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Relatório Anual 2016

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Relatório Anual

2016

Missão A instituição e operação de planos de previdência que atendam às expectativas dos participantes, assistidos,

patrocinadores e instituidores.

Visão de Futuro Previdência como garantia de qualidade de vida e segurança

Valores Organizacionais Comprometimento, Ética, Excelência, Foco nos Resultados, Respeito em todas as Relações, Sustentabilidade e

Transparência.

Índice

APRESENTAÇÃO

Mensagem do Diretor-Presidente ........... 5

Institucional ............................................. 6

Governança ............................................. 7

Comunicação ........................................... 8

GESTÃO

Previdencial ..............10

Financeira .................18

Administrativa ..........24

ANEXOS

Política de Investimentos ............................................... 27

Demonstrativos de Investimentos .................................. 43

Comparativo de Rentabilidade ....................................... 47

Composição da Administração dos Recursos .................. 48

Demonstrações Contábeis .............................................. 52

Avaliação Atuarial ........................................................... 94

Parecer do Conselho Fiscal ............................................108

Aprovação das Contas pelo Conselho Deliberativo ........109

1

2

3

Relatório Anual 2016 5

Mensagem do Diretor-Presidente

Cedo em nossas vidas, somos levados a aprender que situações de crise podem gerar oportunidades para preciosas transformações. Essa é também a expectativa que ora nos anima a enxergar com otimismo muitas das dificuldades vivenciadas pelo país nestes tempos de instabilidade econômica e política, aparentemente agravadas ao longo de 2016.

Num contexto de escassa cultura previdenciária, os elementos de crise, desde que não se tornem crônicos, revelam-se extremamente importantes para devolver racionalidade e segurança à governança e à gestão macroeconômicas, numa sequência autoimposta pela realidade fática, da qual o florescimento da consciência não costuma prescindir.

Em decorrência, principalmente, de nossa dinâmica demográfica e da estrutura paramétrica para a inatividade, hoje temos no Brasil uma trajetória insustentável de gastos previdenciários, como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, apontando para quantitativo futuro de beneficiários largamente superior ao de contribuintes, evidência maior de desequilíbrio entre ingressos e saídas do sistema.

Tal situação, por sua gravidade e urgência, ao tempo em que conduz com intensidade inédita ao debate da questão previdenciária por quase todos os segmentos organizados da sociedade brasileira, remete, também com força sem precedentes, à previdência complementar, crescentemente reconhecida como parte significativa da solução para aquele desequilíbrio. Vai-se consolidando, assim, na esteira da crise, a percepção de que o complemento de poupança, viabilizado de modo especial pela mudança de cultura, e decorrente do esgarçamento ao limite das condições financeiras, é absolutamente central no planejamento das famílias.

Como consequência, à medida que essa percepção adquire dimensão maior, em boa parte por tudo o que vimos acontecer no exercício ora encerrado, acumulam-se as razões para esperarmos pelo aumento mais firme do interesse por fundos de previdência complementar que, geridos com responsabilidade e competência técnica, exibam resultados consistentes e contínuos para a rentabilidade e a segurança dos seus investidores.

É certo que as dificuldades que trouxeram inquietude e preocupação no período deverão, elas mesmas, gerar as iniciativas necessárias a horizonte ainda mais promissor para os fundos de previdência complementar, levando-nos, muito provavelmente, a considerar o ano de 2016 como um marco.

No exercício findo, a Fundação logrou alcançar patrimônio consolidado de R$ 6,9 bilhões, tendo atingido rentabilidade de 17,25% para o Plano Básico de Benefícios - PBB; de 18,49% para o Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC, superando assim a meta atuarial; e 14,27% para o Plano de Contribuição Definida - PCD.

Esse desempenho foi obtido preservando a máxima segurança dos investimentos, o pontual pagamento de todas as obrigações, principalmente dos benefícios e da distribuição corrente de superavit em favor de participantes, assistidos e patrocinadores, não obstante as restrições de conjuntura econômica adversa, refletidas na elevada volatilidade do mercado de renda variável e nos riscos naturais do quadro geral de redução da renda e do volume de negócios.

Nessas condições, a avaliação qualitativa dos resultados de 2016 é, sob qualquer aspecto, amplamente favorável aos órgãos estatutários e ao corpo funcional da Centrus, a seu desempenho técnico e profissional, evidenciando o cumprimento de sua missão assistencial em todos os níveis.

Relatório Anual 2016 6

Institucional

A Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus, cuja história de 36 anos patenteou a sua colocação de importante player no segmento de previdência complementar, administra atualmente três planos de benefícios, sendo o Plano Básico de Benefícios - PBB e o Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC categorizados como de Benefício Definido - BD e o Plano de Contribuição Definida - PCD, classificado como de Contribuição Definida - CD.

Localização e Contatos

SCN - Quadra 2 - Bloco A - 8º andar

Ed. Corporate Financial Center

70712-900 - Brasília (DF)

Fone: +55 (61) 2192-1414

Fax: +55 (61) 2192-1574

Atendimento: 0800 704 0494

(Ligação gratuita de telefone fixo, do Brasil)

Página na internet: www.centrus.org.br

Relatório Anual 2016 7

Governança

O modelo de governança corporativa da Fundação compreende as melhores práticas, tendo como pilares a responsabilidade, a ética, a transparência, a equidade, a prestação de contas e o equilíbrio das decisões estratégicas.

Na Centrus, a estrutura organizacional conta com três órgãos estatutários: o Conselho Deliberativo, composto por três membros indicados pelo patrocinador Banco Central, incluindo o presidente, e três eleitos por participantes e assistidos; a Diretoria-Executiva, indicada pelo Conselho Deliberativo; e o Conselho Fiscal, com dois integrantes eleitos, dentre eles o presidente, e dois indicados pelo patrocinador Banco Central.

Além disso, há comitês instituídos com o objetivo de subsidiar as decisões da gestão.

Conselho Deliberativo

Tulio José Lenti Maciel Presidente

Daso Maranhão Coimbra

Diego da Silva Vencato

Fernando de Oliveira Ribeiro

Jaime Alves de Freitas

Walter Gomes de Oliveira

Conselho Fiscal

Cristiane Gonçalves Carvalho Presidente

Antônio Torquato dos Santos

Dawilson Sacramento (até 7 de dezembro de 2016)

Harold Paquete Espinola Filho

Jaildo Lima de Oliveira (a partir de 8 de dezembro de 2016)

Diretoria-Executiva

Altamir Lopes Diretor-Presidente

(a partir de 29 de junho de 2016)

Helio Cesar Brasileiro Diretor-Presidente

(até 28 de junho de 2016)

Antonio Francisco Bernardes de Assis

Eduardo de Lima Rocha (a partir de 29 de junho de 2016)

Jefferson Moreira (até 28 de junho de 2016)

José Antonio Marciano

Comitês

Comitê de Investimentos e Gestão - CIG

Comitê de Aplicações - CAP

Comitê de Ética da Centrus

Comitê de Comunicação e de Educação

Financeira e Previdenciária - Cofip

Relatório Anual 2016 8

Comunicação

A comunicação assume papel estratégico nas organizações modernas, constituindo-se em elemento indissociável dos processos de tomada de decisão, que a ela devem recorrer como elemento de coesão e de construção de identidade e de caminho para o futuro.

Nessa perspectiva, a Fundação conta com Política de Comunicação Institucional - PCI alinhada com o seu Planejamento Estratégico e desdobrada no Plano Anual de Comunicação, que apresenta ações direcionadas a todas as partes interessadas, observadas três linhas de orientação: ações de comunicação institucional, ações de comunicação interna e ações de comunicação com participantes e assistidos.

A premissa subjacente à construção da política é que a interlocução com os diferentes públicos deve considerar suas particularidades, suas expectativas e seus anseios.

Assim, além da já tradicional pesquisa anual de satisfação com participantes e assistidos dos planos de benefícios administrados, que visa a mensurar o grau de satisfação desse grupo, em 2016 foi realizada pesquisa qualitativa sobre questões previdenciárias com servidores ativos do Banco Central, da qual participaram 830 respondentes.

Os resultados de ambas as pesquisas visam, de um lado, a buscar-se o permanente aperfeiçoamento dos serviços e, de outro, a identificar os interesses das novas gerações em relação a planos previdenciários, bem como a fornecer subsídios para orientar a ação da Centrus no trabalho de prospecção direcionado a esse público.

Como veículos de divulgação das suas ações e resultados e de relacionamento com participantes e assistidos, a Fundação mantém página na internet, que traz comunicados de interesse de todos; Informativo Centrus, editado bimestralmente; Call Center, baseado na plataforma do sistema 0800; e atendimento presencial.

Esses mecanismos, além de levar informações e comunicar decisões colegiadas, objetivam captar os anseios e as necessidades de assistidos e participantes, de forma a obter-se a plena convergência de objetivos e concretizar o compromisso da Fundação de promoção da Comunicação como elemento de construção e de integração organizacional.

Relatório Anual 2016 10

Gestão Previdencial

Os bons resultados que vêm sendo obtidos nos planos de benefícios administrados pela Centrus, repetidos mais uma vez no exercício de 2016, demonstram que as ações empreendidas na gestão desse patrimônio, tão importantes para a segurança de seus participantes e assistidos, estão na direção correta.

Tal condição tem permitido a eles a oportunidade de desfrutar de uma confortável situação financeira, em ambiente no qual é possível, além de contar com os compromissos previdenciários cumpridos rigorosamente em dia, acessar os excedentes produzidos sob a forma de participação nos superavit dos planos estruturados na modalidade de benefício definido.

Em março de 2016, foi paga a última parcela da destinação do superavit de 2009 do PBB, no segundo processo conduzido no âmbito do Plano e que contou com o início de pagamentos no mês de setembro de 2013, quando da aprovação do assunto pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc.

Já em novembro seguinte, depois de contar mais uma vez com a concordância tanto do patrocinador Banco Central como do órgão fiscalizador, foi dado início ao pagamento do terceiro processo de destinação de superavit do PBB, dessa feita referenciada ao resultado registrado no exercício de 2012 e mantido estável no período de 2013 a 2015.

Dimensionada para ser paga aos assistidos em 36 parcelas mensais, essa última destinação, cujo processamento retroagiu a janeiro de 2016, conta com previsão de término dos pagamentos em dezembro de 2018.

Relativamente ao PBDC, a situação não é muito diferente. No período de janeiro a março, foram pagas as parcelas remanescentes da destinação do superavit de 2009 aos assistidos, enquanto os participantes puderam desfrutar da cobertura das contribuições devidas ao Plano realizadas com recursos provenientes do mesmo superavit e mantidos em fundos previdenciais constituídos com esse propósito.

Adicionalmente, a Previc encerrou, no mês de junho, o processo em que se examinava o pedido de reconsideração encaminhado pela Fundação no contexto da destinação do superavit de 2009 do PBDC, concluindo por manter a posição da autarquia quanto aos direitos dos participantes autopatrocinados relacionados às contribuições patronais por eles realizadas.

Diante dessa decisão, a Centrus procedeu, no mesmo mês, à distribuição dos recursos originalmente apartados da destinação em foco a todos os participantes do Plano, mediante pagamento integral aos assistidos das parcelas a eles destinadas e crédito complementar nos fundos previdenciais constituídos para dar cobertura às contribuições devidas pelo grupo de participantes, incluídos os próprios autopatrocinados.

Tendo ainda por referência as exigências formuladas pela Previc no processo em questão, e aproveitando o resultado de estudos desenvolvidos internamente nos últimos exercícios, foi protocolada em setembro, na Superintendência, proposta de ampla reformulação do regulamento do PBDC, abrangendo comandos objetivos para a realização de futuras destinações de superavit, proposição essa que contou com a aprovação do Conselho Deliberativo no início do mês de agosto.

Uma vez não terem sido aprovadas as mencionadas alterações regulamentares pela Previc até o encerramento do exercício, condição indispensável para a realização do processo de destinação do superavit registrado em 2012, foram constituídos dois fundos previdenciais para reservar as importâncias passíveis de distribuição entre os participantes e assistidos e a patrocinadora do Plano.

O PCD, por sua vez, organizado na modalidade de contribuição definida, distribui sistematicamente os resultados obtidos com a aplicação de seus recursos entre os participantes e assistidos, mediante valorização mensal da cota patrimonial, não estando sujeito, portanto, a processos de destinação de superavit ou de equacionamento de deficit.

Durante o ano de 2016, foram intensificadas as ações no sentido da efetivação de novas inscrições no PCD, com a realização de palestras e de entrevistas conduzidas por equipe da

Relatório Anual 2016 11

Fundação nas dependências do Banco Central em Brasília e nas regionais de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Porto Alegre e de Belo Horizonte. O êxito dessas iniciativas sinaliza para a continuidade dos trabalhos no próximo exercício, alcançando todas as unidades centrais e as representações do patrocinador ainda não visitadas.

Outras ações em 2016

I – Testes de aderência

Anualmente, são realizados testes de aderência das premissas e das hipóteses adotadas nas avaliações atuariais dos planos de benefícios sob administração. Os testes conduzidos no exercício com esse objetivo concluíram pela manutenção, em 2016, da maioria das premissas adotadas na avaliação atuarial de encerramento do exercício anterior, com recomendação de alteração apenas nos parâmetros a seguir:

PBB

a) elevação do fator de capacidade, saindo de 0,9771 para 0,9788;

PBDC

a) redução no índice de crescimento real de salários, passando de 3,67% a.a. para 3,29% a.a.;

b) aumento do fator de capacidade, de 0,9771 para 0,9789;

c) acréscimo de 0,5 ponto percentual na taxa de juros da meta atuarial, elevando-a de 4,0% para 4,5% a.a.; e

PCD

a) modificação na taxa de juros do índice de referência, de 4,0% para 4,5% a.a.

O quadro abaixo apresenta as principais premissas adotadas na avaliação atuarial de encerramento dos citados anos:

II – Recadastramento de participantes e assistidos

Com o objetivo de manter atualizada a base de dados dos planos de benefícios, medida exigida na regulamentação das entidades fechadas de previdência complementar e necessária para o adequado dimensionamento dos respectivos compromissos previdenciários, a Fundação deu início, em setembro de 2016, ao processo de recadastramento dos 2022 participantes e assistidos do PBB, do PBDC e do PCD. O encerramento do processo está previsto para se dar em março de 2017.

2015 2016 2015 2016 2015 2016

Crescimento

Benefícios do INSS

Real de benefícios

Real de salários 3,67% a.a. 3,29% a.a.

Fator de capacidade 0,9771 0,9788 0,9771 0,9789

Tábua

Mortalidade geral

Mortalidade de inválidos

Entrada em invalidez

Composição da família de pensionistas

Meta atuarial ou índice de referência

Indexador

Taxa de juros 4,0% a.a. 4,5% a.a. 4,0% a.a. 4,5% a.a.

ParâmetroPBB PBDC PCD

Não aplicável

AT-2000 M&F desagravada em 10%

0%

Não aplicável0%

IPCA

4,5% a.a.

GAM-71 M&F

Não aplicável Álvaro VindasNão aplicável

Família real, com ajustes

Relatório Anual 2016 12

III – e-Financeira

Cumprindo obrigação estabelecida pela Instrução Normativa nº 1.571, de 2 de julho de 2015, da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, a Centrus deu início, em maio, à remessa das informações financeiras registradas nos planos de benefícios que administra e previstas na declaração e-Financeira instituída pela norma. As informações são segregadas e individualizadas por número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e representativas do relacionamento do participante, do assistido ou de seus beneficiários com o plano de benefícios.

Desempenho das áreas de benefícios e de operações com participantes

PBB

Receitas e Despesas Previdenciais

A exemplo dos anos anteriores, não houve registro de receitas de contribuições para o Plano em 2016, em razão de os assistidos e o patrocinador estarem dispensados dessa obrigação desde fevereiro de 2008.

As despesas previdenciais, correspondentes à soma dos benefícios de responsabilidade do PBB, experimentaram crescimento de 7,2% no exercício.

Liberação de superavit

No exercício, foram executados dois planos de destinação de superavit: o primeiro, associado ao resultado registrado em 2009, que contou com a liberação das três últimas parcelas aos assistidos e ao patrocinador Banco Central nos meses de janeiro a março; e o segundo, referenciado ao saldo do superavit de 2012, cujo pagamento das parcelas começou em novembro.

O quadro a seguir detalha as importâncias colocadas à disposição dos assistidos e do patrocinador em 2015 e em 2016:

População

A população do Plano é composta por 1.378 assistidos, sendo 604 aposentados e 774 pensionistas. O grupo de aposentados experimentou redução de 41 assistidos no último ano, correspondente a 6,4%.

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Aposentadorias 178.007,0 185.502,8 4,2%

Pensões 122.547,3 136.755,0 11,6%

Abono de Natal 25.064,1 26.874,3 7,2%

Pecúlios 8.452,1 9.010,0 6,6%

Total das Despesas 334.070,5 358.142,1 7,2%

Em R$ mil

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Destinação de superavit 2009 444.724,8 90.100,1 -79,7%

Aposentados e Pensionistas 222.540,3 45.086,1 -79,7%

Patrocinador 222.184,5 45.014,0 -79,7%

Destinação de superavit 2012 - 203.223,1 -

Aposentados e Pensionistas - 101.699,0 -

Patrocinador - 101.524,1 -

Total 444.724,8 293.323,2 -34,0%

Destinação de Superavit 2009 e 2012

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 13

População por faixa etária

Carteira de Financiamentos

A carteira de financiamentos imobiliários, que se encontra fechada para novas operações, encerrou o ano com saldo de R$ 13,0 milhões e 317 contratos. Desde agosto de 2007, ocasião em que foi implantado o programa de repactuação para reequilíbrio dos contratos, a carteira apresentou o seguinte comportamento:

Em 2015, foram liquidadas 111 operações, envolvendo recursos da ordem de R$ 3,1 milhões. Dentre essas operações, trinta contaram com descontos de R$ 1,4 milhão, previstos nos programas de repactuação e de liquidação de 2007 e de 2012.

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Assistidos 1.419 1.378 -2,9%

Aposentados 645 604 -6,4%

Pensionistas 1/ 774 774 -

Dependentes 615 565 -8,1%

Total 2.034 1.943 -4,5%

1/ Corresponde a 699 grupos familiares.

dez/2016

M F M F

7 a 24 1/ - - 8 10 18

25 a 49 - - 6 15 21

50 a 54 - - 6 16 22

55 a 59 - - 3 17 20

60 a 64 4 3 3 38 48

65 a 69 8 2 2 64 76

70 a 74 24 2 1 79 106

75 a 79 140 6 1 120 267

80 a 84 169 14 5 143 331

85 a 89 128 17 2 147 294

90 a 94 68 3 4 69 144

95 a 99 16 - - 11 27

100 a 107 - - 1 3 4

Total 557 47 42 732 1.3781/ beneficiários temporários

Faixa etária

em anos

Assistidos

TotalAposentados Pensionistas

∆ %

Quantidade

(a)Valor

Quantidade

(b)Valor (b/a)

Contratos sem repactuação 2.583 271.756,7 104 4.096,4 -96,0%

Carteira própria 2.447 251.983,8 104 4.096,4 -95,7%

Carteira originada da Previ 136 19.772,9 - - -100,0%

Contratos com repactuação - - 213 8.945,7 -

Carteira própria - - 188 6.310,8 -

Carteira originada da Previ - - 25 2.634,9 -

Total da carteira 2.583 271.756,7 317 13.042,1 -87,7%

Carteira com Efeitos da Repactuação de 2007Em R$ mil

Discriminação

jul/07 dez/16

Relatório Anual 2016 14

Carteira de Empréstimos

Contrariando a tendência de encolhimento verificada em exercícios anteriores, a carteira de empréstimos apresentou crescimento de 8,9% nos saldos devedores, desempenho resultante, em grande parte, da renovação de operações já concedidas.

PBDC

Receitas Previdenciais

As receitas previdenciais do Plano no exercício, compreendendo a arrecadação de contribuições normais e extraordinárias de participantes e da patrocinadora Centrus, espelharam crescimento de 4,3% comparativamente às registradas no ano anterior.

Despesas Previdenciais

Por seu turno, as despesas previdenciais, equivalentes à soma dos benefícios de responsabilidade do PBDC, decresceram 26,1% no exercício, afetadas principalmente pela exclusão do benefício de auxílio-doença do rol de coberturas previstas no Plano, que passou a ser de responsabilidade do Plano de Gestão Administrativa - PGA e pela ocorrência, em 2015, sem repetição em 2016, de desligamento de participante com opção pelo recebimento do benefício temporário e pelo resgate das contribuições por ele vertidas ao PBDC.

Quantidade Valor Quantidade Valor

Liquidações 162 8.238,6 111 3.126,2

Amortizações - - - -

Repactuações 1/ 3 146,0 1 22,7

Desconto concedido 42 2.389,4 30 1.365,9

1/ Inclui contratos liquidados.

Discriminação2015 2016

Em R$ mil

Resumo de Ocorrências

Em R$ mil

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Valor da carteira 11.530,6 12.560,1 8,9%

Fluxo de prestações 5.948,0 5.583,2 -6,1%

Número de contratos 339 343 1,2%

Contratantes de empréstimos 240 229 -4,6%

Carteira de Empréstimos

Contribuições 2015 2016 ∆ %

Normais 2.833,7 3.045,2 7,5%

Participantes Ativos 757,2 832,5 9,9%

Centrus 1.461,7 1.595,2 9,1%

Autopatrocinados 614,8 617,5 0,4%

Extraordinárias 199,1 117,9 -40,8%

Participantes Ativos 90,6 34,2 -62,3%

Centrus 108,5 83,7 -22,9%

Total 3.032,8 3.163,1 4,3%

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 15

Liberação de superavit

Durante o ano, o plano de destinação de superavit relativo ao resultado registrado em 2009 permitiu a liberação das três últimas parcelas de benefício temporário aos assistidos e à patrocinadora nos meses de janeiro a março, e a continuidade de utilização de fundo previdencial vinculado a essa destinação para a cobertura de contribuições normais ao Plano, devidas nos doze meses do exercício pelos participantes e pela patrocinadora.

Em junho, parcela complementar da destinação do superavit de 2009 foi liberada para os participantes e assistidos, em valor correspondente ao direito relacionado às contribuições patronais recolhidas pelos participantes autopatrocinados no período e que se encontravam reservados em fundos previdenciais aguardando pronunciamento da Previc acerca do pedido de reconsideração formulado pela Fundação no contexto dessa destinação.

Os recursos colocados à disposição dos participantes e assistidos e da patrocinadora em 2015 e em 2016 estão explicitadas no quadro a seguir:

População

A população do PBDC é composta por dezoito aposentados, três pensionistas, quatro optantes pelo instituto do benefício proporcional diferido e 96 participantes ativos, dos quais 77 são empregados da Fundação e dezenove autopatrocinados.

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Aposentadorias 1.897,3 2.120,1 11,7%

Pensões 35,5 39,3 10,7%

Auxílio-doença 130,7 0,0 -100,0%

Abono de Natal 168,8 179,0 6,0%

Pecúlios - - -

Resgate 1/ 1.375,9 328,8 -76,1%

Total das Despesas 3.608,2 2.667,2 -26,1%

Em R$ mil

1/ pagamento de benefício temporário e resgate de contribuições

Discriminação 2015 1/ 2016 ∆ %

Benefícios temporários 4.500,3 1.717,1 -61,8%

Assistidos 1.714,4 96,5 -94,4%

Assistidos - Complemento 2016 - 1.462,1 -

Contrapartida liberada à patrocinadora 2.785,9 158,5 -94,3%

Contribuições normais 1.550,9 3.463,8 123,3%

Participantes 882,9 1.671,7 89,3%

Patrocinadora 668,0 1.792,1 168,3%

Total 6.051,2 5.180,9 -14,4%

Em R$ mil

1/ inclui complemento liberado em dezembro, decorrente da revisão do processo de destinação

Destinação de Superavit 2009

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Assistidos 19 21 10,5%

Aposentados 16 18 12,5%

Pensionistas 1/ 3 3 -

Participantes ativos 97 96 -1,0%

Vinculados à Centrus 80 77 -3,8%

Autopatrocinados 17 19 11,8%

Benefício Proporcional Diferido 3 4 33,3%

Dependentes 198 198 -

Total 317 319 0,6%

1/ corresponde a 3 grupos familiares

dez/2016

Relatório Anual 2016 16

População por faixa etária

Carteira de Financiamentos

A carteira de financiamentos imobiliários, que se encontra fechada para novas operações, encerrou o ano com saldo de R$ 104,2 mil e apenas quatro contratos. Desde agosto de 2007, quando foi implantado o programa de repactuação para reequilíbrio dos contratos, a carteira experimentou a seguinte redução:

Carteira de Empréstimos

No final do exercício, a carteira de empréstimos apresentou saldo de R$ 2,3 milhões, com elevação de 5,6% em relação aos valores registrados no encerramento do ano de 2015.

PCD

Receitas Previdenciais

As receitas previdenciais do Plano no exercício, compreendendo a arrecadação de contribuições normais e voluntárias, bem como as portabilidades de recursos, sofreram redução de 5,7% comparativamente às do ano anterior.

M F M F M F

33 a 49 27 26 - - 1 - 54

50 a 54 12 12 1 - - - 25

55 a 59 4 2 3 4 - 1 14

60 a 64 9 1 3 3 - - 16

65 a 69 4 - 2 1 - - 7

70 a 74 2 - 1 - - 1 4

75 a 76 - 1 - - - - 1

Total 58 42 10 8 1 2 121

dez/16

Faixa etária

em anos

Ativos e

Autopatrocinados

Assistidos

TotalAposentados Pensionistas

∆ %

Quantidade

(a)Valor

Quantidade

(b)Valor (b/a)

Contratos sem repactuação 26 1.802,9 1 5,1 -96,2%

Carteira própria 26 1.802,9 1 5,1 -96,2%

Contratos com repactuação - - 3 99,1 -

Total da carteira 26 1.802,9 4 104,2 -84,6%

Carteira com Efeitos da Repactuação de 2007Em R$ mil

Discriminação

jul/2007 dez/2016

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Valor da carteira 2.149,7 2.270,0 5,6%

Fluxo de prestações 997,0 1.001,0 0,4%

Número de contratos 105 107 1,9%

Contratantes de empréstimos 70 70 -

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 17

Despesas Previdenciais

As despesas previdenciais, representadas pelo somatório dos benefícios de responsabilidade do PCD, tiveram redução de 12,6% em relação às realizadas em 2015.

População

A população do Plano é composta por 171 aposentados, dois pensionistas, 390 participantes ativos e 788 dependentes.

População por faixa etária

Contribuições 2015 2016 ∆ %

Participantes Ativos 6.662,0 4.786,5 -28,2%

Assistidos (aposentados) 257,2 1.333,4 418,4%

Autopatrocinados 6,4 29,9 364,0%

Centrus 27,9 156,6 460,8%

Portabilidade 1.690,0 1.844,3 9,1%

Total 8.643,5 8.150,7 -5,7%

Em R$ mil

Despesas 2015 2016 ∆ %

Aposentadorias 7.867,0 8.450,2 7,4%

Pensões 1.779,8 45,4 -97,4%

Institutos (resgate e portabilidade) 214,9 123,5 -42,5%

Total das Despesas 9.861,7 8.619,2 -12,6%

Em R$ mil

Discriminação 2015 2016 ∆ %

Participantes ativos 354 390 10,2%

Assistidos 173 173 -

Aposentados 169 171 1,2%

Pensionistas 1/ 4 2 -50,0%

Dependentes 724 788 8,8%

Total 1.251 1.351 8,0%

1/ Corresponde a 3 grupos familiares.

dez/2016

M F M F M F

25 a 49 108 50 - - - - 158

50 a 54 40 12 - - - - 52

55 a 59 17 2 - 1 - - 20

60 a 64 43 22 25 10 - 1 101

65 a 69 44 17 40 14 - - 115

70 a 74 24 7 59 6 - 1 97

75 a 79 4 - 15 1 - - 20

Total 280 110 139 32 - 2 563

dez/16

PensionistasAposentados Total

AssistidosAtivoFaixa etária

em anos

Relatório Anual 2016 18

Gestão Financeira

Conjuntura

Doméstica

Em 2016, o panorama político-econômico do Brasil continuou frágil e incerto. A queda da renda, com consequências importantes no campo social, contribuiu para o aumento da recessão, que já estava presente desde o ano anterior.

Além disso, o processo de impeachment da presidente da República, a abrangência e a celeridade da operação Lava-Jato e os choques recorrentes entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo aumentaram a imprevisibilidade da economia.

A crise econômica não agravou apenas as contas do governo federal. Com a forte queda da arrecadação, os estados tiveram dificuldade em honrar compromissos, o que se refletiu em atrasos no pagamento de salários a servidores públicos e na deficiente prestação de serviços básicos, como saúde e segurança.

Para conter o crescimento dos gastos obrigatórios, que não podem ser contingenciados, o governo apresentou Proposta de Emenda à Constituição - PEC nº 241, a qual estabeleceu teto para os gastos públicos, vinculando-os à inflação do ano anterior pelos próximos vinte anos.

No que se refere à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA encerrou o ano próximo ao limite superior do intervalo fixado pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, de 6,5%, registrando alta de 6,29% no exercício, ainda que o hiato do produto, que mede o quanto a economia está distante de seu potencial, tenha se mostrado mais aberto, atuando como força baixista para a inflação.

Com a desaceleração das expectativas para a inflação e a recessão econômica, o Banco Central, nos últimos meses do ano, flexibilizou a política monetária ao reduzir a taxa Selic para 13,75% a.a., com queda de 0,50 p.p.

Sobre o desempenho do mercado acionário, o rendimento superou as expectativas mais otimistas, em face do aumento do apetite do investidor por ativos de risco, mesmo que tenha prevalecido notícias negativas sobre a economia brasileira e incertezas no âmbito externo.

Internacional

A economia mundial apresentou elevada instabilidade em 2016, destacando como principais catalizadores a saída do Reino Unido da zona do Euro, a elevação da taxa básica de juros e a eleição para presidente nos Estados Unidos e o aumento das incertezas em relação ao crescimento chinês.

A saída do Reino Unido da União Europeia, que se mostrou o principal elemento de incerteza no ano, e que causou, num primeiro momento, impacto no mercado financeiro, dissipou-se em curto prazo de tempo, basicamente devido à pronta resposta dos principais bancos centrais, que sinalizaram ampla disposição para atuar no caso de necessidade.

Já o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, de 0,50% para 0,75% a.a. em dezembro, revestiu-se de menor impacto, uma vez que o mercado passou a precificar elevação, diante do inesperado resultado das eleições naquele país, com a vitória de Donald Trump.

Na China, houve sinalização do governo no sentido da tolerância a possível crescimento mais baixo nos próximos anos, abrindo espaço para pretensas redução da dependência das exportações e dos investimentos apoiados pelo Estado, bem assim, para a aposta no consumo interno como principal motor de crescimento.

Relatório Anual 2016 19

Resultado

PBB

De forma harmônica com o nível de maturidade financeira, os recursos garantidores do Plano foram mantidos, na maior parcela, em títulos públicos, principalmente Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B, de sorte a reduzir o risco de descasamento de retorno em relação ao exigido na correção do passivo atuarial.

Composição dos Investimentos

em relação ao Patrimônio

R$ milhões

Rentabilidade

A despeito da forte volatilidade dos mercados financeiro e de capitais, motivada pela insegurança político-econômica no Brasil, o PBB apurou rentabilidade 55,7% acima da meta atuarial, evidenciando a assertividade da gestão no que concerne à alocação dos recursos.

Comparativo de rentabilidade

Ainda que a renda fixa tenha garantido bom retorno e responda por importante parcela do patrimônio, a maior contribuição para o resultado adveio do segmento de renda variável, que apresentou excelente rendimento, refletindo a recuperação de preço das ações da Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras, da Vale S.A. e do Banco do Brasil S.A.

Carteira Própria90,8% R$ 5.273,7

82,9%

R$ 361,55,7%

R$ 116,1 1,8%

R$ 25,6 0,4%

Operações com Participantes

Imóveis

Renda Variável

Renda Fixa

CarteiraTerceirizada

4,5% R$ 287,1 4,5%

R$ 2,40,04%

Investimento Estruturado

FIRF

Relatório Anual 2016 20

Comparativo de rentabilidade

O bom retorno dos ativos em bolsa não se fez sentir na receita advinda de remuneração aos acionistas e de empréstimo de ações, com decréscimo de 51,4% e 66,5%, respectivamente, comparativamente aos valores obtidos em 2015, evidenciando o menor lucro das companhias e o decréscimo da participação em renda variável, com menor quantidade de papéis disponibilizados para empréstimo.

Quanto à carteira de imóveis, a reavaliação efetuada acarretou excelente rendimento, superando a variação da meta atuarial.

No segmento de operações com participantes, os acordos para o reequilíbrio dos contratos e a aplicação dos parâmetros de liquidação dos mútuos, que redundaram em reversão de provisões, garantiram a significativa rentabilidade de 26,56% no exercício.

PBDC

A estratégia de manter no portfolio do Plano ativos com maturação de médio e de longo prazos foi mantida em 2016, em decorrência da menor necessidade de capital de curto prazo para fazer face ao pagamento de benefícios.

Vale mencionar a política de se preservar recursos necessários ao cumprimento das exigibilidades em renda fixa, notadamente títulos públicos, resguardando, desta forma, a solvência do PBDC.

Relatório Anual 2016 21

Composição dos Investimentos

em relação ao Patrimônio

R$ milhões

Rentabilidade

O ambiente de incerteza que se fez presente na economia brasileira ao longo do ano mostrou-se de pouco impacto para os ativos de renda variável, contribuindo para o bom retorno do Plano, que apurou rentabilidade 75,3% acima da meta atuarial no período.

Comparativo de rentabilidade

Cabe destacar o substancial aumento de preço das ações da Petrobras, da Vale e do Banco do Brasil, com contribuição no expressivo desempenho da carteira de ações.

Ainda que o ambiente tenha sido de elevação de preço dos ativos em bolsa, a conjuntura adversa à geração de lucro das empresas resultou em menor receita advinda de remuneração aos acionistas, com decréscimo de 29,2% no exercício. Quanto à receita de empréstimos, da mesma forma, observou-se queda de receita.

Carteira Própria93,5% R$ 323,9

77,5%

R$ 61,814,8%

R$ 3,1 0,7%

R$ 2,4 0,5%

Operações com Participantes

Imóveis

Renda Variável

Renda Fixa

CarteiraTerceirizada

2,8% R$ 11,6 2,8%

R$ 0,10,02%

Investimento Estruturado

FIRF

Relatório Anual 2016 22

No segmento de renda fixa, o resultado mostrou-se pouco aquém da taxa Selic, como reflexo da alocação em NTN-B, cujo retorno mostrou-se menor.

Sobre a carteira de imóveis, o maior apreçamento dos bens, decorrente da reavaliação efetuada, redundou em bom retorno ao segmento, superando a meta atuarial.

Nas operações com participantes, o desempenho não foi diferente, situando-se em 14,61% no ano, acima do índice de correção do passivo.

PCD

A situação de maior desembolso do Plano requereu da gestão atenção especial, de sorte a manter em carteira ativos com boa liquidez e menor risco, observada a necessidade de elevar-se a rentabilidade. Nesse cenário, os recursos do PCD foram alocados, substancialmente, em títulos públicos.

Relatório Anual 2016 23

Composição dos Investimentos

em relação ao Patrimônio

R$ milhões

Rentabilidade

Não obstante as incertezas no cenário econômico, os ativos de renda variável apresentaram excelente resultado, contribuindo para que o Plano apurasse rentabilidade 35,26% acima do índice de referência.

Comparativo de rentabilidade

No que se refere ao segmento de renda fixa, cuja contribuição também foi positiva frente ao Índice de referência, o desempenho somou 13,41% no exercício.

Em termos de caixa, o investimento em ações garantiu fluxo de R$ 640,2 mil, a título de dividendos e de juros sobre o capital próprio - JCP.

Carteira Própria96,2%

R$ 132,8 84,0%

R$ 19,212,2%

Renda Variável

Renda Fixa

CarteiraTerceirizada

3,0% R$ 4,8 3,0%

FIRF

Relatório Anual 2016 24

Gestão Administrativa

No ano de 2016, a Centrus desenvolveu suas atividades sob a administração de recém-nomeada Diretoria-Executiva, já que os cargos de Diretor-Presidente – Presi e de Diretor de Controle, Logística e Informação – Diaco receberam novos titulares, alterando, assim, parte significativa de sua composição nominal.

Em consequência dessa renovação, o exercício findo pode ser visto como de transição natural às orientações que se mostram adequadas às novas circunstâncias do mercado assistencial previdenciário, e também ao contexto econômico e financeiro do país.

Muito embora haja observância à indispensável medida de continuidade em relação aos objetivos institucionais e às linhas gerais de política, bem como aos instrumentos práticos de seu funcionamento, a Fundação empreendeu, no período, boa parte das iniciativas cuja conclusão ocorreu apenas em 2017, entre estas, a preparação para o enunciado de um novo enfoque para a Comunicação, assim como o planejamento para equacionar necessidades de tecnologia da informação destinadas, por um lado, a ampliar o universo de participantes e, por outro, a garantir a eficácia de processos de trabalho em franca expansão. Por outro lado, deu-se prosseguimento às recomendações do Planejamento Estratégico 2015/2018, refletindo a necessária linha de consistência dos atos operacionais e de gestão que devem nortear a boa técnica administrativa.

Como destaques do período, menciona-se a iniciativa de maior aproximação técnica com o patrocinador Banco Central, mediante encontros regulares para discussão de assuntos diversos do temário institucional comum, associada a medida gerencial de intensificação sistemática da divulgação dos planos de benefícios administrados, da qual vem resultando crescente incremento do número de adesões, a demonstrar que ações dessa natureza precisam assumir caráter de prática reiterada, focadas na consolidação da indispensável cultura previdenciária.

Quadro Funcional

Com vistas a manter inteira sintonia com os anseios do quadro técnico, e alçar-se ao nível das mais atualizadas práticas de gestão de pessoas, a Centrus concluiu, em 2016, amplo trabalho para desenho e implantação de novo modelo de Gestão por Competências, do qual resultou, entre outros elementos de modernização organizacional e relacional, ampla revisão da sistemática de avaliação de desempenho.

Em outra vertente das iniciativas de aprimoramento dos seus processos de trabalho, a Fundação promoveu 190 treinamentos, mediante eventos in company, cursos externos, workshops, seminários e congressos, perfazendo 29 horas de treinamento/ano, por empregado.

Atenta à necessidade de garantir qualidade permanente no desenvolvimento de suas atividades como gestora de planos de benefícios previdenciários, a Fundação concedeu subsídio à capacitação de doze colaboradores em curso superior, sendo dois em graduação e dez em pós-graduação, no âmbito do Programa de Auxílio-Educação.

O resultado de tais movimentos está espelhado no elevado nível de qualificação dos integrantes do corpo funcional, haja vista que 86% possuem nível superior, sendo que 67% detêm pelo menos uma especialização, pós-graduação ou mestrado, num total de 84 empregados, dos quais 46% do gênero feminino.

Ciente de suas responsabilidades sociais, a Centrus manteve no período cinco estagiários e dois menores aprendizes, de cuja formação participa desempenhando relevante papel como agente de transformação.

Convém mencionar, ainda, que a Fundação observa plenamente as determinações regulamentares atinentes à certificação de membros dos órgãos estatutários, com todos os integrantes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, bem como todos os componentes da Diretoria-Executiva e os gerentes que participam do processo decisório dos investimentos, certificados pelo Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social - ICSS.

Relatório Anual 2016 25

Ações Complementares

Conhecedora de que a educação se consubstancia no meio mais eficaz de construir uma sociedade inclusiva e justa, foram desenvolvidos cursos de informática e oficinas de smartphone para os participantes e assistidos dos planos de benefícios, com o objetivo de disseminar a utilização do computador e de equipamentos móveis, possibilitando maior acesso às informações disponíveis na página da Centrus na internet.

No total, foram constituídas seis turmas, com 77 participações, distribuídas nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

Com referência ao desenvolvimento tecnológico, buscou-se a melhora de performance a partir da aquisição de novos equipamentos.

Relatório Anual 2016 27

1. Política de Investimentos – 2017

A Política de Investimentos do PBB, do PBDC, do PCD e do Plano de Gestão Administrativa - PGA consiste na proposta de administração dos respectivos recursos garantidores, em que são estabelecidas as diretrizes para aplicação que atendam a diversificação compatível com a regulamentação emanada do Conselho Monetário Nacional - CMN, do Conselho Nacional da Previdência Complementar - CNPC e da Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc.

Consolidado

Plano Básico de Benefícios - PBB

Fundamentação da Política

De acordo com o fluxo financeiro do passivo atuarial, o PBB apresenta elevada maturidade financeira e atuarial, exigindo obrigatoriamente a observância de critérios de liquidez adequada e de menor risco nas aplicações.

Além disso, a construção de portfolio cujo fluxo de caixa tenha adesão perfeita ao desembolso do passivo (cash flow matching) mostra-se adequada.

Nesse aspecto, a estratégia de investimentos pauta-se na prevalência em NTN-B em montante correspondente às exigibilidades, o que assegura solidez financeira ao Plano.

Vale mencionar que o vencimento médio da carteira de títulos públicos, atualmente em 8,7 anos, praticamente iguala-se ao prazo médio de pagamento dos benefícios, de 8,5 anos, sendo pertinente apenas a adoção de estratégia para suprir os pequenos descasamentos verificados nos vértices em que não ocorre resgate de títulos públicos, bem como o cuidado para que as novas aquisições não aumentem significativamente o tempo médio de vencimento da carteira.

Para manter o equilíbrio frente aos compromissos atuais e futuros, os investimentos do PBB indispensavelmente terão que produzir, ao longo dos anos, rentabilidade compatível com a meta atuarial, equivalente à variação do IPCA acrescida de juros de 4,5% a.a.

Ativos

Renda Fixa 6.200,9 91,8% 6.070,4 91,9% 6.070,1 92,0% 6.156,7 92,6% 6.224,4 92,6%

Renda Variável 462,3 6,8% 441,4 6,7% 441,8 6,7% 405,1 6,1% 413,3 6,1%

Investimentos Estruturados 2,9 0,0% 2,9 0,0% 2,9 0,0% 2,9 0,0% 2,9 0,0%

Fundo de Investimento 2,9 0,0% 2,9 0,0% 2,9 0,0% 2,9 0,0% 2,9 0,0%

em Participações

Imóveis 59,7 0,9% 56,8 0,9% 53,9 0,8% 51,7 0,8% 53,9 0,8%

Operações com Participantes 26,2 0,4% 26,1 0,4% 24,5 0,4% 23,2 0,3% 22,9 0,3%

Outros1/ 5,7 0,1% 5,7 0,1% 5,7 0,1% 5,7 0,1% 5,7 0,1%

Recursos Garantidores 6.757,7 100% 6.603,3 100% 6.598,9 100% 6.645,3 100% 6.723,2 100%

1/ Disponível, provisão para dividendos, Juros sobre o Capital Próprio - JCP e realizável

20212017 2018 2019 2020

Em R$ milhões

Relatório Anual 2016 28

Alocação dos Recursos

Limites de Alocação dos Recursos – 2017

Segmento de Renda Fixa

Os recursos serão direcionados preferencialmente para títulos públicos, priorizando-se as NTN-B, em razão de serem indexadas ao IPCA, o que imuniza relevante parcela do patrimônio do PBB dos efeitos da inflação.

Os títulos públicos que compõem a carteira própria do Plano permanecerão contabilmente classificados como “mantidos até o vencimento”. Observado o fluxo do passivo atuarial, também poderão ser adquiridos títulos ”para negociação”, sujeitos à marcação a mercado, para suprir desencaixes de curto prazo e permitir estratégias de nível tático-operacional.

Aplicações de recursos em CDB, DPGE e LF também poderão ser igualmente realizadas, limitadas, no conjunto, a 5% dos recursos garantidores, com o objetivo de fazer face a desembolsos de curto e de médio prazos, na hipótese de o vencimento dos títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional e os correspondentes pagamentos de juros não se adequarem às necessidades do fluxo de caixa.

Quanto aos FIRF, a alocação restringe-se a montante suficiente para satisfazer as necessidades de caixa do PBB.

Segmento de Renda Variável

Em face do nível de maturidade do Plano, não estão previstos aportes de recursos em ações, apenas realocações, de sorte a preservar na carteira apenas ativos que denotem expectativas positivas de resultado, contribuindo para a incorporação de alfa no resultado do PBB.

Ativos

Renda Fixa 5.384,4 92,3% 5.179,6 92,5% 5.100,4 92,6% 5.098,3 93,5% 5.069,5 93,5%

Renda Variável 373,1 6,4% 347,8 6,2% 339,4 6,2% 293,6 5,4% 293,2 5,4%

Investimentos Estruturados 2,9 0,0% 2,9 0,1% 2,9 0,0% 2,9 0,1% 2,9 0,0%

Fundo de Investimento 2,9 0,0% 2,9 0,1% 2,9 0,0% 2,9 0,1% 2,9 0,0%

em Participações

Imóveis 44,5 0,8% 40,9 0,7% 37,4 0,7% 34,6 0,6% 36,1 0,7%

Operações com Participantes 22,5 0,4% 21,6 0,4% 19,4 0,4% 17,9 0,3% 17,4 0,3%

Outros1/ 5,5 0,1% 5,5 0,0% 5,5 0,1% 5,5 0,1% 5,5 0,1%

Recursos Garantidores 5.832,9 100% 5.598,4 100% 5.505,1 100% 5.452,7 100% 5.424,5 100%

Gestão Previdencial 17,4 17,4 17,4 17,4 17,4

Gestão Administrativa 295,2 319,5 342,8 364,5 383,8

Total do Patrimônio 6.145,4 5.935,2 5.865,2 5.834,6 5.825,8

Rentabilidade

Meta Atuarial (IPCA + 4,5% a.a.)

1/ Disponível, provisão para dividendos, Juros sobre o Capital Próprio - JCP e realizável

11,31% 11,30%

9,16%9,76% 9,33% 9,21% 9,16%

11,23% 10,84% 10,72%

2017 2018 2019 2020 2021

Em R$ milhões

Mínimo Alvo Máximo

Renda Fixa 73,9% 92,3% 99,0% 100,0%

Renda Variável 0,0% 6,4% 25,1% 70,0%

Investimentos Estruturados 0,0% 0,0% 0,0% 20,0%

Imóveis 0,7% 0,8% 2,1% 8,0%

Operações com Participantes 0,3% 0,4% 2,6% 15,0%

1/ em relação aos recursos garantidores

SegmentoAlocação em 2017

1/ Permitido

Resolução

CMN 3.792

Relatório Anual 2016 29

Além disso, poderão ocorrer operações de realização de ganhos e de giro1, com a finalidade de obter ganho de curto prazo e proteger a carteira de fortes oscilações do mercado.

Sobre as operações de giro, a reversão deverá ocorrer no prazo máximo de trinta dias, sendo obrigatória a estipulação de preço para stop loss, o que preserva o Plano de maiores perdas.

Na hipótese de mercado desfavorável, e não sendo atingido o preço de stop loss, a área técnica deve elaborar parecer, com justificativa e proposta de estratégia para a posição negociada.

Com o objetivo de atenuar impactos decorrentes da desvalorização de papéis em momentos de maior oscilação, serão realizadas operações de empréstimo de ações, limitadas a 70% da posição do papel e a prazo de até quarenta dias.

Segmento de Investimentos Estruturados

Em razão da maturidade do Plano, não foram consideradas novas alocações de recursos nessa modalidade de investimento. Atualmente, o PBB tem apenas uma aplicação em FIP, a qual permanecerá em carteira com representatividade de 0,1% do patrimônio, haja vista o delicado processo de fechamento, que engloba a solução de pendências judiciais.

Segmento de Imóveis

No segmento de imóveis, a política continua sendo a de desinvestimento, conforme Plano de Alienação de Imóveis - PAI iniciado em maio de 2006. Além disso, consideram-se reavaliações anuais.

Segmento de Operações com Participantes

A Centrus continuará com a política de conceder empréstimos aos assistidos do PBB, sendo esperada pequena redução dessa carteira nos próximos anos, haja vista que as amortizações deverão superar a demanda prevista por crédito.

Quanto aos financiamentos imobiliários, não serão concedidas novas operações, de modo que a participação na composição dos recursos tenderá a zero no longo prazo.

Expectativa de Rentabilidade

Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC

Fundamentação da Política

Em face do período de acumulação de reservas do Plano, a estratégia de investimento consubstancia-se na alocação de recursos em ativos de renda fixa e de renda variável com maturação de longo prazo.

Na carteira de renda fixa, não obstante a existência de descasamento de prazos entre a carteira de títulos públicos e o fluxo de pagamento dos benefícios, as aplicações objetivarão, ao longo do período, a cobertura integral dos valores necessários ao cumprimento das obrigações

1 Compra e venda de ativos associada a operação inversa em momento posterior.

Segmento 2017 2018 2019 2020 2021

Meta Atuarial (IPCA + 4,5% a.a.) 9,76% 9,33% 9,21% 9,16% 9,16%

PBB 11,23% 10,84% 10,72% 11,31% 11,30%

Renda Fixa 11,53% 11,02% 10,90% 10,82% 10,84%

Renda Variável 6,89% 8,08% 14,00% 19,93% 19,93%

Investimentos Estruturados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Imóveis 10,61% 10,31% 11,61% 9,44% 11,28%

Operações com Participantes 12,53% 11,59% 11,13% 10,82% 10,77%

Relatório Anual 2016 30

previdenciárias, dos exigíveis operacional e contingencial e dos fundos previdenciais, como forma de preservar a solidez do PBDC.

Nas alocações, especial atenção deverá ser dispensada aos vencimentos, de sorte que as aplicações realizadas propiciem ao Plano o recebimento de cupons nos vértices deficitários, por não haver oferta de papéis pelo Tesouro Nacional para diversos vencimentos de anos intermediários.

Como parte da estratégia de manter continuamente a solvência do PBDC, os investimentos deverão, no conjunto e ao longo do tempo, produzir rentabilidade compatível com a remuneração do passivo atuarial do Plano, estabelecida pela variação do IPCA acrescida de juros de 4,5% a.a.

Alocação dos Recursos

Limites de Alocação dos Recursos – 2017

Segmento de Renda Fixa

No segmento de renda fixa, os recursos serão direcionados preferencialmente para NTN-B, que, além de favorecer o Plano, com fluxo de recursos semestrais e possibilidade de realocações, contribuem para imunizá-lo da ocorrência de deficit, uma vez que o passivo é atualizado pelo mesmo indexador.

Não obstante a classificação contábil dos títulos públicos que compõem a carteira própria do PBDC ser pelo critério de “títulos mantidos até o vencimento”, poderão ser realizadas compras de títulos “para negociação”, no intuito de se cumprir desembolsos de médio prazo.

Também poderão ser realizadas aplicações de recursos em CDB, DPGE, LF e debêntures, limitadas, no conjunto, a 10% dos recursos garantidores do Plano.

Quanto aos FIRF, os valores alocados visarão o adequado cumprimento dos desembolsos de curto prazo.

Ativos

Renda Fixa 373,8 85,0% 409,5 85,7% 447,6 85,6% 492,9 85,9% 541,4 85,9%

Renda Variável 62,0 14,1% 64,9 13,6% 71,6 13,7% 77,8 13,6% 85,1 13,5%

Investimentos Estruturados 0,1 0,0% 0,1 0,0% 0,1 0,0% 0,1 0,0% 0,1 0,0%

Fundo de Investimento 0,1 0,0% 0,1 0,0% 0,1 0,0% 0,1 0,0% 0,1 0,0%

em Participações

Imóveis 1,2 0,3% 1,1 0,2% 1,0 0,2% 0,9 0,2% 1,0 0,2%

Operações com Participantes 2,3 0,5% 2,2 0,5% 2,2 0,4% 2,2 0,4% 2,2 0,3%

Outros1/ 0,2 0,1% 0,2 0,0% 0,2 0,1% 0,2 0,0% 0,2 0,0%

Recursos Garantidores 439,6 100% 478,0 100% 522,7 100% 574,1 100% 630,0 100%

Gestão Previdencial 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

Gestão Administrativa 20,8 28,4 38,3 51,5 69,3

Total do Patrimônio 460,6 506,6 561,2 625,8 699,5

Rentabilidade

Meta Atuarial (IPCA + 4,5% a.a.)

1/ Disponível, provisão para dividendos, Juros sobre o Capital Próprio - JCP e realizável

12,11% 12,12%

9,16%9,76% 9,33% 9,21% 9,16%

10,92% 10,72% 10,64%

2017 2018 2019 2020 2021

Em R$ milhões

Mínimo Alvo Máximo

Renda Fixa 75,5% 85,0% 99,4% 100,0%

Renda Variável 0,0% 14,1% 23,9% 70,0%

Investimentos Estruturados 0,0% 0,0% 0,0% 20,0%

Imóveis 0,3% 0,3% 0,8% 8,0%

Operações com Participantes 0,3% 0,5% 2,3% 15,0%

1/ em relação aos recursos garantidores

SegmentoAlocação em 2017

1/ Permitido

Resolução

CMN 3.792

Relatório Anual 2016 31

Segmento de Renda Variável

Como se trata de Plano em período de desenvolvimento, o segmento de renda variável mostra-se importante, na medida em que cumpre o papel de agregar rentabilidade em momentos de menor retorno da renda fixa.

No intuito de acrescentar alfa ao portfolio de ações, poderão ocorrer realocações táticas para captura de valor.

Adicionalmente, visando reduzir impactos advindos da desvalorização de ações em momentos de maior volatilidade, poderão ser efetivadas operações de realização de ganhos e de giro.

No que se refere às operações de giro, a reversão de tais operações deverá ocorrer no prazo máximo de trinta dias, sendo obrigatória a estipulação de preço para stop loss, o que preservará o plano de maiores perdas.

Na hipótese de mercado desfavorável, e não sendo atingido o preço de stop loss, a área técnica elaborará parecer, com justificativa e proposta de estratégia para a posição negociada.

Devido à dinâmica do mercado e no sentido de ampliar a rentabilidade do Plano e suavizar impactos decorrentes de desvalorização de papéis em momentos de queda da bolsa, serão realizadas operações de empréstimo de ações, limitadas a 70% da posição do papel e prazo de até quarenta dias.

Segmento de Investimentos Estruturados

Considerando o longo prazo de maturação do PBDC, aportes em FIP poderão ser objeto de análise, sobretudo se as taxas de juros reais praticadas pelo Tesouro Nacional não superarem a atualização do passivo atuarial.

Segmento de Imóveis

Como os imóveis não estão segregados por unidade entre as carteiras do PBB e do PBDC, os investimentos no segmento são cotizados e ambos os planos de benefícios observam a mesma política.

Assim, no segmento de imóveis, a política objetiva a continuidade da estratégia de alienação, conforme PAI iniciado em 2006. Além de vendas, consideraram-se reavaliações anuais.

Segmento de Operações com Participantes

Nas operações de empréstimo, a Centrus manterá a política de concessões, não sendo esperado acréscimo de demanda.

Em relação aos financiamentos imobiliários, não serão concedidas novas operações, estimando-se o encerramento das existentes ao longo dos próximos cinco anos.

Expectativa de Rentabilidade

Segmento 2017 2018 2019 2020 2021

Meta Atuarial (IPCA + 4,5% a.a.) 9,76% 9,33% 9,21% 9,16% 9,16%

PBDC 10,92% 10,72% 10,64% 12,11% 12,12%

Renda Fixa 11,66% 11,19% 11,06% 11,01% 11,02%

Renda Variável 6,72% 7,88% 13,65% 19,43% 19,43%

Investimentos Estruturados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Imóveis 10,61% 10,31% 11,61% 9,43% 11,28%

Operações com Participantes 11,73% 10,44% 9,92% 9,66% 9,66%

Relatório Anual 2016 32

Plano de Contribuição Definida - PCD

Fundamentação da Política

Tendo em vista que o PCD está estruturado sob o regime de capitalização, com reservas individuais, o principal aspecto observado na definição das diretrizes de investimentos diz respeito ao fluxo de pagamento de benefícios, permitindo, dessa forma, que se atenda às necessidades do Plano, em termos de rentabilidade futura e de liquidez.

De acordo com o fluxo de desembolsos previstos para os próximos cinco anos, os desencaixes do PCD superam os aportes, o que impõe a adoção de estratégia que satisfaça a liquidez exigida, sem descuidar, contudo, do rendimento estabelecido pelo índice de referência, representado pela variação do IPCA acrescida de juros de 4,5% a.a.

Nesse cenário, os recursos serão prioritariamente direcionados para renda fixa, de sorte a satisfazer os pagamentos previstos, sem contratempos.

Não foram considerados investimentos em imóveis e FIP, em razão de as características de prazo e de liquidez dessas aplicações não serem compatíveis com o fluxo de desembolsos do Plano.

Fluxo Previdenciário R$ mil

Alocação dos Recursos

Ativos

Renda Fixa 138,7 82,9% 145,2 82,4% 152,4 81,9% 160,1 81,3% 169,6 81,5%

Renda Variável 27,2 16,3% 28,7 16,3% 30,7 16,5% 33,6 17,1% 34,9 16,8%

Operações com Participantes 1,4 0,8% 2,3 1,3% 2,9 1,5% 3,2 1,6% 3,3 1,6%

Outros1/ 0,0 0,0% 0,0 0,0% 0,01 0,0% 0,0 0,0% 0,0 0,0%

Recursos Garantidores 167,3 100% 176,2 100% 185,9 100% 196,9 100% 207,8 100%

Gestão Administrativa 2,0 2,9 4,1 5,7 7,8

Total do Patrimônio 169,3 179,1 190,0 202,6 215,6

Rentabilidade

Índice de Referência (IPCA + 4,5% a.a.)

1/ Disponível, provisão para dividendos, Juros sobre o Capital Próprio - JCP e realizável

11,81% 11,84%

9,16%9,76% 9,33% 9,21% 9,16%

10,88% 10,30% 10,16%

2017 2018 2019 2020 2021

Em R$ milhões

Relatório Anual 2016 33

Limites de Alocação dos Recursos – 2017

Segmento de Renda Fixa

No segmento de renda fixa, os recursos serão direcionados para NTN-B, que imuniza o plano dos efeitos da inflação, para LFT, que resguarda da alta na taxa Selic e para Letras do Tesouro Nacional - LTN, que garante a absorção de spreads advindos de taxas de juros.

Parcela das aplicações em LTN e NTN-B serão registradas contabilmente como marcadas a mercado, objetivando apropriação de ganhos com a volatilidade dos juros.

O montante alocado em LFT, também marcadas a mercado, visa o pagamento dos benefícios no médio prazo.

Para fazer face aos desembolsos de curtíssimo prazo, serão direcionados recursos para FIRF constituído exclusivamente de títulos públicos.

Segmento de Renda Variável

No intuito de diversificar o portfolio do Plano e objetivando agregar alfa à rentabilidade do PCD, estão previstos investimentos em renda variável, especialmente em ativos que indiquem boa remuneração aos acionistas e possibilidade de valorização em bolsa.

Serão admitidas operações de giro, de modo a auferir ganhos de curto prazo e a proteger a carteira de fortes oscilações do mercado, cuja reversão deverá ocorrer no prazo máximo de trinta dias, com a obrigatoriedade de estipulação de preço para stop loss, visando a preservar o Plano de maiores perdas.

Na hipótese de mercado desfavorável e não sendo atingido o preço de stop loss, a área técnica deve elaborar parecer, com justificativa e proposta de estratégia para a posição negociada.

Poderão ser realizadas negociações com ativos da carteira, visando incorporar ganhos provenientes de altas ocorridas em bolsa, com o direcionamento dos recursos para outros ativos.

Operações de empréstimo de ações poderão ser efetuadas, com o objetivo de ampliar a rentabilidade, limitadas a 70% da posição no papel e a prazo de até quarenta dias, a fim de não restringir as estratégias de apropriação de ganhos.

Segmento de Operações com Participantes

O Plano poderá oferecer empréstimos aos participantes e assistidos, observada remuneração acima do índice de referência, limitado ao saldo da reserva individual e a 2,5% dos recursos garantidores.

Expectativa de Rentabilidade

Mínimo Alvo Máximo

Renda Fixa 76,0% 82,9% 100,0% 100,0%

Renda Variável 0,0% 16,3% 21,5% 70,0%

Operações com Participantes 0,0% 0,8% 2,5% 15,0%

1/ em relação aos recursos garantidores

SegmentoAlocação em 2017

1/ Permitido

Resolução

CMN 3.792

Segmento 2017 2018 2019 2020 2021

Índice de Referência (IPCA + 4,5% a.a.) 9,76% 9,33% 9,21% 9,16% 9,16%

PCD 10,88% 10,30% 10,16% 11,81% 11,84%

Renda Fixa 11,53% 10,87% 10,67% 10,56% 10,55%

Renda Variável 6,30% 7,39% 12,81% 18,22% 18,22%

Operações com Participantes 11,33% 10,90% 10,78% 10,73% 10,73%

Relatório Anual 2016 34

Plano de Gestão Administrativa - PGA

Fundamentação da Política

A Política de Investimentos do PGA consiste na proposta de alocação dos recursos, na qual são estabelecidas as diretrizes para aplicação dos montantes necessários ao custeio administrativo dos planos de benefícios administrado pela Fundação.

Para os próximos cinco anos, conforme definido no Voto Diaco-2016/14, de 11 de outubro de 2016, as despesas administrativas, de responsabilidade do PBB e do PBDC, serão, prioritariamente, custeadas pelo resultado dos investimentos dos citados planos.

Caso ocorra necessidade de recursos adicionais, com a cautela para que o patrimônio do PGA permaneça no patamar verificado ao final de 2016, os dispêndios serão custeados pelo resultado dos investimentos do fundo administrativo.

No caso do PCD, os recursos advirão da taxa de administração e, se for o caso, também do resultado dos investimentos do fundo administrativo.

O Plano tem a variação do IPCA como referencial de rentabilidade para manter o equilíbrio frente aos compromissos futuros.

Alocação dos Recursos

Limites de Alocação dos Recursos – 2017

Segmento de Renda Fixa

Em observância aos objetivos do Plano, os recursos serão mantidos, prioritariamente, no segmento de renda fixa, mediante aplicação em títulos públicos, LFT, NTN-B e FIRF, podendo, a depender do fluxo de caixa, ser realizadas alocações em CDB e em LF.

A alocação em CDB e em LF, que, consoante a regulamentação em vigor, não deverá exceder o limite de 80% dos recursos garantidores do PGA, cumpre o papel de preservar a liquidez do Plano no médio prazo, notadamente em vértices não ofertados pelo Tesouro Nacional, com rentabilidade acima da auferida no FIRF.

De maneira a resguardar os recursos investidos, as alocações em CDB e LF deverão ser restritas a instituições financeiras de grande porte, com baixo risco de crédito.

Nas operações de crédito, quando se tratar de alocações em títulos de uma mesma instituição, cabe observar que os recursos devem estar integralmente cobertos pelo FGC, conforme estabelece a Resolução CMN nº 4.275, de 2013.

No FIRF, cujos montantes são na totalidade aplicados em títulos públicos, a alocação deverá restringir-se a valores equivalentes, no máximo, às necessidades de caixa para um ano.

Valor % Valor % Valor % Valor % Valor %

Renda Fixa 303,9 95,6% 336,0 95,8% 369,8 96,0% 405,4 96,1% 444,0 96,3%

Imóveis 14,1 4,4% 14,7 4,2% 15,4 4,0% 16,2 3,8% 16,9 3,7%

Recursos Garantidores 318,0 100% 350,8 100% 385,1 100% 421,7 100% 460,9 100%

Rentabilidade

- PGA

- Referencial (IPCA) 5,03% 4,62% 4,51% 4,46% 4,46%

10,53% 10,22% 9,76% 9,40% 9,82%

Segmento2017 2018 2019 2020 2021

Em R$ milhões

Mínimo Alvo Máximo

Renda Fixa 95,6% 95,6% 95,6%

Imóveis 4,1% 4,4% 4,4%

1/ em relação aos recursos garantidores

SegmentoAlocação em 2017

1/

Relatório Anual 2016 35

Segmento de Imóveis

A carteira de imóveis do PGA visa à obtenção de rendimento sob a forma de aluguel e mediante valorização do portfolio.

Para os próximos cinco anos, no intento de refletir o real valor dos imóveis, foram consideradas reavaliações anuais.

Expectativa de Rentabilidade

Diretrizes dos Planos

Meta de Rentabilidade dos Segmentos de Aplicações

Para cada segmento de aplicação dos planos administrados, a Fundação adota os seguintes benchmarks com vistas a monitorar o desempenho de seus investimentos:

Apreçamento dos Ativos

No processo de apreçamento dos ativos financeiros, a Centrus segue as melhores práticas de mercado, primando pela transparência, objetividade e consistência das informações e utilizando metodologias e fontes de referência a seguir descritas.

Eventuais ajustes no processo de aplicação das metodologias são reportados à Diretoria-Executiva.

Renda Fixa

Com relação aos investimentos em títulos públicos, adota-se como fonte de referência para negociação a taxa indicativa divulgada diariamente pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - Anbima. Quanto à metodologia de apreçamento, no que se refere aos títulos levados a vencimento, utiliza-se o preço da curva do papel e, para os marcados a mercado, o Preço Unitário - PU divulgado pela Anbima.

As operações de compra de títulos públicos com compromisso de revenda no dia seguinte, registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic (operações compromissadas de um dia), são marcadas a mercado e o preço de compra dos títulos observa a taxa divulgada pela Anbima.

No caso dos FIRF, utiliza-se o valor da cota repassado pelas respectivas instituições administradoras.

Os CDB, os DPGE e as LF são avaliados pela taxa contratada.

Para as debêntures, a precificação é obtida a partir das informações de taxas indicativas divulgadas diariamente pela Anbima.

Segmento 2017 2018 2019 2020 2021

Índice de Referência (IPCA) 5,03% 4,62% 4,51% 4,46% 4,46%

PGA 10,53% 10,22% 9,76% 9,40% 9,82%

Renda Fixa 10,34% 10,04% 9,57% 9,21% 9,66%

Imóveis 14,64% 14,26% 14,07% 13,94% 13,96%

Segmento de Aplicação Benchmark

Renda Fixa Taxa Selic

Renda Variável Ibovespa

Imóveis Meta Atuarial ou Índice de Referência

Investimentos Estruturados Meta Atuarial ou Índice de Referência

Operações com Participantes Meta Atuarial ou Índice de Referência

Relatório Anual 2016 36

Renda Variável

Por se tratar de mercado organizado e dinâmico, as ações são apreçadas pela cotação de fechamento divulgada pela BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores, de Mercadorias & Futuros.

Na hipótese de o ativo permanecer por mais de noventa dias sem negociação, é utilizado o valor patrimonial da ação, o custo de aquisição ou o valor líquido provável de realização, dentre eles o menor.

As ações objeto de empréstimo são avaliadas a mercado, diariamente, pelo preço de fechamento dos ativos negociados no dia, divulgado pela BM&FBovespa. A taxa da operação é definida no momento da pactuação e calculada diariamente, pro rata temporis, até o vencimento ou a liquidação antecipada.

Investimentos Estruturados

Com referência aos fundos que permitem aquisição de ações de companhias fechadas (não negociadas em bolsa de valores), como os FIP, adota-se o valor patrimonial das ações calculado trimestralmente, a partir das demonstrações financeiras auditadas das empresas investidas.

Derivativos

Os ativos são apreçados tomando-se como base a cotação de fechamento no pregão da BM&FBovespa.

Imóveis

Os imóveis da carteira são reavaliados anualmente. Quando colocados à venda, são apreçados mediante avaliação específica, na forma prevista na regulamentação em vigor.

Operações com Participantes

Os empréstimos e os financiamentos imobiliários são apreçados de acordo com as taxas contratadas, observados ainda os critérios técnicos aprovados pela Diretoria-Executiva e pelo Conselho Deliberativo, quando de sua alçada, sob a prudência de resguardar a meta de rentabilidade atuarial ou o índice de referência.

Limite de Concentração

Os investimentos realizados pelos planos administrados estão sujeitos aos seguintes limites estabelecidos pela Resolução CMN nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, com as alterações introduzidas pelas Resoluções CMN nºs 3.846, 4.275 e 4.449, de 25 de março de 2010, 31 de outubro de 2013 e 20 de novembro de 2015, respectivamente, nas instruções e regulamentações complementares e nas decisões adotadas pela Diretoria-Executiva e pelo Conselho Deliberativo:

Alocação por Emissor Limite 1/

Tesouro Nacional 100%

Instituição financeira

PBB 2%

PBDC 5%

PCD 5%

PGA 20%

Companhia aberta 10%

Fundo referenciado 2/ 10%

Sociedade de Propósito Específico - SPE 10%

1/ em relação aos recursos garantidores do plano

2/ fundo de índice referenciado em cesta de ações de companhias abertas

Relatório Anual 2016 37

Participação em Assembleias de Acionistas

A participação da Centrus em assembleia de acionistas é obrigatória se o investimento representar 10% ou mais dos recursos garantidores dos planos de benefícios administrados ou se a sua participação no capital votante ou total da companhia investida for igual ou superior a esse percentual.

A Fundação poderá comparecer a assembleia de acionistas de qualquer das companhias que detenha ações, mesmo no caso de investimentos não enquadrados nos critérios de representatividade acima, conforme a sua conveniência, em face dos assuntos em pauta.

Avaliação e Controle de Risco

A gestão de riscos da Centrus segue as diretrizes da Política de Gerenciamento de Risco - PGR aprovada pelo Conselho Deliberativo.

Tal documento objetiva possibilitar a análise dos riscos, das suas grandezas e dos seus impactos sobre as atividades da Fundação, permitindo a gestão de ocorrências de perdas e o desenvolvimento de planos de ação para correção.

Sobre o risco operacional, o mapeamento e a manualização das rotinas operacionais garantem que os processos de trabalho mais significativos e relevantes sejam devidamente identificados.

Ademais, a matriz de risco operacional propicia a apuração do risco residual nas atividades de maior criticidade.

No que diz respeito ao risco de crédito, no processo de identificação e avaliação observa-se, a partir da elaboração de parecer e da criteriosa análise das instâncias colegiadas, a capacidade de adimplir do tomador e a nota de crédito, de, pelo menos, duas agências de reconhecida reputação em funcionamento no país, sendo, portanto, consideradas apenas aceitáveis as instituições que obtiverem as seguintes avaliações mínimas:

Já nas aplicações em DPGE até o montante de cobertura do FGC disciplinado pelo CMN, observa-se o rating de crédito para as seguintes notas mínimas, sem prejuízo da exigência de a instituição emissora contar com rating de pelo menos duas agências de classificação de risco de crédito.

Concentração por Emissor Limite

Capital total - Companhia aberta ou SPE 25%

Capital votante - Companhia aberta 25%

Patrimônio Líquido 25%

- Instituição financeira 25%

- Fundo referenciado 1/ 25%

- Fundo de investimento estruturado 2/ 25%

1/ fundo de índice referenciado em cesta de ações de companhias abertas

2/ FIP e fundo de investimento imobiliário

Concentração por Investimento Limite

Títulos e valores mobiliários - Mesma série 25%

Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - FDIC 1/ 25%

Empreendimento imobiliário - Mesmo empreendimento 2/ 25%

1/ mesma série ou classe

2/ limite se aplica a desenvolvimento de projetos

Curto Prazo Longo Prazo

Austin Rating brA1 - brA2 brAAA - brA-

Fitch Rating F1 (bra) AAA - A

Moody's P1 - P2 Aaa - A3

Standard & Poor's A1 AAA - A

AgênciaRating

Relatório Anual 2016 38

Além da análise e da avaliação do risco de crédito conduzidas durante a etapa de aprovação, efetua-se o monitoramento da operação, incorporando as informações, a cada trimestre, no relatório de operações realizadas encaminhado mensalmente aos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria-Executiva, levando-se em consideração os seguintes aspectos:

rating – se houve mudança e qual o impacto;

nível de alocação e de concentração por emissor; e

situação econômico-financeira.

Na ocorrência de alteração da classificação de risco, dificuldade econômico-financeira e desenquadramento dos limites de alocação, será encaminhado relatório às instâncias colegiadas, contendo proposta de plano de ação.

Com relação ao risco de mercado, em especial, a Fundação utiliza, além do Sistema de Controle da Divergência não Planejada - DNP, exigido pela Previc, o Sistema de Controle e Avaliação de Risco de Mercado - VaR, com as seguintes observações:

DNP – empregada principalmente para verificar se os retornos dos investimentos e dos planos está harmonizado com a respectiva meta atuarial e com os índices de referência. O diferencial deve ser zero ou acima de zero, sendo que, na ocorrência de DNP negativa, a área técnica elabora justificativas e relatório de providências, conforme estabelecido na Instrução Previc nº 2, de 18 de maio de 2010, evitando desvios e, consequentemente, o risco de elevado deslocamento; e

VaR – calculado mensalmente por empresa terceirizada, que responde pela validação de modelos da matriz e estima, com nível de confiança de 95%, a perda máxima esperada em um dia, que, no caso dos planos administrados pela Centrus, não deve extrapolar o limite de 1% do valor investido em renda fixa e em renda variável.

Na hipótese de excedido o limite de VaR, será elaborado relatório às instâncias colegiadas, contendo justificativa e plano de ação.

No intuito de monitorar a informação sobre a possibilidade de perda dos planos administrados pela Fundação, a área técnica elabora relatórios para acompanhamento das exposições ao risco, disponibilizados, mensalmente, aos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria-Executiva.

Para controle de risco de liquidez, são consideradas as diversas possibilidades de interferência das condições dos ativos nos compromissos assumidos pelo plano, como segue:

o prazo de resgate dos recursos investidos em fundos de investimento;

a liquidez em mercado dos ativos integrantes da carteira de investimentos; e

os recursos de disponibilidade imediata e o fluxo de recebimentos para fazer frente às obrigações assumidas pelos planos administrados.

Curto Prazo Longo Prazo

Austin Rating brA1 - brB brAAA - br B-

Fitch Rating F1 (bra) - B AAA - BB

Moody's P1 - P3 Aaa - Baa3

Standard & Poor's A1 - B AAA - BB

AgênciaRating

Plano Nível de Confiança Horizonte de TempoLimite

VaR Consolidado1/

PBB

PBDC

PCD1/ renda fixa + renda variável

95% 1 dia 1%

Relatório Anual 2016 39

Governança Corporativa e Responsabilidade Social

Com gestão voltada para o desenvolvimento econômico-social da comunidade e zelando por boas práticas de governança corporativa, as companhias socialmente responsáveis tendem a atrair mais investimentos e, consequentemente, a proporcionar melhores retornos aos acionistas.

Nesse sentido, certa da importância que os aspectos relacionados à Governança Corporativa e aos princípios de responsabilidade social assumem na tomada de decisão, a Centrus busca alocar recursos em ativos de empresas que atendam aos preceitos abaixo listados:

Governança – prioriza companhias que estejam listadas no Novo Mercado, no Nível 2 ou no Nível 1 da BM&FBovespa;

Relatórios de Sustentabilidade – se a empresa pública documentos sobre suas ações de natureza socioambiental, com foco na relevância e na clareza das informações prestadas;

Políticas inclusivas – se a companhia adota políticas de não-discriminação e políticas afirmativas com relação a mulheres, negros e portadores de deficiência;

Certificação social – se a empresa adota padrão de tratamento social responsável aos seus trabalhadores, como, por exemplo, SA8000;

Meio ambiente – se a companhia não sofreu autuação por dano ambiental; e

Investimentos sociais – se a empresa adota programa de investimentos sociais.

A Fundação entende que, ao observar aspectos que envolvem responsabilidade socioambiental em seus investimentos, preservará os interesses dos participantes e assistidos, bem como os altos valores éticos e morais. Some-se a isso o fato de que empresas que efetuam investimentos de forma sustentável estão menos expostas a riscos e em geral se observa que apresentam boa rentabilidade no médio e no longo prazos, conforme estudo elaborado pela European Sustainable Investment Forum (Eurosif) e pelo United States Sustainable Investment Forum (US SIF).

Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado - AETQ

A função de AETQ é exercida pelo Dirap, que responde pela alocação, pela supervisão, pelo controle de risco e pelo acompanhamento dos recursos garantidores dos planos administrados pela Fundação e pela prestação de informações relativas à aplicação desses recursos.

Contratação de Terceiros Administradores, Gestores Externos e Instituições

Custodiantes

A despeito de os recursos serem administrados internamente, pequena parcela poderá ser direcionada para gestão terceirizada, com a finalidade de diversificar os riscos de gestão e de mercado, cumprir a liquidez e maximizar a rentabilidade agregada.

Na seleção e na contratação de gestores e de administradores, submetidos à avaliação do CIG e da Diretoria-Executiva, a Centrus elege, preferencialmente, instituições e gestoras especializadas de grande porte, que deverão observar a Resolução CMN nº 3.792, de 2009, e as demais normas pertinentes.

Especificamente para os fundos de ações, na escolha de gestores serão considerados dois tipos de habilidades: conseguir retorno acima da média, para dado nível de risco, e diversificar eficientemente a carteira, com o propósito de eliminar risco específico ou não sistemático.

Para tanto, serão utilizados no processo de avaliação dois tipos de abordagem: Análise de Retorno x Risco e Análise de Eficiência Administrativa, por meio do emprego dos indicadores Índice de Sharpe, Índice de Treynor, Alfa de Jensen, Razão de Informação e Índice de Sortino.

Além disso, deverá ser incorporada a Análise de Estilo baseada nos retornos, que representa método de regressão usado para inferir as influências das grandes classes de ativos na

Relatório Anual 2016 40

composição dos fundos de investimento, de forma a identificar se a performance do gestor derivou da seleção dos ativos.

Não se pode também descartar a Análise Fundamentalista, na qual são observadas as condições do regulamento do fundo, como taxa de administração ou de performance, prazo de resgate das cotas e aderência a normas vigentes.

No caso dos FIRF, constituídos com a finalidade de prover a liquidez diária dos planos administrados, haja vista a necessidade de manter o nível de serviço e o rendimento esperados, além de ter regulamento próprio, avalia-se a capacitação técnica do gestor, a rentabilidade histórica auferida, a transparência da gestão, a reputação no mercado, o custo e a classificação de risco, que deve apresentar indicação de baixo risco de crédito, por, no mínimo, duas agências em funcionamento no país.

Não obstante a criteriosa análise, os gestores externos devem ser avaliados pela área técnica semestralmente, abordando a qualidade dos serviços prestados, o retorno entregue e a volatilidade observada no período.

A contratação de serviço de custódia, de competência da Diretoria-Executiva, leva em consideração, no mínimo, os seguintes aspectos:

empresa especializada;

custo dos serviços prestados, respeitado o porte;

qualidade dos serviços; e

eficiência do suporte técnico.

Modelo de Fixação dos Limites Prudenciais

O modelo de gestão leva em conta o balanceamento das carteiras, considerando a parcela de recursos que pode ser investida no longo prazo e a que deve ser mantida com a devida liquidez, para fazer frente aos compromissos relativos aos benefícios concedidos e às despesas administrativas.

Assim, poderão ocorrer realocações entre os segmentos ou entre ativos, observando sempre as oportunidades de mercado, a conformidade com os limites estabelecidos e os objetivos do plano.

Ademais, as propostas de investimentos seguem distribuição temporal do fluxo de entradas e de saídas dos recursos, que indica o nível de maturidade do plano.

Em face da exigência de se manter níveis adequados de solvabilidade, bem como da necessidade de se harmonizar o fluxo de caixa, devem ser observadas as seguintes regras prudenciais de investimentos para os planos administrados:

PBB e PBDC

os investimentos em títulos públicos devem corresponder, no mínimo, ao valor das provisões matemáticas, dos fundos de reserva de garantia e de cobertura de financiamentos imobiliários e dos exigíveis operacional e contingencial;

os fluxos de entradas devem guardar relação com a maturidade do plano; e

a alocação de recurso deve ser embasada em estudos de gestão de ativos e de passivos;

PCD

o nível de liquidez tem que estar compatível com o fluxo dos benefícios programados anualmente, assim como deve suportar eventuais resgates em face da ocorrência de riscos, conforme previsto no regulamento do plano; e

Relatório Anual 2016 41

PGA

os gastos com pessoal e com encargos sociais devem respeitar o limite de 9,68% do total de pagamentos a título de aposentadoria, pensão e abono de Natal dos planos de benefícios administrados;

as despesas com serviços de terceiros devem obedecer o limite de 0,08% dos recursos garantidores dos planos de benefícios; e

o saldo do fundo administrativo, no decorrer de 2017, deve corresponder a, no mínimo, o saldo apurado em 31 de dezembro de 2016.

Monitoramento dos Investimentos

A Centrus, tendo como preceito o cuidado com os haveres administrados, acompanha os investimentos efetuados, de maneira sistemática, notadamente no que se refere ao desempenho e ao risco.

Para tanto, são observados os seguintes aspectos:

o nível de risco;

a performance em relação à expectativa de rentabilidade estabelecida e, em especial, à meta atuarial e ao índice de referência;

o relatório de posição de fechamento da custódia;

o recebimento de valores financeiros por resgate, bônus, dividendos e desinvestimentos;

o acompanhamento dos ativos investidos, retratando por meio de fato relevante, a situação econômico-financeiro das empresas investidas;

o acompanhamento do enquadramento das aplicações com a Política de Investimentos e a regulamentação em vigor;

o controle das contas correntes; e

a manutenção de cadastros atualizados.

O acompanhamento do cenário macroeconômico e do desempenho de cada investimento permite averiguar o risco do portfolio e executar movimentos táticos para ajustá-lo de acordo com os objetivos estratégicos.

Seleção de Ativos

A análise inicia-se pela busca, no mercado, por ativos que se ajustem à necessidade atuarial e de liquidez dos planos administrados, sem descuidar do risco.

As propostas de aplicação ou de desinvestimento são discutidas e aprovadas pelo CIG e pela Diretoria-Executiva e, conforme a alçada de decisão, submetidas ao Conselho Deliberativo, para conhecimento e aprovação.

Os ativos selecionados para integrarem a carteira própria dos planos administrados devem satisfazer os seguintes critérios:

no caso da renda variável, papéis de companhias que figurem no Ibovespa ou no Índice Brasil 100 - IBrX 100;

os emissores devem ser autorizados e fiscalizados pela BM&FBovespa, CVM e Banco Central, conforme o caso;

a perspectiva de rentabilidade deve ser aderente à meta atuarial ou ao índice de referência; e

os prazos de vencimentos devem estar adequados ao passivo dos planos.

Relatório Anual 2016 42

Sobre os investimentos em títulos públicos, cabe ao Dirap aprovar as propostas devidamente justificadas em parecer técnico, observado o limite máximo de competência, correspondente a valor inferior a 5,0% dos recursos garantidores.

Em se tratando de renda variável, o preço-alvo para subsidiar as operações de compra e venda poderá derivar de análise de precificação efetuada por, pelo menos, duas instituições de renome no mercado de capitais.

Operações com Derivativos

Se e quando as condições macroeconômicas recomendarem, pode ser utilizadas operações com derivativos de renda fixa e de renda variável em bolsa de valores, de mercadorias e de futuros, como instrumento de proteção e na modalidade com garantia, conforme abaixo:

O objetivo da realização de tais operações é proporcionar a redução do risco a que estão expostas as carteiras integrantes dos segmentos de renda fixa e de renda variável.

Na execução de operações com derivativos, devem ser observados os procedimentos de controle e de avaliação do risco de mercado e dos demais riscos envolvidos nessa modalidade de aplicação, de acordo com o previsto na Resolução CMN nº 3.792, de 2009, e no Regulamento de Aplicações, em especial a aprovação final pelo Conselho Deliberativo, independentemente do valor da operação.

As operações com derivativos devem observar os limites e os parâmetros estabelecidos pela Resolução CMN nº 3.792, de 2009, com avaliações prévias contendo:

o objetivo da sua utilização;

a justificativa da utilização do derivativo;

o modelo, os parâmetros e as referências utilizados na precificação do derivativo; e

o impacto no risco e nos investimentos.

Discriminação Limite Máximo

Para Proteção 100%1/

Para Exposição 0%

1/ do valor das posições detidas à vista

Relatório Anual 2016 43

2. Demonstrativos de Investimentos

Comparativo de Investimento por Segmento de Aplicação

Consolidado

Valores Participação

%Valores

Participação

%

Recursos Garantidores 1/ 6.916.469 100,0% 6.585.910 100,0% 5,0%

Renda Fixa 6.305.937 91,2% 5.970.673 90,7% 5,6%

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal 6.305.937 91,2% 5.970.673 90,7% 5,6%

Títulos Públicos Federais 5.992.699 86,7% 5.906.471 89,7% 1,5%

Cotas FIRF - Renda Fixa 2/ 313.238 4,5% 64.202 1,0% 387,9%

Renda Variável 442.531 6,4% 460.593 7,0% -3,9%

Ações 441.479 6,4% 454.174 6,9% -2,8%

Renda Variável - Valores a Receber/Pagar 3/ 1.052 0,0% 1.259 0,0% -16,5%

Fundo de Ações 0 0,0% 5.160 0,1% -100,0%

Segmento de Invest. Estruturados - Cotas de FIP 2.480 0,0% 3.496 0,1% -29,1%

Imóveis 132.119 1,9% 111.791 1,7% 18,2%

Aluguéis e Renda 127.394 1,8% 107.067 1,6% 19,0%

Locados a Terceiros4/ 90.190 1,3% 65.176 1,0% 38,4%

Shopping Centers 14.784 0,2% 2.015 0,0% 633,7%

Direitos de Alienações de Investimentos Imobiliários 22.420 0,3% 39.876 0,6% -43,8%

Outros Investimentos Imobiliários 4.725 0,1% 4.724 0,1% 0,0%

Operações com Participantes 27.970 0,4% 32.875 0,5% -14,9%

Empréstimos a Participantes 5/ 14.826 0,2% 13.675 0,2% 8,4%

Financiamentos Imobiliários a Participantes 6/ 13.144 0,2% 19.200 0,3% -31,6%

Disponível 62 0,0% 539 0,0% -88,5%

Outros Realizáveis7/ 5.370 0,1% 5.943 0,1% 184,4%

1/ Os Recursos Garantidores são compostos por: Investimento (R$ 6.917.084 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 551 mil)

Componente

31.12.2015 Crescimento

Nominal

%

31.12.2016

Em relação aos saldos apresentados em 31.12.2016:

Valores em R$ mil

6/ Deduzido dos créditos de mutuários (R$ 2 mil).

7/ Deduzido do Exigível Contingêncial (126 mil).

+ Disponível (R$ 62 mil) - Exigível Contigencial (R$ 126 mil).

2/ Deduzido dos Créditos Bancários a Classificar (R$ 116 mil).

3/ Dividendos, Juros sobre o Capital Próprio e Aluguel de Ações a Receber.

4/ Deduzido de Depósitos Caução (R$ 428 mil).

5/ Deduzido do IOF retido a recolher (R$ 5 mil).

Relatório Anual 2016 44

PBB

Valores Participação

%Valores

Participação

%

Recursos Garantidores 1/ 6.071.407 100,0% 5.817.171 100,0% 4,4%

Renda Fixa 5.560.785 91,6% 5.290.067 90,9% 5,1%

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal 5.560.785 91,6% 5.290.067 90,9% 5,1%

Títulos Públicos Federais 5.273.704 86,9% 5.251.841 90,3% 0,4%

Cotas FIRF - Renda Fixa 2/ 287.081 4,7% 38.226 0,6% 651,0%

Créditos Privados - CDB 0 0,0% 0 0,0% -100,0%

Renda Variável 361.518 5,9% 389.012 6,7% -7,1%

Ações 360.876 5,9% 388.107 6,7% -7,0%

Renda Variável - Valores a Receber/Pagar 3/ 642 0,0% 905 0,0% -29,1%

Segmento de Invest. Estruturados - Cotas de FIP 2.415 0,1% 3.404 0,1% -29,1%

Imóveis 115.853 1,9% 97.905 1,7% 18,3%

Aluguéis e Renda 111.251 1,8% 93.303 1,6% 19,2%

Locados a Terceiros4/ 75.006 1,2% 52.493 0,9% 43,0%

Shopping Centers 14.403 0,2% 1.963 0,0% 633,7%

Direitos de Alienações de Investimentos Imobiliários 21.842 0,4% 38.847 0,7% -43,8%

Outros Investimentos Imobiliários 4.602 0,1% 4.602 0,1% 0,0%

Operações com Participantes 25.596 0,4% 30.590 0,5% -16,3%

Empréstimos a Participantes 5/ 12.556 0,2% 11.525 0,2% 8,4%

Financiamentos Imobiliários a Participantes 6/ 13.040 0,2% 19.065 0,3% -31,6%

Disponível 21 0,0% 413 0,0% -94,9%

Outros Realizáveis7/ 5.219 0,1% 5.780 0,1% -9,7%

2/ Deduzido dos Créditos Bancários a Classificar (R$ 40 mil).

3/ Dividendos, Juros sobre o Capital Próprio e Aluguel de Ações a Receber.

4/ Deduzido de Depósitos Caução (R$ 271 mil).

5/ Deduzido do IOF retido a recolher (R$ 4 mil).

6/ Deduzido dos créditos de mutuários (R$ 2 mil).

7/ Deduzido do Exigível Contingêncial (126 mil).

+ Disponível (R$ 21 mil) - Exigível Contingêncial (R$ 126 mil).

1/ Os Recursos Garantidores são compostos por: Investimento (R$ 6.071.830 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 318 mil)

Componente

31.12.2015 Crescimento

Nominal

%

31.12.2016

Em relação aos saldos apresentados em 31.12.2016:

Valores em R$ mil

Relatório Anual 2016 45

PBDC

PCD

Valores Participação

%Valores

Participação

%

Recursos Garantidores 1/ 402.901 100,0% 343.713 100,0% 17,2%

Renda Fixa 335.443 83,3% 287.131 83,5% 16,8%

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal 335.443 83,3% 287.131 83,5% 16,8%

Títulos Públicos Federais 323.891 80,4% 268.783 78,2% 20,5%

Cotas FIRF - Renda Fixa 2/ 11.552 2,9% 18.348 5,3% -37,0%

Renda Variável 61.792 15,3% 51.392 15,0% 20,2%

Ações 61.526 15,2% 51.144 14,9% 20,3%

Renda Variável - Valores a Receber/Pagar 3/ 266 0,1% 248 0,1% 7,4%

Segmento de Invest. Estruturados - Cotas de FIP 65 0,0% 92 0,0% -29,4%

Imóveis 3.069 0,8% 2.593 0,8% 18,4%

Aluguéis e Renda 2.946 0,8% 2.471 0,8% 19,3%

Locados a Terceiros4/ 1.987 0,6% 1.390 0,4% 43,0%

Shopping Centers 381 0,1% 52 0,0% 632,7%

Direitos de Alienações de Investimentos Imobiliários 578 0,1% 1.029 0,4% -43,8%

Outros Investimentos Imobiliários 123 0,0% 122 0,0% 0,0%

Operações com Participantes 2.374 0,6% 2.285 0,6% 3,9%

Empréstimos a Participantes5/ 2.270 0,6% 2.150 0,6% 5,5%

Financiamentos Imobiliários a Participantes 104 0,0% 135 0,0% -23,0%

Disponível 7 0,0% 57 0,0% -87,7%

Outros Realizáveis 151 0,0% 163 0,1% -7,4%

+ Disponível (R$ 7 mil).

2/ Deduzido dos Créditos Bancários a Classificar (R$ 70 mil).

3/ Dividendos, Juros sobre o Capital Próprio e Aluguel de Ações a Receber.

4/ Deduzido de Depósitos Caução (R$ 7 mil).

5/ Deduzido do IOF retido a recolher (R$ 1 mil).

Em relação aos saldos apresentados em 31.12.2016:

1/ Os Recursos Garantidores são compostos por: Investimento (R$ 402.972 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 78 mil)

31.12.2016 31.12.2015 Crescimento

Nominal

%

Componente

Valores em R$ mil

Valores Participação

%Valores

Participação

%

Recursos Garantidores 1/ 156.878 100,0% 139.003 100,0% 12,9%

Renda Fixa 137.629 87,7% 118.751 85,4% 15,9%

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal 137.629 87,7% 118.751 85,4% 15,9%

Títulos Públicos Federais 132.810 84,7% 116.236 83,6% 14,3%

Cotas FIRF - Renda Fixa 4.819 3,0% 2.515 1,8% 91,6%

Créditos Privados - DPGE 0 0,0% 0 0,0% 0,0%

Renda Variável 19.221 12,3% 20.189 14,5% -4,8%

Ações 19.077 12,2% 14.923 10,7% 28,1%

Renda Variável - Valores a Receber/Pagar 2/ 144 0,1% 106 0,1% 5,7%

Fundo de Ações 0 0,0% 5.160 3,7% -100,0%

Disponível 28 0,0% 63 0,1% -55,6%

2/ Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio.

1/ Os Recursos Garantidores são compostos por: Investimento (R$ 156.850 mil) + Disponível (R$ 28 mil).

Componente

31.12.2016 31.12.2015 Crescimento

Nominal

%

Em relação aos saldos apresentados em 31.12.2016:

Valores em R$ mil

Relatório Anual 2016 46

PGA

Valores Participação

%Valores

Participação

%

Recursos Garantidores 1/ 285.283 100,0% 286.023 100,0% -0,3%

Renda Fixa 272.080 95,4% 274.724 96,1% -1,0%

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal 272.080 95,4% 274.724 96,1% -1,0%

Títulos Públicos Federais 262.294 92,0% 269.611 94,3% -2,7%

Cotas FIRF - Renda Fixa 2/ 9.786 3,4% 5.113 1,8% 91,4%

Imóveis 13.197 4,6% 11.293 3,9% 16,9%

Aluguéis e Renda - Locados a Terceiros3/ 13.197 4,6% 11.293 3,9% 16,9%

Disponível 6 0,0% 6 0,0% 0,0%

+ Disponível (R$ 6 mil).

3/ Deduzido dos Depósitos Caução (R$ 150 mil).

Valores em R$ mil

2/ Deduzido dos Créditos Bancários a Classificar (R$ 6 mil).

1/ Os Recursos Garantidores são compostos por: Investimento (R$ 285.432 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 155 mil)

31.12.2015 Crescimento

Nominal

%

Componente

31.12.2016

Em relação aos saldos apresentados em 31.12.2016:

Relatório Anual 2016 47

3. Comparativo de Rentabilidade

PBB

PBDC

PCD

PGA

Bruta Líquida1/ Selic Ibovespa

Meta Atuarial

(IPCA + 4,5% a.a.)

13,45% 2,13%

Renda Variável 71,99% 54,83%

Investimentos Estruturados 54,85% 39,40%

Imóveis 59,36% 43,46%

Empréstimos a Participantes 14,62% 3,19%

Financiamentos a Participantes 37,25% 23,56%

1/ Descontada a meta atuarial.

11,08%

38,94%

14,03%

Segmento

Benchmarks

Renda Fixa

Rentabilidade

Bruta Líquida1/ Selic Ibovespa

Meta Atuarial

(IPCA + 4%a.a.)

13,55% 2,71%

Renda Variável 49,28% 35,03%

Investimentos Estruturados 54,85% 40,07%

Imóveis 59,39% 44,18%

Empréstimos a Participantes 14,46% 3,54%

Financiamentos a Participantes 21,01% 9,46%

1/ Descontada a meta atuarial.

38,94%

10,55%

Renda Fixa

Segmento

BenchmarksRentabilidade

14,03%

Bruta Líquida1/ Selic Ibovespa

Índice de

Referência

(IPCA + 4%a.a.)

13,41% 2,59%

Renda Variável 35,59% 22,65% 38,94%

1/ Descontado o índice de referência.

Segmento

Benchmarks

Renda Fixa10,55%

Rentabilidade

Bruta Líquida1/ Selic

Indice de Referência

(IPC-A)

Imóveis 31,44% 23,66% 6,29%

1/ Descontado o índice de referência.

Segmento

Renda Fixa 7,01% 14,03%

Benchmarks

13,74%

Rentabilidade

Relatório Anual 2016 48

4. Composição da Administração dos Recursos

Consolidado

PBB

Grupo Total

Investimento Total 1/ 6.911.099 - 100,0%

Recursos Administração Própria 6.595.381 100,0% 95,4%

Renda Fixa 5.992.699 90,9% 86,7%

Renda Variável 442.531 6,7% 6,4%

Imóveis 132.119 2,0% 1,9%

Operações com Participantes 27.970 0,4% 0,4%

Disponível 62 0,0% 0,0%

Recursos Administração Terceirizada 315.718 100,0% 4,6%

Fundos de Renda Fixa - FIRF 313.238 99,2% 4,6%

Bradesco FIRF Foco Bradesco Asset Management Ltda 313.238 99,2% 4,6%

Investimentos Estruturados 2.480 0,8% 0,0%

Investidores Institucionais FIP Angra Partners 2.480 0,8% 0,0%

- Investimentos a Pagar (R$ 551 mil) + Disponível (R$ 62 mil).

Centrus

1/ Composição: Investimento (R$ 6.917.084 mil) - Outros Realizáveis (R$ 5.497 mil)

Valores em R$ mil

Recursos Gestores ValoresParticipação %

Grupo Total

Investimento Total1/ 6.066.188 - 100,0%

Recursos Administração Própria 5.776.692 100,0% 95,2%

Renda Fixa 5.273.704 91,3% 86,9%

Renda Variável 361.518 6,3% 6,0%

Imóveis 115.853 2,0% 1,9%

Operações com Participantes 25.596 0,4% 0,4%

Disponível 21 0,0% 0,0%

Recursos Administração Terceirizada 289.496 100,0% 4,8%

Fundos de Renda Fixa - FIRF 287.081 99,2% 4,8%

Bradesco FIRF Foco Bradesco Asset Management Ltda 287.081 99,2% 4,8%

Investimentos Estruturados 2.415 0,8% 0,0%

Investidores Institucionais FIP Angra Partners 2.415 0,8% 0,0%

+ Disponível (R$ 21 mil).

1/ Composição: Investimento (R$ 6.071.830 mil) - Outros Realizáveis (R$ 5.345 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 318 mil)

Centrus

Valores em R$ mil

ValoresParticipação %

Recursos Gestores

Relatório Anual 2016 49

PBDC

PCD

PGA

Grupo Total

Investimento Total1/ 402.750 - 100,0%

Recursos Administração Própria 391.133 100,0% 97,1%

Renda Fixa 323.891 82,8% 80,4%

Renda Variável 61.792 15,8% 15,3%

Imóveis 3.069 0,8% 0,8%

Operações com Participantes 2.374 0,6% 0,6%

Disponível 7 0,0% 0,0%

Recursos Administração Terceirizada 11.617 100,0% 2,9%

Fundos de Renda Fixa - FIRF 11.552 99,4% 2,9%

Bradesco FIRF Foco Bradesco Asset Management Ltda 11.552 99,4% 2,9%

Investimentos Estruturados 65 0,6% 0,0%

Investidores Institucionais FIP Angra Partners 65 0,6% 0,0%

1/ Composição: Investimento (R$ 402.972 mil) - Outros Realizáveis (R$ 151 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 78 mil)

+ Disponível (R$ 7 mil).

Centrus

ValoresParticipação %

Recursos Gestores

Valores em R$ mil

Grupo Total

Investimento Total1/ 156.878 - 100,0%

Recursos Administração Própria 152.059 100,0% 96,9%

Renda Fixa 132.810 87,3% 84,6%

Renda Variável 19.221 12,6% 12,3%

Disponível 28 0,1% 0,0%

Recursos Administração Terceirizada 4.819 100,0% 3,1%

Fundos de Renda Fixa - FIRF 4.819 100,0% 3,1%

Bradesco FIRF Foco Bradesco Asset Management Ltda 4.819 100,0% 3,1%

1/ Composição: Investimento (R$ 156.850 mil) + Disponível (R$ 28 mil).

Centrus

Valores em R$ mil

Recursos Gestores ValoresParticipação %

Grupo Total

Investimento Total1/ 285.283 - 100,0%

Recursos Administração Própria 275.497 100,0% 96,6%

Renda Fixa 262.294 95,2% 92,0%

Imóveis 13.197 4,8% 4,6%

Disponível 6 0,0% 0,0%

Recursos Administração Terceirizada 9.786 100,0% 3,4%

Fundos de Renda Fixa - FIRF 9.786 100,0% 3,4%

Bradesco FIRF Foco Bradesco Asset Management Ltda 9.786 100,0% 3,4%

1/ Composição: Investimento (R$ 285.432 mil) - Investimentos a Pagar (R$ 155 mil) + Disponível (R$ 6 mil).

Centrus

Valores em R$ mil

ValoresParticipação %

Recursos Gestores

Relatório Anual 2016 50

5. Enquadramento das Aplicações

Valores Enquadramento Valores Enquadramento Valores Enquadramento Valores Enquadramento

Renda Fixa 5.560.785 91,6% 335.443 83,3% 137.629 87,7% 272.080 95,4%

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal 5.560.785 91,6% 335.443 83,3% 137.629 87,7% 272.080 95,4% Art. 35 inciso I 100,00%

Renda Variável 360.876 5,9% 61.526 15,2% 19.077 12,2% - - Art.36 caput 70,00%

Novo Mercado 57.942 1,0% 25.410 6,3% 11.416 7,3% - - Art. 36 Inciso I 70,00%

Nível II da BM&Fbovespa 106.489 1,8% 2.547 0,6% - - - - Art. 36 Inciso II 60,00%

Nível I da BM&Fbovespa 72.883 1,2% 15.363 3,8% 3.875 2,5% - - Art. 36 Inciso IV 45,00%

Demais ações em Mercado 123.562 1,9% 18.206 4,5% 3.786 2,4% - - Art. 36 Inciso V 35,00%

Investimentos Estruturados - FIP 2.415 0,1% 65 0,0% - - - Art. 37 inciso II 20,00%

Imóveis 115.853 1,9% 3.069 0,8% - - 13.197 4,6% Art. 39 8,00%

Operações com Participantes 25.596 0,4% 2.374 0,6% - - - - Art. 40 15,00%

Empréstimos a Participantes 12.556 0,2% 2.270 0,6% - - - - Art. 40 15,00%

Financiamentos Imobiliários a Participantes 13.040 0,2% 104 0,0% - - - - Art. 40 15,00%

Outros 1/ 5.882 0,1% 424 0,1% 172 0,1% 6 0,0%

Recursos Garantidores 2/ 6.071.407 - 402.901 - 156.878 - 285.283 -

1/ Outros:Disponivel + Aluguel de Ações + Dividendos + Valores a Receber + Outros Realizáveis.

2/ Composição: Investimento + Disponível - Contas a Pagar Investimentos.

Fundamentação

Legal Resolução

CMN 3792/09

LimiteCarteiras

PBB PBDC PGAPCD

Valores em R$ mil

Relatório Anual 2016 51

6. Custos Incorridos com a Administração

Grupos de Despesas Valores Participação Relativa

I - Custos Incorridos com Administração 37.820 100,00%

Despesa com Pessoal e Encargos 30.625 80,98%

Conselho 1.453 3,84%

Dirigentes 5.775 15,27%

Pessoal Próprio 22.755 60,17%

Cedidos 503 1,33%

Estagiários 139 0,37%

Treinamentos, Congressos e Seminários 278 0,74%

Viagens e Estadias 231 0,61%

Despesas Gerais 3.110 8,22%

Energia Elétrica 134 0,35%

Serviços de comunicação 665 1,76%

Seguros sobre bens móveis e imóveis 3 0,01%

Despesas bancárias 55 0,15%

Material de consumo 142 0,38%

Serviços auxiliares 810 2,14%

Serviços de manutenção 753 1,99%

Contribuições associativas 106 0,28%

Custas processuais e cartórios 49 0,13%

Relações Públicas e Festividades 167 0,44%

Armazenagem e transporte de cargas 45 0,12%

Progama vida saudável 39 0,10%

Taxa de processamento 4 0,01%

Despesa de pronto pagamento 77 0,20%

Outros 60 0,16%

Consultoria 3.576 9,46%

Advogados 1.342 3,55%

Atuário 282 0,75%

Auditoria 113 0,30%

Recursos Humanos 202 0,53%

Serviços de informática 1.515 4,01%

Comunicação e assessoria 27 0,07%

Planejamento 10 0,03%

Outros 85 0,23%

II - Despesas não Orçamentárias 3.340 -

Depreciações e Amortizações 576 -

Tributos 2.764 -

Total das Despesas Administrativas no Exercício de 2016 (I + II) 41.160 -

Valores em R$ mil

Relatório Anual 2016 52

7. Demonstrações Contábeis

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro

Consolidado

Demonstração da Mutação do Patrimônio Social - DMPS

Consolidado

Ativo Notas 31.12.2016 31.12.2015 Passivo Notas 31.12.2016 31.12.2015

Disponível 62 539 Exigível Operacional 423.514 414.339

Gestão Previdencial 10 418.421 409.530

Realizável 6.922.101 6.590.653 Gestão Administrativa 4.542 4.154

Gestão Previdencial 6 4.246 3.841 Investimentos 551 655

Gestão Administrativa 7 771 785

Investimentos 8 6.917.084 6.586.027 Exigível Contingencial 11 122.802 111.749

Títulos Públicos 8.5 5.992.700 5.906.471 Gestão Previdencial 122.354 111.435

Ações 8.6 442.531 455.433 Gestão Administrativa 322 314

Fundos de Investimento 8.7 315.834 73.225 Investimentos 126 -

Investimentos Imobiliários 8.8 132.547 112.073

Empréstimos e Financiamentos 8.10 27.976 32.882 Patrimônio Social 6.398.107 6.085.397

Outros Realizáveis 8.11 5.496 5.943 Patrimônio de Cobertura do Plano 5.559.131 5.633.390

Provisões Matemáticas 12 3.827.231 3.773.762

Permanente 9 22.260 20.293 Benefícios Concedidos 3.624.665 3.574.709

Imobilizado 22.260 20.293 Benefícios a Conceder 204.106 200.245

( - ) Provisões Matemáticas a Constituir (1.540) (1.192)

Equilíbrio Técnico 1.731.900 1.859.628

Resultados Realizados 1.731.900 1.859.628

Superavit Técnico Acumulado 13.3 1.731.900 1.859.628

Fundos 838.976 452.007

Fundos Previdenciais 14 502.151 119.473

Fundo Administrativo 15 303.738 302.778

Fundos dos Investimentos 16 33.087 29.756

Total 6.944.423 6.611.485 Total 6.944.423 6.611.485

Em R$ mil

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Descrição 2016 2015 Variação %

A - Patrimônio Social - Início do Exercício 6.085.397 6.222.683 (2,2)

1. Adições 1.086.275 764.347 42,1

(+) Contribuições Previdenciais 9.630 11.935 (19,3)

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos - Gestão Previdencial 1.031.140 707.250 45,8

(+) Receitas Administrativas 4.056 3.805 6,6

(+) Resultado Líquido dos Investimentos - Gestão Administrativa 38.118 38.023 0,2

(+) Constituição de Fundos de Investimentos 3.331 3.334 (0,1)

2. Destinações (773.565) (901.633) (14,2)

(-) Benefícios (714.379) (854.002) (16,3)

(-) Constituição Líquida de Contingências - Gestão Previdencial (17.972) (11.381) -

(-) Despesas Administrativas (41.161) (36.237) 13,6

(-) Constituição Líquida de Contingências - Gestão Administrativa (53) (13) -

3. Acréscimo/Decréscimo no Patrimônio Social (1 + 2) 312.710 (137.286) (327,8)

(+/-) Provisões Matemáticas 53.469 48.079 11,2

(+/-) Superavit (Deficit) Técnico do Exercício 481.941 207.754 132,0

(+/-) Fundos Previdenciais (226.991) (402.031) (43,5)

(+/-) Fundo Administrativo 960 5.578 (82,8)

(+/-) Fundos dos Investimentos 3.331 3.334 (0,1)

B - Patrimônio Social - Final do Exercício (A + 3) 6.398.107 6.085.397 5,1

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 53

Demonstração da Mutação do Ativo Líquido Plano Básico de Benefício - PBB

DMAL PBB

Demonstração da Mutação do Ativo Líquido Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC

DMAL PBDC

Descrição 2016 2015 Variação %

A - Ativo Líquido - Início do Exercício 5.328.632 5.502.925 (3,2)

1. Adições 948.190 664.080 42,8

(+) Contribuições 8 36 (77,8)

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos - Gestão Previdencial 948.182 664.044 42,8

(+) 2. Destinações (709.114) (838.373) (15,4)

(+) Benefícios (691.142) (826.989) (16,4)

(-) Constituição Líquida de Contingências - Gestão Previdencial (17.972) (11.384) 57,9

3. Acréscimo/Decréscimo no Ativo Líquido (1 + 2) 239.076 (174.293) (237,2)

(+/-) Provisões Matemáticas 39.229 3.770 -

(+/-) Fundos Previdenciais (229.382) (399.384) (42,6)

(+/-) Superavit (Deficit) Técnico do Exercício 429.229 221.321 93,9

B - Ativo Líquido - Final do Exercício (A + 3) 5.567.708 5.328.632 4,5

C - Fundos não Previdenciais 319.850 315.756 1,3

(+/-) Fundo Administrativo 287.562 286.707 0,3

(+/-) Fundos dos Investimentos 32.288 29.049 11,2

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Descrição 2016 2015 Variação %

A - Ativo Líquido - Início do Exercício 286.040 269.485 6,1

1. Adições 66.600 33.700 97,6

(+) Contribuições Previdenciais 3.279 3.255 0,7

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos - Gestão Previdencial 63.321 30.443 108,0

(+) Reversão Líquida de Contingências - Gestão Previdencial - 2 (100,0)

(+) 2. Destinações (14.584) (17.145) (14,9)

(+) Benefícios (14.584) (17.145) (14,9)

3. Acréscimo/Decréscimo no Ativo Líquido (1 + 2) 52.016 16.555 214,2

(+/-) Provisões Matemáticas (3.066) 32.771 (109,4)

(+/-) Fundos Previdenciais 2.370 (2.648) (189,5)

(+/-) Superavit (Deficit) Técnico do Exercício 52.712 (13.567) (488,5)

B - Ativo Líquido - Final do Exercício (A + 3) 338.056 286.040 18,2

C - Fundos não Previdenciais 15.672 15.986 (2,0)

(+/-) Fundo Administrativo 14.873 15.279 (2,7)

(+/-) Fundos dos Investimentos 799 707 13,0

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 54

Demonstração da Mutação do Ativo Líquido Plano de Contribuição Definida - PCD

DMAL PCD

Demonstração do Ativo Líquido Plano Básico de Benefícios - PBB

DAL PBB

Descrição 2016 2015 Variação %A - Ativo Líquido - Início do Exercício 138.191 126.652 9,1

1. Adições 25.980 21.406 21,4

(+) Contribuições Previdenciais 6.343 8.643 (26,6)

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos - Gestão Previdencial 19.637 12.763 53,9

2. Destinações (8.653) (9.867) (12,3)

(-) Benefícios (8.653) (9.867) (12,3)

3. Acréscimo/Decréscimo no Ativo Líquido (1 + 2) 17.327 11.539 50,2

(+/-) Provisões Matemáticas 17.306 11.539 50,0

(+/-) Fundos Previdenciais 21 - 100,0

B - Ativo Líquido - Final do Exercício (A + 3) 155.518 138.191 12,5

C - Fundos não Previdenciais 1.303 791 64,7

(+/-) Fundo Administrativo 1.303 791 64,7

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Descrição 2016 2015 Variação %

1. Ativos 6.363.571 6.108.084 4,2

Disponível 21 413 (94,9)

Recebível 291.720 290.480 0,4

Investimento 6.071.830 5.817.191 4,4

Títulos Públicos 5.273.705 5.251.841 0,4

Ações 361.518 389.012 (7,1)

Fundos de Investimento 289.536 41.917 590,7

Investimentos Imobiliários 116.124 98.044 18,4

Empréstimos e Financiamentos 25.602 30.597 (16,3)

Outros Realizáveis 5.345 5.780 (7,5)

2. Obrigações 476.013 463.697 2,7

Operacional 353.533 352.261 0,4

Contingencial 122.480 111.436 9,9

3. Fundos não Previdenciais 319.850 315.756 1,3

Fundo Administrativo 287.562 286.707 0,3

Fundos dos Investimentos 32.288 29.049 11,2

5. Ativo Líquido (1 - 2 - 3) 5.567.708 5.328.631 4,5

Provisões Matemáticas 3.476.140 3.436.910 1,1

Superavit (Deficit) Técnico 1.623.144 1.803.584 (10,0)

Fundos Previdenciais 468.424 88.137 431,5

5. Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado

a) Equilíbrio Técnico 1.623.144 1.803.584 (10,0)

Ajuste de Precificação - 346.389 (100,0)

b) Equilíbrio Técnico Ajustado 1.623.144 2.149.973 (24,5)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 55

Demonstração do Ativo Líquido Plano Benefício Definido Centrus - PBDC

DAL PBDC

Demonstração do Ativo Líquido Plano de Contribuição Definida - PCD

DAL PCD

Descrição 2016 2015 Variação %

1. Ativos 417.942 359.170 16,4

Disponível 7 57 (87,7)

Recebível 14.964 15.380 (2,7)

Investimento 402.971 343.733 17,2

Títulos Públicos 323.891 268.783 20,5

Ações 61.793 51.392 20,2

Fundos de Investimento 11.687 18.513 (36,9)

Investimentos Imobiliários 3.076 2.597 18,4

Empréstimos e Financiamentos 2.374 2.285 3,9

Outros Realizáveis 150 163 (8,0)

2. Obrigações 64.214 57.143 12,4

Operacional 64.214 57.143 12,4

Contingencial - - -

3. Fundos não Previdenciais 15.672 15.987 (2,0)

Fundo Administrativo 14.873 15.280 (2,7)

Fundos dos Investimentos 799 707 13,0

4. Ativo Líquido (1 - 2 - 3) 338.056 286.040 18,2

Provisões Matemáticas 195.595 198.661 (1,5)

Superavit (Deficit) Técnico 108.756 56.044 94,1

Fundos Previdenciais 33.705 31.335 7,6

5. Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado

a) Equilíbrio Técnico 108.756 56.044 94,1

Ajuste de Precificação - 54.203 (100,0)

b) Equilíbrio Técnico Ajustado 108.756 110.247 (1,4)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Descrição 2016 2015 Variação %1. Ativos 158.181 139.793 13,2

Disponível 28 63 (55,6)

Recebível 1.303 791 64,7

Investimento 156.850 138.939 12,9

Títulos Públicos 132.810 116.235 14,3

Ações 19.221 15.029 27,9

Fundos de Investimento 4.819 7.675 (37,2)

2. Obrigações 1.360 811 67,7

Operacional 1.360 811 67,7

3. Fundos não Previdenciais 1.303 791 64,7

Fundo Administrativo 1.303 791 64,7

4. Ativo Líquido (1 - 2 - 3) 155.518 138.191 12,5

Provisões Matemáticas 155.496 138.191 12,5

Fundos Previdenciais 22 - 100,0

5. Apuração do Equilíbrio Técnico Ajustado

a) Equilíbrio Técnico 155.518 138.191 12,5

b) Equilíbrio Técnico Ajustado 155.518 138.191 12,5

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 56

Demonstração do Plano de Gestão Administrativa - PGA DPGA

Consolidada

Demonstração das Provisões Técnicas Plano Básico de Benefícios - PBB

DPT PBB

Descrição 2016 2015 Variação %A - Fundo Administrativo do Exercício Anterior 302.778 297.199 1,9

1. Custeio da Gestão Administrativa 42.175 41.829 0,8

Receitas 42.175 41.829 0,8

Custeio Administrativo de Investimentos 1.471 1.353 8,7

Taxa de Administração de Empréstimos e Financiamentos 41 24 70,8

Receitas Diretas 2.503 2.406 -

Resultado Positivo Líquido dos Investimentos 38.118 38.023 0,2

Outras Receitas 42 23 82,6

2. Despesas Administrativas 41.160 36.237 13,6

Administração Previdencial 12.526 11.860 5,6

Pessoal e Encargos 9.235 7.764 18,9

Treinamentos/Congressos e Seminários 73 165 (55,8)

Viagens e Estadias 56 55 1,8

Serviços de Terceiros 1.089 1.826 (40,4)

Despesas Gerais 748 778 (3,9)

Depreciação e Amortização 138 105 31,4

Tributos 1.187 1.167 1,7

Administração dos Investimentos 28.634 24.377 17,5

Pessoal e Encargos 21.390 17.271 23,8

Treinamentos/Congressos e Seminários 205 239 (14,2)

Viagens e Estadias 175 174 0,6

Serviços de Terceiros 2.487 2.494 (0,3)

Despesas Gerais 2.362 2.337 1,1

Depreciação e Amortização 438 333 31,5

Tributos 1.577 1.529 3,1

3. Constituição/Reversão de Contingências Administrativas 53 13 -

4. Reversão de Recursos para Plano de Benefícios - - -

5. Sobra/Investimento da Gestão Administrativa (1-2-3-4) 962 5.579 (82,8)

6. Constituição/Reversão do Fundo Administrativo (5) 962 5.579 -

B - Fundo Administrativo do Exercício Atual (A + 6) 303.740 302.778 0,3

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Descrição 2016 2015 Variação %

Provisões Técnicas 6.258.009 5.821.377 7,5

1. Provisões Matemáticas 3.476.140 3.436.910 1,1

1.1 Benefícios Concedidos 3.476.140 3.436.910 1,1

Benefício Definido 3.476.140 3.436.910 1,1

2. Equilíbrio Técnico 1.623.144 1.803.584 (10,0)

2.1 Resultados Realizados 1.623.144 1.803.584 (10,0)

Superavit Técnico Acumulado 1.623.144 1.803.584 (10,0)

Reserva de Contingência 627.791 633.079 (0,8)

Reserva para Revisão do Plano 995.353 1.170.505 (15,0)

3. Fundos 500.712 117.186 327,3

3.1 Fundos Previdenciais 468.424 88.137 431,5

3.2 Fundos dos Investimentos - Gestão Previdencial 32.288 29.049 11,2

4. Exigível Operacional 535.533 352.261 52,0

4.1 Gestão Previdencial 535.215 351.827 52,1

4.2 Investimentos - Gestão Previdencial 318 434 (26,7)

5. Exigível Contingencial 122.480 111.436 9,9

5.1 Gestão Previdencial 122.354 111.436 9,8

5.2 Investimentos - Gestão Previdencial 126 - 100,0

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 57

Demonstração das Provisões Técnicas Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC

DPT PBDC

Demonstração das Provisões Técnicas Plano de Contribuição Definida - PCD

DPT PCD

Descrição 2016 2015 Variação %

Provisões Técnicas 403.068 343.891 17,2

1. Provisões Matemáticas 195.595 198.661 (1,5)

1.1 Benefícios Concedidos 42.551 40.418 5,3

Benefício Definido 42.551 40.418 5,3

1.2 Benefícios a Conceder 154.584 159.435 (3,0)

Benefício Definido 154.584 159.435 (3,0)

1.3 ( - ) Provisões Matemáticas a Constituir (1.540) (1.192) 29,2

( - ) Serviço Passado (1.540) (1.192) 29,2

( - ) Patrocinadores (1.077) (852) 26,4

( - ) Participantes (463) (340) 36,2

2. Equilíbrio Técnico 108.756 56.044 94,1

2.1 Resultados Realizados 108.756 56.044 94,1

Superavit Técnico Acumulado 108.756 56.044 94,1

Reserva de Contingência 48.899 49.665 (1,5)

Reserva para Revisão do Plano 59.857 6.379 838,3

3. Fundos 34.504 32.042 7,7

3.1 Fundos Previdenciais 33.705 31.335 7,6

3.2 Fundos dos Investimentos - Gestão Previdencial 799 707 13,0

4. Exigível Operacional 64.213 57.144 12,4

4.1 Gestão Previdencial 64.135 57.067 12,4

4.2 Investimentos - Gestão Previdencial 78 77 1,3

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Descrição 2016 2015 Variação %Provisões Técnicas 156.857 139.001 12,8

1. Provisões Matemáticas 155.497 138.190 12,5

1.1 Benefícios Concedidos 105.975 97.380 8,8

Contribuição Definida 105.975 97.380 8,8

1.2 Benefícios a Conceder 49.522 40.810 21,3

Contribuição Definida 49.522 40.810 21,3

3. Fundos 22 - 100,0

3.1 Fundos Previdenciais 22 - 100,0

4. Exigível Operacional 1.360 811 67,7

4.1 Gestão Previdencial 1.360 811 67,7

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 58

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016

1 – Contexto Operacional

A Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar - EFPC, sem fins lucrativos, criada em março de 1980. Seu objetivo é instituir e executar planos de benefícios de caráter previdenciário, acessíveis aos servidores do Banco Central do Brasil e aos empregados da Fundação.

A Centrus obedece a normas emanadas do Ministério da Fazenda, do Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc e, do Conselho Monetário Nacional - CMN.

Os recursos geridos pela Fundação são provenientes de contribuições dos patrocinadores e dos participantes dos planos de benefícios por ela administrados, bem como dos rendimentos das aplicações desses recursos, que obedecem à legislação para o segmento.

O Plano Básico de Benefícios - PBB, constituído em 1980 está ativo e em processo de extinção; o Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC, criado em 2011, está ativo e em funcionamento, com proposta de seu fechamento e consequente vedação à inscrição de novos participantes submetida ao órgão fiscalizador; já o Plano de Contribuição Definida - PCD, implantado em 2014, está ativo, em funcionamento e em fase de expansão, com crescimento do número de participantes no percentual de 6,8% durante o ano de 2016.

De se ressaltar que consta como meta e objetivo estratégicos da Fundação a promoção do PCD, com implementação de ações que sirvam de atrativo aos potenciais participantes.

A Centrus está sediada em Brasília - DF, no 8º andar do Edifício Corporate Financial Center, Bloco A da Quadra 2 do Setor Comercial Norte - SCN.

Estas demonstrações financeiras foram apreciadas pela Diretoria-Executiva, que autorizou o seu encaminhamento ao Conselho Deliberativo em 22 de março de 2017, para aprovação em 30 de março de 2017, na forma prevista no Estatuto da Fundação. Além das informações ora apresentadas, outras podem ser encontradas na página da Centrus na internet (www.centrus.org.br).

2 – Planos de Benefícios e de Gestão Administrativa

A Fundação administra os seguintes Planos:

I – PBB

Constituído em 1980, na modalidade de benefício definido e patrocinado pelo Banco Central, está registrado no Cadastro Nacional de Planos de Benefícios - CNPB sob o nº 1980.0004-92. Teve o ingresso de novos participantes suspensos por força do enquadramento dos servidores da autarquia no Regime Jurídico Único - RJU, que foi regulado pela Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998. Participam desse Plano os ex-empregados celetistas do Banco Central que se aposentaram até 31 de dezembro de 1990.

II – PBDC

Instituído em 2011 por cisão parcial do PBB, na modalidade de benefício definido, é patrocinado pela Centrus e está registrado no CNPB sob o nº 2011.0008-74. Participam desse Plano os empregados e ex-empregados da Fundação e servidores cedidos pelo Banco Central.

III – PCD

Com atividades iniciadas em 2014, na modalidade de contribuição definida, está registrado no CNPB sob o nº 2002.0048-38. Trata-se de plano de benefícios com patrocínio não

Relatório Anual 2016 59

contributivo do Banco Central para seus servidores e contributivo da Centrus para seus empregados.

O PCD tem os seguintes objetivos:

I - para os servidores do Banco Central, reveste-se de plano complementar aos benefícios de aposentadoria previstos no Regime Próprio da Previdência Social - RPPS e no Regime de Previdência Complementar, por meio da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo - Funpresp-Exe; e

II - para os empregados da Centrus, representa complementação ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

IV – Plano de Gestão Administrativa - PGA

Implantando em 2010, tem como objetivo a cobertura das despesas da Fundação na administração dos planos de benefícios, de acordo com regulamento próprio aprovado pelo Conselho Deliberativo.

3 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

As demonstrações contábeis da Centrus foram elaboradas em atendimento às disposições emanadas dos órgãos regulador e fiscalizador das atividades das EFPC, respectivamente o CNPC e a Previc, às práticas contábeis aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC e às orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Cabe destacar os seguintes normativos, por se destinarem especificamente às EFPC:

I - Resolução CNPC nº 8, de 31 de outubro de 2011, e alterações posteriores - divulga a Planificação Contábil Padrão, os modelos e as instruções de preenchimento das demonstrações contábeis e as normas gerais de procedimentos contábeis;

II - Resolução CFC nº 1.272, de 22 de janeiro de 2010 - aprova a Interpretação Técnica Geral - ITG 2001, disciplinando critérios e padrões contábeis para as EFPC; e

III - Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009, e suas atualizações - estabelece normas específicas para os procedimentos e as demonstrações contábeis.

As demonstrações contábeis são apresentadas em milhares de reais.

4 – Descrição das Principais Práticas Contábeis

4.1 – Apuração do Resultado do Exercício

O resultado da Fundação é apurado anualmente, em conformidade com o regime contábil de competência.

4.2 – Gestão de investimentos

A gestão de investimentos é realizada de forma segregada, por Plano administrado.

4.3 – Investimentos

4.3.1 – Títulos Públicos

Tais ativos são registrados pelo valor efetivamente pago na aquisição e classificados de acordo com a intenção da administração:

I - Para Negociação – os adquiridos com o propósito de negociação; são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; e

II - Mantidos até o Vencimento – aqueles para os quais haja a intenção e a capacidade financeira de sua manutenção até o vencimento; são avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

Relatório Anual 2016 60

4.3.2 – Ações

São registradas pela cotação de fechamento no pregão diário ou, na falta dessa, pela divulgada mais recentemente nos últimos noventa dias. Na ausência de ambas, as ações são demonstradas pelo menor valor encontrado entre o valor patrimonial, o custo de aquisição, a última cotação disponível e o valor líquido provável de realização.

As receitas relativas a dividendos e a Juros sobre o Capital Próprio - JCP são contabilizadas pelo regime de competência.

4.3.3 – Fundos de Investimento

Registrados pelo valor de suas cotas, têm os ativos que compõem suas carteiras marcados a mercado, obedecendo aos seguintes critérios:

I - títulos públicos – com base nas taxas referenciais do mercado secundário divulgadas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - Anbima; e

II - ações de companhias abertas – de acordo com a cotação de fechamento no pregão diário ou com o valor econômico determinado por empresa independente especializada, para os valores mobiliários de companhias sem mercado ativo em bolsa ou em mercado de balcão.

4.3.4 – Investimentos Imobiliários

Contabilizados pelo custo de aquisição e reavaliados anualmente, com base em laudos de peritos contratados, têm os ajustes decorrentes das reavaliações, positivos ou negativos, reconhecidos em contas de resultado.

4.3.5 – Empréstimos e Financiamentos Imobiliários

São registrados pelos valores concedidos, acrescidos dos encargos contratuais e deduzidos por amortizações e eventuais provisões para perdas. O cálculo dos rendimentos é feito em bases mensais, com apropriação nas contas de resultado.

4.4 – Ativo Permanente

Os bens móveis são contabilizados pelo custo de aquisição e depreciados ou amortizados pelo método linear, utilizando-se as taxas anuais:

No registro contábil dos imóveis de uso, a Fundação segue as disposições estabelecidas para os investimentos imobiliários.

4.5 – Exigível Operacional

Representa direitos de participantes e assistidos dos planos de benefícios, obrigações com os patrocinadores e os fornecedores e obrigações fiscais. É reconhecido pelo valor contratual, acrescido, quando aplicável, de encargos e de variação monetária.

Discriminação Taxa

Instalações 10%

Móveis e Utensílios 10%

Máquinas e Equipamentos 10%

Computadores e Periféricos 20%

Veículos 20%

Softwares 20%

Relatório Anual 2016 61

4.6 – Estimativas Contábeis

As estimativas contábeis são baseadas em fatores objetivos e subjetivos, de acordo com o julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. Os itens sujeitos às referidas estimativas são apresentados a seguir:

4.6.1 – Provisão para Perdas e para Créditos de Liquidação Duvidosa

Na constituição de provisão para perdas em investimentos decorrente da redução do valor recuperável é considerada a legislação e a avaliação da administração quanto a riscos e a incertezas. As provisões são contabilizadas em conta redutora do correspondente ativo com contrapartida no resultado. Dessa forma, os ativos são apresentados pelo seu valor líquido. As seguintes faixas de provisionamento são aplicadas em função do atraso decorrido, incluindo-se créditos vencidos e vincendos:

4.6.2 – Ativos Contingentes

No caso de ativos classificados como de provável recebimento de benefícios econômicos, a Fundação apenas divulga essas informações nas Notas Explicativas. Quando o recebimento é classificado como praticamente certo ocorre o reconhecimento e a divulgação.

4.6.3 – Provisão e passivos contingentes

A área jurídica da Centrus acompanha todas as ações judiciais e administrativas em que a Fundação é parte, avaliando o risco de perda em função da fase processual, das decisões proferidas no processo, da jurisprudência aplicável e dos precedentes para ocorrências similares.

No caso de risco provável de desembolso de recursos decorrente de eventos passados e desde que esse valor possa ser estimado com confiança, são constituídas provisões de 100% do valor em risco, acrescido de estimativa de honorários de sucumbência.

Para as situações em que o risco de perda seja classificado como possível, ocorre a evidenciação em Notas Explicativas.

A administração da Centrus entende que as provisões constituídas representam a melhor estimativa possível e são suficientes para atender a eventuais perdas decorrentes de processos administrativos ou judiciais.

4.6.4 – Provisões Matemáticas

São apuradas com base em cálculos atuariais procedidos por atuários externos. Representam os compromissos acumulados, no encerramento de cada exercício, relativos aos benefícios concedidos e a conceder aos participantes e assistidos dos planos de benefícios.

4.7 – Equilíbrio Técnico

Registra o resultado dos planos de benefícios.

O superavit é contabilizado na conta Reserva de Contingência, até que o saldo dessa conta atinja o menor valor entre 25% das Provisões Matemáticas e a duração do passivo acrescida de dez pontos percentuais. A parcela excedente é registrada como Reserva Especial para Revisão de Planos, nos termos da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, e da legislação em vigor.

De Até

61 120 25%

121 240 50%

241 360 75%

100%

Percentual de provisionamentoAtraso (em dias)

> 360

Relatório Anual 2016 62

Eventual deficit é deduzido da Reserva Especial para Revisão de Planos e, caso não seja suficiente, da Reserva de Contingência.

Ocorrendo a utilização integral dos recursos da Reserva de Contingência deverá ser elaborado plano visando o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro e atuarial, por meio de adequação do plano de custeio ou dos benefícios oferecidos no regulamento do plano de benefícios.

4.8 – Custeio da Gestão Administrativa

A cobertura das despesas administrativas dos planos de benefícios é feita pelo PGA, cujas fontes de recursos são o patrimônio do fundo administrativo, o resultado de seus investimentos, as taxas de administração e de carregamento, as receitas diretamente arrecadadas e as eventuais doações.

4.9 – Fundos

4.9.1 – Fundos Previdenciais

São criados com destinação específica sob responsabilidade do atuário, a quem cabe a indicação da respectiva fonte de custeio e da finalidade, que deverá guardar relação com evento determinado ou com risco identificado, avaliado, controlado e monitorado.

4.9.2 – Fundo Administrativo

Destina-se à cobertura das despesas da Centrus na administração dos planos de benefícios. É constituído pela diferença positiva entre os recursos para o custeio administrativo e os gastos realizados pela Fundação na administração dos planos. A variação de seu saldo reflete o resultado apurado pelo PGA.

4.9.3 – Fundos dos Investimentos

Os fundos dos investimentos destinam-se à cobertura do risco de não recebimento dos créditos de empréstimos e de financiamentos imobiliários em decorrência de óbito de mutuários e de desequilíbrios econômico-financeiros das operações.

4.10 – Consolidação

A consolidação do balanço representa a totalização dos saldos dos planos de benefícios e do PGA, considerando os ajustes e as eliminações, entre outras, nas seguintes contas: valores a pagar e a receber entre planos e participação no PGA.

5 – Gestão dos Riscos

A gestão de riscos da Centrus segue as diretrizes da Política de Gerenciamento de Risco - PGR aprovada pelo Conselho Deliberativo.

Tal documento objetiva possibilitar a análise dos riscos, das suas grandezas e dos seus impactos sobre as atividades da Fundação.

Sobre o risco operacional, o mapeamento e a manualização das rotinas operacionais garantem que os processos de trabalho, em especial os mais significativos e relevantes, sejam devidamente identificados.

Ademais, a matriz de risco operacional propicia a apuração do risco residual nas atividades de maior criticidade.

No que diz respeito ao risco de crédito, no processo de identificação e de avaliação observa-se, a partir da elaboração de parecer e da criteriosa análise das instâncias colegiadas, a capacidade de adimplir do tomador e a nota de crédito, de, pelo menos, duas agências de

Relatório Anual 2016 63

reconhecida reputação em funcionamento no país, sendo, portanto, consideradas apenas aceitáveis as instituições que obtiverem as seguintes avaliações mínimas:

Além da análise e da avaliação do risco de crédito conduzidas durante a etapa de aprovação, efetua-se o monitoramento da operação, incorporando as informações, a cada trimestre, no relatório de operações encaminhado mensalmente aos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria-Executiva, levando-se em consideração os seguintes aspectos:

rating – se houve mudança e qual o impacto;

nível de alocação e de concentração por emissor; e

situação econômico-financeira.

Na ocorrência de alteração da classificação de risco, de dificuldade econômico-financeira e de desenquadramento dos limites de alocação, será encaminhado relatório às instâncias colegiadas, contendo proposta de plano de ação.

Com relação ao risco de mercado, em especial, a Fundação utiliza, além do Sistema de Controle da Divergência não Planejada - DNP, exigido pela Previc, o Sistema de Controle e Avaliação de Risco de Mercado - VaR, com as seguintes observações:

DNP – empregada principalmente para verificar se o retorno dos investimentos e dos planos de benefícios está harmonizado com a respectiva meta atuarial e com os índice de referência. O diferencial deve ser zero ou acima de zero, sendo que, na ocorrência de DNP negativa, a área técnica elabora justificativas e relatório de providências, conforme estabelecido na Instrução Previc nº 2, de 18 de maio de 2010, evitando desvios e, consequentemente, o risco de elevado deslocamento; e

VaR – calculado mensalmente por empresa terceirizada, que responde pela validação de modelos da matriz e estima, com nível de confiança de 95%, a perda máxima esperada em um dia, que não deve extrapolar o limite estabelecido pelo Conselho Deliberativo de 1% do valor investido em renda fixa e em renda variável.

Na hipótese de excedido o limite de VaR, será elaborado relatório às instâncias colegiadas, contendo justificativa e plano de ação.

No intuito de monitorar a informação sobre a possibilidade de perda dos planos administrados pela Fundação, a área técnica elabora relatórios para acompanhamento das exposições ao risco, disponibilizados, semestralmente, aos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria-Executiva.

Para controle de risco de liquidez, são consideradas as diversas possibilidades de interferência das condições dos ativos nos compromissos assumidos pelo Plano, como segue:

o prazo de resgate dos recursos investidos em fundos de investimento;

a liquidez em mercado dos ativos integrantes da carteira de investimentos; e

os recursos de disponibilidade imediata e o fluxo de recebimentos para fazer frente às obrigações assumidas pelos planos administrados.

Curto Prazo Longo Prazo

Austin Rating brA1 - brA2 brAAA - brA-

Fitch Rating F1 (bra) AAA - A

Moody's P1 - P2 Aaa - A3

Standard & Poor's A1 AAA - A

AgênciaRating

PBB

PBDC

PCD

¹ renda fixa + renda variável

Limite VaR Consolidado¹

95% 1 dia 1%

Plano Nível de Confiança Horizonte de Tempo

Relatório Anual 2016 64

A Fundação, no intuito de mitigar o risco atuarial, estabeleceu a obrigatoriedade de realização de auditoria atuarial de segunda opinião dos planos de benefícios administrados em periodicidade não superior a três anos.

6 – Realizável – Gestão Previdencial

Nesse grupo, encontram-se registrados, basicamente:

I - Pagamentos por Conta do INSS – valores a serem ressarcidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, no âmbito do convênio firmado com a Centrus para processamento de pagamento de benefícios aos aposentados, pensionistas e demais participantes dos planos de benefícios; e

II - Depósitos em Garantia e Recursais – referem-se a depósitos efetuados pela Fundação no curso de processos judiciais, com a finalidade de permitir a interposição de recursos, de garantir a execução de sentenças para fins de apresentação de embargos ou impugnações e de permitir a suspensão da exigibilidade de tributos. A variação ocorrida no período decorre basicamente da atualização dos valores depositados em Juízo.

7 – Realizável – Gestão Administrativa

O saldo em 31 de dezembro é assim demonstrado:

Em R$ mil

2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015

Pagamentos por Conta do INSS 3.763 3.487 49 67 - - 3.812 3.554

Depósitos em Garantia e Recursais 211 208 - - - - 211 208

Outros Recursos 181 78 42 1 - - 223 79

Total 4.155 3.773 91 68 - - 4.246 3.841

PBB PBDC PCD Consolidado Discriminação

Discriminação 2016 2015

Responsabilidade de Empregados 180 171

Responsabilidade de Terceiros 10 5

Depósitos Judicias e Recursais 581 609

Total 771 785

Em R$ mil

Relatório Anual 2016 65

8 – Realizável – Investimentos

8.1 – Composição da Carteira

Consolidado

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Títulos Públicos 5.992.700 5.906.471

Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B 5.541.585 5.653.962

Letras Financeiras do Tesouro - LFT 451.115 252.509

Livres 443.669 245.238

Bloqueadas Judicialmente 2.103 2.569

Bloqueadas Administrativamente 5.343 4.702

Ações 442.532 455.433

Livres 430.187 322.025

Instituições Financeiras 42.286 45.121

Companhias Abertas 387.901 276.904

Em Operações de Empréstimo 12.345 133.375

Instituições Financeiras 1.228 6.397

Companhias Abertas 11.117 126.978

Valores a Receber - Operações de Empréstimo - 33

Fundos de Investimento 315.834 73.225

Renda Fixa 313.354 64.569

Participações 2.480 3.496

Ações - 5.160

Investimentos Imobiliários 132.547 112.073

Locados a Terceiros 90.618 65.458

Investimentos em Shopping Center 14.784 2.015

Direitos em Alienação 22.420 39.876

Outros 4.725 4.724

Operações com Participantes 27.976 32.882

Empréstimos 14.830 13.681

Financiamentos Imobiliários 13.146 19.201

Outros 5.495 5.943

Ação de Repetição de Indébito 4.868 5.943

Depósito em Garantia 627 -

Total 6.917.084 6.586.027

Relatório Anual 2016 66

PBB

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Títulos Públicos 5.273.704 5.251.841

Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B 5.059.593 5.244.570

Letras Financeiras do Tesouro - LFT 214.111 7.271

Livres 206.666 -

Bloqueadas Judicialmente 2.103 2.569

Bloqueadas Administrativamente 5.342 4.702

Ações 361.518 389.012

Livres 361.518 274.428

Instituições Financeiras 29.383 29.722

Companhias Abertas 332.135 244.706

Em Operações de Empréstimo - 114.563

Instituições Financeiras - 5.333

Companhias Abertas - 109.230

Valores a Receber - Operações de Empréstimo - 21

Fundos de Investimento 289.536 41.918

Renda Fixa 287.121 38.514

Participações 2.415 3.404

Investimentos Imobiliários 116.124 98.044

Locados a Terceiros 75.277 52.632

Investimentos em Shopping Center 14.403 1.963

Direitos de Alienação 21.842 38.847

Outros 4.602 4.602

Operações com Participantes 25.602 30.597

Empréstimos 12.560 11.531

Financiamentos Imobiliários 13.042 19.066

Outros 5.345 5.780

Ação de Repetição de Indébito 4.735 5.780

Depósito em Garantia 610 -

Total 6.071.829 5.817.192

Relatório Anual 2016 67

PBDC

PCD

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Títulos Públicos 323.891 268.783

Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B 319.259 260.394

Letras Financeiras do Tesouro - LFT 4.632 8.389

Livres 4.632 8.389

Ações 61.792 51.392

Livres 49.448 32.568

Instituições Financeiras 7.991 10.317

Companhias Abertas 41.457 22.251

Em Operações de Empréstimo 12.344 18.812

Instituições Financeiras 1.228 1.064

Companhias Abertas 11.116 17.748

Valores a Receber - Operações de Empréstimo - 12

Fundos de Investimento 11.687 18.513

Renda Fixa 11.622 18.421

Participações 65 92

Investimentos Imobiliários 3.076 2.597

Locados a Terceiros 1.994 1.394

Investimentos em Shopping Center 381 52

Direitos de Alienação 578 1.029

Outros 123 122

Operações com Participantes 2.374 2.285

Empréstimos 2.270 2.150

Financiamentos Imobiliários 104 135

Outros 151 163

Ação de Repetição de Indébito 133 163

Depósito em Garantia 18 -

Total 402.971 343.733

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Títulos Públicos 132.810 116.236

Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B 101.190 91.429

Letras Financeiras do Tesouro - LFT 31.620 24.807

Livres 31.620 24.807

Ações 19.221 15.029

Livres 19.221 15.029

Instituições Financeiras 4.912 5.082

Companhias Abertas 14.309 9.947

Fundo de Investimento 4.819 7.675

Renda Fixa 4.819 2.515

Ações - 5.160

Total 156.850 138.940

Relatório Anual 2016 68

PGA

8.2 – Rentabilidade

A rentabilidade foi calculada utilizando-se a metodologia da Taxa Interna de Retorno - TIR para as carteiras de investimento. A rentabilidade patrimonial do PBB, do PBDC e do PGA é calculada conforme metodologia do Fluxo Médio, que considera o resultado dos investimentos em relação ao saldo patrimonial, enquanto a rentabilidade do PCD é calculada pelo método de Cotização. A rentabilidade dos planos de benefícios em ambos os períodos foi impactada principalmente pelo desempenho da carteira de ações e dos investimentos imobiliários.

8.3 – Análise de sensibilidade

Em função da composição da carteira de investimentos dos planos de benefícios, com significativa parcela do patrimônio aplicada em títulos públicos classificados na categoria Mantidos até o Vencimento, é praticamente nula a suscetibilidade do segmento de renda fixa às variações de preço de mercado da carteira. Assim, o impacto no resultado decorrente da variabilidade do preço de ativos financeiros restringe-se, basicamente, ao segmento de renda variável.

O quadro a seguir demonstra a possibilidade de perda calculada utilizando-se a metodologia Valor sob Risco - VaR, com 95% de confiança, a que o citado segmento estava exposto em 31 de dezembro de 2016:

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Títulos Públicos 262.294 269.611

Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B 61.543 57.569

Letras Financeiras do Tesouro - LFT 200.751 212.042

Livres 200.751 212.042

Fundo de Investimento 9.792 5.119

Renda Fixa 9.792 5.119

Investimentos Imobiliários 13.348 11.432

Locados a Terceiros 13.348 11.432

Total 285.434 286.162

Em %

2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015

Títulos Públicos 13,35 17,20 13,46 17,29 13,41 16,20 13,76 14,12

Créditos Privados e Depósitos - - - 15,06 - - - -

Ações 71,99 (27,26) 49,28 (19,44) 36,45 (13,83) - -

Fundos de Investimento 13,74 11,77 13,38 10,78 9,22 5,38 13,21 13,15

Investimentos Imobiliários 59,36 10,60 59,39 9,84 - - 31,44 23,26

Empréstimos e Financiamentos 26,56 29,75 14,61 13,36 - - - -

Rentabilidade Patrimonial 17,25 11,43 18,49 9,46 14,27 10,08 14,14 14,20

PBB PBDC PCD PGADiscriminação

Em R$ mil

Financeiro % do patrimônio

PBB 361.518 13.362 3,69

PBDC 61.792 1.916 3,10

PCD 19.221 554 3,59

VaR

(95% de confiança)Exposição Renda

Variável Discriminação

Relatório Anual 2016 69

8.4 – Classificação dos Instrumentos Financeiros

Consolidado

PBB

Em R$ mil

Contábil Mercado Curva Contábil Mercado Curva

Para Negociação 1.208.429 1.208.429 //////////////////////// 976.480 976.480 ////////////////////////

181 a 360 - - - 11.588 11.588 11.588

Acima de 360 451.115 451.115 451.591 240.922 240.922 240.959

NTN-B Acima de 360 - - - 195.312 195.312 200.235

Ações1/ s/ Vencimento 441.480 441.480 - 455.433 455.433 -

FIRF s/ Vencimento 313.354 313.354 - 64.569 64.569 -

FIP s/ Vencimento 2.480 2.480 - 3.496 3.496 -

FIA s/ Vencimento - - - 5.160 5.160 -

Mantidos até o Vencimento 5.541.585 5.665.363 //////////////////////// 5.458.649 5.002.103 ////////////////////////

LFT Acima de 360 - - - - - -

Até 180 385.620 385.881 385.620 - - -

NTN-B 181 a 360 - - - 326.871 328.024 326.871

Acima de 360 5.155.965 5.279.482 5.155.965 5.131.778 4.674.079 5.131.778

Total 6.750.014 6.873.792 //////////////////////// 6.435.129 5.978.583 ////////////////////////

2016 2015

1/ Não incluem o valor de R$ 1.049 mil referente a dividendos a receber.

DiscriminaçãoVencimento

(em dias)

LFT

Em R$ mil

Contábil Mercado Curva Contábil Mercado Curva

Para Negociação 864.524 864.524 //////////////////////// 633.513 633.513 ////////////////////////

181 a 360 - - - 7.271 7.271 7.271

Acima de 360 214.112 214.112 214.286 - - -

NTN-B Acima de 360 - - - 195.312 195.312 200.235

Ações1/ s/ Vencimento 360.876 360.876 - 389.012 389.012 -

FIRF s/ Vencimento 287.121 287.121 - 38.514 38.514 -

FIP s/ Vencimento 2.415 2.415 - 3.404 3.404 -

Mantidos até o Vencimento 5.059.593 5.165.769 //////////////////////// 5.049.258 4.620.532 ////////////////////////

Até 180 371.239 371.487 371.239 - - -

181 a 360 - - - 314.677 315.787 314.677

Acima de 360 4.688.354 4.794.282 4.688.354 4.734.581 4.304.745 4.734.581

Total 5.924.117 6.030.293 //////////////////////// 5.682.771 5.254.045 ////////////////////////

20152016

1/ Não incluem o valor de R$ 642 mil referente a dividendos a receber.

NTN-B

DiscriminaçãoVencimento

(em dias)

LFT

Relatório Anual 2016 70

PBDC

PCD

PGA

8.5 – Títulos Públicos

Os recursos dos planos de benefícios estão preponderantemente alocados em títulos públicos, especialmente Notas do Tesouro Nacional, Série B - NTN-B, haja vista o retorno compatível com o índice de correção do passivo atuarial desses planos.

Os Planos possuem capacidade financeira e intenção de levar até o vencimento os títulos classificados na categoria Mantidos até o Vencimento, possibilitando assim menor volatilidade no apreçamento dos ativos e, por conseguinte, no resultado.

Em R$ mil

Contábil Mercado Curva Contábil Mercado Curva

Para Negociação 77.846 77.846 //////////////////////// 78.295 78.295 ////////////////////////

LFT 181 a 360 - - - 4.317 4.317 4.317

Acima de 360 4.632 4.632 4.644 4.073 4.073 4.073

Ações1/ s/ Vencimento 61.527 61.527 - 51.392 51.392 -

FIRF s/ Vencimento 11.622 11.622 - 18.421 18.421 -

FIP s/ Vencimento 65 65 - 92 92 -

Mantidos até o Vencimento 319.259 335.886 //////////////////////// 260.393 236.735 ////////////////////////

LFT Acima de 360 - - - - - -

Até 180 14.381 14.394 14.381 - - -

NTN-B 181 a 360 - - - 12.194 12.237 12.194

Acima de 360 304.878 321.492 304.878 248.199 224.498 248.199

Total 397.105 413.732 //////////////////////// 338.688 315.030 ////////////////////////

20152016Discriminação

Vencimento

(em dias)

1/ Não incluem o valor de R$ 263 mil referente a dividendos a receber.

Em R$ mil

Contábil Mercado Curva Contábil Mercado Curva

Para Negociação 55.516 55.516 //////////////////////// 47.511 47.511 ////////////////////////

LFT Acima de 360 31.620 31.620 31.666 24.807 24.807 24.813

Ações1/ s/ Vencimento 19.077 19.077 - 15.029 15.029 -

FIRF s/ Vencimento 4.819 4.819 - 2.515 2.515 -

FIA s/ Vencimento - - - 5.160 5.160 -

Mantidos até o Vencimento 101.190 101.734 91.429 88.779 91.429

NTN-B Acima de 360 101.190 101.734 101.190 91.429 88.779 91.429

Total 156.706 157.250 //////////////////////// 138.940 136.290 ////////////////////////

1/ Não incluem o valor de R$ 144 mil referente a dividendos a receber.

DiscriminaçãoVencimento

(em dias)

20152016

Em R$ mil

Contábil Mercado Curva Contábil Mercado Curva

Para Negociação 210.543 210.543 //////////////////////// 217.161 217.161 ////////////////////////

LFT Acima de 360 200.751 200.751 200.995 212.042 212.042 212.073

FIRF s/ Vencimento 9.792 9.792 - 5.119 5.119

Mantidos até o Vencimento 61.543 61.974 //////////////////////// 57.569 56.057 ////////////////////////

NTN-B Acima de 360 61.543 61.974 61.543 57.569 56.057 57.569

Total 272.086 272.517 //////////////////////// 274.730 273.218 ////////////////////////

20152016Discriminação

Vencimento

(em dias)

Relatório Anual 2016 71

8.6 – Ações

Os investimentos em ações são realizados no intento de diversificar o portfolio e agregar rentabilidade, observando a perspectiva de valorização e o histórico de distribuição de dividendos e de JCP. O quadro a seguir apresenta a composição da carteira de renda variável, por emissor:

Consolidado

Em R$ mil

Quantidade Valor Quantidade Valor

Livres 66.346.187 430.187 73.074.644 322.025

Instituições Financeiras 1.428.475 42.286 2.509.743 45.121

Banco do Brasil 617.317 17.341 1.255.361 18.505

Banco Bradesco 676.918 19.630 1.045.045 20.148

Banco Itaú 134.240 4.544 209.337 5.512

Dividendos a Receber - 771 - 956

Companhias Abertas 64.917.712 387.901 70.564.901 276.904

Ambev 1.191.887 19.547 1.475.687 26.341

BB Seguridade Participações 96.470 2.731 96.470 2.347

BRF 557.654 26.906 258.918 14.344

BR Malls Participações 72.706 869 33.359 370

BM&FBovespa 694 11 67.794 738

CCR 364.657 5.820 445.379 5.591

Cielo 316.436 8.825 280.300 9.415

Copel 40.342 1.104 21.043 511

Cetip 578.510 25.802 27.160 1.018

Gerdau - - 32.466 151

Itausa - - 1.848.457 12.717

Kroton Educacional 139.470 1.859 157.070 1.497

Oi - - 296.267 711

Petrobras 8.075.102 120.077 7.600.707 50.925

Marcopolo 50.713.984 109.035 51.922.784 88.269

Vale 2.769.800 65.037 6.001.040 61.690

Dividendos a Receber - 278 - 269

Em Operações de Empréstimo 644.020 12.342 15.415.966 133.375

Instituições Financeiras 43.700 1.228 402.556 6.397

Banco do Brasil 43.700 1.228 362.556 5.344

Banco Itaú - - 40.000 1.053

Companhias Abertas 600.320 11.114 15.013.410 126.978

Ambev - - 55.000 982

BRF 52.190 2.518 350.926 19.441

BR Malls Participações 71.800 858 77.800 864

BM&FBovespa - - 158.000 1.721

CCR - - 625.800 7.854

Cielo S.A. - - 93.300 3.134

Copel - - 49.099 1.193

Petrobras 399.000 5.933 13.501.395 90.460

Vale 77.330 1.805 102.090 1.329

Valores a Receber - Empréstimos - 2 - 33

Total 66.990.207 442.531 88.490.610 455.433

Discriminação2016 2015

Relatório Anual 2016 72

PBB

Em R$ mil

Quantidade Valor Quantidade Valor

Livres 62.299.198 361.518 68.966.095 274.428

Instituições Financeiras 1.013.447 29.383 1.747.922 29.722

Banco do Brasil 533.106 14.975 1.015.384 14.967

Banco Bradesco 480.341 13.930 732.538 14.123

Dividendos a Receber - 478 - 632

Companhias Abertas 61.285.751 332.135 67.218.173 244.706

Ambev 699.060 11.465 1.011.587 18.057

BRF 470.020 22.678 192.149 10.645

CCR - - 208.958 2.623

Cielo 181.214 5.054 196.214 6.591

Cetip 341.600 15.235 - -

Gerdau S.A. - - 31.636 147

Itausa - - 1.848.457 12.717

Oi - - 254.725 611

Petrobras 7.538.452 112.097 7.144.442 47.868

Marcopolo 49.529.564 106.489 50.548.164 85.932

Vale 2.525.841 58.953 5.781.841 59.264

Dividendos a Receber - 164 - 251

Em Operações de Empréstimo - - 14.175.540 114.563

Instituições Financeiras - - 361.822 5.333

Banco do Brasil - - 361.822 5.333

Companhias Abertas - - 13.813.718 109.230

Ambev - - 26.273 469

BRF - - 277.871 15.394

CCR - - 487.564 6.119

Petrobras - - 13.022.010 87.248

Valores a Receber - Empréstimos - - - 21

Total 62.299.198 361.518 83.141.635 389.012

Discriminação2016 2015

Relatório Anual 2016 73

PBDC

Em R$ mil

Quantidade Valor Quantidade Valor

Livres 3.232.666 49.448 3.283.006 32.568

Instituições Financeiras 253.751 7.991 526.123 10.317

Banco do Brasil 51.251 1.440 194.217 2.863

Banco Bradesco 99.903 2.897 213.236 4.111

Banco Itaú 102.597 3.473 118.670 3.125

Dividendos a Receber - 181 - 218

Companhias Abertas 2.978.915 41.457 2.756.883 22.251

Ambev 386.665 6.341 357.938 6.389

BB Seguridade Participações 55.071 1.559 55.071 1.340

BRF 52.196 2.518 31.331 1.736

BR Malls Participações 72.706 869 33.359 370

BM&FBovespa 694 11 67.794 738

CCR 187.567 2.994 59.331 745

Cielo 91.214 2.544 40.079 1.346

Copel 40.342 1.104 21.043 511

Cetip 170.710 7.614 27.160 1.018

Gerdau - - 830 4

Itausa - - - -

Kroton Educacional 94.300 1.257 108.900 1.038

Oi - - 41.542 100

Petrobras 399.071 5.934 318.686 2.135

Marcopolo 1.184.420 2.546 1.374.620 2.337

Vale 243.959 6.084 219.199 2.426

Dividendos a Receber - 82 - 18

Em Operações de Empréstimo 644.020 12.342 1.240.426 18.812

Instituições Financeiras 43.700 1.228 40.734 1.064

Banco do Brasil 43.700 1.228 734 11

Banco Itaú - - 40.000 1.053

Companhias Abertas 600.320 11.114 1.199.692 17.748

Ambev - - 28.727 513

BRF 52.190 2.518 73.055 4.047

BR Malls Participações 71.800 858 77.800 864

BM&FBovespa - - 158.000 1.721

CCR - - 138.236 1.735

Cielo - - 93.300 3.134

Copel - - 49.099 1.193

Petrobras 399.000 5.933 479.385 3.212

Vale 77.330 1.805 102.090 1.329

Valores a Receber - Empréstimos - 2 - 12

Total 3.876.686 61.792 4.523.432 51.392

Discriminação2016 2015

Relatório Anual 2016 74

PCD

O desinvestimento em ações da Marcopolo S.A. foi aprovado pelas instâncias competentes da Fundação no ano de 2016, tendo a venda sido concluída no início de 2017.

8.7 – Fundos de Investimento

I. Fundo de Investimento em Renda Fixa - FIRF

Trata-se de fundo exclusivo, cuja carteira é composta por títulos públicos marcados a mercado e utilizados para fazer face às necessidades de liquidez dos planos (saldo de R$ 313.354 mil, em 2016, e de R$ 64.569 mil, em 2015).

II. Fundo de Investimento em Participações - FIP

Refere-se a investimento realizado pelo PBB e pelo PBDC, cujo saldo de R$ 2.480 mil (R$ 3.496 mil em 2015) é composto por ativos de renda fixa e de emissão de empresas que possuem passivos fiscais ainda pendentes de julgamento, o que vem atrasando o encerramento do fundo. A variação decorre, basicamente, da venda das ações da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar, cuja operação ocorreu em agosto, pelo valor de R$ 1.739 mil, correspondente à participação de 7,65% da Centrus no Fundo.

8.8 – Investimentos Imobiliários

A variação é consequência, basicamente, da reavaliação dos imóveis ocorrida no exercício e do recebimento de parcelas correspondentes às vendas realizadas em 2014, conforme evidenciado nos quadros a seguir:

Em R$ mil

Quantidade Valor Quantidade Valor

Livres 814.323 19.221 825.543 15.029

Instituições Financeiras 161.277 4.912 235.698 5.082

Banco do Brasil 32.960 926 45.760 675

Banco Bradesco 96.674 2.803 99.271 1.914

Banco Itaú 31.643 1.071 90.667 2.387

Dividendos a Receber - 112 - 106

Companhias Abertas 653.046 14.309 589.845 9.947

Ambev 106.162 1.741 106.162 1.895

BB Seguridade Participações 41.399 1.172 41.399 1.007

BRF 35.438 1.710 35.438 1.963

CCR 177.090 2.826 177.090 2.223

Cielo 44.008 1.227 44.007 1.478

Cetip 66.200 2.953 - -

Kroton Educacional 45.170 602 48.170 459

Petrobras 137.579 2.046 137.579 922

Dividendos a Receber - 32 - -

Total 814.323 19.221 825.543 15.029

2016 2015Discriminação

Em R$ mil

Data Empresa Responsável

Locados a Terceiros 64.728 89.610 24.882

Cosmopolitan Center 34.667 55.458 20.791

Corporate Financial Center 30.061 34.152 4.091

Investimentos em Shopping Center 2.015 14.784 12.769 15.6.2016Predictor Avaliações

Patrimoniais e consultoria Ltda

Total 66.743 104.394 37.651

Imóveis ReavaliadosSaldo em

31.12.2015Reavaliação Ajuste

Laudo

15.7.2016

Analítica - Engenharia de

Avaliações Ltda.

Obs: No saldo de investimento imobiliário são acrescidos os valores a receber de alugueis, depósito caução e imóvel em processo de

desapropriação no total de R$ 5.734 mil

Relatório Anual 2016 75

A Centrus possui imóveis no valor de R$ 62.731 mil vinculados a garantia em ações judiciais (valor em discussão totalizando R$ 40.161 mil) relacionadas ao cálculo de frações patrimoniais atribuídas a participantes desligados do PBB, em razão do enquadramento dos funcionários do Banco Central ao RJU.

8.9 – Valor Justo – Por Hierarquia

As metodologias de avaliação do valor justo são classificadas de acordo com os seguintes níveis de hierarquia, que refletem a representatividade dos dados utilizados nas avaliações:

Nível 1 – preços de instrumentos financeiros idênticos cotados em mercados ativos, sem a realização de ajustes;

Nível 2 – preços cotados, não incluídos no Nível 1, observáveis para o ativo ou o passivo financeiro, direta ou indiretamente, incluindo-se: (i) cotações de preços de instrumentos financeiros similares, negociados a mercado ativo; (ii) cotações de preços de instrumentos financeiros idênticos ou similares, negociados em mercado pouco ativo; e (iii) outros dados significativos observáveis para o instrumento financeiro; e

Nível 3 – dados não observáveis para o instrumento financeiro, utilizados na mensuração de ativos e de passivos financeiros para os quais não há dados observáveis disponíveis ou quando há pouca ou nenhuma atividade de mercado na data da avalição.

O quadro a seguir apresenta o saldo existente para os instrumentos financeiros da Centrus avaliados a valor justo, de acordo com o nível de hierarquia de valor justo no qual está classificado:

Consolidado

2016 2015

Shopping Center

Recife - Salão

Comercial BV 80

18.9.2014

R$ 22.191 mil – entrada de R$ 6.657 mil e saldo

em trinta parcelas mensais e consecutivas,

atualizadas pelo IPCA mais juros.7.858 7.205 1.986 15.063

Shopping Center

Recife - Salão

Comercial PC-82

21.10.2014

R$ 18.546 mil – entrada de R$ 6.213 mil e saldo

em trinta parcelas mensais e consecutivas,

atualizadas pelo IPCA mais juros.6.207 5.689 2.087 11.896

Alphaville - Centro

Industrial e

Empresarial

4.4.2014

Com saldo devedor de R$ 19.297 mil em julho de

2016, foi aprovada renegociação dos créditos,

mediante prorrogação do prazo de pagamento

para 48 parcelas, mantendo-se as condições de

atualização pelo IPCA mais juros.

6.734 4.410 18.347 11.144

Total 20.799 17.304 22.420 38.103 /1

Inclui parcelas recebidas antecipadamente

Em R$ mil

Imóveis

Vendidos

Data de

VendaCondições Total

/1Recebimento Valor a

Receber

Em R$ mil

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Títulos 5.992.700 - - 5.906.471 - -

Ações 442.531 - - 511.539 - -

Fundos de Investimentos 313.354 - 2.480 64.566 - 3.496

Renda Fixa 313.354 - - 64.566 - -

Participações - - 2.480 - - 3.496

Investimentos Imobiliários - - 132.548 - - 112.073

Total 6.748.585 - 135.028 6.482.576 - 115.569

Discriminação2016 2015

Relatório Anual 2016 76

PBB

PBDC

PCD

PGA

Em R$ mil

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Títulos 5.273.705 - - 5.251.841 - -

Ações 361.518 - - 440.927 - -

Fundos de Investimentos 287.121 - 2.415 38.513 - 3.404

Renda Fixa 287.121 - - 38.513 - -

Participações - - 2.415 - - 3.404

Investimentos Imobiliários - - 116.124 - - 98.043

Total 5.922.344 - 118.539 5.731.281 - 101.447

Discriminação2016 2015

Em R$ mil

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Títulos 323.891 - - 268.783 - -

Ações 61.792 - - 54.920 - -

Fundos de Investimentos 11.622 - 65 18.421 - 92

Renda Fixa 11.622 - - 18.421 - -

Participações - - 65 - - 92

Investimentos Imobiliários - - 3.076 - - 2.597

Total 397.305 - 3.141 342.124 - 2.689

Discriminação2016 2015

Em R$ mil

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Títulos 132.810 - - 116.236 - -

Ações 19.221 - - 15.692 - -

Fundos de Investimentos 4.819 - - 2.515 - -

Renda Fixa 4.819 - - 2.515 - -

Participações - - - - - -

Investimentos Imobiliários - - - - - -

Total 156.850 - - 134.443 - -

Discriminação2016 2015

Em R$ mil

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Títulos 262.294 - - 269.611 - -

Fundos de Investimentos 9.792 - - 5.119 - -

Renda Fixa 9.792 - - 5.119 - -

Participações - - - - - -

Investimentos Imobiliários - - 13.348 - - 11.432

Total 272.086 - 13.348 274.730 - 11.432

Discriminação2016 2015

Relatório Anual 2016 77

8.10 – Empréstimos e Financiamentos

8.10.1 – Empréstimos

Nessa rubrica são registradas as operações de empréstimo realizadas com participantes e assistidos do PBB e do PBDC, observadas as seguintes condições:

O demonstrativo abaixo apresenta os empréstimos concedidos no período:

Os próximos quadros mostram a distribuição dos empréstimos considerando o período de atraso, cujo provisionamento é efetuado de acordo com a Nota 4.6.1:

Consolidado

PBB

Em R$ mil

PBB PBDC Consolidado PBB PBDC Consolidado

Principal 12.754 2.499 15.253 11.695 2.339 14.034

(Prov. Créd. Liquidação Duvidosa) (194) (229) (423) (164) (189) (353)

Total 12.560 2.270 14.830 11.531 2.150 13.681

2016 2015Discriminação

Prazo 12, 24, 36, 48 e 60 meses

Taxa de administração 0,5% sobre o valor da operação

Até duas operações simultâneas por participante

Soma das prestações não pode ultrapassar 30% dos vencimentos

Máximo de R$ 100 mil no total das operações

Amortização Tabela Price

Taxa de juros correspondente à variação do CDI

Taxa de Quitação por Morte - TQM variável em função da idadeIOF

Encargos

Limite

Em R$ mil

Quantidade Valor Quantidade Valor

PBB 141 7.043 75 3.607

PBDC 38 1.139 34 1.005

Total 179 8.182 109 4.612

2016 2015Plano

Principal Provisão Saldo Principal Provisão Saldo

0 a 60 14.790 - 14.790 13.681 - 13.681

61 a 120 - - - - - -

121 a 240 43 2 41 - - -

241 a 360 - - - - - -

Acima de 360 418 418 - 353 353 -

Total 15.251 420 14.831 14.034 353 13.681

Atraso

(em dias)

2016

Em R$ mil

2015

Principal Provisão Saldo Principal Provisão Saldo

0 a 60 12.520 - 12.520 11.531 - 11.531

61 a 120 - - - - - -

121 a 240 43 2 41 - - -

241 a 360 - - - - - -

Acima de 360 189 189 - 164 164 -

Total 12.752 191 12.561 11.695 164 11.531

Atraso

(em dias)

2016

Em R$ mil

2015

Relatório Anual 2016 78

PBDC

8.10.2 – Financiamentos Imobiliários

Nessa rubrica estão registrados os saldos das operações de financiamentos imobiliários realizadas com participantes e assistidos do PBB e do PBDC.

Em 1996, foram suspensas novas concessões, sendo facultado, a partir de então, apenas a realização de operações de renegociação. Os contratos em curso observam as condições estabelecidas nos diversos regulamentos, conforme a seguir:

No exercício de 2016, foi dada continuidade aos programas para promoção do reequilíbrio financeiro dos contratos de financiamento imobiliário. Tais programas objetivam incentivar a repactuação ou a liquidação de operações, por meio da revisão dos saldos devedores, da concessão de desconto para liquidação ou do alongamento de prazos, e destinam-se aos contratos ainda não repactuados e às operações cujos mutuários demandam na Justiça contra a Fundação, incluindo contratos originados na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - Previ.

Principal Provisão Saldo Principal Provisão Saldo

0 a 60 2.270 - 2.270 2.150 - 2.150

61 a 120 - - - - - -

121 a 240 - - - - - -

241 a 360 - - - - - -

Acima de 360 229 229 - 189 189 -

Total 2.499 229 2.270 2.339 189 2.150

Atraso

(em dias)

2016 2015

Em R$ mil

Em R$ mil

PBB PBDC Consolidado PBB PBDC Consolidado

Principal 13.259 104 13.363 19.185 140 19.325

(Prov. Créd. Liquidação Duvidosa) (217) - (217) (119) (5) (124)

Total 13.042 104 13.146 19.066 135 19.201

2016 2015Discriminação

Versões Versão Versão Versão Versões Versão Versões

de 1 a 5 6 7 8 9 e A B C e D

Prestação Até 360

meses

Até 240

meses e 120

de

prorrogação

Até 180

meses

Até 240

meses

Taxa de

administração

Reajuste da

prestação

Média

ponderada do

reajuste dos

vencimentos

fixos

Reajuste

dos

proventos

fixos do

mutuário

INPC

Reajuste dos

proventos

fixos do

mutuário.

Recálculo

decorrido 3/4

do prazo

IGPM INPC TR IPCA

Reajuste do

saldo devedorIGPM INPC TR IPCA

Juros 10% a.a. 12% a.a. 7% a.a.

TQM 1% a.a.

Variável em

função da

idade do

mutuário

Seguro

Garantia

Média

ponderada

dos reajustes

dos

vencimentos

fixos

6% a.a.

Discriminação 1981 1991

7% a.a.

Até 240 meses Até 240 meses e 60

de prorrogação

4,0% a.a. sobre o saldo

devedor - mutuário ex-

participante

15,0% a.m. sobre o valor da prestação - mutuário ex-

participante

1,5% a.a. Variável em função da idade do mutuário

Seguro contra incêndio obrigatório por quantia não inferior ao montante da dívida

Hipoteca

INPC

1993

Taxa de cobrança de

R$18,49 a.m.,

reajustável pelo IPCA

anual

Relatório Anual 2016 79

O resultado desses programas no período está demonstrado abaixo:

Os quadros a seguir apresentam a distribuição dos financiamentos imobiliários conforme o período de atraso, esclarecido que o provisionamento é efetuado de acordo com a Nota 4.6.1. Os contratos em que a inadimplência indica reduzida expectativa de recuperação do crédito são provisionados em 100% e baixados da contabilidade. A Fundação mantém todos os procedimentos administrativos ou judiciais para o recebimento desses créditos e reconhece os valores recuperados diretamente como receita.

Consolidado

PBB

PBDC

Em R$ mil

Qtde. Valor Qtde. Valor Qtde. Valor Qtde. Valor

Liquidações 110 3.684 - - 160 6.244 - -

Repactuações 1 23 - - 3 146 - -

Descontos Concedidos 32 1.511 - - 39 2.286 - -

Discriminação

2016 2015

PBB PBDC PBB PBDC

Saldo

ContratadoProvisão Saldo Contábil

Saldo

ContratadoProvisão Saldo Contábil

sem atraso 12.851 - 12.851 18.784 - 18.784

1 a 60 - - - 114 - 114

61 a 120 277 69 208 382 96 286

121 a 240 117 60 57 24 12 12

241 a 360 118 89 30 21 16 5

Acima de 360 8.588 8.588 - 33.527 33.527 -

Total 21.951 8.806 13.146 52.852 33.651 19.201

Atraso

(em dias)

2016 2015

Em R$ mil

Saldo

ContratadoProvisão Saldo Contábil

Saldo

ContratadoProvisão Saldo Contábil

sem atraso 12.747 - 12.747 18.666 - 18.666

1 a 60 - - - 111 - 111

61 a 120 277 69 208 363 91 272

121 a 240 117 60 57 24 12 12

241 a 360 118 89 30 21 16 5

Acima de 360 8.132 8.132 - 32.749 32.749 -

Total 21.391 8.350 13.042 51.934 32.868 19.066

Atraso

(em dias)

2016

Em R$ mil

2015

Saldo

ContratadoProvisão Saldo Contábil

Saldo

ContratadoProvisão Saldo Contábil

sem atraso 104 - 104 118 - 118

1 a 60 - - - 3 - 3

61 a 120 - - - 19 5 14

121 a 240 - - - - - -

241 a 360 - - - - - -

Acima de 360 456 456 - 778 778 -

Total 560 456 104 918 783 135

Atraso

(em dias)

2016

Em R$ mil

2015

Relatório Anual 2016 80

8.11 – Outros Realizáveis

Corresponde à ação de repetição de indébito proposta pela Fundação contra a União, relativa ao Imposto de Renda sobre aplicações financeiras, com trânsito em julgado, na qual a União foi condenada a devolver à Centrus o valor de R$ 5.479 mil em até dez anos, com atualização monetária.

No exercício de 2016, ocorreu o recebimento de R$ 1.477 mil (R$ 598 mil em 2015) e atualização monetária pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E, definido pelo Supremo Tribunal Federal - STF e com consolidação pela Justiça Federal, no valor de R$ 402 mil (R$ 807 mil em 2015).

9 – Permanente

9.1 – Móveis

A variação observada no período decorre, basicamente, do reconhecimento das despesas com depreciação dos bens móveis.

9.2 – Imóveis

A variação é decorrente da reavaliação ocorrida no período.

Em R$ mil

Aquisição Baixa Depreciação/

Amortização

Móveis e Utensílios 615 - - (83) 532

Veículos 56 - - (12) 44

Computadores e periféricos 1.837 36 - (445) 1.428

Software 12 - - (12) -

Máquinas e equipamentos 161 4 - (23) 142

Instalações 1 - - (1) -

Total 2.682 40 - (576) 2.146

Saldo em

31.12.2015

Saldo em

31.12.2016

Movimentação

Discriminação

Em R$ mil

Data Empresa Responsável

Edificações para Uso Próprio 17.611 20.114 2.503 15.7.2016 Analítica - Engenharia de

Avaliação Ltda.

Total 17.611 20.114 2.503

Imóvel Saldo em

31.12.2015 Reavaliação Ajuste

Laudo

Relatório Anual 2016 81

10 – Exigível Operacional – Gestão Previdencial

A composição do saldo desse grupo de contas é assim apresentada:

No saldo consolidado, devem ser desconsideradas as operações comuns entre os Planos, conforme Nota 17.

10.1 – Créditos do Patrocinador – Portaria 2.644

Corresponde ao crédito constituído em contrapartida à elevação do percentual da cota básica das pensões por morte, aprovada nos termos da Portaria nº 2.644, de 11 de dezembro de 2008, do Departamento de Análise Técnica da então Secretaria de Previdência Complementar - SPC.

A atualização dos valores disponíveis ao patrocinador Banco Central é calculada mensalmente pela rentabilidade da carteira de títulos públicos do PBB, inclusive dos integrantes de FIRF. Para a patrocinadora Centrus, é calculada pela rentabilidade patrimonial do PBDC.

A transferência à autarquia é efetuada mensalmente em montante equivalente à rentabilidade do período e conforme solicitação por ela efetuada. No que se refere ao PBDC, os valores estão à disposição da Centrus.

10.2 – Destinação do Superavit 2005 – Saldo a Pagar

I – Patrocinador

Refere-se ao saldo de Superavit 2005 destinado à patrocinadora do PBDC. A parcela da Centrus será utilizada em proveito do Plano, para fazer face à cobertura de contribuições, de eventual deficit ou de aumento das Provisões Matemáticas decorrente de revisão de premissas atuariais ou de benefícios.

2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015Alteração Benefício Pensão - Créditos do Patrocinador 219.416 311.504 8.329 7.029 - - 227.745 318.533

Destinação do Superávit 2005 - Saldo a Pagar 4.440 7.203 50.213 44.998 - - 54.653 52.201

Patrocinador - - 37.435 33.398 - - 37.435 33.398

Contrapartida Benefício Temporário - - 32.942 29.606 - - 32.942 29.606

Contrapartida Reversão de Valores - - - - - - -

Devolução de Contribuições - - 4.493 3.792 - - 4.493 3.792

Participantes e Assistidos 4.440 7.203 12.778 11.600 - - 17.218 18.803

Benefício Temporário - - 12.778 11.600 - - 12.778 11.600

Reversão de Valores - Direito de Herdeiros 4.440 7.203 - - - - 4.440 7.203

Destinação do Superávit 2009 - Saldo a Pagar 9.930 18.482 5.491 4.642 - - 15.421 23.124

Patrocinador - - 5.491 4.642 - - 5.491 4.642

Contrapartida Benefício Temporário - - 5.098 4.289 - - 5.098 4.289

Devolução de Contribuições - - 393 353 - - 393 353

Participantes e Assistidos 9.930 18.482 - - - - 9.930 18.482

Reversão de Valores - 6 - - - - - 6

Reversão de Valores - Direito de Herdeiros 9.930 18.476 - - - - 9.930 18.476

Destinação do Superávit 2012 - Saldo a Pagar 109.127 - - - - - 109.127 -

Patrocinador 102.665 - - - - - 102.665 -

Reversão de Valores - Cota Patronal 102.665 - - - - - 102.665 -

Participantes e Assistidos 4.699 - - - - - 4.699 -

Reversão de Valores - Direito de Herdeiros 4.699 - - - - - 4.699 -

Outros créditos de participantes

Créditos de Terceiros 1.763 2.002 13 13 - - 1.776 2.015

Fração Patrimonial Encerrada 1.395 1.613 - - - - 1.395 1.613

Remuneração a Pagar 368 389 13 13 - - 381 402

Benefícios Previdenciais a Pagar 1.988 2.250 - - - - 1.988 2.250

Créditos de Ex-participantes - - -

Diferença de remuneração a pagar - - -

Fração Patrimonial Encerrada - - - - - -

Recursos Antecipados - - - - 1.071 533 1.071 533

Retenções a Recolher 8.097 9.975 89 385 177 163 8.363 10.523

Outros 217 351 - - 111 - 328 351

Total 353.215 351.767 64.135 57.067 1.248 696 418.421 409.530

Em R$ mil

DiscriminaçãoPBB PBDC PCD Total

Relatório Anual 2016 82

II – Participantes e Assistidos

O saldo existente no PBB diz respeito a direitos de assistidos falecidos cujos herdeiros ainda não se habilitaram ao recebimento, não havendo atualização até a data do pagamento. No PBDC, o valor corresponde ao saldo das parcelas transferidas mensalmente do fundo previdencial dos participantes para sua conta individualizada. Tais recursos são atualizados pela meta atuarial e somente podem ser sacados quando o participante estiver em gozo de benefício de prestação continuada ou na hipótese de desligamento do Plano.

10.3 – Destinação do Superavit 2009 – Saldo a Pagar

I – Patrocinador

Quanto ao PBB, a transferência dos valores ao patrocinador Banco Central foi concluída com o pagamento da última parcela em março de 2016.

No que diz respeito ao PBDC, refere-se ao saldo disponível de Superavit 2009 destinado à patrocinadora, reconhecido mensalmente em contrapartida ao pagamento efetuado aos participantes e assistidos do Plano. A parcela relativa à Centrus permanece à disposição da Fundação para utilização em proveito do PBDC.

II – Participantes e Assistidos

O saldo relativo ao PBB representa direitos de assistidos falecidos cujos herdeiros ainda não se habilitaram ao recebimento. No caso do PBDC, as cotas relacionadas aos assistidos já foram a eles pagas, enquanto as parcelas correspondentes aos direitos de participantes ativos serão utilizadas para o pagamento de contribuições devidas ao Plano.

10.4 – Destinação do Superavit 2012 – Saldo a Pagar

I – Patrocinador

Refere-se ao saldo disponível do Superavit 2012 destinado ao patrocinador do PBB, cujas transferências dos recursos ocorrerão em função de solicitação do Banco Central e a atualização do saldo a pagar se da pela taxa equivalente à da rentabilidade obtida pela Centrus nas aplicações dos recursos do Plano no segmento de renda fixa, que corresponde ao retorno ponderado dos investimentos efetuados em títulos públicos e fundos de curto prazo lastreados nesses títulos.

II – Assistidos

O saldo relativo ao PBB representa direitos de assistidos falecidos cujos herdeiros ainda não se habilitaram ao recebimento.

10.5 – Benefícios Previdenciais a Pagar

Retrata o saldo de benefícios de assistidos falecidos cujos herdeiros ainda não se habilitaram ao recebimento.

10.6 – Créditos de Ex-participantes

Dizem respeito a valores relacionados a credores que não foram localizados ou a falecidos cujos herdeiros ainda não se habilitaram ao recebimento.

10.7 – Recursos antecipados

Corresponde a contribuições efetuadas pelos participantes do PCD após a data-limite definida para a aquisição de cotas, que permanecem no passivo aguardando o início do mês para integralização às Provisões Matemáticas.

Relatório Anual 2016 83

10.8 – Retenções a Recolher

Compreendem, basicamente, os tributos de responsabilidade de participantes e assistidos, retidos pela Fundação no momento do pagamento e recolhidos conforme calendário estabelecido pela entidade credora.

11 – Exigível Contingencial

O passivo contingencial é constituído com o objetivo de preservar o patrimônio dos planos administrados em situações de risco de perda em ações judiciais ou administrativas e, consequentemente, de desembolso de recursos.

Em 31 de dezembro de 2016, a Centrus era parte em 538 ações judiciais e administrativas, sendo 119 no polo ativo, 382 no polo passivo − relativas a assuntos diversos, entre os quais benefícios, financiamentos imobiliários, reclamações trabalhistas, fração patrimonial e cálculo de tributos − e 37 em que a Fundação possui interesse indireto. No encerramento do exercício de 2015, o total era de 677, sendo 145 no polo ativo, 475 no polo passivo e 57 com interesse indireto. Em 2016, estão contabilizadas provisões para 33 ações (41 em 2015), cujo risco de perda foi considerado provável.

As ações com risco de perda possível não são objeto de provisão. Essas ações totalizavam R$ 303.741 mil em 2016 (R$ 396.927 mil em 2015).

11.1 – Gestão Previdencial

11.1.1 – Trabalhistas

Incluem, basicamente, ações movidas por ex-empregados do Banco Central oriundos do Banco do Brasil S.A. ou por seus pensionistas, que pleiteiam na Justiça revisão do valor do benefício de aposentadoria ou de pensão por morte. A variação observada decorre, principalmente, da atualização do valor das provisões.

11.1.2 – Fração Patrimonial

Refere-se a provisões destinadas à cobertura de eventual perda em ações judiciais relacionadas à revisão da fração patrimonial devolvida a ex-participantes do PBB, resultantes da segregação do patrimônio da Fundação determinada pela Lei nº 9.650, de 1998.

Em 2014, por força de decisão do Superior Tribunal de Justiça - STJ favorável à Centrus, o risco de perda da maioria dessas ações foi reclassificado para possível, determinando a reversão de parte das provisões constituídas para tal finalidade. O valor ainda provisionado refere-se a ações não alcançadas pela decisão do STJ e a variação observada em 2016 decorre da atualização do valor das provisões.

Em R$ mil

2016 2015 2016 2015 2016 2015

Previdencial 122.354 111.435 - - 122.354 111.435

Trabalhistas 58.242 51.958 - - 58.242 51.958

Fração Patrimonial 63.175 58.123 - - 63.175 58.123

Diversas 937 1.354 - - 937 1.354

Administrativo - - 322 314 322 314

Ações Fiscais - - - 53 - 53

Trabalhistas - - 322 261 322 261

Investimento 126 - - - 126 -

Ações Revisionais 126 - - - 126 -

Total 122.480 111.435 322 314 122.802 111.749

PBB PGA ConsolidadoDiscriminação

Relatório Anual 2016 84

11.1.3 – Diversas

Dizem respeito, essencialmente, a ações judiciais movidas por ex-empregados do Banco Central pleiteando reenquadramento e diferenças de proventos, nas quais a Centrus integra a relação processual na qualidade de litisconsorte passivo.

11.2 – Gestão Administrativa

Refere-se a ações movidas por ex-empregados da Fundação, requerendo diferenças de verbas rescisórias, reclassificação funcional e outras indenizações, bem como a autuações fiscais relacionadas a contribuições para a Seguridade Social.

11.3 – Investimentos

A constituição de provisões decorre de execução de honorários advocatícios em ação relativa a financiamento imobiliário já transitada em julgado.

12 – Provisões Matemáticas

As Provisões Matemáticas representam o valor presente dos benefícios concedidos e a conceder aos participantes e assistidos dos planos de benefícios administrados.

Consolidado

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Benefícios Concedidos 3.624.665 3.574.709

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização 3.518.690 3.477.329

Valor Atual dos Benefícios Futuros Programados - Assistidos 2.031.569 2.060.815

Valor Atual dos Benefícios Futuros Não Programados - Assistidos 1.487.121 1.416.514

Contribuição Definida 105.975 97.380

Saldo de Contas - Assistidos 105.975 97.380

Benefícios a Conceder 204.106 200.245

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização Programado 137.951 137.770

Valor Atual dos Benefícios Programados 154.797 156.599

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Patrocinadores (11.231) (12.553)

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Participantes (5.615) (6.276)

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização Não Programado 16.633 21.665

Valor Atual dos Benefícios Não Programados 18.664 24.626

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Patrocinadores (1.354) (1.974)

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Participantes (677) (987)

Contribuição Definida 49.522 40.810

Saldo de Contas - Patrocinador 82 30

Saldo de Contas - Participantes 49.440 40.780

Provisão Matemática a Constituir (1.540) (1.192)

Serviço Passado de Responsabildiade do Patrocinador (1.077) (852)

Serviço Passado de Responsabildiade dos Participantes (463) (340)

Total 3.827.231 3.773.762

Relatório Anual 2016 85

PBB

PBDC

PCD

12.1 – Benefícios Concedidos

Valor atual a ser pago aos assistidos em gozo de benefício de prestação continuada dos planos de benefícios administrados.

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Benefícios Concedidos 3.476.140 3.436.912

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização 3.476.140 3.436.912

Valor Atual dos Benefícios Futuros Programados - Assistidos 1.989.751 2.021.143

Valor Atual dos Benefícios Futuros Não Programados - Assistidos 1.486.389 1.415.769

Benefícios a Conceder - -

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização Programado - -

Valor Atual dos Benefícios Programados - -

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras do Patrocinador - -

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Participantes - -

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização Não Programado - -

Valor Atual dos Benefícios Não Programados - -

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras do Patrocinador - -

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Participantes - -

Total 3.476.140 3.436.912

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Benefícios Concedidos 42.551 40.417

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização 42.551 40.417

Valor Atual dos Benefícios Futuros Programados - Assistidos 41.818 39.672

Valor Atual dos Benefícios Futuros Não Programados - Assistidos 733 745

Benefícios a Conceder 154.584 159.435

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização Programado 137.951 137.770

Valor Atual dos Benefícios Programados 154.797 156.599

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras do Patrocinador (11.231) (12.553)

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Participantes (5.615) (6.276)

Benefício Definido Estruturado em Regime de Capitalização Não Programado 16.633 21.665

Valor Atual dos Benefícios Não Programados 18.664 24.626

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras do Patrocinador (1.354) (1.974)

(-) Valor Atual das Contribuições Futuras dos Participantes (677) (987)

Provisão Matemática a Constituir (1.540) (1.192)

Serviço Passado de Responsabildiade do Patrocinador (1.077) (852)

Serviço Passado de Responsabildiade dos Participantes (463) (340)

Total 195.595 198.660

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

Benefícios Concedidos 105.974 97.380

Contribuição Definida 105.974 97.380

Saldo de Contas - Assistidos 105.974 97.380

Benefícios a Conceder 49.522 40.810

Contribuição Definida 49.522 40.810

Saldo de Contas - Patrocinador 82 30

Saldo de Contas - Participantes 49.440 40.780

Total 155.496 138.190

Relatório Anual 2016 86

12.2 – Benefícios a Conceder

Valor atual dos benefícios a serem concedidos aos participantes do PBDC e do PCD que ainda não entraram em gozo de benefício de prestação continuada. No caso do PBDC, é deduzido o valor presente das contribuições que serão recolhidas ao Plano pelos participantes e pela patrocinadora Centrus.

12.3 – Provisão Matemática a Constituir

Refere-se ao custo de serviço passado de empregados da Fundação que aderiram ao PBDC a partir de dezembro de 2011. O valor foi distribuído entre participantes e a patrocinadora na razão contributiva vigente, de duas cotas de responsabilidade da patrocinadora para uma dos participantes.

O pagamento é efetuado de forma parcelada, tendo como limite a data em que o participante se tornará elegível à obtenção de benefício programado de aposentadoria.

12.4 – Avaliação Atuarial

As Provisões Matemáticas são apuradas por meio de processo de avaliação atuarial realizado pela Gama Consultores Associados Ltda., tendo por base os dados cadastrais dos participantes e assistidos do PBB e do PBDC no mês de dezembro de cada ano, as premissas atuariais aplicáveis às características da massa de participantes e assistidos e a situação econômica atual.

As premissas atuariais utilizadas no cálculo das Provisões Matemáticas e do valor dos benefícios foram revistas durante o exercício de 2016, conforme a seguir discriminadas, a partir dos testes de aderência atuarial desenvolvidos pela Gama Consultores.

A alteração realizada na taxa de juros do PBDC e do PCD decorre da:

I - necessidade de ajuste na taxa de juros atualmente utilizada, de 4% a.a., pelo fato de estar, para ambos os Planos, aquém do limite inferior previsto na Portaria Previc nº 186, de 28 de abril de 2016, de 4,38% a.a. para o PBDC e de 4,33% a.a. para o PCD; e

II - existência de carteira de ativos em valor que supera ao das Provisões Matemáticas, com taxa de juros média acima de 6% a.a.

2016 2015 2016 2015 2016 2015

Biométricas

Tábua de mortalidade geral

Tábua de mortalidade de inválidos

Tábua de entrada em invalidez

Idade média 78 78 50 51 59 58

Econômicas

Taxa de juros 4,5% a.a. 4,5%a.a. 4,5% a.a. 4%a.a. 4,5% a.a. 4%a.a.

Índice de inflação

Contribuição de participantes e assistidos

Contribuição do patrocinador

Crescimento real de salários 3,29% a.a. 3,67%a.a.

Fator de Capacidade 0,9788 0,9771 0,9789 0,9771

População

Total 1.387 1.419 119 119 547 526

Ativos - - 99 100 375 354

Aposentados 609 645 17 16 170 169

Pensionistas vitalícios 761 751 3 3 - -

Pensionistas temporários 17 23 - - 2 3

1/ Os assistidos estão dispensados de contribuir

2/ Correspondente a duas vezes a contribuição do participante

3/ Aplicável apenas à patrocinadora Centrus

PremissasPBB PBDC PCD

AT-2000 M&F (desagravada em 10%) 

 GAM-71 M&F

 Não aplicável  Álvaro Vindas  Não aplicável

 IPCA

Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

-  3%, 5% e 6% 1/

Mínimo de 3% 1/

- 6%, 10% e 12% 2/

Mínimo de 3% 3/

Relatório Anual 2016 87

A modificação efetuada no fator de crescimento real de salários do PBDC se justifica tendo em conta:

I - as possibilidades de evolução na carreira dos empregados da Fundação no contexto do Plano de Cargos e Remunerações - PCR em vigor desde 1º de janeiro de 2014;

II - a aplicação do fator de crescimento salarial apenas até o participante tornar-se elegível à aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade, o que ocorrer primeiro; e

III - a não incidência do fator aos autopatrocinados, aos membros da Diretoria-Executiva e aos participantes em final de carreira.

A alteração feita no fator de capacidade do PBDC reflete projeções das taxas de inflação por período equivalente ao do fluxo do passivo do Plano e a taxa de juros definida ou prevista para vigorar até a próxima avaliação.

13 – Equilíbrio Técnico

13.1 – Resultado do Exercício

O resultado das operações dos planos na modalidade de benefício definido (PBB e PBDC) é incorporado ao Patrimônio Social, na conta Superavit/Deficit Acumulado, enquanto que, na modalidade de contribuição definida (PCD), o resultado é incorporado mensalmente ao saldo das contas individualizadas dos participantes e assistidos.

O quadro a seguir detalha os resultados de 2016:

13.2 – Reserva de Contingência

Com a alteração na metodologia de cálculo (Nota 4.7), a Reserva de Contingência do PBB foi calculada em 18,06% (18,42% em 2015) das Provisões Matemáticas (10 p.p. + 8,06% referentes à duração do passivo), o que impacta positivamente a Reserva Especial.

Para o PBDC, foi mantida em 25% em função da duração do passivo do Plano, que alcançou 19,36 anos (19,67 anos em 2015), cujo percentual de ajuste, acrescido de 10 pontos percentuais, ultrapassa o limite legal.

13.3 – Superavit Técnico Acumulado

O saldo do Superavit Técnico Acumulado do PBB e do PBDC, no valor total de R$ 1.731.900 mil (R$ 1.859.628 mil em 2015), possui a seguinte composição:

Em R$ mil

2016 2015 2016 20152015

Ajustado 1/ 2016 2015 2016 2015

Resultado de Investimentos 951.031 642.739 63.401 29.952 29.952 21.108 14.116 1.035.540 686.807

Receitas de Contribuições - - 3.163 3.044 3.044 6.343 8.643 9.506 11.687

Despesas de Benefícios (358.142) (334.070) (2.338) (3.223) (3.223) (8.653) (9.867) (369.133) (347.160)

(Constituição) / Reversão de Contingências (17.548) 13.169 18 603 603 - - (17.530) 13.772

Atualização de Valores a Pagar (39.668) (48.158) (6.643) (6.319) (6.319) - - (46.311) (54.477)

(Constituição) / Reversão de Provisões Matemáticas (39.230) (3.770) 3.066 (10.816) (32.771) - 1.224 (36.164) (35.317)

(Constituição) / Reversão de Fundos (67.179) (48.570) (7.949) (18.785) (4.848) (21) - (75.149) (53.418)

Outras (35) (19) (6) (6) (6) (1.471) (1.353) (1.512) (1.378)

Resultado do Exercício 429.229 221.321 52.712 (5.550) (13.568) 17.306 12.763 499.247 220.516

Discriminação

PBB PBDC PCD Consolidado

1/ Ajuste no valor das Provisões Matemáticas relativas aos periódos de 2012 a 2014, conforme relatado na nota explicativa 5 das demonstrações

financeiras do exercício de 2015.

Relatório Anual 2016 88

13.4 – Superavit Técnico Ajustado

A Instrução Previc nº 19, de 4 de fevereiro de 2016, estabelece que os superavit e deficit técnicos devem ser ajustados antes de se efetuar a sua distribuição ou o seu equacionamento, conforme o caso, de maneira a reconhecer o impacto da taxa de juros sobre ativos mantidos na contabilidade pelo valor da curva.

Esse ajuste corresponde à diferença entre o valor contábil de títulos públicos vinculados a índices de preços, classificados na categoria Mantidos até o Vencimento, e seu valor calculado utilizando-se a taxa de juros adotada na avaliação atuarial de encerramento do exercício. São incluídos no ajuste de precificação apenas os títulos que apresentam, no conjunto, dentre outros quesitos, valor presente igual ou inferior ao valor presente do fluxo de pagamento de benefícios e tenham duração também igual ou inferior à duração do fluxo de pagamento de benefícios. Na situação de equacionamento de deficit, devem ser considerados os ajustes positivos ou negativos no dimensionamento final do deficit a equacionar, enquanto que na destinação de superavit consideram-se apenas os ajustes negativos.

Em 31 de dezembro de 2016, o ajuste foi positivo em R$ 342.908 mil (R$ 346.389 mil em 2015) para o PBB e em R$ 44.194 mil (R$ 54.203 mil em 2015) para o PBDC, conforme demonstrativo a seguir. Tendo em vista a ocorrência de superavit em ambos os Planos, esses resultados não interferem nos montantes apurados para fins de destinação aos participantes e assistidos e aos patrocinadores:

PBB

PBDC

14 – Fundos Previdenciais

De acordo com o previsto na Resolução CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008, ao apurar-se superavit que atenda às condições de destinação, são constituídos fundos previdenciais segregados entre patrocinadores, de um lado, e participantes e assistidos, de outro, enquanto se aguarda a aprovação do processo pela Previc.

Em R$ mil

PBB PBDC Total PBB PBDC Total PBB PBDC Total

Saldo em 31.12.2015 633.079 49.665 682.744 1.170.505 6.379 1.176.884 1.803.584 56.044 1.859.628

(+/-) Variação1/ (5.288) (766) (6.054) (175.152) 53.478 (121.674) (180.440) 52.712 (127.728)

Saldo em 31.12.2016 627.791 48.899 676.690 995.353 59.857 1.055.210 1.623.144 108.756 1.731.900

Reserva de ContingênciaReserva Especial

para Revisão de PlanoSuperavit Técnico Acumulado

Posição

1/ A variação é decorrente do resultado do exercício dos Planos PBB e PBDC, vide nota 13.1, da devolução do superávit de 2012 no

montante de R$ 610 mil, e a dedução do resultado do Plano PCD, que é incorporado diretamente ao saldo de contas do participante

e assistido.

Em R$ mil

Vencimento Quantidade Valor Contábil Ajuste Valor Ajustado

Até 180 dias 124.862 370.780 2.916 373.696

181 a 360 dias - - - -

Acima de 360 dias  890.335 2.628.557  339.992 2.968.549

124.862 2.999.337 342.908 3.342.245

NTN-B

Total

Em R$ mil

Vencimento Quantidade Valor Contábil Ajuste Valor Ajustado

Até 180 dias 373 1.107 9 1.116

181 a 360 dias - - - -

Acima de 360 dias  59.659 170.992 44.185 215.177

60.032 172.099 44.194 216.293Total

NTN-B

Relatório Anual 2016 89

Após essa aprovação, os saldos são transferidos para fundos específicos, de acordo com a forma de distribuição de superavit adotada. Em 31 de dezembro, estavam registrados os seguintes fundos previdenciais:

14.1 – PBB – Destinação do Superavit 2012 – Patrocinador e Assistidos

Corresponde a saldo da destinação do Superavit 2012 atribuída ao patrocinador Banco Central e aos assistidos, prevista para ser efetivada em 36 parcelas. Essa distribuição foi iniciada em novembro de 2016, retroativamente a janeiro.

14.2 – PBDC

14.2.1 – Superavit 2009

I – Destinação de Superavit

Representa a parcela do Superavit 2009 que foi segregada em função da proporção contributiva enquanto se aguardava a aprovação do projeto de destinação pela Previc.

Em 2014, o projeto foi aprovado parcialmente, restando pendente de decisão no que se refere à parcela patronal relacionada aos participantes autopatrocinados, o que ocasionou a permanência de saldo nessa rubrica. Em junho de 2016, com base na determinação do Ofício 1601/2016/CGDC/DICOL/PREVIC, a Centrus promoveu a distribuição dos recursos entre todos os participantes e assistidos do Plano.

II – Cobertura de Contribuições – Patrocinadora e Participantes

Diz respeito à parcela do Superavit 2009 destinada ao pagamento das contribuições devidas pela patrocinadora Centrus e pelos participantes. O início de sua utilização ocorreu após o esgotamento do saldo do Superavit 2005 para a mesma finalidade.

Em função da decisão final da Previc, efetuou-se créditos aos participantes no Fundo Previdencial de Contribuições Pessoais – 2009, que mantém controles individualizados. Em relação à parte patronal, por não haver fundo previdencial específico para cobertura das contribuições patronais de autopatrocinados, a Centrus deu continuidade ao débito das mencionadas contribuições no Fundo Previdencial de Contribuições Pessoais – 2009.

Em R$ mil

Discriminação 2016 2015

PBB 468.425 88.138

Superavit 2009 - 88.138

Reversão de Valores - Patrocinador - 44.069

Reversão de Valores - Assistidos - 44.069

Superavit 2012 468.425 -

Reversão de Valores - Patrocinador 234.011 -

Reversão de Valores - Assistidos 234.414 -

PBDC 33.705 31.335

Superavit 2005 -

Cobertura de Contribuições -

Superavit 2009 29.231 31.335

Destinação do Superavit - 6.793

Cobertura de Contribuições - Patrocinadora 14.573 14.763

Cobertura de Contribuições - Participantes 14.658 9.530

Contrapartida Benefício Temporário - Patrocinadora - 155

Benefício Temporário - Assistidos - 94

Superavit 2012 4.474 -

Destinação - Patrocinadora 2.312 -

Destinação - Participantes e Assistidos 2.162 -

PCD 21 -

Reversão de Saldo 21 -

Total 502.151 119.473

Relatório Anual 2016 90

III – Benefício Temporário – Patrocinadora e Assistidos

Corresponde à parcela do Superavit 2009 atribuída aos assistidos para pagamento em 36 parcelas, iniciado em julho de 2015, com efeitos retroativos a janeiro de 2013. A parcela da patrocinadora é reconhecida como crédito da Centrus, para utilização em proveito do PBDC (Nota 10.3).

15 – Fundo Administrativo

Registra o Patrimônio Social do PGA e tem como objetivo custear as despesas da Fundação na administração dos planos de benefícios. O Fundo Administrativo representa os recursos de cada plano de benefícios no PGA e é administrado de maneira segregada por plano, observado que:

I - as despesas e as receitas diretamente identificadas são imputadas à parcela do fundo administrativo do respectivo plano de benefícios;

II - as despesas e as receitas comuns são rateadas na proporção do ativo de cada plano; e

III - as receitas oriundas dos investimentos do PGA são rateadas na proporção da participação dos planos de benefícios em seu ativo.

As despesas do PGA em 2016 alcançaram R$ 41.160 mil (R$ 36.237 mil em 2015), dentro dos limites estabelecidos pelo Conselho Deliberativo. Com a implantação do PCD no exercício de 2014, o PGA passou a receber taxa de administração correspondente a 1% do patrimônio do Plano para arcar com a parcela de despesas administrativas a ele relacionadas.

Em 31 de dezembro, os planos de benefícios possuíam a seguinte participação no PGA, equivalente ao saldo do Fundo Administrativo:

16 – Fundos de Investimentos

Os fundos dos investimentos registravam os seguintes saldos em 31 de dezembro:

16.1 – Fundo de Reserva de Garantia

Constituído para fazer face à quitação de empréstimos e de financiamentos imobiliários concedidos aos participantes e assistidos do PBB e do PBDC na ocorrência de falecimento do mutuário.

16.2 – Fundo de Cobertura de Financiamento Imobiliário

Formado com a finalidade de suportar os descontos concedidos na repactuação ou liquidação de contratos que apresentam desequilíbrio financeiro, no âmbito dos programas de reestruturação da carteira de financiamentos imobiliários. A variação do período é resultado das repactuações e das liquidações efetivadas (Nota 8.10.2).

Em R$ mil

Valor % Valor %

PBB 287.562 94,67 286.707 94,69

PBDC 14.873 4,90 15.280 5,05

PCD 1.303 0,43 791 0,26

Total 303.738 100 302.778 100

Discriminação2016 2015

Em R$ mil

2016 2015 2016 2015 2016 2015

Reserva de Garantia 29.370 25.969 799 707 30.169 26.676

Cobertura de Financiamento Imobiliário 2.918 3.080 - - 2.918 3.080

Total 32.288 29.049 799 707 33.087 29.756

PBB PBDC TotalFundos dos Investimentos

Relatório Anual 2016 91

17 – Consolidação de Balanço

Os ajustes e as eliminações promovidos para a consolidação das Demonstrações Contábeis são efetuados em documentos auxiliares e referem-se à participação dos planos de benefícios no PGA, de acordo com o quadro a seguir:

Os valores a receber e a pagar entre planos correspondem, basicamente, ao rateio de despesas efetuadas por um dos planos, cujos serviços foram usufruídos pelos demais, bem como à taxa de administração do PCD a ser repassada ao PGA.

Em R$ mil

PBB PBDC PCD PGA Débito Crédito

Valores a Receber - 2 - 287 - 289

Participação no PGA 287.562 14.873 1.303 - - 303.738

Patrimônio Social - - - 303.738 303.738 -

Valores a Pagar 179 - 110 - 289 -

ContasMovimentação

Eliminações de

Consolidação

Relatório Anual 2016 92

Parecer do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis

Opinião

Examinamos as demonstrações contábeis da Centrus - Fundação Banco Central de Previdência Privada (“Centrus”, “Fundação” ou “Entidade”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado (representado pelo somatório de todos os planos de benefícios administrados pela Centrus, aqui denominados de consolidado por definição da Resolução CNPC n°8) em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio social e do plano de gestão administrativa, e as demonstrações individuais por plano de benefícios, que compreendem a demonstração do ativo líquido, da mutação do ativo líquido e das provisões técnicas do plano, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Centrus - Fundação Banco Central de Previdência Privada e individual por plano de benefícios em 31 de dezembro de 2016, e o desempenho consolidado e por plano de benefícios de suas operações para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Entidade de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis

A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a entidades reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Entidade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Entidade ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Entidade são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Relatório Anual 2016 93

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais;

Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Entidade;

Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração;

Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Entidade. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Entidade a não mais se manter em continuidade operacional;

Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Brasília, 22 de março de 2017.

BDO RCS Auditores Independentes SS

CRC 2 SP 01.3846/0-1-S-DF

Alfredo Ferreira Marques Filho

Contador CRC 1 SP 154954/0-3-S-DF

Relatório Anual 2016 94

Avaliação Atuarial

PBB

1 Considerações Iniciais

Atendendo às disposições das Leis Complementares nºs 108 e 109, ambas de 29 de maio de 2001, e da Resolução MPS/CGPC nº 18, de 28 de março de 2006, e suas alterações posteriores, a Mercer GAMA apresenta o Parecer Técnico-Atuarial do Plano Básico de Benefícios - PBB, administrado e executado pela Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus, patrocinado pelo Banco Central do Brasil, em face da Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016, a qual teve como objetivo o dimensionamento das Provisões Matemáticas e dos Fundos Previdenciais do Plano.

O PBB oferece benefícios previdenciários de aposentadorias, pensões e auxílios, assemelhados aos do Regime Geral de Previdência Social, estruturados na modalidade de Benefício Definido (BD), em que o nível do benefício, a ser concedido quando da implementação de todas as condições previstas em Regulamento, é conhecido a priori, na forma definida pela Resolução MPS/CGPC nº 16, de 22 de novembro de 2005.

O Plano está registrado na Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc sob o Cadastro Nacional de Planos de Benefícios - CNPB nº 1980.0004-92, observado que a Avaliação Atuarial anual de 2015 contempla o Regulamento vigente na data da referida Avaliação Atuarial do Plano, sendo a última alteração regulamentar aprovada por meio da Portaria Previc/Ditec nº 5, de 6 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial da União de 7 de janeiro de 2015.

Procedemos à Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016 na Data-base de 31 de dezembro de 2016, sendo esta também a Data da Avaliação, contemplando o Regulamento e a Nota Técnica Atuarial do Plano vigentes, assim como os dados cadastrais e financeiros individuais dos Assistidos, levantados e informados pela Fundação, bem como nas informações contábeis e patrimoniais, considerando a data de 31 de dezembro de 2016, observada, ainda, a existência de um único Grupo de Custeio no Plano, sendo este denominado PBB exclusivamente para fins deste Parecer, o qual contempla a totalidade dos Assistidos do Plano de Benefícios.

Todas as informações relativas à Avaliação Atuarial objeto deste Parecer encontram-se no Relatório GAMA 62 - RE 73/17, o qual contempla os resultados da Avaliação Atuarial do PBB, posicionada em 31 de dezembro de 2016.

Cabe ressaltar que o PBB se encontra em extinção, possuindo, atualmente, apenas Assistidos. Essa situação decorre da instituição do Regime Jurídico Único - RJU dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, implementado pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, bem como da promulgação da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre o Plano de Carreira dos servidores do Banco Central do Brasil e dá outras providências.

Registre-se, também, que o Plano está em processo de utilização de superavit, decorrente da destinação ocorrida no exercício de 2016, oriunda da permanência de recursos em Reserva Especial constituída em 31 de dezembro de 2012 e mantida estável no triênio compreendido pelos anos de 2013 a 2015. Esse processo teve aprovação conferida pela Previc por meio da Portaria Previc/Ditec nº 518, de 4 de novembro de 2016.

Adicionalmente, e em face de a Centrus não ter informado nenhum outro fato relevante, em conformidade com a correspondência GAMA 62 - CT 341/16, de solicitação de dados e informações para a Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016, consideramos, no seu processamento, a inexistência de qualquer fato que venha a comprometer a solvência e o equilíbrio financeiro e atuarial do Plano de Benefícios, conforme estabelece o artigo 80 do Decreto nº 4.942, de 30 de dezembro de 2003, dada a responsabilidade técnico-atuarial da Mercer GAMA, em relação ao Plano administrado pela Fundação.

Relatório Anual 2016 95

2 Resultados Atuariais

2.1 Em Relação ao Grupo de Custeio

2.1.1 Evolução dos Custos

O PBB não possui custos, em face de que as Provisões Matemáticas para o suporte dos pagamentos dos benefícios concedidos encontravam-se plenamente integralizadas, na data da Avaliação Atuarial anual posicionada em 31 de dezembro de 2016.

2.1.2 Variação das Provisões Matemáticas

As Provisões Matemáticas do PBB foram avaliadas em R$3.476.139.837,70, sendo que a integralidade desse valor refere-se à Provisão Matemática de Benefícios Concedidos - PMBC.

O Plano só possui Assistidos e, portanto, não há registro de Provisão Matemática de Benefícios a Conceder - PMBaC.

O PBB não possui, em 31 de dezembro de 2016, Provisões Matemáticas a Constituir - PMaC.

Comparativamente à Avaliação Atuarial de encerramento de exercício de 2015, a variação nominal das Provisões Matemáticas do Plano foi positiva em 1,14%, tendo sido registrado o montante de R$3.436.910.136,83 em 31 de dezembro de 2015. O crescimento deve-se à elevação dos valores dos benefícios pagos pelo Plano, que foi superior a involução natural da Provisão Matemática de Benefícios Concedidos. Maiores detalhes podem ser encontrados no Relatório de Avaliação Atuarial GAMA 62 - RE 73/17.

2.1.3 Principais Riscos Atuariais

O Risco Atuarial surge especialmente pela inadequação de hipóteses e premissas atuariais, as quais trazem volatilidade aos Planos de Benefícios, sendo que, para o PBB, caracterizam-se, basicamente, como Demográficas, Biométricas e Econômico-financeiras, observado que as hipóteses, os regimes financeiros e os métodos de financiamento utilizados no Plano estão em conformidade com os princípios atuariais geralmente aceitos, assim como em consonância com os normativos que regem a matéria, tendo em vista o longo prazo previsto para a integralização das obrigações previdenciais.

Salienta-se que as hipóteses atuariais utilizadas para fins de Avaliação Atuarial anual de 2016 do Plano foram indicadas pela Centrus, conforme Comunicado Centrus – 2016/11, de 27 de outubro de 2016, sendo que a Fundação estava subsidiada pelos estudos de aderência das hipóteses e premissas atuariais executados por esta Consultoria, cujos resultados foram formalizados por meio do Relatório GAMA 062 – RE 133/16, observando, assim, no que nos pertine, os ditames da Resolução MPS/CGPC nº 18/2006 e alterações.

2.1.4 Soluções para Insuficiência de Cobertura

Tendo em vista que o Plano não apresentou insuficiência de cobertura na Avaliação Atuarial de 2016, este item não é aplicável ao presente Parecer.

2.2 Em Relação ao Plano de Benefícios

2.2.1 Qualidade da Data-base Cadastral

A base cadastral encaminhada pela Centrus foi submetida a testes de consistência e, após ratificações e retificações da Fundação, em relação às possíveis inconsistências verificadas, os dados foram considerados suficientes e exatos para fins da Avaliação.

Relatório Anual 2016 96

Cumpre-nos esclarecer, que a análise efetuada pela Mercer GAMA, na base cadastral utilizada para a Avaliação Atuarial, objetiva, única e exclusivamente, a identificação e correção de eventuais distorções na base de dados, não se inferindo dessa análise a garantia de que todas as distorções foram detectadas e sanadas, permanecendo, em qualquer hipótese, com a Fundação a responsabilidade plena por eventuais imprecisões existentes na base cadastral.

2.2.2 Regras de Constituição e Reversão dos Fundos Previdenciais

No que diz respeito aos Fundos Previdenciais, o valor de R$ 468.424.234,20, posicionado em 31 de dezembro de 2016, subdivide-se em: i) Fundo Previdencial de Revisão de Plano – Destinação de Superavit 2012 – Assistidos, que montava a R$ 234.413.670,56 e tem como finalidade a cobertura de reversão de valores aos Assistidos, originária da utilização da Reserva Especial referente ao exercício de 2012; e ii) Fundo Previdencial de Revisão de Plano – Destinação de Superavit 2012 – Patrocinador, que montava a R$ 234.010.563,64 e tem como finalidade abrigar, em nome do Patrocinador, a parte da Reserva Especial referente ao exercício de 2012.

2.2.3 Variação do Resultado

Na confrontação do Passivo Atuarial, dado pelas Provisões Matemáticas, no montante total de R$ 3.476.139.837,70, com o Patrimônio de Cobertura do Plano, em 31 de dezembro de 2016, no montante de R$ 5.099.283.790,23, verifica-se que o Plano apresentou superavit técnico-atuarial, de R$ 1.623.143.952,53, em 31 de dezembro de 2016.

O superavit do Plano passou de R$ 1.803.584.134,88, em 31 de dezembro de 2015, para R$ 1.623.143.952,53, em 31 de dezembro de 2016, representando uma variação negativa de 10,00%, ou R$ 180.440.182,35. Esta variação deveu-se, em especial, à destinação da Reserva Especial do Exercício de 2012.

Por outro lado, o resultado foi mitigado pelo alcance da meta atuarial pela rentabilidade do Plano, que alcançou 17,25% no exercício de 2016, enquanto que a meta atuarial do Plano foi de 11,07% (IPCA de 6,29% mais taxa de juros de 4,50%), representando um ganho atuarial equivalente a 5,56%.

Em atendimento à Resolução MPS/CNPC nº 16, de 19 de novembro de 2014, que alterou a Resolução MPS/CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008, apurou-se Equilíbrio Técnico Ajustado. Observados os critérios previstos na Instrução PREVIC nº 19/2015, o ajuste de precificação apurado pela Centrus montava R$ 342.907.797,23 positivo, em 31 de dezembro de 2016, que resultou em um Equilíbrio Técnico Ajustado superavitário de R$ 1.966.051.749,76. Cumpre esclarecer que, para fins de destinação e utilização de Reserva Especial para Revisão de Plano, conforme previsto na legislação vigente, não deverá ser observado o ajuste de precificação positivo.

2.2.4 Natureza do Resultado

Na Avaliação Atuarial de 2016, observa-se que o Plano apresentou superavit, o qual foi resultante de causas conjunturais, sendo oriundo, sobretudo, da superação da meta atuarial do Plano em exercícios pretéritos. Tendo em vista que não é possível assegurar que esse fato tem caráter perene, atribui-se natureza conjuntural ao resultado.

Da totalidade do superavit apurado em 31 de dezembro de 2016, o montante de R$627.790.854,69 foi alocado em Reserva de Contingência, e R$ 995.353.097,84 em Reserva Especial para Revisão do Plano, em conformidade com a Resolução MPS/CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008 e alterações.

Cumpre ressaltar que o limite máximo da Reserva de Contingência foi apurado observando as regras contidas na Resolução MTPS/CNPC nº 22, de 25 de novembro de 2015, e considerou como base de cálculo a Duração do Passivo do PBB, posicionada em 31 de dezembro de 2016, de valor 8,06 anos, ficando o limite em 18,06% das Provisões Matemáticas.

Relatório Anual 2016 97

2.2.5 Soluções para Equacionamento do Deficit

Tendo em vista que o Plano não apresentou insuficiência de cobertura na Avaliação Atuarial de 2016, este item não é aplicável ao presente Parecer.

2.2.6 Adequações dos Métodos de Financiamento

Considerando que as Provisões Matemáticas para o suporte dos pagamentos dos benefícios concedidos pelo Plano encontram-se plenamente integralizadas, o PBB não possui custos. Adota-se para o financiamento dos benefícios assegurados pelo Plano, para fins meramente referenciais e históricos, o regime de Capitalização conjugado com o método Agregado.

Os métodos utilizados estão aderentes à legislação vigente, conforme item 5 do Anexo à Resolução MPS/CGPC nº 18/2006 e alterações.

2.2.7 Outros Fatos Relevantes

1) O PBB encontra-se em extinção, possuindo, atualmente, apenas Assistidos. Essa situação decorre da instituição do Regime Jurídico Único - RJU dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, implementado pela Lei nº 8.112/1990, bem como da promulgação da Lei nº 9.650/1998, que dispõe sobre o Plano de Carreira dos servidores do Banco Central do Brasil e dá outras providências;

2) Dentre os ativos de investimentos, conforme informado pela Centrus, parcela desses estava contabilizada pela curva do papel e mantida até o vencimento, sendo que, para tal, a Fundação apresentará Parecer específico, GAMA 62 – PA 109/17, acerca da possibilidade de sua manutenção com base em Fluxo Atuarial específico, conforme exigência da Resolução MPAS/CGPC nº 4, de 30 de janeiro de 2002, e suas alterações posteriores;

3) De acordo com o Balancete Contábil de dezembro de 2016, a totalidade do Patrimônio de Cobertura do Plano encontra-se integralizado;

4) Os Fundos do Plano montavam a quantia de R$ 788.274.358,19, sendo R$ 468.424.234,20 referentes a Fundos Previdenciais, R$ 287.562.376,71 referentes a Fundos Administrativos e R$ 32.287.747,28 referentes a Fundos dos Investimentos;

5) Dentre as hipóteses atuariais adotadas na Avaliação Atuarial deste exercício de 2016, comparativamente às adotadas para o exercício de 2015, procedeu-se à seguinte alteração:

6) Fator de Capacidade: 0,9788 em substituição a 0,9771.

7) De acordo com o artigo 23 do Regulamento do PBB, o custeio administrativo do Plano será realizado com recursos existentes em Fundo Administrativo e, se necessário, com resultado dos investimentos, observadas as condições estabelecidas na regulamentação pertinente. Portanto, não há custeio específico para essa finalidade.

3 Plano de Custeio

Para o PBB, considerando todas as hipóteses e parâmetros técnicos adotados, observando os benefícios concedidos, o Regulamento em vigor na data da Avaliação Atuarial anual e ante a inexistência de custos para o Plano, o Plano de Custeio não prevê quaisquer contribuições para o exercício de 2017.

4 Conclusão

Conclui-se, ante o exposto, que a situação econômico-atuarial do Plano Básico de Benefícios - PBB, em 31 de dezembro de 2016, é superavitária em R$ 1.623.143.952,53, observada através do confronto entre as Provisões Matemáticas e o Patrimônio de Cobertura do Plano, sendo que desse montante, R$ 627.790.854,69 foi alocado em Reserva de Contingência e R$ 995.353.097,84 em Reserva Especial para Revisão do Plano.

Relatório Anual 2016 98

PBDC

1 Considerações Iniciais

Atendendo às disposições da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, e da Resolução MPS/CGPC nº 18, de 28 de março de 2006 (e suas alterações), a Mercer GAMA apresenta o Parecer Técnico-Atuarial do Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC, administrado, executado e patrocinado pela Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus, em face da Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016, a qual teve como objetivo o dimensionamento das Provisões Matemáticas e dos Fundos Previdenciais, bem como apuração do custo dos benefícios assegurados pelo Plano e, em decorrência, a fixação do respectivo Plano de Custeio.

O PBDC oferece benefícios previdenciários de aposentadorias, pensões e auxílios, assemelhados aos do Regime Geral de Previdência Social, estruturados na modalidade de Benefício Definido - BD, em que o nível do benefício, a ser concedido quando da implementação de todas as condições previstas em Regulamento, é conhecido a priori, na forma definida pela Resolução MPS/CGPC nº 16, de 22 de novembro de 2005.

O Plano está registrado na Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc sob o Cadastro Nacional de Planos de Benefícios - CNPB nº 2011.0008-74, observado que a Avaliação Atuarial anual de 2016 contempla o Regulamento vigente na data da referida Avaliação Atuarial do Plano, sendo a última alteração regulamentar aprovada por meio da Portaria Previc nº 327, de 4 de julho de 2014, publicada no Diário Oficial da União de 7 de julho de 2014.

Procedemos à Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016 na Data-base de 31 de dezembro de 2016, sendo esta também a Data da Avaliação, contemplando o Regulamento e a Nota Técnica Atuarial do Plano vigentes, assim como os dados cadastrais e financeiros individuais dos Participantes e Assistidos, levantados e informados pela Fundação, vinculados à Patrocinadora do Plano, bem como nas informações contábeis e patrimoniais, considerando a data de 31 de dezembro de 2016, observada, ainda, a existência de um único Grupo de Custeio no Plano, sendo este denominado PBDC exclusivamente para fins deste Parecer, o qual contempla a totalidade dos Participantes e Assistidos do Plano de Benefícios.

Todas as informações relativas à Avaliação Atuarial objeto deste Parecer encontram-se no Relatório GAMA 62 – RE 74/17, o qual contempla os resultados da Avaliação Atuarial do PBDC, posicionada em 31 de dezembro de 2016.

Cabe ressaltar que o PBDC existe, de forma independente, desde 1º de maio de 2011. Por ser originário de cisão parcial do Plano Básico de Benefícios - PBB, o PBDC tem seu passado integrado àquele Plano e tudo que a esse se aplica, no que diz respeito à utilização de indicadores econômico-financeiros e de premissas e hipóteses atuariais para mensuração dos compromissos previdenciais, bem como à evolução dos resultados superavitários, também alcança aquele, guardadas as proporções relativas a cada Plano, até a data definida no processo de cisão.

A partir da aprovação parcial das alterações regulamentares vigentes, ocorrida em julho de 2014, a Centrus iniciou o processo de utilização de superavit relativamente à Reserva Especial constituída em 31 de dezembro de 2009 e mantida estável no triênio compreendido pelos anos de 2010 a 2012, a qual foi destinada, em 31 de dezembro de 2013, para os Fundos Previdenciais de Revisão de Plano, na forma prevista na Resolução MPS/CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008 (e suas alterações). Cumpre ressaltar que o pedido de reconsideração realizado pela Centrus quanto ao posicionamento da Diretoria de Análise Técnica - Ditec da Previc, em relação ao modelo proposto para destinação da reserva especial de 2009, foi encaminhado à apreciação da Coordenação-Geral de Apoio à Diretoria Colegiada - CGDC, na forma do Ofício nº 2803/2015/CGAT/DITEC/PREVIC, de 19 de outubro de 2015, e respondido por meio do Ofício nº 1601/2016/CGDC/DICOL/PREVIC, de 6 de junho de 2016 indeferindo o pedido de reconsideração da Fundação. Cumpre salientarmos que está em andamento um novo processo de alteração Regulamentar do PBDC, o qual encontra-se em análise pela Previc.

Adicionalmente, e em face de a Centrus não ter informado nenhum outro fato relevante, em conformidade com a correspondência GAMA 62 – CT 341/16, de solicitação de dados e informações para a Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016, consideramos, no seu processamento, a inexistência de qualquer fato que venha a comprometer a solvência e o equilíbrio

Relatório Anual 2016 99

financeiro e atuarial do Plano de Benefícios, conforme estabelece o artigo 80 do Decreto nº 4.942, de 30 de dezembro de 2003, dada a responsabilidade técnico-atuarial da Mercer GAMA, em relação ao Plano administrado pela Fundação.

2 Resultados Atuariais

2.1 Em Relação ao Grupo de Custeio

2.1.1 Evolução dos Custos

Todos os benefícios do PBDC estão estruturados na modalidade de Benefício Definido. Os benefícios programados e não programados estão estruturados no regime de Capitalização, pelo método Agregado, exceto Benefício de Auxílio-Reclusão, estruturado em regime de Repartição de Capital de Cobertura.

Tendo em vista que o método atuarial adotado em relação aos benefícios estruturados em regime de Capitalização é o Agregado, com Plano de Custeio definido em Regulamento, o Custo do Plano é estabelecido de acordo com o Plano de Custeio. Com isso, considerando que o nível de contribuição é fixado em alíquotas crescentes, de acordo com o salário de participação, houve uma redução do custo total do Plano, dado pela soma das contribuições de participantes e patrocinadora destinados à cobertura dos benefícios, de 14,216%, em 2015, para 14,1755% da folha de salários de participação, correspondendo a uma redução de 0,0405 ponto percentual em 2016, motivado também pela exclusão da cobertura do auxílio-doença.

O Relatório de Avaliação Atuarial GAMA 62 - RE 74/17 apresenta, de forma detalhada, os custos do Plano, comparativamente à alíquota apurada na última Avaliação Atuarial.

2.1.2 Variação das Provisões Matemáticas

As Provisões Matemáticas de Benefícios Concedidos - PMBC, fixadas com base nas informações individuais dos Assistidos do PBDC, existentes em 31 de dezembro de 2016, e disponibilizadas pela Centrus, foram determinadas atuarialmente e montavam a R$ 42.550.425,87, na data de 31 de dezembro de 2016, sendo R$ 41.817.809,37 referentes aos benefícios programados, e R$ 732.616,50 referentes aos benefícios não programados, ambos estruturados na modalidade de Benefício Definido - BD.

Já as Provisões Matemáticas de Benefícios a Conceder - PMBaC foram avaliadas atuarialmente em função das informações individuais dos Participantes do Plano, pelo método prospectivo, e montavam a R$ 154.583.761,28, na data de 31 de dezembro de 2016, sendo R$ 137.951.181,67 referentes aos benefícios programados e R$ 16.632.579,61 referente aos benefícios não programados, exceto o Benefício de Auxílio-Reclusão do Plano, para o qual não há constituição de Provisão Matemática de Benefícios a Conceder, devido ao regime financeiro adotado.

Em 31 de dezembro de 2016, as Provisões Matemáticas a Constituir - PMaC, montavam a R$ 1.539.399,97, que se referem às parcelas de joia a integralizar de Participantes que formalizaram sua adesão ao PBDC até o exercício findo.

Comparativamente à Avaliação Atuarial de encerramento de exercício de 2015, conforme documento GAMA 62 – RE 12/16, a variação nominal das Provisões Matemáticas do Plano foi negativa em 1,54%, tendo sido registrado o montante de R$ 195.594.787,18 em 31 de dezembro de 2016 e de R$ 198.661.339,91 em 31 de dezembro de 2015. Maiores detalhes sobre os resultados comparados podem ser encontrados no Relatório de Avaliação Atuarial GAMA 62 – RE 74/17.

Referido decréscimo das Provisões Matemáticas deve-se, em especial, à redução da premissa de crescimento salarial, aumento da taxa de juros e exclusão da cobertura do benefício de auxílio-doença, amenizadas pela entrada de novos participantes e a concessão de novas aposentadorias bem como a atualização monetária dos salários e benefícios que superou a

Relatório Anual 2016 100

involução natural da provisão matemática, fatores que ocasionaram uma elevação das reservas matemáticas.

2.1.3 Principais Riscos Atuariais

O Risco Atuarial surge especialmente pela inadequação de hipóteses e premissas atuariais, as quais trazem volatilidade aos Planos de Benefícios, sendo que para o PBDC, caracterizam-se, basicamente, como Demográficas, Biométricas e Econômico-financeiras, observado que as hipóteses, os regimes financeiros e os métodos de financiamento utilizados no Plano estão em conformidade com os princípios atuariais geralmente aceitos, assim como em consonância com os normativos que regem a matéria, tendo em vista o longo prazo previsto para a integralização das obrigações previdenciais.

Salienta-se que as hipóteses atuariais utilizadas para fins de Avaliação Atuarial anual de 2016 do Plano foram indicadas pela Centrus, conforme Comunicado Centrus – 2016/11, de 27 de outubro de 2016, sendo que a Fundação estava subsidiada pelos estudos de aderência das hipóteses e premissas atuariais executados por esta Consultoria, cujos resultados foram formalizados por meio do Relatório GAMA 62 – RE 133/16, observando, assim, no que nos pertine, os ditames da Resolução MPS/CGPC nº 18/2006 e alterações.

2.1.4 Soluções para Insuficiência de Cobertura

Tendo em vista que o Plano não apresentou insuficiência de cobertura na Avaliação Atuarial de 2016, este item não é aplicável ao presente Parecer.

2.2 Em Relação ao Plano de Benefícios

2.2.1 Qualidade da Data-base Cadastral

A base cadastral encaminhada pela Centrus foi submetida a testes de consistência e, após ratificações e retificações da Fundação, em relação às possíveis inconsistências verificadas, os dados foram considerados suficientes e exatos para fins da Avaliação.

Cumpre-nos esclarecer, que a análise efetuada pela Mercer GAMA, na base cadastral utilizada para a Avaliação Atuarial, objetiva, única e exclusivamente, a identificação e correção de eventuais distorções na base de dados, não se inferindo dessa análise a garantia de que todas as distorções foram detectadas e sanadas, permanecendo, em qualquer hipótese, com a Fundação a responsabilidade plena por eventuais imprecisões existentes na base cadastral.

2.2.2 Regras de Constituição e Reversão dos Fundos Previdenciais

Na Avaliação Atuarial de 2016, o Plano PBDC possui:

I - Fundo Previdencial de Contribuições Pessoais – 2009, que montava a R$ 14.658.491,11 e é constituído pelas parcelas conferidas aos Participantes que se encontravam inscritos no Plano em 31 de dezembro de 2012, para dar cobertura às contribuições pessoais;

II - Fundo Previdencial de Contribuições Patronais – 2009, que montava a R$ 14.572.502,26 e é formado pelas parcelas conferidas à Patrocinadora, para dar cobertura às contribuições patronais, relacionados aos Participantes que se encontravam inscritos no Plano em 31 de dezembro de 2012;

III - Destinação de Superavit 2012 – Patrocinador, que montava a R$ 2.312.507,16 e é formado pelas parcelas conferidas à Patrocinadora, para dar cobertura ao processo de utilização do superavit; e

IV - Destinação de Superavit 2012 – Participantes e Assistidos, que montava a R$ 2.161.973,86 e é formado pelas parcelas conferidas aos Participantes e Assistidos que se encontravam inscritos no Plano em 31/12/2015, para dar cobertura ao processo de utilização do superavit.

Relatório Anual 2016 101

2.2.3 Variação do Resultado

Na confrontação do Passivo Atuarial, dado pelas Provisões Matemáticas, no montante total de R$ 195.594.787,18, com o Patrimônio de Cobertura do Plano, em 31 de dezembro de 2016, no montante de R$ 304.350.942,70, verifica-se que o Plano apresentou superavit técnico-atuarial, de R$ 108.756.155,52, em 31 de dezembro de 2016.

O superavit do Plano aumentou de R$ 56.044.386,10, em 31 de dezembro de 2015, para R$ 108.756.155,52, em 31 de dezembro de 2016, representando um aumento de 94,05%, ou R$ 52.711.769,42. Tal fato se deve, principalmente, à rentabilidade do Plano ter sido, superior à meta atuarial do Plano em 7,19%, além dos efeitos da variação das Provisões Matemáticas, conforme descrito anteriormente neste Parecer, especificamente, a alteração da premissa de crescimento real de salários e da taxa real de juros.

No período compreendido pelo exercício completo de 2016 (janeiro a dezembro), a meta atuarial do Plano foi de 10,54% (IPCA de 6,29%, mais taxa de juros de 4,00%), enquanto que a rentabilidade alcançada no exercício foi de 18,49%, representando um técnico ganho atuarial equivalente a 7,19%.

Em atendimento à Resolução MPS/CNPC nº 16, de 19 de novembro de 2014, que alterou a Resolução MPS/CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008, apurou-se Equilíbrio Técnico Ajustado. Observados os critérios previstos na Instrução Previc nº 19/2015, o ajuste de precificação apurado pela Centrus montava R$ 44.194.441,87 positivo, em 31 de dezembro de 2016, que resultou em um Equilíbrio Técnico Ajustado superavitário de R$ 152.950.597,39. Cumpre esclarecer que, para fins de destinação e utilização de Reserva Especial para Revisão de Plano, conforme previsto na legislação vigente, não deverá ser observado o ajuste de precificação positivo.

2.2.4 Natureza do Resultado

Na Avaliação Atuarial de 2016, observa-se que o Plano apresentou superavit, o qual foi resultante de causas conjunturais, sendo oriundo, sobretudo, da superação da meta atuarial do Plano em exercícios pretéritos. Tendo em vista que não é possível assegurar que esse fato tem caráter perene, atribui-se natureza conjuntural ao resultado.

Da totalidade do superavit apurado em 31 de dezembro de 2016, o montante de R$ 48.898.696,79 foi alocado em Reserva de Contingência e R$ 59.857.458,73 em Reserva Especial para Revisão do Plano, em conformidade com a Resolução MPS/CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008 e alterações.

Cumpre ressaltar que o limite máximo da Reserva de Contingência foi apurado observando as regras contidas na Resolução MTPS/CNPC nº 22, de 25, de novembro de 2015 e considerou como base de cálculo a Duração do Passivo do PBDC, posicionada em 31 de dezembro de 2016, de valor 19,36 anos, assim, o limite da Reserva de Contingência é de 25% das Provisões Matemáticas.

2.2.5 Soluções para Equacionamento do Deficit

Tendo em vista que o Plano não apresentou insuficiência de cobertura na Avaliação Atuarial de 2016, este item não é aplicável ao presente Parecer.

2.2.6 Adequações dos Métodos de Financiamento

Adota-se, para o financiamento dos benefícios assegurados pelo Plano, o regime de Capitalização conjugado com o método Agregado, exceto quanto ao Benefício de Auxílio-Reclusão, para o qual se adota o regime de Repartição de Capitais de Cobertura, sendo esse benefício avaliado pelo método de Teoria do Risco Coletivo.

Os métodos utilizados estão aderentes à legislação vigente, conforme item 5 do Anexo à Resolução MPS/CGPC nº 18/2006 e alterações.

Relatório Anual 2016 102

2.2.7 Outros Fatos Relevantes

1. O PBDC é oriundo de cisão parcial do Plano Básico de Benefícios - PBB e existe, de forma independente, desde 1º de maio de 2011. Entretanto, suas demonstrações contábeis foram retroagidas, considerando que o histórico do PBDC se encontra integrado ao PBB e tudo que a esse se aplica, no que diz respeito à utilização de indicadores econômico-financeiros e de premissas e hipóteses atuariais para mensuração dos compromissos previdenciais, bem como à evolução dos resultados superavitários, também alcança aquele, guardadas as proporções relativas a cada Plano, até a data definida no processo de cisão;

2. Dentre os ativos de investimentos, conforme informado pela Centrus, parcela desses estava contabilizada pela curva do papel e mantida até o vencimento, sendo que, para tal, a Fundação apresentará Parecer específico acerca da possibilidade de sua manutenção com base em Fluxo Atuarial GAMA 62 – PA 110/17 específico, conforme exigência da Resolução MPAS/CGPC nº 4, de 30 de janeiro de 2002, e suas alterações posteriores;

3. De acordo com o Balancete Contábil de 31 de dezembro de 2016, a totalidade do Patrimônio de Cobertura do Plano encontra-se integralizado;

4. Os Fundos do Plano montavam a quantia de R$ 49.376.859,03, sendo R$ 33.705.474,39 referentes a Fundos Previdenciais, R$ 14.872.503,67 referentes a Fundo Administrativo e R$ 798.880,97 referentes a Fundos dos Investimentos;

5. Dentre as hipóteses atuariais adotadas na Avaliação Atuarial do exercício de 2016, comparativamente às adotadas para o exercício de 2015, procederam-se às seguintes alterações:

a. Crescimento Salarial de 3,29% a.a. para os Ativos (exceto ativos em fim de carreira) em substituição a 3,67% a.a., exceto Autopatrocinados, cujo crescimento salarial foi mantido nulo;

b. Taxa de Juros técnicos de 4,50% a.a. em substituição a 4,00% a.a.; e

c. Fator de Capacidade de 0,9789 em substituição a 0,9771.

6. Cumpre ressaltar no exercício de 2016 houve a destinação obrigatória da reserva especial constituída em 2012, mantida no triênio de 2013 a 2015, para o Fundo de Destinação do Superavit 2012 Patrocinador e o Fundo de Destinação do Superavit 2012 Participantes e Assistidos, cuja utilização ocorrerá após aprovação das alterações regulamentares. Considerando os critérios adotados pela Centrus nos processos pretéritos de destinação de superavit, a reserva especial constituída no exercício de 2013 foi nula, portanto não há obrigatoriedade de destinação no decorrer do exercício de 2017;

7. No que diz respeito ao custeio administrativo, a taxa de carregamento, incidente sobre as receitas de contribuições pessoal e patronal vertidas, poderá, conforme Regulamento do Plano, ser de até 15%. Por decisão da Centrus, o custeio administrativo tem se dado por meio dos recursos acumulados no Fundo Administrativo, em substituição à cobrança de taxa de carregamento, conforme informado, a Taxa de Carregamento de 15% não será transferida para o PGA e de acordo com a Decisão do Voto Centrus 2016/37 o custeio administrativo será suportado com o resultado dos investimentos do PBDC.

3 Plano de Custeio

O Plano de Custeio para o exercício de 2017, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2017, em conformidade com o Regulamento do Plano, deverá ter a seguinte configuração, observada sua prévia aprovação da Fundação e Patrocinadora, antes de sua entrada em vigor:

Relatório Anual 2016 103

4 Conclusão

Conclui-se, ante o exposto, que a situação econômico-atuarial do Plano de Benefício Definido Centrus - PBDC, em 31 de dezembro de 2016, é superavitária em R$108.756.155,52 observada através do confronto entre as Provisões Matemáticas e o Patrimônio de Cobertura do Plano, sendo que desse montante, R$ 48.898.696,79 foi alocado em Reserva de Contingência e R$ 59.857.458,73 em Reserva Especial para Revisão do Plano.

Cumpre ressaltar no exercício de 2016 houve a destinação obrigatória da reserva especial constituída em 2012, mantida no triênio de 2013 a 2015, para o Fundo de Destinação do Superavit 2012 Patrocinador e o Fundo de Destinação do Superavit 2012 Participantes e Assistidos, cuja utilização ocorrerá após aprovação das alterações regulamentares. Considerando os critérios adotados pela Centrus nos processos pretéritos de destinação de superavit, a reserva especial constituída no exercício de 2013 foi nula, portanto não há obrigatoriedade de destinação no decorrer do exercício de 2017.

Alíquota

(% SRP)

SP ≤ ½ x Teto INSS 3,00%

½ x Teto INSS < SP ≤ 1 Teto INSS 5,00%

SP > Teto INSS 6,00%

Participantes em BPD

Participantes Autopatrocinados1/

Patrocinadora1/

Aposentados

Pensionistas

Máximo de 15,00%3/

Máximo de 0,05%

0,00%c) Taxa de Administração sobre os Recursos Garantidores do Plano.

1/ Os Fundos Previdenciais de 2009 e 2012 irão custear as contribuições normais enquanto houver saldo.

2/ As fontes de recursos definidas pela Fundação são: a) prioritariamente, do resultado dos investimentos dos planos,

limitado ao total das despesas administrativas previstas para 2017 em até 1% dos recursos garantidores; e b)

complementarmente, do resultado dos investimentos do fundo administrativo.

3/ Por decisão da Centrus, o custeio administrativo tem se dado por meio dos recursos acumulados no Fundo

Administrativo, em substituição à cobrança de taxa de carregamento. Conforme informado pela Fundação a Taxa de

Carregamento de 15% não será transferida para o PGA.

0,00%

0,00%

Plano de Custeio Administrativo2/

Em conformidade com a definição da Entidade acerca dos Custos Administrativos dos Planos Previdenciais, em

observância ao seu Plano de Gestão Administrativa - PGA, o custo intencionado para o PBDC é definido conforme a

seguir:

a) Taxa de Carregamento aplicável sobre as Contribuições Normais, tanto de

responsabilidade dos Participantes, quanto de reponsabilidade da Patrocinadora.

b) Taxa de administração mensal sobre o valor de referência atualizado do Participante em

BPD.

Contribuição Normal

Plano de Custeio para 2017

Participantes

Contribuição Normal

Participantes1/

Faixa Salarial

0,00%

Idêntica a dos participantes, adicionada daquela em nome da

Patrocinadora.

Patrocinadora1/

Contribuição Normal

Equivalente ao dobro da Contribuição Normal do Participante

Assistidos

Relatório Anual 2016 104

PCD

1 Considerações Iniciais

Atendendo às disposições da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, e da Resolução MPS/CGPC nº 18, de 28 de março de 2006, a Mercer GAMA apresenta o Parecer Técnico-Atuarial do Plano de Contribuição Definida - PCD, administrado e executado pela Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus, patrocinado pelo Banco Central do Brasil e pela própria Fundação, em face da Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016, a qual teve como objetivo o dimensionamento das Provisões Matemáticas e dos Fundos Previdenciais do Plano.

O PCD foi instituído na forma dos artigos 14, §§ 2º, 3º, inciso IV, e 8º da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998, destinado aos servidores do Banco Central do Brasil e aos empregados da Centrus. Oferece benefícios previdenciários de aposentadorias e pensões estruturados na modalidade de Contribuição Definida - CD, caracterizando-se, portanto, nos termos da Resolução MPS/CGPC nº 16, de 22 de novembro de 2005, como um Plano de Benefícios da modalidade de Contribuição Definida - CD.

O Plano está registrado na Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc sob o Cadastro Nacional de Planos de Benefícios – CNPB nº 2002.0048-38, observado que a Avaliação Atuarial anual de 2016 contempla o Regulamento vigente na data da referida Avaliação Atuarial do Plano, sendo a última alteração regulamentar aprovada por meio da Portaria Previc/Ditec nº 328, de 23 de junho de 2015, publicada no Diário Oficial da União de 24 de junho de 2015.

Procedemos à Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016 na Data-base de 31 de dezembro de 2016, sendo esta também a Data da Avaliação, contemplando o Regulamento e a Nota Técnica Atuarial do Plano vigentes, assim como os dados cadastrais e financeiros individuais dos Assistidos, levantados e informados pela Fundação, bem como nas informações contábeis e patrimoniais, considerando a data de 31 de dezembro de 2016, observada, ainda, a existência de um único Grupo de Custeio no Plano, sendo este denominado PCD exclusivamente para fins deste Parecer, o qual contempla a totalidade dos Participantes e Assistidos do Plano de Benefícios.

Todas as informações relativas à Avaliação Atuarial objeto deste Parecer encontram-se no Relatório GAMA 62 – RE 75/17, o qual contempla os resultados da Avaliação Atuarial do PCD, posicionada em 31 de dezembro de 2016.

O Plano, apesar de ter sido aprovado pela então Secretaria de Previdência Complementar - SPC em 18 de dezembro de 2002, através do Ofício nº 2134/SPC/CGAJ, não abrigou qualquer Participante ou Assistido, até a aprovação do Regulamento pela Portaria Previc/Ditec nº 122, de 12 de março de 2014.

Adicionalmente, e em face de a Centrus não ter informado nenhum outro fato relevante, em conformidade com a correspondência GAMA 62 – CT 341/16, de solicitação de dados e informações para a Avaliação Atuarial anual do exercício de 2016, consideramos, no seu processamento, a inexistência de qualquer fato que venha a comprometer a solvência e o equilíbrio financeiro e atuarial do Plano de Benefícios, conforme estabelece o artigo 80 do Decreto nº 4.942, de 30 de dezembro de 2003, dada a responsabilidade técnico-atuarial da Mercer GAMA, em relação ao Plano administrado pela Fundação.

2 Resultados Atuariais

2.1 Em Relação ao Grupo de Custeio

2.1.1 Evolução dos Custos

Pelo fato de ter todos os seus benefícios estruturados na modalidade de Contribuição Definida, o Plano não possui custo calculado atuarialmente.

O custo médio do Plano, apurado de acordo com a contribuição média efetuada pelos Participantes, somada à respectiva contrapartida patronal, em 31 de dezembro 2016, foi de 4,12%, sendo esse percentual referente ao custeio dos benefícios previdenciais assegurados pelo Plano.

Relatório Anual 2016 105

Comparativamente ao exercício anterior, houve uma redução de 0,10 ponto percentual no custo do Plano, o qual, em 2015, registrou a alíquota de 4,22%, conforme Relatório de Avaliação Atuarial GAMA 62 – RE 13/16 posicionado em 31 de dezembro de 2015.

2.1.2 Variação das Provisões Matemáticas

As Provisões Matemáticas de Benefícios Concedidos - PMBC, fixadas com base nas informações individuais dos Assistidos do PCD, existentes em 31 de dezembro de 2016, e disponibilizadas pela Centrus, montavam a R$ 105.974.541,64, sendo que a integralidade desse valor se refere a Saldo de Conta de Assistidos.

Já as Provisões Matemáticas de Benefícios a Conceder - PMBaC montavam a R$ 49.521.854,94, na data de 31 de dezembro de 2016, sendo R$ 49.439.901,99 referentes ao Saldo de Contas da parcela dos Participantes e R$ 81.952,95 referentes ao Saldo de Contas da parcela da Patrocinadora.

O PCD não possuía, em 31 de dezembro de 2016, Provisões Matemáticas a Constituir – PMaC.

Comparativamente à Avaliação Atuarial de encerramento de exercício de 2015, a variação nominal das Provisões Matemáticas do Plano foi de 12,52%, tendo sido registrado o montante de R$ 155.496.396,58 em 31 de dezembro de 2016 e de R$ 138.190.522,63 em 31 de dezembro de 2015. O crescimento deve-se ao fato do total de contribuições somado à receita obtida com a rentabilidade incidente sobre o patrimônio do Plano ter superado as despesas com pagamento de benefícios e institutos no exercício. Maiores detalhes podem ser encontrados no Relatório de Avaliação Atuarial GAMA 62 – RE 75/17.

2.1.3 Principais Riscos Atuariais

Haja vista que todos os benefícios oferecidos pelo Plano se encontram estruturados na modalidade de Contribuição Definida, estando estes constantemente ajustados ao saldo de conta mantido em favor do Participante ou Assistido, o PCD não apresenta riscos atuariais, sendo este item não aplicável ao presente Parecer.

Salienta-se que, devido à estrutura do Plano, não houve hipóteses atuariais utilizadas para fins da Avaliação Atuarial de 2016 do PCD. As hipóteses atuariais são utilizadas no PCD exclusivamente para cálculo da Renda por Prazo Indeterminado, atuarialmente calculada, e a Renda Certa Linear, conforme previsto em Nota Técnica Atuarial.

2.1.4 Soluções para Insuficiência de Cobertura

Tendo em vista que o Plano não apresentou insuficiência de cobertura na Avaliação Atuarial de 2016, este item não é aplicável ao presente Parecer.

2.2 Em Relação ao Plano de Benefícios

2.2.1 Qualidade da Data-base Cadastral

A base cadastral encaminhada pela Centrus foi submetida a testes de consistência e, após ratificações e retificações da Fundação, em relação às possíveis inconsistências verificadas, os dados foram considerados suficientes e exatos para fins da Avaliação.

Cumpre-nos esclarecer, que a análise efetuada pela Mercer GAMA, na base cadastral utilizada para a Avaliação Atuarial, objetiva, única e exclusivamente, a identificação e correção de eventuais distorções na base de dados, não se inferindo dessa análise a garantia de que todas as distorções foram detectadas e sanadas, permanecendo, em qualquer hipótese, com a Fundação a responsabilidade plena por eventuais imprecisões existentes na base cadastral.

Relatório Anual 2016 106

2.2.2 Regras de Constituição e Reversão dos Fundos Previdenciais

Em 31 de dezembro de 2016, o PCD possuía o seguinte Fundo Previdencial:

I - Fundo de Sobra de Resgate (FUNRE), que montava R$21.532,39 e consiste em saldos remanescentes da Copat, depois de abatida a parcela atribuída ao participante desligado do PCD, a ser utilizado para os fins definidos pelo Conselho Deliberativo.

2.2.3 Variação do Resultado

Haja vista que todos os benefícios oferecidos pelo Plano, encontram-se estruturados na modalidade de Contribuição Definida, estando esses constantemente ajustados ao saldo de conta mantido em favor do Participante ou Assistido, o PCD tende a se manter em situação de equilíbrio atuarial, o que ocorreu na Avaliação Atuarial de 2016.

2.2.4 Natureza do Resultado

Na Avaliação Atuarial de 2016, o PCD não apresentou deficit ou superavit, mantendo-se em equilíbrio atuarial.

2.2.5 Soluções para Equacionamento do Deficit

Tendo em vista que o Plano não apresentou insuficiência de cobertura na Avaliação Atuarial de 2016, este item não é aplicável ao presente Parecer.

2.2.6 Adequações dos Métodos de Financiamento

Adota-se, para o financiamento de todos os benefícios do PCD, o método de Capitalização Financeira, haja vista tratar-se de Plano em que todos os benefícios estão estruturados na modalidade de Contribuição Definida. Trata-se, portanto, do único método de financiamento aplicável aos benefícios do PCD, de forma que o referido método é adequado e deve continuar sendo adotado para o financiamento dos benefícios do Plano, à luz da legislação previdenciária vigente.

2.2.7 Outros Fatos Relevantes

1) Devido à estrutura do Plano, não houve hipóteses atuariais utilizadas para fins da Avaliação Atuarial de 2016 do PCD. As hipóteses aprovadas pela Centrus para adoção exclusiva na concessão de benefícios nas formas de recebimento de Renda por Prazo Indeterminado, atuarialmente calculada, e a Renda Certa Linear, conforme condições previstas no regulamento do PCD, são:

a. Taxa de juros: 4,50% ao ano (anterior 4,00% ao ano);

b. Índice do plano: IPCA;

c. Tábua de mortalidade geral: AT - 2000 D10% M&F (corresponde às tábuas 886 e 887 do banco de dados da Society of Actuaries - SOA, desagravada em 10%);

d. Tábua de mortalidade de inválidos: GAM - 71 M&F.

2) Dentre os ativos de investimentos, conforme informado pela Centrus, parcela desses estava contabilizada pela curva do papel e mantida até o vencimento, sendo que, para tal, a Fundação apresentará Parecer específico, GAMA 62 – PA 111/17, acerca da possibilidade de sua manutenção com base em Fluxo Atuarial específico, conforme exigência da Resolução MPAS/CGPC nº 4, de 30 de janeiro de 2002, e suas alterações posteriores;

3) Para fins da Avaliação Atuarial posicionada em 31 de dezembro de 2016, os valores de Patrimônio, Ativos de Investimentos, Fundo Administrativo e Exigíveis do Plano foram os informados pela Fundação, conforme consta do Balancete Contábil do Plano do mês de dezembro de 2016;

Relatório Anual 2016 107

4) De acordo com o Balancete Contábil de 31 de dezembro de 2016, a totalidade do Patrimônio de Cobertura do Plano encontra-se integralizada;

5) Os Fundos do Plano montavam a quantia de R$ 1.324.749,88, sendo R$ 21.532,39 referentes a Fundos Previdenciais e R$ 1.303.217,49 referentes a Fundos Administrativos.

3 Plano de Custeio

O Plano de Custeio para o exercício de 2017, com início definido para 1º de janeiro de 2017, em conformidade com o Regulamento do Plano, está fixado, em linhas gerais, conforme segue:

4 Conclusão

Conclui-se, ante o exposto, que a situação econômico-atuarial do Plano de Contribuição Definida - PCD, em 31 de dezembro de 2016, é de equilíbrio atuarial.

Mariana Abigair de Souza Sabino Frederico Schulz Diniz Vieira

Atuária MIBA 2.567 – MTPS/RJ Atuário MIBA 2.107 – MTPS/RJ

Supervisora Atuarial Supervisor Atuarial

AUTOPATROCINADOS

PARTICIPANTES BPD

BACEN

CENTRUS

ASSISTIDOS

PARTICIPANTES

Contribuição Normal – Percentual livremente escolhido pelos Participantes, respeitando o

limite mínimo de 3%, em intervalos de 0,5%, aplicados sobre o salário de participação do

Participante. Parte da contribuição normal pode ser comprometida com a contratação de

seguro destinado à cobertura adicional de risco, observado o limite máximo definido

anualmente pelo Conselho Deliberativo.

Contribuição Voluntária de Participante – De valor mínimo equivalente a duas UBR

(Unidade Básica de Referência).

Contribuição Administrativa – Apurada mensalmente na forma definida pelo Plano de

Custeio e incidente sobre os recursos garantidores do PCD.

PLANO DE CUSTEIO PARA 2017

CONTRIBUIÇÃO NORMAL

PARTICIPANTES

b)   Taxa de Administração 1% a.a.

Idêntica à dos Participantes, adicionada daquela em nome da Patrocinadora.

Isento de contribuição normal e contribuições voluntárias facultativas.

PATROCINADORAS

CONTRIBUIÇÃO NORMAL

PATROCINADORAS

Contribuição Normal – Não há contribuição.

Contribuição Normal – Até 12% do salário de participação, de valor

correspondente à contribuição pessoal e valor equivalente ao destinado pelo

Participante segurado para a cobertura adicional de risco.

ASSISTIDOS

Não há contribuição para os Assistidos

CUSTEIO ADMINISTRATIVO

a)   Taxa de Carregamento 0,00%

Relatório Anual 2016 108

Parecer do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus, consoante o disposto no artigo 41 do Estatuto, examinou as Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2016, compostas por:

I. Balanço Patrimonial Consolidado;

II. Demonstração da Mutação do Patrimônio Social Consolidada;

III. Demonstração da Mutação do Ativo Líquido - DMAL do PBB, do PBDC e do PCD;

IV. Demonstração do Ativo Líquido - DAL do PBB, do PBDC e do PCD;

V. Demonstração do Plano de Gestão Administrativa - DPGA Consolidada;

VI. Demonstração das Provisões Técnicas - DPT do PBB, do PBDC e do PCD;

VII. Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis;

VIII. Parecer Atuarial do PBB, do PBDC e do PCD;

IX. Parecer dos Auditores Independentes.

Com base nas análises realizadas no decorrer do exercício e nos documentos acima mencionados, o Conselho entende que as demonstrações contábeis da Centrus estão de acordo com as normas legais e refletem, adequadamente, em seus aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira.

Brasília, 29 de março de 2017.

Rodrigo Monteiro Antônio Torquato dos Santos

Presidente Membro

Jaildo Lima de Oliveira Harold Paquete Espínola Filho

Membro Membro

Relatório Anual 2016 109

Aprovação das Contas pelo Conselho Deliberativo

Secre-2017/46

Assunto: Extrato da Ata da 551ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo de 30.3.2017.

Na forma do disposto no inciso VI do art. 16 do Regimento Interno da Centrus, comunico a V.Sa. deliberação tomada pelo Conselho Deliberativo na 549ª reunião, de caráter ordinário, realizada em 30.3.2017, sobre o seguinte assunto:

Balanço Patrimonial da Centrus – Relatório anual dos atos e das contas da Diretoria-Executiva – Exercício de 2016 – Voto Conse-2017/2, de 30.3.2017.

Deliberação:

O Conselho Deliberativo aprovou as contas relativas ao exercício findo em 31.12.2016 da Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus, de acordo com o Voto Conse-2017/2, de 30.3.2016.

Brasília, 30 de março de 2017.

Nilvanete Ferreira da Costa

Secretária-Executiva