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Relatório de Progresso Outubro de 2008

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Relatório de ProgressoOutubro de 2008

Relatório de Progresso

Novembro de 2008

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 2 Novembro de 2008

“Só se vê bem com o coração! O essencial é invisível aos olhos!….”

Antoine de Saint – Exupéry

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 3 Novembro de 2008

ÍNDICE

SUMÁRIO: A NOVA DINÂMICA DA CASA PIA 5

1- INTRODUÇÃO 11

2- ESTRATÉGIA GLOBAL PARA A REESTRUTURAÇÃO 14

3- DESENVOLVIMENTO DOS EIXOS ESTRATÉGICOS 16

3.1- RECENTRAÇÃO DA CPL NA MISSÃO ESSENCIAL 18

3.1.1- No campo da diversificação e qualificação das Respostas Sociais 18

3.1.2- No campo da intervenção junto das crianças e jovens surdas, cegas e surdocegas 23

3.1.3- No campo do reforço da natureza social da intervenção 24

3.2- DESMASSIFICAÇÃO E RESTITUIÇÃO DA ESCALA HUMANA À INSTITUIÇÃO 31

3.2.1- Ao nível do Acolhimento Residencial 32

3.2.2- Ao nível da Intervenção Comunitária 33

3.2.3- Ao nível do Ambiente e Lazer 33

3.3- REDESENHO DAS RESPOSTAS EDUCATIVAS E FORMATIVAS 35

3.3.1- Ao nível das Respostas Educativas 36

3.3.2- Ao nível das Respostas Formativas 37

3.4- QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO 39

3.4.1- Administração 39

3.4.1.1- Obras e imobiliário 39

3.4.1.2- Gestão orçamental e financeira 41

3.4.2- Desenvolvimento e gestão de pessoas 42

3.4.2.1- Gestão dos Recursos Humanos 42

3.4.2.2- Formação das Equipas 45

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 4 Novembro de 2008

3.4.3- Sistemas de Informação e Comunicação 47

3.4.4- Identidade Institucional da Casa Pia de Lisboa 48

4- AJUSTAMENTO AOS DESAFIOS DO FUTURO 49

ANEXOS 55

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 5 Novembro de 2008

SUMÁRIO

A NOVA DINÂMICA DA CASA PIA DE LISBOA, I.P.

No espírito que preside à Carta de Missão e no âmbito dos objectivos que lhe estão

subjacentes, o processo de reestruturação da Casa Pia de Lisboa, I.P. (CPL), surge

alicerçado em valores que moldam a cultura organizacional e sublinham a centralidade na criança – o sujeito é o centro da acção – como traço vital da filosofia de intervenção da

nova CPL.

Esta dinâmica de actuação assume uma tónica substancialmente virada para a inovação e qualidade, concretizada por meio de projectos e actividades que, recentrando a CPL na sua

missão essencial, criam o enquadramento que permite à Instituição reassumir em pleno o

seu papel na sociedade portuguesa.

Constituindo-se 2008 como o ano de início de um processo de consolidação e concretização da nova dinâmica, fruto da reestruturação, encontram-se actualmente

definidos os modelos de:

Intervenção institucional, concretizado na Lei Orgânica – D.L. nº 397-

A/2007, nos Estatutos - Portaria nº 1637- A/2007, ambos de 31 de Dezembro,

no Modelo Sócio-Educativo previsto no Despacho Normativo nº 32/2007, de 4

de Setembro e no Despacho Normativo n.º40/2007, de 27 de Dezembro.

Privilegiando uma dinâmica de funcionamento dos serviços em rede,

criam-se novas estruturas com funções deliberativas, ou mesmo consultoras

e veladoras do cumprimento da missão, de acordo com o novo organograma,

em Anexo.

Funcionamento interno, nomeadamente com o desenvolvimento do novo

modelo de gestão e organização institucional, concretizado por meio dos

Regulamentos Internos da CPL, designadamente dos Centros de Educação e

Desenvolvimento, em processo de elaboração, respeitando as suas

especificidades e dinâmicas internas.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 6 Novembro de 2008

Esta “nova era” de intervenção socioeducativa da Instituição, marca a adopção de uma

lógica de trabalho que se pretende longe da burocratização e guiada de perto por uma

cultura de gestão por objectivos.

ESTRATÉGIA DE ACTUAÇÃO

A estratégia de actuação delineada pelo Conselho Directivo, num horizonte temporal de 2

anos permite uma reorientação e imprime uma abordagem institucional capaz de intervir nas

diversas áreas, nomeadamente:

I. Intervenção Sócio-educativa: Produto de um esforço de investimento em parcerias

estratégicas e de abertura da Instituição ao exterior, a CPL toma hoje parte em

diversas plataformas de trabalho, debatendo problemas e construindo soluções com os

parceiros, no intuito de assegurar a permanente capacidade de redesenhar novas

respostas, adaptadas às reais necessidades das crianças e jovens que a Instituição

acolhe, nos diversos domínios:

1.Respostas Sociais: No âmbito do acolhimento residencial privilegia-se uma abordagem que fomente:

A integração plena das Residências de Acolhimento na

comunidade;

O trabalho continuado com as famílias;

O retorno do educando à família, de forma sustentada;

A qualificação e especialização das residências de acolhimento;

O investimento em novas respostas.

2.Respostas Educativas e Formativas: Procura-se estabilizar e consolidar a oferta educativa e formativa, orientada por seis

vectores essenciais:

Investir na intervenção precoce;

Assegurar uma aprendizagem de qualidade e de sucesso;

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 7 Novembro de 2008

Apoiar e integrar a pessoa surda, cega e surdocega;

Proporcionar uma inserção profissional sustentada; Incentivar e desenvolver a participação e o associativismo dos

jovens; Fomentar a realização de actividades de lazer e dinamizar

centros de férias, privilegiando a formação ambiental.

II. Gestão e organização institucional: Do processo de reestruturação resulta a referida

dinâmica de reorganização interna, que prevê:

Novo modelo de gestão e organização institucional; Concentração na resolução dos constrangimentos inerentes à

gestão de recursos humanos; Desenvolvimento dos sistemas de informação que centrem a CPL

no Século XXI.

INICIATIVAS ESTRUTURANTES

A nova intervenção assenta na coerência de princípios e de valores, gravitando em torno

da centralidade na criança e contempla iniciativas estruturantes no intuito de promover:

I- A Qualificação das Respostas:

a) Sociais:

Essencialmente ao nível do acolhimento residencial, promoveram-se medidas que

reforçam a qualidade do atendimento e a abertura ao exterior, nomeadamente:

Supervisão externa às Equipas Educativas das residências de

acolhimento;

Aplicação periódica de uma grelha de avaliação de cada residência de acolhimento, quanto ao seu funcionamento e

organização, trabalho de equipa e aspectos relacionados com os

educandos;

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 8 Novembro de 2008

                                                           

Alargamento do modelo de trabalho com as famílias - Equipas de Acompanhamento à Inserção (EAI)1;

Avaliação alargada do modelo de funcionamento “4+2” (agentes

para residência de acolhimento, tendo em vista uma maior vigilância

e mais atenção individual aos educandos);

Curso de Especialização Tecnológica em Acolhimento em Instituição, dirigido aos 91 agentes que trabalham directamente

com os educandos em acolhimento residencial.

b) Educativas e Formativas:

Focalizada na reformulação da oferta educativa e formativa, a publicação do Modelo Sócio-Educativo, previsto no Despacho normativo 32/2007, de 4 de Setembro e no

Despacho Normativo n.º40/2007, de 27 de Dezembro, vem criar um novo enquadramento formativo, adaptado às novas exigências do mercado de trabalho, destacando áreas

inovadoras de ensino, especialmente no domínio artístico, e a promoção da formação em

contexto de trabalho.

No respeito pelas especificidades internas e numa lógica de inovação e qualidade de ensino/aprendizagem, a CPL, conjuntamente com entidades parceiras, promoveu ainda o

desenho de um novo modelo adaptado à realidade institucional, nas áreas de:

Informação e Orientação Escolar e Profissional (MIOEP), em

fase de experimentação e aplicação nos diversos CED;

Inserção sócio-profissional de jovens, destacando a Unidade de Inserção na Vida Activa (UNIVA), em processo de deslocação para

o CED de Pina Manique, no intuito de dar resposta a todas as

solicitações da rede CPL; Ensino integrado de música, em colaboração com a Orquestra

Metropolitana de Lisboa, que privilegia a formação musical integrada

no currículo do curso, devendo ser objecto de implementação no

próximo ano lectivo.  

1 Equipas de Acompanhamento à Inserção (EAI): Estas equipas, constituídas por agentes socieducativos da CPL, monitorizam e acompanham todo o

processo de transição e inserção social do educando, orientando-o em contexto familiar, (quando possível), e /ou comunitariamente, assegurando a curto/médio prazo a sua autonomia plena.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 9 Novembro de 2008

II- A Implementação de uma Cultura de Democratização e de Participação:

A estratégia delineada encontra-se assente essencialmente na democratização das relações intra - institucionais, promovendo uma cultura participada e de associativismo

no seio da Instituição, por meio da dinamização das seguintes iniciativas:

Movimento organizado para o voluntariado e associativismo; Auscultação dos jovens e colaboradores no que concerne ao

grau de satisfação, no âmbito do objectivo previsto no Quadro de

Avaliação e Responsabilização (QUAR); Serviço Voluntário Europeu.

Constituem ainda acções facilitadoras da aquisição de competências pessoais e sociais, e conducentes à participação cívica, no âmbito da concretização do nº 3 do Despacho

Normativo 32/2007, de 4 de Setembro os projectos:

Prevenção do Consumo de Substancias Psicoactivas;

Projecto Integrado de Prevenção do Abuso Sexual;

que reflectem o fortíssimo investimento que a Instituição promove no desenvolvimento pleno

e sustentado das crianças e jovens que acolhe, nas suas diversas dimensões.

Em síntese, participação, integração, flexibilidade, adaptabilidade, precocidade e empreendedorismo são os princípios orientadores da actual estratégia de reestruturação

que, enquanto “fio condutor”, acompanham e imprimem continuidade ao processo de

mudança da CPL, contribuindo de forma estruturante para a sua reafirmação.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 10 Novembro de 2008

Síntese de indicadores para a avaliação de desempenho-2008

RESPOSTAS SOCIOEDUCATIVAS Educandos Total RECURSOS

Respostas Sociais

Acolhimento Residencial

Residência de Acolhimento 250

393

3491

Humanos Unidade de Emergência 9 Total de efectivos 1346 Apartamento de Autonomização 13 Acompanhamento para a Inserção 117 Equipamentos Unidade Terapêutica e Educativa 4 Centros de Educação e Desenvolvimento 10

Respostas Educativas

e Formativas

Respostas Educativas

Apoio Precoce 8

3098

Residências de Acolhimento 20 Creche 45 Apartamentos de Autonomização 3 Educação Pré-Escolar 315 Centro Cultural Casapiano 1 Ensino Básico 1228 Serviços Centrais 1 Ensino Artístico Especializado 64

Sub-Total 1660 Financeiros (€)

Respostas Formativas

Ensino Técnico - Profissional 170 Orçamento Global 82.641.894,59 Cursos de educação Formação 275 Orçamento das Despesas Correntes 45.130.000,09 Cursos Profissionais 993 Orçamento das Despesas de Capital 37.511.894,5

Sub-Total 1438

Outras Respostas Outras

Apoio a Surdocegos Adultos 49 4907

Centro de Novas Oportunidades 193 Centro de Férias e Lazer 4665 Centro Comunitário 172 F 172F

Tabela I- Síntese de Indicadores para a avaliação de desempenho 2008

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 11 Novembro de 2008

INTRODUÇÂO

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 12 Novembro de 2008

1 - INTRODUÇÃO

Na realização plena da missão institucional, a CPL assumiu em 2006 a responsabilidade de

promover um projecto capaz de criar um modelo de intervenção e de funcionamento através

das suas respostas, nas vertentes social, educativa, formativa e de gestão, concretizado

com a entrada em vigor da Lei Orgânica da Instituição – D.L. nº 397 – A/2007, de 31 de

Dezembro.

Assim, desenvolveu-se um processo de reestruturação, iniciado pela Resolução do

Conselho de Ministros nº 2/2006, e pelo D.L. nº10/2006, de 2 de Janeiro e de 13 de Janeiro,

respectivamente, com o qual se pretendeu dar novo rumo à intervenção social da Instituição,

abrindo-a às parcerias e promovendo a modernização e o desenvolvimento interno, em

paralelo com a implementação de uma nova filosofia de trabalho em rede.

Procurou-se implementar uma nova abordagem institucional e uma reorientação estratégica, capazes de alterar processos e procedimentos internos e formas de

relacionamento com o exterior, contribuindo desta forma para a eficácia e eficiência da

intervenção - reforçadas pela autonomia técnica, pedagógica, administrativa e financeira - e assumindo como princípios:

Envolver as diversas estruturas da CPL, assegurando que todos os intervenientes são mobilizados e assumem o projecto de reestruturação como estruturante para o futuro da Instituição, dos seus utentes e mesmo dos seus colaboradores;

Evidenciar a contribuição individual de cada Centro de Educação e Desenvolvimento (CED) ou serviço, para o cumprimento da missão da CPL,

harmonizando a dinâmica da intervenção junto das crianças, jovens e famílias,

respeitando, contudo, os traços característicos da realidade inerente às novas

tipologias dos CED, bem como a sua autonomia na operacionalização das respostas,

existentes ou em implementação.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 13 Novembro de 2008

O presente documento constitui-se como um momento de avaliação dos progressos

alcançados, designadamente nas actividades inerentes ao processo de reestruturação da

CPL, sintetizando e criando uma base de trabalho que fundamente futuras orientações, por

meio de:

Monitorização dos progressos verificados em cada um dos processos de

implementação dos eixos estratégicos de mudança, determinados e posteriormente

assumidos em 2006, pela então Comissão Instaladora (R.C.M. nº 2/2006, de 6 de

Janeiro);

Validação de opções inerentes à operacionalização do projecto de reestruturação

que exigiram, em determinados contextos, o redesenhar da intervenção;

Planeamento dos próximos projectos de desenvolvimento relativos ao processo

de reestruturação em curso.

Apurando os progressos verificados e eventuais desvios, é possível ajustar técnica e

atempadamente as novas soluções para as respostas educativas, formativas e sociais,

constituindo ambição do Conselho Directivo a plena concretização dos objectivos integrantes da Carta de Missão e do Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR), contribuindo decisivamente para a optimização dos processos, em paralelo com o cumprimento sustentado das responsabilidades institucionais, junto das crianças, dos jovens e das suas famílias, sobretudo oriundos das comunidades socialmente mais desfavorecidas.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 14 Novembro de 2008

2- ESTRATÉGIA GLOBAL PARA A REESTRUTURAÇÃO

À intervenção social desenvolvida pela CPL, enquanto elemento da rede solidária

nacional, preside actualmente o intuito de assegurar um ambiente contentor que

privilegie a resiliência e permita um desenvolvimento sustentado das crianças e jovens

que a Instituição acolhe, nas diversas respostas sociais, educativas e formativas.

Preservando a continuidade da missão institucional, a CPL propõe hoje uma abordagem mais ambiciosa no que concerne à sua intervenção social, educativa e formativa, no sentido de, de forma integrada, promover a inclusão das crianças e jovens ao seu cuidado, bem como das respectivas famílias.

Fruto da reorganização interna, coadjuvada pela recontextualização da Instituição numa

nova dinâmica de trabalho, privilegiando parcerias, debate de novas soluções e

envolvimento das demais Instituições do sector social, a CPL trabalha hoje no seio da

comunidade.

No âmbito da reorientação estratégica da Instituição a 4 anos, definiram-se os eixos da

reestruturação, nomeadamente no que concerne à intervenção social da CPL.

O permanente esforço de acompanhamento e monitorização dos progressos obtidos na

implementação dos Eixos Estratégicos, definidos no anterior Relatório de Progresso

(Setembro de 2007), nomeadamente:

Recentração da CPL na missão essencial;

Desmassificação e restituição da escala humana à Instituição;

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 15 Novembro de 2008

Adopção e qualificação do modelo do ensino profissional e reforço da formação

em alternância – Redesenho das Respostas Educativas e Formativas;

Qualificação da gestão;

Ajustamento do modelo institucional aos desafios do futuro;

permitem à Instituição conhecer, não só as reais necessidades da comunidade onde está

inserida, mas também , os riscos que lhe são inerentes.

Desta forma, a gestão estratégica das respostas sociais, educativas e formativas foi

assumida pelo Conselho Directivo como uma prioridade, no sentido de aprofundar e enriquecer o modelo de ensino profissional e promover parcerias interinstitucionais na área social, capazes de redesenhar uma consciência mobilizadora em torno da Instituição, recolocando-a no centro da intervenção social nacional.

Abordaremos, de seguida, os principais desenvolvimentos em cada um dos Eixos

Estratégicos referidos.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 16 Novembro de 2008

3- DESENVOLVIMENTO DOS EIXOS ESTRATÉGICOS

Sem fazer perigar a identidade e o papel da CPL nos seus valores e vectores estratégicos,

no enquadramento legal contextualizado pelo Decreto – Lei 10/2006, de 13 de Janeiro e

Decreto-Lei 397- A/2007, de 31 de Dezembro, o processo de reestruturação elege a

recentração da missão essencial da CPL, como uma prioridade.

Desta forma, a centralidade na criança – o sujeito é o centro da acção, aliando

acolhimento, protecção, educação, formação e inserção profissional, elege-se o superior interesse das crianças, jovens e famílias como elemento central da missão da CPL. Esta dinâmica de intervenção decorre da filosofia marcada pela qualidade e inovação, e assumida no documento que prevê os alicerces da nova CPL: “A Carta: um compromisso para a acção”.

Tendo como referência a Convenção sobre os Direitos das Crianças, a intervenção da CPL

orienta-se em função do seu superior interesse, assumindo como prioritária a intervenção

precoce, e reconhecendo na família uma estrutura decisiva e parceira da integração social quer a jusante, quer a montante da institucionalização.

Neste contexto, foram definidas como orientações estratégicas no âmbito da Carta de

Missão da CPL, até 2010:

Desenvolvimento de metodologias que garantam a participação e co-

responsabilização dos diversos intervenientes no processo sócio-educativo;

Promoção de intervenções integradas, de natureza social, educativa e formativa;

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 17 Novembro de 2008

Adequação dos referenciais sociais, educativos e formativos às necessidades

específicas dos educandos e suas famílias;

Garantia de respostas individualizadas adequadas ao perfil de cada educando, e da

sua família;

Incentivo da intervenção precoce e garantia da promoção da inclusão e da

aprendizagem ao longo da vida;

Exercício de uma cultura de iniciativa, participação e responsabilidade, para

construção de uma cidadania plena.

Em termos operacionais estas orientações estratégicas reflectiram-se nos 5 eixos definidos

para a reestruturação, (referidos no ponto 2), no âmbito dos quais passamos a indicar os

principais desenvolvimentos.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 18 Novembro de 2008

3.1- RECENTRAÇÃO DA CPL NA MISSÃO ESSENCIAL

Definida a centralidade da intervenção da instituição, é imperativo apurar e monitorizar as

medidas adoptadas, no sentido de progressivamente promover a priorização dos projectos e

actividades que permitam a efectiva recentração da CPL na sua missão essencial.

Efectivamente, as respostas sociais, educativas e formativas da instituição encontram-se

direccionadas no âmbito da referida missão para acolher maioritariamente os educandos mais carenciados em termos socio-económicos. Esta realidade traduz-se na

concentração de 87,76% dos educandos no 1.º escalão de contribuições, por oposição de 3,94% no 8.º escalão, conforme ilustra a tabela de “Educandos, por Escalões

de Contribuição e por CED” (Anexo).

3.1.1 No campo da diversificação e qualificação das Respostas Sociais:

No espírito de diversificação das respostas sociais, a CPL acolhe 393 crianças e jovens, dos

quais 250 em Residências de Acolhimento, 9 em Unidade de Emergência, 13 em

Apartamentos de Autonomização, 4 em Unidade Terapêutica e Educativa e 117 em

Acompanhamento para a Inserção.

Relativamente ao ano anterior, observa-se a redução do número de crianças e jovens nas

Residências de Acolhimento, em paralelo com o aumento das situações de

Acompanhamento para a Inserção.

Residências de Acolhimento Num espírito de colaboração participada, foi criado e implementado um modelo de funcionamento nas residências de acolhimento, “Modelo 4+2” que define o

Educador de Referência, envolvido no acompanhamento personalizado dos

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 19 Novembro de 2008

educandos, e recorre ao recrutamento de dois assistentes de apoio residencial,

responsáveis pelo período nocturno de permanência dos educandos nas residências

de acolhimento.

Após a sua implementação, tem vindo a proceder-se à auscultação da eficiência

deste modelo de funcionamento, através de um sistema de auto - avaliação das residências abrangendo todos os intervenientes, educadores e educandos.

Paralelamente recorreu-se à supervisão das Equipas Técnico - Educativas do acolhimento residencial, numa lógica de melhoria contínua e de reprodução de boas práticas. Esta supervisão, maioritariamente externa, tem vindo a assumir

carácter periódico.

Com início em 15 de Setembro, encontra-se em desenvolvimento um Curso de Especialização Tecnológica na área de Acolhimento em Instituição em

respostas às necessidades formativas essenciais das equipas educativas, face à

mudança paradigmática em curso na CPL. Neste curso estão abrangidos 91 agentes

educativos, dos quais 79 Educadores de Juventude e 12 Assistentes de Acção

educativa.

Na medida em que no essencial, o conjunto de competências a adquirir se revestem

de um carácter de exigência extrema, nomeadamente no que concerne ao

acompanhamento permanente do desenvolvimento pessoal e profissional das

crianças e jovens da Instituição, tornou-se imperativo um processo de mobilidade

funcional, requalificando e adaptando os profissionais às suas novas funções.

Unidade Terapêutica e Educativa (UTE) - Inaugurada em 3 de Julho de 2008.

No intuito e alargar a intervenção da CPL, através de respostas dirigidas

especificamente a adolescentes com perturbações emocionais, destina-se

essencialmente a jovens adolescentes (12 a 16 anos, do sexo masculino),

acolhendo os educandos da Rede, aos quais se diagnostiquem perturbações emocionais e de comportamento de gravidade moderada. Pretende-se deste

modo, promover uma intervenção que possibilite a modificação de comportamentos,

e a detecção de sintomas, dificuldades e conflitos psíquicos.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 20 Novembro de 2008

Actualmente a UTE acolhe 4 jovens, prevendo-se que a plena utilização da sua capacidade, correspondente a 8 educandos, se concretize a curto prazo.

Apartamentos de autonomização Atendendo ao perfil específico dos educandos, nomeadamente dos que iniciam um

processo de transição para a sua vida pessoal e profissional, fora do contexto do

acolhimento residencial, esta resposta constitui uma mais valia em franco progresso

na Instituição.

Encontram-se em funcionamento 3 apartamentos (2 femininos e 1 masculino) com capacidade total para 14 jovens, acolhendo actualmente um total de 13 educandos. Projecta-se a abertura de mais 3 estruturas desta natureza brevemente.

No âmbito desta resposta e especificamente no projecto RAIA - Residências e Apoio à Integração de Adolescentes, para 2008 projectava-se acompanhar 5 processos de autonomia institucional, tendo contudo sido possível concretizar 9, o que suplanta claramente os objectivos definidos inicialmente para o projecto.

Apartamentos de Transição

O CED de Santa Catarina promove presentemente o estudo e concepção de uma

nova geração de respostas, na área da autonomização de jovens, equacionando os

diversos estádios de desenvolvimento dos educandos e encaminhando-os para

apartamentos com níveis de autonomia diferentes.

Equipas de Acompanhamento à Inserção (EAI) Enquanto resposta que se pretende que proporcione o acompanhamento dos educandos na sua inserção social, regista actualmente um forte investimento,

nomeadamente com o alargamento do número de elementos das respectivas

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 21 Novembro de 2008

equipas, representando 117 crianças e jovens em acompanhamento e traduzindo-se essencialmente ou no retorno à família, ou no encaminhamento para a autonomização.

Neste sentido, até Setembro de 2008 efectuaram a saída, ou desvinculação definitiva da CPL 36 educandos, encontrando-se em condições de se inserirem

comunitária e/ou familiarmente.

Tal medida representa paralelamente um esforço de formação para 22 agentes que

compõem estas equipas, através da realização de 4 Workshop’s, no intuito de

promover a desinstitucionalização, conferindo-lhe contudo garantias de

sustentabilidade.

A operacionalização desta resposta foi sendo progressivamente desenvolvida nos

diversos CED, através de projectos específicos que lhe conferem uma dinâmica

especial, nomeadamente:

o Projecto TEIA - Equipa Integrada de Apoio à Transição: Desenvolvido no

CED de Santa Catarina, definiu como objectivo operacional para 2008 apoiar

e acompanhar a inserção familiar e/ou o processo de autonomização de 12 educandos, com rede de suporte consolidada e em condições de

desvinculação definitiva da CPL. Actualmente esta previsão já se encontra

superada, sendo que o projecto acompanha 19 educandos no seu processo

de desvinculação.

Paralelamente foram ainda desenvolvidas 8 acções de formação específica

em inserção social /intervenção comunitária junto dos jovens, no intuito de

reforçar a sustentabilidade desta resposta.

o Projecto P.A.R.- Projecto de Autonomia e Reinserção: Tendo como

objectivo a criação de condições que favoreçam o bem-estar e

desenvolvimento integral dos educandos, em contexto de autonomia ou

acolhimento familiar, pretende identificar as suas necessidades e fragilidades

de forma a prevenir a institucionalização.

No corrente ano, dos 21 educandos que a equipa pertencente ao CED D.

Nuno Álvares Pereira acompanhou, 8 adquiriram as competências

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 22 Novembro de 2008

necessárias, passando ao processo de saída, na medida em que alcançaram a autonomia plena.

o Projecto EAI em Santa Clara – No intuito de delinear e aplicar estratégias

orientadas para a promoção de autonomia e/ou reunificação familiar, o CED

de Santa Clara, através da sua equipa de EAI, promoveu esse contacto,

activando e envolvendo a rede de suporte local.

Dos 48 educandos inicialmente previstos para o universo deste projecto, foi

possível acompanhar na inserção 38, abrangendo em simultâneo as crianças acolhidas em Unidade de Emergência.

o Projecto EAI em D. Maria Pia – Encontrando-se reunidas as condições bio

psicossociais com vista à reintegração familiar e/ou autonomização, o CED

D. Maria Pia procedeu ao acompanhamento de 35 educandos, monitorizando-se actualmente os progressos verificados através da avaliação periódica do seus processos de autonomização e de inserção familiar.

Famílias Amigas No intuito de proporcionar às crianças e jovens uma alternativa socialmente

equilibrada para o preenchimento dos fins-de-semana e interrupções lectivas,

identificaram-se famílias que em regime de voluntariado, os acolhem durante tais

períodos. Encontrando-se actualmente implementado nos CED de Santa Clara, e

em estudo em Santa Catarina, regista um envolvimento formal de 2 famílias, e uma adesão de 4 educandos da CPL, projectando-se a possibilidade de formalização de acordos com mais 2 famílias, com a consequente integração de mais 3 educandos.

Acolhimento Familiar Ainda numa fase preliminar, este projecto desenrola-se em articulação com o

Instituto da Segurança Social I.P., promovendo-se uma base de trabalho que se

prevê que conduza ao estabelecimento de um Protocolo, a breve trecho.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 23 Novembro de 2008

Após a realização da primeira sessão de trabalho, e atendendo ao novo

enquadramento legal sobre Acolhimento Familiar, no intuito de qualificar a resposta,

estão pois lançadas as primeiras bases de uma possível colaboração que

enriquecerá o leque das respostas sociais disponibilizadas pela instituição.

Unidade de Emergência Fruto de um protocolo com o ISS I.P. e a santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a

CPL disponibiliza 12 vagas para situações de emergência, nas suas residências de acolhimento.

Perspectiva-se para Dezembro de 2008 a reunião dessas 12 vagas numa única

estrutura residencial, inserida num ambiente contentor, especialmente adaptado ao

perfil desses educandos, e por essa razão intramuros.

3.1.2 - No campo da intervenção junto das crianças e jovens surdas, cegas e surdocegas e

de apoio à pessoa surdocega adulta:

Neste domínio de intervenção, no qual a Instituição desde sempre tem assumido um papel

muito relevante no panorama das respostas para pessoas com deficiência, concentrado

por excelência nos CED Jacob Rodrigues Pereira e António Aurélio da Costa Ferreira,

salienta-se o Ensino Bilingue de Língua Gestual, a Habilitação, a promoção da

implementação do Decreto-lei nº 3/2008, de 7 de Janeiro e o Apoio à Pessoa Surdocega Adulta.

Projecto de intervenção precoce: Dirigido a bebés surdos, este projecto pretende criar, desde tenra idade, condições

para que as crianças adquiram competências no domínio da linguagem e da

comunicação, acompanhando actualmente o CED Jacob Rodrigues Pereira, de forma individualizada, 8 crianças nessas condições.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 24 Novembro de 2008

Educação e ensino bilingue a crianças surdas:

No intuito de alargar o ensino da língua gestual portuguesa, desenvolvendo a

capacidade de comunicação de surdos, cumulativamente com o ensino da língua

portuguesa escrita/orla, o CED Jacob Rodrigues Pereira promove a educação bilingue, abrangendo 110 educandos, com vista ao pleno cumprimento do seu curriculum escolar.

Centro de Novas Oportunidades (CNO): No contexto da política de certificação e validação de competências, a CPL

promoveu a criação do Centro de Novas Oportunidades, como uma prioridade, no

intuito de assegurar à pessoa surda, cega e surdocega o reconhecimento do

Know-how adquirido na aprendizagem ao longo da vida.

Desde a sua entrada em funcionamento em 3 de Julho de 2007, obtiveram a certificação 22 adultos surdos e cegos, encontrando-se outros 114 inscritos e 52 em processo de certificação.

Apoio à pessoa surdocega adulta

No intuito proporcionar o suporte especializado a 49 pessoas surdocegas adultas, o CED António Aurélio da Costa Ferreira desenvolve em permanência um

conjunto de actividades que concorrem, de forma concertada e sustentada, para a

eleição do processo de autonomia pessoal e social, como uma prioridade para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.

3.1.3- No campo do reforço da natureza social da intervenção:

Trabalho com as famílias Como referido anteriormente, o trabalho com as famílias, consideradas como

decisivas para a plena (re) integração das crianças e dos jovens, e parceiros

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 25 Novembro de 2008

privilegiados para o sucesso dos seus projectos de vida, quer no âmbito das

respostas sociais, quer das respostas educativas e formativas, constitui uma linha de

actuação transversal a toda a intervenção da CPL.

Diversos projectos se encontram em desenvolvimento com o objectivo de estimular e

apoiar as famílias a serem mais interventoras na construção e acompanhamento dos projectos de vida dos educandos da CPL ou, no processo de empowerment, de as capacitar para o desempenho desses papeis, apoiando-as no seu enriquecimento e qualificação.

Projecto Integrado de Prevenção de Abuso Sexual (PIPAS) Com o intuito de habilitar as crianças e os jovens com competências no âmbito da

promoção e educação para a saúde, e em especial da educação sexual e prevenção

do abuso sexual, este projecto, desenvolvido em articulação com a empresa “Novos

Alvos”(agora Arisco), promove a aplicação de um programa aos educandos para

aquisição de competências pessoais e sociais, no domínio da sexualidade saudável.

Constituindo um vector essencial da intervenção actual da Instituição, o projecto

PIPAS, já em velocidade de cruzeiro, conferiu uma nova dinâmica na abordagem

desta temática junto das crianças e jovens e dos agentes sócio – educativos da CPL,

possibilitando a aquisição de um conjunto de competências estruturantes para a sua

formação pessoal, social e cívica. Aplicado transversalmente nos diversos CED, traduziu-se numa abrangência muito significativa, envolvendo na totalidade 1074 crianças e jovens e 146 agentes sócio-educativos, denominados de aplicadores. Representando um esforço de alargamento do projecto a todas as respostas sociais da CPL, prevê-se que o desenvolvimento do projecto contemple a sua

adaptação a contextos específicos, nomeadamente, às famílias, educandos surdos,

população surdocega e Quinta do Arrife.

O alargamento a estas intervenções específicas implicará naturalmente a

reconceptualização do projecto, à medida das necessidades específicas de cada

população alvo.

No que se refere à avaliação do projecto, será dada continuidade à apreciação do

processo de impacto nas faixas etárias inferiores aos 8 anos, alargando-a contudo

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 26 Novembro de 2008

às linhas de intervenção específicas referidas anteriormente, através de um

protocolo que lhes é dirigido especialmente.

Encontra-se actualmente prevista a acreditação do projecto para efeitos de

formação profissional

Modelo de Informação e Orientação Escolar e Profissional (MIOEP) A construção de um Modelo de Orientação Escolar e Profissional (MIOEP) surge da

necessidade de harmonizar as práticas desenvolvidas pelas equipas dos CED da

CPL no que diz respeito à orientação escolar e profissional.

O MIOEP, que surge de parcerias estabelecidas com a Universidade do Minho e a

Faculdade de Motricidade Humana, apresenta-se desta forma como um processo

transversal que inclui diversas e importantes etapas de vida dos educandos, e elege

como objectivos fulcrais:

o Reforçar e apoiar os Serviços de Psicologia e de Orientação Escolar e Profissional;

o Apoiar o desenho e implementação de um projecto de desenvolvimento pessoal tendo em conta os aspectos individuais, as possibilidades escolares,

formativas e de emprego;

o Promover estratégias que privilegiam uma tomada de decisão sustentada por parte do jovem, relativamente ao seu percurso de vida.

Concluída a fase experimental do primeiro conjunto de Programas de Desenvolvimento Vocacional, projecta-se para o presente ano lectivo (2008/09) a

sua implementação nos diferentes CED e, simultaneamente, entrará em fase de

experimentação o segundo conjunto de Programas de Desenvolvimento Vocacional,

alargado a diferentes níveis de ensino.

Serviço Voluntário Europeu O Serviço Voluntário Europeu constitui a Acção 2 do ‘Programa Juventude em

Acção 2007-2013 da Comissão Europeia e visa apoiar a participação dos jovens

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 27 Novembro de 2008

(entre os 18 e os 30 anos) em várias formas de actividade voluntária, dentro ou fora

da União Europeia, numa parceria entre a CPL e a Associação Pró-Atlântico.

O objectivo do programa é desenvolver a solidariedade e promover a tolerância entre os jovens, principalmente com vista a reforçar a coesão social na União

Europeia. Promove a cidadania activa e a compreensão mútua entre os jovens.

Serão abrangidos, numa primeira fase do projecto, os Centros de Educação e

Desenvolvimento: Santa Clara, Nossa Senhora da Conceição, Francisco Margiochi e

Centro de Educação e Acção Social. Com uma duração prevista de 9 meses, cada

CED receberá 2 voluntários a partir de Dezembro de 2008, prevendo-se que esta

colaboração termine em Agosto de 2009.

Programa de desenvolvimento de competências pessoais e sociais

Com o objectivo de aumentar e melhorar as competências pessoais e sociais das

crianças e jovens, e as competências das famílias enquanto suporte ao seu

desenvolvimento, este projecto assumiu um carácter de transversalidade a toda a

Instituição.

Envolvendo a formação de 25 agentes sócio educativos, traduziu-se na aplicação do programa e no treino diário de competências de 72 educandos, nomeadamente, 23 envolvidos no projecto R.A.I.A., 8 no T.E.I.A., 12 surdos e ouvintes do CED Jacob Rodrigues Pereira e 29 educandos surdocegos afectos ao CED António Aurélio da Costa Ferreira.

Prevenção do Consumo de Substancias Psicoactivas O projecto de prevenção do consumo de substâncias psicoactivas (SPA) surge

como resposta preventiva, pretendendo contribuir para o desenvolvimento saudável

dos educandos, integrando-se na orientação para uma visão centrada no superior

interesse da criança e do jovem, como sujeitos de direito, na valorização das suas

redes pessoais de pertença e de interacção social.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 28 Novembro de 2008

Como objectivo geral aponta para o desenho e implementação de uma intervenção preventiva de carácter selectivo e indicado, adequada às necessidades e características dos grupos-alvo (educandos, agentes socioeducativos e famílias)

dos CED.

Desenvolvido em parceria com o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), este projecto operacionalizou-se na realização de 2 formações temáticas junto dos grupos de referência, representando a sensibilização de 14 agentes educativos, o envolvimento de 42 educandos provenientes da rede CPL e na intervenção específica junto de 24 famílias.

Psicologia Positiva No intuito de promover competências familiares, reconhecendo nesta célula do

tecido social um elemento essencial na integração das crianças e jovens, este

projecto formou e supervisionou 28 agentes sócio-educativos, concedendo-lhes

instrumentos teórico/práticos para desenharem projectos de intervenção, no âmbito

das abordagens positivas e construtivas, com e para as famílias dos educandos.

Operacionalizou-se junto de 13 educandos e 17 famílias, através da realização de encontros temáticos, nos quais foi possível identificar as áreas temáticas a serem trabalhadas através de uma abordagem positiva.

Actividade Lúdica e a interculturalidade - Projecto integrado no ano europeu para o diálogo intercultural

Objectivando o aumento da participação dos educandos na comunidade, a

celebração do ano europeu para o diálogo intercultural na CPL desenvolveu

actividades culturais e lúdicas que contribuíram para a promoção do diálogo

intercultural, sensibilizando os educandos para a descoberta e respeito pelas diferentes culturas.

Concretizado através da promoção de 101 actividades lúdicas e culturais, espelhou o empenho dos pontos focais de cada CED, envolvendo 203 técnicos, 2500 educandos e 3670 familiares de educandos e público em geral.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 29 Novembro de 2008

Actividades no âmbito da formação musical e do desporto

Mantêm-se em actividade na área da música e das artes de expressão os seguintes

Grupos:

Grupos musicais:

o Banda Juvenil da CPL;

o Orquestra Ligeira Juvenil do CED D. Maria Pia;

o Coro Juvenil do CED D. Maria Pia;

o Grupo Coral do CED Nª Sra. da Conceição;

o Grupo de Sopros do CED Pina Manique;

o Grupo de Gaitas de Foles da CPL;

o Oficina dos Malucos;

o Grupo de Percussão “RitmoS” do CED Jacob R. Pereira;

o Grupo de Percussão do CED Nª Sra. da Conceição;

o Grupo de Percussão do CEAS Monte da Caparica;

o Tuna Roda Pião do CED D. Maria Pia;

o Pregoeiros de Lisboa do CED Nª Sra. da Conceição.

Grupos de Dança:

o Grupo Hip Hop do CEAS Monte da Caparica;

o Grupo de Danças Regionais do CED Nª Sr.ª da Conceição.

 

Grupos de Teatro:

o Grupo de Teatro da CPL;

o Grupo de Teatro “ O Bando” do CED D. Maria Pia;

o Clube de expressão dramática do CED Jacob Rodrigues Pereira.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 30 Novembro de 2008

Relativamente ao desporto, a CPL proporciona aos seus educandos uma prática

desportiva diversificada no âmbito da educação física, do desporto escolar e do

desporto federado.

Celebrados com diversas Federações Desportivas, os Protocolos de Cooperação no

âmbito dos cursos de desporto que a CPL desenvolve, permitem aos jovens que

terminam a sua aprendizagem, exercerem actividades como Monitores Desportivos,

nomeadamente nas modalidades de: Hóquei em Patins, Lutas Amadoras,

Actividades Gímnicas, Basquetebol, Andebol, Ténis, Trampolins e Desportos

Acrobáticos, Esgrima, Ginástica.

Com o Casa Pia Atlético Clube, a CPL celebrou um Protocolo de Cooperação que

promove a iniciação desportiva federada a um total de 311 educandos, encontrando-

se inscritos na época desportiva 2008/2009, nas diversas modalidades:

o Futebol: 112;

o Futsal: 49;

o Hóquei em Campo: 46;

o Lutas Amadoras: 51;

o Ginástica: 37.

Paralelamente a CPL celebrou ainda dois Protocolos com as Federações

Desportivas de Remo e de Rugby para a prática destas modalidades.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 31 Novembro de 2008

3.2- DESMASSIFICAÇÃO E RESTITUIÇÃO DA ESCALA HUMANA À INSTITUIÇÃO

Assumindo-se desde sempre como uma Instituição de cariz essencialmente

consubstanciado na acção social, as respostas previstas no Modelo Sócio-Educativo, Despacho Normativo 32/2007, de 4 de Setembro, no qual se define o modelo de intervenção, consolidam a ideia de que também o ensino, a educação e a formação

constituem um contributo essencial para um percurso inclusivo e sustentado de

desenvolvimento, desde que acompanhados por actividades no domínio da acção social.

Assim, definem-se duas áreas privilegiadas de respostas desenvolvidas de forma flexível, e

devidamente adaptadas às reais necessidades das crianças e jovens CPL, nomeadamente:

Sociais: Acolhimento Residencial e Familiar, Intervenção Comunitária, e Ambiente e

Lazer;

Educativas e Formativas: Educação, Formação, Inserção Profissional, Educação

Especial e Certificação de Competências.

No contexto da filosofia de intervenção da CPL, o objectivo de restituir à Instituição uma dimensão compatível com a eficiência de intervenção na área de crianças e jovens em perigo, e em risco, traduziu-se na concepção do já referido Modelo Sócio-Educativo, constante do Despacho Normativo nº 32/2007, de 4 de Setembro.

No espírito que preside à reestruturação, numa fase de implementação do output das

medidas delineadas no Projecto CPL – RIS - Rede de Intervenção Social, e no âmbito do enquadramento de referência previsto na nova moldura legal, exige-se pois uma nova

geometria das respostas sociais, educativas e formativas, atribuindo uma nova dinâmica de

intervenção à CPL.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 32 Novembro de 2008

Com a entrada em vigor do referido Despacho, a população utente da Instituição regista

desta feita, uma progressiva mutação em termos de estrutura, assistindo-se

tendencialmente a um processo de concretização da missão institucional, nos referidos

moldes previstos nesta nova filosofia de gestão.

3.2.1- Ao nível do Acolhimento Residencial:

Reforço dos processos de transição, investindo-se essencialmente na autonomia dos

jovens, nas respostas de Apartamento de Autonomização e de Acompanhamento para a Inserção, e na plena concretização dos Projectos de Desenvolvimento Pessoal delineados.

Manifestamente num esforço de desmassificação, salvaguardando e protegendo

contudo os objectivos definidos em cada Plano de Desenvolvimento Pessoal dos educandos, registou-se uma diminuição do número de crianças em Acolhimento Residencial: de 438 em Dezembro 2007, para 393 em Setembro de 2008 (incluindo os 117 educandos em Acompanhamento para a Inserção).

Este progressivo incremento nas taxas de encaminhamento dos jovens, tem sido

acompanhado pela deslocalização das residências de acolhimento intra–muros,

inserindo-as na comunidade. Das 20 residências, 12 encontram-se inseridas na comunidade, no âmbito da concretização do objectivo 5.2 da Carta de Missão da

Instituição.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 33 Novembro de 2008

3.2.2- Ao nível da Intervenção Comunitária:

Encontrando-se por excelência presente no Centro Comunitário e no Atelier de Actividades

de Tempos Livres integrados no CED CEAS, o espírito de desenvolvimento em

permanência da aquisição de competências comunitárias e cívicas dos jovens e das suas famílias, representa actualmente uma vertente significativa da intervenção social da CPL.

A promoção da inclusão social plena na vida comunitária, munindo as famílias de competências nos domínios da qualificação profissional e autonomia financeira, e a prevenção do insucesso e abandono escolar das crianças e jovens (50) da comunidade residente na Urbanização Nossa Senhora da Conceição, conferem uma abordagem preventiva em termos de institucionalização, atribuindo uma tónica pró -activa ao trabalho com as famílias (172) desenvolvido actualmente pela CPL.

Verifica-se, assim, a consolidação progressiva destas actividades e o crescendo ao longo

do tempo do número de crianças, jovens e famílias inseridos na comunidade.

3.2.3- Ao nível do Ambiente e Lazer:

Embora a realização das actividades extracurriculares, através de colónias abertas ou

fechadas constituí-se já uma realidade estruturante para o desenvolvimento dos educandos

da CPL, a forma como se reorganizam actualmente no programa férias em acção dos Centros de Férias e Lazer da responsabilidade do CED Francisco Margiochi, constitui uma

mais valia para as crianças e jovens, internos e externos à Instituição.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 34 Novembro de 2008

No primeiro semestre de 2008 frequentaram os Centros de Férias e Lazer 1250 educandos, (594 educandos na quinta do Arrife, 574 educandos na Colónia de Férias da Areia Branca e 82 educandos na Quinta da Matela), e participaram em ateliers de animação Agro-ambiental 3415, provenientes quer do interior, quer do exterior da rede CPL.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 35 Novembro de 2008

3.3- REDESENHO DAS RESPOSTAS EDUCATIVAS E FORMATIVAS

Especificamente no que concerne às respostas educativas e formativas, a concretização do

disposto no Modelo Sócio Educativo, traduz-se também numa nova abordagem desta área

de intervenção da CPL.

Os diversos CED da CPL deverão trabalhar em rede com as instituições da comunidade onde estão inseridos, nomeadamente os estabelecimentos da rede do

Ministério da Educação e outros agentes da comunidade, retirando partido de uma

articulação em termos de oferta educativa que se quer vantajosa para os educandos.

Ao nível da qualificação desta área de respostas, foram desenvolvidas actividades no

âmbito dos Planos Nacional de Leitura e de Acção para a Matemática.

No intuito de melhorar o sucesso dos educandos na aprendizagem e domínio da língua portuguesa, o projecto integrado no Plano Nacional de Leitura abrangeu 1114 educandos e produziu uma melhoria nas avaliações dessa disciplina para 314 desses educandos. Especificamente o projecto integrado no Plano de Acção para a Matemática, abrangeu 401 educandos, traduzindo-se numa melhoria das suas avaliações nesta disciplina para 376 educandos.

Ainda numa lógica da promoção da qualidade da aprendizagem e da prevenção do

abandono escolar, assegurando contudo percursos educativos e formativos inclusivos,

personalizados e inovadores, a CPL promoveu um projecto operacionalizado nos CED

Nossa Senhora da Conceição, D. Nuno Álvares Pereira e D. Maria Pia, nas áreas das

Tutorias e Pares Pedagógicos.

Envolvendo cerca de 300 educandos e respectivas famílias no processo educativo, desenvolveu em simultâneo a sua orientação vocacional, numa abordagem de

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 36 Novembro de 2008

Investigação/Acção, permitindo o sucesso educativo e o ingresso desses educandos em Cursos de Educação e Formação.

3.3.1- Ao nível das Respostas Educativas:

Assiste-se a um investimento na intervenção precoce, nomeadamente no que concerne às

respostas de Creche e Pré-escolar. Em termos estratégicos, esta orientação centra-se na

convicção de que:

Existe uma lacuna em termos de rede de cuidados nacionais relativa à primeira infância, nomeadamente nas respostas até aos 5 anos, que a Instituição, no âmbito

da sua intervenção, é chamada a suprir, essencialmente nos CED Jacob Rodrigues

Pereira, D. Maria Pia, Nossa Senhora da Conceição, D. Nuno Álvares Pereira e

CEAS, num total de 35 educandos em Creche e 315 na resposta do Pré-escolar. De destacar a necessidade de alargamento da oferta destas respostas para o ano

de 2008-2009 face à crescente procura;

No respeito pelo princípio da garantia da escolaridade obrigatória, a CPL assegura a continuidade dos ciclos de ensino até ao 9.º ano, ao nível do ensino regular - estando

abrangidos, no presente ano lectivo, 1228 educandos (dos quais: 461 no 1.º CEB, 393 no

2.º CEB e 374 no 3.º CEB) – e dos Cursos de Educação e Formação Tipo 2, contemplando

um total de 260 educandos.

Salienta-se ainda, o desenvolvimento de intervenções na área do Ensino Artístico Especializado, como uma aposta inovadora na área das artes, nomeadamente no investimento ao nível da literacia visual e educação estética, abrangendo actualmente 64 educandos.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 37 Novembro de 2008

3.3.2- Ao nível das Respostas Formativas:

Enquadrado pelo modelo Sócio-Educativo - Despacho Normativo n.º32/2007, de 4 de

Setembro, e na sequência da Publicação do Despacho Normativo n.º40/2007, de 27 de

Dezembro, que revoga parcialmente o Despacho Normativo n.º64/98, verifica-se uma

tendência de extinção do Ensino Técnico-Profissional: frequentando actualmente cursos desta natureza 170 educandos, em oposição a 678 que frequentaram no ano lectivo anterior.

A reorganização da CPL prevê que as intervenções deverão ser direccionadas para as

necessidades do mercado de emprego, mediante a implementação de novos cursos nas

áreas de: Energias Renováveis, Turismo, Restauração, etc;

Em articulação com a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ), propôs-se a criação de

um conjunto de novas respostas formativas a inserir no Catálogo Nacional das Profissões,

nomeadamente: Técnico de Relojoaria; Técnico de Óptica Ocular – variante de Produção;

Técnico de Desporto e Condição Física.

Constitui ainda uma outra inovação no redesenho da oferta da Instituição, a formação em contexto de trabalho, e os Cursos Profissionais de Nível III - dinamizados nos CED Tipo

2: Jacob Rodrigues Pereira, Pina Manique e D. Maria Pia – cujo número de formandos se

prevê que em 2008/2009 triplique (993 alunos em 2008/2009; 308 em 2007/2008).

Em resumo, as respostas formativas previstas para o ano de 2008 totalizam 1438 educandos, dos quais: 170 no Ensino Técnico-Profissional, 275 nos Cursos de Educação e Formação e 993 nos Cursos Profissionais.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 38 Novembro de 2008

Paralelamente, no intuito de promover uma política concertada de inserção profissional, no

decorrer do presente ano e com o objectivo de orientar e acompanhar os jovens e seus

familiares para a inserção/reinserção na vida activa, através da procura de emprego e/ou de

formação profissional, os CED Pina Manique e D. Nuno Álvares Pereira desenvolveram o

projecto de reforço da empregabilidade, sendo de destacar o funcionamento de uma UNIVA neste último.

Abrangendo 240 educandos e traduzindo-se especificamente em 7 sessões de formação e em 18 sessões de técnicas de procura de emprego para jovens e para os seus familiares, esta projecto assume importância extrema na autonomização e integração profissional e pessoal dos educandos da CPL.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 39 Novembro de 2008

3.4- QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO

3.4.1- Administração

3.4.1.1- Obras e imobiliário

A política de gestão racional de património, que contempla a desafectação e aquisição de imobiliário, tal como a da realização das obras de maior vulto, tem sido predominantemente subordinada às necessidades que resultam das opções estratégicas tomadas, em matéria de adequação de instalações e equipamentos, ao desempenho das missões institucionais.

Esta politica de desafectação traduziu-se na alienação dos seguintes imóveis: “Quinta da

Azenha - Asilo 28 de Maio”, “Conventinho do Desagravo – Colégio St.ª Clara”, “Convento de

S. Francisco” em Setúbal e, por último, os terrenos do antigo “Convento das Salésias,

contíguos ao CED D. Nuno Álvares Pereira”, revertendo a favor da CPL a totalidade do

produto liquido resultante destas transacções, no valor de 22.895.000,00 €.

No âmbito da referida diversificação do modelo de acolhimento residencial, da

priorização da intervenção precoce (de natureza preventiva), e da desmassificação, promoveu-se a adequação das estruturas físicas.

Efectivamente, a implementação desta nova estrutura de funcionamento e de integração da

CPL, no enquadramento da nova Orgânica, dos princípios definidos nos Estatutos, e na

Oferta Formativa resultante no Modelo Sócio Educativo, é acompanhada por uma nova geometria de afectação de recursos, nomeadamente no que respeita às instalações.

Repensando a disposição das estruturas existentes foram reafectados alguns espaços para

novas respostas, e adquiridos outros, no cumprimento do objectivo 5.1 da Carta de Missão do Conselho Directivo, que se compromete com a deslocalização das residências de acolhimento intramuros, e sua inserção na comunidade, até 2010.

Assim, procedeu-se a:

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 40 Novembro de 2008

Aquisição e arrendamento de imóveis:

No âmbito do objectivo 5.2 da Carta de Missão do Conselho Directivo, foram

adquiridos três imóveis, dois em 2007, e um em 2008, localizados nas zonas limítrofes de Lisboa, para acolher os educandos das residências de acolhimento intramuros, afectas ao CED de Santa Clara. No âmbito da reorganização deste CED, procedeu-se ainda ao arrendamento de um imóvel destinado a acolher educandos do sexo feminino.

Reconversão de algumas Residências de Acolhimento:

o J. Ferreira Lapa, afecta ao CED de Santa Clara, destinada a acolher apenas

fratrias;

o Augusto Poiares, localizado no CED Pina Manique, no entanto, afecto ao

CED António Aurélio da Costa Ferreira, onde se procedeu à

implementação do Centro de Novas Oportunidades, no âmbito do objectivo 5.5 da Carta de Missão;

o Maldonado Gonelha, destinado a vir a acolher a Unidade de Inserção na Vida Activa da Casa Pia (UNIVA), afecta ao CED de Pina Manique mas

com intervenção para toda a rede CPL;

o Mulhercasapiana, especializada apenas no acolhimento de educandas do

sexo feminino, e afecta ao CED de Santa Clara;

o Gil Teixeira Lopes, localizada no CED de Pina Manique, e destinada a

centralizar as 12 vagas de crianças e jovens encaminhadas pelo Serviço de Encaminhamento de Emergência, previstas no Protocolo com o

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 41 Novembro de 2008

Instituto da Segurança Social I.P. e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa;

o Cruz Filipe, afecto ao CED de Santa Catarina, sujeito a reconversão numa

outra resposta social da instituição, denominada Unidade Terapêutica e Educativa (referida no ponto 3.1.1.).

Prevê-se ainda que, até ao final do ano de 2008 permaneçam apenas 4 dessas Residências intra-muros, projectando-se a desactivação progressiva de 2 em 2009, e a reconversão das restantes, no âmbito da politica de concepção da “nova geração” de respostas sociais da Instituição.

3.4.1.2- Gestão Orçamental e Financeira

No espírito de cooperação intra-institucional entre os Serviços Centrais e os CED que se

pretende incrementar progressivamente, preside o intuito de assegurar de forma contínua

as melhores condições de acolhimento aos educandos, equacionando contudo as

prioridades, e os critérios de afectação dos recursos disponíveis.

Tradicionalmente atenta e conhecedora das problemáticas de gestão inerentes ao sector

social, a CPL, também em termos orçamentais espelha as politicas de intervenção social do

país.

Desta feita, considera-se oportuno monitorizar a evolução das dinâmicas de gestão orçamental, alinhadas com o processo de reestruturação, nos diversos domínios,

procedendo ao cruzamento com as politicas de reorganização das respostas sociais,

educativas e formativas, bem como das estruturas residenciais e recursos humanos

existentes.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 42 Novembro de 2008

Mantendo como objectivo central a implementação de um Sistema de Informação Financeira adoptado pela maioria dos organismos do Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, verifica-se:

Em fase de desenvolvimento, o apuramento do custo real por educando em cada

uma das respostas sociais, educativas e formativas da CPL. Tendo sido criados os centros de custo para todos os CED, CCC e Serviços Centrais, é possível neste momento apurar o custo por educando, especificamente nos CED de Tipo 1, mais concretamente nas residências de acolhimento;

A implementação dos processos de planeamento e controlo de gestão;

O desenho de um sistema de informação e gestão orçamental, promovendo um

processo de progressiva implementação de gestão por objectivo em cada CED, e

afectação consequente de recursos.

3.4.2- Desenvolvimento e gestão de pessoas

3.4.2.1- Gestão dos Recursos Humanos

Definidos os eixos essenciais da matriz de intervenção social, educativa e formativa da

CPL, a dinâmica de reestruturação deverá contemplar naturalmente a área de Recursos

Humanos.

Identificam-se claramente os constrangimentos legais que se colocam na contratação

atempada de pessoal especializado, para resolver as lacunas técnicas da instituição, e o

âmbito crescente da intervenção da CPL.

Tal constrangimento induziu, em 2008, à manutenção do recurso a trabalho temporário (56), de contratos a termo (37) e de contratos de prestação de serviços, na modalidade de avenças (59), no intuito de satisfazer necessidades de pessoal que se revestem de carácter permanente.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 43 Novembro de 2008

Efectivamente existem áreas nucleares de intervenção da CPL cuja continuidade se traduz

numa estabilidade essencial dos agentes sócio-educativos para o sucesso do trabalho

com as crianças, os jovens e a suas famílias.

Esta precariedade de vínculo laboral manifesta-se sobretudo nas categorias profissionais

afectas às Equipas de:

Acolhimento Residencial e Familiar:

o Equipas Técnicas, em regime essencialmente de avença, nomeadamente

os Técnicos Superiores de Serviço Social e de Psicologia;

o Equipas Educativas, em regime de contrato a termo, essencialmente os

Técnicos de Educação e os Educadores de Juventude, com recurso à

utilização da contratação de trabalho temporário para os postos de trabalho

de vigilância nocturna – Assistentes de Apoio Residencial;

Educação e Formação:

o Corpo Docente, (245) em regime de contrato administrativo de provimento.

Em função das necessidades resultantes da nova oferta educativa e formativa,

a gestão dos efectivos permitiu manter um número de docentes contratados

aproximado do ano lectivo 2007/2008, para um número superior de educandos.

Embora o rácio de docente por educando tenha diminuído, tal processo foi

acompanhado de uma preocupação permanente em manter a qualidade de ensino/aprendizagem.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 44 Novembro de 2008

Equipas multidisciplinares, afectas ao Serviços Centrais, cujo enquadramento

laboral recorre maioritariamente à contratação da prestação de serviços na

modalidade de avença.

Salienta-se contudo o facto de que mesmo neste contexto, todo o processo de mudança está a ser levado a cabo com os Recursos Humanos existentes na Instituição, embora

a componente de formação profissional tenha representado um contributo importante em

toda esta dinâmica, tendo sido proposta uma quota de descongelamento excepcional de 65

lugares, com vista à celebração de contratos de trabalho por tempo indeterminado.

Durante o corrente ano foram, ainda, encetados vários processos de reclassificação

profissional, permitindo a mobilidade inter-carreiras, e a optimização e motivação dos

recursos Humanos existentes, face às necessidades e conveniência da Instituição:

Professores Titulares: Desenvolveu a CPL os mecanismos legais inerentes à

nomeação dos professores titulares (92);

Instrução para avença: De acordo com as disposições da LVCR, no respeitante à

renovação dos contratos de avença, a instrução destes processos (52) exigiu um

esforço adicional, dada a imposição legal de recurso a plataformas do SIGAME,

para a aferição de pessoal em mobilidade especial, e da BEP para sustentar cada

um dos processos de prestação de serviços.

O PRACE (Programa de Reforma da Administração Central do Estado), a entrada em vigor

da Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (LVCR) que contempla o novo regime de vínculos, de

carreiras e de remunerações, e de outros diplomas basilares para a implementação da

reforma, exigem, desta forma, uma nova abordagem na gestão estratégica dos Recursos Humanos

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 45 Novembro de 2008

3.4.2.2- Formação das Equipas

Elaborado com base no levantamento das necessidades formativas para dar resposta às

áreas de maior interesse para a CPL, o Plano de Formação para 2008 encerra um

conjunto de acções que contemplam um crescente número de colaboradores a beneficiar

da formação, nomeadamente no que se refere a:

Nº de acções contempladas no Plano de Formação interno – em 2007 realizaram-

se 33 acções, prevendo-se em 2008 a realização de 49; N.º de horas de formação – em 2007 realizaram-se 1075 horas, prevendo-se em

2008 a realização de 2003,5 horas;

N.º de formandos – em 2007 beneficiaram de formação 951 colaboradores,

prevendo-se que em 2008 beneficiem 1349; Incremento da formação externa: o n.º de acções desta natureza varia em função da

procura/necessidade por parte dos colaboradores. Os dados de 2007 indicam que se realizaram 53 acções, abrangendo 147 formandos, num total de 2190 horas;

indo de encontro ao cumprimento do objectivo específico do QUAR para esta área.

No intuito de promover a actualização técnica e o acompanhamento das alterações

relativamente a novos enquadramentos legais, foram realizadas acções, mais

concretamente nas áreas de:

Formação de professores, tendo em conta o novo estatuto da carreira docente -

envolvendo até ao final do 1.º semestre 172 docentes, tendo-se realizado 9 acções

de formação, num total de 335 horas;

Contratação pública – “O Novo Código da Contratação Pública”: organizaram-

se duas turmas: uma para Dirigentes e Técnicos Superiores (com a duração de 30

horas, envolvendo 36 formandos) e outra para Pessoal Administrativo (com a

duração de 21 horas, envolvendo 27 formandos).

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 46 Novembro de 2008

Nova Lei da Educação Especial – realizaram-se 2 actividades formativas de

sensibilização para enquadramento do D.L. n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, envolvendo

86 colaboradores;

Formação inicial dos Assistentes de Acção Educativa, para ingresso na carreira.

Foram abrangidos 39 formandos.

Abuso Sexual: Com a realização de 2 Seminários temáticos por ano dirigidos às

Equipas Técnicas e Educativas dos CED, sob orientação do Professor Doutor

Tilman Furniss:

o Maio de 2008: “Trabalhar o trauma das crianças abusadas sexualmente”,

envolvendo 89 participantes;

o Outubro de 2008: “O Trabalho com as Famílias e as principais questões

inerentes ao trabalho individual com crianças abusadas sexualmente”,

prevendo-se a participação de cerca de 80 formandos.

Relativamente a este temática, constitui-se um grupo de trabalho com o objectivo de

promover a análise e fixação do “Guia de Procedimentos em situações suspeitas de Abusos Sexuais”, em parceria com profissionais experientes na aplicação da

Lei de Promoção e Protecção, nomeadamente, Serviços Centrais do MTSS,

Comissão Nacional da CPCJ, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Gabinete

Jurídico da CPL, bem como representantes do Ministério Público, e ainda de

advogados com pratica de intervenção em situações de abuso sexual.

RELAIS 2 – Projecto piloto “Transfert dês profils métier-formations pour

développer la relation d’ aid aux publics en situation d’ abandon (enfants, adolescents et personne âgée)”

Este projecto apresenta-se como uma experiência piloto transnacional, a qual a CPL

coordena, envolvendo 14 parceiros da sociedade civil, tendo em vista a qualificação de trabalhadores sociais que intervêm junto da população em situação de

abandono: crianças, adolescentes e idosos.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 47 Novembro de 2008

Encontrando-se actualmente em fase de implementação, a divulgação da

experiência e principais resultados constitui o objectivo central para 2008, através da

formação de formadores destinada aos actores da relação de ajuda que intervém junto dos públicos em situação de abandono.

B-Sapiens Como resultado do diagnóstico realizado à cultura organizacional, o projecto B-

Sapiens centra-se essencialmente em duas temáticas específicas:

o Gestão de Conhecimento: através de plataforma de e-learning, promover a

partilha de conhecimento, facilitando a comunicação e o debate interno de

ideias;

o Coatching: por meio da realização de acção em outdoor, treina a

capacidade de liderança dos formandos;

Desenvolvido em processo de trabalho à distância, este projecto encontra-se em fase

de consolidação, e pretende-se que na fase posterior se desmultiplique o know-how,

em sessões de trabalho com outras Instituições.

3.4.3- Sistemas de Informação e Comunicação

Com o objectivo de implementar o futuro sistema de informação da CPL, está a proceder-se

a um levantamento da infra-estrutura tecnológica na sua totalidade (circuitos, activos de

redes, servidores, postos de trabalho). Deste levantamento decorrerá uma fotografia do

estado actual da instituição, no que se refere a: sistemas de informação, necessidades de

substituição de equipamentos e adopção de arquitecturas escaláveis.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 48 Novembro de 2008

Paralelamente, procede-se ao desenho da futura solução integrada que incorpore, não só

os sistemas de apoio à missão da CPL, mas também o correcto dimensionamento da infra-

estrutura tecnológica, para que esta suporte os sistemas de informação e comunicação da

organização (voz sobre Internet Protocol (IP), intranet institucional e sistema de gestão

documental).

3.4.4- Identidade Institucional da Casa Pia de Lisboa

Para o ano em curso projectou-se um conjunto de iniciativas, que conferem uma nova

imagem à Instituição, reforçando a sua identidade, da responsabilidade do:

Centro Cultural Casapiano:

o O Percurso Museológico da CPL, cuja inauguração ocorreu em 3 de Julho. O novo percurso expositivo contempla os 228 anos de história da

instituição desde a sua fundação, em 1780, até à actualidade.

A abertura deste espaço foi acompanhada pela edição bilingue do guia do

museu (edição bilingue).

Gabinete de Comunicação:

o Nova Imagem da CPL: Com o objectivo de projectar uma imagem

construtiva da CPL, tendo em vista a criação de uma maior empatia interna e

externa com a identidade da Instituição, a CPL adoptou um novo logótipo o

que pressupõe uma mudança de imagem quer a nível interno, quer a nível

externo. Neste âmbito, estão em curso diversas acções tais como: uma nova

sinaléctica, uma nova página web institucional, um novo sistema de

comunicação escrita, a implementação da nova imagem ao nível da frota e

produção de produtos de marketing (t-shirts, canetas, etc).

o Montras no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social: A CPL

está, neste momento, a concluir este projecto de apresentação institucional

que pressupõe a execução de 8 painéis alusivos à CPL e cuja data de

apresentação será durante o mês de Outubro do presente ano.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 49 Novembro de 2008

4- AJUSTAMENTO AOS DESAFIOS DO FUTURO

Num futuro próximo, que se quer de concretização, de consolidação de algumas medidas

adoptadas, e de desenvolvimento e implementação de outras a adoptar, pretende-se que a

CPL recupere um clima de estabilidade organizacional, capaz de proporcionar a interiorização progressiva do processo de reestruturação em curso, no longo e curto prazos.

Num horizonte temporal de um ano, a estratégia de actuação definida para a CPL

contempla a concretização e consolidação dos modelos de intervenção institucional e de funcionamento que materializam a reestruturação.

Neste contexto, equacionando os elementos que distinguem a CPL das demais

organizações de solidariedade social, e respeitando uma linha de intervenção coerente,

definiram-se para 2009 os objectivos operacionais (em anexo), que concorrem decisivamente para a Carta de Missão a que o Conselho Directivo se propôs.

O grande desafio que a Instituição enfrenta, num médio prazo, corresponde à concretização da reestruturação, através do cumprimento de diversas etapas.

Ao nível da gestão e organização:

1) A primeira etapa, e na sequência da aprovação da Lei Orgânica e dos Estatutos

da CPL, traduzir-se-á na implementação do novo modelo de gestão e de

organização institucional da CPL. Com o objectivo de dotar a CPL de um sistema de gestão da qualidade certificado, este projecto elege como principais actividades:

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 50 Novembro de 2008

o Desenho e documentação do sistema de processos (25), articulando as

intervenções e competências dos diferentes serviços;

o Implementação dos diferentes processos, de acordo com o desenho

adoptado;

o Desenvolvimento na CPL, de conhecimentos e competências necessárias

para uma intervenção activa das suas estruturas orgânicas, e dos seus

colaboradores no projecto;

o Adequação do modelo de gestão e organização institucional aos

requisitos da norma ISO 9001:2000, tendo em vista a possibilidade de obter

a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com aquele

referencial.

Numa lógica de transversabilidade pretende-se promover uma intervenção que se distancia

da hierarquização dos serviços e promove um trabalho horizontal à Instituição.

O projecto será desenvolvido com recurso a uma consultoria externa da responsabilidade do Instituto da Soldadura e da Qualidade.

2. No que concerne à Gestão Estratégica de Recursos Humanos, e no respeito

pelo principio de que as mudanças estruturais se fazem com as pessoas e para as pessoas, a implementação da reestruturação orgânica estabelece como

mais uma etapa prioritária para 2009, o redesenho das equipas afectas a cada unidade orgânica, em função das respectivas responsabilidades.

Trata-se pois de, numa lógica de gestão por objectivos, e da promoção do envolvimento e co-responsabilização das orgânicas internas, ao nível central

e dos CED, alinhar objectivos organizacionais e individuais.

A afectação dos colaboradores que exercem funções públicas encontrar-se-á, desta feita, directamente dependente da ligação dos Recursos Humanos aos objectivos estratégicos e operacionais a que a CPL se propõe anualmente.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 51 Novembro de 2008

3. Concretizar os objectivos previstos no Quadro de Avaliação e Responsabilização e na Carta de Missão.

4. No respeito pelo princípio da descentralização das intervenções administrativas prevê-se que, até 2010, os processos de aquisição inerentes às

necessidades específicas de cada CED, sejam da sua responsabilidade.

5. Criar/Melhorar Sistemas de Informação e Comunicação, ao nível de:

o Gestão documental;

o Redes/software;

o Plano estratégico para a área da informação e comunicação.

Ao nível da intervenção:

1. Constitui um desafio estrutural, a dinamização da política de inserção sócio–profissional da CPL, orientando e acompanhando os jovens e seus familiares

para a inserção/reinserção na vida activa, através da procura de emprego e/ou de formação profissional. Efectivamente, elege-se como prioritário o

alargamento a todos os jovens, dos projectos que preconizam a integração sustentada no mercado de emprego.

Neste sentido, a deslocação da Unidade de Inserção na Vida Activa (UNIVA) para o CED de Pina Manique permitirá assegurar a operacionalização concertada

das diversas actividades, articulando, de forma eficiente a inserção profissional dos

educandos provenientes de todos os elementos da rede CPL.

Na complementaridade de respostas dirigidas a utentes com necessidades educativas especiais, surge como prioritária a inserção profissional, essencialmente de pessoas surdas, no apoio à concretização de projectos de

autonomia socioprofissional plena;

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 52 Novembro de 2008

2. Paralelamente, constitui ainda uma opção estratégica, em termos do reequacionar

dos projectos de intervenção dos CED, a solução desenhada no Plano de reconversão do CED D. Maria Pia, cuja aposta se prevê potencie a qualificação do CED, enquanto âncora para a comunidade local, assente numa tríade estruturante na área das artes, composta pelas vertentes de Modelo Educativo, Modelo de Ensino Profissional e Modelo de Relação com as Famílias e o Meio.

O desenvolvimento deste Plano, que implica a reabilitação do edificado e dos espaços exteriores bem como a execução de obra nova, traduz uma opção pelo papel estruturante das Artes, como instrumento para a formação geral dos

educandos, para o desenvolvimento de competências vocacionais e para a

orientação dos cursos profissionais.

3. Concluir a deslocalização das residências de acolhimento. De acordo com o

referido anteriormente, constitui um objectivo no âmbito do QUAR e da Carta de

Missão, a “deslocalização das residências de acolhimento intramuros”,

perspectivando-se a possibilidade de, até ao final de 2009, desactivar 2

residências de acolhimento e, eventualmente, reconverter as restantes em novas

respostas.

4. Aprofundar o trabalho com as famílias, desenvolvendo as suas competências sociais e profissionais e a capacidade de cuidar e educar as suas crianças

Ao nível da qualificação das respostas sociais, educativas e formativas:

Na medida em que esta nova cultura de gestão por objectivos, exige a contínua qualificação das respostas sociais, educativas e formativas, constitui uma

prioridade que em 2009 se traduzirá no desenvolvimento das seguintes iniciativas:

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 53 Novembro de 2008

1. Consolidar a oferta educativa e formativa adequada ao mercado de emprego

2. Movimento Organizado para o Voluntariado e Associativismo (MOVA)

Numa perspectiva de articulação entre os diferentes CED nesta temática, foi criado

um grupo de trabalho, tendo em vista o estabelecimento de uma parceria, que em

conjunto desenhe um plano de intervenção que permita criar a associação capaz

de operacionalizar um movimento organizado para o voluntariado e associativismo.

A primeira fase compreenderá um momento de sensibilização à comunidade educativa, visando simultaneamente a identificação dos protagonistas e

interlocutores do projecto.

Para o efeito realizar-se-ão Workshops que serão dirigidos aos Coordenadores de

Acção e Directores de Turma, na medida em que representam os pontos focais do

movimento, e potenciais multiplicadores.

O MOVA tem vindo a beneficiar da consultoria da AIDGLOBAL - Acção e

Integração para o Desenvolvimento Global.

A segunda fase diz respeito à organização de fóruns ou sessões de

esclarecimento dirigidos aos educandos da CPL, com o objectivo de abordar o

tema e incentivar o movimento de participação, nomeadamente em eventos como

o “Levanta-te contra a pobreza”.

O desenho das restantes fases do projecto depende da avaliação deste primeiro

momento, no entanto perspectivam-se acções de:

o Mobilização e formação de jovens líderes e multiplicadores entre os seus

pares;

o Organização e Monitorização da Associação e dos seus núcleos.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 54 Novembro de 2008

3. MIOEP (Modelo de Informação e Orientação Escolar e Profissional)

Terminada a fase experimental do primeiro conjunto de Programas de Desenvolvimento Vocacional, projecta-se para o ano lectivo em curso a sua

implementação nos diferentes CED. Simultaneamente entrará em fase de

experimentação o segundo conjunto de Programas de Desenvolvimento Vocacional,

alargado a diferentes níveis de ensino.

O MIOEP tem vindo a ser desenvolvido com a contribuição científica da Universidade

do Minho.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 55 Novembro de 2008

ANEXOS

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 56 Novembro de 2008

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Breve Caracterização dos CED,

Serviços Centrais e Centro Cultural Casapiano

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 57 Novembro de 2008

Centros de Educação e Desenvolvimento (CED)

Os Centros de Educação e Desenvolvimento (CED) da Casa Pia de Lisboa I.P. classificam-se, quanto à natureza das respostas sociais, em 3 tipos:

Tipologia CED Respostas Sociais Asseguradas

Tipo 1

Acolhimento de Crianças e Jovens em Perigo:

Santa Catarina

• Residências de Acolhimento • Apartamentos de Autonomização (2 Femininos; 1 Masculino) • Unidade Terapêutica e Educativa • Camas de Emergência • Acompanhamento para a Inserção

Santa Clara • Residências de Acolhimento • Camas de Emergência • Acompanhamento para a Inserção

Tipo 2

Educação, Ensino e Formação nos diferentes ciclos e níveis, (com excepção do ensino superior), incluindo a creche, a educação pré-escolar, o ensino básico, o ensino secundário, a formação inicial qualificante de dupla certificação e a especialização tecnológica:

Jacob Rodrigues Pereira

• Residência de Acolhimento (a) • Acompanhamento para a Inserção • Apoio precoce a bebés surdos • Creche • Educação Pré-Escolar • Ensino Básico: 1.º, 2.º e 3.º Ciclos • Ensino Técnico Profissional: Nível 2 e Nível 3 • Educação e Formação: Tipo 1b e Tipo 2 • Ensino Artístico Especializado - Nível 3 • Apoio à Inserção Profissional de Jovens Surdos

D. Maria Pia

• Residências de Acolhimento • Acompanhamento para a Inserção • Educação Pré-Escolar • Ensino Básico: 1.º, 2.º e 3.º Ciclos • Ensino Artístico Especializado - Nível 3 • Ensino Profissional – Nível 3

Nossa Senhora da Conceição

• Educação Pré-Escolar • Ensino Básico: 1.º, 2.º e 3.º Ciclos

(continua)

(a) – Em fase de transição para o exterior e enquadramento nos CED de tipo 1

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 58 Novembro de 2008

Tipologia CED Respostas Sociais Asseguradas

D. Nuno Álvares Pereira

• Residência de Acolhimento (a) • Acompanhamento para a Inserção • Educação Pré-Escolar • Ensino Básico: 1.º, 2.º e 3.º Ciclos • Educação e Formação: Tipo 2

Pina Manique

• Residências de Acolhimento (a) • Acompanhamento para a Inserção • Ensino Técnico-Profissional - Nível 3 • Educação e Formação: Tipo 2 • Ensino Profissional – Nível 3

Tipo 3

António Aurélio da Costa Ferreira

Educação e reabilitação de crianças e jovens com necessidades especiais, designadamente surdocegas

• Residência de Acolhimento • Ensino Especial e Reabilitação • Apoio a Surdocegos Adultos • Centro de Novas Oportunidades

CEAS – Centro de Educação e Acção

Social

Desenvolvimento integrado de competências sociais visando a autonomização de agregados familiares carenciados e apoio sócio-educativo a crianças e jovens.

• Centro Comunitário – apoio e acompanhamento a famílias • Berçário • Creche • Educação Pré-Escolar • ATL

Francisco Margiochi

Educação ambiental.

Animação ambiental e campos de férias.

• Centro de Férias e Lazer/Animação Ambiental • Animação Agro-Ambiental • Formação Agro-Ambiental

(a) – Em fase de transição para o exterior e enquadramento nos CED de tipo 1

Serviços Centrais

Numa lógica de serviços partilhados e de apoio à gestão, os Serviços Centrais da CPL, I.P.,

assumem um papel essencialmente regulador, assegurando o apoio aos órgãos centrais e aos

órgãos e serviços dos CED.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 59 Novembro de 2008

São constituídos por:

• Direcção de Apoio à Coordenação

• Direcção de Serviços Partilhados

• Gabinetes não integrados em direcções que funcionam na directa dependência hierárquica

do Conselho Directivo:

o Gabinete de Auditoria

o Gabinete de Comunicação

o Gabinete de Assuntos Jurídicos

Centro Cultural Casapiano

O Centro Cultural Casapiano funciona na dependência hierárquica do Conselho Directivo e

compete-lhe, de acordo com o previsto no art.º40 dos Estatutos da Casa Pia de Lisboa, I.P.,

Portaria n.º1637-A/2007, de 31 de Dezembro:

• Assegurar e promover a edição e divulgação de publicações, revistas, diaporamas e filmes

considerados de interesse para a CPL, I.P.;

• Intervir nos processos de gestão da inovação, em cujo âmbito:

o Centraliza a informação sobre os recursos socioeducativos disponíveis em

mediatecas, centros de multimédia, laboratórios, clubes de línguas e outros,

localizados nos CED e outras unidades ou serviços;

o Assegura a ligação com centros de informação e recursos afins, de forma a

compactar a oferta interna da CPL, I.P.;

o Participa na actualização dos suportes documentais;

o Apoia o Gabinete de Comunicação na edição e divulgação de publicações;

• Promover e organizar actividades sociais, culturais e artísticas em colaboração com outros

órgãos e serviços de cultura;

• Promover exposições temporárias com manifesto interesse para a formação humana, cívica e

cultural dos educandos da CPL, I.P..

O Centro constitui um veículo de transmissão de informação e cultura, sendo um complemento

inequívoco do processo de educação e formação das crianças e jovens, promovendo o

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 60 Novembro de 2008

conhecimento e salvaguarda da memória e identidade da Instituição através do património,

símbolos e manifestações sócio-culturais e artísticas.

Constituem espaços do CCC:

- Museu

- Biblioteca César da Silva

- Arquivo Histórico

- Espaços de Exposições Temporárias

- Espaços Pedagógicos (onde os alunos podem expor os seus trabalhos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 61 Novembro de 2008

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nova estrutura Orgânica da CPL.I.P.

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 62

 

Novembro de 2008

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 63 Novembro de 2008

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Objectivos da Casa Pia de Lisboa para 2009

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 64 Novembro de 2008

OBJECTIVOS PARA 2009

Objectivos Estratégicos Objectivos 2009

1. Apoiar o desenvolvimento integral das crianças e jovens, sobretudo os em risco e em perigo, salvaguardando a sua identidade pessoal e promovendo a sua integração familiar e social, numa perspectiva de igualdade de oportunidades e de direitos

1.1. Promover estratégias diversificadas de carácter preventivo que reforcem a auto segurança das crianças e jovens

1.2. Elaborar, acompanhar e avaliar permanentemente Planos de Desenvolvimento Pessoal, de forma contratualizada entre os educandos, as suas famílias, entidades parceiras e a CPL

1.3. Promover e avaliar processos de transição ou de saída sustentada das crianças/jovens das unidades de acolhimento residencial

1.4. Desenvolver a aprendizagem da Língua Gestual Portuguesa

1.5. Acolher, educar e habilitar pessoas surdas, cegas e surdocegas

1.6. Contribuir para a melhoria do nível comunicacional/relacional dos bebés surdos e respectivas famílias

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 65 Novembro de 2008

Objectivos Estratégicos Objectivos 2009

2. Desenvolver e qualificar as respostas sociais, ajustando-as aos diferentes perfis das crianças e jovens, às suas necessidades e às das suas famílias

2.1. Integrar na comunidade as residências de acolhimento localizadas intramuros

2.2. Introduzir perspectivas inovadoras e qualificantes nas respostas sociais existentes

2.3. Conceber e desenvolver novas respostas, nomeadamente no contexto das problemáticas emergentes

3. Promover a qualidade e o sucesso da aprendizagem

3.1. Consolidar a aplicação do modelo de informação e orientação escolar e profissional – MIOEP

3.2. Diversificar as metodologias de ensino, adequando-as às necessidades dos educandos

3.3. Promover respostas educativas e formativas adequadas às necessidades do mercado de emprego (novos referenciais curriculares)

3.4. Desenvolver cursos de especialização tecnológica

 

 

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 66 Novembro de 2008

Objectivos Estratégicos Objectivos 2009

3.5. Implementar actividades de desenvolvimento global, de natureza relacional, cívica, cultural, desportiva, recreativa e outras

4. Promover a inserção sócio profissional

4.1. Conceber e implementar um modelo de inserção sócio profissional

4.2. Fomentar o empreendedorismo

4.3. Promover o reconhecimento, validação e certificação de competências

5. Promover e apoiar a participação de todos os intervenientes na vida institucional

5.1. Implementar mecanismos para uma efectiva participação e apoiar o associativismo dos educandos

5.2. Apoiar as famílias e incrementar a sua co-responsabilização no processo de desenvolvimento das crianças e dos jovens

5.3. Dinamizar e apoiar o associativismo das famílias

5.4. Criar e implementar mecanismos para uma efectiva participação dos agentes sócioeducativos

 

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 67 Novembro de 2008

Objectivos Estratégicos Objectivos 2009

5.5. Incrementar parcerias com intervenção no âmbito da CPL

6. Desenvolver os Recursos Humanos: Qualificar as pessoas e reforçar a cultura de cooperação e de trabalho em equipa

6.1. Promover formação adequada às necessidades formativas diagnosticadas no âmbito do processo de reorganização da CPL

6.2. Incrementar o acesso a informação científica e tecnológica

6.3. Apoiar a investigação como geradora da inovação e da excelência da intervenção da CPL

6.4. Promover o voluntariado

6.5. Promover a cooperação intra CED através da partilha de conhecimento, de inovação, boas práticas, saberes e fazeres

7. Modernizar a CPL, fortalecendo a sua marca de rigor e de inovação e implementando um novo modelo de gestão

7.1. Desenhar e implementar processos de gestão, de realização e de suporte, numa perspectiva de racionalização organizacional e de qualificação dos serviços prestados

7.2. Criar e implementar um sistema integrado de informação e comunicação organizacional

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 68 Novembro de 2008

Objectivos Estratégicos Objectivos 2009

7. Modernizar a CPL, fortalecendo a sua marca de rigor e de inovação e implementando um novo modelo de gestão

7.3. Implementar metodologias internas e externas de avaliação permanente da qualidade do modelo sócio educativo

7.4. Melhorar a economia dos recursos financeiros afectos ao funcionamento da instituição

7.5. Reduzir para menos de 40 dias o prazo médio de pagamento a fornecedores

7.6. Reforçar a visibilidade e imagem da CPL

 

 

 

 

 

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 69 Novembro de 2008

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dados Para a Avaliação de Desempenho

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 70 Novembro de 2008

INDICADORES

INTERVENÇÃO

RESPOSTAS CPL Educandos e

Famílias Observações 2007 2008

Respostas Sociais Acolhimento Residencial e Familiar Residência de Acolhimento 304 250 Unidade de Emergência 9

Apartamento de Autonomização 14 13

Unidade Terapêutica e Educativa 4

Acompanhamento para a Inserção 118 117

Totais 318 393 Ambiente e Lazer Centro de Férias e Lazer / Animação Agro-Ambiental 1203 4665

Intervenção comunitária ATL 50 50 Centro comunitário (Trabalho com famílias) 172 F 172F

Tabela II- Indicadores de intervenção da CPL- Respostas Sociais

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 71 Novembro de 2008

INDICADORES

INTERVENÇÃO

RESPOSTAS CPL Educandos Observações 2007 2008Respostas Educativas e

Formativas Educativas

Apoio precoce 3 8 Verifica-se um investimento na intervenção precoce Creche 33 45

Educação Pré-Escolar 301 315 Ensino Básico 1109 1228 A CPL assegura a continuidade do percurso educativo até ao 3º ciclo do ensino básico Ensino Artístico especializado 15 64

Totais 1461 1660 Educação Especial

Apoio a Surdocegos Adultos 51 49 Centro de Novas Oportunidades 105 193 Encontram-se certificados 22 utentes

Formativas Ensino Técnico-Profissional 678 170 Verifica-se a extinção progressiva Cursos de Educação/Formação 192 275 Cursos Profissionais 308 993

Totais 1178 1438 Tabela II- Indicadores de intervenção da CPL- Respostas Educativas e Formativas

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 72 Novembro de 2008

INDICADORES

RECURSOS

EQUIPAMENTOS 2007 2008 Observações N.º de CED 10 10 Residências de Acolhimento Total 23 19 Intra-muros * 8 5 Extra-muros 15 12 Nº de Apartamentos de Autonomização 3 3

Tabela III- Indicadores de Recursos - Equipamentos

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 73 Novembro de 2008

INDICADORES

RECURSOS

HUMANOS 2007 2008 Observações Nº total de efectivos 1294 1346 Pessoal Docente Nomeação 321 311 Professores Titulares 92 Contabilizados em

«Nomeação»

Contrato Administrativo de Provimento 249 309 Funções de Enquadramento Técnicos Superiores em regime de avença 77 51 Agentes Educativos com contrato a termo certo 59 36 Em regime de Trabalho Temporário* 52

Tabela IV- Indicadores de Recursos - Humanos

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 74 Novembro de 2008

INDICADORES

RECURSOS

FINANCEIROS 2007 2008 Observações

Orçamento Global 79.856.253,82 82.641.894,59Representa um acréscimo global de 3,49%

Recursos Humanos 31.328.167,73 29.356.200,00 Corresponde a um decréscimo de 6,30%

Investimentos 32.832.598,76 37.511.894,59 Representa um acréscimo global de 14,25%

Rendimentos de propriedade – Juros - Sociedades Financeiras 402.000,00 401.000,00*

*Apesar desta verba se encontrar inscrita em sede de orçamento, prevê-se que seja necessário reforçar a dotação, passando a ser de

600.000,00 €.

Tabela V- Indicadores de Recursos - Financeiros

  

Relatório de Progresso – DAC/UPGE 75 Novembro de 2008

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Educandos, por Escalão de Contribuições e por CED

  

 

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Educandos por escalões de contribuição e por CED Ano Lectivo 2007-2008

Contribuições CED

Escalões Capitação familiar

para determinação do escalão

PM MP NAP NSC JRP CEAS AACF FM

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

0 Até 92,00 € 725 84,50% 522 94,74% 467 94,92% 346 81,03% 205 80,39% 131 91,61% 22 73,33% 13 92,86% 1 Até 101,65€ 13 1,52% 10 1,81% 5 1,02% 17 3,98% 2 0,78% 5 3,50% 0,00% 0,00% 2 De 101,66 a 112,94€ 6 0,70% 3 0,54% 1 0,20% 8 1,87% 7 2,75% 2 1,40% 0,00% 0,00% 3 De 112,95 a 129,18€ 18 2,10% 2 0,36% 3 0,61% 12 2,81% 4 1,57% 3 2,10% 0,00% 0,00% 4 De 129,19 a 150,88€ 5 0,58% 2 0,36% 4 0,81% 7 1,64% 4 1,57% 0,00% 0,00% 0,00% 5 De 150,89 a 178,13€ 19 2,21% 2 0,36% 5 1,02% 9 2,11% 4 1,57% 2 1,40% 1 3,33% 0,00% 6 De 178,14 a 211,07€ 12 1,40% 2 0,36% 0,00% 4 0,94% 1 0,39% 0,00% 2 6,67% 0,00% 7 De 211,08 a 249,85€ 9 1,05% 2 0,36% 3 0,61% 7 1,64% 3 1,18% 0,00% 0,00% 0,00% 8 De 249,86 a 294,67€ 51 5,94% 6 1,09% 4 0,81% 17 3,98% 25 9,80% 0,00% 5 16,67% 1 7,14%

Total 858 100,00% 551 100,00% 492 100,00% 427 100,00% 255 100,00% 143 100,00% 30 100,00% 14 100,00%  

Tabela VI – Educandos por escalões de contribuição e por CED

 

 

 

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