relatório anual 2014

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Relatório Anual 2014 Relatório dos principais julgamentos proferidos pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

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Em um contexto jurídico em que a jurisprudência consolidada pelos Tribunais transpõe pretensão de generalização congruente, à identificação da ratio decidendi de julgados é essencial. Assim, o SCMD – já reconhecido pela sua alta especialização e pela prestação de serviços sempre em consonância com as idiossincrasias de seus clientes – disponibiliza o presente relatório anual com o fito de informar as principais decisões proferidas na área tributária nas instâncias administrativa e judicial.

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Page 1: Relatório Anual 2014

Relatório Anual 2014 Relatório dos principais

julgamentos proferidos pelo

Supremo Tribunal Federal, pelo

Superior Tribunal de Justiça e pelo

Conselho Administrativo de

Recursos Fiscais.

Page 2: Relatório Anual 2014

Apresentação

Page 3: Relatório Anual 2014

Com atuação de destaque desde a sua fundação, em 17 de agosto de 1994, o Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados (SCMD) é referência nacional em Direito Tributário, tendo sedes modernas em Belo Horizonte (MG) Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Brasília (DF), o Escritório oferece cobertura nacional. Sua equipe é formada por profissionais altamente qualificados, que se destacam pela formação e atuação nas mais prestigiadas universidades do Brasil e do mundo. Ademais, possui ampla e qualificada rede de correspondentes em todo o território brasileiro e parceria com seletos escritórios especializados em outros ramos do Direito. O SCMD é constantemente apontado pela Revista Análise Advocacia como um dos escritórios mais admirados do País. Nos últimos anos, o Escritório e seus sócios também se destacaram por menções nas prestigiadas publicações britânicas Chambers and Partners Global e Chambers and Partners Latin America, as mais importantes certificadoras jurídicas internacionais. Em que pese sua atuação jurídica especializada em Direito Tributário, o SCMD trabalha com Contencioso Judicial e Administrativo, Consultoria e Elaboração de Pareceres, atendendo empresas de diversos setores da economia, em especial nos segmentos de Telecomunicações, Siderurgia, Mineração, Petróleo e Petroquímica, Energia Elétrica, Mercado Financeiro, Comércio Atacadista, Construção Civil, Previdência Privada e Transportes.

Page 4: Relatório Anual 2014

ABREVIATURAS E SIGLAS UTILIZADAS AC: Ação Cautelar ACO: Ação Cível Originária ADA: Ato Declaratório Ambiental ADCT: Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ADIn: Ação Direta de Inconstitucionalidade ADIns: Ações Diretas de Inconstitucionalidade AgRg: Agravo Regimental AI: Agravo de Instrumento ANATEL: Agência Nacional de Telecomunicações ARE: Agravo em Recurso Extraordinário AREsp: Agravo em Recurso Especial Art.: Artigo Arts.: Artigos BacenJud: Sistema de Bloqueio de Valores em Tempo Real BTNF: Bônus do Tesouro Nacional Fiscal CARF: Conselho Administrativo de Recursos Fiscais c/c: combinado com CC16: Código Civil de 1916 (Lei nº 3.071/1916) CC02: Código Civil de 2002 (Lei nº 10.406/2002) CDA: Certidão de Dívida Ativa CEF: Caixa Econômica Federal CF: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 CIDE: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CNPJ: Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CONFAZ: Conselho Nacional de Política Fazendária CPC: Código de Processo Civil (Lei nº 5.869/1973) CPDEN: Certidão Positiva de Débito com Efeito de Negativa CPF: Cadastro de Pessoas Físicas CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos de Natureza Financeira CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSRF: Câmara Superior de Recursos Fiscais CST: Coordenação do Sistema de Tributação da Receita Federal do Brasil CTN: Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966) CVM: Comissão de Valores Mobiliários DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito DL: Decreto-Lei DRJ: Delegacia da Receita Federal de Julgamento EC: Emenda Constitucional ECs: Emendas Constitucionais ECT: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ED: Embargos de Declaração EDv: Embargos de Divergência FACDT: Tabela Única para Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas FGTS: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FOB: Free on Board FUNRURAL: Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural ICMS: Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação II: Imposto de Importação INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Page 5: Relatório Anual 2014

IPC: Índice de Preços ao Consumidor IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados IPVA: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IR: Imposto de Renda IRPF: Imposto de Renda Pessoa Física IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte ISSQN: Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza JCP: Juros sobre Capital Próprio LEF: Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830/1980) LC: Lei Complementar MC: Medida Cautelar MP: Medida Provisória Nº: Número OTN: Obrigação do Tesouro Nacional PAF: Processo Administrativo Fiscal PAFs: Processos Administrativos Fiscais PGFN: Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PIS: Programa de Integração Social PLR: Participação nos Lucros e Resultados RE: Recurso Extraordinário REFIS: Programa de Recuperação Fiscal Repetitivo: Recurso Especial Representativo de Controvérsia Repetitiva REsp: Recurso Especial REsps: Recursos Especiais RFB: Receita Federal do Brasil RFFSA: Rede Ferroviária Federal S/A RG: Repercussão Geral RPV: Requisições de Pequeno Valor SAT: Seguro de Acidente do Trabalho SCMD: Sacha Calmon – Misabel Derzi Consultores e Advogados SELIC: Sistema Especial de Liquidação de Custódia SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SIMPLES: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples STF: Supremo Tribunal Federal STJ: Superior Tribunal de Justiça TFDR: Taxa de Licenciamento para Uso ou Ocupação da Faixa de Domínio das Rodovias TFI: Taxa de Fiscalização de Instalação UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais ZFM: Zona Franca de Manaus

Page 6: Relatório Anual 2014

ÍNDICE REMISSIVO

A

AC _____________________________________________________________________________ 14 ACO _____________________________________________________________________________ 9 ADA ____________________________________________________________________________ 43 ADCT _______________________________________________________________________ 4, 6, 32 ADIn ________________________________________________________ 3, 4, 5, 6, 11, 14, 25, 38, 39 ADIns __________________________________________________________________________ 3, 8 AgRg _____________________________________________________ 1, 2, 14, 17, 18, 19, 20, 21, 22 AI ___________________________________________________________________________ 2, 14 ANATEL ______________________________________________________________________ 13, 23 ARE _____________________________________________________________________ 1, 3, 11, 12 AREsp _______________________________________________________________________ 18, 20

B

BacenJud ________________________________________________________________________ 25 BTNF ___________________________________________________________________________ 24

C

CARF ________________________________________________________________________ 41, 47 CC02 ___________________________________________________________________________ 26 CC16 ___________________________________________________________________________ 26 CDA ______________________________________________________________________ 11, 16, 21 CEF ____________________________________________________________________________ 33 CF _______________________________________________________ 3, 4, 6, 7, 8, 10, 13, 14, 22, 36 CIDE ________________________________________________________________________ 15, 46 CNPJ ________________________________________________________________________ 25, 31 COFINS __________________ 10, 11, 12, 13, 14, 15, 1, 2, 10, 13, 19, 20, 23, 24, 28, 29, 31, 33, 46, 47 CONFAZ ____________________________________________________________ 10, 11, 4, 5, 6, 14 CPC ______________________________________________________________________ 25, 26, 30 CPDEN _________________________________________________________________________ 12 CPF ______________________________________________________________________ 16, 25, 31 CPMF ________________________________________________________________________ 11, 16 CSLL ____________________________ 10, 11, 12, 14, 1, 12, 18, 22, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 42, 47, 48 CSRF _______________________________________ 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 CST ____________________________________________________________________________ 40 CTN _____________________________________________________________ 16, 25, 32, 35, 44, 47 CVM ____________________________________________________________________________ 30

D

DENATRAN ______________________________________________________________________ 25 DETRAN ________________________________________________________________________ 25 DL ________________________________________________________________________ 7, 22, 26 DRJ _________________________________________________________________________ 41, 47

E

EC ______________________________________________________________________________ 1 ECs ____________________________________________________________________________ 14 ECT ________________________________________________________________________ 8, 9, 22 ED ______________________________________________________________ 10, 20, 21, 23, 28, 36

Page 7: Relatório Anual 2014

EDv ________________________________________________________ 2, 14, 24, 25, 26, 27, 28, 30

F

FACDT __________________________________________________________________________ 32 FGTS ___________________________________________________________________ 10, 14, 3, 33 FOB ____________________________________________________________________________ 17 FUNRURAL _____________________________________________________________ 11, 12, 13, 19

I

ICMS ___________________________________ 10, 11, 12, 14, 2, 4, 5, 6, 9, 10, 11, 12, 14, 17, 22, 33 II _________________________________________________________________ 11, 12, 13, 17, 33 INCRA __________________________________________________________________________ 36 IPC _____________________________________________________________________________ 24 IPI __________________________________________________ 10, 12, 13, 14, 3, 6, 7, 18, 26, 27, 32 IPVA _________________________________________________________________ 11, 14, 9, 12, 32 IR ____________________________________________ 10, 14, 1, 4, 7, 17, 18, 22, 26, 27, 28, 32, 35 IRPF _____________________________________________________ 10, 12, 13, 14, 7, 21, 22, 32, 43 IRPJ ____________________________________ 10, 12, 14, 1, 7, 18, 22, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 47, 48 IRRF ___________________________________________________ 11, 12, 13, 14, 12, 18, 22, 28, 40 ISSQN __________________________________________________ 11, 12, 13, 12, 14, 18, 22, 28, 29

J

JCP _________________________________________________________________________ 29, 37

L

LC ______________________________________________________________ 2, 4, 6, 10, 19, 28, 33 LEF ______________________________________________________________________ 21, 25, 26

M

MC ___________________________________________________________________________ 3, 14 MP _________________________________________________________ 1, 10, 18, 19, 26, 38, 39, 47

O

OTN ____________________________________________________________________________ 24

P

PAF ________________________________________ 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 PAFs ________________________________________________________________________ 43, 44 PGFN ___________________________________________________________________________ 35 PIS ___________________________________ 11, 12, 13, 14, 15, 10, 13, 19, 20, 23, 29, 33, 41, 46, 47 PLR ________________________________________________________________ 11, 15, 10, 44, 45

R

RE _________________________________________ 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 19, 24 REFIS __________________________________________________________________________ 20 Repetitivo _______________________________________ 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 41, 44 REsp _______________ 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 37, 41, 44

Page 8: Relatório Anual 2014

REsps __________________________________________________________________________ 31 RFB _________________________________________________________________________ 11, 42 RFFSA ___________________________________________________________________________ 8 RG ___________________________________________________ 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 RPV __________________________________________________________________________ 3, 25

S

SAT _________________________________________________________________________ 12, 19 SELIC ________________________________________________________________________ 1, 32 SENAI __________________________________________________________________________ 23 SIMPLES _____________________________________________________________________ 14, 42 STF _____________________________________ 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 19, 22, 24, 26 STJ ___________________ 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 37, 44

T

TFDR ___________________________________________________________________________ 20 TFI __________________________________________________________________________ 13, 23

U

UFMG __________________________________________________________________________ 40

Z

ZFM _____________________________________________________________________________ 6

Page 9: Relatório Anual 2014

SUMÁRIO

I. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL _____________________________ 1

A. 1ª TURMA_______________________________________________ 1

1. COFINS ______________________________________________ 1 a) Conceito de faturamento ________________________________ 1

2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ____________________________ 1 a) Prazo recursal da Fazenda Pública _______________________ 1

3. IR ___________________________________________________ 1 a) Princípio da anterioridade _______________________________ 1

4. IRPJ & CSLL __________________________________________ 1

a) Correção monetária de benefício fiscal _____________________ 1

5. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ____________________ 2

a) Princípio da anterioridade e revogação de benefício fiscal ______ 2 6. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ______________________ 2

a) Retorno à atividade laboral ______________________________ 2

B. PLENÁRIO ______________________________________________ 2

1. COFINS ______________________________________________ 2 a) ICMS na base de cálculo _______________________________ 2 b) Isenção _____________________________________________ 2

2. DIREITO ADMINISTRATIVO ______________________________ 3 a) Concessão de serviço público ___________________________ 3

3. DIREITO CONSTITUCIONAL _____________________________ 3 a) Precatórios __________________________________________ 3

4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ____________________________ 3 a) Ajuizamento de ação rescisória __________________________ 3

b) Prescrição de ação de ressarcimento ao erário ______________ 3 c) Prescrição – FGTS ____________________________________ 3 d) Processo coletivo _____________________________________ 4

e) Repetição de indébito __________________________________ 4 5. ICMS_________________________________________________ 4

a) Aproveitamento de créditos _____________________________ 4 b) Guerra fiscal _________________________________________ 4 c) Habilitação de telefonia celular ___________________________ 5

d) Leasing financeiro _____________________________________ 5 e) Protocolo CONFAZ nº 21/2011 ___________________________ 6

f) Transporte de cargas e passageiros _______________________ 6

g) Zona franca de Manaus ________________________________ 6

6. IPI ___________________________________________________ 6 a) Descontos incondicionais _______________________________ 6 b) Importação de automóvel por pessoa natural para uso próprio __ 7 c) Selos de controle _____________________________________ 7

7. IRPF _________________________________________________ 7

a) Regime de cobrança ___________________________________ 7 8. IRPJ _________________________________________________ 7

a) Majoração de alíquota__________________________________ 7 9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ____________________ 8

Page 10: Relatório Anual 2014

a) Imunidade ___________________________________________ 8

b) Princípio da livre iniciativa _______________________________ 9 10. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS _____________________ 9

a) Cooperativas _________________________________________ 9 b) PLR _______________________________________________ 10

11. PIS _______________________________________________ 10 a) Princípio da anterioridade nonagesimal ___________________ 10 b) Imunidade __________________________________________ 10

12. PIS & COFINS – IMPORTAÇÃO ________________________ 10 a) Base de cálculo ______________________________________ 10

13. TAXA ______________________________________________ 11 a) Emissão de guia de recolhimento ________________________ 11 b) Pedágio ____________________________________________ 11

C. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA ____________________ 11

1. COMPENSAÇÃO E RESTITUIÇÃO ________________________ 11 a) Multa pelo indeferimento administrativo do pedido ___________ 11

2. ICMS________________________________________________ 11

a) Inadimplência do consumidor ___________________________ 11 b) Seletividade de alíquotas ______________________________ 12

3. IPVA ________________________________________________ 12 a) Competência para arrecadação _________________________ 12

4. IRRF & CSLL _________________________________________ 12 a) Fundos fechados de previdência complementar _____________ 12

5. ISSQN ______________________________________________ 12 a) Incidência – apostas __________________________________ 12

6. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA ___________________ 12

a) Certidão positiva com efeito de negativa __________________ 12

7. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS _____________________ 13 a) FUNRURAL ________________________________________ 13

8. PIS _________________________________________________ 13

a) Crédito ____________________________________________ 13 9. PIS & COFINS ________________________________________ 13

a) Não-cumulatividade __________________________________ 13

10. PIS & COFINS – IMPORTAÇÃO ________________________ 13 a) Diferenciação de alíquotas _____________________________ 13

D. DECISÕES MONOCRÁTICAS ______________________________ 14

1. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ___________________________ 14 a) Precatórios _________________________________________ 14

2. ICMS________________________________________________ 14

a) Protocolo CONFAZ nº 21/2011 __________________________ 14

3. ISSQN ______________________________________________ 14 a) Incidência – apostas __________________________________ 14

II. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA _________________________ 16

A. 1ª TURMA______________________________________________ 16

1. CPMF _______________________________________________ 16 a) Incorporação societária ________________________________ 16

2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ___________________________ 16 a) Erro em CDA ________________________________________ 16

Page 11: Relatório Anual 2014

b) Prescrição de execução fiscal ___________________________ 16

c) Prescrição intercorrente _______________________________ 16 3. ICMS________________________________________________ 17

a) Base de cálculo – garantia estendida _____________________ 17 b) Creditamento _______________________________________ 17

c) Definição de alíquotas_________________________________ 17 4. II ___________________________________________________ 17

a) Base de cálculo ______________________________________ 17 5. IRPF ________________________________________________ 17

a) Incidência – juros de mora _____________________________ 17

6. IRPJ & CSLL _________________________________________ 18 a) IPI na base de cálculo _________________________________ 18 b) Lucros no exterior ____________________________________ 18

7. IRRF ________________________________________________ 18

a) Repetição de indébito tributário _________________________ 18 8. ISSQN ______________________________________________ 18

a) Local de recolhimento _________________________________ 18

9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ___________________ 18 a) Imunidade __________________________________________ 18

10. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ____________________ 19 a) Férias gozadas ______________________________________ 19

b) FUNRURAL ________________________________________ 19 c) SAT _______________________________________________ 19

11. PIS _______________________________________________ 19 a) Operação de swap ___________________________________ 19

12. PIS & COFINS ______________________________________ 19

a) Sistema monofásico __________________________________ 19

13. PIS & COFINS – EXPORTAÇÃO ________________________ 20 a) Compensação _______________________________________ 20

14. TAXA ______________________________________________ 20

a) Taxa de uso ou ocupação de faixa de domínio de rodovia _____ 20

B. 2ª TURMA______________________________________________ 20

1. COFINS _____________________________________________ 20

a) Diferenciação de alíquotas _____________________________ 20 2. DÉBITO TRIBUTÁRIO __________________________________ 20

a) Parcelamento _______________________________________ 20 3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ___________________________ 21

a) Execução fiscal ______________________________________ 21

b) Processo coletivo ____________________________________ 21

c) Reexame necessário _________________________________ 21

4. IRPF ________________________________________________ 21 a) Incidência – planos de previdência _______________________ 21

5. IRPF & IRRF __________________________________________ 22 a) Incidência – acordo coletivo ____________________________ 22

6. IRPJ & CSLL _________________________________________ 22

a) ICMS na base de cálculo ______________________________ 22 7. ISSQN ______________________________________________ 22

a) Competência para cobrança ____________________________ 22 8. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ___________________ 22

a) Imunidade __________________________________________ 22

Page 12: Relatório Anual 2014

9. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS _____________________ 23

a) Natureza remuneratória de parcelas trabalhistas ____________ 23 10. PIS & COFINS ______________________________________ 23

a) Incidência – bonificações ______________________________ 23 b) Incidência – correção monetária e juros ___________________ 23

11. PIS & COFINS – IMPORTAÇÃO ________________________ 23 a) Isenção ____________________________________________ 23

12. PROCEDIMENTOS FISCAIS ___________________________ 23 a) Cobrança de TFI pela ANATEL _________________________ 23

C. 1ª SEÇÃO ______________________________________________ 24

1. COFINS _____________________________________________ 24 a) Isenção ____________________________________________ 24

2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ___________________________ 24

a) Correção monetária __________________________________ 24 b) Execução fiscal ______________________________________ 24 c) Honorários advocatícios _______________________________ 25 d) Prescrição __________________________________________ 25

e) Prescrição intercorrente _______________________________ 26 f) Repetição de indébito tributário _________________________ 26 g) Responsabilidade solidária _____________________________ 26

3. IPI __________________________________________________ 27

a) Importação de automóvel por pessoa natural para uso próprio _ 27 b) Incidência – revenda __________________________________ 27

4. IRPF ________________________________________________ 27 a) Incidência – juros de mora _____________________________ 27 b) Incidência – terço constitucional de férias gozadas __________ 27

5. IRRF ________________________________________________ 28

a) Juros de mora _______________________________________ 28 6. ISSQN ______________________________________________ 28

a) Local de recolhimento _________________________________ 28

7. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS _____________________ 28 a) Diferenciação de alíquota ______________________________ 28 b) Férias gozadas ______________________________________ 28

c) Natureza remuneratória de parcelas trabalhistas ____________ 29 8. PIS & COFINS ________________________________________ 29

a) ISSQN na base de cálculo _____________________________ 29 b) Juros sobre capital próprio _____________________________ 29

9. TAXA _______________________________________________ 30

a) Taxa de fiscalização __________________________________ 30

D. CORTE ESPECIAL ______________________________________ 30

1. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ___________________________ 30 a) Depósito judicial _____________________________________ 30

b) Excesso de execução _________________________________ 30 c) Prazo decadencial ___________________________________ 31

2. PROCESSO FALIMENTAR ______________________________ 31 a) Créditos falimentares _________________________________ 31

E. TEMAS AFETADOS COMO REPETITIVOS ___________________ 31

1. COFINS _____________________________________________ 31

2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ___________________________ 31

Page 13: Relatório Anual 2014

3. DÍVIDA ATIVA ________________________________________ 32

4. IPI __________________________________________________ 32 5. IPVA ________________________________________________ 32 6. IR __________________________________________________ 32 7. IRPF ________________________________________________ 32

8. PIS & COFINS ________________________________________ 33

F. SÚMULAS EDITADAS ____________________________________ 33

1. COFINS _____________________________________________ 33 2. EXECUÇÃO FISCAL ___________________________________ 33 3. FGTS _______________________________________________ 33

4. ICMS________________________________________________ 33

III. CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS ________ 35

A. 1ª SEÇÃO ______________________________________________ 35

1. CSLL________________________________________________ 35 a) Coisa julgada _______________________________________ 35 b) Decadência _________________________________________ 35 c) Sociedades sem fins lucrativos __________________________ 35

2. IR __________________________________________________ 35

a) Homologação de bases _______________________________ 35 3. IRPJ ________________________________________________ 36

a) Ganho de capital _____________________________________ 36

4. IRPJ & CSLL _________________________________________ 36 a) Ágio _______________________________________________ 36

b) Imunidade __________________________________________ 37 c) Juros sobre capital próprio _____________________________ 37

d) Lucros no exterior ____________________________________ 37 e) Responsabilidade da sucessora _________________________ 39

f) Subvenção para investimento ___________________________ 39 5. IRRF ________________________________________________ 40

a) Hipótese de incidência ________________________________ 40

6. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ___________________ 40 a) Imunidade __________________________________________ 40

7. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA ___________________ 41

a) Responsabilidade da sucessora _________________________ 41 8. PIS _________________________________________________ 41

a) Imunidade __________________________________________ 41 9. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL ___________________ 41

a) Cerceamento do direito de defesa _______________________ 41

b) Prova ilícita _________________________________________ 42 10. SIMPLES __________________________________________ 42

a) Enquadramento _____________________________________ 42

B. 2ª SEÇÃO ______________________________________________ 43

1. IRPF ________________________________________________ 43 a) Ganho de capital _____________________________________ 43

2. ITR _________________________________________________ 43 a) Isenção ____________________________________________ 43 b) Sujeição passiva _____________________________________ 43

3. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS _____________________ 44

Page 14: Relatório Anual 2014

a) Decadência _________________________________________ 44

b) PLR _______________________________________________ 44 c) PLR & Valores repassados a médicos ____________________ 45 d) Stock options _______________________________________ 45

C. 3ª SEÇÃO ______________________________________________ 46

1. CIDE ________________________________________________ 46 a) CIDE-Royalties ______________________________________ 46

2. COFINS _____________________________________________ 46 a) Insumo ____________________________________________ 46

3. PIS _________________________________________________ 46

a) Insumo ____________________________________________ 46 4. PIS & COFINS ________________________________________ 47

a) Despesas tarifadas ___________________________________ 47

5. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL ___________________ 47 a) Cabimento de recurso voluntário ________________________ 47

D. SÚMULAS EDITADAS ____________________________________ 47

1. COFINS _____________________________________________ 47

2. DECADÊNCIA ________________________________________ 47 3. DOMICÍLIO FISCAL ____________________________________ 47 4. MULTA BIS IN IDEM ___________________________________ 48

5. RECURSO DE OFÍCIO _________________________________ 48

Page 15: Relatório Anual 2014

10

STF

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I. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL A. 1ª TURMA 1. COFINS a) Conceito de faturamento - AgRg no RE 548.422/RJ Relator(a): Ministro Luís Roberto Barroso Órgão Julgador: 1ª Turma do STF Data de julgamento: 18/03/2014 Ementa: COFINS. CONCEITO DE FATURAMENTO. RESTRIÇÃO ÀS RECEITAS ESTRITAMENTE RELACIONADAS À VENDA DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. Resultado: A Turma decidiu que, antes da EC nº 20/1998, as expressões receita bruta e faturamento devem ser consideradas equivalentes, de forma que ambas abranjam os valores auferidos com a venda de mercadorias ou serviços. 2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Prazo recursal da Fazenda Pública - ARE 661.288/SP Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: 1ª Turma do STF Data de julgamento: 06/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. FAZENDA PÚBLICA. PRAZO EM DOBRO EM SEDE DE RE INTERPOSTO DE REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: A Turma fixou que o prazo em dobro de que a Fazenda Pública dispõe para interpor recursos também é aplicável no caso de recurso extraordinário em face de acórdão proferido em sede de ação direta de inconstitucionalidade estadual no âmbito de Tribunal de Justiça.

3. IR a) Princípio da anterioridade - RE 230.536/SP Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: 1ª Turma do STF Data de julgamento: 10/06/2014 Ementa: IR. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE. AUTORIZAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE PRÊMIOS ANTERIOR À MP Nº 812/1994. NÃO INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma decidiu que a incidência de IR sobre a distribuição gratuita de prêmios, prevista no art. 63 da MP nº 812/1994 – convertida na Lei nº 8.981/1995 – deveria ser afastada no caso em apreço, pois ofenderia ato jurídico perfeito, visto que havia autorização de distribuição gratuita de prêmios emitida pela administração tributária anterior à publicação da respectiva norma. 4. IRPJ & CSLL a) Correção monetária de benefício fiscal - AgRg no RE 807.062/PR Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: 1ª Turma do STF Data de julgamento: 02/09/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. CORREÇÃO MONETÁRIA. SALDOS DE PREJUÍZOS FISCAIS DO IRPJ E DAS BASES NEGATIVAS DA CSLL. NATUREZA DE BENEFÍCIO FISCAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma negou provimento ao agravo regimental que pretendia a aplicação da taxa SELIC e dos índices de correção monetária dos créditos de prejuízo fiscal de IRPJ e de base negativa de CSLL. Foi assentada a natureza de benefício fiscal do saldo a ser compensado em períodos futuros, o que impossibilita a atualização monetária, por ausência de previsão legal e, também, pelo caráter infraconstitucional desse ponto. Ademais, o art. 39, § 4º da Lei nº 9.250/1995 trata da aplicação da taxa SELIC aos valores provenientes de tributos pagos indevidamente ou a maior, para fins de compensação, não se aplicando, assim, aos saldos fiscais referentes ao caso. Voltar ao Sumário

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5. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR a) Princípio da anterioridade e revogação de benefício fiscal - AgRg no RE 564.225/RS Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: 1ª Turma do STF Data de julgamento: 02/09/2014 Ementa: LIMITAÇÕES. ICMS. DECRETOS Nº 39.596 E Nº 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE. DEVER DE OBSERVÂNCIA. Resultado: A Turma decidiu que a norma que implica revogação de benefício fiscal anteriormente concedido está sujeita ao princípio da anterioridade tributária, uma vez que configura aumento indireto de tributo. Dessa maneira, firmou-se o entendimento de que a concepção de anterioridade – que abarca o conteúdo teleológico da garantia – transpõe-se não só ao aumento de alíquota, mas também à redução de benefício fiscal, porque as duas situações conduzem ao mesmo resultado, qual seja, o agravamento do encargo. 6. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) Retorno à atividade laboral - AgRg no RE 430.418/RS Relator(a): Ministro Joaquim Barbosa Órgão Julgador: 1ª Turma do STF Data de julgamento: 18/03/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO APOSENTADO QUE RETORNA À ATIVIDADE. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE. Resultado: A Turma decidiu que é possível a cobrança de contribuição previdenciária sobre o salário de aposentado que retorna à atividade. Para os Ministros, a decisão repousa no princípio da solidariedade, que concede maior amplitude à cobrança das contribuições sociais.

B. PLENÁRIO 1. COFINS a) ICMS na base de cálculo - RE 240.785/MG Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 08/10/2014 Ementa: COFINS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DO ICMS. IMPOSSIBILIDADE. EFEITO INTER PARTES DO JULGADO. Resultado: O Plenário decidiu excluir os valores de ICMS da base de cálculo da COFINS, uma vez que não constituem faturamento da empresa. Ademais, diante da alteração substancial da Corte desde o início do julgamento, decidiu-se a atribuição de efeito inter partes ao julgado. b) Isenção JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - EDv no AI 597.906/PR Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: COFINS. ISENÇÃO. SOCIEDADES CIVIS DE PROFISSÃO REGULAMENTADA. Resultado: O Ministro Relator votou favorável à cobrança de COFINS de sociedades civis de profissão regulamentada, entendendo que a isenção prevista na LC nº 70/1991 – materialmente ordinária – foi revogada pela Lei nº 9.430/1996, não havendo, portanto, razão para desonerar as sociedades profissionais. Julgamento sobrestado por falta de quórum. Voltar ao Sumário

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2. DIREITO ADMINISTRATIVO a) Concessão de serviço público - MC na ADIn 1.491/DF Relator(a): Ministra Cármen Lúcia (designada para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 08/05/2014 Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE SINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES POR SATÉLITE. DIREITO À CONCESSÃO DA EXPLORAÇÃO. MANUTENÇÃO DO § 2° DO ART. 8° DA LEI Nº 9.295/1996. Resultado: O Plenário indeferiu a medida cautelar pleiteada para suspender o § 2° do art. 8° da Lei nº 9.295/1996, mantendo o direito à concessão da exploração do serviço de transporte de sinais de telecomunicações por satélite às entidades que já o explorassem na data de vigência da lei. 3. DIREITO CONSTITUCIONAL a) Precatórios - RE 657.686/DF (RG) Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 23/10/2014 Ementa: CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO PECUNIÁRIA DA FAZENDA PÚBLICA. COMPENSAÇÃO DE RPV COM DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário, reassentando a jurisprudência firmada nas ADIns nº 4.357 e 4.425, decidiu que é constitucionalmente vedada a compensação unilateral de débitos em proveito exclusivo da Fazenda Pública, independentemente de os valores estarem submetidos à sistemática de precatórios ou à de RPV. 4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Ajuizamento de ação rescisória - RE 590.809/RS (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 22/10/2014 Ementa: PROCESSUAL. AÇÃO RESCISÓRIA. ALTERAÇÃO JURISPRUDENCIAL. CRÉDITO DE IPI. PRODUTOS NÃO TRIBUTADOS OU TRIBUTADOS EM ALÍQUOTA ZERO. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário firmou a orientação de que não é possível a interposição de ação rescisória pela União diante da

mudança de entendimento jurisprudencial do STF acerca do direito a crédito de IPI incidente sobre produtos não tributados ou tributados em alíquota zero. Ficou assentado que a segurança jurídica resguarda a jurisprudência à época em que era favorável ao contribuinte. b) Prescrição de ação de ressarcimento ao erário JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - RE 669.069/MG (RG) Relator(a): Ministro Teori Zavascki Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 12/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. PRAZO PRESCRICIONAL. AÇÃO DE RESSARCIMENTO. DANOS CAUSADOS AO ERÁRIO. Resultado: O Ministro Relator votou no sentido de aplicar o prazo imprescritível disposto no art. 37, § 5º da CF às ações decorrentes de prejuízo causado por atos de improbidade administrativa ou ilícitos penais. O Ministro Luís Roberto Barroso, por sua vez, votou por acompanhar o Relator em menor extensão, para apenas afirmar a prescritibilidade de ações decorrentes de ilícito civil. Pediu vista dos autos o Ministro Dias Toffoli. c) Prescrição – FGTS - ARE 709.212/DF (RG) Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 13/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. PRAZO PRESCRICIONAL. COBRANÇA DE VALORES DE FGTS NÃO RECOLHIDOS. PRAZO DE CINCO ANOS. Resultado: O Plenário decidiu que, com a consolidação do entendimento sobre a natureza trabalhista do FGTS, o prazo aplicável às ações de cobrança das parcelas não recolhidas é de cinco anos, conforme o disposto no art. 7º, inciso XXIX da CF. Ao final, modularam-se os efeitos da decisão para atribuir-lhe eficácia meramente prospectiva. Dessa maneira, para os casos cujo termo inicial da prescrição ocorra após a data do presente julgamento, aplica-se o prazo de cinco anos. Por outro lado, para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro – trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir da decisão. Voltar ao Sumário

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d) Processo coletivo - RE 573.232/SC (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 14/05/2014 Ementa: PROCESSO COLETIVO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCLUSIVIDADE AOS ASSOCIADOS QUE FORNECERAM EXPRESSAMENTE SUA AUTORIZAÇÃO À ASSOCIAÇÃO. Resultado: O Plenário decidiu que as balizas subjetivas do título judicial, formalizado em ação proposta por associação, são definidas pela representação no processo de conhecimento, devendo estar presente a autorização expressa, seja por deliberação assembleiar, seja por ato individual do associado, nos termos do inciso XXI do art. 5º da CF. e) Repetição de indébito - RE 566.007/RS (RG) Relator(a): Ministra Cármén Lúcia Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 13/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO PELO CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário entendeu que não é possível pleitear a repetição do indébito tributário diante da desvinculação de receitas da União, porque a contribuição social paga é constitucionalmente válida. Dessa maneira, eventual declaração de inconstitucionalidade das alterações no art. 76 do ADCT acarretaria tão somente o retorno à vinculação das receitas da União, faltando, assim, legitimidade ao contribuinte para recorrer.

5. ICMS a) Aproveitamento de créditos - RE 635.688/RS (RG) Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 16/10/2014 Ementa: ICMS. REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. APROVEITAMENTO INTEGRAL DE CRÉDITOS. IR PAGO EM OPERAÇÃO ANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário assentou que a redução na base de cálculo do ICMS equivale à isenção parcial do imposto, anulando, assim, parte dos créditos que tinha o contribuinte em relação a operações anteriores. Restou decidido que, para que houvesse a cumulação do benefício fiscal com o aproveitamento integral de créditos, seria necessário que a lei autorizasse expressamente. b) Guerra fiscal - ADIn 4.276/MT Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 20/08/2014 Ementa: ICMS. ISENÇÃO FISCAL POR LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. COMPRA DE VEÍCULOS NACIONAIS POR OFICIAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário assentou a inconstitucionalidade de dispositivos da LC do Estado do Mato Grosso nº 358/2009 que concederam isenção à aquisição de veículos nacionais por oficiais de justiça estaduais. Os Ministros entenderam que o privilégio fiscal só é possível se houver autorização prévia de convênio aprovado pelo CONFAZ, do contrário, enseja hipótese de guerra fiscal. Voltar ao Sumário

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- ADIn 429/CE Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 20/08/2014 Ementa: ICMS. CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS POR CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. IMPLEMENTOS E EQUIPAMENTOS DESTINADOS A PORTADORES DE DEFICIÊNCIA. MICROEMPRESAS. PRODUTO AGRÍCOLA EM CESTA BÁSICA. PRODUTO AGRÍCOLA PRODUZIDO POR PEQUENOS E MICROPRODUTORES RURAIS OU POR ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS DE QUE PARTICIPEM. EMPRESAS PRIVADAS DE QUADRO FUNCIONAL COM ATÉ 5% DE DEFICIENTES. CONFECÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE APARELHOS DE FABRICAÇÃO ALTERNATIVA PARA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos da Constituição do Estado do Ceará que concediam benefícios fiscais de ICMS (art. 193, art. 201, parágrafo único do art. 273 e inciso III do art. 283), tendo em conta a necessidade de convênio previamente aprovado pelo CONFAZ. Em relação aos implementos e equipamentos destinados a portadores de deficiência (§ 2º do art. 192), o Tribunal decidiu declarar a inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade e modular os efeitos da decisão em 12 (doze) meses para que o CONFAZ avalie a temática. - ADIn 773/RJ Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 20/08/2014 Ementa: ICMS. CONCESSÃO DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. VEÍCULOS DE RADIODIFUSÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário julgou inconstitucional a expressão “e veículos de radiodifusão” constante no art. 193 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e no inciso XIV do art. 40 da Lei Estadual nº 1.423/1989. Ficou entendido que não é possível estender aos veículos de radiodifusão a imunidade tributária a que fazem jus livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão, haja vista a diferença tipológica existente.

c) Habilitação de telefonia celular - RE 572.020/DF (Sob patrocínio do escritório) Relator(a): Ministro Luiz Fux (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 06/02/2014 Ementa: ICMS. COMUNICAÇÃO. INCIDÊNCIA. ATIVIDADE DE HABILITAÇÃO DE TELEFONE CELULAR MÓVEL. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário decidiu pela não incidência de ICMS sobre a atividade de habilitação de telefone celular móvel, sob a justificativa de que esta consiste meramente em atividade meio, protocolar e preparatória ao serviço de comunicação. d) Leasing financeiro - RE 540.829/SP (RG) Relator(a): Ministro Luiz Fux (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 11/09/2014 Ementa: ICMS. IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS. ARRENDAMENTO MERCANTIL INTERNACIONAL (LEASING FINANCEIRO). NÃO INCIDÊNCIA. Resultado: O Plenário decidiu que não incide ICMS sobre a importação de mercadorias por meio de leasing financeiro. Ficou entendido que a incidência de ICMS pressupõe operação de compra e venda que não ocorre na hipótese de arrendamento mercantil. - RE 226.899/SP Relator(a): Ministra Cármen Lúcia (designada para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 01/10/2014 Ementa: ICMS. IMPORTAÇÃO DE AERONAVE. ARRENDAMENTO MERCANTIL INTERNACIONAL (LEASING FINANCEIRO). NÃO INCIDÊNCIA. Resultado: O Plenário consignou que a incidência de ICMS compreende apenas as situações em que há circulação de mercadorias. Dessa maneira, ficou entendido que o imposto não deve incidir na importação de aeronave pelo regime de arrendamento mercantil, uma vez que esta permanece no ativo fixo da empresa arrendadora estrangeira. Voltar ao Sumário

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e) Protocolo CONFAZ nº 21/2011 - ADIn 4.628/DF e ADIn 4.713/DF Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 17/09/2014 Ementa: ICMS. PROTOCOLO 21. COBRANÇA PELO ESTADO-DESTINO. COMÉRCIO ELETRÔNICO. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS. CONSUMIDOR FINAL. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário julgou procedentes as ações diretas de inconstitucionalidade sobre o Protocolo 21 e modulou os efeitos da decisão a partir da concessão de liminar na ADIn 4.628/DF, ressalvadas as ações em curso. Os Ministros entenderam que apenas o Estado de origem poderia recolher o ICMS de operações realizadas via comércio eletrônico, aplicando-se, então, a alíquota interna e afastando a possibilidade de bitributação. Sendo assim, os Estados-membros prejudicados não poderiam ter acordado regime jurídico do ICMS diverso do que dispõe o art. 155, § 2º, VII da CF. - RE 680.089/SE (RG) Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 17/09/2014 Ementa: ICMS. PROTOCOLO 21. COBRANÇA PELO ESTADO-DESTINO. COMÉRCIO ELETRÔNICO. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS. CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário decidiu que, embora tenha buscado estabelecer forma de partilha de recursos advindos de comércio eletrônico entre unidades diferentes, o Protocolo 21 afronta claramente o § 2º, VII, “b” do art. 155 da CF, constituindo, portanto, tentativa de alterar a disciplina constitucional de cobrança de partilha do ICMS por disposição infralegal. Dessa maneira, a Corte declarou a inconstitucionalidade do Protocolo, modulando os efeitos da decisão a partir da concessão de liminar na ADIn 4.628/DF, ressalvadas as ações em curso. f) Transporte de cargas e passageiros - ADIn 2.669/DF Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF

Data de julgamento: 05/02/2014 Ementa: ICMS. OPERAÇÕES DE TRANSPORTE TERRESTRE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS E DE CARGAS. INCIDÊNCIA. Resultado: O Plenário concluiu que a incidência do ICMS sobre operações de transporte terrestre interestadual e intermunicipal de passageiros e de cargas, disciplinada pela LC nº 87/96, é compatível com a CF. O entendimento foi de que não haveria justificativa socialmente aceitável para fulminar a incidência do imposto. g) Zona franca de Manaus - ADIn 310/AM Relator(a): Ministra Cármen Lúcia Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 19/02/2014 Ementa: ICMS. CONVÊNIOS ICMS Nº 1, 2 E 6 DE 1990. REDUÇÃO DA EFICÁCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (ZFM). INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário entendeu pela inconstitucionalidade dos Convênios ICMS nº 1, 2 e 6 de 1990. Para os Ministros, ao reduzirem a eficácia do quadro de favorecimento fiscal da ZFM, os convênios contrariaram o disposto no art. 40 do ADCT e passaram a restringir o alcance da garantia constitucional conferida à ZFM. 6. IPI a) Descontos incondicionais - RE 567.935/SC (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 04/09/2014 Ementa: IPI. BASE DE CÁLCULO. DESCONTOS INCONDICIONAIS. NÃO INCLUSÃO. Resultado: O Plenário decidiu pela não inclusão na base de cálculo do IPI dos valores atinentes aos descontos incondicionais concedidos quando das operações de saída dos produtos. Assim, foi declarada a inconstitucionalidade do § 2º do art. 14 da Lei nº 4.502/1964, com a redação dada pelo art. 15 da Lei nº 7.798/89, que invadiu o campo de matéria reservada à lei complementar ao impossibilitar a dedução dos descontos incondicionais, como se compusessem o preço final cobrado. Voltar ao Sumário

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b) Importação de automóvel por pessoa natural para uso próprio JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - RE 723.651/PR (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 20/11/2014 Ementa: IPI. IMPORTAÇÃO DE AUTOMÓVEL POR PESSOA NATURAL PARA USO PRÓPRIO. Resultado: O Ministro Relator votou favorável à incidência de IPI na importação de automóvel por pessoa física para uso próprio, defendendo que essa cobrança se ajusta perfeitamente às disposições da CF. Ademais, o Ministro afirmou que a política de desoneração do produto nos países de origem justifica a incidência discutida como forma de resguardar o princípio da livre concorrência e a própria indústria nacional. Pediu vista dos autos o Ministro Luís Roberto Barroso. c) Selos de controle - RE 662.113/PR Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 12/02/2014 Ementa: IPI. SELOS DE CONTROLE QUANTITATIVO. COBRANÇA. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário entendeu ser inconstitucional a cobrança de selos de controle quantitativo de IPI, instituída pelo art. 3º do DL nº 1.437/1975, tendo em vista que tal ato normativo conferiria poderes ao Ministro da Fazenda para estabelcer a referida cobrança, o que seria vedado pelo princípio da legalidade estrita. Dessa maneira, o selo do IPI deve ser emitido e distribuído gratuitamente, em consonância com o art. 46 da Lei nº 4.502/1964.

7. IRPF a) Regime de cobrança - RE 614.406/RS (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 23/10/2014 Ementa: IRPF. PAGAMENTO ACUMULADO DE PARCELAS ORIUNDAS DE DEMANDAS TRABALHISTAS OU PREVIDENCIÁRIAS. REGIME DE COMPETÊNCIA. Resultado: O Plenário decidiu que, no caso de pagamento acumulado de parcelas oriundas de demandas trabalhistas ou previdenciárias, o regime de cobrança de IRPF é o de competência. Ficou entendido que a tributação pelo regime de caixa apenaria o contribuinte, violando o princípio da isonomia e da capacidade contributiva, por sujeitá-lo a regramento diverso do vigente à época em que deveria ter auferido a renda. 8. IRPJ a) Majoração de alíquota - RE 183.130/PR Relator(a): Ministro Teori Zavascki (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 25/09/2014 Ementa: IRPJ. LUCRO COM EXPORTAÇÕES INCENTIVADAS. LEI FEDERAL PUBLICADA DIA 28/12/1989. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. FATO GERADOR DO IR OCORRIDO EM 31/12/1989. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: O Plenário decidiu que, embora seja válida a Súmula nº 584 do Tribunal, não é aplicável ao caso concreto, porque a redução de alíquota de IRPJ para estimular exportações atribuiu função extrafiscal ao imposto. Dessa maneira, o fato gerador teria ocorrido com a realização das operações de exportação que foram incentivadas, e não no último dia do ano-calendário, como ocorre nas hipóteses gerais. Voltar ao Sumário

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9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR a) Imunidade JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - RE 566.622/RS (RG), ADIns 2.028/DF, 2.036/DF, 2.621/DF e 2.228/DF Relator(a) do RE: Ministro Marco Aurélio Mello Relator(a) das ADIns: Ministro Joaquim Barbosa Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 04/06/2014 Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. SUCESSÃO. ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E BENEFICENTES. LEI ORDINÁRIA. REQUISITOS. Resultado: O Ministro Marco Aurélio Mello e o Ministro Joaquim Barbosa votaram no sentido de que lei ordinária não poderia estabelecer critérios para a fruição da imunidade, porque, para tanto, existe reserva legal restrita à lei complementar. Pediu vista dos autos o Ministro Teori Zavascki. - RE 599.176/PR (RG) Relator(a): Ministro Joaquim Barbosa Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 05/06/2014 Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. SUCESSÃO. DÉBITOS TRIBUTÁRIOS DA EXTINTA REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S/A (RFFSA). IMPOSSIBILIDADE DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SUPERVENIENTE DA UNIÃO. Resultado: O Plenário afastou a tese de que existiria imunidade tributária superveniente da União. Ficou entendido que os débitos tributários da RFFSA foram legitimamente configurados e permanecem mesmo após a desconstituição da pessoa jurídica, devendo ser cobrados do responsável tributário por sucessão. JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - RE 600.867/SP (RG) Relator(a): Ministro Joaquim Barbosa Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 05/06/2014 Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. SABESP. Resultado: O Ministro Relator defendeu que a SABESP possui capacidade contributiva, tendo em vista que pode acumular e distribuir lucros. Dessa

maneira, a empresa não se enquadra nas hipóteses de abrangência da imunidade recíproca, uma vez que realiza atividades não apenas voltadas ao interesse público, mas também destinadas a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares. Julgamento suspenso para aguardar quórum. JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - RE 595.676/RJ (RG) – (Sob patrocínio do escritório) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 06/08/2014 Ementa: IMUNIDADE. IMPORTAÇÃO DE PEÇAS ELETRÔNICAS QUE INTEGRAM FASCÍCULOS DIDÁTICOS IMPRESSOS. Resultado: O Ministro Relator entendeu que as peças eletrônicas que integram os fascículos instrutivos possuem caráter complementar à finalidade didática, habilitando-se, portanto, ao gozo de imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da CF. Afirmou, também, que o dispositivo constitucional visa proteger a transmissão de conteúdo educativo em si, não importando o meio pelo qual esta é realizada. Pediu vista dos autos o Ministro Dias Toffoli. - RE 773.992/BA (RG) Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 15/10/2014 Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. IPTU. ECT. RECONHECIMENTO. Resultado: O Plenário afirmou a existência de imunidade recíproca da ECT em relação ao IPTU. Para os Ministros, embora a empresa também preste serviços de natureza concorrencial, a prestação de serviços públicos básicos perfaz a afetação dos imóveis referentes ao desempenho dessas atividades. Assim, como é inviável a distinção entre os imóveis indispensáveis à prestação de atividades essenciais e os imóveis de serviços concorrenciais, foi afastada a incidência do IPTU. Voltar ao Sumário

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- RE 627.051/PE (RG) Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 12/11/2014 Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ICMS. ECT. TRANSPORTE DE ENCOMENDAS. RECONHECIMENTO. Resultado: O Plenário assentou a existência de imunidade tributária da ECT no que se refere à incidência de ICMS sobre o transporte de encomendas. Ficou entendido que, como não é possível separar topicamente as atividades concorrenciais das atividades de privilégio realizadas pela empresa, mantém-se a essência pública dos serviços prestados, de forma que o transporte de encomendas também faz jus à imunidade recíproca da qual os serviços postais fruem. - ACO 879/PB Relator(a): Ministro Luís Roberto Barroso (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. IPVA. ECT. RECONHECIMENTO. Resultado: O Plenário reconheceu imunidade tributária à ECT no que se refere à incidência de IPVA, reafirmando, assim, a jurisprudência consolidada pela Corte. b) Princípio da livre iniciativa - RE 565.048/RS (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 29/05/2014 Ementa: LIMITAÇÕES. COBRANÇA DE GARANTIA DO CONTRIBUINTE INADIMPLENTE PARA A IMPRESSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário assentou a inconstitucionalidade do art. 39, § 2º e do art. 42, parágrafo único da Lei nº 8.820/1989 do Estado do Rio Grande do Sul, que autorizaram o Fisco exigir do contribuinte inadimplente a prestação de garantia real ou fidejussória para a impressão de documentos fiscais. Ficou entendido que a cobrança configura sanção política e instrumento oblíquo do poder de tributar, violando o livre exercício da atividade econômica.

10. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) Cooperativas - RE 595.838/SP (RG) Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 23/04/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA A CARGO DE EMPRESAS QUE CONTRATAM A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COOPERADOS. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário entendeu que não se pode transferir a sujeição passiva da obrigação tributária das cooperativas às empresas contratantes, declarando, assim, a inconstitucionalidade da contribuição previdenciária disposta no inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, com a redação dada pela Lei nº 9.876/1999. - RE 599.362/RJ (RG) Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 06/11/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. ATOS DE COOPERATIVAS DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS. INCIDÊNCIA. Resultado: O Plenário decidiu que não é possível desonerar as cooperativas de serviços profissionais da incidência das contribuições em razão de agirem como entidades autônomas e não como meras intermediárias de seus cooperados. Dessa maneira, consignou-se que os atos dessa categoria de cooperativas implicam efetiva negociação com o mercado consumidor, tendo em vista que se referem à captação de clientes que as contratem e à distribuição dos serviços entre os cooperados, o que resulta em consequente faturamento sobre o qual devem incidir as contribuições sociais. Voltar ao Sumário

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- RE 598.085/RJ (RG) Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 06/11/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. ATOS PRÓPRIOS DE SOCIEDADES COOPERATIVAS. REVOGAÇÃO LEGÍTIMA DA ISENÇÃO DISPOSTA NO ART. 6º DA LC Nº 70/1991 PELA MP Nº 1.858-6/1999. INCIDÊNCIA. Resultado: O Plenário entendeu que é legítima a revogação da isenção às sociedades cooperativas em geral disposta no art. 6º da LC nº 70/1991 pela MP nº 1858-6/1999, porque a referida lei, embora seja formalmente complementar, é materialmente ordinária. Dessa maneira, ficou decidido que os atos cooperativos próprios são somente aqueles realizados entre as cooperativas e os seus cooperados, de forma que, no caso em tela, os atos realizados pelas cooperativas de serviço tomam o viés de atos comerciais, não fazendo jus a qualquer desoneração. b) PLR - RE 569.441/RS (RG) Relator(a): Ministro Teori Zavascki (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 30/10/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. VALORES DE PLR PAGOS ANTES DA PUBLICAÇÃO DA MP Nº 794/1994. INCIDÊNCIA. Resultado: O Plenário entendeu que foi atribuída isenção às parcelas de PLR apenas com o advento da MP nº 794/1994, posteriormente convertida na Lei nº 10.101/2000. Sendo assim, os Ministros decidiram que não haveria como transpor o alcance da legislação às situações pretéritas a ela, de forma que subsiste a incidência de contribuição previdenciária sobre as parcelas de PLR no período posterior à promulgação da CF e anterior à entrada em vigor da MP nº 794/1994. 11. PIS a) Princípio da anterioridade nonagesimal - RE 568.503/RS (RG) Relator(a): Ministra Cármen Lúcia Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 12/02/2014 Ementa: PIS. ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. MAJORAÇÃO DA

ALÍQUOTA NA CONVERSÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA EM LEI. APLICAÇÃO. Resultado: O Plenário decidiu que a contribuição ao PIS se submete à anterioridade nonagesimal, transposta no § 6º do art. 195 da CF, uma vez que se trata de modalidade de tributo cotejada como espécie de contribuição social. Ademais, estabeleceu a necessidade de observância do prazo nonagesimal quando houver majoração de alíquota durante a conversão de MP em lei. b) Imunidade - RE 636.941/RS (RG) Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 13/02/2014 Ementa: PIS. IMUNIDADE ÀS ENTIDADES FILANTRÓPICAS. EDIÇÃO DE LEI ORDINÁRIA. RECONHECIMENTO. Resultado: O Plenário reconheceu a imunidade das entidades filantrópicas ao pagamento do PIS, em razão de consistir em contribuição efetivamente social. Para os Ministros, a edição de lei ordinária é suficiente para estabelecer os critérios formais e subjetivos acerca da imunidade. 12. PIS & COFINS – IMPORTAÇÃO a) Base de cálculo - ED no RE 559.937/RS (RG) Relator(a): Ministro Dias Toffoli (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 17/09/2014 Ementa: PIS E COFINS. IMPORTAÇÃO. INCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO. Resultado: O Plenário decidiu pela impossibilidade de modulação dos efeitos da decisão prolatada no RE. Ficou entendido que o argumento da União sobre o impacto nos cofres públicos não é suficiente para comprovar risco irreversível à ordem social, de maneira que deve prevalecer o direito do contribuinte de repetir o indébito dos valores eventualmente recolhidos. Voltar ao Sumário

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13. TAXA a) Emissão de guia de recolhimento - RE 789.218/MG (RG) Relator(a): Ministro Dias Toffoli Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 18/04/2014 Ementa: TAXA. GUIAS DE RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: O Plenário Virtual reputou constitucional a questão suscitada e reconheceu sua repercussão geral. No mérito, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria: a taxa cobrada em razão da expedição de carnês/guias de recolhimento de tributos é inconstitucional, porquanto a emissão de guia de recolhimento de tributos não configura serviço público prestado ou colocado à disposição do contribuinte. Dessa maneira, não há que se falar em qualquer contraprestação em favor do administrado, figurando inconstitucional a taxa cobrada. b) Pedágio - ADIn 800/RS Relator(a): Ministro Teori Zavascki Órgão Julgador: Plenário do STF Data de julgamento: 11/06/2014 Ementa: TAXA. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. NÃO SUJEIÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE E DA LEGALIDADE. Resultado: O Plenário afirmou que a natureza jurídica da cobrança de pedágio é essencialmente a de preço público e não de taxa, razão pela qual não se submete aos princípios da anterioridade e da legalidade.

C. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA 1. COMPENSAÇÃO E RESTITUIÇÃO a) Multa pelo indeferimento administrativo do pedido - RE 796.939/RS (RG) Relator(a): Ministro Ricardo Lewandowski Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 29/05/2014 Ementa: CRÉDITOS. COMPENSAÇÃO/RESTITUIÇÃO. PEDIDO PERANTE A RFB. INDEFERIMENTO. MULTA. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a constitucionalidade da imposição de multa no percentual de 50% sobre o valor objeto de pedido de restituição, ressarcimento ou compensação indeferido pela RFB. Reconhecida a repercussão geral da matéria. 2. ICMS a) Inadimplência do consumidor - ARE 668.974/DF (RG) – (Sob patrocínio do escritório) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 06/03/2014 Ementa: ICMS. SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO. INADIMPLÊNCIA ABSOLUTA DO CONSUMIDOR. COMPENSAÇÃO. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a possibilidade de compensação de ICMS incidente sobre a prestação de serviço de comunicação em que houve inadimplência absoluta do usuário. Reconhecida a repercussão geral da matéria. Voltar ao Sumário

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b) Seletividade de alíquotas - RE 714.139/SC (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 12/06/2014 Ementa: ICMS. SELETIVIDADE. ENERGIA ELÉTRICA E SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÃO. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a seletividade de alíquota relativa ao ICMS pelo art. 19, I, “a” da Lei nº 10.297/1996, que previu a alíquota de 25% ao ICMS incidente sobre o fornecimento de energia elétrica e os serviços de telecomunicação, em patamar superior à alíquota de 17% estabelecida para as operações em geral. Reconhecida a repercussão geral da matéria. 3. IPVA a) Competência para arrecadação - ARE 784.682/MG (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 20/03/2014 Ementa: IPVA. COMPETÊNCIA PARA ARRECADAÇÃO. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a possibilidade de recolhimento do IPVA em Estado diverso do domicílio tributário do contribuinte. Reconhecida a repercussão geral da matéria. 4. IRRF & CSLL a) Fundos fechados de previdência complementar - RE 612.686/SC (RG) – (Sob patrocínio do escritório) Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 06/02/2014 Ementa: IRRF E CSLL. ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a constitucionalidade da incidência de IRRF sobre receitas decorrentes de aplicações financeiras dos fundos fechados de previdência complementar, bem como da incidência da CSLL sobre os resultados apurados pelos referidos fundos, tendo em vista a ausência de finalidade lucrativa das referidas entidades. Reconhecida a repercussão geral da matéria.

5. ISSQN a) Incidência – apostas - RE 634.764/RJ (RG) Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 13/02/2014 Ementa: ISSQN. HIPÓDROMOS. APOSTAS. INCIDÊNCIA. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a incidência do ISSQN sobre a atividade de exploração de apostas pelas sociedades mantenedoras de hipódromos, bem como a validade da base de cálculo utilizada. Reconhecida a repercussão geral da matéria. 6. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA a) Certidão positiva com efeito de negativa - RE 770.149/PE (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 12/06/2014 Ementa: CPDEN. PERSONALIDADE JURÍDICA MUNICIPAL. INADIMPLÊNCIA. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a possibilidade de emissão de CPDEN a município cujo Poder Legislativo esteja inadimplente em relação ao cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Reconhecida a repercussão geral da matéria. Voltar ao Sumário

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7. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) FUNRURAL - RE 761.263/SC (RG) Relator(a): Ministro Teori Zavascki Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 24/04/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. FUNRURAL. BASE DE CÁLCULO. RECEITA BRUTA. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a validade da cobrança da contribuição ao FUNRURAL pelos segurados especiais, instituída pelo art. 25 da Lei nº 8.212/1991, bem como a base de cálculo da referida contribuição: (1) se deve ser a receita bruta proveniente da comercialização da produção ou (2) se deve ser o resultado da comercialização do produto. Reconhecida a repercussão geral da matéria. 8. PIS a) Crédito - RE 698.531/ES (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 20/03/2014 Ementa: PIS. CRÉDITO. RESTRIÇÃO. NEGÓCIOS COM SOCIEDADES ESTRANGEIRAS. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a restrição do direito a créditos de PIS quanto a bens, serviços, custos e despesas de negócios jurídicos contratados com empresas estrangeiras. Reconhecida a repercussão geral da matéria.

9. PIS & COFINS a) Não-cumulatividade - RE 841.979/PE (RG) Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 16/08/2014 Ementa: PIS E COFINS. NÃO-CUMULATIVIDADE. ART. 195, § 12, CF. INCISO II E §§ 1º E 2º, DAS LEIS Nº 10.833/2003, 10.637/2002. ART. 31, § 3º, DA LEI Nº 10.865/2004. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute – à luz do art. 195, I, “b” e § 12 da CF – a validade de critérios de aplicação da não-cumulatividade às contribuições de PIS/COFINS previstos nos arts. 3º das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003 e no art. 31, § 3º da Lei nº 10.865/2004. Reconhecida a repercussão geral da matéria. 10. PIS & COFINS – IMPORTAÇÃO a) Diferenciação de alíquotas - RE 633.345/ES (RG) Relator(a): Ministro Marco Aurélio Mello Órgão Julgador: Plenário Virtual do STF Data de julgamento: 12/06/2014 Ementa: PIS E COFINS. IMPORTAÇÃO. FABRICANTES. ALÍQUOTAS. DIFERENCIAÇÃO. RG RECONHECIDA. Resultado: RE em que se discute a possibilidade de diferenciação de alíquotas quanto às contribuições de PIS/COFINS – Importação, considerada a previsão de alíquotas menores em favor de pessoas jurídicas fabricantes de máquinas e veículos pelo § 9º do art. 8º da Lei nº 10.865/2004, quando comparadas com empresas de autopeças sujeitas a alíquotas maiores. Reconhecida a repercussão geral da matéria. Voltar ao Sumário

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D. DECISÕES MONOCRÁTICAS 1. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Precatórios - EDv no AgRg no AI 646.081/SP Relator(a): Ministro Ricardo Lewandowski Órgão Julgador: Decisão monocrática Data de julgamento: 13/06/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. COMPLEMENTAÇÃO DE PRECATÓRIO. NOVA CITAÇÃO. DESNECESSIDADE. DIVERGÊNCIA ENTRE AS TURMAS. Resultado: O Ministro Relator admitiu os EDv do Estado de São Paulo em razão da divergência entre o acórdão impugnado e o proferido pela 2ª Turma no AgRg no RE 536.878/SP. O acórdão embargado firmou o entendimento de que os pagamentos de complementação de débitos da Fazenda Pública devem ser objeto de novo precatório, sem haver necessidade de nova citação do Fisco. O precedente da 2ª Turma, por outro lado, havia consignado a necessidade da devida citação do Fisco. 2. ICMS a) Protocolo CONFAZ nº 21/2011 - MC na ADIn 4.628/DF Relator(a): Ministro Luiz Fux Órgão Julgador: Decisão monocrática Data de julgamento: 19/02/2014 Ementa: ICMS. LIMINAR. SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DO PROTOCOLO 21. Resultado: O Ministro Relator concedeu, monocraticamente, medida cautelar para suspender o Protocolo 21, com efeitos ex nunc. O Ministro entendeu que o Protocolo violaria os incisos IV e V do art. 150 da CF e acabaria ensejando em uma “anarquia normativa”. Ademais, estabeleceu que a correção da sistemática de repartição tributária só pode ser feita por meio de promulgação de ECs, e não pela edição de outras espécies normativas.

3. ISSQN a) Incidência – apostas - AC 3.752/RJ (RE 634.764/RJ – RG) Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão Julgador: Decisão monocrática Data de julgamento: 04/12/2014 Ementa: ISSQN. LIMINAR. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO FISCAL RELATIVA À COBRANÇA DE ISSQN SOBRE APOSTAS. Resultado: O Ministro Relator concedeu liminar na AC 3.752/RJ para atribuir efeito suspensivo ao RE 634.764/RJ em relação à cobrança de ISSQN sobre a atividade de exploração de apostas pelas sociedades mantenedoras de hipódromos. O Ministro apontou a urgência da cautelar diante da iminente constrição patrimonial do requerente, entendendo, portanto, pelo afastamento da exigibilidade do ISSQN. Voltar ao Sumário

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STJ

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II. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA A. 1ª TURMA 1. CPMF a) Incorporação societária - REsp 1.360.665/PE Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 08/05/2014 Ementa: CPMF. INCIDÊNCIA SOBRE A ALTERAÇÃO DE TITULARIDADE DE CONTAS BANCÁRIAS EM RAZÃO DE INCORPORAÇÃO SOCIETÁRIA. Resultado: A Turma decidiu pela incidência de CPMF quando ocorre incorporação societária em razão de a transferência de titularidade de contas no ato da incorporação societária gerar a transmissão de direitos como consequência da extinção da incorporada. 2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Erro em CDA - REsp 1.279.899/MG Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 18/02/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO FISCAL EM FACE DE HOMÔNIMO. ERRO NA CDA. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. Resultado: A Turma assentou que deve ser extinta a execução fiscal ajuizada contra homônimo em razão de erro na CDA quanto à indicação do CPF do executado. Determinaram, ainda, a aplicação da Súmula nº 392 do STJ, uma vez que o erro incorrido ocasiona a inclusão no polo passivo da execução de pessoa diversa da alegada devedora do imposto. b) Prescrição de execução fiscal - REsp 1.391.086/ES Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 13/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. PRAZO PRESCRICIONAL. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 174 DO CTN. IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO POR DECISÃO QUE TENHA DEFERIDO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA.

Resultado: A Turma concluiu que a Fazenda Nacional deve verificar a exatidão dos créditos a serem compensados durante a fluência regular do prazo prescricional. Assim, restou consignada a impossibilidade de a antecipação dos efeitos da tutela que conceder pedido de compensação suspender o prazo prescricional do art. 174 do CTN. - REsp 1.441.014/BA Relator(a): Ministro Sérgio Kukina Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 23/09/2014 Ementa: PROCESSUAL. PRAZO PRESCRICIONAL. AJUIZAMENTO DE EXECUÇÃO FISCAL. INÉRCIA DO JUDICIÁRIO EM REALIZAR A CITAÇÃO DO CONTRIBUINTE. NÃO PRESCRIÇÃO Resultado: A Turma entendeu que, após o ajuizamento da execução fiscal pela Fazenda Estadual, o ato judicial pendente é do juiz referente ao processo, qual seja, o despacho determinando a citação. Dessa maneira, foi decidido que não se caracteriza a prescrição quando o Poder Judiciário quedar-se inerte em realizar a citação do contribuinte. c) Prescrição intercorrente - REsp 1.399.553/MG Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 20/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. PRAZO PRESCRICIONAL INTERCORRENTE. IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO. AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL SEM GARANTIA APENSADA À AÇÃO ANULATÓRIA EM CURSO. Resultado: A Turma firmou o entendimento de que o mero apensamento da ação de execução fiscal à ação anulatória em trâmite não tem o condão de suspender a contagem do prazo prescricional intercorrente, uma vez que não havia qualquer impedimento para que a Fazenda Pública tivesse dado seguimento à execução fiscal, tendo em vista que não ocorreu nenhuma das hipóteses elencadas no art. 151 do CTN que dispõe sobre os casos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Voltar ao Sumário

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3. ICMS a) Base de cálculo – garantia estendida JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.346.749/MG Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 21/08/2014 Ementa: ICMS. INCLUSÃO DE “GARANTIA ESTENDIDA” NA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO. Resultado: O Ministro Relator entendeu que a aquisição da “garantia estendida” ocorre em momento posterior à compra da mercadoria, razão pela qual não deve ser incluída na base de cálculo do ICMS. Pediu vista dos autos o Ministro Sérgio Kukina. b) Creditamento - REsp 1.435.626/PA Relator(a): Ministro Ari Pargendler Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 03/06/2014 Ementa: ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE FLUVIAL. COMBUSTÍVEL. CONVERSÃO EM CRÉDITOS NA OPERAÇÃO SEGUINTE. Resultado: A Turma decidiu que o ICMS incidente na compra de combustível por empresa que realize serviço de transporte fluvial pode ser convertido em créditos dedutíveis na operação seguinte. Para os Ministros, o combustível constitui insumo indispensável à realização do serviço. c) Definição de alíquotas - REsp 1.410.959/SP Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 16/06/2014 Ementa: ICMS. IMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA DA DIFERENÇA ENTRE AS ALÍQUOTAS INTERNA E INTERESTADUAL. Resultado: A Turma decidiu não ser possível que a Fazenda Estadual cobre do contribuinte vendedor a diferença entre as alíquotas interna e interestadual quando não houver comprovação da chegada da mercadoria ao destino de venda. Ficou consignado que restou demonstrada a boa-fé do vendedor, não sendo sua responsabilidade acompanhar a chegada da mercadoria ao destino, ainda mais em razão de as partes terem convencionado cláusula FOB.

4. II a) Base de cálculo - REsp 1.239.625/SC Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 04/09/2014 Ementa: II. CHEGADA DE NAVIO EM PORTO BRASILEIRO. INCLUSÃO DAS DESPESAS DE DESEMBARQUE, CARREGAMENTO, TRANSPORTE E MANUSEIOS NA BASE DE CÁLCULO DO II. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma firmou o entendimento de que as despesas ocorridas após a chegada de navio em porto brasileiro não constituem valor aduaneiro, razão pela qual não devem ser incluídas na base de cálculo do II. 5. IRPF a) Incidência – juros de mora - AgRg no REsp 1.420.550/RS Relator(a): Ministro Ari Pargendler Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 13/05/2014 Ementa: IRPF. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DECORRENTES DO ATRASO NO PAGAMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. Resultado: A Turma decidiu pela incidência de IRPF sobre juros de mora decorrentes de atraso no pagamento de benefício previdenciário, reafirmando a jurisprudência do STJ no sentido de que a verba acessória segue o mesmo regime da verba principal. Assentou-se, também, que o atraso no pagamento não altera a natureza jurídica da verba paga, qual seja, a de renda mensal de aposentadoria. Voltar ao Sumário

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6. IRPJ & CSLL a) IPI na base de cálculo - REsp 1.210.941/RS Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 04/09/2014 Ementa: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CSLL. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma entendeu que o crédito presumido de IPI não deve integrar a base de cálculo do IRPJ e da CSLL, haja vista a finalidade de incentivar a atividade exportadora e de ampliar a receita da empresa. b) Lucros no exterior - REsp 1.325.709/RJ Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 24/04/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. TRIBUTAÇÃO DOS LUCROS AUFERIDOS POR EMPRESAS CONTROLADAS NACIONAIS SEDIADAS EM PAÍSES COM TRIBUTAÇÃO REGULADA. Resultado: A Turma entendeu que os lucros auferidos de empresas controladas sediadas na Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo (países com os quais o Brasil firmou tratados contra a bitributação) são tributados apenas nos respectivos países, não devendo, portanto, serem adicionados aos lucros da controladora situada no Brasil. Não obstante, os lucros apurados em controlada domiciliada nas Bermudas (país no qual o Brasil não possui acordo internacional), submetem-se ao art. 74, caput, da MP nº 2.158-35/2001*, sendo considerados disponibilizados à controladora na data da apuração do balanço. * O art. 74, “caput”, da MP nº 2.158-35/2001 foi revogado pelo art. 117, IV da Lei nº 12.973/2014. 7. IRRF a) Repetição de indébito tributário - REsp 1.318.163/PR Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 20/05/2014 Ementa: IRRF. PAGAMENTO A MAIOR. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

TRIBUTÁRIO. ILEGITIMIDADE ATIVA DO RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO. Resultado: A Turma entendeu que a pessoa jurídica que é fonte pagadora não tem legitimidade ativa para postular repetição de indébito de IRRF que foi retido a maior e é relativo às importâncias pagas à empresa contribuinte pela prestação de serviços de natureza caracterizadamente profissional. Os Ministros afirmaram que o ônus econômico da exação é assumido pela prestadora de serviços, de forma que a restituição cabe tão somente a ela. 8. ISSQN a) Local de recolhimento - REsp 1.439.753/PE Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 06/11/2014 Ementa: ISSQN. LOCAL DE RECOLHIMENTO. ANÁLISES CLÍNICAS DE MATERIAL BIOLÓGICO COLETADO EM MUNICÍPIO DIVERSO. Resultado: A Turma estabeleceu que o recolhimento do ISSQN cabe ao município de coleta biológica, uma vez que abriga a unidade do laboratório em que o paciente é efetivamente atendido. 9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR a) Imunidade - AgRg no AREsp 187.172/DF Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 18/02/2014 Ementa: FRUIÇÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SEM FINS LUCRATIVOS. DESNECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DE CERTIFICADO DE ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Resultado: A Turma decidiu que não é possível condicionar a fruição da imunidade tributária de instituição de ensino sem fins lucrativos à apresentação de certificado de entidade de assistência social, quando prova pericial já tiver demonstrado o preenchimento dos requisitos à imunidade. Voltar ao Sumário

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10. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) Férias gozadas - AgRg no REsp 1.240.038/PR Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 08/04/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. INCIDÊNCIA SOBRE FÉRIAS GOZADAS. EXIGÊNCIA DE TRÂNSITO EM JULGADO PARA FINS DE COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. VIGÊNCIA DA LC Nº 104/2001. Resultado: A Turma decidiu que incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o valor pago a título de férias gozadas, uma vez que constitui verba de natureza remuneratória. Ademais, os Ministros firmaram o entendimento de que só é exigido trânsito em julgado para fins de compensação tributária após a vigência da LC nº 104/2001. b) FUNRURAL - REsp 1.070.441/SC Relator(a): Ministro Sérgio Kukina Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 02/09/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. FUNRURAL. EMPREGADOR RURAL PESSOA FÍSICA. CONTRIBUIÇÃO INCIDENTE SOBRE A RECEITA DA COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. Resultado: A Turma declarou a inconstitucionalidade da contribuição FUNRURAL ao argumento de ter sido disciplinada por lei ordinária em vez de complementar. Dispensou-se a reserva de plenário diante de declaração anterior pelo STF da inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº 8.540/1992 (RE 596.177/PR). c) SAT - REsp 1.425.090/PR Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 16/09/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. SAT. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA. PRESSUPOSTOS PARA ALTERAÇÃO DO GRAU DE RISCO DE UMA ATIVIDADE. Resultado: A Turma determinou que a União deve demonstrar o efetivo enquadramento de cada atividade em cada um dos graus de risco previstos na

lei (alto, médio ou baixo), a fim de justificar a majoração da alíquota da contribuição ao SAT. 11. PIS a) Operação de swap - REsp 1.235.220/PR Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 22/04/2014 Ementa: PIS. OPERAÇÃO DE SWAP COM FINALIDADE DE HEDGE. REGIME DE COMPETÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE O CONTRIBUINTE APURAR TRIBUTOS APENAS NO MOMENTO DA LIQUIDAÇÃO DO CONTRATO. Resultado: A Turma firmou o entendimento de que a opção pelo regime de competência em operações de swap com finalidade de hedge inviabiliza a fruição do regime de caixa previsto no caput do art. 30 da MP nº 2.158-35/01. Dessa maneira, o contribuinte que mantiver o regime de competência fica impossibilitado de recolher o PIS sobre as variações cambiais de direito de crédito no momento da liquidação do contrato. 12. PIS & COFINS a) Sistema monofásico - REsp 1.346.181/PE Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 16/06/2014 Ementa: PIS E COFINS. SISTEMA MONOFÁSICO. IMPOSSIBILIDADE DE USO DE CRÉDITOS. Resultado: A Turma entendeu que não é possível que as empresas tributadas em sistema monofásico façam uso de créditos de PIS/COFINS em restituições ou redução de carga tributária. Os Ministros afirmaram que a tributação monofásica por si só já é um benefício fiscal, de maneira que a utilização de créditos violaria o princípio da não-cumulatividade. Voltar ao Sumário

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13. PIS & COFINS – EXPORTAÇÃO a) Compensação - REsp 1.449.713/SC Relator(a): Ministro Sérgio Kukina Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 16/09/2014. Ementa: PIS E COFINS - EXPORTAÇÃO. CRÉDITOS ADMINISTRADOS PELA ANTIGA RECEITA FEDERAL. COMPENSAÇÃO COM DÉBITOS DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma entendeu que a exegese da Lei nº 11.457/2007, especificamente no que se refere ao seu art. 26, vedou a pretensão do contribuinte em compensar créditos de PIS/COFINS administrados pela antiga Receita Federal com débitos de contribuição previdenciária. 14. TAXA a) Taxa de uso ou ocupação de faixa de domínio de rodovia - Arguição de Inconstitucionalidade no RMS 41.885/MG Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Órgão Julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 10/06/2014 Ementa: TFDR. EXIGÊNCIA CONTRA AS EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES. SUBMISSÃO À CORTE ESPECIAL. Resultado: A Turma acolheu a arguição de inconstitucionalidade do contribuinte para submeter o incidente à Corte Especial. Para os Ministros, o julgamento do mérito depende da definição de constitucionalidade dos artigos da lei estadual impugnados pelo contribuinte. Indicou que a Corte Especial irá determinar: (1) se há poder de polícia que justifique a cobrança; (2) se a base de cálculo da taxa deve ser igual ao custo da atividade estatal; (3) se houve invasão da competência da União no que se refere à fiscalização da instalação de redes de telecomunicações.

B. 2ª TURMA 1. COFINS a) Diferenciação de alíquotas - ED no AgRg no AREsp 426.242/RS Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 08/05/2014 Ementa: COFINS. MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA REALIZADA PELO ART. 18 DA LEI Nº 10.684/2003. NÃO ABRANGÊNCIA DAS SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGURO. Resultado: A Turma rejeitou os ED opostos pela Fazenda Nacional, para manter o entendimento de que a majoração da alíquota da COFINS de 3% para 4% não abrange as sociedades corretoras de seguro. Restou consignado que as referidas sociedades atuam meramente como meio para obtenção de interessados na realização de seguros, não podendo ser equiparadas aos agentes de seguros privados cuja atividade é típica das instituições financeiras. 2. DÉBITO TRIBUTÁRIO a) Parcelamento - REsp 1.447.131/RS Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 20/05/2014 Ementa: REFIS. INEFICÁCIA DE PARCELAMENTO. EXCLUSÃO DE PESSOA JURÍDICA. Resultado: A Turma do STJ decidiu que é possível a exclusão de pessoa jurídica do REFIS quando o valor das parcelas for irrisório para a quitação do débito, demonstrando, assim, a ineficácia do parcelamento. Voltar ao Sumário

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3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Execução fiscal - REsp 1.437.078/RS Relator(a): Ministro Humberto Martins Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 25/03/2014 Ementa: PROCESSUAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. NECESSIDADE DE GARANTIA DO JUÍZO PELO BENEFICIÁRIO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. Resultado: A Turma assentou a necessidade de garantia do juízo por beneficiários da assistência judiciária gratuita para que os embargos à execução fiscal sejam conhecidos. Para os Ministros, não há previsão legal acerca da isenção à garantia de juízo para embargar, devendo prevalecer o § 1º do art. 16 da LEF sobre a Lei nº 1.060/1950, em razão de sua especificidade. - ED no REsp 1.409.688/SP Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 08/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO FISCAL. GARANTIA DO JUÍZO. ABRANGÊNCIA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Resultado: A Turma fixou que a garantia do juízo em execução fiscal compreende honorários advocatícios que venham a ser arbitrados judicialmente, ainda que não estejam na CDA. O entendimento embasou-se na determinação de que a penhora de bens inclua o principal, os juros, as custas e os honorários, devendo tal interpretação se estender ao que tange à garantia em juízo. b) Processo coletivo REsp 1.395.875/PE Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 20/02/2014 Ementa: PROCESSO COLETIVO. CAUSA DE PEDIR. INEXIGÊNCIA DE DESCRIÇÃO DETALHADA DAS SITUAÇÕES INDIVIDUAIS. DESCABIMENTO. Resultado: A Turma decidiu que não há necessidade de descrição pormenorizada das situações individuais dos substituídos na causa de pedir de ação coletiva. Dessa maneira, o interesse de agir nesse tipo de ação se caracteriza pela descrição exemplificativa de situações litigiosas de origem comum.

c) Reexame necessário - REsp 1.415.603/CE Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 22/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. SENTENÇA QUE EXTINGUIU EXECUÇÃO FISCAL. SUBMISSÃO AO REEXAME NECESSÁRIO SOMENTE QUANDO A SENTENÇA REJEITAR IMPUGNAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA. Resultado: A Turma decidiu que não se sujeita ao reexame necessário, a sentença que extinguiu execução fiscal em razão do acolhimento de exceção de pré-executividade pela qual o Fisco demonstrou o cancelamento da inscrição em dívida ativa referente à execução fiscal ainda que a Fazenda Pública tenha sido condenada a pagar honorários advocatícios. Dessa maneira, fixou-se a tese de que somente a sentença que marca a derrota da Fazenda Pública em relação ao conteúdo da exceção de pré-executividade está sujeita ao reexame necessário. 4. IRPF a) Incidência – planos de previdência - AgRg no REsp 1.439.516/PR Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 06/05/2014 Ementa: IRPF. REPACTUAÇÃO DO PLANO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. INCENTIVO À MIGRAÇÃO DE INATIVOS DE UM PLANO PARA OUTRO. PARCELAS RECEBIDAS POR PARTICIPANTES E ASSISTIDOS DE PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma assentou que deve incidir IRPF sobre as parcelas recebidas como incentivo à adesão ao processo de repactuação do regulamento do plano de benefícios de previdência. O entendimento firmou-se em razão da natureza remuneratória dos valores em apreço. Voltar ao Sumário

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5. IRPF & IRRF a) Incidência – acordo coletivo - REsp 1.218.222/RS Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 04/09/2014 Ementa: IRPF E IRRF. IMPORTÂNCIA RECEBIDA EM RAZÃO DE OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA ASSUMIDA EM ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. INCIDÊNCIA. PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DE IR. DECLARAÇÃO TRANSMITIDA COM DADO EQUIVOCADO PELA FONTE PAGADORA. SUJEITO PASSIVO. Resultado: A Turma entendeu que deve incidir IRPF sobre a quantia recebida pelo empregado em razão de acordo coletivo firmado com o empregador em que foi ajustada a constituição de fundo de aposentadoria e pensão, uma vez que esses valores congregam natureza jurídica de acréscimo patrimonial. Além disso, também foi decidido que, na hipótese de ausência de recolhimento do IRRF em razão de declaração transmitida com dado equivocado pela fonte pagadora, a responsabilidade de arcar com o imposto devido e não recolhido é do sujeito passivo da relação jurídico-tributária, pois, como realiza o fato gerador do imposto, o ônus da tributação recai sobre ele. 6. IRPJ & CSLL a) ICMS na base de cálculo - AgRg no REsp 1.423.160/RS Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 27/03/2014 Ementa: ICMS. LUCRO PRESUMIDO. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CSLL. Resultado: A Turma decidiu que, no regime de lucro presumido, o ICMS recolhido compõe a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Dessa maneira, as empresas que optarem pelo lucro presumido devem incluir o ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, uma vez que as exações incidem sobre a receita bruta das entidades.

7. ISSQN a) Competência para cobrança - REsp 1.365.371/SE Relator(a): Ministro Humberto Martins Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 23/09/2014 Ementa: ISSQN. COMPETÊNCIA PARA COBRANÇA. FATOS GERADORES OCORRIDOS NA VIGÊNCIA DO DL Nº 406/1968. Resultado: A Turma entendeu que, nas hipóteses em que os fatos geradores do ISSQN tiverem ocorrido sob a égide do DL nº 406/1968, a competência para cobrança do imposto pertence ao Município onde está situada a empresa prestadora de serviço. 8. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR a) Imunidade - EDcl no RMS 46.170/MS Relator(a): Ministro Humberto Martins Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 25/11/2014 Ementa: IMUNIDADE. ICMS. ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS. FRANQUIA COM A ECT. SERVIÇO NÃO RELACIONADO COM OS OBJETIVOS INSTITUCIONAIS. INEXISTÊNCIA. Resultado: A Turma assentou que as entidades de assistência social sem fins lucrativos não congregam imunidade tributária em relação ao ICMS quando desempenharem atividade franqueada da ECT. Os Ministros entenderam que a imunidade a que se refere o art. 150, IV, “c” da CF engloba apenas as atividades relacionadas às finalidades essenciais das entidades. Voltar ao Sumário

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9. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) Natureza remuneratória de parcelas trabalhistas - REsp 1.455.089/RS Relator(a): Ministro Humberto Martins Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 16/09/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. SALÁRIO-MATERNIDADE. SALÁRIO-PATERNIDADE. FÉRIAS GOZADAS. SERVIÇO ELEITORAL. LICENÇA CASAMENTO. CARÁTER REMUNERATÓRIO. INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma, aludindo à jurisprudência firmada pelo Tribunal, assentou a natureza estruturalmente remuneratória das parcelas: (1) salário-maternidade; (2) salário-paternidade; (3) férias gozadas; (4) serviço eleitoral; e (5) licença casamento. Concluindo, assim, pela incidência de contribuição previdenciária a cargo da empresa. 10. PIS & COFINS a) Incidência – bonificações - EDcl no REsp 1.446.354/RS Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 14/10/2014 Ementa: PIS E COFINS. BONIFICAÇÕES PAGAS À CONCESSIONÁRIA PELA FABRICANTE DE VEÍCULOS. INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma rejeitou os ED opostos para manter a decisão de que os valores recebidos a título de bonificação pela fabricante de veículos devem compor a base de cálculo de PIS/COFINS, posto que integram a receita total auferida pela concessionária. b) Incidência – correção monetária e juros - ED no REsp 1.432.952/PR Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 22/04/2014 Ementa: PIS E COFINS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS REFERENTES À VENDA DE IMÓVEL. INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma negou provimento aos ED opostos para manter o entendimento de que a correção monetária e os juros provenientes de contratos de venda de imóveis compõem a base de cálculo de PIS/COFINS, por

serem receitas decorrentes do exercício empresarial. 11. PIS & COFINS – IMPORTAÇÃO a) Isenção - REsp 1.430.257/CE Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 18/02/2014 Ementa: PIS E COFINS. IMPORTAÇÃO. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. SENAI. IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS. Resultado: A Turma entendeu que o SENAI goza de isenção de PIS/COFINS em relação à importação de produtos e serviços. Para os Ministros, a fruição da isenção independe da classificação da entidade como beneficente de assistência social ou do fato de seus dirigentes serem remunerados, uma vez que decorre diretamente de lei ordinária (arts. 12 e 13 da Lei nº 2.613/1955), restando irrelevantes as condições para a concessão de imunidade constitucional. 12. PROCEDIMENTOS FISCAIS a) Cobrança de TFI pela ANATEL JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.293.917/DF (Sob patrocínio do escritório) Relator(a): Ministro Humberto Martins Órgão Julgador: 2ª Turma do STJ Data de julgamento: 20/05/2014 Ementa: TFI. COBRANÇA PELA ANATEL. RENOVAÇÃO DE LICENÇAS DAS CENTRAIS TELEFÔNICAS. PRORROGAÇÃO DA CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE TELECOMUNICAÇÕES. Resultado: O Ministro Relator votou no sentido de que, não existindo nova instalação, não é possível a cobrança de TFI, por falta de objeto fiscalizável. Entendeu, assim, que a prorrogação de licença não gera a emissão de nova licença, mas a mera revalidação da anterior. Pediu vista dos autos o Ministro Herman Benjamin. Voltar ao Sumário

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C. 1ª SEÇÃO 1. COFINS a) Isenção JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.353.111/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 08/10/2014 Ementa: COFINS. ISENÇÃO CONCEDIDA ÀS ENTIDADES EDUCACIONAIS SEM FINALIDADE LUCRATIVA. MENSALIDADES PAGAS PELOS ALUNOS. Resultado: O Ministro Relator proferiu voto no sentido de incluir as receitas auferidas das mensalidades dos alunos na isenção concedida às entidades educacionais sem finalidade lucrativa, haja vista que decorrem de atividade própria da entidade. Pediu vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves. 2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Correção monetária - EDv no REsp 1.030.597/MG Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 23/04/2014 Ementa: PROCESSUAL. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEL. ANO-BASE DE 1989. IPC. Resultado: A Seção deu provimento aos EDv do contribuinte para determinar que o índice de correção monetária aplicável ao ano-base de 1989 é o IPC. Segundo o entendimento firmado, não se pode utilizar os índices legais OTN/BTNF, porquanto foram declarados inconstitucionais pelo STF em sede de RE com repercussão geral reconhecida. b) Execução fiscal - REsp 1.404.796/SP (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/03/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO FISCAL. CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS AOS CONSELHOS PROFISSIONAIS. INAPLICABILIDADE DO ART. 8º DA LEI Nº 12.514/2011 ÀS EXECUÇÕES ANTERIORES À SUA VIGÊNCIA. Resultado: A Seção decidiu que o art. 8º da Lei nº 12.514/2011 não se aplica às

execuções fiscais de contribuições devidas aos Conselhos Profissionais propostas antes de sua vigência. Dessa maneira, a referida disposição de que “os Conselhos não executarão judicialmente dívidas referentes a anuidades inferiores a 4 (quatro) vezes o valor cobrado anualmente da pessoa física ou jurídica inadimplente” só é válida para as execuções ajuizadas posteriormente à entrada em vigor da referida lei. - EDv no REsp 1.269.069/CE Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 09/04/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO FISCAL. MANDADO DE INTIMAÇÃO. NECESSIDADE DE CONSIGNAÇÃO EXPRESSA DO INÍCIO DO PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO. Resultado: A Seção deu provimento aos EDv do contribuinte para acolher a tese de que o mandado de intimação, em sede de execução fiscal, deve informar expressamente: (1) o prazo para apresentação dos embargos; e (2) indicar que o termo inicial para contagem do prazo é a efetiva intimação. - REsp 1.371.128/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção Data de julgamento: 10/09/2014 Ementa: PROCESSUAL. DÍVIDA DE NATUREZA NÃO TRIBUTÁRIA. INDÍCIOS DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR. REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL CONTRA DIRETOR DA EMPRESA EXECUTADA. POSSIBILIDADE. Resultado: A Seção assentou a possibilidade de redirecionamento da execução fiscal por dívida de natureza não tributária contra diretor da empresa, diante de indícios de dissolução irregular. Os Ministros entenderam que, se existe possibilidade de redirecionamento de execução fiscal por dívida de natureza tributária, também deve existir em relação às execuções fiscais por dívida de natureza não tributária. Voltar ao Sumário

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- REsp 1.450.819/AM (Repetitivo) e REsp 1.455.091/AM (Repetitivo) Relator(a): Ministro Sérgio Kukina Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 12/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO FISCAL. PETIÇÃO INICIAL. INDICAÇÃO DE CÉDULA DE IDENTIDADE, CNPJ OU CPF. NÃO OBRIGATORIEDADE. Resultado: A Seção entendeu que, embora a indicação de Cédula de Identidade, do CNPJ ou do CPF seja necessária à fluidez processual, é desmedido desconsiderar a petição inicial em execução fiscal que não os contenha especificamente. Ademais, como a LEF comporta especialidade frente ao CPC e não trata de maneira expressa da exigibilidade dos dados, sua indicação para o recebimento da inicial não é obrigatória. - REsp 1.377.507/SP (Repetitivo) Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO FISCAL. REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS. Resultado: A Seção entendeu que, para que haja decretação de indisponibilidade de bens em execução fiscal, na forma do art. 185-A do CTN, é necessário que a Fazenda Pública realize as exigências que estiverem ao seu alcance, quais sejam, (1) citação do executado, (2) inexistência de pagamento ou de oferecimento de bens à penhora no prazo legal e, por fim, (3) realização das diligências que sejam possíveis, incluídos o pedido de acionamento do BacenJud e consequente determinação pelo magistrado e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito (DENATRAN ou DETRAN). JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - EDv no REsp 1.163.553/RJ Relator(a): Ministro Arnaldo Esteves Lima Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 10/12/2014 Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. SUBSTITUIÇÃO DA GARANTIA PELA FAZENDA PÚBLICA. FIANÇA BANCÁRIA. DIVIDENDOS. Resultado: O Ministro Relator, acompanhado pelo Ministro Mauro Campbell Marques, determinou a

manutenção da fiança bancária, destacando que a distribuição de dividendos só seria vedada se a empresa não tivesse promovido a garantia do juízo. Ademais, especificou-se que, no caso em tela, a execução fiscal foi regularmente garantida com fiança bancária inicialmente aceita pela Fazenda Pública e só seria possível sua substituição caso fosse afastada a idoneidade da fiança. Abrindo a divergência, o Ministro Herman Benjamin entendeu que não há onerosidade ao contribuinte na substituição da fiança, tendo em vista que o valor da execução representava parcela ínfima em relação aos dividendos distribuídos. Pediu vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves. c) Honorários advocatícios - REsp 1.406.296/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/02/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXECUÇÃO NÃO EMBARGADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. NÃO CABIMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Resultado: A Seção decidiu que, quando a execução contra a Fazenda Pública não é embargada, não são devidos honorários advocatícios sucumbenciais. d) Prescrição - REsp 1.391.277/DF Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 23/04/2014 Ementa: PROCESSUAL. FLUÊNCIA DO PRAZO PRESCRICIONAL. EFEITOS DE DECISÃO CONCESSIVA DE LIMINAR EM ADIn PARA SUSPENDER DISPOSITIVOS LEGAIS DE REDUÇÃO DOS ENCARGOS MORATÓRIOS EM PARCELAMENTO. Resultado: A Seção entendeu que a concessão de liminar em ADIn para a suspensão de dispositivos legais de redução dos encargos moratórios em parcelamento não suspende a exigibilidade do crédito tributário inscrito em referido programa, mas apenas a possibilidade de parcelamento. Sendo assim, o prazo prescricional para a cobrança do crédito continua a fluir regularmente. Voltar ao Sumário

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- REsp 1.373.292/PE (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 22/10/2014 Ementa: PROCESSUAL. AJUIZAMENTO DE EXECUÇÃO FISCAL. PRAZO PRESCRICIONAL. DÍVIDA DE NATUREZA NÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITO RURAL TRANSFERIDO À UNIÃO POR FORÇA DA MP Nº 2.196-3/2001. CINCO OU VINTE ANOS. Resultado: A Seção firmou o entendimento de que (1) para os créditos rurais referentes ao período de vigência do CC16, o prazo prescricional aplicável é de vinte anos e (2) para os créditos avençados sob a égide do CC02, o prazo prescricional é de cinco anos. e) Prescrição intercorrente JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.340.553/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. SISTEMÁTICA PARA CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Resultado: O Ministro Relator assentou quatro teses acerca da matéria: (1) o prazo de um ano de suspensão previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei nº 6.830/1980 tem início na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido; (2) havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não decisão judicial nesse sentido, findo o prazo de um ano, inicia-se automaticamente o prazo prescricional de cinco anos, durante o qual o processo deve estar arquivado sem baixa na distribuição até o seu termo final, quando se caracteriza a prescrição da execução fiscal, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei nº 6.830/1980; (3) a efetiva penhora é apta a afastar o curso da prescrição intercorrente, mas não basta para tal o mero peticionamento em juízo requerendo a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens; e (4) a Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 245 do CPC), ao alegar a nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer causa interruptiva ou suspensiva da

prescrição. Pediu vista dos autos o Ministro Herman Benjamin. f) Repetição de indébito tributário - EDv no REsp 872.559/SP Relator(a): Ministro Ari Pargendler Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 09/04/2014 Ementa: PROCESSUAL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. LIMITES À COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. APLICABILIDADE. Resultado: A Seção afirmou a aplicação dos limites para compensação em cada competência, estabelecidos pelas Leis nº 9.032/1995 e 9.129/1995, ao pleito de repetição de indébito tributário, ainda que decorrente de declaração de inconstitucionalidade de contribuição social pelo STF. Dessa maneira, até que as referidas leis sejam declaradas inconstitucionais, fica assentada a aplicabilidade dos limites que estabelecem às compensações tributárias. g) Responsabilidade solidária - Questão de Ordem no REsp 1.419.104/SP Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE ACIONISTAS CONTROLADORES, DIRETORES, GERENTES OU REPRESENTANTES DE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO. CRÉDITOS DECORRENTES DO NÃO RECOLHIMENTO DO IPI E DO IR DESCONTADO NA FONTE. AFETAÇÃO À CORTE ESPECIAL. Resultado: A Seção acolheu, em questão de ordem, a instauração do incidente de inconstitucionalidade do art. 8º, do DL nº 1.736/1979, para afetá-lo à Corte Especial e analisar sua compatibilidade ante a ordem constitucional anterior. Voltar ao Sumário

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3. IPI a) Importação de automóvel por pessoa natural para uso próprio JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.396.488/SC (Repetitivo) Relator(a): Ministro Humberto Martins Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 10/09/2014 Ementa: IPI. INCIDÊNCIA SOBRE VEÍCULO IMPORTADO POR PESSOA FÍSICA PARA USO PRÓPRIO. Resultado: O Ministro Relator proferiu voto contrário à incidência de IPI sobre a importação de veículo por pessoa física para uso próprio, uma vez que: (1) a operação transposta não é de cunho mercantil e (2) a exigência do imposto no caso violaria a não-cumulatividade, pois não seria possível a compensação posterior do tributo. A Ministra Eliana Calmon, por sua vez, inaugurou a divergência, argumentando que o imposto deve incidir na referida situação, porque congrega caráter extrafiscal. Pediu vista dos autos o Ministro Sérgio Kukina. b) Incidência – revenda - EDv no REsp 1.411.749/PR, EDv no REsp 1.384.179/SC, EDv no REsp 1.393.102/SC, EDv no REsp 1.398.721/SC, EDv no REsp 1.400.759/RS Relator(a): Ministro Ari Pargendler (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 11/06/2014 Ementa: IPI. INCIDÊNCIA SOBRE OS IMPORTADORES NA REVENDA DE PRODUTOS DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Seção decidiu que, nas hipóteses de importação para mera revenda, o IPI incide apenas no desembaraço aduaneiro, não havendo razão para se defender nova cobrança quando da saída da mercadoria. 4. IRPF a) Incidência – juros de mora - REsp 1.233.073/SC Relator(a): Ministro Og Fernandes (designado para a redação do acórdão) Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 13/08/2014 Ementa: IRPF. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DECORRENTES DO ATRASO NO PAGAMENTO DE

BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. POSSIBILIDADE. Resultado: A Seção entendeu que a parcela de juros moratórios sobre benefício previdenciário pago com atraso congrega natureza indenizatória e consiste em acréscimo patrimonial. Dessa maneira, a decisão majoritária foi pela incidência de IRPF sobre os juros de mora decorrentes de atraso de pagamento de benefício previdenciário. JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.470.443/PR (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: IRPF. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DECORRENTES DO ATRASO NO PAGAMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. Resultado: O Ministro Relator, em sessão anterior, entendeu que há a incidência de IRPF sobre os juros de mora decorrentes de atraso no pagamento de benefício previdenciário, afirmando que as parcelas em questão têm nítida natureza remuneratória e, também, encontram-se fora do contexto de rescisão do contrato de trabalho. Após voto-vista da Ministra Regina Helena Costa – que considerou como indenizatória a natureza jurídica dos juros de mora, entendendo, assim, que não constituem acréscimo patrimonial – pediu vista regimental o Ministro Relator. b) Incidência – terço constitucional de férias gozadas JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.459.779/MA (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: IRPF. INCIDÊNCIA SOBRE O TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS GOZADAS. Resultado: O Ministro Relator entendeu que as parcelas do adicional de um terço de férias gozadas têm a natureza indenizatória, uma vez que correspondem ao dano físico e psicológico sofrido pelo trabalhador durante o período aquisitivo do direito. Assim, afirmou não haver razão para incidir IRPF sobre as parcelas em apreço. Pediu vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves. Voltar ao Sumário

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5. IRRF a) Juros de mora - EDv no REsp 1.334.749/AL Relator(a): Ministro Sérgio Kukina Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 22/10/2014 Ementa: IRRF. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Seção entendeu que não é possível que o Fisco exija do beneficiário de boa-fé o pagamento de juros e multa decorrentes da não retenção pela fonte pagadora do IRRF devido. 6. ISSQN a) Local de recolhimento - ED no REsp 1.060.210/SC (Repetitivo) – (Sob patriocínio do escritório) Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/02/2014 Ementa: ISSQN. LEASING FINANCEIRO. LOCAL DE RECOLHIMENTO. LOCAL DA OPERAÇÃO DE FINANCIAMENTO E NÃO DE CONTRATAÇÃO DO SERVIÇO. Resultado: A Seção manteve o entendimento de que, nos termos da LC nº 116/2003, o fato gerador da operação de arrendamento mercantil ocorre no local do estabelecimento prestador do serviço. No caso específico do leasing, predomina a operação de financiamento ou empréstimo de capital. Assim, a competência para cobrança do ISSQN é dos municípios em que o serviço é efetivamente prestado, ou seja, em que se localizam os centros operacionais de leasing financeiro e não nos locais de contratação do serviço.

7. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) Diferenciação de alíquota JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.400.287/RS (Repetitivo) e REsp 1.391.092/SC (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 27/08/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA PELO ART. 22, § 1º DA LEI Nº 8.212/1991. DISCUSSÃO SOBRE A ABRANGÊNCIA DAS SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGURO. Resultado: O Ministro Relator votou que o § 1º do art. 22 é taxativo, não abrangendo, portanto, as sociedades corretoras de seguro. Após o voto do Relator, o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho abriu a divergência suscitando que a expressão “sociedades corretoras” do referido dispositivo legal é empregada em sentido lato. Pediu vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves. b) Férias gozadas JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - ED nos ED no REsp 1.322.945/DF Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 10/12/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. INCIDÊNCIA SOBRE FÉRIAS GOZADAS. Resultado: O Ministro Relator afirmou que não deve incidir contribuição previdenciária sobre os valores de férias gozadas, uma vez que estes não se referem à efetiva prestação de serviço pelo trabalhador, não possuindo, portanto, natureza remuneratória. O Ministro Mauro Campbell Marques, por sua vez, inaugurou divergência para assentar a natureza remuneratória das férias gozadas, com base em diversos precedentes do STJ. Pediu vista dos autos o Ministro Og Fernandes. Voltar ao Sumário

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c) Natureza remuneratória de parcelas trabalhistas - REsp 1.230.957/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/02/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. INCIDÊNCIA SOBRE AS VERBAS DE SALÁRIO MATERNIDADE E PATERNIDADE. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE O TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS GOZADAS, O AVISO PRÉVIO INDENIZADO E OS VALORES PAGOS NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍLIO DOENÇA. Resultado: A Seção decidiu que deve incidir contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de: (1) salário maternidade e (2) salário paternidade, em função da natureza salarial e não indenizatória das verbas. Ademais, foi decidido que não deve incidir contribuição previdenciária sobre: (3) o terço constitucional de férias gozadas e (4) o aviso prévio indenizado, tendo em vista que tais verbas têm caráter indenizatório. Por fim, os Ministros afirmaram que não deve incidir contribuição previdenciária sobre (5) os valores pagos nos quinze dias que antecedem o auxílio doença, uma vez que os mesmos não constituem natureza remuneratória. - REsp 1.358.281/SP (Repetitivo) Relator(a): Ministro Herman Benjamin Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 23/04/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. INCIDÊNCIA SOBRE HORAS EXTRAS, ADICIONAL NOTURNO E ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Resultado: A Seção determinou que se incide contribuição previdenciária sobre: (1) horas extras, (2) adicional noturno, e (3) adicional de periculosidade. Concluíram que as referidas parcelas têm natureza remuneratória, integrando, portanto, a base de cálculo da contribuição previdenciária.

8. PIS & COFINS a) ISSQN na base de cálculo JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.330.737/SP (Repetitivo) Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 10/12/2014 Ementa: PIS E COFINS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DE ISSQN. Resultado: O Ministro Relator entendeu que o ISSQN integra a base de cálculo de PIS/COFINS, uma vez que referido imposto compõe o valor do serviço prestado, incluindo-se no conceito de receita ou faturamento da empresa para fins de incidência de PIS/COFINS. Pediu vista dos autos o Ministro Mauro Campbell Marques. b) Juros sobre capital próprio JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - REsp 1.200.492/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: PIS E COFINS. JCP. LEIS Nº 10.637/2002 E 10.833/2003. Resultado: O Ministro Relator afirmou que a base de cálculo de PIS/COFINS deve ser apenas o produto da venda de mercadorias ou da prestação de serviços, de forma que devem ser excluídos os valores referentes aos JCP. O Ministro Mauro Campbell Marques, por sua vez, entendeu que as Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003 definem como base de cálculo de PIS/COFINS o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua classificação contábil. Dessa maneira, afirmou que, para que houvesse a exclusão dos JCP da base de cálculo de PIS/COFINS, deveria existir previsão legal expressa. Pediu vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves. Voltar ao Sumário

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9. TAXA a) Taxa de fiscalização JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - EDv no REsp 993.452/SC Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de julgamento: 10/12/2014 Ementa: TAXA DE FISCALIZAÇÃO DOS MERCADOS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS. COBRANÇA PELA CVM. INCENTIVO FISCAL ANTERIOR À VIGÊNCIA DO DISPOSITIVO. Resultado: O Ministro Relator entendeu que a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários – instituída pela Lei nº 7.940/1989 – não pode ser cobrada de empresa beneficiária de incentivos fiscais concedidos e usufruídos antes da vigência do dispositivo. Pediu vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves.

D. CORTE ESPECIAL 1. DIREITO PROCESSUAL CIVIL a) Depósito judicial - REsp 1.348.640/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Paulo de Tarso Sanseverino Órgão Julgador: Corte Especial do STJ Data de julgamento: 07/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO DO DEVEDOR PELO DEPÓSITO JUDICIAL. Resultado: A Corte Especial fixou a tese de que, na fase de execução, a obrigação do devedor é extinta pelo depósito judicial do montante (integral ou parcial) da condenação, nos limites da quantia depositada. Dessa maneira, concluiu-se que o depósito judicial exclui dos cálculos exequendos juros de mora e correção monetária. b) Excesso de execução - REsp 1.387.248/SC (Repetitivo) Relator(a): Ministro Paulo de Tarso Sanseverino Órgão Julgador: Corte Especial do STJ Data de julgamento: 07/05/2014 Ementa: PROCESSUAL. EXCESSO DE EXECUÇÃO. IMPUGNAÇÃO. ART. 475-L, § 2º DO CPC. INDICAÇÃO EXPRESSA DAS INCORREÇÕES E DA PARCELA INCONTROVERSA. EMENDA À INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA REGRA À FAZENDA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Corte Especial decidiu que a parte que impugnar o cumprimento de sentença sob o fundamento de excesso de execução deve indicar expressamente o valor entendido como incontroverso, bem como as incorreções encontradas nos cálculos do credor, sob pena de indeferimento liminar da petição, não se admitindo emenda à inicial. Além disso, os Ministros assentaram que o referido entendimento não se aplica no caso de embargos opostos pela Fazenda Pública em sede de execução contra a mesma, uma vez que o conteúdo do § 2º do art. 475-L do CPC não foi reproduzido pelo art. 741 do referido Código. Voltar ao Sumário

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c) Prazo decadencial - REsp 1.112.864/MG (Repetitivo) Relator(a): Ministra Laurita Vaz Órgão Julgador: Corte Especial do STJ Data de julgamento: 19/11/2014 Ementa: PROCESSUAL. PRAZO DECADENCIAL PARA AJUIZAMENTO DA AÇÃO RESCISÓRIA. TERMO FINAL EM FINAL DE SEMANA OU EM FERIADO. PRORROGAÇÃO DO PRAZO. Resultado: A Corte Especial entendeu que, caso o termo final do prazo decadencial para a propositura de ação rescisória seja em feriado ou em final de semana, há prorrogação para o primeiro dia útil subsequente, de forma a resguardar o princípio da razoabilidade e a plenitude do prazo legalmente concedido à parte. 2. PROCESSO FALIMENTAR a) Créditos falimentares - REsp 1.152.218/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Luís Felipe Salomão Órgão Julgador: Corte Especial do STJ Data de julgamento: 07/05/2014 Ementa: PROCESSO FALIMENTAR. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NATUREZA ALIMENTAR. EQUIPARAÇÃO AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS. Resultado: A Corte Especial assentou a natureza alimentar dos créditos resultantes de honorários advocatícios, sucumbenciais ou contratuais, equiparando-os aos créditos trabalhistas para efeito de habilitação em falência, desde que observado o teto de 150 (cento e cinquenta) salários mínimos previstos no art. 83, I da Lei nº 11.101/05. Ademais, também restou consignada a natureza extraconcursal dos honorários advocatícios resultantes de trabalhos prestados à massa falida, depois do decreto de falência, nos termos dos arts. 84 e 149 da Lei nº 11.101/2005.

E. TEMAS AFETADOS COMO REPETITIVOS 1. COFINS - REsp 1.400.287/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 14/02/2014 Nº do Tema: 728 Tema: REsp em que se discute a categorização das sociedades corretoras de seguro em um conjunto maior de sociedades corretoras, de maneira que seja possível a aplicação do art. 18 da Lei nº 10.684/2003, que trata sobre a alíquota da contribuição da COFINS. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. - REsp 1.391.092/SC (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 14/02/2014 Nº do Tema: 729 Tema: REsp em que se discute a possibilidade de se firmar identidade entre as sociedades corretoras de seguros e os agentes autônomos de seguros, de maneira que seja possível a aplicação do art. 18 da Lei nº 10.684/2003, que trata sobre a alíquota da contribuição da COFINS. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. 2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - REsp 1.455.091/AM (Repetitivo) e REsp 1.450.819/AM (Repetitivo) Relator(a): Ministro Sérgio Kukina Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 04/08/2014 Nº do Tema: 876 Tema: REsps em que se discute obrigatoriedade, ou não, da indicação de Cédula de Identidade, do CNPJ ou do CPF para o recebimento da petição inicial de execução fiscal. Recursos especiais afetados como representativos de controvérsia. Voltar ao Sumário

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- REsp 1.388.000/PR (Repetitivo) Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 04/08/2014 Nº do Tema: 877 Tema: REsp em que se discute o termo inicial da fluência da prescrição quinquenal para o ajuizamento da ação individual executiva para cumprimento de sentença originária de ação civil pública. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. 3. DÍVIDA ATIVA - REsp nº 1.377.004/SP (Repetitivo) Relator(a): Ministro Og Fernandes Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 12/11/2014 Nº do Tema: 906 Tema: REsp em que se discute a possibilidade de se decretar a indisponibilidade de bens, prevista no art. 185-A do CTN, quando preenchidos os requisitos necessários, mas as diligências em busca de outros bens tiverem resultado infrutífero. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. 4. IPI - REsp 1.405.244/SP (Repetitivo) Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 14/04/2014 Nº do Tema: 761 Tema: REsp em que se discute a possibilidade de se atribuir natureza tributária ao ressarcimento dos custos de aquisição dos selos de controle do IPI, instituído pelo art. 3º do Decreto nº 1.437/1975, bem como se o referido dispositivo foi recepcionado pelo art. 25 do ADCT. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. 5. IPVA - REsp 1.320.825/RJ (Repetitivo) Relator(a): Ministra Marga Tessler Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 06/11/2014 Nº do Tema: 903 Tema: REsp em que se discute a definição acerca do momento em que são verificados o lançamento e a sua notificação quanto ao crédito tributário de IPVA, com o escopo de fixar o termo inicial do prazo prescricional para a cobrança do crédito respectivo. Recurso

especial afetado como representativo de controvérsia. 6. IR - REsp 1.470.720/RS (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 15/10/2014 Nº do Tema: 894 Tema: REsp em que se discute o índice de atualização (SELIC ou FACDT) aplicável sobre os valores originais do IR apurado pelo regime de competência até o recebimento da verba acumulada, a fim de se liquidar a repetição de indébito de IR indevidamente retido sob o regime de caixa. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. 7. IRPF - REsp 1.470.443/PR (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 14/08/2014 Nº do Tema: 878 Tema: REsp em que se discute se os juros de mora sobre verbas decorrentes de benefício previdenciário pago em atraso devem ser incluídos na base de cálculo do IR. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. - REsp 1.459.779/MA (Repetitivo) Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 15/08/2014 Nº do Tema: 881 Tema: REsp em que se discute a incidência de IRPF sobre o adicional de terço constitucional de férias gozadas. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia. Voltar ao Sumário

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8. PIS & COFINS - REsp 1.221.170/PR (Repetitivo) Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Órgão Julgador: 1ª Seção do STJ Data de afetação: 14/04/2014 Nº do Tema: 779 Tema: REsp em que se discute o conceito de insumo empregado nas Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003, de maneira a definir se no recurso em análise existe direito ao crédito de PIS/COFINS. Recurso especial afetado como representativo de controvérsia.

F. SÚMULAS EDITADAS 1. COFINS - Súmula nº 508 Data da Decisão: 26/03/2014 Texto: A isenção da COFINS concedida pelo art. 6º, II da LC nº 70/1991 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi revogada pelo art. 56 da Lei nº 9.430/1996. 2. EXECUÇÃO FISCAL - Súmula nº 515 Data de Decisão: 14/08/2014 Texto: A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui faculdade do juiz. 3. FGTS - Súmula nº 514 Data de Decisão: 14/08/2014 Texto: A CEF é responsável pelo fornecimento dos extratos das contas individualizadas vinculadas ao FGTS dos Trabalhadores participantes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, inclusive para fins de exibição em juízo, independentemente do período em discussão. 4. ICMS - Súmula nº 509 Data de Decisão: 26/03/2014 Texto: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda. Voltar ao Sumário

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CARF

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III. CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS A. 1ª SEÇÃO 1. CSLL a) Coisa julgada - PAF nº 10120.003312/2007-47 Relator(a): Conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão (Fazenda) Órdão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de Julgamento: 11/11/2014 Ementa: CSLL. COISA JULGADA. RELAÇÃO JURÍDICA CONTINUATIVA. FATOS GERADORES OCORRIDOS APÓS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, decidiu que nas relações tributárias de natureza continuativa (fatos geradores periódicos) não é cabível a alegação da exceção da coisa julgada em relação a fatos geradores sucedidos após alterações legislativas, seguindo o entendimento exarado pelo Parecer PGFN nº 492 de 2011. b) Decadência - PAF nº 10280.001166/2004-30 Relator(a): Conselheiro João Carlos de Figueiredo Neto (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 1ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 04/06/2014 Ementa: CSLL. PRAZO DECADENCIAL. INTIMAÇÃO PARA INÍCIO DE PROCEDIMENTO FISCAL DE VERIFICAÇÃO. SUSPENSÃO. IMPOSSIBILIDADE. INTERRUPÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que a mera intimação do contribuinte para início de procedimento fiscal de verificação não produz o efeito de suspender ou interromper o curso do prazo decadencial previsto no art. 173 do CTN.

c) Sociedades sem fins lucrativos - PAF nº 19740.720171/2009-60 Relator(a): Conselheira Karem Jureidini Dias (designada para a redação do acórdão) – (Contribuinte) Órdão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de Julgamento: 21/08/2014 Ementa: CSLL. SOCIEDADE SEM FINS LUCRATIVOS. NÃO INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que as sociedades sem fins lucrativos não estão sujeitas à incidência de CSLL, uma vez que não auferem lucro, e sim superávits. 2. IR a) Homologação de bases - PAF nº 11831.000881/2003-53 Relator(a): Conselheiro Valmar Fonseca de Menezes (Fazenda) Órdão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de Julgamento: 19/08/2014 Ementa: IR. SALDO NEGATIVO APURADO. CRÉDITO PLEITEADO PARA COMPENSAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL PARA REVER SALDO. INEXISTÊNCIA. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, decidiu que o CTN não prevê prazo decadencial para a fiscalização rever saldo apurado para fins de analisar existência de crédito pleiteado pelo contribuinte. - PAF nº 13819.003076/99-09 Relator(a): Conselheiro João Carlos de Lima Júnior (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 19/08/2014 Ementa: IR. SALDO NEGATIVO APURADO. PRAZO DECADENCIAL PARA REVER SALDO. INEXISTÊNCIA. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que, para apurar um tributo devido, a fiscalização está limitada ao prazo decadencial disposto no CTN, contudo, para verificar a existência e a natureza de pagamentos realizados para fins de recomposição de saldo negativo não está o Fisco sujeito ao referido prazo. Voltar ao Sumário

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3. IRPJ a) Ganho de capital - PAF nº 14120.000001/2010-82 Relator(a): Conselheiro Valmir Sandri (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 18/03/2014 Ementa: IRPJ. GANHO DE CAPITAL. TERRAS PRODUTIVAS. IMPOSSIBILIDADE DE DESAPROPRIAÇÃO. TENSÕES SOCIAIS. VENDA DO IMÓVEL AO INCRA. IMUNIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que a imunidade da operação de transferência de imóveis para fins de reforma agrária, disposta no art. 184, §5° da CF, também alcança o resultado apurado na venda de imóvel ao INCRA, cuja venda decorreu da necessidade de distender tensões sociais em torno da propriedade. 4. IRPJ & CSLL a) Ágio - PAF nº 16682.720271/2011-54 Relator(a): Conselheiro Paulo Jakson da Silva Lucas (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 12/02/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ÁGIO INTERNO. MESMO GRUPO ECONÔMICO. AUSÊNCIA DE ALTERAÇÃO DO CONTROLE SOCIETÁRIO. ARTIFICIALIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, declarou que a geração de ágio dentro do mesmo grupo econômico, sem alteração do controle das sociedades envolvidas, constitui prova de sua artificialidade. Além disso, os Conselheiros afirmaram que a utilização de sociedade veículo de curta duração, cujo escopo fora atingir posição fiscal privilegiada, constitui prova da artificialidade daquela sociedade e das operações que tomou parte – no caso, a geração e a transferência do ágio. - PAF nº 16327.000462/2010-64 Relator(a): Conselheiro Carlos Augusto de Andrade Jenier (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 12/02/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ÁGIO. ADIÇÃO À BASE DE CÁLCULO DA CSLL. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.

Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que inexiste previsão legal para que se exija a adição da base de cálculo da CSLL da amortização do ágio pago na aquisição de investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial, sendo inaplicável ao caso a determinação expressa no art. 57 da Lei nº 8.981/85, posto que tal dispositivo não determina que haja identidade com a base de cálculo do IRPJ. - PAF nº 10120.724569/2012-01 (Sob patrocínio do escritório) Relator(a): Conselheiro Alberto Pinto Souza Junior (Fazenda) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 12/02/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ÁGIO. AMORTIZAÇÃO. AUTUAÇÃO. NÃO INDICAÇÃO DE VÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. DESPESAS FINANCEIRAS. OPERAÇÃO DE CRÉDITO. DEDUTIBILIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que não se pode glosar despesas com amortização de ágio se a autuação não indicar vícios nos negócios jurídicos que a originaram. Ademais, subsistiu a tese de que as despesas financeiras em operação de crédito para adquirir ativo permanente podem ser deduzidas na apuração do resultado. - PAF nº 16327.001697/2010-73 Relator(a): Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho Machado (designado para a redação do acórdão) – (Fazenda) Órdão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de Julgamento: 09/04/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ÁGIO. FIXAÇÃO DO PREÇO DA AQUISIÇÃO. EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA. VALOR APURADO POR LAUDOS DE AVALIAÇÃO POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE DE AMORTIZAÇÃO. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, entendeu que, em que pese existir laudo de avaliação anterior à amortização, este apenas referendava o valor já acordado em negociações que antecederam as aquisições societárias, devendo manter o lançamento tributário. Voltar ao Sumário

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- PAF nº 19311.720445/2012-76 Relator(a): Conselheiro Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 07/05/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ÁGIO. CONDUTA ABUSIVA. INEXISTÊNCIA. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que cabe à fiscalização demonstrar o caráter abusivo da conduta do contribuinte por meio da demonstração de elementos objetivos para arrimar o lançamento. No caso, pela análise das etapas do negócio jurídico levado a efeito para atingir os resultados concretos que conduziram ao aproveitamento do ágio, observa-se a existência de uma justificativa razoável para a operação e não um simples intuito de obter uma vantagem fiscal. b) Imunidade - PAF nº 10680.002103/2004-98 (Sob patriocínio do escritório) Relator(a): Conselheiro Valmir Sandri (Contribuinte) Órdão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de Julgamento: 07/10/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. IMUNIDADE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. INEFICÁCIA DO ATO DECLARATÓRIO QUE SUSPENDEU A IMUNIDADE. Resultado: A Turma, à unanimidade, entendeu que o contribuinte demonstrou o preenchimento dos requisitos para gozar da imunidade tributária, estabelecendo, assim, a ineficácia do ato declaratório que havia suspendido a imunidade da entidade e a improcedência dos lançamentos que o seguiram. c) Juros sobre capital próprio - PAF nº 10865.721233/2012-75 Relator(a): Conselheira Edeli Pereira Bessa (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 1ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 03/06/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. JCP. VALOR DE RESERVA DE REAVALIAÇÃO DE BENS OU DIREITOS. CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS. IMPOSSIBILIDADE. TRIBUTAÇÃO DIFERIDA. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, decidiu que, para fins de cálculo da remuneração aos sócios, não será considerado o valor de reserva de reavaliação de bens ou direitos da pessoa

jurídica, exceto se essa for adicionada na determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL, requisito que não resta atendido na capitalização das reservas, uma vez que ocorre o diferimento da tributação prevista, por força do disposto no art. 4º Lei nº 9.959/2000. JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - PAF nº 12963.000065/2010-36 Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 11/11/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. JCP. POSSIBILIDADE DE REMUNERAÇÃO COM BASE EM PERÍODOS ANTERIORES. Resultado: O Conselheiro Relator votou no sentido de que, para deduzir o pagamento de JCP do lucro real tributável pelo IRPJ e da base de cálculo da CSLL, a sociedade empresária deve deliberar no mesmo exercício fiscal em que ocorre o pagamento. Pediu vista dos autos o Conselheiro Presidente Otacílio Dantas Cartaxo (Fazenda). d) Lucros no exterior - PAF nº 12897.000715/2009-41 Relator(a): Conselheiro Marcelo Cuba Netto (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma ordinária da 2ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 06/05/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. TRIBUTAÇÃO DOS LUCROS DE CONTROLADA SEDIADA NO EXTERIOR. DISPONIBILIZAÇÃO FICTA. TRATADO CONTRA BITRIBUTAÇÃO. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, em entendimento contrário ao firmado pelo STJ no REsp 1.325.709/RJ, decidiu ser possível a incidência de IRPJ e CSLL sobre a disponibilização ficta dos lucros de controlada nacional sediada no Chile, consignando que a cobrança dos referidos impostos não configura bitributação, porquanto o tratado entre o Brasil e o Chile impede somente a tributação dos lucros auferidos da controlada localizada no exterior e não dos lucros disponibilizados à controladora localizada no Brasil. Voltar ao Sumário

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- PAF nº 16561.000065/2009-86 Relator(a): Conselheiro Leonardo de Andrade Couto (Fazenda) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 03/06/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. LUCROS NO EXTERIOR. ART. 74 DA MP Nº 2.158-35/2001. ADIn 2.588/DF. EFICÁCIA ERGA OMNES. EFEITO VINCULANTE. Resultado: A Turma, por maioria, com base no disposto pelo art. 74 da MP nº 2.158-35/2001, que estabeleceu a presunção ficta dos lucros auferidos por controladas e coligadas no exterior, bem como pelo decidido na ADIn 2.588/DF, declarou que: (1) deveria ser mantida a tributação de controlada localizada na Argentina, uma vez que o tratado celebrado entre aquele país e o Brasil não afasta a incidência de tributação relativa aos dividendos disponibilizados pela controlada e não tributados naquele país; (2) em relação às coligadas localizadas na Argentina e no Paraguai (países sem tributação favorecida), não se deve manter o lançamento na parte em que aplica o art. 74 da citada MP. - PAF nº 10872.000052/2010-51 Relator(a): Conselheiro Moisés Giacomelli Nunes da Silva (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 29/07/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. LUCROS NO EXTERIOR. ART. 74 DA MP Nº 2.158-35/2001. LUCROS APURADOS. ADIn 2.588/DF. INCONSTITUCIONALIDADE. EFICÁCIA ERGA OMNES. EFEITO VINCULANTE. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que, por força da ADIn 2.588/DF, deve ser julgado improcedente o auto de infração que aplica o art. 74 da MP nº 2.158-35/2001 a coligadas localizadas em países sem tributação favorecida. No caso, o lançamento exigiu IRPJ e CSLL sobre os lucros auferidos por coligada situada na Holanda.

- PAF nº 16327.001271/2006-33 Relator(a): Conselheiro Paulo Jakson da Silva Lucas (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 30/07/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. MP Nº 2.158-35/2001. LUCROS APURADOS. VENEZUELA. FATO GERADOR. DATA DO BALANÇO. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que, a partir da MP nº 2.158-35/2001, para efeito de tributar os lucros e atualizações monetárias auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas, consideram-se disponibilizados os lucros para a controladora ou coligada localizada nacionalmente na data do balanço em que tiverem sido apurados. - PAF nº 16327.001759/2004-07 Relator(a): Conselheiro João Carlos de Lima Júnior (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 20/08/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ENTREGA DE COTAS SOCIETÁRIAS DE CONTROLADA NO EXTERIOR PARA APORTE DE CAPITAL DE CONTROLADA NO BRASIL. HIPÓTESE DE EMPREGO DE VALOR. INCIDÊNCIA DE IRPJ E CSLL. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que a entrega de cotas societárias com valor da correção do lucro de controlada no exterior, pela controladora no Brasil, para aumento de capital de outra controlada localizada no território nacional, é emprego de valor em favor da controladora, nos termos do art. 1º, § 2º, “b”, "4" da Lei nº 9.532/1997, configurando assim hipótese de disponibilização de lucros tributável por IRPJ e CSLL. Voltar ao Sumário

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- PAF nº 16561.000125/2007-07 Relator(a): Conselheiro Antônio Bezerra Neto (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 27/08/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. LUCROS NO EXTERIOR. PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 74 DA MP Nº 2.158-35/2001. LUCROS APURADOS ATÉ 21 DE DEZEMBRO DE 2001 E AINDA NÃO DISPONIBILIZADOS. ADIn 2.588/DF. INCONSTITUCIONALIDADE. EFICÁCIA ERGA OMNES. EFEITO VINCULANTE. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que por força da ADIn 2.588/DF devem ser julgados improcedentes os autos de infração que aplicaram o parágrafo único do art. 74 da MP nº 2.158-35/2001, em que consideraram de forma retroativa a disponibilização ficta, em 31 de dezembro de 2002, dos lucros apurados por controladas ou coligadas no exterior até 31 de dezembro de 2001 ainda não disponibilizados, independente de essas empresas se situarem ou não em paraísos fiscais. - PAF nº 16561.720014/2011-99 Relator(a): Conselheiro Leonardo de Andrade Couto (Fazenda) Órgão Julgador: 2ª Turma ordinária da 4ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. TRIBUTAÇÃO DOS LUCROS DE CONTROLADA NACIONAL SEDIADA NO EXTERIOR. TRATADO CONTRA BITRIBUTAÇÃO. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, manteve o lançamento em que tributou lucros auferidos por controladas sediadas em países signatários de tratados de bitributação com o Brasil.

e) Responsabilidade da sucessora - PAF nº 16561.000122/2008-46 Relator(a): Conselheira Edeli Pereira Bessa (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 1ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 04/06/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. LUCROS NO EXTERIOR. LANÇAMENTO EM FACE DA SUCESSORA. DEFICIÊNCIA MATERIAL. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que a atribuição da integralidade dos lucros à sucessora, que somente passou a deter participação societária nas sociedades sucedidas no curso do ano-calendário, exigiria investigação acerca da repercussão dos resultados no patrimônio da autuada ou demonstração de que os resultados apurados das sucedidas somente teriam sido formados ao final do ano-calendário. Assim, diante do fato de inexistir motivação suficiente para atribuição integral dos lucros à sucessora, restou consignada a nulidade material do lançamento exarado. f) Subvenção para investimento - PAF nº 10120.730439/2012-08 (Sob patriocínio do escritório) Relator(a): Conselheiro Waldir Veiga Rocha (Fazenda) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 08/04/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ESTADO DE GOIÁS. PROGRAMA CENTROPRODUZIR. SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTOS. EXCLUSÃO DO LUCRO REAL. EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CSLL. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os incentivos dados pelo Governo do Estado do Goiás para promover investimentos de seu interesse consistem em subvenção para investimentos, ao restar provado nos autos: (1) a intenção do subvencionador de direcionar os recursos para investimentos; (2) a efetiva aplicação, pelo beneficiário, dos recursos auferidos nos investimentos previstos contratualmente; e (3) que o beneficiário da subvenção é o titular do empreendimento econômico projetado. Voltar ao Sumário

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- PAF nº 10120.725306/2012-10 Relator(a): Conselheiro Ricardo Marozzi Gregório (Fazenda) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 1ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 24/09/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ESTADO DE GOIÁS. PROGRAMA FOMENTAR. SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTOS. DEFICIÊNCIA DO LANÇAMENTO FISCAL. Resultado: A Turma, à unanimidade, julgou improcedente o lançamento, não pelo fato de restar devidamente comprovada a efetiva autuação do contribuinte para caracterizar a subvenção como para investimento, mas sim em face da deficiência da autuação exarada pela fiscalização, uma vez que se limitou a reproduzir os requisitos do Parecer Normativo CST nº 112/78, sem analisar as circunstâncias concretas do caso. - PAF nº 10120.724276/2013-05 Relator(a): Conselheiro Edwal Casoni de Paula Fernandes Júnior (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: IRPJ E CSLL. ESTADO DE GOIÁS. PROGRAMA FOMENTAR. SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTOS. NÃO CARACTERIZAÇÃO. SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os incentivos instituídos pela Lei do Estado do Goiás nº 13.436/98 (Programa FOMENTAR) deveriam ser caracterizados como subvenção para custeio, uma vez que: (1) não havia nenhum mecanismo legal que permitisse ao governo estadual controlar a aplicação dos recursos subvencionados; (2) o prazo de 20 (vinte) anos concedido pelo Estado para que o contribuinte realizasse o objetivo almejado afastara a possibilidade de caracterização dos incentivos criados pelo programa como de subvenção para investimento.

5. IRRF a) Hipótese de incidência - PAF nº 10680.001930/2005-45 Relator(a): Conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 20/08/2014 Ementa: IRRF. PAGAMENTO A BENEFICIÁRIO NÃO IDENTIFICADO OU PAGAMENTO SEM CAUSA. INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma, à unanimidade, entendeu que, por força do disposto no art. 61 da Lei nº 8.981/95, estão sujeitos à incidência do IRRF: (1) o pagamento efetuado a beneficiário não identificado; e (2) a entrega de recursos a terceiros ou sócios quando não comprovada a operação ou causa. 6. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR a) Imunidade JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - PAF nº 10680.012956/2004-38 Relator(a): Conselheira Karem Jureidini Dias (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 08/10/2014 Ementa: IMUNIDADE. ENTIDADE DE AMPARO À UNIVERSIDADE. Resultado: A Conselheira Relatora votou no sentido de que, apesar de ser de pesquisa, a instituição tem como escopo apoiar as atividades de ensino da UFMG, sendo assim apta a gozar da imunidade. Ademais, ressaltou que o fato de remunerar seus dirigentes não é suficiente para suspender sua imunidade, uma vez que não se proíbe tal remuneração de seus dirigentes, mas a distribuição de lucros. Por fim, em relação à legalidade da operação de venda do imóvel, a Conselheira entendeu que a instituição pode ser remunerada pela renda auferida com a venda, desde que a remuneração seja utilizada para a manutenção da própria instituição. Pediu vista dos autos o Conselheiro Jorge Celso Freire da Silva (Fazenda). Voltar ao Sumário

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7. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA a) Responsabilidade da sucessora - PAF nº 10680.720013/2008-14 Relator(a): Conselheiro João Carlos de Lima Júnior (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 19/08/2014 Ementa: MULTA DE OFÍCIO. RESPONSABILIDADE DA SUCESSORA POR INCORPORAÇÃO. AUTUAÇÃO POSTERIOR À INCORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, sob arrimo nas razões de decidir do REsp 923.012/MG (Repetitivo), decidiu, por maioria, que a multa de ofício somente é transferível à incorporadora se: (1) aquela já integrasse o passivo da incorporada no momento da sucessão; (2) a multa já tivesse sido lançada, não influindo no resultado o fato de sua exigibilidade estar suspensa; (3) ou caso a incorporadora e incorporada estivessem sob controle comum ou se pertencessem ao mesmo grupo econômico, na linha do disposto na Súmula nº 47 do CARF. 8. PIS a) Imunidade - PAF nº 10580.006689/2001-45 Relator(a): Conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 25/03/2014 Ementa: PIS. PROCESSO PRINCIPAL DECIDIU PELA AUSÊNCIA DE CAUSA PARA SUSPENSÃO DA IMUNIDADE. LANÇAMENTO DECLARADO IMPROCEDENTE. Resultado: A Turma, preliminarmente, à unanimidade, decidiu que era competente para analisar o recurso, uma vez que o processo principal tratava sobre lançamento de IRPJ. No mérito, também de forma unânime, a Turma entendeu que, se reconhecida a ausência de causa para suspender a imunidade do contribuinte no processo administrativo principal, há de ser aplicado o mesmo entendimento nas tributações reflexas.

9. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL a) Cerceamento do direito de defesa - PAF nº 10735.002491/2005-13 Relator(a): Conselheira Karem Jureidini Dias (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 09/10/2014 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NULIDADE DA DECISÃO. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que, nos casos em que o CARF julga recurso de ofício e restabelece lançamento fiscal julgado improcedente pela DRJ, deve o Conselho analisar os demais tópicos suscitados pelo contribuinte em sede de impugnação, sob pena de cercear o direito de defesa do contribuinte, bem como ocorrer supressão de instância, uma vez que surge a possibilidade de que matérias não apreciadas sejam sujeitas a recurso especial administrativo do contribuinte. Assim, foi declarada a nulidade do acórdão que julgou o recurso de ofício e determinado o retorno dos autos à Câmara baixa para análise das demais questões contidas na impugnação apresentada pela autuada. Voltar ao Sumário

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b) Prova ilícita - PAF nº 11516.001989/2004-17 Relator(a): Conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão (designado para a redação do acórdão) – (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 11/11/2014 Ementa: NULIDADE DO PROCEDIMENTO FISCAL. PROVAS ILÍCITAS. CONVALIDAÇÃO POR ULTERIOR DECISÃO JUDICIAL QUE AUTORIZOU A LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO. Resultado: A Turma discutiu a nulidade do lançamento tributário em face das supostas ilicitudes na obtenção das provas, no bojo de uma busca e apreensão promovida pela Polícia Federal, utilizadas pela fiscalização para embasar o auto de infração lavrado. Decidiu-se por maioria que: (1) o fato de a perícia com a quebra de sigilo bancário ter sido realizada sem a presença do contribuinte e prévia autorização judicial não macula o lançamento, uma vez que a RFB obteve autorização judicial para realizar a lavratura do auto com base nos documentos utilizados, convalidando eventuais ilegalidades; (2) em que pese o material apreendido não ter sido devidamente lacrado, tal fato não conduz à declaração de nulidade do procedimento de investigação, porquanto o art. 36 da Lei nº 9.430/1996 dispõe que “a autoridade fiscal encarregada de diligência ou fiscalização poderá promover a lacração”, de modo que, se não o fizer, não conduz à ilicitude do ato; (3) o manuseio e a formatação dos dados obtidos pela fiscalização fazendária antes que estes tivessem sido apresentados como prova não geram nulidade do auto, pois tais atos foram tomados pela autoridade fiscal com o intuito de organizar os dados e dar uma estruturação mínima para que estes se tornassem inteligíveis; e (4) não há ilegalidade na extensão da duração do mandado de busca e apreensão, visto que a autoridade judicial posteriormente convalidou a utilização dos dados para a lavratura do auto de infração por parte da RFB. Ademais, a Turma ressaltou que o contribuinte deveria ter apresentado razões para arrimar a incorreção dos dados utilizados pela autoridade lançadora e não se limitar a afirmar que as provas foram colhidas de forma ilegal.

10. SIMPLES a) Enquadramento - PAF nº 10665.001092/2010-65 Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma da CSRF Data de julgamento: 19/08/2014 Ementa: SIMPLES. RECEITA AUFERIDA. COMERCIALIZAÇÃO DE CARTÕES TELEFÔNICOS. EXCLUSÃO DO SIMPLES. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a comercialização de cartões telefônicos não representa uma operação de intermediação do direito à utilização de serviço de telecomunicação, mas operação de revenda de bens. Assim, para fins de enquadramento no SIMPLES, integra a receita tributável da sociedade a totalidade dos valores percebidos nas operações de revenda de cartões telefônicos aos consumidores finais, e não apenas o lucro auferido em tal comercialização. Voltar ao Sumário

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B. 2ª SEÇÃO 1. IRPF a) Ganho de capital - PAF nº 19515.000901/2011-91 Relator(a): Conselheiro Francisco Marconi de Oliveira (Fazenda) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção Data de julgamento: 11/09/2014 Ementa: IRPF. CAPITALIZAÇÃO INDEVIDA DE LUCROS E RESERVAS DE LUCROS. OMISSÃO DE GANHOS NA ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, decidiu que não reflete o custo de aquisição das ações o valor apurado após a integralização do capital social mediante a capitalização de créditos que os sócios possuíam frente à sociedade, provenientes de dividendos, uma vez que a operação teve como escopo diminuir o suposto lucro auferido pelo sócio na alienação de suas cotas societárias. 2. ITR a) Isenção - PAFs nº 10140.720519/2008-22; 10140.720525/2008-80; 10140.720533/2008-26 Relator(a): Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 17/09/2014 Ementa: ITR. ÁREAS DE RESERVA LEGAL E PRESERVAÇÃO PERMANENTE. EXERCÍCIO POSTERIOR A 2001. COMPROVAÇÃO VIA AVERBAÇÃO NO REGISTRO DO IMÓVEL. ADA INTEMPESTIVO. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, à unanimidade, fixou o entendimento de que, em se tratando de áreas de reserva legal e preservação permanente, devidamente comprovadas mediante documentação hábil e idônea, ainda que o ADA seja apresentado intempestivamente, impõe-se o restabelecimento das referidas áreas, glosadas pela fiscalização, para efeito da fruição de isenção, sob pena de prevalecer o formalismo em detrimento do princípio da verdade material.

- PAF nº 10670.720156/2007-56 Relator(a): Conselheiro Alexandre Naoki Nishioka (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 21/10/2014 Ementa: ITR. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. EXERCÍCIO POSTERIOR A 2001. COMPROVAÇÃO VIA AVERBAÇÃO NO REGISTRO DO IMÓVEL. ADA INTEMPESTIVO. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, à unanimidade, decidiu que o ADA intempestivo não caracteriza infração à legislação do ITR, uma vez que a área de preservação permanente se encontrava averbada na matrícula do imóvel anteriormente à ocorrência do fato gerador do tributo. b) Sujeição passiva - PAF nº 10935.001991/2005-73 Relator(a): Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 21/10/2014 Ementa: ITR. IMÓVEL DESTINADO A PROGRAMA DE REASSENTAMENTO. AUSÊNCIA DE ANIMUS DOMINI DO PROPRIETÁRIO. INCIDÊNCIA DO TRIBUTO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. Resultado: A Turma, por maioria, assentou que inexistia o animus domini do autuado em relação ao imóvel, não havendo, assim, legitimidade passiva do contribuinte para figurar no polo passivo da relação tributária, na forma que exigem os arts. 1º e 4º da Lei nº 9.363/1996. Os elementos constantes nos autos, especialmente o Decreto Estadual que instituiu o programa de reassentamento com o fito de atender os proprietários desalojados que se encontravam em áreas atingidas pelo reservatório da usina hidrelétrica de Salto Caxias, demonstraram que o contribuinte adquiriu o imóvel rural visando tão somente atender ao programa mencionado. Voltar ao Sumário

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3. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS a) Decadência - PAF nº 11070.000404/2008-51 Relator(a): Conselheiro Gustavo Lian Haddad (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 21/10/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. DECADÊNCIA. DEPÓSITO JUDICIAL. TERMO INICIAL. APLICAÇÃO DO ART. 150, § 4º CTN. Resultado: A Turma, por maioria, estabeleceu que, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o depósito judicial do valor do tributo exerce o mesmo papel que o pagamento, devendo ser aplicado o entendimento proferido pelo STJ em sede de Repetitivo (REsp 973.733/SC) acerca da aplicação do prazo decadencial previsto no art. 150, § 4º do CTN. No caso, o contribuinte (1) apurou a ocorrência do fato gerador, (2) calculou o montante devido e (3) depositou em juízo o valor da exação (ao invés de recolhê-la aos cofres públicos), tomando a Fazenda Nacional conhecimento para fiscalizar e, se fosse o caso, lançar o valor apurado e eventuais diferenças no prazo devido. Ademais, ressaltou-se que o valor objeto de depósito judicial passa a integrar o orçamento da União no momento em que ele é efetuado, nos termos dos arts. 1º, §§ 1º e 2º da Lei nº 9.703/1998, o que corrobora para atribuir a mesma sistemática do pagamento ao depósito. b) PLR - PAFs nº 11020.003237/2010-19; 11020.003239/2010-08; 11020.003240/2010-24 Relator(a): Conselheiro André Luís Mársico Lombardi (Fazenda) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 2ª Seção Data de julgamento: 18/03/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. PLR. DIFERENÇA ENTRE PERCENTUAIS. GANHOS OBTIDOS POR GRUPO ECONÔMICO. PROXIMIDADE ENTRE AS EMPRESAS. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu ser possível: (1) a instituição de percentuais diferentes de PLR em função dos cargos desempenhados, só sendo vedada a diferença nos percentuais de PLR entre empregados do mesmo nível hierárquico; (2) ser estabelecido como

critério de aferição das metas realizadas os resultados do grupo econômico composto pela empresa, tendo em vista a proximidade e os propósitos comuns que guardam entre si. - PAF nº 35884.003885/2006-89 Relator(a): Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 25/03/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. PLR. EXISTÊNCIA DE ACORDO COLETIVO. REGRAS PREVISTAS PARA PAGAMENTO DA VERBA. DESNECESSIDADE DE DIVULGAÇÃO DE DETALHES DO PLANO. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu ser legítimo programa de PLR que não detalhe metas quando houver acordo coletivo prévio estipulando regras para o pagamento da verba. Para os Conselheiros, basta que sejam divulgados os parâmetros do plano, sendo desnecessária a divulgação de detalhes acerca de metas. - PAF nº 14485.000410/2007-44 Relator(a): Conselheiro Rycardo Henrique Magalhães de Oliveira (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 17/09/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. PLR. ACORDO PRÉVIO AO ANO BASE. DESNECESSIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que não consta na legislação a necessidade de formalização de acordo prévio ao ano base, não podendo a fiscalização extrapolar requisitos não previstos no regramento legal. Voltar ao Sumário

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- PAF nº 13896.002990/2010-13 Relator(a): Conselheiro Gustavo Lian Haddad (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma da CSRF Data de julgamento: 22/10/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. PLR. REALIZAÇÃO DO ACORDO COLETIVO E PAGAMENTO DA PLR. PRAZO. INEXISTÊNCIA. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu que a Lei nº 10.101/2000 somente exige que o fechamento do acordo para o pagamento de PLR ocorra: (1) antes da efetiva remuneração e (2) durante o período de aferição dos critérios adotados para fixação do direito subjetivo dos trabalhadores. Ademais, restou consignado que a lei não estabelece prazo mínimo necessário entre a realização do acordo coletivo e o pagamento da PLR, não cabendo à fiscalização fazê-lo. c) PLR & Valores repassados a médicos - PAF nº 16327.721041/2011-51 Relator(a): Conselheiro Marcelo Freitas de Souza Costa (Contribuinte) Órgão Julgador: 3ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 2ª Seção Data de julgamento: 21/01/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. PLR. INCLUSÃO DE DIRETORES ESTATUTÁRIOS. POSSIBILIDADE. PAGAMENTO REALIZADO PELAS OPERADORAS DE PLANO DE SAÚDE A MÉDICOS. NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu pela legalidade de ser instituída PLR que beneficie não apenas os empregados celetistas, mas também os diretores estatutários da empresa, porquanto a Lei nº 10.101/2000 utiliza a locução “trabalhadores” e não “empregados”. Além disso, decidiu que os valores repassados aos médicos pelas operadoras de plano de saúde não devem sofrer incidência de contribuição previdenciária, pois as operadoras são apenas intermediárias que oferecem e pagam por serviços médicos hospitalares na qualidade de substitutas dos particulares que efetivamente se utilizam destes serviços.

d) Stock options - PAF nº 10925.723207/2011-49 Relator(a): Conselheiro Gustavo Vettorato (Contribuinte) Órgão Julgador: 3ª Turma Especial da 3ª Câmara da 2ª Seção Data de julgamento: 05/11/2014 Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. STOCK OPTIONS. INCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por maioria, decidiu afastar a incidência de contribuições previdenciárias sobre stock options, uma vez que: (1) o custo de compra das ações era arcado pelo comprador (funcionário ou diretor da empresa); (2) o valor era obtido por meio da realização de 3 (três) cotações nas bolsas em que as ações eram ofertadas ao público em geral; (3) o risco do investimento não era compartilhado com a empresa, não existindo participação monetária daquela na compra das ações. Por fim, afirmou-se que a fiscalização, erroneamente, partiu do pressuposto que toda compra mediante plano de opção de compras de ações (stock options) caracteriza-se como remuneração pela prestação de serviços. Voltar ao Sumário

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C. 3ª SEÇÃO 1. CIDE a) CIDE-Royalties - PAF nº 16682.721162/2012-35 Relator(a): Conselheiro Antonio Carlos Atulim (designado para a redação do acórdão) – (Fazenda) Órgão Julgador: 3ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 3ª Seção Data de julgamento: 29/01/2014 Ementa: CIDE-ROYALTIES. LEI Nº 10.168/2000. CONTRATOS DE AFRETAMENTO DE PLATAFORMAS DE PETRÓLEO. INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma, por maioria, determinou a incidência de CIDE-Royalties (instituída pela Lei nº 10.168/2000) em contratos de afretamento de plataformas de petróleo. Os Conselheiros seguiram o entendimento de que ocorre a incidência do tributo quando há contratação de serviços técnicos prestados por residentes ou domiciliados no exterior, não sendo necessária a ocorrência de transferência de tecnologia. 2. COFINS a) Insumo - PAF nº 11065.100946/2006-31 Relator(a): Conselheiro Henrique Pinheiro Torres (designado para a redação do acórdão) – (Fazenda) Órgão Julgador: 3ª Turma da CSRF Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: COFINS. REGIME NÃO-CUMULATIVO. INSUMOS. INDÚSTRIA DE CUTURME. CREDITAMENTO. REMOÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS. POSSIBILIDADE. DESPESAS COM TRANSPORTE. IMPOSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, decidiu que no caso de indústria de curtume submetida ao regime não-cumulativo da COFINS são caracterizados como insumo as despesas gastas com a remoção de resíduos industriais, uma vez que se trata de atividade essencial à atividade industrial de curtume. Entretanto, restou decidido que as despesas com combustíveis e lubrificantes para transporte entre fornecedores e a indústria são essenciais para o funcionamento da atividade empresarial e não industrial, razão pela qual não podem ser qualificadas como

insumo para fins de creditamento da COFINS. 3. PIS a) Insumo JULGAMENTO NÃO FINALIZADO - PAF nº 10932.000016/2005-78 Relator(a): Conselheiro Henrique Pinheiro Torres (Fazenda) Órgão Julgador: 3ª Turma da CSRF Data de julgamento: 26/11/2014 Ementa: PIS. REGIME NÃO-CUMULATIVO. INSUMOS. SEGURO. TRANSPORTE DE CARGAS. Resultado: O Conselheiro Relator votou no sentido de que as despesas incorridas com a contratação de seguros de cargas por transportadora, em que pese a contratação ser obrigatória, não se qualificam como insumo para fins de creditamento no regime não-cumulativo do PIS, uma vez que constitui uma proteção de interesse do cliente que contrata o serviço de transporte. Após o voto do Relator, abriu a divergência o Conselheiro Francisco Maurício Rebelo de Albuquerque Silva (Contribuinte), na qual manifestou que a contratação de seguros por transportadora de cargas é obrigatória e essencial para realização de sua atividade, devendo assim tratar as despesas como insumos para fins de creditamento. Pediu vista dos autos o Conselheiro Júlio César Alves Ramos (Fazenda). Voltar ao Sumário

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4. PIS & COFINS a) Despesas tarifadas - PAF nº 19515.003320/2005-62 Relator(a): Conselheiro Jean Cleuter Simões Mendonça (Contribuinte) Órgão Julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 3ª Seção Data de julgamento: 11/11/2014 Ementa: PIS E COFINS. RECEITA. CARACTERIZAÇÃO. RECUPERAÇÃO DE DESPESAS TARIFADAS. Resultado: A Turma, por voto de qualidade, decidiu que constituem receitas as entradas derivadas de recuperação de despesas tarifadas – tais como despesas com táxis, cópias reprográficas e custas judiciais que são adiantadas pelo contribuinte na realização de atividades no interesse dos seus clientes – em face do disposto no inciso III do art. 44 da Lei nº 4.506/1964 na qual dispõe que: integram a receita bruta operacional as recuperações ou devoluções de custos, deduções ou provisões. 5. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL a) Cabimento de recurso voluntário - PAF nº 10768.720199/2007-52 Relator(a): Conselheiro Thiago Moura de Albuquerque Alves (Contribuinte) Órgão Julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 3ª Seção Data de julgamento: 23/04/2014 Ementa: PROCESSUAL TRIBUTÁRIO. DESPACHO DECISÓRIO. MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE NÃO CONHECIDA. ACÓRDÃO DA DRJ. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO VOLUNTÁRIO PERANTE O CARF. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, à unanimidade, assentou a possibilidade de interposição de recurso voluntário perante o CARF contra acórdão da DRJ que não tenha conhecido da manifestação de inconformidade.

D. SÚMULAS EDITADAS 1. COFINS - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: A receita da atividade própria, objeto da isenção da COFINS prevista no art. 14, X c/c art. 13, III da MP nº 2.158-35, de 2001, alcança as receitas obtidas em contraprestação de serviços educacionais prestados pelas entidades de educação sem fins lucrativos a que se refere o art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997. 2. DECADÊNCIA - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: Na hipótese de aplicação do art. 173, inciso I do CTN, o termo inicial do prazo decadencial é o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: Lançamento de multa isolada por falta ou insuficiência de recolhimento de estimativa de IRPJ ou de CSLL submete-se ao prazo decadencial previsto no art. 173, inciso I do CTN. - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: Caracterizada a ocorrência de apropriação indébita de contribuições previdenciárias descontadas de segurados empregados e/ou contribuintes individuais, a contagem do prazo decadencial rege-se pelo art. 173, inciso I do CTN. 3. DOMICÍLIO FISCAL - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: É válida a decisão proferida por Delegacia da Receita Federal de Julgamento - DRJ de localidade diversa do domicílio fiscal do sujeito passivo. Voltar ao Sumário

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4. MULTA BIS IN IDEM - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: A multa isolada por falta de recolhimento de estimativas, lançada com fundamento no art. 44, § 1º, inciso IV da Lei nº 9.430, de 1996, não pode ser exigida ao mesmo tempo da multa de ofício por falta de pagamento de IRPJ e CSLL apurado no ajuste anual, devendo subsistir a multa de ofício. 5. RECURSO DE OFÍCIO - Enunciado de Súmula Data da Decisão: 08/12/2014 Texto: Para fins de conhecimento de recurso de ofício, aplica-se o limite de alçada vigente na data de sua apreciação em segunda instância.

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