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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III 2T15

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III

2T15

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS - PILAR III

BANCO DO BRASIL S.A.

2º Trimestre/2015

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Sumário

1. OBJETIVO ............................................................................................................................................ 7

2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 8

3. GOVERNANÇA ..................................................................................................................................... 9

3.1 RISCOS RELEVANTES................................................................................................................ 9 3.2 GOVERNANÇA CORPORATIVA DOS RISCOS............................................................................ 10 3.3 PROCESSO DE GESTÃO DOS RISCOS ..................................................................................... 12 3.4 RELATÓRIOS ............................................................................................................................ 12

4. REGULAÇÃO ...................................................................................................................................... 13

4.1 BASILEIA II ............................................................................................................................... 13 4.2 BASILEIA III .............................................................................................................................. 16 4.3 PILAR I NO BANCO DO BRASIL ................................................................................................ 17

4.3.1 Risco de Mercado ............................................................................................................ 17 4.3.2 Risco de Crédito ............................................................................................................... 17 4.3.3 Risco Operacional............................................................................................................ 18

5 CONGLOMERADO PRUDENCIAL ........................................................................................................ 19

5.1 BALANÇOS PATRIMONIAIS ....................................................................................................... 19 5.2 COMPOSIÇÃO DO CONGLOMERADO PRUDENCIAL .................................................................. 23 5.3 COMPOSIÇÃO DO CONSOLIDADO ECONÔMICO-FINANCEIRO ................................................. 24

6 GERENCIAMENTO DE RISCOS ............................................................................................................ 25

6.1 RISCO DE CRÉDITO ................................................................................................................. 25 6.1.1 Objetivos do Gerenciamento .......................................................................................... 25 6.1.2 Política de Crédito............................................................................................................ 27 6.1.3 Estratégias de Gestão ..................................................................................................... 27 6.1.4 Processos de Gestão de Risco de Crédito .................................................................. 27 6.1.5 Processos de Comunicação e Informação .................................................................. 29 6.1.6 Mensuração ...................................................................................................................... 29 6.1.7 Política de Mitigação de Risco ....................................................................................... 30 6.1.8 Processos de Monitoramento da Efetividade dos Mitigadores ................................. 30 6.1.9 Exposição ao Risco de Crédito ...................................................................................... 31 6.1.10 Aquisição, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros ....................................... 42 6.1.11 Operações com títulos e valores mobiliários oriundos de processo de securitização ................................................................................................................................... 43 6.1.12 Exposição ao risco de crédito da contraparte ............................................................. 44 6.1.13 Instrumentos mitigadores ............................................................................................... 47

6.2 RISCO DE MERCADO E DE LIQUIDEZ ....................................................................................... 49 6.2.1 Objetivos do Gerenciamento .......................................................................................... 49 6.2.2 Políticas e Estratégias de Gestão ................................................................................. 49 6.2.3 Políticas de Hedge ........................................................................................................... 51 6.2.4 Sistemas de mensuração de riscos e processos de comunicação e informação .. 51 6.2.5 Estrutura de Gestão de Risco de Mercado .................................................................. 53 6.2.6 Processo de Gestão de Riscos de Mercado ............................................................... 55 6.2.7 Carteira de Negociação .................................................................................................. 57 6.2.8 Carteira de Não Negociação .......................................................................................... 58 6.2.9 Estrutura de Gestão de Risco de Liquidez................................................................... 60 6.2.10 Processos de Gestão de Risco de Liquidez ................................................................ 62

6.3 RISCO OPERACIONAL .............................................................................................................. 63 6.3.1 Objetivos do Gerenciamento .......................................................................................... 63 6.3.2 Política de Risco Operacional ........................................................................................ 64

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6.3.3 Estratégias e Processos de Gestão .............................................................................. 64 6.3.4 Processos de Comunicação e Informação .................................................................. 65 6.3.5 Sistemas de Mensuração ............................................................................................... 65 6.3.6 Mitigação de Risco Operacional .................................................................................... 66 6.3.7 Controle do Risco Operacional ...................................................................................... 66 6.3.8 Entidades Ligadas ao Banco do Brasil (ELBB) ........................................................... 66

6.4 RISCO DE ESTRATÉGIA ........................................................................................................... 67 6.4.1 Objetivos do Gerenciamento .......................................................................................... 67 6.4.2 Modelo de Gestão............................................................................................................ 67 6.4.3 Estrutura de Gestão ........................................................................................................ 67 6.4.4 Processos de Gestão ...................................................................................................... 68 6.4.5 Processos de comunicação e informação ................................................................... 69

6.5 RISCO DE REPUTAÇÃO ............................................................................................................ 69 6.5.1 Objetivos do Gerenciamento .......................................................................................... 69 6.5.2 Modelo de Gestão............................................................................................................ 69 6.5.3 Estrutura de Gestão ........................................................................................................ 69 6.5.4 Processos de Gestão ...................................................................................................... 70 6.5.5 Processos de comunicação e informação ................................................................... 71

6.6 RISCO SOCIOAMBIENTAL ........................................................................................................ 71 6.6.1. Objetivos do Gerenciamento .......................................................................................... 71 6.6.2. Modelo de Gestão............................................................................................................ 71 6.6.3. Estrutura de Gestão ........................................................................................................ 71 6.6.4. Processos de Gestão ...................................................................................................... 72 6.6.5. Política de Responsabilidade Socioambiental............................................................. 72 6.6.6. Processos de comunicação e informação ................................................................... 72

6.7 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ................................................................................................ 72

7 CAPITAL ............................................................................................................................................. 75

7.1 GESTÃO DO CAPITAL............................................................................................................... 75 7.1.1 Estrutura de Gestão de Capital ..................................................................................... 75

7.2 DETALHAMENTO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA (PR) ....................................................... 77 7.3 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA MÍNIMO REQUERIDO (PRMR) ................................................ 80 7.4 ÍNDICES DE ADEQUAÇÃO DE CAPITAL ..................................................................................... 81 7.5 AVALIAÇÃO DE SUFICIÊNCIA E ADEQUAÇÃO DO PR ............................................................... 82

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Índice de Tabelas Tabela 1 - Requerimentos mínimos de capital em relação ao RWA .......................................... 16 Tabela 2 - Balanço Patrimonial Prudencial X Balanço Patrimonial Divulgado. .......................... 20 Tabela 3 - Composição do Conglomerado Prudencial ............................................................... 23 Tabela 4 - Composição do Consolidado Econômico-Financeiro ................................................ 24 Tabela 5 - Concentração dos dez e dos cem maiores clientes em relação ao total de operações com característica de concessão de crédito ............................................................................... 31 Tabela 6 - Exposição média ao risco de crédito ......................................................................... 31 Tabela 7 - Exposição ao risco de crédito PJ por regiões geográficas ........................................ 32 Tabela 8 - Exposição ao risco de crédito PF por regiões geográficas........................................ 33 Tabela 9 - Exposição ao risco de crédito do Conglomerado Prudencial, por setor econômico . 34 Tabela 10 - Exposição ao risco de crédito por setor econômico e carteiras – 2T15 .................. 35 Tabela 11 - Exposição ao risco de crédito por setor econômico e carteiras – 1T15 .................. 36 Tabela 12 - Exposição ao risco de crédito por setor econômico e carteiras – 4T14 .................. 37 Tabela 13 - Exposição ao risco de crédito PF e PJ por prazo a decorrer das operações– 2T15 ..................................................................................................................................................... 37 Tabela 14 - Exposição ao risco de crédito PF e PJ por prazo a decorrer das operações– 1T15 ..................................................................................................................................................... 38 Tabela 15 - Exposição ao risco de crédito PF e PJ por prazo a decorrer das operações– 4T14 ..................................................................................................................................................... 38 Tabela 16 - Montante das operações em atraso por regiões geográficas.................................. 39 Tabela 17 - Montante de operações em atraso, segregado por setor econômico – 2T15 ......... 40 Tabela 18 - Montante de operações em atraso, segregado por setor econômico – 1T15 ......... 40 Tabela 19 - Montante de operações em atraso, segregado por setor econômico – 4T14 ......... 41 Tabela 20 - Operações baixadas para prejuízo por setor econômico. ....................................... 41 Tabela 21 - Total de PCLD no trimestre e variações. ................................................................. 42 Tabela 22 - Exposição ao risco de crédito por FPR.................................................................... 42 Tabela 23 - Operações em perdas cedidas com transferência substancial dos riscos e benefícios .................................................................................................................................... 43 Tabela 24 - Valor de operações cedidas com coobrigação registradas em contas de compensação .............................................................................................................................. 43 Tabela 25 - Saldo das exposições adquiridas COM retenção dos riscos e benefícios pelo cedente ........................................................................................................................................ 43 Tabela 26 - Saldo das exposições adquiridas SEM retenção dos riscos e benefícios pelo cedente ........................................................................................................................................ 43 Tabela 27 - Valor das exposições decorrentes da aquisição de FIDC e CRI ............................. 44 Tabela 28 - Valor nocional de contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a câmara atue como contraparte central. ..................................................................................................................................................... 46 Tabela 29 - Valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte sem atuação de câmaras de compensação como contraparte central, segmentados entre contratos sem garantias e contratos com garantias. .................................................................................. 46 Tabela 30 - Valor positivo bruto dos respectivos contratos, incluindo derivativos, operações a liquidar, empréstimos de ativos e operações compromissadas, desconsiderados os valores positivos relativos a acordos de compensação definidos na Resolução CMN 3.263/05............ 46 Tabela 31 - Valor das garantias que atendam cumulativamente os requisitos do art.9.º, inciso VII, da Circular Bacen 3.678/13: ................................................................................................. 47 Tabela 32 - Valor das garantias que atendam cumulativamente os requisitos do art.9.º, inciso V e VIII, da Circular Bacen 3.678/13: ............................................................................................. 47 Tabela 33 – Cobertura de garantias. .......................................................................................... 47 Tabela 34 - Valor mitigado da exposição pelo ponderada pelo respectivo fator de risco .......... 48 Tabela 35 - Instrumentos financeiros derivativos no País e exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central – ................................................................................. 50 Tabela 36 - Instrumentos financeiros derivativos no País e Exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central – 1T15 ....................................................................... 50 Tabela 37 - Instrumentos financeiros derivativos no País e Exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central – 4T14 ....................................................................... 50 Tabela 38 - Instrumentos financeiros derivativos no País e Exterior, por fator de risco de mercado, com contraparte central e sem contraparte central – 3T14 ........................................ 51

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Tabela 39 - Instrumentos financeiros derivativos no País e exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central – 2T14 ....................................................................... 51 Tabela 40 - Carteira de Negociação por fator de risco de mercado relevante, segmentado entre posições compradas e vendidas ................................................................................................. 58 Tabela 41 - Impacto no resultado ou na avaliação do valor da instituição em decorrência de choques nas taxas de juros, segmentado por fator de risco – metodologia Value at Risk. ....... 60 Tabela 42 - Impacto no resultado ou na avaliação do valor da instituição em decorrência de choques nas taxas de juros, segmentado por fator de risco – metodologia Economic Value of Equity). ........................................................................................................................................ 60 Tabela 43 - Acompanhamento das perdas operacionais por categoria de eventos de perda ... 66 Tabela 44 - Participações Societárias – Carteira de Não Negociação ....................................... 74 Tabela 45 - Detalhamento Patrimônio de Referência ................................................................. 79 Tabela 46 - Ajustes Prudenciais.................................................................................................. 79 Tabela 47 - Patrimônio de Referência Mínimo Requerido .......................................................... 81 Tabela 48 - Índice de Basileia e margem do PR ........................................................................ 82

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Índice de Figuras

Figura 1 - Estrutura de Governança do Gerenciamento dos Riscos .......................................... 11 Figura 2 - Estrutura e Processo de Gestão de Riscos ................................................................ 12 Figura 3 - Pilares de Basileia II ................................................................................................... 13 Figura 4 - Modelos de Exigência de Capital ............................................................................... 14 Figura 5 - Estrutura do Pilar III .................................................................................................... 16 Figura 6 - Gerenciamento do risco de crédito ............................................................................. 25 Figura 7 - Estrutura de gerenciamento do risco de crédito ......................................................... 28 Figura 8 - Gerenciamento do Risco de Mercado ........................................................................ 54 Figura 9 - Processo e tomada de decisões ................................................................................. 57 Figura 10 – Gerenciamento do Risco de Liquidez ...................................................................... 61 Figura 11 - Gerenciamento do Risco de Estratégia .................................................................... 68 Figura 12 - Gerenciamento do Risco de Reputação ................................................................... 70 Figura 13 - Estrutura Organizacional envolvida no gerenciamento de riscos e de capital ......... 75

Índice de Quadros

Quadro 1 - Fases do processo de gerenciamento do risco operacional .................................... 64 Quadro 2 - Atividades de gestão do risco de estratégia ............................................................. 67 Quadro 3 - Atividades de gestão do risco de reputação ............................................................. 69 Quadro 4 - Critérios e parâmetros para classificação dos estados de capital ............................ 83

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1. Objetivo

O presente relatório tem por objetivo a divulgação de informações referentes à gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e à apuração do Patrimônio de Referência (PR), em conformidade com a Circular nº 3.678, publicada pelo Banco Central do Brasil (Bacen) em 31.10.2013, e está alinhado às diretrizes do Pilar III de Basileia II. Este relatório inclui informações sobre estruturas, processos e políticas de gestão de riscos e gestão de capital do Banco do Brasil.

A mensuração do PR e do RWA considera o escopo de consolidação do Conglomerado Financeiro até 31.12.2014, e, a partir de 01.01.2015, conforme disposto nas Resoluções CMN nos 4.192/13 e 4.193/13, do Conglomerado Prudencial1, nos termos do Plano Contábil das Instituições Financeiras (Cosif), que abrange as instituições financeiras, as administradoras de consórcio, as instituições de pagamento, as sociedades que realizam aquisição de operações ou assumam direta ou indiretamente risco de crédito e os fundos de investimento nos quais o conglomerado retenha substancialmente riscos e benefícios.

1 Detalhes da regulação prudencial no link: http://www.bcb.gov.br/?REGPRUDENCIAL

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2. Introdução

A sustentabilidade no sistema bancário é reflexo indissociável de políticas e de mecanismos de gestão de riscos e de capital. Os métodos de identificação, avaliação, controle, mitigação e monitoramento dos riscos salvaguardam as instituições financeiras em momentos adversos e dão suporte para a geração de resultados positivos e recorrentes ao longo do tempo. O Banco do Brasil (BB) considera fundamental o gerenciamento de riscos e de capital para o processo de tomada de decisões, pois proporciona melhor alocação de capital e otimização da relação risco versus retorno.

A participação brasileira no Comitê de Basileia para a Supervisão Bancária estimula a implementação tempestiva de normas prudenciais internacionais.

As mudanças no ambiente financeiro mundial, tais como a integração entre os mercados por meio do processo de globalização, o surgimento de novas transações e produtos, o aumento da sofisticação tecnológica e as novas regulamentações tornaram as atividades financeiras e seus riscos cada vez mais complexos.

Adicionalmente, as lições originadas de desastres financeiros reforçam a necessidade principal da gestão de riscos na indústria bancária.

Esses fatores influenciaram os órgãos reguladores e as instituições financeiras para que investissem na gestão dos riscos, visando o fortalecimento de sua saúde financeira.

Alinhado a essa perspectiva, o BB investe no aperfeiçoamento contínuo do processo e das práticas de gestão de riscos, em consonância com os referenciais internacionais de mercado, Basileia II e ajustes promovidos por Basileia III.

O BB mantém-se continuamente alinhado às boas práticas de gestão de riscos com abrangência multidimensional, cujas especificidades estão descritas neste relatório.

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3. Governança

3.1 Riscos Relevantes

O BB possui processo para identificação dos riscos que irão compor o inventário de riscos e para a definição dos riscos relevantes. Este processo é de suma importância para a gestão de riscos e de capital, bem como para a gestão dos negócios, uma vez que proporciona condições para definição do conjunto de riscos relevantes, os quais devem ser geridos pela Instituição.

A identificação dos riscos da Instituição é realizada a partir da análise dos segmentos de negócios explorados, tanto direta quanto indiretamente, considerando as Entidades Ligadas ao Banco do Brasil (ELBB).

Após a definição do inventário de riscos e de seus respectivos conceitos, procede-se à classificação dos riscos quanto à sua relevância, que ocorre por meio de avaliação quantitativa ou qualitativa.

A avaliação quantitativa é realizada para os riscos que podem ser mensurados. Com relação à avaliação qualitativa, é realizada para aqueles riscos que, por sua natureza, não podem ser mensurados, pois não contam com metodologia ou base de dados.

Os riscos abaixo relacionados compõem o Conjunto Corporativo de Riscos Relevantes do Conglomerado Prudencial Banco do Brasil:

Risco de Mercado – definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira. Inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities).

Risco de Liquidez - definido como a possibilidade de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – descasamento entre pagamentos e recebimentos – que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Risco de Taxa de Juros do Banking Book – definido como o risco decorrente das exposições sujeitas à variação das taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.

Risco de Crédito - definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Risco de Crédito da Contraparte - é uma subcategoria do risco de crédito, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos.

Risco de Concentração de Crédito - é também uma subcategoria do risco de crédito e é definido como a possibilidade de perdas de crédito decorrentes de exposições significativas a uma contraparte, a um fator de risco ou a grupos de contrapartes relacionadas por meio de características comuns.

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Risco Operacional - possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta definição inclui a possibilidade de perdas decorrentes do risco legal.

Risco de Estratégia - possibilidade de perdas decorrentes de mudanças adversas no ambiente de negócios, ou de utilização de premissas inadequadas na tomada de decisão.

Risco de Reputação - risco decorrente da percepção negativa sobre a Instituição por parte de clientes, contrapartes, acionistas, investidores, órgãos governamentais, comunidade ou supervisores que pode afetar adversamente a sustentabilidade do negócio.

Risco Socioambiental - possibilidade de perdas decorrentes, direta ou indiretamente de: i) impactos sociais e ambientais adversos resultantes das práticas administrativas e negociais do BB, ou de públicos relacionados à sua operação; e ii) impactos adversos às operações do Banco resultantes de aspectos conjunturais relacionados à insustentabilidade social e ambiental dos modos de produção e dos padrões de consumo vigentes.

Risco Legal - perda decorrente da inadequação ou deficiência em contratos firmados pela Instituição, bem como a sanções em razão do descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição.

Risco de Participações - possibilidade de perdas decorrente de exposições originadas nas participações societárias.

Risco de Entidades Fechadas de Previdência Complementar e de Operadoras de Planos Privados de Saúde a Funcionários - possibilidade de impacto negativo decorrente do descasamento entre passivos atuariais e ativos das entidades fechadas de previdência complementar e de operadoras de planos privados de saúde a funcionários.

Risco de Modelo - possibilidade de perdas decorrentes do desenvolvimento ou uso inadequados de modelos, em função da imprecisão ou insuficiência de dados ou à formulação incorreta na sua construção.

3.2 Governança Corporativa dos Riscos

O modelo de governança de riscos adotado pelo BB envolve estrutura de comitês superiores e executivos, com a participação de diversas áreas da Instituição, contemplando os seguintes aspectos:

a) segregação de funções: negócio x risco;

b) estrutura específica de gestão de risco;

c) processo de gestão definido;

d) decisões em diversos níveis hierárquicos;

e) normas claras e estrutura de alçadas; e

f) referência às melhores práticas de gestão.

Em dezembro/14, o Conselho Diretor (CD) aprovou a reconfiguração dos colegiados estratégicos. A nova configuração para os comitês relacionados à gestão de riscos passa a ser:

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a) Comitê Executivo de Risco de Crédito (CERC);

b) Comitê Executivo de Risco de Mercado e de Liquidez (CERML);

c) Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco Operacional (CERO);

d) Comitê Superior de Risco Global (CSRG).

A figura a seguir representa a estrutura de governança definida para gestão de riscos do Banco:

Figura 1 - Estrutura de Governança do Gerenciamento dos Riscos

Todas as decisões relacionadas à gestão de riscos são tomadas de forma colegiada e de acordo com as diretrizes e normas do BB.

A governança de risco do BB é centralizada no Comitê Superior de Risco Global (CSRG), composto por membros do Conselho Diretor (CD), tendo por finalidade principal estabelecer as estratégias para gestão de riscos, limites globais de exposição a riscos e alocação de capital em função dos riscos.

A Diretoria de Gestão de Riscos (Diris), responde pela gestão dos riscos relevantes, à exceção dos riscos operacional e legal, sob gestão da Unidade Risco Operacional (URO). Estas estruturas são subordinadas à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Vicri) para que haja sinergia de processos, contribuindo para uma melhor alocação de capital.

A figura 2 a seguir demonstra o fluxo decisório dos temas relacionados à gestão de riscos:

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Figura 2 - Estrutura e Processo de Gestão de Riscos

As decisões são comunicadas às áreas intervenientes por meio de documentos que expressam objetivamente o posicionamento tomado pela Administração, garantindo a aplicação em todos os níveis do Banco.

3.3 Processo de Gestão dos Riscos

O processo de gestão de riscos envolve fluxo contínuo de informações, obedecendo às seguintes fases:

a) Planejamento: fase de coleta e análise dos dados e elaboração de propostas;

b) Decisão: as propostas são apreciadas e deliberadas de forma colegiada, nos escalões competentes e comunicadas às áreas intervenientes;

c) Execução: as áreas intervenientes implementam as decisões tomadas;

d) Acompanhamento: verificação sobre o cumprimento das deliberações e reporte aos comitês executivos de riscos e CSRG.

3.4 Relatórios

Os relatórios de gestão de riscos proporcionam suporte ao processo de tomada de decisões sobre riscos, nos Comitês Executivos, Comitê Superior de Risco Global (CSRG), Conselho Diretor (CD) e Conselho de Administração (CA). Os relatórios elaborados periodicamente possuem informações gerenciais (qualitativas e quantitativas) e subsidiam a divulgação das informações ao mercado, como o Relatório de Administração e o Relatório de Análise de Desempenho, bem como o presente Relatório de Gerenciamento de Riscos.

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4. Regulação

4.1 Basileia II

Em junho de 2004, o Comitê de Basileia para Supervisão Bancária (CSBS) divulgou documento comumente conhecido por Basileia II, com os seguintes objetivos:

a) promover a estabilidade financeira;

b) fortalecer a estrutura de capital das instituições;

c) favorecer a adoção das melhores práticas de gestão de riscos;

d) estimular maior transparência e disciplina de mercado.

Basileia II propõe enfoque mais abrangente no fortalecimento da supervisão bancária e estímulo para maior transparência na divulgação das informações ao mercado, baseado em três pilares:

a) Pilar I – exigência de capital para a cobertura dos riscos de crédito, mercado e operacional;

b) Pilar II – supervisão bancária e governança;

c) Pilar III – transparência de informações e disciplina de mercado.

A Figura 3 apresenta os Pilares de Basileia II.

Figura 3 - Pilares de Basileia II

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

4.1.1 Pilar I - Exigências Mínimas de Capital

O Pilar I define o tratamento para mensuração da exigência de capital para cobertura dos riscos de crédito, mercado e operacional. Basileia II estimula a adoção de modelos internos para mensuração destes riscos com graus diferenciados de complexidade, sujeitos à aprovação pelo regulador, que buscam aproximar a alocação de capital ao perfil de risco dos negócios, conforme figura 4.

Figura 4 - Modelos de Exigência de Capital

Sob o Pilar I, têm-se diferentes alternativas para mensuração da exigência de capital, em função do tamanho, complexidade e capacitação técnica da instituição financeira para mensurar riscos, considerando, inclusive, a utilização de modelos internos.

Apesar de os modelos internos para cálculo da alocação de capital exigirem maior grau de complexidade, sofisticação e investimento de recursos, possibilitam maior grau de acurácia na avaliação do capital necessário para suportar os riscos incorridos.

4.1.2 Pilar II - Processo de Supervisão Bancária e Governança

O Pilar II reafirma e fortalece o papel da supervisão interna e externa de riscos e de capital das instituições financeiras.

O Comitê de Basileia estabeleceu quatro princípios essenciais de revisão de supervisão de riscos e capital, descritos a seguir:

· 1º. Princípio: os bancos devem possuir processo para avaliar a adequação de capital em relação ao perfil de risco e estratégia para manutenção de níveis adequados de capital para cobertura de riscos;

· 2º. Princípio: os supervisores devem revisar e avaliar o processo interno de avaliação de adequação de capital e estratégias dos bancos, assim como sua habilidade de monitorar e assegurar sua conformidade com os índices de capital regulatório. Os supervisores devem tomar medidas adequadas caso não estejam satisfeitos com o resultado desse processo;

· 3º. Princípio: os supervisores esperam e podem exigir que os bancos operem acima das exigências de capital mínimo;

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

· 4º. Princípio: os supervisores podem intervir antecipadamente e exigir ações rápidas dos bancos se o nível de capital ficar abaixo do nível mínimo.

As principais características que evidenciam um processo rigoroso de avaliação da adequação de capital deverão envolver:

· supervisão pela Alta Administração do banco;

· avaliação das necessidades de capital para suportar os riscos de negócios;

· avaliação abrangente dos riscos;

· monitoramento e emissão de relatórios;

· revisão dos controles internos.

O Pilar II enfatiza a necessidade de os bancos possuírem volume de capital suficiente para suportar todos os riscos envolvidos nos negócios. Além do capital, o regulador também avalia controles internos e processos de gestão de riscos e de capital, que devem ser suficientes e adequados.

4.1.3 Pilar III – Transparência e Disciplina de Mercado

O Pilar III estimula a disciplina de mercado por meio da transparência de informações sobre as práticas de gestão de riscos.

Ao estimular a divulgação de informações, Basileia II objetiva ampliar a capacidade de avaliação dos participantes do mercado sobre a instituição financeira.

O Pilar III é complementar aos requerimentos mínimos de capital (Pilar I) e ao processo de revisão da supervisão (Pilar II), incentivando os agentes participantes a exercer a disciplina de mercado sobre a Instituição Financeira.

Para garantir o cumprimento do Pilar III, Basileia II prevê que os supervisores tenham um grande número de instrumentos de persuasão, que vão desde o diálogo com a administração do banco a multas financeiras, de acordo com a deficiência de divulgação apresentada.

O Pilar III representa o conjunto de exigências de divulgação de informações que proporciona aos participantes do mercado condições para avaliar o banco, bem como as informações essenciais contidas na estrutura, na mensuração do capital, nas exposições a risco, nos processos de gestão de riscos e ainda na adequação de capital da instituição.

A Figura 5 demonstra a estrutura do Pilar III.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Figura 5 - Estrutura do Pilar III

4.2 Basileia III

Em 01.03.2013, o Banco Central do Brasil (Bacen) publicou as regras de Basileia III relacionadas à definição de capital e ao requerimento de capital. Destacam-se, entre os normativos inseridos no arcabouço regulatório brasileiro:

a) definição de nova metodologia de apuração do capital regulamentar;

b) definição de nova metodologia de apuração da exigência de capital.

Foi estabelecido cronograma de implantação dos novos requerimentos de capital, que se estende de outubro de 2013 a janeiro de 2019, de modo que a transição possa ser realizada de forma gradual e as instituições possam se adaptar com o tempo. O cronograma para implantação das recomendações de Basileia III no Brasil é apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 - Requerimentos mínimos de capital em relação ao RWA

Indicador out/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 jan/18 jan/19

A) Capital Principal mínimo 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500% 4,500%

B) Adicional de Capital Principal(1) - - - 0,625% 1,250% 1,875% 2,500%

C) Requisito A + B 4,500% 4,500% 4,500% 5,125% 5,750% 6,375% 7,000%

D) Capital Nível I mínimo 5,500% 5,500% 6,000% 6,000% 6,000% 6,000% 6,000%

E) Requisito D + B 5,500% 5,500% 6,000% 6,625% 7,250% 7,875% 8,500%

F) PR mínimo 11,000% 11,000% 11,000% 9,875% 9,250% 8,625% 8,000%

G) Requisito F + B 11,000% 11,000% 11,000% 10,500% 10,500% 10,500% 10,500%

(1) Conforme Circular BACEN nº 3.741/2014, o Adicional de Capital Principal deve corresponder aos percentuais relativos aos limites inferiores de que trata o artigo 8º, incisos I a IV, da Resolução CMN 4.193/2013

Estrutura de

Capital

Aspectos Qualitativos

e Quantitativos

Adequação de

Capital

Aspectos Qualitativos

e Quantitativos

Risco de

Crédito

Risco de

Mercado

Risco

Operacional

Participações

(Equity)

Aspectos

Qualitativos e

Quantitativos

Aspectos

Qualitativos e

Quantitativos

Aspectos

Qualitativos

Aspectos

Qualitativos e

Quantitativos

Qualidade das informações para divulgação ao mercado

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

De forma complementar, em 31.10.2013, o Bacen divulgou novas resoluções e circulares que visam ajustar a regulação bancária no Brasil. Estas normas aprimoram e detalham pontos específicos de normativos já existentes.

Em continuidade ao processo de implementação de medidas prudenciais recomendadas pelo Comitê de Basileia, o Bacen normatizou a metodologia para apuração da Razão de Alavancagem (RA) em 27.02.2015, por meio da Circular Bacen 3.748/15. A normatização baseia-se nas recomendações contidas no documento “Basel III Leverage Ratio Framework and Disclosure Requirements”, editadas pelo Comitê, que compõe o conjunto de recomendações de Basileia III. Conforme Circular publicada, a divulgação de informações relativas à RA deve ocorrer a partir de 01.10.2015.

4.3 Pilar I no Banco do Brasil

O Banco do Brasil avalia a necessidade de capital dos riscos de mercado, crédito e operacional de acordo com as abordagens padronizadas definidas pelo Bacen.

De forma a dar continuidade ao processo evolutivo nas práticas de gestão de riscos e negócios, o Banco decidiu adotar modelos internos para os riscos de mercado, crédito e operacional, com objetivo de estar apto ao uso das abordagens avançadas.

A implementação dos modelos internos no BB está sob condução de equipes técnicas multidisciplinares, responsáveis pela coordenação dos trabalhos e preparação do BB para atendimento aos requisitos de Basileia II sobre modelos internos.

4.3.1 Risco de Mercado

No âmbito do Banco do Brasil, suas Subsidiárias Integrais e Controladas do Conglomerado Prudencial, é adotada estrutura de gerenciamento de riscos de mercado que tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar as exposições de suas posições próprias. O BB possui estrutura de limites globais e específicos e Programa de Testes de Estresse de Exigência de Capital para Riscos de Mercado.

4.3.2 Risco de Crédito

Em relação ao risco de crédito, é adotado processo de gestão que busca identificar, avaliar, controlar, monitorar e mitigar este risco.

O BB utiliza metodologias proprietárias de classificação de risco de clientes. Desenvolvidos em consonância com as práticas de mercado, estes modelos (credit score e behavior score) consideram tanto aspectos cadastrais, quanto histórico de utilização de produtos de crédito pelos clientes, com o Banco e com o mercado.

A Circular Bacen nº 3.648/13, de 04.03.2013, estabelece os requisitos mínimos para a utilização da abordagem baseada em classificações internas de Basileia II para risco de crédito. No Banco, a implementação da abordagem é conduzida por projeto estratégico com a responsabilidade de construir as bases de dados e desenvolver os modelos de parâmetros de riscos, assegurando a integração com a gestão e respectiva documentação.

O Banco está construindo modelos de parâmetros de risco (probabilidade de descumprimento, exposição no momento do descumprimento, perda dado o descumprimento e prazo efetivo de vencimento) e revisando os mitigadores de risco, previsto em Basileia II.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Para suportar o processo de gestão de risco de crédito, o BB também tem feito importantes investimentos em soluções de tecnologia da informação (TI), com o desenvolvimento e instalação de novas ferramentas.

4.3.3 Risco Operacional

O Banco adota estrutura de gerenciamento do risco operacional responsável pela prospecção e desenvolvimento de políticas e estratégias de gestão. O processo de gestão adotado busca identificar, avaliar, controlar, monitorar e mitigar o risco operacional, proporcionando uma gestão mais efetiva e a disseminação da cultura de gestão de riscos.

Destacam-se, ainda, o desenvolvimento de estratégias e instrumentos de gestão, visando mitigar o risco operacional e contribuindo para a continuidade e solidez da organização, dentre eles: a atuação na avaliação de risco operacional nas Entidades Ligadas (ELBB); definição de limites de perda operacional com vinculação dos gestores de processos, produtos e serviços; apuração do resultado gerencial dos produtos considerando a perda operacional; implantação de melhorias para mitigação de roubos externos; e aprimoramento de ações para mitigação de perdas com fraudes eletrônicas.

Essas medidas têm por objetivo principal reduzir e prevenir eventos que gerem perdas operacionais, além de fortalecer a estrutura de gerenciamento do risco operacional do Banco.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

5 Conglomerado Prudencial

A Resolução CMN n° 4.192, publicada em 01.03.2013, em seu artigo 3º, inciso II, dispõe que, a partir de 01.01.2015, o cálculo da apuração do Patrimônio de Referência (PR) deve ser realizado em bases consolidadas para instituições integrantes do Conglomerado Prudencial.

Em 31.10.2013, foi publicada a Resolução CMN n° 4.280, que dispõe sobre a elaboração, divulgação e remessa de Demonstrações Contábeis consolidadas do Conglomerado Prudencial.

De acordo com a Resolução CMN n° 4.280, as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen devem elaborar Demonstrações Contábeis de forma consolidada, incluindo dados relativos às entidades discriminadas a seguir, localizadas no País ou no exterior, sobre as quais a instituição detenha controle direto ou indireto:

a) instituições financeiras;

b) demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen;

c) administradoras de consórcio;

d) instituições de pagamento;

e) sociedades que realizem aquisição de operações de crédito, inclusive imobiliário, ou de direitos creditórios, a exemplo de sociedades de fomento mercantil, sociedades securitizadoras e sociedades de objeto exclusivo; e

f) outras pessoas jurídicas sediadas no País que tenham por objeto social exclusivo a participação societária nas entidades mencionadas nos incisos de I a V.

Além das entidades elencadas acima, a Resolução determina que devem ser consolidados: os fundos de investimento nos quais as entidades integrantes do Conglomerado Prudencial, sob qualquer forma, assumam ou retenham substancialmente riscos e benefícios, e as participações societárias em que haja controle compartilhado, proporcionalmente à participação detida pela instituição.

5.1 Balanços Patrimoniais

É apresentada a seguir a composição do Balanço Patrimonial Prudencial em comparação ao Balanço Patrimonial divulgado nas Demonstrações Contábeis Consolidadas, bem como a referência de seus valores no “Anexo 1 - Composição do Patrimônio de Referência”.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 2 - Balanço Patrimonial Prudencial X Balanço Patrimonial Divulgado. 2T15

R$ mil

Referência no Anexo 1

Conglomerado Prudencial

Consolidado Econômico-

Financeiro

A T I V O

CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.344.122.784 1.512.672.311 Disponibilidades 16.723.437 17.055.612 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 351.129.115 357.324.998

Aplicações no mercado aberto 312.582.588 318.386.467 Aplicações em depósitos interfinanceiros 38.546.527 38.938.531

Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 111.603.576 239.571.250 Carteira Própria 88.484.340 210.601.880

Instrumentos de captação emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo Bacen (t) 6.624 --

Demais 88.477.716 -- Vinculados a compromissos de recompra 15.186.557 19.073.747 Vinculados à prestação de garantias 6.109.485 7.413.772 Instrumentos financeiros derivativos 1.823.194 2.534.635 (Provisão para desvalorizações de títulos livres) -- (52.784)

Relações Interfinanceiras 65.564.255 65.593.686 Pagamentos e recebimentos a liquidar 4.443.348 4.443.448 Créditos vinculados 59.651.912 59.674.052

Depósitos no Banco Central 57.167.615 57.189.755 Tesouro Nacional - recursos do crédito rural 77.192 77.192 SFH - Sistema Financeiro da Habitação 2.407.105 2.407.105

Repasses interfinanceiros 290.921 298.057 Correspondentes 1.178.074 1.178.129

Relações Interdependências 204.771 204.771 Operações de Crédito 607.705.256 630.787.676

Setor público 37.978.056 70.367.661 Setor privado 596.162.198 588.366.657 Operações de crédito vinculadas à cessão 293.948 293.948 (Provisão para operações de crédito) (26.728.946) (28.240.590)

Operações de Arrendamento Mercantil 421.196 1.045.749 Setor privado 450.050 1.087.816 (Provisão para operações de arrendamento mercantil) (28.854) (42.067)

Outros Créditos 190.296.374 196.970.286 Créditos por avais e fianças honrados 184.086 207.394 Carteira de câmbio 19.366.416 20.384.421 Rendas a receber 2.918.013 2.972.138 Negociação e intermediação de valores 1.333.147 1.452.630 Créditos específicos 1.633.805 1.633.805 Créditos de operações de seguros, previdência e capitalização -- 5.492.353 Diversos 166.736.206 167.128.365

Créditos Tributários 32.090.465 -- Decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de CSLL (g) 1.331.061 -- Decorrentes de diferenças temporárias 30.759.404 --

Que excedam 10% do Capital Principal (j1) 6.333.995 -- Que excedam 15% do Capital Principal (l) 467.680 -- Créditos tributários de diferenças temporárias não deduzidos do PR (v) 6.653.995 -- Créditos tributários de diferenças temporárias oriundos de PCLD 17.303.734 --

Ativos Atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido (h1) 3.157.538 -- Demais 131.488.203 --

(Provisão para outros créditos) (1.875.299) (2.300.820) Outros Valores e Bens 474.804 4.118.283

Bens não de uso próprio e materiais em estoque 289.818 633.939 (Provisão para desvalorizações) (125.569) (143.985) Despesas antecipadas 310.555 3.628.329

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

2T15

R$ mil

Referência no Anexo 1

Conglomerado Prudencial

Consolidado Econômico-

Financeiro PERMANENTE 28.738.361 21.191.933 Investimentos 10.908.991 3.376.636

Participações em coligadas e controladas 10.674.502 1.605.345 No país 10.328.807 1.085.540

Ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de rentabilidade futura (e1) 746.455 -- Participações 9.582.352 --

Participações em seguridade 3.945.469 -- Que excedam 15% do Capital Principal (k) 259.099 -- Que não são deduzidas do PR (u) 3.686.370 --

Demais Participações 5.636.883 -- Instrumentos de captação emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo

Bacen (n) 3.900.003 -- Demais 1.736.880 --

No exterior 345.695 519.805 Ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de rentabilidade futura (e2) 56.185 -- Demais ágios 289.510 --

Outros investimentos 288.816 1.856.761 (Imparidade acumulada) (54.327) (85.470)

Imobilizado de Uso 7.183.329 7.506.995 Imóveis de uso 6.490.812 6.571.791 Outras imobilizações de uso 9.346.789 10.016.606 (Depreciação acumulada) (8.654.272) (9.081.402)

Imobilizado de Arrendamento (1) 812.864 -- Bens arrendados 901.048 -- (Depreciação acumulada) (88.184) --

Intangível 9.810.538 10.275.170 Ativos intangíveis 17.258.014 17.873.775

Ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de rentabilidade futura (e3) 4.961.028 -- Demais ativos intangíveis 12.296.986 --

Adquiridos a partir de Outubro de 2013 (f1) 6.459.375 -- Adquiridos antes de Outubro de 2013 (f2) (o1) 5.837.611 --

(Amortização acumulada) (7.447.476) (7.598.605) Amortização de ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de

rentabilidade futura (e4) (2.649.535) -- Demais amortizações (4.797.941) --

Amortizações de Ativos Intangíveis adquiridos a partir de Outubro de 2013 (f3) (1.221.168) -- Amortizações de Ativos Intangíveis adquiridos antes de Outubro de 2013 (f4) (o2) (3.576.773) --

Diferido 22.639 33.132 Gastos de organização e expansão (m1) 1.606.386 1.622.976 (Amortização acumulada) (m2) (1.583.747) (1.589.844)

TOTAL DO ATIVO 1.372.861.145 1.533.864.244

(1) No consolidado econômico-financeiro as operações de arrendamento mercantil estão apresentadas pelo método financeiro, que consiste na reclassificação do imobilizado de arrendamento para operações de arrendamento mercantil, deduzidos dos valores residuais recebidos antecipadamente.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

2T15

R$ mil

Referência no Anexo 1

Conglomerado Prudencial

Consolidado Econômico-

Financeiro PASSIVO

CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.291.812.283 1.450.793.081 Depósitos 443.947.302 445.630.582

Depósitos à vista 64.729.068 64.760.906 Depósitos de poupança 147.306.118 147.306.118 Depósitos interfinanceiros 33.337.348 34.222.946 Depósitos a prazo 198.574.768 199.340.612

Captações no Mercado Aberto 343.952.157 352.872.322 Carteira Própria 53.666.897 61.647.573 Carteira de terceiros 290.285.260 291.123.922 Carteira de livre movimentação -- 100.827

Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 187.068.630 200.713.842 Recursos de letras imobiliárias, hipotecárias, de crédito e similares 153.603.634 161.852.195 Recursos de debêntures 475.422 475.562 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 32.960.163 38.356.674 Certificados de operações estruturadas 29.411 29.411

Relações Interfinanceiras 3.342.612 3.343.102 Recebimentos e pagamentos a liquidar 3.322.749 3.323.239 Correspondentes 19.863 19.863

Relações Interdependências 3.248.560 3.276.724 Recursos em trânsito de terceiros 3.244.729 3.272.402 Transferências internas de recursos 3.831 4.322

Obrigações por Empréstimos 25.398.021 26.536.758 Empréstimos no país - outras instituições 943.785 1.039.753 Empréstimos no exterior 24.454.236 25.497.005

Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 90.031.799 91.876.646 Tesouro Nacional 288.105 317.203 BNDES 40.780.288 41.701.483 Caixa Econômica Federal 16.324.322 16.324.322 Finame 32.163.617 33.058.171 Outras instituições 475.467 475.467

Obrigações por Repasses do Exterior 477 477 Instrumentos Financeiros Derivativos 2.813.967 3.637.799 Outras Obrigações 192.008.758 322.904.829

Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 4.703.407 4.801.354 Carteira de câmbio 14.495.119 15.163.884 Sociais e estatutárias 1.706.758 2.373.687 Fiscais e previdenciárias 22.742.666 25.649.334

Passivos fiscais diferidos associados a ativos atuariais de fundos de pensão de benefício definido (h2) 49.588 --

Obrigações fiscais diferidas compensadas com créditos tributários de diferenças temporárias (j2) 1.358.310 --

Demais 21.334.768 -- Negociação e intermediação de valores 1.000.497 965.892 Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização -- 117.246.403 Fundos financeiros e de desenvolvimento 12.403.730 12.403.730 Operações especiais 2.169 2.169 Dívidas subordinadas 50.763.736 53.838.664

Autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da Res. 4.192/2013 (FCO) 21.627.114 --

Autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da Res. 4.192/2013 (s) (x) 22.818.663 -- Demais dívidas subordinadas 6.317.959 --

Instrumentos híbridos de capital e dívida 5.659.505 5.659.505 Autorizados a compor o Capital Complementar antes da entrada em vigor da

Res. 4.192/2013 (q) (w) 4.497.755 -- Outros 1.161.750 --

Instrumentos de dívida elegíveis a capital 24.340.503 24.675.268 Instrumentos elegíveis ao Capital Complementar (p) 18.844.042 -- Instrumentos elegíveis ao Nível II (r) 5.458.898 -- Instrumentos pendentes de autorização do Bacen 37.563 --

Diversas 54.190.668 60.124.939

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

2T15

R$ mil

Referência no Anexo 1

Conglomerado Prudencial

Consolidado Econômico-

Financeiro RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 414.390 428.477 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 80.634.472 82.642.686

Capital (a1) 60.000.000 60.000.000 De domiciliados no país 47.063.549 47.063.549 De domiciliados no exterior 12.936.451 12.936.451

Instrumento Elegível ao Capital Principal (a2) 8.100.000 8.100.000 Reservas de Capital (c1) 14.327 14.327 Reservas de Reavaliação (c2) 2.764 2.764 Reservas de Lucros (b) 25.767.559 25.767.559 Ajustes de Avaliação Patrimonial (c3) (12.567.032) (12.567.032) (Ações em Tesouraria) (i) (1.629.479) (1.629.479) Participação dos Não Controladores (d) 946.333 2.954.547

TOTAL DO PASSIVO 1.372.861.145 1.533.864.244

5.2 Composição do Conglomerado Prudencial

Na tabela a seguir, encontram-se relacionadas as instituições incluídas no escopo de consolidação do balanço patrimonial prudencial:

Tabela 3 - Composição do Conglomerado Prudencial 2T15 1T15

R$ mil Atividade

Total de Ativos

Patrimônio Líquido

Total de

Ativos Patrimônio

Líquido Instituições Financeiras Banco do Brasil S.A. - Agências no País e no Exterior

(1) Bancária 1.503.040.371 78.200.101 1.510.926.199 79.026.033

Banco do Brasil - AG (2) Bancária 65.120.082 941.202 66.794.338 924.480 BB Leasing Company Ltd. (2) Arrendamento 142.006 140.973 146.947 146.941 BB Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (2) Arrendamento 52.770.818 4.059.273 51.321.638 4.042.749 BB Securities Asia Pte. Ltd. (2) Corretora 16.578 15.730 18.380 17.742 Banco do Brasil Securities LLC. (2) Corretora 171.870 170.639 175.966 175.139 BB Securities Ltd. (2) Corretora 514.099 159.402 561.919 163.776 BB USA Holding Company, Inc. (2) Holding 779 672 765 695 Brasilian American Merchant Bank (2) Bancária 6.113.844 1.414.596 9.992.917 1.455.640 Banco do Brasil Americas (2) Bancária 875.493 134.385 903.877 145.298 Besc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

(2) Administração de Ativos 7.452 7.180 7.324 7.233

Banco Patagonia S.A. (2) Bancária 17.713.773 2.306.194 16.408.598 2.647.118 BB Banco de Investimento S.A. (2) Banco de Investimento 6.294.758 2.858.693 6.061.152 3.191.789 BB Gestão de Recursos - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

(2) Administração de Ativos 961.239 131.633 595.824 311.965

Administradora de Consórcios BB Administradora de Consórcios S.A. (2) Consórcio 344.196 167.522 264.629 211.227 Instituições de Pagamento BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. (2) Prestação de Serviços 107.446 29.462 104.595 23.861 Companhia Brasileira de Soluções e Serviços CBSS - Alelo

(3) Prestação de Serviços 3.896.384 1.266.851 3.779.654 1.131.377

Cielo S.A. (3) Prestação de Serviços 22.260.627 5.363.999 21.978.331 4.989.047 Braspag Tecnologia em Pagamento Ltda. (3) (4) Prestação de Serviços 33.346 29.177 -- -- Paggo Soluções e Meios de Pagamentos S.A. (3) (4) Prestação de Serviços 39.778 39.438 -- -- Cateno Gestão de Contas de Pagamento S.A. (3) (4) (6) Prestação de Serviços 12.487.370 12.150.019 -- -- Aliança Pagamentos e Participações Ltda. (3) (4) Prestação de Serviços 32.730 32.730 -- -- Stelo S.A (3) (4) Prestação de Serviços 75.157 56.443 -- -- Merchant E-Solutions, Inc. (3) (4) Prestação de Serviços 1.303.734 445.964 -- -- Sociedades Securitizadoras Ativos S.A. Securitizadora de Créditos Financeiros

(2) Aquisição de Créditos 1.134.413 1.045.981 1.169.689 1.009.091

Companhia Brasileira de Securitização - Cibrasec

(5) Aquisição de Créditos -- --

134.475 74.179

Outras Pessoas Jurídicas BB Elo Cartões Participações S.A. (2) (4) Holding 9.395.954 5.728.570 -- -- Elo Holding Financeira S.A. (2) (4) Holding 228 171 -- -- Farly Participações Ltda. (3) (4) Holding 366.804 350.118 -- --

(1) Instituição Líder.

(2) Controladas.

(3) Controladas em conjunto, incluídas proporcionalmente na consolidação.

(4) Empresas consolidadas a partir de 30.06.2015.

(5) Empresa excluída das demonstrações consolidadas prudenciais de 30.06.2015, conforme determinação do Bacen.

(6) O Banco do Brasil detém o controle compartilhado na Cielo, que por sua vez controla a Cateno. O percentual de participação do Banco na Cateno leva em consideração sua participação direta na BB Elo, bem como a participação indireta na Cielo por meio do BB Banco de Investimento.

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5.3 Composição do Consolidado Econômico-Financeiro

A seguir, relaciona-se o conjunto de instituições incluídas no escopo de consolidação do consolidado econômico-financeiro, segregadas por segmentos de negócios.

Tabela 4 - Composição do Consolidado Econômico-Financeiro

2T15 1T15

R$ mil Atividade

Total de Ativos

Patrimônio Líquido

Total de

Ativos Patrimônio

Líquido Segmento Bancário Banco do Brasil S.A. -Agências no País e no Exterior (1) Bancária 1.503.040.371 78.200.101 1.510.926.199 79.026.033 Banco do Brasil - AG (2) Bancária 65.120.082 941.202 66.794.338 924.480 BB Leasing Company Ltd. (2) Arrendamento 142.006 140.973 146.947 146.941 BB Leasing S.A.- Arrendamento Mercantil (2) Arrendamento 52.770.818 4.059.273 51.321.638 4.042.749 BB Securities Asia Pte. Ltd. (2) Corretora 16.578 15.730 18.380 17.742 Banco do Brasil Securities LLC. (2) Corretora 171.870 170.639 175.966 175.139 BB Securities Ltd. (2) Corretora 514.099 159.402 561.919 163.776 BB USA Holding Company Inc. (2) Holding 779 672 765 695 Brasilian American Merchant Bank (2) Bancária 6.113.844 1.414.596 9.992.917 1.455.640 Banco do Brasil Americas (2) Bancária 875.493 134.385 903.877 145.298 Besc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

(2) Administração de Ativos 7.452 7.180 7.324 7.233

Banco Patagonia S.A. (2) Bancária 17.713.773 2.306.194 16.408.598 2.647.118 Banco Votorantim S.A. (3) Bancária 103.475.851 7.847.067 105.734.915 7.678.712 Segmento Investimentos BB Banco de Investimento S.A. (2) Banco de Investimento 6.294.758 2.858.693 6.061.152 3.191.789 Kepler Weber S.A. (3) Indústria 815.130 471.899 863.904 488.402 Companhia Brasileira de Securitização - Cibrasec (4) (5) Aquisição de Créditos 121.889 74.748 134.475 74.179 Neoenergia S.A. (3) Energia 10.892.742 9.875.390 10.823.733 9.855.146 Segmento Gestão de Recursos BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

(2) Administração de Ativos 961.239 131.633 595.824 311.965

Segmento Seguros, Previdência e Capitalização BB Seguridade Participações S.A. (2) Holding 7.688.188 5.951.310 6.472.821 6.466.178 BB Cor Participações S.A. (2) Holding 790.537 61.767 401.270 401.181 BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A.

(2) Corretora 2.621.456 35.001 2.073.110 389.100

BB Seguros Participações S.A. (2) Holding 6.752.143 5.742.105 5.914.853 5.912.157 BB Mapfre SH1 Participações S.A. (3) Holding 12.466.600 1.897.508 12.084.651 1.610.379 Brasildental Operadora de Planos Odontológicos S.A. (3) Prestação de Serviços 8.498 2.606 3.015 2.052 Companhia de Seguros Aliança do Brasil (3) Seguradora 10.987.957 1.724.947 10.895.700 1.666.068 Mapfre Vida S.A. (3) Seguradora 1.259.550 487.059 1.296.893 496.247 Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (3) Seguradora/Previdência 134.330.981 1.856.307 122.986.990 1.478.428 Brasilcap Capitalização S.A. (3) Capitalização 13.408.516 323.091 12.862.183 258.501 Mapfre BB SH2 Participações S.A. (3) Holding 14.185.850 1.539.371 14.064.914 1.492.371 Aliança do Brasil Seguros S.A. (3) Seguradora 1.306.501 213.030 1.362.715 193.700 Brasilveículos Companhia de Seguros (3) Seguradora 3.459.479 581.869 3.347.489 531.000 Mapfre Seguros Gerais S.A. (3) Seguradora 12.064.074 2.150.066 11.827.869 2.120.237 BB Mapfre Assistência S.A. (3) Prestação de Serviços 11.633 3.444 11.511 2.812 Votorantim Corretora de Seguros S.A. (3) Corretora 178.466 139.586 261.053 101.298 Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação - SBCE

(4) Seguradora 76.658 22.844 75.998 21.715

IRB-Brasil Resseguros S.A. (3) Resseguradora 13.674.544 3.030.868 13.404.588 2.781.464 Segmento Meios de Pagamento BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. (2) Prestação de Serviços 107.446 29.462 104.595 23.861 BB Elo Cartões Participações S.A. (2) Holding 9.395.954 5.728.570 9.162.338 5.534.133 Cateno Gestão de Contas de Pagamento S.A. (3) (6) Prestação de Serviços 12.488.129 12.150.758 12.226.265 12.025.272 Elo Participações S.A. (3) Holding 1.409.301 1.408.487 1.363.043 1.275.013 Companhia Brasileira de Soluções e Serviços CBSS -Alelo

(3) Prestação de Serviços 3.896.384 1.266.851 3.779.654 1.131.377

Elo Serviços S.A. (3) Prestação de Serviços 107.551 56.229 88.008 50.094 Cielo S.A. (3) Prestação de Serviços 22.260.627 5.363.999 21.978.331 4.989.047 Tecnologia Bancária S.A. -Tecban (4) Prestação de Serviços 1.049.487 352.985 949.505 369.135 Outros Segmentos Ativos S.A. Securitizadora de Créditos Financeiros (2) Aquisição de Créditos 1.134.413 1.045.981 1.169.689 1.009.091 Ativos S.A. Gestão de Cobrança e Recuperação de Crédito

(2) Aquisição de Créditos 5 5 5 5

BB Administradora de Consórcios S.A. (2) Consórcio 344.196 167.522 264.629 211.227 BB Tur Viagens e Turismo Ltda. (2) (5) Turismo 44.807 14.058 42.664 13.312 BB Tecnologia e Serviços S.A. (2) Informática 401.829 228.693 403.166 221.899

(1) Instituição Líder. (2) Controladas. (3) Controladas em conjunto incluídas proporcionalmente na consolidação. (4) Coligadas, incluídas proporcionalmente na consolidação conforme determinação do Bacen.

(5) Demonstrações contábeis para consolidação relativas a maio/2015. (6) O Banco do Brasil detém o controle compartilhado na Cielo, que por sua vez controla a Cateno. O percentual de participação do Banco na Cateno leva em consideração sua participação direta na BB Elo, bem como a participação indireta na Cielo por meio do BB Banco de Investimento.

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6 Gerenciamento de Riscos

6.1 Risco de Crédito

6.1.1 Objetivos do Gerenciamento

O gerenciamento do risco de crédito do Conglomerado Prudencial é realizado com base em práticas de mercado e segue as normas de supervisão e de regulação bancária. Objetiva identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar o risco das exposições, contribuir para a manutenção da solidez e da solvência do Banco e garantir o atendimento dos interesses dos acionistas.

O gerenciamento do risco de crédito no Conglomerado envolve a Política de Crédito, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, as estratégias, os processos, os procedimentos e os sistemas de gerenciamento de risco de crédito, conforme a figura abaixo:

Figura 6 - Gerenciamento do risco de crédito

Obs: CA = Conselho de Administração; CSRG = Comitê Superior de Risco Global; CERC = Comitê Executivo de Risco de Crédito; Dicre = Diretoria de Crédito; Dirao = Diretoria de Reestruturação de Ativos; Diris = Diretoria de Gestão de Riscos.

Os principais comitês estratégicos envolvidos na gestão de risco de crédito são:

Conselho de Administração (CA)

O Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil S.A. é o órgão que fixa a orientação geral dos negócios do Banco e de suas subsidiárias e controladas. O CA tem, na forma prevista em lei e no Estatuto, atribuições estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções operacionais ou executivas. A composição e o prazo de gestão do Conselho são definidos no Estatuto Social do Banco. O CA delibera sobre políticas, estratégia corporativa, plano de investimentos, plano diretor e o orçamento geral do Banco.

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Comitê Superior de Risco Global (CSRG):

Finalidades:

· estabelecer estratégia para gestão de riscos de crédito;

· definir limites globais de exposição a risco de crédito;

· aprovar os fatores de riscos que comporão os documentos e relatórios a serem encaminhados a órgãos reguladores e a outras instituições.

Comitê Executivo de Riscos de Crédito (CERC):

Finalidades:

Aprovar:

· a implementação de ações que viabilizem o gerenciamento da carteira de crédito;

· ações e instrumentos mitigadores do risco da carteira de crédito;

· planos de contingência referentes à gestão dos riscos de crédito;

· limites específicos de exposição a riscos de crédito;

· modelos, metodologias, critérios e parâmetros aplicados à gestão dos riscos de crédito; ao processo de cobrança e à recuperação de créditos;

· avaliar o resultado das validações internas e definir, quando necessário, medidas corretivas para os modelos de gestão dos riscos de crédito.

Analisar e propor ao CSRG:

· estratégia para gestão do risco de crédito;

· limites globais de exposição a riscos de crédito.

Acompanhar a(s):

· medidas implementadas para mitigação do risco na gestão da carteira de crédito;

· evolução das Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD), submetendo-as ao conhecimento do CSRG;

· recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê.

Em atendimento à Resolução CMN 3.721/09, foi aprovada a estrutura de gerenciamento do risco de crédito do Banco do Brasil, composta pelo Comitê Superior de Risco Global (CSRG), Comitê Executivo de Risco de Crédito (CERC), Diretoria de Crédito (Dicre), Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais (Dirao), Diretoria de Gestão de Riscos (Diris) e Diretoria de Controladoria (Dirco).

Essa estrutura de gerenciamento do risco de crédito é compatível com a natureza das operações, com a complexidade dos produtos e serviços e proporcional à dimensão da exposição ao risco de crédito incorrido pelo Banco do Brasil.

Tendo em vista que a Diris é a área do Banco responsável pelo gerenciamento global de riscos e não possui qualquer vinculação com administração de recursos de terceiros ou com a realização de operações sujeitas ao risco de crédito, o CA indicou o Diretor de Gestão de Riscos como responsável pelo gerenciamento do risco de crédito do BB perante o Bacen.

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6.1.2 Política de Crédito

A Política de Crédito do Banco do Brasil contém orientações de caráter estratégico que norteiam as ações de gerenciamento do risco de crédito no Conglomerado Prudencial. É aprovada pelo CA e revisada anualmente, aplicando-se a todos os negócios que envolvam risco de crédito e encontra-se disponível para todos os funcionários. Espera-se que as empresas Controladas, Coligadas e Participações definam seus direcionamentos a partir dessas orientações, considerando as necessidades específicas e os aspectos legais e regulamentares a que estão sujeitas.

A Política de Crédito está estruturada em quatro blocos: Aspectos Gerais, Assunção de Risco de Crédito, Cobrança e Recuperação de Crédito e Gerenciamento do Risco de Crédito. Cada bloco contém um conjunto abrangente de enunciados, os quais englobam todas as etapas do gerenciamento do risco de crédito no Banco do Brasil. Abaixo, estão relacionados tópicos importantes abordados na Política de Crédito do Banco do Brasil:

· conceito de risco de crédito

· condições para assunção de risco

· segregação de funções

· orientações para cobrança e recuperação de crédito

· decisões colegiadas

· apetite ao risco

· níveis de provisão e de capital

· limites de risco

· testes de estresse

· classificação de clientes

· planejamento de capital

6.1.3 Estratégias de Gestão

Alinhado aos objetivos do gerenciamento do risco de crédito, o CA aprova a Política de Crédito e a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos do BB, com trânsito prévio no CSRG e no CERC.

As estratégias de gerenciamento do risco de crédito, descritas abaixo, têm o objetivo de orientar as ações em nível operacional:

· aprovação de modelos para gestão do risco de crédito;

· definição de metas de adimplência, recuperação, perda máxima e qualidade da carteira de crédito;

· estabelecimento de limites de risco e de concentração; e

· manutenção de níveis adequados de provisionamento e de capital.

6.1.4 Processos de Gestão de Risco de Crédito

Conforme a estrutura de gerenciamento do risco de crédito do Banco do Brasil, cabe às Diretorias de Crédito (Dicre), de Reestruturação de Ativos Operacionais (Dirao) e de Gestão de Riscos (Diris) operacionalizar as decisões estratégicas aprovadas pelo CA, CSRG e CERC, mantendo as exposições nos níveis de risco estabelecidos pela Alta Administração.

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A Dicre atua com foco nos clientes e nas operações, e seus principais produtos são: cadastro, estudos e informações mercadológicas de setores econômicos, metodologias (de risco, dos componentes de risco e de limites de crédito), análises de risco (clientes, operações, projetos, setores econômicos, países e projetos), monitoramento de metodologias de risco e de componentes de risco de crédito, estudo de operações de investimento e arrendamento mercantil, avaliação e diagnóstico econômico-financeiro de Empresas/Grupos Empresariais, acompanhamento da carteira de crédito e produção de insumos para apreçamento do risco de crédito.

A Dirao atua na condução, cobrança e recuperação de créditos problemáticos, e seus principais produtos são: modelos de classificação de clientes em cobrança e recuperação, estratégias de cobrança e recuperação, indicadores da qualidade da recuperação dos ativos, gestão dos canais de cobrança e recuperação, reescalonamento de dívidas, reestruturação de operações, estabelecimento de pisos negociais e metodologias de condução de créditos problemáticos ou inadimplidos.

A Diris atua com foco no gerenciamento do risco de crédito das posições agregadas, e seus principais produtos são: políticas, limites de risco, modelos de risco de crédito, informações sobre o risco de crédito, indicadores de qualidade da carteira de crédito, alocação de capital em função do risco e controle da exposição ao risco de crédito e testes de estresse.

Figura 7 - Estrutura de gerenciamento do risco de crédito

A validação de modelos e a avaliação dos processos e procedimentos da estrutura de gerenciamento do risco de crédito são realizadas por duas áreas internas, em diferentes momentos, fato que garante segregação de funções e a independência dos trabalhos. A Diretoria de Controles Internos (Dicoi) responde pela validação dos modelos de mensuração dos riscos do Conglomerado Prudencial e pelo sistema de controles internos do Banco. A Auditoria Interna (Audit) efetua avaliações periódicas nos processos de gerenciamento do risco de crédito com a finalidade de verificar se estão

Elaborar estudos e panorama setorial

Analisar clientes e estabelecer limites

Analisar o risco de operações

Criar e monitorar metodologias de risco de crédito

Precificar o risco de crédito

Acompanhar a carteira de crédito em nível de produto

Dicre Gerir o portifolio de operações inadimplidas

Desenvolver modelos e estratégias de condução, cobrança e recuperação de créditos problemáticos

Gerir os canais de cobrança e recuperação

Propor estratégias de ajuizamento de dívidas aos escalões superiores

Gerir o processo de cobrança de créditos inadimplidos

DiraoRevisar a política de crédito

Controlar os limites de exposição agregada;

Apurar o capital regulatório para risco de crédito

Simular cenários de estresse na carteira de crédito

Gerenciar o risco da carteira de crédito

Avaliar o risco de crédito na criação /revitalização de produtos/serviços

Diris

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de acordo com as orientações estratégicas, a política de crédito e as normas internas e regulatórias.

6.1.5 Processos de Comunicação e Informação

A divulgação de informações do risco de crédito constitui-se em processo permanente e contínuo, cujas premissas consideradas na seleção e divulgação de conteúdo das informações são: boas práticas, legislação bancária, necessidades dos usuários, interesses do Banco, confidencialidade e relevância da informação.

A comunicação de informações sobre o gerenciamento do risco de crédito é realizada para clientes internos e externos, conforme os processos a seguir:

6.1.5.1 Processo de comunicação para clientes internos

As áreas operacionais da estrutura de gerenciamento do risco de crédito comunicam permanentemente aos escalões superiores a exposição ao risco, para fins de acompanhamento das ações de gestão e tomada de decisão pela Alta Administração.

O processo de comunicação envolve diversos relatórios para reporte do gerenciamento do risco de crédito, os quais são produzidos periodicamente a partir das análises realizadas pelos profissionais das áreas e evidenciam o risco de crédito de todas as exposições ou de determinados portfólios. Exemplos de relatórios seguem abaixo:

· Apresentação da Carteira de Crédito BB x Sistema Financeiro Nacional;

· Comparativo Carteira de Crédito BB x principais concorrentes;

· Painel de Risco de Crédito; e

· Testes de Estresse.

6.1.5.2 Processo de comunicação para clientes externos

As áreas operacionais da estrutura de gerenciamento do risco de crédito produzem as informações destinadas ao público externo e encaminham para a Unidade de Relações com Investidores (URI) que, como prática de transparência, divulga estas informações para o mercado, permitindo aos investidores e partes interessadas acompanhar as ações de gerenciamento de risco, a evolução do risco de crédito e avaliar a suficiência de capital do Banco para cobertura dos riscos.

As informações destinadas ao público externo são disponibilizadas em local de acesso público e de fácil localização no sítio do Banco na internet. São publicadas informações nos seguintes documentos:

· Relatório de Análise de Desempenho;

· Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis; e

· Relatório Anual.

6.1.6 Mensuração

A mensuração do risco de crédito é realizada por meio de diversos indicadores: inadimplência, atraso, qualidade da carteira, provisão para devedores duvidosos, concentração e exigência de capital regulatório, entre outras.

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A quantidade e a natureza das operações, a diversidade e a complexidade dos produtos e serviços e o volume exposto ao risco de crédito exigem que a mensuração do risco de crédito no Banco do Brasil seja realizada de forma sistematizada. O Banco possui infraestrutura de bases de dados e de sistemas corporativos suficientes para efetuar a mensuração do risco de crédito de forma abrangente. Destacam-se abaixo importantes mecanismos de gestão de risco de crédito.

6.1.6.1 Concentração

O Banco desenvolveu e implementou sistemática de mensuração e acompanhamento da concentração do risco de crédito na carteira de pessoas jurídicas. O modelo é baseado no Índice de Herfindahl, que avalia a concentração a partir do risco de crédito dos tomadores e considera a interrelação entre os diversos setores econômicos que compõem a carteira de crédito de pessoas jurídicas.

6.1.6.2 Exigência de Capital Regulatório

O Banco mensura a exigência de capital regulatório para cobertura do risco de crédito por meio da Abordagem Padronizada, cujos procedimentos para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referentes às exposições ao risco de crédito (RWACPAD) foram divulgados pelo Bacen por meio da Circular 3.644/13.

Esses procedimentos foram implementados em sistema proprietário que efetua a mensuração do capital exigido, permitindo a avaliação tempestiva da solvência do Banco, conforme as normas do Regulador. O Banco utiliza informações do Capital Regulatório para avaliar a eficiência da alocação e o planejamento de capital.

6.1.7 Política de Mitigação de Risco

O Banco do Brasil é conservador em relação ao risco de crédito. Na realização de qualquer negócio sujeito ao risco de crédito, o Banco adota como regra geral a vinculação de mecanismo que proporcione a cobertura total ou parcial do risco incorrido. No gerenciamento do risco de crédito em nível agregado, para manter as exposições dentro dos níveis de risco estabelecidos pela Alta Administração, o Banco tem a prerrogativa de transferir ou compartilhar o risco de crédito.

A utilização de instrumentos mitigadores do risco de crédito está declarada na Política de Crédito, presente nas decisões estratégicas e formalizada nas normas de crédito, atingindo todos os níveis da organização e abrangendo todas as etapas do gerenciamento do risco de crédito.

As normas de crédito orientam as unidades operacionais de forma clara e abrangente, abordando, entre outros aspectos, a classificação, exigência, escolha, avaliação, formalização, controle e reforço de garantias, assegurando a adequação e suficiência do mitigador durante todo o ciclo da operação.

6.1.8 Processos de Monitoramento da Efetividade dos Mitigadores

O monitoramento da efetividade dos mitigadores faz parte do gerenciamento do risco de crédito do Banco. São exemplos: o acompanhamento das exposições sujeitas ao risco de crédito, a classificação de risco das operações de crédito, a gestão do capital e a cobrança e recuperação de créditos.

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Os processos de acompanhamento das exposições sujeitas ao risco de crédito e de classificação de risco das operações de crédito produzem informações importantes para verificar a efetividade dos instrumentos mitigadores. O baixo índice de inadimplência observado em determinados segmentos da carteira de crédito e o menor nível de provisionamento em determinadas operações podem ser explicados pela existência de garantias vinculadas às exposições, reduzindo o risco de crédito e a necessidade de capital para sua cobertura.

6.1.9 Exposição ao Risco de Crédito

A tabela abaixo apresenta os níveis de concentração dos dez maiores clientes em relação ao total de operações com característica de concessão de crédito.

Tabela 5 - Concentração dos dez e dos cem maiores clientes em relação ao total de operações com característica de concessão de crédito

1º ao 10º 1º ao 100º

2T15 11,7% 25,8%

1T15 11,4% 25,7%

4T14 10,2% 24,2%

3T14 10,4% 24,3%

2T14 9,6% 23,2%

1T14 10,6% 23,8%

4T13 10,7% 23,8%

3T13 10,4% 23,4%

A seguir, apresenta-se a exposição média ao risco de crédito das carteiras de pessoas físicas (PF) e jurídicas (PJ).

Tabela 6 - Exposição média ao risco de crédito R$ milhões 2T15 1T15 4T14 Tipo de Exposição Saldo * Saldo Médio Saldo * Saldo Médio Saldo * Saldo Médio

Pessoa Física Agronegócio 122.204 40.735 119.912 39.971 119.414 39.805 Imobiliário 32.978 10.993 30.539 10.180 28.645 9.548 Consignado 61.087 20.362 59.863 19.954 58.843 19.614 Veículo 9.498 3.166 10.164 3.388 10.608 3.536 Cartão 68.423 22.808 67.624 22.541 67.311 22.437 Outros 51.223 17.074 49.571 16.524 48.603 16.201 Total PF 345.413 115.138 337.674 112.558 333.424 111.141

Pessoa Jurídica - - Agronegócio 48.868 16.289 45.815 15.272 48.038 16.013 Investimentos 92.020 30.673 93.115 31.038 90.552 30.184 Import/Export. 18.211 6.070 16.530 5.510 16.505 5.502 Capital de Giro 229.026 76.342 234.454 78.151 229.541 76.514 Outros 169.284 56.428 173.047 57.682 165.889 55.296 Total PJ 557.409 185.803 562.960 187.653 550.526 183.509 Total 902.821 300.940 900.634 300.211 883.950 294.650 * Contém Carteira Interna BB e Créditos a liberar

Na próxima tabela, destaca-se a exposição ao risco de crédito da carteira de pessoas jurídicas (PJ), segregada por regiões geográficas no Brasil.

32

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 7 - Exposição ao risco de crédito PJ por regiões geográficas

R$ milhões 2T15

Região Agronegócio Investimento Import/Export. Capital de Giro Outros

Centro-Oeste 1.391 24.328 331 17.402 6.847

Nordeste 289 4.646 289 17.169 9.949

Norte 101 3.799 64 6.659 2.650

Sudeste 39.540 41.025 14.638 144.098 96.259

Sul 7.547 12.758 2.880 28.679 13.475

Exterior - 5.464 8 15.020 40.104

Total 48.868 92.020 18.211 229.026 169.284

R$ milhões 1T15

Região Agronegócio Investimento Import/Export. Capital de Giro Outros

Centro-Oeste 1.256 23.237 229 17.931 7.161

Nordeste 296 4.849 231 17.846 10.465

Norte 139 3.913 56 6.883 2.555

Sudeste 36.932 41.902 13.674 145.677 96.847

Sul 7.010 13.460 2.332 29.927 13.464

Exterior - 5.936 9 16.190 42.556

Total 45.633 93.297 16.530 234.454 173.047

R$ milhões 4T14

Região Agronegócio Investimento Import/Export. Capital de Giro Outros

Centro-Oeste 1.559 22.600 257 17.960 7.050

Nordeste 368 4.735 532 17.965 10.202

Norte 142 3.989 45 6.877 2.464

Sudeste 38.349 40.707 13.249 142.074 96.339

Sul 7.600 13.376 2.413 30.873 12.992

Exterior - 5.166 9 13.792 36.843

Total 48.018 90.572 16.505 229.541 165.889

A tabela seguinte apresenta a exposição ao risco de crédito da carteira de pessoas físicas (PF), segregada por regiões geográficas no Brasil.

33

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 8 - Exposição ao risco de crédito PF por regiões geográficas

R$ milhões 2T15

Região Agronegócio Imobiliário Consignado Veículo Cartão de Crédito Outros

Centro-Oeste 28.884 5.716 6.363 1.445 10.082 5.768

Nordeste 8.342 5.516 15.156 2.250 12.052 9.154

Norte 6.297 1.145 4.748 833 3.591 2.990

Sudeste 38.244 14.828 29.317 3.143 30.413 23.750

Sul 40.436 5.773 5.502 1.829 12.286 8.497

Exterior - - - - - 1.064

Total 122.204 32.978 61.087 9.498 68.423 51.223

R$ milhões 1T15

Região Agronegócio Imobiliário Consignado Veículo Cartão de Crédito Outros

Centro-Oeste 28.727 5.230 6.182 1.512 9.931 5.542

Nordeste 8.022 4.865 14.753 2.342 11.881 8.714

Norte 6.134 1.041 4.635 851 3.515 2.744

Sudeste 37.312 13.921 28.971 3.321 30.118 23.026

Sul 39.898 5.482 5.322 1.955 12.179 8.356

Exterior - - - - - 1.189

Total 120.094 30.539 59.863 9.982 67.624 49.571

R$ milhões 4T14

Região Agronegócio Imobiliário Consignado Veículo Cartão de Crédito Outros

Centro-Oeste 28.457 4.865 5.999 1.600 9.871 5.526

Nordeste 7.990 4.338 14.377 2.472 11.813 8.542

Norte 5.882 977 4.526 880 3.502 2.663

Sudeste 37.143 13.194 28.730 3.539 30.017 22.610

Sul 39.962 5.271 5.211 2.097 12.107 8.335

Exterior - - - - - 928

Total 119.434 28.645 58.843 10.588 67.311 48.603

Na próxima tabela, apresenta-se a evolução da exposição total ao risco de crédito, segregada por setor econômico.

34

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 9 - Exposição ao risco de crédito do Conglomerado Prudencial, por setor econômico

R$ milhões 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14

Administração Pública 40.452 41.646 36.937 35.264 32.692

Agronegócio de Origem Animal 16.452 15.138 16.280 15.560 15.640

Agronegócio de Origem Vegetal 39.748 40.414 40.731 40.749 39.864

Atividades Específicas da Construção 18.013 18.631 19.081 18.451 19.165

Automotivo 36.013 35.084 34.216 34.373 34.840

Bebidas 2.498 2.124 2.128 2.066 3.041

Comércio Atacadista e Industrias Diversas 9.539 10.407 10.606 10.033 9.996

Comércio Varejista 25.038 26.501 25.370 24.572 24.757

Construção Pesada 9.980 10.380 10.687 9.709 9.517

Couro e Calçados 4.163 4.187 4.235 4.161 4.031

Demais Atividades 1.124 772 729 2.339 2.252

Eletroeletrônico 12.785 13.364 14.499 14.066 13.946

Energia Elétrica 41.654 41.091 38.774 36.767 34.531

Imobiliário 29.981 29.522 29.066 27.578 26.058

Instituições e Serviços Financeiros 30.765 33.528 31.967 30.763 29.462

Insumos Agrícolas 13.320 13.555 13.310 12.292 12.163

Madeireiro e Moveleiro 8.807 8.985 9.069 8.679 8.757

Metalurgia e Siderurgia 46.798 48.520 46.926 45.377 44.823

Papel e Celulose 12.126 12.636 12.412 12.193 12.207

Petroleiro 51.297 49.627 46.605 47.166 46.603

Químico 14.199 14.400 14.257 14.075 14.555

Serviços 32.851 32.029 33.062 33.493 33.109

Telecomunicações 9.155 10.134 11.056 11.044 11.191

Textil e Confecções 15.619 15.917 16.548 16.212 16.232

Transportes 35.029 34.366 31.974 30.604 29.297

Pessoa Física 345.413 337.674 333.424 320.940 316.794

Total(1) 902.821 900.634 883.950 858.527 845.524

(1) Contém Carteira Interna BB e Créditos a liberar

Na tabela seguinte, demonstra-se a evolução da exposição total ao risco de crédito, segregada por setor econômico e carteiras de crédito (PJ).

35

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 10 - Exposição ao risco de crédito por setor econômico e carteiras – 2T15

2T15

Agronegócios Investimento Import/Export Capital de Giro Outros

R$ milhões

Administração Pública 0,01 9.205 0 30.726 521 Agronegócio de Origem Animal

5.744,19 1.318,23 2.136,32 4.727,89 2.525,64

Agronegócio de Origem Vegetal

13.196,79 6.697,00 5.084,28 9.287,43 5.482,12

Atividades Específicas da Construção

169,67 3.574,72 343,67 7.112,16 6.812,35

Automotivo 234,92 6.230,00 2.726,64 15.811,78 11.010,01

Bebidas 135,64 363,54 319,73 1.060,71 618,86 Comércio Atacadista e Industrias Diversas

803,51 1.092,73 169,27 5.145,30 2.328,07

Comércio Varejista 911,06 2.008,52 24,21 12.549,95 9.543,78

Construção Pesada 0,76 1.058,18 18,93 3.562,13 5.339,72

Couro e Calçados 313,37 398,15 2.105,45 1.346,44

Demais Atividades 1,76 8,66 1.113,65

Eletroeletrônico 1.147,68 414,02 5.816,68 5.407,03

Energia Elétrica 3.394,31 7.628,23 28,87 18.962,94 11.640,10

Imobiliário 21,67 1.093,71 0,30 6.368,57 22.496,93 Instituições e Serviços Financeiros

579,28 66,86 8,38 1.526,86 28.583,41

Insumos Agrícolas 2.272,30 1.628,68 910,20 3.820,71 4.688,35

Madeireiro e Moveleiro 789,76 1.330,52 262,20 4.245,89 2.179,11

Metalurgia e Siderurgia 3.579,32 3.106,95 3.545,31 24.125,70 12.441,11

Papel e Celulose 2.362,24 1.118,12 378,56 5.440,30 2.826,90

Petroleiro 13.227,37 3.679,78 586,29 20.746,27 13.057,61

Químico 111,99 1.588,91 324,62 7.004,06 5.169,36

Serviços 136,41 6.255,09 209,89 17.226,42 9.023,41

Telecomunicações 144,69 78,68 4.527,42 4.404,18

Textil e Confecções 627,77 1.377,08 137,33 8.314,65 5.162,53

Transportes 576,57 15.098,21 104,69 6.425,26 12.823,81

Total(1) 48.875,52 77.127,64 18.210,69 226.649,61 186.545,17

(1) Contém Carteira Interna BB e Créditos a liberar

36

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 11 - Exposição ao risco de crédito por setor econômico e carteiras – 1T15

1T15

Agronegócios Investimento Import/Export Capital de Giro Outros

R$ milhões

Administração Pública 0,01 9.568 0 31.553 525

Agronegócio de Origem Animal 5.276,60 1.334,00 1.254,48 5.107,86 2.165,37

Agronegócio de Origem Vegetal 13.426,01 7.027,82 3.721,49 10.413,53 5.824,97

Atividades Específicas da Construção

195,02 3.697,29 301,63 7.364,33 7.072,81

Automotivo 250,63 6.289,64 3.027,13 14.049,54 11.467,19

Bebidas 124,67 383,05 267,08 678,54 670,19

Comércio Atacadista e Industrias Diversas

977,52 1.229,70 156,99 5.324,31 2.718,09

Comércio Varejista 1.342,44 2.069,12 34,37 12.887,16 10.168,07

Construção Pesada 1,09 1.113,35 18,72 3.766,24 5.481,03

Couro e Calçados - 333,93 346,36 2.177,48 1.329,50

Demais Atividades 54,14 4,33 2,13 21,48 690,04

Eletroeletrônico 0,42 1.277,06 422,50 5.984,25 5.680,03

Energia Elétrica 3.799,16 7.623,87 29,71 17.292,79 12.345,88

Imobiliário 21,24 1.128,59 - 7.035,54 21.336,99

Instituições e Serviços Financeiros

524,29 517,64 8,66 2.907,81 29.569,60

Insumos Agrícolas 2.069,44 1.589,10 1.070,92 3.966,91 4.858,26

Madeireiro e Moveleiro 859,85 1.363,67 228,10 4.323,29 2.210,31

Metalurgia e Siderurgia 3.523,82 3.254,17 3.952,90 25.056,05 12.733,07

Papel e Celulose 2.558,37 1.175,55 330,22 5.593,93 2.978,39

Petroleiro 9.298,95 4.235,10 541,92 21.507,90 14.043,00

Químico 75,39 1.650,83 247,06 7.122,98 5.303,69

Serviços 141,21 5.993,00 206,24 16.588,69 9.099,46

Telecomunicações - 161,62 78,73 5.409,73 4.484,30

Textil e Confecções 552,88 1.456,56 146,92 8.567,15 5.193,57

Transportes 592,44 15.133,68 135,18 6.889,21 11.615,82

Total(1) 45.665,59 79.610,32 16.529,77 231.589,97 189.564,15

(1) Contém Carteira Interna BB e Créditos a liberar

37

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 12 - Exposição ao risco de crédito por setor econômico e carteiras – 4T14

4T14

Agronegócios Investimento Import/Export Capital de Giro Outros

R$ milhões

Administração Pública 0,01 9.592,27 0,21 26.899,56 444,49

Agronegócio de Origem Animal 6.047,92 1.324,01 1.414,16 5.454,02 2.039,94 Agronegócio de Origem Vegetal

14.507,84 6.273,99 3.667,74 10.216,38 6.065,50

Atividades Específicas da Construção

170,15 3.654,16 362,27 7.627,52 7.266,42

Automotivo 359,08 5.700,35 3.264,72 14.297,11 10.595,05

Bebidas 127,16 404,99 234,72 706,37 655,08 Comércio Atacadista e Industrias Diversas

1.257,88 1.166,41 183,15 5.520,01 2.479,02

Comércio Varejista 1.544,95 2.091,82 50,87 12.892,63 8.789,51

Construção Pesada 1,07 1.189,77 18,98 4.171,91 5.305,04

Couro e Calçados - 331,74 378,58 2.255,20 1.269,43

Demais Atividades 51,73 2,50 1,14 10,87 662,85

Eletroeletrônico 2,69 1.189,29 444,49 6.524,45 6.337,91

Energia Elétrica 3.921,51 7.762,64 23,93 14.620,68 12.445,06

Imobiliário 21,17 877,69 0,26 7.296,73 20.870,27 Instituições e Serviços Financeiros

623,86 910,88 8,77 2.261,72 28.162,20

Insumos Agrícolas 2.239,62 1.532,69 1.071,89 4.097,69 4.368,09

Madeireiro e Moveleiro 904,27 1.343,98 222,61 4.448,49 2.149,67

Metalurgia e Siderurgia 3.448,61 3.259,57 3.653,42 24.924,98 11.639,00

Papel e Celulose 2.547,76 1.164,18 358,78 5.469,67 2.871,64

Petroleiro 9.120,58 4.160,00 288,26 20.565,61 12.470,96

Químico 85,42 1.641,77 197,44 7.221,71 5.110,90

Serviços 140,98 6.019,06 202,08 17.473,17 9.226,87

Telecomunicações - 162,00 78,93 5.340,31 5.474,65

Textil e Confecções 617,95 1.468,42 198,35 8.943,70 5.320,05

Transportes 577,32 13.757,20 179,71 6.786,15 10.673,41

Total(1) 48.319,52 76.981,38 16.505,46 226.026,62 182.693,02

(1) Contém Carteira Interna BB e Créditos a liberar

A próxima tabela apresenta a exposição ao risco de crédito das carteiras de pessoas físicas (PF) e jurídicas (PJ), segregadas pelo prazo a decorrer das operações.

Tabela 13 - Exposição ao risco de crédito PF e PJ por prazo a decorrer das operações– 2T15

R$ milhões 2T15

Tipo de Exposição até 6 meses 6 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Acima de 5 anos

Agro PF 28.828 15.435 25.442 52.499

PF Cartão de Credito 17.744 439 708 49.532

PF Consignado 448 1.109 29.465 30.065

PF Imobiliário 29 5 284 32.660

PF Veículos 221 523 8.513 242

PF Outros 9.732 13.619 18.441 9.430

Total PF 57.001 31.130 82.854 174.428

Agro PJ 9.352 6.129 16.769 16.619

PJ Capital de Giro 55.393 16.104 109.232 48.296

PJ Importação e Exportação 11.371 5.962 878 -

PJ Investimento 5.491 2.902 28.935 54.691

PJ Outros 43.115 15.692 82.576 27.901

Total PJ 124.721 46.789 238.391 147.507

Total 181.723 77.919 321.244 321.935

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 14 - Exposição ao risco de crédito PF e PJ por prazo a decorrer das operações– 1T15

R$ milhões 1T15

Tipo de Exposição até 6 meses 6 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Acima de 5 anos

Agro PF 19.822 23.010 25.027 52.053

PF Cartão de Credito 17.917 469 430 48.808

PF Consignado 433 1.082 30.365 27.983

PF Imobiliário 19 4 276 30.240

PF Veículos 222 549 9.139 253

PF Outros 10.149 13.004 18.078 8.339

Total PF 48.561 38.119 83.316 167.677

Agro PJ 10.891 5.346 17.543 12.036

PJ Capital de Giro 59.543 17.077 102.637 55.197

PJ Importação e Exportação 10.720 4.365 1.445 -

PJ Investimento 6.287 3.229 27.903 55.695

PJ Outros 51.041 13.726 84.038 24.241

Total PJ 138.482 43.742 233.566 147.170

Total 187.043 81.861 316.882 314.847

Tabela 15 - Exposição ao risco de crédito PF e PJ por prazo a decorrer das operações– 4T14

R$ milhões 4T14

Tipo de Exposição até 6 meses 6 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Acima de 5 anos

Agro PF 15.521 26.159 26.949 50.786

PF Cartão de Credito 16.463 860 170 49.818

PF Consignado 435 1.115 31.803 25.490

PF Imobiliário 19 4 270 28.352

PF Veículos 202 645 9.506 254

PF Outros 10.688 11.153 18.883 7.879

Total PF 43.329 39.935 87.581 162.579

Agro PJ 11.553 7.359 18.503 10.623

PJ Capital de Giro 54.754 17.679 105.157 51.951

PJ Importação e Exportação 9.811 4.470 2.206 18

PJ Investimento 5.304 2.987 26.914 55.347

PJ Outros 42.294 11.824 85.043 26.728

Total PJ 123.717 44.320 237.823 144.667

Total 167.045 84.255 325.404 307.246

A tabela seguinte apresenta o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo, segregado por regiões geográficas no Brasil.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 16 - Montante das operações em atraso por regiões geográficas R$ milhões 2T15 Região 15 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Centro-Oeste 996,45 316,21 774,12 808,11 65,85 Nordeste 1.118,72 382,46 928,38 1.043,98 83,34 Norte 376,44 124,91 304,98 368,10 35,65 Sudeste 2.739,38 1.382,21 2.973,49 3.100,16 331,64 Sul 1.126,99 443,11 1.015,91 1.278,20 107,42 Exterior 3,49 42,37 6,87 7,55 169,99 TOTAL 6.361,47 2.691,28 6.003,76 6.606,11 793,90 R$ milhões 1T15 Região 15 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Centro-Oeste 1.206,65 367,21 634,17 783,96 81,23 Nordeste 1.290,37 416,23 743,05 1.056,44 91,94 Norte 465,02 159,73 288,89 376,26 33,74 Sudeste 4.023,64 1.443,57 2.580,86 3.292,06 305,67 Sul 1.334,82 476,02 1.040,45 1.340,67 105,15 Exterior 3.512,46 6,50 16,22 3,97 176,89 TOTAL 11.832,96 2.869,27 5.303,64 6.853,37 794,62 R$ milhões 4T14 Região 15 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Centro-Oeste 804,45 220,51 604,11 797,53 68,95 Nordeste 915,88 307,95 743,87 1.033,54 120,37 Norte 348,43 100,10 282,96 390,31 35,54 Sudeste 2.531,43 993,52 2.336,08 3.641,19 338,66 Sul 1.205,06 365,53 1.025,63 1.211,71 140,88 Exterior 10,29 0,00 - 0,00 26,86 TOTAL 5.815,54 1.987,60 4.992,64 7.074,29 731,27

A seguir, evidencia-se o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo do conglomerado prudencial, segregado por setor econômico.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 17 - Montante de operações em atraso, segregado por setor econômico – 2T15

R$ milhões 2T15 Setor Econômico 15 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias

Administração Pública 0,25 0,27 0,01 0,49 0,00 Agronegócio de Origem Animal 101,27 55,36 49,58 64,63 6,86 Agronegócio de Origem Vegetal 255,04 306,68 330,51 218,96 99,31 Atividades Específicas da Construção 275,86 106,18 248,21 230,60 14,84 Automotivo 211,66 101,72 251,28 287,38 16,26 Bebidas 8,89 3,92 8,62 5,48 0,13 Comércio Atacadista e Indústrias Diversas 95,63 61,17 151,50 152,17 6,10 Comércio varejista 283,00 147,47 338,63 464,24 18,45 Construção Pesada 124,67 33,63 151,65 80,98 8,90 Couro e Calçados 45,46 23,78 55,50 69,86 2,64 Demais Atividades 0,91 0,57 0,06 0,19 0,00 Eletroeletrônico 116,98 64,86 158,57 196,59 11,11 Energia Elétrica 4,65 4,21 11,79 47,47 0,66 Imobiliário 203,31 99,15 171,60 170,81 10,98 Instituições e Serviços Financeiros 9,77 24,95 6,71 4,31 0,24 Insumos Agrícolas 58,56 55,58 86,37 100,69 3,22 Madeireiro e Moveleiro 126,06 58,70 148,81 150,92 6,98 Metalurgia e Siderurgia 276,33 81,03 241,66 225,21 17,31 Papel e Celulose 58,54 22,52 59,39 73,48 5,02 Petroleiro 127,39 48,92 144,35 156,86 5,77 Químico 85,37 47,98 132,71 135,03 7,33 Serviços 415,59 198,58 466,35 498,35 44,01 Telecomunicações 21,88 18,40 22,79 33,65 0,96 Textil e Confecções 184,91 142,48 247,85 298,70 29,41 Transportes 280,64 101,64 263,78 219,66 98,73 Total 3.372,61 1.809,72 3.748,28 3.886,71 415,23

Tabela 18 - Montante de operações em atraso, segregado por setor econômico – 1T15

R$ milhões 1T15

Setor Econômico 15 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Administração Pública 2,64 0,58 6,42 8,15 0,53 Agronegócio de Origem Animal 51,81 75,67 34,27 69,28 3,75 Agronegócio de Origem Vegetal 638,70 172,84 70,94 267,43 108,07 Atividades Específicas da Construção 294,13 263,38 129,12 180,27 18,32 Automotivo 268,34 410,26 125,84 220,96 15,30 Bebidas 9,15 22,56 7,97 8,00 1,02 Comércio Atacadista e Indústrias Diversas 144,66 136,68 64,61 120,98 4,51 Comércio varejista 395,71 484,72 158,34 342,93 19,96 Construção Pesada 179,24 58,21 156,48 85,96 4,89 Couro e Calçados 47,78 69,66 24,49 49,66 3,32 Demais Atividades 0,70 1,00 0,31 0,28 - Eletroeletrônico 222,82 230,21 69,08 139,64 11,25 Energia Elétrica 41,55 51,90 10,70 3,19 1,02 Imobiliário 289,79 209,83 142,64 186,26 5,45 Instituições e Serviços Financeiros 2,65 5,66 0,48 3,09 0,05 Insumos Agrícolas 78,32 103,94 49,26 54,49 20,91 Madeireiro e Moveleiro 171,92 174,78 77,06 108,62 14,26 Metalurgia e Siderurgia 303,64 412,33 87,93 203,11 39,71 Papel e Celulose 81,02 99,29 40,17 63,38 2,71 Petroleiro 3.762,69 192,43 73,69 95,85 6,53 Químico 137,46 159,72 68,37 100,07 6,44 Serviços 617,42 607,37 231,03 373,69 35,49 Telecomunicações 29,24 51,97 10,31 24,04 6,17 Têxtil e Confecções 271,36 325,95 117,56 213,91 26,13 Transportes 397,01 243,83 144,93 181,69 98,62 Total 8.439,75 4.564,77 1.902,00 3.104,93 454,41

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 19 - Montante de operações em atraso, segregado por setor econômico – 4T14 R$ milhões 4T14

Setor Econômico 15 a 60 dias 61 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias Acima de 360 dias Administração Pública 7,70 - 0,60 0,10 1,10 Agronegócio de Origem Animal 166,60 29,70 49,70 79,10 19,00 Agronegócio de Origem Vegetal 175,30 135,70 182,50 267,00 23,00 Atividades Específicas da Construção 171,10 72,80 185,30 259,40 24,50 Automotivo 196,00 94,30 259,10 389,90 11,70 Bebidas 4,40 5,80 5,00 19,00 1,00 Comércio Atacadista e Indústrias Diversas 88,80 41,70 85,00 136,90 24,00 Comércio varejista 327,30 111,30 314,10 485,70 20,00 Construção Pesada 89,20 23,00 56,20 92,60 6,60 Couro e Calçados 42,10 13,20 40,20 74,70 2,80 Demais Atividades 0,10 0,20 0,50 0,50 - Eletroeletrônico 119,80 42,10 146,00 233,40 9,40 Energia Elétrica 2,70 0,60 48,00 7,70 - Imobiliário 178,10 50,90 171,90 236,20 5,50 Instituições e Serviços Financeiros 4,50 1,40 2,80 4,60 0,10 Insumos Agrícolas 41,60 17,70 71,20 77,60 22,00 Madeireiro e Moveleiro 112,10 42,40 114,00 215,60 16,30 Metalurgia e Siderurgia 253,30 79,30 242,30 407,40 31,10 Papel e Celulose 55,70 21,20 52,90 93,00 8,70 Petroleiro 92,00 33,40 128,40 156,10 8,80 Químico 92,60 33,50 116,40 157,40 7,40 Serviços 389,20 136,90 364,90 676,10 28,30 Telecomunicações 16,50 11,70 28,60 50,70 6,40 Têxtil e Confecções 180,60 70,40 216,50 353,80 13,90 Transportes 207,40 58,40 156,30 251,30 12,40 Total 3.014,70 1.127,60 3.038,40 4.725,80 304,00

A próxima tabela apresenta o fluxo de operações baixadas para prejuízo, segmentado por setor econômico.

Tabela 20 - Operações baixadas para prejuízo por setor econômico. R$ milhões 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Setor Econômico (Ingresso) Administração Pública 0,05 0,6 0,22 0,02 0,01 Agronegócio De Origem Animal 62,53 26,51 22,31 30,29 77,28 Agronegócio De Origem Vegetal 190,00 236,95 175,78 87,03 157,40 Atividades Especificas Da Construção 151,30 176,29 101,88 101,67 118,69 Automotivo 277,13 182,31 146,68 131,95 134,76 Bebidas 24,38 1,08 4,47 6,88 7,68 Comercio Atacadista E Industrias Diversas 77,13 72,34 53,43 44,70 61,07 Comercio Varejista 253,78 232,94 139,71 134,01 139,91 Demais Atividades 11,44 7,37 5,50 23,16 1,48 Construção Pesada 38,30 76,35 91,21 128,22 51,70 Couro E Calcados 42,36 38,16 47,33 21,82 26,72 Eletroeletrônico 132,52 122,01 97,13 83,28 112,26 Energia Elétrica 3,58 1,96 1,57 0,72 0,98 Imobiliário 145,47 143,1 69,73 101,86 90,70 Insumos Agrícolas 66,10 37,25 39,19 43,48 22,76 Madeireiro E Moveleiro 105,78 125,27 104,85 58,55 73,31 Metalurgia E Siderurgia 301,05 183,99 114,04 133,87 154,58 Papel E Celulose 64,50 43,89 31,12 49,25 45,33 Petroleiro 112,76 76,49 80,42 62,88 49,47 Químico 92,71 93,34 74,13 57,28 46,63 Serviços 339,63 342,75 234,16 217,95 197,53 Telecomunicações 42,31 23,03 13,41 12,24 13,80 Têxteis E Confecções 179,97 191,94 143,87 152,40 122,66 Transporte 150,54 119,14 89,52 89,57 66,61 Total 2.865,32 2.555,06 1.881,68 1.773,08 1.773,32 Outros Pessoa física 1.542,34 1.538,07 1.467,92 1.480,96 1.759,01 Total 4.407,66 4.093,13 3.349,59 3.254,04 3.532,33

A tabela seguinte apresenta o montante de provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), segmentado por setor econômico e sua variação trimestral.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 21 - Total de PCLD no trimestre e variações. R$ milhões Setor Econômico *Var. Trimestral (%) 2T15 1T15 4T14 Administração Pública (1,01) 4,59 5,60 6,03 Agronegócio de Origem Animal 49,19 379,29 330,10 292,95 Agronegócio de Origem Vegetal 112,19 1.656,87 1.544,68 1.491,79 Atividades Específicas da Construção 94,23 714,82 620,59 630,61 Automotivo (50,45) 746,73 797,18 770,62 Bebidas (17,81) 26,38 44,19 37,25 Comércio Atacadista e Industrias Diversas 91,19 471,09 379,90 351,32 Comércio Varejista 60,82 971,37 910,55 902,76 Construção Pesada 45,70 575,72 530,02 400,97 Couro e Calçados 21,97 163,14 141,17 138,21 Demais Atividades (278,53) 1,06 279,59 1,61 Eletroeletrônico 27,61 515,75 488,14 503,41 Energia Elétrica (58,81) 140,29 199,10 157,90 Imobiliário 91,98 817,95 725,97 643,06 Instituições e Serviços Financeiros (7,95) 258,00 265,95 239,29 Insumos Agrícolas 29,72 333,35 303,63 260,93 Madeireiro e Moveleiro 40,44 417,83 377,39 394,17 Metalurgia e Siderurgia 33,51 943,36 909,85 941,17 Papel e Celulose (5,72) 201,01 206,73 201,38 Petroleiro 416,48 898,74 482,26 421,54 Químico 16,97 362,88 345,91 321,96 Serviços 125,83 1.411,53 1.285,70 1.235,95 Telecomunicações (0,63) 109,08 109,71 100,07 Têxtil e Confecções 53,29 758,56 705,27 689,10 Transportes 243,84 1.008,00 764,16 644,50 TOTAL 1.134,05 13.887,39 12.753,34 11.778,52

* Variação referente ao 4T14.

Destaca-se, a seguir, a evolução das exposições ao risco de crédito, observadas as definições da Circular Bacen 3.644/13, segmentadas por Fator de Ponderação de Risco (FPR), juntamente com a exposição média nos trimestres.

Tabela 22 - Exposição ao risco de crédito por FPR

R$ mil Exposição por FPR 2T15(3) 1T15(3) 4T14 3T14 2T14 FPR 0% 122.526 318.574 291.704 428.562 401.555 FPR 20% 862.847 782.019 682.264 711.291 753.081 FPR 35% 27.969.776 25.573.560 24.127.350 21.906.012 19.838.582 FPR 50% 13.893.193 13.451.805 11.405.370 10.749.561 6.953.595 FPR 75% 268.399.817 265.931.221 265.719.692 259.537.233 163.979.017 FPR 85% 209.703.156 210.216.529 200.625.913 191.385.452 170.576.198 FPR 100% 138.583.055 147.341.130 143.611.142 139.372.312 208.886.832 FPR 150%(2) - - - - 39.486.931 FPR 300%(2) - - - - 6.043.228 Total(1) 659.534.370 663.614.840 646.463.436 624.090.424 616.919.019 Exposição Média do Trimestre(1) 660.103.802 652.610.580 636.882.557 618.049.055 610.841.197 (1) Contempla operações de crédito, arrendamento mercantil, limite de crédito após aplicação do fator de conversão, créditos a liberar e prestação de garantias. (2) FPR extinto para as operações destinadas à pessoa física, a partir da data-base de ago/14, conforme Circular Bacen 3.714. (3) Conforme Resolução CMN nº 4.193/2013, a partir de 01.01.2015 o cálculo do RWA aplica-se às instituições integrantes do Conglomerado Prudencial.

6.1.10 Aquisição, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros

O BB tem por política realizar a cessão de créditos de operações não performados, registrados em perdas e de risco integral do Banco, uma vez esgotados todos os procedimentos definidos na esteira de cobrança e recuperação de créditos e as operações selecionadas terem atingido o ponto de economia, ou seja: sopesado o custo benefício não se justifica manter as operações em cobrança dentro do banco comercial.

A cessão de créditos também é utilizada pontualmente para alienar créditos específicos, quando identificada como alternativa viável de sua recuperação, ainda que parcial.

Destaca-se, a seguir, o fluxo das operações cedidas com transferência substancial dos

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riscos e benefícios. Tabela 23 - Operações em perdas cedidas com transferência substancial dos riscos e benefícios

R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Quantidade de operações (em milhar) 274 - 1.173 - - Valor 922.977 - 3.484.849 - -

Obs.: Os dados referem-se a cessões efetuadas à Ativos S. A. Valor de perdas da carteira

O BB não possui exposições nas seguintes categorias:

a) exposições cedidas sem transferência nem retenção substancial dos riscos e benefícios;

b) exposições cedidas com retenção substancial dos riscos e benefícios;

c) exposições cedidas nos últimos 12 meses que tenham sido honradas, recompradas ou baixadas para prejuízo.

A seguir, são apresentados os valores das operações cedidas com coobrigação que estão registradas em contas de compensação e não no ativo.

Tabela 24 - Valor de operações cedidas com coobrigação registradas em contas de compensação R$ mil 2T15 1T15 Retenção de riscos em operações de crédito - Operações baixadas 5.969 6.034

Os procedimentos para a aquisição de ativos financeiros possuem similaridade ao padrão adotado pelo mercado de cessões de créditos, contemplando a avaliação do risco de crédito da instituição cedente, das operações adquiridas e respectivos clientes devedores. As aquisições de ativos financeiros tem por objetivo o aumento da diversificação da carteira de crédito do Banco.

Em atendimento à Resolução CMN nº 3.533 e normas vinculadas, a partir de janeiro de 2012, os registros contábeis passaram a ser efetuados considerando a retenção ou transferência substancial dos riscos e benefícios dos ativos financeiros adquiridos.

Tabela 25 - Saldo das exposições adquiridas COM retenção dos riscos e benefícios pelo cedente R$ milhões 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 a) Por tipo de Exposição 17.258 16.682 16.498 17.663 17.585 Pessoa Física - Consignado 2.374 2.862 3.512 4.702 6.004 Pessoa Física - Veículos 14.884 13.820 12.986 12.961 11.581 b) Por tipo de Cedente 17.258 16.682 16.498 17.663 17.585 Instituições Financeiras 17.258 16.682 16.498 17.663 17.585

Tabela 26 - Saldo das exposições adquiridas SEM retenção dos riscos e benefícios pelo cedente R$ milhões 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 a) Por tipo de Exposição 19 24 30 41 45 Pessoa Física - Consignado 2 2 2 3 3 Pessoa Física - Veículos 17 22 28 38 42 b) Por tipo de Cedente 19 24 30 41 45 Instituições Financeiras 19 24 30 41 45

6.1.11 Operações com títulos e valores mobiliários oriundos de processo de securitização

Os títulos e valores mobiliários adquiridos pelo BB são classificados segundo as seguintes categorias:

a) categoria I - títulos para negociação - devem ser registrados os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados;

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

b) categoria II - títulos disponíveis para venda - devem ser registrados os títulos e valores mobiliários que não se enquadrem nas categorias I e III; e

c) categoria III - títulos mantidos até o vencimento - devem ser registrados os títulos e valores mobiliários, exceto ações não resgatáveis, para os quais haja intenção e capacidade financeira da instituição de mantê-los em carteira até o vencimento.

A seguir, são apresentadas as exposições referentes a títulos oriundos de processo de securitização:

a) modalidades de títulos:

· Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) - comunhão de recursos que destina parcela preponderante do respectivo patrimônio líquido para a aplicação em direitos creditórios. São os direitos e títulos representativos de direitos, originários de operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial e imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros ativos financeiros e modalidades de investimentos admitidos nos termos das Instruções CVM nº 356/2001 e 444/2006; e

· Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) - são títulos de renda fixa lastreados em créditos imobiliários - fluxo de pagamentos de contraprestações de aquisição de bens imóveis ou de aluguéis - emitidos por sociedades securitizadoras.

b) tipo de crédito que lastreia a emissão:

· FIDC - financiamento de veículos, recebíveis de fluxo de caixa de empresa, debêntures, notas promissórias, cédulas de crédito bancário, certificados de cédulas de crédito bancário, cédulas de crédito imobiliário, letras de crédito imobiliário, notas de crédito à exportação e outros direitos creditórios; e

· CRI - operações de crédito imobiliário.

c) classe do título:

· FIDC e CRI - quota classe sênior. Tabela 27 - Valor das exposições decorrentes da aquisição de FIDC e CRI

R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 FIDC 8 1.683.203 8 1.693.511 7 1.627.714 7 1.632.210 7 1.628.213 CRI - Cat. 2 10 479.316 11 483.505 11 486.491 10 490.945 11 500.450 CRI - Cat. 3 3 173.564 3 130.560 3 152.076 3 160.344 3 148.839 TOTAL 21 2.336.083 22 2.307.577 21 2.266.281 20 2.283.499 21 2.277.501

Obs: As informações abrangem as agências do BB no Brasil e no exterior (BB - Banco Múltiplo).

6.1.12 Exposição ao risco de crédito da contraparte

O Banco do Brasil admite assumir exposições a risco de crédito da contraparte com clientes que tenham sido previamente analisados pela metodologia de cálculo de risco e estabelecimento de limite de crédito aplicável ao seu perfil, condicionado à existência de margem operacional suficiente para amparar tais operações.

Desse modo, as exposições a risco de crédito da contraparte concorrem com as demais exposições em operações de crédito do cliente no limite de crédito a ele atribuído.

As operações da espécie incidem no limite de crédito do cliente pela estimativa do valor exposto ao risco de crédito da contraparte em evento de default, sendo ponderados os mitigadores de risco aplicáveis, tais como o risco do emissor do ativo adjacente, a

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volatilidade do ativo, as garantias aportadas, o percentual subtraído dos ativos usados como colateral (haircut) e as regras de chamadas de margem de garantias adicionais, conforme características da operação efetuada.

Nas operações cursadas via Câmaras de Compensação e Liquidação (Clearings), há transferência de risco, sendo que o valor das operações incide no limite de crédito da referida câmara.

O deferimento de operações está condicionado, no mínimo, à exigência das garantias indicadas no despacho do limite de crédito e daquelas definidas como obrigatórias pela linha de crédito, sendo que o grau de exigência de garantias varia de acordo com o nível de risco do cliente.

Na constituição de garantias, é dada preferência:

· aos bens adquiridos, produzidos ou beneficiados com o crédito;

· às garantias que ofereçam auto liquidez à operação;

· aos bens de fácil comercialização e sem risco de perecimento;

· aos bens da mesma espécie, natureza e categoria dos bens a adquirir ou realizar com o crédito;

· aos bens que produzirão renda para o pagamento da operação.

Para a vinculação em garantia, os bens são avaliados por meio de avaliação técnica ou por meio de opinião de valor, cujo prazo de validade é de até doze meses. No caso de garantia pessoal, é analisada a situação econômico-financeira dos avalistas ou fiadores, além das responsabilidades diretas e indiretas no Banco, sendo ponderadas as dívidas com terceiros, em especial as dívidas fiscais, previdenciárias e trabalhistas.

O valor máximo considerado para efeito de comprometimento de um bem ou direito em garantia é obtido pela aplicação de percentual sobre o valor do referido bem ou direito de acordo com o tipo e espécie do bem. No caso de duplicatas e cheques custodiados, o valor máximo é obtido pela aplicação do percentual de adiantamento correspondente ao Índice de Liquidez Anual (ILA) da carteira do cliente sobre o valor vinculado em garantia.

Os bens recebidos em garantia de operações de crédito devem estar segurados até a liquidação da operação ou, no caso de recursos vinculados em garantia, permanecerem bloqueados até a liquidação da operação.

As garantias vinculadas a operações de crédito são registradas em base corporativa, o que permite controle automatizado dos bens e direitos vinculados e a geração de informações gerenciais, tais como a análise de suficiência de garantia e análise de adequação.

Para operações sujeitas a risco de crédito da contraparte, o Banco do Brasil segue o exposto na Circular Bacen 3.068/01, considerando tal risco como parâmetro para cálculo do ajuste ao valor de mercado de tais exposições, com efeitos no resultado do período ou em conta destacada do Patrimônio Líquido, conforme a classificação da exposição.

Apresenta-se, a seguir, o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a câmara atue como contraparte central.

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Tabela 28 - Valor nocional de contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação, nos quais a câmara atue como contraparte central.

R$ mil Negociação em Bolsa Contraparte 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14

Contratos de futuros 25.468.478 22.213.959 14.885.592 16.188.412 15.041.532 Compromissos de compra B 25.468.478 22.213.959 14.885.592 16.188.412 15.041.532 Mercado de Opções 9.387.166 26.966.394 24.583.462 22.456.140 6.331.737 Posição Comprada B 9.387.166 26.966.394 24.583.462 22.456.140 6.331.737 Obs: Contraparte: (B) Bolsa

Na próxima tabela, demonstra-se o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte, nos quais não haja a atuação de câmaras de compensação como contraparte central, segmentados entre aqueles que apresentam ou não garantias.

Tabela 29 - Valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte sem atuação de câmaras de compensação como contraparte central, segmentados entre contratos sem garantias e contratos com garantias.

R$ mil sem garantias 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Operações de Termo (C) e (IF) 7.937.930 10.452.838 10.175.507 6.415.977 6.474.151 Contratos de "swaps"(C) 6.653.186 4.965.180 4.871.047 4.112.682 7.245.134 Outros Instrumentos Financeiros Derivativos

3.043.114 2.127.563 3.739.804 2.039.204 1.571.374

Arbitragem de Moeda (liquidação futura e pronta)

178.516 795.384 1.995.017 197.452 2.195.682

Interbancário de câmbio (liquidação futura e pronta)

212 - - 1.537.779 192.318

com garantias 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Contratos de "swaps" (IF) 10.920.774 13.139.259 12.644.330 11.109.988 10.197.816 Interbancário de câmbio (liquidação futura e pronta)

1.051.877 10.434 134.663 77.808 237.082

Compromissadas Doadas 311.173.520 308.343.131 262.986.803 277.801.724 254.491.820 Compromissadas Tomadas 328.560.474 319.355.665 291.156.035 304.784.198 279.120.064 Obs: Contraparte: (C) Cliente e (IF) Instituição Financeira.

Na próxima tabela, é demonstrado o valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte, incluindo derivativos, operações a liquidar, empréstimos de ativos e operações compromissadas, desconsiderados os valores positivos relativos a acordos de compensação, conforme definidos na Resolução CMN nº 3.263/05.

Tabela 30 - Valor positivo bruto dos respectivos contratos, incluindo derivativos, operações a liquidar, empréstimos de ativos e operações compromissadas, desconsiderados os valores positivos relativos a acordos de compensação definidos na Resolução

CMN 3.263/05 R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Valor Positivo Bruto 1.832.510 2.729.977 2.459.855 1.785.758 1.769.856 Derivativos 1.822.874 2.683.121 1.493.161 1.016.301 772.721 Arbitragem de Moeda (liquidação futura e pronta) 44 13.170 - 98 6.493 Interbancário de câmbio (liquidação futura e pronta) - - - 22 381 Compromissadas Doadas 346 23.341 6 9.119 2.057 Compromissadas Tomadas 9.246 10.345 3.036.607 1.434.315 1.004.105

A seguir, é apresentado o valor positivo bruto das garantias reais (colaterais) recebidas em operações sujeitas ao risco de crédito que atendam cumulativamente aos seguintes requisitos, conforme art. 9.º, inciso VII, da Circular Bacen nº 3.678/13:

a) sejam mantidas ou custodiadas na própria instituição;

b) tenham por finalidade exclusiva a constituição de garantia para as operações a que se vinculem;

c) estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente, por ordem da instituição depositária; e

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d) estejam imediatamente disponíveis para a instituição depositária no caso de inadimplência do devedor ou de necessidade de sua realização.

Tabela 31 - Valor das garantias que atendam cumulativamente os requisitos do art.9.º, inciso VII, da Circular Bacen 3.678/13: R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Recursos Internalizados 334.079.972 324.338.121 291.462.196 307.430.663 282.210.053 Títulos Públicos Federais 252.958.892 249.100.517 263.872.089 272.813.280 246.914.440 Total 587.038.865 573.438.638 555.334.286 580.243.943 529.124.492

De acordo com a classificação dos tipos de garantias adotadas pelo Bacen, foram identificadas aquelas que atendem às condições estabelecidas pela Circular Bacen 3.678/13, sendo que, para efeitos de cálculo da garantia, foi considerado o valor comprometido como garantia para a operação vinculada.

A seguir, demonstra-se a exposição global ao risco de crédito da contraparte, líquida dos efeitos dos acordos para compensação e o valor de garantias recebidas. Tabela 32 - Valor das garantias que atendam cumulativamente os requisitos do art.9.º, inciso V e VIII, da Circular Bacen 3.678/13: R$ mil Risco de Crédito da Contraparte 2T15(2) 1T15(2) 4T14 3T14 2T14 Valor de Garantias Recebidas 587.038.865 573.438.638 555.334.286 580.243.943 529.124.492 Exposição Global(1) 106.036.733 106.849.561 45.908.497 46.966.730 59.723.177 (1) Líquido dos efeitos do valor de garantias. (2) Conforme Resolução CMN nº 4.193/2013, a partir de 01.01.2015 o cálculo do RWA aplica-se às instituições integrantes do Conglomerado Prudencial.

6.1.13 Instrumentos mitigadores

Para a vinculação de garantias em operação de crédito, é dada preferência às garantias que ofereçam autoliquidez à operação.

O valor máximo considerado para efeito de comprometimento da garantia é o obtido pela aplicação de determinado percentual sobre o valor do referido bem ou direito. Abaixo, são apresentados os percentuais utilizados:

Tabela 33 – Cobertura de garantias.

Ativo % de cobertura

Direitos creditórios

- Recibo de depósito bancário 100%

- Certif icado de depósito bancário (1) 100%

- Poupança 100%

- Fundo de investimento de renda fixa 100%

PledgeAgreement – cash collateral (2) 100%

- Carta de crédito standby 100%

- Outros direitos creditórios 80%

Fundos de aval

- Fundo de Aval para Geração de Emprego e Renda (Funproger) 100%

- Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) 100%

- Fundo de Garantia de Operações (FGO) 100%

- Fundo Garantidor para Investimento (FGI) 100%

- Outros 100%

Fiança ou aval(3) 100%

Seguro de crédito 100%

PledgeAgreement – securities (4) 77%

Fundos offshore - BB Fund(5) 77%

Semoventes bovinos(6) 70%

PledgeAgreement - cashcollateral (7) 70%

Demais garantias (8) 50%

(7) Celebrado em moeda diversa à das operações a serem amparadas e que não disponham de mecanismo de hedge cambial.

(8) Em função de determinadas característ icas, imóveis, veículos, máquinas e equipamentos podem ser recebidos com percentuais de garant ia mais elevados.

(1) Exceto os que possuam contrato de swap.

(2) M esma moeda da operação.

(3) Prestado por estabelecimento bancário que possua limite de crédito no Banco, com margem suf iciente para amparar a coobrigação.

(4) Contrato de caução/cessão de recursos de clientes em tí tulos e papéis.

(5) Exclusivo ou varejo.

(6) Exceto em operações de Cédula do Produtor Rural (CPR).

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As garantias de direitos creditórios representadas por aplicações financeiras devem estar internalizadas no Banco e são bloqueadas pela instituição, devendo este bloqueio permanecer até a liquidação da operação. O Banco poderá, a seu critério, por ocasião do vencimento da aplicação financeira, lançar mão para quitação dos saldos referentes às parcelas vencidas, independentemente de aviso ou notificação ao cedente/financiado.

Além de cláusulas de cessão de crédito ou cessão dos direitos creditórios, para vinculação dos mitigadores, o instrumento de crédito contém cláusula de reforço da garantia, para assegurar o percentual de cobertura pactuado na contratação da operação, durante todo o prazo da operação.

Os fundos de avais, a exemplo do Fundo de Aval para Geração de Emprego e Renda (Funproger), Fundo Garantidor de Operações (FGO), Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) são utilizados como garantias pelo Banco do Brasil, mitigando os riscos das operações. De forma geral, os fundos de avais apresentam as seguintes características:

a) limites máximos do percentual de cobertura para utilização do fundo como garantia de operações em função do tipo da operação: Investimento ou Capital de Giro;

b) público alvo em função do faturamento ou do risco do cliente;

c) existência ou não da apresentação de contra garantias;

d) limites máximos de garantias sobre o montante dos recursos que constituem o Patrimônio Líquido do Fundo (Índice de Alavancagem);

e) limites para perdas acumuladas, isto é, o Índice Máximo de Inadimplência Admitido (Stop Loss).

Os gestores dos fundos de avais realizam o acompanhamento quanto ao enquadramento das operações nas regras do fundo previamente à concessão dessa garantia, bem como a gestão operacional das garantias concedidas e dos ativos do fundo, determinando, se necessária, a suspensão da utilização dos fundos em garantia de operações, antes que o montante dos recursos vinculados ultrapasse a alavancagem prevista para cada fundo.

Considerando os instrumentos mitigadores de risco de crédito definidos nos artigos 36 a 39 da Circular Bacen 3.644/2013, a tabela a seguir apresenta o valor total mitigado em termos de ativos ponderados pelo risco, segmentado por tipo e FPR do mitigador.

Tabela 34 - Valor mitigado da exposição pelo ponderada pelo respectivo fator de risco R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14

Total(1) FPR do

Mitigador

47.547.350

45.380.967

41.885.245

37.642.429

29.579.201

Garantia prestada pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central do Brasil

0% 35.323.764 33.354.798 30.019.755 26.564.576 22.648.638

Garantia prestada por Fundos Garantidores

0% 1.638.636 1.531.050 1.628.348 1.539.519 1.602.680

Garantia prestada por Fundos Garantidores

50% 3.492.153 3.550.775 3.558.687 3.304.949 4.101.585

Garantia constituída com FPE ou FPM(2)

0% - - 48 - 121

Depósitos mantidos na própria instituição

0% 1.281.769 1.256.609 1.209.427 1.042.297 614.789

Garantia de instituições financeiras 50% 345.177 417.391 391.430 527.330 611.388 Repasses de descontos em folha de pagamento(3)

50% 5.465.851 5.270.343 5.077.550 4.663.760 -

(1) Valor total mitigado pelos instrumentos definidos nos artigos 36 a 39 da Circular BACEN nº 3.644/2013 para as exposições em operações de crédito, arrendamento mercantil, limite de crédito após aplicação do fator de conversão, créditos a liberar e prestação de garantias (2) Recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (3) O instrumento mitigador de risco de crédito representado por repasses de desconto em folha de pagamento foi introduzido pela Circular Bacen 3.714, que passou a vigorar na data-base Ago/14

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

6.2 Risco de Mercado e de Liquidez

6.2.1 Objetivos do Gerenciamento

O processo de gerenciamento dos riscos de mercado e de liquidez do Banco do Brasil tem por objetivo identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos associados a cada instituição individualmente e ao Conglomerado Prudencial, bem como identificar e acompanhar os riscos associados às demais empresas integrantes do consolidado econômico-financeiro.

Alinhado às práticas de mercado, o Banco utiliza regularmente procedimentos que permitam gerenciar os riscos de mercado e de liquidez de suas posições, considerando os cenários econômicos internos e externos, visando minimizar possíveis impactos nos resultados.

6.2.2 Políticas e Estratégias de Gestão

O Banco estabeleceu políticas e estratégias para a gestão dos riscos de mercado e de liquidez e para a gestão dos instrumentos financeiros derivativos, as quais determinam as diretrizes de atuação da Empresa no processo de gerenciamento destes riscos.

Adiciona-se que no processo de gestão de riscos de mercado e de liquidez são utilizados mecanismos expressos em sistema normativo, que detalham os procedimentos operacionais necessários à implementação das decisões organizacionais relativas aos negócios e atividades da Empresa e ao atendimento de exigências legais e de órgãos reguladores e fiscalizadores.

Por fim, registra-se que são utilizados, na gestão dos riscos de mercado e de liquidez, sistemas que garantem a avaliação, o monitoramento e o controle das posições registradas nas carteiras de negociação e de não negociação, bem como das operações destinadas ao cumprimento dos objetivos de hedge estabelecidos.

No Banco, os instrumentos financeiros derivativos são utilizados para hedge de posições próprias, para atender às necessidades de seus clientes e para tomada de posições intencionais, considerando limites, alçadas e procedimentos previamente estabelecidos.

As tabelas a seguir apresentam o total da exposição a instrumentos financeiros derivativos por categoria de fator de risco de mercado, segmentadas entre posições compradas e vendidas, segregado da seguinte maneira:

a) operações com instrumentos financeiros derivativos realizadas por conta própria com contraparte central, subdivididas em realizadas no Brasil e no exterior; e

b) operações com instrumentos financeiros derivativos realizadas por conta própria sem contraparte central, subdivididas em realizadas no Brasil e no exterior.

50

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 35 - Instrumentos financeiros derivativos no País e exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central – 2T15

Tabela 36 - Instrumentos financeiros derivativos no País e Exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central –

1T15

Tabela 37 - Instrumentos financeiros derivativos no País e Exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central –

4T14

R$ mil 2T2015Fator de Risco Brasil Exterior BB-Consolidado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoValor

ReferênciaValor Custo

Valor Mercado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoPosição Comprada 58.404.630 2.340.013 2.454.131 5.006.018 100.634 116.466 63.410.648 2.440.647 2.570.597 Taxa de Juros Bolsa 18.326.938 588 -- -- -- -- 18.326.938 588 --

Balcão 10.557.370 420.159 451.180 -- -- -- 10.557.370 420.159 451.180 Taxa de Cãmbio Bolsa 16.225.886 168.919 91.528 -- -- -- 16.225.886 168.919 91.528

Balcão 12.964.007 1.738.160 1.897.513 5.006.018 100.634 116.466 17.970.025 1.838.794 2.013.979 Preço de Ações Bolsa 302.050 5.055 4.141 -- -- -- 302.050 5.055 4.141

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 770 -- -- -- -- -- 770 -- --

Balcão 27.609 7.132 9.769 -- -- -- 27.609 7.132 9.769 Posição Vendida 59.137.146 (3.002.785) (2.868.399) 9.770.821 (751.539) (972.917) 68.907.967 (3.754.324) (3.841.316) Taxa de Juros Bolsa 32.701.292 (699.168) (739.473) 242.795 -- -- 32.944.087 (699.168) (739.473)

Balcão 3.236.924 (321.630) (299.713) -- -- -- 3.236.924 (321.630) (299.713) Taxa de Cãmbio Bolsa 9.852.625 (284.534) (357.374) -- -- -- 9.852.625 (284.534) (357.374)

Balcão 12.662.465 (1.668.708) (1.447.693) 9.528.026 (751.539) (972.917) 22.190.491 (2.420.247) (2.420.610) Preço de Ações Bolsa 610.025 (15.104) (11.704) -- -- -- 610.025 (15.104) (11.704)

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 37.265 -- -- -- -- -- 37.265 -- --

Balcão 36.550 (13.641) (12.442) -- -- -- 36.550 (13.641) (12.442) Posição Líquida (732.516) 5.342.798 5.322.530 (4.764.803) 852.173 1.089.383 (5.497.319) 6.194.971 6.411.913

Local Negociação

R$ mil 1T2015Fator de Risco Brasil Exterior BB-Consolidado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoValor

ReferênciaValor Custo

Valor Mercado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoPosição Comprada 76.127.357 3.509.888 3.617.359 3.737.836 109.042 160.694 79.865.193 3.618.930 3.778.053 Taxa de Juros Bolsa 37.500.498 7.769 -- -- -- -- 37.500.498 7.769 --

Balcão 10.410.088 406.220 438.394 -- -- -- 10.410.088 406.220 438.394 Taxa de Cãmbio Bolsa 11.571.856 202.467 301.586 -- -- -- 11.571.856 202.467 301.586

Balcão 16.484.483 2.881.788 2.863.966 3.737.836 109.042 160.694 20.222.319 2.990.830 3.024.660 Preço de Ações Bolsa 92.200 3.634 3.164 -- -- -- 92.200 3.634 3.164

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 15.799 -- -- -- -- -- 15.799 -- --

Balcão 52.433 8.010 10.249 -- -- -- 52.433 8.010 10.249 Posição Vendida 86.566.790 (4.332.824) (4.403.589) 12.263.408 (980.773) (1.212.960) 98.830.198 (5.313.597) (5.616.549) Taxa de Juros Bolsa 58.681.564 (1.320.630) (1.398.732) 865.859 -- -- 59.547.423 (1.320.630) (1.398.732)

Balcão 3.599.582 (534.596) (527.239) 22.610 -- -- 3.622.192 (534.596) (527.239) Taxa de Cãmbio Bolsa 11.189.796 (243.315) (580.266) -- -- -- 11.189.796 (243.315) (580.266)

Balcão 12.686.121 (2.214.286) (1.878.898) 11.374.939 (980.773) (1.212.960) 24.061.060 (3.195.059) (3.091.858) Preço de Ações Bolsa 158.144 (2.830) (2.046) -- -- -- 158.144 (2.830) (2.046)

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 198.522 (3.526) (3.966) -- -- -- 198.522 (3.526) (3.966)

Balcão 53.061 (13.641) (12.442) -- -- -- 53.061 (13.641) (12.442) Posição Líquida (10.439.433) 7.842.712 8.020.948 (8.525.572) 1.089.815 1.373.654 (18.965.005) 8.932.527 9.394.602

Local Negociação

R$ mil 4T2014Fator de Risco Brasil Exterior BB-Consolidado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoValor

ReferênciaValor Custo

Valor Mercado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoPosição Comprada 67.229.115 1.909.062 2.116.407 3.670.627 65.687 96.649 70.899.742 1.974.749 2.213.056 Taxa de Juros Bolsa 30.784.848 7.769 -- -- -- -- 30.784.848 7.769 --

Balcão 9.961.848 293.469 401.076 -- -- -- 9.961.848 293.469 401.076 Taxa de Cãmbio Bolsa 8.418.618 132.529 120.051 -- -- -- 8.418.618 132.529 120.051

Balcão 17.741.899 1.460.039 1.566.530 3.670.627 65.687 96.649 21.412.526 1.525.726 1.663.179 Preço de Ações Bolsa 259.500 9.942 12.253 -- -- -- 259.500 9.942 12.253

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 6.088 -- -- -- -- -- 6.088 -- --

Balcão 56.314 5.314 16.497 -- -- -- 56.314 5.314 16.497 Posição Vendida 78.391.964 (2.789.580) (2.707.014) 10.971.458 (577.070) (730.908) 89.363.422 (3.366.650) (3.437.922) Taxa de Juros Bolsa 56.227.092 (1.498.295) (1.405.061) 712.179 -- -- 56.939.271 (1.498.295) (1.405.061)

Balcão 3.896.271 (422.179) (473.000) 53.049 -- -- 3.949.320 (422.179) (473.000) Taxa de Cãmbio Bolsa 6.669.482 (210.401) (297.794) -- -- -- 6.669.482 (210.401) (297.794)

Balcão 10.918.120 (643.306) (521.854) 10.206.230 (577.070) (730.908) 21.124.350 (1.220.376) (1.252.762) Preço de Ações Bolsa 366.350 (7.058) (4.920) -- -- -- 366.350 (7.058) (4.920)

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 291.342 (4.386) (2.165) -- -- -- 291.342 (4.386) (2.165)

Balcão 23.307 (3.955) (2.220) -- -- -- 23.307 (3.955) (2.220) Posição Líquida (11.162.849) 4.698.642 4.823.421 (7.300.831) 642.757 827.557 (18.463.680) 5.341.399 5.650.978

Local Negociação

51

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 38 - Instrumentos financeiros derivativos no País e Exterior, por fator de risco de mercado, com contraparte central e sem contraparte central – 3T14

Tabela 39 - Instrumentos financeiros derivativos no País e exterior, por fator de risco de mercado, com e sem contraparte central –

2T14

6.2.3 Políticas de Hedge

No que tange às políticas de hedge adotadas para a gestão dos riscos de mercado e liquidez, são definidos os objetivos a serem alcançados com as operações de hedge de forma consolidada, a fim de garantir efetividade individual de cada operação, observadas as regulamentações de cada jurisdição.

6.2.4 Sistemas de mensuração de riscos e processos de comunicação e informação

O processo de mensuração dos riscos de mercado e de liquidez faz uso de sistemas corporativos e do aplicativo Riskwatch, desenvolvido pela empresa canadense Algorithmics. A infraestrutura de tecnologia da informação vinculada a este processo encontra-se instalada em Brasília (DF).

O aplicativo Riskwatch tem como principais objetivos:

R$ mil 3T2014Fator de Risco Brasil Exterior BB-Consolidado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoValor

ReferênciaValor Custo

Valor Mercado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoPosição Comprada 59.465.595 1.367.083 1.655.081 2.856.808 55.107 65.564 62.322.403 1.422.190 1.720.645 Taxa de Juros Bolsa 27.878.232 6.865 2.498 -- -- -- 27.878.232 6.865 2.498

Balcão 5.922.935 325.128 402.450 -- -- -- 5.922.935 325.128 402.450 Taxa de Cãmbio Bolsa 10.353.033 147.947 199.490 -- -- -- 10.353.033 147.947 199.490

Balcão 14.846.373 868.228 1.003.314 2.856.808 55.107 65.564 17.703.181 923.335 1.068.878 Preço de Ações Bolsa 412.650 9.877 14.007 -- -- -- 412.650 9.877 14.007

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 637 -- -- -- -- -- 637 -- --

Balcão 51.735 9.038 33.322 -- -- -- 51.735 9.038 33.322 Posição Vendida 85.897.034 (2.418.634) (2.485.425) 9.684.144 (381.629) (428.410) 95.581.178 (2.800.263) (2.913.835) Taxa de Juros Bolsa 57.141.328 (1.151.851) (1.185.269) 2.080.416 -- -- 59.221.744 (1.151.851) (1.185.269)

Balcão 8.717.745 (398.153) (480.926) 98.036 -- -- 8.815.781 (398.153) (480.926) Taxa de Cãmbio Bolsa 7.892.055 (206.050) (278.480) -- -- -- 7.892.055 (206.050) (278.480)

Balcão 11.285.158 (643.273) (515.974) 7.505.692 (381.629) (428.410) 18.790.850 (1.024.902) (944.384) Preço de Ações Bolsa 715.175 (16.251) (20.761) -- -- -- 715.175 (16.251) (20.761)

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 125.788 (2.666) (1.422) -- -- -- 125.788 (2.666) (1.422)

Balcão 19.785 (390) (2.593) -- -- -- 19.785 (390) (2.593) Posição Líquida (26.431.439) 3.785.717 4.140.506 (6.827.336) 436.736 493.974 (33.258.775) 4.222.453 4.634.480

Local Negociação

R$ mil 2T2014

Fator de Risco Brasil Exterior BB-Consolidado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoValor

ReferênciaValor Custo

Valor Mercado

Valor Referência

Valor CustoValor

MercadoPosição Comprada 41.669.984 1.114.278 1.109.226 5.191.760 144.416 186.465 46.861.744 1.258.694 1.295.691 Taxa de Juros Bolsa 12.426.158 1.554 -- -- -- -- 12.426.158 1.554 --

Balcão 10.787.342 493.762 518.295 -- -- -- 10.787.342 493.762 518.295 Taxa de Cãmbio Bolsa 8.565.937 60.183 52.465 -- -- -- 8.565.937 60.183 52.465

Balcão 9.444.997 539.961 497.746 5.191.760 144.416 186.465 14.636.757 684.377 684.211 Preço de Ações Bolsa 375.250 10.055 9.756 -- -- -- 375.250 10.055 9.756

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 5.924 -- -- -- -- -- 5.924 -- --

Balcão 64.376 8.763 30.964 -- -- -- 64.376 8.763 30.964 Posição Vendida 62.609.655 (3.667.073) (3.591.035) 4.606.961 (92.310) (178.455) 67.216.616 (3.759.383) (3.769.490) Taxa de Juros Bolsa 42.590.620 (2.422.161) (2.575.680) -- -- -- 42.590.620 (2.422.161) (2.575.680)

Balcão 9.454.886 (622.300) (575.620) 145.309 -- -- 9.600.195 (622.300) (575.620) Taxa de Cãmbio Bolsa 4.048.300 (162.939) (153.255) -- -- -- 4.048.300 (162.939) (153.255)

Balcão 5.854.361 (442.292) (272.090) 4.461.652 (92.310) (178.455) 10.316.013 (534.602) (450.545) Preço de Ações Bolsa 557.493 (12.981) (12.275) -- -- -- 557.493 (12.981) (12.275)

Balcão -- -- -- -- -- -- -- -- -- Preço de Mercadorias (Commodities) Bolsa 91.310 (2.922) (1.303) -- -- -- 91.310 (2.922) (1.303)

Balcão 12.685 (1.478) (812) -- -- -- 12.685 (1.478) (812) Posição Líquida (20.939.671) 4.781.351 4.700.261 584.799 236.726 364.920 (20.354.872) 5.018.077 5.065.181

Local Negociação

52

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

I. consolidar informações gerenciais, apurando e fornecendo informações para gestão do risco de mercado, risco de liquidez e para gestão de ativos e passivos; e

II. fornecer medidas do risco de mercado e do risco de liquidez (produtos/fluxos de caixa por moeda e indexador), bem como da gestão de ativos e passivos.

Dentre as funções do aplicativo Riskwatch, destacam-se:

I. calcular indicadores de risco de mercado, tais como Valor em Risco (VaR) e duration;

II. construir relatórios de fluxos de caixa consolidados ou por produto, marcados a mercado ou nominais;

III. apurar a sensibilidade da carteira às flutuações nas taxas de juros nacionais e internacionais;

IV. calcular o resultado teórico de carteiras após aplicação de cenários históricos e de estresse;

V. construir relatórios de descasamentos de prazo, taxas, indexadores e moedas.

No Banco, as posições próprias são segregadas em Carteira de Negociação e Carteira de Não Negociação. Por meio de resolução emitida pelo CSRG, estipula-se a política para classificação de operações na Carteira de Negociação. Este documento define que, no âmbito do Banco do Brasil, e de suas subsidiárias e controladas, as operações de posições próprias realizadas com intenção de negociação ou destinadas a hedge da Carteira de Negociação, para as quais haja a intenção de serem negociadas antes de seu prazo contratual, observadas condições normais de mercado, e não sejam inegociáveis, são classificadas na Carteira de Negociação.

De forma excludente, as operações de posições próprias não classificadas na Carteira de Negociação são consideradas como componentes da Carteira de Não Negociação. As posições próprias detidas pelas empresas que não fazem parte do Conglomerado Financeiro não são passíveis de classificação na Carteira de Negociação.

Para o processo de gestão dos riscos de mercado, o Banco faz uso de estrutura de grupos e livros gerenciais, tanto para a área nacional quanto para a área internacional, com objetivos específicos e limites de exposição a riscos.

No que tange aos limites de exposição a riscos de mercado, o CSRG estabelece os seguintes critérios de classificação:

Limites Globais: aplicados às Carteiras de Negociação e de Não Negociação, ao conjunto de operações sujeitas à exigência de capital e ao conjunto de operações sujeitas ao Risco de Taxas de Juros do Banking Book (RTJBB) e aprovados pelo CSRG. As principais métricas utilizadas para a gestão são Valor em Risco (VaR), estresse e volume financeiro.

Limites Específicos: aplicados aos grupos e livros gerenciais das Carteiras de Negociação e de Não Negociação ou a ambas as carteiras, aos fatores de riscos de mercado das operações sujeitas à exigência de capital e aos fatores de riscos de mercado sensíveis ao risco de taxa de juros na Carteira de Não Negociação (RTJBB) e aprovados pelo CERML. As principais métricas utilizadas para a gestão são VaR e estresse.

53

Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Limites Operacionais: aplicados às operações que compõem os grupos e livros gerenciais, possibilitando a evidenciação do efetivo nível de risco das exposições assumidas e tendo como objetivo garantir o cumprimento das estratégias e dos limites globais e específicos estabelecidos. São definidos e aprovados pela Diris, apresentando como principais métricas VaR e bandas operacionais de exposição a riscos de mercado.

A Diris reporta diariamente aos gestores dos grupos e livros das Carteiras de Negociação e Não Negociação, o consumo dos limites específicos e operacionais. Mensalmente, reporta aos comitês estratégicos o consumo dos limites globais, por meio do Relatório de Gestão de Riscos de Mercado e de Liquidez e Painel de Riscos.

Em caso de extrapolação de limites, a Diris, responsável pelo controle e acompanhamento da carteira, emite documento denominado “Ficha de Extrapolação de Limites”. Os gestores de grupos e livros devem apresentar suas justificativas para a extrapolação e especificar o prazo para sua regularização. Por sua vez, o nível hierárquico detentor da alçada para conduzir o caso deve emitir parecer sobre a manifestação do gestor. Cabe à equipe responsável pelo monitoramento do limite acompanhar as ações de enquadramento.

Quanto à gestão de risco de liquidez, a mensuração e condições de reporte dos instrumentos de gestão adotados no processo de gestão de risco de liquidez, conforme item 6.2.10 adiante, são realizadas conforme os modelos e metodologias aprovados pelos comitês estratégicos de risco.

A comunicação da gestão dos riscos de mercado e de liquidez para a Alta Administração ocorre nas reuniões ordinárias dos comitês estratégicos de riscos, a exemplo do Painel de Risco e do Relatório de Gestão de Riscos de Mercado e de Liquidez.

A Diris produz informações destinadas ao público externo e encaminha para a Unidade de Relações com Investidores (URI) para divulgação ao mercado.

As informações destinadas ao público externo são disponibilizadas em local de acesso público no sítio do Banco na internet. São publicadas informações nos seguintes documentos:

· Relatório de Análise de Desempenho; · Relatório de Gerenciamento de Riscos – Pilar 3; · Formulário de Referência; · Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis; e · Relatório Anual.

6.2.5 Estrutura de Gestão de Risco de Mercado

A Resolução CMN 3.464/07 dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de mercado, compatível com a natureza das operações, a complexidade dos produtos e a dimensão da exposição a risco de mercado da instituição.

A Diretoria de Gestão de Riscos (Diris), vinculada à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Vicri), responde pela atividade de gerenciamento do risco de mercado.

O modelo de governança de riscos adotado pelo BB envolve estrutura de comitê superior e comitês executivos, com a participação de diversas áreas da Instituição.

Todas as decisões relacionadas à gestão de riscos são tomadas de forma colegiada e de acordo com as diretrizes e normas internas.

A figura seguinte apresenta a estrutura de gestão de risco de mercado do BB:

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Figura 8 - Gerenciamento do Risco de Mercado

Os principais comitês estratégicos envolvidos na gestão de risco de mercado são:

Conselho de Administração (CA)

O CA do Banco do Brasil S.A. é o órgão de administração que fixa a orientação geral dos negócios do Banco e de suas subsidiárias e controladas. O CA tem, na forma prevista em lei e no Estatuto, atribuições estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções operacionais ou executivas. A composição e o prazo de gestão do Conselho são definidos no Estatuto Social do Banco. O CA delibera sobre:

· Políticas específicas de gestão de riscos de mercado;

· Política de utilização de instrumentos derivativos financeiros; e

· Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos.

Comitê Superior de Risco Global (CSRG):

Finalidades:

· estabelecer estratégia para gestão de risco de mercado;

· definir limites globais de exposição a risco de mercado;

· aprovar os fatores de riscos que compõem os documentos e relatórios a serem encaminhados a órgãos reguladores e a outras instituições.

Comitê Executivo de Riscos de Mercado e de Liquidez (CERML):

Aprovar:

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· modelos, metodologias, critérios e parâmetros para gestão dos riscos de mercado;

· limites específicos de exposição a riscos de mercado;

· os planos de contingência referentes à gestão dos riscos de mercado;

· avaliar o resultado das validações internas e definir, quando necessário, medidas corretivas para os modelos de gestão dos riscos de mercado.

Analisar e propor ao CSRG:

· os limites globais de exposição a riscos de mercado;

· a estratégia para gestão dos riscos de mercado;

· acompanhar as recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê.

Comitê Superior de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CSGAP)

Finalidades:

· estabelecer a estratégia para gestão de ativos e passivos;

· definir diretrizes para atuação da tesouraria, observados os limites globais definidos pelo Comitê Superior Global;

· acompanhar as recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê.

6.2.6 Processo de Gestão de Riscos de Mercado

O Banco do Brasil utiliza métodos estatísticos e de simulação para mensurar os riscos de mercado das suas exposições. Entre as métricas resultantes da aplicação destes métodos, destacam-se:

· Sensibilidades;

· Valor em Risco (VaR); e

· Estresse.

Por meio das métricas de Sensibilidade, são simulados os efeitos no valor das exposições resultantes de variações no patamar dos fatores de risco de mercado.

O VaR é uma métrica utilizada para estimar a perda potencial, sob condições rotineiras de mercado, dimensionada diariamente em valores monetários, considerando determinado intervalo de confiança e horizonte temporal.

Os fatores de riscos, utilizados para mensuração da métrica de VaR de riscos de mercado das exposições, são classificados nas seguintes categorias:

· taxas de juros;

· taxas de câmbio;

· preços de ações; e

· preços de mercadorias (commodities).

O desempenho da métrica de VaR é avaliado mensalmente mediante a aplicação de processo de backtesting.

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O BB utiliza métricas de Estresse resultantes de simulações sobre o comportamento de suas exposições sujeitas a riscos de mercado sob condições extremas, tais como crises financeiras e choques econômicos. Por meio dos Testes de Estresse, objetiva-se dimensionar os impactos de eventos plausíveis, mas com baixa probabilidade de ocorrência, nos requerimentos de capital regulatório e econômico. Os Testes de Estresse abrangem simulações das exposições, tanto de caráter retrospectivo, baseadas em séries históricas de choques nos fatores de riscos de mercado, quanto de caráter prospectivo, baseadas em projeções de cenários econômico-financeiros.

Os modelos utilizados para mensuração de riscos de mercado e os modelos de backtesting estão sujeitos a processo de validação por parte da Dicoi, segregada das áreas responsáveis pelo desenvolvimento e pela utilização dos modelos.

Por sua vez, o processo de validação de modelos está sujeito a processo de avaliação independente sob a condução da Auditoria Interna (Audit).

Logo, verifica-se que o Banco do Brasil adota três camadas de controle dos seus modelos de mensuração de riscos de mercado, conforme segue:

· 1ª Camada: desenvolvimento e utilização de modelos;

· 2ª Camada: validação de modelos;

· 3ª Camada: avaliação da validação de modelos.

O processo de gestão de risco de mercado envolve fluxo contínuo de informações, obedecendo às fases constantes no capítulo “Processo de gestão dos riscos”.

A validação de modelos e a avaliação dos processos e procedimentos da estrutura de gerenciamento do risco de mercado são realizadas por duas áreas internas em diferentes momentos, fato que garante segregação de funções e a independência dos trabalhos. A Diretoria de Controles Internos (Dicoi) responde pela validação dos modelos de mensuração dos riscos do Conglomerado Prudencial e pelo sistema de controles internos do Banco. A Auditoria Interna (Audit) efetua avaliações periódicas nos processos de gerenciamento do risco de mercado com a finalidade de verificar se estão de acordo com as orientações estratégicas, a política de mercado e as normas internas e regulatórias.

A próxima figura ilustra o processo de gestão do risco de mercado.

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Figura 9 - Processo e tomada de decisões

6.2.7 Carteira de Negociação

No processo de gerenciamento dos riscos de mercado do Banco, as posições próprias são segregadas em Carteira de Negociação e Carteira de Não Negociação. O Comitê Superior de Risco Global (CSRG) estipula os critérios a para classificação de operações na Carteira de Negociação, no âmbito do Banco do Brasil, suas Subsidiárias Integrais e Controladas do Conglomerado Prudencial, abrangendo todas as operações de posições próprias realizadas com intenção de negociação ou destinadas a hedge destas posições, para as quais haja a intenção de serem negociadas antes de seu prazo contratual, observadas condições normais de mercado, e que não sejam inegociáveis.

A Carteira de Negociação é dividida em grupos e livros, sempre observando os normativos internos, aprovados pelo Comitê Executivo de Risco de Mercado e de Liquidez (CERML) e pelo Comitê Superior de Risco Global (CSRG), os quais estabelecem os objetivos, a composição, os limites financeiros e os limites de riscos de mercado para cada grupo ou livro.

Os principais tipos de limites utilizados para gestão de riscos de mercado são os de Valor em Risco (VaR) e teste de estresse.

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No caso dos limites de VaR da Carteira de Negociação, tendo por objetivo evidenciar o nível de risco de mercado gerado pelas exposições e o respectivo impacto na exigência de capital para sua cobertura, são consideradas as métricas de VaR e de VaR Estressado.

Para mensuração do VaR da Carteira de Negociação, o Banco do Brasil adota a técnica de Simulação Histórica, com os seguintes parâmetros:

a) VaR Total: (VaR + VaR Estressado) x Multiplicador, onde:

i. VaR: a perda potencial esperada utilizando-se série histórica de choques com 252 dias úteis, nível de confiança de 99% e holding período de 10 dias (cfe. Circular Bacen 3.568/11);

ii. VaR Estressado: a perda potencial esperada utilizando-se série histórica de choques diários contidos em 12 meses de estresse da carteira, a partir de 02/01/2004, nível de confiança de 99% e holding período de 10 dias (cfe. Circular Bacen 3.568/11); e

iii. Multiplicador: M, conforme previsto pela Circular Bacen 3.568/11.

A tabela seguinte discrimina o valor total da Carteira de Negociação por fator de risco de mercado relevante, segmentada entre posições compradas e vendidas.

Tabela 40 - Carteira de Negociação por fator de risco de mercado relevante, segmentado entre posições compradas e vendidas

R$ mil Fator de Risco 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Prefixado comprado 1.834.615 3.016.353 6.178.207 6.280.065 6.636.749 vendido 1.104.651 3.769.088 4.481.286 4.409.145 5.658.426 CDI/TMS/FACP comprado 483.816 473.412 1.117.235 1.114.054 1.745.948 vendido - - - - - Índice de Preço comprado 26.725 702.552 33.489 31.184 30.046 vendido - - - - - Moeda Estrangeira/Ouro comprado 5.122.875 3.374.230 2.322.212 2.442.896 1.885.589 vendido 306.145 783.873 117.211 681.667 167.339 Ações comprado - 387 - - - vendido - - - - - Obs: Banco Patagonia incluído.

6.2.8 Carteira de Não Negociação

De forma excludente, as operações de posições próprias do Conglomerado Financeiro não classificadas na Carteira de Negociação são consideradas como componentes da Carteira de Não Negociação. Registra-se também que as posições próprias detidas pelas empresas que não fazem parte do Conglomerado Financeiro não são passíveis de classificação na Carteira de Negociação.

Em linha com as práticas de mercado e com as exigências dos órgãos reguladores, o Banco do Brasil define políticas de gestão de risco de mercado, incluindo o risco de taxa de juros das operações classificadas na carteira de não negociação. Estas políticas estão em linha com as diretrizes estratégicas da Instituição e com os objetivos gerais do processo de gestão e preveem:

· controle das exposições por meio do estabelecimento de limites;

· gerenciamento da carteira considerando a melhor relação risco e retorno e os cenários interno e externo;

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· realização de operações para compensar os riscos decorrentes das variações no valor de mercado ou no fluxo de caixa dos ativos e passivos;

· gerenciamento da exposição cambial de forma a minimizar seus efeitos sobre o resultado da Instituição;

· avaliação dos impactos nas exposições quando da criação ou modificação de produtos e serviços;

· realização mensal de testes de estresse das exposições ao risco de taxa de juros.

A Carteira de Não Negociação é dividida em grupos e livros, observando os normativos internos, aprovados pelo Comitê Executivo de Risco de Mercado e de Liquidez (CERML) e pelo Comitê Superior de Risco Global (CSRG), os quais estabelecem os objetivos, a composição, os limites financeiros e os limites de riscos de mercado para cada grupo e livro.

O Banco do Brasil utiliza a métrica de Economic Value of Equity (EVE) para apuração do risco de taxa de juros do banking book.

O EVE consiste em estimar a variação do valor econômico dos ativos, passivos e instrumentos derivativos da instituição, confrontando-se o valor obtido mediante a aplicação de um cenário de choque na taxa de juros doméstica com o valor apurado no cenário de taxas vigente.

Entre outros aspectos, destaca-se que a métrica de apuração do EVE:

· inclui todas as operações sensíveis à variação nas taxas de juros e utiliza técnicas de mensuração de risco e conceitos financeiros amplamente aceitos;

· considera dados relativos a taxas, prazos, preços, opcionalidades e demais informações adequadamente especificadas;

· demanda definição de premissas adequadas para transformar posições em fluxo de caixa;

· mensura a sensibilidade a mudanças na estrutura temporal das taxas de juros, entre as diferentes estruturas de taxas e nas premissas;

· está integrado às práticas diárias de gerenciamento de risco;

· permite a simulação de condições extremas de mercado (testes de estresse);

· possibilita estimar o Patrimônio de Referência (PR) compatível com os riscos na forma determinada da Resolução CMN nº 4.193/13.

Para tratamento dos produtos que não possuem vencimento definido, o Banco do Brasil adota métodos estatísticos e econométricos, referenciados na literatura para análise de séries temporais, mais especificamente os métodos denominados ARIMA (Autorregressivos, Integrados e de Médias Móveis). Tais métodos assumem a hipótese de que o comportamento retrospectivo das variações observadas nos saldos constitui-se em informação relevante para a previsão do comportamento futuro do fluxo de caixa de resgates (variável aleatória de interesse) dos saldos dos produtos de captação sob referência. Logo, tais métodos assumem como factível a possibilidade de ocorrência futura de flutuações de saldos (montante financeiro de resgates parciais) com amplitude similar àquelas observadas na série histórica.

As tabelas abaixo apresentam o impacto no resultado ou na avaliação do valor da Instituição em decorrência de choques nas taxas de juros, segmentado por fator de risco.

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Tabela 41 - Impacto no resultado ou na avaliação do valor da instituição em decorrência de choques nas taxas de juros, segmentado por fator de risco – metodologia Value at Risk.

R$ mil Resultado Hipotético Fator de Risco-Taxa de Juros 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 Taxa Pré-fixada de Juros 3.932.953 3.646.601 4.879.369 4.742.499 4.766.177 Dólar Americano 1.818.284 1.834.959 1.542.784 1.440.947 1.488.860 Euro 71.604 74.861 163.563 150.631 156.037 Franco Suíço 29.945 28.589 20.897 22.915 27.757 Iene 3.233 3.665 50.458 41.372 49.122 Libra Esterlina 2.095 2.333 86.469 85.852 82.969 TR 1.352.465 2.120.624 2.497.374 2.380.884 1.891.203 TJLP 36.338 28.492 31.123 27.510 28.761 TBF 1.229 1.370 1.348 1.335 470 IPCA 39.134 39.869 34.185 21.693 32.979 IGP-M 76.725 77.641 75.909 79.534 74.494 INPC 131.256 127.280 119.880 118.614 115.807 Outros 457.807 308.889 256.075 290.160 249.811

Tabela 42 - Impacto no resultado ou na avaliação do valor da instituição em decorrência de choques nas taxas de juros, segmentado por fator de risco – metodologia Economic Value of Equity).

R$ mil Resultado Hipotético (EVE) Fator de Risco-Taxa de Juros 2T15 Taxa Pré-fixada de Juros (4.804.024) Dólar Americano (99.160) Euro 743 TR 2.071.695 TJLP (38.814) TBF 1.539 INPC (162.479) Outros (194.829)

6.2.9 Estrutura de Gestão de Risco de Liquidez

A Resolução CMN 4.090/12 dispõe sobre a implementação da estrutura de gerenciamento do risco de liquidez, compatível com a natureza das operações, a complexidade dos produtos e a dimensão da exposição a risco de mercado da instituição.

A Diretoria de Gestão do Risco (Diris), vinculada à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Vicri), responde pelo gerenciamento do risco de liquidez no Banco do Brasil S. A.

O modelo de governança de riscos adotado pelo BB envolve estrutura de comitê superiores e comitês executivos, com a participação de diversas áreas da Instituição.

Todas as decisões relacionadas à gestão de riscos são tomadas de forma colegiada e de acordo com as diretrizes e normas internas.

A gestão do risco de liquidez realizada pelo Banco na Diris aplica-se às seguintes visões gerenciais:

· Liquidez em Moeda Nacional do Banco do Brasil S. A.;

· Liquidez em Moeda Estrangeira do Banco do Brasil S. A.; e

· Liquidez de cada um dos Centros de Liquidez e demais agências do Banco do Brasil S. A. no exterior.

A figura seguinte apresenta a estrutura de gestão de risco de liquidez do BB:

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Figura 10 – Gerenciamento do Risco de Liquidez

Os comitês estratégicos envolvidos na gestão do risco de liquidez com suas respectivas finalidades estão abaixo descritos:

Conselho de Administração

O Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil S.A. é o órgão que fixa a orientação geral dos negócios do Banco e de suas subsidiárias e controladas. O CA tem, na forma prevista em lei e no Estatuto, atribuições estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções operacionais ou executivas.

A composição e o prazo de gestão do Conselho são definidos no Estatuto Social do Banco.

O CA delibera, entre outros aspectos, sobre:

· Políticas específicas de gestão de risco de liquidez;

· Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos.

Comitê Superior de Risco Global (CSRG):

Finalidades:

· estabelecer estratégia para gestão de risco de liquidez ;

· definir limites globais de exposição a risco de liquidez;

· decidir sobre reservas mínimas de liquidez e sobre planos de contingência de liquidez;

· aprovar os fatores de riscos que compõem os documentos e relatórios a serem encaminhados a órgãos reguladores e a outras instituições.

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Comitê Executivo de Risco de Mercado e de Liquidez (CERML):

Aprovar:

· modelos, metodologias, critérios e parâmetros para gestão dos riscos de liquidez;

· os planos de contingência referentes à gestão dos riscos de liquidez;

· avaliar o resultado das validações internas e definir, quando necessário, medidas corretivas para os modelos de gestão dos risco de liquidez;

Analisar e propor ao CSRG:

· a reserva mínima e os limites globais de risco de liquidez;

· os planos de contingência de liquidez;

· a estratégia para gestão do risco liquidez;

· acompanhar as recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê.

Comitê Superior de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CSGAP)

Finalidades:

· estabelecer a estratégia para gestão de liquidez;

· definir diretrizes para atuação da tesouraria, observados os limites globais definidos pelo CSRG;

· definir diretrizes para gestão da liquidez do Conglomerado;

· acompanhar as recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê.

6.2.10 Processos de Gestão de Risco de Liquidez

O Banco do Brasil mantém níveis de liquidez adequados aos compromissos da Instituição assumidos no Brasil e no exterior, resultado da sua ampla e diversificada base de depositantes e da qualidade dos seus ativos, da capilaridade da sua rede de dependências externas e de acesso ao mercado internacional de capitais. O rigoroso controle do risco de liquidez está em consonância com a Política de Riscos de Mercado e de Liquidez estabelecida para o Conglomerado Prudencial, atendendo às exigências da supervisão bancária nacional e dos demais países onde o Banco opera.

O processo de gestão de risco de liquidez envolve fluxo contínuo de informações, obedecendo às fases constantes no capítulo de processo de gestão dos riscos.

A gestão do risco de liquidez do Banco do Brasil segrega a liquidez em moeda nacional (Real) da liquidez em moedas estrangeiras. Para tanto, utiliza os seguintes instrumentos:

· Projeções de Liquidez;

· Teste de Estresse;

· Limites de Risco de Liquidez; e

· Plano de Contingência de Liquidez.

Os instrumentos de gestão do risco de liquidez são periodicamente monitorados e reportados aos Comitês Estratégicos da instituição.

As Projeções de Liquidez permitem a avaliação prospectiva do efeito do descasamento entre captações e aplicações, com o objetivo de identificar situações que possam

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comprometer a liquidez da Instituição, levando em consideração tanto o seu planejamento orçamentário quanto as condições de mercado.

Periodicamente, as Projeções de Liquidez são avaliadas sob cenários alternativos e de estresse. Caso, em algum desses cenários, a projeção de liquidez situe-se abaixo do nível de liquidez adotado como limite, verifica-se o potencial de medidas de contingência, previamente identificadas, em prol da recuperação da liquidez da Instituição.

Ademais, o Banco do Brasil utiliza as seguintes métricas de limites de risco de liquidez:

· Reserva de Liquidez (RL);

· Colchão de Liquidez; e

· Indicador de Disponibilidade de Recursos Livres (DRL).

A Reserva de Liquidez é a métrica utilizada na gestão do risco de liquidez de curto prazo, constituindo-se no nível mínimo de ativos de alta liquidez a ser mantido pelo Banco, compatível com a exposição ao risco decorrente das características das suas operações e das condições de mercado. A metodologia da Reserva de Liquidez é utilizada como parâmetro para identificação de estados de contingência de liquidez e acionamento do Plano de Contingência de Liquidez, sendo monitorada diariamente.

O Colchão de Liquidez visa monitorar diariamente a liquidez observada em cenário de estresse, em complemento ao monitoramento da liquidez observada e projetada em condições normais de mercado, dado pela definição e metodologia da Reserva de Liquidez.

O Indicador de DRL, utilizado no planejamento e na execução do orçamento anual, visa assegurar equilíbrio entre captação e aplicação de recursos da carteira comercial e garantir o financiamento da liquidez com recursos estáveis.

O limite da DRL, utilizado na orientação da execução e do planejamento do orçamento de acordo com as metas de captações e aplicações, é definido anualmente pelo CSRG e seu monitoramento ocorre sob periodicidade mensal.

O Plano de Contingência de Liquidez, por sua vez, estabelece um conjunto de procedimentos e responsabilidades a ser adotado em situações de estresse de liquidez. Em caso de estresse de liquidez, poderão ser adotadas uma ou mais medidas de contingência no intuito de resguardar a capacidade de pagamento da instituição. O potencial das medidas de contingência de liquidez é mensurado mensalmente.

A validação de modelos e a avaliação dos processos e procedimentos da estrutura de gerenciamento do risco de liquidez são realizadas por duas áreas internas em diferentes momentos, fato que garante segregação de funções e a independência dos trabalhos. A Diretoria de Controles Internos (Dicoi) responde pela validação dos modelos de mensuração dos riscos do Conglomerado Prudencial e pelo sistema de controles internos do Banco. A Auditoria Interna (Audit) efetua avaliações periódicas nos processos de gerenciamento do risco de liquidez com a finalidade de verificar se estão de acordo com as orientações estratégicas, a política de liquidez e as normas internas e regulatórias.

6.3 Risco Operacional

6.3.1 Objetivos do Gerenciamento

O gerenciamento do risco operacional no BB tem a finalidade de identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar as exposições aos riscos operacionais inerentes aos processos, negócios, produtos e serviços no âmbito do Banco do Brasil, suas

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Subsidiárias Integrais e Controladas do Conglomerado Prudencial.

As funções e atividades relacionadas à gestão do risco operacional são centralizadas na Unidade de Risco Operacional (URO), cabendo a Diretoria de Gestão de Riscos (Diris) a apuração dos valores de alocação de capital para cobertura dos riscos.

O responsável perante o Banco Central do Brasil (Bacen) pelo gerenciamento do risco operacional no Banco é o Vice-Presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos.

A Diretoria de Controles Internos (Dicoi) é responsável pela 2ª camada de controle que contempla, entre outras atividades, a avaliação do controle e conformidade e a validação dos modelos de gestão de riscos. O Conselho de Administração (CA) é responsável pelas informações divulgadas.

A Auditoria Interna é responsável pela verificação do gerenciamento de risco operacional e do funcionamento de sua estrutura.

Visando cumprir as estratégias e políticas definidas para risco operacional e atendendo aos requisitos regulatórios, as atividades referentes às fases de gestão, estão sintetizadas no quadro a seguir:

Quadro 1 - Fases do processo de gerenciamento do risco operacional Fases de Gestão Síntese das Atividades

Identificação Consiste em identificar e classificar os eventos de risco operacional a que o Banco está exposto, indicando áreas de incidência, causas e potenciais impactos financeiros associados a processos, produtos e serviços da organização.

Avaliação É a quantificação da exposição ao risco operacional com o objetivo de avaliar o impacto nos negócios do Banco. Consiste, também, na avaliação qualitativa dos riscos identificados, analisando sua probabilidade de ocorrência e impacto de forma a determinar o nível de tolerância ao risco.

Controle Consiste em registrar o comportamento dos riscos operacionais, limites, indicadores e eventos de perda operacional, bem como implementar mecanismos de forma a garantir que os limites e indicadores de risco operacional permaneçam dentro dos níveis desejados.

Mitigação Consiste em criar e implementar mecanismos para modificar o risco buscando reduzir as perdas operacionais por meio da remoção da causa do risco, alteração da probabilidade de ocorrência ou alteração das consequências do evento de risco.

Monitoramento

É a ação que tem por objetivo identificar as deficiências do processo de gestão do risco operacional de forma que as fragilidades detectadas sejam levadas ao conhecimento da Alta Administração. É a fase de retroalimentação do processo de gerenciamento de risco operacional, onde é possível detectar fragilidades nas fases anteriores.

6.3.2 Política de Risco Operacional

A Política de Risco Operacional, aprovada e revisada anualmente pelo CA, contém orientações às áreas do Banco que visam garantir a efetividade do modelo de gestão do risco operacional. Espera-se que as empresas Controladas, Coligadas e Participações definam seus direcionamentos a partir dessas orientações, considerando as necessidades específicas e os aspectos legais e regulamentares a que estão sujeitas.

O Banco também dispõe de outras políticas que compõem a relação de políticas associadas ao gerenciamento do risco operacional, tais como: Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo; Gestão da Continuidade de Negócios; Relacionamento com Fornecedores; Gestão do Risco Legal; e Gestão da Segurança da Informação.

6.3.3 Estratégias e Processos de Gestão

O Banco do Brasil realiza a gestão do risco operacional de forma conservadora, segregando as funções de gestão de riscos e de negócios. Para tal, adota boas práticas em gestão de riscos, respeitadas as normas e diretrizes de supervisão e de regulação

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bancária.

A atual Estratégia Corporativa do Banco e o Plano Diretor, aprovados pelo CA, têm indicadores e metas vinculados aos objetivos corporativos, destacando-se o objetivo de reduzir perdas operacionais.

A gestão estratégica ocorre no Comitê Superior de Risco Global (CSRG), composto pelo Presidente e Vice-Presidentes, e tem a finalidade de estabelecer as diretrizes, bem como definir limites globais de exposição a riscos.

O Banco define Limite Global de Perdas Operacionais, fundamentado no montante máximo de perdas definido para o período de um ano. O referido limite está alinhado com a estratégia de redução das perdas operacionais e com os valores estabelecidos no orçamento da Instituição.

O BB utiliza, ainda, Limites Específicos de Perdas Operacionais com a definição de gestores de produtos, serviços e canais visando o maior envolvimento das diversas áreas na mitigação do risco operacional.

O consumo do Limite Global e Limites Específicos são reportados mensalmente ao CSRG e ao CERO. São detalhados o comportamento das perdas operacionais, as ações de mitigação e o diagnóstico das principais perdas incorridas.

Visando conferir agilidade ao processo de gestão, os assuntos relacionados ao risco operacional são deliberados no Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco Operacional (CERO).

Também encontra-se entre as atribuições do CERO a proposição/aprovação de medidas para manter os parâmetros de risco (exposições, limites etc.) dentro dos limites máximos definidos pelo CSRG.

O Banco ainda conta com Fórum Técnico Preventivo de Risco Legal, subordinado ao CERO, com o objetivo de contribuir com a redução das perdas operacionais por meio da identificação, avaliação e proposição de ações mitigadoras, no âmbito do serviço jurídico. Visa, entre outras atribuições, identificar as principais causas de litígio, as jurisprudências e decisões que possam impactar o Banco e avaliar planos de ações para tratamento dos riscos e controlar sua eficácia quanto à mitigação de riscos.

6.3.4 Processos de Comunicação e Informação

Mensalmente, são reportados aos membros do CSRG e CERO o consumo do limite global e dos limites específicos. São detalhados o comportamento das perdas operacionais, as ações de mitigação e com os principais riscos operacionais identificados.

É objeto de comunicação aos gestores de processos, produtos e serviços, a posição das suas perdas operacionais mensais, das demandas judiciais e dos limites específicos de suas áreas. Os referidos relatórios visam possibilitar a identificação de riscos operacionais e suas respectivas causas geradoras, para proposição de ações de mitigação.

Com relação à disseminação de cultura, é revisada continuamente a certificação interna de controles internos e risco operacional, bem como os cursos relacionados à gestão do risco operacional. Os referidos treinamentos estão disponíveis via Universidade Corporativa (UniBB) para todo o corpo funcional da Instituição.

6.3.5 Sistemas de Mensuração

O Banco utiliza modelo baseado na Abordagem Padronizada Alternativa (ASA) para

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cálculo do capital para risco operacional.

O valor da parcela de capital para risco operacional representa o consumo do Patrimônio de Referência (PR) para cobertura de risco operacional. O monitoramento dessa métrica é realizado nos colegiados estratégicos – CSRG e CERO.

Quanto à gestão da provisão para demandas contingentes, o Banco adota metodologia baseada em técnicas estatísticas, o que garante maior estabilidade e acurácia na estimativa de desembolso para cobertura de perdas com demandas judiciais.

6.3.6 Mitigação de Risco Operacional

As áreas gestoras de processos, produtos e serviços, com base nos riscos operacionais apontados na etapa de identificação do risco e nas decisões emanadas pelo CSRG ou CERO, devem elaborar e implementar planos de ação e instrumentos para a mitigação do referido risco.

Os planos de ação são registrados em ferramenta específica que possibilita o acompanhamento e reporte das medidas implementadas.

O Banco atua, também, na análise de incidentes de segurança – físico e canais virtuais – com monitoramento contínuo, buscando inibir investidas e recuperar valores. São desenvolvidas ações para mitigação das perdas operacionais com fraudes eletrônicas e medidas para coibir ações criminosas relacionadas a roubos externos.

Com o objetivo de prevenir, corrigir ou inibir fragilidades ou deficiências que possam gerar riscos, o Banco pode emitir Recomendação Técnica de Risco (RTR), para que o gestor apresente plano de ação, visando a mitigação de risco operacional, além de fortalecer a cultura de gestão de riscos.

6.3.7 Controle do Risco Operacional

O Banco acompanha o comportamento dos riscos, limites, indicadores e eventos de perda operacional, de forma a garantir que os valores permaneçam dentro dos níveis desejados.

A tabela a seguir apresenta o acompanhamento das perdas operacionais do Banco, realizada por categorias de eventos de risco, em termos percentuais. Ressalta-se que o Banco considera as constituições/reversões de provisões – notadamente para passivos contingentes – no total apurado de perdas operacionais para as categorias Problemas Trabalhistas, Falhas nos Negócios e Falhas em Processos.

Tabela 43 - Acompanhamento das perdas operacionais por categoria de eventos de perda 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14

Problemas Trabalhistas 46,3% 3,5% 13,1% 29,9% 24,0% Fraudes e Roubos Externos 25,4% 8,7% 8,8% 11,8% 17,2% Falhas nos Negócios 24,2% 81,9% 68,3% 52,3% 55,9% Falhas em Processos 2,9% 5,4% 8,2% 5,1% 1,4% Fraude Interna 0,6% 0,3% 0,8% 0,6% 1,2% Danos ao Patrimônio Físico 0,5% 0,2% 0,5% 0,2% 0,2% Falhas de Sistemas 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,0% Interrupção das Atividades 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

6.3.8 Entidades Ligadas ao Banco do Brasil (ELBB)

O Banco avalia a gestão do risco operacional das entidades ligadas, emitindo orientações para adequação das empresas quanto às fragilidades identificadas. São avaliados, através das informações fornecidas e realização de visitas técnicas, aspectos relacionados à estrutura, às políticas, instrumentos e processo de gestão do risco operacional (identificação, avaliação, controle, mitigação e monitoramento), bem como

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

existência de processo de registro de perdas operacionais.

Adicionalmente, o Banco mensura a exigência de capital regulatório para o risco operacional das empresas integrantes do Conglomerado Prudencial, assegurando a suficiência de capital para cobertura deste risco na visão Prudencial.

6.4 Risco de Estratégia

6.4.1 Objetivos do Gerenciamento

O gerenciamento do risco de estratégia no BB tem a finalidade de identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar o risco associado a mudanças adversas no ambiente de negócios ou a utilização de premissas inadequadas na tomada de decisão.

O quadro abaixo contém uma síntese das atividades de gestão listadas no parágrafo anterior.

Quadro 2 - Atividades de gestão do risco de estratégia

Atividades de Gestão Síntese das Atividades

Identificar Consiste em reconhecer e classificar o risco de estratégia a que está sujeito o Banco.

Avaliar Consiste em dimensionar, quantitativa e qualitativamente, o efeito potencial do risco de estratégia, possibilitando determinar o grau de tolerância a risco.

Controlar É o registro e reporte do comportamento de variáveis estratégicas para garantir a manutenção da exposição conforme o nível de tolerância estabelecido.

Mitigar Consiste em criar e implementar mecanismos para reduzir o impacto de mudanças adversas.

Monitorar Consiste em verificar a adequação e a eficácia do modelo de gestão do risco de estratégia.

6.4.2 Modelo de Gestão

No modelo de gestão do risco de estratégia, os comitês superiores e executivos de risco têm a função de garantir o retorno sustentável, deliberando sobre assuntos relacionados a esse risco.

As diretorias intervenientes fornecem as informações necessárias à gestão, para que a área de risco possa identificar exposições e assessorar o processo de tomada de decisão em situação de risco.

A forma de atuação do Banco é pautada nas políticas e processos aprovados pela Alta Administração e o reporte e controle do risco é realizado periodicamente e os resultados são comunicados às instâncias competentes.

6.4.3 Estrutura de Gestão

A estrutura de gerenciamento do risco de estratégia segrega o processo de gestão do risco dos processos corporativos de gestão da Estratégia no Banco do Brasil, evidenciando a responsabilidade das áreas envolvidas, visando garantir o retorno sustentável aos acionistas, em condições de risco.

A Diretoria de Gestão do Risco (Diris), vinculada à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Vicri), responde pelo gerenciamento do risco de estratégia, atuando para identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar o risco.

A Diretoria Estratégia da Marca (Direm) coordena o processo junto às Unidades Estratégicas do Banco com intuito de mitigar os impactos de mudanças adversas que afetem a Estratégia Corporativa do Banco do Brasil.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

A Diretoria de Controladoria (Dirco) fornece periodicamente as informações necessárias para a área de risco apurar o consumo de limites e controle o risco de estratégia.

As demais unidades estratégicas, táticas e operacionais do Banco executam ações de mitigação, nos respectivos âmbitos de atuação, para minimizar impactos adversos, visando à redução dos riscos de Estratégia.

O modelo de governança de riscos adotado pelo BB envolve estrutura de comitês superiores e comitês executivos, com a participação de diversas áreas da Instituição.

Figura 11 - Gerenciamento do Risco de Estratégia

Os comitês estratégicos envolvidos na gestão do risco de estratégia são:

· Conselho de Administração (CA);

· Comitê Superior de Risco Global (CSRG);

· Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco Operacional (CERO).

6.4.4 Processos de Gestão

Na formulação da Estratégia Corporativa, o Banco adota como prática a análise de cenários macroeconômicos e da indústria financeira com o objetivo de melhor avaliar as oportunidades e ameaças do mercado e mitigar os riscos de decisões estratégicas equivocadas.

A Diris monitora, periodicamente, indicadores que refletem o nível de risco de estratégia incorrido pela instituição, bem como efetua o controle por meio de limites de tolerância pré-estabelecidos, de forma a garantir que o risco permaneça dentro do nível desejado. O objetivo desse processo é promover o gerenciamento proativo na tomada de decisão.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

6.4.5 Processos de comunicação e informação

A comunicação dos riscos incorridos pelo Banco para a Alta Administração ocorre nas reuniões ordinárias mensais dos comitês superiores e comitês executivos estratégicos de Riscos. Nos comitês, são reportados os valores apurados para os indicadores e a situação em relação aos limites de risco.

6.5 Risco de Reputação

6.5.1 Objetivos do Gerenciamento

O gerenciamento do risco de reputação no BB tem a finalidade de identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar o risco decorrente da percepção negativa sobre a instituição por parte dos stakeholders que possa afetar adversamente a sustentabilidade do negócio.

O quadro seguinte contém síntese das atividades de gestão listadas no parágrafo anterior.

Quadro 3 - Atividades de gestão do risco de reputação

Atividades de Gestão Síntese das Atividades

Identificar Consiste em reconhecer e classificar o risco de reputação a que está sujeito o Banco.

Avaliar Consiste em dimensionar, quantitativa e qualitativamente, o efeito potencial do risco de reputação, possibilitando determinar o grau de tolerância a risco.

Controlar É o registro e reporte do comportamento de variáveis relacionadas à reputação do Banco para garantir a manutenção da exposição conforme o nível de tolerância estabelecido.

Mitigar Consiste em criar e implementar mecanismos para reduzir o impacto de mudanças adversas.

Monitorar Consiste em verificar a adequação e a eficácia do modelo de gestão do risco de reputação.

6.5.2 Modelo de Gestão

No modelo de gestão do risco de reputação, os comitês superiores e executivos de risco têm a função de garantir o retorno sustentável, deliberando sobre assuntos relacionados a esse risco.

As diretorias intervenientes fornecem as informações necessárias à gestão, para que a área de risco possa identificar exposições assessorando o processo de tomada de decisão em situação de risco.

A forma de atuação do Banco é pautada nas políticas e processos aprovados pela Alta Administração e o reporte e controle do risco é realizado periodicamente e os resultados são comunicados às instâncias competentes.

6.5.3 Estrutura de Gestão

A estrutura de gerenciamento do risco de reputação segrega o processo de gestão do risco dos processos corporativos de gestão da marca, evidenciando a responsabilidade das áreas envolvidas, visando garantir o retorno sustentável aos acionistas, em condições de risco.

A Diris, vinculada à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Vicri), responde pelo gerenciamento do risco de reputação, atuando para identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar o risco.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

A Diretoria de Estratégia da Marca (Direm) coordena o processo junto às Unidades Estratégicas do Banco com intuito de mitigar os impactos de mudanças adversas que afetem a reputação do Banco. Adicionalmente, fornece, periodicamente, os valores dos indicadores de gestão da marca e grau de satisfação para área de risco apurar o consumo dos limites e controlar o risco.

A Unidade de Imprensa fornece os indicadores relacionados à comunicação e promoção para área de risco apurar o consumo dos limites e controlar o risco de reputação.

A Ouvidoria Externa informa o Ranking Bacen e os indicadores de quantidade e resolução das reclamações na Ouvidoria, encaminhando-os para área de risco apurar o consumo dos limites e controlar o risco.

As demais unidades estratégicas, táticas e operacionais do Banco executam ações de mitigação, nos respectivos âmbitos de atuação, para minimizar impactos adversos, visando à redução do risco.

O modelo de governança de riscos adotado pelo BB envolve estrutura de comitês superiores e comitês executivos, com a participação de diversas áreas da Instituição.

Figura 12 - Gerenciamento do Risco de Reputação

Os comitês estratégicos envolvidos na gestão do risco de reputação são os mesmos verificados para o risco de estratégia, a saber: Conselho de Administração, Comitê Superior de Risco Global e Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco Operacional.

6.5.4 Processos de Gestão

A Diris monitora, periodicamente, indicadores que refletem o nível de risco de reputação incorrido pela instituição, bem como efetua o controle por meio de limites de tolerância

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

pré-estabelecidos, de forma a garantir que o risco permaneça dentro do nível desejado. O objetivo desse processo é assessorar no processo de tomada de decisão.

6.5.5 Processos de comunicação e informação

A comunicação dos riscos incorridos pelo Banco para a Alta Administração ocorre nas reuniões ordinárias mensais dos comitês superiores e comitês executivos estratégicos de Riscos. Nos comitês, são reportados os valores apurados para os indicadores e a situação em relação aos limites de risco.

6.6 Risco Socioambiental

6.6.1. Objetivos do Gerenciamento

O gerenciamento do risco socioambiental no BB tem a finalidade de identificar, classificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar o risco decorrente da exposição a danos socioambientais gerados pelas atividades do Banco do Brasil.

6.6.2. Modelo de Gestão

No modelo de gestão do risco socioambiental, os comitês superiores e executivos de risco tem a função de garantir o retorno sustentável, deliberando sobre assuntos relacionados a esse risco.

As diretorias intervenientes fornecem as informações necessárias à gestão, para que a área de risco possa identificar exposições orientando decisões em situação de risco.

A forma de atuação do Banco é pautada nas políticas e processos aprovados pela Alta Administração e o reporte e controle do risco é realizado periodicamente e os resultados são comunicados às instâncias competentes.

6.6.3. Estrutura de Gestão

A estrutura de gerenciamento proposta segrega o processo de gestão dos riscos dos processos corporativos que podem causar dano socioambiental nas atividades do Banco, evidenciando a responsabilidade das áreas envolvidas na gestão do risco socioambiental.

O Banco instituiu os conceitos e atividades de gestão para o risco socioambiental, evidenciando a responsabilidade pela gestão, conforme abaixo:

A Diris desenvolve modelos de avaliação, assessora o desenvolvimento de metodologias de identificação, controla a exposição e verifica a adequação do processo de gestão, este último em conjunto com a Direm.

A Unidade Negócios Sociais e Desenvolvimento Sustentável desenvolve modelos de identificação, avalia eventos, assessora na mitigação do risco e verifica a adequação do processo de gestão, este último em conjunto com a Diris.

As demais Unidades Estratégicas identificam eventos, mitigam e verificam a adequação dos instrumentos de identificação e mitigação dos riscos.

Além disso, o Banco estruturou área com atividades relacionadas ao risco socioambiental na Diretoria de Crédito, cujas atribuições contemplam o desenvolvimento de metodologia de análise de risco socioambiental para o crédito, monitoramento de normas e exigências legais e elaboração de diretrizes setoriais.

Adicionalmente, a criação da Divisão Gestão Ambiental no Agronegócio, na Diretoria de Agronegócios auxilia na gestão de processos relacionados à responsabilidade socioambiental, uma vez que tem como objetivo, prestar assessoramento nas questões

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

socioambientais vinculadas ao mercado de agronegócio, propor ajustes em produtos e serviços para contemplar atributos decorrentes da responsabilidade ambiental, entre outros.

O Banco também conta com a Divisão Plano de Suprimento, Ecoeficiência e Desenvolvimento de Fornecedores, na Diretoria de Apoio aos Negócios e Operações, que tem como objetivo acompanhar e elaborar Plano de Suprimento de Bens, Materiais e Serviços de Engenharia, coordenar e acompanhar a execução de projetos de investimentos fixos em implementação no Banco, desenvolver estratégias para o desenvolvimento de fornecedores, desenvolver estratégias para a execução de programas e ações relacionadas a eco eficiência, entre outros.

As demais unidades estratégicas, táticas e operacionais do Banco executam ações de mitigação, nos respectivos âmbitos de atuação, para minimizar impactos adversos, visando à redução do risco socioambiental.

O modelo de governança de riscos adotado pelo BB envolve estrutura de comitês superiores e comitês executivos, com a participação de diversas áreas da Instituição.

Os comitês estratégicos envolvidos na gestão do risco socioambiental são: o Conselho de Administração (CA), Comitê Superior de Risco Global (CSRG) e Comitê Executivo de Risco de Crédito (CERC).

6.6.4. Processos de Gestão

O Banco conta com processos que contribuem para a implementação de ações de responsabilidade socioambiental. São exemplos, o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, a Agenda 21, o Painel de Stakeholders, o Fórum de Sustentabilidade para Executivos, os Princípios do Equador e os Padrões de Desempenho do IFC.

6.6.5. Política de Responsabilidade Socioambiental

Em aderência aos requisitos da Resolução do Conselho Monetário Nacional 4.327, de 25/04/2014 e Normativo SARB nº 14, de 28/08/2014 (Autorregulação Febraban), a política de responsabilidade socioambiental permeia atividades relacionadas ao gerenciamento do risco.

O Banco adota estrutura de gerenciamento de riscos que tem por objetivo identificar, classificar, avaliar, monitorar, mitigar e controlar o risco socioambiental, bem como possui estrutura de governança da responsabilidade socioambiental e gestão de riscos socioambientais compatíveis com o seu porte, natureza do negócio, a complexidade dos produtos e serviços, e as relações estabelecidas com os diversos públicos de interesse.

6.6.6. Processos de comunicação e informação

A comunicação dos riscos incorridos pelo Banco para a Alta Administração ocorre nas reuniões ordinárias mensais dos comitês superiores e comitês executivos estratégicos de riscos.

6.7 Participações Societárias

O Banco do Brasil S.A. possui diversidade de negócios, produtos, serviços e clientes. Pela natureza organizacional, por opção estratégica ou por exigências legais e regulatórias, a operacionalização de seus negócios e processos está distribuída entre o Banco Múltiplo e suas Entidades Ligadas (ELBB), localizados no país e no exterior, sob variadas formas organizacionais e jurídicas.

No campo regulatório, o Conselho Monetário Nacional (CMN), emitiu a Resolução nº

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

4.388, de 18.12.2014, que altera dispositivos das Resoluções nº 3.721/09 de risco de crédito, nº 3.380/06 de risco operacional, nº 4.090/12 de risco de liquidez e nº 3.464/07 de risco de mercado. De acordo com a norma vigente, a estrutura de gerenciamento dos riscos deve:

a) em relação ao Conglomerado Prudencial:

i. identificar, avaliar, mensurar, controlar e mitigar o risco de crédito;

ii. identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco operacional;

iii. identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos de mercado e liquidez.

b) identificar e acompanhar os riscos de mercado, liquidez, crédito e operacional das empresas controladas por integrantes do conglomerado prudencial.

Por meio da Resolução nº 3.988/11, o CMN estabeleceu que a estrutura de gerenciamento de capital deve abranger todas as instituições do conglomerado prudencial e considerar também os possíveis impactos no seu capital, oriundo dos riscos associados às demais empresas controladas por integrantes do conglomerado prudencial.

Como instituição líder do consolidado econômico-financeiro, cabe ao Banco do Brasil a responsabilidade de garantir a efetividade e a integridade desse modelo empresarial, estabelecendo mecanismos de governança corporativa capazes de promover o alinhamento das Entidades Ligadas do Banco do Brasil (ELBB).

Em fevereiro de 2013, Conselho Diretor (CD) aprovou o modelo referencial de atribuições relacionadas às ELBB para as Unidades Organizacionais. Dentre outros aspectos, define as responsabilidades das Unidades, no que se refere ao relacionamento com as Entidades Ligadas ao Banco, a partir dos seguintes papéis:

a) orientadoras;

b) de acompanhamento e controle;

c) prestadoras de Serviços;

d) de Governança.

A área de gestão de riscos responde pelos papéis de Orientadora, de Acompanhamento e Controle e Prestadora de Serviço em Gestão de Riscos e a Unidade Governança Entidades Ligadas pelo papel de Governança.

Em junho/13, o CD aprovou o Processo de Orientação sobre Gestão de Riscos das ELBB, que consiste no modelo de avaliação de riscos das empresas. Foram desenvolvidos procedimentos de identificação e avaliação baseados em duas dimensões: qualitativa e quantitativa.

Em termos qualitativos, a avaliação aborda aspectos relacionados ao processo de gestão dos riscos nas empresas, tais como:

a) apetite a riscos;

b) existência de políticas e estratégias aplicadas à gestão de riscos;

c) estrutura organizacional;

d) processos, procedimentos e sistemas;

e) conceitos, critérios, modelos e metodologias, métricas, indicadores, parâmetros e limites aplicados à gestão de riscos;

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f) instrumentos de reporte;

g) existência de comitês estratégicos para deliberações e acompanhamento dos riscos incorridos;

h) segregação entre as áreas responsáveis pela gestão de negócios e pela gestão de riscos.

A avaliação quantitativa utiliza metodologias de mensuração dos riscos incorridos.

Após as avaliações das empresas, a área de gestão de riscos apresenta o grau de exposição a riscos das empresas, as fragilidades identificadas, orientação quanto ao processo de gerenciamento dos riscos, dentre outros aspectos. O processo complementa-se com a orientação aos representantes do Banco junto às ELBB, sobre a adoção de medidas para redução dos riscos incorridos, o que é realizado pelas respectivas áreas de governança.

A seguir, detalha-se o conjunto de participações societárias não classificadas na Carteira de Negociação, segregadas por segmentos de negócios:

Tabela 44 - Participações Societárias – Carteira de Não Negociação 2T15 1T15

R$ mil Atividade

% de Participações

Valor Contábil das

Participações

Valor do Requerimento de Capital(1)(2)

% de

Participações

Valor Contábil das

Participações

Valor do Requerimento de Capital(1)(2)

Segmento Bancário Banco Votorantim S.A. (3) Bancária 50,00% 3.900.003 - 50,00% 3.804.661 - Segmento Investimentos Kepler Weber S.A. (3) Indústria 17,46% 82.394 8.763 17,46% 85.275 9.080 Neoenergia S.A. (3) Energia 11,99% 1.168.686 128.555 11,99% 1.166.259 128.288 Segmento Seguros, Previdência e Capitalização

BB Seguridade Participações S.A.

(4) Holding 66,25% 3.942.743 1.030.140 66,25% 4.283.843 1.122.213

Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação-SBCE

(5) Seguradora 12,09% 2.727 712 12,09% 2.625 688

Segmento Meios de Pagamento Cateno Gestão de Contas de Pagamento S.A.

(6) Prestação de

Serviços 50,13% - - 50,13% 3.954.735 435.021

Cielo USA Inc. (3) (8) Prestação de

Serviços 28,76% 265.073 29.158 28,75% 276.673 30.434

Tecnologia Bancária S.A. - Tecban

(5) (8) Prestação de

Serviços 12,52% 47.755 5.253 13,53% 49.759 5.473

Outros Segmentos Ativos S.A. Gestão de Cobrança e Recuperação de Crédito

(4) Aquisição de

Créditos 100,00% 5 1 100,00% 5 1

BB Tur Viagens e Turismo Ltda. (4) Turismo 100,00% 14.058 1.546 100,00% 13.312 1.464 BB Tecnologia e Serviços S.A. (4) Informática 99,97% 227.740 25.051 99,97% 220.754 24.283 Cadam S.A. (5) Mineradora 21,64% 17.462 1.477 21,64% 19.342 1.683 Cia Hidromineral Piratuba (5) Turismo 15,44% 2.666 293 15,44% 2.624 289 Estruturadora Brasileira de Projetos-EBP

(5) Desenvolvimento

de Projetos 11,11% 6.566 722 11,11% 6.573 723

Provisão para Investimentos (7) (6.770) (6.770) (1) Valor referente ao requerimento mínimo de capital para as participações societárias registradas no ativo permanente e incluídas no cálculo dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de crédito (RWACPAD), nos termos da Circular Bacen nº 3.644/2013. (2) De acordo com a Resolução nº 4.192/2013, o valor do investimento no Banco Votorantim S.A. é item de dedução do Patrimônio de Referência, não havendo requerimento de capital.

(3) Controladas em conjunto, avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial.

(4) Controladas, avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial.

(5) Coligadas, avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial.

(6) Empresa incluída na consolidação do Conglomerado Prudencial a partir de 30.06.2015. O Banco do Brasil detém o controle compartilhado na Cielo, que por sua vez controla a Cateno. O percentual de participação do Banco na Cateno leva em consideração sua participação direta na BB Elo, bem como a participação indireta na Cielo por meio do BB Banco de Investimento. (7) Perdas não realizadas, mas reconhecidas, referente às empresas Cadam S.A. e Kepler Weber S.A, cujo valor é computado na apuração do Capital Principal. (8) Empresas não enquadradas como “Instituições de Pagamento”.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

7 Capital

7.1 Gestão do Capital

7.1.1 Estrutura de Gestão de Capital

A gestão do capital do Banco do Brasil consiste em processo contínuo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento do capital necessário para fazer frente aos riscos relevantes da empresa e suportar os requerimentos de capital exigidos pelo regulador e considerados no planejamento estratégico e orçamento, com objetivo de otimizar a sua alocação e estrutura.

O processo de gerenciamento de capital é realizado com base nas políticas e estratégias da Alta Administração do Banco e permeia diversas áreas, em diferentes níveis de governança da Instituição, compreendendo o Conselho de Administração, o Conselho Diretor, Comitês Estratégicos, Diretorias e o Fórum de Capital.

Figura 13 - Estrutura Organizacional envolvida no gerenciamento de riscos e de capital

O Banco do Brasil definiu como integrantes da sua estrutura de gestão de capital as Diretorias de Gestão de Riscos (Diris), de Controladoria (Dirco), de Contadoria (Coger) e de Finanças (Difin). Em Janeiro/2012, o Conselho de Administração do BB indicou o Diretor de Controladoria como responsável pela Gestão de Capital junto ao Bacen.

As áreas definidas na estrutura de gerenciamento de capital respondem em conjunto ou individualmente pela:

· identificação e avaliação dos riscos relevantes;

· avaliação do capital necessário para suportar os riscos;

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

· projeção dos indicadores de risco e de capital;

· apuração do patrimônio de referência (PR);

· elaboração do plano de capital e do plano de contingência;

· avaliação de fontes de capital e sua recomposição;

· Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap), Testes de Estresse, Reportes Gerenciais; e

· Política de Gestão de Capital.

Em dezembro/14, o Conselho Diretor (CD), alinhado às boas práticas de governança, aprovou a criação de comitê específico para o processo de gerenciamento de capital denominado Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital, tendo como principais finalidades:

a) aprovar modelos, metodologias, critérios e parâmetros para gerenciamento de capital;

b) definir os cenários a serem utilizados no processo de gerenciamento de capital;

c) analisar e propor ao CSRG a(s):

i. estratégia para o gerenciamento de capital;

ii. alocação de capital em função dos riscos;

iii. adoção de medidas constantes do plano de contingência de capital;

iv. avaliar o resultado dos testes de estresse de capital;

v. acompanhar o plano e as medidas de contingência de capital;

vi. acompanhar o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap);

vii. acompanhar as recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê.

Para subsidiar a gestão do capital, o BB mensura o Índice de Capital Principal (ICP), o Índice de Capital Nível I (ICNI) e o Índice de Basileia (IB). Além disso, o BB instituiu o Índice de Basileia Prudencial, que representa a diretriz do Banco em manter, no mínimo, o IB dois pontos percentuais acima do mínimo regulatório, a fim de amparar o risco de taxa de juros das operações não incluídas na Carteira de Negociação (parcela RBAN), risco de concentração e servir de margem prudencial para fazer frente aos demais riscos não considerados no Pilar I.

A Resolução CMN 3.988/11 instituiu a necessidade de Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap), cuja responsabilidade é da Diretoria de Gestão de Riscos (Diris). No BB, a Diretoria de Controles Internos (Dicoi), área independente da estrutura de gerenciamento de capital, é responsável pela validação do Icaap. Já a Auditoria Interna (Audit) avalia anualmente o processo de gerenciamento de capital.

O BB constituiu fórum técnico para auxiliar na gestão de capital, denominado Fórum de Capital, o qual conta com representantes das áreas integrantes da estrutura de gerenciamento de capital (Dirco, Diris, Difin e Coger). O Fórum reúne-se mensalmente e tem como principais atividades o acompanhamento mensal do planejamento de capital, análise das projeções de capital, das principais variações e tendências do IB da Instituição, além dos impactos das alterações no ambiente regulatório e negocial.

São elaborados e encaminhados reportes trimestrais ao Conselho Diretor (CD) e ao

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Conselho de Administração (CA), com o objetivo de apresentar a evolução dos indicadores de capital do Banco, a comparação dos valores realizados com os valores projetados no Plano de Capital e a expectativa para os próximos períodos.

A estrutura de gerenciamento de capital do Banco do Brasil permite o monitoramento e controle do capital mantido pela instituição, a avaliação da necessidade de capital para fazer frente aos riscos a que a instituição está sujeita e o planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição. Com isso, o BB adota postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado.

7.2 Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR)

Nível I

Capital Principal

O Capital Principal (CP) do Banco do Brasil é composto pelo Patrimônio Líquido (PL) e contas de Resultado, sendo deduzido dos Ajustes Prudenciais.

Em 28.08.2014, o Instrumento Híbrido de Capital e Dívida (IHCD), no valor de R$ 8.100.000 mil, que compunha o Capital Complementar (CC) do Banco foi autorizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) a integrar o Capital Principal, na condição de Elemento Patrimonial (EP).

Ajustes Prudenciais

Os Ajustes Prudenciais são deduções do Capital Principal (CP) de elementos patrimoniais (EP) que podem comprometer a qualidade do Capital Principal (CP) em decorrência de sua baixa liquidez, difícil avaliação ou dependência de lucro futuro para serem realizados.

A partir de janeiro/2015, o percentual de dedução dos ajustes prudenciais abaixo relacionados passou a ser de 40%:

a) ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de rentabilidade futura;

b) ativos intangíveis constituídos a partir de outubro de 2013;

c) ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados;

d) participação de não controladores;

e) investimentos, diretos ou indiretos, superiores a 10% do capital social de entidades assemelhadas a instituições financeiras, não consolidadas, e de sociedades seguradoras, resseguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar (investimentos superiores);

f) créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas tributárias futuras para sua realização;

g) créditos tributários de prejuízo fiscal de superveniência de depreciação;

h) créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de contribuição social sobre o lucro líquido.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

De acordo com a Resolução CMN nº 4.192/2013, as deduções referentes aos ajustes prudenciais serão efetuadas de forma gradativa, em 20% ao ano, de 2014 a 2018, com exceção dos ativos diferidos e instrumentos de captação emitidos por instituições financeiras, os quais já estão sendo deduzidos na sua integralidade, desde outubro de 2013.

Capital Complementar

Os Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD) que atendam aos requisitos exigidos pela Resolução CMN nº 4.192/13 podem compor o Capital Complementar, desde que autorizados pelo Bacen.

Para maiores informações a respeito da composição do Capital Complementar (IHCD) consultar o “Anexo 2 – Instrumentos Integrantes do Patrimônio de Referência”.

Nível II

Os Instrumentos de Dívidas Subordinadas (IDS) que atendam aos requisitos exigidos pela Resolução CMN nº 4.192/13 podem compor o Nível II, desde que autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Do montante de R$ 56.260.197 mil de dívidas subordinadas, o valor de R$ 38.144.335 mil compõe o PR em 30.06.2015 e foi apurado conforme descrito abaixo:

1 – o montante de R$ 21.627.115 mil refere-se aos recursos do Fundo Constitucional do Centro Oeste – FCO e não sofre decaimento, compondo integralmente o PR;

2 – o montante de R$ 5.458.898 mil refere-se às letras financeiras subordinadas emitidas em conformidade com a Resolução CMN n.º 4.192/2013, compondo integralmente o PR;

3 - De acordo com o artigo 29 da Resolução CMN nº 4.192/13, para as demais dívidas subordinadas, autorizadas segundo normas anteriores à Resolução CMN nº 4.192/2013, será considerado o menor valor entre:

a) o valor atual das dívidas subordinadas com os redutores, totalizando R$ 13.085.035 mil; e

b) o valor que compunha o PR em 31.12.2012 (R$ 15.797.605 mil), aplicando os limitadores do artigo 28, ou seja, 10% ao ano, de 2013 a 2022, resultando em R$ 11.058.322 mil (valor utilizado no PR).

Para maiores informações a respeito da composição do Nível II (Dívidas Subordinadas), consultar o “Anexo 2 – Instrumentos Integrantes do Patrimônio de Referência”.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 45 - Detalhamento Patrimônio de Referência

2T15 1T15

R$ mil Prudencial Prudencial

PR – Patrimônio de Referência 127.991.067 128.704.988

Nível I 89.853.356 91.297.640

Capital Principal 68.935.770 69.739.142

Patrimônio Líquido 72.534.473 73.315.647

Instrumento Elegível a Capital Principal 8.100.000 8.100.000

Ajustes prudenciais (11.698.703) (11.676.505)

Capital Complementar 20.917.586 21.558.498

IHCD autorizados em conformidade com a Resolução CMN n.º 4.192/2013 18.844.042 19.484.955

IHCD autorizados segundo normas anteriores à Resolução CMN n.º 4.192/2013(1) 2.073.544 2.073.543

Nível II 38.137.711 37.407.348

Dívidas Subordinadas Elegíveis a Capital 38.144.335 37.425.368

Dívidas Subordinadas autorizadas em conformidade com a Resolução CMN n.º 4.192/2013 – Letras Financeiras

5.458.898 5.291.355

Dívidas Subordinadas autorizadas segundo normas anteriores à Resolução CMN n.º 4.192/2013

32.685.437 32.134.013

Recursos captados do FCO(2) 21.627.115 21.075.691

Recursos captados com Letras Financeiras e CDB(3) 11.058.322 11.058.322

Dedução do Nível II (6.624) (18.020)

Instrumentos de captação emitidos por instituição financeira (6.624) (18.020)

(1) Os Instrumentos autorizados pelo Bacen a compor o PR conforme Resolução CMN n.º 3.444/2007 e que não se enquadram nos requisitos exigidos pela Resolução CMN n.º 4.192/2013 sofrerão decaimento de 10% ao ano, de 2013 a 2022. Esse decaimento é aplicado sobre os valores que compunham o PR em 31.12.2012.

(2) De acordo com a Resolução CMN n.º 4.192/2013, os saldos do FCO são elegíveis a compor o PR.

(3) Considerou-se o saldo dos instrumentos de Dívida Subordinada que compunham o PR em 31.12.2012, aplicando-se sobre ele o faseamento de 30%, conforme determina a Resolução CMN n.º 4.192/2013.

Tabela 46 - Ajustes Prudenciais

2T15 1T15

R$ mil Prudencial Prudencial

Instrumentos de captação emitidos por instituições financeiras(1) (2) (3.900.003) (3.804.661)

Ativos intangíveis constituídos a partir de outubro de 2013(3) (2.095.283) (2.048.234)

Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam da geração de lucros (excesso dos 10%)(3)

(1.990.274) (619.575)

Ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de rentabilidade futura(3)(5)

(1.245.653) (1.343.455)

Ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados(3)(4)

(1.243.180) (2.470.316)

Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de contribuição social sobre o lucro líquido(3)

(463.682) (499.011)

Participação de não controladores(3) (378.534) (434.493)

Investimentos superiores e créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam da geração de lucros (excesso dos 15%)(3)

(290.712) (358.945)

Créditos tributários decorrentes de prejuízo fiscal de superveniência de depreciação(3) (68.743) (72.129)

Ativos diferidos(2) (22.639) (25.686)

Total (11.698.703) (11.676.505)

(1) Refere-se à participação no Banco Votorantim. (2) Ajustes Prudenciais não sujeitos ao faseamento, sendo computados integralmente, conforme determina a Resolução CMN n.º

4.192/2013. (3) Ajustes Prudenciais sujeitos ao faseamento, conforme art. 11 da Resolução CMN n.º 4.192/2013. (4) Vide notas explicativas 27.e –Benefícios a Empregados e 25.d -Tributos, as quais integram as demonstrações contábeis do

Banco do Brasil. (5) O valor base para o cálculo dos ágios baseados em expectativa de rentabilidade futura é composto por: R$ 802.640 mil no

investimento e R$ 2.311.492 mil no intangível, vide notas14 – Investimentos e 16 –Intangível. No intangível, refere-se ao ágio pago pela aquisição do Banco Nossa Caixa, incorporado em novembro/2009.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Para mais informações a respeito da composição do Patrimônio de Referência (PR), consultar o “Anexo 1 – Composição do Patrimônio de Referência”.

7.3 Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR)

O Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR) é o patrimônio exigido (volume de capital necessário) das instituições e dos conglomerados autorizados a funcionar pelo Bacen, para fazer face aos riscos a que estão expostos, em função das atividades por eles desenvolvidas, e é definido pela Resolução CMN nº 4.193/13.

O PRMR corresponde à aplicação do fator “F” ao montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA), sendo:

· 11% do RWA, de 01.10.2013 a 31.12.2015;

· 9,875% do RWA, de 01.01.2016 a 31.12.2016;

· 9,25% do RWA, de 01.01.2017 a 31.12.2017;

· 8,625% do RWA, de 01.01.2018 a 31.12.2018; e

· 8% do RWA, a partir de 01.01.2019.

Na apuração do montante de ativos ponderados pelo risco (RWA), considera-se a soma das seguintes parcelas:

· I - RWACPAD, relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada;

· II - RWAMPAD, relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada; e,

· III - RWAOPAD, relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada.

O escopo de consolidação utilizado como base para a verificação dos limites operacionais considera o Conglomerado Financeiro, de 01.10.2013 até 31.12.2014, e o Conglomerado Prudencial, definido na Resolução CMN nº 4.280/13, a partir de 01.01.2015.

Na tabela abaixo, é apresentado o PRMR segregado por Risco de Crédito, Risco de Mercado e Risco Operacional.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

Tabela 47 - Patrimônio de Referência Mínimo Requerido

R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14 R

isco

de

Cré

dit

o

RWACPAD 749.291.147 753.727.844 734.716.021 720.363.896 782.472.612 Exposições sujeitas ao FPR de 2% 6.204 2.567 392 7.283 1.908 Exposições sujeitas ao FPR de 20% 3.532.252 3.619.422 7.534.545 6.681.196 9.159.634

Exposições sujeitas ao FPR de 35%

9.789.421 8.950.746 8.444.573 7.667.104 6.943.504

Exposições sujeitas ao FPR de 50% 17.517.793 18.151.121 17.044.092 18.082.035 17.435.975

Exposições sujeitas ao FPR de 75%

204.647.964 202.964.292 203.654.427 197.795.100 129.523.956

Exposições sujeitas ao FPR de 85% 171.123.910 176.222.367 152.691.687 146.237.834 133.804.526

Exposições sujeitas ao FPR de 100%

310.524.291 310.393.134 314.009.607 312.533.013 380.274.980

Exposições sujeitas ao FPR de 150% - - - - 59.166.606

Exposições sujeitas ao FPR de 250%

25.850.914 26.152.178 26.638.381 26.832.880 23.268.750

Exposições sujeitas ao FPR de 300% 2.395.909 2.570.130 3.518.881 3.483.891 21.721.836

Exposições sujeitas ao FPR de 1.250%

2.844.317 3.535.806 602.206 687.353 875.477

Ajuste associado à variação do valor dos derivativos em decorrência de variação da qualidade creditícia da contraparte (CVA)

1.058.172

1.166.079

577.231

356.206

295.461

Ris

co O

per

acio

nal

RWAOPAD 30.116.897 30.116.897 39.712.004 39.712.004 36.578.814 Administração de Ativos 634.230 634.230 1.115.551 1.115.551 1.130.176 Comercial 18.201.214 18.201.214 15.860.595 15.860.595 13.457.208 Corretagem de Varejo 21.222 21.222 44.602 44.602 44.065 Finanças Corporativas (3.975.398) (3.975.398) (1.907.520) (1.907.520) (845.308) Negociação e Vendas 1.748.490 1.748.490 10.229.334 10.229.334 9.939.540 Pagamentos e Liquidações 2.609.070 2.609.070 4.557.642 4.557.642 4.291.040 Serviços de Agente Financeiro 674.985 674.985 986.798 986.798 972.638 Varejo 10.203.084 10.203.084 8.825.002 8.825.002 7.589.455

Ris

co d

e M

erca

do

RWAMPAD 11.648.889 19.584.874 11.545.497 11.317.920 12.534.491

Taxa de juros prefixadas denominadas em real - RWAJUR[1]

281.073

299.507

286.542

801.713

166.518

Taxa dos cupons de moedas estrangeiras - RWAJUR[2]

3.793.613

3.280.390

2.863.103

2.931.659

2.017.763

Taxa dos cupons de índices de preços - RWAJUR[3]

36.711

480.401

38.541

39.935

42.448

Taxa dos cupons de taxas de juros - RWAJUR[4]

-

-

-

-

-

Preço de ações - RWAACS - - - - - Preço de commodities - RWACOM 39.488 36.011 26.883 15.319 8.203 Moeda estrangeira - RWACAM 7.498.004 15.488.565 8.330.427 7.529.293 10.299.558

Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)(1) 791.056.934 803.429.614 785.973.521 771.393.819 831.585.917 Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR)(2)

87.016.263

88.377.258

86.457.087

84.853.320

91.474.451

(1) Conforme Resolução CMN nº 4.193/2013, a partir de 01.01.2015 o cálculo do RWA aplica-se às instituições integrantes do Conglomerado Prudencial. (2) Em conformidade com a Resolução CMN nº 4.193/2013, corresponde à aplicação do fator “F” ao montante de RWA, sendo “F” igual a: 11% do RWA, de 01.10.2013 a 31.12.2015; 9,875% do RWA, de 01.01.2016 a 31.12.2016; 9,25% do RWA, de 01.01.2017 a 31.12.2017; 8,625% do RWA, de 01.01.2018 a 31.12.2018; e, 8% do RWA, a partir de 01.01.2019.

7.4 Índices de Adequação de Capital

Em conformidade com as recomendações do Comitê de Basileia para Supervisão Bancária (CBSB), o Bacen estabeleceu limites operacionais a serem observados pelas instituições financeiras, dentre os quais se destaca o Índice de Basileia (IB), Índice de Capital Principal (ICP) e o Índice de Capital Nível I (ICNI).

O Índices de Capital foram apurados segundo os critérios estabelecidos pelas Resoluções CMN nº 4.192/2013 e 4.193/2013, que tratam do cálculo do Patrimônio de Referência (PR) e do Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR) em relação aos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), respectivamente.

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

O Bacen determina que as instituições financeiras devam manter, permanentemente, valor de PR superior ao valor do PRMR. De forma complementar, a Resolução CMN nº 4.193/13 instituiu os requerimentos mínimos de capital principal (4,5% do RWA) e de nível I (5,5% do RWA até 31.12.2014 e 6%, a partir de 01.01.2015).

As tabelas seguintes demonstram a evolução do Índice de Basileia (IB), Índice de Capital Principal (ICP), Índice de Capital Nível I (ICNI), da parcela RBAN e da margem de compatibilização do PR.

Tabela 48 - Índice de Basileia e margem do PR

R$ mil 2T15 1T15 4T14 3T14 2T14

Patrimônio de Referência (PR)(1) 127.991.067 128.704.988 126.588.485 123.713.046 118.042.870

Nível I 89.853.356 91.297.640 89.538.218 88.810.291 84.276.305

Capital Principal 68.935.770 69.739.142 71.035.684 71.554.347 62.049.999

Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR)(2)

87.016.263 88.377.258 86.457.087 84.853.320 91.474.451

Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)(3) 791.056.934 803.429.614 785.973.521 771.393.819 831.585.917

Índice de Basileia (IB) 16,18% 16,02% 16,11% 16,04% 14,19%

Índice de Capital Nível 1 (ICN1) 11,36% 11,36% 11,39% 11,51% 10,13%

Índice de Capital Principal (ICP) 8,71% 8,68% 9,04% 9,28% 7,46%

Risco de taxa de juros das operações não classificadas na carteira de negociação (RBAN)

3.225.330 2.480.502 3.459.809 3.324.429 3.333.193

Margem de compatibilização do PR (PR - PRMR - RBAN)

37.749.475 37.847.229 36.671.589 35.535.297 23.235.225

(1) Conforme Resolução CMN n.º 4.192/2013. (2) Em conformidade com a Resolução CMN nº 4.193/2013, corresponde à aplicação do fator “F” ao montante de RWA, sendo “F” igual a: 11% do RWA, de 01.10.2013 a 31.12.2015; 9,875% do RWA, de 01.01.2016 a 31.12.2016; 9,25% do RWA, de 01.01.2017 a 31.12.2017; 8,625% do RWA, de 01.01.2018 a 31.12.2018; e, 8% do RWA, a partir de 01.01.2019. (3) Conforme Resolução CMN nº 4.193/2013, a partir de 01.01.2015 o cálculo do RWA aplica-se às instituições integrantes do Conglomerado Prudencial.

7.5 Avaliação de Suficiência e Adequação do PR

O Banco do Brasil elabora/revisa anualmente o seu Plano de Capital abrangendo horizonte temporal mínimo 36 meses, vinculado às orientações negociais e econômicas contidas na Estratégia Corporativa do Banco do Brasil (ECBB), com objetivo de assegurar que o capital seja suficiente para amparar, além dos riscos relevantes, o crescimento dos negócios.

O Plano de Capital abrange as entidades, localizadas no País e no exterior, integrantes do Conglomerado Prudencial do Banco do Brasil, em consonância com o disposto na Resolução CMN nº 4.280/2013.

Para subsidiar a elaboração do Plano, são realizadas projeções, tanto do PR quanto do RWA, baseadas nas premissas discutidas no âmbito do Fórum de Capital e nas variáveis previstas no Orçamento Corporativo vigente. Além disso, são realizadas simulações de comportamento adverso do conjunto de variáveis que resulte em severo impacto sobre a solvência do Banco, mas que apresente a probabilidade não nula de ocorrer.

O Plano de Capital tem como objetivo projetar o requerimento de capital para a cobertura dos riscos relevantes alinhados à Estratégia Corporativa vigente e a respectiva geração de capital de modo a assegurar a solvência do Banco, considerando inclusive cenários de estresse.

O Plano de Contingência de Capital tem por objetivo assegurar o enquadramento do Banco aos níveis regulatórios e prudenciais de capital, caso as fontes de capital definidas no Plano de Capital mostrem-se insuficientes ou inviáveis ou na ocorrência de

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Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III – 2T15

acontecimentos não previstos.

O Plano de Capital tem como objetivo garantir os índices de solvência da instituição sem comprometer o seu resultado, sendo aprovado pelo Conselho Diretor (CD) e Conselho de Administração (CA) do BB.

O acompanhamento de execução do Plano é realizado mensalmente pelo Fórum de Capital e reportado para a Alta Administração. Neste acompanhamento, são avaliadas as projeções e as necessidades de realinhamento de estratégia, levando em consideração os valores realizados, eventuais alterações regulatórias e as expectativas dos negócios.

Neste contexto, o BB avalia as projeções com base nos limites de cada indicador e no prazo para eventual descumprimento, conforme quadro a seguir:

Quadro 4 - Critérios e parâmetros para classificação dos estados de capital

Índice de Capital Prazo de descumprimento (meses)

0 a 6 7 a 12 13 a 18 19 a 24 25 a 30 A partir do 31º mês

ICP CRÍTICO ALERTA VIGILÂNCIA ICN1 CRÍTICO ALERTA VIGILÂNCIA

IBP CRÍTICO ALERTA VIGILÂNCIA

Observa-se, de acordo com o quadro acima, que quando as projeções indicarem extrapolação de Índice de Basileia Prudencial (IBP) – atualmente em 13% – ou em algum outro indicador de capital, a empresa terá tempo suficiente para promover alterações estratégicas que evitem a extrapolação dos mesmos.

Os estados de capital são reportados pela Diris, mensalmente, nas reuniões ordinárias dos comitês estratégicos de riscos vinculados à estrutura de gestão de capital (CEGC e CSRG), contendo, quando necessárias, sugestões de medidas de contingência de capital a serem adotadas.

Adicionalmente, para o processo de gerenciamento de capital, o Banco implementou indicador denominado Retorno Ajustado ao Risco (RAR), que visa garantir sustentabilidade do crescimento do BB no longo prazo e melhorar a alocação de capital do Banco, priorizando o crescimento de negócios que geram lucros de forma consistente com o consumo de capital.