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Página 1 de 13 Superintendência de Portos Emissão: Mai/07 Gerência de Meio Ambiente Inspeção: SUAPE Relatório das Conformidades Ambientais e de Segurança SUAPE Complexo Industrial Portuário INSPEÇÃO Abril de 2007

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Página 1 de 13Superintendência de Portos Emissão: Mai/07Gerência de Meio Ambiente Inspeção: SUAPE

Relatório das Conformidades Ambientais e de Segurança

SUAPEComplexo Industrial Portuário

INSPEÇÃOAbril de 2007

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Sumário

11.1 Ocupacional.......................................................................................................................... 1011.1.1 Núcleo Ocupacional de Engenharia de Segurança............................................................ 1011.1.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.................................................... 1111.1.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO...................................... 1111.1.4 Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua – PCE/PAM .......................... 1111.2 - Cargas Perigosas................................................................................................................ 1111.3 – ISPS Code.......................................................................................................................... 12

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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

1. EQUIPE DE INSPEÇÃOEquipe da ANTAQ designada pelo Ofício no nº. 81/2007 - SPO, de 29 de março de 2007, formada pelos técnicos da Gerência de Meio Ambiente – GMA/ANTAQ e pela Unidade Administrativa Regional de Recife – UARRE:

- Ricardo Nelson Ribeiro Freire Engenheiro de Segurança GMA- Gustavo Henrique de Araújo Eccard Especialista – Engenheiro Civil GMA- Sillas César de Luna Técnico em Regulação UARRE- José de Ribamar Broxado Filho Técnico em Regulação UARRE- José Bezerra Floro Neto Floro Técnico em Regulação UARRE

2. OBJETIVO, LOCAL E PERÍODOPromover a avaliação das Conformidades Ambientais e de Segurança no Complexo Industrial e Portuário de SUAPE, no Estado de Pernambuco, no período de 02/04 a 05/04/2007.

3. ADMINISTRAÇÃO E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO PORTOO porto é administrado pelo governo do estado de Pernambuco através da empresa Suape – Complexo Industrial Portuário, por autorização do governo federal, pelo convênio firmado em 9 de abril de 1992. O horário de funcionamento do porto foi homologado pelo Conselho de Au-toridade Portuária - CAP, sendo estabelecido o seguinte horário:

SETOR 1º Turno 2º Turno 3º Turno 4º TurnoAdministrativo 07:00 as 13:00 hs ------- ------- -------

Administrativo Comissionado 08:00 as 17:00 hs ------- ------- -------

Operação Portuária 07:00 as 13:00 hs 13:00 as 19:00 hs 19:00 as 01:00 hs 01:00 as 07:00 hs

Operação nos Navios 08:00 as 14:00 hs 14:00 as 20:00 hs 20:00 as 02:00 hs 02:00 as 08:00 hs

Guarda Portuária 07:00 as 19:00 hs 19:00 as 07:00 hs Escala 12x36 hs -------Obs.: a amarração dos navios é feita por firma particular

4 - LOCALIZAÇÃO E ÁREA DE INFLUÊNCIAO Complexo Industrial Portuário de SUAPE encontra-se localizado no litoral sul do estado de Pernambuco, próximo à foz dos rios Tatuoca e Massangana, entre o Cabo de Santo Agostinho e o Pontal do Cupe, distando 40 km ao sul da cidade de Recife. Sua área de influência abrange o estado de Pernambuco e parte dos estados de Alagoas e Paraíba.

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5 - ACESSORodoviário: Pela rodovia estadual PE-060, que encontra a federal BR-101 no município do

Cabo, e da AL-101, na divisa dos estados de Pernambuco e Alagoas.

Ferroviário: Por um ramal de 23km da Companhia Ferroviária do Nordeste, malha nordeste, integrado às linhas da antiga Superintendência Regional Recife (SR 1), da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA).

Marítimo: A entrada do porto, com 580m de largura e profundidade de 14m, está compreendida entre o farol da ponta do molhe de proteção e a bóia de balizamento. Não existe canal de acesso, havendo somente uma orientação para a navegação, representada por uma linha reta, na direção nordeste/sudoeste, passando pela extremidade do molhe.

Fluvial: Não há;

6 - ÁREA DO PORTO ORGANIZADOConforme a Portaria - MT nº. 1.031, de 20/12/93 (D.O.U. de 22/12/93), a área do porto organizado de SUAPE, no estado de Pernambuco, é constituída:

a) pelas instalações portuárias terrestres existentes nos municípios de Ipojuca e do Cabo de Santo Agostinho, desde a foz do rio Ipojuca e ramal ferroviário de acesso ao parque de tancagem até a baía de SUAPE e o rio Masangana, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de SUAPE ou sob sua guarda e responsabilidade;

b) pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" acima, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público.

7 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO – PDZA Lei 8.630 de 25/02/1993, em seu artigo 30, § 1°, inciso 10, que atribui aos Conselhos de Au-toridade Portuária – CAPs a incumbência de aprovar os Planos de Desenvolvimento e Zonea-mento - PDZ, tornou esse instrumento obrigatório.

A forma e o conteúdo dos planos nunca chegaram a ser regulamentada e cada porto passou, então, a conceber seus próprios instrumentos de planejamento e zoneamento da forma que lhe parecesse mais adequada. O Porto de Suape foi um dos pioneiros a atender a nova lei, tendo, já em 1994, submetido ao CAP o seu PDZ. Para tanto, fez opção por um modelo resumido, embora consciente da necessidade, a médio prazo, de revisar e detalhar esse plano.

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A nova versão do PDZ aprovada pela Deliberação nº. 02/05, na 92ª reunião Ordinária do CAP do Porto de Suape – PE, em 03 de agosto de 2005, teve como estratégia de elaboração defini-da pela equipe técnica de Suape a forma esquemática apresentada na figura abaixo:

O Plano propõe o zoneamento de todo o complexo, assim distribuído:

Zona Portuária (ZP) 790 ha (2,4 %) Zona Industrial (ZI) 6.570 ha (19,8 %) Zona de Administração (ZCA) 152 ha (0,5 %) Zona Residencial (ZR) 3.382 ha (10,2 %) Zona de Desenvolvimento Turístico (ZT) 433 ha (1,3 %) Zona Especial (ZE) 393 ha (1,1 %) Zonas Livres (ZL) 20.107 ha (60,7 %)

Essa alocação de áreas mostrou-se coerente tendo sido concebida sob a ótica da sustentabili-dade sócio-econômica e ambiental, uma vez que contemplou áreas consideráveis para as mais diversas vocações e tem sido respeitada ao longo dos últimos 26 anos. Entretanto, à luz de mu-danças, como as novas perspectivas de movimentação de cargas atribuídas à criação de mer-cados comuns (MERCOSUL, ALCA, NAFTA, MCE, etc.), da consolidação de Suape como hub port, do crescimento em relevância das questões ambientais e da experiência alcançada duran-te todos esses anos de ocupação, essa alocação de áreas deverá ser revista.

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A administração do porto do Complexo Portuário de Suape elaborou Regulamento de Explora-ção do Porto, aprovado pela Deliberação do CAP nº. 12/1994, e alterado pela Deliberação do CAP nº. 06/2000, cujo fundamento é estabelecer as regras básicas de funcionamento do porto organizado de Suape, as quais deverão ser obedecidas por todos que exercerem suas ativida-des no âmbito das instalações sob gestão direta da Autoridade Portuária.

8 - ORIGEMO porto de SUAPE foi inicialmente previsto para operar produtos combustíveis e cereais a granel, em substituição ao porto de Recife. Na oportunidade, sua construção foi associada à idéia de atender a um distrito industrial localizado em área adjacente às instalações portuárias. A Lei Estadual nº. 7.763, de 07 de novembro de 1.978, criou a empresa SUAPE – Complexo Industrial Portuário, com a finalidade de administrar o desenvolvimento das obras. A implantação começou pelo molhe sul, em 15 de março de 1.980, sendo inaugurados o píer em 09 de novembro de 1.982 e o primeiro berço do cais em 09 de maio de 1.986.

9 - INSTALAÇÕES

Vista aérea das Instalações

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9.1 - Porto Externo: o porto possui um molhe de proteção em "L", com 2.950 metros de extensão e contém um píer de granéis líquidos com 162m e dois berços de atracação para navios de 180m de comprimento e 45.000TPB com 14m de profundidade; um segundo píer de granéis líquidos, com 386m de comprimento, para navios de até 266m de comprimento e 90.000TPB com 14,5m de profundidade; um cais de múltiplos usos para carga geral, 343m e dois berços para navios de até 80.000TPB com 15,5m de profundidade no berço leste e 10m no berço oeste.

9.2 - Terminal de Granéis Líquidos: com 84m de comprimento e 25m de largura na sua plataforma de operação, com profundidades de 14m tanto no berço leste como no berço oeste. Dispõe de 4 "dolphins" laterais e atende a navios de até 45.000TPB. Está ligado ao molhe através de uma ponte de acesso, sobre a qual estão assentadas as tubulações destinadas ao transporte de granéis líquidos, com origem ou destino no parque de tancagem localizado no retroporto. Os equipamentos portuários existentes compreendem 10 braços mecânicos para embarque e desembarque de granéis líquidos, sendo 5 em cada berço, com capacidade de 1.000 m3/h cada um. Toda a operação portuária é atualmente realizada pela Petrobrás e por outros operadores qualificados, vinculados a terminais de gases e álcool. Possui tancagem flutuante de 41.000t de GLP, que permite transbordo "ship to ship".

9.3 - Segundo Píer de Granéis Líquidos: com 386m de comprimento e 14,5m de profundidade atende a navios de até 266m de comprimento e 90.000TPB. Possui uma plataforma com 45m de comprimento 32m de largura, 10 dólfins sendo 4 de atracação e 6 de amarração, para 2 berços, um de cada lado do píer.

9.4 - Cais de Múltiplo Uso: com 343m de comprimento e 15,5m de profundidade com 2 berços de atracação atende a navios de até 80.000TPB.

9.5 - Porto Interno: aberto o canal de acesso com 1.200m de extensão, 450m de largura e profundidade de 15,5m, os navios podem atingir o porto interno com 3 berços de atracação, todos com 15,5m de profundidade que totalizarão ao final da construção em andamento o total de 935m. Dois berços estão atendendo ao terminal de contêineres, e o terceiro será para múltiplo uso. Um quarto berço com 330m deverá atender ao Terminal de Granéis Sólidos, após sua construção.

10 - CONFORMIDADES AMBIENTAIS

10.1. Núcleo AmbientalA empresa SUAPE – Complexo Industrial Portuário possui um Núcleo Ambiental formal, denominado Coordenadoria de Meio Ambiente, subordinado hierarquicamente à Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente. Cabe a essa Coordenadoria zelar pelas conformidades ambientais do Complexo Industrial Portuário.

Também foi observado que a Coordenadoria de Meio Ambiente não possui funcionários em número suficiente para suprir a demanda ambiental, embora possua em seu quadro cinco técnicos e quatro estagiários, compondo as áreas de engenharia civil e agrônoma, ciências biológicas e agrícola, de forma a atenderem a todo o complexo industrial portuário. O Núcleo possui ainda, convênios com a UFPE - Universidade Federal de

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Pernambuco e com a UPE - Universidade de Pernambuco, para estudos e projetos de conservação do manguezal e demais ecossistemas costeiros na área de influência do porto.

10.2. Auditoria AmbientalCom base na Resolução CONAMA nº. 306/2002, o porto promoveu sua auditoria ambiental em

20/06/2005, tendo sido realizada pela empresa Prática Projetos e Consultoria, com previsão para nova auditoria ainda no ano de 2007.

10.3 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRSO PGRS encontra-se previsto na Lei nº. 9.966/00 e na RDC nº. 217/01 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos encontra-se concluído e sua elaboração foi realizada por equipe própria composta por técnicos do próprio porto em conjunto com as empresas arrendatárias do complexo.

O Plano foi encaminhado para aprovação junto ao CPRH - órgão estadual de meio ambiente do estado de Pernambuco e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 11 de fevereiro de 2005, tendo sua aprovação concluída através da Resolução – RE nº. 326/05. O porto possui hoje 15 (quinze) pontos para coleta de resíduos sólidos e pretende instalar mais 2 (dois) outros pontos. Atualmente a coleta é feita por empresas terceirizadas.

Foi concluída a construção de uma

unidade para triagem de resíduos na área do porto, sendo o trabalho de coleta e transporte gerenciados por uma

empresa a ser contratada através de

licitação, pois os contratos com as empresas ELUS e

SERQUIP foram encerrados.

10.4 Plano de Emergência Individual – PEIO porto de Suape possui PEI aprovado pelo CPRH - órgão estadual de meio ambiente do estado de Pernambuco, tendo sua elaboração realizada por Consultoria Externa e em conformidade com a Resolução CONAMA n° 293/2001, porém não está implantado. Para tanto foi contratada uma empresa consultora para formulação do projeto Plano de Área, o qual consolidará os PEIs dos demais terminais arrendados.

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No momento, caso ocorram vazamentos, o porto será

atendido pela PETROBRÁS, onde utiliza toda sua estrutura

como equipamentos, treinamentos, simulações, etc.

10.5 Licenciamento AmbientalA competência legal sobre o Licenciamento Ambiental encontra-se prevista na Lei nº. 6.938/81 e Resolução CONAMA nº. 237/97.

De acordo com a Licença de Operação de nº. 01601/2006, no item caracterização do empreendimento, “a empresa enquadra-se na Tipologia de Empreendimentos de Obras Diversas. (...) Os efluentes líquidos sanitários são encaminhados para um sistema de fossas sépticas/sumidouros, instalados nas diversas edificações que fazem parte da estrutura do Complexo Portuário.”

É de se observar que todas as empresas instaladas no Complexo Industrial de Suape possuem suas respectivas licenças ambientais aprovadas pelo CPRH, não havendo inclusive, na sua área de influência, passivos ambientais. A administração portuária é a responsável pelo controle e acompanhamento dos referidos licenciamentos.

Dessa forma, a L.O. abrange todo o Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). Porém, isso não desobriga os empreendimentos menores já instalados, ou que venham a se instalar no CIPS, de possuírem suas licenças ambientais específicas, o que está claro na terceira exigência (condicionante) da L.O. nº. 01601/2006: “Solicitar de qualquer empreendimento que venha a se instalar com Complexo Industrial Portuário o licenciamento prévio da CPRH.”

Com relação às dragagens de manutenção, não há necessidade de realização, em função do rio Tatuoca não contribuir significativamente com sedimentos na região no canal de navegação interno. Na área externa, fora do cordão de arrecifes, as profundidades mediriam entre 16,5 a 17 m, enquanto que na área interna a profundidade medida é de 15,5 m.

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11 - CONFORMIDADES DE SEGURANÇA

11.1 OcupacionalCabe esclarecer que na ordem jurídica, a Lei no 8.630/93 tutela o Regime Jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e a Lei no 9.719/98 dispõe sobre normas e condições gerais de Proteção ao Trabalho Portuário.

A Lei no 6.514/77 dedica o Capítulo V Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, à Segurança e Medicina do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, por intermédio da Portaria no 3.214/78 aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) previstas no Capítulo V da CLT. Esta mesma Portaria estabeleceu que as alterações posteriores das NR fossem determinadas pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego SSST/MTE.

As Conformidades Ocupacionais para o setor portuário encontram-se contempladas na Norma Regulamentadora nº. 29 (NR-29) do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, e se aplica aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do Porto Organizado.

Incorporam-se às leis brasileiras, as Convenções da OIT - Organização Internacional do Trabalho, quando promulgadas por Decretos Presidenciais. As Convenções Internacionais são promulgadas e internalizadas depois de submetidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.

11.1.1 Núcleo Ocupacional de Engenharia de SegurançaO Complexo Industrial Portuário de Suape não possui em sua estrutura organizacional, um Núcleo Ocupacional de Engenharia de Segurança, porém, o porto dispõe de um técnico em segurança do trabalho, subordinado à Coordenadoria de Recursos Humanos.

Muito embora a maioria das empresas ali instaladas possua engenheiro e/ou técnico de segurança do trabalho, cabe à Coordenadoria de Recursos Humanos acompanhar e monitorar as conformidades ocupacionais envolvidas nas atividades do Complexo, ficando dessa forma, longe de atender com precisão, essa faina para a qual não conta com todos os profissionais da área.

A Administração do porto de Suape possui ainda convênio com a empresa “Check Up” no que diz respeito à assessoria de segurança, planejamento e operação sobre os seguintes programas abaixo relacionados:

a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA;b) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO;c) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA;d) Programa Profissiográfico Previdenciário – PPPe) Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT, e f) Treinamento de Pessoal;

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Tanto o PPRA quanto o PCMSO possuem cronogramas de atividades e ações que foram realizadas durante o ano de 2006, com planejamento para o ano de 2007.

11.1.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRAComo descrito no subitem 10.1.1 acima, a Administração do porto de Suape possui convênio com a empresa “Check Up”, cuja assessoria para segurança, planejamento e operação das conformidades ocupacionais, contempla o PPRA no referido acordo. O PPRA tem delineado em suas ações, estudos de antecipação e reconhecimento dos riscos, adequação dos níveis de iluminação conforme exigido pela NBR – 5413, realização de treinamento sobre o uso adequado e obrigatório dos EPIs, realização de palestras sobre LER / DORT, saúde e segurança durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e Meio Ambiente – SIPATMA e reciclagem sobre direção defensiva.

11.1.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSOSegundo o PCMSO, existem diversas ações que são realizadas durante o ano, dentre elas o diagnóstico da população, conscientização sobre câncer de próstata e exames os mais diversos em seus funcionários.

11.1.4 Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua – PCE/PAM Como descrito no subitem 9.4 acima, a Administração do porto de Suape contratou uma empresa consultora para formulação do projeto Plano de Área, o qual consolidará, além dos PEIs, todos os PCEs e PAMs dos demais terminais arrendados.Obs.: encontra-se em fase final de construção no TDR-SUL, uma unidade do

Corpo de Bombeiros para o Complexo Industrial Portuário de Suape.

11.2 - Cargas PerigosasCarga perigosa é qualquer carga que, por ser explosiva, gás comprimido ou liquefeito, inflamável, oxidante, venenosa, infecciosa, radioativa, corrosiva ou poluente, possa re-presentar risco aos trabalhadores e ao ambiente.

O termo carga perigosa inclui qualquer receptáculo, tal como tanque portátil, embala-gem, contentor intermediário para granel e contêiner-tanque, que tenha anteriormente contido carga perigosa e esteja sem a devida limpeza e descontaminação que anulem o seu efeito prejudicial.

Segundo a administração do porto de SUAPE, podem ser movimentadas nos Terminais de Contêineres e de Granéis Líquidos, as cargas perigosas das classes 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9, assim distribuídas:

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Classe 1 ExplosivosClasse 2 Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão.Classe 3 Líquidos inflamáveis.Classe 4 Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea,

substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis.Classe 5 Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos.Classe 8 Substâncias corrosivas.Classe 9 Substâncias perigosas diversas.

As classes 6 e 7 - Substâncias venenosas (tóxicas), substâncias infectantes e Materiais radioativos, respectivamente, não podem ser armazenados no porto, mas sim nos terminais, pois a Administração Portuária não possui mais área de armazenamento, que agora são controladas por terceiros.

11.3 – ISPS CodeVisando atender às exigências do Código Internacional de Proteção para Navios e Instalações Portuárias - ISPS Code, o Complexo Industrial Portuário de Suape obteve junto à Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis – CONPORTOS, a sua Avaliação de Risco e o seu Plano de Segurança Portuária aprovados pelas Deliberações 11/2003 e 20/2004, respectivamente.

O Complexo opera hoje sob a Declaração de Cumprimento nº. 019/2004 de 30 de agosto de 2005, com validade até 19 de agosto de 2009, conforme Deliberação nº. 38/2004 – CONPORTOS, de 11 de agosto de 2004, da mencionada comissão.

É de se observar, no entanto, que o procedimento de abordagem aos navios que irão atracar ao porto de SUAPE recebem um CD com todos os manuais de segurança do porto e instruções de como proceder nas dependências do mesmo visando atender às exigências do ISPS Code.

A divulgação e conscientização do Plano de Segurança abrangeu toda comunidade portuária, desde a navegação à vela (navegação de lazer) e de pesca, até operadores portuários e usuários em geral, sendo o plano realizado em conjunto com os terminais privados dentro do porto, integrando-se com as diversas autoridades intervenientes no setor como a Polícia Federal, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

O cronograma de implantação do sistema de segurança foi concluído e há sempre avaliação da operação do sistema, com a finalidade de sugerir melhorias ao mesmo. O plano conta com 13 (treze) câmeras, sendo 3 (três) móveis e 10 (dez) fixas, localizadas em lugares estratégicos, além de um efetivo de 76 vigilantes em constante revezamento, sendo um total diário de 38 vigilantes.

No momento, está-se preparando Termo de Referência para acréscimo do sistema, abrangendo ampliação da iluminação, maior quantidade de câmeras (estão sendo propostos a colocação de mais 6 unidades), substituição de fibra ótica por rádio, lombadas eletrônicas e disponibilização de imagens via internet em tempo real. A manutenção do sistema é realizada rigorosamente, com emissão de relatório apontando as necessidades e soluções de problemas.

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12 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Em vista do exposto, das informações obtidas “in loco” e em função das análises efetuadas pelos Técnicos que compuseram a Equipe de Inspeção da ANTAQ designada pelo Ofício 81/2007 - SPO, pode-se concluir o que se segue abaixo. É relevante observar que houve apenas pequenas modificações se comparados os levantamentos realizados em 2006 e o atual, ambos realizados por equipe técnica desta Agência.

12.1 Conformidades AmbientaisMesmo contando em seu quadro de pessoal com cinco técnicos e quatro estagiários nas áreas de engenharia civil, agronomia, ciências biológicas e agrícola, o ideal seria que o Núcleo contasse com profissionais com formação específica, de forma a atender a todo o complexo industrial portuário, como biólogos, químicos, oceanógrafos e advogados voltados para a área ambiental, ou em situação adversa, que mantivessem convênios com universidades e entidades ligadas a área.

12.2 Conformidades de SegurançaDiferentemente das conformidades ambientais, as conformidades de segurança necessitam urgentemente da contratação de pessoal especializado na área de engenharia de segurança ocupacional, pois com apenas um técnico de segurança, é simplesmente impraticável o acompanhamento e monitoramento de todas as indústrias arrendadas no complexo, para o cumprimento da Norma Regulamentadora no 29 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

12.3 - Cargas PerigosasÉ importante advertir que o Terminal de Contêineres do porto de Suape adote em sua zona primária, uma área especial para segregação e armazenagem de contêineres contendo cargas perigosas, averiguando as características de cada produto, vinculado ao seu respectivo número ONU, simultaneamente nos idiomas português e inglês, para ciência aos seus responsáveis, em especial ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança responsável por todo o Complexo Industrial Portuário do porto.

12.4 – ISPS CodeDois fatos nos chamaram a atenção com relação ao ISPS. Primeiro, a total aceitação e conscientização por parte de toda a comunidade portuária com relação ao Plano de Segurança Portuária. Segundo, seu cronograma de implantação e o Termo de Referência que está sendo preparado, visando a ampliação do sistema com acréscimo na quantidade de câmeras e melhoramento da iluminação, substituição de fibra ótica por rádio, lombadas eletrônicas e disponibilização de imagens via internet em tempo real.

Gustavo Henrique de Araújo Eccard Ricardo Nelson Ribeiro FreireEspecialista – Engenheiro Civil Engenheiro de Segurança

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