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LISBOA 2003 RELATÓRIO BALANÇO E CONTAS 2002

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LISBOA 2003

RELATÓRIOBALANÇOE CONTAS

2002

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5Conselho de Administração da Fundação Calouste GulbenkianComissão Revisora de Contas

7Apresentação

I |Relatório de ActividadesIa • Portugal14 Secretaria do Conselho de Administração

16 Gabinete do Presidente

Caridade21 Serviço de Saúde e Desenvolvimento Humano

Arte31 Museu Calouste Gulbenkian

41 Serviço de Música

57Centro de Arte ModernaJosé de Azeredo Perdigão – CAMJAP

71 Serviço de Belas-Artes

81 Revista Colóquio/Letras

Educação85 Serviço de Educação e Bolsas

99 Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura

105 Biblioteca de Arte

Ciência113Serviço de Ciência

119 Instituto Gulbenkian de Ciência

Ib • Estrangeiro

125 Serviço Internacional

135 Centro Cultural Calouste Gulbenkian, Paris

142Serviço da Cooperação para o Desenvolvimento

149Serviço das Comunidades Arménias

157 Delegação no Reino Unido

Ic • Projectos Transversais e Inovadores

Id • Serviços de Apoio

175 Serviços Centrais

181 Serviço de Orçamento, Planeamentoe Controlo

II |Situação Económico-FinanceiraBalanço e Contas

187 Situação Económico-Financeira

193 Balanço e Contas

207 Relatório dos Auditores

III |Comissão Revisora de Contas

210 Relatório

213 Parecer

218Informações Úteis

›› Índice

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Conselho de AdministraçãoDr. Emílio Rui Vilar

Presidente

Dr. José Júlio Pereira Cordeiro BlancoDr. Mikhael Essayan

Presidente Honorário

Prof. Doutor Diogo de LucenaDr.ª Isabel Maria de Almeida MotaDoutor Eduardo Marçal GriloProf. Doutor Eduardo Lourenço de Faria*Prof. Doutor André Gonçalves Pereira*Dr. Artur Santos Silva*

Comissão Revisora de ContasDr. Francisco Brito Onofre (Relator)

Director-Geral do Orçamento

Dr.ª Maria Manuela Cruz de Quintanilha e MendonçaDirectora-Geral da Solidariedade e Segurança Social

Prof. Doutor Manuel Jacinto NunesVogal designado pela Academia das Ciências de Lisboa

Prof. Arquitecto Augusto Pereira BrandãoVogal designado pela Academia Nacional de Belas-Artes

Dr. Manuel Maçaroco CandeiasVogal designado pelo Banco de Portugal em representação dos bancos e casas bancárias

* Administradores não executivos, desde 19 de Setembro de 2002

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O ano de 2002 foi para a Fundação Calouste Gulbenkian um ano de significativasmudanças. Em final de Abril fomos confrontados com o prematuro falecimento doDoutor Victor de Sá Machado. Verdadeiro “homem da Fundação”, instituição queserviu durante mais de 40 anos, a sua dedicação, provendo visão e estabilidade,ajudou a criar uma Fundação melhor e mais forte. Viveu até ao fim, intensamente,o pulsar desta Casa, desta “aventura colectiva” como gostava de lhe chamar,que considerava habitada por “um espírito de generosidade e de beleza”.

Não pude assumir funções imediatamente a seguir à minha eleição como novopresidente, por força dos problemas de saúde que tive que enfrentar. No entanto, com o apoio do Conselho de Administração e a minha posteriorrecuperação foi possível dar um novo fôlego à concretização das necessáriasmudanças na Fundação.

As mudanças trazem normalmente resistências, dúvidas e perplexidades.A Fundação não é excepção. O esforço que temos vindo a concretizar tem,no entanto, um sentido e uma “chave”. Tenho presente os princípios que referina minha primeira alocução aos trabalhadores da Fundação: a perpetuidadeda Instituição, a sua independência, o rigor na sua (nossa) vivência.A necessidade de sermos perspicazes, ágeis e eficazes. A capacidade de nosabrirmos ao mundo e anteciparmos a mudança. O imperativo de prosseguirmosum projecto de excelência desenvolvido por uma equipa de grande qualidade.O objectivo de reforçar uma filosofia de actuação mais assente em programase projectos e menos dependente da iniciativa de terceiros que a Fundação apoia.São estes princípios que temos como linha de rumo no quadro das mudançasque efectuamos.

O Conselho de Administração definiu, na sua reunião de 18 de Julho de 2002,um novo modelo de governo para a Instituição. Este novo modelo traduziu-sefundamentalmente na cooptação de três novos administradores não executivos,utilizando assim o número total de vagas que os Estatutos prevêem parao Conselho de Administração, e na futura activação dos quatro ConselhosConsultivos, cada um para uma das finalidades estatutárias, também previstosnos Estatutos. No respeito absoluto pelas disposições testamentárias, pretendemosassegurar maior transparência e responsabilização do Conselho de Administraçãoe a já referida maior abertura da Fundação ao exterior.

A primeira prioridade consistiu no reforço do Conselho de Administração. Os trêsnovos administradores, Eduardo Lourenço, André Gonçalves Pereira e Artur Santos

›› Apresentação

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Silva, tomaram posse no dia 19 de Setembro de 2002 e a sua cooptação vemenriquecer a capacidade reflexiva e estratégica do Conselho de Administração.

Não podemos deixar passar aqui uma palavra de agradecimento aos membrosdo Conselho Consultivo Geral da Fundação, extinto no quadro da adopção do novomodelo de governo, e cujo contributo foi, a vários títulos, notável.

Após a mudança na estrutura de governo, avançámos com a reestruturaçãoda estrutura orgânica da Fundação, assente nos princípios da horizontalidade,flexibilidade, eficiência e captura das valências internas existente. Foram extintosos Serviços de Cooperação para o Desenvolvimento e de Bibliotecas e Apoioà Leitura. No âmbito do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão foramextintos o Centro Artístico Infantil (CAI), o Gabinete de Design e o ACARTE.A reestruturação levada a efeito no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, em Paris,permitiu o reforço da programação da sua actividade cultural, o que se verificará já em 2003.

Não cessará o que de muito válido se vinha a realizar naquelas áreas. Os Serviçosde Educação e Bolsas e de Saúde e Desenvolvimento Humano passarão a incluir,em novos moldes e tirando completo partido das suas competências internas,parte das actividades anteriormente desenvolvidas pelas Bibliotecas e Apoioà Leitura e Cooperação para o Desenvolvimento. Os novos Programas Gulbenkianaproveitarão as valências dos serviços sectoriais da Fundação na sua prossecuçãosob novas perspectivas.

Assim, para lançamento em 2003, começou a ser desenvolvido um novoinstrumento de actuação da Fundação, os Programas Gulbenkian. Os ProgramasGulbenkian de Língua e Literatura Portuguesa, Ajuda ao Desenvolvimento dosPALOP e Timor-Leste e da Criatividade Artística, representam um investimentode cerca de 4 milhões de euros, e pretendem alcançar actuações maisestruturadas, integradas e com um horizonte temporal mais dilatado.

Quanto ao CAMJAP, viu a sua missão centrada na sua função primordialde museu de arte moderna e contemporânea, capaz de atrair e de responderàs exigências do público e da comunidade artística. Neste sentido, foi reforçada a sua componente educativa, com a criação de um novo sector educativo, e a sua relação com os diferentes públicos, através de um novo sectorde animação.

Em 2002 prosseguiram os Projectos Transversais e Inovadores iniciados em 2001:“Gestão das Cidades”, “ARTAFRICA – Identificação e Mapeamento das PráticasContemporâneas nos Países Africanos Lusófonos e Respectivas Diásporas” e “Investigação em Malária”. Infelizmente, não foi possível assistir ao lançamentode novos projectos. Iremos alterar esta situação em 2003, tendo, para esse efeito,reforçado a respectiva linha orçamental.

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O ano de 2002 marcou também o 40.º aniversário da Orquestra Gulbenkian. Foram40 anos de excelente actividade, com um brilho que continua hoje a surpreender.Estou certo que a Orquestra Gulbenkian saberá manter no futuro os níveis deexcelência que são seu timbre.

As mudanças que referi acima verificaram-se ao mesmo tempo que a Fundaçãoterminou um processo substancial de redução do seu quadro de pessoal, ao abrigodo “Sistema de Incentivos RH 2000”. Em 31 de Dezembro de 2002 contávamoscom 596 efectivos, dos quais 103 dos quadros artísticos e 485 do quadro geral.Um progresso significativo face aos 768 efectivos que compunham o quadro geralem 1999. Esta evolução, sem perda de qualidade do trabalho desenvolvido pelaFundação, acompanhada de mudanças na organização e nos métodos de trabalho,só foi possível com o forte empenho dos colaboradores da Fundação.

No ano de 2002 prosseguimos também o esforço de renovação das nossas infra-estruturas físicas – o Edifício-Sede, o Museu, os Jardins – cujos resultadossão já bem notórios e sensíveis.

O ano que passou não foi, novamente, um ano feliz no que respeita aocomportamento da economia e dos mercados financeiros internacionais.A progressiva deterioração dos mercados financeiros desde Agosto de 2000 temtido um impacto significativo no retorno da nossa carteira de investimentos,principal fonte de recursos financeiros da Fundação. Considerando osdesenvolvimentos do primeiro trimestre de 2003, marcados pela intervençãomilitar no Iraque, as incertas perspectivas de recuperação de qualquer dasprincipais economias mundiais e a expectativa a médio prazo de retornos sobre oinvestimento abaixo dos dois dígitos, perspectivamos uma recuperação lenta dopatrimónio da Fundação até níveis semelhantes aos alcançados em 1999 e 2000.

Melhores notícias chegam-nos da outra fonte de recursos financeiros da Fundação,o dividendo recebido das companhias que operam no petróleo e no gás. Nestedomínio tem sido obtido um excelente nível de rendimento e o dividendo a pagarà Fundação em 2003 é de cerca de 24 milhões de dólares. Recentementediversificámos as nossas posições em termos geográficos. Conseguimosuma participação num bloco na Argélia e em três blocos no Brasil, que esperamosse traduzirão em investimentos rentáveis no médio prazo.

Para uma melhor apreciação do grande leque de actividades promovidas pelaFundação durante este último ano, as páginas que se seguem constituemum relato completo.

Emílio Rui Vilar89

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I

Relatório de Actividades

Em cumprimento de uma norma regularmente praticada, publica-seem seguida uma síntese das actividades – subsídios e iniciativasdirectas – no ano de 2002.O critério de apresentação é o da ordenação por Serviços segundoos quatro fins estatutários da Fundação – Caridade, Artes, Educaçãoe Ciência. Seguem-se os Serviços de competências alargadas a váriosdesses objectivos e que são, na sua maioria, os que agem na áreainternacional, e um capítulo de Projectos Transversais e Inovadores,assim designados porque o seu principal objectivo consiste na criaçãode condições para apoiar ou realizar iniciativas em novos domíniosou com novas abordagens metodológicas e para incentivar a coope-ração entre Serviços em áreas de fronteira ou beneficiando de umaperspectiva multidisciplinar.

Lisboa, 31 de Julho de 2003

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Ia

Portugal

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Cabe à Secretaria do Conselhode Administração a preparação,apoio e acompanhamento das reuniõesdo Conselho de Administração atravésda preparação e elaboração das respectivasagendas, sua distribuição e ulterior redacçãoe divulgação interna das respectivasactas nomeadamente através de e-mail e da Intranet.

No ano de 2002 foram elaboradas 45 actas.A empresa Novabase, escolhida paraproceder à elaboração do programainformático para a gestão das actase criação de uma base de dados em queconstem todas as deliberações tomadasdesde o início da Fundação, continuou o seutrabalho em directa colaboração coma Secretaria do Conselho de Administração.

No dia 19 de Setembro de 2002,na sequência da nova política aprovada peloConselho de Administração, tomaram possecomo Administradores não executivosda Fundação Calouste Gulbenkian oProfessor Doutor Eduardo Lourenço de Faria,o Professor Doutor André Gonçalves Pereirae o Dr. Artur Santos Silva.

Esta Secretaria ampliou o seu apoio aoConselho de Administração junto destestrês novos Administradores, quer através doenvio das agendas de todas as reuniões doConselho de Administração, quer dando-lheso apoio adequado ao desempenho das suasimportantes funções.

A Secretaria presta igualmente apoioà Comissão Revisora de Contas à qual cabe

›› Secretariado Conselho de Administração

O Conselho deAdministração

da Fundação após atomada de posse

dos Administradoresnão executivos.››

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a elaboração dos respectivos relatórioe parecer anuais.

O Secretário do Conselho de Administração,em colaboração com a respectiva Secretaria,procedeu à coordenação e à redacção finaldos textos elaborados pelas Direcções dosServiços, previamente aprovados pelarespectiva Administração e destinados aintegrarem este Relatório, Balanço e Contasda Fundação Calouste Gulbenkian, publicado em edições portuguesa e inglesa. Superintendeu igualmente naapresentação gráfica e na imagem estéticado Relatório em colaboração com orespectivo autor, o designer ProfessorJosé Brandão.

Reeditou-se um livro e um desdobrávelsobre a Fundação, ambos devidamenteactualizados, os quais, dada a sua grandeprocura pelo público, se esgotamrapidamente, não obstante as suas grandestiragens respectivamente em português,francês e inglês. Pela primeira vez lançou-seuma edição em castelhano. Dado o seuêxito espera-se a reedição de ambas aspublicações em 2003 nos seus diversosidiomas.

Procedeu-se à recepção, classificação edistribuição interna do correio genérico,ou seja, sem indicação expressa do Serviçoa que se destina ou a destinatáriopersonalizado. Durante o ano a que respeita

este Relatório passaram pela Secretaria12 000 cartas e volumes.

Na sequência da reestruturação dos Serviçostransferiu-se para a direcção do Gabinetedo Presidente a gestão, em colaboração comos Serviços Centrais, da cedência a terceirosdas instalações da Fundação, conhecidaspor zona de Congressos da Sede, e de outrasáreas do complexo incluindo o Museu,Jardim e Centro de Arte Moderna, e que sedestinam à realização de iniciativasde entidades de estatuto não lucrativointegradas nos quatro fins estatutários da Fundação – Arte, Caridade, Educação e Ciência.

Cabe à Secretaria, através do programa “SAP”,a execução de todo o apoio administrativonecessário aos membros do Conselho deAdministração e respectivas secretárias.

Até meados de 2002 procedeu-se igualmenteà gestão, através do programa “ORACLE”,da concessão de subsídios dados pelaReserva sob administração directa doPresidente (RADP) e a sua comunicaçãoaos beneficiários, tarefa esta que passoutambém, devido à reestruturação em curso,para a direcção do Gabinete do Presidente,com excepção da gestão financeira doprojecto “Gestão das Cidades” integradono âmbito dos Projectos Transversaise Inovadores, iniciado na Secretaria doConselho de Administração e que continuaaqui a ser executado na parte financeira.

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›› Gabinete do Presidente

O Gabinete do Presidente é uma pequenaestrutura de apoio qualificado ao Presidentedo Conselho de Administração. Participano acompanhamento e/ou implementaçãode projectos concretos mantidos no âmbitoda presidência e assegura a gestãoadministrativa resultante das solicitaçõesquer externas quer internas dirigidasao Presidente da Fundação.

As ActividadesUm dos sectores da sociedade portuguesamenos conhecido porque menos estudadoé o sector não lucrativo, de que fazem parteas fundações, mas também as associações,as ONG’s, as cooperativas e as Misericórdias.Em Janeiro de 2002, a Fundação CalousteGulbenkian, a Fundação Luso-Americanapara o Desenvolvimento e a Fundação IlídioPinho, a que mais tarde se juntoua Fundação Aga Khan, celebraram um

Protocolo de Colaboração com a JohnsHopkins University para a realização emPortugal do Projecto Comparativo do SectorNão Lucrativo (3 anos). Este projecto, já realizado em mais de quarenta países,é conduzido sob a orientação do ProfessorLester Salamon e tem como objectivosprincipais avaliar a dimensão, as características essenciais, o impacto sócio-económico e a possível evolução do sector nãolucrativo numa perspectiva comparada.O Gabinete do Presidente integra a Comissãode Acompanhamento das investigaçõesnacionais realizadas pela Equipa AssociadaLocal do Projecto que é constituída pordocentes da Faculdade de Economiae Gestão do Centro Regional do Portoda Universidade Católica Portuguesa.

Em Junho de 2002, o Gabinete procedeuao lançamento, a nível nacional, do livroda Conferência Internacional “Cidadaniae Novos Poderes numa Sociedade Global”,

Sessão deencerramento

da ConferênciaInternacional

“Globalização –Ciência, Cultura

e Religiões”.

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realizada em Outubro de 2001. Com aedição das intervenções da conferência,em parceria com as Publicações Dom Quixotee com o Instituto de Estudos Políticosda Universidade Católica Portuguesa, queassegurou a tradução e a revisão científicados textos, o Gabinete cumpriu doisobjectivos: a qualidade da publicação e a difusão dos seus conteúdos porum público mais vasto.

Em Julho de 2002, o Presidenteda Fundação e o Ministro da Ciência e do Ensino Superior assinaramum Protocolo com o objectivo de transferirpara o Estado português a posiçãoinstitucional que, por força do Acto deDoação da Residência André de Gouveiaàs Universidades de Paris, em 1960,a Fundação Calouste Gulbenkian ocupana Fondation Universités de Paris– Résidence André de Gouveia – FondationCalouste Gulbenkian.

Ainda no mês de Julho, foram aprovadaspelo Conselho de Administração novas regrasde cedência das instalações da Fundaçãopara a realização de eventos da iniciativade entidades externas. A gestão dasreferidas cedências ficou articulada entreo Gabinete do Presidente e os ServiçosCentrais, sendo a sua autorização dacompetência exclusiva do Presidente.

Ao longo do ano, o Gabinete asseguroua preparação da Conferência Internacional"Globalização – Ciência, Cultura eReligiões", realizada em 15 e 16 de Outubroe que concluiu o ciclo de três conferênciasinternacionais dedicadas à Globalização.A conferência permitiu reunir na Fundaçãodiferentes nomes de grande prestígiointernacional entre cientistas, universitáriose homens das letras – David S. Landes,Sydney Brenner, Eduardo Lourenço, MárioVargas Llosa, entre outros –, constituindoum espaço privilegiado de reflexão e dedebate onde se confrontaram diferentesperspectivas sobre a religião, o papelda cultura e das identidades nacionaisna globalização e a ciência como umaverdadeira linguagem universal. Prevê-se queo livro com as comunicações da conferênciaseja publicado em Junho de 2003.

O Gabinete continuou a representara Fundação no projecto “Rede Internacionalsobre Filantropia Estratégica”, um projectoque durará até 2004 e que compreendecerca de 70 fundações e organizações não-governamentais americanas, europeias,asiáticas e australianas e que actuarão comoum think tank descentralizado, no qual osparticipantes recolhem e disseminam know-how, com o objectivo de identificar"melhores práticas" na organização e gestãodas fundações e desenvolver instrumentosque permitam partilhar com o sector osconhecimentos entretanto adquiridos.

Ainda antes do final do ano o Presidentelançou um novo ciclo de conferênciasinternacionais. Depois de um ciclo sobrea “Europa” e outro sobre a “Globalização”,o tema geral do ciclo 2003-2005 será“Conflito e Cooperação nas RelaçõesInternacionais”. A primeira conferênciarealizar-se-á em 21 e 22 de Outubrode 2003 e terá como tema as “RelaçõesTransatlânticas Europa/Estados Unidosda América”.