relatório dos factores críticos para a decisão

36
AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4 RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO SUMÁRIO A elaboração dos presente Relatório de Factores Críricos de Decisão enquadra-se no procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica desenvolvido no âmbito do processo de elaboração do ‘Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro - UOPG 4’. O desenvolvimento dos estudos de cariz urbanístico assim como o presente relatório foram promovidos pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha, tendo para isso contado com o trabalho conjunto das empresas Ciberarq - Arquitectura, Urbanismo e Design Lda., empresa especializada na área do ordenamento do território e da Recurso - Estudos e Projectos de Ambiente e Planeamento, empresa especializada na área da consultoria Ambiental.

Upload: vuongliem

Post on 10-Feb-2017

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO

SUMÁRIO

A elaboração dos presente Relatório de Factores Críricos de Decisão enquadra-se no procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica desenvolvido no âmbito do processo de elaboração do ‘Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro - UOPG 4’. O desenvolvimento dos estudos de cariz urbanístico assim como o presente relatório foram promovidos pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha, tendo para isso contado com o trabalho conjunto das empresas Ciberarq - Arquitectura, Urbanismo e Design Lda., empresa especializada na área do ordenamento do território e da Recurso - Estudos e Projectos de Ambiente e Planeamento, empresa especializada na área da consultoria Ambiental.

Page 2: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO

FICHA TÉCNICA

Trabalho Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro - UOPG 4 Fase Avaliação Ambiental Estratégica – Relatório de Factores Críticos Data Fevereiro 2010

Equipa Técnica Técnicos da Recurso João Margalha Mestre em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano Cláudia Almeida Engenharia do Ambiente Lúcia Cruz Engenharia Biofísica

Coordenação

Técnicos da Ciberarq – Arquitectura, Urbanismo e Design Lda. Paulo Barreto Urbanismo Carlos Faustino Urbanismo Cristina Pires Arquitectura Paisagística

Coordenação

Page 3: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO

ABREVIATURAS

AAE – Avaliação Ambiental Estratégica ARS – Administração Regional de Saúde CM – Câmara Municipal DHP – Domínio Hídrico Publico DL - Decrecto-Lei ENDS – Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável ERAE – Entidades com Responsabilidades Ambientais Especificas FA – Factores Ambientais FCD – Factores Críticos para a Decisão GEE – Gases com Efeito de Estufa MP – Medidas preventivas PBHRO - Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste PDM – Plano Director Municipal PEAASAR - Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais PERSU - Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos PNA - Plano Nacional da Água PNAC - Programa Nacional para as Alterações Climáticas PNACE - Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego PNPOT – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território POOC – Plano de Ordenamento da Orla Costeira PROF-O - Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste PROT – Plano Regional de Ordenamento do Território PROT-OVT - Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Oeste e Vale do Tejo PS – Plano Sectorial QE – Questões Estratégicas QRE – Quadro de Referência Estratégico QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional RA – Relatório Ambiental RAN – Reserva Agrícola Nacional RCM – Resolução do Conselho de Ministros REN – Reserva Ecológica Nacional RFCD – Relatório dos Factores Críticos de Decisão RJIGT – Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial

Page 4: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................5 2. OBJECTIVOS E METODOLOGIA DA AAE ........................................................................................................6 3. OBJECTIVOS DO PLANO...................................................................................................................................8

3.1. Enquadramento ...............................................................................................................................................8 3.2. Objectivos e Questões Estratégicas..............................................................................................................10 3.3. Caracterização da Situação Actual................................................................................................................12 3.4. Instrumentos de Gestão Territorial ................................................................................................................14 3.5. Relação com Outros Planos e IGT ................................................................................................................15

4. FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO......................................................................................................18 4.1. Questões Estratégicas (QE) ..........................................................................................................................18 4.2. Factores Ambientais (FA) ..............................................................................................................................19 4.3. Quadro de Referência Estratégico (QRE) .....................................................................................................20 4.4. Factores Críticos para a Decisão (FCD)........................................................................................................22 4.5. Objectivos de Sustentabilidade e Indicadores...............................................................................................23

5. ENVOLVIMENTO PÚBLICO E INSTITUCIONAL..............................................................................................24 6. METODOLOGIA DAS FASES SEGUINTES .....................................................................................................25 7. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................................27 8. ANEXOS.............................................................................................................................................................28 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 – Instrumentos de Gestão Territorial no concelho das Calds da Rainha ............................. 15 Quadro 2– Questões estratégicas (QE) do Plano. ............................................................................... 18 Quadro 3 - Caracterização dos FA na área do Plano e identificação dos temas relevantes. .............. 19 Quadro 4 - Relação entre as QE e os FA............................................................................................. 20 Quadro 5 - Quadro de Referência Estratégico (QRE) – Nível nacional. .............................................. 20 Quadro 6 - Quadro de Referência Estratégico (QRE) – Nível regional................................................ 21 Quadro 7 - Relação entre o QRE (nível nacional) e as QE.................................................................. 21 Quadro 8 - Relação entre o QRE (nível regional) e as QE .................................................................. 21 Quadro 9 - Factores Críticos para a Decisão e Critérios...................................................................... 22 Quadro 10 - Relação dos Factores Ambientais com os FCD............................................................... 22 Quadro 11 - Critérios, objectivos de sustentabilidade e indicadores por FCD ..................................... 23 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Enquadramento e localização do Plano................................................................................ 9 Figura 2 – Fotografia aérea da área de intervenção do Plano e da sua envolvente............................ 13 Figura 3 – FCD como elemento integrador e estruturante na AAE...................................................... 18

Page 5: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 5

1. INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Relatório dos Factores Críticos de Decisão da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro (UOPG 4), localizado, nas freguesias de Nadadouro e Foz do Arelho, no concelho das Caldas da Rainha. Os Factores Críticos de Decisão irão permitir estruturar a análise e a avaliação de oportunidades e riscos, determinando os estudos técnicos necessários para reunir a informação exigida à tomada de decisão, dando cumprimento ao referido no nº 1 do art.º 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Julho. Este relatório será submetido ao parecer das Entidades com responsabilidades Ambientais Específicas (ERAE), às quais possam interessar os efeitos ambientais decorrentes da execução do Plano de Urbanização, dando, assim, cumprimento ao disposto no n.º 3 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Julho.

Page 6: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 6

2. OBJECTIVOS E METODOLOGIA DA AAE

Em termos genéricos, a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) de Planos de Ordenamento pretende garantir um nível elevado de protecção do ambiente, com vista a promover um desenvolvimento sustentável. constitui um processo integrado, contínuo e sistemático no procedimento de tomada de decisão, tendo em vista: - Assegurar a integração de considerações ambientais, sociais e económicas

nos processos de planeamento; - Detectar oportunidades e riscos, avaliar e comparar opções alternativas de desenvolvimento territorial enquanto estas ainda se encontram em discussão; - Contribuir para o estabelecimento de contextos de desenvolvimento mais adequados a futuras propostas. Globalmente, o processo de AAE do presente Plano de Urbanização obedecerá ao seguinte faseamento:

Os Factores Críticos para a Decisão (FCD) estruturam a avaliação estratégica e decorrem do contexto e da escala em que a AAE é realizada, sendo identificados em função da integração dos seguintes elementos: - Questões Estratégicas (QE), traduzem os objectivos estratégicos do Plano e a definição do objecto em avaliação, com implicações ambientais.

Page 7: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 7

- Factores Ambientais (FA), definidos com base na tipologia apresentada no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, e seleccionados de acordo com o alcance e a escala do objecto de avaliação, em articulação com os temas relevantes suscitados pelo estado do ambiente local e pelas questões estratégicas; - Quadro de Referência Estratégico (QRE), define as macro-orientações de política regional, nacional, europeia e internacional, e os objectivos e metas de longo prazo estabelecidos em matéria de ambiente e de sustentabilidade.

Page 8: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 8

3. OBJECTIVOS DO PLANO

3.1. ENQUADRAMENTO

A proposta do Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro encontra-se em elaboração pela empresa Ciberarq - Arquitectura, Urbanismo e Design, Lda., de acordo com o esquema geral de procedimentos dos Planos de Urbanização. A área de intervenção apresenta 154,6 ha e integra a Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) 4, a qual se encontra prevista no Plano Director Municipal (PDM) das Caldas da Rainha (ver Plantas do PDM no Anexo I). Situa-se na envolvente imediata da margem Norte - Nordeste da Lagoa de Óbidos, nas freguesias de Nadadouro e Foz do Arelho (Figura 1). Numa perspectiva concelhia, e mesmo regional, e tendo por base um enquadramento temporal de médio a longo prazo, a área do Plano manifesta uma apetência para o surgimento de uma estruturação urbana sustentada na presença de tipologias de edificação de baixa densidade e no surgimento de actividades de recreio e lazer complementares desta mesma estrutura edificada e das potenciais actividades a desenvolver em torno do sistema lagunar da Lagoa de Óbidos. A região do Oeste, onde o concelho das Caldas da Rainha se insere, apresenta grande potencial turístico, favorecido pela presença de novas infra-estruturas viárias, as quais vieram introduzir alterações estratégicas de desenvolvimento territorial, possibilitando uma nova forma de abordagem nas ocupações. No âmbito do Projecto de Recuperação Ambiental das Margens da Lagoa de Óbidos (INAG et al. 2004), encontra-se actualmente prevista a requalificação/recuperação da envolvente da Lagoa, intervenção que será consubstanciada na manutenção e criação de algumas infra-estruturas de apoio. O reforço destas propostas surge complementado com um conjunto de intervenções que visam a criação de uma ciclovia e trilho pedonal da Lagoa de Óbidos, assim como a criação de algumas áreas afectar a estacionamento público, sendo igualmente de considerar a preservação de alguns maciços arbóreos-arbustivos de enquadramento e protecção, assim como a preservação de algumas manchas de pinhal.

Page 9: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 9

Figura 1 – Enquadramento e localização do Plano Neste contexto, o Plano tem em vista assegurar o cumprimento das seguintes premissas: - Qualificar e realizar uma transformação física e funcional da área de intervenção;

Page 10: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 10

- Definir uma abordagem urbanística capaz de induzir a captação de investimentos e constituir-se como um elemento de referência em termos de ocupação do território; - Definir uma abordagem de cariz urbano capaz de integrar e agregar novas

dinâmicas de procura para edificações com ocupação permanente.

3.2. OBJECTIVOS E QUESTÕES ESTRATÉGICAS

O objectivo primordial que sustenta a elaboração do Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro visa dotar o município de um instrumento de gestão territorial adequado à administração e gestão municipal na sua área de intervenção. Os objectivos programáticos estabelecidos visam essencialmente a prossecução de um instrumento de gestão territorializado em função de diferentes classes de espaços, nomeadamente urbanos, urbanizáveis, consolidado e de expansão, de recuperação reconversão urbanística e espaços naturais, entre outros, que entre si possibilitem a gestão requerida e a obtenção de um instrumento de gestão complementar das disposições contidas no PDM e no Projecto de Recuperação Ambiental das Margens da Lagoa de Óbidos, cuja área de intervenção interfere, ainda que parcialmente, com a área de intervenção do Plano de Urbanização. Os objectivos gerais que se encontram associados à elaboração do Plano de Urbanização são os constantes do Art.º 70º do Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, estando os objectivos programáticos de maior especificidade em conformidade com o que seguidamente se enuncia: 1. Planear a estruturação territorial da área de intervenção, designadamente através:

- Da promoção e consideração da importância da área de intervenção do Plano no modelo de desenvolvimento que o município pretende ver estabelecido para esta zona do concelho, qualificando a organização da área e acentuando a sua integração e articulação em termos funcionais e espaciais com as áreas de intervenção dos planos municipais de ordenamento do território que se encontram em elaboração na envolvente imediata; - Do estabelecimento de uma correcta definição e caracterização do núcleo urbano de Integração do Nadadouro, identificando os valores culturais e naturais que carecem de protecção, reavaliando as suas características, a sua inserção e articulação com as áreas naturais, núcleo urbano da Foz do Arelho, Praia e Lagoa de Óbidos; - Do estudo das potencialidades turísticas da área de intervenção e território envolvente, assim como da perspectivação ao surgimento da instalação de novas unidades hoteleiras de pequena e/ou média dimensão, e actividades empresarias complementares no sector do turismo capazes de gerar oportunidades de emprego qualificado assegurar o desenvolvimento de

Page 11: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 11

valências que se articulem com propostas similares a estabelecer ao nível do território envolvente; - Da avaliação das áreas de expansão urbana que ainda não se encontram consolidadas ou sobre as quais não se observa a existência de quaisquer compromissos vigentes, com o subsequente desenvolvimento de linhas de orientação e propostas concretas em termos de ocupação urbana; - Da definição de diversas tipologias de ocupação e volumetrias que promovam a integração urbanística das novas propostas de edificado com as características morfológicas das ocupações existentes na área de intervenção e território envolvente; - Compatibilização e articulação das propostas a estabelecer no âmbito do Plano de Urbanização com os projectos em desenvolvimento pela autarquia e/ou outras entidades e que assumem expressão territorial na área de intervenção, como sejam as propostas constantes do Projecto de Recuperação Ambiental das Margens da Lagoa de Óbidos; - Da avaliação das actuais tendências de ocupação urbana e do desenvolvimento de uma estratégia que se assuma capaz de obstar às tendências de uma fixação exclusivamente sustentada na presença de segunda da residência; - Do estabelecimento de percursos preferenciais de ligação entre espaços públicos urbanos e espaços de recreio e lazer, com ênfase particular ao nível das áreas que apresentam uma maior relação de proximidade com a Orla Costeira; - Da avaliação das necessidades de expansão do perímetro urbano, em função das tendências e cenários de evolução da população; - Da coordenação e compatibilização de intenções e compromissos existentes, no sentido de assegurar a prossecução da qualificação da área do Plano. 2. Planear a funcionalidade urbana, designadamente através: - Da consideração dos aspectos que se encontram directamente associados à circulação rodoviária e pedonal, nomeadamente através da hierarquização e ordenamento destas infra-estruturas em função dos diferentes fluxos de mobilidade existentes e previstos; - Da consideração dos fluxos de sazonalidade que se encontra directamente associados à área de intervenção e território envolvente, enquadrando-os na estrutura viária e no sistema de estacionamento existente e a prever pelo Plano; - Do estudo e concepção de percursos pedonais e cicláveis e aprazíveis que formalizem uma alternativa à circulação viária predominante e que se assumam como capazes de sustentar uma articulação espacial e funcional da área do Plano com as áreas e equipamentos envolventes; - Da estruturação e qualificação de percursos urbanos, fomentando também a criação e qualificação de espaços públicos de proximidade;

Page 12: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 12

- Da definição das características e imagem do espaço público, assegurando a inexistência de barreiras arquitectónicas. 3. Protecção dos valores ambientais e culturais, designadamente através: - Da definição de regras de edificabilidade, tendo em observação e consideração as diferentes tipologias de zonas existentes na área de intervenção; - Da definição dos valores ambientais, paisagísticos e culturais e de edificado que constituem elementos de caracterização do território e se possam constituir enquanto elementos integrantes de zonas especiais a salvaguardar; - Da aplicação de um conceito de turismo sustentável, abrangendo conceitos ecológicos e bioenergéticos associados ao desenvolvimento e exploração futura dos empreendimentos turísticos; - Do estabelecimento de critérios e regras de enquadramento paisagístico e de protecção da estrutura ecológica existente no território; - Da articulação entre a protecção e a promoção/desenvolvimento, garantindo um crescimento e desenvolvimento sustentado e sustentável da área de intervenção do Plano; - Da definição de formas de protecção e ocupação do território, criando

condições para fruição dos espaços naturais e para a sua articulação e integração na solução global proposta para a área de intervenção.

3.3. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ACTUAL

O Plano localiza-se na envolvente próxima da Lagoa de Óbidos, junto à sua margem Norte - Nordeste. Os aglomerados populacionais mais próximos da área do Plano são a Foz do Arelho, 150 m a Norte, o Nadadouro, a 675 m a Oeste, e as Caldas da Rainha, a cerca de 4,5 km a Sudoeste (Figura 1). Os principais acessos à área do Plano são a EN360 e a “Estrada Atlântica”, que ligam as Caldas da Rainha à Foz do Arelho. Localmente, a área do Plano é servida pela EM1360-2, EM1437 e EM566-1. Em relação ao uso do solo, na área predomina o uso florestal, com povoamentos de pinheiro manso e algum pinheiro bravo, intercalado por habitações dispersas (Figura 2).

Page 13: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 13

Figura 2 – Fotografia aérea da área de intervenção do Plano e da sua envolvente

O substrato geológico é constituído predominantemente por rochas sedimentares de arenitos e argilas, sendo a formação presente designada “Grés superiores com vegetais e dinossauros”. Ocorrem ainda depósitos superficiais de “Aluviões”, na zona de interface com a Lagoa de Óbidos. Em termos

Page 14: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 14

morfológicos, a área do Plano constitui uma pequena elevação, localizada na unidade morfológica da “Serra Litoral”, junto à “Lagoa de Óbidos” (FLUL, 2008.a). Os declives são acentuados a muito acentuados, geralmente superiores a 10%. A unidade geomorfológica da “Serra Litoral” localiza-se na fachada ocidental do concelho das Caldas da Rainha e ocupa cerca de 7% da totalidade do território. Esta unidade geomorfológica inclui a Serra do Bouro e o respectivo prolongamento para Nordeste, até à “Concha” de S. Martinho do Porto, bem como o relevo alongado na direcção Noroeste-Sudeste, a Sudoeste da Foz do Arelho, que marca a separação entre a depressão diapírica das Caldas da Rainha e a Lagoa de Óbidos. A serra litoral corresponde a um bloco da plataforma litoral, que se encontra levantado tectonicamente ao longo da falha inversa que limita o bordo ocidental do diapiro das Caldas da Rainha. Em relação aos recursos hídricos, a área do Plano insere-se na sub-bacia do rio da Cal e Vale da Ponte, que drenam directamente para a Lagoa de Óbidos. Trata-se de pequenas linhas de água que constituem uma rede de drenagem densa. A área do Plano é contornada a Norte pelo rio Borraça. A Lagoa de Óbidos localiza-se nos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos. Situa-se uma depressão pouco profunda, de contornos irregulares e muito instáveis junto ao mar, cuja barreira natural de separação do ambiente marinho é formada por um cordão de dunas litorais. A sua ligação ao mar é feita através de um canal de largura e posicionamento variável, localmente designado por “aberta”. Por vezes, este local de transição fecha, sendo necessário recorrer a intervenções com o objectivo de manter a barra aberta. A Lagoa de Óbidos, ara além do interesse paisagístico e ambiental, é uma herança geomorfológica de inquestionável valor. É o sistema lagunar costeiro mais extenso da costa portuguesa constituindo um frágil ecossistema onde diversas espécies encontram um privilegiado habitat. Numerosas aves aquáticas e migratórias podem aqui ser observadas, mas é sobretudo ao nível dos moluscos bivalves que reside a importância da fauna desta área. A Lagoa de Óbidos tem constituído uma fonte de rendimento importante para as populações locais através da pesca artesanal de diversas espécies de peixes e de bivalves, tais como, amêijoas, berbigão e cadelinhas, ao nível dos peixes salientam-se o robalo, a nguia, o linguado, a dourada e o choco. A Lagoa de Óbidos é uma área de grande importância ambiental com capacidade de produção de riqueza económica e social.

3.4. INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL

Os IGT em vigor no concelho das Caldas da Rainha encontram-se identificados no Quadro 1.

Page 15: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 15

Quadro 1 – Instrumentos de Gestão Territorial no concelho das Calds da Rainha

Instrumento Designação Dinâmica Publicação Diário da República Data

PDM Caldas da Rainha 1ª Publicação RCM n.º 101/2002 138 IS-B 18/06/2002

MP PU de Salir do Porto 1ª Publicação AVISO n.º 1692/2009 12 IIS 19/01/2009

POOC Alcobaça-Mafra 1ª Publicação RCM n.º 11/2002 14 IS-B 17/01/2002

PROT Oeste e Vale do Tejo 1ª Publicação RCM

n.º 64-A/2009 151 IS 06/08/2009

PS Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) do Tejo 1ª Publicação DR n.º 18/2001 283 IS-B 07/12/2001

PS Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) das Ribeiras do Oeste 1ª Publicação DR n.º 26/2002 80 IS-B 05/04/2002

PS Regulamento Faixa Costeira 1ª Publicação DR n.º 14/2006 200 IS 17/10/2006 PS Regulamento Faixa Costeira 1ª Publicação DR n.º 32/93 242 IS-B 15/10/1993

Fonte: Adaptado de DGOTDU (SNIT – 05/01/2010).

3.5. RELAÇÃO COM OUTROS PLANOS E IGT

Plano Director Municipal das Caldas da Rainha A área de intervenção do Plano encontra-se abrangida pelo Plano Director Municipal (PDM) – publicado no Diário da República n.º 138, Série I – B, de 18 de Junho de 2002. - Planta de Ordenamento A área de intervenção do Plano de Urbanização apresenta-se identificada na Planta de Ordenamento do PDM como UOPG 4 – Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro. Na área do Plano ocorrem as seguintes categorias de uso do solo: - Área Urbana; - Área Urbanizável; - Áreas Naturais; - Áreas Agrícolas; - Áreas Agro-Florestais; - Área Verde de Enquadramento.

Page 16: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 16

- Planta de Condicionantes Na planta de Condicionantes do PDM em vigor (ver Anexo I) a área do Plano de Urbanização tem presente as seguintes servidões administrativas e restrições de utilidade pública: - Solos integrados nos regimes da RAN e REN; - Lagoa de Óbidos, assim como de algumas linhas de água cujos ursos se identificam na área de intervenção, designadamente a servidão decorrente da classificação de domínio público hídrico que se encontra instituída em torno das margens deste sistema lagunar; - Rede Rodoviária Nacional. Condicionantes e Servidões Na área existem diversas condicionantes legais e servidões (ver extractos do PDM no Anexo I). i Domínio Hídrico O Decreto-Lei nº 468/71, de 5 de Novembro, alterado pela Lei n.º 16/2003, de 4 de Junho e pela Lei n.º 89/87, de 26 de Fevereiro, no seu artigo 1º dispõe: “Os leitos das águas do mar, correntes de água, lagos e lagoas, bem como as respectivas margens e zonas adjacentes, ficam sujeitas ao preceituado no presente diploma em tudo quanto não seja regulado por leis especiais ou convenções internacionais”. Desta forma será de observar os condicionalismos decorrentes da servidão de domínio público hídrico que se encontra instituída em torno da Lagoa de Óbidos e de algumas linhas de água identificadas na área de intervenção, assim como os condicionalismos que decorrem da presença de um marco geodésico na área de intervenção. i Reserva Ecológica Nacional A Reserva Ecológica Nacional (REN), foi inicialmente criada pelo Decreto-Lei nº 321/83, de 5 de Julho, revogado pelo Decreto-Lei º 93/90, de 19 de Março, que por sua vez foi alterado pelo Decreto-Lei nº 180/2006, de 6 de Setembro, e alterado pelo Decreto-Lei nº 166/2008, de 22 Agosto. A área do Plano intercepta áreas de REN junto à faixa que faz fronteira com a Lagoa de Óbidos. iReserva Agrícola Nacional A denominada Reserva Agrícola Nacional (RAN) constitui uma figura legal com fundamento no Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 274/92 de 12 de Dezembro que por sua vez foi alterado pelo Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de Março.

Page 17: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 17

A RAN do Concelho das Caldas da Rainha foi aprovada no âmbito da aprovação do Plano Director Municipal, pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 101/2002, D.R. n.º 138, série I-B, de 18 de Junho de 2002. A área do Plano intercepta pequenas manchas de área afecta à RAN na zona de cota mais baixa, próximo à rede viária principal. iRede Rodoviária Nacional Os terrenos adjacentes às estradas são sujeitas a servidão com o objectivo de as proteger de ocupações demasiado próximas que afectem a segurança do trânsito e a visibilidade, garantindo ainda a possibilidade de futuros alargamentos das vias e a realização de obras de beneficiação. A principal legislação sobre esta matéria decorre do disposto no Decreto-Lei n.º 222/98, de 17 de Junho, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 98/99, de 26 de Julho, pela Declaração de Rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto n.º 182/2003, de 16 de Agosto. Outros Planos e projectos Igualmente a uma escala municipal, a elaboração do Plano de Urbanização deverá atender, enquadrar-se e compatibilizar-se, em termos de proposta, com o conjunto de disposições constantes do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. A uma escala supra municipal, e considerada a localização que a área de intervenção apresenta, deverá o Plano articular-se e enquadrar o conjunto de intervenções propostas no âmbito do Projecto de Recuperação Ambiental das Margens da Lagoa de Óbidos, desenvolvido pelo Instituto da Água (INAG, I.P.).

Page 18: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 18

4. FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO

Os Factores Críticos de Decisão (FCD) visam a estruturação da avaliação estratégica que será desenvolvida na fase seguinte da AAE (Fase B). Os FCD são o resultado da integração das Questões Estratégicas (QE), dos Factores Ambientais (FA) e do quadro de Referência Estratégico (QRE), que permitem a identificação e integração dos temas relevantes para AAE, constituindo áreas estratégicas de convergência para o desenvolvimento sustentável e para o ambiente.

Figura 3 – FCD como elemento integrador e estruturante na AAE.

(Fonte: Partidário, 2007)

4.1. QUESTÕES ESTRATÉGICAS (QE)

As Questões Estratégicas (QE) são a síntese dos Objectivos Programáticos (ver Ponto 3.2) e traduzem as questões a que o Plano deverá dar resposta (Quadro 2).

Quadro 2– Questões estratégicas (QE) do Plano.

QE

1. Desenvolvimento turístico e recreativo

2. Estruturação e qualificação urbanística

3. Valorização ambiental e cultural

Page 19: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 19

4.2. FACTORES AMBIENTAIS (FA)

Os Factores Ambientais (FA) têm como base as questões ambientais referidas na legislação em vigor, nomeadamente, o Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho. Para cada FA é realizado um breve diagnóstico (Quadro 3) tendo em conta os aspectos potencialmente afectados na área de influência do Plano. Assim, os FA definem o âmbito ambiental relevante e ajustado ao objecto em avaliação - o Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro.

Quadro 3 - Caracterização dos FA na área do Plano e identificação dos temas relevantes.

FA Diagnóstico

a) Biodiversidade

- Proximidade à Lagoa de Óbidos. A área do Plano localiza-se na envolvente do sistema lagunar costeiro associado à Lagoa de Óbidos. Tal como todos os sistemas lagunares, trata-se de uma área à qual se encontra associado habitats complexos e com valor ecológico elevado. - A Lagoa de Óbidos apesar de apresentar grande interesse natural e paisagístico é uma área bastante artificializada, pois é necessário recorrer a intervenções com o objectivo de manter a barra aberta. Além disso, a envolvente encontra-se bastante humanizada, devido à agricultura, floresta de produção, presença de aglomerados populacionais e do turismo. - Na área do Plano o uso predominante é a floresta com pinheiro manso e algum pinheiro bravo. - A área do Plano encontra-se separada da Lagoa de Óbidos por uma estrada municipal.

b) População

- Na área do Plano o povoamento é disperso, estando bastante próximo dos aglomerados do Nadadouro e da Foz do Arelho. - A área do Plano, bem como toda a sua envolvente, apresenta grande pressão urbanística, devido principalmente ao turismo e à criação de segundas residências / turismo. - As áreas edificadas no concelho das Caldas da Rainha sofreram um incremento de 120% no

intervalo entre 1990 e 2004 facto que, aliado à extensão dos espaços construídos fragmentados verificada em todo o concelho, constitui uma preocupação para o ordenamento do território.

c) Saúde humana - Não existem indícios de problemas de saúde actualmente associados ao local e ao seu meio ambiente. - Na Lagoa de Óbidos é tradicional a pesca e a apanha de bivalves. Estas actividades estão estritamente relacionadas com a qualidade da água, que caso haja contaminação poderá originar problemas de saúde pública.

d) Fauna e flora

- A área do Plano localiza-se na envolvente do sistema lagunar costeiro associado à Lagoa de Óbidos. Tal como todos os sistemas lagunares, trata-se de uma área à qual se encontra associado habitats complexos, que geralmente são bastante ricos em termos de avifauna e de fauna aquática. - A presença de área florestal (pinheiro manso) permite realizar a interface entre o meio aquático e terrestre

e) Solo

- A presença de RAN indica a presença de área de solo com aptidão agrícola. - O abandono dos terrenos agrícolas e das práticas tradicionais de conservação do solo associadas à actividade agrícola, pode vir a reflectir-se no incremento da erosão do solo, com repercussões também nos efeitos das cheias rápidas nos fundos dos vales. - Nas freguesias da Foz do Arelho e de Salir do Porto observam-se áreas com elevada e moderada susceptibilidade à erosão costeira. - O acentuado incremento da área edificada nas freguesias da Tornada e Nadadouro, pode vir a colocar problemas de perda de solo pela impermeabilização e contaminação do aquífero da depressão diapírica

f) Água

- A Lagoa de Óbidos apresenta diversas fontes de poluição do meio hídrico, principalmente localizadas a montante da área do Plano, nomeadamente, associado ao uso urbano e à agricultura e à agro-pecuária. - O incremento da área edificada foi muito acentuado nas freguesias do Nadadouro, o que pode vir a colocar problemas de sustentabilidade ambiental, pela impermeabilização dos terrenos e contaminação do aquífero. - formação dos Grés superiores não constitui, em rigor, um sistema aquífero, embora possua potencialidades para abastecimento de pequenos aglomerados. - No concelho das Caldas da Rainha a rede de distribuição de água tem uma cobertura de aproximadamente 99%. Em relação à rede de saneamento, aproximadamente 86% da população encontra-se servida pela rede de drenagem e tratamento de águas residuais domésticas. - O abastecimento público de água no concelho é integralmente suportado pelos aquíferos da região. - Próximo da área do Plano a população é servida pela ETAR da Foz do Arelho.

g) Atmosfera e

factores climáticos

- Ausência de fontes de contaminação do ar relevantes na envolvente à área do Plano, com excepção do tráfego viário, principalmente na época balnear. - Relativamente às energias alternativas, o concelho possui boas potencialidades no que respeita à energia solar por ter entre 2.400 e 2.500 h de sol/ano e por cerca de 60% da sua área estar exposta ao quadrante Sul, o que lhe confere uma boa exposição solar.

h) Bens materiais - Não foram identificados bens materiais susceptíveis de ser afectados pelo Plano.

i) Paisagem

- A área do Plano localiza-se junto à Lagoa de Óbidos que constitui uma área de grande interesse paisagístico e natural. - O concelho das Caldas da Rainha enquadra-se numa área com uma história geológica e geomorfológica muito rica, que deve ser potenciada, enquanto património geomorfológico, como elemento de valorização territorial (e.g., geoturismo). - A Lagoa de Óbidos constitui um elemento de património geomorfológico de valor inquestionável, o que, acrescentado às valias ambiental e paisagística, constitui um factor de valorização territorial. - Embora o concelho possua uma frente marítima extensa -16.274 metros – tem uma única praia balnear, na Foz do Arelho, o que limita o desenvolvimento turístico do segmento “sol e praia”.

Page 20: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 20

O cruzamento dos FA com as QE define o âmbito ambiental relevante e ajustado ao objecto em avaliação (Quadro 4), sendo esse cruzamento efectuado com base no na caracterização do território, nomeadamente em FLUL, (2008.a) Visa (2009).

Quadro 4 - Relação entre as QE e os FA

a) Biodiversidade

b) População

c) Saúde

humana

d) Fauna flora

e) Solo

f) Água

g) Atmosfera

e fact climáticos

h) Bens

materiais

i). Paisagem

1. Desenvolvimento turístico e recreativo X X X x X X X X

2. Estruturação e qualificação urbanística

X X X X X X X X

3. Valorização ambiental e cultural X X X X X X

Legenda:

X Com relação

Sem relação

4.3. QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO (QRE)

Para a definição do âmbito é necessário ter em conta os instrumentos de política nacional e regional que permitem enquadrar a estratégia definida no plano. O Quadro de Referência Estratégico (QRE) constitui o macro-enquadramento estratégico da avaliação ambiental, criando um referencial para a mesma. Reúne os macro-objectivos de política ambiental e de sustentabilidade estabelecidos a nível regional, nacional e decorrente de orientações de política de nível europeu.

Quadro 5 - Quadro de Referência Estratégico (QRE) – Nível nacional.

QRE - Nível Nacional Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território 2007-2025 (PNPOT) Lei n.º58/2007, de 4 de Setembro Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 (QREN) Decreto-Lei n.º 74/2008, de 22 de Abril Resolução do Conselho de Ministros n.º86/2007, de 13 Julho Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2005-2015 (ENDS) Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de Agosto Plano Nacional da Água 2002-2012 (PNA) Decreto-Lei nº 112/2002, de 17 de Abril Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de 30 de Julho Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) Resolução do Conselho de Ministros n.º 119/2004, 31 de Julho Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais 2007-2013 (PEAASAR II) Despacho nº 2339/2007, de 14 de Fevereiro Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos 2006-2016 (PERSU II) Portaria nº 187/2007, de 12 de Fevereiro Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE) Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (PNDES) Estratégia Nacional para a Energia (ENE) Resolução do Conselho de Ministros n.º 169/2005, de 24 de Outubro Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira (ENGIZC) Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2009, de 8 de Setembro Plano Estratégico Nacional para o Turismo 2006-2015 (PENT) Resolução do Conselho de Ministros nº 53/2007, de 4 de Abril

Page 21: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 21

Neste contexto, face às Questões Estratégicas (QE) e aos Factores Ambientais (FA) definidos anteriormente, consideram-se como relevantes para a presente AAE os seguintes documentos listados nos Quadro 5 e 6.

Quadro 6 - Quadro de Referência Estratégico (QRE) – Nível regional

QRE - Nível Regional Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT) Resolução do Conselho de Ministros nº 30/2006, de 23 de Março Plano de Bacia Hidrográfica das ribeiras do Oeste (PBH – Oeste) Decreto Regulamentar nº 26/2002, de 5 de Abril Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste (PROF-Oeste) Decreto Regulamentar nº 14/2006, de 14 de Outubro Programa Operacional Regional do Centro – Mais Centro – 2007-2013 (PORC) Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) POOC Alcobaça - Mafra Programa Territorial de Desenvolvimento do Oeste 2008-2013 (PTDO)

Dos instrumentos identificados foram seleccionados os objectivos, considerados referenciais estratégicos, que servem de enquadramento ao processo de elaboração de Avaliação Ambiental do Plano (Anexo II, Quadros A e B). Estes objectivos permitem compreender o cenário de desenvolvimento apontado para a região onde se insere o Plano e definir os temas relevantes que serão transpostos para a avaliação ambiental, nomeadamente através da relação do QRE com as QE (Quadros 7 e 8).

Quadro 7 - Relação entre o QRE (nível nacional) e as QE

QE QRE (Nível nacional) 1. Desenvolvimento turístico

e recreativo 2. Estruturação e

qualificação urbanística 3. Valorização ambiental e

cultural PNPOT X X X QREN X X ENDS X X X PNA X X PNUEA X X PNAC X X PEAASAR II X X PERSU II X X PNACE X X X PNDES X X X ENE X X ENGIZC X X X PENT X X X

Quadro 8 - Relação entre o QRE (nível regional) e as QE

QE QE (Nível regional) 1. Desenvolvimento turístico

e recreativo 2. Estruturação e

qualificação urbanística 3. Valorização ambiental e

cultural PROT - LVT X X X PBH - OESTE X X X PROF - OESTE X X PORC – MAIS CENTRO X X X PMDFCI X X POOC X X X PTDO X X X Legenda:

X Com relação

Sem relação

Page 22: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 22

4.4. FACTORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO (FCD)

Os FCD estabelecidos e os respectivos Critérios (Quadro 9) correspondem à explicitação e agregação dos temas relevantes, nomeadamente os decorrentes das QE (Quadro 2), dos FA (Quadro 4) e do QRE (Quadros 7 e 8), em torno das principais dimensões a ter em consideração na Avaliação Ambiental do Plano.

Quadro 9 - Factores Críticos para a Decisão e Critérios

FCD: Recursos Naturais Objectivo: avaliar a solução proposta no Plano no âmbito da sua integração em acções de protecção dos ecossistemas e dos habitats, bem como na integração e preservação da paisagem, principalmente associada à Lagoa de Óbidos. Critérios: - Ecossistemas e habitats - Riscos naturais - Identidade paisagística

FCD: Qualidade Ambiental Objectivo: avaliar os contributos do Plano na qualidade dos recursos hídricos e na gestão de resíduos. Critérios: - Consumo de água - Produção de efluentes - Produção de resíduos

FCD: Qualidade de Vida Objectivo: avaliar os contributos do Plano para a melhoria na qualidade de vida, nomeadamente ao nível da ocupação do solo, mobilidade, acessibilidades e desenvolvimento socioeconómico. Critérios: - Ocupação do solo - Emprego e actividades económicas - Mobilidade e acessibilidades

FCD: Energia e Alterações Climáticas Objectivo: avaliar os efeitos das propostas do Plano ao nível dos consumos energéticos e da emissão de gases com efeito de estufa. Critérios: - Consumos energéticos - Emissões de gases com efeito de estufa

No Quadro 10 encontra-se a relação entre os FA (Quadro 3) e os FCD definidos (Quadro 9).

Quadro 10 - Relação dos Factores Ambientais com os FCD

FCD FA Recursos

Naturais Qualidade Ambiental Qualidade de Vida Energia e Alterações

Climáticas

Biodiversidade X

População X

Saúde humana X X

Fauna e flora X

Solo X X

Água X

Atmosfera e factores climáticos X X X

Bens Materiais X

Paisagens X

Legenda:

X Com relação

Sem relação

Page 23: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 23

4.5. OBJECTIVOS DE SUSTENTABILIDADE E INDICADORES

Para os critérios abrangidos pelos FCD, foram considerados objectivos de sustentabilidade e indicadores (Quadro 11), por forma a criar uma base de avaliação das propostas do Plano.

Quadro 11 - Critérios, objectivos de sustentabilidade e indicadores por FCD

FCD Critérios Objectivos de sustentabilidade Indicadores

Ecossistemas e habitats

- Salvaguardar a zona afecta aos sistemas lagunares - Salvaguardar e promover o efeito de continuidade

- Afectação de habitats - Inserção em corredores ecológicos - Afectação de áreas de REN e RAN

Riscos naturais - Reduzir os incêndios florestais - Minimizar a ocupação das áreas sujeitas a inundação - Acautelar os riscos geomorfológicos

- Variação de área ardida - Variação da área urbana inundável - Ocupação de áreas de risco geomorfológico

Recursos naturais

Identidade paisagística

- Garantir a integração na paisagem - Proteger, valorizar e requalificar a paisagem e os valores paisagísticos existentes

- Presença de valores paisagísticos - Área de espaço artificializado vs espaços naturais

Consumo de água - Utilização eficiente da água Consumos de água Produção de efluentes

- Assegurar o tratamento das águas residuais

- Eficácia do tratamento de efluentes Qualidade

ambiental Produção de resíduos

- Assegurar o destino final adequado dos resíduos

- Quantidade de resíduos devidamente encaminhados

Ocupação do solo - Manutenção de baixas densidades de ocupação do solo - Articulação com áreas urbanas

- Taxa de ocupação do solo - Distribuição relativa de solo urbano e solo rural

Emprego e actividades económicas

- Melhorar a competitividade do território - Promover o emprego local

- PIB per capita - Taxa de desemprego - Variação no nº de estabelecimentos de turismo e lazer

Qualidade de vida

Mobilidade e acessibilidades

- Articular a ligação à rede viária envolvente - Promover as deslocações em meios de transporte alternativos

- Volume de tráfego - Repartição modal

Consumos energéticos

- Redução da intensidade do consumo energético - Utilização de fontes de energia alternativas

Variação do consumo de energia eléctrica - Taxa de consumos energétios com origem em fontes alternativas

Energia e alterações climáticas

Emissões de gases com efeito de estufa

- Redução de gases com efeito de estufa - Reduzir a dependência do transporte individual

- Emissões de CO2

Page 24: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 24

5. ENVOLVIMENTO PÚBLICO E INSTITUCIONAL

No processo de AAE do Plano, de acordo com as disposições o Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, articulado com o Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro (RJIGT), a participação institucional e do público em geral é assegurada, respectivamente, através da consulta às entidades com responsabilidades ambientais específicas (ERAE) às quais possam interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do Plano, determinando o âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica (Relatório dos Factores Críticos para a Decisão), em acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, articulado com o n.º 9 do artigo 74.º do Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro. As Entidades a consultar para efeitos de determinação do âmbito são as designadas no n.º 3 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, nomeadamente: - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo; - Instituto da Água (INAG); - Administração de Região Hidrográfica (ARH) do Centro; - Câmara Municipal de Óbidos; - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB); - Administração Regional de Saúde / Autoridade de Saúde Concelhia (Centro de Saúde de Caldas da Rainha).

Page 25: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 25

6. METODOLOGIA DAS FASES SEGUINTES

O processo da AAE desenrolar-se-á de acordo com o faseamento apresentado no ponto 2 do presente relatório, cujos conteúdos serão os seguintes: Análise e avaliação O objectivo é a realização de estudos técnicos de acordo com os factores de decisão estabelecidos na Fase A, permitindo efectuar a análise de tendências em termos ambientais e de sustentabilidade, bem como estabelecer directrizes que constituam orientações ou recomendações da AAE e que devem ser implementadas em fase de seguimento. Desta fase deverão resultar conclusões para a decisão relativamente às opções estratégicas do Plano que melhor integrem as questões ambientais e de sustentabilidade, bem como as directrizes a seguir e as medidas e controlo a serem aplicadas em fase de seguimento. Serão assim realizadas as seguintes tarefas: - Identificação das acções necessárias para implementar as estratégias e grandes opções do Plano e sua incidência espacial, tendo em conta os factores e critérios identificados. - Construção, validação e preenchimento dos indicadores de avaliação ambiental. - Análise da interacção com os sistemas ambientais relevantes potencialmente afectados e determinação dos efeitos e alterações esperados. - Confronto com os objectivos de sustentabilidade no sentido de avaliar o seu cumprimento. - Proposta de medidas de minimização ou compensação para os casos de afastamento dos objectivos ou, em caso de convergência, de medidas para melhorar a performance ambiental do Plano. Preparação do Relatório Ambiental No Relatório Ambiental (RA) serão identificados, descritos e avaliados os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do Plano, identificados na fase anterior, bem como as alternativas ao Plano. De um modo geral, o Relatório Ambiental assentará na seguinte estrutura, sem prejuízo de eventuais acertos motivados por questões processuais da avaliação ambiental.

Page 26: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 26

Introdução Objectivos e metodologia da AAE Objecto de avaliação - Antecedentes do Plano - Enquadramento territorial - Objectivos e questões estratégicas - Descrição do Plano - Relação com outros Planos e Programas Objectivos globais de ambiente e sustentabilidade Factores Críticos de Decisão, Critérios e Indicadores Ambientais Situação actual do ambiente e tendências de evolução sem o Plano Avaliação estratégica de impactes Medidas de minimização e recomendações Programa de gestão e monitorização ambiental Será ainda elaborado um resumo não técnico das informações fornecidas ao abrigo das alíneas anteriores. Seguimento Esta fase tem como objectivo dar sequência a um programa de seguimento que deverá acompanhar o ciclo de planeamento durante o prazo de vigência do Plano e concretizar a sua aplicação. Este programa de seguimento é de importância fulcral para trabalhar as múltiplas dimensões de incerteza que caracterizam qualquer processo de decisão estratégico, e para poder continuar a assegurar o contributo da AAE na integração das questões de ambiente e sustentabilidade no processo de decisão. Desta fase deverá resultar um Programa de Acção para a gestão ambiental e de sustentabilidade da estratégia, que inclui indicadores operacionais, medidas de gestão ambiental e de sustentabilidade, e um quadro institucional articulado com o quadro de governança que assegure a implementação do Plano.

Page 27: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 27

7. BIBLIOGRAFIA

Ciberarq (2009) – Termos de referência do Plano de Urbanização de Integração do Nadadouro DGOTDU (2008) - Guia da Avaliação Ambiental dos Planos Municipais de Ordenamento Do Território FLUL – Departamento de Geografia (2008.a) - Estudos especializados sobre a Estrutura Ambiental Revisão do Plano Director Municipal das Caldas da Rainha” - Caracterização – Diagnóstico da Estrutura biofísica (Relatório 1) FLUL – Departamento de Geografia (2008.b) - Estudos especializados sobre a Estrutura Ambiental Revisão do Plano Director Municipal das Caldas da Rainha”– Riscos naturais e ambientais I (Relatório 2) INAG et al. 2004 - Projecto de Recuperação Ambiental das Margens da Lagoa de Óbidos Partidário, M.R. (2007) - Guia de boas práticas para Avaliação Ambiental Estratégica - orientações metodológicas - Agência Portuguesa do Ambiente Visa Consultores (2009) – Delimitação dos perímetros de protecção de captações de água subterrânea no concelho das Caldas da Rainha – Serviços Municipalizados

Page 28: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 28

8. ANEXOS

I. Plano Director Municipal de Caldas da Rainha II. Síntese dos objectivos do QRE

Page 29: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 29

ANEXO I – PDM DAS CALDAS DA RAINHA

Page 30: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 30

Page 31: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 31

ANEXO II – SÍNTESE DOS OBJECTIVOS DO QRE

Quadro A – Objectivos do Quadro de Referência Estratégico a Nível Nacional

QRE - Nível nacional Objectivos Estratégicos Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território 2007-2025 (PNPOT) Lei nº58/2007, de 4 de Setembro

- Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos e prevenir e minimizar os riscos. - Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais. - Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social.

Quadro de Referência Estratégico Nacional2007-2013 (QREN) DL nº 74/2008, de 22 de Abril RCM nº86/2007, de 13 Julho

- Promover o crescimento sustentado através, especialmente, dos objectivos do aumento da competitividade dos territórios e das empresas, da redução dos custos públicos de contexto. -- Garantir a coesão social actuando, em particular, nos objectivos do aumento do emprego e do reforço da empregabilidade e do empreendedorismo, da melhoria da qualificação escolar e profissional, do estímulo às dinâmicas culturais, e assegurando a inclusão social. - Assegurar a qualificação do território e das cidades traduzida, em especial, nos objectivos de assegurar ganhos ambientais, promover um melhor ordenamento do território, estimular a descentralização regional da actividade científica e tecnológica, prevenir riscos naturais e tecnológicos e, ainda, melhorar a conectividade do território e consolidar o reforço do sistema urbano, tendo presente a redução das assimetrias regionais de desenvolvimento.

Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) 2005-2015 RCM nº 109/2007, de 20 de Agosto

-- Crescimento sustentado, competitividade à escala global e eficiência energética através da utilização de forma sustentável dos recursos naturais. -- Assegurar serviços de abastecimento de água potável e de drenagem e tratamento de águas residuais. -- Promover uma política de gestão de qualidade do ar que salvaguarde a saúde pública. --Promover uma política integrada de gestão dos resíduos.

Plano Nacional da Água 2002-2012 (PNA) DL nº 112/2002, de 17 de Abril

-- Protecção eficaz e permanente das águas, gestão da procura e superação de carências básicas em infra-estruturas. - Definição concreta do domínio hídrico e aplicação eficiente dos instrumentos para a sua protecção.

Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) RCM nº 113/2005, de 30 de Julho

- Veicular o comprometimento de agentes públicos e privados, nomeadamente através de compromissos específicos no domínio da promoção do uso eficiente da água, especialmente nos sectores urbano, agrícola e industrial.

Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC) RCM nº 119/2004, 31 de Julho

-- Adoptar uma resposta nacional positiva e construtiva face aos compromissos nacionais de redução de emissões de GEE, promovendo um conjunto de medidas e instrumentos integrados, coerentes e eficientes, que salvaguarde e, sempre que possível, reforce outros objectivos de política ambiental e sectorial e a competitividade da economia portuguesa. - Envolver o conjunto de sectores e agentes económicos no esforço nacional de redução de emissões de GEE.

Page 32: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 32

Quadro A – Objectivos do Quadro de Referência Estratégico a Nível Nacional (continuação)

QRE - Nível nacional Objectivos Estratégicos Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR II) 2007- 2013 Despacho nº 2339/2007,

- A universalidade, a continuidade e a qualidade do serviço, que devem materializar-se através da solidariedade nacional e regional nas soluções adoptadas, contribuindo para o pagamento do serviço a um preço justo e adaptado ao poder de compra dos utilizadores e da lógica de serviço com elevada qualidade e fiabilidade, no respeito pela autonomia legalmente conferida às autarquias locais, privilegiando a adequada cobertura da população em detrimento da rentabilidade imediata dos investimentos. - A protecção dos valores ambientais, através da atribuição de uma elevada prioridade ao cumprimento do normativo nacional e comunitário e da incorporação dos princípios subjacentes à estratégia nacional e comunitária para o desenvolvimento sustentável, da afirmação das boas práticas ambientais, ajudando pelo exemplo à evolução, no mesmo sentido, do tecido empresarial envolvente, com o reforço dos mecanismos de regulação, controlo e penalização.

Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU II) 2006-2016 Portaria nº 187/2007, de 12 de Fevereiro

- Qualificação e optimização da gestão de resíduos. - Qualificação e optimização da intervenção das entidades públicas no âmbito da gestão de RSU.

Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE)

- Reorientar a aplicação dos recursos públicos dando prioridade aos investimentos indutores de crescimento e criadores de emprego. - Estimular o investimento em sectores chave, reestruturar o capital de risco, atrair o investimento privado, apoiar a modernização do tecido empresarial. - Melhorar a eficiência dos mercados. Reforçar a função reguladora e fiscalizadora do Estado, em particular a regulamentação dos serviços, garantindo condições de livre concorrência e acesso a “inputs” produtivos em condições mais favoráveis. - Promover o emprego qualificado. - Promover a inovação, o empreendedorismo e a internacionalização. Reforçar a capacidade de criação de valor nas empresas. - Promover a criação de emprego, atrair e reter o maior número de pessoas no emprego, atingir uma taxa de emprego global de 69%. - Promover um uso mais sustentável dos recursos naturais e reduzir os impactos ambientais. - Promover a eficiência energética. - Melhorar o ordenamento do território e a eficiência dos instrumentos de ordenamento. - Promover um sistema urbano policêntrico e a crescente integração das cidades e do país em espaços supra-nacionais. - Melhorar a mobilidade dos transportes e aproveitar as oportunidades de exploração da logística.

Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (PNDES)

- Elevar o nível de qualificação dos Portugueses, promover o emprego e a coesão social. - Promover o desenvolvimento sustentável das regiões, a qualidade de vida urbana e o desenvolvimento rural.

Estratégia Nacional para a Energia (ENE) RCM nº 169/2005, de 24 de Outubro

- Garantir a adequação ambiental de todo o processo energético, reduzindo os impactes ambientais à escala local, regional e global, nomeadamente no que respeita à intensidade carbónica do PIB.

Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira (ENGIZC) RCM n.º 82/2009, de 8 Setembro

- Conservar e valorizar os recursos e o património natural, paisagístico e cultural. - Antecipar, prevenir e gerir situações de risco e de impactos de natureza ambiental, social e económica. - Promover o desenvolvimento sustentável de actividades geradoras de riqueza e que contribuam para a valorização de recursos específicos da zona costeira; - Aprofundar o conhecimento científico sobre os sistemas, os ecossistemas e as paisagens costeiros.

Page 33: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 33

Quadro A – Objectivos do Quadro de Referência Estratégico a Nível Nacional (continuação)

QRE - Nível nacional Objectivos Estratégicos Plano Estratégico Nacional para o Turismo 2006-2015 (PENT) RCM nº 53/2007, de 4 de Abril

- Mercados emissores - Apostar na captação de turistas de 20 mercados emissores internacionais e no desenvolvimento do Turismo interno. - Estratégia de produtos - Consolidar e desenvolver 10 produtos turísticos estratégicos. - Linhas orientadoras para as regiões Desenvolver ofertas distintivas para as regiões alinhadas com a proposta de valor do destino Portugal, capitalizando na vocação natural de cada região e desenvolvendo factores de qualificação. - Linhas de orientação para os pólos- Os pólos de desenvolvimento turístico permitem diversificar a oferta turística em Portugal e responder às principais motivações, mas é necessário implementar um modelo de desenvolvimento sustentado. - Acessibilidades aéreas - Reforçar as acessibilidades aéreas com as cidades/regiões com maior potencial turístico em cada mercado. - Eventos - Dinamização de um calendário nacional de eventos que assegure a notoriedade do destino e o enriquecimento da experiência do turista. - Enriquecimento da oferta - Desenvolver e inovar conteúdos tradicionais portugueses que constituam factores de diferenciação turística. - Qualidade urbana, ambiental e paisagística - Tornar a qualidade urbana, ambiental e paisagística numa componente fundamental do produto turístico para valorizar/qualificar o destino Portugal. - Qualidade de serviço e de recursos humanos - Reforçar a qualidade do Turismo português ao longo dos “momentos de verdade” através da implementação de um sistema de qualidade turística, e da formação e valorização dos recursos humanos. - Promoção e Distribuição - Necessidade de uma abordagem inovadora – Comunicação de uma proposta de valor diferenciada, visão por mercado emissor/segmento, maior enfoque no canal internet, gestão proactiva da relação com prescritores, e destino Portugal como prioridade. - Eficácia e modernização da actuação dos agentes públicos e privados - Facilitação da interacção das empresas com o Estado, promoção da difusão do conhecimento ao sector, estímulo à investigação e desenvolvimento, à adopção de práticas inovadoras pelas empresas e à modernização empresarial.

Page 34: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 34

Quadro B – Objectivos do Quadro de Referência Estratégico a Nível Regional

QRE - Nível regional Síntese dos objectivos principais Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT) RCM nº 30/2006, de 23 Março

Ganhar a aposta da inovação e competitividade: - Apostar na qualificação territorial através do reforço de infra-estruturas de internacionalização, acolhendo actividades produtivas, logísticas e de serviços, da afirmação de um leque de especializações regionais nas áreas do turismo, cultura, desporto e lazer, logística/acolhimento empresarial, agricultura/agro-alimentar, ambiente, recursos energéticos endógenos, pesca e aquicultura, e do desenvolvimento de estratégias de acção regional no domínio da energia. - Potenciar a utilização eficiente das infra-estruturas de transportes existentes ou a criar, impulsionando a criação de uma entidade gestora/coordenadora dos transportes regionais, e aumentando a mobilidade e a acessibilidade aos centros urbanos e outros pólos/equipamentos relevantes. - Fomentar a iniciativa empresarial e o empreendedorismo, garantindo a ligação das redes empresariais aos Centros de Investigação e às Universidades, e promovendo um up-grade dos parques empresariais existentes. - Apostar na qualificação humana, através do reforço da capacidade de qualificação técnica para a agricultura, floresta e pesca, do apoio ao desenvolvimento das actividades económicas associadas à produção cultural, e da orientação da prestação dos serviços públicos com base na utilização das TIC. Potenciar as vocações territoriais num quadro de sustentabilidade ambiental: - Proteger e valorizar os recursos naturais, patrimoniais e culturais através de medidas que os integrem na gestão do planeamento territorial regional e municipal, numa perspectiva de coesão territorial e reforço da identidade regional. - Apostar no desenvolvimento sustentável das actividades de turismo e lazer, nomeadamente o touring cultural e paisagístico, através da identificação de temas e recursos a preservar para a constituição de rotas turísticas, considerando a localização de referência das “portas do mar”, e do apoio a estratégias de comunicação e marketing que estruturem a procura dos produtos culturais regionais. - Potenciar o aproveitamento das actividades agrícolas, florestais e de exploração geológica, nomeadamente as associadas à exploração de produtos verdes (agroflorestais, biocombustíveis e energias renováveis), conciliando-as com as dinâmicas urbanas e as áreas fundamentais para a conservação da natureza e da paisagem. - Dar continuidade à aposta no aproveitamento da energia eólica da Região, e gerir a procura de energia através de políticas de planeamento do licenciamento urbanístico, de sensibilização e educação de populações e agentes económicos. - Identificar a distribuição espacial dos perigos naturais, tecnológicos e ambientais no território regional, e promover a gestão adequada das águas residuais e de resíduos de origem agrícola e não agrícola, tomando em consideração a saúde pública e segurança de pessoas e bens, a ocupação actual do território e as projecções da sua utilização futura. Concretizar a visão policêntrica e valorizar a qualidade de vida urbana: - Reforçar e consolidar os subsistemas urbanos regionais, mitigando a dicotomia litoral/interior no sentido da estruturação de uma rede urbana polinucleada, integrando soluções de carácter plurimunicipal no âmbito dos sectores do abastecimento público de água e saneamento de águas residuais e reforçando complementaridades e sinergias em redes de equipamentos para as áreas da saúde, educação, cultura, desporto e lazer. Apostar na qualificação dos centros urbanos através da valorização dos recursos patrimoniais e frentes ribeirinhas, da recuperação dos espaços urbanos desqualificados, e do estabelecimento de redes de equipamentos, assegurando condições de acessibilidade e de mobilidade adequadas. - Apostar em formas de turismo alternativas, materializadas nas áreas urbanas e nos pequenos aglomerados tradicionais, com base na valorização dos recursos do património cultural, requalificando Fátima como centro urbano de Turismo Religioso. - Apostar na qualificação dos recursos humanos, valorizando a oferta de ensino profissional e politécnico, e alargando a gama de oferta de serviços colectivos e de interesse público suportados na Internet e na utilização das TIC aos centros urbanos de menor dimensão Descobrir as novas ruralidades: - Incrementar e consolidar, de forma sustentável, a competitividade das fileiras de produção agrícola, florestal e agro-pecuária, valorizando os produtos de grau elevado de diferenciação e qualidade, e garantindo uma valorização ambiental, paisagística, da biodiversidade e dos recursos naturais, e da valência turística dos espaços rurais. - Requalificar e consolidar a agricultura de regadio, associada à promoção de mecanismos sustentáveis de gestão das infraestruturas e dos recursos naturais, e redimensionando as estruturas de transformação e comercialização. - Inovar ao nível da articulação urbano-rural, diversificando a economia e as funcionalidades agrícola e não agrícola associadas ao espaço rural, dirigida por uma utilização sustentável dos recursos naturais e do património rural e apostando numa ruralidade qualificada, através do desenvolvimento de competências técnicas, da melhoria da organização dos sectores produtivos, e do alargamento da gama de oferta de serviços colectivos e de interesse público suportados na Internet e na utilização das TIC.

Page 35: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 35

Quadro B – Objectivos do Quadro de Referência Estratégico a Nível Regional

QRE - Nível regional Síntese dos objectivos principais Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (PBH – Oeste) Dec. Reg. nº 26/2002, de 5 de Abril

- Assegurar o cumprimento da legislação nacional e comunitária. - Resolver as carências, em termos de abastecimento de água e protecção dos meios

hídricos. - Minimizar os efeitos das cheias, das secas e de eventuais acidentes de poluição. - Protecção das águas e controlo da poluição, de modo a garantir a qualidade do meio hídrico em função dos usos. - Gestão da procura, abastecimento de água às populações e actividades económicas, de modo a assegurar uma gestão racional da procura de água, em função dos recursos disponíveis e das perspectivas socioeconómicas. - Assegurar a protecção dos meios aquáticos e ribeirinhos com interesse ecológico, a protecção e recuperação de habitats e condições de suporte das espécies nos meios hídricos. - Promover a minimização dos efeitos económicos e sociais das secas e das cheias, no caso de elas ocorrerem, e dos riscos de acidentes de poluição. - Valorização económica e social dos recursos hídricos, de modo a potenciar a valorização social e económica da utilização dos recursos. - Articulação do ordenamento do território com o ordenamento do domínio hídrico, nomeadamente através da preservação das áreas do domínio hídrico. - Promover a sustentabilidade económica e financeira dos sistemas e a utilização racional dos recursos e do meio hídrico, promovendo a aplicação dos princípios do utilizador-pagador e poluidor-pagador. - Promover a participação das populações através da informação e sensibilização para as necessidades de proteger os recursos e o meio hídrico. - Aprofundar o conhecimento dos recursos hídricos

Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste (PROF-Oeste) Dec. Reg. nº 14/2006, de 14 de Outubro

- Promover o aumento dos espaços florestais arborizados, com espécies bem adaptadas às estações favorecendo soluções adaptadas às diferentes condições ecológicas. - Promover o aumento de espaços florestais dedicados ao recreio e lazer. - Promover a gestão florestal sustentável, procurando o equilíbrio entre as funções sociais, económicas e ambientais proporcionadas pelos espaços florestais. - Promover o aumento da área de espaços florestais sujeitos a gestão florestal profissional. - Incentivar a gestão conjunta nas áreas de maior fragmentação da propriedade, em especial nos municípios da margem norte do Tejo. - Promover uma prevenção eficaz dos incêndios florestais. - Promover a adopção de modelos de silvicultura com vista a maior valorização dos espaços florestais. - Promoção da utilização do uso múltiplo da floresta. - Promoção da utilização e valorização da biomassa florestal residual. - Estabilização dos espaços florestais, eliminando os efeitos das especulação imobiliária. - Promover a procura de novos mercados para os produtos florestais. - Promover a recuperação dos espaços florestais degradados com vista à sua valorização quer em termos económicos quer em termos ecológicos.

Page 36: Relatório dos Factores Críticos para a Decisão

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DO NADADOURO – UOPG 4

RELATÓRIO DOS FACTORES CRÍTICOS DE DECISÃO - 36

Quadro B – Objectivos do Quadro de Referência Estratégico a Nível Regional (continuação)

QRE - Nível regional Síntese dos objectivos principais Programa Operacional Regional do Centro – Mais Centro – 2007- 2013 (PORC)

- Competitividade, Inovação e Conhecimento - Criação de micro e pequenas empresas inovadoras. - Projectos de I&D, em particular projectos de cooperação entre micro e empresas e entidades do Sistema Científico e Tecnológico. - Projectos de investimento produtivo para inovação em micro e pequenas empresas. - Qualificação de micro e pequenas empresas. - Projectos-piloto de energias renováveis. - Desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento. - Projectos de infra-estruturas, equipamentos e redes de suporte à actividade empresarial. - Acções colectivas de desenvolvimento empresarial.

- Desenvolvimento das Cidades e dos Sistemas Urbanos - Parcerias para a regeneração urbana. - Redes urbanas para a competitividade e inovação. - Mobilidade urbana.

- Consolidação e Qualificação dos Espaços Sub-Regionais - Provisão de bens e serviços públicos em áreas rurais. - Valorização de recursos específicos do território. - Qualificação integrada de espaços sub-regionais (redes de mobilidade, equipamentos e infra-estruturas para a coesão social e territorial).

- Protecção e Valorização Ambiental - Ciclo Urbano da Água. - Prevenção de riscos naturais e tecnológicos. - Gestão de recursos hídricos. - Gestão activa da Rede Natura e Biodiversidade. - Valorização e Ordenamento da Orla Costeira. - Protecção e valorização de outras zonas sensíveis e de qualificação da paisagem. - Estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos

- Governação e Capacitação Institucional Governo electrónico regional e local - Facilitar a relação das empresas e dos cidadãos com a administração desconcentrada e local. - Promoção institucional da região.

- Assistência Técnica - Gestão, acompanhamento, avaliação, controlo, informação e comunicação de PO Regional

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI)

- Aumento da resiliência do território aos incêndios florestais. - Redução da incidência dos incêndios. - Melhoria da eficácia do ataque e da gestão de incêndios. - Recuperar e reabilitar os ecossistemas. - Adopção de uma estrutura orgânica funcional e eficaz.