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RELATÓRIO:

ATIVIDADES DE EXTENSÃO

2017

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Sumário 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 3

2. CAPACITAÇÃO PARA COMUNICAÇÃO............................................................... 4

3. COMISSÃO DE SUSTENTABILIDADE ................................................................. 5

3.1 AÇÕES EM 2017 ............................................................................................ 5

3.1.1 Atualização da Logo ................................................................................ 5

3.1.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ........................................ 6

3.1.3 Semana Nacional do Meio Ambiente ....................................................... 8

3.1.4 Dia Mundial Sem Carro ........................................................................... 9

3.1.5 Trilhando Sustentabilidade .................................................................... 10

3.1.6 Adote um Calouro .................................................................................. 13

3.1.7 Formação Sustentável ........................................................................... 14

4. CONSTITUIÇÃO NO CONCRETO ...................................................................... 16

4.1 AÇÕES DO CONSELHO DELIBERATIVO DO CONSTITUIÇÃO NO

CONCRETO NO ANO DE 2017 .............................................................................. 17

4.1.1 Maio Amarelo ........................................................................................ 17

4.1.2 Setembro Amarelo ................................................................................. 21

4.1.3 Outubro Rosa ........................................................................................ 23

4.1.4 Novembro Azul ...................................................................................... 25

4.1.5 Proposição Legislativa “Asfalto Reciclado” – ação conjunta dos três

Projetos de Extensão: Constituição no Concreto, Comissão de Sustentabilidade e

Programa de Proposição Legislativa .................................................................... 26

4.1.6 Sou Diferente......................................................................................... 28

4.1.7 Infobusão ............................................................................................... 29

5. SIMULAÇÃO REVISÃO DO BRASIL NA ONU .................................................... 31

6. LEAD ................................................................................................................... 34

6.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO LEAD EM 2017 .............................. 36

6.1.1 Audiências Simuladas ........................................................................... 37

6.1.2 Atividades com Sala de Aula Invertida ................................................... 37

6.1.3 Sociedade de Debates .......................................................................... 38

6.1.4 Gincana Jurídica .................................................................................... 38

6.1.5 TODO MUNDO ENSINA, TODO MUNDO APRENDE ........................... 41

6.1.6 CIVIL COURT ........................................................................................ 43

7. LER LIBERTA ...................................................................................................... 45

8. CAFÉ, DIREITO E LITERATURA ........................................................................ 48

8.1 31º ENCONTRO – COM O LIVRO “DESONRA” ........................................... 49

8.2 32º ENCONTRO – COM O LIVRO “O TRIBUNAL DA QUINTA-FEIRA” ....... 50

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8.3 33º ENCONTRO – COM O LIVRO “OS AFOGADOS E OS

SOBREVIVENTES: OS DELITOS, OS CASTIGOS, AS PENAS, AS IMPUNIDADES”

52

8.4 34º ENCONTRO – COM OS CONTOS “FUNES”, “O MEMORIOSO” E

“LOTERIA NA BABILÔNIA” ..................................................................................... 53

1. INTRODUÇÃO

A FDV entende a extensão como um conjunto de atividades que possibilitam o

estabelecimento de uma interação entre a academia e a sociedade na qual está

inserida. Essa articulação se dá à medida que o saber que aqui se produz faz

sentido, sendo relevante e contribuindo para o desenvolvimento social. É a FDV

saindo dos limites de seus muros e interagindo com a comunidade

As ações de extensão, integradas ao ensino e à pesquisa e de caráter

interdisciplinar, são realizadas por meio de projetos de extensão, os quais são

reunidos em programas, de acordo com a mesma temática. Atualmente, os

principais focos de atuação da FDV são capacitação e educação com vistas a

inclusão, assessoria jurídica e democracia participativa. As ações de extensão,

integradas ao ensino e à pesquisa, e de caráter interdisciplinar, são, ainda,

realizadas, por meio de cursos, eventos, prestação de serviços (assessorias e

consultorias) e produções acadêmicas diversas, tais como estudos,

intercâmbios, filmes e materiais educativos.

Assim, a Extensão na FDV se dá dentro dos seguintes formatos:

a) Projetos: são conjuntos de ações inter-relacionadas,

envolvendo atividades interdisciplinares com tempo

determinado;

b) Programas: são conjuntos de ações permanentes realizadas

com base em projetos executados e que apresentem objetivos

ou diretrizes comuns;

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c) Cursos: são atividades de ensino acadêmico, técnico, cultural

e artístico, relacionadas ao interesse do público externo e a ele

permitidas a participação;

d) Eventos: são ações que envolvem organização, promoção ou

atuação, implicando em apresentação pública, livre ou para

clientela específica, objetivando a difusão de conhecimentos,

processos ou produtos científicos e técnicos, tais como:

congressos, semanas acadêmicas, seminários, simpósios,

colóquios, feiras, fóruns e similares;

e) Consultorias: são atividades de caráter permanente ou

eventual que compreendam a execução de atendimentos

diversos voltados diretamente para a comunidade; a

participação em tarefas profissionais fundamentadas em

habilidades e conhecimentos de domínio da FDV; ou

acompanhamento e pareceres a órgãos públicos e

comunidades, nas áreas jurídicas e seus desdobramentos

sociais;

f) Produções diversas: trabalhos acadêmicos, tais como:

estudos, intercâmbio, confecção de vídeos, filmes e materiais

educativos, voltados para ações extensionistas.

Com base em tais pilares, foi realizado um levantamento de dados relativos às

atividades de extensão do ano de 2017, os quais serão descritos a seguir.

2. CAPACITAÇÃO PARA COMUNICAÇÃO

Uma das maiores dificuldades é manter uma equipe de alunos que seja

responsável pela comunicação dos projetos, promovendo a divulgação e

publicação das ações. Pensando nisto, no início do ano letivo, foi oferecida para

os membros da Comissão de Sustentabilidade e do Conselho Deliberativo do

Constituição no Concreto uma oficina sobre instrumentos de comunicação,

dentre eles Facebook e Canva. A iniciativa propiciou um maior envolvimento de

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todos os membros nas ações de comunicação, facilitando a divulgação dos

eventos e acontecimentos.

3. COMISSÃO DE SUSTENTABILIDADE

A Comissão de Sustentabilidade tem foco jurídico, posto que surgida e

executada na Faculdade de Direito, mas trabalha com todos os temas relativos

ao desenvolvimento sustentável. Inicialmente, em março de 2012, foi formada

para elaborar e implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da

Instituição, mas sua atuação foi se alargando e hoje é responsável por diversas

ações. Seu trabalho foi publicamente reconhecido por meio de Menção Honrosa

no Prêmio Tião de Sá, concedido pela Prefeitura de Vitória/ES, em dezembro de

2013.

As atas das reuniões de 2017 se encontram em anexo.

3.1 AÇÕES EM 2017

3.1.1 Atualização da Logo

Anterior:

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Nova (a partir de fevereiro de 2017):

A logo se torna mais moderna, passando a ser flat e monocromática. A alteração

facilita também a inserção da logo em diferentes planos de fundo. A parte do

globo terrestre, além de acompanhar tais mudanças, passa a representar o Brasil

em primeiro plano.

3.1.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Implementado o plano, desde 2011, resta a conscientização ambiental da

comunidade FDV, que deve ser realizada cotidianamente, bem como o

acompanhamento de todas as etapas que o projeto inclui. A principal estratégia

adotada é o controle de separação dos resíduos nas salas de aula.

Foi mantido o tradicional estímulo de concessão de 5 horas para cada aluno da

sala com melhor desemprenho. Destaque-se que tal controle é realizado pelos

responsáveis pela limpeza, os quais foram capacitados anteriormente à

implementação do plano, no início de 2012, e que se encontram em constante

diálogo com a Comissão para atualização e feedback.

Além disso, foram distribuídas a membros da Comissão responsabilidades de

orientação e divulgação aos alunos do 1º período, de fiscalização da situação

das lixeiras nas salas e, ainda, de conferência bimestral do Controle de

Gerenciamento nas Salas.

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Exemplo de material de conscientização/educação ambiental para separação

adequada dos resíduos:

A imagem abaixo é um exemplo do reconhecimento das turmas com melhor

separação de resíduos. A divulgação foi feita por meio do Portal do Aluno e das

redes sociais da FDV e da Comissão de Sustentabilidade.

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3.1.3 Semana Nacional do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho, e para

celebrar esse marco, a FDV e a Comissão de Sustentabilidade promovem, desde

2006, a Semana Nacional do Meio Ambiente. Nesta segunda edição, o foco foi

na conscientização sobre o impacto do ser humano sobre o meio ambiente e na

interação com o meio ambiente.

Para isso, foi feita ação no pátio da FDV, na qual cartazes com dados sobre os

impactos humanos no meio ambiente foram pendurados nas árvores. Foram

também disponibilizados cartazes em branco, de outra cor – para destacar os

dois tipos – nos quais as pessoas puderam deixar seus recados.

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3.1.4 Dia Mundial Sem Carro

Pelo quarto ano consecutivo, a Comissão de Sustentabilidade da FDV abraçou

a campanha “Dia Mundial Sem Carro”, internacionalmente adotada no dia 22 de

setembro. No ano de 2014, a Comissão foi pioneira no estado a adotar a

campanha, que hoje é encampada por várias outras instituições, públicas e

privadas.

Neste ano de 2017, a campanha focou no uso do espaço público para repensar

o cotidiano do espaço urbano. Para isso, a Comissão de Sustentabilidade

“humanizou” duas vagas de carro em frente à FDV. A humanização de vagas é

uma prática comum em intervenções de conscientização dessa natureza, tendo

inclusive sido utilizada pela Comissão em anos anteriores. Trata-se de destinar

o espaço de vagas de carro provisoriamente para outros fins, com o objetivo de

demonstrar que um espaço que é utilizado individualmente (um carro), pode ser

destinado para uso comum, mas isso só é possível se tivermos menos carros

nas ruas.

Post sobre a ação:

A COMISSÃO DE SUSTENTABILIDADE DA FDV PROMOVERÁ UMA AÇÃO NO DIA 22/ 09 (sexta-feira)

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Com o objetivo de conscientizar sobre o uso excessivo de automóveis, a Comissão irá humanizar o espaço de duas vagas de carro na calçada em frente à faculdade. Você ainda poderá participar respondendo algumas perguntas e concorrendo ao sorteio de uma bicicleta. Se você utiliza o carro no dia a dia, desafie-se a usar um transporte alternativo, contribuindo, assim, com o meio ambiente.

Material de divulgação:

Link para o vídeo da ação:

https://www.facebook.com/sustentabilidadefdv/videos/1565164266874808/

3.1.5 Trilhando Sustentabilidade

A Comissão de Sustentabilidade da FDV, em parceria com o Centro Acadêmico

Maria Lucia Karam, desenvolveu a terceira edição do “Trilhando

Sustentabilidade”, que ocorreu no dia 7 de maio de 2017, às 8h30min, no Parque

da Pedra da Cebola, localizado em Vitória/ES.

O projeto tem como objetivo levar membros da FDV e da comunidade a conhecer

e explorar os belíssimos parques municipais e estaduais que estão ao nosso

redor, além de proporcionar interação com a natureza.

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Orientações que foram passadas aos participantes:

“Atenção, inscritos: no próximo domingo, dia 07 de maio, nos encontraremos às

8h30 entre a Pedra da Cebola e o lago das tartarugas.

Iniciaremos a programação com um café da manhã compartilhado. Por favor,

informe o que pretende levar ao membro da Comissão que entrará em contato,

via Whatsapp.

Em seguida, faremos uma caminhada pelas áreas do parque. NÃO SE

ESQUEÇAM DE:

1. Utilizar calçados confortáveis;

2. Utilizar protetor solar; e

3. Levar a sua água!

AGUARDAMOS VOCÊS!”

Material de divulgação:

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Link para vídeo de divulgação:

https://www.facebook.com/sustentabilidadefdv/videos/1414317295292840/

Link para o vídeo da terceira edição:

https://www.facebook.com/sustentabilidadefdv/videos/1426115257446377/

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3.1.6 Adote um Calouro

O projeto Adote um Calouro é desenvolvido na FDV desde o ano de 2012 e tem

alcançado bons resultados, além de promover a integração e entusiasmo entre

alunos, bem como toda a comunidade acadêmica da FDV.

A Comissão de Sustentabilidade da FDV convida, no início de cada semestre

letivo, todos os alunos para participarem da ação, que tem por objetivo a

integração entre calouros e veteranos com a doação de materiais de ensino

utilizados no semestre anterior, além da troca de experiências entre os alunos.

A ação de integração aconteceu no dia 16 de agosto às 20h30, com alunos do

noturno, e no dia 17 de agosto às 9h10, com alunos do matutino, no

Miniauditório. Os alunos veteranos interessados em participar compareceram

nas datas e horários descritos com os materiais que desejaram compartilhar com

o calouro, sendo que alunos de todos os períodos puderam colaborar.

Material de divulgação:

O ADOTE UM CALOURO ESTÁ DE VOLTA

Visando a integração de veteranos e calouros e a reutilização de materiais, o evento

ocorrerá nos dias 16/08 e 17/08 no miniauditório da FDV.

ATENÇÃO: os alunos dos primeiros períodos devem levar um lanche que será

compartilhado entre calouros e veteranos!

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Registro da ação:

3.1.7 Formação Sustentável

A inserção da sustentabilidade como tema transversal no curso da graduação foi

iniciativa desenvolvida pela Comissão de Sustentabilidade e abraçada pelas

professoras no ano de 2013, por intermédio do projeto Formação Sustentável,

que tem como objetivo integrar ensino e extensão, além de visar correlacionar

atividades disciplinares do cotidiano dos alunos aos estudos e práticas

sustentáveis no desenvolvimento do ensino do Direito.

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3.1.7.1 Direito Ambiental e Direito Empresarial

A atividade intitulada "Sustentabilidade Empresarial” é realizada também desde

2013, com alunos do 9º período da Graduação e visa estimular a reflexão dos

alunos acerca das práticas sustentáveis no meio empresarial. Primeiramente os

alunos, divididos em grupos, recebem leitura prévia. Em seguida, analisam, com

o auxílio das questões abaixo, os impactos da sustentabilidade nas empresas a

partir de casos descritos na obra indicada na leitura prévia.

• Quais os motivos/aspectos que levaram o grupo a escolha destes casos?

• Quais critérios de sustentabilidade foram adotados pelas empresas?

• Quais as críticas e sugestões vocês fariam para as atitudes adotadas

pelas empresas escolhidas, quanto ao bom negócio da sustentabilidade?

A terceira etapa do trabalho consistiu na escolha de uma empresa capixaba para

descobrirem, autonomamente, sem qualquer espécie de provocação, casos da

realidade capixaba em que tais impactos pudessem ser analisados criticamente,

aliando, assim, o conteúdo estudado com o plano fático. Também nesta etapa,

questões norteadoras do trabalho foram entregues aos alunos:

• A empresa possui uma carta/cartilha/manual de valores/princípios? Sob

que forma?

• Os valores da empresa escolhida são compatíveis no todo ou em parte

com a visão multidimensional da sustentabilidade estudada? Justifique.

• Dentre as atividades da empresa há um programa isolado de proteção

ambiental/responsabilidade social ou há o tratamento transversal da questão da

sustentabilidade?

• A empresa é certificada pelo sistema ISO série 14000 de gestão

ambiental?

• Entre as práticas empresariais, você identificou a prática de

greenwashing?

• Você classificaria essa empresa como sustentável ou legítima? Justifique

com fundamento nos textos lidos.

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Finalmente, a quarta e última etapa é a apresentação do trabalho em um

seminário interdisciplinar de Direito Ambiental e Direito Empresarial. Vale

destacar que alguns grupos visitam as empresas, mas outros realizam a

pesquisa por meio de informações contidas nos sites, o que por vezes pode

comprometer o julgamento das informações obtidas. Isso porque como as mídias

propagadas pelas empresas tendem a colocar uma lente de aumento em

projetos setorizados, o olhar sobre a parte pode viciar a avaliação crítica dos

alunos quanto ao “todo” da empresa.

De qualquer forma, durante o decorrer da atividade, os alunos conseguem

observar na prática os valores de diversas empresas com relação à visão

multidimensional da sustentabilidade; os programas de sustentabilidade

existentes nas empresas pesquisadas; a questão da certificação pelo sistema

ISO série 14000 de gestão ambiental; dentre outros aspectos correlatos.

Percebe-se, portanto, a participação do aluno como protagonista do processo de

ensino e aprendizagem e da construção do conhecimento.

4. CONSTITUIÇÃO NO CONCRETO

O Projeto “Constituição no Concreto” tem por objetivo despertar nos alunos a

consciência e a responsabilidade no sentido de que os mesmos devem se postar

como agentes transformadores da sociedade, buscando uma aplicação prática

e efetiva dos conhecimentos jurídicos na solução desses casos.

Os estudantes, sob orientação dos professores e com o auxílio de monitores,

detectam os casos concretos do cotidiano que evidenciam a lesão aos direitos e

garantias fundamentais do cidadão. A partir daí, os alunos colhem os elementos

comprobatórios desses fatos, e os enviam aos órgãos competentes para adoção

das medidas necessárias. O projeto é integrado à disciplina de Constitucional III,

do 5º período e conta com o apoio de monitores, egressos da FDV, bem como

de diversos graduandos, que auxiliam na continuidade da atividade.

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Assim, o projeto conta com duas etapas. A primeira delas, vinculada à disciplina

mencionada, é de participação obrigatória aos alunos que cursam a disciplina,

os quais devem identificar uma situação de violação a um direito constitucional,

e então relatá-lo, diagnosticá-lo (inclusive com produção probatória) e elaborar

sugestões para solução (inclusive com as minutas dos documentos, quando

cabível). Já a segunda etapa é o Conselho Deliberativo do Constituição no

Concreto, de participação facultativa e aberta a alunos de todos os períodos.

O Conselho é responsável pela idealização e realização de diversas ações

relacionadas a direitos fundamentais constitucionais, bem como pelo

encaminhamento das denúncias recebidas, seja advindas da primeira etapa do

projeto, seja por outros meios.

No ano de 2017, o Constituição no Concreto seguiu suas atividades. As atas das

reuniões de 2017 estão disponíveis no Anexo II.

4.1 AÇÕES DO CONSELHO DELIBERATIVO DO

CONSTITUIÇÃO NO CONCRETO NO ANO DE 2017

4.1.1 Maio Amarelo

No ano de 2017, o Constituição no Concreto realizou intervenção no dia 17 de

maio, em apoio à campanha de conscientização sobre as normas de trânsito. A

intervenção contou com faixas que remetem ao respeito às normas de trânsito,

bem como a presença de alunos fantasiados, um como “cone” e outro como

“celular”, na frente da FDV, para a conscientização de forma lúdica.

Semelhantemente a 2016, foi realizado vídeo institucional sobre a intervenção

para fins de divulgação.

Neste ano, houve novidades incorporadas à ação do Maio Amarelo:

(i) Realização de pesquisa informal dentre os alunos da instituição sobre

uso de celular ao volante e sobre a conjugação bebida alcóolica e

direção. Os dados foram usados na campanha de conscientização,

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focando esses dois perigos tão recorrentes principalmente dentre o

público jovem, que é maioria na FDV;

(ii) Elaboração de vídeos de conscientização, com essas mesmas

temáticas, contando com o relato de alunos da própria FDV que

tenham passado por situações traumáticas ou perigosas em virtude de

comportamentos inadequados no trânsito.

Materiais de divulgação e conscientização:

A proposta do maio amarelo é chamar a atenção da sociedade para o alto índice de

mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

A cor amarela foi escolhida pois, no semáforo, ela significa “atenção”. E, no movimento

que acontece durante Maio, o pedido é para que todos se atentem pela vida – as suas e

as dos próximos.

Assim como o “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul”, o símbolo do “Maio Amarelo” é

também um laço. O objetivo é que as pessoas promovam ações, debates e avaliações

sobre os riscos de determinados comportamentos no trânsito durante os deslocamentos

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diários. E, claro, que todos repensem sobre o que é necessário para que a segurança nas

vias seja constante e possam conviver pacificamente o ano todo.

Durante o mês de maio, serão expostos os dados da pesquisa realizada pelo Constituição

do Concreto com os alunos da FDV. A pesquisa aborda quais são os comportamentos dos

alunos no trânsito. Começamos por como as pessoas se portam em relação à fazer uso do

celular enquanto dirige e beber e dirigir.

Fiquem atentos! Álcool, celular e direção não combinam!

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Link para o vídeo 1 com relato para conscientização:

https://www.facebook.com/constituicaonoconcreto/videos/1552364954797696/

Ressaltando a importância em se ter responsabilidade no trânsito, o Constituição no

Concreto trouxe o relato de uma situação pela aluna da FDV, Mariah Stein, o qual

evidencia que álcool e trânsito não combinam. Tenha responsabilidade, o trânsito é feito

por todos nós. #maioamarelo

Link para vídeo do ano passado (e divulgação da intervenção deste ano):

https://www.facebook.com/constituicaonoconcreto/videos/1556400614394130/

Nesta quarta-feira (17/05), o Constituição no Concreto voltará às ruas com o seu cone

interativo! Dessa vez, ele estará acompanhado por um novo personagem. Qual será o

novo ícone da campanha do Maio Amarelo da FDV? Apoie esta causa. O trânsito é feito

por você! #maioamarelo

A desatenção no trânsito por conta do uso do celular tem sido cada vez maior! Por isso, os

decorrentes também são cada vez mais frequentes!

Dando continuidade às pesquisas realizadas pelo Constituição no Concreto sobre o Maio Amarelo,

os seguintes dados alertam sobre a utilização do celular no trânsito. As pesquisas foram feitas com

alunos da FDV, visando identificar quantos já estiveram de carona com alguém que usava o celular

ao volante.

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Link para o vídeo da intervenção:

https://www.facebook.com/constituicaonoconcreto/videos/1566740213360170/

No dia 17 de maio (quarta-feira) o Constituição no Concreto promoveu a ação "Maio

Amarelo". O intuito do projeto é promover uma reflexao sobre o comportamento de

motoristas e pedestres no trânsito. O movimento visa chamar a atenção da sociedade para

o alto índice de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo. #maioamarelo

O mês de maio está encerrando e junto com ele, a campanha de conscientização de

acidentes no trânsito: o maio amarelo.

No entanto, o legado desses dias deve perdurar por todo o ano, devido a necessidade de

redução da violência nesse ambiente.

Por isso, não se esqueçam: o trânsito é feito por todos nós!

4.1.2 Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma iniciativa desenvolvida em vários países do mundo.

Trata-se de uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio,

com o objetivo de alertar a população a respeito da realidade do suicídio e suas

formas de prevenção. Ocorre no Brasil desde 2014, por meio de identificação de

locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de

informações. A FDV adere à campanha desde 2016.

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Neste ano de 2017, o Constituição no Concreto lançou o “Correio do Bem”.

Caixas amarelas foram disponibilizadas em áreas comuns da faculdade,

juntamente com papeis e caneta. A ideia era que as pessoas escrevessem

bilhetes com mensagens positivas para outras pessoas da FDV (alunos de

qualquer segmento, professores ou funcionários). Os bilhetes foram então

triados, para garantir que não havia nenhum negativo, e entregues aos

destinatários.

Material de divulgação:

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4.1.3 Outubro Rosa

O Outubro Rosa é uma iniciativa desenvolvida em vários países do mundo para

alertar e informar sobre o câncer de mama, e principalmente, sobre a importância

da prevenção e do diagnóstico precoce. No mês de outubro de 2017, novamente

a FDV participou da campanha, divulgando informações sobre os direitos da

pessoa com câncer.

A cartilha eletrônica sobre os direitos da pessoa com câncer de mama foi

novamente divulgada pelas redes sociais. Além disso, também mais uma vez

durante todo o mês alunos, professores e funcionários estiveram engajados em

ações que visavam a promover reflexões acerca da realidade atual do câncer de

mama.

Espaços externos ganharam iluminação especial cor de rosa. Funcionários e

professores utilizaram o laço rosa, que simboliza a campanha, em apoio a causa.

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A grande inovação do ano foi a campanha “Mamografia em Dia”. A FDV

convocou suas colaboradoras e professoras com mais de 40 anos para

realizarem suas mamografias, atendendo ao slogan da campanha:

“MAMOGRAFIA EM DIA: porque AMO a vida!”

A ação foi um sucesso, tendo obtido a adesão de 100% de nossas colaboradoras

e professoras resultando na construção de um lindo painel, que foi montado no

pátio da instituição, onde cada mamografia foi entrelaçada por uma fita rosa,

ressignificando a luta de todas nós mulheres no combate ao Câncer de mama.

Todas as colaboradoras que possuíam planos participativos tiveram suas

mamografias custeadas pela FDV, como um incentivo à este cuidado tão

necessário à saúde da mulher.

Por fim, no dia 18 de outubro foi realizada uma roda de conversa com o tema

“Câncer de mama: prevenção e direitos”. As facilitadoras convidadas foram a

professora da FDV, Gilsilene Passon, e a mastologista Karoline Abreu Vilela.

Materiais de divulgação:

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Em apoia à campanha do Outubro Rosa, a FDV convidou as mulheres da comunidade

acadêmica, com mais de 40 anos, a estarem com suas mamografias em dia até o final do mês de outubro.

Concluímos essa ação com grande sucesso: 100% das integrantes do corpo técnico-administrativo e corpo docente estão com seus exames em dia.

4.1.4 Novembro Azul

De modo semelhante às ações realizadas no outubro rosa, o novembro azul

também procura conscientizar os homens sobre a necessidade de se prevenir

do câncer de próstata, principalmente por intermédio de um diagnóstico precoce

e pela realização dos devidos exames. Os alunos da FDV se mobilizaram de

diferentes formas, por intermédio do incentivo do Constituição no Concreto. As

ações envolvem, também como no Outubro Rosa, divulgação de informações,

“vestir” a instituição de azul – inclusive com alteração da cor da iluminação da

fachada – e a distribuição de lacinhos azuis da campanha para funcionários,

professores e alunos.

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4.1.5 Proposição Legislativa “Asfalto Reciclado” – ação

conjunta dos três Projetos de Extensão: Constituição no

Concreto, Comissão de Sustentabilidade e Programa de

Proposição Legislativa

O projeto de extensão Proposição Legislativa – Asfalto Ecológico iniciou-se em

2016, a partir do projeto de extensão Constituição no Concreto em uma análise

do caso que abrangia o tema do descarte inadequado de resíduos asfálticos.

Após conversas e pesquisas sobre o tema foi detectado que o problema não

estava somente no descarte inadequado, mas no próprio processo de produção

do asfalto, que não é o ideal do ponto de vista ecológico e que existiam outros

tipos de asfalto que poderiam surgir como alternativa para ser utilizada.

Assim, verificou-se que a melhor alternativa de ação seria uma lei que

regulamentasse e estabelecesse metas e prazos para a modificação do formato

atualmente utilizado, motivo pelo qual ligou-se a atuação dos dois projetos de

extensão: Constituição no Concreto e Programa de Proposição Legislativa. De

modo semelhante estabeleceu-se também parceria com a Comissão de

Sustentabilidade da FDV, tendo em vista a direta correlação do tema com as

discussões sobre desenvolvimento sustentável.

O Projeto de Proposição Legislativa – Asfalto Ecológico surgiu, então, reunindo

os três projetos de extensão e com o propósito de elaborar um projeto de lei que

determine a obrigatoriedade ou prioridade em licitações pelo asfalto ecológico.

A composição do grupo responsável pelo trabalho foi definida da seguinte forma:

primeiramente, os dois alunos que “apadrinharam” o caso na segunda etapa do

Constituição no Concreto, principalmente por serem membros tanto do Conselho

Deliberativo quanto da Comissão de Sustentabilidade, e em seguida convidando

os alunos que desenvolveram o trabalho na primeira etapa do Constituição no

Concreto, permanecendo no Programa de Proposição Legislativa apenas

aqueles que demonstraram interesse.

Inicialmente, foi realizada uma reunião com os integrantes do projeto e definido

um cronograma com datas para análise da Lei 12.305/12, que institui o plano

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nacional de resíduos sólidos, pesquisa bibliográfica sobre os tipos de asfalto,

processo de produção e outros dados pertinentes. Essa primeira etapa foi

realizada nos meses de agosto, setembro e outubro de 2016. Para maior

integração do grupo e troca de informações, foram realizadas diversas reuniões

entre os alunos participantes e também reuniões com a coordenadora do projeto,

Luísa Cortat, sendo que nas reuniões foram feitas atas, conforme relatado no

relatório anual de 2016.

Após diversas reuniões de pesquisa e análise da legislação pertinente durante o

mês de novembro o grupo elaborou a justificativa geral e os aspectos que

precisam ser previstos no projeto de lei. Em seguida, a partir do mesmo

procedimento, o grupo elaborou uma prévia do projeto de lei.

Posteriormente, partiu-se para a coleta de mais informações, desta vez focada

nos aspectos técnicos do projeto de lei, para que a lei pudesse estar em

consonância com a realidade jurídica, técnica (engenharia), financeira e

ambiental do setor. No dia 06 de dezembro de 2016 foi então realizada uma

reunião com a professora de direito administrativo e direito tributário da FDV

Karoline Marchiori – especialista na temática de incentivos fiscais. No encontro,

que contou com a participação de todos os alunos e da professora coordenadora

do projeto e também coordenadora de extensão da FDV, foram esclarecidos as

dúvidas em relação às questões jurídicas administrativas e tributárias, como

impostos incidentes e isenções fiscais.

O projeto prosseguiu neste ano de 2017.

As dúvidas referentes ao processo de produção do asfalto tradicional foram

sanadas em uma visita técnica realizada no dia 25 de janeiro de 2017 na

empresa Serrabetume Engenharia Ltda., localizada no município da Serra. Com

a visita técnica, o grupo conseguiu documentos da empresa como licença

ambiental, plano de gerenciamento de resíduos sólidos, documentos de descarte

do lixo e certidões negativas de dívidas ambientais.

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Durante todo o primeiro semestre de 2017, os alunos continuaram o trabalho de

visitas técnicas e coleta de dados e informações. Além disso, finalizaram o

levantamento teórico pertinente, tanto dos aspectos técnicos relativos ao asfalto

ecológico, quanto dos aspectos jurídicos (em especial relativos à Lei 12305/12 –

Política Nacional de Resíduos Sólidos)

Ao final do processo, a aluna Mariana Mendes Barros, uma das envolvidas

durante todo o projeto, manifestou interesse em transformar a experiência em

artigo científico, integrando ainda mais diretamente extensão e pesquisa.

Orientada pela profa. Luísa Cortat – que também foi coordenadora do projeto –

ela finalizou o projeto de artigo, que foi aprovado pela coordenação de extensão

e será desenvolvido no ano de 2018.

4.1.6 Sou Diferente

A professora da FDV, Gilsilene Passon, é responsável pela ação social

denominada “Sou Diferente”, que canaliza ações sobre Direitos Humanos e

comumente conta com o apoio e participação de alunos e professores da FDV.

Uma dessas ações era a visita ao Hospital das Clínicas, em Vitória, em dias em

que os pacientes do interior do estado vinham fazer suas consultas. Isso significa

que essas pessoas ficavam o dia inteiro em frente ao hospital, pois as vans dos

municípios trazem os grupos juntos de manhã cedo e voltam à noite. Durante as

visitas, verificou-se a falta de estrutura para a espera das pessoas, chamando a

atenção especialmente a falta de cobertura, deixando-as expostas ao sol e à

chuva.

Diante disso, o “Sou Diferente” buscou o apoio do Constituição no Concreto,

principalmente no sentido de buscar meios para a construção da cobertura. Na

parceria, conseguimos um arquiteto para doar o projeto e doação do dinheiro

necessário. No entanto, mesmo após várias reuniões com os responsáveis pelo

hospital, não se conseguiu a autorização para a construção em questão.

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Nessa sexta-feira (31/03), membros do Constituição no Concreto foram acompanhar o trabalho do

projeto Sou Diferente, organizado por profissionais que se uniram para apoiar diversas pessoas que

passam por dificuldades no dia a dia.

No encontro de hoje oferecemos lanche e afeto para pessoas que fazem tratamento em uns dos

maiores hospitais da Grande Vitória e passam o dia todo no estacionamento aguardando transportes

das prefeituras.

Nós apoiamos o projeto e estamos dispostos a ajudar!

Curtam a página do projeto, vale a pena conhecer!

https://www.facebook.com/ProjetoSouDiferente/?fref=ts

4.1.7 Infobusão

As alunas do quinto período, Amanda Lourenço Sessa, Fabrícia Mascarenhas

Ballarini, Julia Stange Azevedo Moulin, Lorena Ferreira Passos e Mariana Castro

Babilon, desenvolveram, na primeira etapa do Constituição do Concreto, um

trabalho sobre a questão da falta de infraestrutura nos pontos de ônibus de

Vitória. Elas identificaram uma série de dificuldades enfrentadas por cidadãos e

turistas quando o assunto é a questão da infraestrutura dos pontos de ônibus e

procuraram as autoridades competentes para fixar informativos nos pontos sobre

as linhas e itinerários dos ônibus nas principais vias.

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O tema foi levado para o Vereador do Município de Vitória, Roberto Martins, por

meio de reunião realizada no dia 01/06/2017 (ata no anexo IV). O tema virou,

então Audiência Pública na Câmara Municipal de Vitória, realizada no dia 09 de

agosto de 2017, às 19h, com o apoio do Vereador.

As alunas criaram também uma página no facebook, para fomentar a

participação da população na luta por seus direitos:

https://www.facebook.com/Infobusao/

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5. SIMULAÇÃO REVISÃO DO BRASIL NA ONU

Apoiada durante o processo de seleção pela coordenação de extensão em

parceria com a coordenação do Núcleo de Relações Internacionais da FDV, a

aluna da FDV, Ana Carolina Boldrini, foi selecionada como estudante voluntária

para o projeto de simulação em universidade do mecanismo de Revisão

Periódica Universal da ONU.

A ONG Conectas recebeu um total de 105 candidaturas de 19 estados

brasileiros, além do Distrito Federal. Devido à grande procura, foram

selecionados 35 voluntários. A aluna da FDV e os demais selecionados

receberam uma capacitação em Sistema Internacional de Proteção dos Direitos

Humanos e foram instruídos sobre como replicar aprendizados e modelo de

simulação em suas instituições

Como preparação para o terceiro ciclo da Revisão do Brasil na ONU, a Conectas

promoveu, em São Paulo, essa formação específica para universitários

multiplicadores de 19 estados do Brasil. De volta às suas faculdades, eles

compartilharam deste conhecimento com professores e colegas de classe para

a organização e realização de simulações da Revisão Periódica Universal (RPU)

inspiradas nos temas e desafios da sabatina, que aconteceu dia 5 de maio no

Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça.

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Na FDV, a simulação aconteceu no dia 03 de maio de 2017, sob a coordenação

da professora e coordenadora do Núcleo de Relações Internacionais (NRI),

Luísa Cortat, e contou com a participação dos seguintes alunos selecionados.

Alice Gomes Lobos Martins – Nigéria; Amanda Teixeira Valbuza – Dinamarca;

Andressa da Silva Freitas Branco – Sociedade Civil; Beatriz Fraga de Figueiredo

– China; Beatriz Meneses Frambach Vieira – EUA; Breno Carraretto Coelho –

França; Brunella Vasconcellos Alves – Espanha; Cristina Jesus Oliveira Cunha

– Austrália; Elis Pilon do Nascimento – Sociedade Civil; Fabrício dos Reis Subtil

– EUA; Fernanda Leonardi Favalessa – Argentina; Georgia Fernandes Martins

Calil – Brasil; Johanna Reinholz de Nazareth – Palestina; Júlia Souza Luiz –

Indonésia; Laila Ribeiro Figueiredo – África do Sul; Lara Novaes Pereira –

México; Mariana Costa Justo – Brasil; Mateus Cunha Salomão – Austrália; Paula

Costa Ramos – Vaticano; Thiago Carias Chisté – Argentina; Arthur Varejão

Gomes; Débora da Rocha Costa Eloi das Neves; Georgia Laranja Gonçalves dos

Anjos Brandão.

A RPU é o principal mecanismo internacional de avaliação da situação de direitos

humanos nos Estados-membros da ONU e acontece a cada quatro anos e meio.

A simulação teve por objetivo recriar o mecanismo de RPU do Conselho de

Direitos Humanos da ONU, com o Brasil sob revisão. Assim, o formato exigiu

que houvesse representantes do Brasil, da sociedade civil (ONG) e de 13

delegações pares que elaboraram recomendação ao país revisado. As 13

delegações pares foram: EUA, Vaticano, China, Argentina, México, Dinamarca,

Indonésia, Palestina, França, Espanha, África do Sul, Nigéria e Austrália,

representados conforme descrito anteriormente.

No dia 19 de abril de 2017, cada aluno(a) selecionado(a) recebeu o papel que

deveria representar, bem como materiais de leitura acerca da política externa de

seu país e das principais violações de Direitos Humanos no Brasil. Como foram

muitas inscrições de qualidade, alguns trabalharam em duplas.

Entre 19 de abril e 03 de maio, os integrantes elaboraram suas estratégias e

recomendações ao Brasil, enquanto o(a)(s) representante(s) da sociedade civil

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devem procuraram estabelecer contato com as delegações, a fim de influenciar

as recomendações a serem elaboradas. Cada país possuiu a prerrogativa de

aceitar ou não as sugestões da ONG, de acordo com o histórico de sua política

externa.

No dia 03 de maio, data do evento, a presidente da sessão iniciou a atividade

com um breve discurso explicativo dos procedimentos e do tempo que cada ator

tem para realizar suas intervenções; após, a delegação do Brasil apresentou o

panorama atual dos direitos humanos no país, defendendo as informações

contidas no relatório oficial (parte do material de leitura prévia).

Em seguida, o(a)(s) representantes da ONG se manifestaram, apontando as

inconsistências na fala do governo e contrastando-as com a realidade

presenciada no país; após a fala, cada delegação fez até três recomendações

ao país sob revisão. As recomendações tiveram como base os relatórios

fornecidos previamente e tiveram que estar alinhadas com a política externa do

país que estava sendo representado. Por fim, o governo brasileiro fez uma rápida

fala de agradecimento das recomendações recebidas e declarou quais

recomendações serão aceitas ou rejeitadas. As recomendações rejeitadas foram

acompanhadas de justificativa.

Após todas as manifestações, a presidente da sessão encerrou a simulação. Na

sequência, foi conduzido um debriefing entre os participantes para avaliar os

aprendizados e conclusões. Também foi circulado um formulário de avaliação no

final.

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6. LEAD

O Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Direito (LEAD–FDV), coordenado

pelos professores Juliana Ferrari e Bruno Costa Teixeira, nasceu no ano de

2016, com a proposta de repensar, coletivamente, o ensino jurídico, a partir do

desenvolvimento e da aplicação de estratégias participativas na aula jurídica.

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A criação de espaços integrados para elaboração coletiva surge como

possibilidade de fomentar a interação entre alunos, professores e corpo diretivo

– este último representado pela coordenação pedagógica do curso de

Graduação em Direito. A ideia é que esse espaço contemple múltiplas visões,

conferindo voz a todos os envolvidos no processo, em especial aos alunos.

Os membros do LEAD-FDV assumem o papel e a responsabilidade de criar,

desenvolver, acompanhar e avaliar a execução de atividades ou estratégias que

promovam a participação ativa dos alunos em seu processo de construção do

conhecimento. Com isso, críticas e angústias são muito bem-vindas porque

intensificam o desejo de mudança, culminando em sugestões, novas ideias e

experiências.

Da mesma forma, a partir da contribuição dos alunos, recursos tecnológicos

podem ser melhor aproveitados e direcionados para suas reais necessidades e

anseios. A própria escolha de temas ou casos relevantes para serem discutidos

em aula, quando feita coletivamente, pode ser mais bem direcionada e

pertinente.

Para além do desenvolvimento de atividades participativas, o convívio aberto e

sincero entre alunos e professores, deslocando-se de suas posições de conforto

e pensando conjuntamente para o mesmo fim, desenvolve o sentimento de

alteridade e, por que não, uma melhor compreensão do ser humano que está

por trás do profissional ou do estudante.

Tendo realizado várias atividades propostas pelo grupo, pode-se afirmar que o

LEAD vem conferindo novo sentido para os espaços da instituição,

demonstrando o potencial criativo e enriquecedor que o trabalho integrado e

coletivo pode proporcionar.

Os membros que compõe o projeto são selecionados no início de cada ano,

dentre alunos (e egressos) e professores, por meio de formulário de inscrição e

entrevista.

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Os encontros do grupo são quinzenais e presenciais, com duração de uma hora

e meia cada. Em 2017, foram dezoito encontros.

6.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO LEAD EM 2017

O LEAD iniciou seus trabalhos em 2016, comprometendo-se a desenvolver seis

atividades participativas para serem experimentadas em aula. Assim, ficou

definido que os encontros iniciais seriam destinados à discussão e à organização

das propostas. Alunos e professores ficaram responsáveis por levar suas ideias

às reuniões.

As atividades desenvolvidas pelo LEAD, listadas no quadro abaixo, serão

detalhadas nos tópicos seguintes. Para 2018, além delas, novas propostas

estão em fase de discussão e planejamento.

Atividade Anos de aplicação

Audiências simuladas em Direito

Processual Civil e Direito Processual

Penal

2016, 2017 e 2018 (será aplicada

em maio)

Sala de aula invertida nas disciplinas

Metodologia da Pesquisa e Direito

do Trabalho I

2016, 2017 e 2018

Sociedade de Debates 2017 e 2018

Gincana Jurídica 2016, 2017 e 2018 (será aplicada

em outubro)

Todo mundo ensina, todo mundo

aprende

2017 e 2018 (será aplicada em

maio)

Civil Court 2017 e 2018 (será aplicada em

setembro)

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6.1.1 Audiências Simuladas

As atividades de audiência simulada nas disciplinas Prática Jurídica Penal e

Direito Processual Civil III foram solicitadas pelos alunos integrantes do LEAD

em 2016 e repetidas em 2017, porque, até então, só era realizada na instituição

a simulação de audiência trabalhista. Os professores responsáveis por tais

disciplinas encamparam a proposta, e grupos de trabalho para desenvolvê-las

foram definidos e implementados com o suporte do LEAD.

Os membros do LEAD redigiram um texto em que detalharam o desenvolvimento

das duas atividades de audiência simulada. O professor de Direito Processual

Civil foi convidado para analisar a proposta de audiência simulada e se dispôs a

inserir a atividade no plano de curso da disciplina Direito Processual Civil III, sob

sua responsabilidade, no semestre seguinte.

O material da atividade se encontra no anexo V deste relatório.

6.1.2 Atividades com Sala de Aula Invertida

As atividades com a proposta de sala de aula invertida foram sugeridas pelo à

época estudante da especialização da FDV e membro do LEAD, e ficaram sob

a responsabilidade do próprio aluno, de uma graduanda e também integrante do

LEAD e das professoras de Direito do Trabalho e Metodologia da Pesquisa.

Para o desenvolvimento e a análise da estratégia, textos teóricos foram

sugeridos para leitura e debatidos com o grupo todo. O material produzido com

a descrição de aplicação da sala de aula invertida encontra-se no anexo VI deste

relatório.

Importante destacar que todos os textos elaborados pelos grupos eram

compartilhados entre os componentes do LEAD e analisados coletivamente, nos

encontros presenciais.

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6.1.3 Sociedade de Debates

A Sociedade de Debates surgiu a partir de uma demanda dos alunos da

Graduação no sentido de formar um grupo especializado em debates para

participar das competições nacionais dessa espécie.

O LEAD auxiliou na formação e na divulgação da Sociedade de Debates que, a

partir de então, ganhou autonomia operacional, isto é, trabalhando em parceria

com o grupo, mas com gestão própria, sob a responsabilidade do professor da

instituição Paulo Neves Soto.

A Sociedade de Debates continua em funcionamento, tendo seus membros

participado de torneios de debates pelo país. Em 2017, foram responsáveis pela

organização e pela aplicação do I Torneio de Debates Capixaba, na Faculdade

de Direito de Vitória.1

Os eventos promovidos, que permitem a participação como debatedor de

qualquer estudante universitário do Brasil, tiveram como objetivo principal trazer

a cultura do debate para o Estado e posicionar o Espírito Santo como destino

para os debatedores e adjudicadores de todo o país.

6.1.4 Gincana Jurídica

A Gincana Jurídica foi sugerida por um graduando do décimo período e membro

do LEAD e, embora sua aplicação tenha representado um grande desafio

operacional, foi muito bem recebida por toda a comunidade da instituição.

Foram várias reuniões para discutir sobre a divisão dos grupos, o tema da

gincana, as atividades, a contagem de pontos, as inscrições, a premiação, o local

e horário, a melhor data de realização, as estratégias de incentivar a participação

de todos, dentre outros aspectos.

1 Mais informações sobre o evento podem ser encontradas neste link: https://www.facebook.com/events/1405822736198191/.

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A ideia consiste em realizar uma competição entre grupos de alunos

provenientes de todos os períodos do curso de Direito, na forma de quiz, com

perguntas e respostas. Esse formato ficou conhecido nacionalmente quando

veiculado em programas televisivos dos anos 1990, como "Passa ou repassa" e

"Torta na cara", com uma máquina específica para tanto. O regulamento da

competição pode ser encontrado no anexo VII deste relatório.

Todos os alunos matriculados na Graduação podem realizar inscrições na

Gincana Jurídica, feitas exclusivamente por meio de equipes de duas a três

pessoas. Apenas as oito primeiras equipes são selecionadas para participar da

competição que, por sua vez, é dividida em duas fases.

Na primeira, oito equipes inscritas realizam os jogos no formato de eliminatórias

com disputas entre dois grupos. As equipes disputam, entre si, jogos de um

contra o outro. Cada jogo tem cinco questões objetivas, representando cinco

áreas do conhecimento jurídico: Direito Constitucional, Direito Penal, Direito

Processual Penal, Direito Civil e Direito Processual Civil.

Já na segunda fase, as quatro equipes classificadas disputam as semifinais e a

final.

Em sua primeira versão, no ano de 2016, realizou-se um evento teste durante o

intervalo das aulas do turno matutino, quando grupos formados por professores

da instituição disputaram entre si a resolução de quizzes sobre cultura pop.

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Nesse caso, a intenção foi apenas no sentido de divulgar a competição que iria

ocorrer em breve, ou seja, a própria Gincana Jurídica. No entanto, o

engajamento dos professores, formando equipes e competindo entre si em um

evento lúdico chamou a atenção de todos alunos, que se reuniram para torcer e

acompanhar de forma entusiasmada a disputa. Diante da adesão dos alunos e

professores, o evento teste passou a constar em toda nova edição da Gincana.

Mais informações sobre a atividade podem ser encontradas neste link:

http://site.fdv.br/gincana-juridica/.

Algumas fotos da edição de 2017 da Gincana Jurídica:

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6.1.5 TODO MUNDO ENSINA, TODO MUNDO APRENDE

O projeto Todo mundo ensina, todo mundo aprende, idealizado e desenvolvido

pela equipe do LEAD surgiu com o objetivo de integrar toda a comunidade da

Faculdade de Direito de Vitória e criar o sentimento de pertencimento,

propiciando o contato entre todas as pessoas que convivem no ambiente

acadêmico da instituição, sejam alunos de diferentes períodos, professores e

funcionários.

Isso ocorreu a partir da realização de oficinas de temática livre, a depender da

escolha de quem vai ensinar, isto é, qualquer aluno, professor ou funcionário da

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instituição. A ideia foi no sentido de possibilitar um dia de doação ou de troca de

saberes e de lugares, trabalhar a autoestima, dar a possibilidade de ver e de ser

visto de outra forma, reconhecer saberes e habilidades, aprender e ensinar,

expandir conhecimentos e aprendizagens, revelando ou desconstruindo

identidades pré-concebidas. Qualquer um pôde se inscrever para ensinar algo e

qualquer um pôde se inscrever para aprender algo.

As oficinas temáticas foram escolhidas a partir da inscrição livre de temas de

acordo com a aptidão de quem se interessou em compartilhar conhecimento,

também com liberdade quanto ao formato de sua apresentação. Na manhã do

dia 16 de maio de 2017, 21 oficinas foram desenvolvidas, simultaneamente, no

ambiente da FDV envolvendo os mais diversos espaços, desde as salas de aula

à área da cantina e o pátio.

Importante destacar que o evento ocorreu em horário de aula, das 9:30 às 11:10,

mas com suspensão das aulas formais e de realização de chamada. Além disso,

não foram atribuídas horas de atividades complementares para nenhum

participante, nem mesmo os que se propuseram a ensinar. Dessa forma,

pretendeu-se estimular a participação livre e motivada apenas pelos desejos de

compartilhamento e de integração dos envolvidos.

Mobilizando mais de 300 pessoas inscritas em alguma das oficinas ofertadas, o

evento Todo mundo ensina, todo mundo aprende, por meio dos alunos,

professores e funcionários, mostrou que as oportunidades de aprender algo novo

podem ir muito além da sala de aula. Em meio a 21 oficinas, baseadas em temas

livres e propostas criativas, a comunidade da Faculdade de Direito de Vitória

conferiu um novo sentido para os espaços da instituição.

A lista de oficinas ofertadas em 2017 e mais informações sobre o projeto podem

ser visualizadas neste link: http://site.fdv.br/todomundo/.

Algumas fotos de 2017:

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6.1.6 CIVIL COURT

A atividade Civil Court foi idealizada por alunos da graduação que tiveram

contato com o treinamento para a Moot Court, empreendido pelo Núcleo de

Relações Internacionais da FDV e que já acontece há quatro anos. A Civil Court

teve sua primeira aplicação no segundo semestre de 2017 e envolveu todos os

alunos matriculados regularmente nas disciplinas Direito Civil I e Metodologia da

Pesquisa, dos turnos matutino e noturno da FDV.

A proposta, que será aplicada novamente no ano de 2018, tem como principais

objetivos aplicar o modelo de Moot Court, mundialmente conhecida no meio

acadêmico, no contexto de estudos do Direito Civil e desenvolver uma atividade

capaz de integrar estudantes de dois períodos diferentes do curso de Graduação

em Direito, assim como os professores das disciplinas relacionadas e egressos.

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Dessa forma, todos os estudantes do segundo e do terceiro períodos formaram

equipes mistas, de oito a dez pessoas e enfrentaram, por meio de disputas de

debates, tópicos relacionados aos direitos da personalidade e das obrigações.

Para tanto, as equipes deveriam solucionar um caso hipotético sobre a

contratação de “barriga de aluguel”, apresentando um parecer jurídico antes dos

debates.

Na etapa oral, a competição foi dividida em três fases. Na primeira, de caráter

classificatório, cada equipe contou com 10 minutos de fala, seguidos de até 5

minutos de réplica e tréplica. As simulações foram avaliadas por integrantes da

Sociedade de Debates, alunos convidados e membros do LEAD. Ao final das

disputas, as quatro equipes com maior pontuação (duas de defesa e duas de

acusação) passaram para a segunda fase.

A fase seguinte consistiu nas semifinais. Mais uma vez, as equipes classificadas

contaram com 10 minutos de fala, seguidos de 5 minutos de réplica e tréplica.

Ao final das simulações, as notas foram somadas e as equipes de acusação e

de defesa com maior pontuação passaram para a fase final.

Na terceira e última fase da competição foi apresentado um elemento surpresa

para as duas equipes finalistas. Desta vez, após as apresentações de defesa e

acusação, os estudantes enfrentaram os questionamentos formulados pelo

grupo de julgadores, formados pelos professores da instituição responsáveis

pelas disciplinas vinculadas à atividade e dois alunos do curso de Graduação em

Direito com experiência em competições nacionais e internacionais nesse

formato.

Durante a competição e antes da final, a comissão organizadora da Civil Court,

formada por integrantes do LEAD e professores convidados, realizou atividades

preparatórias destinadas aos alunos e jurados envolvidos no projeto, dentre elas

uma roda de conversa sobre Direito e Atualidades, baseada no tema “aspectos

jurídicos da barriga de aluguel” e uma reunião destinada ao treinamento dos

jurados, em que as alunas do décimo período, Ana Carolina Boldrini e Beatriz

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Fraga, relataram suas experiências em competições internacionais baseadas no

sistema Moot Court. Além disso, os membros da Sociedade de Debates da FDV

também se envolveram no evento, atuando como jurados na fase classificatória.

Ao todo, 192 estudantes do segundo e do terceiro períodos participaram do

projeto Civil Court. Mais informações sobre a atividade podem ser encontradas

neste link: http://www.fdv.br/civilcourt e no anexo VIII deste relatório.

7. LER LIBERTA

Neste ano de 2017 foi idealizado o Projeto de Extensão Ler Liberta, com objetivo

geral de possibilitar aos reeducandos do Sistema Penitenciário a oportunidade

da remição de pena, através da leitura e confecção de resenha crítica. O projeto

foi aprovado pela SEJUS e será iniciado em fevereiro de 2018, com a

participação de graduandos da FDV, sob coordenação da Profa. Juliana Ferrari.

Segundo o critério da Recomendação 44 de 26/11/2013, o apenado tem o prazo

de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias para a leitura do livro, apresentando ao final

do período resenha a respeito do assunto. Fica a cargo da FDV providenciar os

livros para serem usados no projeto.

O projeto será desenvolvido em três encontros por turma, como segue:

Primeiro encontro: Haverá a entrega da obra e informações básicas

referente ao projeto, bem como orientações sobre leitura e interpretação

de texto.

Segundo encontro: Produção de texto e respostas objetivas sobre obra.

(Este poderá ser provido pela unidade prisional, uma vez que trata-se

apenas da produção textual.) Após a produção dos textos a instituição

parceira avaliará os trabalhos produzidos, observando os aspectos

relacionados à compreensão e compatibilidade do texto com o livro

trabalhado.

Terceiro encontro: Acontecerá roda de debate referente a obra e as

redações produzidas, buscando refletir sobre os aspectos positivos que

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possam contribuir para reinserção social do leitor e os pontos que

precisam ser melhorados nas produções.

O resultado será enviado pela Unidade Prisional, por Ofício, ao Juiz da Execução

Penal, para que este decida sobre o aproveitamento a título de remição da pena,

desde que o referido apenado alcance a média mínima de aprovação 6,0, numa

escala de 0,0 à 10,0.

Conforme for avaliada a necessidade, a metodologia de aplicação do projeto

poderá ser ajustada, desde que as partes envolvidas estejam em consenso.

A parceria para execução do projeto será da participação e colaboração

voluntária da FDV com a SEJUS. Onde FDV deverá:

I. Selecionar o(s) acadêmico(s)/voluntário(s) para a acompanhar o

desenvolvimento do Projeto de Remição pela Leitura nas unidades

prisionais;

II. Fornecer, na medida do possível, materiais necessários para a execução

do projeto;

III. Selecionar, em conjunto com os parceiros, as obras que serão utilizadas

no projeto;

IV. Avaliar a produção literária dos participantes do projeto a fim de subsidiar

o judiciário na concessão da remição de pena;

V. Comunicar à Direção da Unidade Prisional quaisquer anormalidades,

decorrentes de atos dos internos inseridos no projeto, tais como

indisciplina e ausências sem justificativa, dentre outras ocorrências, por

meio de registro em folha de ocorrência a ser disponibilizada pela SEJUS;

VI. Manter efetiva comunicação com a SEJUS, objetivando a celeridade das

demandas apresentadas pelas partes, garantindo a satisfação da

parceria;

VII. Fomentar ações que busquem a ampliação do acervo utilizado no projeto;

Enquanto a SEJUS deverá, por meio da:

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Unidade Prisional

I. Submeter os presos à avaliação da Comissão Técnica de Classificação –

CTC, que definirá aqueles que irão participar do Projeto de Remição pela

Leitura, de acordo com as especificidades adotadas pela unidade

prisional;

II. Selecionar, em conjunto com os parceiros, as obras que serão utilizadas

no projeto;

III. Dar todo suporte necessário aos envolvidos na parceria, afim de garantir

o bom andamento do projeto;

IV. Comunicar à Gerência de Educação e Trabalho - GET, o desenvolvimento

do projeto;

V. Disponibilizar espaços adequados para o desenvolvimento das atividades

propostas pelo projeto;

VI. Providenciar todo material que for necessário para avalição das resenhas,

bem como as fichas para aferição da remição de pena;

VII. Orientar os parceiros quanto aos procedimentos de segurança para o

desenvolvimento do projeto;

Gerência de Educação e Trabalho nas Prisões:

I. Acompanhar todo o processo de parceria entre a FDV e a SEJUS durante

a vigência do presente Termo de Cooperação;

II. Selecionar, em conjunto com os parceiros, as obras que serão utilizadas

no projeto;

III. Manter diálogo com os parceiros acerca do andamento do Projeto

buscando, na medida do possível, aprimorar as atividades desenvolvidas;

IV. Fomentar ações que busquem a ampliação do acervo utilizado no projeto.

Meta Especificação

Duração

Inicio Term.

1 Assinatura do Termo de Cooperação 11/2017 12/2017

2 Reunião de Planejamento para

execução do Projeto 01/2017 01/2017

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3 Início do Projeto 02/2018 02/2019

4 Reuniões trimestrais para

acompanhamento e avaliações 03/2017 12/2019

8. CAFÉ, DIREITO E LITERATURA

O Café, Direito & Literatura é um projeto de extensão desenvolvido desde 2008

e tem como objetivo central aprofundar as interfaces existentes entre o Direito

e a Literatura.

A atividade está ligada ao Grupo de Pesquisa Teoria Crítica do

Constitucionalismo do Programa de Pós-Graduação em Direitos e Garantias

Fundamentais da Faculdade de Direito de Vitória (PPGD/FDV). Nesse sentido,

possibilita a abertura de um novo campo para a realização de estudos e

pesquisas jurídicas e difunde, mediante o diálogo entre as comunidades

acadêmicas do Direito e da Literatura, a reflexão acerca da capacidade da

narrativa literária auxiliar os juristas na árdua tarefa de

compreender/interpretar/aplicar o direito, relacionando ficção e a realidade social

e jurídica.

A atividade contribui para a expansão dos horizontes culturais e para a

ampliação da capacidade interpretativa bem como da habilidade na escrita

(elaboração de textos) de todos os que participarem dos eventos. Também,

possibilita, uma comunicação entre diferentes disciplinas sob diferentes olhares,

a partir do diálogo entre docentes e discentes da FDV e de outras Faculdades e

interessados em geral.

A atividade desenvolve-se em encontros agendados em ambientes culturais

como livrarias, cafés ou em algum espaço para eventos que ofereçam as

condições necessárias para a realização de diálogos e debates de maneira

informal, que giram em torno de uma obra previamente escolhida. A atividade foi

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concebida e é coordenada pelo professor Dr. Nelson Camatta Moreira e conta

com a participação de professores do curso de direito, além de outros

convidados e interessados das mais diversas áreas que compõem o círculo de

debate.

O encontro objetiva, especialmente, uma aproximação entre o mundo jurídico e

a sociedade em geral (pessoas qualquer idade, formação ou condição) na

literatura. Além disso, este projeto também se relaciona com a pesquisa e o

ensino na FDV na medida em que proporciona, a partir de seus debates e troca

de ideias, frutos como: elaboração de textos acadêmicos (artigos, monografias,

dissertações e teses) e tópicos para discussão do direito em seu processo de

aprendizagem dentro e fora de uma sala de aula.

No ano de 2017, aconteceram as seguintes edições:

8.1 31º ENCONTRO – COM O LIVRO “DESONRA”

O 31º Encontro Café, Direito e Literatura da FDV foi realizado no dia 31 de março

de 2017, às 15 horas, no Terra Nova Café, em Vitória, e fez reflexões sobre a

obra Desonra, do autor sul-africano J.M. Coetzee premiado com o Nobel de

Literatura.

O requisito para participar do encontro, é realizar a leitura da obra que procura

investigar as relações entre as classes, os sexos, as raças, tratando dos choques

entre um passado de exploração e um presente de acerto de contas, entre uma

cultura humanista e uma situação social explosiva.

Para a participação no encontro, alunos da FDV, egressos e público externo

puderam se inscrever através de links abaixo. As vagas foram limitadas a 10

para egressos e público externo e 25 para alunos da FDV.

De acordo com o professor e coordenador do Projeto, Nelson Camatta Moreira,

a primeira edição de 2017 seguiu em seu formato tradicional com o debate sobre

uma obra literária e todos os seus reflexos no Direito, na Filosofia, Psicanálise,

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Sociologia, dentre outras áreas, sempre com um apelo para as discussões sobre

as crises do nosso mundo e as possibilidades de enfrentamentos e respostas.

“Além dos parceiros tradicionais do Projeto, a partir de 2017, o evento também

será apoiado pelo Grupo de Pesquisa CNPq-FDV “Teoria Crítica do

Constitucionalismo”, o que será um “plus” para as pesquisas do PPGD da nossa

IES, conectando, como uma atividade de extensão, a graduação, o mestrado e

o doutorado da FDV com outras Escolas, Instituições e pessoas de diferentes

formações e idades”, disse.

8.2 32º ENCONTRO – COM O LIVRO “O TRIBUNAL DA

QUINTA-FEIRA”

O 32º encontro do Projeto Café, Direito e Literatura da FDV foi realizado no dia

19 de maio de 2017, durante o evento “Psicanálise e Arte: o invisível, o invisível,

o irrepresentável”, que conta com o apoio da FDV por meio do Grupo de

Pesquisa CNPQ Teoria Crítica do Constitucionalismo.

O evento, organizado pela Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória, foi

realizado nos dias 19 e 20 de maio, no auditório da Rede Gazeta e contou com

a presença do autor do ivro tema do Café, Tribunal da Quinta-Feira, o jornalista

e escritor Michel Laub.

Neste encontro, por se tratar de um evento externo, os interessados tiveram que

se inscrever na Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória. Houve desconto

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para estudante (com preço de valor antecipado) para os frequentadores do Café.

A inscrição deu direito a participação nos dois dias do evento.

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8.3 33º ENCONTRO – COM O LIVRO “OS AFOGADOS E OS

SOBREVIVENTES: OS DELITOS, OS CASTIGOS, AS PENAS, AS

IMPUNIDADES”

O 33º Encontro Café, Direito e Literatura da FDV foi realizado no dia 22 de

setembro de 2017, às 15 horas, no Terra Nova Café, em Vitória, e fez reflexões

sobre obra: “Os afogados e os sobreviventes: Os delitos, os castigos, as penas,

as impunidades”, do autor Primo Levi.

O requisito para participar do encontro, é realizar a leitura da obra, em que Primo

Levi, vítima do nazismo e ex-prisioneiro de Auschwitz, faz, com sua literatura de

testemunho, um verdadeiro libelo contra o Holocausto e todas as suas terríveis

consequências aos direitos humanos.

De acordo com o professor Nelson Camatta Moreira, organizador do evento e

idealizador do projeto, “trata-se de um verdadeiro registro de memória contra

todos os horrores do passado e um alerta para os riscos que sempre corremos

diante de constantes ameaças totalitárias e diante de diversas violações de

direitos humanos. Como adverte o autor italiano: poucos países podem dizer-se

imunes em relação a uma futura onda de violência, gerada pela intolerância, pela

vontade de poder, por razões econômicas, por fanatismos religiosos ou políticos,

por atritos raciais. É preciso, pois, despertar nossos sentidos, desconfiar dos

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profetas, dos ilusionistas, daqueles que dizem e escrevem ‘belas palavras’ não

apoiadas por boas razões”.

O objetivo do 33º encontro foi discutir o significado e as consequências

perniciosas do nazismo e de todos os discursos de ódio do passado e do

presente que negam a igualdade, pregam a intolerância, o ódio, o racismo e

todas as formas de violação da dignidade humana.

Para a participação no encontro, alunos da FDV, egressos e público externo

puderam se inscrever através de links. As vagas foram limitadas a 25 alunos da

FDV e 20 egressos e público externo.

8.4 34º ENCONTRO – COM OS CONTOS “FUNES”, “O

MEMORIOSO” E “LOTERIA NA BABILÔNIA”

O 34º Encontro Café, Direito e Literatura da FDV foi realizado no dia 17 de

novembro de 2017, às 15 horas, no Terra Nova Café, em Vitória, onde foram

debatidos os contos Funes, O Memorioso e Loteria na Babilônia, de Jorge Luis

Borges.

O requisito para participar do encontro, é realizar a leitura das obras. Para a

participação no encontro, alunos da FDV, egressos e público externo puderam

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se inscrever através de links. As vagas foram limitadas a 25 para alunos da FDV

e 20 para egressos e público externo.

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ANEXOS DISPONÍVEIS NO RELATÓRIO ORIGINAL:

ANEXO I – ATAS DE REUNIÃO DA COMISSÃO DE SUSTENTABILIDADE

ANEXO II – ATAS DE REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO

CONSTITUIÇÃO NO CONCRETO

ANEXO III – PROJETO DE ARTIGO DA ALUNA MARIANA MENDES

BARROS, DERIVADO DO PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE ASFALTO

ECOLÓGICO

ANEXO IV – ATA DE REUNIÃO (01/06/2017) DA AÇÃO INFOBUSÃO COM O

VEREADOR ROBERTO MARTINS

ANEXO V – MATERIAL DAS AUDIÊNCIAS SIMULADAS DO LEAD

ANEXO VI – MATERIAL DA SALA DE AULA INVERTIDA DO LEAD

ANEXO VII – REGULAMENTO DA GINCANA JURÍDICA DO LEAD

ANEXO VIII – MATERIAIS DA ATIVIDADE CIVIL COURT DO LEAD