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Página 1 de 13Superintendência de Portos Emissão: Jul/07Gerência de Meio Ambiente Vistoria: Porto de Cabedelo

Relatório de Vistoria sobre as Conformidades Ambientais e de Segurança

Porto de Cabedelo

VistoriaMaio de 2007

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Sumário

11.1 Ocupacional........................................................................................................................... 1011.1.1 Núcleo Ocupacional de Engenharia de Segurança............................................................. 1111.1.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA..................................................... 1111.1.3 Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua – PCE/PAM ........................... 1111.2 - Cargas Perigosas................................................................................................................. 1211.3 – ISPS Code........................................................................................................................... 12

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RELATÓRIO DE VISTORIA no 15/2007

1. - EQUIPE DE VISTORIAEquipe da ANTAQ designada pelo Ofício no 102/2007 - SPO, de 04 de maio de 2007, formada pelos técnicos da Gerência de Meio Ambiente – GMA e da Unidade Administrativa Regional de Recife – UARRE:

- Ricardo Nelson Ribeiro Freire Engenheiro de Segurança GMA- José de Ribamar Broxado Filho Técnico em Regulação UARRE

2. - OBJETIVO, LOCAL E PERÍODOPromover a vistoria das Conformidades Ambientais e de Segurança no Porto de Cabedelo, no Estado da Paraíba, no período de 09/05 a 11/05/2007.

3. - ADMINISTRAÇÃO E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO PORTOA Administração do Porto de Cabedelo é exercida pela Companhia Docas da Paraíba e seu horário de funcionamento foi homologado pelo Conselho de Autoridade Portuária - CAP, em sua Reunião de nº. 104, de 28/02/2002, sendo estabelecido o seguinte horário:

SETOR 1º Turno 2º Turno 3º Turno 4º Turno

Administrativo 08:00 as 12:00 hs 13:00 as 17:00 hs ------- -------

Operacional 08 as 12:00 hs 13:00 as 17:00 hs ------- -------

Guarda Portuária Para o setor de Guarda Portuária, devido às características próprias da atividade, foi estabelecido um horário de trabalho dividido em quatro turnos de seis horas.

Obs.: Como a movimentação de cargas no porto não apresenta uma periodicidade que exija turnos de trabalho ininterruptos, quando da necessidade de execução de trabalho em horário extra (noturno), a Administração do Porto tem optado pela criação de turnos em caráter excepcional, que vigoram somente durante o período em que a execução dos trabalhos nesse horário se faz necessário.

4. - ORIGEMA iniciativa da construção de um porto na enseada de Cabedelo (PB) ocorreu à época do Segundo Reinado, entretanto o projeto só foi aprovado em 9 de junho de 1905, pelo Decreto nº. 7.022. O início da obra se deu em agosto de 1908, sendo concluídos 178m de cais e um armazém, em 16 de dezembro de 1917. Depois de longa paralisação, as obras foram retomadas na primeira metade do ano de 1932, como resultado de um compromisso assumido em 1930 pelo governo federal com o governo do estado da Paraíba, que reivindicava a execução de instalações adequadas às exporta-ções do algodão produzido naquele estado.

O porto foi inaugurado em 23 de janeiro de 1935, com o governo estadual explorando-o de 7 de ju-lho de 1931 até 28 de dezembro de 1978, quando a administração portuária foi transferida para a Empresa de Portos do Brasil S.A. (Portobrás), criada pela Lei nº. 6.622/75.

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Extinta essa empresa em 1990, a administração do porto passou para a União. Mediante o Convê-nio de Descentralização de Serviços Portuários nº. 004/90, SNT/DNTA, celebrado em 19/11/90, e por força do Decreto nº. 99.475, de 24/08/90, a administração do porto passou a ser exercida pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte - Codern através da Administração do Porto de Cabede-lo. Em 4 de fevereiro de 1998 foi feito um novo convênio de delegação entre a União (Ministério dos Transportes) e o estado da Paraíba, passando o porto a ser administrado pela Companhia Docas da Paraíba, Docas – PB.

5. - ÁREA DO PORTO ORGANIZADOConforme Portaria-MT nº. 1.001, de 16/12/93 (D.O.U. de 17/12/93), a área do porto organizado de Cabedelo, no estado da Paraíba, é constituída:

a) pelas instalações portuárias terrestres existentes na margem direita do rio Paraíba, desde a raiz do molhe de proteção na foz desse rio, prolongando-se até a extremidade do cais comercial, junto ao Trapiche da Baleia, abrangendo todos os cais, rampas ro-ro, docas, pontes, píeres de atracação e de acostagem, armazéns, pátios, edificações em geral, vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e, ainda, os terrenos ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências, pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de Cabedelo, ou sob sua guarda e responsabilidade;

b) pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item “a” acima, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público.

6. - LOCALIZAÇÃO E ÁREA DE INFLUÊNCIAO Porto de Cabedelo está localizado no município do mesmo nome, no Estado da Paraíba, na margem direita do estuário do rio Paraíba, vizinho ao Forte Santa Catarina, monumento histórico do século XVI. A DOCAS-PB (Companhia Docas da Paraíba), tem sede dentro da área portuária, na avenida João Pessoa, sem número, no centro da cidade de Cabedelo.

A posição geográfica do porto é privilegiada, pois é o porto brasileiro mais próximo da Ásia, África e Europa, além de ocupar uma posição estratégica em relação aos demais Estados do nordeste, situando-se no centro geográfico da região abrangendo os Estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

7. - ACESSORodoviário: Pela rodovia federal BR-230, integrada à BR-101 na periferia de João Pessoa (PB) que

dista do porto 18 km e que permite a ligação com toda a malha rodoviária federal do país.

Ferroviário: O porto é servido pela Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), malha Nordeste, antiga Superintendência Regional Recife (SR 1) da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA).

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Fluvial: Pelo rio Paraíba do Norte, apresentando condições de navegabilidade para embarcações com calado máximo de 6m. Somente trafegam pequenas embarcações a montante do porto, não influindo no volume das cargas movimentadas.

Marítimo: O canal de acesso possui extensão total de 6,00 km, largura de 150m e profundidade de 9,14m (DHN). A bacia de evolução possui extensão total de 700m, largura de 300m e profundidade de 9,5m (DHN).

8. - INSTALAÇÕES

a) Cais Acostável: o porto de Cabedelo possui hoje, um cais alinhado com extensão de 702 metros, incluindo a 1a etapa de 100 metros de cais pesqueiro, no qual a profundidade de atracação é de 9 metros. Ao longo dos 602 metros restantes, a profundidade é de 11 metros, distribuídos em 03 (três) berços principais com as seguintes finalidades: Granéis Líquidos / Carga Geral, Contêineres / Carga Geral / Passageiros, e Granéis Sólidos / Carga Geral.

b) Armazéns: São oito armazéns, sendo quatro para carga geral, totalizando uma área de 8.000 m2; três para granéis sólidos, com área somando 6.000 m2; e um frigorífico parcialmente ativado, com 2.000 m2 e capacidade para 1.500 t. Com total de 16.000 m2 de área.

Vista superior com detalhe para conclusão das obras civis dos 100

metros de cais do Terminal Pesqueiro Público do Porto de

Cabedelo.

Vista do prolongamento dos 602 m de cais acostável, com sistema

projetado de defensas. É visível a falta de sinalização horizontal e

vertical para veículos e pessoas que transitam na área.

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Armazéns ao longo da faixa do cais, destinados à estocagem de carga geral e granéis sólidos. Sinalização inexistente e hidrantes inoperantes para o sistema de

combate a incêndio.

c) Pátios: Os pátios de estocagem são nove, sendo dois cobertos, compondo 1400 m2 e destinados a carga geral, e os outros sete, a céu aberto, para minério de carvão e contêineres, totalizando 20.000 m2.

d) Equipamentos: 2 redlers de 150t/h (desativados); 1 balança rodoviária de 60t; 2 caçambas (grabs) automáticas de 1,6m3 e 2,0m3; 1 guindaste de pórtico elétrico de 6,3t e 2 guindastes de pórtico elétrico de 3,5t, cada.

O porto conta ainda com instalações do setor privado, como no caso de granéis sólidos vegetais, onde há dois silos de propriedade do Grupo Asa, cuja capacidade total de armazenamento para milho é de 5.000 t, existindo também o complexo industrial Grande Moinho Tambaú, pertencente à empresa M. Dias Branco, que tem como finalidade o recebimento de grãos de trigo, com capacidades de movimentação nominal de 250 ton./dia e capacidade estática de 60.000 t, agregando-se a isto, o processamento do trigo através de uma unidade fabril, incluindo um centro de distribuição.

Quanto aos granéis líquidos, o porto conta com 50 tanques para armazenamento de granéis líquidos, pertencentes às diversas empresas distribuidoras de álcool e derivados de petróleo, totalizando 61.612 t de capacidade. As empresas são: Esso Brasileira de Petróleo S.A., Petrobrás Distribuidora S.A., Norte Gás Butano Ltda., IAT – Companhia de Comércio Exterior, Companhia de Óleos Vegetais do Brasil (Convebrás), Terminais de Armazenagem de Cabedelo Ltda. (Tecab).

9. - FACILIDADES

9.1 - Suprimento de ÁguaO abastecimento de água potável para o consumo e para o combate a incêndio é feito pela CAGEPA - Companhia de Água e Esgoto da Paraíba, ficando a responsabilidade de sua manutenção com a administração do porto. A interligação com as edificações do porto, cais acostável e armazéns se faz entre a caixa d'água situada fora do perímetro do porto e a rede hidráulica distribuída na área portuária. Dos 28 (vinte e oito) hidrantes da rede, 12 (doze) estão no cais. A capacidade volumétrica da caixa d'água é de aproximadamente 500 mil litros, mas devido ao comprometimento de sua estrutura, o reservatório encontra-se com sua capacidade restrita a 200 mil litros. Seu sistema de esgoto é interligado diretamente à rede da CAGEPA.

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Reservatório de água destinado ao consumo interno das edificações, cais, armazéns e demais

instalações portuárias, além do fornecimento para rede de combate a incêndio (ineficiente) e abastecimento das

embarcações.

Caixas de tomada d’água para interligação e abastecimento de embarcações em bom estado de

conservação.

Porém, em alguns trechos das vias internas de circulação observamos

tubulações do sistema de combate a incêndio obstruídas e em precárias

condições operacionais.

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9.2 - Suprimento de Energia ElétricaA energia elétrica do porto é fornecida pela empresa privatizada SAELPA – Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba, a qual é composta por 01 Subestação (SE), cuja tensão é de 13.8 KV. A SE é responsável pela alimentação de 15 tomadas de 380V ao longo do cais, 70 tomadas de 440V destinadas ao uso de guindastes e contêineres frigoríficos. As demais tomadas de 220V alimentam os prédios administrativos, armazéns e sistemas de iluminação.

As tomadas de energia elétrica ao longo do cais encontram-se em

bom estado de conservação.

9.3 – Comunicação e Demais FacilidadesO porto possui ainda tomadas telefônicas ao longo do cais, interligadas ao Sistema Nacional de Telecomunicações – SNT. Podemos citar também a existência de uma linha férrea com 2.620 m de comprimento e bitola de 1,0 metro, cujo objetivo é facilitar o deslocamento dos guindastes ao longo do cais nas operações portuárias.

É de se observar, no entanto, que antes da realização de qualquer operação portuária, é feito uma breve revisão nos guindastes, moegas e tomadas de energia elétrica, ficando toda a responsabilidade pela efetiva manutenção, limpeza e lubrificação dos equipamentos, assim como a execução dos consertos das instalações portuárias arrendadas ou utilizadas pelos operadores, com os próprios arrendatários e operadores.

A manutenção preventiva e pequenos reparos nos equipamentos são feitos por funcionários do porto, sendo que, para os reparos mais complexos, a administração do porto recorre às oficinas particulares.

10 - CONFORMIDADES AMBIENTAIS

10.1 Núcleo AmbientalO porto de Cabedelo não possui um Núcleo Ambiental formal, existindo somente uma Assessoria Especial, subordinada diretamente ao Diretor Presidente da Companhia Docas da Paraíba. Entretanto, o porto com seus Planos e Programas existentes, vem cumprindo com o atendimento às exigências legais no desempenho das Conformidades Ambientais.

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10.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRSO PGRS encontra-se previsto na Lei nº. 9.966/00 e na RDC nº. 217/01 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. O Plano foi encaminhado para aceitação junto à própria ANVISA e à SUDEMA – Superintendência de Desenvolvimento de Meio Ambiente, órgão estadual de meio ambiente, e embora sua elaboração tenha sido concluída e realizada por consultoria externa, o mesmo não foi implementado até a presente data, estando sua aprovação atrelada à análise final pelos órgãos competentes.

10.3 Plano de Emergência Individual – PEIO porto de Cabedelo não possui um Plano de Emergência Individual específico, estando o mesmo contemplado dentro Plano de Ação Mútua para a cidade de Cabedelo, o chamado PAMCIC, onde participam, além do próprio porto, a prefeitura, o corpo de bombeiros, os arrendatários e toda comunidade portuária envolvida, tendo sua elaboração realizada por todos os participante do PAMCIC.

10.4 Licenciamento AmbientalA competência legal sobre o Licenciamento Ambiental encontra-se prevista na Lei nº. 6.938/81 e Resolução CONAMA nº. 237/97. O porto de Cabedelo possui a Licença de Operação nº. 1.430/2004 fornecida pela SUDEMA - Superintendência de Desenvolvimento de Meio Ambiente. Contudo, é de se ressaltar as condicionantes abaixo discriminadas pela SUDEMA, assim como a validade da Licença pelo período de 730 (setecentos e trinta) dias, contados a partir de 26/11/2004, na qual sua renovação deverá ser requerida 120 (cento e vinte) dias antes de decorrido seu prazo de validade. As condicionantes deverão:

a) obedecer fielmente às normas da SELAP – Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades Poluidoras;

b) a Licença de Operação, bem como cópias dos documentos relativos ao cumprimento ora estabelecidos, estar disponíveis para a fiscalização da SUDEMA e aos demais órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA;

c) requerer junto a SUDEMA, autorização de qualquer modificação ou alteração no projeto analisado e aprovado no órgão ambiental;

d) apresentar programa de consolidação da Unidade de Conservação, cumprindo com o disposto na Lei 9.985, de julho de 2000 e Decreto nº. 3.340 de 22 de agosto de 2002, através de projeto apresentado pelo órgão licenciador;

e) atender as exigências e recomendações previstas na Legislação Federal, Estadual e Municipal de cunho ambiental e urbanístico, notadamente o Código do Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo do Município;

f) cumprir rigorosamente com as medidas mitigadoras previstas no EIA/RIMA;

g) implementar os programas de controle e monitoramento ambiental proposto para a área;

h) Implementar os programas de controle e monitoramento ambiental proposto para a área;

i) apresentar o relatório de Auditoria Ambiental, com periodicidade anual, conforme termo de referência apresentado pela SUDEMA;

j) manter em perfeito estado de operação o sistema de coleta, tratamento e disposição final dos seus efluentes.

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10.5 Passivo AmbientalO porto não possui Passivos Ambientais.

Detalhe da Balança Rodoviária do Terminal de estocagem de Coque

no retroporto do Jacaré

Terminal de estocagem de coque verde / carvão mineral e

movimentação de aproximadamente 70.000

toneladas do produto.

10.6 Auditoria AmbientalEm agosto de 2004 foi realizada uma auditoria ambiental independente no porto organizado de Cabedelo – PB, cuja finalidade foi o de avaliar a situação do seu sistema de gestão. Tal auditoria obedeceu a Resolução CONAMA 306, de 05 de julho de 2002. Cabe ressaltar, que apesar da licença ter sido expedida, a auditoria ambiental verificou algumas irregularidades no desempenho da Gestão Ambiental.

11 - CONFORMIDADES DE SEGURANÇA

11.1 OcupacionalCabe esclarecer que na ordem jurídica, a Lei no 8.630/93 tutela o Regime Jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e a Lei no 9.719/98 dispõe sobre normas e condições gerais de Proteção ao Trabalho Portuário.

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A Lei no 6.514/77 dedica o Capítulo V Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, à Segurança e Medicina do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, por intermédio da Portaria no 3.214/78 aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) previstas no Capítulo V da CLT. Esta mesma Portaria estabeleceu que as alterações posteriores das NR fossem determinadas pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego SSST/MTE.

As Conformidades Ocupacionais para o setor portuário encontram-se contempladas na Norma Regulamentadora nº. 29 (NR-29) do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, e se aplica aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do Porto Organizado.

Incorporam-se às leis brasileiras, as Convenções da OIT - Organização Internacional do Trabalho, quando promulgadas por Decretos Presidenciais. As Convenções Internacionais são promulgadas e internalizadas depois de submetidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.

11.1.1 Núcleo Ocupacional de Engenharia de SegurançaDiferentemente do Núcleo Ambiental, o porto de Cabedelo possui um Núcleo Ocupacional de Engenharia de Segurança, denominado SESTRA – Serviço de Segurança do Trabalho.

Atualmente o porto dispõe em sua estrutura organizacional, de 01 (um) técnico especializado para a área, número suficiente para atender o dimensionamento mínimo que a Norma Regulamentadora 29 requer, ficando toda responsabilidade pelo acompanhamento e monitoramento das conformidades ocupacionais com o próprio SESTRA.

11.1.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRAO porto de Cabedelo possui PPRA extensivo a todas as instalações, incluído-se aí armazéns, pátios e escritórios. Sua elaboração se fez por meio de contratação de consultoria externa. O PPRA descreve em suas ações, estudos de antecipação e reconhecimento dos riscos existentes, adequação dos níveis de iluminação em conformidade com o exigido pela NBR – 5413, realização de treinamento sobre o uso adequado e obrigatório de EPIs e realização de palestras sobre saúde e segurança.

11.1.3 Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua – PCE/PAM A exemplo do PEI, o porto também não possui um PCE/PAM específico, como determinado pela NR-29, seja para incêndio e explosão, vazamento de produtos químicos, etc., estando todos contemplado dentro Plano de Ação Mútua para a cidade de Cabedelo, o chamado PAMCIC, onde participam, além do próprio porto, a prefeitura, o corpo de bombeiros, os arrendatários e toda comunidade portuária envolvida, tendo sua elaboração realizada por todos os participante do PNACIC.

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11.2 - Cargas PerigosasCargas perigosas são definidas como sendo quaisquer cargas que, por serem explosivas, ga-ses comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, possam representar riscos aos trabalhadores e ao ambiente.

Muito embora as atividades de movimentação, transporte e armazenagem de Gases Comprimidos, Liquefeitos, dissolvidos sob pressão e os Líquidos Inflamáveis (Classes 2 e 3), fiquem a cargo dos terminais arrendados e situados dentro da área do porto organizado, como a Esso, a Petrobrás Distribuidora, a Norte Gás Butano e a Tecab, o porto público não opera com esses tipo de cargas.

11.3 – ISPS CodeVisando atender às exigências do Código Internacional de Proteção para Navios e Instalações Portuárias - ISPS Code, a Companhia Docas da Paraíba teve sua Avaliação de Risco e seu Plano de Segurança Portuária aprovada junto à Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis – CONPORTOS, operando hoje com a Declaração de Cumprimento nº. 152/06, conforme Deliberação nº. 116/06

12 – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕESEm vista do exposto, das informações obtidas “in loco” e em função das análises efetuadas pelos Técnicos que compuseram a Equipe de Vistoria da ANTAQ designada pelo Ofício nº.102/2007 – SPO, pode-se concluir e recomendar alguns pontos considerados relevantes, passíveis de recomendações da ANTAQ à Autoridade Portuária, a saber:

12.1 Conformidades AmbientaisMuito embora o porto de Cabedelo não possua formalmente um Núcleo Ambiental em sua estrutura organizacional, existindo apenas uma Assessoria Especial para cuidar dos assuntos em referência, observa-se o esforço que a Docas da Paraíba vem realizando para o atendimento das exigências legais no desempenho das Conformidades Ambientais.

Apesar de ainda não haver implantado o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos até a presente data, estando sua aprovação condicionada à análise final pelos órgãos competentes, verifica-se que houve a preocupação em realizar uma Auditoria Ambiental independente, nos moldes da Resolução CONAMA 306/02, assim como a implantação do PAMCIC, onde o referido Plano contempla todos àqueles exigidos tanto para as conformidades ambientais como para as conformidades de segurança como PEI, PCE, PGRS, etc..

No aspecto de limpeza, pode-se considerar que a mesma está sendo efetuada de forma coerente. Após a operação, os operadores fazem a limpeza do cais e dos equipamentos e há sempre uma equipe realizando a limpeza nas dependências do porto. No entanto, foi verificado a inexistência de coletores seletivos para a segregação do lixo, tanto os originados nas operações portuárias quanto os originados nos escritórios e edificações internas.

Embora com a Licença Ambiental obtida, recomenda-se que a Companhia Docas da Paraíba dispense maior atenção para as condicionantes ali exigidas, de forma a cumprir ambientalmente com a emissão do licenciamento autorgado pela SUDEMA ao porto de Cabedelo.

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12.2 Conformidades de SegurançaNa área do porto organizado de Cabedelo existem 50 tanques para armazenamento de granéis líquidos, pertencentes a diversas empresas distribuidoras de álcool e derivados de petróleo, totalizando aproximadamente 60.000 t de capacidade.

Apesar o Porto de Cabedelo contar com um diagnóstico sobre suas instalações portuárias, avaliado através do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, ficou patente e evidenciado que o sistema de proteção e combate a incêndio do porto é totalmente inoperante, situação essa em que o reservatório de água não atinge sua capacidade volumétrica máxima (comprometimento estrutural detectado pela área de fiscalização), as tubulações de incêndio não suportam a pressão hidráulica e os hidrantes existentes não possuem mangueiras.

Nesse sentido, a Docas da Paraíba, juntamente com as empresas instaladas na área do porto organizado, sob a coordenação do Corpo de Bombeiros e em conjunto com as instituições governamentais e privadas, objetivando prevenir e controlar acidentes não só nas áreas internas do porto, mas em todas as áreas de abrangência do PAMCIC, deve:

realizar treinamentos periódicos de evacuação e controle de situações emergenciais, de acordo com Plano de Ação Mútua para a cidade de Cabedelo.

incentivar e contribuir com os órgãos governamentais na implementação de uma unidade de Corpo de Bombeiros próxima ao porto, visando suprir as necessidades da comunidade local, tendo em vista a distância da atual unidade em João Pessoa e o município de Cabedelo;

Dedicar especial atenção à evacuação do porto em casos de sinistro, observando-se obstruções decorrentes de concentração de ônibus urbanos, caminhões e outros veículos próximos aos acessos do porto;

Dotar todo o prolongamento da faixa de cais e circulação das vias internas de sinalização horizontal e vertical, por onde passam caminhões de cargas e outros veículos.

É o parecer

Ricardo Nelson Ribeiro FreireEng. Civil, de Segurança e Gestor Ambiental

GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE