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Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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Banco Angolano de Investimentos
GEEF – Gabinete de Estudos Económicos e Financeiro
Relatório de Conjuntura Económica
I Semestre de 2017
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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Conteúdo
I. Enquadramento Internacional .................................................................................. 3
1.1. Perspectivas de crescimento económico ...................................................................... 3
1.2. Mercados Monetário e Cambial .................................................................................... 4
1.3. Mercado das Commodities ........................................................................................... 4
II. Economia Nacional .................................................................................................... 7
2.1. Contas Externas e Mercado cambial ............................................................................. 7
2.2. Contas Fiscais e Endividamento Público ....................................................................... 9
2.3. Actividade Económica e Perspectivas de Crescimento ............................................... 12
2.4. Inflação ........................................................................................................................ 13
2.5. Panorama Monetário e Financeiro ............................................................................. 14
a. Política Monetária e Liquidez ...................................................................................... 14
b. Síntese Monetária ....................................................................................................... 16
c. Estabilidade do Sector Bancário .................................................................................. 17
d. Mercado de Dívida ...................................................................................................... 19
III. Legislação relevante publicada no Semestre .......................................................... 21
III. Fontes e Bibliografia ............................................................................................... 22
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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I. ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL
1.1. Perspectivas de crescimento económico
No update de Julho do World Economic Outlook, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê
um crescimento económico mundial de 3,5% e 3,6% em 2017 e 2018 respectivamente, o que se
traduz numa manutenção do crescimento face às previsões de Abril. Entretanto, as revisões de
crescimento económico assumem posições ambíguas.
Por um lado, entre as performances das principais economias avançadas destacam-se os EUA
que, devido principalmente às incertezas relativas à implementação da política fiscal, deverá
apresentar uma redução do crescimento em 0,2 p.p. e 0,4 p.p. para crescer 2,1% em 2017 e
2018, respectivamente. No caso do Reino Unido, o crescimento económico para 2017 também
foi revisto em baixa para 1,7% (-0,3 p.p. face a Abril), justificado por uma fraca actividade
industrial no primeiro trimestre deste ano. Por outro lado, as projecções de crescimento para a
Zona Euro foram revistas em alta tanto para 2017 como para 2018, enquanto no Japão e nas
economias emergentes só a projecção para o ano de 2017 foi revisto em alta.
Associado a estas projecções, o FMI aponta como riscos para o curto prazo, a possibilidade de
tensões financeiras, especialmente na China, bem como as políticas proteccionistas e as
crescentes tensões geopolíticas. Além disso, na Europa, muitas economias emergentes e em
desenvolvimento receberam injecções de capital a taxas de financiamento favoráveis, o que
acarreta um risco de mais tarde haver reversões na balança de pagamentos. Também, poderão
surgir tensões se os bancos centrais das economias avançadas mostrarem uma preferência
crescente pelo endurecimento das políticas monetárias. Destaca-se ainda, do lado negativo, o
facto de qualquer eventual incerteza política ou outros choques poderem accionar uma
correcção nos mercados, especialmente nos accionistas, e um aumento da sua volatilidade.
No que diz respeito à África subsariana, perspectiva-se uma ligeira melhoria no crescimento
desta região em 2017, tendo sido revista em alta para 2,7% neste ano e mantendo a mesma
previsão de crescimento em 2018 (3,5%). O desempenho previsto para a região deverá ser
impulsionado pelas perspectivas positivas da economia sul-africana, revista em alta em 0,2 p.p.
para 1% em 2017, enquanto na Nigéria se espera a manutenção das taxas de crescimento. Por
outro lado, o crescimento no Norte de África deverá desacelerar consideravelmente em 2017,
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Mundo EconomiasAvançadas
EconomiasEmergentes
África Subsariana
Gráfico 1. Taxa de crescimento do PIB (%)
2015 2016E2017P 2018P
Fonte: FMI: WEO - Julho 2017
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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reflectindo especialmente um abrandamento da actividade dos exportadores de petróleo,
devido às recentes quedas do preço da matéria-prima.
1.2. Mercados Monetário e Cambial
A economia dos EUA apresentou um bom desempenho quanto ao duplo objectivo perseguido
pelo Fed (criação de emprego e estabilidade de preços) durante o primeiro semestre de 2017.
O mercado de trabalho tem-se aproximado do pleno emprego, com a taxa de desemprego a
situar-se em 4,4%, atingindo desta forma mínimos de perto de 16 anos. Este facto, associado a
uma taxa de inflação perto do objectivo de 2%, permitiu ao Fed elevar por duas vezes a sua taxa
de juro de referência, sendo que a primeira ocorreu em Março, em 0,25 p.p., e a segunda, na
mesma proporção, em Junho, fixando-a no intervalo entre 1% e 1,25%. Esta decisão contrastou
com a postura do Banco Central Europeu, do Banco da Inglaterra e do Banco do Japão, que
mantiveram inalteradas as respectivas políticas monetárias.
As expectativas de subida da taxa de juros no início do semestre nos EUA reflectiram-se no
comportamento do mercado cambial durante o primeiro semestre do ano, através de
apreciação mais forte do dólar (USD) no início desse período. Porém, até ao final do semestre,
existiram movimentos correctivos no mercado cambial que colocaram o USD com perdas face
às principais divisas mundiais. Particularmente, a não efectivação de algumas das medidas
expansionistas propostas pelo Presidente norte-americano tiveram grande impacto sobre o
valor da moeda daquele país. Comparativamente ao euro, existiu uma sobredepreciação no
início do ano que era justificada também pelo contexto político incerto que existia com as
eleições presidenciais em alguns países, nomeadamente na Holanda e França. Após o
conhecimento dos resultados, que afastavam a possibilidade de um cenário mais extremista, o
euro teve uma tendência apreciativa.
O índice que mede a força do USD perdeu, no primeiro semestre do ano, 6,24% em relação às
principais divisas, destacando-se a depreciação de 8,84% e de 1,63% face ao euro e iene,
respectivamente. Por outro lado, a libra, que ainda se ressente da instabilidade causada pelas
negociações da saída do Reino Unido da União Europeia, perdeu valor face ao dólar em cerca de
3%. Quanto às taxas de câmbio das economias emergentes e em desenvolvimento, destaca-se
a depreciação do dólar face à moeda chinesa (-2,0%), à moeda brasileira (0,76%) e ao Rand sul-
africano (1,70%).
Quanto à evolução da inflação homóloga dos principais parceiros comerciais de Angola, destaca-
se as seguintes: ligeiro abrandamento do crescimento dos preços no Brasil, África do Sul e na
China, situando-se no final de Junho, em 3,0%, 5,1% e 1,5% respectivamente, indicando
reduções de 5,84 p.p., 0,9 p.p. e 0,4 p.p., face ao período homólogo. Já a Zona Euro, o cenário
de baixa inflação na Zona Euro registou significativas melhorias ao passar de 0,1% em Junho de
2016 para 1,3% em Junho deste ano.
1.3. Mercado das Commodities
Tal como no final do ano passado, os primeiros seis meses de 2017 continuaram a ser um
período com alguma agitação no cenário político a nível global, marcado não só pelas tensões
políticas envolvendo os EUA, mas também pela incerteza nos mercados que resultou da
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dificuldade do Presidente norte-americano em executar as políticas fiscais propostas aquando
da sua eleição. O período eleitoral em alguns países da Europa e a activação do artigo 50º do
Tratado de Lisboa para a saída do Reino Unido da União Europeia, ocorrida antes de Março, e a
marcação das eleições antecipadas no Reino Unido, tornaram o mercado muito volátil com
períodos de ganhos e perdas nos diversos mercados.
Assim, o ouro e outros metais preciosos tornaram-se mais atractivos, já que servem de activos
de refúgio seguro em momentos de alta volatilidade dos mercados. O preço do ouro valorizou
cerca de 8% durante o início do ano (não obstante a perca de 6% face ao semestre homólogo)
fixando-se nos USD 1.241,6 por onça em Junho de 2017. Já o preço de outros metais básicos
fortaleceram-se ao longo do semestre, com a platina a valorizar cerca de 3%, o cobre mais de
6%, o alumínio 15% e o zinco a subir 8%.
Por sua vez, as commodities agrícolas, que são medidas pelo índice de preços dos alimentos da
FAO, seguiram uma tendência de subida ao atingir 175,2 pontos no final do mês de Junho,
correspondendo a uma variação semestral de 2% (+6,9% face a Junho de 2016). Com excepção
dos preços do óleo e açúcar, que evoluíram de forma negativa em 11,4% e 24,9%
respectivamente, as outras commodities como a carne, lacticínio e cereais, contribuíram
positivamente para a evolução do índice no semestre em análise.
No mercado petrolífero, a média de produção diária de petróleo no primeiro semestre de 2017
atingiu cerca de 96,1 milhões de barris/dia para satisfazer uma procura na ordem de 95,35
milhões de barris/dia. Esta oferta excessiva contribuiu para a acumulação de stock equivalente
a 750 mil barris/dia. Refira-se que o excedente de mercado no semestre em análise aumentou
em 500 mil barris/dia face à média registada no último semestre do ano passado, devido ao
facto de a queda da oferta ter sido menor do que a queda da procura.
Quanto à evolução do preço do barril de petróleo, os dados evidenciam várias oscilações
durante o semestre, entre perdas e ganhos. Entre os factores que influenciaram as oscilações
do preço do petróelo, temos, por um lado, as preocupações do mercado em poder controlar o
excesso de oferta foram reforçadas, com a decisão da OPEP em estender o acordo de corte de
produção. Por outro lado, os aumentos inesperados do stock de reservas petrolíferas nos EUA e
o crescente número de sondas nos campos de xisto naquele país têm constituído factores de
influência negativa sobre os preços a um nível global.
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Gráfico 2. Preço do Ouro(USD/onça de ouro)
Fonte: Bloomberg
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Gráfico 3. Índices da FAO
Indíce FAOCarnesLacticíniosCereaisÓleos e gordurasAçúcar
Fonte: FAO
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Tabela 1: Mercado Petrolífero (média de milhões de barris por dia)
2014 2015 2016 2016 2016 2017 2017
Anual Anual Anual I - Sem II – Sem I - Sem II - Sem (P)
Países da OCDE 45,8 46,4 46,9 46,5 47,2 46,75 47,5
Países Fora da OCDE 46,2 47,3 48,3 47,6 48,9 48,65 49,9
Procura Global 92,0 93,7 95,11 94,1 96,1 95,35 97,4
Países da OPEP 30,3 31,5 32.5 32,1 32,85 32,25 …
Países Fora da OPEP 56,5 58 57,3 57,25 57,35 57,70 57,95
OPEP Gás Natural 5,8 5,9 61,0 63,25 63,45 6,25 6,35
Oferta Global 92,6 95,5 95,8 95,3 96,3 96,1 …
Excesso de Oferta 0,6 1,8 0,69 1,2 0,2 0,75 …
Fonte: Relatórios Mensais da OPEP
Assim, no final do primeiro semestre, o preço médio do Brent que serve de referência às
exportações de Angola, situou-se nos USD 53,6 por barril, registou uma valorização de 1,3%,
face ao semestre anterior. Já o preço médio do WTI contraíu em 0,26% para os 51,2%.
Apesar de nos primeiros três meses do ano os preços do petróleo terem recuperado, muito
devido à expectativa sobre a extensão do corte da produção por parte dos países do cartel da
OPEP, viu-se de seguida uma desvalorização do preço da commodity de forma brupta e
intercalada por pequenas valorizações, mesmo depois de se ter confirmado a extensão do
acordo. Este efeito negativo nos preços da matéria prima deveu-se sobretudo ao aumento das
reservas de petróleo dos EUA que, apesar de algumas perdas, apresentou no final do semestre
ganhos acumulados superiores face ao esperado. A reserva de petróleo norte-americana
cresceu 7% no primeiro semestre do ano (+5% em termos homólogos), passando de 968 mil
milhões de barris no segundo semestre de 2016 para 1.032 mil milhões de barris no período em
análise.
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Gráfico 4. Evolução do preço do crude(USD por barril)
BRENTWTI
Fonte: Bloomberg
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II. ECONOMIA NACIONAL
2.1. Contas Externas e Mercado cambial
Apesar da contracção da quantidade de petróleo exportada durante os primeiros seis meses do
ano (-4,7% e-8,6% face ao semestre anterior e ao período homólogo, respectivamente), é
expectável que o saldo da conta de bens tenha apresentado uma melhoria no período. Esta
perspectiva é justificada pelo aumento do preço do petróleo, que se situou, em média, nos USD
50,1 por barril no semestre (+12,4% face ao último semestre de 2016, e + 37,7% face ao período
homólogo). Assim, o valor das exportações petrolíferas neste semestre é superior em 7% face
aos últimos seis meses de 2016 e em 25% face ao período homólogo.
Ressalta-se que há três semestres consecutivos que a quantidade de barris de petróleo
exportada tem vindo a reduzir, passando de um total de 327 milhões de barris no último
semestre de 2015 para 294,5 milhões de barris no período em análise. Para além da intenção de
se cumprir com o acordo de corte de produção petrolífera da OPEP, que impunha uma redução
da produção de barris de petróleo no nosso País, esta redução deve-se também a alguns
problemas técnicos no sector petrolífero nacional.
Não obstante o aumento das receitas das exportações petrolíferas, as reservas internacionais
brutas (RIB), no período em análise, contraíram 15% face ao período homólogo, situando-se no
final do semestre em USD 20.199 milhões. Por outro lado, refira-se o aumento substancial das
obrigações de curto prazo face ao período homólogo, sendo que em Junho do ano passado
valiam USD 75 milhões, e no final do Junho deste ano valiam USD 3.555 milhões. Desta forma,
as reservas internacionais líquidas (RIL) no mês de Junho já estavam abaixo do patamar dos USD
17 milhões, o montante mais baixo deste indicador desde Abril de 2011.
Na decomposição das RIB, destaca-se o peso de 62% dos depósitos do Banco Nacional de Angola
(BNA) em moeda estrangeira, situando-se em USD 12.563 milhões (tendo reduzido 11% no
semestre e 15% face ao período homólogo). Os depósitos do Estado reduziram em 28% no
semestre e 21% face ao período homólogo para USD 6.727 milhões no fim do semestre em
análise, representando 33% das RIB. As reservas obrigatórias em moeda estrangeira dos bancos
atingiram USD 1.055 milhões, cerca de 5% das RIB, crescendo 26% no semestre e 44% face ao
período homólogo.
Tabela 2. Evolução das RIL
USD mil milhões jul-16 dez-16 jun-17 Var
Hom.
Reservas Brutas 24.052 24.353 20.345 -15%
BNA 14.860 14.178 12.563 -15%
CUT ME 8.462 9.337 6.727 -21%
Reservas Obrig. 730 837 1.055 44%
Obrigações C. P 75 3.546 3.562 4644%
RIL 23.977 20.807 16.644 -30% Fonte: BNA
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Gráfico 5. Reservas Internacionais(USD milhões)
RIB (esc. dir) Receitas petrolíferas (esc. dir)
Fonte: BNA e MINFIN
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Durante os seis primeiros meses do ano o BNA vendeu, em euros, o equivalente a USD 7.640
milhões, o que significou um aumento acima do dobro face ao mesmo período do ano anterior
(e +5,4% face ao semestre anterior). As vendas directas direccionadas para segmentos
prioritários representaram 86% da intervanção do BNA no mercado cambial. Destas vendas
direccionadas, destaca-se a necessidade de cobrir as necessidades do sector petrolífero
(incluindo a Sonangol) que absorveu cerca de 20% do total das vendas direccionadas. Outros
segmentos no qual a venda directa teve um peso considerável foram os bens alimentares, com
18%, e a indústria, com 12% das vendas directas.
No período em análise os bancos ainda compraram USD 891 milhões aos seus clientes, o que
fica abaixo do montante de compras realizadas pelos bancos nos semestres homólogos de 2015
e 2016, cujas compras ultrapassaram sempre o limiar de USD 1.000 milhões.
No mercado cambial primário, a taxa de câmbio manteve-se practicamente estável, situando-se
nos 165,92 USD/Kz em Junho. Já no mercado informal, a taxa de câmbio média de compra e
venda, em Junho de 2017, cotava em 377,50 USD/Kz, o que corresponde a uma apreciação de
20% face ao final de 2016. Esta apreciação foi influenciada, por um lado, pela maior oferta de
divisas pelo BNA no semestre em análise e, por outro lado, pela contracção em 3% da massa
monetária (M2), o qual implicou menos disponibilidade monetária em Kwanzas para trocar no
mercado informal. Adicionalmente, a recente estabilidade da taxa de câmbio e a expectativa
criada pelos agentes económicos de que esta permanecerá nestas condições até final do ano
pode ter aliviado, de certa forma, a procura por divisas para fins especulativos.
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Gráfico 6. Venda de Divisas(USD Milhões)
Venda DirectaBNA TotalClientes
Fonte: BNA - Comunicação pós CPM
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12%
4%4%
4%3%
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Gráfico 7. Destino das vendas directas(% total das Vendas Directas no II Semestre 2017)
Sector Petrolífero (incluindoSonangol)Bens Alimentares
Leilão de OperaçõesDiversasSector da Indústria
Cartões de Crédito
Viagens, Ajuda Familiar,Saúde, Edu. e Rem.Ministérios e Organismosdo EstadoCompanhias Aéreas
OutrosFonte: BNA
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Gráfico 8. Taxas de Câmbio Nominais(USD/Kz)
Mercado Primário
Mercado Informal
Fonte: BNA e "Kuinguilas Hoje"
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2.2. Contas Fiscais e Endividamento Público
• Receitas petrolíferas e diamantíferas
As receitas fiscais petrolíferas no primeiro semestre foram de Kz 793,2 mil milhões, o que indica
um crescimento de 35,3% face ao período homólogo e de 9,9% face ao semestre anterior. Este
aumento foi impulsionado, tal como identificado no capítulo anterior, pela subida do preço das
ramas angolanas, que mais que compensou a contracção da quantidade exportada de barris de
petróleo.
Do total arrecadado no período em análise, cerca de 64,3% são referentes a receitas da
concessionária, ou seja Kz 510,3 mil milhões (aumentos de 7,3% e de 39,1% face ao semestre
anterior e homólogo, respectivamente), enquanto os restantes 35,66% são relativos aos
impostos das operadoras, que se situaram em Kz 282,9 mil milhões (+14,9% em termos
semestrais e 28,8% em termos homólogos).
Ao decompor os impostos das operadoras observa-se que, comparativamente ao semestre
anterior, as receitas de Impostos sobre Rendimento do Petróleo tiveram um aumento de 18,3%
situando-se em Kz 212,9 mil milhões e os Impostos sobre a Produção de Petróleo subiram 5,4%
para Kz 33,2 mil milhões. Relativamente ao período homólogo, as receitas dos dois impostos
referidos cresceram 27,4% e 33%, respectivamente. Por fim, em Fevereiro deste ano, arrecadou-
se Kz 156,5 milhões relativos ao Imposto sobre Transacção de Petróleo, imposto este que já não
era arrecadado desde Novembro de 2014.
Analisando a evolução das receitas petrolíferas arrecadadas por blocos de exploração, destaca-
se os blocos 15 e 17 como sendo os que apresentaram maiores receitas arrecadas no período,
com contribuições de, respectimente, Kz 193,9 mil milhões e Kz 350,8 mil milhões,
correspondendo em conjunto a 69% das receitas totais arrecadadas no semestre. De referir que
a arrecadação de receitas destes blocos apresentou um crescimento de 3,4% e 26,2% face ao
semestre anterior, e de 44,6% e 50,5% face ao período homólogo.
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Gráfico 9. Receitas Fiscais Petrolíferas(USD Milhões)
Impostos OperadorasReceita da ConcessionáriaPreço Médio (USD/Bbl, esc. direita)
Fonte: MINFIN
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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Tabela 3. Receitas petrolíferas semestrais por bloco (Kz milhões)
Descrição
2016 2017 Variação
I Semestre II Semestre I Semestre Semestral Homóloga
Bloco 0 A 33.000,9 41.159,0 46.939,1 14,0% 42,2%
Bloco 0 B 26.828,6 28.347,5 31.032,3 9,5% 15,7%
Bloco 2/05 2,2 370,2 341,4 -7,8% 15275,1%
Bloco 03/05A 730,9 690,5 900,2 30,4% 23,2%
Bloco 04/05 19.534,1 20.335,7 17.631,1 -13,3% -9,7%
Bloco 3/05 6.098,1 502,6 1.488,5 196,2% -75,6%
Bloco 14 25.291,6 40.734,0 34.993,0 -14,1% 38,4%
Bloco 14 K/A-IMI 815,7 962,0 906,1 -5,8% 11,1%
Bloco 15 134.147,6 187.639,5 193.939,4 3,4% 44,6%
Bloco 15/06 13.744,2 14.321,9 18.322,8 27,9% 33,3%
Bloco 17 233.140,9 277.894,6 350.768,4 26,2% 50,5%
Bloco 18 57.406,6 61.879,1 51.199,4 -17,3% -10,8%
Bloco 31 35.450,6 45.890,3 44.147,2 -3,8% 24,5%
Bloco FS/FST 116,4 670,9 426,3 -36,5% 266,2%
ZSTC 174,1 288,0 196,8 -31,6% 13,1%
TOTAL 586.482,5 721.685,8 793.232,1 9,9% 35,3%
Fonte: MINFIN
As receitas fiscais diamantíferas arrecadadas no primeiro semestre de 2017 situaram-se em Kz
7,6 mil milhões, onde cerca de 65,9% destas eram referentes a royalties (Kz 4,9 mil milhões),
enquanto os outros 34,1% eram relativos ao Imposto Industrial (Kz 2,6 mil milhões). Este
montante de receitas diamantíferas significa uma crescimento de 37,9% face ao semestre
anterior (com aumento de 34,3% e 39,8 do imposto industrial e royalties) e 3,8% em termos
homólogos (com uma contracção de 5,8% do imposto industrial e aumento de 6,4% de royalties.
Refira-se que o aumento das receitas diamantíferas está associado às especificidades do regime
fiscal do sector, uma vez o valor das compras do sector diminuiu em 11% e 3% face ao semestre
anterior e período homólogo, respectivamente. O preço médio do quilate situou-se nos USD
111,2, o que compara às médias de USD 121 por quilate nos dois semestres do ano passado. Por
outro lado, a quantidade de diamantes exportada situou-se nos 3,8 milhões de quilates, ou seja
uma redução de 20% e 14% face ao primeiro e segundo semestre do ano anterior.
• Mercado primário de dívida
O aumento registado nas receitas petrolíferas, no período em análise forneceu, de certa forma,
algum alívio nas contas do Governo, sendo que tudo indica que a execução do OGE possa ser
acima dos 100%. Porém, verificou-se um aumento da emissão de dívida menos expressivo por
parte do Tesouro Nacional, tendo atingido um total de Kz 913 mil milhões, o que representa
uma redução acima dos 20% dos padrões do ano anterior. Do total emitido, cerca de Kz 780,2
mil milhões corresponde à emissão de Bilhetes do Tesouro (redução de 10% face ao semestre
passado e 5% face ao periodo homólogo) e os restantes Kz 349,7 mil milhões dizem respeito a
Obrigações do Tesouro (redução acima dos 60% face aos padrões do ano anterior).
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
11
No que diz respeito a financiamento de curto prazo, a dinâmica do mercado primário tem estado
acima do estipulado no PAE 2017, com uma execução de 114,3% da captação prevista no
referido documento. Já a emissão de Obrigações do Tesouro atingiu um grau de execução de
apenas 38,5% do planeado no PAE 2017.
Os resgates das Obrigações do Tesouro situaram-se nos Kz 593,9 mil milhões registando um
aumento superior a 60%, enquanto os Bilhetes do Tesouro aumentaram em apenas 19% para o
montante total de Kz 739,7 mil milhões. Assim, temos assistido a uma recolocação de dívida a
longo prazo para curto prazo, através do aumento de resgates de OT’s contrastando com a
redução das suas emissões (-62% face ao período homólogo).
As taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro com maturidades de 91, 182 e 364 dias situaram-se em
16,1%, 20,2% e 23,9% no mês de Junho, respectivamente, representando quedas de 0,2 p.p.,
4,2 p.p. e 0,6 p.p. ao longo do semestre (não obstante o facto de continuarem a ser mais
elevadas em 1,9 p.p., 3,6 p.p. e 5,5 p.p. face ao período homólogo).
De referir que, para além da emissão de títulos no mercado interno, é conhecido que o Estado
tem planeado a emissão de USD 2.000 milhões de Eurobonds ainda este ano.
Tabela 4. Colocação líquida dos Títulos do Tesouro
Kz mil milhões
I Sem. 2016
II Sem. 2016
I Sem. 2017
Variação
Sem. Hom.
Oferta BT 889,7 1029,0 998,4 -3% -12%
Emissão BT 820,3 868,8 780,2 -10% -5%
Exec. PAE* - - 128,8% - -
Resgate 575,6 600,4 644,3 7% 12%
Col. Líq. BT 244,8 268,4 135,9
Oferta OT 561,6 539,3 263,2 -51% -53%
Emissão OT 356,7 365,4 132,8 -64% -63%
Exec. PAE* - - 38,5% - -
Resgates 143,8 287,4 485,3 69% 237%
Col. Líq. OT 417,8 251,9 -352,5
* Referente a emissão face ao PAE 2017 Fonte: BNA e Sigma
• Agências de Rating e avaliação da dívida soberana
A segunda parte do primeiro semestre foi pouco expressiva relativamente à divulgação, por
parte dos organismos internacionais, de novas avaliações e perspectivas de evolução da dívida
soberana de Angola e do crescimento económico. Entretanto, o início do primeiro semestre de
2017 ficou marcado com as avaliações feitas pela Fitch e pela Moody’s, que entre Março e Abril
reforçaram a manutenção da sua avaliação para a dívida pública angolana, mas mantendo-a
abaixo do patamar de investimentos considerado como lixo, com perspectivas de evolução
“negativa”.
Destaca-se a Fitch que, para além de reiterar a sua classificação de rating, considera que a
recapitalização dos bancos públicos demonstra uma crescente discrepância entre estes e os
bancos privados, à medida que enfrentam maiores desafios em relação à liquidez e à qualidade
dos activos em moeda estrangeira.
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Gráfico 10. Taxas de juro dos BT (%)
BT 91 dias BT 182 dias
BT 364 dias
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
12
Já a Moody’s refere vários pontos positivos que suportam a manutenção da notação, como a
melhoria da situação macroeconómica, a significativa contenção orçamental, que permitiu
manter o défice num nível razoável e a manutenção das reservas internacionais em níveis
confortáveis.
Tabela 5: Últimas avaliações das agências de rating à dívida soberana
Agência de Rating
Longo Prazo Curto Prazo
ME MN ME MN
Data Rating
(Outlook) Data Rating Data Rating Data Rating
Moody's 07-04-2017 B1 (Negative) 07-04-2017 B1 29-04-2016 NP
29-04-2016 B1 (Negative) 29-04-2016 B1 19-05-2010 NP
S&P 12-08-2016 (Negative) 12-02-2016 B 19-05-2010 B 19-05-2010 B
12-02-2016 B (Sabe) 13-02-2015 B+
Fitch 17-03-2017 B (Negative) 17-03-2017 B 17-03-2017 B
23-09-2016 B (Negative) 23-09-2016 B 23-09-2016 B
Fonte: Bloomberg
Interessa também salientar que, até ao momento da realização deste enquadramento, a
classificação de Angola para dívida de longo prazo em moeda estrangeira foi reduzida pela
Standard & Poor’s, para B- (com perspectiva estável), argumentando que o país está a enfrentar
a deterioração das perspectivas económicas e um gradual aumento do peso da dívida pública.
Outro risco apontado por esta agência está relacionado com o facto de que alguns bancos
públicos, importantes no sistema financeiro, estarem a passar por processos de reestruturação,
o que poderá colocar algum peso adicional sobre o Governo.
2.3. Actividade Económica e Perspectivas de Crescimento
De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional, “2016 Article IV Consultation –
Press Release” divulgado no início do ano, as condições económicas de 2016 foram adversas,
estimando uma contracção de 0,5% para o sector não petrolífero, pressionado pelo
enfraquecimento dos sectores da indústria, construção e de serviços. Quanto ao sector
petrolífero, o Fundo assume que este continuou a ser afectado pela substancial queda dos
preços do petróleo nos mercados internacionais, iniciada na segunda metade de 2014.
Relativamente às perspectivas para o ano corrente, as projecções do Governo constantes no
OGE 2017 apontam para uma aceleração do crescimento real da economia para 2,1%, mais
optimistas que as previsões de 2016 (1,1%), com o sector petrolífero a crescer 1,8% e o sector
não petrolífero 2,3%. Comparando com as projecções de algumas instituições internacionais, o
FMI projecta um crescimento da nossa economia em 1,3%, mais optimista que a projecção do
Banco Mundial (1,2%), justificado pelo aumento da despesa pública em ano eleitoral, devendo
esta taxa acelerar para 1,5% em 2018, mantendo-se nesta média até 2022. Já a Moody’s aponta
para um crescimento ainda mais robusto para a economia angolana, comparativamente ao FMI
e ao OGE 2017, projectando que o PIB cresça, em termos reais, 2,6% no próximo ano.
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
13
Relactivamente à confiança dos gestores e empresários nacionais, o primeiro semestre
apresentou alguma melhoria, apesar de, na generalidade, os empresários continuarem a ter um
sentimento pouco favorável em relação à economia, com o índice de clima económico a
apresentar uma subida de 12 pontos, passando de -33 pontos no final do ano passado para -21
pontos no segundo trimestre de 2017.
Esta subida é transversal a todos os sectores, com excepção dos transportes, onde a evolução
do sentimento foi desfavorável, piorando em 4 pontos para -18 pontos, devido às dificuldades
financeiras, insuficiência da procura e constrangimentos na obtenção de créditos bancários. A
concorrência, o excesso de burocracia e regulamentações estatais são outros factores que
também dificultaram as actividades das empresas do sector, na opinião dos empresários.
Quanto aos restantes sectores, apesar das melhorias, destaca-se o sector da construção, onde
o sentimento dos empresários é o mais desfavorável, em termos relativos, devido à redução da
carteira de encomendas e de perspectivas de emprego. A falta de materiais, a insuficiência da
procura e consequente deterioração das perspectivas de vendas foram as principais dificuldades
sentidas pelas empresas do sector.
Refira-se que as dificuldades financeiras, o enfraquecimento da procura, as rupturas de stock e
matérias-primas, excesso de burocracia e de regulamentação e falta de pessoal qualificado são
limitações frequentemente identificadas na generalidade dos sectores subjacentes ao cálculo
do ICE geral.
Por fim, e pelo lado positivo, destaca-se o sector da comunicação como o mais optimista, tendo
saído de 4 pontos em 2016, para 17 pontos no segundo trimestre de 2017 e o sector da indústria
extractiva, que apesar de permanecer em terreno negativo, foi o que apresentou mais
melhorias, saindo de -28 para -6 pontos.
2.4. Inflação
A inflação homóloga situou-se nos 30,5% em Junho de 2017, o que compara com a inflação de
41,9% atingida no final do ano passado (-11,4 p.p.). A tendência decrescente da inflação no início
deste ano concide com o aumento dos recursos cambiais que têm sido disponibilizados para a
-34
-24-21
-35
-25
-15
-5
5
15
25
I II III IV I II III IV I II III IV I II
2014 2015 2016 2017
Gráfico 11. Indicador de Clima Económico
ICE Média
Fonte: INE-37
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-41
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17
Indústria Transformadora
Construção
Comércio
Transporte
Turismo
Indústria extrativa
Comunicação
Gráfico 12. Indicador de Confiança por sectores
2017 II 2017 I 2016 II
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
14
importação, sobretudo, de bens de primeira necessidade tais como os alimentos, a estabilização
da taxa de câmbio primária e a redução do preço do câmbio no mercado informal.
Não obstante a inflação ter apresentado uma trajectória descendente no semestre em análise,
nos primeiros meses o nível de crescimento registado foi influenciado sobretudo pela
actualização verificada dos preços no sector da educação, logo no início do ano, combinado com
o aumento de preços observado nas classes de vestuário e calçado, bens alimentares, bebidas
alcoólicas e tabaco, bem como no sector das telecomunicações. Já nos últimos três meses do
semestre, as classes que mais contribuíram para o crescimento dos preços foram as de bens e
serviços diversos e, principalmente, o da saúde.
A taxa de inflação mensal média no período situou-se nos 1,52%, o que compara com o registo
da inflação média mensal de 3,13% no período homólogo. Saliente-se que o OGE 2017 previa
uma inflação homóloga no final do ano de 15,8%, meta revista em alta no início do ano, num
discurso efectuado pelo Presidente da República, no qual foi referido que a inflação no final do
ano deverá rondar os 18%. Se se mantiver esta referência, seria então necessário que se
atingisse uma inflação média mensal inferior a 1,3% até ao final do ano, uma vez que a inflação
acumulada até Junho já se situa nos 11,94%.
2.5. Panorama Monetário e Financeiro
a. Política Monetária e Liquidez
Durante o semestre em análise, o BNA efectuou, por duas vezes consecutivas, alterações na taxa
de facilidade de absorção de liquidez, passando-a de 7,5% para 5,5% em Maio e 3,25% em
Junho1. As restantes taxas de juro directoras mantiveram-se inalteradas, tal como o coeficiente
de reservas obrigatórias.
Analisando os efeitos da actuação da política monetária nos últimos 12 meses, são visíveis os
efeitos da política contraccionista levada a cabo pelo BNA na redução do seu passivo. A base
monetária, no mês de Junho, situou-se nos Kz 1.598,9 mil milhões, o que corresponde a uma
1 Refira-se que na reunião de Julho, o CPM voltou a cortar a taxa de facilidade de absorção em 0,5 p.p., fixando-a nos 2,75%, taxa que vigora até ao momento da elaboração deste documento.
0%
8%
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Gráfico 13. Taxa de inflaçãoInflação Acumulada (esc. dir)
Inflação Mensal
Inflação Homóloga (esc. dir)
Fonte: INE
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
15
redução em 13,9% face ao período homólogo, associado, quer à descida das notas e moedas em
circulação (-5,4%), como também das reservas bancárias (-13,5%).
A queda das reservas bancárias é explicada sobretudo pela contracção de 31,9% das reservas
obrigatórias em moeda nacional, não obstante o crescimento das reservas livres em moeda
nacional em 44,4%. Quanto às componentes da base monetária em moeda estrangeira,
registou-se um crescimento superior a 44% e 63% quer das reservas obrigatórias como das
reservas livres, respectivamente.
De referir que a contracção dos últimos doze meses da base monetária aconteceu, em grande
parte, no segundo semestre do ano passado. Ao longo do semestre em análise, a base monetária
subiu em 1% justificado essencialmente, pela súbida das reservas livres em 50% e pelas
operações de absorção de liquidez em 45%, que mais que compensou a contração das reservas
obrigatórias e das notas e moedas em circulação de 4% e 15%, respectivamente.
Particularizando o aumento acima de 50% das reservas livres em moeda nacional, este pode ser
explicado pela necessidade de obtenção de liquidez suficiente por parte dos bancos com o
objectivo de conseguir sustentar uma inesperada venda directa de divisas.
Tendo em conta este cenário, desde o início do ano até Junho, o montante transaccionado no
Mercado Monetário Interbancário (MMI) atingiu cerca de Kz 724,7 mil milhões, o que compara
com o montante de Kz 636,9 registado nos primeiros seis meses de 2016. No período em análise,
o volume cedido pela Facilidade de Cedência Overnight (FCO) atingiu perto de Kz 1.337,9 mil
milhões, indicando uma maior adesão dos bancos a este recurso de última instância (registo de
Kz 44,1 mil milhões no periodo homólogo2).
Relativamente às taxas de juro do MMI (LUIBOR), estas subiram em quase todas as maturidades,
com excessão da LUIBOR overnight, que desceu 0,95 p.p. desde o início do ano, para 22,35% no
final de Junho de 2017. Já as taxas de juro nas maturidades de 1, 3, 6, 9 e 12 meses registaram
aumentos entre 1,16 p.p. e 4,27 p.p, fixando-se nos 18,63%, 20,00%, 21,39 %, 22,46% e 23,91%,
respectivamente.
2 Refira-se que no primeiro semestre do ano passado, só existe registo da FCO no mês de Junho.
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Gráfico 14. Evolução da Base Monetária (Excl. ME)(Kz mil milhões)
NMC Res. Obr. MN Res. Liv. MN OIFM
Fonte: BNA
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
16
b. Síntese Monetária
A síntese monetária evidencia uma redução de 16,8% dos activos externos líquidos face ao
semestre anterior e 24,8% em termos homólogos, enquanto os activos internos líquidos
cresceram 31,3% (-3,8% em termos homólogos).
A posição líquida do Governo Central expandiu em 93%, com o crédito do Governo Central a
crescer em 17% no semestre (-22% em termos homólogos) e os depósitos do Governo Central a
reduzirem em 10% (-4,6% em termos homólogos), o que representa um crescimento nominal
da posição devedora do Governo de Kz 870 mil milhões.
O crédito à economia manteve-se praticamente inalterado neste semestre, apesar de
apresentar uma contracção superior a 10% no final de Junho face ao mesmo período do ano
passado. Refira-se que estas variações são amplamente explicadas pela redução do crédito
denominado em moeda externa. O crédito ao sector privado em moeda nacional cresceu 1,4%
no semestre e 4,2% nos últimos doze meses. Já a componente em moeda externa do crédito ao
sector privado, contraiu 5,8% no semestre e 44,6% face ao período homólogo.
Quanto a repartição do crédito por ramo de actividade económica, o comércio por grosso e a
retalho é o sector onde se encontra a maior proporção do crédito concedido à economia, com
23% do total no final de Junho, seguido pelo sector das actividades imobiliárias, alugueres e
serviços de prestação de empresas com um peso de 16%, particulares com 14% e o sector da
construção com 12%. A concentração do crédito à economia para estes quatro sectores é de
65%, indicando uma exposição elevada a estes segmentos.
Durante o período em análise, verificou-se uma contracção da massa monetária, com os
agregados monetários M3 e M2 a contraírem cerca de 3% no semestre. Esta contracção é
explicada pela queda de todas as componentes deste agregado monetário, com excepção dos
depósitos a prazo em moeda estrangeira. Os depósitos à ordem em moeda nacional e em moeda
estrangeira contraíram 4,3% e 1,5%, respectivamente. Os depósitos a prazo em moeda
estrangeira cresceram em 2,7%, enquanto a componente em moeda nacional recuou 3,5%. Já
as notas e moedas em poder do público recuaram 16,6%
Na comparação anual, a contracção do M2 e M3 chega aos 4%. Porém, neste período
comparativo, foram os depósitos a prazo em moeda nacional a única componente dos
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Gráfico 15. Transações no MMI e FCO(Kz mil milhões)
MMI FCO
Fonte: BNA
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Gráfico 16. Evolução da Luibor (%)
OVERNIGHT3 MESES 6 MESES 12 MESES
Fonte: BNA
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
17
agregados onde se regista crescimento (+6% face ao período homólogo). Os depósitos a prazo
em moeda estrangeira contraíram 1,8%, enquanto que os depósitos à ordem em moeda
nacional e em moeda estrangeira contraíram 8,7% e 7,9%, respectivamente.
Tabela 6: Síntese Monetária a 31 de Março de 2017 (Kz Mil Milhões)
jun-16 dez-16 jun-17 T.v. (%) T.v.h. (%)
Activos Externos Líquidos 4.275 3.861 3.170 -17,9% -25,8%
RIL (em USD milhões) 24 24 20 -16,5% -15,4%
Crédito ao GC (líquido) 940 942 1812 92,4% 92,8%
Crédito ao GC 3.451 3.594 4.207 17,1% 21,9%
Depósitos do GC 2.511 2.652 2.395 -9,7% -4,6%
Crédito a OIFNM 44 5 5 2,2% -88,7%
Crédito ao Sector Púb. 86 85 81 -4,2% -5,3%
Crédito ao Sector Priv. 3.670 3.296 3.295 0,0% -10,2%
em MN 2.584 2.657 2.694 1,4% 4,2%
em ME 1.086 638 602 -5,8% -44,6%
M3 6.577 6.529 6.311 -3,3% -4,0%
M2 6.567 6.525 6.308 -3,3% -4,0%
M1 3.990 3.854 3.664 -4,9% -8,2%
NMPP 347 396 330 -16,6% -4,9%
DO – MN 2.698 2.575 2.464 -4,3% -8,7%
DO – ME 945 883 870 -1,5% -7,9%
Quase-Moeda 2.578 2.671 2.644 -1,0% 2,6%
DP- MN 1.429 1.571 1.516 -3,5% 6,0%
DP- ME 1.148 1.100 1.128 2,6% -1,8%
O. I. Equip. a Dep. 10 4 3 -11,6% -64,8%
Fonte: BNA
c. Estabilidade do Sector Bancário
A solidez do sistema bancário, no final do primeiro semestre do ano de 2017, apresentou
aumentos significativos no risco associado à carteira de crédito do sistema. O crédito vencido
representou cerca de 27,6% do crédito total bruto no final do mês de Junho, o que correspondeu
a um aumento de 14,5 p.p. comparativamente ao semestre anterior (+14,3 p.p. relativamente a
Junho do ano passado). Quanto à análise ao rácio do crédito vencido líquido de provisões, este
fixou-se em 61,9%, que foi superior em 34,5 p.p. aos dados de Dezembro de 2016 (+44,9 p.p.
face ao período homólogo).
Tabela 5: Qualidade da Carteira de Activos (%)
Junho 2016
Dezembro 2016
Junho 2017
V. Sem.
(p.p.)
V. Hom.
(p.p.)
Crédito Vencido/Crédito Total 13,3 13,1 27,6 14,5 14,3 (crédito vencido -provisões p/crédito vencido) /FPR 17,0 27,4 61,9 34,5 44,9
Fonte: DSI/BNA
Respeitante à sensibilidade e mutações do mercado, o sistema encontra-se menos vulnerável,
sendo que o rácio de exposição cambial sobre fundos próprios situou-se em 37,9%, o que
corresponde a uma queda de 5 p.p. face ao semestre anterior (-14,4 p.p. comparado com Junho
do ano passado). De notar a redução do peso do crédito em moeda externa no total concedido,
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
18
rácio este que em Junho representava 20,7%, enquanto que no final do ano passado e no
período homólogo representava 29,5% e 33,8%, respectivamente.
Tabela 6: Sensibilidade e Mutações do Mercado Cambial (%)
Junho 2016
Dezembro 2016
Junho 2017
V. Sem.
(p.p.)
V. Hom.
(p.p.)
Exposição cambial aberta líquida /Fundos Próprios 52,3 42,9 37,9 -5,0 -14,4 Crédito ME/Crédito Total 33,8 29,5 20,7 -8,8 -13,1 Passivo ME/passivo total 34,7 34,4 34,6 0,2 -0,1
Fonte: DSI/BNA
Quanto aos indicadores de rentabilidade, destacam-se as reduções consideráveis dos
indicadores ROE e ROA. A média da rentabilidade dos capitais próprios (ROE), medida pelo rácio
entre os resultados líquidos e os fundos próprios, reduziu em 11,4 p.p. face a Dezembro de 2016
(5,9 p.p. face a Junho de 2016) e fixou-se em 4,2%.
A rentabilidade dos activos, medida pelo rácio entre os resultados líquidos e o activo total
médio, teve uma redução semestral de 1,6 p.p. para 0,6% em Junho de 2017 (-0,7 p.p. face ao
período homólogo), que pode ser explicado pelo crescimento dos activos no período ter sido
superior ao aumento dos resultados líquidos. O aumento semestral de 14,7 p.p. do rácio cost-
to-income no sistema, com os custos administrativos e de comercialização a valerem cerca de
59,9% foi também um dos motivos que influenciou a queda da rentabilidade do activo.
Tabela 7: Lucro e Rentabilidade (%)
Junho 2016
Dezembro 2016
Junho 2017
V. Sem.
(p.p.)
V. Hom.
(p.p.)
ROA 1,3 2,2 0,6 -1,6 -0,7 ROE 10,1 15,6 4,2 -11,4 -5,9 Cost-to-income 42,3 45,2 59,9 14,7 17,6 Taxas activas -Taxa de Depósitos à ordem (Spread) 19,1 19,3 - -19,3 -19,1 Taxa de Depósitos de Poupanças 5,0 4,8 - -4,8 -5,0
Margem Financeira / Margem Bruta de Intermediação 56,8 63,1 69,5 6,4 12,7 Fonte: DSI/BNA
No que concerne aos rácios de liquidez do sistema, a proporção dos activos líquidos em relação
ao total dos activos caiu para 40%, o que representa uma queda de 6,3 p.p. em termos
semestrais (-0,8 p.p. em termos homólogos). Já a cobertura dos passivos de curto prazo pelos
activos líquidos situou-se nos 53,3%, uma baixa de 5,9 p.p. comparativamente a Dezembro de
2016, não obstante ter-se verificado uma melhoria de 1,8 p.p. face ao período homólogo.
Adicionalmente, o rácio de transformação do sistema, dado pela relação entre crédito e
depósitos, situou-se nos 50,6%, o que representou uma redução em 1 p.p. face ao semestre
anterior e de 5,5 p.p. relativamente ao período homólogo.
Tabela 8: Níveis de Liquidez (%)
Junho 2016
Dezembro 2016
Junho 2017
V. Sem.
(p.p.)
V. Hom.
(p.p.)
Activos Líquidos/ Activos Totais 40,8 46,3 40,0 -6,3 -0,8 Activos Líquidos/ Passivos de Curto Prazo 51,5 59,2 53,3 -5,9 1,8 Crédito Total/ Depósitos Totais 56,1 51,6 50,6 -1 -5,5
Fonte: DSI/BNA
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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O rácio de solvabilidade regulamentar do sistema apresentou níveis de capitalização acima do
limite mínimo regulamentar (10%), tendo-se fixado nos 22%, o que correspondeu a uma subida
de 2,8 p.p. face ao semestre anterior (+3,8 p.p. face ao período homólogo). Relativamente à
participação dos fundos próprios de base (de melhor qualidade) nos activos ponderados pelo
risco, este situou-se nos 16,4%, ou seja, uma melhoria em 2,1 p.p. face ao semestre anterior
(+3,6 p.p. comparativamente a Junho de 2016).
Tabela 9: Adequação de Capital (%)
Junho 2016
Dezembro 2016
Junho 2017
V. Sem.
(p.p.)
V. Hom.
(p.p.)
Solvabilidade = FPR/(APR+ECRC/0,10) 18,2 19,2 22,0 2,8 3,8 Fundos Próprios de Base (Nível 1)/APR 12,8 14,3 16,4 2,1 3,6
Fonte: DSI/BNA
d. Mercado de Dívida
Durante o primeiro semestre de 2017, a Bolsa de Dívida e Valores Mobiliários de Angola
(BODIVA) registou 615 negócios realizados, totalizando um volume de transacções a rondar os
Kz 130,6 mil milhões. O desempenho da BODIVA nestes seis primeiros meses do ano perdeu
alguma força face à dinâmica de negociação verificada no semestre anterior, ao registar-se uma
queda de 28% nos negócios realizados e 46% do montante total transaccionado.
Desde o início do ano, a dinâmica da evolução do mercado de títulos tem evidenciado uma
tendência de diminuição quer do número de negócios como do volume transaccionado que
pode ser justificada, entre outras razões, pelo menor interesse por parte dos investidores à
exposição aos Títulos do Tesouro indexados ao dólar norte-americano, num cenário de maior
estabilidade cambial, influenciando-os para a negociação de títulos com maturidades mais
curtas.
Salienta-se que, embora até o momento se tenham realizado apenas transacções de títulos
emitidos pelo Tesouro Nacional, a BODIVA prevê, em breve, o acolhimento dos primeiros títulos
corporativos, o que poderá incentivar a admissão de mais instituições como membros da
BODIVA, permitindo a criação de alternativas de financiamento para as empresas.
0
50
100
150
200
250
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
jun
-15
ago
-15
ou
t-1
5
dez
-15
fev-
16
abr-
16
jun
-16
ago
-16
ou
t-1
6
dez
-16
fev-
17
abr-
17
jun
-17
Gráfico 17. Transacções na Bodiva - MN (Kz Mil milhões)
MONTANTE NEGOCIADO
NEGÓCIOS REALIZADOS
Fonte: BODIVA- Relatórios de Negociação
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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Adicionalmente, destaca-se como um facto importante no desenvolvimento do mercado de
capitais no nosso país, a obtenção de um Código de Identificação de Mercado (MIC), uma
ferramenta de padrão internacional, que permite a identificação de bolsas de valores,
plataformas de negociação e segmento de mercado. A atribuição do referido código, efectuada
pela SWIFT, SCRL, entidade registadora, em Abril deste ano, ocorreu no quadro da norma ISO
10.383, o que poderá desempenhar um papel fundamental no processo de implementação e
promoção do factor de transparência da BODIVA.
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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III. LEGISLAÇÃO RELEVANTE PUBLICADA NO SEMESTRE
Tabela 8. Instrumentos legais publicados pelo BNA e outras instituições
Instrumento Tema Assunto Publicação
Instrutivo 01/2017 do BNA
Sistema de Pagamentos
Estabelecimento de regras de limites de valor, emissão de cheques, subsistemas de
compensação e liquidação. 10-01-2017
Aviso n.º 01/2017 do BNA
Supervisão bancária
Realização de investimentos no mercado de valores mobiliários por entidades não residentes
cambiais.
03-02-2017
Aviso n.º 02/2017 do BNA
Supervisão bancária
Regulamentação cambial - Abertura e movimentação de contas de depósito tituladas por
não residentes cambiais 03-02-2017
Despacho nº 99/17 do Ministério das
Finanças
Finanças públicas
Autoriza a abertura de uma subconta provincial da Conta Única do Tesouro (CUT) para cada Província,
gerida pelo respectivo Delegado Provincial de Finanças, na qual, diariamente, devem ser
saldadas as contas de recolhimento, e encerra todas as contas bancárias dos Governos
Provinciais e Órgãos das Administrações Locais autorizadas pelo Ministro das Finanças.
07 -03-2017
Aviso n.º 03/2017 de 30 Março
Política Monetária
Isenção de comissões no âmbito dos serviços
mínimos bancários 30-03-2017
Decreto Presidencial nº 78/17
Mercado cambial
Regula o pagamento de salário de trabalhadores não-residente
24-04-2017
Decreto Executivo n.º 273/17 do Ministério das
Finanças
Mercado de capitais
Regula o modelo do registo da emissão de valores mobiliários junto do emitente
03-05-2017
Instrutivo Nº3/2017 do BNA
Supervisão bancária
Prestação de informação sobre limites prudenciais aos grandes riscos
04-05-2017
Instrutivo nº 4/2017
do BNA
Mercado cambial
Operações de mercadorias - Suspensão temporária da aplicação dos números 3 e 5 do artigo 14.º do Aviso n.º 19/12, de 25 de Abril
04-05-2017
Directiva nº 01/DMA/2017
Mercados Facilidades Permanentes de Cedência (FCO) e de
Absorção de Liquidez (FAO) 30-05-2017
Aviso n.º 04/2017 de 28 de Junho
Supervisão Regime Cambial sobre Exportação de Mercadoria 28-06-2017
Fontes: MINFIN, MINCO, BNA, CMC
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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III. FONTES E BIBLIOGRAFIA
1. Banco Nacional de Angola, Estatística Monetária e Financeira – Nova Série. Disponível
em: www.bna.ao.
2. Banco Nacional de Angola, Emissões, Resgates e Stock. Disponível em: www.bna.ao.
3. Banco Nacional de Angola, Mercado Cambial – Montante de Divisas Vendidas.
Disponível em: www.bna.ao.
4. Banco Nacional de Angola, Mercado Cambial – Taxas de Câmbio do Mercado Primário.
Disponível em: www.bna.ao.
5. Banco Nacional de Angola, Supervisão – Instituições Financeiras Autorizadas. Disponível
em: www.bna.ao.
6. Banco Nacional de Angola, Notas de Imprensa – Mercados Monetário e Cambial.
Disponível em: www.bna.ao.
7. Banco Nacional de Angola, Notas de Imprensa – Comité de Política Monetária.
Disponível em: www.bna.ao.
8. Banco Nacional de Angola, Legislação e Normas – Pesquisa de legislação e normas.
Disponível em: www.bna.ao.
9. Banco Nacional de Angola, Publicações, Relatório de Inflação. Disponível em
www.bna.ao.
10. Instituto Nacional de Estatística, Folha de Informação Rápida - IPC Nacional. Disponível
em: www.ine.gov.ao
11. Instituto Nacional de Estatística, Folha de Informação Rápida. Índice de Clima
Económico. Disponível em: www.ine.gov.ao
12. Kinguilas Hoje. Disponível em: http://www.kinguilahoje.com/.
13. Ministério das Finanças - Unidade de Gestão da Dívida, Plano Anual de Endividamento.
14. Ministério das Finanças – Economia Nacional, Exportações e Receitas de Petróleo.
Disponível em: www.minfin.gv.ao.
15. Ministério das Finanças, Relatório de Fundamentação do OGE 2017. Disponível em:
www.minfin.gv.ao.
16. Ministério das Finanças, Relatório de Fundamentação do OGE 2016. Disponível em:
www.minfin.gv.ao.
17. Ministério das Finanças, Relatório de Fundamentação do OGE Revisto 2016. Disponível
em: www.minfin.gv.ao.
18. Subsistema de Gestão de Mercados de Activos (SIGMA).
19. Bolsa de Dívida e Valores de Angola, Relatórios de Negociação. Disponíveis em:
www.cmc.gv.ao.
20. International Monetary Fund, World Economic Outlook. Disponível em www.imf.org.
21. Bloomberg
22. Moody’s Investors Services, Press Release – Angola. Disponível em www.moodys.com.
23. Fitch International Ratings Agency, Press Release – Angola, disponível em
www.fitchratings.com.
24. Standard & Poor’s, Press Release - Angola. Disponível em www.standardandpoors.com
Relatório de Conjuntura – I Semestre 2017
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25. The Economist Intelligence Unit, Country Report Angola.
26. Organization of the Petroleum Exporting Countries, Monthly Oil Market Reports.
Disponíveis em www.opec.org.
27. International Energy Agency, Publications, World Energy Outlook. Disponível em
http://www.iea.org.
28. US Energy Information Administration, international energy outlook. Disponível em
http://www.eia.gov.