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CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Relatório de Atividades 2009

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CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Relatório de Atividades 2009

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Roberto Monteiro Gurgel SantosPresidente

Conselheiros:

Achiles de Jesus Siquara Filho

Adilson Gurgel de Castro

Almino Afonso Fernandes

Bruno Dantas Nascimento

Claudia Maria de Freitas Chagas

Cláudio Barros Silva

Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva

Maria Ester Tavares

Mario Luiz Bonsaglia

Sandra Lia Simón

Sérgio Feltrin Corrêa

Sandro José Neis

Taís Schilling Ferraz

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

SECRETARIA-GERAL

José Adércio Leite SampaioSecretário-Geral

Cristina Soares de Oliveira e Almeida NobreSecretária-Geral Adjunta

CORREGEDORIA NACIONAL

Sandro José NeisCorregedor-Nacional

Membros Auxiliares da Corregedoria

Ana Maria Vila Real F. Ramos

André Vinicius Espírito Santo de Almeida

Cezar Luís Rangel Coutinho

Cid Luiz Ribeiro Schmitz

Elton Ghersel

Ernani Guetten de Almeida

Gaspar Antonio Viegas

Soraya Tabet Souto Maior

Conselho Nacional do Ministério PúblicoSHIS QI 03 Lote A, blocos B e E

Edifício TerracotaLago Sul

Brasília – DFCep 71605-200

www.cnmp.gov.br

ÍNDICE

INTRODUÇÃO

I – O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

1. Organização Interna e Funcionamento

1.1. Plenário

1.1.1. Sessões do Plenário

1.2. Presidência

1.2.1. Atos Normativos

1.2.1.1. Resoluções

1.2.1.2. Recomendações

1.2.1.3. Enunciados Administrativos

1.2.2. Outros Atos

1.2.2.1. Resolução Conjunta

1.2.2.2. Termos de Cooperação Técnica

1.3. Corregedoria Nacional do MP

1.3.1. Competências, Estrutura Orgânica e de Pessoal

1.3.2. Atividade Correicional e Executiva

1.3.2.1. Os tipos processuais autuados no período de 10 de dezembro de

2008 a 10 de dezembro de 2009:

1.3.2.2. Total de processos autuados por ano (todos os tipos)

1.3.2.3. Processos em tramitação em 5 de dezembro de 2009

1.3.3. Informações das Atividades Correicionais das Corregedoria-Gerais dos

Ministérios Públicos dos Estados e da União.

1.3.3.1. Correições e Inspeções Efetuadas

1.3.3.2. Acompanhamento de estágio probatório

1.3.3.3. Procedimentos Disciplinares Instaurados em 2009

1.3.3.4. Procedimentos Instaurados em Anos Anteriores com tramitação

em 2009.

1.3.4. Conclusões

1.4. Comissões

1.4.1. Comissão de Controle Administrativo e Financeiro

1.4.2. Comissão Disciplinar de Controle Externo da Atividade Policial, de

Controle do Sistema Carcerário e de Controle das Medidas Sócio-Educativas

aplicadas a adolescentes em conflito com a Lei

1.4.3. Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento

Legislativo

1.4.4. Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público

1.4.5. Comissão de Jurisprudência

1.5. Secretaria-Geral

1.5.1. Coordenadoria Administrativa

1.5.2. Coordenadoria Processual

1.5.3. Coordenadoria de Tecnologia da Informação

1.5.4. Núcleo de Ação Estratégica

1.5.5. Núcleo de Acompanhamento das Decisões

2. Tabelas e Gráficos

3. Principais atos/realizações/julgamentos do Conselho

II – CONSIDERAÇÕES FINAIS

INTRODUÇÃO

O Conselho Nacional do Ministério Público é o órgão de controle externo criadopela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, para ser um instrumento de ampliação daparticipação cidadã nos rumos do Ministério Público e de fortalecimento dos princípiosdemocráticos na gestão da Instituição. Com esse intuito, a Constituição Federal atribuiu aoConselho Nacional o exercício do “controle da atuação administrativa e financeira doMinistério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros” e lhe conferiuo dever de “zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendoexpedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências”.

No empenho por avançar em direção ao crescente respeito à cidadania, oConselho Nacional, desde a sua criação, tem assumido como uma de suas relevantesincumbências a tarefa de velar pela ética, pela probidade e pela retidão dos membros e dosservidores do Ministério Público, de maneira a contribuir para o aumento da confiançadepositada pela sociedade nas Instituições que zelam por realização de justiça.

Em 2009, a par de continuar orientando seus esforços à garantia da pronta eidônea atuação dos membros do Parquet, o Conselho Nacional do Ministério Público deu seusprimeiros passos no sentido de eleger, como desafio prioritário, a tarefa de, com criatividade ehabilidade, elevar a qualidade da gestão administrativa e financeira de seus próprios quadros edo Ministério Público brasileiro.

Nesse sentido, o Conselho Nacional tem buscado direcionar suas ações àpreparação dos recursos materiais e humanos que tornem viáveis o delineamento e o alcancede seus objetivos estratégicos. Além disso, tem se esforçado por avançar em direção à adoçãode medidas que possam contribuir para promover ganhos de eficiência e de qualidade nosserviços oferecidos pelo próprio Conselho e pelo Ministério Público e que, indiretamente,possam agregar maior efetividade à intervenção do Parquet, na defesa da ordem jurídica e dosinteresses sociais e individuais indisponíveis.

Este relatório anual, elaborado em observância ao art. 130-A, da ConstituiçãoFederal, apresenta a síntese das atividades desenvolvidas pelo Conselho Nacional doMinistério Público durante o ano de 2009, com desdobramentos a serem expandidos em 2010,e aborda tanto aquelas atividades voltadas ao exercício do controle da atuação administrativae financeira do Ministério Público, quanto aquelas voltadas ao aperfeiçoamento e àmodernização de sua gestão.

I – O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

1. Organização Interna e Funcionamento

O Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministério Público, em vigordesde 11 de dezembro de 2008, fixou suas regras de funcionamento e atribuições de controle,e instituiu como órgãos do CNMP o Plenário, a Presidência, a Corregedoria Nacional, as

Comissões e a Secretaria-Geral1.

No decorrer do ano de 2009, foram realizados diversos avanços importantes emrelação à organização interna e ao funcionamento do CNMP.

Em 16 de junho, foi aprovada pelo Plenário a Resolução nº 41/2009, que criou aComissão Permanente de Jurisprudência. Esta comissão passou a integrar a estruturaorganizacional do Conselho2, e possibilitará, por meio da melhor divulgação dos seusjulgados, a otimização das diretrizes técnicas e institucionais ao Ministério Público brasileiro.

A antiga Comissão Permanente Disciplinar foi transformada na “ComissãoPermanente Disciplinar, de Controle Externo da Atividade Policial, de Controle do SistemaCarcerário e de Controle das Medidas Sócio-educativas Aplicadas em Adolescentes emconflito com a Lei”3. A conversão foi realizada com a finalidade de tornar perene os trabalhosrealizados pela Comissão Temporária do Sistema Carcerário, e acompanhar as atividades dosMinistérios Públicos no tocante ao controle externo da atividade policial, na execução penal ena execução de medidas sócio-educativas.

Outro avanço significativo se deu no mês de julho, com a aprovação, peloCongresso Nacional, da Lei 11.967, de 06 de julho de 2009, que criou a estruturaorganizacional do Conselho Nacional do Ministério Público. Com sua entrada em vigor,possibilitou-se ao Conselho, a partir do estabelecimento estrutural de suporte técnico-administrativo aos Gabinetes dos Conselheiros, uma melhor operacionalização de suasatribuições constitucionais. No total, foram criados 22 cargos em comissão e 17 funções deconfiança.

Em outubro, o Plenário do CNMP, aprovou a possibilidade de seus membros queresidem fora de Brasília optarem por se dedicar integralmente aos trabalhos do CNMP, nostermos do artigo 19, XVIII, do RI/CNMP. A medida é de grande valia para o funcionamentodo Conselho, e permitirá que seus membros optem pela maneira mais adequada e eficientepara desempenhar suas atribuições.

O presente relatório anual é desenvolvido a partir da disposição institucional eorganizacional do Conselho Nacional do Ministério Público, e versa sobre as atividadesdesenvolvidas em cada um de seus órgãos e os resultados obtidos no ano de 2009,observando-se a obrigação contida no artigo 130-A, § 2º, V, da Constituição da República de1988, e também o disposto nos artigos 132 e 133 do Regimento Interno do CNMP.

1.1. Plenário

O Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público é composto por 14Conselheiros, nos termos do art. 130-A da Constituição Federal. Entre as competências doCNMP podem ser destacadas as seguintes: - controle da atuação administrativa e financeirado Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros; - o zelopela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público e; - o planejamentoestratégico do Ministério Público nacional.

1 Art. 17, do Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministério Público.2 Art. 33, do Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministério Público.3 Art. 33, do Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministério Público.

É nesse sentido que o Plenário do CNMP tem se pautado. O órgão não possuiformação exclusiva de membros do Ministério Público. A sua composição é plural. Além derepresentantes do Ministério Público, o Conselho conta, em sua composição, comrepresentantes do Poder Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil e de cidadãosindicados pelas Casas do Poder Legislativo. Inequivocamente essa composição pluralcontribui para o enriquecimento dos trabalhos e atribuições desse órgão de índoleconstitucional.

1.1.1. Sessões do Plenário

Em 2008 foram realizadas 12 sessões ordinárias e 14 sessões extraordinárias nasseguintes datas:

SESSÕESORDINÁRIAS

SESSÕESEXTRAORDINÁRIAS

29/01/09 17/02/09

16/02/09 23/03/09

09/03/09 24/03/09

06/04/09 27/04/09

11/05/09 28/04/09

15/06/09 25/05/09

10/08/09 26/05/09

15/09/09 16/06/09

29/09/09 25/08/09

20/10/09 16/09/09

18/11/09 13/10/09

15/12/09 17/11/09

09/12/09

16/12/09

1.2. Presidência

A Presidência do Conselho Nacional do Ministério Público é exercida peloProcurador-Geral da República, cargo que é atualmente ocupado pelo Subprocurador-Geral daRepública Roberto Monteiro Gurgel Santos. Suas atribuições encontram-se previstas nosartigos 26 e 29 Regimento Interno do CNMP.

Em 2009, a Presidência, dentre outras atividades decorrentes do exercício de suasatribuições, representou o Conselho perante órgãos e autoridades; deu posse aos Conselheirosnomeados para o biênio 2009/2011; concretizou parcerias com unidades do MinistérioPúblico e órgãos externos; e efetuou a reestruturação de parte dos serviços administrativos do

Conselho com base na Lei Lei 11.967, de 06 de julho de 2009.

Além disso, a Presidência prestou o apoio institucional necessário à realização deinspeções periódicas em todos os ramos do MPU e dos Estados, e envidou esforços no sentidode viabilizar o desenvolvimento do planejamento estratégico no âmbito do Ministério Público.

Durante o ano, o Conselho Nacional do Ministério Público, por meio daPresidência, firmou Acordos e Termos de Cooperação Técnica. Esses acordos versaram sobretemas relevantes para o Ministério Público brasileiro e buscam o aperfeiçoamento daInstituição e do sistema Justiça.

Em 15 de junho, foi firmado Acordo de Cooperação Técnica com a AssociaçãoParanaense do Ministério Público, com a finalidade de disponibilizar e disciplinar ascondições de uso do sistema de informações dos e para Membros do MP – SIM-MP. Osistema se constitui em uma plataforma virtual, que propicia um ambiente em rede nacionalno qual os membros do MP poderão documentar e exteriorizar suas intervenções no campocoletivo, trocando experiências, e despertando a criatividade para novas ações planejadas.

Em 15 de setembro, o CNMP firmou Acordo de Termo de Cooperação Técnicacom o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de estabelecercooperação nas atividades de fiscalização que constitucionalmente são de suas competências.O acordo viabiliza o intercâmbio de informações de interesse recíproco entre as Instituições, epermite a disponibilização temporária de auditores do quadro de servidores do TCE-RS para arealização das inspeções, correições e auditorias que o CNMP realizará nas unidades doMinistério Público dos Estados e da União.

Em 29 de setembro, foi firmado Termo de Cooperação Técnica com o ConselhoNacional de Justiça, visando imprimir efetividade aos direitos fundamentais da criança e doadolescente. Para a consecução deste objetivo, ambas Instituições se comprometeram comdiversas atividades, entre elas, i) realizar mutirões nas Varas com competência parajulgamento de atos infracionais e Promotorias de Infância e Juventude de todo o país; ii)promover inspeções nas unidades de internação e abrigos; iii) compilar dados para a futuraelaboração e execução de políticas e ações atinentes à competência do Ministério Público e doPoder Judiciário.

Ainda em 29 de setembro, CNMP e CNJ firmaram Resolução Conjunta,institucionalizando mecanismos de revisão de prisões provisórias e definitivas, das medidasde segurança e das internações de adolescentes. O ato normativo faculta a criação de gruposde trabalho entre juízes e membros do MP para que, em conjunto, reavaliem a duração e osrequisitos que ensejaram prisões provisórias; examinem o cabimento dos benefícios da Lei deExecução Penal em relação às prisões definitivas; e avaliem a necessidade de manutenção, oua possibilidade de progressão de regime de medidas socio-educativas de internação. AResolução Conjunta permite, ainda, a promoção de ações integradas, com a participação daDefensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos órgãos de administraçãopenitenciária e de segurança pública, das instituições de ensino e de outras eventuaisentidades com atuação correlata.

No que se refere à produção normativa institucional, em 2009, as resoluções,recomendações e enunciados administrativos dispuseram sobre temas como: pedido eutilização das interceptações telefônicas no âmbito do Ministério Público; instituição doPortal da Transparência no âmbito do CNMP e do Ministério Público; regulamentação doconceito de atividade jurídica para concursos públicos de ingresso nas carreiras do Ministério

Público; criação da Revista Trimestral de Jurisprudência no âmbito do CNMP; concessão deestágio a estudantes no âmbito do Ministério Público dos Estados e da União; realizaçãoperiódica de inspeções e correições no âmbito do Ministério Público dos Estados e da União;instituição do novo Regimento Interno do CNMP; implantação de Plano de SegurançaInstitucional; insuscetibilidade de revisão ou desconstituição pelo CNMP dos atos relativos àatividade fim do Ministério Público; o apoio institucional do Conselho Nacional do MinistérioPúblico ao cumprimento da Meta de Nivelamento nº 2 do Poder Judiciário, para o ano de2009; dentre outros.

1.2.1. Atos Normativos

O Conselho Nacional do Ministério Público possui atribuição de expedir atosnormativos, consistentes em resoluções, recomendações, enunciados administrativos. Em2009 foram aprovadas 17 resoluções, 1 enunciado e 3 recomendações.

Segue, abaixo, o repertório dos atos normativos editados pelo Conselho neste ano.

1.2.1.1. Resoluções

- Resolução CNMP nº 34/2009Altera a Resolução n° 06, de 17 de abril de 2006. Publicada no no Diário da Justiça de06/02/2009, Seção Única, página 2;

- Resolução CNMP nº 35/2009Altera a Resolução n° 23, de 17 de setembro de 2007. Publicada no no Diário da Justiça de16/04/2009, Seção Única, página 01;

- Resolução CNMP nº 36/2009Dispõe sobre o pedido e a utilização das interceptações telefônicas, no âmbito do MinistérioPúblico, nos termos da Lei n° 9.296, de 24 de julho de 1996. Publicada no no Diário daJustiça de 11/05/2009, Seção Única, página 6;

- Resolução CNMP nº 37/2009Altera as Resoluções CNMP nº 01/2005, nº 07/06 e nº 21/07, considerando o disposto naSúmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal. Publicada no no Diário da Justiçade 18/05/2009, Seção Única, página 3;

- Resolução CNMP nº 38/2009Institui âmbito do Ministério Público o Portal da Transparência e dá outras providências.Publicada no no Diário da Justiça de 15/06/2009,Seção Única, páginas 21 e 22;

- Resolução CNMP nº 39/2009Altera a Resolução n° 31, de 1° de setembro de 2008, que trata do Regimento Interno doConselho Nacional do Ministério Público e dá outras providências. Publicada no no Diárioda Justiça de 15/06/2009, Seção Única, página 22;

- Resolução CNMP nº 40/2009Regulamenta o conceito de atividade jurídica para concursos públicos de ingresso nascarreiras do Ministério Público e dá outras providências. Publicada no no Diário da Justiçade 26/06/2009, Seção Única, páginas 01 e 02;

- Resolução CNMP nº 41/2009Acrescenta o inciso V ao art.. 33 do Regimento Interno, para instituir a ComissãoPermanente de Jurisprudência e a Revista Trimestral de Jurisprudência, no âmbito doConselho Nacional do Ministério Público e dá outras providências. Publicada no Diário daJustiça de 26/06/2009, Seção Única, página 02;

- Resolução CNMP nº 42/2009Dispõe sobre a concessão de estágio a estudantes no âmbito do Ministério Público dosEstados e da União. Publicada no Diário da Justiça de 02/07/2009, Seção Única, página 02;

- Resolução CNMP nº 43/2009Institui a obrigatoriedade de realização periódica de inspeções e correições no âmbito doMinistério Público da União e dos Estados. Publicada no Diário da Justiça de 26/06/2009,Seção Única, páginas 02 e 03;

- Resolução CNMP nº 44/2009Propõe a alteração da Resolução n° 31, de 1° de setembro de 2008, que trata do RegimentoInterno do Conselho Nacional do Ministério Público e dá outras providências. Publicada noDiário da Justiça de 22/10/2009, Seção Única, página 04;

- Resolução CNMP nº 45/2009Dispõe sobre o Cerimonial das solenidades promovidas pelo Conselho Nacional doMinistério Público. Publicada no Diário da Justiça de 17/11/2009, Seção Única, página 12;

- Resolução CNMP nº 46/2009Regulamenta critérios de retribuição pecuniária aos membros auxiliares do ConselhoNacional do Ministério Público. Publicada no Diário da Justiça de 17/11/2009, SeçãoÚnica, página 12;

- Resolução CNMP nº 47/2009Altera a Resolução n° 31, de 1º de setembro de 2008, que trata do Regimento Interno doConselho Nacional do Ministério Público e dá outras providências;

- Resolução CNMP nº 48/2009Regulamenta o pagamento de diárias e a concessão de passagens aos membros do ConselhoNacional do Ministério Público;

- Resolução CNMP nº 49/2009Dispõe sobre a obrigatoriedade do Conselho Nacional do Ministério Público solicitar aosTribunais de Contas da União e dos Estados o envio de relatórios e decisões proferidas noâmbito daqueles tribunais no julgamento das contas dos administradores do MinistérioPúblico; (Ainda não publicada).

- Resolução Conjunta 1 Institucionaliza mecanismos de revisão periódica das prisões provisórias e definitivas, das

medidas de segurança e das internações de adolescentes.

1.2.1.2. Recomendações

- Recomendação CNMP nº 12, de 29 de janeiro de 2009Dispõe sobre a necessidade de incluir a disciplina de Direito Eleitoral nas matériasconstantes no programa para os Concursos de Ingresso na Carreira do Ministério Públicodos Estados. Publicada no Diário da Justiça de 13/02/2009, Seção Única, página 12;

- Recomendação CNMP nº 13, de 16 de junho de 2009Dispõe sobre a implantação de Plano de Segurança Institucional nas áreas da segurança dainformação, segurança de recursos humanos, segurança de materiais, segurança de áreas einstalações. Publicada no Diário da Justiça de 02/07/2009, Seção Única, página 02;

- Recomendação CNMP nº 14, de 17 de novembro de 2009Dispõe sobre o apoio institucional do Conselho Nacional do Ministério Público aocumprimento da Meta de Nivelamento nº 2 do Poder Judiciário, para o ano de 2009.

1.2.1.3. Enunciados Administrativos

- Enunciado nº 06, de 28 de abril de 2009Os atos relativos à atividade-fim do Ministério Público são insuscetíveis de revisão oudesconstituição pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Publicado no Diário da Justiçade 18/05/2009, Seção Única, página 05.

1.2.2. Outros Atos

Além dos atos normativos acima ementados, o CNMP realizou a celebração deuma Resolução Conjunta e de três Termos de Cooperação Técnica.

1.2.2.1. Resolução Conjunta

- Resolução Conjunta nº 01/2009, instituída pelo Conselho Nacional do Ministério Público epelo Conselho Nacional de Justiça. Publicada no Diário da Justiça de 13/10/2009, SeçãoÚnica, página 01/02. Visa institucionalizar mecanismos de revisão de prisões provisórias edefinitivas, das medidas de segurança e das internações de adolescentes. O ato normativofaculta a criação de grupos de trabalho entre juízes e membros do MP para que, em conjunto,reavaliem a duração e os requisitos que ensejaram prisões provisórias; examinem o cabimentodos benefícios da Lei de Execução Penal em relação às prisões definitivas; e avaliem anecessidade de manutenção, ou a possibilidade de progressão de regime de medidassocioeducativas de internação.A Resolução Conjunta permite, ainda, a promoção de ações integradas, com a participação daDefensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos órgãos de administraçãopenitenciária e de segurança pública, das instituições de ensino e de outras eventuaisentidades com atuação correlata.

1.2.2.2. Termos de Cooperação Técnica

- Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o CNMP e a Associação Paranaense do MP.Celebrado com a finalidade de disponibilizar e disciplinar as condições de uso do sistema deinformações dos e para Membros do MP – SIM-MP. O sistema se constitui em umaplataforma virtual, que propicia um ambiente em rede nacional no qual os membros do MPpoderão documentar e exteriorizar suas intervenções no campo coletivo, trocandoexperiências, e despertando a criatividade para novas ações planejadas;

- Acordo de Cooperação Técnica entre o CNMP e o TCE-RS. Firmado com o objetivo deestabelecer cooperação nas atividades de fiscalização que constitucionalmente são de suascompetências. O acordo viabiliza o intercâmbio de informações de interesse recíproco entre asInstituições, e permite a disponibilização temporária de auditores do quadro de servidores doTCE-RS para a realização das inspeções, correições e auditorias que o CNMP levará realizaránas unidades do Ministério Público dos Estados e da União;

- Termo de Cooperação Técnica entre o Conselho Nacional do Ministério Público e oConselho Nacional de Justiça. Visa imprimir efetividade aos direitos fundamentais da criançae do adolescente. Para a consecução deste objetivo, ambas Instituições se comprometeramcom diversas atividades, entre elas, i) realizar mutirões nas Varas com competência parajulgamento de atos infracionais e Promotorias de Infância e Juventude de todo o país; ii)promover inspeções nas unidades de internação e abrigos; iii) compilar dados para a futuraelaboração e execução de políticas e ações atinentes à competência do Ministério Público e doPoder Judiciário.

1.3. Corregedoria Nacional do MP

1.3.1. Competências, Estrutura Orgânica e de Pessoal

A Corregedoria Nacional do Ministério Público, órgão do Conselho Nacional doMinistério Público (CNMP), funciona no SHIS QI 3, Lote A, Bloco E, Ed. Terracota, LagoSul, em Brasília-DF.

A função de Corregedor Nacional do Ministério Público é exercida pelo Promotorde Justiça do Estado de Santa Catarina, Sandro José Neis, eleito na sessão do ConselhoNacional do Ministério Público do dia 10 de agosto de 2009, para um mandato de dois anos.

As atribuições do Corregedor Nacional do Ministério Público estão previstas no §3º do art. 130-A da Constituição Federal e assim regulamentadas pelo artigo 31 do RegimentoInterno do Conselho Nacional do Ministério Público:

“Art. 31. Compete ao Corregedor, além de outras atribuições que lhe foremconferidas por lei ou por este Regimento:

I - receber reclamações, representações e notícias sobre a atuação de membros doMinistério Público e de seus serviços auxiliares, determinando o arquivamentosumário das prescritas, das anônimas e daquelas que se revelem manifestamenteimprocedentes ou despidas de elementos mínimos para sua compreensão, de tudodando ciência ao Plenário e ao interessado;

II - determinar a autuação e o processamento dos pedidos que atendam aos requisitosde admissibilidade, com a notificação do membro ou servidor do Ministério Públicocitado para que apresente defesa prévia acompanhada das provas que entenderpertinentes;

III - propor ao Plenário, mediante a apresentação de relatório circunstanciado, arejeição do pedido ou a instauração do devido processo administrativo disciplinar;

IV - realizar, de ofício, sindicâncias, inspeções e correições quando tiverconhecimento de fatos graves ou relevantes que as justifiquem, propondo ao Plenárioa instauração de processos disciplinares ou a adoção de medidas que entendernecessárias ou convenientes;

V - requisitar membros e servidores do Ministério Público para auxiliarem naCorregedoria Nacional, dando disso conhecimento ao Plenário;

VI - elaborar e apresentar ao Plenário periodicamente, ou sempre que solicitado poralguma comissão ou por Conselheiro, relatório sobre o conteúdo de correições,inspeções e sindicâncias que tramitem na Corregedoria Nacional;

VII - executar e fazer executar as ordens e as deliberações do Conselho sujeitas à suacompetência;

VIII - propor ao Plenário a expedição de recomendações e atos regulamentares queassegurem a autonomia do Ministério Público e o cumprimento da Lei Complementarnº 75, de 1993, da Lei nº 8.625, de 1993, e das leis estaduais editadas com amparo noart. 128, § 5º, da Constituição Federal; IX - manter contato direto com as demaisCorregedorias do Ministério Público;

X - promover reuniões periódicas com os órgãos e os membros do Ministério Públicoenvolvidos na atividade correicional para fins de estudo, acompanhamento eapresentação de sugestões.

Parágrafo único. Membros e servidores do Ministério Público requisitadosconservarão os direitos e as vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ouempregos no órgão de origem.”

A Corregedoria Nacional está organizada internamente nas seguintes unidades:Gabinete do Corregedor, Membros Auxiliares, Assessoria e Secretaria.

Atuam como auxiliares da Corregedoria Nacional 08 (oito) membros requisitadosnos termos do artigo 130-A, § 3º, III, da Constituição Federal, assim distribuídos: 02 (dois) doMinistério Público do Estado de Santa Catarina (MPE/SC), 02 (dois) do Ministério Público doDistrito Federal e Territórios (MPDFT); 02 (dois) do Ministério Público do Trabalho (MPT),01 (um) do Ministério Público Federal (MPF) e 01 (um) do Ministério Público Militar(MPM). Entre estes membros, 02 (dois) trabalham exclusivamente com a realização decorreições e inspeções. No ano de 2009, em procedimentos específicos, foram aindarequisitados outros 07 (sete) membros dos Ministérios Públicos dos Estados e da União.

No quadro de servidores, há 04 (quatro) analistas processuais e 06 (seis) técnicos

administrativos, um deles requisitado do Ministério Público Militar. Existem ainda 02 (dois)cargos comissionados e 01 (uma) função de confiança exercidos por servidores da própriaCorregedoria Nacional.

1.3.2. Atividade Correicional e Executiva

1.3.2.1. Os tipos processuais autuados no período (10 de dezembro de 2008 a 10 dedezembro de 2009)

PROCEDIMENTOS NA CORREGEDORIANACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO POR TIPOS– ANO 2009

QUANT %

Reclamação Disciplinar 340 90,67

Revisão de Processo Disciplinar 23 6,13

Sindicância 3 0,8

Inspeção 7 1,87

Correição - -

Outros 2 0,53

TOTAL 375 100%

1.3.2.2. Total de processos autuados por ano (todos os tipos)

ANO QUANTIDADE

2005 88

2006 201

2007 276

2008 304

2009 375

1.3.2.3. Processos em tramitação em 5 de dezembro de 2009

TIPO QUANTIDADE

Reclamação Disciplinar 264

Revisão de Processo Disciplinar 1

Sindicância 3

Inspeção 7

Correição -

Outros -

TOTAL 275

1.3.3 – Informações das Atividades Correicionais Colhidas das Corregedorias-Gerais dosMinistérios Públicos dos Estados e da União

As informações aqui colacionadas traduzem, em números, parte das atividadesdesenvolvidas pelas Corregedoria-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União.Haja vista cada unidade ministerial possuir regime disciplinar específico, não são idênticos ostipos processuais informados, bem como, em sua maioria, são procedimentos preparatórios einquisitivos, não sendo meios hábeis para a aplicação de sanções disciplinares. Além de suasatribuições repressivas, os órgãos correicionais também desenvolvem atividades preventivas eorientadoras, nas funções exercidas pelos membros do Ministério Público.

1.3.3.1. Correições e Inspeções Efetuadas

MINISTÉRIO PÚBLICO CORREIÇÕES INSPEÇÕES

MPE - ACRE 16 0

MPE - ALAGOAS 22 6

MPE - AMAPÁ 24 26

MINISTÉRIO PÚBLICO CORREIÇÕES INSPEÇÕES

MPE - AMAZONAS 19 2

MPE - BAHIA 133 12

MPE - CEARÁ 130 11

MPE – ESPÍRITO SANTO 0 35

MPE – GOIÁS 49 0

MPE - MARANHÃO 53 9

MPE – MATO GROSSO 107 1

MPE – MATO GROSSO DO SUL 66 1

MPE – MINAS GERAIS 302 7

MPE - PARÁ 0 45

MPE - PARAÍBA 14 57

MPE - PARANÁ 27 96

MPE - PERNAMBUCO 13 264

MPE - PIAUÍ 26 12

MPE – RIO DE JANEIRO 171 6

MPE – RIO GRANDE DO NORTE 0 33

MPE – RIO GRANDE DO SUL 131 0

MPE - RONDÔNIA 0 4

MPE - RORAIMA 8 5

MPE – SANTA CATARINA 38 64

MPE – SÃO PAULO 58 123

MINISTÉRIO PÚBLICO CORREIÇÕES INSPEÇÕES

MPE - SERGIPE 31 0

MPE - TOCANTINS 16 0

MPF 0 2

MPT 9 0

MPM 5 0

MPDFT 2 7

1.3.3.2. Acompanhamento de Estágio Probatório

O acompanhamento de estágio probatório ocorre naquelas unidades onde existammembros nos dois primeiros anos de efetivo exercício, sendo etapa necessária para ovitaliciamento.

MINISTÉRIO PÚBLICO ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO PROBATÓ RIO

Encerrados comproposta de

vitaliciamento

Encerrados com propostade não vitaliciamento

Emandamento

ACRE 3 0 20

ALAGOAS 0 0 0

AMAPÁ 1 0 11

AMAZONAS 0 0 14

BAHIA 0 0 0

CEARÁ 0 0 0

MINISTÉRIO PÚBLICO ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO PROBATÓ RIO

ESPÍRITO SANTO 45 0 0

GOIÁS 12 0 11

MARANHÃO 0 0 0

MATO GROSSO 0 0 25

MATO GROSSO DO SUL 7 0 12

MINAS GERAIS 81 0 8

PARÁ 13 0 66

PARAÍBA 10 0 16

PARANÁ 0 0 50

PERNAMBUCO 5 0 3

PIAUÍ 0 0 14

RIO DE JANEIRO 12 0 61

RIO GRANDE DO NORTE 0 0 0

RIO GRANDE DO SUL 0 0 0

RONDÔNIA 5 0 16

RORAIMA 4 0 7

SANTA CATARINA 18 0 24

SÃO PAULO 97 0 52

SERGIPE 0 0 0

TOCANTINS 9 0 17

MPF 3 0 2

MINISTÉRIO PÚBLICO ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO PROBATÓ RIO

MPT 46 2 68

MPM 1 0 2

MPDFT 0 0 0

1.3.3.3. Procedimentos Disciplinares Instaurados em 2009

MINISTÉRIO

PÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

EmAndamento

ACRE Proc. Adm. Preliminar 0 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 1

Sindicância 0 0 0Proc. Inv. Criminal 1 0 1

Proced. Administrativos 0 0 21

ALAGOAS Sindicância 2 3 1Inq. Administrativo 2 2 1

AMAPÁ Sindicância 0 0 2

AMAZONAS Sindicância 2 0 9

Pedido de Explicação 7 0 14

BAHIA Proc. Adm. Disc. Sumário 3 0 7

Proc. Adm. Disc. Ordinário 0 0 0

CEARÁ Representação 15 0 4

ESPÍRITOSANTO

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 1

GOIÁS Sindicância 2 0 11Representação 40 0 12

MARANHÃO Proc. Inv. Preliminar 42 0 15Sindicância 0 0 4Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

MINISTÉRIO

PÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

EmAndamento

MATO GROSSO Sindicância 0 0 0Inv./Proc. Preliminar 0 0 0

MATO GROSSODO SUL

Consulta 1 0 0Pedido de Providências 21 0 2Proc. Administrativo 0 0 2Recurso 0 0 1Sindicância 0 0 1Grupo de Trabalho 0 0 2Pedido de informações 1 0 0

MINAS GERAIS Apuração Sumária 0 0 0Sindicância 2 0 2Proc. Disc. Administrativo 7 0 7

PARÁ Proced. Disc. Preliminar 16 0 9Proc. Adm. Disciplinar 0 0 1

PARAÍBA Proc. Adm. Disciplinar 0 0 3

Sindicâncias 1 0 2

PARANÁ Sindicância 9 0 1Proc. Adm. Disciplinar 5 5 7

PERNAMBUCO Proc. Verificatório 27 0 26Sindicâncias 0 0 0Representações 0 0 0Proc Adm. Disciplinar 1 1 5

PIAUÍ Sindicância 5 0 2Proc. Adm. Disciplinar 0 0 1

RIO DE JANEIRO Proc. Disc. Sumário 0 2 4Proc. Disc. Ordinário 0 0 5

Sind. Investigatórias 5 0 1

RIO GRANDE DONORTE

Pedido de Providência 16 0 13Sindicância 2 0 0Proc. Administrativo 2 2 0

RIO GRANDE DOSUL

Inq. Administrativos 0 0 2Proc. Adm. Disciplinar 0 0 3

RONDÔNIA Sindicância 2 2 0RORAIMA Proc. Preliminar 12 0 4

Proc. Adm. Disciplinar 0 1 1

MINISTÉRIO

PÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

EmAndamento

Carta Precatória 1 0 0

SANTACATARINA

Pedido de Explicações 0 0 2Sindicância 1 0 2Proc. Adm. Sumário 0 0 4

Proc. Adm. Ordinário 0 0 0

SÃO PAULO Protocolados 176 0 82Proc. Preliminar 84 0 27Sindicância 0 0 5

Proc. Adm. Sumário 4 2 10

Proc. Adm. Ordinário 0 0 2

SERGIPE Ped. de Providências 14 0 1

Proc. Adm. Sumário 1 0 0

TOCANTINS Proc. Adm. Preliminar 25 0 9Proc. Orient. Formal 4 0 0

Proc. Adm Sumário 0 0 0

MPF Proc. Preliminar 56 0 31Sindicância 3 0 2Inq. Administrativo 0 0 3

MPT Ped. Providências 34 0 6

Sindicância 8 0 7

Inq. Administrativo 0 0 7

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

MPM Sindicância 0 0 0

Inq. Administrativo 0 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

MPDFT Expediente 8 0 7Pedidos de Informação 22 0 4Pedido de Explicações 0 0 5Proc. Ver. Pendência 0 0 1Sindicância 2 0 0Inq. Adm. Disciplinar 1 0 3Proc. Adm. Disciplinar 0 0 3

1.3.3.4. Procedimentos Disciplinares Instaurados em anos anteriores, com tramitação em2009

MINISTÉRIOPÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

Em

Andamento

ACRE Proc. Adm. Preliminar 6 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 2 1 2

Sindicância 0 0 0

Proc. Inv. Criminal 0 0 1

Proc. Administrativo 0 0 0

ALAGOAS Sindicâncias 0 0 0

Inq. Administrativo 0 0 0

AMAPÁ Sindicância 2 1 0

AMAZONAS Sindicância 3 0 0

Pedido de Explicação 0 0 0

BAHIA Proc. Adm. Sumário 4 1 10

Proc. Adm. Ordinário 0 1 0

CEARÁ Representação 47 0 2

ESPÍRITO SANTO Proc. Adm. Disciplinar 1 0 7

GOIÁS Sindicância 8 0 2

Representação 20 0 0

MARANHÃO Proc. Inv. Preliminar 13 0 2

Sindicância 0 0 8

MINISTÉRIOPÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

Em

Andamento

Proc. Adm. Disciplinar. 5 1 1

MATO GROSSO Sindicância 0 0 0

Inv./Proc. Preliminar 0 0 0

MATO GROSSO DOSUL

Ped. de Providências 6 0 3

Sindicância 1 0 1

Proc. Inv. Preliminar 1 0 0

Grupo de Trabalho 0 0 1

Consulta 1 0 2

MINAS GERAIS Apuração Sumária 0 0 0

Sindicância 3 0 4

Proc. Disc. Administrativo 3 3 12

PARÁ Proced. Disc. Preliminar 31 0 1

Proc. Adm. Disciplinar 0 1 0

PARAÍBA Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

Sindicâncias 1 0 0

PARANÁ Sindicância 0 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 2 0 0

PERNAMBUCO Proc. Verificatório 52 0 0

Sindicâncias 0 0 0

Representações 1 0 0

Proc Adm. Disciplinares 1 2 2

PIAUÍ Proc. Adm. Disciplinar 0 0 1

MINISTÉRIOPÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

Em

Andamento

Sindicância 0 0 0

RIO DE JANEIRO Proc. Disc. Sumário 3 3 0

Proc. Disc. Ordinário 0 1 0

RIO GRANDE DONORTE

Ped. Prov./Representação 10 0 0

Sindicância 0 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

RIO GRANDE DO SULInq. Administrativo 2 7 5

Proc. Adm. Disciplinar 6 0 1

RONDÔNIA Sindicância 0 0 0

RORAIMA Proc. Preliminar 3 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

Carta Precatória 0 0 0

SANTA CATARINA Pedido de Explicações 2 0 0

Sindicâncias 2 0 0

Proc Adm. Sumário 0 3 2

Proc Adm. Ordinário 0 0 0

SÃO PAULO Protocolados 58 0 18

Proc. Preliminar 0 0 0

Sindicância 7 0 4

Proc. Adm. Sumário 8 7 4

Proc. Adm. Ordinário 0 0 0

SERGIPE Ped. de Providências 0 0 0

MINISTÉRIOPÚBLICO

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES

Espécie Arquivadosem 2009

Encerrados em2009 com

aplicação depenalidade

Em

Andamento

Proc. Adm. Sumário 0 0 0

TOCANTINS Proc. Adm. Preliminar 24 0 0

Proc. Orient. Formal 0 0 0

Proc. Adm. Sumário 8 0 0

MPF Proc. Preliminar 69 0 2

Sindicância 2 0 0

Inq. Administrativo 5 0 7

MPT Ped.de Providência 5 0 2

Sindicância 3 0 0

Inq. Administrativo 0 0 2

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

MPM Sindicância 0 0 1

Inq. Administrativo 0 0 0

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 0

MPDFT Expedientes 0 0 2

Ped. de Informação 4 0 1

Proc. Ver. Pendência 0 0 0

Sindicância 1 0 0

Inq. Adm. Disciplinar 2 0 1

Proc. Adm. Disciplinar 0 0 1

1.3.4. Conclusões

A Constituição Federal atribuiu ao Corregedor Nacional as funções de receberreclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do MinistérioPúblico e dos serviços auxiliares; exercer funções executivas do Conselho, de inspeção ecorreição geral e o poder de requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgão do Ministério Público (Art. 130-A, § 3º, inc.I, II e III).

Desta forma, a Corregedoria Nacional do Ministério Público é um órgãoespecializado para receber as reclamações de natureza disciplinar que chegam ao CNMP.Obviamente, a sua atuação também respeita o mandamento constitucional de se preservar oscontroles internos das diversas unidades ministeriais. Assim, a cada nova reclamaçãorecebida, provoca-se a Corregedoria de origem do reclamado, para, em primeiro momento,manifestar-se sobre a representação. Esta forma de proceder está de acordo com o queprescreve o art. 130-A, § 2º, inc. I, da Constituição Federal, onde se atribuiu ao CNMP afunção de zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público. Nestecontexto, a Corregedoria Nacional só atua quando estes controles internos falham, seja poromissão, inércia ou insuficiência no exercício do poder disciplinar.

No ano de 2009 foram instaurados 375 (trezentos e setenta e cinco) novosprocessos. Um aumento de 23% (vinte e três por cento) em relação ao ano anterior. Se emnúmeros absolutos trata-se de uma quantidade significativa, o mesmo já não se pode dizer dassuas condições de procedibilidade, pois, após a análise de mérito, percebe-se que muitas seinsurgem contra a atividade finalística da atuação de membros do Ministério Público, faltam-lhe autenticidade (denúncias anônimas ou apócrifas) ou mesmo reclamam de autoridades asquais não estão sob o esteio da competência do CNMP. A facilidade de representar, com aautuação de vários procedimentos, reflete o caráter do controle social que o ConselhoNacional do Ministério Público possui, dando-se amplo acesso ao cidadão.

Na atual gestão, uma nova fase foi iniciada na atuação da CorregedoriaNacional com a realização de inspeções. Neste aspecto, foram instauradas 07(sete) inspeções,03 (três) no Estado do Piauí (Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal eMinistério Público do Trabalho) e 04 (quatro) no Estado do Amazonas (Ministério PúblicoEstadual, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Ministério PúblicoMilitar). Assim, inaugurou-se a forma pró-ativa da atividade correicional no CNMP e estapostura tem se mostrado fundamental para o conhecimento da realidade administrativa dosórgãos inspecionados.

Neste sentido, o Plenário do CNMP aprovou, por meio da Resolução nº 43, aobrigatoriedade de realizar, periodicamente, inspeções e correições pelas Corregedorias-Gerais, fato este que já se refletiu nas informações colhidas desses órgãos. Enquanto que em2008, 03 (três) unidades do Ministério Público informaram que não realizaram inspeções oucorreições, no corrente ano, todas as unidades ministeriais informaram que realizaram umaou outra atividade executiva. Tais procedimentos são essenciais para a preservação daregularidade dos serviços prestados pelo Ministério Público.

Quanto à atividade disciplinar informada pelas Corregedorias-Gerais, devido ao

Ministério Público dos Estados e da União possuírem regimes disciplinares diferenciados,instituídos pelas respectivas leis orgânicas, não há coincidência nas infracionais disciplinares,nos tipos processuais, nos ritos procedimentais, nos prazos prescricionais e nas sançõesaplicáveis. Neste diapasão, poucas são as Corregedorias-Gerais que aplicam diretamentesanções disciplinares, ficando tal atribuição a outros órgãos da Administração Superior. Oideal seria a existência de um único regime disciplinar para os membros do MinistérioPúblico, coerente com o princípio da unidade institucional.

1.4. Comissões

As Comissões Permanentes do Conselho Nacional são espaços institucionaisvoltados à discussão e ao estudo dos temas afetos ao aperfeiçoamento da atuação doMinistério Público junto à sociedade. Por meio das Comissões, especializadas em áreastemáticas, busca-se promover a integração do Conselho a outras instâncias administrativas e àsociedade em geral, viabilizar o aprofundamento das matérias discutidas em Plenário, eampliar os canais de comunicação institucional participativos.

Na busca por soluções para os problemas que afligem o Ministério Público, asComissões do Conselho atuam de diversas formas, que abrangem a promoção de audiênciaspúblicas, a realização de eventos de integração com os ramos do Ministério Público, aelaboração de propostas para melhorar o funcionamento das Promotorias e Procuradorias e oacompanhamento de projetos legislativos de interesse do Ministério Público, em trâmite nasCasas Legislativas da União e dos Estados.

Atualmente, o Conselho Nacional do Ministério Público conta com cincoComissões Permanentes: a Comissão de Planejamento Estratégico e AcompanhamentoLegislativo; a Comissão de Controle Administrativo e Financeiro; a Comissão de Preservaçãoda Autonomia do Ministério Público; a Comissão Disciplinar, de Controle Externo daAtividade Policial, de Controle do Sistema Carcerário e de Controle das Medidas Sócio-educativas aplicadas em adolescentes em conflito com a Lei e a Comissão de Jurisprudência.Ressalte-se que a Comissão de Jurisprudência passou a integrar a estrutura das Comissões doConselho a partir de junho de 2009, enquanto a Comissão Disciplinar teve seu escopo deatuação ampliado para abarcar a fiscalização da atividade policial, do sistema carcerário e doatendimento institucional de menores infratores em outubro de 2009.

Até julho de 2009, mês do término do mandato dos Conselheiros que integraram oCNMP entre os anos de 2007 e 2009, a composição de cada Comissão estava disposta daseguinte forma: a comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo tevecomo Presidente o então Conselheiro Nicolao Dino de Castro e Costa Neto e como demaismembros o Conselheiro Sandro José Neis e então Conselheiro Fernando Quadros da Silva. AComissão de Controle Administrativo e Financeiro foi presidida pelo Conselheiro CláudioBarros Silva e integrada, ainda, pelos então Conselheiros Paulo Freitas Barata e AlbertoMachado Cascais Meleiro. Já a Comissão de Preservação da Autonomia do MinistérioPúblico foi integrada pelos ex-Conselheiro, Diaulas Costa Ribeiro, na qualidade dePresidente, Raimundo Nonato de Carvalho Filho e Francisco Ernando Uchoa Lima. AComissão Disciplinar foi composta pelo Conselheiro, Francisco Maurício Rabelo deAlbuquerque Silva, na qualidade de presidente, e pelo Conselheiros Sandro José Neis e pelaentão Conselheira Ivana Auxiliadora Mendonça Santos.

Desde a posse dos atuais membros do Conselho Nacional, as Comissões estãoassim compostas: a Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo é

presidida pelo Conselheiro Achiles de Jesus Siquara Filho e integrada pelos ConselheirosTaís Ferraz e Bruno Dantas. A Comissão de Controle Administrativo e Financeiro tem porpresidente o conselheiro Almino Afonso Fernandes e por membros os Conselheiros SandraLia Simón e Cláudio Barros Silva. A Comissão de Preservação da Autonomia do MinistérioPúblico, por sua vez, é integrada pelos Conselheiros, Cláudio Barros Silva, na qualidade depresidente, Adilson Gurgel de Castro e Taís Ferraz. A Comissão Disciplinar, de ControleExterno da Atividade Policial, de Controle do Sistema Carcerário e de Controle das MedidasSócio-educativas aplicadas em adolescentes em conflito com a Lei é presidida peloConselheiro Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva, e integrada pelos ConselheirosCláudio Barros Silva, Sérgio Feltrin Corrêa, Adilson Gurgel Gastro, Maria Ester HenriqueTavares e Taís Ferraz. A Comissão de Jurisprudência é presidida pelo Conselheiro BrunoDantas e integrada ainda pelos Conselheiros Almino Afonso Fernandes e Maria EsterHenrique Tavares.

1.4.1. Comissão de Controle Administrativo e Financeiro

A Comissão de Controle Administrativo tem por linha de atuação o estudo e aimplementação de ações voltadas à correção e à prevenção de deficiências de gerenciamentodos recursos materiais e humanos da Administração Pública Ministerial. Norteia a atuação daComissão o intuito de tornar viáveis as condições necessárias à implementação de uma gestãopública de excelência, no âmbito do Ministério Público.

Em 2009, a Comissão de Controle Administrativo e Financeiro apresentou 03(três) Propostas de Resolução, aprovadas pelo Plenário; submeteu ao julgamento doColegiado 41 (quarenta e um) processos administrativos, entre Pedidos de Providências - PP,Procedimentos de Controle Administrativo - PCA, Propostas de Resolução – RES e Embargosde Declaração - ED; proferiu 06 (seis) decisões monocráticas4 e acompanhou diretamente ocumprimento de 04 (quatro) Resoluções.

A seguir, detalham-se os projetos de resolução aprovados por iniciativa daComissão de Controle Administrativo e Financeiro:

- Alteração da Resolução nº 06/2006, com as modificações dadas pela Resolução nº19/2007, por meio da Resolução nº 34/2009: As Resoluções nº 06/2006 e nº 19/2007regulam a efetivação do artigo 37, inciso V, da Constituição Federal, por parte dos MinistériosPúblicos dos Estados. A Resolução CNMP nº 06/2006 prevê que os Procuradores-Gerais deJustiça deverão encaminhar ao Poder Legislativo proposta de regulamentação do art. 37, V, daConstituição Federal, a qual deverá: 1) dispor sobre as condições e os percentuais mínimos decargos em comissão a serem preenchidos por servidores efetivos e 2) corrigir “eventualdesvirtuamento da regra constitucional, para que sejam acometidas aos ocupantes de cargoscomissionados exclusivamente atribuições de direção, chefia e assessoramento” (art. 2º). AResolução nº 19/2007, por sua vez, acrescentou parágrafo único ao art. 2º, da ResoluçãoCNMP nº 06/2006, em que se lê que “os Ministérios Públicos dos Estados terão o prazo de90 (noventa) dias para elaborar ato normativo interno do qual conste as atribuições de todosos cargos comissionados, cujos titulares somente poderão desempenhar funções de direção,chefia e assessoramento”. Com o fim de conferir tratamento isonômico entre as diversasunidades Ministeriais, garantindo o caráter nacional do Ministério Público, a Comissão de

4 No bojo dos processos de nº 0.00.000.001042/2008-23, nº 0.00.000.001044/2008-12, nº 0.00.000.001053/2008-11, nº 0.00.000.001055/2008-01, nº 0.00.000.001060/2008-13 e nº 0.00.000.001039/2008-18.

Controle Administrativo apresentou Proposta de Resolução para estender os termos daResolução nº 06/2006, com as modificações dadas pela Resolução nº 19/2007, aos ramos doMinistério Público da União. A proposta foi aprovada em 29 de janeiro de 2009 e resultou naedição da Resolução nº 34/2009.

- Instituição do Portal da Transparência em todas as Unidades do Ministério Público,regulamentada por meio da Resolução nº 38/2009: A Constituição Federal confereprimazia ao direito ao conhecimento pleno da gestão pública e da forma como ocorrem osgastos públicos, direito este respaldado pelo princípio administrativo da publicidade. Com ofim de conferir maior efetividade a tal princípio, avançar na criação de mecanismos departicipação e controle social, no âmbito do Ministério Público, e uniformizar osprocedimentos de transparência no âmbito da Instituição, editou-se a Resolução nº 38/2009,aprovada pelo Plenário em 26 de maio de 2009, a qual estabelece a obrigatoriedade dadisponibilização, em cada um dos sites de cada Unidade do Parquet, para acesso universal,dos dados de gestão dos recursos públicos no âmbito do MP, incluindo os dados institucionaisrelativos as receitas arrecadadas e às despesas pagas; repasses aos fundos ou institutosprevidenciários, custo com diárias e cartões corporativos, rol de licitações e contratos emandamento, convênios firmados, relação dos nomes de servidores da instituição deprovimento efetivo, de servidores com funções gratificadas ou comissionadas, entre outros;

- Envio dos relatórios de inspeção e das decisões proferidas por ocasião do julgamentodas contas da Administração do Ministério Público no âmbito dos Tribunais de Contas:Na sessão de 17 de novembro de 2009, o Plenário do Conselho Nacional aprovou projeto deResolução que dispõe sobre a obrigatoriedade de o Conselho Nacional do Ministério Públicosolicitar anualmente aos Tribunais de Contas da União e dos Estados o envio dos relatórios deinspeção e das decisões proferidas por tais Cortes, afetas às contas do Ministério Público. AResolução busca contribuir para integrar a atuação deste Conselho Nacional à atuação dosTribunais de Contas, no que se refere ao acompanhamento dos atos administrativos realizadospelas Unidades Ministeriais e para sedimentar parcerias que aprimorem a atuação doConselho Nacional, em particular com as demais Instituições democráticas igualmentevoltadas à devida prestação de contas dos Órgãos Públicos perante à coletividade.

1.4.2. Comissão Disciplinar, de Controle Externo da Atividade Policial, de Controle doSistema Carcerário e de Controle das Medidas Sócio-educativas aplicadas aadolescentes em conflito com a Lei

A Comissão Disciplinar e de controle da atividade policial, do sistema carcerário edo atendimento institucional de menores infratores é destinada aos estudos e trabalhosvoltados à busca por soluções para os graves problemas do sistema prisional brasileiro e àfiscalização das condições de encarceramento e de cumprimento das medidas sócio-educativas aplicadas a adolescentes em conflito com a lei. A comissão tem por atribuições,ainda, promover estudos e ações voltadas ao regular desempenho das funções institucionais,no que diz respeito ao seu aspecto disciplinar, e adotar medidas com vistas a contribuir para oaperfeiçoamento da atividade policial.

Os trabalhos da Comissão encontram-se em fase inicial de desenvolvimento, comperspectivas de expansão e aprimoramento a partir do exercício de 2010.

Registre-se que, em 2009, foram levados à julgamento plenário pela Comissão

Disciplinar 10 (dez) processos administrativos5, entre Correição, Pedidos de Providências,Proposta de Resolução e Representações por Excesso de Prazo.

a) Relatório final da Comissão Temporária e criação da Comissão permanente deSistema Carcerário:

O passo inicial em direção à maior efetividade no acompanhamento do sistemaprisional pelo Conselho Nacional foi dado com a conversão da comissão temporária doSistema Carcerário em comissão permanente, o que ocorreu em setembro de 2009. Com isso,a comissão permanente Disciplinar, já existente, passou a acumular às demais funçõesfiscalizatórias afetas à atividade policial, ao sistema prisional e às medidas sócio-educativas.A conversão ocorreu porque concluiu-se que a matéria, de extrema relevância e repercussãona sociedade, exige acompanhamento contínuo do CNMP e não pode ser convenientementetratada de forma transitória e excepcional.

A Comissão Temporária de Sistema Carcerário foi criada pelo Conselho Nacionalpara verificar o cumprimento, por parte dos Ministérios Públicos, da Resolução nº 20/2007,que disciplina o controle externo da atividade policial. Em setembro de 2009, no julgamentodo processo nº 194/2008-17, a Comissão Temporária apresentou relatório final acerca dos atosnormativos adotados pelas diferentes Unidades do Ministério Público, no que se refere aocontrole da atuação policial e à fiscalização da execução penal e do cumprimento de medidassocio-educativas.

O relatório constitui material inicial para os trabalhos de aprofundamento efiscalização in loco, a serem realizados pelo Conselho Nacional do Ministério Público em2010, sob a coordenação da comissão permanente Disciplinar.

b) Proposta de Resolução Conjunta entre o CNMP e o CNJ, que dispõe sobre a revisãoperiódica da legalidade das prisões, das medidas de segurança e das internações deadolescentes em conflito com a lei:

A comissão Disciplinar apresentou ainda, Proposta de Resolução conjunta entre oConselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional do Justiça, de autoria daConselheira Taís Ferraz. A proposta, aprovada pelo Plenário em 29 de setembro de 2009,resultou na edição da Resolução conjunta CNMP/CNJ nº 01/2009.

Por meio da resolução conjunta, estabeleceu-se que as unidades do PoderJudiciário e do Ministério Público com competência em matéria criminal e execução penalimplantarão mecanismos que permitam, com periodicidade mínima anual, a revisão dalegalidade da manutenção das prisões provisórias e definitivas, das medidas de segurança edas internações de adolescentes em conflito com a lei.

Além disso, com a aprovação da proposta, os Ministérios Públicos, de todas asesferas, passaram a ter a obrigatoriedade de designar forças-tarefas, com o intuito de

5 No bojo dos processos de nº 0.00.000.000745/2009-15, nº 0.00.000.000492/2009-80, nº0.00.000.000483/2009-99, nº 0.00.000.000984/2009-75, nº 0.00.000.000194/2008-17, nº0.00.000.000971/2008-15, nº 0.00.000.000255/2009-19, nº 0.00.000.000369/2009-69, nº 0.00.000.000872/2008-33 e nº 0.00.000.000969 /2008-46.

coordenar, em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça, os mutirões carcerários nosestados brasileiros.

1.4.3 Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo

A Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo tem porobjetivo atuar na estruturação da gestão estratégica da Instituição e na condução democráticado processo de planejamento, de longo e médio prazo, das diretrizes de ação do ConselhoNacional do Ministério Público e do Ministério Público como um todo. Inclui também, emseu escopo de atuação, a condução dos trabalhos de formulação de indicadores dedesempenho, a troca de experiências em gestão com as Unidades do Ministério Público e aanálise de indicadores e estatísticas institucionais. Engloba, além disso, o acompanhamento deprojetos legislativos de interesse do Ministério Público, em trâmite nas Casas Legislativas daUnião e dos Estados. O empenho da Comissão volta-se, ainda, para o alcance dos recursosorçamentários, humanos e materiais necessários à realização dos projetos estratégicos doConselho Nacional.

Atualmente, a estruturação da Comissão, em particular no que se refere ao corpotécnico de apoio, encontra-se em estágio inicial, com perspectivas de ampliação em 2010.

Assim como ocorreu no ano anterior, a Comissão realizou o acompanhamento dopreenchimento do questionário eletrônico da Resolução 25, atual Resolução nº 33, que tratado envio de dados de ordem funcional por parte dos ramos do Ministério Público da União edos Estados. Em convergência com tal atividade, a Comissão organizou o 2º Fórum daComissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo.

a) 2º Fórum da Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo

O evento foi realizado no dia 12 de maio, no auditório da Escola Superior doMinistério Público da União.

Participaram do encontro os Corregedores-Gerais e seus respectivos assessores,bem como um representante da Área de Tecnologia da Informação de cada um das Unidadesdo Ministério Público da União e dos Estados.

O encontro teve por objetivo dar continuidade ao debate iniciado no 1º Fórum daComissão, realizado no ano passado, acerca dos parâmetros de controle administrativo e dedesempenho institucional dos Ministérios Públicos da União e dos Estados, além de estarvoltado à tematização de questões relacionadas ao direcionamento tecnológico, infra-estrutura, sistemas informatizados e processo eletrônico.

Teve por finalidade, ainda, apresentar os resultados obtidos por consultoriaexterna contratada pelo CNMP para a análise dos dados administrativos e funcionais, relativosao ano de 2008, informados por cada Unidade do Ministério Público, em cumprimento àsResoluções nº 32 e nº 33 deste Conselho Nacional.

b) Programa SIM-MP

Em 15 de junho, o Conselho Nacional do Ministério Público, por iniciativa daComissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo, firmou termo decooperação técnica com a Associação Paranaense do Ministério Público para a implantaçãodo Sistema de Informação dos e para Membros do Ministério Público (SIM-MP).

O SIM-MP, que funciona atualmente em caráter experimental, é uma rede virtualcriada para que promotores e procuradores cadastrem e acessem registros de iniciativas doMinistério Público (ações civis públicas, termos de ajustamentos de conduta, recomendações,atas de audiências públicas, etc) em suas áreas de atuação. A plataforma permite a divulgaçãode trabalhos realizados e o compartilhamento de experiências entre os membros das diversasunidades do MP, o que contribui para a eficiência do planejamento institucional.

c) Acompanhamento Legislativo

No que se refere à atuação da Comissão no acompanhamento de procedimentoslegislativos perante o Congresso Nacional, destacam-se as seguintes proposições:

c.1) No Senado Federal

- PEC nº 37/2006: Visa alterar a redação do Capítulo III (Da Segurança Pública), do Título V(Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas), da Constituição Federal;

- Projeto de Lei da Câmara nº 111/2008: Altera dispositivos do Decreto-lei nº 3.689/41 –Código de Processo Penal.

c.2) Na Câmara dos Deputados

- PEC 487/2005 e LC 28/2007: Visam legitimar o Defensor Público-Geral a propor ADI,ADC, incidente de deslocamento de competência nos casos de grave violação de direitoshumanos e tutela judicial e extrajudicial de interesses coletivos;

- PDC nº 322/2007: Projeto de Decreto Legislativo em curso na CD, que vista sustar osefeitos da Resolução CNMP nº 20, de 20 de junho de 2007, a qual regulamenta a atividade decontrole externo da atividade policial;

- PL nº 1.192/2007: Visa estabelecer a obrigatoriedade de comunicação também ao CNJ e aoCNMP as providências adotadas e a fase processual em que se encontram os procedimentosinstaurados em decorrência das conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito;

- PL nº 6.745/2006: Visa modificar a Lei 7.347/85;

- PL nº 165/2007: Visa alterar a Lei de Ação Popular, na Lei da Ação Civil Pública e na Leide Improbidade Administrativa;

- PECs nºs 184/2007, 151/95, 308/2004 e 549/2006 : Dispõe sobre as Polícias Judiciárias daUnião e dos Estados e dão outras providências;

- PEC nº 244/2008: Dispõe sobre alterações na estrutura do Conselho Nacional de Justiça edo Conselho Nacional do Ministério Público;

- PEC 192/2007: Visa estabelecer a obrigatoriedade, para juízes e Tribunais, de comunicaremao Conselho Nacional de Justiça, semestralmente, o andamento dos processos que presidem,relativos a atos de improbidade administrativa e a crimes contra a administração pública;

- PL 1.149/2007: Institui a Lei Geral da Polícia Civil e dá outras providências;

- PDC nº 322/2007: Visa sustar os efeitos da Resolução CNMP nº 20/2007.

d) Propostas de Resolução apresentadas:

O Conselho Nacional do Ministério Público, por iniciativa da Comissão dePlanejamento e Acompanhamento Legislativo, aprovou as seguintes propostas de resolução:

- Alteração das Resoluções nº 01/2007, nº 07/2006 e nº 21/2007, que versam sobre aproibição ao nepotismo: Em sessão de 28 de abril de 2009, o Conselho aprovou a Resoluçãonº , com o fim de adequar a regulamentação da proibição ao nepotismo, no âmbito doMinistério Público, ao disposto na Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribuna Federal.Além de compatibilizar as normas do Conselho ao texto editado pela Suprema Corte, quecondena o nepotismo na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes daUnião, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nova resolução, veda a prestaçãode serviço por empregados de empresas fornecedoras de mão-de-obra que sejam parentes atéo terceiro grau dos respectivos membros ou servidores dos órgãos contratantes do MinistérioPúblico da União e dos Estados;

- Instituição de correições periódicas nas Unidades do Ministério Público: O projeto deresolução, aprovado pelo Plenário em 16 de junho, resultou na edição da Resolução nº . Deacordo com a resolução, as Corregedorias-Gerais de cada unidade do MP deverão realizarcorreições ordinárias a cada três anos, pelo menos, e correições extraordinárias sempre quehouver necessidade. Além disso, os Corregedores-Gerais deverão divulgar, com antecedênciamínima de trinta dias, na internet e na imprensa oficial, com as devidas cautelas, ocronograma das correições ordinárias e a indicação dos respectivos locais. A resoluçãotambém determina que nas inspeções ou correições sejam examinados aspectos relacionados àprodução mensal de cada procurador ou promotor, assim como aspectos sobre o cumprimentodos prazos processuais e a regularidade no atendimento ao público externo.

Por fim, registre-se que, em 2009, foram levados à julgamento plenário pelaComissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo 06 (seis) processos6,entre Pedidos de Providências e Propostas de Resolução, e foram proferidas 08 (oito) decisõesmonocráticas de arquivamento7.

6 Processos CNMP nº 0.00.000.000373/2009-27, nº 0.00.000.0001038/2008-65, nº 0.00.000.000894/2008-01, nº0.00.000.000097/2007-35, nº 0.00.000.000521/2009-11, nº 0.00.000.000851/2009-077 Nos autos dos processos CNMP nº 0.00.000.000491/2009-35, nº 0.00.000.000332/2008-50, nº0.00.000.000629/2008-15, nº 0.00.000.000147/2008-65, nº 0.00.000.000155/2008-10, nº0.00.000.000162/2008-11, nº 0.00.000.000506/2009-65 e nº 0.00.000.000925/2007-35 09 09.

1.4.4. Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público

A Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público destina-se àapreciação de situações fáticas que possam caracterizar lesão à independência do MinistérioPúblico, bem como à adoção de medidas corretivas.

Atualmente, tramitam perante à Comissão de Preservação da Autonomia doMinistério Público 04 (quatro) processos administrativos, em fase de cumprimento dediligências8.

Importante salientar que essa Comissão, assim como as demais, trata de processosde ordem abstrata, isto é, que merecem a elaboração de temas que envolvem a autonomia doMinistério Público. Pedidos de Providências ou Procedimentos de Controle Administrativoque envolvam casos concretos são distribuídos entre os membros do Plenário.

1.4.5. Comissão de Jurisprudência

A Comissão Permanente de Jurisprudência foi instituída em 16 de junho de 2009,por meio da aprovação de projeto de Resolução apresentado pelo conselheiro Paulo Barata.

A Comissão tem por atribuições, entre outras, as funções de organizar e atualizar oacervo de decisões plenárias e monocráticas; classificar os sucessivos acórdãos que discutemteses idênticas, propondo a edição de enunciados; e identificar temas relevantes para estudosde uniformização de entendimento.

A criação da comissão tem por intuito proporcionar maior eficiência, presteza,segurança jurídica e celeridade na produção e consulta às decisões, uma vez que sua atuaçãoconsiste em estabelecer as diretrizes técnicas e políticas da organização e da divulgação dosjulgados, tanto na internet quanto na edição de periódicos, agilizando sobretudo o trabalhodos advogados, Promotores, Juízes, gestores públicos, e demais interessados.

A Comissão também tem por atribuição propor ao Plenário a periodicidade daelaboração da Revista de Jurisprudência do CNMP, a qual divulgará os acórdãos e decisõesdo Conselho Nacional, além de artigos e textos doutrinários de matérias relacionadas aoMinistério Público.

Os trabalhos da Comissão encontram-se em fase preliminar de estruturação, comperspectivas de aprimoramento em 2010.

1.5. Secretaria-Geral

A Secretaria Geral é diretamente subordinada à Presidência, cabendo-lhe exerceras atividades de apoio técnico-administrativo necessárias à preparação e à execução dasfunções do Conselho Nacional do Ministério Público. A Secretaria exerce também os serviçoscartorários do CNMP: receber, autuar e movimentar os processos em tramitação.

8 Processos CNMP nº 0.00.000.000753/2007-08, nº 0.00.000.000580/2009-81, nº 0.00.000.000915/2007-08 e nº0.00.000.0001210/2009-61.

O Regimento Interno do CNMP dispõe no Capítulo VI, art. 38, que a SecretariaGeral é diretamente subordinada à Presidência do CNMP, sendo dirigida por membro doMinistério Público designado pelo Presidente, nos termos do art. 29, inciso XX, do mesmoDiploma Legal, cabendo-lhe assessorar todos os demais órgãos do Conselho.

Atualmente, o cargo de Secretário-Geral é ocupado pelo Procurador Regional daRepública José Adércio Leite Sampaio e o de Secretário-Geral Adjunto, pela ProcuradoraRegional do Trabalho Cristina Soares de Oliveira e Almeida Nobre. Ambos nomeados pormeio da Portaria CNMP-PRESI n.º 003, de 12 de agosto de 2009, publicada no Diário daJustiça no dia 17 do mesmo mês.

Uma das novidades neste ano foi justamente a nomeação para o cargo deSecretário-Geral Adjunto, com escopo de melhor desenvolver os trabalhos da SecretariaGeral, em virtude da crescente demanda do CNMP.

Integram a Secretaria Geral as Coordenadorias Administrativa, de Tecnologia daInformação e Processual, o Núcleo de Ações Estratégicas e a Assessoria de Comunicação. Aatuação destes órgãos foi definida pela Portaria CNMP-SG n.º 003, de 23 de janeiro de 2009,e serão detalhadas a seguir.

1.5.1. Coordenadoria Administrativa

A Coordenadoria Administrativa – COAD é responsável por realizar atividades deapoio administrativo tais como logística; serviços terceirizados; protocolo, arquivo eexpedição de documentos; comunicação com as Secretarias da PGR quanto à execução doprotocolo de cooperação para execução operacional da gestão administrativa e de pessoal doConselho; acompanhamento da execução financeira; elaboração de estudos sobre a melhorutilização dos recursos financeiros; alimentação do “Sistema de Informações Gerenciais e dePlanejamento – SIGPLAN” com informações sobre a execução física e financeira das açõesorçamentárias; transporte de Membros e servidores; concessão de diárias e passagens.

No exercício de 2009, a COAD auxiliou nos planejamentos estratégico eorçamentário do CNMP, especialmente por meio de:

a) reuniões com a Comissão de Planejamento Estratégico para modelagem do “ProgramaNacional de Modernização do Ministério Público – Pró-MP”;

b) elaboração do Plano de Autonomia do Conselho Nacional, o qual foi aprovado em SessãoAdministrativa pelos Conselheiros e deverá ser implementado em duas fases, sendo a primeiraem 2010 e a segunda em 2011;

c) participação na elaboração da proposta de reestruturação do Conselho, que culminou com oencaminhamento de anteprojeto de lei ao Congresso Nacional, dando origem ao Projeto deLei nº 5909/2009;

d) coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária para 2010, com aparticipação das Coordenadorias e do Núcleo de Ação Estratégica; e

e) programação orçamentária e financeira das ações do Conselho.

A COAD também promoveu atividades de treinamento de servidores dos diversos

setores, tendo contratado cursos nas áreas de planejamento estratégico, tecnologia dainformação, e modelagem de processos.

Por fim, a Coordenadoria acompanhou a execução orçamentária e a evolução daestrutura de pessoal do CNMP, conforme as tabelas abaixo:

ORÇAMENTO DO CNMP 2009

DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOTAÇÃO EXECUTADA até16/11/2009

13.987.712,00 10.350.973,15

SETOR SERVIDORES

Presidência 03

Corregedoria 10

Gabinetes dos Conselheiros 18

Secretaria-Geral 03

Ascom 02

Coad 16

Coproc 13

Cotec 11

Nae 0

Ditrans 09

1.5.2. Coordenadoria Processual

A Coordenadoria Processual – COPROC está diretamente ligada à SecretariaGeral do CNMP. Compreende em sua estrutura a Seção de Pesquisa, Classificação e Autuação– SEPCA e o Núcleo de Acompanhamento de Decisões.

A COPROC exerce um importante papel no CNMP desempenhando, atualmente,

as atribuições especificadas no art. do Regimento Interno.

Além das atribuições descritas no mencionado dispositivo, faz parte dasatribuições da Coordenadoria Processual o atendimento ao público, ao Colegiado e àCorregedoria Nacional.

No ano de 2009 houve a mudança na composição do CNMP, sendo que a últimasessão realizada, ainda com a composição anterior, foi dia 16/06/2009.

A partir de 10/08/2009 tomaram posse os novos Conselheiros deste CNMP para obiênio 2009-2011 e a Coordenadoria Processual ficou responsável pela preparação doPlenário do CNMP onde ocorreu a Sessão Solene com o objetivo de eleger o CorregedorNacional e os Presidentes das Comissões Permanentes e Temporária, nos termos descritos,respectivamente, nos artigos 30 e art. 33, § 2º, do Regimento Interno deste Conselho Nacionaldo Ministério Público.

Após a posse dos novos Conselheiros os servidores da Coordenadoria Processualfizeram um mutirão no feriado do dia 11/08/2009 para redistribuir todos os processos à novacomposição.

No dia 25/08/2009 houve a Sessão Solene de transferência do cargo deCorregedor Nacional do Ministério Público e, só após, foi dado início aos trabalhos da 9ªSessão Extraordinária do CNMP.

A Coordenadoria Processual autuou um total de 1423 processos, conforme tabelaabaixo:

DOCUMENTOS AUTUADOSE DISTRIBUÍDOS NESTESETOR NO ANO DE 2009

MÊS QUANTIDADE

JANEIRO 74

FEVEREIRO 83

MARÇO 125

ABRIL 95

MAIO 102

JUNHO 146

JULHO 136

AGOSTO 114

SETEMBRO 125

OUTUBRO 164

NOVEMBRO 85

DEZEMBRO 114

TOTAL 1394

ADMINTERNOS 44

TOTAL 1438

A partir de setembro de 2009, a Coordenadoria Processual, por intermédio daSeção de Autuação – SEPCA, iniciou a autuação de procedimentos administrativos internosque seguem a mesma numeração dos demais procedimentos, entretanto, não são cadastradosno sistema CNMP. Com isso, vale frisar que, dos 1438 autuados, 44 são procedimentosadministrativos internos.

Ressalta-se que o Conselho Nacional do Ministério Público trabalha com doissistemas, sendo um para cadastro e movimentação interna, que é o sistema Fênix, e outro paracadastro e tramitação dos feitos, que é o sistema CNMP.

O Sistema CNMP é alimentado diariamente e disponibilizado para acesso dopúblico externo, via internet, para acompanhamento dos procedimentos.

A Coordenadoria Processual no ano de 2009 organizou e participou das 12Sessões Ordinárias e das 14 Sessões Extraordinárias.

Vale dizer que a participação da Coordenadoria Processual nas sessões dejulgamento tem o objetivo de dar suporte ao Secretário-Geral e fazer todos os registrosnecessários à elaboração das certidões de julgamentos e da respectiva ata da sessão.

1.5.3. Coordenadoria de Tecnologia da Informação

Nos dias atuais em que processos e tomadas de decisões tiveram seu tempos deresposta diminuídos em função do aumento de fluxo informacional presente na sociedade, aTecnologia da Informação – TI – é considerada como meio indispensável para toda e qualquerorganização, principalmente quando o foco reside em otimização constante de rotinas detrabalho e da realização de políticas diversas sem que a eficiência seja prejudicada.

Esse cenário de mudanças em ritmo acelerado, frequentemente encontrado nainiciativa privada, tem, ano após ano, se tornado uma premissa para qualquer que seja o entepúblico, em qualquer que seja a esfera de poder, uma vez que resulta na melhoria constante ecrescente na qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

No CNMP, isso não poderia ser diferente. Apesar da ainda incipiente estrutura deTI encontrada, ressalta-se, em especial, a atenção da nova composição de Conselheiros embusca da modernização da infraestrutura tecnológica para consecução das diretrizesestratégicas a serem atingidas até o fim do mandato em 2011.

O grande foco da TI no CNMP, representada pela Coordenadoria de Tecnologia daInformação – COTEC, foi justamente a busca em planejamento da estruturação física e lógicado CNMP especialmente para o crescimento pretendido.

Para isso ações iniciadas em 2008 foram continuadas e algumas outrasimportantes foram iniciadas em 2009. É com o intuito de demonstrar sinteticamente a

relevância deste trabalho realizado pela COTEC que esse documento descreve nas próximasseções algumas dessas ações.

a) Integração com os Ministérios Públicos

A COTEC em 2009 representou o CNMP em visitas a alguns Ministérios PúblicosEstaduais com intuito de trocar experiências e conhecer iniciativas inovadoras na área deTecnologia da Informação.

Destaca-se neste sentido o sistema protótipo do Ministério Público do Estado dePernambuco que concentra, em um único ponto de acesso, pesquisas sobre processos emposse de qualquer Ministério Público que estiver integrado ao protótipo.

Além da iniciativa do MP/PE, destaca-se também a implantação das tabelasprocessuais unificadas do Poder Judiciário pelo MP/RO, atendendo às Metas 08 e 09 de 2008da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA,complementada por proposta apresentada ao CNMP visando a criação de padronizaçãoespecífica para processos extra-judiciais, aqueles iniciados exclusivamente pelo MinistérioPúblico.

Por fim, em um importante passo para a integração de TI dos ramos do MinistérioPúblico brasileiro, foi regulamentada pela Portaria CNMP-SG nº 8/2009 a Portaria CNMP-PRESI nº 7/2009 com vistas a criação do Comitê de Políticas de Tecnologia da Informação doMinistério Público – CPTI-MP- grupo que terá em 2010 a atribuição de iniciar trabalhovisando estabelecer políticas nacionais de TI para o Ministério Público brasileiro.

b) Infraestrutura

Para que objetivos estratégicos possam efetivamente ser alcançados é necessário oinvestimento em equipamentos e software de base. O planejamento para 2009 previa umasérie de aquisições, mas havia o problema da falta de orçamento para 2009.

Ao assumir, a nova composição do CNMP, juntamente com o Secretário-Geralestabeleceram a diretriz de que o orçamento destinado às obras da reforma da nova sede doConselho fossem destinadas, em parte, para aquisição de infraestrutura de TI.

A COTEC então partiu para especificação desses equipamentos que, apósadquiridos, darão um enorme incremento na capacidade de escalonamento de demandas de TIdentro do CNMP.

Paralelamente, ao longo de todo o ano de 2009 foi dado início pela ProcuradoriaGeral da República ao processo de ativação da Rede Nacional do MPU, rede que integrará,numa grande tronco, todos os ramos do Ministério Público da União, além do CNMP e daEscola Superior do Ministério Público da União – ESMPU.

c) Sistemas de Informação

No que diz respeito a sistemas de informação, o principal marco da COTEC foi oinício do desenvolvimento do Sistema de Cadastro de Membros do Ministério Público –SCMMP.

Esse sistema, que começou a ser desenvolvido ainda na composição passada doCNMP, tem como objetivo agregar informações de Membros do Ministério Público, tornandoa atividade fim do Conselho muito mais simplificada. A principal virtude do sistema é estartotalmente alinhado com as diretrizes traçadas pelo CNMP, em especial àquelas traçadas peloCorregedor Nacional do Ministério Público, Conselheiro Sandro Neis.

No plano nacional, a COTEC ainda trabalhou na evolução do sistema CNMPInd,sistema que controla o preenchimento dos dados relativos às Resoluções nº 32 e 33 de 2008,resoluções que dizem respeito à obtenção de dados da atuação administrativa e funcional doMinistério Público. Mais recentemente o sistema foi atualizado para também gerenciar opreenchimento de dados da Resolução nº 36 de 2009 que versa sobre informações relativas aInterceptações Telefônicas e Telemáticas no âmbito do Ministério Público.

Como outras importantes ações de âmbito nacional, destacam-se a assinatura determos de cooperação com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ – para possibilitar acessoaos Ministérios Públicos dos sistemas que automatizam o Cadastro Nacional de CondenaçõesCíveis por Ato de Improbidade Administrativa e o Cadastro Nacional de Adoção, e aimplantação do Portal da Transparência do CNMP.

Como parte da modernização administrativa do CNMP foi dada continuidadedurante o ano de 2009 ao desenvolvimento do sistema CNMP Web que substituirá os sistemasde tramitação e de movimentação processual atualmente em utilização. O novo sistemapossibilitará, entre outras vantagens, maior celeridade na tramitação processual, processostotalmente eletrônicos e melhoria da obtenção de informações estatísticas da atuação dopróprio CNMP.

Ainda como parte da modernização administrativa alguns outros sistemasdepartamentais tiveram o seu desenvolvimento iniciado e outros tiveram sua implantaçãoconcluída e alguns outros estão previstos para 2010.

QUADRO RESUMO

SITUAÇÃO QUANTIDADE

EM PRODUÇÃO 7

EM DESENVOLVIMENTO 6

PLANEJADOS 15

Total 28

d) Inspeções

Um importante marco para a curta história do CNMP foi o início da realização dasinspeções nos ramos do Ministério Público.

A Secretaria Geral do CNMP disponibilizou recursos de suas Coordenadorias nosentido de propiciar estrutura mínima para apoiar o trabalho das inspeções a ser realizado nosramos do Ministério Público brasileiro.

Desta maneira, a COTEC - encaminhou seus representantes com o objetivo deinspecionar as áreas de Tecnologia da Informação – TI - desses Ministérios Públicos.

1.5.4. Núcleo de Ação Estratégica

Criado pela Resolução 25, de 3 de dezembro de 2007, o Núcleo de AçãoEstratégica, NAE, está diretamente ligado à Secretaria-Geral do Conselho Nacional doMinistério Público.

Em 2009, no exercício de sua competência, o NAE subsidiou as principais açõesdesenvolvidas pela Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo,especialmente aquelas decorrentes do acompanhamento de envio de dados relativos à atuaçãofuncional do Ministério Público, à execução administrativa e orçamentária dos questionáriosdas Resoluções 32 e 33 (Sobre as demais atuações deste Núcleo, vide o item 1.4.3, que versasobre a Comissão de Planejamento Estratégico e Acompanhamento Legislativo).

1.5.5. Núcleo de Acompanhamento de Decisões

A criação, os objetivos, a metodologia de trabalho e a forma de atuação do Núcleode Acompanhamento das Decisões (NAD) foram objeto de análise anterior, tendo sidoapresentados no item 1.5.1. do Relatório de Atividades 2008 do Conselho Nacional doMinistério Público, disponível para consulta no sítio do CNMP na rede mundial decomputadores. Em razão disto, cabe apenas apresentar os resultados referentes à atividade doNAD em 2009, acrescentando-se, quando for o caso, menções a novas tarefas.

No exercício de suas atribuições no ano de 2009, o Núcleo de Acompanhamentodas Decisões produziu 517 (quinhentos e dezessete) ofícios (quase o dobro do produzido em2008), 14 (quatorze) ofícios circulares e 9 (nove) relatórios.

As dificuldades no andamento dos procedimentos de fiscalização, por fim,continuam a decorrer, em sua grande maioria, da demora de alguns Ministérios Públicos emresponder às solicitações deste Conselho.

a) Processos acompanhados

No Relatório de 2008, fez-se referência ao número de processos cuja decisão

continha determinação a ser acompanhada pelo Núcleo. Ressaltou-se, no entanto, que oacompanhamento destas decisões apenas se dava após o trânsito em julgado das mesmas.Deste modo, tal número aumentou com o tempo, à medida que novos processos com conteúdomandamental transitavam em julgado.

Para o ano de 2005, o número permanece o mesmo, qual seja, o de um únicoprocesso com determinação, cumprida em 15/07/2008.

O número de processos do ano de 2006 acompanhados subiu de 23 (vinte e três)para 27 (vinte e sete): um acréscimo de 4 (quatro) processos. Da totalidade desses processos,aguarda-se resposta de Ministério Público em apenas um caso: o processo de nº 634/2006-66.Os processos de nº 435/2006-58 e nº 28/2006-41 estão suspensos pelo Supremo TribunalFederal. Os processos restantes, em número de 24 (vinte e quatro), foram julgados cumpridospor despachos do Secretário-Geral do Conselho. Cumpre lembrar que todas as respostas aosOfícios enviados pelo Núcleo, nos quais se solicitam informações sobre o cumprimento dosprocessos, são escaneadas e enviadas aos Conselheiros por correio eletrônico, com vistas apossibilitar uma fiscalização conjunta do cumprimento das decisões do órgão.

O número de processos de 2007 sujeitos a acompanhamento era de 25 (vinte ecinco). Nesta data, percebe-se um acréscimo de apenas 3 (três) processos, totalizando 28(vinte e oito) feitos. Desses, apenas se aguarda a resposta do processo de nº 775/2007-60 paraverificação do cumprimento.

Os processos do ano de 2008 não foram contemplados no Relatório de Atividades2008, em razão de a criação do NAD ter se dado naquele ano e porque o ano ainda não haviaterminado. No entanto, o número de tais processos, até a presente data, é de 47 (quarenta esete), o que corresponde a um salto substancial no número de processos contendodeterminações específicas a serem executadas pelos Ministérios Públicos. Nos processos dosanos anteriores, esses feitos não chegavam a 30 (trinta).

Dos 47 processos do ano de 2008, 37 (trinta e sete) foram consideradoscumpridos; 4 (quatro) foram suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (os de nº 232/2008-23,498/2008-76, 368/2008-33 e 652/2008-18); 5 (cinco) estão pendentes de respostas aos ofíciosdo Núcleo (os de nº 646/2008-52, 655/2008-43, 917/2008-70, 927/2008-13, e 662/2008-45), eum está pendente de envio de ofício do Núcleo (nº 1094/2008-29), em razão de determinaçãode prazo pelo Relator para cumprimento, prazo este que termina em dezembro deste ano.

Os processos de 2009 são para este Relatório o que os de 2008 eram para oRelatório de Atividades 2008. Em razão da proximidade temporal, os resultados não sãomuito significativos. Há, até o presente, 14 (quatorze) processos com determinação, dos quaisapenas 4 (quatro) foram cumpridos; 6 (seis) aguardam informações sobre o cumprimento (osde nº 2/2009-45, 129/2009-64, 397/2009-86, 505/2009-11, 199/2009-12 e 757/2009-40); 2(dois) aguardam expedição de ofício pelo Núcleo (os de nº 488/2009-11 e 211/2009-99); e 2(dois) estão sendo apreciados em Mandados de Segurança no Supremo Tribunal Federal (osde nº 34/2009-41 e 18/2009-58).

Em síntese, de um total de 117 (cento e dezessete) processos contendodeterminação desde a criação do CNMP, 93 (noventa e três) foram definitivamentecumpridos, o que corresponde a um índice de aproximadamente 79.4 %. Cabe ressaltar, noentanto, que isto não significa que a percentagem restante dos processos não foramcumpridos, mas tão somente que ainda estão sendo acompanhados, com os necessários enviose recebimentos de ofícios e apreciação do cumprimento pelo Secretário-Geral. Só ao final

desses procedimentos o feito é incluído nas planilhas do NAD como “cumprido”.

b) Resoluções acompanhadas

b.1) Resoluções do Relatório de Atividades 2008

Nas letras a e b do item 1.5.1 do Relatório de atividades 2008, fez-se menção àsResoluções que seriam acompanhadas pelo NAD, posto que contendo determinações emalguns de seus dispositivos, e aos respectivos Ofícios Circulares enviados para se verificar ocumprimento.

Tratava-se das Resoluções de nº 05 (Atividade Político Partidária/Ofício Circularnº 003/2008), nº 07 (Ocupação de cargos, empregos ou funções por parentes deservidores/Ofício Circular nº 002/2008), nº 13 (Procedimento Investigatório Criminal/OfícioCircular nº 006/2008), nº 18 (Exercício de Cargos de Direção e Administração emCooperativas de Crédito/Ofício Circular nº 001/2008), nº 21 (Vedação de admissão deservidores parentes de membros/Ofício Circular nº 005/2008), nº 22 (Membros peranteTribunais de Contas Estaduais/Ofício Circular 003/2009), nº 23 (Inquérito Civil/OfícioCircular 004/2008) e nº 27 (Exercício da Advocacia/Ofício Circular nº 007/2008).

O objetivo do acompanhamento do NAD, no caso das Resoluções, era o de obteras respostas de todos os Ministérios Públicos e, após elaboração de relatório circunstanciadodessas respostas, encaminhá-lo a um Relator para que este julgasse o efetivo cumprimento,ou não, dos atos normativos. Conforme se vê no quadro abaixo, apenas as Resoluções de nº18 e 21 ainda não foram respondidas pela totalidade dos Parquets, faltando à primeira aresposta do Ministério Público do Estado do Maranhão e à segunda as respostas do MinistérioPúblico do Estado de Pernambuco e do Ministério Público Federal.

Quadro 1. Resoluções integralmente respondidas

Neste diapasão, o Núcleo produziu um relatório para cada resolução integralmenterespondida, nos seguintes moldes: Relatório 003/2009 para a Resolução nº 13; Relatório004/2009 para a Resolução nº 23; Relatório 005/2009 para a Resolução nº 22; Relatório006/2009 para a Resolução nº 27; Relatório 007/2009 para a Resolução nº 05; e Relatório008/2009 para a Resolução nº 07. A maioria dos Relatórios foi enviada à Comissão deControle Administrativo e Financeiro nas datas acima mencionadas. Para cada Resolução, aComissão confirma o cumprimento ou determina providências nos casos em que entender queos atos normativos do Conselho não foram cumpridos ou não há certeza quanto aocumprimento. No caso da Resolução nº 22, em razão de pedido interposto por uma parte

RESOLUÇÃO OFÍCIO CIRCULAR PROCESSO Data de envio do R elatórioNº 13/2006 006/2008 413/2006-98 22/07/2009 (à comissão)Nº 23/2007 004/2008 313/2007-42 14/08/2009 (à comissão)Nº 22/2007 003/2009 574/2007-62 09/09/2009 (à relatora)Nº 27/2008 007/2008 425/2007-01 14/10/2009 (à comissão)Nº 05/2006 003/2008 6/2005-01 14/10/2009 (à comissão)Nº 07/2006 002/2008 46/200-22 15/10/2009 (à comissão)

interessada, o processo foi redistribuído e em 13/10/2009 foi determinada a instauração dediversos Procedimentos de Controle Administrativo para averiguar algumas respostasespecíficas.

Na Resolução de nº 23, que trata do Inquérito Civil, após envio do Relatório aoConselheiro Relator, este devolveu o feito ao NAD para reiteração de Ofícios aos MinistériosPúblicos dos Estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pernambuco, São Paulo, Tocantins edo Ministério Público Federal. Até à presente data, não recebemos as respostas do MinistérioPúblico do Maranhão, de Pernambuco e do Ministério Público Federal, tendo os demais járespondido.

b.2). Resoluções posteriores ao Relatório de Atividades 2008

Desde a elaboração do Relatório anual, o CNMP vem editando diversasResoluções, dando efetividade a seu papel normativo. Em razão disso, o quadro apresentadono relatório de 2008 ampliou-se para incluir as resoluções em cujos dispositivos houvessedeterminação de alguma natureza.

Trata-se das Resoluções de nº 09 (Teto remuneratório); nº 30 (Função Eleitoral);nº 38 (Portal da Transparência); nº 42 (Concessão de Estágio); nº 40 (Atividade Jurídica); e nº37 (Nepotismo). Para cada uma dessas Resoluções foi expedido Ofício Circular, utilizando-sedo mesmo procedimento adotado nas Resoluções elencadas no relatório de 2008, conformequadro a seguir:

Quadro 2. Ofício Circular por resolução

Resolução Ofício Circular

Nº 09009/2008

Nº 30002/2009

Nº 37008/2009

Nº 38005/2009

Nº 40007/2009

Nº 42006/2009

Tendo em vista que a maioria desses ofícios circulares foram elaborados no ano de2009, ainda não se completaram as respostas a eles referentes. Cumpre ressaltar que aconclusão dos trabalhos referentes ao cumprimento das Resoluções é sempre mais lento, umavez que exige que as respostas de todos os Ministérios Públicos constem dos autos. Muitas

vezes, o Núcleo teve que reiterar ofícios circulares, em razão da demora dos Parquets emresponder. As planilhas contendo os dados aqui mencionados encontram-se no ANEXO IIdeste relatório. Eliminamos do anexo as planilhas referentes às Resoluções já integralmenterespondidas.

c) Recomendação nº 03

A Recomendação CNMP nº 03 trata da criação de ouvidorias no âmbito dos ramose unidades do Ministério Público brasileiro. Tendo em vista a natureza do ato normativo emquestão, o Núcleo não tem atribuição para exigir o cumprimento desses dispositivos, que sãomeramente recomendatórios. Neste caso, no entanto, devido a decisão do ex-ConselheiroAlberto Cascais, proferida nos autos do Processo CNMP nº 203/2008-61, encaminhamos oOfício Circular nº 004/2009 aos Ministérios Públicos, no intuito de se saber quantos seguirama Recomendação do Conselho. Aguardamos as respostas dos Ministérios Públicos do Amapá,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e do Ministério Público Federal.

d) Cadastros Nacionais

No ano de 2008, o CNMP firmou com o Conselho Nacional de Justiça os Termosde Cooperação de nº 08 e 13, por meio dos quais este órgão conferiu ao Ministério Público oacesso ao Cadastro Nacional de Adoção e ao Cadastro Nacional dos Condenados por Ato deImprobidade Administrativa, respectivamente.

Ao NAD foi conferida a tarefa de gerir o sistema, conferindo senhas de acesso àsunidades e ramos do Parquet. No cumprimento deste desígnio, foram enviados os OfíciosCirculares de nº 11 e 12 a todos os MPs, comunicando acerca do cadastro e solicitando aindicação de servidores para recebimento de senhas. No momento, está sendo realizado ocadastro à medida que chegam ao Núcleo os ofícios nos quais estes nomes são indicados. Emseguida, encaminham-se correios eletrônicos e ofícios explicando procedimentos de utilizaçãodos bancos de dados.

2. Tabelas e Gráficos

Nas tabelas e nos gráficos abaixo é possível visualizar, a atuação do CNMP noque se refere à autuação/distribuição e julgamento.

Tabela 1

Fonte: Sistema CNMP

Obs. 1: Início de mandatos diferenciados, provocando maior número de processos distribuídos, julgados econcluídos.

Obs. 2: A Conselheira Cláudia Maria de Freitas Chagas e o Conselheiro Mario Luiz Bonsaglia iniciaram omandato no mês de dezembro.

Obs. 3: Julgados são aqueles arquivados por decisão monocrática ou em Sessão Plenária. Concluídos sãoaqueles já decididos por decisão monocrática ou em Sessão Plenária, já transitados em julgado.

Obs. 4: Para fins estatísticos, os pendentes são calculados com base nos já transitado em julgado.

CONSELHEIRODISTRIBUIDOS JULGADOS CONCLUÍDOS PENDENTES

QUANT. % QUANT. % QUANT. % QUANT. %ACHILES DE JESUS SIQUARA FILHO 10/08/2009 67 9,24% 48 10,96% 31 13,36% 36 7,30%ADILSON GURGEL DE CASTRO 10/08/2009 66 9,10% 32 7,31% 12 5,17% 54 10,95%ALMINO AFONSO FERNANDES 10/08/2009 68 9,38% 22 5,02% 5 2,16% 63 12,78%BRUNO DANTAS NASCIMENTO 10/08/2009 67 9,24% 25 5,71% 14 6,03% 53 10,75%CLÁUDIA MARIA DE FREITAS CHAGAS 03/12/2009 3 0,41% 0 0,00% 0 0,00% 3 0,61%CLÁUDIO BARROS SILVA 10/08/2009 66 9,10% 48 10,96% 26 11,21% 40 8,11%FRANCISCO MAURÍCIO RABELO DE ALBUQUERQUE SILVA 30/06/2008 121 16,69% 125 28,54% 70 30,17% 51 10,34%MARIA ESTER HENRIQUES TAVARES 10/08/2009 67 9,24% 41 9,36% 28 12,07% 39 7,91%MARIO LUIZ BONSAGLIA 03/12/2009 3 0,41% 0 0,00% 0 0,00% 3 0,61%SANDRA LIA SIMÓN 10/08/2009 64 8,83% 32 7,31% 14 6,03% 50 10,14%SÉRGIO FELTRIN 10/08/2009 67 9,24% 27 6,16% 9 3,88% 58 11,76%TAÍS SCHILLING FERRAZ 10/08/2009 66 9,10% 38 8,68% 23 9,91% 43 8,72%Total geral - 725 100,00% 438 100,00% 232 100,00% 493 100,00%

Processos CNMP - Conselheiros AtivosDo Início do Mandato até 16/Dez/2009

INÍCIO MANDATO*

Tabela 2

Fonte: Sistema CNMP

Glossário Tipos Processuais: AA-Autos avocados, ASI-Argüição de suspeição e impedimento, AVOC-Avocaçãode processo disciplinar, COR-Correição, ED-Embargos de declaração, IAA-Inquérito Administrativo Avocado,INSP-Inspeção, PAA-Processo Administrativo Avocado, PAV-Pedido de Avocação, PCA-Procedimento decontrole administrativo, PC-Proposta de Comissão, PDA-Processo Disciplinar Avocado, PD-Processodisciplinar, PER-Proposta de Emenda Regimental, PP-Pedido de providências, RCA-Reclamação parapreservação da competência e da autoridade das decisões do Conselho, RD-Reclamação disciplinar, REC-Recurso interno, RES-Proposta de Resolução, REST-Restauração de autos, RIEP-Representação por Inércia oupor Excesso de Prazo, RPA-Reclamação para preservação da autonomia do Ministério Público, RPD-Revisão deprocesso disciplinar, SA-Sindicância Avocada, SIND-Sindicância.

CLASSE-TIPO PROCESSUALAUTUADOS JULGADOS CONCLUÍDOS PENDENTES

QUANT. % QUANT. % QUANT. % QUANT. %ARQUIVAMENTO SG-RI, Art. 39, § 6º 182 4,01% 0 0,00% 161 5,27% 21 1,42%ARQUIVAMENTO SG-Enunciado nº 05 140 3,09% 0 0,00% 136 4,45% 4 0,27%DIVERSOS-ASI 5 0,11% 5 0,13% 5 0,16% 0 0,00%DIVERSOS-PCA 691 15,24% 637 15,93% 496 16,23% 195 13,19%DIVERSOS-PP 1834 40,44% 1708 42,72% 1574 51,49% 260 17,59%DIVERSOS-RCA 16 0,35% 19 0,48% 11 0,36% 5 0,34%DIVERSOS-REST 1 0,02% 1 0,03% 1 0,03% 0 0,00%DIVERSOS-RIEP 206 4,54% 111 2,78% 80 2,62% 126 8,53%DIVERSOS-RPA 33 0,73% 36 0,90% 18 0,59% 15 1,01%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-AA 4 0,09% 9 0,23% 4 0,13% 0 0,00%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-AVOC 11 0,24% 13 0,33% 10 0,33% 1 0,07%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-COR 3 0,07% 6 0,15% 3 0,10% 0 0,00%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-INSP 7 0,15% 1 0,03% 0 0,00% 7 0,47%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-PAA 3 0,07% 5 0,13% 1 0,03% 2 0,14%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-PAV 9 0,20% 8 0,20% 1 0,03% 8 0,54%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-PD 26 0,57% 30 0,75% 16 0,52% 10 0,68%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-PDA 3 0,07% 6 0,15% 1 0,03% 2 0,14%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-RD 1017 22,43% 758 18,96% 323 10,57% 694 46,96%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-RPD 69 1,52% 103 2,58% 37 1,21% 32 2,17%PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES-SIND 18 0,40% 29 0,73% 5 0,16% 13 0,88%PROPOSIÇÕES-PC 2 0,04% 2 0,05% 1 0,03% 1 0,07%PROPOSIÇÕES-PER 5 0,11% 5 0,13% 5 0,16% 0 0,00%PROPOSIÇÕES-RES 66 1,46% 72 1,80% 40 1,31% 26 1,76%RECURSOS-ED 91 2,01% 225 5,63% 68 2,22% 23 1,56%RECURSOS-REC 93 2,05% 209 5,23% 60 1,96% 33 2,23%Total geral 4535 100,00% 3998 100,00% 3057 100,00% 1478 100,00%

Processos CNMP - Tipo Processual2005 a 16/Dez/2009

Tabela 3

Fonte: Sistema CNMP

* Diferenças numéricas em relação ao Relatório Anual de 2008 decorrem de atualizações da base CNMP noperíodo de 2009.

** O CNMP foi instalado em 21 de junho de 2005.

*** Em 2009, período apurado de 01/Jan a 16/Dez.

ANOAUTUADOS JULGADOS CONCLUÍDOS PENDENTES

QUANT. % QUANT. % QUANT. % QUANT. %2005** 144 3,18% 35 0,88% 14 0,46% 130 8,80%2006 736 16,23% 433 10,83% 288 9,42% 448 30,31%2007 1058 23,33% 1093 27,34% 861 28,16% 197 13,33%2008 1115 24,59% 1199 29,99% 787 25,74% 328 22,19%2009*** 1482 32,68% 1238 30,97% 1107 36,21% 375 25,37%Total geral 4535 100,00% 3998 100,00% 3057 100,00% 1478 100,00%

Processos CNMP - ANO*2005 a 16/Dez/2009

Gráfico 1

Processos CNMP - Conselheiros AtivosDo Início do Mandato até 16/Dez/2009

JULGADOS38%

CONCLUÍDOS20%

PENDENTES42%

Gráfico 2

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

Processos Pendentes CNMP - Ano2005 a 16/Dez/2009

ANO 8,80% 30,31% 13,33% 22,19% 25,37%

2005 2006 2007 2008 2009

3. Principais atos/realizações/julgamentos do Conselho

Além das Resoluções, Recomendações, Termos de Cooperação Técnica jádescritos neste Relatório, importante se faz destacar mais alguns importantes atos, realizaçõese julgamentos realizados no âmbito deste Conselho Nacional:

- Participação do Corregedor Nacional na LXV Reunião do Conselho Nacional dosCorregedores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União, que ocorreu entre osdias 16 e 18 de março, em Belém (PA);

- Recebimento da visita de Edgar Enrique Lemus Orellana, membro do Conselho doMinistério Público da Guatemala, visando a troca de informações sobre a estrutura e ofuncionamento dos órgãos de controle no Brasil e na Guatemala;

- Realização do II Fórum da Comissão de Planejamento Estratégico e AcompanhamentoLegislativo, que contou com a presença de Corregedores-Gerais, assessores das Corregedoriase representantes da área de Tecnologia da Informação dos Ministérios Público dos Estados eda União. Teve como principais objetivos a apresentação e análise das informações coletadaspelas resoluções CNMP nºs 12/2006 e 25/2007 (atuais resoluções 32/2009 e 33/2009), quetratam, respectivamente, da prestação de contas da atuação administrativo-financeira dosMinistérios Públicos e do desempenho funcional de seus membros;

- Acompanhamento da conclusão do projeto-piloto de implantação de tabelas processuaisunificadas no Ministério Público do Estado de Rondônia, visando à futura uniformizaçãoprocessual em todas as unidades do Ministério Público brasileiro;

- Participação na 7ª Reunião da Comissão Organizadora Nacional da 1ª Conferência Nacionalde Segurança Pública (Conseg);

- Criação de grupo de trabalho com a finalidade de tratar especificamente da ResoluçãoCNMP nº 36/2009, visando o desenvolvimento de sistema informatizado e ações quepermitam manter um cadastro nacional com o número de interceptações telefônicas requeridase acompanhadas pelo Ministério Público brasileiro;

- Participação do Corregedor Nacional na LXVI Reunião do Conselho Nacional dosCorregedores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União, que ocorreu entre osdias 21 e 22 de maio, em São Paulo (SP);

- Aprovação da Resolução CNMP nº 38/2009, que determinou que o próprio CNMP e todas asunidades do Ministério Público viabilizem em seus sites ou suas páginas eletrônicas, o Portalda Transparência, que deve disponibilizar dados públicos, não cobertos pelo sigilo legal ouconstitucional, em destaque e com fácil acesso pelos usuários do sistema de informática;

- Recomendação a todas unidades do Ministério Público, que, por 60 dias, depositassem osrecursos provenientes de transações penais em favor da Defesa Civil dos estados do Ceará,Piauí, Maranhão, Amazonas e Pará, como forma de auxiliar as vítimas das enchentesocorridas nessas localidades;

- Realização do Acordo de Cooperação Técnica com a Associação Paranaense do MP, com oobjetivo de disponibilizar as condições de uso do sistema de informações dos e para osMembros do Ministério Público – SIM-MP;

- Criação, no âmbito do CNMP, da Comissão Permanente de Jurisprudência e da Revista deJurisprudência;

- Participação da Coordenadoria de Tecnologia da Informação em reunião da Comunidade deTecnologia da Informação Aplicada ao Controle (TIControle), realizada no Senado Federal;

- Participação da Coordenadoria de Tecnologia da Informação no lançamento oficial do Portalda Rede de Informação e Jurídic – LexML Brasil, portal especializado em informaçãolegislativa e jurídica que pretende organizar, integrar e dar acesso às informaçõesdisponibilizadas nos diversos portais de órgãos do governo na internet;

- Realização de Acordo de Cooperação Técnica com o Tribunal de Contas do Estado do RioGrande do Sul, com o objetivo de estabelecer cooperação nas atividades de fiscalização queconstitucionalmente são de suas competências;

- Recebimento da visita da comitiva do Ministério Público de Moçambique, formada peloProcurador-Geral da República Augusto Raúl Paulino e os Procuradores-Gerais AdjuntosAndré Paulo Cumbe e Taíbo Caetano Mucobora, visando a troca de informações sobre aestrutura e o funcionamento dos órgãos de controle no Brasil e em Moçambique;

- Realização de Acordo de Cooperação Técnica com o Conselho Nacional de Justiça, com oobjetivo de imprimir efetividade aos direitos fundamentais da criança e do adolescente;

- Aprovação de Resolução Conjunta com o Conselho Nacional de Justiça, com o objetivo deinstitucionalizar mecanismos de revisão periódica das prisões provisórias e definitivas, dasmedidas de segurança e das internações de adolescentes;

- Realização de Inspeção nas unidades do Ministério Público do Estado do Piauí, com arealização de audiências com a população local, a fim de ouvir denúncias, sugestões, elogios ereclamações acerca das atividades do Ministério Público do Piauí e de seus membros;

- Participação no IV Centenário do Ministério Público Brasileiro, realizado no dia 25 desetembro, em Salvador (BA);

- Aprovação do Relatório Final da Comissão Temporária do Sistema Carcerário, quepossibilitou uma ampla apuração das condições de exercício, pelo Ministério Público, deatividades de fiscalização de estabelecimentos prisionais, casas destinadas ao cumprimento demedidas de segurança e casas de internação para o cumprimento de medidas sócio-educativas,bem como do controle externo da atividade policial;

- Transformação da “Comissão Permanente Disciplinar” em “Comissão PermanenteDisciplinar, de Controle Externo da Atividade Policial, de Controle do Sistema Carcerário ede Controle das Medidas Sócio-educativas Aplicadas em Adolescentes em conflito com aLei”. A conversão foi realizada com a finalidade de continuar os trabalhos iniciados pelaComissão Temporária do Sistema Carcerário, e acompanhar as atividades dos MinistériosPúblicos, quanto ao controle externo da atividade policial, na execução penal e na execuçãode medidas sócio-educativas (Processo nº 0.00.000.000194/2008-17);

- Realização de Inspeção nas unidades dos Ministérios Públicos dos Estados do Amazonas edo Piauí, com realização de audiências com a população local, a fim de ouvir denúncias,sugestões, elogios e reclamações acerca das atividades do Ministério Público do Amazonas ede seus membros;

- Aplicação da pena de cassação de disponibilidade a Membro do Ministério Público doEstado do Amazonas, com a consequente perda do cargo, por faltas funcionais relativas àaquisição fraudulenta de imóvel, com superfaturamento, desfazimento do negócio e nãorestituição dos valores ao erário, acarretando lesão aos cofres públicos. (Processo nº0.00.000.000939/2007-59);

- Aplicação da pena de aposentadoria compulsória, com proventos proporcionais ao tempo deserviço, a membro do Ministério Público do Estado do Amazonas, por faltas funcionaisrelativas à aquisição fraudulenta de imóvel, com superfaturamento, desfazimento do negócio enão restituição dos valores ao erário, acarretando lesão aos cofres públicos.(Processo nº0.00.000.000939/2007-59);

- Aplicação da pena de advertência a membro do Ministério Público do Estado do Paraná porfalta funcional relativa a descumprimento injustificado de prazo processual(Processo nº0.00.000.000129/2009-64);

- Aplicação da pena de suspensão de 45 dias a Membro do Ministério Público do Estado doAcre pela prática de crimes ambientais. (Processo nº 0.00.000.000828/2007-42. Foi impetradomandado de segurança pelo Membro perante o STF, o qual concedeu medida liminar nosentido de suspender a aplicação da penalidade);

- Aplicação da pena de advertência a Membro do Ministério Público do Estado do Acre.(Processo nº 0.00.000.000755/2009-51); (JULGAMENTO AINDA NÃO CONCLUIDO)

- Aplicação da pena de suspensão de 45 dias a Membro do Ministério Público Federal porfalta funcional relativa a prática de atividade político-partidária.(Processo nº0.00.000.000001/2005-77); (JULGAMENTO AINDA NÃO CONCLUIDO)

- Determinação de abertura de Processo Disciplinar conta membro do Ministério Público deMinas Gerais (Processo nº 0.00.000.000751/2009-72);

- Regulamentação da atividade de estágio no âmbito do Ministério Público (Processo nº0.00.000.000059/2009-44);

- Vedação à possibilidade de pagamento de adicional noturno à membros do MinistérioPúblico (0.00.000.001109/2008-20);

- Determinação de posse imediata de candidados aprovados e convocados em concurso parapreenchimento de vagas de Promotor de Justiça Substituto no Ministério Público doAmazonas (Processo nº 0.00.000505/2009-11 e Apenso nº 499/2009-00);

- Processos referente ao nepotismo no Estado do Pará (Processo n° 0.00.000.000813/2009-46e Apensos 817/2009-24, 821/2009-92, 828/2009-12 e 853/2009-98;

− Alteração nas regras relativas à Remoção Compulsória (0.00.000.001136/2009-83);

- Determinação de Expedição de recomendação ao Conselho Superior do Ministério Públicodo Estado de São Paulo para que estabeleça requisitos específicos para concessão de licença

para freqüência aos cursos de pós-doutorado (Processo n° 0.00.000.0000437/2009-30);

- Vedação à possibilidade de concessão de adicional de trabalho noturno a membros doMinistério Público em razão do exercício do munus público do cargo, que lhe conferemprerrogativas próprias e deveres específicos, dentre eles a submissão ao sistema deremuneração através de subsídios (Processo nº 0.00.001109/2008-20);

- Remessa de cópia de autos à Corregedoria-Nacional para apuração de eventual faltafuncional de membro do Ministério Público do Estado do Amapá (Processo nº0.00.000.000624/2009-73);

- Determinação de expedição de recomendação ao Procurador-Geral Justiça do Estado doAmazonas para que nomeie, no prazo previsto no edital, todos os cargos de servidoresaprovados no concurso público abertos no Ministério Público amazonense (Processo nº0.00.000622/2009-84 e apenso 652/2009-91)

II – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Administração Pública brasileira vive o desafio de se reinventar para, emparceria com a sociedade civil, criar um novo modelo de desenvolvimento social e humano,que alie respeito aos direitos humanos, inserção social e crescimento econômico. Construiruma nova administração pública e mudar a qualidade da ação governamental são tarefas quedependem de todos os Poderes do Estado, sem prescindir da ampla participação social.

Na construção dessa nova Administração Pública, o Ministério Público emergecomo um ator de grande destaque, tanto na reflexão sobre as reformas administrativasnecessárias, quanto na implementação de medidas concomitantes.

Nesse processo, o pressuposto para que o Ministério Público possa contribuirconvenientemente para a reinvenção do setor público brasileiro como um todo é o de que aInstituição promova avanços substanciais na modernização e na democratização de suaprópria gestão. Tais avanços tenderão a moldar, cada vez mais, as probabilidades de sucessodo Ministério Público no exercício de sua atividade finalística, agregando à atuaçãoministerial maior eficiência e efetividade.

Dessa forma, os desafios que se impõem atualmente à Administração Públicabrasileira como um todo, também se apresentam à Administração ministerial. Em especial,impõe-se ao Ministério Público, a tarefa de, gradual e cumulativamente, consolidar práticasque permitam à Instituição apoiar-se solidamente sobre os pilares do profissionalismo, daeficiência e da inovação.

Nesse aspecto, constituem ações decisivas para a mudança da administraçãoministerial a formação de uma burocracia profissional de mérito; a criação de mecanismos deauto-avaliação das Unidades do Ministério Público, de avaliações externas às repartiçõeslocais e de avaliações externas ao próprio Estado; a definição e renovação de um repertório deboas práticas administrativas; o desenvolvimento de mecanismos de incentivo ao bomdesempenho; a ampliação do diálogo entre sociedade civil e o Ministério Público e a melhoriada qualidade na prestação dos serviços públicos prestados pela Instituição.

Em especial, constitui medida essencial à tal mudança a construção de um arranjoinstitucional entre as Unidades ministeriais que possa abrir caminho, no âmbito do MinistérioPúblico, para um federalismo cooperativo, que integre cada Unidade, representante dos entesfederados, em iniciativas conjuntas, que beneficiem a todos os participantes.

O Conselho Nacional do Ministério Público possui grandes responsabilidadesnesse processo de transformação institucional, em particular, no que se refere aodesenvolvimento da articulação e do fomento a ações convergentes que redundem naprestação, por parte da Instituição, de um serviço público mais efetivo, compatível com asreais necessidades do cidadão.

O esforço por cumprir a contento tais responsabilidades direcionou o ConselhoNacional do Ministério Público à realização de diversas ações institucionais durante oexercício de 2009, que se refletirão em 2010.

Nesse sentido, destacam-se as seguintes atividades empreendidas pelo Conselho Nacional doMinistério Público durante o ano de 2009:

a) Celebração de acordo de cooperação técnica com o Tribunal de Contas do Estado do RioGrande do Sul, com o objetivo de estabelecer o intercâmbio de informações de interesserecíproco entre as Instituições e de permitir a disponibilização temporária de auditores doquadro de servidores daquele órgão para a realização das inspeções, correições e auditorias doCNMP;

b) Edição de resolução, em conjunto com o CNJ, institucionalizando mecanismos de revisãode prisões provisórias e definitivas, das medidas de segurança e das internações deadolescentes e permitindo, ainda, a promoção de ações integradas, com a participação daDefensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil, dos órgãos de administraçãopenitenciária e de segurança pública, das instituições de ensino, dentre outras;

c) Aprovação de recomendação às unidades do Ministério Público para que apóiem o PoderJudiciário no atingimento da Meta 2, que tem por objetivo o julgamento até o final de 2009 detodos os processos que ingressaram no Justiça até 31 de dezembro de 2005, em cadainstância;

d) Instituição do Portal da Transparência em todas as Unidades do Ministério Público pormeio da Resolução nº 38/2009, que estabelece a obrigatoriedade da disponibilização, em cadaum dos sites de cada Unidade do Parquet, para acesso universal, dos dados de gestão dosrecursos públicos no âmbito do MP;

e) Criação da Comissão de Jurisprudência, com o intuito proporcionar maior eficiência,presteza, segurança jurídica e celeridade na produção e consulta às decisões, por meio daorganização e da atualização do acervo de decisões plenárias e monocráticas do CNMP,dentre outras funções;

f) Início do desenvolvimento do Sistema de Cadastro de Membros do Ministério Público, como objetivo de contribuir para conferir maior celeridade e eficácia ao acompanhamento doregular cumprimento das Resoluções editadas pelo Conselho Nacional;

g) Celebração com o Conselho Nacional de Justiça de termos de cooperação, por meio dosquais o Ministério Público passou a ter o acesso ao Cadastro Nacional de Adoção e aoCadastro Nacional dos Condenados por Ato de Improbidade Administrativa.

Não se olvida, no entanto, que muito ainda está por se construir e que há grandesdesafios à atuação satisfatória do Conselho Nacional do Ministério Público e do MinistérioPúblico como um todo, a exigirem a ampliação e o aprofundamento das ações até entãoempreendidas.

Com o propósito principal de realizar a gestão estratégica do Ministério Público edo próprio Conselho Nacional, sob as bases da participação democrática e do alinhamento àsnecessidades sociais, caberá ao Conselho Nacional e ao Ministério Público convergir suasações, em particular a partir de 2010, em direção à adoção de medidas tendentes à construçãode um Ministério Púbico Nacional e de um Conselho Nacional do Ministério Público queprimem por:

a) aumentar a eficiência da Instituição na identificação tempestiva de irregularidades epráticas ilícitas em seu âmbito interno;

b) promover a articulação e o alinhamento das Unidades do Ministério Público em torno decompromissos com o desempenho;

c) conferir ênfase à elaboração e à operacionalização de medidas de controle preventivas,priorizando-as em relação àquelas de caráter repressivo, de forma a se detectarantecipadamente os potenciais problemas de gerenciamento;

d) promover o auxílio aos gestores na identificação e na correção das fragilidades existentesna Administração das Unidades Ministeriais;

e) fortalecer um sistema eficiente de correição da Administração Pública Ministerial, seja emâmbito local, seja nacional;

f) atuar de forma cooperativa e integrada com os demais órgãos incumbidos da defesa doEstado e do aperfeiçoamento da gestão pública, em particular com o Poder Judiciário, oMinistério da Justiça e do Planejamento, além da Controladoria-Geral da União e dosTribunais de Contas da União e dos Estados;

g) fortalecer a parceria com a sociedade, de maneira a contribuir para a efetiva construção docontrole social, por meio do incremento da transparência pública e da visibilidade das açõesde gestão;

h) desenvolver ações que fortaleçam a gestão do Ministério Público, tais como a promoção decapacitação presencial, de educação à distância, da cooperação entre as Unidades ministeriais,na convicção de que nem todas as impropriedades nas contas públicas derivam daimprobidade e da corrupção de gestores públicos, decorrendo, por vezes, da desinformação eda fragilidade dos instrumentos de controle interno.

A tarefa é desafiadora, mas a construção de um Ministério Público que, comoprestador de um serviço à sociedade, esteja afinado com os anseios da cidadania e contribuaefetivamente para a defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis é um projeto de futuro que merece o compromisso, o engajamento e acongregação de esforços dos que acreditam na relevância da Instituição.