendo que os anos de 2015 e 2013 as reduções já foram mais limitadas. Sobre os “Outros custos/perdas” operacionais vs “Outros ganhos/proveitos” operacionais é importante esclarecer que neste indicador aparecem todas as rubricas que incluem desde subsídios à exploração, ajustamentos de inventários, imparidades de dividas, outros rendimentos e ganhos e outros gastos e perdas. De uma forma geral nos últimos anos os proveitos têm-se sobreposto aos custos e esta rubrica é sempre positiva ajudando a melhorar o Ebitda. Apesar de na DR de 2014 como se referiu existir uma gralha que sobre considera os Outros Custos e não os considera na rubrica de FSE. Contudo fazendo o ajustamento dos valores de 2014 mais uma vez se confirma que nos últimos 4 anos a empresa tem tido um saldo positivo que favorece os resultados.

€ 2015’ 2014' 2013' 2012

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -909.475 -1.130.319 -1.236.531 -1.481.036

Juros e rendimentos similares obtidos 15.107 0 3.956 12.836

Juros e gastos similares suportados -1.524.963 -1.524.870 -2.726.375 -2.457.167

Relativamente aos custos não operacionais como as amortizações e os custos financeiros, verificamos uma tendência comum ao longo do tempo, descida. O primeiro está relacionado com o reduzido investimento que a empresa tem vindo a efetuar nos últimos anos e que há medida que os bens vão sendo amortizados conduzem a uma redução dos valores globais de amortizações. Sobre os encargos financeiros e apesar de se verificar uma redução importante face ao valor de 2011 (cerca de 3,5M€), fica-se com a ideia que as reduções vão acontecendo em escada, ou seja, de 2 em dois anos. Não só porque o ritmo de abatimento da divida nestes anos é ainda reduzido como também em Angola está a verificar-se um fenómeno que implica custos financeiros muito elevados para que se consigam efetuar as operações de pagamento ao estrangeiro. Esse fator é muito relevante no total de juros e gastos similares suportados. Por exemplo em 2015 1M€ provém das empresas financiadas em Portugal, 0,4M€ provêm de Angola e 0,1M€ provêm de Macau.

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ANÁLISE DE RESULTADOS

Demonstração de Resultados DR – CONSOLIDADA

2015’ 2014' 2013' 2012

EBITDA 2.627.563 2.147.038 1.842.894 2.552.238

EBIT = Resultado Operacional 1.718.089 1.016.719 606.362 1.071.202

Resultado Antes de Impostos 208.232 -508.151 -2.116.056 -1.373.129

Resultado Liquido do Período -66.086 -595.365 -1.936.070 -1.288.127

Provavelmente este será o quadro mais importante de todo o relatório porque é aquele que permite efetivamente aferir se todo o esforço que a empresa tem vindo a desenvolver, está ou não a dar resultado. Efetivamente verifica-se que sim. Fazendo apenas uma análise de princípio e fim, o que se constata é que a empresa consegue em 3 anos, recuperar os resultados negativos mantendo crescendo até ligeiramente no Ebitda. Aliás, pode-se até concluir que a recuperação se deu em 2 e não 3 anos, já que os resultados de 2013 se agravaram substancialmente face a 2012, quer com aumento dos prejuízos quer com reduções do Ebitda. Em 2014 e 2015 a empresa cresce o seu Ebitda em 0,8M€ e melhora os resultados em 1,9M€. É certo que o grande ano de recuperação foi 2014 (onde se dá o maior crescimento do Ebitda e redução dos prejuízos) mas 2015 permite consolidar esse movimento. De facto, apesar de não chegar ainda aos lucros a empresa poderá já considerar que atingiu o mínimo necessário para não ter que assumir mais perdas. Contudo e em abono da verdade, ainda não se conseguiu alcançar o valor de Ebitda de 2011 (cerca de 5M€ - embora corrigido de reavaliações imobiliárias rondasse os 4,2M€). Esse sim será o valor que permitirá que a empresa em anos normais possa reconhecer sempre lucros, e em anos anormais, possa pelo menos não ter prejuízos. De notar que a partir de 2012 a empresa passou a não afetar resultados operacionais (Ebitda ou P/L) pelas reavaliações imobiliárias e como tal os valores apresentados são líquidos, algo que não aconteceu desde 2005 a 2011. Do ponto de vista da análise líquida dos Ebitdas (expurgando reavaliações imobiliárias), 2015’ apresenta o 4º melhor valor de sempre, conseguido pelo grupo e ficou muito próximo de atingir o 3º. Além disso, valida uma tendência de crescimento pelo segundo ano consecutivo que se espera que perdure nos próximos anos. Os resultados líquidos, quer de 2014’, quer especialmente os de 2015’, são os mais interessantes do grupo desde a sua fundação em 2005. Na realidade expurgando reavaliações imobiliárias, nunca o grupo teve resultados negativos tão baixos e mais uma vez com uma tendência de melhoria ao longo do tempo.

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Atividade por Blocos Geográficos

As diversas empresas do grupo Enoport estão de certa forma divididas por bloco geográfico, sendo eles, Europa (Portugal); Africa (Angola) e Asia (China/Macau). A partir de 2015 passaremos a fazer a análise de cada bloco tendo em conta a geração de valor aportada por cada um. O bloco Europa inclui as empresas que se localizam no espaço europeu, sendo que neste momento apenas há empresas em Portugal. As mais relevantes e que efetivamente geram resultados são:

EPB – Enoport Produção de Bebidas EDB – Enoport Distribuição de Bebidas CVP – Cavipor Vinhos de Portugal ENV – Enovalor Agroturismo WW – World Wine Comércio Internacional

O bloco Africa inclui empresas que se localizam no espaço Africano, sendo que neste momento apenas há uma empresa em Angola:

ENA – EnoAng Comercio de Bebidas

O bloco Asia inclui empresas que se localizam no espaço Asiático, sendo que neste momento teremos 3 empresas sendo uma delas holding das restantes:

EEL – EnoAsia Enterprises (que incorpora e consolida com a PWS – Prime Wines Shanghai e a EST – Exclusive Selection trading)

Para corretamente fazer a analise dos resultados de cada um dos blocos serão analisadas as consolidações de cada um dos blocos individualmente. Notar que a consolidação de resultados do grupo não resulta diretamente da soma aritmética agregada dos resultados de cada bloco já que individualmente apenas se anulam os efeitos intrabloco e não entre blocos. Contudo a análise consolidada por bloco permite-nos obter uma aproximação a que resultados, gera cada bloco e também perceber se o grupo decidisse abdicar de algum(ns) dos seus blocos, que impactos isso teria nos resultados. Por outro lado é um indicador interessante para perceber em que geografias, a empresa consegue melhores resultados e em quais deveria apostar mais no sentido de os maximizar. O grupo tem de fazer um forte investimento pelo facto de ter empresas fora do mesmo âmbito geográfico e esta análise permite ter uma noção dos resultados que esse investimento devolve. Para além da análise consolidada de cada bloco em alguns casos (como no caso do bloco Europa) é importante fazer a análise de cada uma das empresas mais relevantes.

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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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Bloco Europa:

Demonstração consolidada de resultados por naturezas em 30 Abril 2016

Rendimentos e Gastos DR - CONSOLIDADA

2015’ 2014’

Vendas e serviços prestados 19.612.291 20.898.843

Subsídios à exploração 9.586 9.807

Variação de Inventários na produção 1.426.265 -302.268

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -11.924.763 -11.004.428

Fornecimentos e serviços externos -4.791.364 -4.743.874

Gastos com pessoal -3.109.380 -3.050.413

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 0 -214.527

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 17.835 18.605

Provisões (aumentos/reduções) -90.000 0

Outros rendimentos e ganhos 969.227 903.512

Outros gastos e perdas -503.917 -720.596

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 1.615.781 1.794.658

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -893.280 -1.029.450

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 722.501 765.209

Juros e rendimentos similares obtidos 38.005 0

Juros e gastos similares suportados -1.039.650 -1.149.922

Resultado antes de impostos -279.144 -384.713

Impostos sobre rendimento -186.382 17.176

Resultado líquido do período -465.526 -367.536

Ao analisar a DR consolidada de Portugal/Europa, verificamos que 2015’ representou uma quebra face a 2014’. Desde logo porque como foi referenciado, existiu nas contas de Portugal uma venda de granel sem margem que empolou positivamente as vendas de 2014’. Na realidade deveriam ser abatidas de 1,2M€ de granel. E desta forma aplicando estas correções a quebra de vendas não é expressiva (cerca de 0,5%). Relativamente ao tema da margem, percentualmente as duas se equiparam nos 46%, sendo que em valor absoluto a de 2014 é maior já que tem uma base de vendas superior. Contudo mesmo se corrigirmos o valor das vendas de 2014’ a mesma fica tb aumentada face a 2015’, ou seja deveria rondar os 49%. Relativamente ás outras rubricas que compõem o Ebitda, verifica-se uma estabilização quer nos FSE (+1%) quer no Pessoal (+2%) e um incremento positivo de outros proveitos vs outros custos na ordem dos 0,4M€. Desta forma o Ebitda decresce cerca de 0,18M€ face a 2014 (-10%). Fundamentalmente a quebra de vendas/margem acaba por comprometer o ganho nos resultados. As amortizações caem cerca de 0,14M€ e os custos financeiros caem cerca de 0,15M€. O efeito combinado destas duas rubricas acrescenta mais 0,28M€ de resultados positivos face a 2014. Contudo como os impostos têm um aumento líquido de 0,2M€, o resultado líquido do grupo acaba por cair cerca de 0,1M€ no bloco Europa face ao ano 2014.

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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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EPB – Enoport Produção de Bebidas

Rendimentos e Gastos 2015’ 2014’ 2013’

Vendas e serviços prestados 15.514.493 17.205.162 15.913.107

Variação de Inventários na produção 987.195 11.606 4.039.236

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -12.373.058 -13.285.073 -16.270.977

Fornecimentos e serviços externos -2.724.135 -2.703.434 -2.465.350

Gastos com pessoal -1.547.477 -1.252.027 -984.887

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 0 -92.318 0

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 12.649 16.621 0

Outros rendimentos e ganhos 768.146 785.329 681.871

Outros gastos e perdas -193.176 -280.622 -209.309

EBITDA 444.637 405.243 703.361

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -282.154 -400.039 -470.216

Juros e gastos similares suportados -246.503 -172.466 -406.526

Resultado antes de impostos -84.020 -167.261 -171.412

Impostos sobre o rendimento do período -6.904 -26.079 6.362

Resultado líquido do período -90.924 -193.340 -165.051

Em 2015 o volume de negócios cai cerca de 1,7M€. As vendas repartem-se por 3 canais de vendas:

Mercado direto 4,75M€ Granel 0,56M€ (negócio com margem) Intragrupo 10,2M€

Verifica-se uma quebra relevante, quer no negócio intragrupo, quer no negócio de granel. Em relação ao negócio direto, aquele que esta empresa controla de forma integral, verifica-se um crescimento interessante de 0,5M€. A EPB exporta cerca de 34% daquilo que vende. Contudo considerando apenas o negócio direto exporta 68% daquilo que vende. Na realidade o seu negócio principal é abastecer as distribuidoras do grupo (quer a nível nacional quer a nível internacional) e também assegurar os negócios de BOB que o grupo conseguir realizar. Em termos de resultados a empresa apresenta um ligeiro crescimento do Ebitda na ordem dos 10%, fruto da melhoria da margem e do aumento dos outros ganhos operacionais em 0,16M€, apesar de um aumento dos custos com FSE e Pessoal num global de 0,32M€. Ainda assim foi possível reduzir em mais de 50% os prejuízos de 2014, fixando-se o RL abaixo dos 0,1M€, o que indicia que poderá ser possível já em 2016 chegar aos lucros com a EPB A empresa representa um papel fulcral na estrutura do grupo uma vez que o modelo de negócio em que o grupo trabalha neste momento baseia-se na capacidade de produzir e servir os clientes com um sem número de referências que sem capacidade de produção própria não seria possível de manter.

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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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EDB – Enoport Distribuição de Bebidas

Rendimentos e Gastos 2015’ 2014’ 2013’

Vendas e serviços prestados 8.097.556 7.972.135 7.781.368

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -5.508.906 -5.177.404 -5.402.821

Fornecimentos e serviços externos -1.600.602 -1.781.709 -1.928.301

Gastos com pessoal -701.752 -674.498 -613.443

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 0 -122.209 0

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 1.783 1.984 -12.356

Provisões (aumentos/reduções) 0 0 -129.700

Outros rendimentos e ganhos 35.026 35.838 66.706

Outros gastos e perdas -181.782 -214.271 -201.666

EBITDA 141.323 39.866 -440.214

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -100.118 -100.300 -100.300

Juros e gastos similares suportados -50.838 -57.045 -108.798

Resultado antes de impostos -9.633 -117.479 -649.312

Impostos sobre o rendimento do período -41.979 -45.276 -152.193

Resultado líquido do período -51.612 -162.755 -801.505

A análise da DR individual da EDB, apresenta uma recuperação muito interessante ao longo quer de 2014, quer de 2015. Em termos globais as vendas crescem cerca de 4% face aos números de 2013’ mas tal como se tem verificado em termos globais do grupo, não é o aumento de vendas que tem determinado a melhoria de resultados. Neste caso, deve-se fundamentalmente a reduções de custos. Efetivamente a margem da empresa também se reduz-se quer em termos percentuais (de 35% em 2014 para 32% em 2015) mas também em termos absolutos (cerca de 0,2M€ a menos face aos 2,8M€ de 2014). Este facto de quebra de margem absoluta e relativa deve-se á empresa ter voltado a competir de forma significativa no segmento dos vinhos de mesa. Este negócio veio pressionar as margens globais. Adicionalmente verificou-se um efeito de correção de preços de compra à EPB sendo que em alguns casos não foi possível repassar na mesma proporção os aumentos para o mercado, pressionando mais uma vez a margem da companhia. Contudo a nível dos custos as reduções também são relevantes, pois por exemplo o somatório de FSE, com pessoal, apresenta uma redução de 0,15M€ face a 2014. Ou então, os outros custos operacionais que também apresentam uma redução de 0,15M€ face a 2014. Assim o Ebitda aumenta cerca de 0,1M€ face a 2014. Os custos com amortizações e financeiros mantêm-se estacionários, bem como os impostos face a 2014. Portanto o aumento do Ebitda reflete-se num ganho de resultados líquidos de cerca de 0,1M€.

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CVP – Cavipor Vinhos de Portugal

Rendimentos e Gastos 2015’ 2014’

Vendas e serviços prestados 1.495.937 1.630.438

Variação de Inventários na produção 327.070 -105.099

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -1.330.362 -1.060.988

Fornecimentos e serviços externos -243.973 -193.235

Gastos com pessoal -55.554 -57.677

Outros rendimentos e ganhos 92.346 73.530

Outros gastos e perdas -113.380 -23.102

EBITDA 172.083 263.867

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -278.380 -282.478

EBIT -106.297 -18.611

Juros e gastos similares suportados -239.882 -365.748

RAI -346.179 -384.359

Impostos sobre o rendimento do período 48.028 137.150

RL -298.151 -247.209

Relativamente à Cavipor é desde logo importante referir que a empresa desde 2012 suspendeu a sua atividade de engarrafamento sendo que essencialmente as suas receitas provêm da venda de granel de vinho verde, que resulta da vinificação de uvas que compra no mercado, e das prestações de serviço de dessulfitações e fermentações e por fim, vendas de stocks existentes. Depois de suspender os engarrafamentos, a empresa reduziu bastante a sua faturação mas do ponto de vista de custos não teve reduções muito significativas uma vez que as duas maiores componentes de custos são efetivamente as amortizações e os custos financeiros. Contudo o ano 2015’ do ponto de vista da exploração não foi mais interessante que 2014 já que com menores vendas, cerca de 0,1K€, teve a mesma redução em termos de Ebitda, o que indicia que os custos operacionais aumentaram, nomeadamente FSE e Outros gastos e perdas. Efetivamente os resultados só não se agravaram mais porque se verificou uma redução interessante nos juros e gastos financeiros a rondar igualmente os 0,1M€. De facto a única forma que a empresa tem para melhorar os seus resultados, passa pelo aumento das receitas o que implicaria um maior aumento de uvas vinificadas, originando maior volume de granel para revenda, e em simultâneo a redução quer de divida quer das amortizações (através por exemplo da venda de ativos). Neste momento a empresa terá a capacidade de escoar toda a produção que vier a conseguir produzir, através da engarrafadora do grupo, a EPB, pelo que é fundamental conseguir mais liquidez para maior compra de uva e aumento de produção.

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ENV – Enovalor Agroturismo

Rendimentos e Gastos ENV

2015’ 2014’

Vendas e serviços prestados 1.206.269 1.389.684

Subsídios à exploração 9.586 9.807

Ganhos/Perdas imputados de subsidiárias e empreendimentos conjuntos -4.816 0

Variação de Inventários na produção 112.000 -208.775

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -308.876 -203.204

Fornecimentos e serviços externos -220.003 -240.730

Gastos com pessoal -273.952 -293.849

Outros rendimentos e ganhos 55.869 89.715

Outros gastos e perdas -11.686 -13.312

EBITDA 564.390 529.335

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -202.869 -214.745

EBIT 361.521 314.590

Juros e gastos similares suportados -272.172 -402.967

RAI 89.349 -88.377

Impostos sobre o rendimento do período -172.092 -19.685

RL -82.743 -108.062

O ano de 2015 poder-se-á classificar como um ano de transição para a empresa Enovalor pois a nível de resultados antes de impostos conseguiu-se uma recuperação interessante mas que por via de ajustamentos relativos a impostos diferidos é foi necessário reconhecer cerca de 0,2M€ de imposto, o que desequilibrou bastante o cenário. De outra forma poderia haver um resultado líquido da ENV, algo que se considera possível nos anos vindouros. Apesar de os proveitos terem decrescido cerca de 0,2M€ (vendas e outros) a empresa conseguiu uma redução de custos também de cerca de 0,2M€, com especial relevo para FSE + Pessoal; e financeiros. As amortizações continuam a descer mas num regime bastante lento. A empresa reconheceu também um valor de perda que, embora pouco significativo, contribui para agravar os seus resultados, relativamente a uma sua participada, a Caves Moura Basto, que habitualmente apresenta até lucros interessantes. Dessa forma e assumindo que o cenário de anos anteriores poderá voltar a acontecer, ou seja, a melhoria de resultados da CMB, e que a atual exploração se poderá manter ao nível de 2015, considera-se que poderá haver uma melhoria para anos futuros. Por outro lado a empresa tem em curso um processo de fusão com, quer a sua participada CMB, quer uma sua congénere, CVP, que apesar de ser bastante lento e com resultado demorado, a acontecer, poderá potenciar melhores resultados ainda, por via das sinergias comuns.

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WW – Comércio de Bebidas

Rendimentos e Gastos WW

2015’ 2014’

Vendas e serviços prestados 3.850.140 4.984.146

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -2.812.896 -3.647.242

Fornecimentos e serviços externos -502.194 -662.982

Gastos com pessoal -309.709 -211.913

Outros rendimentos e ganhos 38.059 94.524

Outros gastos e perdas -60.899 -21.510

EBITDA 202.502 535.023

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -15.855 -7.647

EBIT 186.647 527.377

Juros e gastos similares suportados -82.855 -70.050

RAI 103.792 457.327

Impostos sobre o rendimento do período -9.040 -26.587

RL 94.752 430.740

Em 2015’ a empresa sofreu uma quebra de vendas relevante essencialmente resultante de uma quebra significativa do mercado da América do Norte repartido pelo Canadá e Estados Unidos, Africa e também Asia. Apesar desse facto não consegue uma redução de custos, aliás pelo contrário ocorre um ligeiro aumento. Assim a quebra do Ebitda explica-se essencialmente pela redução de margem, não relativa (que se mantém nos 27%) mas sim absoluta, que cai em valor cerca de 0,3M€, pela importante quebra de vendas verificada. Na realidade o negócio comercial que passa a estar sob a esfera da WW tem um ligeiro decréscimo de 0,8% face a 2013’. As vendas apresentam a seguinte variação: - Europa: 775K€ cresce para 1.128K€ (+0,35M€) - América: 2.504K€ cai para 2.085K€ (-0,42M€) - Africa: 662K€ cai para 254K€ (- 0,41M€) - Asia: 1.132K€ cai para 780K€ (-0,35M€) A grande explicação para o facto reside no clima comercial ao nível da exportação no mundo inteiro que se viveu ao longo de todo o ano e que não foi de todo favorável. Contudo pela interpretação da empresa e da sua equipa, será cíclico e perfeitamente ultrapassável. Em termos de resultados a exceção acontece na Europa que pela primeira vez em negócio não BOB (efetuado pela EPB) consegue ultrapassar a barreira do 1M€ de vendas. Perante estas quebras, os resultados ressentiram-se significativamente contudo é importante ressalvar que a empresa conseguiu manter-se com lucros.

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Bloco Africa: ENA – EnoAng Comércio de Bebidas

EUR AKZ

Rendimentos e Gastos 2015’ 2014’ 2015’ 2014’

Vendas e serviços prestados 4.364.746 6.325.586 828.313.102 761.897.797

Custo das mercadorias vendidas e consumidas -2.484.663 -3.813.309 -471.874.802 -459.301.584

Fornecimentos e serviços externos -909.318 -1.351.008 -172.770.414 -162.724.861

Gastos com pessoal -679.684 -970.823 -129.069.004 -116.932.692

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) -299.751 -36.104.100

Outros rendimentos e ganhos 429.860 556.359 82.254.578 67.011.787

Outros gastos e perdas -1.654 -83.479 -314.268 -10.054.778

EBITDA 719.287 363.575 136.539.193 43.791.569

Gastos/reversões de depreciação e amortização -14.920 -97.837 -2.833.602 -11.784.158

EBIT 704.367 265.739 133.705.591 32.007.411

Juros e gastos similares suportados -433.372 -364.711 -82.303.751 -43.928.371

RAI 270.995 -98.973 51.401.839 -11.920.960

Impostos sobre o rendimento do período -87.919 -60.233 -16.704.521 -7.254.942

RL 183.076 -159.206 34.697.319 -19.175.902

Ao analisar o quadro da EnoAng, quer em Euros quer em Kwanzas, imediatamente salta à vista uma situação muito estranha, isto é, as vendas em AKZ sobre de 14’ para 15’ mas em EUR, descem. Já foi sobejamente falado em outros pontos deste relatório, e portanto explica-se através da alteração substancial da taxa de cambio, na medida que em 12 meses a cotação do AKZ face ao EUR, teve uma perda muito substancial. Dessa forma o aumento real de vendas na ordem dos 8,7% implicou uma quebra de receitas de 31% em EUR na consolidação do grupo em Portugal. Relativamente aos custos de FSE e pessoal verificou-se um aumento também na ordem dos 8%, em cerca de 22MAKZ, mas como o saldo entre outros proveitos e outros custos foi favorável em cerca de 25MAKZ, os custos operacionais mantêm-se estabilizados, o que contribui para a melhoria do Ebitda em cerca 93MAKZ. Acresce uma redução de amortizações em cerca de 9MAKZ mas os custos financeiros disparam cerca de 38M AKZ, cifrando-se assim o saldo num aumento de custos não operacionais na ordem de 30MAKZ. Em resumo os resultados reais da EnoAng melhoram substancialmente, passando inclusivamente do prejuízo para o lucro. No que respeita aos números em EUR obviamente que os números poderiam ser melhores mas com a desvalorização cambial tal não se mostrou possível. Ainda assim a ENA deu um contributo muito positivo para os resultados globais do grupo.

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Bloco Asia: EST – Exclusive Selection Trading

EXCLUSIVE SELECTION TRADING 2014’ 2015’

Vendas 1.051.110 934.644

Prestações de Serviços 500.756 508.805

Custo das matérias-primas consumidas 772.454 670.041

Fornecimentos e serviços externos 499.131 395.283

Gastos com o Pessoal 110.617 78.308

Outros rendimentos e ganhos 3.684 57.663

Outros gastos e perdas 56.446 20.690

EBITDA 116.902 336.790

Gastos/reversões de depreciação e amortização -682

Resultados Operacionais 116.902 336.790

Resultados Financeiros 43.315 70.515

Resultados antes de Impostos 73.587 266.275

Resultados Líquidos 72.205 265.751

O exercício da EST não se pode dizer que tenha sido muito positivo em termos de receitas na medida em que de certa forma ocorreu uma manutenção (-7%). Contudo efetivamente a faturação da empresa não é o mais importante já que em alguns anos algumas das vendas transitam para a outra trading do grupo, a World Wine e noutros acontece o inverso. As variações têm essencialmente a ver com preferências dos clientes, com instrumentos de financiamento e garantia de vendas que umas vezes estão mais disponíveis numa e outras na outra. Contudo essencialmente o grupo tenta que a maioria das vendas executadas para os mercados asiáticos passem pela EST. Efetivamente mais do que as receitas os resultados são o mais relevante (embora em bom rigor também devam ser analisados em conjunto). E nesta matéria o ano de 2015’ foi efetivamente positivo. Dois efeitos essencialmente justificam esse facto, não só as margens crescem cerca de 2pp (de 26% para 28%) mas também porque a empresa consegue alguma redução de custos quer ao nível dos FSE quer ao nível do pessoal. Por outro lado reduz os outros gastos e perdas e aumenta os outros proveitos. Desta forma o Ebitda cresce 188% de 116K€ para 336K€, havendo uma correspondência direta quer dos resultados operacionais (Ebit) quer dos resultados Antes de Impostos e Resultados Líquidos, pese embora os custos de financiamento tenham subido cerca de 63% face ao ano anterior. Assim conclui-se que não só a empresa beneficia do facto de ter um veículo mais próximo do mercado e dos clientes como também essa empresa contribui de forma relevante para os resultados da empresa.

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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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PWS – Prime Wines Shanghai CO

PRIME WINES 2014’ 2015’

Vendas 120.999 € 94.683 €

Prestações de Serviços 82.627 € 41.807 €

Custo das matérias-primas consumidas 68.911 € 70.219 €

Fornecimentos e serviços externos 107.712 € 47.985 €

Gastos com o Pessoal 60.587 € 61.186 €

Outros rendimentos e ganhos 54 € 5.583 €

Outros gastos e perdas 1.188 € 10.408 €

EBITDA - 34.718 € - 47.727 €

Gastos de depreciação e de amortização 2.139 € 262 €

Resultados Operacionais ou EBIT - 36.856 € - 47.989 €

Resultados Financeiros 25 € 30 €

Resultados antes de Impostos - 36.831 € - 47.959 €

RL -36.831 -47.959

A Prime Wines é uma das empresas que presta serviços á EST contudo em 2015 teve uma menor relevância do que em 2014, nessa matéria, Em termos de negócio efetivo de cx de vinho (recorde-se que a PWS é uma distribuidora) este teve uma evolução negativa de 26K€, ou seja, caiu 21,5%. Efetivamente ao contrário do que se passou nos anos antecedentes de 2015’, o negócio caiu e começou a perceber-se que a distribuição local, com todas as situações que lhe assistem, desde a importação, nacionalização, armazenagem, e transporte, poderá não ser o futuro da Prime Wines. Efetivamente faz mais sentido que a empresa funcione como uma prestadora de serviços do que propriamente uma distribuidora. A empresa não tem escala o que dificulta bastante a sua progressão e acima de tudo a possibilidade de rentabilizar a estrutura que está criada. Apesar de ter conseguido uma redução relevante de FSE, a verdade é que a margem também caiu de forma significativa, tendo adicionalmente havido um aumento da rubrica outros custos e perdas. Dessa forma o Ebitda saiu afetado e agrava-se face a 2014’. Assim em cerca de 4 anos de existência a PWS apresenta em 2015’ uma inversão do crescimento de vendas o que tornou mais clara a dificuldade da empresa nos anos vindouros. Na realidade a empresa tem vindo a acumular prejuízos em todos os exercícios e por esse facto a administração do grupo terá de ponderar o que se pretende fazer com a empresa no futuro.

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Relatório e Contas Consolidado EUW 2015

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ANTEVISÃO E DESENVOLVIMENTO DO NEGÓCIO EM 2016’ Para o ano de 2016’ (ou seja, de Maio 2016 a Abril 2017) antecipa-se continuação da recuperação verificada em 2014’ e 2015’. Esta situação será provavelmente conseguida com pequenos contributos de cada uma das rubricas determinantes que influenciam a demonstração de resultados da empresa, como as vendas, as margens, o cost to income, as amortizações e os custos financeiros. Não se espera que o ano 2016’ apresente resultados líquidos negativos o que é muito importante já que desde o exercício de 2011 que o grupo não apresenta lucros. Contudo estima-se que mesmo assim não serão muito expressivos, podendo situar-se entre o 0 e os 500K€. Será de esperar alguma estabilidade e equilíbrio dos preços dos vinhos a granel no mercado, especialmente os que mais tinham subido, como os mesa e regionais, o que poderá eventualmente favorecer alguma recuperação pontual de margens, mas não se espera que possa subir face a 2015’ (46%). Será certamente um ano muito pressionado do ponto de vista de vendas mas acredita-se que poderá haver crescimento de até 1 M€ face aos números de 2015’ (25M€). A empresa tem um plano de 5 anos para voltar a atingir os 30M€ de vendas e embora com algum risco, 2016’ poderá também ser um ano que contribuía para a recuperação. Não se esperam grandes aumentos de FSE ou custos com pessoal embora em Angola a desvalorização cambial vá continuar e isso irá certamente provocar um aumento de custos importante. Para além de aumentar as vendas é muito importante que a empresa melhore progressivamente a relação de Ebitba/Vendas, que em 2012 e 2013 foi de 8%, e em 2014 foi de 9% e em 2015 de 11% mas deveremos manter como alvo no médio prazo atingir os 15%. Para 2016’ seria desejável 12% (para isso só melhorando margem e reduzindo custos). Espera-se que em 2016 se possa ultrapassar a barreira dos 3M€ de Ebitda. Assim o objetivo da empresa neste momento é no médio/longo prazo manter as suas margens brutas o mais próximo possível dos 50%, recuperar os seus Ebitdas para valores próximos dos 4M€ e retornar aos resultados líquidos positivos. Uma vez que as amortizações manterão a sua rota decrescente estima-se que possam manter-se abaixo de 1M€ e os encargos financeiros deverão manter-se em 1,5M€. Dessa forma se o Ebitda for os 3M€ a empresa estaria a trabalhar para resultado antes de impostos 0,5M€ o que seria já muito positivo. Admite-se portanto que 2016’ poderá ser o ano do regresso ao lucro, dando-se como oficialmente acabada a crise que se iniciou em 2012 e durou até 2014. Nos próximos anos a empresa tem como objetivo minimizar as condições que afetaram os seus resultados preparando-se melhor para as crises.

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PARECER E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Os administradores da Enoport – Sgps, S.A, são os responsáveis pela preparação, integridade e objetividade das demonstrações financeiras e demais informações contidas neste relatório. É convicção da Administração que para satisfazer esta responsabilidade, a empresa dispõe de sistemas internos de controlo contabilístico e administrativo capazes de assegurar que os ativos são corretamente avaliados e que todas as operações, transações ou outras, são executadas e escrituradas em conformidade com as normas e os procedimentos corretos e legais. O modelo de consolidação contabilística utilizado não prevê obviamente que o resultado consolidado seja distribuído aos acionistas e que nem sequer seja aplicado em reservas ou na rubrica de Resultados transitados, contudo a administração da Enoport – Sgps reafirma que nas suas participadas e na própria holding individualmente, todas as aplicações de resultados (positivos) se destinam ao reforço das reservas legais quando necessário e na transferência do restante para resultados transitados. Tendo em 2015’ o resultado do grupo sido negativo não só não permite o reforço de reservas como pela via dos resultados transitados haverá uma redução no capital próprio da empresa em termos consolidados. A consolidação das demonstrações das diversas empresas do grupo resultou em 2015’ num resultado líquido negativo equivalente a 66 mil €, que compara com ao prejuízo de 595 mil € em 2014’. As demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício findo em 30 de Abril de 2016, foram aprovadas pela administração em início de Outubro de 2016.

Conselho de Administração Tinta Santa II – Sgps, S.A

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PEÇAS FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Balanço Consolidado 2015 (30 de Abril de 2016)

Rubricas Notas BALANÇO CONSOLIDADO

2015’ 2014’

A T I V O

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis 8 25.468.420 26.116.490

Propriedades de Investimento 11 7.135.444 7.135.444

Trespasse (Goodwill) 0 0

Ativos Intangíveis 7 6.240.478 6.292.697

Ativos Biológicos 9 790.764 860.765

Participações financeiras (método de equivalência patrimonial) 5 0 0

Participações financeiras (outros métodos) 3.763 3.763

Acionistas / Sócios 11.431 6.000

Outros ativos financeiros 25.840 19.865

Ativos por impostos diferidos 1.383.344 1.548.161

Ativos não correntes detidos para venda 0

Subtotal 41.059.485 41.983.185

Ativo corrente

Inventários 13 12.928.334 13.770.672

Ativos Biológicos 0 0

Clientes 6 2.924.878 4.497.171

Adiantamentos a fornecedores 965.194 4.770.410

Estado e outros entes públicos 796.498 978.102

Acionistas/Sócios 0 0

Outras contas a receber 6 7.154.386 3.988.718

Diferimentos 3 262.386 321.029

Ativos financeiros detidos para negociação 0 0

Outros ativos financeiros 0 1

Caixa e depósitos bancários 4 1.042.452 728.248

Subtotal 26.074.128 29.054.351

Total do ativo 67.133.613 71.037.536

O Técnico oficial de contas __________________________________________

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Balanço Consolidado a 30 de Abril de 2016 (cont)

Rubricas Notas BALANÇO CONSOLIDADO

2015’ 2014’

C A P I T A L P R Ó P R I O

Capital Próprio

Capital realizado 20.000.000 20.000.000

Ações (quotas próprias) -1.000.000 -1.000.000

Outros instrumentos de capital próprio 10.000.000 10.000.000

Reservas legais 7.537 7.537

Resultados transitados -5.484.294 -5.117.839

Ajustamentos em ativos financeiros 6 -10.814.857 -9.088.067

Outras variações de capital próprio 28.518 28.518

Subtotal

12.736.904 14.830.148

Resultado líquido do exercício -66.086 -595.365

Total do capital próprio

12.670.818 14.234.784

P A S S I V O

Passivo não corrente

Provisões 15 258.950 168.950

Financiamentos obtidos instituições de credito 24.996.565 23.098.719

Responsabilidade por beneficios pós-emprego 10.639 4.179

Passivo por impostos diferidos 2.645.813 2.667.069

Subtotal

27.912.967 25.939.917

Passivo corrente

Fornecedores 6 6.687.589 12.517.627

Adiantamentos de clientes 51.128 7.381

Estado e outros entes publicos 2.786.371 1.907.585

Financiamentos obtidos instituições de credito 2.661.924 4.267.956

Financiamentos obtidos participantes de capital e outros

6.025.169 6.025.169

Outras contas a pagar 6 8.267.527 5.928.613

Outros Passivos financeiros 36.244 132.291

Diferimentos 3 33.876 76.214

Subtotal

26.549.828 30.862.836

Total do Passivo

54.462.795 56.802.752

Total do capital próprio e do passivo

67.133.613 71.037.536

O Técnico oficial de contas __________________________________________

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Relatório e Contas Consolidado – 2015

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Demonstração de Resultados Consolidada 2015 (30 Abril 2016)

Rendimentos e Gastos Notas DR - CONSOLIDADA

2015’ 2014’

Vendas e serviços prestados 6;14 23.514.937 25.231.334

Subsídios à exploração 16 9.586 9.807

Variação de Inventários na produção 13 1.426.265 -302.268

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 6 -13.033.452 -13.417.791

Fornecimentos e serviços externos 5;6 -5.741.052 -5.270.914

Gastos com pessoal -3.928.558 -4.195.945

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 0 -514.278

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 17.835 18.605

Provisões (aumentos/reduções) 15 -90.000 0

Outros rendimentos e ganhos 970.415 1.460.050

Outros gastos e perdas 5 -518.412 -871.561

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 2.627.563 2.147.038

Gastos / reversões de depreciação e de amortização -909.475 -1.130.319

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 1.718.088 1.016.719

Juros e rendimentos similares obtidos 6;10 15.107 0

Juros e gastos similares suportados 6;10 -1.524.963 -1.524.870

Resultado antes de impostos 208.232 -508.151

Impostos sobre o rendimento do período 18 -274.318 -87.214

Resultado líquido do período -66.086 -595.365

O Técnico oficial de contas __________________________________________

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Demonstração dos Fluxos de Caixa 2015 (30 de Abril de 2016)

Moeda: EUR

Período Findo em 30 de abril de 2016 Unidade: Euros

RUBRICAS TOTAL

2015’ 2014’

Fluxos de caixa de atividades operacionais - Método direto

Recebimentos de Clientes 25.622.411 34.604.580

Pagamentos a Fornecedores -20.540.077

-31.203.262

Pagamentos ao Pessoal -2.515.472 -2.079.789

Caixa geradas pelas operações 2.566.861 1.321.528

Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento -147.996 14.251

Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à atividade operacional

-604.500 -42.045

Fluxos das atividades operacionais (1) 1.814.365 1.293.735

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis -146.025 -193.924

Ativos Intangíveis -3.683 -5.112

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis 0 53.925

Subsídios ao investimento 349.728 49.178

Juros e rendimentos similares 274 0

Dividendos 27 0

Fluxos das atividades de investimento (2) 200.322 -95.933

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de

Financiamentos obtidos 2.869.299 12.601.601

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos -3.376.728 -12.372.889

Juros e gastos similares -964.057 -415.893

Fluxos de atividades de financiamento (3) -1.471.486 -187.181

Variação de caixa e seus equivalentes (1 + 2 + 3) 543.201 1.010.621

Efeitos das diferenças de câmbio -35 0

Caixa e seus equivalentes no início do período 463.007 -414.664

Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.006.208 595.957

Técnico Oficial de Contas A Administração _______________________ ____________________________________

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Anexos ao Balanço e DR Consolidadas 2015’ (30 de Abril de 2016)

Nota 1. Identificação da entidade e Nota introdutória

O grupo Enoport United Wines é composto pela TINTA SANTA II, SGPS, S.A. e suas Subsidiárias (nota 6), tem como atividade predominante a Produção e Comercialização de Vinhos. A Empresa Mãe, TINTA SANTA II, SGPS, S.A. tem como atividade principal a Atividade das Sedes Sociais (CAE Nº 70100) e iniciou a sua atividade em 2004. Tem a sua Sede na Rua Mariano de Carvalho, 2040-242 Rio Maior. Tem um Capital Social de 20.000.000 Euros. Tem o NIPC:505315424 e pertence à Repartição de Finanças de Rio Maior, Cod.: 2062. Está inscrita com nº 1441/040819 na Conservatória do Registo Comercial de Rio Maior.

Entidades acionistas

NIF Denominação Social Morada Valor da

Participação % da

Participação

508968895 Gold Legacy - SGPS,

LDA.

Rua Mariano de Carvalho -

2040-243 Rio Maior 18.000.000,00 95%

Nota 2. Referencial contabilístico de preparação das

demonstrações financeiras consolidadas

As presentes Demonstrações Financeiras consolidadas anexas foram elaboradas de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) previstas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto –Lei nº 158/2009 , de 13 de julho, retificado pela Declaração de Rectificação nº 67-B/2009, de 11 de setembro , tendo em conta as alterações introduzidas pela Lei nº 20/2010, de 23 de agosto. O SNC encontra-se regulado pelos seguintes diplomas:

Aviso nº 15652/2009, de 7 de setembro – Estrutura Conceptual;

Aviso nº 15655/2009, de 7 de setembro – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro;

Aviso nº 15653/2009; de 7 de setembro – Normas Interpretativas;

Protaria nº 986/2009, de 7 de setembro – Modelos de Demonstrações Financeiras;

Portaria nº 1011/2009, de 9 de setembro – Código de Contas. Para elaboração das Demonstrações que se apresentam, a Tinta Santa II, SGPS S.A., utiliza o método de consolidação integral.

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Este método consiste na integração nas Demonstrações financeiras consolidadas dos elementos respetivos contantes nas demonstrações financeiras das entidades incluídas no perímetro de consolidação. De acordo com este método, somam-se linha a linha os elementos das demonstrações financeiras das entidades incluídas na consolidação. De seguida elimina-se a quantia escriturada dos investimentos da empresa mãe em cada subsidiária e a parte correspondente dos capitais próprios de cada subsidiária, são reconhecidos o goodwill e a parcela dos interesses minoritários, que neste caso não existem.

Nota 3. Principais Politicas Contabilísticas

3.1. As Demonstrações Financeiras Consolidadas que se apresentam foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos, com base no princípio do custo histórico, exceto nas situações a seguir indicadas, por força da aplicação das NCRF.

3.2. Linhas gerais das principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:

ATIVOS INTANGÍVEIS

Mensuração Inicial

Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa, sejam controláveis pela empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor. Os ativos intangíveis são registados pelo seu custo, deduzido de amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. São avaliados com base em pressupostos razoáveis e sustentáveis da empresa que utiliza o seu próprio juízo de valor. Mensuração subsequente Os ativos fixos tangíveis de aquisição, deduzido das depreciações e eventuais perdas por imparidade acumuladas, com exceção dos justos valores decorrentes da diferença de consolidação e só são reconhecidos se cumprirem rigorosamente as condições para serem considerados um ativo. As amortizações são registadas numa base sistemática durante a sua vida útil.

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

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Mensuração Inicial O registo inicial é realizado ao preço de custo, adicionado de eventuais despesas inerentes à aquisição (honorários pagos a profissionais, impostos de transferência de propriedade ou demais despesas de compra). Mensuração subsequente A Tinta Santa regista as propriedades de investimento a justo valor, cuja valorização está baseada em avaliações de peritos especializados.

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Mensuração Inicial O custo é equivalente ao preço em dinheiro à data do reconhecimento, compreendendo o preço de compra acrescidos de direitos de importação, custos necessários para colocação em funcionamento, deduzidos de descontos e abatimentos. Mensuração Subsequente Os ativos fixos tangíveis, deduzido das depreciações e eventuais perdas por imparidade acumuladas e só são reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros, se possa medir com razoabilidade o seu valor e se a empresa possuir o controlo sobre eles. A Tinta Santa está a adotar o modelo do custo, registando os ativos fixos tangíveis pelo seu custo menos depreciações e imparidades acumuladas, com exceção dos justos valores decorrentes da diferença de consolidação.

GOODWILL

O goodwill, traduzido pelo excesso do custo de uma concentração de atividades empresariais face ao justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis. É mensurado pelo seu custo.

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS As participações, inicialmente reconhecidas pelo custo de aquisição, são subsequentemente ajustadas mediante as variações dos capitais próprios destas e reconhecidos nos resultados do período, pela aplicação do Método da Equivalência Patrimonial.

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LOCAÇÕES Os contratos de locação são classificados como locação financeira quando são transferidos para o locatário todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo, ou como locação operacional quando não são transferidos para o locatário todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação. Mensuração Inicial Nas locações financeiras os ativos e passivos são registados pelo justo valor do bem locado ou se inferior, pelo valor atual das rendas vincendas. Mensuração Subsequente Os ativos são subsequentemente depreciados numa base sistemática de acordo com a política estabelecida pela empresa para os ativos fixos tangíveis. A componente de gasto financeiro incluída na renda é imputada aos resultados do período a que respeita. Os pagamentos efetuados no âmbito de uma locação operacional são reconhecidos como gasto numa base linear durante o prazo de locação.

CUSTO DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

A Tinta Santa reconhece como gastos do período a que dizem respeito, os custos inerentes aos empréstimos obtidos.

INVENTÁRIOS

A Tinta Santa utiliza o sistema de inventário permanente. Os inventários encontram-se mensurados ao mais baixo entre o custo e o valor realizável líquido. Nas saídas de armazém, utiliza-se o custo médio ponderado como método de custeio.

PROVISÕES

As provisões são reconhecidas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço. Quando cumulativamente, a Tinta Santa tenha uma obrigação presente como resultado de um acontecimento passado, possa ser feita uma estimativa fiável e seja provável um exfluxo de recursos para liquidar essa obrigação.

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INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Contas a receber As contas a receber são mensuradas ao custo menos quaisquer perdas por imparidade. Uma conta a receber encontra-se em imparidade quando existe evidência objetiva de que a empresa não irá recuperar o valor em dívida, considerando as condições acordadas. A perda por imparidade traduz-se na diferença entre as quantias escrituradas e as quantias que se esperam recuperar. A perda por imparidade é reconhecida nos resultados do período.

Caixa e equivalentes de caixa

A caixa e os equivalentes de caixa compreendem dinheiro em caixa e os depósitos bancários à ordem.

Empréstimos Os empréstimos obtidos são mensurados ao custo.

3.3. Acréscimos e Diferimentos

Na preparação das demonstrações financeiras em conformidade com o SNC são utilizadas estimativas que afetam as quantias escrituradas de determinados ativos e passivos, rendimentos e gastos assim como de informação divulgada nas notas. As estimativas e pressupostos são monitorizadas periodicamente com base na informação disponível, bem como, com base num melhor conhecimento e experiência de acontecimentos passados e/ou correntes, sobretudo na data da preparação das demonstrações financeiras. Contudo poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que não sendo previsíveis à data, poderão não ter sido considerados nas estimativas, pelo que o procedimento não evita que valores reais possam diferir das estimativas efetuadas.

Os acréscimos e diferimentos registados são os que a seguir se apresentam:

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Nota 4. Fluxos de Caixa

Os Fluxos de Caixa aqui apresentados, representam o saldo dos influxos (recebimentos/entradas) e exfluxos (pagamentos/saídas) de caixa e seus equivalentes. Em 30 de abril de 2015 e de 2014 o detalhe de Caixa e Depósitos Bancários era o seguinte:

Descrição TOTAL

Acréscimos de rendimentos 1.890.428,97

Subsídio ao desenvolvimento QREN 310.773,22

Subsídio ao desenvolvimento COM-IFAP 1.114.287,08

Serviços Administrativos a debitar 152.967,68

Aluguer de Equipamentos 125.000,00

Fee/Prestação de serviços 177.010,55

Outros 10.390,44

Acréscimos de Gastos 1.895.695,96

Seguros a liquidar 1.060,58

Remunerações a liquidar 463.981,04

Juros a liquidar 139.331,85

IMI 9.862,32

Taxas promoção 12.941,05

Efeito Taxas câmbio 12.760,49

FSE-Serviços Administrativos/técnicos 192.343,73

Gastos comerciais 694.530,65

Projeto COM-IFAP 78.145,45

Outros 290.738,80

Diferimentos 228.510,38

Gastos a reconhecer 262.386,03

Dos quais:

Juros 168.754,22

Justiça tributária 39.249,99

Contratos de manutenção 15.097,54

Rendimentos a reconhecer 33.875,65

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

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A rúbrica do balanço “Caixa e depósitos à ordem”, apresenta o valor de € 1.042.452, representativo do somatório do valor em caixa com os saldos positivos de depósitos à ordem. Os saldos credores de depósitos à ordem no valor de € 36.244, encontram-se registados na rubrica “ Outros passivos financeiros”.

Nota 5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas

contabilísticas e erros

No Exercício foi ri expressa a demonstração de resultados do exercício anterior. Não tendo sido alterado o resultado final, foi corrigido o valor dos fornecimentos e serviços externos para mais 1.351.007,91 em compensação de outros gastos operacionais.

Nota 6. Partes Relacionadas

EMPRESA MÃE TINTA SANTA II, SGPS, S.A. Sede: Rua Mariano de Carvalho, 2040-242 Rio Maior Tel.: 243999070 Capital Social: 20.000.000 Euros Registo Comercial nº 1441/040819 da Conservatória do Registo Comercial de Rio Maior NIPC:505315424 Repartição de Finanças de Rio Maior , Cod.: 2062 CAE Nº 64202 – Atividades das Sociedades Gestoras de Participações Sociais não Financeiras

Denominação Social NIF Morada % de Participação

Tinta Santa II, SGPS, S.A. 505315424 Portugal/Rio Maior Empresa

Mãe/Consolidante

Enoport Distribuição de Bebidas, S.A. 500008957 Portugal/Rio Maior Direta 100%

Cavipor Vinhos de Portugal, S.A. 500129053 Portugal/Rio Maior Direta 100%

Enoport Produção de Bebidas, S.A. 500150850 Portugal/Rio Maior Direta 100%

Freeservice II - Soluções Empresariais Unipessoal, LDA.

500269521 Portugal/Rio Maior Direta

100%

Tinta Santa Vinhos, Lda. 500905312 Portugal/Rio Maior Direta 100%

Designação

Quantia

Disponível para

Uso

Quantia

Indisponível

para Uso

Total

Quantia

Disponível

para Uso

Quantia

Indisponível

para Uso

Total

Caixa

Numerário 14.142,34 14.142,34 9.709,14 9.709,14

Subtotal 14.142,34 0,00 14.142,34 9.709,14 0,00 9.709,14

Depósitos Bancários

Depósitos à ordem 992.065,80 992.065,80 586.248,14 586.248,14

Outros depósitos bancários 0,00 0,00 0,00 0,00

Subtotal 992.065,80 0,00 992.065,80 586.248,14 0,00 586.248,14

Total de Caixa e depósitos bancários 1.006.208,14 0,00 1.006.208,14 595.957,28 0,00 595.957,28

30-04-201530-04-2016

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Enovalor Agroturismo, S.A. 506753000 Portugal/Rio Maior Direta 100%

Worldwine - Comércio de Bebidas, S.A. 506815277 Portugal (ZFM) Direta 100%

Caves Moura Basto, S.A. 501107096 Portugal/Amarante Indireta 100%

SVE - Sociedade de Vinhos da Encosta, LDA.

507206991 Portugal/Penafiel Indireta

100%

Freeservice - Soc. De Mediação de Seguros, LDA.

508832764 Portugal/Rio Maior Indireta

100%

Enoang - Comércio de Bebidas, LDA. Angola Direta 100%

Enoasia Enterpreses Limited Hong Kong Direta 100%

Exclusive Selection Trading Limited Macau Indireta 100%

Prime Wines Shanghai China Indireta 100%

No exercício, o perímetro de consolidação é composto de todas as empresas que integram o grupo. No âmbito do Processo de Consolidação e conforme se encontra definido no § 14 e no § 15 da NCRF 15 – Investimentos em subsidiárias e Consolidação: “14 – Os saldos, transações, rendimentos e ganhos e gastos e perdas intragrupo devem ser eliminados por inteiro” “15 - Os saldos e transações intragrupo, incluindo rendimentos e ganhos, gastos e perdas e dividendos, são eliminados por inteiro. Os resultados provenientes de transações intragrupo que sejam reconhecidos nos ativos, tais como inventários e ativos fixos, são eliminados por inteiro.” Deste modo, foram eliminados os seguintes saldos intragrupo: Clientes – 6.525.503,17€ Fornecedores – 6.437.767,87€ Outras Contas a Receber –5.801.865,63€ Outras Contas a Pagar – 5.864.005,03€ Foram eliminadas as seguintes transações: Vendas e Prestações de serviços – 13.851.982,41€ Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas – 13.122.154,25€ Fornecimentos e Serviços Externos – 1.214.521,52€ Outros Rendimentos e Ganhos - 499.613,36€ Ganhos e perdas em associadas – 441.295,06€ Juros e rendimentos similares – 387.104,93€

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Nota 7. Ativos Intangíveis

Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa, sejam controláveis pela empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação e desenvolvimento registadas até 2009 foram desreconhecidas e a partir do exercício de 2010 são registadas como gasto do período em que ocorrem. Os ativos intangíveis são registados pelo custo de aquisição, deduzido de amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas numa base sistemática, ao longo da vida útil estimada dos ativos. Na rubrica “propriedade industrial” registam-se marcas e patentes. A quantia líquida escriturada de ativos intangíveis pode ser analisada como se segue:

Moeda: EUR

Unidade: Euros

7.1 QUANTIA ESCRITURADA E MOVIMENTOS DO PERÍODO EM ATIVOS INTANGÍVEIS

DESCRIÇÃO Projetos de

desenvolvimento

Propriedade

industrial TOTAL

Com vida útil definida 4 Quantia bruta escriturada inicial 367.867,58 6.670.282,24 7.038.149,82

5 Amortizações acumuladas iniciais 367.867,58 378.258,84 746.126,42

6 Perdas por imparidade acumuladas iniciais 0,00 0,00 0,00

7 Quantia líquida escriturada inicial (7=4-5-6) 0,00 6.292.023,40 6.292.023,40

8 Movimentos no período 0,00 -51.545,39 -51.545,39

8.1 Total de adições 0,00 4.222,26 4.222,26

Adições Aquisições em 1ª mão 0,00 4.222,26 4.222,26

8.2 Total das diminuições 0,00 55.767,65 55.767,65

Diminuições Amortizações 0,00 55.767,65 55.767,65

9 Quantia líquida escriturada final (9=7+8) 0,00 6.240.478,01 6.240.478,01

10 Quantia da garantia de passivos e/ou titularidade restringida

Nota 8. Ativos Fixos Tangíveis

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 2009, data da transição para o SNC, encontram-se mensurados a custo histórico, deduzido de depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os ativos adquiridos após essa data encontram-se mensurados pelo modelo do custo menos depreciações e eventuais imparidades acumuladas, com exceção dos justos valores decorrentes da diferença de consolidação (Goodwill).

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O reconhecimento inicial é equivalente ao preço a dinheiro à data do reconhecimento, compreendendo o preço de compra, direitos de importação, custos necessários para colocação em funcionamento, deduzidos de descontos e abatimentos. As depreciações, são calculadas pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil esperada e imputadas aos resultados do período numa base sistemática ao longo da vida útil do bem. Os gastos subsequentes, como grandes reparações, são incluídos na quantia escriturada do bem quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o custo possa ser fiavelmente mensurado. Os custos de assistência diária do bem, de manutenção e reparação são reconhecidos como gasto no período em que são suportados. Após os bens se encontrarem prontos para uso, as depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil esperada e imputadas aos resultados do período numa base sistemática ao longo da vida útil do bem. Na data do balanço, são revistas as vidas úteis dos ativos, procedendo-se a ajustamentos que se revelem necessários. As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil esperada:

Edifícios e outras construções:………… 50 anos Equipamento básico: ………………………… 8 anos

Equipamento de transporte: …………... 5 anos Equipamento administrativo : ………….16 anos Outros ativos fixos tangíveis: ………….. 8 anos

Com frequência razoável, são efetuados testes no sentido de identificar evidências de imparidade, e sempre que existam, é determinada a sua quantia recuperável. Sempre que a quantia escriturada de um ativo exceda a sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. O inverso será registado sempre que se verifique que o valor recuperável de um ativo seja superior à sua quantia escriturada.

Um item do ativo fixo tangível é desreconhecido aquando da sua alienação, ou quando não se esperam benefícios económicos futuros decorrentes da sua utilização em que é feito o seu abate. Qualquer ganho ou perda proveniente do desreconhecimento de ativos, determinado pela diferença entre o preço de vendas e a quantia escriturada à data da alienação ou abate, é reconhecido nos resultados como outros rendimentos e ganhos ou como outros gastos e perdas.

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A quantia de ativos fixos tangíveis escriturada pode ser analisada como se segue:

Nota 9. Ativos Biológicos

Os Produtos agrícolas (uvas) são os que resultam da colheita dos ativos biológicos pelo que resultam da própria atividade de exploração. São utilizados para incorporar o processo produtivo do vinho. Este, tratado no âmbito da NCRF Nº 18 – Inventários, encontrando-se registado pelo valor do custo ou valor realizável líquido, dos quais o mais baixo. Os Ativos Biológicos de Produção incluem apenas as plantas vivas (vinhas e plantações arborícolas). O seu custo compõe-se pelo custo das plantas e todos os gastos indispensáveis à sua plantação. Na contabilização do reconhecimento inicial dos ativos biológicos adquiridos, por incapacidade de mensuração fiável do justo valor, por ausência de um mercado que determine os preços para este tipo de ativos, foi seguido o disposto no parágrafo 31 da NCRF 17 – Agricultura, ou seja, pelo custo menos qualquer depreciação acumulada e ou qualquer perda por imparidade acumulada. Os valores dos ativos biológicos encontram-se incluídos no mapa demonstrativo dos ativos fixos tangíveis.

8.1 QUA N T IA ESC R IT UR A D A E M OVIM EN T OS D O P ER Í OD O EM A T IVOS F IXOS T A N GÍ VEIS

D escrição

T erreno s

e recurso s

naturais

Edif í cio s

e o utras

co nstruçõ

es

Equipame

nto básico

Equipame

nto de

transpo rte

Equipame

nto

administra

t ivo

Equipame

nto s

bio ló gico s

Outro s

A F T

A F T em

cursoT o tal

1 Quantia bruta escriturada inicial 12.342.164,83 17.933.104,67 18.022.826,65 917.798,96 1.779.589,23 1.995.011,79 1.568.698,97 160.466,10 54.719.661,20

2 Depreciações acumuladas iniciais 3.114,76 7.082.571,45 15.525.723,25 844.130,03 1.705.320,14 1.134.246,86 1.482.087,57 27.777.194,06

4 Quantia líquida escriturada inicial (4=1-2-3) 12.339.050,07 10.850.533,22 2.497.103,40 73.668,93 74.269,09 860.764,93 86.611,40 160.466,10 26.942.467,14

5 M ovimento do período: -2.799,68 -256.975,11 -350.400,92 -3.538,31 -9.406,72 -70.001,38 -14.751,72 24.590,65 -683.283,19

5.1 T o tal das adiçõ es 0,00 4.696,26 32.940,95 48.525,53 12.195,35 0,00 3.610,95 86.900,65 188.869,69

Aquisições em 1ª mão 0,00 4.696,26 32.940,95 29.925,53 12.195,35 3.610,95 86.900,65 170.269,69

Outras aquisições 18.600,00 18.600,00

5.2 T o tal das diminuiçõ es 2.799,68 323.981,33 386.833,97 52.063,83 21.602,09 70.001,38 18.507,98 0,00 875.790,26

Depreciações 272,53 323.981,33 384.178,37 40.761,42 15.874,09 70.001,38 18.507,98 853.577,10

Alienações 2.527,15 2.157,60 2.580,00 7.264,75

Abates 142,41 142,41

Outras diminuições 498,00 8.580,00 5.728,00 14.806,00

5.4 Transferências de AFT em curso 0,00 -62.310,00 62.310,00 0,00

5.6 Outras transferências 0,04 -3.492,10 0,01 -0,02 -145,31 -3.637,38

6 Quantia líquida escriturada final (6=4+5) 12.336.250,39 10.593.558,11 2.146.702,48 70.130,62 64.862,37 790.763,55 71.859,68 185.056,75 26.259.183,95

7 Quantia da garantia de passivos e/ou titularidade restringida 0,00

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Nota 10. Custo dos Empréstimos Obtidos

Custos de empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos bancários são reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização do exercício.

O custo com os empréstimos obtidos são os que se observam no quadro seguinte:

CUSTO DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

CUSTO DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS CAPITALIZADOS POR TIPO DE EMPRÉSTIMO

DESCRIÇÃO

Valor do Empréstimo Juros e gastos similares

suportados Corrente Não corrente Total

1 2 3=1+2 4

Empréstimos genéricos:

Instituições de crédito e sociedades financeiras 1.287.981 25.750.988 27.038.968 1.449.882

Outros financiadores 191.038 191.038 36.313

Empréstimos específicos:

Instituições de crédito e sociedades financeiras 428.483 428.483 38.768

Total 1.907.501 25.750.988 27.658.489 1.524.963

Nota 11. Propriedades de Investimento

As propriedades de investimento caracterizam-se por propriedades detidas para obter rendas e/ou para valorização do capital (terrenos ou edifícios ou parte de um edifício).

Equipamentos

biológicos

1 Quantia bruta escriturada inicial 1.995.011,79

2 Depreciações acumuladas iniciais 1.134.246,86

3 Perdas por imparidade acumuladas iniciais 0,00

4 Quantia líquida escriturada inicial (4=1-2-3) 860.764,93

5 Movimento do período: -70.001,38

5.1 Total das adições 0,00

5.2 Total das diminuições 70.001,38

Depreciações 70.001,38

6 Quantia líquida escriturada final (6=4+5) 790.763,55

7 Quantia da garantia de passivos e/ou titularidade restringida

Descrição

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DESCRIÇÃO Terrenos e Recursos Naturais

Edifícios e Outras

Construções

Outras Propriedades

de Investimento

Total

1 Quantia bruta escriturada inicial 4.304.400 2.710.805 120.239 7.135.444

4 Quantia líquida escriturada inicial 4.304.400 2.710.805 120.239 7.135.444

5 Movimentos no período

6 Quantia líquida escriturada final 4.304.400 2.710.805 120.239 7.135.444

Nota 12. Imparidade de Ativos

Quando o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma perda por imparidade, com efeitos nos resultados do exercício. A quantia recuperável é a mais elevada entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados, como resultados operacionais. Contudo, uma perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida nos casos em que a perda por imparidade não tenha sido registada em exercícios anteriores. As quantias brutas das principais classes de ativos e as respetivas quantias líquidas discriminam-se da seguinte forma:

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Reconciliação entre as quantias brutas e as quantias líquidas por classe de

ativos sujeitos a perdas por imparidade

EXERCÍCIO 2015 (ABRIL 2016)

EXERCÍCIO 2014 (ABRIL 2015)

QUANTIAS BRUTAS

PERDAS POR IMPARIDADE

ACUMULADAS

QUANTIAS LÍQUIDAS

QUANTIAS BRUTAS

PERDAS POR IMPARIDADE

ACUMULADAS

QUANTIAS LÍQUIDAS

CLIENTES 3.808.090 3.808.090 0 3.942.398 3.942.398 0

Nota 13. Inventários

A Tinta Santa II utiliza o sistema de inventário permanente. Os inventários encontram-se mensurados ao mais baixo entre o custo e o valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os custos de compra como preço de compra deduzido de descontos e abatimentos, pode incluir direitos de importação e outros impostos não recuperáveis, gastos de transporte e outros diretamente relacionados com a aquisição, custos de transformação (mão de obra direta, gastos gerais de fabrico) e outros custos incorporados para colocar os inventários no seu local e nas condições atuais. Nas saídas de armazém, utiliza-se o custo médio ponderado como método de custeio. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos estimados de acabamento e dos custos estimados para realizar a venda.

Inventários: políticas contabilísticas adoptadas na mensuração e fórmulas de custeio

MERCADORIAS

MAT PRIMAS

SUBSIDIARIAS

E DE CONSUMO

PRODUTOS

ACABADOS E

INTERMEDIOS

PRODUTOS E

TRABALHOS

EM CURSO

Critérios de mensuração

Regra geral

Custo x x x

Valor realizável líquido x

Critérios de mensuração

Custos de compra (aquisição)

Preço de compra x x x

Direitos de importação e outros impostos não recuperáveis das autoridades fiscais x x x

Custos de transporte, manuseamento e outros directamente atribuíveis à aquisição x x x

Dedução de descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes x x x

Custos de conversão (produção

Custo dos materiais directamente relacionados com as unidades de produção x

Mão de obra directa x

Gastos gerais de produção variáveis imputados com base no uso real x

Outros custos

Gastos gerais que não respeitam à produção x

Custos de concepção de produtos para clientes específicos x

Custos de empréstimos obtidos x

Fórmulas de custeio das saídas de armazém

Custeio médio ponderado x x x x

Sistema de inventário

Inventário permanente x x x x

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Nota 14. Rédito

Rédito O rédito proveniente da venda de inventários, quando os riscos e vantagens inerentes à propriedade são transferidos para o comprador, é registado pelo justo valor dos ativos recebidos ou a receber, líquido de descontos e das devoluções. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido na data da conclusão do serviço, o seu reconhecimento exige que a respetiva quantia possa ser fiavelmente mensurada, que seja provável que os benefícios económicos associados fluam para a entidade e que os custos incorridos respetivos sejam fiavelmente identificados.

Quantias dos réditos reconhecidos no período

exercício 2015 (abril 2016) exercício 2014 (abril 2015)

Vendas 23.425.848 25.113.955

Prestação de serviços 89.089 117.379

Totais 23.514.937 25.231.334

Nota 15. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Provisão é um passivo de tempestividade e/ou quantia incerta, que desde que possa ser efetuada uma estimativa fiável, é reconhecida como passivo. Uma provisão só é reconhecida quando cumulativamente, uma entidade tenha obrigação presente como resultado de um acontecimento passado, seja provável um exfluxo de recursos para liquidar essa obrigação e possa ser feita uma estimativa fiável. No exercício registou-se uma provisão para um processo em litigio com a AT. Os valores registados são os que se seguem:

Provisões

Exercício 2015 (abril 2016) Exercício 2014 (abril 2015)

Impostos 39.250 39.250

Processos judiciais em curso

129.700 129.700

Processos judiciais tributários em curso

90.000

Totais 258.950 168.950

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Nota 16. Subsídios ao investimento

Subsídios do governo

Os subsídios são reconhecidos quando existe segurança de que sejam cumpridas as condições a eles associadas e de que sejam recebidos. Os subsídios do governo não reembolsáveis relacionados com ativos são inicialmente reconhecidos nos capitais próprios sendo subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos necessários para compensá-los com os gastos relacionados . Os subsídios do governo reembolsáveis são registados como passivos.

Relação de subsídios no grupo:

Subsídios ao Investimento - Ativos Fixos Tangíveis

Subsídio Ano Início Valor Subsídio Imputação Ano Imputação Acumulada

Bem Associado

PRODER - Adega Nova na QSJB 2008 253.994,94 9.865,22 68.140,13 Diversos

LEADER+ Proj.nº 213 - Sala Eventos QSJB 2009 46.000,00 1.150,08 7.475,10 20081 015

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 1.049,60 52,48 288,79 20072 034

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 553,15 0 553,15 20072 035

PRODER - Sala Eventos Quinta S. João Batista 2012 18.148,60 203,15 203,15 20081 016

PRODER - Adega Nova na Quinta Boição 2013 86.667,60 3.613,18 42.123,37 Diversos

Total 406.413,89 14884,11 118.783,69

Subsídios ao Investimento - Ativos Intangíveis

Subsídio Ano Início Valor Subsídio Imputação Ano

Imputação Acumulada

Bem Associado

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 2.040,00 0,00 2.040,00 20072 036

Licenciamento Industrial Ambiental QSJB 2009 1.249,94 62,50 406,23 20051 0032

Licenciamento Industrial Ambiental Qtª Boição 2013 612,50 30,62 199,06 20092 001

Total 3.902,44 93,12 2.645,29

Subsídios ao Investimento - Ativos Biológicos

Subsídio Ano Início Valor

Subsídio Imputação

Ano Imputação Acumulada

Bem Associado

IFAP/ VITIS -2006510013557 -QSJB 2007 2010 140.283,00 7.014,12 38.577,79 20071 016

IFAP/ VITIS- 2007510012649 - FAIA 2008 2011 32.084,48 1.604,28 7.219,08 20071 020

IFAP/ VITIS- 2007510012649 - QSJB 2009 2012 73.913,12 3.510,36 15.991,20 20091 001

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 4.631,50 0,00 0,00 20072 029

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 1.869,05 46,73 257,03 20072 030

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 3.693,49 92,34 507,91 20072 031

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 4.311,68 143,64 789,55 20072 032

IFAP/ AGRO- 2004530013673- Med.3.1 Silvicultura

2010 2.111,14 84,45 464,52 20072 033

Total 262.897,46 12.495,92 63.807,08

Moeda:

EUR

Unidade:

Euros

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Relatório e Contas Consolidado - 2015

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DESIGNAÇÂO VALOR

INICIAL 2014 2015 … 21

Subsídios ao investimento

IFADAP/PROAGRO-3º rectº. 146.835,75 10.652,35 8.176,16 2.280,03

IFADAP/PROAGRO-2º rectº. 156.143,57 5.465,07 3.873,00 1.169,74

IFADAP/PROAGRO-1º rectº. 300.861,21 5.453,71 1.167,31

IAPME - INOVAÇÃO QREN (JTB) 82.781,64

686.622,17 21.571,13 12.049,16 4.617,08

Subsídios ao desenvolvimento/internacionalização

Moeda: EUR

Unidade: Euros

Valor

estimado

Valor

recebido

Total

QREN 6027 (EEB) 349.750,60 200.000,00 149.750,60

QREN 4322 (JTB) 205.144,20 44.121,58 161.022,62

OCM - IFAP 53/APVMPT/10-(JTB) 1.328.924,06 1.304.557,09 24.366,97

OCM - IFAP09/IFAP/060-F3 (EEB) 117.567,46 110.054,81 7.512,65

OCM - IFAP 16/APVMPT/2012-F1(EEB) 344.721,34 349.283,44 -4.562,10

OCM - IFAP 46/APVMPT/2012-F1 91.571,24 105.907,80 -14.336,56

OCM - IFAP 80/APUMPT/2014-F1 (JTB) 1.278.910,61 177.604,49 1.101.306,12

3.716.589,51 2.291.529,21 1.425.060,30

Subsídios à exploração 2015 Valor

Conta 7511 9.585,59

Nota 17. Acontecimentos Após a data do Balanço

Não são conhecidos à data quaisquer eventos subsequentes, com impacto significativo nas Demonstrações Financeiras de 30 de Abril de 2016. Após o encerramento do exercício, e até à elaboração do presente relatório, não se registaram factos suscetíveis de modificar a situação relevada nas contas, para efeitos do disposto na alínea b) do nº5 do art. 66º do Código das Sociedades Comerciais.

Nota 18. Impostos Sobre o Rendimento

Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do período engloba o “imposto corrente” e o “imposto diferido”. O imposto corrente é estimado com base nos resultados líquidos ajustados dos gastos e rendimentos não relevantes para efeitos fiscais.

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Relatório e Contas Consolidado - 2015

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A taxa do imposto usada no cálculo é a que legalmente se encontra em vigor à data do balanço. O imposto diferido corresponde ao valor do imposto a recuperar ou a pagar em períodos futuros. O valor dos ativos e passivos por impostos diferidos correspondem a diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou de um passivo no balanço e a sua base de tributação. Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros suficientes para a sua utilização, ou em situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Os impostos sobre o rendimento são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas nos capitais próprios, situação em que o imposto correspondente é igualmente reconhecido nos capitais próprios, não afetando o resultado do exercício.

A Sociedade é tributada pelo regime geral do IRC. Registou os seguintes impostos sobre o rendimento

Exercício 2015

Exercício 2014

Imposto corrente -130.756 -183.694

Dos quais Tributação autónoma -3.140 -36.087

Imposto Diferido -143.561 96.480

Imposto sobre o rendimento do período -274.318 -87.214

Técnico Oficial de Contas A Administração

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RELATORIO E PARECER DO FISCAL UNICO

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MISSÃO, VISÃO E VALORES EUW

Missão

Participar ativamente na evolução do negócio global do vinho e bebidas alcoólicas, trabalhando todos os dias para melhorar a qualidade dos produtos e dos serviços oferecidos aos nossos Clientes.

Visão

Tornar-se uma empresa de marcas globais de vinho e bebidas alcoólicas, capaz de desenvolver negócio consistente quer na vertente da Produção, quer na Distribuição, com especial relevo em geografias de maior potencial de crescimento.

Valores

- Forte flexibilidade e capacidade de adaptação a ambientes diferentes, e ás mudanças de contexto e enquadramento, externo ou interno. - Apetência pelo risco e pelos desfechos menos assegurados e previsíveis. Optar pelos caminhos que a maioria não escolhe. - Luta incessante pela conquista dos objetivos, para lá do limite das normais capacidades. - Aposta constante na mudança, renovação e reinvenção de toda a organização, como forma de progressão e melhoria interna permanente.