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Relatório Consolidado da Metodologia Sebrae 5 menos que são mais Redução de Desperdício e de Eficiência Energética PSEE, em empresas do Segmento de Alimentação no Distrito Federal participantes do Projeto Sabor Brasília 2. BRASÍLIA / DF 2007

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Relatório Consolidado da Metodologia Sebrae 5 menos que são mais Redução de Desperdício e de Eficiência Energética – PSEE, em empresas do Segmento de Alimentação no Distrito Federal participantes do Projeto Sabor Brasília 2.

BRASÍLIA / DF

2007

REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO FASE 01ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

INTRODUÇÃO 3 PROCESSO PRODUTIVO 5 PERDAS 9 RESÍDUOS, EFLUENTES E EMISSÕES. 10 USO DA ÁGUA 10 FONTES DE ENERGIA 12 USO DE GLP 12 SEGURANÇA NO TRABALHO 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 FLUXOGRAMA GENÉRICO DO PROCESSO ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

REDUÇÃO DE DESPERDÍCIO FASE 02 ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS DISTRIBUÍDOS NO ALMOÇO 15 REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE ÁGUA 17 REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE PRODUTOS DE LIMPEZA ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE ENERGIA ELÉTRICA 18 REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE CARNES 19REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE CHOPP 20 REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE MUSSARELA 21 REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA 22 AVALIAÇÃO FINAL 23

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 24

PARTICIPAÇÃO POR MODALIDADE 25 MOTORES 26 AR CONDICIONADO 26 REFRIGERAÇÃO 26 ILUMINAÇÃO 26 OUTROS 26 POTENCIALIDADE DE REDUÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA 27 RECOMENDAÇÕES 29

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 Setor da Economia: Terciário.

Ramo de Atividade: Comércio.

Tipo de Negócio: Creperia, Restaurante, Pizzaria e Confeitaria.

Produtos Ofertados/Produzidos: Refeições, petiscos, lanches,

sobremesas e bebidas.

INTRODUÇÃO

O Programa Sebrae de Redução de Desperdício é desenvolvido por

consultores capacitados pelo próprio SEBRAE, sendo que a empresa

recebe a visita de um consultor, durante a execução do trabalho, o qual

analisa os processos produtivos e identifica possibilidades de melhoria do

uso de matérias primas, insumos, água e energia.

O trabalho é desenvolvido em duas Fases. A primeira envolve a

caracterização do empreendimento, avaliação dos principais processos

produtivos, consumos de matéria-prima, insumos, água e energia, bem

como os resíduos gerados. É baseado na percepção do empresário e

confirmado por notas de compras, consumo, etc.

Nesta fase também é aplicado a Metodologia Sebrae de Eficiência

Energética, onde são analisados os consumos dos equipamentos elétricos

e sugerido as correções necessárias para redução do gasto energético.

Nessa etapa, também, são definidas ações para redução de

desperdício que deverão ser implementadas na Fase 02.

Na segunda fase, as fontes de desperdício são avaliadas

isoladamente dentro do processo produtivo. Para os desperdícios

apontados na Fase 01 são desenvolvidas metodologias que visam

3

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 quantificá-las quanto ao desenvolvimento e a implantação de técnicas

mais econômicas e eficientes para o uso.

Das 9 (nove) empresas que participaram do projeto de Redução de

Desperdício com a aplicação da Metodologia 5 menos que são mais, nas

fases 1 e 2, todas são do seguimento de alimentação associadas à

ABRASEL – DF (Associação de Bares e Restaurantes) e participantes do

Projeto Sabor Brasília junto ao SEBRAE - DF.

Este capítulo tem como objetivo sintetizar e discutir os dados

levantados, os diagnósticos e prognósticos elaborados, as soluções

sugeridas e os resultados obtidos nas consultorias realizadas nas

empresas deste segmento.

Estes estabelecimentos estão localizados em Brasília, sendo 3

empresas localizadas na região administrativa da Asa Sul (1 pizzaria, 1

creperia e 1 lanchonete / confeitaria), 2 empresas localizadas na região

administrativa da Asa Norte (1 restaurante Buffet self – servive e 1

restaurante a Lá Carte de comida oriental ), 3 empresas localizadas na

região administrativa do Lago Sul (1 pizzaria, 2 restaurantes a Lá Carte) e

1 empresas (pizzaria) localizadas na região administrativa de

Taguatinga.

Destas empresas, 2 delas (creperia e pizzaria) possuem até 5 anos

de existência, enquanto 5 empresas (4 restaurante e 1 pizzaria) estão

atuando entre 10 e 16 anos, existindo 2 empresas (pizzaria e confeitaria)

com mais de 25 anos de existência. A quantidade de funcionários é

bastante variável. Enquanto 5 estabelecimentos (4 restaurantes e 1

pizzaria) possuem 3 estabelecimentos (2 pizzarias e 1 restaurante) que

possuem de 20 a 30 funcionários e 1 restaurante com mais de 30

funcionários.

4

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 Processo Produtivo

Nas Empresas em questão, os principais produtos comercializados

são:

- Nos restaurantes (4 empresas): refeições a la carte de cozinha

tipo contemporânea e oriental (elaboradas com ingredientes de qualidade

e apresentação requintada), os buffets de almoço com saladas e pratos

quentes de cozinha do tipo caseira, contemporânea, mineira e japonesa.

Alguns deles funcionam no almoço e no jantar, sendo que normalmente

no jantar são oferecidas apenas as refeições a la carte, não funcionando o

buffet. Outro sistema de distribuição existente é o self service, em que são

servidas diversas preparações, com cardápio escolhido pelo empresário e

funcionamento somente no almoço.

- Na creperia (1 empresa): Crepes salgados e doces;

- Nas pizzarias (3 empresas): Pizzas e massas em geral;

- Na confeitaria (1 empresas): salgados, tortas e doces.

De forma sintética, o processo produtivo pode ser dividido nas

seguintes etapas:

Compra e recebimento da matéria-prima

As principais matérias-primas e insumos utilizados nestes

empreendimentos são carnes vermelhas, peixes, frutos do mar, aves,

folhagens, vegetais em geral, grãos, massas, ovos, frutas, frios, óleos,

manteiga, produtos de limpeza, descartáveis, gás de cozinha, farinha de

trigo, laticínios entre outros. Na maioria das empresas não existe nenhum

procedimento para seleção e qualificação dos fornecedores, sendo o preço

das matérias-primas o principal critério para a escolha e aquisição dos

produtos.

5

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01

A maior parte destes produtos é adquirida de fornecedores locais,

apenas os frutos do mar (peixes, ostras, lulas, polvos, entre outros) e

algumas carnes vermelhas e das embalagens descartáveis, são

provenientes de fornecedores de São Paulo e Santa Catarina.

Normalmente as compras, principalmente os vegetais, são feitas

diariamente e em pequenas quantidades. Isto se deve muitas vezes pela

área restrita de armazenamento. No caso dos vegetais, deve-se ao caráter

perecível dos mesmos. Conferem-se todas as compras no seu

recebimento, apesar da maioria dos estabelecimentos não possuir um

procedimento normalizado de recebimento. Em apenas uma empresa

existe um funcionário especifico para o recebimento das mercadorias.

Controle de estoque e armazenamento da matéria-prima

Os produtos recebidos são armazenados em locais específicos

(almoxarifados), em freezer, em refrigeradores, não existindo em

nenhuma destas empresas câmaras frias. Algumas empresas possuem

sistema de controle de estoque computadorizado e/ou manual suficiente

para controlar perfeitamente a quantidade de produtos comprados e

consumidos. No entanto, na maioria das empresas, independente do tipo

utilizado, o controle de estoque é ineficiente, ocasionando, eventualmente,

a compra de produtos sem necessidade ou a falta dos mesmos. Em

algumas delas o controle só é verificado nos produtos mais caros, como

carnes e vinhos. Percebe-se um desperdício considerável de vegetais,

principalmente de folhagens e tomates, nesta etapa, pelo caráter perecível

e pela falta de avaliação sensorial realizada por funcionário capacitado

para a realização deste procedimento durante o recebimento destes

produtos.

6

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01

Limpeza, pré-preparo e porcionamento de alimentos.

Nesta etapa, as carnes são pré-preparadas e porcionadas, as

folhagens higienizadas; os molhos, as massas, o arroz, o feijão, os

vegetais preparados e os molhos e recheios são porcionados.

Apesar de existirem 5 estabelecimentos (2 restaurantes e 3

pizzarias) que possuem fichas técnicas, o que facilitaria a padronização do

preparo dos alimentos, uma vez que define a quantidade exata de

matéria-prima que deve ser utilizada em cada produto elaborado,

preparado e distribuído, porém em nenhum desses foi encontrado a

implementação da mesma demonstrando uma grande necessidade de

atenção por parte dos empresários em relação a este item, tornando a

composição do preço de venda mais racional, com menor margem de erro,

melhorando assim o sistema de controle de estoque e requisição de

compras e a lucratividade das empresas.

É observada nesta etapa a geração de resíduos provenientes da

limpeza das carnes, aparas de vegetais e sobra de folhagens. Os maiores

desperdícios foram encontrados na seleção das folhagens das saladas

servidas cruas, onde a quantidade de sobras do processo de higienização

chegou a 45%. Parte das carnes não utilizadas no preparo dos pratos

nobres é destinada à produção de outros pratos encaminhados ao buffet

ou ao banho-maria.

Além dos resíduos orgânicos as empresas geram restos de

embalagens plásticas, embalagens de metal, garrafas de vidro e papelões,

que normalmente são apenas encaminhados à coleta pública, sem

separação.

7

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 Preparo dos alimentos e montagem dos pratos

Existem estabelecimentos onde as quantidades a serem servidas

não seguem um padrão, principalmente nos casos dos acompanhamentos

das carnes dos pratos a la carte, acarretando em desperdício embutido e

sobras de alimentos nos pratos dos clientes.

Entrega e recolhimento dos alimentos servidos

Uma das principais fontes de desperdício destas Empresas são os

alimentos servidos e não consumidos. Muitas vezes as porções servidas e

expostas nos buffet, banho-maria e nos pratos a La Carte são maiores do

que a demandada, que normalmente varia diariamente (no mínimo 10%,

chegando a até 40% do alimento preparado).

Limpeza dos ambientes e utensílios Na maioria das empresas não existe um controle da quantidade de

produtos aplicados e do uso dos materiais de limpeza no estabelecimento,

o que resulta num consumo elevado de materiais e água. Em uma das

empresas avaliadas a quantidade de produto utilizada para desinfecção

das instalações estava muito acima do recomendado pelo fabricante,

sendo que para um determinado produto químico estava sendo usado 10

vezes acima do recomendado, podendo acarretar várias conseqüências

para os funcionários, alimentos preparados, equipamentos, empresários e

impactar na imagem negativa do fornecedor.

Manutenção preventiva

Boa parte das Empresas não realiza manutenção preventiva em

parte dos equipamentos (geladeiras, frízeres, fogões e exaustores). A falta

deste procedimento facilita a ocorrência de prejuízos inesperados pela

quebra de equipamentos durante o horário de produção.

8

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 PERDAS

Nas empresas visitadas existem uma grande diversificação do

cardápio e dos tipos de serviços oferecidos. Neste item serão

apresentados os principais focos de desperdício detectados.

A falta de dimensionamento e padronização das quantidades de

alimentos expostos nos buffet, banho-maria (self service), vitrines e

servidos nos pratos a la carte é a principal fonte de desperdício de

alimentos nestes estabelecimentos. Ou seja, parte significativa dos

alimentos é servida e/ou exposta e não consumida pelos clientes.

Outra causa do desperdício de alimentos é a falta de padronização

das guarnições e acompanhamento dos pratos prontos, o que ocasiona o

chamado desperdício embutido, ou seja é servida, consumida e

desperdiçada uma maior quantidade de alimentos do que o previsto, bem

como a falta de avaliação para saber quanto do alimento deve ser exposto

aos clientes, principalmente entre os horários de pico e no final do turno

do almoço.

O desperdício de folhagens é uma constante em todos os

estabelecimentos que utilizam esta matéria-prima, variando entre 20% e

45%. Este desperdício é atribuído a negligências na conferência da

qualidade no recebimento do produto, falta de qualidade dos produtos

comprados, falta de critérios na seleção das folhas a serem consumidas,

falhas na regulação das geladeiras que conservam e armazenam as folhas.

O mesmo ocorre com os resíduos de cascas de verduras e legumes, que

chegaram a mais de 60% em alguns estabelecimentos. Nestes casos,

verificou-se também a adoção de procedimentos inadequados de retirada

das cascas.

9

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 RESÍDUOS, EFLUENTES E EMISSÕES.

Os principais resíduos dos empreendimentos visitados são as sobras

de alimentos da cozinha e dos pratos dos clientes, embalagens de

produtos (papel, papelão, metal, vidro e plástico) e descartáveis.

Os efluentes são provenientes do uso dos banheiros, do processo de

preparo dos alimentos e higienização das hortifrutícolas servidas cruas

alimentos, pratos, panelas, utensílios, recipientes, bem como dos

estabelecimentos.

Nessa avaliação, no que tange às emissões aéreas, as empresas

apresentaram fontes de emissão relacionadas principalmente a odores,

vapor d’água, partículas de óleo, ruídos e calor. Embora, na maioria dos

casos, essas emissões não resultem em reclamações, as empresas

possuem exaustores para evitar ou minimizar essas emissões. No entanto,

em 4 empresas foram verificadas reclamações de funcionários referentes à

elevada temperatura ambiente da cozinha.

USO DA ÁGUA

O principal uso da água nos estabelecimentos visitados é a limpeza

dos ambientes e utensílios em geral (pratos, panelas, talheres, entre

outros), bem como na realização do procedimento de higienização das

folhagens e vegetais em geral, sendo a quantidade de água utilizada no

preparo de alimentos não é significativa.

Nestes estabelecimentos, o consumo de água varia entre 14 e 378

m3, dependendo do tipo de serviço prestado e da quantidade de clientes

atendidos mensalmente.

Apenas alguns empresários acompanham a conta de água

mensalmente e utilizam redutores de pressão nas torneiras. No entanto foi

10

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 detectado, em dois estabelecimentos, vazamentos nas torneiras da

cozinha, bem como excesso de pressão proveniente da rede pública,

sendo que neste caso foram colocados redutores de pressão a fim de

reduzir a quantidade de água desperdiçada pela empresa.

FONTES DE ENERGIA

Os tipos de energias utilizadas são: elétrica, na iluminação e

funcionamento dos equipamentos para esfriar, congelar, e aquecer os

alimentos; e o gás de cozinha. O consumo de energia elétrica varia entre

1900 e 5.360 kWh. Assim como o consumo de água, o consumo de

energia elétrica depende do tipo de serviço prestado e da quantidade de

equipamentos e clientes atendidos mensalmente.

Alguns empresários utilizam lâmpadas eficientes, setorizam a

iluminação dos ambientes, instruem os funcionários para desligar os

equipamentos após sua utilização e realiza algum tipo de manutenção em

seus equipamentos. No entanto, existe uma série de oportunidades de

redução do consumo de energia que serão expostas no relatório de

Eficiência Energética do setor de alimentação.

Nas 3 pizzarias participantes do Programa de Redução de

Desperdícios são utilizadas lenha para o aquecimentos dos fornos de assas

as pizzas.

USO DE GLP

Percebe-se que a maior parte dos estabelecimentos, apesar de

realizarem limpeza nas bocas dos fogões, não tem quantificado o consumo

mensal de GLP.

11

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 SEGURANÇA NO TRABALHO

Apesar não ocorrerem acidentes de trabalho graves nestes

estabelecimentos, a grande maioria desta empresas não possuem o

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), evidenciado pela

rara utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelos

funcionários. No entanto, normalmente ocorrem pequenos acidentes,

como queimaduras e cortes com faca. Em 5 estabelecimentos foiram

detectada a utilização de luvas (nos processos de corte das carnes e de

limpeza, quando do uso de produtos químicos) e botas antiderrapantes.

Além disso, em um dos estabelecimentos foi detectada a presença de

muitos fios expostos junto à área de trabalho, e em outro, o piso da

cozinha é extremamente escorregadio quando molhado, sendo

consideradas situações de risco.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De uma maneira geral as principais limitações observadas nas

empresas avaliadas foram:

- Falta de procedimento padronizado para o recebimento de

matéria-prima.

- Falta de controle de estoque ou controle de estoque ineficiente.

- Falta de controle do processo com um todo, uma vez que não

encontramos empresários que tinham mensurado a quantidade total e o

valor gasto na matéria-prima utilizada, nos alimentos produzidos e nos

alimentos desperdiçados.

- Inexistência de fichas técnicas ou de sua implementação efetiva

que definem as quantidades exatas de matérias-primas que devem ser

utilizadas em cada prato preparado e/ou porcionado.

12

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01 - Falta de padronização de recheios e acompanhamento dos pratos a la

carte.

- Falta de critérios na seleção das folhas e vegetais a serem

consumidas.

- Falta de critérios na retirada das cascas das frutas, legumes e

verduras.

- Falta de um estudo que estime a quantidade de alimentos a ser

preparada diariamente.

- Falta de procedimento que estabeleça a quantidade de alimentos a

serem expostas e repostas nos buffets e banho-maria, diariamente.

- A não separação dos resíduos, por parte das Empresas, e a

inexistência de uma coleta seletiva com destinação adequada no Distrito

Federal.

- Rara manutenção preventiva nos equipamentos.

- Falta de acompanhamento no consumo de água, energia elétrica e

GLP.

- Inexistência de controle da quantidade e do uso dos materiais de

limpeza no estabelecimento, resultando num consumo elevado de

materiais e água.

- A rara utilização de EPIs.

13

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 01

FLUXOGRAMA GENÉRICO DO PROCESSO

(pode variar conforme processo específico por empresa)

Custos de Entradas • Carnes - R$ 11.055,42 • Hortaliças - R$ 6.018,00 • Laticínios - R$ 14.064,50 • Cereais - R$ 665,70 • Bebidas - Choop - R$

1.850,00 • Bebida - Refrigerante - R$

3.433,92 • Bebida - Suco - R$ 1.200,00 • Bebida - Água Mineral - R$

946,56 • Gás - R$ 1.104,09 • Água - R$ 3.618,01 • Energia Elétrica - R$ 2.314,57 • Produtos para Limpeza e

Desinfecção - R$ 1.184,40 Álcool Gel - R$ 624,00 •

• Descartáveis - R$ 200,00

Matéria-prima • Carnes - 1.062 Kg • Hortaliças - 2.950 Kg • Laticínios - 1.150 Kg • Cereais - 210 Kg • Bebidas - Choop - 500 Litros • Bebida - Refrigerante - 3.504

Latas • Bebida - Suco - 1.200 Copos • Bebida - Água Mineral -

1.632 Garrafa (300ml)

P

Efluentes: • de limpeza • banheiros

ARMAZENAMENTO

Processos de Produção

MATÉRIA-PRIMA

Água: 341 m³/mês

Energia: 14170 kWh/mês

RESÍDUOS DA PRODUÇÃO

PRÉ-PREPARO E

INSUMOS

RODUTO FINAL • REFEIÇÕES

VENDA DOS PRATOS

PORCIONAMENTO

CLIENTES

Emissões: • Máquinas em geral • Calor, partículas de

o. óleo e ruíd

COMPRA E

Resíduos: • Sobra do buffet • Sobra dos pratos a

la carte

MONTAGEM E

Custos de perdas/mês

R$ 357,00 – desperdício

de água

Custo de perdas/ano

R$ 4288,00

Perdas % • 10 % da

água utilizada

14

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Setor da Economia: Terciário.

Ramo de Atividade: Comércio.

Tipo de Negócio: Creperia, Restaurante, Pizzaria e Confeitaria.

Produtos Ofertados/Produzidos: Refeições, petiscos, lanches,

sobremesas e bebidas.

INTRODUÇÃO

No segmento de alimentação a maior parte dos resíduos é

orgânica. O desenvolvimento dos trabalhos de redução de desperdício

Fase 2, nestas empresas, detectou que as principais oportunidades de

redução de desperdícios estão relacionadas à falta de controle do

processo produtivo, que pode ser amenizada com a adoção de algumas

medidas, como: elaboração de estudo que estime a quantidade de

alimentos demandado diariamente; utilização de fichas técnicas e a

adoção de procedimentos operacionais, uso racional de água e energia

elétrica.

ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Foram verificados alguns aspectos ambientais referentes à

atividade e seus impactos ambientais reais e potenciais, conforme

Tabela 1.

Aspecto Ambiental Impactos Ambientais Desperdício de matéria-prima e insumos no

preparo dos alimentos (carnes, aves, fruto do mar, vegetais, entre outros)

Pressão sobre os recursos naturais (matérias-primas e insumos usados nesta produção)

Desperdício dos alimentos preparados (devido ao preparo em excesso)

Pressão sobre os recursos naturais (matérias-primas e insumos usados na produção dos

alimentos) Geração de resíduos sólidos orgânicos (matéria-prima, insumos e alimentos

desperdiçados)

Aumento da quantidade de resíduos a serem depositados no meio ambiente

Desperdício de gás de cozinha (usado no Pressão sobre os recursos naturais

15

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

preparo dos alimentos desperdiçados) Desperdício de Energia

(Energia elétrica utilizada para conservar os alimentos)

Pressão sobre os recursos naturais

Desperdício de água Pressão sobre os recursos naturais Desperdício de produtos de limpeza e

Geração de efluentes Sobrecarga na rede de esgotos

Desperdício de chope e sorvete Pressão sobre os recursos naturais (matérias-primas e insumos usados na produção do chope e

do sorvete desperdiçado) Desperdício de Energia

(Energia elétrica utilizada para resfriar o chope e o sorvete desperdiçado – não

consumido/vendido)

Pressão sobre os recursos naturais

Tabela 1: Aspectos e impactos ambientais da atividade.

AÇÕES DE REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO

Redução do desperdício de alimentos distribuídos no almoço

Em 1 (uma) das 9 (nove) empresas visitadas, a principal fonte de

desperdício era a grande quantidade de alimentos expostos no buffet e

banho-maria, e não consumidos.

Ilustração 1: Ilustra o banho-maria de um dos restaurantes.

16

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Nesta Empresa, inicialmente foram realizadas medições, durante

um determinado período estabelecido, onde foram pesados todos os

alimentos preparados para compor a primeira formação dos alimentos

expostos ao consumo; bem como os destinados a sua reposição, e

posteriormente, todas as sobras do banho-maria e da pista fria.

Ilustração 2: Ilustra a realização das medições em um dos restaurantes.

Como resultado foi detectado, em média, um desperdício de 360

Kg (12 Kg / dia) de alimentos por mês, o equivalente a R$ 8 784,00

(considerando o preço de venda fornecido pelo empresário). Diante do

fato foram sugeridas, como experiência inicial, uma pequena redução

das quantidades de alimentos servidos e a realização de mais medições

para avaliar a eficiência das modificações efetuadas.

Foi detectada, em média, uma redução de 120 Kg de alimentos

desperdiçados por mês, o equivalente a um ganho de R$ R$ 2 928,00

mensal.

17

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02 Redução do desperdício de água: Implantação de redutor de

pressão

Foi sugerido pelo consultor a instalação de um redutor de pressão

de água após o hidrômetro, o que resultou em uma redução de R$

300,00 nos primeiros 15 dias de instalação, demonstrando sua

eficiência em relação ao investimento inicial do equipamento que foi de

R$ 120,00 o que vai gerar uma economia de pelo menos R$ 1200,00 /

ano em relação ao gasto deste item.

Ilustração 3: Ilustra a instalação do equipamento na saída do hidrômetro

Redução do desperdício de produtos de limpeza : Limpeza dos

ambientes e utensílios

Em um dos estabelecimentos visitados, foi avaliada a importância

do acompanhamento da prestação do serviço da empresa fornecedora

de insumos para a higiene das instalações, equipamentos e utensílios,

onde solicitou a instalação de um diluidor automático para o detergente

utilizado para este procedimento.

18

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Ilustração 4: Instalação mostrando alta concentração do produto em uso e uso sem que o produto passasse pelos diluidores.

Sugeriu-se ainda a realização de treinamento das pessoas

responsáveis pela utilização dos produtos, ponto fundamental para o

sucesso do programa de higienização do estabelecimento, visando uma

produção segura a ser oferecida aos consumidores.

Redução do desperdício de energia elétrica : Uso racional de

energia elétrica

Em relação à utilização do forno em uma confeitaria, foi orientado

aos responsáveis pela empresa a colocação de uma sistema de

termostato a fim de desligar o equipamentos quando atingir a

temperatura desejada, bem como a substituição de resistências

queimadas aumentando a eficiência do equipamento e possibilitando a

redução de despesas com energia elétrica de até 3% na conta de

energia, bem como manter os equipamentos de refrigeração com

afastamento de 10-15 cm de possíveis obstáculos (paredes ou outros

equipamentos), recomendadas pelos fabricantes permitindo deste modo

o fluxo de ar através dos condensadores para maximizar as trocas de

calor do equipamento.

19

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Ilustração 5: Condições de limpeza inadequadas dos condensadores e pouco afastamento da parede dos equipamentos de refrigeração

Redução do Desperdício de Carnes (Filé Mignon e Filé de

Frango)

Parte da matéria-prima comprada estava sendo desperdiçada pela

empresa durante o processo de limpeza e pré-preparo, gerando um

aumento dos custos dos alimentos preparados, consequentemente,

reduzindo a margem de lucro.

Após o diagnóstico da porcentagem perdida durante o pré-

preparo foi realizado treinamento com os colaboradores que

desempenham essa tarefa para que fossem criadas novas técnicas de

limpeza de filé mingnon e filé de frango. Após o novo procedimento

implantado foram feitas novas pesagens e chegou-se ao seguinte

resultado, conforme mostra Tabela 2.

Produto

Perda com

descong.

%

Perda com

limpeza %

Antes

Perda com

limpeza %

Depois

Perda final %

Antes

Perda final %

Depois

Valor mensal

da perda final

Antes

Valor mensal

da perda final

Depois

Filé Mignon

5% 12,7% 5,2% 17,7% 10,2% 382,04 220,16

Filé de Frango

7% 15,4% 4,9% 22,40% 11,9% 149,86 79,61

Tabela 2: Redução do desperdício mensurado

20

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Redução do desperdício de chopp

Durante as visitas da Fase II verificou-se que o volume

comercializado de chopp não correspondia aos dados levantados pelo

empresário na Fase I. Para os cálculos e estimativas dessa Fase do

trabalho foram utilizados os dados reais, sendo que o volume de chopp

comercializado a ser considerado nessa fase é de 2.800 litros de chopp

por mês. O valor pago por litro permanece ao valor de R$ 2,33.

Para quantificação do rendimento do chopp (tulipas por barril), foi

feita inicialmente uma medição pelos próprios colaboradores, para que

se chegasse a um número de partida paro o estudo de caso.

Ilustração 6 – Ilustram o processo de retirada do chopp antes e depois do treinamento.

Para que o valor desperdiçado fosse reduzido foram tomadas medidas

nas diferentes fases da comercialização do chopp:

Recebimento: pesagem do chopp para verificar o volume

recebido;

21

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Armazenamento: Manutenção dos barris em locais onde fiquem

parados, evitando a movimentação;

Troca do barril: esvaziamento do barril para garantia de não

ficar resíduo dentro do barril;

Manutenção das chopeiras: foi estabelecido como meta manter

as máquinas reguladas, permitindo o melhor

aproveitamento do chopp;

Retirada do chopp: Não permitir o escoamento excessivo do

chopp na hora de retirar, bem como cuidar para não haver

extravasamento do chopp após o enchimento das tulipas.

Redução do Desperdício de Mussarela

Apesar da existência da ficha técnica para os recheios de pizza,

não são utilizados dispositivos práticos que permitam que as

quantidades previstas na composição dos recheios sejam utilizadas.

Como em todos os recheios são utilizadas porções do queijo mussarela,

acredita-se que existe desperdício embutido deste produto,

principalmente em dias de grande movimento.

Tomando-se os valores obtidos pela pesagem, obteve-se a um

desvio médio de 14,67 gramas por pizza elaborada. Considerando que a

venda diária de pizza chegue a 50 pizzas, em média, o gasto mensal de

mussarela seria de 22 quilos de mussarela a mais por mês, sem que

esse consumo fosse considerado na composição dos custos do produto

comercializado. Foi, então, iniciado o trabalho de porcionamento da

mussarela a ser utilizada, chegando-se à conclusão que as porções

seriam de 100 gramas, pois para as pizzas pequenas 100 gramas

22

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02 atende ao determinado na ficha técnica e nas pizzas grandes seriam

utilizadas duas porções equivalendo a 200 gramas, em atendimento à

ficha técnica.

Ilustração 7 – Ilustram a embalagem utilizada e o acompanhamento ao

procedimento de porcionamento.

Redução do Consumo de Água

Uma empresa ocupava três lojas comerciais, tendo um padrão da CAESB

em cada loja. Em duas das lojas a empresa consome de 2 a 3 m de água

em uma e não consome água na outra, mas paga pelo consumo mínimo

que é de 10 m. Esse pagamento gera para a empresa um gasto de cerca

de 17 m, que taxado a R$ 3,43 / m, totaliza R$ 58,31, que é

multiplicado por 2, pela cobrança da taxa de esgoto, totalizando R$

116,62 / mês. Anualmente a empresa paga R$ 1.399,44 pela tarifa de

água que não é utilizada. Em conjunto com a consultoria a empresa

resolveu utilizar mangueiras acopladas às torneiras dessas duas lojas

para realizar os procedimentos de limpeza das áreas externas e das regas

das plantas, que são atividades que despendem grande gasto de água e

com isso haveria uma redução na tarifa paga na terceira loja, sendo os 17

m utilizados descontados da tarifa mais alta (acima de 16 m o valor do

m passa a valer R$ 5,56).

23

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

24

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02 Com esse procedimento haveria um ganho real para a empresa

de cerca de R$ 189,00 de redução da conta de água na loja de maior

consumo (considerando redução dos 17 m ao valor de R$ 5,56 / m),

totalizando um valor de cerca de R$ 2.268,00 anuais.

AVALIAÇÃO FINAL

A Tabela 3 mostra uma síntese das ações e a quantificação dos

principais ganhos econômicos e ambientais mensais das empresas do

ramo de alimentação onde foi realizada a consultoria de redução de

desperdício.

Descrição

Antes da consultoria

Ganhos após implementação das ações propostas

Quant. Mensal

Valor mês (R$)

Ação proposta no estudo de caso

Redução do

desperdício mensal

estimado

Ganho econômico mensal (R$)

Redução do desperdício de alimentos no

distribuídos no almoço

360 Kg 8 784,00

Redução de 7% da quantidade de

alimentos expostos no terço final do

período do almoço

120 Kg 2 928,00

Redução do desperdício de

água

130 m³

10m³

1300,00

3,43

Colocação do redutor de pressão na saída

do hidrômetro

Utilizar a taxa mínima cobrada pela CESB

30 m³

17m³ ( o valor é

multiplicado por 2 )

300,00

116, 62

Redução do desperdício de produtos de

limpeza

10 585 litros de solução

6.261,60

Treinamento do pessoal quanto ao uso correto dos

produtos

8 849 litros de solução 1 678,50

Redução do desperdício de

energia

5 360 KWh 2 182,15

pela colocação de termostato em forno e afastamento 10 –

15 cm dos equipamentos de

refrigeração.

5199,2 KWh 56,17

Redução do desperdício de

Choop

2.800 litros

6.524,00 Controle na tiragem

do produto 116,2 Litros

270,75

Redução do Desperdício de

Mussarela 370 Kg 5180

Porcionamento da quantidade a ser

usada em cada pizza 22 Kg 176,00

25

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Fase 02

Ganhos mensais

5 526,04

Ganhos anuais

66 312,48

Tabela 3: Quantificação mensal das principais ações de redução do

desperdício em Empresas de alimentação

26

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

Energia Elétrica

Esta consolidação se aplica ao universo de oito empresas,

notadamente da cadeia produtiva da alimentação, participantes do

“Projeto Sabor Brasília”.

O conjunto possui 221 kW em carga instalada, responsável pelo

consumo anual de 457.312 kWh de energia elétrica, equivalente ao

consumo de 762 casas populares e desembolsa a importância de R$

162.630,00 em despesas financeiras.

Participação por modalidade no consumo de energia

elétrica

O Gráfico 01 mostra o perfil por modalidade de uso da energia

elétrica do grupo de empresas participantes.

Projeto Sabor Brasília - 2007Uso da Energia Elétrica

motores elétricos12%

ar condicionado4%

iluminação10%

refrigeração57%

outros equipamentos

17%

Gráfico 01 – Modo da utilização da energia elétrica das empresas

participantes do Projeto Sabor Brasília – 2007.

27

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

Motores

A modalidade “motor” ocupa a terceira posição em participação,

responde por 12% do consumo de eletricidade.

Os motores estão presentes em exaustores, batedeiras,

amassadeiras, bombas de recalque de esgoto, liquidificadores,

extratores de suco, fatiadores de frios e moedores de carne.

Ar condicionado

A modalidade ocupa a última posição e é responsável por 4 %

do consumo de energia elétrica.

O sistema de climatização está presente em 50% das empresas

participantes.

Iluminação

Ocupando a quarta posição em importância, responsável pela

utilização de 10% da energia elétrica.

Refrigeração

A modalidade refrigeração, primeira posição em participação,

com 57% no consumo de energia elétrica.

O modo “refrigeração” compõe-se de expositores de sorvetes,

refrigerantes e frios; máquina de gelo em cubo, refrigeradores e

frízeres empregados na refrigeração e conservação de produtos

alimentícios.

Nenhuma das empresas participantes foi encontrada a presença

de câmara fria.

Outros equipamentos

Ocupando a segunda posição em importância, esta modalidade

responde por 17% da utilização da energia elétrica.

28

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

Desta participam os computadores, microondas, máquinas de

café expresso, fornos elétricos, cubas de banho-maria, estufas e

chuveiros.

Potencialidades de redução de consumo de energia

A Tabela 01 mostra os dados consolidados de potencialidades a

serem alcançados.

Ações recomendadas

I) Iluminação

A ação de substituição das lâmpadas fluorescentes de 20W e

40W por lâmpadas fluorescentes de 16W e 32W,

respectivamente, e de lâmpadas incandescente de 60W por

lâmpadas fluorescentes compactas de 14W mostrou-se viável.

A Tabela 01 mostra que nesta modalidade de uso da energia é

possível reduzir em 5.238 kWh/ano.

II) Refrigeração

Nesta modalidade a ação de redução de horas de utilização

recomenda-se a manutenção regular dos equipamentos de

refrigeração que inclua a inspeção do estado de conservação e

funcionalidade das vedações, verificação da carga do líquido

frigorígeno (gás); limpeza dos condensadores e interna dos

refrigeradores, de modo, impedir a formação de acúmulo de

gelo nas paredes internas, regulagem da temperatura interna;

e finalmente, empreender a melhoria da ventilação dos

refrigeradores, respeitando o afastamento de 10 a 15 cm de

possíveis obstáculos (paredes ou outros equipamentos),

conforme recomendações dos fabricantes.

Há possibilidade em reduzir 16.245 kWh/ano, conforme

demonstrado na Tabela 01.

29

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

III) Outros equipamentos

O montante de redução apontado é de 2.632 kWh/ano, como

mostrado na Tabela 01.

Iluminação

Economia por substituição de lâmpadas (kWh/ano) 5.238

Refrigeração

Economia por redução de horas de utilização (kWh/ano) 16.245

Outros equipamentos

Economia por redução de horas de utilização (kWh/ano) 2.632

Potencialidade de redução de consumo (kWh/ano) 24.115

Consumo anual do segmento (kWh/ano) 467.312

Redução (%) 5,2%

Tabela 01 – Potencialidades de redução de consumo de energia detectadas pelo Projeto Sabor Brasília - 2007.

Três situações foram encontradas e cujas ações corretivas

podem contribuir para redução de consumo de energia pela redução

de horas de utilização de equipamentos característicos desta

modalidade:

III.a) Reposicionamento do sensor do termostato

Em uma empresa a consultoria se deparou com o mau

posicionamento do sensor do termostato da cuba de banho-

maria, que se encontrava apenas encostado na superfície

metálica.

Neste caso, o empresário foi orientado para que procedesse ao

reposicionamento através de solda do bulbo junto à superfície

ou a imersão do mesmo no meio líquido.

Este fato mostra uma provável falta de capacitação técnica do

prestador de serviços.

30

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

III.b) Ausência do volante do termostato

Em uma empresa foi encontrada uma fritadeira de 10.000 W

sem o volante de regulagem do termostato, sua ausência pode

levar o operador ao engano e ocasionar perdas de produtos em

virtude de se apresentar fora do ponto de fritura desejado (cru

ou queimado); demandar tempo desnecessário na operação,

promover desperdícios de óleo vegetal e energia elétrica. O

empresário foi orientado a promover sua reposição.

III.c) Melhoria tecnológica de forno elétrico

Em uma empresa de confeitaria a consultoria se deparou com

forno elétrico sem dispositivo de monitoramento de

temperatura, hoje, o controle é visual.

Neste caso, foi sugerida ao empresário a ação de “melhoria

tecnológica” para o correto dimensionamento de dispositivo

simplificado de controle térmico sonorizado, já que o mesmo se

posicionou refratário à tecnológica mais sofisticada, em virtude,

do nível de formação dos funcionários.

Em resumo, a potencialidade de redução do consumo anual de

energia diagnosticada pelo “Projeto Sabor Brasília”, edição 2007, é de

5,7% como mostra a Tabela 01.

Nota:

Foram consideradas apenas as ações cujos prazos de retorno

de investimento sejam iguais e inferiores há 24 meses.

Recomendações

Instalações elétricas

Foram recomendadas, como medida de melhoria da segurança

patrimonial, a adequação à Norma Técnica ABNT 5410 referente à

31

ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

instalação da barra de equipotencialização, de supressores de surtos

elétricos, dispositivos de detecção de falhas de isolamentos,

instalação de barra de equipotencialização do “terra” e melhoria da

malha de aterramento.

Os dispositivos de detecção de falhas de isolamentos são

recomendados, especialmente, para ambientes úmidos como

banheiros, cozinha e áreas reservadas às lavagens diversas.

Iluminação

Os níveis de iluminamento de alguns ambientes apresentam-se

inferiores aos estabelecida pela Norma Técnica ABNT 5413 –

Iluminância de Interiores, sugeriu-se a adequação destes níveis de

iluminamento, bem como, ofereceu-se a consultoria de luminotécnica

através do UAIT – Unidade de Apoio à Inovação Tecnológica.

Ventilação e exaustão

Na maioria dos estabelecimentos pesquisados a consultoria se

deparou com desconforto térmico ambiente das cozinhas.

Recomendou-se aos empresários a empreenderem melhorias do

sistema de ventilação e exaustão através do UAIT – Unidade de Apoio

à Inovação Tecnológica.

Nota:

Durante a realização do trabalho de consultoria constatou em duas

empresas e cujos proprietários foram alertados da situação de perigo

iminente de curto-circuito em virtude da manutenção precária e

prática de instalação mal conduzida em equipamentos elétricos.

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ALIMENTAÇÃO

Consolidação Eficiência Energética

Equipe Técnica Coordenação Geral SEBRAE/DF James Hilton Reeberg - Gerente da UAIT Flavia Diniz Mayrink Equipe Técnica Alberoni Leal Moura

Ricardo de Feiras Zago

Sirlea Moura

SEBRAE/DF - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito

Federal

SIA Trecho 3 Lote 1.580 – CEP: 71.200-030 – Brasília/DF

Call Center - Tel: (61) 3362-1700 - Fax: (61) 3234 36 31

Internet: www.df.sebrae.com.br

E-mail: [email protected]

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