relatório actividades doc base - cej · uma prova de resolução de casos de direito penal e...
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Relatório de Actividades 2009/2010
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Índice
Nota Introdutória ......................................................................................................... 9
Parte I - Formação de Magistrados ...........................................................................19
Capítulo I - Formação Inicial ........................................................................................................ 19
Secção 1 - Fase teórico-prática .................................................................................................. 19
• Subsecção 1 - Primeiro Ciclo do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)................................................................. 19
• Subsecção 2 - Primeiro Ciclo do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)....................................... 37
• Subsecção 3 - Primeiro Ciclo do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público
(04 de Janeiro de 2010 a 25 de Junho de 2010).................................................................................. 44
• Subsecção 4 - Segundo Ciclo do XXVII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais e do I Curso Especial para Magistrados do Ministério Público .............................................. 51
Secção 2 - Fase de Estágio dos XXVI e XXVII Cursos Normais de Formação de Magistrados. 64
• Subsecção 1 - Magistratura Judicial................................................................................................... 64
• Subsecção 2 - Magistratura do Ministério Público ............................................................................. 67
Capítulo II - Formação Complementar ........................................................................................ 69
Secção 1 - Objectivos................................................................................................................. 69
Secção 2 - Magistratura Judicial................................................................................................. 69
Secção 3 - Magistratura do Ministério Público............................................................................ 70
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Capítulo III - Formação Contínua ................................................................................................. 71
Secção 1 - Acções de Formação previstas no Plano Anual ....................................................... 71
• Subsecção 1 - Acções de formação de Tipo A (Acções de formação de curta duração)................... 71
• Subsecção 2 - Acções de formação de Tipo B (Cursos Breves ou Temáticos) ................................. 80
• Subsecção 3 - Acções de formação de Tipo C (Cursos de Especialização)...................................... 84
• Subsecção 4 - Inscrições e participantes (nº) .................................................................................... 88
Capítulo IV - Actividades no domínio das Relações Internacionais......................................... 92
Capítulo V - Publicações ............................................................................................................ 107
Secção 1 - Revista do CEJ....................................................................................................... 107
Secção 2 - Prontuário de Direito do Trabalho........................................................................... 108
Parte II - Actividades de apoio à formação de Magistrados..................................109
Capítulo I - Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) .............................................................. 109
Capítulo II - Centro de Documentação ...................................................................................... 116
Secção 1 - Vertente Biblioteca ................................................................................................. 117
Secção 2 - Vertente Arquivo..................................................................................................... 126
Secção 3 - Gestão de publicações ........................................................................................... 128
Secção 4 - Outras actividades.................................................................................................. 130
Capítulo III - Departamento de Apoio Geral (DAG)................................................................... 131
Secção 1 - Área financeira e patrimonial .................................................................................. 131
Secção 2 - Divisão de Informática e Multimédia (DIM) ............................................................. 137
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Parte III - Dados Estatísticos ...................................................................................139
I. Concursos Públicos de Ingresso nas Magistraturas............................................................ 139
1. Vagas a concurso................................................................................................................. 139
2. Candidatos, por fase............................................................................................................. 139
II. Formação Inicial Teórico-Prática........................................................................................... 140
1. Destinatários da Formação Inicial (indicadores de caracterização)...................................... 140
1.1. Auditores de Justiça .................................................................................................................... 140
1.2. Cooperantes ................................................................................................................................ 141
1.3. Observadores (Brasil).................................................................................................................. 143
2. Docentes, consoante o regime ............................................................................................. 144
3. Actividades ........................................................................................................................... 144
3.1. Actividades do I Ciclo .................................................................................................................. 144
3.2. Actividades do II Ciclo ................................................................................................................. 145
III. Actividades de Formação Contínua ..................................................................................... 146
1. Número de destinatários....................................................................................................... 146
2. Número de Docentes directamente envolvidos, consoante o regime .................................. 146
3. Número de horas de formação ............................................................................................. 146
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IV. Recursos Humanos............................................................................................................... 147
1. Efectivos Globais (em 14/09/2010)....................................................................................... 147
2. Movimento de efectivos (de 15/09/2009 a 14/09/2010) ........................................................ 148
2.1. Admissões ................................................................................................................................... 148
2.2. Desligamentos............................................................................................................................. 149
2.3. Pessoal do quadro – Recrutamento e selecção por concurso .................................................... 150
3. Efectivos – Assiduidade (em dias, de 15/09/2009 a 14/09/2010) ......................................... 150
4. Trabalho extraordinário, processado e pago ........................................................................ 151
5. Efectivos, segundo a mais elevada habilitação académica (em 14/09/2010) ....................... 152
6. Formação de efectivos ......................................................................................................... 153
6.1. Número de participantes e de horas de formação, consoante o local da acção ......................... 153
6.2. Áreas abrangidas (em horas) ...................................................................................................... 154
7. Distribuição de Efectivos afectos .......................................................................................... 155
7.1. Centro de Documentação............................................................................................................ 155
7.2. Divisão de Informática e Multimédia............................................................................................ 155
7.3. Departamento de Relações Internacionais.................................................................................. 156
8. Actividade Administrativa...................................................................................................... 156
8.1. Número de documentos entrados ............................................................................................... 156
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Anexo:
Estudo – Concursos de Ingresso para os XXIX Curso Normal de Formação de
Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados
para os Tribunais Administrativos e Fiscais (números gerais) ............................159
1. Candidatos inscritos, por curso e género ............................................................................. 161
2. Candidatos inscritos, por curso e idade................................................................................ 162
3. Candidatos inscritos, por curso e actividade profissional...................................................... 163
4. Candidatos inscritos pela via académica, por universidade de licenciatura ........................ 167
5. Candidatos habilitados, por universidade de licenciatura ..................................................... 169
6. Candidatos inscritos que prestaram provas escritas e orais................................................. 171
7. Candidatos por resultados de avaliação psicológica ............................................................ 171
8. Candidatos por resultado final do concurso.......................................................................... 171
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Nota Nota Nota Nota IIIIntrodutóriantrodutóriantrodutóriantrodutória
1. O presente relatório anual de actividades refere-se ao ciclo de actividades desenvolvidas no ano
lectivo de 2009/2010, abrangendo, nos termos da Lei Orgânica do Centro de Estudos Judiciários, o período
compreendido entre 1 de Setembro de 2009 e 31 de Julho de 2010.
Grande parte desse período decorreu no âmbito do exercício da anterior Direcção, porquanto a actual
só tomou posse no dia 25 de Março de 2010.
Sendo demasiado curto o lapso de tempo abrangido por esta Direcção (de Abril a Julho), não nos
eximimos de dar conta das actividades que se encontravam em curso e de todas as que se executaram até ao
final do ano lectivo.
2. Durante o referido período de quatro meses centrámos a nossa preocupação em cinco
grandes vectores desenvolvidos em simultâneo:
1º - Execução da generalidade das actividades formativas previstas no Plano do Curso de Formação
teórico-prática e no Plano Anual de Actividades aprovados pelos órgãos do CEJ (Conselho Pedagógico e
Conselho Geral, respectivamente).
Assegurou-se, assim, o cumprimento dos grandes objectivos gerais e específicos plasmados nos arts.
34º e 35º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, quanto ao 1º Ciclo, nos arts. 49º a 51º, quanto ao 2º Ciclo, e arts.
69º e segts, quanto ao regime de estágio, consubstanciados essencialmente no seguinte:
▪ consolidação e aprofundamento dos conhecimentos técnico-jurídicos necessários à
aplicação do direito na área da Magistratura escolhida;
▪ compreensão do papel dos futuros Juízes e dos Magistrados do Ministério Público na
garantia e efectivação dos Direitos Fundamentais dos cidadãos;
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▪ aquisição de conhecimentos e técnicas de outras áreas do saber, úteis para a
compreensão das realidades sobre que incide a actividade judiciária;
▪ percepção e compreensão da conflitualidade social e da multiculturalidade, sob uma
perspectiva pluralista, na linha do aprofundamento dos direitos fundamentais;
▪ identificação das exigências Éticas da função e da Deontologia Profissional, numa óptica
de garantia dos direitos dos cidadãos;
▪ incremento de uma cultura de boas práticas em matéria das relações humanas, no quadro
das relações profissionais e institucionais;
▪ preponderância da decisão e verdade material, em detrimento da formal, com estudo e
análise da jurisprudência e da doutrina, fundada numa argumentação racional e crítica da
experiência, de forma a conferir autonomia às posições assumidas;
▪ apreciação e valoração da prova, distinção entre matéria de facto e de direito e domínio
dos procedimentos técnico-jurídicos de recolha e de produção da prova;
▪ fundamentação e estruturação das decisões, com a perspectiva das consequências que
daquelas derivam;
▪ agilização dos procedimentos e exercitação da análise e do poder de síntese na resolução
dos casos práticos;
▪ racionalização das tarefas e modos de gestão judiciária e do processo;
▪ aprendizagem e utilização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de
forma electrónica e desmaterializada.
2º - Realização dos concursos públicos de ingresso nas Magistraturas (nos XXIX Curso Normal de
Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais) num espaço de tempo particularmente curto, dada a publicação tardia dos respectivos
avisos de abertura.
A concepção, concretização e finalização destes concursos dentro dos limites temporais que permitiram
o início do ano lectivo de 2010/2011, na data estipulada pela Lei Orgânica do Centro de Estudos Judiciários (15
de Setembro de 2010) foi especialmente exigente e desgastante, e obrigou à concentração e convergência de
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esforços de modo a dinamizar, organizar e realizar em simultâneo todos os actos que os referidos concursos
implicaram, tendo sido necessário envolver o CEJ no seu conjunto: os elementos da Direcção, os Docentes, os
Coordenadores e os Funcionários técnicos e administrativos.
Só para se ter a noção do esforço despendido, salienta-se que os concursos envolveram os seguintes
números:
a) Concorreram 1478 candidatos
b) Fizeram orais mais de 300
c) E foram admitidos, em face do número de vagas existentes, 165 candidatos, distribuídos nos
seguintes termos:
● 120 – para as Magistraturas dos Tribunais Judiciais (55 Juízes e 65 para o MP)
● 45 – para a Magistratura dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
d) A selecção envolveu 29 Júris para as provas orais constituídos por Juízes, Magistrados do
Ministério Público, Advogados e Professores Universitários – sendo 19 desses Júris para os
Tribunais Judiciais e 10 para os TAF (Tribunais Administrativos e Fiscais), o que envolveu mais
de 300 individualidades.
e) E 16 Júris para os exames escritos, constituídos nos mesmos termos e integrando um total de
144 membros.
f) A fase escrita (que decorre sob o anonimato dos candidatos) compreendeu a realização das
seguintes provas de conhecimentos, consoante o preenchimento de vagas e formas de acesso:
● uma prova de resolução de casos de Direito Civil, Direito Comercial e Direito
Processual Civil;
● uma prova de resolução de casos de Direito Penal e Processual Penal;
● a elaboração de uma decisão mediante a disponibilização de um conjunto de
peças relevantes extraídas de um processo judicial, em matéria cível ou penal (via
profissional);
● uma prova de desenvolvimento de Temas culturais, sociais e económicos;
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● uma prova de resolução de casos de Direito e Processo Administrativo;
● uma prova de resolução de casos de Direito e Processo Tributário;
● a elaboração de uma decisão mediante a disponibilização de um conjunto de
peças relevantes extraídas de um processo judicial em matéria administrativa ou
tributária (via profissional).
g) Por sua vez, a fase oral compreendeu a realização de provas de conhecimentos nas seguintes
áreas:
● discussão sobre temas de Direito Constitucional, Direito da União Europeia e
Organização Judiciária;
● discussão sobre Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil;
● discussão sobre Direito Penal e Direito Processual Penal;
● discussão sobre Temas de Direito Administrativo, Direito Económico, Direito da
Família e das Crianças e Direito do Trabalho;
● discussão sobre Direito Civil e Direito Processual Civil;
● discussão sobre Temas de Direito Administrativo e de Direito Tributário;
● discussão sobre Procedimento e Processo Administrativo e Tributário.
h) Para os candidatos da via profissional foi feita a avaliação curricular, através da análise e
discussão pública do percurso e actividade curricular do candidato, ponderação da sua
experiência profissional na área forense ou em áreas conexas para o exercício da Magistratura.
Esta prova incluiu não só a discussão sobre o currículo e a experiência profissional do candidato,
mas ainda uma discussão sobre temas de direito, baseada na experiência do candidato, sob a
forma de exposição ou de discussão de um caso prático.
i) Por fim, os candidatos foram submetidos a exame psicológico de selecção efectuado por técnicos
do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, visando avaliar as capacidades e as características
de personalidade dos candidatos para o exercício das Magistraturas.
A emissão de parecer “Não Favorável” no exame psicológico implica a exclusão do candidato,
nos termos que se consignaram na Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro.
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3º - Materialização da formação teórico-prática do I Curso Especial para Magistrados do Ministério
Público e organização da fase do respectivo 2º Ciclo (já nos Tribunais Judiciais).
Este Curso Especial representou um esforço adicional para o Centro de Estudos Judiciários, quer no
que concerne às próprias actividades formativas a ministrar no interior do CEJ, através de sessões lectivas, quer
através da concretização e exercitação prática dos conteúdos funcionais da respectiva Magistratura.
O Curso Especial, tanto no 1º Ciclo, como no 2º Ciclo, foi ainda frequentado por oito Auditores de
Justiça da República de Angola.
Tornou-se necessário organizar o 2º Ciclo deste Curso Especial a decorrer em paralelo com o 2º Ciclo
dos Magistrados do Ministério Público do XXVII Curso Normal, o que implicou o recrutamento de novos
Formadores.
Realça-se ainda o acréscimo do esforço que tal Curso acarretou a nível financeiro e logístico.
4º - Alteração do Plano de Estudos dos Cursos de formação ministrados no CEJ – no 1º Ciclo – com a
eliminação dos principais bloqueios inventariados neste curto lapso de tempo e que, no entender da Direcção,
prejudicavam a aprendizagem e a formação dos futuros Magistrados.
Nas alterações introduzidas, e já em execução neste ano lectivo, destacam-se, nomeadamente, as
seguintes:
▪ Reformulação do conteúdo e tempos lectivos de algumas matérias, com revisão dos
programas, eliminando-se a repetição de conteúdos das diversas componentes formativas
(designação que a Lei Orgânica do CEJ adoptou tanto para designar as “cadeiras” ou
“disciplinas” do curso de Direito, como para outras matérias ou saberes complementares);
▪ Redução do excesso de unidades lectivas (designação para as sessões ou aulas
ministradas) em algumas das matérias com a diminuição da respectiva carga horária,
libertando os Auditores de Justiça para o estudo, a análise e a reflexão;
▪ Incremento da complementaridade de saberes, com o estudo global, transversal e
multidisciplinar das matérias, através da criação de módulos temáticos, para melhor
compreensão e abordagem judiciária de certos temas, v.g., os acidentes de viação, a
violência doméstica, os abusos sexuais e exploração sexual de menores, a insolvência;
▪ Inclusão no programa da matéria do Direito do Ambiente, comum a ambos os Cursos
(Tribunais Judiciais e TAF).
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5º - Concepção e implementação do 2º Ciclo do I Curso Normal de Formação de Juízes para os Tribunais
Administrativos e Fiscais, situação inovadora, porquanto foi a primeira vez que se ministrou no CEJ um Curso
desta natureza.
A formação nesta fase abarca as principais áreas do Direito Administrativo e Tributário – substantivo e
processual – através da elaboração de projectos de decisão com base em peças processuais reais, intervenção
em actos preparatórios do processo, coadjuvação do Formador nas tarefas de direcção e de instrução e
assistência a diversas diligências processuais.
A actividade decorre em Tribunais Administrativos de Círculo e Tribunais Tributários indicados pelo
Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
3. Para além dos vectores assinalados assegurou-se e desenvolveu-se a restante actividade no domínio
da formação de Magistrados.
Assim, no 2º Ciclo – que se desenrola com os Auditores de Justiça já nos Tribunais, e a cargo de Juízes
ou de Magistrados do Ministério Público Formadores, nomeados pelos respectivos Conselhos Superiores –
desenvolveu-se a orientação e a coordenação pedagógica, bem como o acompanhamento da prestação e
evolução dos Auditores de Justiça, por parte dos respectivos Formadores e dos Coordenadores Distritais.
Essa actividade consubstanciou-se nos seguintes termos: o Magistrado Formador presta informações
ao respectivo Coordenador sobre o desempenho e aptidão do auditor de justiça, com a periodicidade estipulada,
sob a orientação do Director-Adjunto responsável pela área. Com base nos elementos recolhidos, são redigidos
relatórios escritos intercalares, com menção qualitativa, e relatórios finais, com menção quantitativa, nos quais
ficam plasmados o aproveitamento e a adequação de cada um dos auditores para o exercício das funções, de
acordo com a opção escolhida.
Neste 2º Ciclo foram ainda organizados encontros de trabalho e ciclos de debate e análise de temas
específicos, com a participação dos Directores, Docentes, Coordenadores e Formadores do Centro de Estudos
Judiciários, bem como de especialistas convidados, tendo sido preocupação do CEJ abordar questões
concretas, seleccionadas entre as que mais relevam da prática judiciária ou suscitam maiores dificuldades de
resolução, sendo disso exemplo as questões atinentes à análise, selecção e valoração da prova.
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Assegurou-se, ainda, o Estágio de Ingresso relativamente aos Juízes Estagiários e Procuradores-
Adjuntos estagiários do XXVI Curso Normal de Formação de Magistrados.
4. Mas a formação dos Magistrados não se circunscreve, nem se esgota na formação inicial, antes se
estende aos Magistrados em exercício de funções, através da inscrição e participação em acções de formação
contínua, concebidas e planeadas pelo CEJ, em articulação com os respectivos Conselhos Superiores, tendo
em conta as necessidades adequadas ao desempenho profissional e à valorização pessoal ao longo da carreira
de Magistrado.
O CEJ também neste domínio procurou cumprir as atribuições legais, com o planeamento global e
organizacional das acções de formação contínua, observando os princípios da descentralização e da
diversificação.
Fê-lo com recurso a diversas entidades – reputados e ilustres Juízes e Magistrados dos Tribunais
Judiciais e Tribunais Administrativos e Fiscais, Advogados e Professores Universitários – tendo estabelecido
parcerias e protocolos de cooperação com as Instituições de Ensino Universitário de modo a poder executar
com qualidade e eficácia essa missão.
As actividades de formação contínua incluíram cursos de formação especializada com vista à futura
afectação de Magistrados a Tribunais de competência especializada.
Para a organização e realização dessas actividades, o Centro de Estudos Judiciários contou com a
colaboração do Departamento da Formação que integra a sua estrutura organizativa e é dirigido por um
Coordenador, sob a dependência directa da Directora.
5. A par da formação inicial e contínua, o CEJ promoveu a Cooperação Judiciária Europeia e
Internacional e desenvolveu e dinamizou as relações com as instituições congéneres estrangeiras, integradas
na Rede Europeia de Formação Judiciária, na Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais e com os Países de
Língua Oficial Portuguesa.
Para esse efeito contou com o Departamento das Relações Internacionais, que funciona na
dependência directa da Directora e é dirigido por um Coordenador, a quem cabe, nomeadamente, a divulgação
da informação relativa a acções de formação no estrangeiro abertas a Magistrados Nacionais, bem como a
organização de estágios de Magistrados ou de Auditores de Justiça Portugueses no estrangeiro, e vice-versa.
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Durante este período o CEJ teve a preocupação de manter e elevar a qualidade da sua participação,
com integração em grupos de trabalho e inserção de Magistrados em programas Europeus e Internacionais,
com a consequente partilha de experiências e de saber.
Qualidade que foi reconhecida com a eleição do seu Coordenador do Departamento das Relações
Internacionais – o Sr. Procurador da República, Dr. Luís Manuel Cunha da Silva Pereira – para o lugar de
Secretário-Geral da Rede Europeia de Formação Judiciária com sede em Bruxelas, no triénio de 2011/2014.
Em colaboração com o Instituto Nacional de Administração e o Governo da Guiné-Bissau, o Centro de
Estudos Judiciários deu, ainda, apoio à execução do PAOSED (Programa de Apoio ao Estado de Direito e aos
Órgãos de Soberania), iniciativa da União Europeia.
A primeira fase desse apoio traduziu-se no planeamento e execução de uma série de cursos que
decorreram em Bissau, de Julho a Dezembro de 2009, ministrados por docentes do CEJ ou Magistrados por ele
indigitados.
A segunda fase consubstanciou-se no planeamento e execução de dois cursos que decorreram nas
instalações do CEJ, em Lisboa. O primeiro iniciou-se em Novembro e terminou em Janeiro de 2010 e o segundo
teve lugar no período compreendido entre Março a Maio de 2010, com cada um dos cursos a ser frequentado
por dezasseis formandos.
6. Por fim, e não menos importante, reorganizou-se o sistema de funcionamento interno do CEJ a nível
de articulação entre as estruturas organizativas, departamentos e serviços, melhorando-se a resposta e o apoio
dos mesmos nas áreas dos procedimentos administrativos, da gestão do pessoal e dos recursos humanos, da
rede informática e multimédia.
Igualmente a gestão financeira e patrimonial tem sido objecto permanente de acompanhamento, numa
conjuntura que se sabe ser bastante desfavorável e exigente e que, por isso mesmo, suscita problemas de
ordem diversa, com reflexos permanentes no desempenho da actividade.
A maximização dos serviços foi feita naturalmente com a sensibilização dos intervenientes, a par de
uma responsabilização interiorizada por todos quanto ao exercício das funções de cada núcleo, secção ou
unidade orgânica.
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7. O presente relatório de actividades não estaria completo sem se dar nota do número de Auditores de
Justiça a quem foi assegurada a respectiva formação.
Só os dados estatísticos, na sua completa nudez, permitem aferir o empenho e o esforço que foi
necessário desenvolver para o cabal exercício das múltiplas tarefas que envolve o processo de formação de
futuros Magistrados.
No ano lectivo de 2009/2010 – no período compreendido entre 01 de Setembro de 2009 a 31 de
Julho de 2010 – o Centro de Estudos Judiciários deu formação teórico-prática aos seguintes Cursos:
XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (1º Ciclo, iniciado em 15/Set/2009 e concluído em 15/Jul/2010)
100 Auditores de Justiça
I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (1º Ciclo, iniciado em 15/Set/2009 e concluído em 15/Jul/2010)
25 Auditores de Justiça
I Curso Especial do Ministério Público (1º Ciclo, iniciado em Janeiro de 2010, e 2º ciclo, iniciado em 5/Jul/2010 e concluído em Nov/2010)
64 Auditores de Justiça
Auditores de Justiça dos PALOP’s do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, 1º Ciclo iniciado em 15 de Setembro de 2009 e concluído em 15/Jul/2010)
24 Auditores de Justiça
Auditores de Justiça Cooperantes do I Curso Especial MP (1º Ciclo, iniciado em Jan/2010, e 2º Ciclo, iniciado em 5/Jul/2010 e concluído em Nov/2010)
8 Auditores de Justiça
XXVII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (2º Ciclo, iniciado em 1/Set/2009 e concluído a 15/Jul/2010)
100 Auditores de Justiça
XXVI Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (Em regime de Estágio, iniciado em 1/Set//2009 e concluído em 31 de Julho de 2010)
100 Auditores de Justiça
Projecto PAOSED (Guiné-Bissau) 16 Auditores de Justiça
Total 437 Auditores de Justiça1
1 A este número acrescem os destinatários das acções de formação contínua e acções de formação no âmbito da cooperação e relações internacionais.
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8. Embora com a consciência de que muito mais haverá, por certo, para fazer, este nosso trabalho
espelha a obra realizada – fruto de um esforço colectivo – e que se coloca à apreciação de V. Excªs, com a
certeza de que a perfeição que se busca e se pretende, numa matéria com esta complexidade e envolvimento
humano, nunca será fácil de alcançar, constituindo uma tarefa permanentemente dinâmica num mundo em
completa mudança e evolução.
Lisboa, 12 de Janeiro de 2011.
Ana Luísa Geraldes
(Juíza Desembargadora,
Directora do Centro de Estudos Judiciários)
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Parte 1
Formação de Formação de Formação de Formação de MagistradosMagistradosMagistradosMagistrados
Capítulo I
Formação InicialFormação InicialFormação InicialFormação Inicial
Secção 1
Fase teórico-prática
Subsecção 1
Primeiro Ciclo do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)
1. Destinatários e início das actividades
No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010, decorreu, na sede do Centro de
Estudos Judiciários, o primeiro Ciclo de actividades do XXVIII Curso de Formação Teórico-Prática, que foi
frequentado por 100 Auditores de Justiça (dois dos quais provenientes de curso anterior e admitidos a
frequentar o período formativo seguinte), tendo-o concluído 97 Auditores, sendo 47 destinados à
Magistratura Judicial e 50 destinados à Magistratura do Ministério Público.
Os mencionados Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do
concurso de ingresso aberto pelo Aviso nº 221, publicado no Diário da República, 2ª Série, de 13 de
Novembro de 2008.
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Frequentaram ainda o XXVIII Curso, no âmbito da cooperação na formação judiciária com os
Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, 25 Auditores de Justiça Cooperantes, com Magistratura
previamente escolhida, sendo 10 da República de Angola, 4 de Cabo Verde, 4 da Guiné-Bissau, 6 de
Moçambique e 1 de São Tomé e Príncipe.
Tendo em conta a circunstância de a formação estar programada de acordo com módulos de
formação comum a ambas as Magistraturas e módulos de formação específica de acordo com a opção
de Magistratura correspondente, os Auditores de Justiça foram integrados em três espécies de grupos,
com composição diferenciada:
1. Para efeitos de formação na Magistratura escolhida (formação específica), os Auditores
de Justiça foram integrados em oito grupos, numerados de 1 a 8, distribuídos
aleatoriamente por escalões definidos em função das classificações obtidas pelos
candidatos no concurso de ingresso, independentemente da sua via de acesso
(académica ou profissional) e de forma a permitir uma constituição qualitativa mais ou
menos homogénea de todos os grupos;
2. Para efeitos de formação comum, os Auditores de Justiça foram integrados em oito
grupos identificados pelas letras A a H, igualmente distribuídos de forma aleatória por
escalões definidos em função das classificações obtidas pelos candidatos no concurso
de ingresso, independentemente da sua via de acesso (académica ou profissional) e de
forma a permitir uma constituição qualitativa mais ou menos homogénea de todos os
grupos;
3. Para efeitos de frequência das matérias opcionais, os Auditores foram distribuídos por
três grupos, identificados pelos nomes convencionais de Alfa, Beta e Gama, de acordo
com a sua opção, independentemente da Magistratura de destino escolhida e da sua via
de ingresso.
Os Auditores cooperantes provenientes dos PALOP foram integrados nos diversos grupos, à
razão de 2 ou 3 por cada um dos grupos de Auditores, respeitando-se, para integração nos grupos de
formação específica, a opção que fizerem para frequência das unidades lectivas de formação
específica de uma das duas Magistraturas.
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21
O início das actividades teve lugar no dia 15 de Setembro de 2009, pela manhã, com uma sessão
de “Boas Vindas” dadas pela Direcção do Centro de Estudos Judiciários, a que se seguiu uma sessão de
apresentação geral do Curso.
Na sessão solene de abertura do Curso, que teve lugar nesse mesmo dia 15 de Setembro de
2009, participaram Suas Excelências o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Ministro da Justiça,
o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, o Procurador-Geral da República e a Directora do
Centro de Estudos Judiciários, que usou da palavra.
Sem prejuízo da realização do estágio intercalar junto dos Tribunais, as actividades teórico-
-práticas do Primeiro Ciclo decorreram na sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de Setembro de
2009 a 15 de Julho de 2010, num total de cerca de 40 semanas.
2. Organização por matérias e áreas
2.1. Quadro geral
O primeiro Ciclo do XXVIII Curso de Formação Teórico-Prática de Magistrados para os
Tribunais Judiciais, cujo plano de estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 9 de Julho de
2009, integrou três componentes formativas e uma área de investigação aplicada relevante para a
actividade judiciária:
A – A componente profissional, que incluiu:
� Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil;
� Direito Penal e Direito Processual Penal;
� Direito Contra – Ordenacional substantivo e processual;
� Direito da Família e das Crianças;
� Direito substantivo e processual do Trabalho e Direito da Empresa.
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B – A componente formativa geral, que incluiu:
� Direitos Fundamentais e Direito Constitucional;
� Ética e Deontologia Profissional;
� Instituições e Organização Judiciárias;
� Metodologia e Discurso Judiciários;
� Organização e Métodos e Gestão do Processo;
� Línguas estrangeiras, numa perspectiva de utilização técnico – jurídica;
� Tecnologias de Informação e Comunicação, com relevo para a prática judiciária.
C – A componente formativa de especialidade, que incluiu:
� Direito Europeu e Internacional, incluindo cooperação judiciária internacional;
� Direito da Concorrência e da Regulação Económica;
� Direito Administrativo substantivo e processual;
� Contabilidade e Gestão;
� Psicologia Judiciária;
� Sociologia Judiciária;
� Medicina Legal e Ciências Forenses;
� Investigação Criminal e Gestão do Inquérito.
Todas as matérias da componente profissional e da componente formativa geral foram de
frequência obrigatória, o mesmo sucedendo com todas as matérias da componente formativa de
especialidade com excepção das seguintes, das quais os Auditores de Justiça escolheram
obrigatoriamente apenas uma:
� Direito da Concorrência e da Regulação Económica;
� Direito Administrativo, substantivo e processual;
� Sociologia Judiciária.
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Tendo em atenção a natureza das matérias a abordar e a diferenciação funcional das duas
Magistraturas, o programa das matérias abaixo indicadas integrou módulos, divididos em unidades
lectivas, de formação comum e de formação específica:
Na componente formativa profissional:
� Direito Civil e Direito Processual Civil e Direito Comercial;
� Direito Penal e Direito Processual Penal;
� Direito da Família e das Crianças;
� Direito substantivo e processual do Trabalho e da Empresa.
Na componente formativa geral:
� Metodologia e Discurso Judiciários.
Na componente formativa de especialidade:
� Investigação Criminal e Gestão do Inquérito.
As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas
por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de Família e das
Crianças e a Jurisdição do Trabalho e da Empresa.
A matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual, constituindo uma disciplina
autónoma, foi, pela sua natureza, partilhada pelas Jurisdições Penal e do Trabalho e Empresa.
Em cada um dos programas foram estabelecidos os respectivos conteúdos pedagógicos, as
metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias na abordagem
de temas de formação comum e específica, em conformidade com as linhas gerais do plano de
actividades.
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2.2. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias
2.2.1. Matérias da componente formativa profissional
Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades lectivas
(sessões) de frequência obrigatória tendo como objecto temas de formação comum e temas de
formação específica de cada uma das duas Magistraturas de destino dos Auditores.
O tratamento das questões substantivas foi, preferencialmente, feito na óptica do seu
tratamento processual, sendo a abordagem casuística orientada no sentido de proporcionar a
consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos
jurídico e judiciário na análise e resolução de casos.
O método de avaliação do aproveitamento dos Auditores, utilizado nas matérias da
componente profissional, foi o da avaliação contínua (artigo 43º nº 3 da Lei nº 2/2008, de 14 de
Janeiro), que integrou testes e exercitações escritas ao longo de todo o primeiro Ciclo. O resultado da
avaliação foi expresso através da atribuição de uma menção qualitativa no final do primeiro e segundo
trimestres e de uma notação quantitativa final, numa escala de 0 a 20 valores.
2.2.1.1. Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil
A formação em matéria de Direito Civil, Processual Civil e Direito Comercial desenvolveu-se ao
longo de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os
trimestres, num total de 100 unidades lectivas (150 horas) para os Auditores destinados à Magistratura
Judicial e de 81 unidades lectivas (121,5 horas) para os Auditores destinados à Magistratura do
Ministério Público, sendo 35 (52,5 horas) as unidades lectivas de formação comum, à razão de uma
unidade lectiva por semana.
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2.2.1.2. Direito Penal e Direito Processual Penal
A formação em matéria de Direito Penal e Direito Processual Penal desenvolve-se ao longo de
todo o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num
total de 100 unidades lectivas (150 horas) para os Auditores destinados à Magistratura do Ministério
Público e de 92 unidades lectivas (138 horas) para os Auditores destinados à Magistratura Judicial,
sendo 64 unidades lectivas (96 horas) as unidades lectivas de formação comum.
2.2.1.3. Direito Contra – Ordenacional substantivo e processual
A formação em matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual desenvolveu-
se ao longo do primeiro Ciclo, entre Janeiro e Junho (segundo e terceiro trimestres), sendo
integralmente comum.
A formação foi ministrada num total de 18 unidades lectivas (27 horas), das quais 12 unidades
lectivas relativas a matéria penal e 6 relativas a matéria laboral.
2.2.1.4. Direito da Família e das Crianças
A formação em matéria de Direito da Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo de todo
o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, à razão de
uma unidade lectiva por semana, num total de 35 unidades lectivas (52,5 horas), das quais dezoito
foram de formação comum e as restantes dezassete de formação específica por cada uma das
Magistraturas.
2.2.1.5. Direito do Trabalho e da Empresa
A formação em matéria de Direito do Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo de todo
o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, à razão, em
regra, de uma unidade lectiva por semana, num total de 33 unidades lectivas (49,5 horas) das quais
dezoito relativas à formação comum e as restantes quinze de formação específica para cada uma das
duas Magistraturas.
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26
2.2.2. Matérias da componente formativa geral
2.2.2.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional
Na matéria dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional o objectivo foi sensibilizar os
Auditores de Justiça para a importância e o alcance dos direitos fundamentais, a compreensão das
normas de direitos fundamentais e a metodologia da sua interpretação e aplicação concreta, dar-lhes a
conhecer os meios de tutela judicial dos direitos, liberdades e garantias pessoais e uma perspectiva
internacional, designadamente através da análise da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos
do Homem.
As sessões foram ministradas por Docentes Universitários e Magistrados, em ateliês (dois)
constituídos por quatro grupos de Auditores de Justiça destinados a ambas as Magistraturas. Tiveram
lugar doze unidades lectivas (18 horas) de formação integralmente comum, no decurso do primeiro
trimestre.
A classificação teve por base a realização de uma prova escrita de aferição de conhecimentos.
2.2.2.2. Ética e Deontologia Profissional
Aos Auditores de Justiça foram transmitidas noções fundamentais de Ética e Deontologia
Profissional, alertando-os para uma constante atenção em relação às exigências éticas da função
social do Magistrado.
O conteúdo temático incidiu, designadamente, sobre os seguintes tópicos: perfis de
Magistrado; os modelos de organização judiciária; os princípios fundamentais da cultura ética e da
deontologia profissional dos Magistrados, num quadro de funções diferenciadas por Magistratura; os
deveres profissionais e os meios sancionatórios; as relações interinstitucionais e interprofissionais; o
papel da opinião pública no controlo do exercício da função jurisdicional.
As sessões de grupo foram orientadas por Docentes do Centro de Estudos Judiciários, tendo
sido convidadas personalidades externas para tratamento de questões como as inspecções e as
sanções disciplinares ou as relações entre os Tribunais e a Comunicação Social.
O sistema de avaliação foi o da avaliação contínua, com teste final de aferição de
conhecimentos.
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27
A matéria da Ética e Deontologia foi tratada em doze unidades lectivas (18 horas), de formação
integralmente comum, ministrada em sessões de grupos mistos de Auditores no decurso do primeiro
trimestre.
2.2.2.3. Instituições e Organização Judiciárias
A abordagem da matéria das Instituições e Organização Judiciárias visou proporcionar aos
Auditores de Justiça a compreensão aprofundada da função e a caracterização do sistema de justiça,
tanto na vertente da justiça estadual, como na perspectiva dos meios não jurisdicionais de resolução de
conflitos, o estudo e reflexão sobre o âmbito, a natureza e os atributos da função jurisdicional, bem
como sobre a legitimidade democrática do poder judicial, o conhecimento integrado da estrutura
orgânica do sistema judiciário, do âmbito de competências dos diversos Tribunais e dos seus modos de
funcionamento e o quadro de funções dos vários agentes da justiça e as respectivas estruturas
orgânicas.
A formação foi integralmente comum e ministrada, no primeiro trimestre, em oito unidades
lectivas, em turmas (quatro) de dois grupos mistos de Auditores de Justiça por Docentes e
responsáveis pela formação no Centro de Estudos Judiciários, de ambas as Magistraturas. A última
unidade lectiva teve como formador convidado um Advogado.
A avaliação do aproveitamento teve por base o resultado de um teste escrito sobre os temas
ministrados.
2.2.2.4. Metodologia e Discurso Judiciários
Procurou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a reflexão sobre a importância prática do
método judiciário, o domínio das metodologias de interpretação e de aplicação da lei aos casos
singulares, a aprendizagem das técnicas de tratamento dos factos na configuração do objecto do
processo, na delimitação do objecto da prova e na estruturação das decisões, o estudo das formas da
linguagem jurídica e judiciária, a aprendizagem do discurso judiciário e das suas modalidades narrativa,
argumentativa e decisória, a reflexão sobre o papel da argumentação jurídica e da retórica forense, em
sede de alegações e na fundamentação das decisões, e a aquisição de conhecimentos linguísticos que
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facilitem a adequação do discurso judiciário, de forma a torná-lo compreensível para os seus
destinatários, sem prejuízo das exigências técnicas de objectividade e rigor normativo.
As nove unidades lectivas do programa tiveram lugar no formato de ateliês (dois) de quatro
grupos mistos de Auditores de Justiça, nas quatro primeiras unidades lectivas (formação comum), e em
grupos destinados a debater os assuntos mais específicos (formação específica) nas restantes cinco.
A avaliação teve por base a atribuição de créditos de frequência nas sessões em ateliês; o
sistema de avaliação contínua e com base no resultado de um teste escrito sobre os temas
ministrados, nas restantes.
2.2.2.5. Organização e Métodos e Gestão do Processo
Nesta matéria visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a abordagem e análise da
realidade judiciária, com vista a permitir uma perspectiva integrada do sistema de justiça e apurar o
sentido de uma actuação estratégica no contexto organizacional dos Tribunais, bem como transmitir
noções fundamentais sobre os modelos de organização e gestão pública, numa perspectiva judiciária,
e divulgar instrumentos e métodos de trabalho adequados à racionalização das tarefas, à gestão do
Tribunal, à gestão da agenda e à gestão do processo, numa linha de diferenciação funcional das duas
Magistraturas.
Os temas foram tratados em seis unidades lectivas em formato de ateliês (dois) com quatro
grupos de Auditores de Justiça, com a colaboração de Docentes Universitários, especialistas e
Magistrados Judiciais e do Ministério Público, procurando-se complementar a abordagem teórica com a
análise e debate dos aspectos práticos mais relevantes relativos ao funcionamento dos Tribunais e dos
tipos de desempenho dos Magistrados.
A avaliação teve por base a atribuição de crédito de frequência.
2.2.2.6. Língua estrangeira
Nesta matéria pretendeu-se proporcionar aos Auditores de Justiça o domínio de uma língua
estrangeira (no caso, a língua inglesa), quer no plano da conversação oral, quer no plano da leitura e
prática da expressão escrita, em termos de lhes fornecer uma base indispensável à compreensão das
realidades jurídicas e judiciárias, em especial nos cada vez mais frequentes contactos internacionais.
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Os vários temas abordados foram seleccionados em função da sua ligação à prática judiciária,
com leitura de textos visando o alargamento vocabular e o desenvolvimento da capacidade de
expressão.
As sessões foram ministradas a grupos de Auditores, sendo o aproveitamento avaliado através
de provas escritas de aferição de conhecimentos.
2.2.2.7. Tecnologias de Informação e de Comunicação
Pretendeu-se nesta matéria proporcionar aos Auditores de Justiça a familiarização com as
novas aplicações informáticas, em especial quanto às de uso corrente nos Tribunais, como o programa
Habilus / Citius, registos on-line e custas Judiciais.
As matérias em referência foram ministradas em seis unidades lectivas, no primeiro trimestre,
por formadores do Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ) e da Direcção-Geral da
Administração da Justiça (DGAJ), em sessões de sala para dois grupos de Auditores de Justiça, e o
aproveitamento foi apurado com base em créditos de frequência.
2.2.3. Matérias da componente formativa de especialidade
2.2.3.1. Direito Europeu e Direito Internacional
Na matéria de Direito Europeu e Direito Internacional, incluindo a cooperação judiciária
internacional, foi estabelecido o objectivo de proporcionar aos Auditores de Justiça a familiarização
com os Institutos de Direito Europeu e Internacional e com os procedimentos da sua aplicação prática,
o aprofundamento dos conhecimentos nos domínios das instituições e do Direito ao nível Internacional
e Europeu, o conhecimento dos mecanismos de Cooperação Civil e Penal Europeus e Internacionais,
numa perspectiva da sua utilização e aplicação prática.
As sessões foram ministradas em trinta e três unidades lectivas ao longo de todo o primeiro
Ciclo em turmas (quatro) de dois grupos mistos de Auditores de Justiça, por Docentes Universitários e
Magistrados, sendo a avaliação realizada por meio de três testes escritos sobre os temas ministrados.
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2.2.3.2. Contabilidade e Gestão
Na matéria de Contabilidade e Gestão pretendeu-se dar aos Auditores de Justiça a
possibilidade de aquisição de conhecimentos teórico-práticos em matéria de contabilidade e gestão
que os habilitassem à compreensão dos princípios e dos conceitos fundamentais subjacentes ao
processo de produção da informação contabilística, lhes facultassem o conhecimento do método
contabilístico adoptado por empresas e outras entidades, fornecessem os instrumentos necessários à
leitura, análise e interpretação das demonstrações financeiras.
Para esse efeito, deu-se particular atenção à abordagem das matérias como o relatório de
gestão e contas de exercício relativos às sociedades comerciais; a análise da escrituração comercial; a
distinção entre contabilidade dirigida para as exigências fiscais e a relacionada com a real situação
económico-financeira da empresa e a facturação.
Os temas foram ministrados no terceiro trimestre em onze unidades lectivas, por especialistas,
com a colaboração institucional do Tribunal de Contas, em ateliês (dois) de quatro grupos de Auditores
de Justiça, adoptando-se o método indutivo da abordagem de situações e problemas práticos, sendo o
aproveitamento baseado na avaliação resultante da realização de um teste escrito.
2.2.3.3. Psicologia Judiciária
Visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base teórica e a
sensibilização para os aspectos práticas das temáticas da Psicologia Judiciária, nomeadamente em
matéria de psicologia do testemunho, de psicologia das motivações ajurídicas do julgador, entrevista
cognitiva e interrogatório judicial e exames periciais no âmbito da interdição e inabilitação.
Os temas da matéria de Psicologia Judiciária foram ministrados em nove unidades lectivas no
decurso do segundo trimestre, por Docentes Universitários e outros especialistas, em ateliês com
quatro grupos de Auditores de Justiça, procurando-se interligar a abordagem teórica com a análise e
debate de casos práticos, sendo a avaliação baseada no resultado obtido em provas escritas de
aferição de conhecimentos.
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2.2.3.4. Medicina Legal e Ciências Forenses
Na matéria de Medicina Legal e Ciências Forenses visou-se proporcionar aos Auditores de
Justiça a aquisição de uma base de conhecimentos teóricos e a sensibilização para alguns aspectos
práticos com relevo para a prática judiciária, nomeadamente em matéria de organização médico-legal e
de perícias médico-legais e forenses, de exames e perícias médico-legais e forenses, no âmbito da
avaliação do dano corporal em direito civil, do direito do trabalho, do direito penal e de algumas
situações mais específicas, de autópsias médico-legais, de exames e perícias médico-legais e forenses
no âmbito da antropologia forense, da toxicologia forense, da genética e biologia forenses e de exames
e perícias médico-legais e forenses no âmbito da psiquiatria forense.
As oito unidades lectivas do programa foram ministradas por Docentes Universitários e outros
especialistas, com a colaboração do Instituto Nacional de Medicina Legal, em ateliês de quatro grupos
de Auditores, sendo o aproveitamento baseado no resultado obtido em prova escrita de aferição de
conhecimentos.
2.2.3.5. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito
Nesta matéria visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base de
conhecimentos teórico-práticos mais apurados sobre, nomeadamente, recolha e tratamento de indícios
do crime, técnicas de realização de perícias mais comuns como os exames à escrita, a dactiloscopia, a
inspecção lofoscópica, os exames biológicos, a balística e a toxicologia, a intercepção e escuta
telefónica e preservação de dados, a investigação da criminalidade complexa e internacional e
económico-financeira e a gestão concreta dos actos processuais de inquérito em função do tipo de
crime investigado.
As várias sessões, divididas em módulos de formação comum e específica, num total de
dezanove, sendo onze para a Magistratura do Ministério Público e oito de formação comum, foram
ministradas em formato de ateliers e/ou grupos, por Docentes da Jurisdição Penal, Magistrados e
especialistas das diversas áreas, com a colaboração do Instituto Superior de Polícia Judiciária e
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Ciências Criminais, do Laboratório da Polícia Científica e outros departamentos especializados da
Polícia Judiciária.
O aproveitamento foi baseado no resultado obtido em teste escrito de aferição de
conhecimentos.
2.2.4. Matérias de frequência opcional
2.2.4.1. Direito da Concorrência e da Regulação Económica
O objectivo da formação na matéria de Direito da Concorrência e Regulação Económica foi
tornar os Auditores de Justiça aptos a lidar com as questões que as exigências da realização do
mercado comum suscitam num contexto de internacionalização e globalização das economias e
assegurar a regulação económica por via da defesa e promoção da concorrência no quadro da certeza
jurídica que a aplicação das leis da concorrência demanda.
As nove unidades lectivas do programa foram ministradas por Docentes Universitários e
Magistrados convidados a um grupo alargado de Auditores de Justiça correspondente a um terço do
número total de Auditores de Justiça do curso, sendo a classificação realizada com base na avaliação
efectuada através de teste escrito de aferição de conhecimentos.
2.2.4.2. Direito Administrativo
No quadro da matéria de Direito Administrativo visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça
a compreensão dos princípios fundamentais do Direito Administrativo, do âmbito de competência da
justiça administrativa e fornecer um quadro genérico sobre o contencioso administrativo e as linhas
gerais do processo nos Tribunais Administrativos.
As nove unidades lectivas do programa foram ministradas por Docentes Universitários e
Magistrados a um grupo alargado correspondente a um terço do número total de Auditores de Justiça
do curso, sendo a classificação realizada com base na avaliação feita através de uma prova escrita de
aferição de conhecimentos.
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2.2.4.3. Sociologia Judiciária
Nesta matéria proporcionou-se aos Auditores de Justiça a abordagem dos fenómenos sociais
na perspectiva do seu reflexo na intervenção judiciária e, correspectivamente, a abordagem dos
impactos sociais desta intervenção.
Abrangendo nove unidades lectivas, os temas do programa foram ministrados por Docentes
Universitários e Investigadores a um grupo alargado correspondente a um terço do número total de
Auditores de Justiça do curso.
A classificação foi feita com base na avaliação através de uma prova escrita de aferição de
conhecimentos.
Foram abordados os seguintes temas:
- Violência doméstica;
- Tráfico de seres humanos;
- Responsabilidades parentais;
- Organização do território, ambiente e urbanismo;
- Corrupção;
- Execução de penas e medidas.
2.2.5. Área de Investigação Aplicada (AIA)
A Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, incluiu no primeiro Ciclo do Curso de Formação Teórico-
-Prática uma Área de Investigação Aplicada relevante para a actividade judiciária (artigo 37º).
Tendo em consideração os objectivos gerais da formação inicial e os objectivos específicos do
primeiro Ciclo do curso de formação teórico-prática, nesta área de investigação aplicada seguiu-se uma
metodologia de projecto, consistindo na concepção, elaboração, submissão a aprovação, realização,
entrega e apresentação de um projecto de investigação, actividade essa de que resultou a execução
do projecto e entrega do trabalho realizado.
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Relatório de Actividades 2009/2010
34
Cada conjunto de dois grupos mistos e específicos de Auditores de Justiça que se articulam
entre si nas actividades de formação foi subdividido em equipas de três a cinco elementos. Cada
equipa propôs os temas que pretendia investigar, segundo critérios gerais previamente indicados, os
quais foram depois seleccionados pelo núcleo dos Docentes orientadores de projecto, sob a
coordenação conjunta do Director-Adjunto responsável pelo primeiro Ciclo e do Director-Adjunto que
então dirigia o Gabinete de Estudos Judiciários. Cada equipa de Auditores concebeu, planificou,
elaborou e realizou o respectivo projecto, com o acompanhamento de um Docente.
Os projectos foram objecto de apresentação em auditório, perante todo o curso, no final do
terceiro trimestre.
Foram realizados trabalhos de investigação sobre os seguintes temas:
- A violência doméstica: perspectivas criminal e sociológica;
- Violência doméstica: meios de prevenção;
- Poder correccional sobre menores;
- Bullying;
- Rapto internacional de menores;
- Tráfico de Seres Humanos;
- ADN e direito;
- Crimes violentos/Carjacking;
- Corrupção nas teias da lei ou a lei nas teias da corrupção;
- Nova lei do cibercrime;
- O superior interesse da criança;
- “Ainda é possível salvar a sua menoridade …”;
- Os menores no mundo do espectáculo;
- Síndrome de alienação parental – nova realidade ou questão ignorada?
- As famílias de facto e as famílias homoparentais perante a lei;
- Procriação medicamente assistida;
- A tutela do direito à vida no direito civil;
- Testamento vital;
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- Eutanásia – perspectivas constitucional, civil e penal;
- Responsabilidade civil e penal por acto médico;
- Provas ilícitas em processo civil;
- O novo regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado por actos
judiciários;
- O princípio da prevenção no âmbito do direito do ambiente;
- A vigilância à distância no direito do trabalho;
- Comportamentos extra-profissionais do trabalhador e vínculo laboral.
2.3. Estágios intercalares junto dos Tribunais
Com o estágio intercalar no primeiro Ciclo, introduzido pela Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro,
pretendeu-se que os Auditores de Justiça tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua formação
teórico-prática inicial, com o exercício das funções inerentes à Magistratura escolhida, visando uma
primeira abordagem das matérias com maior incidência na prática judiciária.
Cada um dos Auditores de Justiça foi colocado, sucessivamente, em dois Tribunais diferentes,
junto de Magistrados Formadores.
Nessa fase, os Auditores de Justiça assistiram às diligências processuais, em particular no
domínio da produção da prova e realização de audiências de julgamento, em termos semelhantes aos
que irão reger o Segundo Ciclo da fase teórico-prática, com as adaptações impostas pela sua curta
duração.
Por cada um dos dois períodos de estágio, os Magistrados Formadores, em conjugação com
os Coordenadores Distritais, elaboraram uma informação sobre o desempenho do Auditor, cujo teor foi
considerado na avaliação global do primeiro Ciclo.
O estágio intercalar junto dos Tribunais teve lugar no período de 6 a 13 de Abril de 2010, num
total de 14 dias úteis.
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Relatório de Actividades 2009/2010
36
3. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do XXVIII Curso
Os critérios e parâmetros de avaliação no primeiro Ciclo de actividades do XXVII Curso foram
aprovados pelo Conselho Pedagógico em 22 de Setembro de 2008 e materializados no subsequente
despacho da anterior Directora do Centro de Estudos Judiciários, de 23 de Setembro de 2008.
Ao longo do período de actividades do primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do
aproveitamento e adequação dos Auditores de Justiça e dos cooperantes, em conformidade com os
critérios enunciados no artigo 43º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, e definidos pelo Conselho
Pedagógico.
O Conselho Pedagógico na sua sessão de 16 de Julho de 2009 aprovou as classificações do
primeiro Ciclo do XXVIII Curso.
Em resultado das classificações obtidas, constata-se a seguinte distribuição das classificações
finais pelos níveis de aproveitamento definidos:
1. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura Judicial:
Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 24 Auditores (notas finais
entre 14,042 e 14,978 valores);
Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 23 Auditores (notas
finais entre 12,931 e 13,994);
2. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura do Ministério Público:
Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 18 Auditores (notas finais
entre 14,039 e 14,661 valores);
Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 32 Auditores (notas
finais entre 12,815 e 13,942).
Duas das Auditoras de Justiça que frequentaram o XXVIII Curso de Formação Teórico-Prática
de Magistrados foram excluídas, não tendo transitado para o segundo Ciclo – uma delas por falta de
aproveitamento e a outra por razões de falta de adequação para o exercício da função de magistrada.
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Relatório de Actividades 2009/2010
37
No final do mesmo período, os Auditores Cooperantes tiveram aproveitamento global positivo
(com excepção de um Cooperante da República de Angola, que desistiu), entre o suficiente elementar
e o suficiente elevado, o que foi comunicado aos organismos competentes dos respectivos países de
origem de língua oficial Portuguesa.
Subsecção 2
Primeiro Ciclo do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)
1. Destinatários e início das actividades
No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 20010, decorreu, na sede do Centro
de Estudos Judiciários, o primeiro Ciclo de actividades do I Curso de Formação de Magistrados para os
Tribunais Administrativos e Fiscais, que foi frequentado por vinte cinco Auditores de Justiça.
Os mencionados Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do
concurso de ingresso aberto pelo Aviso nº 221, publicado no Diário da República, 2ª Série, de 13 de
Novembro de 2008.
O início das actividades teve lugar no dia 15 de Setembro de 2009, pela manhã, com uma
sessão de “Boas Vindas” dadas pela Direcção do Centro de Estudos Judiciários, a que se seguiu uma
sessão de apresentação geral do Curso.
Na sessão solene de abertura do Curso, que teve lugar nesse mesmo dia 15 de Setembro de
2009, participaram Suas Excelências o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Ministro da
Justiça, o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, o Procurador-Geral da República e a
Directora do Centro de Estudos Judiciários, que usou da palavra.
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Sem prejuízo da realização do estágio intercalar junto dos Tribunais, as actividades teórico-
-práticas do primeiro Ciclo decorreram na sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de Setembro
de 2009 a 15 de Julho de 2010, num total de cerca de 40 semanas.
2. Organização por matérias e áreas
2.1. Quadro geral
O primeiro Ciclo do I Curso de Formação para os Tribunais Administrativos e Fiscais, cujo
plano de estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 9 de Julho de 2009, integrou três
componentes formativas e uma Área de Investigação Aplicada relevante para a actividade judiciária:
A – A componente profissional, que incluiu:
- Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade civil, e Direito Processual
Civil declarativo comum e executivo e Responsabilidade Civil Extra-Contratual do Estado;
- Direito Administrativo, substantivo e processual, e Contratação Pública;
- Direito Tributário substantivo e processual, incluindo Regimes Jurídicos dos Impostos e
Direito e Contencioso Aduaneiro.
B – A componente formativa geral, que incluiu:
- Direitos Fundamentais e Direito Constitucional;
- Ética e Deontologia Profissional;
- Instituições e Organização Judiciárias;
- Metodologia e Discurso Judiciários;
- Organização e Métodos e Gestão do Processo;
- Línguas estrangeiras, numa perspectiva de utilização técnico – jurídica;
- Tecnologias de Informação e Comunicação, com relevo para a prática judiciária.
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39
C – A componente formativa de especialidade, que incluiu:
- Direito Europeu e Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, e Direito
Internacional, incluindo cooperação judiciária internacional;
- Organização Administrativa;
- Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal;
- Psicologia Judiciária;
- Direito do Urbanismo e do Ambiente;
- Direito Contra-Ordenacional substantivo e processual;
- Direito das Relações Laborais na Administração Pública.
As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas
por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Administrativa e Jurisdição Tributária.
A matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual constituiu uma disciplina
autónoma.
No programa de cada uma das matérias foram estabelecidos os respectivos conteúdos
pedagógicos, as metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias,
em conformidade com as linhas gerais do plano de actividades.
2.2. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias
2.2.1. Matérias da componente formativa profissional
Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades lectivas
(sessões) de frequência obrigatória. Quer quanto à metodologia utilizada, quer quanto aos processos
de avaliação, foram seguidas as mesmas linhas de orientação já expostas a propósito do XXVIII Curso
de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais.
Por tal facto remete-se, nesta parte, para a secção anterior correspondente.
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40
2.2.1.1. Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade civil, e Direito
Processual Civil declarativo comum e executivo e Responsabilidade Civil Extra-
Contratual do Estado
A formação em matéria de Direito Civil e Processual Civil desenvolveu-se ao longo de todo o
primeiro Ciclo, num total de 73 unidades lectivas (109,5 horas), à razão de uma unidade lectiva por
semana.
2.2.1.2. Direito Administrativo, substantivo e processual e Contratação Pública
A formação em matéria de Direito Administrativo e Contratação Público desenvolveu-se ao
longo de todo o primeiro Ciclo, num total de 70 unidades lectivas (105 horas), à razão de uma unidade
lectiva por semana.
2.2.1.3. Direito Tributário substantivo e processual, incluindo Regimes Jurídicos dos
Impostos e Direito e Contencioso Aduaneiro.
A formação em matéria de Direito Tributário e do Contencioso Aduaneiro desenvolveu-se ao
longo do primeiro Ciclo, num total de 87 unidades lectivas (130,5 horas), à razão de uma unidade
lectiva por semana.
2.2.2. Matérias da componente formativa geral
2.2.2.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional
2.2.2.2. Ética e Deontologia Judiciárias
2.2.2.3. Instituições e Organização Judiciárias
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41
2.2.2.4 Metodologia e Discurso Judiciários
2.2.2.5. Organização e Métodos e Gestão do Processo
Nestas matérias, a formação foi comum com o XXVIII Curso de Formação de Magistrados para
os Tribunais Judiciais e desenvolveu-se nos termos descritos nas secções anteriores.
2.2.2.6. Língua Estrangeira
O Curso seguiu os objectivos já elencados quanto ao XXVIII Curso de Formação de
Magistrados para os Tribunais Judiciais, tendo como aspecto específico o desenvolvimento de
temáticas directamente relacionadas com os Direitos Administrativo e Fiscal, e consequentemente,
abordadas atentas essas especificidades.
2.2.2.7. Tecnologias de Informação e de Comunicação
A 1ª parte do programa formativo foi, também nesta matéria, comum com o XXVIII Curso,
tendo sido ministradas 3 unidades lectivas (4,5 horas) sobre o SITAF.
2.2.3. Matérias da componente formativa de especialidade
2.2.3.1. Direito Europeu e Direito Internacional
O I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais teve 9
unidades lectivas (13,5 horas) de formação conjunta com o XXVIII Curso e 9 unidades lectivas (13,5
horas) de formação sobre temas específicos das áreas administrativa e fiscal.
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42
2.2.3.2. Organização Administrativa
Pretendeu-se dotar os Auditores de Justiça de conhecimentos sobre os princípios de
organização administrativa, os diversos tipos de entidades da Administração Pública e de entidades
equiparadas e o direito a cada uma delas aplicável.
Decorreu durante 7 unidades lectivas (10,5 horas), tendo sido leccionada por Docentes do CEJ
e culminou com a respectiva avaliação através de uma prova de aferição de conhecimentos.
2.2.3.3. Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal
Esta matéria decorreu durante o total de 20 unidades lectivas (30 horas), tendo sido as
primeiras 12 unidades lectivas (18 horas) comuns ao XXVIII Curso e as outras 8 (12 horas) sobre os
princípios de contabilidade financeira e fiscal.
2.2.3.4. Psicologia Judiciária
Esta matéria foi leccionada conjuntamente com o XXVIII Curso.
2.2.4. Área de Investigação Aplicada (AIA)
Na Área de Investigação Aplicada foram realizados, pelos Auditores do I Curso de Formação
de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, trabalhos que incidiram, de acordo com as
escolhas daqueles, sobre os seguintes temas:
- O domínio público e os Tribunais;
- Quem controla os controladores;
- O dever de executar e as causas de inexecução das sentenças de anulação dos actos
administrativos;
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43
- Preços de transferência;
- Tributação das manifestações de fortuna;
- Derrogação do sigilo bancário.
2.3. Estágios intercalares junto dos Tribunais
Cada um dos Auditores de Justiça foi colocado junto de Magistrados Formadores, tomando
contacto com processos da área administrativa e da área fiscal.
Nessa fase, os Auditores de Justiça assistiram às diligências processuais, em particular no
domínio da produção da prova e realização de audiências de julgamento, em termos semelhantes aos
que irão reger o Segundo Ciclo da fase teórico-prática, com as adaptações impostas pela sua curta
duração.
Os Magistrados Formadores, em conjugação com os Coordenadores Distritais, elaboraram
uma informação sobre o desempenho do Auditor, cujo teor foi considerado na avaliação global do
primeiro Ciclo.
O estágio intercalar junto dos Tribunais teve lugar no período de 6 a 23 de Abril de 2010, num
total de 14 dias úteis.
3. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do XXVIII Curso
Os critérios e parâmetros de avaliação no primeiro Ciclo de actividades foram aprovados pelo
Conselho Pedagógico em 22 de Setembro de 2009 e materializados no subsequente despacho da
Directora do Centro de Estudos Judiciários, de 23 de Setembro de 2009.
Ao longo do período de actividades do primeiro Ciclo procedeu-se à avaliação do
aproveitamento e adequação dos Auditores de Justiça, em conformidade com os critérios enunciados
no artigo 43º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, e definidos pelo Conselho Pedagógico.
O Conselho Pedagógico, na sua sessão de 16 de Julho de 2010, aprovou as classificações do
primeiro Ciclo do I Curso de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais.
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44
Em resultado das classificações obtidas constata-se a seguinte distribuição das classificações
finais pelos níveis de aproveitamento definidos:
Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 8 Auditores (notas finais entre
14,246 e 15,454 valores);
Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 16 Auditores (notas
finais entre 12,551 e 13,867).
Nível C – avaliação superior a 11 e inferior a 12,5 valores: 1 (11,918).
Subsecção 3
Primeiro Ciclo do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público (4 de Janeiro de 2010 a 25 de Junho de 2010)
1. Destinatários e início das actividades
No período de 04 de Janeiro a 25 de Junho de 2010 (vinte e quatro semanas) decorreu no
Centro de Estudos Judiciários, ao abrigo do regime instituído pela Lei nº 95/2009, de 2 de Setembro, o
primeiro Ciclo de actividades do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público,
que foi frequentado por sessenta e quatro Auditores de Justiça, quatro dos quais, que haviam sido
excluídos pelo júri do concurso de admissão a que se candidataram, foram autorizados a frequentar
este Curso Especial provisoriamente na sequência de decisões exaradas pelos Tribunais
Administrativos no âmbito de providências cautelares interpostas após a referida exclusão.
O primeiro Ciclo foi concluído por 63 Auditores de Justiça, tendo um dos Auditores desistido da
frequência do Curso.
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45
Os mencionados Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do
concurso de ingresso aberto pelo Aviso nº 16250/2009, publicado no Diário da República, 2ª Série, de
18 de Setembro de 2009.
Frequentaram ainda o Curso, no âmbito da cooperação na formação judiciária com os Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa, oito Auditores de Justiça Cooperantes da República de Angola.
Os Auditores de Justiça foram divididos por quatro Grupos (designados pelos números 11, 12,
13 e 14), tendo, cada um deles, dezoito formandos, incluindo os cooperantes da República de Angola.
2. Organização por matérias e áreas
2.1. Quadro geral
O primeiro Ciclo do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público, cujo
plano de estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 10 de Novembro de 2009, integrou três
componentes:
A – A componente profissional, que incluiu:
- Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil;
- Direito Penal e Direito Processual Penal;
- Direito Contra – Ordenacional substantivo e processual;
- Direito da Família e das Crianças;
- Direito substantivo e processual do Trabalho e Direito da Empresa.
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46
B – A componente formativa geral, que incluiu:
- Direitos Fundamentais e Direito Constitucional;
- Ética e Deontologia Profissional;
- Metodologia e Discurso Judiciários;
- Organização e Métodos e Gestão do Processo;
- Tecnologias de Informação e Comunicação, com relevo para a prática judiciária.
C – A componente formativa de especialidade, que incluiu:
- Psicologia Judiciária;
- Medicina Legal e Ciências Forenses;
- Investigação Criminal e Gestão do Inquérito.
Todas as matérias foram de frequência obrigatória.
As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas
por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de Família e das
Crianças e a Jurisdição do Trabalho e da Empresa.
A matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual, constituindo uma disciplina
autónoma, foi, pela sua natureza, partilhada pelas Jurisdições Penal e do Trabalho e Empresa.
No programa de cada uma das matérias foram estabelecidos os respectivos conteúdos
pedagógicos, as metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias.
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47
2.2. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias
2.2.1. Matérias da componente formativa profissional
Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades lectivas
(sessões) de frequência obrigatória.
O tratamento das questões substantivas foi, preferencialmente, feito na óptica do seu
tratamento processual, sendo a abordagem casuística orientada no sentido de proporcionar a
consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos
jurídico e judiciário na análise e resolução de casos.
O método de avaliação do aproveitamento dos Auditores utilizado em relação às matérias da
componente profissional foi o da avaliação contínua (artigo 43º nº 3 da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro),
que integrou testes e exercitações escritas ao longo de todo o primeiro Ciclo. O resultado da avaliação
foi expresso através da atribuição de uma menção qualitativa no final do primeiro trimestre e de uma
notação quantitativa final, numa escala de 0 a 20 valores.
2.2.1.1. Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil
A formação em matéria de Direito Civil, Processual Civil e Direito Comercial desenvolveu-se ao
longo de todo o primeiro Ciclo, num total de quarenta e oito unidades lectivas (72 horas), à razão de
duas unidades lectivas por semana.
2.2.1.2. Direito Penal e Direito Processual Penal
A formação em matéria de Direito Penal e Direito Processual Penal desenvolveu-se ao longo
de todo o primeiro Ciclo, num total de setenta e duas unidades lectivas (108 horas), à razão de duas ou
três unidades lectivas por semana.
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48
2.2.1.3. Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual
A formação em matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual desenvolveu-
-se ao longo do primeiro Ciclo, num total de dezoito unidades lectivas (27 horas), das quais 12
unidades lectivas relativas a matéria penal e 6 relativas a matéria laboral.
2.2.1.4. Direito da Família e das Crianças
A formação em matéria de Direito da Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo de todo
o primeiro Ciclo, num total de vinte e quatro unidades lectivas (36 horas), à razão de uma unidade
lectiva por semana.
2.2.1.5. Direito do Trabalho e da Empresa
A formação em matéria de Direito do Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo de todo
o primeiro Ciclo, num total de vinte e quatro unidades lectivas (36 horas), à razão de uma unidade
lectiva por semana.
2.2.2. Matérias da componente formativa geral
2.2.2.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional
2.2.2.2. Ética e Deontologia Profissional
2.2.2.3. Metodologia e Discurso Judiciários
2.2.2.4. Organização e Métodos e Gestão do Processo
2.2.2.5. Tecnologias de Informação e de Comunicação
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49
Nestas matérias formativas, os respectivos conteúdos, unidades lectivos e métodos de
avaliação foram idênticos aos do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais. Remete-se, por consequência, nesta parte, para as secções próprias correspondentes e que
antecedem.
2.2.3. Matérias da componente formativa de especialidade
2.2.3.1. Psicologia Judiciária
Visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base teórica e a
sensibilização para os aspectos práticas das temáticas da Psicologia Judiciária, nomeadamente em
matéria de psicologia do testemunho, de psicologia das motivações ajurídicas do julgador, entrevista
cognitiva e interrogatório judicial e exames periciais no âmbito da interdição e inabilitação.
Os temas da matéria de Psicologia Judiciária foram ministrados em nove unidades lectivas
(13,5 horas), por Docentes Universitários e outros especialistas, procurando-se interligar a abordagem
teórica com a análise e debate de casos práticos, sendo a avaliação baseada no resultado obtido em
provas escritas de aferição de conhecimentos.
2.2.3.2. Medicina Legal e Ciências Forenses
Na matéria de Medicina Legal e Ciências Forenses visou-se proporcionar aos Auditores de
Justiça a aquisição de uma base de conhecimentos teóricos e a sensibilização para alguns aspectos
práticos com relevo para a prática judiciária, nomeadamente em matéria de organização médico-legal e
de perícias médico-legais e forenses, de exames e perícias médico-legais e forenses, no âmbito da
avaliação do dano corporal em direito civil, do direito do trabalho, do direito penal e de algumas
situações mais específicas, de autópsias médico-legais, de exames e perícias médico-legais e forenses
no âmbito da antropologia forense, da toxicologia forense, da genética e biologia forenses e de exames
e perícias médico-legais e forenses no âmbito da psiquiatria forense.
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50
As oito unidades lectivas (12 horas) do programa foram ministradas por Docentes
Universitários e outros especialistas, com a colaboração do Instituto Nacional de Medicina Legal, sendo
o aproveitamento baseado no resultado obtido em prova escrita de aferição de conhecimentos.
2.2.3.3. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito
Nesta matéria visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base de
conhecimentos teórico-práticos mais apurados sobre, nomeadamente, recolha e tratamento de indícios
do crime, técnicas de realização de perícias mais comuns como os exames à escrita, a dactiloscopia, a
inspecção lofoscópica, os exames biológicos, a balística e a toxicologia, a intercepção e escuta
telefónica e preservação de dados, a investigação da criminalidade complexa e internacional e
económico-financeira e a gestão concreta dos actos processuais de inquérito em função do tipo de
crime investigado.
As sessões (dezanove unidade lectivas, correspondentes a 28,5 horas) foram ministradas com
a colaboração do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, do Laboratório da Polícia
Científica e outros departamentos especializados da Polícia Judiciária.
O aproveitamento foi baseado no resultado obtido em teste escrito de aferição de
conhecimentos.
3. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do I Curso Especial de Magistrados para o
Ministério Público
O Conselho Pedagógico, na sua sessão de 30 de Junho de 2010, aprovou as classificações do
primeiro Ciclo deste Curso.
Em resultado das classificações obtidas, constata-se a seguinte distribuição das classificações
finais pelos níveis de aproveitamento definidos:
Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 31 Auditores (notas finais entre
14,006 e 14,837 valores);
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51
Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 31 Auditores (notas
finais entre 12,599 e 13,980);
Nível C – avaliação superior a 11 e inferior a 12,5 valores: 1 Auditor (12,241).
No final do mesmo período, os Auditores Cooperantes tiveram aproveitamento global positivo,
entre o suficiente elementar e o suficiente elevado, o que foi comunicado à respectiva Procuradoria-
Geral da República.
Subsecção 4
Segundo Ciclo do XXVII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e do I Curso Especial para Magistrados do Ministério Público
O Segundo Ciclo de actividades da fase teórico-prática (actividades nos Tribunais) do XXVII
Curso Normal de Formação decorreu entre 1 de Setembro de 2009 e 28 de Fevereiro de 2010 para os
Auditores que ingressaram no curso ao abrigo do disposto na segunda parte da alínea c) do artigo 5º
da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro (via profissional), e entre 1 de Setembro de 2009 e 15 de Julho de
2010, para os demais (via académica).
Os 100 Auditores foram colocados nas comarcas, junto dos respectivos Magistrados
Formadores, de acordo com o disposto no artigo 50º da referida Lei.
A formação no segundo Ciclo desenvolveu-se nos quatro distritos Judiciais, sob a orientação
dos respectivos Coordenadores Distritais, no respeito pelos objectivos e metodologia definidos no
Plano de Actividades para o ano 2009/2010.
Importa salientar que o XXVII Curso Normal foi o primeiro após a aprovação da Lei nº 2/2008,
de 14 de Janeiro, em que o segundo Ciclo seguiu o modelo de formação instituído por este normativo,
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Relatório de Actividades 2009/2010
52
o que determinou ajustamentos e fixação de novos procedimentos e regras, tarefa desenvolvida em
condições particularmente difíceis, fruto do prolongamento do processo de substituição desencadeado
pelo pedido de cessação de funções da Directora.
1. Magistratura Judicial
1.1. O segundo Ciclo de formação teórico-prática tem como finalidade conferir ao Auditor maior
proximidade e consciência das diversas actuações inerentes à judicatura, através da elaboração de
projectos de peças processuais, intervenção em actos preparatórios do processo, coadjuvação do Juiz
Formador nas tarefas de direcção e instrução do processo e assistência às diversas diligências
processuais e deliberações dos órgãos jurisdicionais.
Na generalidade dos casos, cada Juiz Formador assegura a formação de um ou dois Auditores
e de um ou dois juízes em regime de estágio.
No período de formação abrangido por este relatório, os Auditores foram acompanhados
regularmente pelos Coordenadores Distritais, que se deslocaram aos locais de formação não menos de
cinco ou seis vezes (via académica) e três ou quatro vezes (via profissional), com o objectivo de
acompanhar, orientar e coordenar as actividades de formação levadas a efeito nas comarcas.
Nessas visitas, os Coordenadores Distritais indagaram e interpelaram os Juízes Formadores
acerca do desempenho formativo e da evolução do desempenho dos formandos, analisando e
discutindo com os Auditores os trabalhos por estes realizados.
Nas reuniões com os formandos e os Auditores, os Coordenadores tiveram a preocupação não
só de sinalizar os erros e deficiências dos trabalhos escritos, mas também de procurar as soluções
adequadas e destacar os pontos mais positivos das diferentes intervenções (escritas ou orais).
Os dois Directores-Adjuntos para a Magistratura Judicial que exerceram actividade no período
de Setembro de 2009 a 24 de Março (o primeiro) e de 26 de Março a Julho de 2010 (o actual), nas
visitas que efectuaram às diversas comarcas, privilegiaram o contacto pessoal com os formadores e os
Auditores, procuraram inteirar-se do modo como se estava a processar a formação, nomeadamente
sobre a questão de saber se estavam a ser respeitados os objectivos e a metodologia indicados no
Plano de Actividades.
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Relatório de Actividades 2009/2010
53
Antes da actual Direcção, a então Directora-Adjunta para a Magistratura Judicial realizou
reuniões com todos os Juízes Formadores e Coordenadores, com vista a salientar a importância do
papel do Juiz Formador, destacar os objectivos da formação e traçar as diferenças entre o 2º Ciclo da
formação teórico-prática para os Auditores provenientes da via académica e para os oriundos da via
profissional, face à menor duração de permanência destes nos Tribunais nesta fase.
Essas reuniões visaram ainda proceder a uma avaliação do funcionamento da aplicação
CITIUS na perspectiva dos Auditores de Justiça, traçar as linhas gerais dos estágios de curta duração e
propiciar uma discussão aberta com os formadores sobre outros assuntos relevantes para a formação,
designadamente sobre o momento mais adequado para a realização dos estágios nas jurisdições de
Família e Menores e na Instrução Criminal no que concerne às comarcas de competência
especializada.
Tais reuniões tiveram lugar no dia 21 de Setembro de 2009 para os formadores dos distritos
Judiciais de Lisboa e Évora, nas instalações do CEJ, em Lisboa; no dia 25 de Setembro de 2009 para
os formadores do distrito Judicial do Porto, nas instalações do núcleo do CEJ no Porto; e no dia 2 de
Outubro de 2009 para os formadores do distrito judicial de Coimbra, nas instalações do núcleo do CEJ
em Coimbra.
No início do mês de Dezembro de 2009, foram prestadas as informações previstas no artigo
52º, nº 4 do Regulamento do CEJ e tiveram lugar reuniões de avaliação intercalar dos Auditores
provenientes da via profissional, as quais contaram com a presença da então Directora-Adjunta, do
respectivo Coordenador do Distrito Judicial e Juízes Formadores, após o que foram elaborados os
respectivos relatórios intercalares.
Posteriormente, nos dias 23 de Fevereiro de 2010 para os Auditores de Justiça colocados nos
distritos Judiciais de Lisboa e Évora, nas instalações do CEJ em Lisboa, e no dia 26 de Fevereiro de
2010 para os Auditores de Justiça colocados nos distritos Judiciais do Porto e Coimbra, nas instalações
do núcleo do CEJ nessa cidade, realizaram-se reuniões de avaliação final dos mesmos Auditores
provenientes da via profissional, as quais contaram igualmente com a presença dos mesmos
elementos.
Seguidamente, teve lugar uma reunião com os Coordenadores Distritais para uma apreciação
global das informações intercalares sobre os Auditores, visando a harmonização dos critérios de
avaliação.
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Relatório de Actividades 2009/2010
54
No que concerne aos Auditores oriundos da via académica, as informações e os relatórios
intercalares foram apresentados no decurso no final do mês de Janeiro e início de Fevereiro de 2010.
Por seu turno, as reuniões de avaliação final dos Auditores de Justiça oriundos da via
académica decorreram em já em Junho de 2010 sob a égide da actual Direcção e contaram com a
presença do Director-Adjunto, Coordenadores Distritais e Juízes Formadores.
Essas reuniões tiveram lugar em 14 de Junho de 2010 relativamente aos Auditores colocados
no distrito judicial de Lisboa, nas instalações do CEJ; em 18 de Junho de 2010 relativamente aos
Auditores colocados no distrito judicial de Évora, no Tribunal da Relação de Évora; em 21 de Junho de
2010 para os Auditores colocados no distrito judicial do Porto, no núcleo do CEJ nessa cidade; e,
finalmente, no dia 25 de Junho de 2010 para os Auditores colocados no distrito judicial de Coimbra, nas
instalações do respectivo núcleo.
Em 01/07/2010, o actual Director-Adjunto reuniu com os Coordenadores Distritais para uma
apreciação global das informações sobre os Auditores oriundos da via académica, visando a
harmonização dos critérios de avaliação.
1.2. Como previsto no nº 2 do artigo 51º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, e no Plano de
Actividades, os Auditores de Justiça oriundos da via académica realizaram estágios de curta duração
junto de entidades e instituições não judiciárias conexas com actividade relevante para o exercício da
Magistratura Judicial.
Atendendo ao curto período formativo, o Conselho Pedagógico deliberou dispensar os
Auditores de Justiça provenientes da via profissional da frequência de estágios de curta duração.
Os estágios de curta duração decorreram entre 6 e 23 de Abril de 2010, sob a orientação do
respectivo Coordenador Distrital e a coordenação do actual Director-Adjunto, junto de serviços da
Direcção-Geral de Reinserção Social, designadamente em equipas de reinserção social, nas
Conservatórias dos Registos Civil, Predial e Comercial, e nas Comissões de Protecção de Crianças e
Jovens e Delegações da Associação de Apoio à Vítima (APAV).
Cada Auditor de Justiça frequentou, pelo menos, dois locais de estágio de entre os
previamente seleccionados.
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Relatório de Actividades 2009/2010
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1.3. Durante o segundo Ciclo de formação teórico-prática realizaram-se diversas acções
específicas de formação e visitas formativas destinadas aos Auditores do XXVII Curso Normal,
designadamente as seguintes:
� Acção de formação realizada em Dezembro de 2009 no Conselho Distrital de Coimbra
da Ordem dos Advogados, sobre a temática da violência no seio da família, com
intervenções sobre os seguintes temas:
- Violência doméstica e familiar – do conceito à compreensão;
- Violência doméstica e familiar – impacto na qualidade de vida e avaliação do
potencial de risco;
- Violência doméstica – enquadramento judicial: da legislação à intervenção,
projecto do DIAP de Coimbra;
- Do outro lado... as crianças vítimas de violência.
� Acção de formação realizada em 6 de Maio de 2010 no Instituto de Reinserção Social
de Coimbra, com intervenções sobre os seguintes temas:
- Assessoria na Área Tutelar Educativa: pré-sentencial e execução de medidas
tutelares educativas, com intervenção da Sra. Dra. Esmeralda Coelho
(Directora do Núcleo de Apoio Técnico da Direcção Regional do Centro);
- Vigilância electrónica, com intervenção do Sr. Dr. Fernando Fernandes
(Coordenador da Unidade Operativa de Coimbra da Vigilância Electrónica do
Instituto de Reinserção Social);
- Assessoria na Área Penal: pré-sentencial e execução de medidas penais, com
intervenção do Sr. Dr. Francisco Navalho (Delegado Regional do Centro -
DGRS);
- Intervenções com problemáticas criminais específicas: condução de veículo
em estado de embriaguez; Programa Stop: Responsabilidade e segurança; e
crimes de violência doméstica e maus-tratos, com intervenção do Sr. Dr.
Francisco Navalho.
- Visita, após a acção de formação antes referida, no mesmo dia, às equipas
operativas do IRS (equipas do Baixo Mondego e equipa de vigilância
electrónica e ao Centro Educativo dos Olivais).
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� Acção de formação realizada em 27 de Maio de 2010 em Lisboa, abrangendo os
Auditores colocados nos distritos Judiciais de Lisboa e Évora, com intervenções sobre
os seguintes temas:
- “Apreciação da prova em processo civil”, a cargo do Sr. Juiz de Direito
Aristides Rodrigues de Almeida;
- “Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção”, proferida
pelo Sr. Juiz de Direito Luciano Carvalho;
� Acção de formação realizada em 28 de Maio de 2010 em Aveiro, abrangendo os
Auditores colocados nos distritos Judiciais de Coimbra e Porto, com intervenções
sobre os seguintes temas:
- “Apreciação da prova em processo civil”, a cargo do Sr. Juiz de Direito
Aristides Rodrigues de Almeida;
- “Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção”, a cargo do
Sr. Juiz de Direito António da Costa Gomes.
1.4. Uma vez completado o Segundo Ciclo, o Conselho Pedagógico procedeu à avaliação do
aproveitamento e adequação dos Auditores de Justiça do XXVII Curso Normal com base na análise
dos elementos colhidos, relatórios elaborados e respostas dos Auditores, tendo em consideração os
parâmetros de avaliação constantes do Regulamento Interno do Centro de Estudos Judiciários.
Uma Auditora, oriunda da via profissional, apresentou desistência, a qual foi aceite.
Em reunião realizada em 12 de Abril de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente
as propostas de prorrogação do segundo Ciclo de dois Auditores oriundos da via profissional e de
notação positiva dos dez restantes Auditores provenientes dessa via de acesso, os quais considerou
habilitados a frequentar a fase de estágio.
As classificações no segundo Ciclo desses Auditores de Justiça situaram-se dentro dos
seguintes escalões:
- Um Auditor obteve classificação final igual ou superior a 15 valores;
- Duas Auditoras obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;
- Quatro Auditores obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;
- Três Auditores obtiveram classificação final entre 12 e 13 valores.
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Relatório de Actividades 2009/2010
57
Por seu turno, em 16 de Julho de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente as
propostas de prorrogação excepcional do segundo Ciclo de uma Auditora oriunda da via académica e
de notação positiva dos demais Auditores da via académica e dos dois Auditores da via profissional,
cujo segundo Ciclo havia sido prorrogado, os quais considerou habilitados a frequentar a fase de
estágio.
As classificações no segundo Ciclo dos Auditores de Justiça então avaliados situaram-se
dentro dos seguintes escalões:
- Três Auditores obtiveram classificação final igual ou superior a 15 valores;
- Dezanove Auditores obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;
- Doze Auditores obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;
- Um Auditor obteve classificação final entre 12 e 13 valores;
- Dois Auditores obtiveram classificação final entre 11 e 12 valores;
- Uma Auditora obteve classificação final entre 10 e 11 valores.
2. Ministério Público
2.1. As actividades relativas à formação do 2º Ciclo, durante o ano de actividades 2009/2010,
visaram o acompanhamento, supervisão, coordenação e avaliação dos Auditores de Justiça do XXVII
Curso Normal de Formação de Magistrados, em conformidade com o Plano de Actividades para o ano
2009/2010.
Assim, o 2º Ciclo de actividades da fase teórico-prática do XXVII do Curso Normal de
Formação de Magistrados decorreu entre 1 de Setembro de 2009 e 28 de Fevereiro de 2010 para os
quinze Auditores de Justiça que optaram pela Magistratura do Ministério Público e que ingressaram no
curso ao abrigo do disposto na segunda parte da alínea c) do artigo 5º da Lei nº 2/2008, de 14 de
Janeiro (via profissional).
E decorreu entre 1 de Setembro de 2009 e 15 de Julho de 2010, para os trinta e cinco
Auditores de Justiça que optaram também pela Magistratura do Ministério Público mas que
ingressaram ao abrigo do disposto na 1ª parte do referido preceito legal, ou seja, os da via académica.
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A formação no 2º Ciclo dos cinquenta Auditores de Justiça desenvolveu-se nos quatro distritos
Judiciais, sob a orientação dos respectivos Coordenadores Distritais, no respeito pelos objectivos e
metodologia definidos no Plano de Actividades para o ano 2009/2010.
Assim, treze Auditores de Justiça (11 da via académica e 2 da via profissional) foram colocados
em comarcas do distrito judicial do Porto (comarcas de Vila Nova de Famalicão, Paços de Ferreira,
Caminha, Esposende, Barcelos, São João da Madeira, Maia, Ponte de Lima, Vila do Conde, Valongo,
Matosinhos e Oliveira de Azeméis).
Doze Auditores de Justiça (7 da via académica e 5 da via profissional) foram colocados em
comarcas do distrito judicial de Coimbra (comarcas de Torres Novas, Pombal, Figueira da Foz,
Cantanhede, Covilhã, Baixo Vouga-Anadia, Baixo Vouga-Ílhavo e Tondela).
Treze Auditores de Justiça (10 da via académica e 3 da via profissional) foram colocados em
comarcas do distrito judicial de Lisboa (comarcas de Vila Franca de Xira, Seixal, Caldas da Rainha,
Oeiras, Loures, Sintra, Peniche, Rio Maior, Barreiro, Mafra e Almada).
E doze Auditores de Justiça (7 da via académica e 5 da via profissional) foram colocados em
comarcas do distrito judicial de Évora (comarcas de Silves, Santarém, Beja, Portimão, Elvas, Setúbal,
Portalegre, Santiago do Cacém e Faro).
Além disso, a partir de 5 de Julho de 2010, e sem que tal actividade formativa constasse do
Plano de Actividades para o ano de 2009/2010, iniciou-se o 2º Ciclo de actividades da fase teórico-
-prática para cinquenta e cinco Auditores de Justiça do Curso Especial do Ministério Público e oito
Auditores de Justiça Cooperantes da República de Angola, o que implicou a selecção, mobilização e
duplicação de novos recursos formativos.
Procedimento que acarretou um acréscimo de trabalho para todos os agentes envolvidos no
processo de formação e exigiu uma conjugação de esforços, quer da parte da Direcção, quer dos
respectivos Coordenadores e Formadores para ministrar a estes auditores a formação teórico-prática
nos Tribunais num período particularmente difícil, que abrangeu os meses de Julho a Outubro e
decorreu, inclusivamente, durante as férias judiciais.
Salienta-se que só com o empenhamento e profissionalismo de todos os intervenientes foi
possível concluir, com sucesso, essa tarefa.
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59
2.2. O 2º Ciclo de formação teórico-prática teve como finalidade conferir ao Auditor de Justiça
maior proximidade e consciência das diversas actuações inerentes à Magistratura, através da
elaboração de projectos de peças processuais, intervenção em actos preparatórios do processo,
coadjuvação do formador nas tarefas de direcção e instrução do processo e assistência às diversas
diligências processuais.
Em regra, cada formador assegurou a formação de um Auditor de Justiça e de um procurador-
adjunto em regime de estágio.
No decurso de todas as actividades formativas junto dos Tribunais, os Auditores de Justiça
foram, em permanência, acompanhados e assistidos pelos formadores previamente designados pelo
Conselho Superior do Ministério Público, sempre sob coordenação dos Coordenadores Distritais dos
Núcleos Distritais do CEJ para a área do Ministério Público e a supervisão do Director-Adjunto
respectivo (artigos 51º, nº 1, e 52º, nº 1, ambos da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro).
Para tal efeito, realizaram-se várias reuniões entre o Director-Adjunto e os Coordenadores
Distritais.
Procedeu-se, por essa via, à avaliação, concepção, planificação e realização de todas as
actividades formativas, nelas se incluindo um conjunto de visitas, intervenções e contactos com as
mais diversas entidades e instituições de algum modo relacionadas com a futura actividade de
Magistrados que foram levadas a efeito na área de cada comarca.
Destacam-se, nesse particular, visitas e contactos formativos efectuados a Conservatórias,
Cartórios Notariais, Estabelecimentos Prisionais, Direcção-Geral de Reinserção Social, Órgãos de
Polícia Criminal, Instituições de Segurança Social, Laboratório de Polícia Científica e Instituto Nacional
de Medicina Legal, através das respectivas delegações ou mesmo dos Gabinetes Médico-Legais.
A metodologia adoptada e seguida para acompanhamento e avaliação do desempenho dos
Auditores de Justiça voltou a consistir na consubstanciação da ideia de grande proximidade entre
Auditores de Justiça, Formadores e Coordenadores Distritais, traduzidas em visitas regulares e
frequentes às comarcas de formação, em princípio de periodicidade mensal, apesar de haver situações
que reclamaram um programa de visitas mais apertado.
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60
Tais visitas de trabalho foram aproveitadas para trocas de impressões, informações gerais e
particulares, discussão de trabalhos escritos realizados pelos Auditores de Justiça e para recolha de
trabalhos escritos executados.
Aliás, uma das tarefas mais relevantes e absorventes da estrutura de estágio protagonizada
pelos Coordenadores Distritais consiste precisamente nas visitas ou reuniões de trabalho,
acompanhamento, orientação e coordenação das actividades de formação levadas a efeito nas
comarcas.
As visitas ou reuniões de trabalho são efectuadas com um propósito múltiplo: o de avaliar,
analisar e discutir em profundidade todos os trabalhos realizados e constantes do dossier de estágio,
de providenciar pela integração e adaptação dos Auditores de Justiça e de aferir da sua relação com o
meio judiciário em ambiente real, bem como do seu posicionamento e das suas reacções face aos
problemas colocados.
Os Coordenadores Distritais aproveitam também as referidas visitas para indagar e interpelar
os Formadores acerca da evolução do desempenho dos Auditores de Justiça e tentar, em diálogo com
os mesmos, aperceberem-se de circunstâncias relevantes para a correcta compreensão e avaliação do
desempenho.
Nos períodos intercalares e no fim de cada Ciclo formativo, os Coordenadores Distritais e os
Formadores reuniram com o respectivo Director-Adjunto, com ele discutindo todos os assuntos e
facultando-lhe todas as informações, orais e escritas, relacionadas com a formação e imprescindíveis à
organização e avaliação.
O Director-Adjunto para a Magistratura do Ministério Público realizou reuniões com todos os
Formadores e Coordenadores Distritais, com vista a salientar a importância do papel do formador,
destacar os objectivos da formação e traçar as diferenças entre o 2º Ciclo da formação teórico-prática
para os Auditores de Justiça provenientes da via académica e para os oriundos da via profissional, face
à menor duração de permanência destes nos Tribunais nesta fase.
No mês de Novembro de 2009, foram prestadas as informações previstas no artigo 52º, nº 4,
do Regulamento do CEJ e tiveram lugar reuniões de avaliação intercalar dos quinze Auditores de
Justiça provenientes da via profissional, as quais contaram com a presença do Director-Adjunto desta
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61
área, Coordenadores Distritais e Formadores, após o que foram elaborados os respectivos relatórios
intercalares.
Posteriormente, no dia 23 de Fevereiro de 2010 para os Auditores de Justiça colocados nos
distritos Judiciais de Coimbra e Porto, nas instalações do núcleo do CEJ em Coimbra, e no dia 25 de
Fevereiro de 2010 para os Auditores de Justiça colocados nos distritos Judiciais de Évora e Lisboa, nas
instalações do CEJ em Lisboa, realizaram-se reuniões de avaliação final dos mesmos Auditores de
Justiça provenientes da via profissional, as quais contaram igualmente com a presença do Director-
Adjunto, Coordenadores Distritais e Formadores.
Seguidamente, o Director-Adjunto reuniu com os Coordenadores Distritais para uma
apreciação global das informações intercalares sobre os Auditores, visando a harmonização dos
critérios de avaliação.
No que concerne aos Auditores de Justiça oriundos da via académica, as informações e os
relatórios intercalares foram apresentados no mês de Janeiro de 2010.
Por seu turno, as reuniões de avaliação final dos Auditores de Justiça oriundos da via
académica decorreram em Junho de 2010 e contaram com a presença do Director-Adjunto,
Coordenadores Distritais e Formadores.
Essas reuniões tiveram lugar em 18 de Junho de 2010 relativamente aos Auditores de Justiça
colocados no distrito judicial de Évora, na cidade de Beja; em 21 de Junho de 2010 relativamente aos
Auditores de Justiça colocados no distrito judicial de Lisboa, nas instalações do CEJ; em 23 de Junho
de 2010 para os Auditores de Justiça colocados no distrito judicial do Porto, no Tribunal de Matosinhos;
e, finalmente, no dia 24 de Junho de 2010 para os Auditores de Justiça colocados no distrito judicial de
Coimbra, nas instalações do respectivo núcleo distrital.
No dia 28 de Junho de 2010, o Director-Adjunto reuniu com os Coordenadores Distritais para
uma apreciação global das informações sobre os Auditores oriundos da via académica, visando a
harmonização dos critérios de avaliação.
2.3. Como previsto no nº 2 do artigo 51º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro e no Plano de
Actividades para o ano 2009/2010, os Auditores de Justiça oriundos da via académica realizaram
estágios de curta duração junto de entidades e instituições não judiciárias conexas com actividade
relevante para o exercício da Magistratura do Ministério Público.
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Atendendo ao curto período formativo, o Conselho Pedagógico deliberou dispensar os
Auditores de Justiça provenientes da via profissional da frequência de estágios de curta duração.
Os estágios de curta duração decorreram entre 8 e 26 de Março de 2010, sob a orientação dos
Coordenadores Distritais e a coordenação do Director-Adjunto, e cada Auditor de Justiça, tendo em
conta os objectivos e as orientações constantes do Plano de Actividades, frequentou as seguintes três
áreas:
a) Órgãos de Polícia Criminal (OPC), e neste particular, foram mantidos contactos
formativos, nomeadamente com a PJ, PSP, GNR, SEF, ASAE e Autoridade Marítima.
b) Entidades de apoio à aplicação de penas e medidas, sendo que neste particular foram
mantidos contactos formativos com a Direcção-Geral de Reinserção Social e com
diversos estabelecimentos prisionais.
c) Vertente do crime económico, sendo que neste particular foram mantidos contactos
formativos com diversas Direcções Distritais de Finanças (em especial com os
respectivos Núcleos de Investigação Criminal).
2.4. Durante o 2º Ciclo de formação teórico-prática realizaram-se diversas acções específicas
de formação e visitas formativas destinadas aos Auditores de Justiça do XXVII Curso Normal,
designadamente as seguintes:
▪ Acção de formação subordinada ao tema «O relacionamento do Ministério Público com
os Órgãos de Polícia Criminal», levada a efeito no dia 1 de Março de 2010, na
Directoria da Polícia Judiciária de Faro, pelo Núcleo Distrital de Évora.
▪ Acção de formação subordinada ao tema «A investigação criminal da criminalidade
fiscal», realizada no dia 18 de Março de 2010, nas instalações da Direcção Distrital de
Finanças de Santarém, pelo Núcleo Distrital de Évora.
▪ Reunião de apresentação de trabalhos elaborados pelos Auditores de Justiça, que
teve lugar no dia 31 de Maio de 2010, em Setúbal, pelo Núcleo Distrital de Évora,
sendo que foram tratados os temas do «Confisco penal com base na inversão do ónus
da prova»; «Videovigilância: Admissibilidade da prova em processo penal»; «Violência
na terceira idade»; «Violência doméstica, ainda que sem coabitação»; «A suspensão
provisória no processo abreviado»; «videovigilância»; e a «Violência doméstica».
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63
▪ Reunião de trocas de experiências entre os Auditores de Justiça e com participação de
um Exmo. Inspector do Ministério Público, levada a efeito no dia 9 de Julho de 2010,
nas instalações do DIAP de Évora, pelo Núcleo Distrital de Évora.
▪ Acção de formação subordinada ao tema «A Violência Doméstica – Enquadramento
Sociológico e Jurídico», realizada no dia 17 de Dezembro de 2009, pelo Núcleo
Distrital de Coimbra.
▪ Acção de formação subordinada ao tema «A Actividade da Delegação Regional do
Centro da Direcção-Geral de Reinserção Social como Órgão de Assessoria Técnica
aos Tribunais», que teve lugar no dia 6 de Maio de 2010, pelo Núcleo Distrital de
Coimbra.
▪ Acção de formação subordinada ao tema «Para lá dos Muros – um olhar prático do
actual Direito Penitenciário», levada a efeito no dia 12 de Maio de 2010, pelo Núcleo
Distrital de Coimbra.
▪ Visita de contacto formativo ao Instituto de Medicina Legal, organizada no dia 8 de
Junho de 2010, pelo Núcleo Distrital de Coimbra.
▪ Visita de Contacto Formativo às instalações da Delegação do Norte da DGRS, no dia
13 de Março de 2010, subordinada ao tema «Atribuições e Intervenções da Direcção
Geral de Reinserção Social», realizada pelo Núcleo Distrital do Porto.
▪ Visita de Contacto Formativo à Directoria da Polícia Judiciária do Porto, no dia 7 de
Junho de 2010, organizada pelo Núcleo Distrital do Porto.
2.5. Uma vez completado o 2º Ciclo, o Conselho Pedagógico procedeu à avaliação do
aproveitamento e adequação dos quinze Auditores de Justiça do XXVII Curso Normal de Formação de
Magistrados, oriundos da via profissional, com base na análise dos elementos colhidos, relatórios
elaborados e respostas dos Auditores de Justiça, tendo em consideração os parâmetros de avaliação
constantes do Regulamento Interno do Centro de Estudos Judiciários.
Em reunião realizada em 12 de Abril de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente
as propostas de notação positiva dos quinze Auditores de Justiça oriundos da via profissional, os quais
considerou habilitados a frequentar a fase de estágio.
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As classificações no 2º Ciclo desses Auditores de Justiça situaram-se dentro dos seguintes
escalões:
▪ Três Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;
▪ Nove Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;
▪ Dois Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 12 e 13 valores;
▪ Uma Auditora de justiça obteve classificação final entre 11 e 12 valores.
Por seu turno, em 16 de Julho de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente as
propostas de notação positiva dos Auditores de Justiça oriundos da via académica, os quais
considerou habilitados a frequentar a fase de estágio.
As classificações no Segundo Ciclo dos Auditores de Justiça, então avaliados, situaram-se
dentro dos seguintes escalões:
▪ Vinte Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;
▪ Catorze Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;
▪ Um Auditor obteve classificação final entre 12 e 13 valores.
Secção 2
Fase de Estágio dos XXVI e XXVII Cursos Normais de Formação de Magistrados
Subsecção 1
Magistratura Judicial
1.1. No período considerado no presente relatório, foram nomeados pelo Conselho Superior da
Magistratura quarenta e oito Juízes em regime de estágio do XXVI Curso Normal, o último regido pela
Lei nº 16/98, de 8/4, e dez Juízes em regime de estágio do XXVII Curso Normal, oriundos da via
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65
profissional, estes regidos pelo modelo de formação instituído pela Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro,
tudo indicando que se concretizaram os objectivos definidos em ambos os ordenamentos.
Dando cumprimento ao Plano de Actividades aprovado, definiram-se orientações gerais sobre
o método de formação, acolhendo-se as sugestões pertinentes dos formadores e as indicações do
Conselho Superior da Magistratura.
De acordo com o disposto no artigo 70º, nº 3, da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, o estágio dos
Juízes do XXVII Curso Normal oriundos da via profissional decorreu de acordo com planos individuais
elaborados pelos Coordenadores respectivos, os quais mereceram parecer favorável do Conselho
Pedagógico e foram homologados pelo Conselho Superior da Magistratura.
Nos contactos com os formadores, os Directores Adjuntos para a Magistratura Judicial que
exerceram funções no período considerado e os respectivos Coordenadores têm vincado o carácter
fundamental da formação nos Tribunais no processo de construção do futuro juiz e salientado que
neste processo assume papel insubstituível o Juiz Formador, em particular na interiorização da
essencialidade dos princípios da independência e imparcialidade do julgador.
Em Julho de 2010, em cumprimento do disposto no artigo 41º do Regulamento do CEJ, foi
prestada informação ao Conselho Superior da Magistratura relativamente à adequação e
aproveitamento dos Juízes em regime de estágio provenientes do XXVI Curso Normal.
Todos os Juízes em regime de estágio provenientes do XXVI Curso Normal vieram a ser
nomeados Juízes de Direito efectivos, com efeitos a partir de 15 de Julho de 2010.
1.2. No âmbito da fase de estágio realizaram-se as seguintes acções específicas de formação
destinadas aos Juízes de Direito em regime de estágio:
� Acção de formação realizada no dia 27 de Maio de 2010, em Lisboa, abrangendo os
Juízes em regime de estágio colocados nos distritos Judiciais de Lisboa e Évora, com
intervenções sobre os seguintes temas:
- «Apreciação da prova em processo civil», a cargo do Sr. Juiz de Direito
Aristides Rodrigues de Almeida;
- «Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção», proferida
pelo Sr. Juiz de Direito Luciano Carvalho.
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� Acção de formação realizada no dia 28 de Maio de 2010 em Aveiro, abrangendo os
Juízes em regime de estágio colocados nos distritos Judiciais de Coimbra e Porto, com
intervenções sobre os seguintes temas:
- «Apreciação da prova em processo civil», a cargo do Sr. Juiz de Direito
Aristides Rodrigues de Almeida;
- «Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção», a cargo do
Sr. Juiz de Direito António da Costa Gomes.
� Acção de formação realizada no dia 2 de Julho de 2010, no Tribunal da Relação de
Lisboa, com a presença do Sr. Juiz Conselheiro Noronha do Nascimento, Presidente
do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura, na qual foram
abordados os seguintes temas:
- «Inspecções Judiciais: Desempenho e avaliação», com intervenção a cargo do
Juiz Conselheiro José Cunha Barbosa;
- «Gerações em diálogo: outras experiências», com intervenção das Srªs Juízas
de Direito Cátia Raquel Santos e Ana Sofia Peixeiro, ambas do XXV Curso
Normal.
� Acção de formação realizada no dia 9 de Julho de 2010, no Tribunal da Relação de
Coimbra, com a presença do Sr. Juiz Conselheiro Bravo Serra, Vice-Presidente do
Conselho Superior da Magistratura, na qual foram abordados os seguintes temas:
- Inspecções Judiciais: Desempenho e avaliação, com intervenção a cargo do
Sr. Juiz Conselheiro José Cunha Barbosa;
- Gerações em diálogo: outras experiências, com intervenção das Juízas de
Direito Cláudia Regina de Jesus e Rosa Inês Figueiredo, ambas do XXV Curso
Normal.
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67
Subsecção 2
Magistratura do Ministério Público
No período considerado no presente relatório, e por despacho do Exmo. Senhor Conselheiro
Vice-Procurador-Geral da República de 4 de Agosto de 2009, publicado no DR, 2ª Série, n.º 158, de 17
de Agosto de 2009, foram nomeados quarenta e seis procuradores-adjuntos em regime de estágio
provenientes do XXVI Curso Normal, o último regido pela Lei nº 16/98, de 8 de Abril.
E coincidindo parcialmente com o período considerado neste relatório, e com efeitos a 1 de
Março de 2010, conforme despacho da mesma entidade, de 26 de Abril de 2010, publicado no DR 2.º
Série, n.º 88, de 6 de Maio de 2010, foram nomeados quinze procuradores-adjuntos em regime de
estágio provenientes do XXVII Curso Normal de Formação de Magistrados, oriundos da via
profissional, estágio esse regido pelo modelo de formação instituído pela Lei nº 2/2008, de 14 de
Janeiro, e que terminará em finais de Fevereiro de 2011.
Além disso, e com efeitos reportados ao dia 5 de Julho de 2010, foram nomeados sete
procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do Curso Especial do Ministério Público e
que finalizarão o estágio em finais de Fevereiro de 2011.
Porém, e no que concerne à fase de estágio dos XXVI e XXVII Cursos Normais, e dando
cumprimento ao Plano de Actividades para o ano 2009/2010, definiram-se, desde logo, orientações
gerais sobre o método de formação, acolhendo as sugestões pertinentes dos formadores e as
indicações do Conselho Superior do Ministério Público.
Assim, a actividade formativa dos procuradores-adjuntos em regime de estágio decorreu de
modo a que fossem adquiridos quadros estruturais e orgânicos que facilitassem a integração na vida
activa profissional.
Daí que os Procuradores-Adjuntos em regime de estágio tivessem participado em visitas de
estudo e de trabalho com instituições da mais diversa natureza, mas relacionadas com a actividade
judiciária, visitas essas que foram organizadas quer pelos Coordenadores Distritais, quer pelos próprios
formadores.
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Relatório de Actividades 2009/2010
68
Beneficiaram, ainda, como participantes directos, nuns casos, e como meros assistentes,
noutros, de algumas actividades levadas a efeito nos Núcleos Distritais do Centro de Estudos
Judiciários, nomeadamente em acções de formação destinadas ao 2º Ciclo. Actividades formativas que
contribuíram para a complementaridade e elevação da qualidade dessa formação.
Por outro lado, e de acordo com o disposto no artigo 70º, nº 3, da Lei nº 2/2008, de 14 de
Janeiro, o estágio dos quinze procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do XXVII
Curso Normal de Formação de Magistrados, oriundos da via profissional, tem decorrido de acordo com
Planos Individuais de Estágio (PIE) elaborados pelos respectivos Coordenadores Distritais, os quais
mereceram parecer favorável do Conselho Pedagógico e foram homologados pelo Conselho Superior
do Ministério Público.
Em Julho de 2010, em cumprimento do disposto no artigo 61.º do Regulamento do CEJ, foi
prestada informação final ao Conselho Superior do Ministério Público relativamente à idoneidade,
mérito e desempenho dos procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do XXVI Curso
Normal de Formação de Magistrados.
Todos os procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do XXVI Curso Normal de
Formação de Magistrados foram nomeados procuradores-adjuntos efectivos, pela Deliberação n.º
1545/2010 do Conselho Superior do Ministério Público, de 14 de Julho de 2010, publicada no DR, 2ª
Série, n.º 170, de 1 de Setembro de 2010.
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69
Capítulo II
Formação Formação Formação Formação ComplementarComplementarComplementarComplementar
Secção 1
Objectivos
Nesta área, pretende-se proporcionar aos Magistrados colocados em regime de efectividade
nos dois últimos anos:
a) O intercâmbio das diversas experiências individuais numa perspectiva de
valorização profissional;
b) A reflexão teórico-prática sobre os dados recolhidos através das diversas
experiências com vista a uma maior definição, aperfeiçoamento e harmonização
de critérios no exercício da função;
c) O estudo de áreas especializadas do direito.
Secção 2
Magistratura Judicial
No domínio da formação complementar prevista nos artigos 74º e 75 da Lei nº 16/98 (ainda em
vigor para os concursos anteriores), de 8 de Abril, conjugados com o artigo 42º do respectivo
Regulamento Interno, realizou-se a seguinte acção de formação complementar destinada a
Magistrados Judiciais dos XXIII e XXIV Cursos Normais:
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70
� Acção de formação realizada em 20 de Novembro de 2009 no auditório do Centro de
Estudos Judiciários, na qual foram abordados os seguintes temas:
- «Do crédito ao consumo ao crédito aos consumidores», com intervenção do
Sr. Professor Doutor Fernando Gravato Morais;
- «A defesa colectiva dos Consumidores», com intervenção do Sr. Procurador
Adjunto Dr. Rui Batista;
- «Locação financeira, factoring e renting», com intervenção do Sr. Professor
Doutor Diogo Leite Campos, do Sr. Dr. Pedro Montenegro Martins (Advogado)
e da Sra. Dra. Conceição Soares Fatela (advogada).
Secção 3
Magistratura do Ministério Público
No domínio da formação complementar, e seguindo as orientações constantes do Plano de
Actividades para o ano de 2009/2010, no dia 8 de Julho de 2010, nas instalações do Centro de Estudos
Judiciários, realizou-se a segunda e última Acção de Formação Complementar destinada aos
Procuradores-Adjuntos provenientes do XXIV Curso Normal de Formação de Magistrados, subordinada
ao tema «Instrumentos Internacionais e Comunitários Relevantes em Matéria do Direito da Família e
das Crianças».
Em contrapartida, a primeira Acção de Formação Complementar destinada aos procuradores-
adjuntos provenientes do XXV Curso Normal de Formação de Magistrados e constante do Plano de
Actividades para o ano 2009/2010 e subordinada ao tema «Crime de corrupção; Criminalidade
financeira; Recuperação de activos, perda de bens e produtos do crime», não foi realizada, na medida
em que não foi possível disponibilizar os recursos necessários que uma acção desta natureza envolve,
até finais do mês de Julho de 2010, por dificuldades orçamentais.
Salienta-se que foi a única acção que não se concretizou nessa data, tendo sido relegada a
sua realização para data posterior, situada entre Setembro a Dezembro de 2010.
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Capítulo III
Formação Formação Formação Formação ContínuaContínuaContínuaContínua
Secção 1
Acções de Formação previstas no Plano Anual
Subsecção 1
Acções de formação de Tipo A (Acções de Formação de Curta Duração)
Em execução do Plano Anual de Formação Contínua aprovado para 2009/2010, foram
realizadas as seguintes acções de formação estruturadas segundo um programa para um único dia:
1. Propriedade Intelectual, Direitos de Autor e Direitos Conexos
Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários
Data: 13 de Novembro de 2009
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Efectuar o balanço da vigência na ordem jurídica interna da Lei nº 16/2008, de 1
de Abril, que transpôs a Directiva Comunitária 2004/48/CE do Parlamento Europeu
e do Conselho, e sensibilizar Magistrados e Advogados acerca do relevo prático
das soluções consagradas, partindo de casos decididos nos Tribunais
Portugueses.
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O Programa abordou os seguintes temas: As Providências cautelares; Novas e velhas figuras:
arresto, medidas de preservação da prova e obrigação de prestar informações; Indemnização;
Conclusões sobre o primeiro ano de vigência da Lei 16/2008, de 1 de Abril, na jurisprudência
portuguesa.
2. O Novo Regime da Acção Executiva
Local: Porto – Auditório da Universidade Portucalense Infante D. Henrique
Data: 27 de Novembro de 2009
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Analisar e fazer o balanço das sucessivas alterações ao regime da acção executiva,
sensibilizando os participantes para o regime em vigor, focando em especial a
intervenção do Juiz e o papel dos agentes de execução, bem como os aspectos
processuais e substantivos relativos à oposição à execução e à penhora.
O Programa abordou os seguintes temas: As linhas fundamentais da acção executiva; A
jurisprudência dos Tribunais Superiores no âmbito do processo de execução, em especial em
matéria de oposição à execução e concurso de credores; O papel do Juiz no processo de
execução; O papel do agente de execução no processo de execução, em especial nas fases
da penhora, venda e pagamento.
3. O Processo de Insolvência e suas Incidências
Local: Coimbra – Auditório da Instituto Português da Juventude
Data: 11 de Dezembro de 2009
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
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73
Objectivos: Abordagem dos aspectos mais relevantes no domínio dos efeitos da insolvência
sobre os créditos e sobre os negócios em curso; análise de questões que se
suscitam no âmbito da assembleia de credores, do plano de insolvência com a
finalidade de recuperação ou de saneamento por transmissão da empresa, da
administração e liquidação da massa insolvente e no regime da insolvência das
pessoas singulares; transmissão de uma visão sistemática do Regulamento (CE) nº
1346/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo ao processo de
insolvência.
O Programa abordou os seguintes temas: Órgãos da insolvência, assembleia de credores e
plano de insolvência; O incidente de qualificação da insolvência e sua tramitação; Efeitos da
declaração de insolvência sobre os créditos; A insolvência com efeitos transfronteiriços – o
Regulamento (CE) 1346/2000 do Conselho, de 29/5/2000.
4. Instrumentos Internacionais e Comunitários em Matéria de Direito da Família e das
Crianças e Jovens
Local: Porto – Auditório da Escola de Direito da Universidade Católica Portuguesa
Data: 7 de Janeiro de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Dotar os participantes dos conhecimentos que lhes permitam fazer uso dos
instrumentos comunitários e internacionais mais relevantes nesta área; e sobre os
mecanismos de cooperação judiciária internacional, competência judiciária
internacional, regras de conflito de normas, reconhecimento e execução de
sentenças estrangeiras, assim como sobre aspectos civis do regime internacional de
execução e cobrança de alimentos no estrangeiro.
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O Programa abordou os seguintes temas: Os instrumentos comunitários (em especial, o
Regulamento (CE) 2201/2003 – Bruxelas II-bis); As Convenções de Haia e das Nações Unidas;
Responsabilidades parentais e deslocação ilícita de crianças para o estrangeiro: instrumentos
internacionais e intervenção dos Tribunais e Autoridades Centrais; Responsabilidades
parentais e violação da obrigação de alimentos: instrumentos internacionais e intervenção dos
Tribunais e Autoridades Centrais.
5. Novo Regime do Crédito aos Consumidores. Alguns Contratos Típicos
Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários
Data: 22 de Janeiro de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Reflexão sobre a prática judiciária em matéria de consumo, com incidência especial
no regime instituído pelo DL nº 133/2009, de 2 de Junho; análise dos principais tipos
de contratos de financiamento ao consumo e suas características diferenciais.
O Programa abordou os seguintes temas: Contratos de crédito aos consumidores (o novo
regime legal – DL nº 133/2009, de 2 de Junho); Contratos financeiros e protecção dos
consumidores; Alguns contratos típicos (contrato de locação financeira; contrato de renting);
Locação financeira, factoring e renting e as cláusulas contratuais gerais.
6. As Alterações ao Código do Trabalho e de Processo de Trabalho. Questões
Práticas – I e II
Local: Porto – Auditório da Escola de Direito da Universidade Católica; Leiria – Auditório da
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
Data: 11 de Fevereiro de 2010 e 23 de Abril de 2010
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Formato: Seminários com comunicação de vários oradores, seguido de debate.
Objectivos: Identificação e análise das questões de maior relevo suscitadas na prática
judiciária após um ano de vigência da revisão do Código do Trabalho; análise das
alterações (ou propostas de alteração) ao Código de Processo do Trabalho
impostas pela entrada em vigor do novo Código do Trabalho, nomeadamente no
que concerne à acção de impugnação de despedimento e suas consequências
práticas.
O Programa abordou os seguintes temas: Ilicitude do despedimento e seus efeitos; Contrato de
trabalho temporário; Perspectiva geral das alterações ao Código de Processo do Trabalho; A
nova acção de impugnação judicial da regularidade e ilicitude do despedimento.
7. Criminalidade Tributária
Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários
Data: 12 de Fevereiro de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Tratamento das especificidades dos tipos de crime na área fiscal, identificando e
tratando os aspectos técnicos e jurídicos da investigação e recolha de prova,
compreender os mecanismos subjacentes ao fenómeno da criminalidade fiscal,
como a fraude de carrossel de IVA, facturas falsas e outros, e analisar aspectos
referentes ao julgamento e à determinação da pena.
O Programa abordou os seguintes temas: Fraude intra-comunitária ao IVA: Fraude carrossel e
fraude na aquisição; A ressonância do bem jurídico no regime penal fiscal; Repercussões das
Leis do Orçamento nº 53-A/2006 e 64-A/2008 na criminalidade tributária.
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8. Regime Jurídico do Divórcio e Responsabilidades Parentais
Local: Coimbra – Auditório da Fundação Bissaya Barreto
Data: 25 de Fevereiro de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Análise e debate do novo regime do divórcio, bem como das questões relativas ao
exercício das responsabilidades parentais, antes e depois do divórcio dos
progenitores.
O Programa abordou os seguintes temas: O regime jurídico do divórcio; Uma visão judiciária do
novo regime do divórcio; O regime jurídico das responsabilidades parentais; As
responsabilidades parentais: reflexões sobre a aplicação judiciária do novo regime.
9. Corrupção e Criminalidade Financeira
Local: Lisboa – Centro de Estudos Judiciários; Porto – Auditório da Universidade Lusíada
Data: 5 de Março de 2010 e 21 de Maio de 2010
Formato: Seminários com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Análise do direito substantivo respeitante à problemática da corrupção e da perda
de bens em consequência da prática de crimes, assim como dos instrumentos
processuais específicos de investigação e das suas dificuldades, e de apreensão e
declaração de perdas de bens. Análise particular dos regimes da Lei nº 5/2002 e
da Lei nº 25/2009 e das condições da sua aplicação.
O Programa abordou os seguintes temas: O Conselho de Prevenção da Corrupção e a sua
missão. O regime de apreensão de bens e de declaração de perda do produto do crime. O
regime especial da Lei nº 5/2001; As leis de reconhecimento de decisões de apreensão de
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Relatório de Actividades 2009/2010
77
bens e de perda de produtos ou vantagens do crime (Lei nº 25/2009, de 5 de Junho, e Lei nº
88/2009, de 31 de Agosto); A rede Carin; A experiência Europeia dos Gabinetes de
Recuperação de Activos; Os crimes de corrupção com prejuízo do comércio internacional e
corrupção no sector privado (Lei nº 20/2008, de 23 de Abril); A investigação da corrupção em
Portugal: dificuldades práticas de investigação.
10. Regulamento das Custas Processuais
Local: Porto – Auditório da Fundação Eng. António de Almeida; Lisboa – Auditório do Centro de
Estudos Judiciários
Data: 19 de Março de 2010 e 18 de Junho de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Levantamento e análise de algumas das questões práticas mais relevantes no
domínio da aplicação do regime de custas e do apoio judiciário, no sentido de
encontrar os tipos de respostas e soluções mais adequadas.
O Programa abordou os seguintes temas: O novo regime das custas processuais:
Enquadramento e sistemática do Regulamento das Custas Judiciais. Questões práticas;
Pagamentos e cobranças no Novo Regulamento das Custas Processuais; A conta de custas no
Novo Regulamento das Custas Processuais; Sistema de gestão das custas processuais.
11. A Alteração do Objecto do Processo Penal (Casos Práticos)
Local: Braga – Anfiteatro da Universidade do Minho
Data: 7 de Maio de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
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Objectivos: Identificar e debater as questões surgidas na prática judiciária decorrentes da
alteração da redacção dos artigos 303º, 359º e 424º do Código de Processo Penal
introduzida pela Lei nº 48/2007, de 29 de Agosto.
O Programa abordou os seguintes temas: A alteração do objecto no processo penal; A
alteração dos factos na fase de instrução; A alteração dos factos na fase de julgamento; A
alteração dos factos na fase de recurso.
12. Justiça e Comunicação Social
Local: Lisboa – Auditório da Escola Superior de Comunicação Social
Data: 25 de Junho de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Proporcionar o encontro de ideias, a partilha de saberes e de experiências entre
Magistrados, Académicos das áreas das Ciências da Comunicação e Jornalistas,
potenciando uma efectiva aproximação entre o campo da justiça e o campo dos
media. Abordar, entre outras, a questão da liberdade de imprensa e da
independência e imparcialidade judicial, com referência à jurisprudência do
Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
O Programa abordou os seguintes temas: Mediatização da justiça e protecção de direitos
pessoais; Mediatização da justiça penal – os interesses da investigação e o direito à
informação; Como comunicar a justiça.
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13. Regime Jurídico das Relações Laborais na Administração Pública
Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários
Data: 12 de Julho de 2010
Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate
Objectivos: Proporcionar aos participantes a oportunidade de reflectir em conjunto sobre o
regime das relações laborais na Administração Pública e sobre o novo Estatuto
Disciplinar dos Funcionários Públicos, na perspectiva da aplicação judiciária.
O Programa abordou os seguintes temas: Intersecção entre o regime da função pública e o
regime laboral; Relações jurídicas de emprego público – quadro geral; A influência do direito da
União Europeia no emprego público; Os contratos de trabalho a termo e os contratos de
prestação de serviços.
Das acções de formação permanente do «Tipo A» constantes do Plano de Actividades para
2009/2010 apenas não se realizou a prevista e subordinada à temática do «Direito da Educação»,
nomeadamente os regimes das carreiras Docentes e prestação de serviço dos professores”, porquanto
se tornou impraticável a sua concretização no período que decorreu entre Abril a Julho, em paralelo e
em simultâneo com outras iniciativas e actividades em curso no CEJ
As acções de formação sobre Corrupção e Criminalidade Financeira e sobre o Regulamento
das Custas Judiciais foram repetidas noutros locais do país, devido ao grande número de inscritos que
não puderam participar na primeira acção de formação realizada.
No total, foram realizadas 16 acções de formação Tipo A no ano de 2009/2010.
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Subsecção 2
Acções de formação de Tipo B (Cursos Breves ou Temáticos)
1. Mercados, Produtos Financeiros e Supervisão
Local: Lisboa – Auditório da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários
Datas: 12, 19 e 26 de Fevereiro e 5 e 12 de Março de 2010
Formato: Curso Breve com doze horas de formação.
Objectivos: Proporcionar o conhecimento das regras de funcionamento dos mercados de
valores mobiliários e do papel da CMVM no âmbito da supervisão da legalidade
dos produtos financeiros e das operações dos agentes do mercado.
O Programa abordou os seguintes temas: Mercados, preços e práticas manipulatórias;
Sociedades cotadas, informação financeira e instrumentos de fraude; Produtos financeiros e
conflitos de interesses; Ilícitos e prova nas contra-ordenações contra o mercado; Desafios à
supervisão; Reguladores e autoridades judiciárias: autonomia e cooperação.
2. Regime Jurídico dos Principais Impostos
Local: Lisboa – Auditório da Direcção de Finanças de Lisboa
Datas: 17, 24 e 31 de Maio e 7 de Junho de 2010
Formato: Curso Temático dirigido preferencialmente aos Magistrados em funções nos
Tribunais Tributários.
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Objectivos: Aperfeiçoar o conhecimento dos participantes acerca do regime específico de
cada um dos principais impostos (IRS, IRC, IVA e IMT/IMI), dos princípios
que os regem e bases de incidência da tributação, com abordagem de casos
extraídos da prática judiciária.
O Programa abordou os seguintes temas: IRS (Incidência subjectiva: indivíduo e agregado
familiar; a união de facto; residência – a tributação dos não residentes/ Incidência objectiva –
análise das diferentes categorias de rendimento); IRC (Regime da transferência fiscal: as
sociedades de profissionais e as sociedades de simples administração de bens; Tributação de
sociedades irregulares; Tributação de pessoas colectivas não residentes; Os proveitos e as
variações patrimoniais positivas); IVA e RITI (Incidência objectiva; Incidência subjectiva;
Localização das operações; Facto gerador e exigibilidade do imposto; Isenções; Valor
tributável; Deduções; Operações com outros Estados Membros); IMI (Princípios estruturantes
da reforma da tributação do património; Entrada em vigor da reforma da tributação do
património: as disposições transitórias); IMT (Natureza, incidência objectiva e subjectiva do
imposto; Isenções; Facto gerador; Determinação do valor tributável; Taxas; Liquidação e
cobrança; Garantias).
3. Direito da Contabilidade. Contabilidade e Gestão
Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários
Datas: 7, 14 e 21 de Junho de 2010
Formato: Curso Breve com dezoito horas de formação.
Objectivos: Sensibilizar os participantes para a importância do conhecimento das regras
técnicas que presidem à contabilidade, da função desta, dos métodos
contabilísticos de registo de factos patrimoniais, dos conceitos de débito e
crédito, de custo e proveito, da importância da contabilidade nas sociedades
comerciais, da estrutura do balanço e da demonstração de resultados.
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O Programa abordou os seguintes temas: Fundamentos e conceito da contabilidade; Método
contabilístico; Normalização contabilística; Estudo das contas e sua ligação com as
demonstrações financeiras; Fecho de contas e demonstrações financeiras; Utilização da
informação contabilística; Análise das principais demonstrações financeiras e respectivos
anexos; Rácios/Indicadores financeiros; Responsabilidade no processo de elaboração,
apresentação e prestação de contas; A Auditoria no Tribunal de Contas; Análise do risco; A
análise da documentação de suporte.
4. Direito da Concorrência e Regulação Económica
Local: Porto – Universidade Portucalense Infante D. Henrique
Datas: 18 e 25 de Junho e 2 de Julho de 2010
Formato: Curso Temático organizado em colaboração com a Autoridade da
Concorrência.
Objectivos: Proporcionar o conhecimento das regras sobre análise económica, práticas
restritivas de concorrência, bem como sobre a regulação económica e o
papel da entidade reguladora, incluindo a vertente sancionatória.
O Programa abordou os seguintes temas: Direito da concorrência: introdução e enquadramento
institucional; O controlo das concentrações de empresas; As práticas restritivas da
concorrência; A litigância privada e a concorrência; A aplicação dos artigos 101º e 102º do
TFUE pelos Tribunais Portugueses; Os segredos de negócio, os direitos de defesa no processo
relativo a práticas proibidas e os direitos de audiência e de resposta no procedimento de
controlo das operações de concentração.
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5. Direito do Urbanismo e Ambiente
Local: Coimbra – Auditório do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados
Datas: 28 de Junho e 5 de Julho de 2010
Formato: Curso Breve com doze horas de formação, especialmente destinado aos
Magistrados em funções nos Tribunais Administrativos.
Objectivos: Dar aos participantes uma perspectiva da importância do direito do
urbanismo e do direito do ambiente na condução da Administração Pública,
proporcionando-lhes o conhecimento de conceitos e do quadro normativo,
necessários ao controlo judicial destas actividades.
O Programa abordou os seguintes temas: Direito Constitucional e Administrativo do Ambiente;
Servidões e restrições de utilidade pública; Direito dos solos e da construção; Impugnação de
norma regulamentar contida em instrumentos de gestão territorial; Regime jurídico da
urbanização, edificação e expropriações urbanas; O ordenamento do território e a
responsabilidade pelo sacrifício; O Procedimento de alteração de licença de operação
urbanística; Actos precários e actos provisórios no direito do urbanismo.
6. Inglês Jurídico
Local: Lisboa – Centro de Estudos Judiciários
Datas: Janeiro a Julho de 2010
Formato: Curso Breve de frequência limitada, organizado em pequenas turmas, com a
duração de oito semanas e duas sessões semanais.
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Objectivos: Proporcionar aos participantes o aperfeiçoamento das suas competências no
domínio da língua inglesa, apetrechando-os com vocabulário técnico-jurídico
comummente utilizado em áreas jurisdicionais.
O Programa abordou os seguintes temas: A terminologia essencial sobre as profissões
jurídicas; Os sistemas jurídicos inglês e português; O direito civil, o direito penal, o direito da
família e o direito do trabalho; As instâncias Judiciais, instituições e órgãos da União Europeia.
Subsecção 3
Acções de formação de Tipo C (Cursos de Especialização)
1. Temas de Execução de Penas
Local: Santarém – Auditório da Casa do Brasil
Datas: 20 e 27 de Novembro e 4 de Dezembro 2009
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes à generalidade das competências
dos Tribunais de Execução de Penas
O Programa abordou os seguintes temas: Competências dos Tribunais de Execução de Penas;
O cumprimento da pena de prisão; RAVI / RAVE; Adaptação à liberdade condicional; Os
pressupostos, o processo de concessão da liberdade condicional e a sua revogação;
Processos de segurança e de delinquentes inimputáveis perigosos; Liberdade para prova;
Processos de reabilitação e de indulto; Modificação de execução da pena em relação a
condenados afectados por doença terminal; Medidas disciplinares e recurso de medidas
disciplinares; Licenças de saída do estabelecimento prisional; Extinção da pena.
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2. Temas de Direito Penal e Processual Penal – I e II
Local: I – Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários
II – Porto – Universidade Portucalense Infante D. Henrique
Datas: 6, 13, 20 e 27 de Janeiro e 3 de Fevereiro de 2010 (Lisboa)
8, 15, 22 e 29 de Abril e 6 de Maio de 2010 (Porto)
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos sobre temas de actualidade da prática judiciária
em matéria de direito penal e processual penal.
O Programa abordou os seguintes temas: Provas e proibições de prova; Prova digital;
Nulidades de prova e nulidades processuais; Prova por ADN; Valoração da prova em
julgamento; prova digital; Psicologia do testemunho: factores que influenciam a memória; A
interferência das emoções no julgamento; Instrumentos de cooperação judiciária internacional;
Fundamentação de decisões condenatórias em matéria de critérios de escolha e determinação
da medida da pena; A jurisprudência do STJ sobre fundamentação e critérios da escolha e
medida da pena; As penas no caso de concurso de crimes; Penas e medidas de segurança.
3. Temas de Direito do Trabalho
Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários
Datas: 22 de Fevereiro, 1, 8, 15 e 22 de Março de 2010
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a questões de direito do trabalho
relevantes na prática judiciária.
O Programa abordou os seguintes temas: O regime jurídico da promoção e prevenção da
segurança e saúde no trabalho; Perspectiva geral do regime de reparação de acidentes de
trabalho; Conceito de acidentes de trabalho; Acidentes de trabalho in itinere; Acidentes de
trabalho causados por actuação culposa do empregador: enquadramento e responsabilidade; A
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Relatório de Actividades 2009/2010
86
avaliação do dano corporal e a nova Tabela Nacional de Incapacidades; Prestações por
incapacidade e por morte; Fases conciliatória e contenciosa do processo especial emergente
de acidentes de trabalho; Despedimento por facto imputável ao trabalhador: o despedimento
irregular; O contrato de trabalho a termo; Qualificação do contrato de trabalho e presunção de
laboralidade; Cessação do contrato de trabalho por iniciativa do trabalhador; Despedimento
colectivo e despedimento por extinção de posto de trabalho; Perspectiva geral das alterações
ao Código de Processo do Trabalho; Ilicitude do despedimento e seus efeitos; A nova acção de
impugnação judicial da regularidade e licitude do despedimento; A Autoridade para as
Condições do Trabalho: enquadramento e actuação; O regime geral das contra-ordenações
laborais; As contra-ordenações no âmbito da actividade da construção civil; O novo regime do
procedimento aplicável às contra-ordenações laborais.
4. Temas de Direito Civil
Local: Porto – Universidade Portucalense Infante D. Henrique
Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários
Datas: Porto – 23 de Fevereiro, 2, 9,16 e 23 de Março de 2010
Lisboa – 7, 14, 21 e 28 de Abril e 5 de Maio de 2010
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a temas de direito civil e
processual civil.
O Programa abordou os seguintes grandes temas: Questões actuais de avaliação do dano
corporal em Portugal e na Europa; O novo regime jurídico dos seguros em geral – o conceito
de indemnização razoável; Principais Instrumentos Comunitários em matéria de direito civil e
processual civil.
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5. Temas de Investigação Criminal
Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários
Datas: 24 de Fevereiro, 3, 10, 17 e 24 de Março de 2010
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a aspectos essenciais e actuais da
investigação criminal
O programa abordou os seguintes grandes temas: Investigação criminal e direcção do
inquérito; Recolha da prova e perícias técnico-científicas; Investigação em áreas específicas da
criminalidade (detenção ilegal de arma de fogo; crime de incêndio; crimes informáticos e
cometidos com recurso à informática; crimes contra a liberdade e a autodeterminação sexual;
violência doméstica, contra idosos e no meio escolar; crimes contra a humanidade; tráfico de
pessoas; criminalidade económico-financeira; criminalidade tributária).
6. Grandes Temas do Direito da Família e das Crianças
Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários
Datas: 6, 13, 20 e 27 de Abril e 4 de Maio de 2010
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes às principais temáticas do direito
da família e das crianças.
O Programa abordou os seguintes temas: O sistema de protecção de crianças e jovens em
perigo; Intervenção tutelar educativa; O novo regime jurídico do divórcio e das
responsabilidades parentais; Mediação e direito da família; “Alienação parental” – impacto
judiciário no contexto das responsabilidades parentais; Providências tutelares cíveis; Avaliação
psicológica no âmbito do Direito da Família e das Crianças; Violência no meio escolar;
Instrumentos internacionais de relevo no âmbito do Direito da Família e das Crianças; O
princípio do interesse superior da criança; Abusos sexuais de crianças; As crianças, os direitos
e a participação.
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7. Temas da Jurisdição dos Tribunais de Comércio
Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários
Datas: 3, 10, 17, 24 e 31 de Maio de 2010
Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a temas da jurisdição dos
Tribunais de Comércio.
O Programa abordou os seguintes grandes temas: Processo de insolvência; Direito das
sociedades comerciais; Direito da Propriedade Industrial; Direitos de Autor.
Subsecção 2
Inscrições e participantes (número)
O número de inscrições e de participantes em cada uma destas acções de formação, por
situação profissional, encontra-se no mapa que se segue.
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Inscrições e Presenças nas Acções de Formação Tipo A
Magistratura Judicial
Magistratura do Ministério Público
Outros Profissionais Acção de Formação
Data de realização
Total de Inscritos
Total de Presentes Inscrições Presenças Inscrições Presenças Inscrições Presenças
1. Propriedade intelectual, direitos de autor e direitos conexos 13-11-2009 521 233 146 95 181 45 194 93
2. O novo regime da acção executiva 27-11-2009 723 335 320 158 211 83 192 94
3. O processo de insolvência e seus incidentes 11-12-2009 484 242 217 135 139 70 128 37
4. Instrumentos internacionais – Direito da família e das crianças 07-01-2010 305 168 111 70 109 72 85 26
5. Novo regime de crédito aos consumidores 22-01-2010 577 300 298 191 42 31 237 78
6. Criminalidade Tributária 12-02-2010 882 447 265 144 325 195 292 108
7. Alterações ao Código do Trabalho (casos práticos I) 11-02-2010 210 94 49 40 35 28 126 26
8. Divórcio e responsabilidades parentais 25-02-2010 367 191 163 113 73 47 131 31
9. Corrupção e criminalidade financeira 05-03-2010 487 327 138 107 245 177 104 43
10. Regulamento das custas processuais 19-03-2010 673 490 419 325 186 157 68 8
11. Alterações ao Código do Trabalho (casos práticos II) 23-04-2010 148 48 21 14 21 12 106 22
12. Alteração ao objecto do processo penal (casos práticos) 07-05-2010 491 262 220 122 199 132 72 8
13. Corrupção e crimes financeiros; recuperação de activos 21-05-2010 318 114 46 16 109 88 163 10
14. Regulamento das custas processuais 18-06-2010 178 110 99 67 44 31 35 12
15. Justiça, Comunicação e Media 25-06-2010 337 81 73 27 85 38 179 16
16. Relações laborais na AP 12-07-2010 459 163 80 29 60 28 319 106
90
Inscrições e Presenças nos Cursos Breves Tipo B
Magistratura Judicial
Magistratura do Ministério Público
Outros Profissionais Acção de Formação
Data de realização Total de Inscritos
Total de Presentes Inscrições Presenças Inscrições Presenças Inscrições Presenças
1. Mercados, produtos financeiros e supervisão 12,19,26 Fev/2010 5,12 Mar/2010
64 43 32 19 32 24 --- ---
2. Regime jurídico dos principais impostos 17,24,31 Maio/2010 7 Junho/2010
136 84 79 45 30 21 27 18
3. Direito da concorrência e regulação económica 18,25 Junho/2010 2 Julho/2010
204 77 125 56 31 16 48 5
4. Direito da contabilidade 14,21,25 Junho/2010 206 84 78 42 30 25 98 17
5. Direito do urbanismo e ambiente 28 de Junho e5 de
Julho 2010 121 50 71 22 38 23 12 5
6. Inglês jurídico Jan-Jul2010 179 32 41 16 33 12 105 17
91
Inscrições e Presenças nos Cursos de Especialização Tipo C
Magistratura Judicial
Magistratura do Ministério Público
Outros Profissionais Acção de Formação
Data de realização Total de Inscritos
Total de Presentes Inscrições Presenças Inscrições Presenças Inscrições Presenças
1. Temas de Execução de Penas 20,27 Nov-4 Dez
2009 86 45 31 19 52 23 3 3
2. Temas de Direito Penal (Lisboa) 6,13,20,27 Jan-3 Fev
2010 69 58 37 33 32 25 --- ---
3. Temas de Direito do Trabalho 22 Fev-1,8,15,22 Março 2010
65 62 33 32 31 29 1 1
4. Temas de Direito Civil (Porto) 23 Fev-2,9,16,23 Março 2010
73 65 42 41 31 24 --- ---
5. Temas de Investigação Criminal 24 Fev-3,10,17,24 Março 2010
62 56 --- --- 62 56 --- ---
6. Temas de Direito da Família e Menores 6,13,20,27 Abril-4 Maio 2010
62 62 30 30 30 30 2 2
7. Temas de Direito Civil (Lisboa) 7,14,21,28 Abril-5 Maio 2010
107 85 74 60 33 25 --- ---
8. Temas de Direito Penal (Porto) 8,15,22,29 Abril-6 Maio 2010
66 60 33 28 33 32 --- ---
9. Temas da Jurisdição dos Tribunais de Comércio 3,10,17,24,31 Maio
2010 66 45 51 34 15 11 --- ---
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
92
Capítulo IV
Actividades no domínio das Relações InternacionaisActividades no domínio das Relações InternacionaisActividades no domínio das Relações InternacionaisActividades no domínio das Relações Internacionais
1. O Departamento de Relações Internacionais (DRI) constitui de acordo com o disposto na
Portaria n.º 965/2008, de 29 de Agosto, uma unidade orgânica nuclear do Centro de Estudos
Judiciários, sendo ali definida, genericamente, como a unidade responsável pelo planeamento,
informação, coordenação, acompanhamento e apoio técnico das actividades que se inscrevam na
missão do CEJ no âmbito das relações internacionais ou de actividades no estrangeiro, incumbindo-lhe
em especial:
a) O acompanhamento e dinamização das relações institucionais do CEJ com as
instituições congéneres estrangeiras, incluindo as organizações internacionais de
formação de Magistrados, tais como a Rede Europeia de Formação Judiciária e a
Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais.
b) A concepção, acompanhamento ou execução de programas de formação, de
natureza bilateral ou multilateral, nomeadamente no quadro da União Europeia,
Conselho da Europa ou da cooperação com os Países de Língua Portuguesa, dos
quais o CEJ seja promotor, parceiro ou onde, por qualquer forma, tenha sido
solicitada a sua participação.
c) O planeamento, organização e acompanhamento de visitas efectuadas ao CEJ por
representantes de entidades estrangeiras.
d) A colaboração com a Direcção no que se refere ao planeamento, organização e
execução de actividades inseridas na formação inicial ou contínua que integrem
componente europeia, internacional ou de cooperação.
e) A organização de estágios de Magistrados ou Auditores de Justiça estrangeiros
em Portugal ou de Magistrados ou Auditores de Justiça portugueses no
estrangeiro, em articulação com as Direcções de Estágios.
f) A centralização e divulgação da informação relativa a eventos no estrangeiro
abertos à presença de Magistrados ou Auditores de Justiça portugueses.
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Relatório de Actividades 2009/2010
93
g) A divulgação da informação relativa a acções de formação nacionais abertas a
Magistrados estrangeiros.
h) A realização das acções expressamente previstas no Plano Anual de Actividades
do CEJ que se integrem na esfera da sua competência genérica.
Assim, o presente Relatório visa constituir a memória descritiva do conjunto de actividades que,
no âmbito das suas relações internacionais, o CEJ viria a desenvolver durante o ano lectivo 2009/2010,
abrangendo, consequentemente, o período compreendido entre 15 de Setembro de 2009 e 31 de Julho
de 2010.
2. O Departamento de Relações Internacionais é constituído por um Coordenador,
assessorado por uma técnica superior.
Encontram-se ainda adstritos ao Departamento, numa colaboração a tempo parcial, dois
Docentes, os quais exerceram nele a sua actividade durante o período referido em conjunto com as
actividades lectivas que lhe estavam atribuídas.
O Coordenador do Departamento, tal como nos anos anteriores, assegurou a coordenação da
área de estudos de Direito Europeu e Internacional, participando na respectiva docência.
Para a globalidade das suas actividades que revestiram um cariz internacional, o CEJ utilizou,
durante o ano orçamental de 2009, uma verba que ascendeu a € 74.233.77, acrescida da que envolveu
a concretização da actividade THEMIS, a qual viria a ser objecto de subvenção especial por parte do
Ministério da Justiça.
O aumento da verba dispendida em despesa corrente durante este período de actividade
resultou, única e exclusivamente, do aumento da quotização anual devida à Rede Europeia de
Formação Judiciária.
3. À semelhança do ocorrido no ano anterior, o Departamento procedeu à elaboração de um
Plano de Actividades para o ano de 2009/2010, onde foram definidos e desenvolvidos os objectivos
estratégicos que deveriam nortear a sua acção e enunciadas as actividades correspondentes a
compromissos assumidos, ou que então se anteviam como de provável execução, devidamente
acompanhadas de propostas de execução prática com a quantificação, em temos orçamentais, dos
custos decorrentes da sua actuação.
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Relatório de Actividades 2009/2010
94
Os principais objectivos estratégicos então definidos foram os seguintes:
1. Cumprimento dos Acordos e Protocolos anteriormente celebrados no âmbito de
relações bilaterais, directamente pelo CEJ ou por intermédio do Estado Português.
2. Honrar os compromissos assumidos no âmbito das Redes Internacionais de
Escolas de Formação, nomeadamente no que concerne à Rede Ibero Americana
de Escolas Judiciais, RECAMPI e Rede Europeia de Formação Judiciária e cujos
aspectos mais significativos se centram actualmente, neste último caso, na
participação activa enquanto membro do Comité de Direcção e coordenador do
Grupo PEAJ.
3. Manter uma postura de iniciativa na concepção e proposta de execução de acções
de formação para Magistrados nacionais e estrangeiros, individualmente ou em
parceria com instituições congéneres, e com recurso, ou não, a financiamento
comunitário.
4. Reforçar a cooperação que se vem estabelecendo no âmbito do Conselho da
Europa com os países que não pertencem à União Europeia, nomeadamente no
que toca à execução de projectos de formação de formadores e ao acolhimento
das diversas delegações que nos visitam.
5. Manter os laços de cooperação bilateral no que toca à concretização de
actividades de formação inicial e contínua, com as instituições congéneres de
Espanha, França e Itália, com o Centro de Formação Jurídica e Judiciária de
Macau e com a Academia de Direito Europeu de Trier.
6. Continuar a promover a participação de Docentes e outros Magistrados
portugueses em Seminários e demais programas internacionais de formação, com
especial menção para o programa de estágios no estrangeiro que será executado
no âmbito da REFJ (Rede Europeia de Formação Judiciária).
4. Na execução dos referidos Planos, as actividades concretizadas no período a que se reporta
o presente relatório foram as seguintes:
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Relatório de Actividades 2009/2010
95
4.1. Relações Bilaterais
4.1.1. Espanha
Relativamente ao Centro de Estudos Jurídicos de Madrid as actividades desenvolvidas
enquadraram-se na execução do Protocolo de Cooperação estabelecido entre as duas entidades em
2004 e aplicável no âmbito quer da formação inicial quer da formação contínua.
No quadro da primeira, uma delegação composta por 30 Auditores de Justiça e dois Docentes
visitou o CEJAJ de 28 a 30 de Setembro de 2009 e duas delegações, num total de 60 Auditores de
Justiça em formação no CEJAJ de Madrid, visitaram o CEJ nos dias 25 e 26 e 27 e 28 de Janeiro de
2010, tendo ambos os grupos espanhóis sido acompanhados por um Docente e pela Coordenadora da
Área de Formação Inicial.
Todos estes intercâmbios proporcionaram uma interessante troca de impressões sobre a
realidade nos dois países nas áreas do conhecimento seleccionadas, contribuindo para uma muito
frutífera análise de Direito Comparado sobre os referidos temas.
No que à formação contínua diz respeito, e estando a organização da actividade referente ao
ano de 2010 a cargo do CEJAJ, esta não foi agendada para o período a que se reporta o presente
relatório.
De igual forma, os habituais intercâmbios abrangendo os Auditores de Justiça em fase de
formação inicial que o CEJ vem desenvolvendo com a Escola Judicial de Barcelona, e que
habitualmente se desenrolam no segundo trimestre do ano, foram, por acordo de ambas as partes,
agendados para Novembro e Dezembro do corrente ano de 2010.
No que diz respeito à formação contínua e à concretização de projectos a cuja parceria com a
escola espanhola o Centro de Estudos Judiciários se havia candidatado durante os anos anteriores,
assinale-se que foram por essa via viabilizadas as participações de um total de 4 Magistrados Judiciais,
1 Magistrado Judicial dos TAF, 5 Magistrados do Ministério Público e 3 Docentes do CEJ nas seguintes
actividades:
a) Curso Virtual A Systematic Study on the European Judicial Area in Civil and
Commercial Matters, que decorreu de Dezembro de 2009 a Julho de 2010;
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Relatório de Actividades 2009/2010
96
b) Seminário Questions on Private International Family Law, realizado em
Salamanca, de 12 a14 de Maio 2010;
c) Seminário European Justice and the Persons Involved, concretizado em
Barcelona, de 16 a18 de Junho 2010.
Na selecção dos participantes e no preenchimento dos lugares que nos foram atribuídos em
tais eventos foram estritamente observadas as listas ordenadas fornecidas pelos Conselhos Superiores
de ambas as Magistraturas a nossa solicitação.
O CEJ continuou ainda a subscrever, durante o período em análise, em parceria com a Escola
Judicial de Barcelona, diversas candidaturas a financiamento comunitário para a concretização futura
de diversos Seminários e Cursos, nomeadamente os subordinados aos seguintes temas: Comparative
Study on European Legal Systems Through Legal Language (nas vertentes civil e penal), Virtual
Course on Judicial Cooperation in Criminal Matters, Virtual Course: A Systematic Study on the
European Judicial Area in Civil and Commercial Matters e Virtual Course on the Social European
Judicial Area.
4.1.2. França
O CEJ continuou também a desenvolver relações estreitas e privilegiadas com a Escola
Nacional de Magistratura Francesa, as quais se têm expressado nos mais variados domínios.
Todavia, nelas assume especial relevância a actividade de formação inicial subordinada à
temática da Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, traduzida na realização de acções
em Lisboa e Bordéus, destinadas ao conhecimento dos sistemas jurídicos dos dois países e ao estudo
dos instrumentos internacionais no domínio da cooperação judiciária penal envolvendo, em ambos os
casos, o intercâmbio de Auditores de Justiça e a realização de um exercício simulado de cooperação
judiciária em tempo real e, ainda, as actividades na área dos Conflitos Familiares na Europa,
consubstanciada esta numa análise de Direito Comparado.
Neste âmbito, uma delegação de 9 Auditores de Justiça portugueses, acompanhada por dois
Docentes visitou a ENM entre os dias 16 e 22 de Novembro de 2009, ao passo que o CEJ acolheu uma
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Relatório de Actividades 2009/2010
97
delegação homóloga em Lisboa, no período entre os dias 29 de Novembro e 6 de Dezembro do
mesmo ano.
4.1.3. Academia de Direito Europeu
No que toca às relações com a Academia de Direito Europeu de Trier, de cujo Conselho de
Administração o CEJ faz parte, e em cuja reunião, realizada em 26 de Outubro de 2009, se fez
representar, assume especial relevo a assinatura em Janeiro de 2008 de um Protocolo de Cooperação.
Por outro lado, tendo o CEJ continuado a subscrever parcerias com a Academia para a
concretização de acções internacionais, as actividades levadas a efeito dessa natureza, no período em
objecto do presente relatório, foram as seguintes:
a) Seminário Avaliação de Impacto Ambiental e Aplicação do Direito Comunitário
realizado em 2 e 3 de Novembro 2009, nas instalações do CEJ.
b) Seminário Utilização dos Instrumentos de Cooperação Judiciária da União
Europeia, realizado em 18 e 19 de Fevereiro de 2010, também na sede do CEJ.
Estes seminários internacionais contaram com a presença de um total de 6 Magistrados
Judiciais, 15 Magistrados do Ministério Público e 4 Magistrados Judiciais dos TAF portugueses os quais
foram para o efeito, e a solicitação do CEJ, indigitados pelo CSM, CSTAF e PGR.
Para além destas mencionadas actividades, o CEJ promoveu ainda a inscrição e a admissão
de 5 dos seus Docentes e ainda de 1 Magistrado Judicial nos seguintes seminários realizados na sede
da Academia em Trier:
a) Investigating and Prosecuting Trafficking in Human Beings, realizado nos dias 22 e
23 de Março de 2010
b) Annual Conference on EU Labour Law, realizado nos dias 25 e 26 de Março de
2010
c) Evaluating Counter Terrorism Legislation and Jurisprudence, levado a efeito nos
dias 7, 8 e 9 de Junho 2010
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
98
4.1.4. Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau
Foi ainda possível, no período a que se reporta o presente relatório, continuar a reforçar as
nossas relações bilaterais com o Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau, através da visita
de uma delegação desta entidade ao CEJ, nos dias 8 e 9 de Junho de 2010, a qual foi presidida pelo
Director Dr. Marcelino Escovar Trigo, sendo composta por quatro membros do Conselho Pedagógico,
um Assessor Jurídico e catorze estagiários do 3º Curso de Formação de Magistrados do CFJJ.
4.2. Visitas de Entidades Estrangeiras
O Centro de Estudos Judiciários continuou a privilegiar a cooperação com instituições
congéneres de diversos Estados nos termos que nos foram por estes solicitados, designadamente
mantendo a sua disponibilidade para integrar, através do seu Corpo Docente ou de Magistrados por si
expressamente convidados, grupos internacionais de peritos ou para participar activamente em
actividades de intercâmbio de experiências entre diferentes culturas judiciárias, planeando e recebendo
a visita de delegações de Magistrados estrangeiros para a troca de informações nos diversos domínios
da sua actuação, com especial enfoque nos da formação de Magistrados e organização dos sistemas
de justiça.
Neste particular, o CEJ recebeu na sua sede em Lisboa as seguintes delegações:
a) Magistrados da Bósnia-Herzegovina, de 14 a 18 de Setembro de 2009, no âmbito
do Programa TAIEX da Comissão Europeia.
b) O Presidente do Supremo Tribunal Administrativo de Moçambique Dr. Machatine
Munguambe, no dia 30 de Setembro de 2009, por solicitação do Ministério dos
Negócios Estrangeiros de Portugal.
c) Por solicitação do Conselho Superior da Magistratura, uma delegação de
Magistrados da Bulgária, no dia 1 de Outubro de 2009, presidida pelo Dr. Ivan
Dimov, Presidente da Comissão para a Cooperação Internacional do Conselho
Superior da Magistratura da Bulgária.
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Relatório de Actividades 2009/2010
99
d) Uma delegação do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Moçambique, de 6
a 9 de Outubro de 2009, por solicitação do Director do CFJJ, Dr. Achirafo
Abubacar Abdula e presidida pelo mesmo; esta delegação integrava ainda o
Coordenador do Departamento Pedagógico do CFJJ, Dr. Nassone Bembere, e a
Assessora de Direcção, Drª Idília Milice Banze.
e) Uma delegação de Magistrados da Ucrânia, nos dias 1 e 2 de Fevereiro de 2010,
no âmbito do Twinning Project Support to the Academy of Judges of Ukraine da
Comissão Europeia. A delegação era presidida pela Dr.ª Nataliya Kuriy, Juíza do
Tribunal da Relação de Lvov.
f) O Presidente da Comissão Instaladora do Centro de Formação Judiciária da
Guiné-Bissau, Juiz Conselheiro Dr. Augusto Mendes, e o Coordenador
Pedagógico do CENFOJ, Dr. João Biaguê, de 2 a 5 de Março de 2010, no âmbito
do Programa PAOSED coordenado pelo INA.
g) Participantes, de diversas nacionalidades, no Seminário Internacional “Direitos
Humanos e Execução de Penas”, levado a cabo pela Direcção-Geral de
Reinserção Social, no dia 20 de Abril de 2010. Integravam a delegação o Director-
Geral das Prisões de Moçambique, Dr. João Zandamela, o Director da
Penitenciária Industrial de Nampula, Dr. Chico Quembo Tomás, a Directora
Nacional do Departamento Correccional e de Reintegração Social de Moçambique,
Drª Cesaltina Moiane, a Consultora Jurídica do Parlamento de Israel, Dra. Helit
Megido, a Consultora Jurídica Paquistanesa, Dra. Danish Zuberi.
h) Sua Excelência a Ministra da Justiça da Bulgária, Dra. Margarida Popova, no dia
27 de Maio de 2010, no âmbito de um encontro bilateral com Sua Excelência o
Senhor Ministro da Justiça de Portugal.
i) Por solicitação do Gabinete de Relações Internacionais da Direcção-Geral da
Política de Justiça, uma delegação de Magistrados do Supremo Tribunal Regional
de Graz, Áustria, em 1 de Junho de 2010, liderada pelo Presidente do Supremo
Tribunal Regional, Dr. Heinz Wietrzyk.
j) O Presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho do Brasil
(ANAMATRA), Dr. Luciano Atahyde Chaves, acompanhado pelo Director Cultural
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Relatório de Actividades 2009/2010
100
da ANAMATRA, Dr. Fabrício Nogueira, e pelo Assessor, Dr. Maurício Mazur, no
dia 9 de Junho de 2010.
4.3. Participação em Programas Internacionais de Formação
No âmbito da colaboração que vem sendo prestada em projectos direccionados para a
Formação de Magistrados no estrangeiro, destacam-se ainda aqueles que são desenvolvidos tendo
como beneficiários os países membros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, nos
termos do artigo 3º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro.
Relembre-se a este propósito que, na consecução de tal objectivo incumbe ao CEJ assegurar:
a) a execução de acções de formação no quadro de redes de natureza judiciária, bem como outras
organizações internacionais de formação em que se integre; b) a celebração de protocolos de
cooperação que estabeleça com entidades congéneres estrangeiras, em especial dos países de língua
portuguesa; c) o concretizar de projectos internacionais de assistência e cooperação na formação de
Magistrados, por iniciativa própria ou em consórcio com outras entidades congéneres e d) a execução
de acordos de cooperação técnica em matéria judiciária celebrados pelo Estado Português (art. 92º nº
2 da Lei nº 2/2008).
Neste contexto, foram desenvolvidas neste período as seguintes actividades:
a) Formação normal de Auditores oriundos dos PALOP, os quais, nos termos de
acordos de cooperação celebrados entre os Ministérios da Justiça dos respectivos
países e o Ministério da Justiça Português frequentaram o CEJ durante o período
de formação teórico-prática, sendo os custos inerentes à sua formação suportados
pelo CEJ e pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), sob a
forma de bolsa.
A formação recebida por estes cooperantes é exactamente a mesma que recebem
os Auditores portugueses, já que aqueles se integram nos grupos normais de
trabalho e frequentam as mesmas aulas que os futuros Magistrados portugueses.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
101
No decurso do ano lectivo de 2009/2010 frequentaram o Centro de Estudos
Judiciários 25 Auditores cooperantes, estando assegurada para os próximos anos
e nos mesmos termos a continuidade da formação de Magistrados Judiciais e do
Ministério Público dos PALOP.
b) Participação na execução do Programa PAOSED, direccionado para a formação
dos futuros Magistrados da Guiné-Bissau.
No que concerne a este último programa, e durante o ano lectivo de 2009/2010, a nossa
participação assumiu essencialmente duas vertentes:
- Em primeiro lugar, através da indigitação de Docentes para ministrar formação a Magistrados
Judiciais e do Ministério Público da Guiné-Bissau, a concretizar naquele país. Neste âmbito,
entre 20 de Julho de 2009 e 31 de Janeiro de 2010, deslocaram-se à Guiné-Bissau,
indigitados pelo CEJ, 20 Docentes e Magistrados Formadores, para proporcionar formação
no terreno, naquela República, mas à luz do direito Guineense.
- Em segundo lugar, e a solicitação das entidades envolvidas na execução daquele programa,
através do INA, o CEJ organizou um plano de formação e indigitou Docentes (6) para
providenciarem formação na sede do CEJ, entre Outubro de 2009 e Fevereiro de 2010, a 16
Magistrados Guineenses (8 Juízes e 8 Magistrados do Ministério Público), nas áreas do
Direito Civil, Direito Penal, Direito da Família e das Crianças e Direito do Trabalho, com
abordagem da prática judiciária através de deslocações a Tribunais e a instituições que com
estes colaboram.
Foi-nos solicitado, ainda através do INA, uma segunda edição deste curso de formação de
Magistrados da Guiné-Bissau, que se realizou entre Março e Maio de 2010.
De realçar que esta formação específica continua a ser assegurada com exclusivo
reporte à legislação guineense em vigor.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
102
O CEJ organizou ainda, no âmbito do PAOSED, uma visita de trabalho, entre os dias 1 e 5 de
Março de 2010 para dois elementos da Direcção da Comissão Instaladora do CENFOJ (veja-se supra
4.2.).
No que concerne aos restantes PALOP, e ainda durante o período objecto do presente
relatório, foi pedida e satisfeita pelo CEJ uma colaboração para a concretização de uma acção de
formação que se realizou entre os dias 23 de Novembro e 4 de Dezembro de 2009, na área do Direito
Civil e Comercial no CFJJ, em Moçambique, através da presença de uma Magistrada Formadora.
4.4. Participação nas Redes Internacionais de Formação
4.4.1. Rede Europeia de Formação Judiciária (REFJ)
A circunstância de o Centro de Estudos Judiciários ter assumido, durante o período em análise,
quer a coordenação do grupo de trabalho relativo ao programa PEAJ (Programa de Estágios no
Estrangeiro para Autoridades Judiciárias) quer a qualidade de membro do Comité de Direcção e do
grupo de trabalho Programas da Rede Europeia de Formação Judiciária, envolveu, naturalmente,
responsabilidades acrescidas na nossa participação no seio desta instituição.
Nestes termos, a actuação do CEJ foi orientada no sentido da consolidação das actividades até
agora já levadas a cabo pela Rede e no estudo do desenvolvimento de novas perspectivas para a
formação de Magistrados à escala Europeia.
Nesta linha, fez-se representar em todas as reuniões de coordenação que tiveram lugar no
período a que se reporta o presente relatório, bem como na Assembleia-Geral anual que teve lugar em
Madrid nos dias 27 e 28 de Maio de 2010.
No decurso das eleições designadas para essa data – o que ocorre de três em três anos – o
Coordenador do Departamento de Relações Internacionais do CEJ, o Procurador da República Dr. Luís
Silva Pereira viria a ser eleito futuro Secretário-Geral desta instituição para o triénio 2010-2014, cujas
funções iniciará, enquanto Secretário-Geral Adjunto da REFJ em 1 de Janeiro de 2011, e as de
Secretário-Geral em 14 de Março do mesmo ano.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
103
Por tal imporem os estatutos desta associação, o CEJ ficou por esta via impedido de
apresentar uma recandidatura ao Comité de Direcção da REFJ para o triénio 2011-2014, tendo
considerado ainda adequado retirar, in loco, a sua também recandidatura à presidência do grupo de
trabalho relativo ao programa PEAJ, a qual virá a ser assumida pela Bélgica. Continuará, todavia, a
manter o seu lugar neste, bem como no grupo de trabalho Programas, para a presidência do qual viria
a ser eleita a Academia de Direito Europeu.
Concluiu-se ainda, durante o mês de Dezembro de 2009, a quinta edição do citado Programa
de Estágios no Estrangeiro para Autoridades Judiciárias (PEAJ 2009), integrado nas actividades da
Rede Europeia de Formação Judiciária e liderado pelo respectivo Secretariado, e do qual beneficiaram
nesse ano dez Magistrados portugueses, tendo-se anotado a presença no nosso país, para idênticos
efeitos, de oito Magistrados estrangeiros.
O Centro de Estudos Judiciários, através do seu Departamento de Relações Internacionais,
assumiu as funções de ponto de contacto nacional do programa, tendo na sua actividade contado com
a prestimosa e indispensável colaboração do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Superior
dos Tribunais Administrativos e Fiscais e da Procuradoria-Geral da República – que procederam não só
à divulgação do evento como também à selecção dos Magistrados portugueses participantes –, bem
como dos senhores Magistrados, Juízes e Procuradores, que se disponibilizaram a acolher os seus
colegas estrangeiros.
Tendo sido aprovada pela União Europeia a continuação da execução do programa em 2010, e
tendo sido aceite a candidatura apresentada pela Rede Europeia de Formação Judiciária para o liderar,
o Centro de Estudos Judiciários procedeu ao lançamento do Programa de Estágios no Estrangeiro para
Autoridades Judiciárias – PEAJ 2010 – e para cuja execução contou novamente, para os mesmos
efeitos, com a colaboração das referidas entidades.
A anotar apenas que, à semelhança do ocorrido no último ano, continua a existir a necessidade
de todas as entidades parceiras terem de custear, embora a título de prestação financeira
reembolsável, uma taxa de participação por participante neste programa.
Ciente do interesse e utilidade do mesmo para a formação, e não obstante as restrições
orçamentais existentes, o CEJ continuou a disponibilizar-se para custear tal taxa relativamente a um
total de dez participantes nacionais, em estágios com a duração de duas semanas, e que se entendeu
dever distribuir da seguinte forma: quatro Magistrados Judiciais junto dos Tribunais Comuns, quatro
Magistrados do Ministério Público junto dos Tribunais Comuns, um Magistrado Judicial e um
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
104
Magistrado do Ministério Público junto dos Tribunais Administrativos e Fiscais, exactamente pelas
mesmas razões que foram aduzidas no nosso relatório relativo ao ano transacto.
Acrescenta-se que mais uma vez, embora fosse possível também que o estágio se pudesse
concretizar, em período mais alargado, junto do Tribunal de Justiça, do Tribunal Europeu dos Direitos
do Homem e da EUROJUST, o CEJ colocou liminarmente de lado tal possibilidade em face dos
elevados custos da correspondente taxa de participação, a qual seria, no mínimo, seis vezes superior à
aplicável para um estágio de duas semanas.
Foi ainda publicado, na nossa página WEB, o Catálogo de Actividades de Formação da REFJ
para o ano de 2009 e no qual se encontravam sumariadas todas as actividades de formação interna
que as diversas instituições componentes da Rede decidiram abrir à participação de Magistrados
Judiciais e do Ministério Público dos restantes países membros e para cuja elaboração o CEJ mais
uma vez contribuiu.
Neste âmbito, o CEJ promoveu a inscrição e a admissão em sete seminários no estrangeiro de
um total de 8 Magistrados Judiciais, 7 Magistrados do Ministério Público e de 3 dos seus Docentes.
Finalmente a REFJ agendou ainda durante este período os primeiros seminários relativos à
execução do seu Programa Criminal Justice, de entre os quais avulta o que se realizou na sede do CEJ
nos dias 22 a 24 de Outubro de 2010.
4.4.2. Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais (RIAEJ)
Não se registou a presença do CEJ em quaisquer actividades neste período.
4.4.3. RECAMPI
Não se registou a presença do CEJ em quaisquer actividades neste período.
4.4.4. Rede de Lisboa
Não se registaram actividades desta instituição neste período.
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Relatório de Actividades 2009/2010
105
4.5. Actividade THEMIS
Com o apoio da Rede Europeia de Formação Judiciária e do Conselho da Europa, através da
sua Rede de Lisboa, e em parceria com o Instituto Nacional de Magistratura da Roménia, o CEJ levou
a efeito na sua sede em Lisboa, de 18 a 24 de Outubro de 2009, a IV Edição do Concurso Internacional
THEMIS que reuniu equipas representativas de instituições de formação de Magistrados de 17 países
europeus: Albânia, Alemanha, Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bósnia-
Herzegovina, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Moldávia, Polónia,
República Checa, Roménia e Portugal.
A actividade THEMIS segue um modelo concebido pelo CEJ e que pode ser descrito
resumidamente como um seminário construído na inversa, ou seja, onde são os participantes que
escolhem e apresentam os temas incumbindo aos peritos – os membros do Júri – formular questões e
discutir o respectivo conteúdo.
Cada uma das equipas é composta por três elementos, formandos há menos de dois anos,
acompanhados de um docente. Aos primeiros incumbe a redacção prévia de um trabalho escrito que
deverá incidir sobre um assunto à sua escolha inserido num dos quatro grandes temas propostos:
Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, Cooperação Judiciária em Matéria Civil, Ética e
Deontologia e Interpretação e Aplicação do artigo 6º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, o
qual será depois, no decurso da actividade, apresentado oralmente e discutido com os membros do
Júri.
O CEJ fez-se representar por uma equipa composta pelos Auditores de Justiça Dra. Isabel
Maria Salgueiro de Freitas Gomes, Dra. Liliana Sofia Novais Capela e Dr. Nuno Miguel Laranjeiro de
Lemos Jorge, a qual viria a obter o primeiro lugar na categoria Cooperação Judiciária em Matéria Civil
com o trabalho Between Efficient Justice and Equitable Defence: Frailties in EU Regulations in Civil
Matters.
5. Ponderados os objectivos a que se propôs e o conjunto das acções que agora ficam
descritas e realizadas com vista à sua prossecução, pode dizer-se que a actuação do Departamento
continuou a pautar-se pela qualidade e excelência, atentas as acções desenvolvidas.
Sendo de realçar que tem sido possível, nesta área, dar uma resposta atempada e adequada
às variadíssimas solicitações com que o CEJ é hoje confrontado, essencialmente originadas quer por
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Relatório de Actividades 2009/2010
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uma maior visibilidade nos Órgãos e Fóruns Europeus de decisão, quer pela sua já reconhecida
capacidade de concretizar no terreno actividades formativas de relevo à escala Europeia, com
resultados significativos nos planos científico e social.
Contribuiu-se, assim, de forma relevante para manter o elevado prestígio que continua a ser
reconhecido à instituição no plano internacional.
Os meios humanos e financeiros disponíveis foram, salvo melhor opinião, exaustivamente
aproveitados e criteriosamente aplicados, de acordo com as prioridades previamente estabelecidas e a
execução da estratégia delineada.
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Relatório de Actividades 2009/2010
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Capítulo V
PublicaçõesPublicaçõesPublicaçõesPublicações
Secção 1
Revista do CEJ
No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Setembro de 2010 foi publicada a Revista do
CEJ nº 12, respeitante ao 2º semestre de 2009, encontrando-se no prelo a Revista nº 13, respeitante
ao 1º semestre de 2010.
Durante este período de tempo, os custos com a edição da Revista do CEJ foram de €6.328,00
(seis mil trezentos e vinte e oito euros) e as receitas da sua venda foram de €8.363,60 (oito mil
trezentos e sessenta e três euros e sessenta cêntimos). Em Setembro de 2010, depois de diligências
encetadas pela presente Direcção junto da respectiva distribuidora – “Almedina, S.A.” – foi efectuado
por esta o pagamento da importância de €21.186,85 (vinte e um mil cento e oitenta e seis euros e
oitenta e cinco cêntimos) respeitante à venda de revistas em anos anteriores e que se encontravam por
liquidar.
A Revista do CEJ é distribuída gratuitamente aos Directores, membros dos Conselhos Geral e
Pedagógico, Docentes e Coordenadores do Centro de Estudos Judiciários, assim como às bibliotecas
dos Tribunais Superiores, Procuradoria-Geral da República e Procuradorias-Gerais Distritais, a
algumas personalidades nacionais, no âmbito de permutas de publicações estabelecidas entre a
Biblioteca do CEJ e as de outras instituições.
Iniciou-se em Julho de 2010 a promoção da angariação de assinaturas da Revista do CEJ,
sendo neste momento de 29 (vinte e nove) o número de assinantes.
Ocorreu, entretanto, uma remodelação na direcção executiva e no corpo redactorial, tendo o
Director-Executivo, Dr. Rui Baptista, sido substituído pela Senhora Dra. Helena Leitão, e os membros
do Conselho de Redacção Drs. Luís Filipe Lameiras e Pedro Vaz Patto substituídos pelos Senhores
Drs. Carla Câmara e Luís Gominho.
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Relatório de Actividades 2009/2010
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Secção 2
Prontuário de Direito do Trabalho
No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Setembro de 2010 foram publicados os nºs 82,
83 e 84 do Prontuário de Direito do Trabalho, respeitantes aos períodos de Jan/Abril de 2009,
Maio/Ago de 2009 e Set/Dez de 2009, respectivamente, encontrando-se no prelo os nºs 85 e 86,
respeitantes aos períodos de Jan/Abril e Maio/Ago de 2010.
A edição e os respectivos custos são suportados pela Coimbra Editora.
O número de exemplares vendidos em livrarias dos três números publicados no período de
Setembro de 2009 a Setembro de 2010, e até este último mês, foi o seguinte: nº 82 – 120; nº 83 – 89;
nº 84 – 21.
O número de assinantes é de 52.
O CEJ recebe 110 exemplares de cada número da revista, que distribui gratuitamente aos
Directores, membros dos Conselhos Geral e Pedagógico, Docentes da jurisdição do Trabalho e da
Empresa e Coordenadores do Centro de Estudos Judiciários, assim como às bibliotecas dos Tribunais
Superiores, Procuradoria-Geral da República e Procuradorias-Gerais Distritais, e ainda a algumas
personalidades nacionais, no âmbito de permutas de publicações entre a Biblioteca do CEJ e as de
outras instituições.
Ocorreu, entretanto, uma remodelação na Coordenação e no Conselho Redactorial do
Prontuário de Direito do Trabalho, tendo o Coordenador Dr. Vítor Melo sido substituído pela Senhora
Dra. Sónia Kietzmann Lopes, e passado a integrar o Conselho Redactorial os Senhores Drs. Jerónimo
Freitas e Manuela Cardoso.
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Relatório de Actividades 2009/2010
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Parte II
Actividades de apoio à formação de Actividades de apoio à formação de Actividades de apoio à formação de Actividades de apoio à formação de MagistradosMagistradosMagistradosMagistrados
Capítulo I
Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)
1. Recursos Humanos do GAEJ
O quadro de pessoal afecto ao Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) contou, no ano em
análise, apenas com um trabalhador, um técnico superior.
Saliente-se, contudo, o facto de o cargo de Director-Adjunto para a Área de Estudos e
Investigação, previsto na al. c), nº 1 do 95º da Lei Orgânica do CEJ, se encontrar por preencher desde
1 de Dezembro de 2009, data do desligamento por aposentação do anterior director-adjunto.
Acrescente-se ainda que o despacho que nomeou os Directores-Adjuntos que integram a
actual Direcção do Centro de Estudos Judiciários não contemplou a ocupação do referido cargo, pelo
que o mesmo continua vago, com todos os constrangimentos, limitações e dificuldades que tal situação
coloca à orientação e gestão do trabalho desenvolvido pelo GAEJ.
2. Actividade desenvolvida
De acordo com as atribuições fixadas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, o
Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu no ano lectivo de 2009/2010 as seguintes actividades:
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Relatório de Actividades 2009/2010
110
2.1. Estudos
a) Com divulgação pública:
� Quem São os Futuros Magistrados – Estudo de Caracterização Sociográfica dos
Auditores de Justiça do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais;
� Quem São os Futuros Magistrados – Estudo de Caracterização Sociográfica dos
Auditores de Justiça do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais;
� CEJ – Balanço Social 2009.
b) Com divulgação restrita:
� Avaliação da Formação Inicial de Magistrados para os Tribunais Judiciais – XXVII
Curso – 1º Ciclo – Resultados do Inquérito realizado de 6 a 10 de Julho de 2009;
� Relatório de Avaliação da Acção Formativa do CEJ e da Qualidade dos Serviços
Administrativos do CEJ – Resultados do Inquérito realizado de 1 a 7 de Julho junto dos
Auditores de Justiça do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais;
� Relatório de Avaliação da Acção Formativa do CEJ e da Qualidade dos Serviços
Administrativos do CEJ – Resultados do Inquérito realizado de 1 a 7 de Julho junto dos
Auditores de Justiça do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais;
� Relatório resumido com dados gerais e provisórios sobre os concursos de ingresso nos
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais;
� CEJ – Relatório de Actividades de formação 2009.
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Relatório de Actividades 2009/2010
111
Foram também elaborados, com circulação restrita, os relatórios de avaliação das seguintes
acções de formação contínua:
� Alterações ao Código do Trabalho (casos práticos);
� Inglês Jurídico;
� Alterações ao Objecto do Processo Penal;
� Corrupção e Criminalidade Financeira;
� Temas da Jurisdição dos Tribunais de Comércio;
� Regime Jurídico dos Principais Impostos;
� Regulamento das Custas Processuais;
� Temas de Direito do Trabalho;
Estes relatórios foram elaborados no âmbito das funções que o GAEJ continuou a
desempenhar no processo de avaliação das acções de formação contínua o que, no ano em análise,
implicou uma colaboração do GAEJ na reformulação do questionário utilizado e do sistema de recolha
dos mesmos após preenchimento, no sentido de oferecer maiores garantias de anonimato e
confidencialidade aos respectivos inquiridos.
c) Foram ainda iniciados neste ano de actividades:
� Relatório sobre o concurso de ingresso no XXIX Curso Normal de Formação de
Magistrados para os Tribunais Judiciais, porquanto tal curso apenas teve início a 16 de
Setembro de 2010, fora, portanto, do limite temporal do presente Relatório;
� Relatório sobre o concurso de ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para
os Tribunais Administrativos e Fiscais, porquanto tal curso apenas teve início a 16 de
Setembro de 2010, fora, portanto, do limite temporal do presente Relatório;
� Estudo de caracterização sociográfica dos Auditores de Justiça do XXIX Curso Normal
de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais;
� Estudo de caracterização sociográfica dos Auditores de Justiça do II Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
112
Ainda no âmbito dos trabalhos de investigação, foram realizados pelos GAEJ diversos estudos,
nomeadamente de carácter estatístico, elaborados ad hoc, em função das necessidades de informação
e de apoio à decisão da Direcção do Centro de Estudos Judiciários e sempre que solicitados pela
Senhora Directora.
3. Organização e apoio à realização de actividades sociais e culturais
No período em análise, o GAEJ organizou e realizou as seguintes actividades de carácter
social e cultural:
� Recital de piano dedicado a Haydn, por Alena Khmelinskaia, jovem pianista luso-russa,
de talento crescentemente reconhecido nacional e internacionalmente, assinalando o
início do XXVIII Curso Normal de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
e do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais,
em 15 de Setembro de 2009,
� Exposição de pintura Conflitos Interiores – Ricardo Leite: o Pintor e os seus Modelos,
inaugurada em 15 de Setembro de 2009, também no âmbito do início do XXVIII Curso
Normal de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e do I Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, da qual resultou
para o Centro de Estudos Judiciários a oferta de um quadro, intitulado Auto-retrato em
jeito ornamental. O prestígio de Ricardo Leite (n. 1970) pode ser avaliado pelas muitas
distinções de que a sua obra já foi alvo, entre as quais avulta o Prémio Revelação de
Pintura Caixa Geral de Depósitos/Centro Nacional de Cultura e o prémio BP Portrait
Award/National Portrait Gallery, em Londres (ambos em 2000). Para além da sua obra
artística, Ricardo Leite desempenha, ainda, funções Docentes e de formador na Escola
Superior Artística do Porto e na Faculdades de Belas Artes do Porto, entre outras
instituições;
� Exposição de fotografia Imagens Presas, de Eduardo Martins, inaugurada a 2 de Julho
de 2010, da qual resultou nova oferta para o CEJ da obra que deu nome à exposição.
Eduardo Martins (nascido em 1953, no Barreiro, onde ainda hoje vive e trabalha)
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
113
iniciou a sua carreira fotográfica em 1972, tendo trabalhado em jornais como o Século,
o País, o Diabo, a Tribuna, o Novo Observador ou o Tal e Qual, entre outras
publicações periódicas. Colaborou ainda com agências como a Associated Press, a
Solo Sindication e a Photographer’s International. Expõe regularmente desde 1986 e
tem obras suas em colecções particulares em Portugal, Brasil, Canadá, Espanha,
Estados Unidos da América, França e Reino Unido.
� Organização da actuação do Coro da Associação Cultural e Desportiva da
Procuradoria-Geral da República, que ocorreu a 7 de Julho de 2010 e que assinalou o
final do ano lectivo 2009/2010. Refira-se que esta foi uma das primeiras actuações
deste recém-formado coro, cuja estreia havia acontecido há menos de três meses;
� Sardinhada Judiciária, igualmente a 7 de Julho de 2010, momento de convívio que
envolveu toda a comunidade do CEJ – directores, Docentes, Auditores de Justiça e
funcionários, num total de cerca de 150 pessoas – e que marcou também o
encerramento das actividades lectivas no ano de 2009/2010.
Foram ainda realizadas as actividades preparatórias dos eventos culturais que assinalam o
início das actividades do XXIX Curso Normal de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
e do II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, em 15 de
Setembro de 2010, nomeadamente a exposição de pintura Determinações Nervosas, de João Viana e
um recital de piano por Alena Khmelisnkaia, estando ambos os eventos previstos para 15 de Setembro
de 2010.
4. Intervenção do Gabinete de Estudos Judiciários em outras actividades
4.1. Participação em actividades de gestão
Foi implementado pelo Gabinete de Estudos Judiciários, que também o gere, o projecto
“Comunique com a Direcção”, sistema de recolha de sugestões, informações e reclamações de
Magistrados e Auditores de Justiça pelo qual a Direcção pretende, garantindo total confidencialidade e
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Relatório de Actividades 2009/2010
114
anonimato, auscultar os principais utilizadores do CEJ, sobre o funcionamento e recolher sugestões
com vista ao melhoramento do seu funcionamento.
O GAEJ continuou, ainda, a participar activamente – à semelhança de anos anteriores – na
promoção e acompanhamento dos trabalhos de reformulação e implementação da Intranet do CEJ.
O técnico superior do GAEJ participou, ainda, em júris de diversos procedimentos concursais
com vista ao recrutamento de pessoal para o CEJ, nomeadamente:
� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12451/2009 (publicado no DR 2ª
Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 1 posto de trabalho na
categoria de técnico superior (carreira geral de técnico superior), na área do apoio
jurídico, patrimonial e financeiro e de recursos humanos;
� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12452/2009 (publicado no DR 2ª
Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 1 posto de trabalho na
carreira de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área financeira
e patrimonial;
� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 13163/2009 (publicado no DR 2ª
Série, nº 143 – 27 de Julho de 2009), para preenchimento de 2 postos de trabalho na
carreira de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área de
secretariado.
O GAEJ colaborou, também, em processos de selecção de pessoal, particularmente através da
realização das Entrevistas de Avaliação de Competências (previstas como método de selecção
obrigatório na al. b), nº 2 do artigo 53º da Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro – Lei dos regimes de
vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas) e da
elaboração dos respectivos relatórios de avaliação, no âmbito dos diversos procedimentos concursais,
nomeadamente:
� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12450/2009 (publicado no DR 2ª
Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 2 postos de trabalho na
categoria de técnico superior (carreira geral de técnico superior), na área do apoio
jurídico, patrimonial e financeiro e de recursos humanos – 8 entrevistas
� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12452/2009 (publicado no DR 2ª
Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 1 posto de trabalho na
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
115
categoria de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área de apoio
documental e informativo – 3 entrevistas;
� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 13163/2009 (publicado no DR 2ª
Série, nº 143 – 27 de Julho de 2009), para preenchimento de 2 postos de trabalho na
categoria de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área de
secretariado – 2 entrevistas.
4.2. Outras actividades
O GAEJ colaborou também na realização do concurso de ingresso nos XXIX Curso Normal de
Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados para os
Tribunais Administrativos e Fiscais, tendo o seu técnico superior integrado a equipa de trabalho
encarregue de executar esse mesmo concurso, em várias vertentes:
� Inserção de dados em bases de dados;
� Acompanhamento e secretariado de reuniões de júris;
� Apoio à organização e realização das provas das fases escrita e oral;
� Apoio à organização e realização das entrevistas profissionais de selecção;
� Apoio administrativo.
O GAEJ tem, acrescidamente, prestado apoio técnico-administrativo à Direcção do CEJ
sempre que para tal foi solicitado.
4.3. Participações externas
Participação pelo técnico superior afecto a este Gabinete, em representação do CEJ, em
reuniões da Equipa Interdepartamental para a Igualdade do Ministério da Justiça, entidade responsável
pela elaboração do Plano para a Igualdade do Ministério da Justiça.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
116
Capítulo II
Centro de DocumentaçãoCentro de DocumentaçãoCentro de DocumentaçãoCentro de Documentação
A Divisão do Centro de Documentação é uma importante estrutura de apoio às actividades
desenvolvidas no Centro de Estudos Judiciários. Recolhe, trata, organiza, disponibiliza, fornece e
preserva os recursos informativos relevantes para as actividades formativas que decorrem no CEJ.
Para a Divisão do Centro de Documentação do CEJ, o ano lectivo 2009/2010 foi um tempo de
trabalho de aprofundamento e consolidação de projectos que estavam em curso, de lançamento de
novos projectos estruturantes em todas as áreas de responsabilidade, havendo, no entanto, que
salientar o progresso alcançado na área do arquivo. O presente relatório visa ainda, dar a conhecer a
evolução do fundo documental e sua gestão nos diversos espaços, com vista à melhoria da sua
organização e condições de armazenagem.
Tendo sempre como orientação os objectivos que foram definidos no Plano de Actividades
para a unidade orgânica em análise: organizar o arquivo; assegurar um atendimento de boa qualidade
(simpatia, eficiência e celeridade) aos utilizadores; assegurar com celeridade e eficácia a divulgação de
novidades bibliográficas e documentais.
Relativamente ao investimento em recursos bibliográficos, durante o período em análise,
verificou-se que, apesar de um aumento das aquisições no 2.º semestre de 2009, manteve-se no 1º
semestre de 2010 um nível baixo, apenas compensado pelas ofertas (Coimbra Editora e autores) e
permutas.
Quanto as instalações, destaca-se a reorganização do espaço da biblioteca e depósito, que
permitiu um alargamento da sua capacidade de acolhimento e armazenamento.
Continua a ser a nossa principal preocupação a busca pela excelência da qualidade dos
serviços prestados. A melhoria no atendimento e a actualização do acervo representam o nosso plano
estratégico. Voltamos a insistir que se torna necessário e urgente o reforço de recursos humanos nesta
Divisão.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
117
Secção 1
Vertente Biblioteca
1. Gestão do Fundo Documental
1.1. Aquisições (1-9-2009 a 31-8-2010)
O desenvolvimento do fundo documental, em 2009/2010, baseou-se, tal como nos anos
transactos, nas necessidades dos utilizadores internos do CEJ. As publicações deram entrada por
compra, produção própria, oferta e permuta.
Para além das aquisições com base nas sugestões apresentadas, houve a preocupação de
enriquecer determinadas áreas temáticas mais necessitadas de actualização.
As obras que deram entrada por oferta resultaram de doações efectuadas por elementos
pertencentes ao CEJ, entidades externas, autores e pela Coimbra Editora. Todas as doações foram
alvo de agradecimento.
As obras que entraram por permuta baseiam-se em protocolos estabelecidos com outras
instituições, que enviam as suas publicações em troca da Revista do CEJ, do Prontuário de Direito do
Trabalho, ou outras publicações.
O quadro a seguir representa na sua globalidade, as publicações entradas na biblioteca, nas
quatro modalidades acima mencionadas e por tipo de documento
Documentos Nº
Monografias 393
Multimédia 4
Publicações em série 52
Total 449
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
118
O quadro seguinte apresenta o total das publicações entradas na Biblioteca por produção
própria, oferta e permuta.
1.1.1. Por oferta, permuta ou produção própria
Documentos Nº
Monografias 268
Multimédia 4
Publicações em série 18
Total* 290
*Dos quais 22 foram produzidos pelo CEJ
O Centro de Documentação mantém permutas de publicações com as seguintes entidades:
1. Associação Jurídica da Maia: Revista MaiaJurídica
2. Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Revista Julgar
3. Autoridade da Concorrência: Revista da Concorrência e Regulação
4. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa: Revista
Direito e Justiça
5. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: Boletim da
Faculdade
6. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: Revista da Faculdade
de Direito de Lisboa
7. Biblioteca da Facultad de Derecho da Universidad de Extremadura: Anuário de La
Facultad de Derecho
8. Biblioteca da Ordem dos Advogados: Revista da Ordem dos Advogados e Boletim
da Ordem dos Advogados
9. Centro de Estudos Sociais: Revista Crítica de Ciências Sociais
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
119
10. Conselho Superior da Magistratura: Boletim do Conselho Superior de Magistratura
11. Direcção-Geral de Reinserção Social: Ousar Integrar: revista de reinserção social e
prova
12. Direcção-Geral dos Serviços Prisionais: Revista Temas Penitenciários
13. Instituto Nacional de Administração (INA): Revistas Legislação – Cadernos de
Ciência de Legislação e Cadernos INA
14. Cabo Verde – Praia: Revista Direito e Cidadania
15. Escola de Magistratura Federal da 5.ª Região (Brasil): Revista ESMAFE
16. Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia
17. Observatório da Imigração: Revista Migrações
18. Ordem dos Notários em Portugal: Revista do Notariado
19. Universidade Autónoma de Lisboa: Galileu – Revista de Economia e Direito; Revista
de Direito Penal
20. Universidade do Minho: Scientia Iuridica – Revista de Direito Comparado
Foram estabelecidas as seguintes novas permutas:
1. Centro de Direito da Família: Lex Familiae (Maio 2010)
2. Centro de Direito Biomédico: Lex Medicinae (Maio 2010)
3. Ministério do Trabalho e da Solidariedade: Sociedade e Trabalho (Novembro 2009)
4. Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: Revista do Ministério Público
(Outubro 2009)
5. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal de Contas (Agosto 2010)
1.1.2. Aquisições onerosas
Houve um aumento das aquisições por compra, para reforçar a área administrativa e fiscal,
dado ter-se iniciado o I Curso dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
No que diz respeito às publicações periódicas não se registaram alterações significativas no
número de títulos assinados pela biblioteca, mantendo-se em 34 (anteriormente eram 35).
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Documentos Nº Valor
Monografias 125 4.612,07€
Multimédia 0 0€
Publicações em série 34* 3.086,00€
Total 159 7.698,07 €
*Renovação de assinaturas
Renovaram-se as seguintes assinaturas:
1. Acórdãos Doutrinais do Supremo Tribunal Administrativo
2. Actualidade Jurídica
3. Análise Social
4. Antologia de Acórdãos do STA e do TCA
5. Cadernos de Direito Privado
6. Cadernos de Justiça Administrativa
7. CEDOUA – Revista do Centro de Estudos de Direito do Ordenamento do Urbanismo
e do Ambiente
8. Colectânea de Jurisprudência
9. Colectânea de Jurisprudência. Acórdãos do STJ
10. Desporto e Direito
11. Droit et societé
12. Fiscalidade – Revista de Direito e Gestão Fiscal
13. Jueces para la democracia
14. Jurisprudência Constitucional
15. Justiça e Cooperação
16. Lex Familiae
17. Lex Medicinae
18. O Direito
19. Questões Laborais
20. Revista de Derecho Comunitario Europeo
21. Revista de Direito e de Estudos Sociais
22. Revista de Direito e Economia
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Relatório de Actividades 2009/2010
121
23. Revista de Direito Público
24. Revista de Legislação e de Jurisprudência
25. Revista Jurídica do Urbanismo e do Ambiente
26. Revista Luso Africana de Direito
27. Revista Portuguesa de Ciência Criminal
28. Revista Portuguesa de Direito do Consumo
29. Revue Interdisciplinaire D’Etudes Juridiques
30. Revue Internationale de Droit Comparé
31. Revue Internationale de Droit Penal
32. Revue Juridique de L’Environnement
33. Revue Trimestrielle de Droit Civil
34. Revue Trimestrielle de Droit Europeen
35. Rivista di Diritto Civile
36. Rivista di Diritto Processuale
37. Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto
38. Rivista Italiana di Diritto e Procedura Penale
39. Sociedade e Trabalho
40. Sociologia, Problemas e Práticas
41. Sub-Júdice
42. Temas de Integração
43. Vida Judiciária
1.1.3. Divulgação das novas aquisições
A Divisão do Centro de Documentação, através de uma publicação mensal que consiste num
Boletim, divulga as publicações que entram ao longo do mês na Biblioteca. A divulgação é realizada
através do e-mail do Centro de Documentação ([email protected]).
Foi ainda, elaborado e distribuído um questionário, junto de três grupos específicos de
utilizadores: Direcção, Docentes e Funcionários, para aferir a satisfação pelo serviço prestado, bem
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122
como a sua continua melhoria. Os dados desse inquérito serão objecto de análise e não contam do
presente relatório por se encontrar fora do âmbito temporal em apreciação.
1.2. Registo de documentos em base de dados
A Biblioteca efectuou a descrição bibliográfica de novos documentos, inserindo e validando os
respectivos registos na base de dados. No quadro seguinte pode observar-se o total das publicações
que receberam tratamento técnico documental na Biblioteca.
Documentos Nº
Monografias 376
Analíticos (revistas/livros) 739
Multimédia 4
Publicações em série 23
Total 1142
Nesta área concretizaram-se ainda as seguintes acções:
▪ Iniciou-se o tratamento técnico documental das publicações periódicas, nacionais
e estrangeiras, existentes em depósito, já com cota, mas não inseridas no catálogo
informatizado;
▪ Assegurou-se o tratamento dos artigos das publicações periódicas, nacionais e
estrangeiras, entradas no Centro de Documentação;
▪ Procedeu-se à catalogação e indexação retrospectiva dos artigos da publicação
periódica “Revue Trimestrielle de Droit Civil”, anos 2006-2009.
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Relatório de Actividades 2009/2010
123
1.3. Abate e reparações de documentos
Foi decidido que três publicações em série e uma monografia que ficaram em quarentena
durante um ano, viram o seu estado de deterioração estabilizar, sendo por isso mesmo arrumados no
respectivo local.
Na sequência de proposta apresentada no ano anterior, foi concretizado o abate do Jornal
Oficial das Comunidades Europeias.
Ainda neste âmbito, realizaram-se 150 reparações, sem custos acrescidos, como se pode
verificar no quadro seguinte:
Reparações Nº
Volumes 150*
Custo (€) 0
*Reparações realizadas internamente
1.4. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados
(valores absolutos)
No dia 1 de Setembro de 2010 a base de dados bibliográficos registava um total de 26661
registos bibliográficos, correspondente a:
Documentos Nº
Monografias 11541
Analíticos (revistas/livros) 14364
Multimédia 528
Publicações em série 228
Total 26661
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124
2. Apoio aos Utilizadores
A biblioteca está aberta à Direcção, a toda a comunidade docente, aos Auditores de Justiça e
cooperantes, bem como a utilizadores externos.
Os pedidos dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo de empréstimo, que nos fornece
neste período 8710 registos, distribuídos da seguinte forma:
2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos
Documentos Nº
Monografias 5468
Analíticos (revistas/livros) 3140
Multimédia 102
Total 8710
2.2. Movimento de leitores – pedidos de consulta e empréstimo de documentos
Documentos Nº
Auditores de Justiça 5518
Dirigentes 163
Docentes 372
Funcionários 120
Externos 358
Entidades 85
Leitura de presença 2094
Total 8710
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Relatório de Actividades 2009/2010
125
Da análise destes quadros verificamos que a actividade deste serviço serve essencialmente os
Auditores e cooperantes.
Foi ainda, elaborado e distribuído um questionário, junto de quatro grupos específicos de
utilizadores: Direcção, Docentes, Auditores e Funcionários, para aferir a satisfação dos serviços
prestados, bem como sugestões para a sua continua melhoria. Os dados desse inquérito irão ser
objecto de análise, pelo que não constam do presente relatório por se encontrar fora do âmbito
temporal em apreciação.
3. Instalações
Da análise aos questionários efectuada em anos anteriores, verificou-se serem as instalações
alvo de menor nível de satisfação por parte dos utilizadores da biblioteca, nomeadamente pela falta de
espaço, mesas de apoio para consulta e leitura de documentos.
Nessa medida procedeu-se às seguintes actividades:
▪ Selecção das monografias duplicadas, menos actualizadas e de menor consulta;
▪ Transferência para o depósito, arrumação e ordenação pelas respectivas cotas em
estantaria compacta dessas monografias. Estas publicações transferidas, apesar não
se encontrarem em livre acesso, são passíveis de serem consultadas e requisitadas,
mediante solicitação aos trabalhadores da biblioteca;
▪ Transferência da Biblioteca para o depósito das publicações periódicas estrangeiras
até 2007 (inclusive) e também de algumas revistas portuguesas cuja assinatura foi
cancelada.
Após a transferência dessas monografias e publicações periódicas, recuperou-se espaço até
então ocupado por tais publicações e foi possível reorganizar o espaço da biblioteca, criando um
pequeno recanto de leitura, mais agradável e resguardado, com luz natural.
Procedeu-se ainda à:
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Relatório de Actividades 2009/2010
126
▪ Selecção, separação e arrumação das cassetes vídeo em formato VHS e já migradas
para o formato DVD, das que ainda aguardam o processo de passagem para o DVD.
▪ Continuação da reorganização dos depósitos, através da completa separação entre
documentação de arquivo, publicações do CEJ e documentação da Biblioteca.
4. Recursos Humanos
No decurso do ano de actividades, verificou-se a abertura de um concurso para Técnico
Superior, uma vez que um dos lugares estava preenchido por Técnico Superior em situação de
mobilidade. A dotação manteve-se, de resto igual, com 1 chefe de divisão, 2 técnicos superiores e 2
assistentes técnicos.
Secção 2
Vertente Arquivo
As actividades do arquivo desenvolveram-se, durante o ano em apreciação, enquanto arquivo
intermédio, isto é, recebendo, tratando e preservando a documentação produzida e recebida pelos
serviços do CEJ. Neste âmbito, foram realizadas as seguintes tarefas:
1. Início da transferência de séries documentais já identificadas, de conservação permanente,
tendo sido consideradas algumas como possivelmente fechadas, e consequentemente
transferidas para o arquivo definitivo, localizado nas Escadinhas de São Crispim,
aguardando posterior tratamento, nomeadamente informático;
2. Reconstrução de séries documentais e levantamento de documentação avulsa da antiga
Cadeia do Limoeiro. Esta actividade exigiu que se procedesse ao: inventário,
preenchimento das guias de remessa e auto de entrega e embalamento dos documentos e
respectivo envio à Direcção-Geral de Serviços Prisionais, legítima detentora da referida
documentação;
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Relatório de Actividades 2009/2010
127
3. Inventário e preenchimento das guias de remessa e auto de entrega das pastas deixadas
nas Escadinhas de São Crispim pelo ex-Gabinete para as Relações Internacionais e de
Cooperação. Contactos estabelecidos com a Direcção-Geral da Política de Justiça,
organismo que herdou as funções do ex-Gabinete para as Relações Internacionais,
Europeias e de Cooperação (GRIEC);
4. Inventário e acondicionamento da documentação existente na capela (ex-Assistência
Religiosa). Localização de documentação dispersa pelos diferentes depósitos existentes
no CEJ, para posterior tratamento e acondicionamento;
5. Pesquisas e levantamento de documentação produzida pela Associação Cultural e
Desportiva do CEJ. Preenchimento das Folhas de Recolhas de Dados, cuja documentação
constitui um fundo arquivístico à parte, mas intimamente ligada com a história do CEJ e
com a Direcção então vigente;
6. Levantamento de documentação respeitante a eventos culturais, promovidos pelos
Técnicos Superiores do Gabinete de Estudos Judiciários, no decurso das actividades de
formação dos futuros Magistrados;
7. Transferência da documentação existente no 3º andar, no depósito localizado ao lado da
sala de vídeo e no arquivo do secretariado dos Directores-Adjuntos para o arquivo
intermédio, com o fim de organizar, unificar e completar as séries já identificadas;
8. Continuação da elaboração do Relatório de Avaliação da documentação acumulada do
Centro de Estudos Judiciários a submeter à aprovação da Direcção-Geral de Arquivos
(DGARQ);
9. Continuação da elencagem da tabela de selecção de documentos a constar da Portaria de
Gestão de Documentos do Centro de Estudos Judiciários, a elaborar posteriormente;
10. Levantamento dos textos de apoio elaborados pelos Docentes e o inventário por
títulos/temas dos mesmos;
11. Selecção e conservação de uma colecção para fazer parte do Arquivo do CEJ, estando
ainda em aberto o destino a dar aos restantes duplicados. Nesse sentido foi também,
inventariado e seleccionado o material cedido por um docente, com o fim de completar a
colecção do CEJ.
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Relatório de Actividades 2009/2010
128
Secção 3
Gestão de publicações
O CEJ edita monografias, isoladamente ou em parceria, abrangendo temáticas diversificadas
nas áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas publicações em série: a Revista do CEJ e o
Prontuário de Direito do Trabalho.
Assim sendo, a Divisão do Centro de Documentação:
▪ Assegurou a distribuição da Revista do CEJ n.º 12, através das ofertas institucionais,
permutas e vendas;
▪ Procedeu-se à distribuição dos Prontuários de Direito do Trabalho nºs 82, 83 e 84,
através das ofertas institucionais e permutas, como se pode verificar no quadro
seguinte.
Título Quantidade
Prontuário de Direito do Trabalho nº 82 97
Prontuário de Direito do Trabalho nº 83 95
Prontuário de Direito do Trabalho nº 84 100
Revista do CEJ nº 12 209
Total 501
▪ O quadro seguinte indica os outras de publicações, editadas anteriormente pelo
CEJ, que foram oferecidas, permutadas ou vendidas:
Título Quantidade
Monografias 121
Periódicos 376*
Total* 497
* 150 exemplares da Revista do CEJ n.º 9 foram enviados para a Livraria Almedina
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Relatório de Actividades 2009/2010
129
▪ Efectuou-se a venda das seguintes publicações do CEJ aos senhores Auditores∗:
Título Quantidade
A nova justiça administrativa 6
Jornadas/Direito Criminal/Revisão do Código Penal 1
Criminalidade e Cultura 1
Textos – Sociedades Comercias 1
Dez Anos de Crime em Portugal 1
Revista do CEJ nº 3 1
Revista do CEJ nº 6 3
Revista do CEJ nº 8 2
Revista do CEJ nº 9 5
Revista do CEJ nº 10 1
Revista do CEJ nº 11 4
Total* 26
▪ Com vista à dinamização da distribuição da Revista do CEJ, procedeu-se, em
colaboração com a Directora Executiva da Revista, ao projecto de angariação de
novas assinaturas e divulgação da Revista do CEJ, quer nas nossas instalações (no
âmbito dos Cursos XXVIII Curso Normal e I Curso dos TAF), quer através de e-mail
(XXVI e XXVII Cursos de Magistrados que se encontravam na 2.ª fase de formação
nos Tribunais);
▪ Transcrição da entrevista do Conselheiro Octávio Dias Garcia, realizada no âmbito
do projecto” Magistrados na 1.ª pessoa” [entrevistas a Magistrados portugueses
sobre histórias de vida, realizadas entre 2000 e 2001], que possivelmente irá ser
incluída, num dos próximos números da Revista do CEJ;
▪ Foi concluído o levantamento, embalamento, acondicionamento e inventário de
todas as publicações do CEJ existentes em armazém.
∗ O total destas publicações encontra-se contabilizado nos quadros anteriores
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Relatório de Actividades 2009/2010
130
Secção 4
Outras actividades
a) O Centro de Estudos Judiciários participa na Rede de Conhecimento da Justiça, projecto
desenvolvido pela Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, que tem como objectivo
concentrar num único repositório todo o património arquivístico, documental, museológico
e cultural da Justiça, tendo em vista a sua preservação e comunicação. Neste sentido, o
representante da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça deslocou-se ao CEJ, afim de
fotografar os motivos de interesse histórico-cultural das instalações, no dia 1 de Junho de
2010.
b) Colaboração com o Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) na organização e apoio à
realização de actividades culturais.
c) No âmbito das comemorações que assinalam o Centenário da República, foi solicitada a
colaboração do CEJ, por parte do Senhor Secretário de Estado da Justiça e da
Modernização Judiciária. Procedeu-se para esse efeito à recolha e selecção de livros
nacionais publicados entre 1910-1926, existente no CEJ e sua posterior digitalização. Essa
colaboração, para além da Divisão do Centro de Documentação, envolveu o Serviço de
Reprografia e a Divisão de Informática e Multimédia.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
131
Capítulo III
Departamento de Apoio GeralDepartamento de Apoio GeralDepartamento de Apoio GeralDepartamento de Apoio Geral (DAG) (DAG) (DAG) (DAG)
A organização interna do Centro de Estudos Judiciários está definida e regulada na Portaria nº
965/2008, de 29 de Agosto. Nos termos do seu art.º 5º, o Departamento de Apoio Geral é a unidade
orgânica genericamente responsável pela concepção, organização, e manutenção do sistema de
informação do CEJ, pelo apoio jurídico, e pelo apoio, nas áreas da informática e multimédia e da
gestão financeira, patrimonial e de recursos humanos às actividades do CEJ.
É ainda prevista a criação de uma unidade orgânica flexível, denominada Divisão, e duas
unidades flexíveis com o nível de secção.
Estas unidades orgânicas flexíveis foram criadas por Despacho de 15 de Setembro de 2008,
da anterior Directora do CEJ.
Secção 1
Área financeira e patrimonial
1. Área financeira
No que concerne à área financeira, importa referir que o orçamento respeita ao ano económico,
pelo que não coincide com o período de actividades do CEJ. Ainda assim, dá-se uma perspectiva de
execução orçamental tendo em conta as actividades que decorreram entre 1 de Setembro de 2009 e
31 de Julho de 2010.
Destacam-se tão só as actividades mais relevantes, orientadas para a actividade principal do
CEJ, que foram as seguintes:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
132
• Foi elaborada a proposta de orçamento para o ano de 2010, tendo em conta as
despesas previstas com as actividades do XXVII curso normal de formação de
Magistrados (entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2010), do XXVIII curso normal de
formação de Magistrados para as Magistraturas judicial e do Ministério Público e I
Curso para os TAF (1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2010) e ainda do curso
especial de recrutamento para o Ministério Público, nos termos da Lei nº 95/2009, de
2 de Setembro.
• Foi assegurada a execução do orçamento de funcionamento do CEJ, nas vertentes
da receita e da despesa.
• Foram elaborados, nos prazos estipulados, os reportes periódicos (mensais e
trimestrais) a que se referem os Decretos-Lei de execução orçamental e de acordo
com as circulares Série A da Direcção-Geral do Orçamento relativos aos anos de
2009 e 2010.
• Foi elaborada e remetida ao Tribunal de Contas, dentro do prazo legal, a conta de
gerência do ano de 2009.
Relativamente aos recursos financeiros, a verba atribuída ao CEJ para funcionamento no ano
económico de 2010 revelou-se, logo à partida, insuficiente (foi previsto um défice de cerca de dois
milhões de euros), pelo que o Departamento de Apoio Geral elaborou várias informações e mapas
demonstrativos da situação financeira tendo em vista a resolução da situação a nível superior.
Assim, o montante global do orçamento foi suficiente para cobrir as despesas até ao fim do ano
de actividades, ficando por resolver a situação relativamente aos restantes meses do ano económico.
Em termos orçamentais, porém, os encargos com recursos humanos representam 87% do
orçamento disponível, sendo que 59% são gastos no pagamento de bolsas aos Auditores de Justiça,
41% em despesas com os vencimentos de dirigentes, coordenadores, Docentes e demais
trabalhadores do CEJ. Quanto ao restante, 6% são despesas com a formação (pagamento a
formadores externos, ajudas de custo e aluguer de espaços) e 7% com despesas de funcionamento.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Actividades 2009/2010
133
2. Área patrimonial
• Foram efectuados 10 procedimentos aquisitivos por ajuste directo simplificado, para
aquisição de bens.
• Foram elaborados e assinados 5 novos contratos, sendo 2 para aquisição de bens e
3 para aquisição de serviços, decorrentes dos concursos levados a cabo pela
Unidade de Compras do Ministério da Justiça.
• Dos contratos existentes, 12 foram renovados e 7 foram rescindidos.
• Foram adquiridas estantes para apetrechar o espaço de arquivo das instalações do
CEJ nas Escadinhas de S. Crispim.
• Foram adquiridos 25 computadores, respectivos ratos e teclados, na sequência de
procedimento levado a cabo pela UCMJ para apetrechar a Sala de Estudos
destinada aos Auditores de Justiça.
• Foram efectuados 5 procedimentos aquisitivos para a informática, sendo 3 para
aquisição de software e 2 de hardware.
• Foram actualizados o cadastro e o inventário de bens imóveis adquiridos no ano de
2009 e 2010.
• Foi efectuada a manutenção dos bens imóveis e das viaturas afectas ao CEJ.
Além destas actividades, estão cometidas à área financeira e patrimonial outras atribuições,
nomeadamente a requisição e carregamento mensal dos títulos de transporte dos Magistrados que
exercem funções no CEJ e que se deslocam às acções de formação que são realizadas, quer a nível
nacional, quer no âmbito da Cooperação Europeia e Internacional que o Centro de Estudos Judiciários
desenvolve ao abrigo legal das suas atribuições e a colaboração na organização de eventos no CEJ.
Quanto aos recursos humanos afectos a esta área de actividade, dos 7 lugares previstos no
mapa de pessoal para as áreas financeira e patrimonial apenas 5 estão ocupados (2 técnicos
superiores, 1 coordenador técnico e 2 assistentes técnicos), pelo que há necessidade de concentrar
valências profissionais num número reduzido de trabalhadores.
Tal facto tem onerado bastante todos os funcionários que aqui desempenham a sua actividade,
tanto mais que se passou de um universo de 80/100 Auditores de Justiça para 125/150 Auditores de
Justiça.
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Relatório de Actividades 2009/2010
134
3. Área de recursos humanos
No que se refere aos recursos humanos:
• Foram executadas todas as tarefas, tais como o processamento de vencimentos e
outros abonos, o controlo de assiduidade (faltas férias e licenças), a contagem de
tempo de serviço, quer para efeitos de aposentação, quer para efeitos de
candidatura a procedimentos concursais e emissão de variadas declarações.
• Foram introduzidos na aplicação Sistema de Recursos Humanos (SRH), para efeitos
de gestão dos processos e processamento de remunerações, os dados relativos aos
125 Auditores de Justiça que iniciaram a formação teórico-prática no ano de
actividades 2009/2010.
• Foram assegurados os procedimentos relativos a inscrições na CGA, ADSE e
Segurança Social, relativamente aos mesmos Auditores de Justiça.
• Foram asseguradas as acções necessárias em matéria de gestão e administração
de recursos humanos do CEJ, nomeadamente:
- a tramitação e conclusão de 5 procedimentos de recrutamento e
selecção de pessoal das carreiras gerais;
- a abertura, tramitação e conclusão de 3 concursos para admissão de
pessoal para a carreira (não revista) de informática;
- a celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado, na sequência de alteração do posicionamento
remuneratório obrigatório e por opção gestionária, num total de 7
contratos.
- a celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado, na sequência de procedimentos concursais, num total
de 6 contratos;
- a celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado, na sequência de procedimentos por mobilidade interna
de pessoal do Arsenal do Alfeite, num total de 6 contratos.
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Relatório de Actividades 2009/2010
135
• Foi elaborado o mapa de pessoal do CEJ para 2010, tendo em conta os requisitos
impostos pela Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (Lei que estabelece os regimes
de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem
funções públicas), os recursos disponíveis e os postos de trabalho necessários ao
desenvolvimento da actividade, que acompanhou o projecto de orçamento para o
ano de 2010.
Quanto aos recursos humanos afectos a esta área de actividade, dos 7 lugares previstos no
mapa de pessoal, apenas 4 estão ocupados (1 coordenador técnico, 2 assistentes técnicos e 1
assistente operacional), pelo que há necessidade de concentrar valências profissionais num número
reduzido de trabalhadores.
As razões dessa acumulação e o desgaste sentido pelos funcionários prende-se, conforme se
assinalou no ponto anterior, com o acréscimo de serviço ocasionado pelo aumento do número de
Auditores de Justiça, não acompanhado pelo número de trabalhadores, que se mantém inalterado, e
dificulta a resposta a tantas solicitações.
4. Área de ciências jurídicas
Foi feita toda a tramitação do procedimento concursal para recrutamento de 2 técnicos
superiores na área das ciências jurídicas, dado que os lugares estavam ocupados por trabalhadores
com contrato de trabalho a termo resolutivo incerto.
O concurso não foi ainda concluído com a admissão dos candidatos posicionados em 1º e em
2º lugar, por não haver, no ano económico de 2010, dotação orçamental para esse efeito.
Sendo certo que as trabalhadoras que ocupavam estes postos de trabalhado cessaram o
contrato no final do ano económico de 2009, o CEJ tem contado com a colaboração da assessoria
jurídica da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, na área do contencioso administrativo, situação
que tem gerado bastantes dificuldades no acompanhamento jurídico dos processos em curso nos
Tribunais e que, em nosso entender, deveria ser alterada.
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Relatório de Actividades 2009/2010
136
5. Outras acções na área do DAG
No ano de actividades 2009/2010, foram efectuadas no Departamento outras actividades
relevantes das quais se destacam as seguintes:
• Participação na elaboração do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e
Infracções Conexas, enviado ao Tribunal de Contas, à Inspecção-Geral dos
Serviços da Justiça e ao Gabinete do Senhor Ministro da Justiça.
• Participação na reunião na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça,
presidida pelo Senhor Secretário de Estado da Administração Pública com
a presença de dirigentes da Direcção-Geral da Administração e do
Emprego Público e do Ministério da Justiça, sobre matérias de recursos
humanos, nomeadamente procedimentos concursais, mobilidade interna e
SIADAP.
• Resposta a vários questionários que se prendem com a organização e
funcionamento do departamento de gestão financeira, patrimonial e de
recursos humanos, nomeadamente sobre:
- Utilização das tecnologias da informação e da comunicação na
Administração Pública, solicitado pela UMIC – Agência para a
Sociedade do Conhecimento.
- O levantamento do Controlo Operacional, solicitado pela
Inspecção-Geral dos Serviços da Justiça.
- O questionário da OCDE, sobre recursos humanos e
financeiros, solicitado pela Direcção-Geral da Administração e
do Emprego Público, através da Secretaria-Geral do Ministério
da Justiça.
- O custo de mão-de-obra – 2008, solicitado pelo Gabinete de
Estudos e Planeamento do INE, através da Circular
EIE/CM/12/2009.
• Elaboração de informações, propostas e pareceres avulsos em matérias
relacionadas com a área de actividade do DAG.
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Relatório de Actividades 2009/2010
137
• Foi prestada diversa informação à Inspecção-geral dos Serviços da Justiça,
no âmbito da Auditoria temática efectuada no ano de 2009, na fase de
elaboração do respectivo relatório.
• Realizou-se o acompanhamento da aplicação do SIADAP 2 e 3 ao CEJ e
foi enviado o respectivo relatório à Secretaria-Geral do Ministério da
Justiça.
Secção 2
Divisão de Informática e Multimédia (DIM)
A Divisão de Informática e Multimédia (DIM) é formado por 5 elementos, um deles o chefe de
divisão respectivo, com aptidões e funcionalidades distintas, dirigidas para funções específicas no
domínio da informática, multimédia e audiovisuais.
De acordo com as competências definidas para a Divisão, foram desenvolvidas e
implementadas, ao longo do ano de actividade, tarefas para assegurar a operacionalidade dos
sistemas informáticos e a sua adequação às necessidades do CEJ.
No âmbito das actividades de 2009/2010, o DIM desenvolveu as seguintes actividades:
a) Ao nível do Software
- No âmbito do e-learning, a DIM com a colaboração da FCCN (Fundação para a Computação
Cientifica Nacional) e do ITIJ (Instituto das Tecnologias da Informação), disponibilizou todos
os meios tecnológicos ao Departamento de formação para realização do curso piloto “As
Novas Tecnologias e os Tribunais”.
- Desactivação da infra-estrutura local de correio electrónico (Microsoft Exchange);
- Finalização da migração de todas as caixas de correio electrónico para a infra-estrutura de
Correio electrónico do Ministério da Justiça;
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Relatório de Actividades 2009/2010
138
- Actualização e manutenção do sítio de internet do CEJ;
- Concepção, desenvolvimento e implementação de aplicação para registo e gestão dos dados
relativos ao concurso de ingresso e da avaliação dos Magistrados do Tribunais
Administrativos e Fiscais;
- Melhoria da aplicação de registo e gestão dos dados relativos ao concurso de ingresso e da
avaliação dos Magistrados do Tribunais Judiciais;
- Implementação do servidor de ficheiros/impressão para apoio as unidades orgânicas do CEJ;
b) Ao nível do Hardware
- Contínua avaliação da cobertura rádio da rede sem fios nos dois pólos do CEJ;
- Reformulação da arquitectura da rede sem fios do CEJ;
- Acompanhamento e resolução de casos pontuais na rede informática e estações de trabalho
dos funcionários;
- Criação de espaço dedicado e refrigerado para alojar os equipamentos de comunicações e
os servidores;
- Renovação do parque informático, tendo resultado no abatimento de equipamento obsoleto
e, ou, sem reparação, e na modernização da sala de tecnologias de informação;
- Para assegurar o bom nível de desempenho dos equipamentos e das soluções informáticas
disponibilizadas, foram efectuados os seguintes contratos para prestação de serviços de
assistência técnica:
- Contrato de assistência da Lexmark (impressoras);
- Contrato de manutenção da Quadricard (Aplicação de relógio de ponto).
c) Ao nível dos Audiovisuais
- Na área de apoio audiovisual, a DIM continuou a prestar serviço regular de apoio audiovisual
as aulas da formação inicial e contínua, entre outros, eventos promovidos pelo CEJ de
acordo com protocolos institucionais, através da disponibilização de videoprojectores e
outros equipamentos de audiovisual.
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Relatório de Actividades 2009/2010
139
Parte III
Dados Dados Dados Dados EstatísticEstatísticEstatísticEstatísticosososos
IIII. . . . Concursos púConcursos púConcursos púConcursos públicos de blicos de blicos de blicos de iiiingresso nas Mngresso nas Mngresso nas Mngresso nas Magistraturasagistraturasagistraturasagistraturas
1. Vagas a concurso
Magistratura Total Curso
Magistratura Judicial 55 XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
Magistratura dos TAF 65 XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
Magistratura do Ministério Público 45 II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
Total 165
2. Candidatos, por fase
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Trib. Judiciais
II Curso de Formação de Magistrados para os Trib. Administrativos e Fiscais
Fase do concurso
Total Via das
habilitações académicas
Via da experiência profissional
Total Via das
habilitações académicas
Via da experiência profissional
Candidatos inscritos 1478 955 523 622 349 273
Candidatos em prova na fase escrita 1163 746 417 354 158 196
Candidatos admitidos à fase oral 338 230 108 194 52 142
Candidatos em prova na fase oral 316 213 106 179 43 136
Candidatos aprovados 157 103 54 101 30 71
Candidatos habilitados 120 84 36 45 12 33
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Relatório de Actividades 2009/2010
140
IIIIIIII. . . . Formação Inicial TeóricoFormação Inicial TeóricoFormação Inicial TeóricoFormação Inicial Teórico----PráticaPráticaPráticaPrática
1. Destinatários da Formação Inicial (indicadores d e caracterização)
1.1. Auditores de Justiça
1.1.1.Número, por género (à data da admissão)
Curso Total Feminino Masculino
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 100 77 23
XXVIII Curso Normal (Tribunais Judiciais) 100 67 33
I Curso Especial (Ministério Público) 64 48 16
I Curso (Tribunais Administrativos e Fiscais) 25 16 9
Total 289 208 81
1.1.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)
Curso Total Licenciatura Mestrado Doutoramento
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 100 99 1 --
XXVIII Curso Normal (Tribunais Judiciais) 100 100 -- --
I Curso Especial (Ministério Público) 64 62 2 --
I Curso (Tribunais Administrativos e Fiscais) 25 23 2 --
Total 289 284 5 --
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141
1.1.3. Número, por Distrito/Região Autónoma de residência (à data da admissão)
Distrito/Região Autónoma Total XXVII Curso
(TJ) XXVIII Curso
(TJ) I Curso
Especial (MP) I Curso (TAF)
Aveiro 12 5 4 3 --
Beja 2 -- 1 1 --
Braga 18 6 9 1 2
Bragança 1 1 -- -- --
Castelo Branco -- -- -- -- --
Coimbra 21 9 8 4 --
Évora 2 1 -- 1 --
Faro 5 3 1 1 --
Guarda 3 1 2 -- --
Leiria 8 3 3 2 --
Lisboa 86 30 27 21 8
Portalegre 1 -- 1 -- --
Porto 76 30 23 16 7
Santarém 4 1 1 2 --
Setúbal 15 3 1 4 7
Viana do Castelo 13 1 10 2 --
Vila Real 6 -- 5 -- 1
Viseu 12 5 1 6 --
R. A. dos Açores 4 1 3 -- --
R. A. da Madeira -- -- -- -- --
Total 289 100 100 64 25
1.2. Cooperantes
1.2.1. Número, por género
Curso TOTAL Masculino Feminino
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 23 11 12
XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) 24 16 8
I Curso Especial (Ministério Público) 8 7 1
Total 55 34 21
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142
1.2.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)
Curso Total Licenciatura Mestrado Doutoramento
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 23 23 -- --
XXVIII Curso Normal (Tribunais Judiciais) 24 24 -- --
I Curso Especial (Ministério Público) 8 8 -- --
Total 55 55 -- --
1.2.3. Número, segundo o país de origem
País de origem Total XXVII Curso
(Tribs. Judiciais) XXVIII Curso
(Tribs. Judiciais) I Curso Especial (Min. Público)
Angola 25 8 9 8
Cabo Verde 8 4 4 --
Guiné-Bissau 9 5 4 --
Moçambique 11 5 6 --
São Tomé e Príncipe 2 1 1 --
Total 55 23 24 8
1.2.4. Número, segundo a Magistratura
Curso Total Magistratura
Judicial Magistratura do
Ministério Público
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 23 10 13
XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) 24 9 15
I Curso Especial (Ministério Público) 8 -- 8
Total 55 19 36
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1.3. Observadores (Brasil)
1.3.1. Número, por género
Curso Total Masculino Feminino
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 1 1 --
XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) -- -- --
Total 1 1 --
1.3.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)
Curso Total Licenciatura Mestrado Doutoramento
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 1 1 -- --
XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) -- -- -- --
Total 1 1 -- --
1.3.3. Número, segundo a Magistratura
Curso Total Magistratura
Judicial Magistratura do
Ministério Público
XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 1 1 --
XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) -- -- --
Total 1 1 --
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144
2. Docentes, consoante o regime
Docentes Em
15/09/2009 Em
14/09/2010
Magistrados Judiciais 9 10
Magistrados do Ministério Público 10 11
Outros 1 1
A tempo integral
Subtotal 22 22
Magistrados Judiciais 7 8
Magistrados do Ministério Público 3 3
Outros -- --
A tempo parcial
Subtotal 10 11
Total 32 33
3. Actividades
3.1. Actividades do I Ciclo
3.1.1. Número de Auditores
Curso Em
15/09/2009 Em
14/09/2010
XXVIII Curso (TJ) 100 97
I Curso (TAF) 25 25
I Curso Especial (Ministério Público) 64 63
Total 189 185
3.1.2. Número de personalidades convidadas – intervenientes
Personalidades convidadas Total
XXVIII Curso (TJ) 45
I Curso (TAF) 25
I Curso Especial (Ministério Público) 25
Total 95
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3.2. Actividades do II Ciclo
3.2.1. Número de Auditores
Curso 15/09/2009 14/09/2010
XXVII Curso Normal 100 100
3.2.2. Número de formadores
Distrito Judicial Total MJ MP
Coimbra 40 17 23
Évora 34 12 22
Lisboa 48 17 31
Porto 49 18 31
TAF Norte 10 10
TAF Sul 17 17
Total 198 91 107
3.2.3. Classificação final/Graduação do XXVII Curso, por opção de Magistratura e segundo o género
Opção
Magistratura Judicial Ministério Público Classificação final (XXVII Curso)
TOTAL
Total Masc Fem Total Masc Fem
≥10 e <12 valores -- -- -- -- -- -- --
≥12 e <14 valores 46 20 2 18 26 5 21
≥14 e <16 valores 54 30 10 20 24 6 18
≥16 e <18 valores -- -- -- -- -- -- --
≥18 valores -- -- -- -- -- -- --
Total de vagas preenchidas 100 50 12 38 50 11 39
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146
III. ActivIII. ActivIII. ActivIII. Actividades de Formação idades de Formação idades de Formação idades de Formação ContínuaContínuaContínuaContínua
1. Número de destinatários
Nº de
destinatários
Judiciais 1998
Administrativos e Fiscais 132 Magistrados
Ministério Público 1610
Subtotal de Magistrados 3740
Outros 786
Total 4526
2. Número de Docentes directamente envolvidos, cons oante o regime
Regime Total
A tempo inteiro 14
A tempo parcial 6
Total 20
3. Número de horas de formação
Tipo de acção Nº de horas
Cursos 480
Seminários e colóquios 112
Outras actividades ---
Total 592
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147
IV.IV.IV.IV. Recursos Humanos Recursos Humanos Recursos Humanos Recursos Humanos
1. Efectivos Globais (em 14/09/2010)
Pessoal Em 15/09/2009
Em 14/09/2010
Dirigentes 7 6
Coordenadores regionais 8 10(2)
Docentes 20 22(3)
Pessoal técnico superior 6 7
Especialista de informática 1 3 Pessoal de informática
Técnico de informática 2 2
Pessoal assistente técnico 12 17
Pessoal de coordenação/chefia 6 6
Pessoal do quadro
Pessoal assistente operacional 13 13
Pessoal de outro quadro 3 0 Pessoal além do quadro Outro pessoal 3 3
Total 81 89
2 Estão incluídos os Coordenadores a tempo parcial: em 15/09/2009, eram 4; em 14/09/2010, eram 6, sendo que, destes, dois são os Coordenadores dos TAF Norte e TAF Sul, lugares preenchidos em 2010 em consequência do aumento do número de vagas para os magistrados dos TAF e a necessidade de assegurar a formação aos Auditores de Justiça do 2º Ciclo. 3 Aumento devido à elevação do número de vagas para Auditores de Justiça.
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148
2. Movimento de efectivos (de 15/09/2009 a 14/09/20 10)
2.1. Admissões
Pessoal do quadro Pessoal além do quadro
Informática
Grupo de pessoal
Modalidade do vínculo T
OTAL
Dirige
nte
Coo
rden
adores
region
ais
Doc
entes
Técn
ico su
perio
r
Espe
cialista de inform
ática
Técn
ico de
inform
ática
Técn
ico e técn
ico profission
al
Coo
rden
ação
e che
fia
Ass
istente Té
cnico
Ass
istente Ope
racion
al
De ou
tro qu
adro
Outro pes
soal
Nomeação 6 -- -- -- 1 2 1 -- -- 2 -- -- --
Contrato administrativo de provimento
-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Contrato de trabalho -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Contrato de prestação de serviços
-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Transferência, requisição ou destacamento
-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Comissão de serviço 13 4 2 6 -- -- -- -- 1 -- -- -- --
Outras situações 2 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 1 -- 1
Total 21 4 2 6 1 2 1 -- 1 2 1 -- 1
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149
2.2. Desligamentos
Pessoal do quadro Pessoal além do quadro
Informática
Grupo de pessoal
Motivo do desligamento T
OTAL
Dirige
nte
Coo
rden
adores
region
ais
Doc
entes
Técn
ico su
perio
r
Espe
cialista de inform
ática
Técn
ico de
inform
ática
Técn
ico e técn
ico profission
al
Coo
rden
ação
e che
fia
Ass
istente Té
cnico
Ass
istente Ope
racion
al
De ou
tro qu
adro
Outro pes
soal
Falecimento -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Exoneração -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Aposentação 2 1 -- -- -- -- -- -- -- -- 1 -- --
Limite de idade -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Aposentação compulsiva -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Demissão -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Mútuo acordo -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Cessação da comissão de serviço
11 4 2 4 -- -- -- -- 1 -- -- -- --
Extinção do contrato 2 -- -- -- 2 -- -- -- -- -- -- -- --
Outros motivos 2 -- -- -- -- -- 1 -- -- -- -- -- 1
Total 17 5 2 4 2 -- 1 -- 1 -- 1 -- 1
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2.3. Pessoal do quadro – Recrutamento e selecção por concurso
Informática
Situação dos concursos
Total
Técnico superior
Especialista informática
Técnico de informática
Coorde- nação e chefia
Assistente técnico
Assistente operacional
Concursos abertos 8 2 2 1 -- 2 1
Concursos concluídos 6 1 2 1 -- 1 1
Concursos pendentes 2 1 -- -- -- 1 --
3. Efectivos – Assiduidade (em dias, de 15/09/2009 a 14/09/2010)
Pessoal do quadro Pessoal além do quadro
Informática
Grupo de pessoal
Motivo das faltas T
OTAL
Dirige
nte
Coo
rden
adores
region
ais
Doc
entes
Técn
ico su
perio
r
Espe
cialista de inform
ática
Técn
ico de
inform
ática
Técn
ico e técn
ico profission
al
Coo
rden
ação
e che
fia
Ass
istente Té
cnico
Ass
istente Ope
racion
al
De ou
tro qu
adro
Outro pes
soal
Maternidade/Paternidade 89 -- -- 61 -- -- 28 -- -- -- -- -- --
Falecimento de familiar 11 -- -- -- 4 -- -- -- -- 6 1 -- --
Doença 366 -- -- -- 25 40 -- -- 35 179 87 -- --
Assistência a familiares 66 -- -- -- 7 -- -- -- -- 26 33 -- --
Trabalhador estudante 6 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 6
Por conta do período de férias
128 -- -- -- 17 7 6 -- 10 41 46 -- 1
Outras 4 -- -- -- 3 -- -- -- -- -- 1 -- --
Total 670 -- -- 61 56 47 34 -- 45 252 168 -- 7
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4. Trabalho extraordinário, processado e pago
Trabalho extraordinário4
Trabalho em dias de descanso semanal e
complementar3 Pessoal Nº de horas
Montante pago (€)
Nº de horas
Montante pago (€)
Dirigentes -- -- -- --
Coordenadores regionais -- -- -- --
Docentes -- -- -- --
Pessoal técnico superior 169 2.236,78 64 727,02
Técnico de informática -- -- 37,5 935,06 Pessoal de informática
Técnico especialista 70,5 1.877,17 21,5 794,25
Pessoal de coordenação/chefia -- -- 238,3 1744,64
Assistente administrativo 291,5 1.619,92 144,5 1155,67
Pessoal do quadro
Assistente operacional 1276 5.344,22 255 1662,49
Pessoal de outro quadro -- -- -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal 180,5 1714,52 38 220,98
TOTAL 1987,5 12.792,61 798,8 7240,11
4 Este trabalho foi realizado durante o período do concurso para preenchimento das vagas dos candidatos a Magistrados, tendo decorrido durante os fins de semana, feriados e nos dias de semana até às 2 ou 3 horas da manhã, sendo certo que o início do exercício da actividade se processou, a maior parte das vezes, às 8 da manhã.
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152
5. Efectivos, segundo a mais elevada habilitação ac adémica (em 14/09/2010)
Pessoal do quadro Pessoal além do quadro
Informática
Grupo de pessoal
Escolaridade T
OTAL
Dirige
nte
Coo
rden
adores
region
ais
Doc
entes
Técn
ico su
perio
r
Espe
cialista de inform
ática
Técn
ico de
inform
ática
Técn
ico e técn
ico profission
al
Coo
rden
ação
e che
fia
Ass
istente Té
cnico
Ass
istente Ope
racion
al
De ou
tro qu
adro
Outro pes
soal
Menos de 4 anos -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
4 anos de escolaridade 3 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 3 -- --
6 anos de escolaridade -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
9 anos de escolaridade 8 -- -- -- -- -- -- -- -- 4 4 -- --
11 anos de escolaridade 12 -- -- -- -- -- -- -- 3 6 2 -- 1
12 anos de escolaridade 14 -- -- -- -- -- 2 -- -- 6 4 -- 2
Bacharelato 1 -- -- -- -- 1 -- -- -- -- -- -- --
Licenciatura 41 4 4 20 7 2 -- -- 3 1 -- -- --
Mestrado 4 -- -- 2 -- -- -- -- 2 -- -- -- --
Doutoramento -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Total 83 4 4 22 7 3 2 -- 8 17 13 -- 3
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6. Formação de efectivos
6.1. Número de participantes e de horas de formação, consoante o local da acção
Pessoal do quadro Pessoal além do quadro
Informática
Grupo de pessoal
Nº de participantes e nº de horas T
OTAL
Dirige
nte
Coo
rden
adores
region
ais
Doc
entes
Técn
ico su
perio
r
Espe
cialista de inform
ática
Técn
ico de
inform
ática
Técn
ico e técn
ico profission
al
Coo
rden
ação
e che
fia
Ass
istente Té
cnico
Ass
istente Ope
racion
al
De ou
tro qu
adro
Outro pes
soal
Acções internas -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Acções externas 9 -- -- -- 1 1 -- -- 1 5 1 -- -- Nº de partici- pantes
Total 9 -- -- -- 1 1 -- -- 1 5 1 -- --
Acções internas -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
Acções externas 170 -- -- -- 30 30 -- -- 14 82 14 -- -- Nº de horas
Total 170 -- -- -- 30 30 -- -- 14 82 14 -- --
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6.2. Áreas abrangidas (em horas)
Pessoal do quadro Pessoal além do quadro
Informática
Grupo de pessoal
Área de formação T
OTAL
Dirige
nte
Coo
rden
adores
region
ais
Doc
entes
Técn
ico su
perio
r
Espe
cialista de inform
ática
Técn
ico de
inform
ática
Técn
ico e técn
ico profission
al
Coo
rden
ação
e che
fia
Ass
istente Té
cnico
Ass
istente Ope
racion
al
De ou
tro qu
adro
Outro pes
soal
Bibliobase – Kardex 6 -- -- -- -- -- -- -- -- 6 -- -- --
Regime do contrato de tra- balho em funções públicas
42 -- -- -- -- -- -- -- -- 42 -- -- --
Novos regimes de vincula- ção, carreiras e remunera-
ções na Adm. Pública 28 -- -- -- -- -- -- -- 14 -- 14 -- --
A entrevista de avaliação de competências
30 -- -- -- 30 -- -- -- -- -- -- -- --
Comunicações e redes 30 -- -- -- -- 30 -- -- -- -- -- -- --
Novo modelo de gestão de recursos humanos na
Adm. Pública 6 -- -- -- -- -- -- -- -- 6 -- -- --
Gestão de arquivos correntes
28 -- -- -- -- -- -- -- -- 28 -- -- --
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7. Distribuição de Efectivos afectos
7.1. Centro de Documentação
Efectivos afectos Em
15/09/2009 Em
14/09/2010
Direcção 1 1
Coordenação e chefia 1 1
Técnico superior 2 2
Assistente técnico 2 2 Pessoal do quadro
Assistente operacional -- --
Pessoal de outro quadro -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal -- --
TOTAL 6 6
7.2. Divisão de Informática e Multimédia
Efectivos afectos Em
15/09/2009 Em
14/09/2010
Director 1 1
Coordenação e chefia 1 1
Especialista de informática 1 3
Técnico de informática 2 2 Pessoal do quadro
Assistente técnico 1 1
Pessoal de outro quadro -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal -- --
TOTAL 6 8
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156
7.3. Departamento de Relações Internacionais
Efectivos afectos Em
15/09/2009 Em
14/09/2010
Coordenador 1 1
Coordenador de projecto 2 2
Técnico superior 1 1
Assistente técnico -- -- Pessoal do quadro
Assistente operacional -- --
Pessoal de outro quadro -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal -- --
TOTAL 4 4
8. Actividade Administrativa
8.1. Número de documentos entrados
Total
Correio 5814 Nº de documentos entrados
Fax 986
Correio 1717
Nº de documentos expedidos Faxes expedidos na Secção Pessoal
415
Fotocópias produzidas5 4.249.456
5 De 1 de Setembro de 2009 a 31 de Agosto de 2010
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8.2. Número de certidões emitidas
Total
Nº de certidões emitidas --
8.3. Número de contratos
Aquisições Contratos (escritos)
Nº de pessoas/entidades Bens Serviços
Celebrados 5 2 3 *
Rescindidos 7 -- 7 **
Renovados 12 -- 12 ***
Em vigor 17 2 15
****Contratos celebrados:Contratos celebrados:Contratos celebrados:Contratos celebrados: - Serviço de limpeza na Sede, Escadinhas de s. Crispim, Porto e Coimbra - Serviço de vigilância e segurança na Sede e Escadinhas de S. Crispim - Serviço de manutenção preventiva e correctiva de ar condicionado ********Contratos rescindidos:Contratos rescindidos:Contratos rescindidos:Contratos rescindidos: - Serviço de limpeza na Sede - Serviço de limpeza nas escadinhas de S. Crispim - Serviço de limpeza Coimbra - Serviço de vigilância e segurança na Sede - Serviço de vigilância e segurança nas Escadinhas de S. Crispim - Contratação em regime de trabalho temporário no âmbito do projecto CITIUS - Serviço de manutenção preventiva de ar condicionado ***Contratos***Contratos***Contratos***Contratos renovados: renovados: renovados: renovados: - Serviço de manutenção de instalações Sede e Escadinhas de S. Crispim - Contrato de arrendamento das instalações da Delegação de Coimbra - Serviço de transmissão dados Porto - Serviço de transmissão dados internet - Serviço de manutenção de elevador - Serviço de manutenção do Sistema de Elaboração da Conta de Gerência - Serviço de manutenção da aplicação SrhPlus – Recibo de vencimento - Serviço de assistência técnica de Software do relógio de ponto - Serviço de manutenção da central telefónica - Serviço de segurança e higiene no trabalho - Produção de revistas do CEJ - Serviço de assistência técnica e manutenção de fotocopiadoras
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Relatório de Actividades 2009/2010
159
AnexoAnexoAnexoAnexo
Estudo Concursos de Ingresso para os XXIX Curso Normal de Formação de Magistrados para os
Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (números gerais)
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161
1. Candidatos inscritos, por curso e género
Sexo Curso de formação de Magistrados Feminino Masculino
Total
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
1059 419 1478
II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
377 245 622
Gráfico Candidatos inscritos no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais, por género
Feminino71,7%
Masculino28,3%
Gráfico Candidatos inscritos no concurso para ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais, por género
Feminino60,6%
Masculino39,4%
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2. Candidatos inscritos, por curso e idade 6
Curso de formação de Magistrados 18
a 24
anos
25 a 29
anos
30 a 34
anos
35 a 39
anos
40 a 44
anos
45 a 49
anos
50 a 54
anos
55 a 59
anos
≤60
ano
s
Total
Méd
ia
XXIX Curso de Formação de Magistrados TJ
78 487 393 275 118 87 29 10 1 1478 33,0 anos
II Curso de Formação de Magistrados TAF
16 131 175 130 71 62 27 8 2 622 35,7 anos
Gráfico
Candidatos inscritos no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, por escalão etário (em %)
25 a 29 anos32,9%
30 a 34 anos26,6%
35 a 39 anos18,6%
40 a 44 anos8,0%
≤60 anos0,1%
18 a 2 4 anos5,3%
50 a 54 anos2,0%
55 a 59 anos0,7%
45 a 49 anos5,9%
Gráfico Candidatos inscritos no concurso para ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais, por escalão etário (em %)
25 a 29 anos21,1%
30 a 34 anos28,1%
35 a 39 anos20,9%
40 a 44 anos11,4%
45 a 49 anos10,0%
55 a 59 anos1,3%
50 a 54 anos4,3%
18 a 2 4 anos2,6%
≤60 anos0,3%
6 Calculada tendo por referência a data de abertura dos concursos de ingresso (9 de Março de 2010).
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3. Candidatos inscritos, por curso e actividade pro fissional7 XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
Actividade profissional Nº %
Advogado/a 918 62,1%
Jurista 190 12,9%
Funcionário/a judicial 89 6,0%
Agente de forças ou serviços de segurança/Militar8 73 4,9%
Representante/Substituto do Ministério Público 49 3,3%
Estudante 20 1,4%
Docente 12 0,8%
Funcionário/a de banca/seguros 10 0,7%
Funcionário/a dos registos e notariado 11 0,7%
Administrativo/a 8 0,5%
Formador/a 8 0,5%
Solicitador/a 7 0,5%
Mediador/a ou Juiz/a de paz 6 0,4%
Funcionário/a da área tributária e alfândegas 5 0,3%
Inspector/a da Administração Pública 4 0,3%
Investigador/a científico 1 0,1%
Perito/a-Avaliador/a 1 0,1%
Técnico/a de reinserção social 1 0,1%
Outras/Diversas (não jurídicas e não forenses ou conexas) 21 1,4%
Actividade profissional não especificada 14 0,9%
Desempregado/a 14 0,9%
Não respondeu 35 2,4%
7 Chama-se a atenção para o facto de alguns dos candidatos terem indicado duas actividades profissionais (cerca de 24 candidatos). Na impossibilidade de determinar qual a mais importante, contabilizaram-se esses candidatos em todas as actividades profissionais que indicaram, sendo essa a razão para que os totais, caso sejam calculados, não coincidirem nem com o número total de candidatos, nem com o valor de 100%. 8 Inclui os agentes das forças ou serviços de segurança previstos no art.º 25º da Lei nº 53/2008, de 29 de Agosto (Lei de Segurança Interna e membros das Forças Armadas.
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Gráfico
Candidatos inscritos no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, por actividade profissional
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0%
Advogado/a
Jurista
Funcionário/a judicial
Agente forças/serviços segurança/Militar
Rep./Sub. do Min. Público
Estudante
Docente
Funcionário/a de banca/seguros
Func. registos e notariado
Administrativo/a
Formador/a
Solicitador/a
Mediador(a)/Juiz(a) de paz
Func. área tributária e alfândegas
Inspector/a Adm. Pública
Investigador/a científico
Perito/a-Avaliador/a
Técnico/a de reinserção social
Outras/Diversas
Não especificada
Desempregado/a
Não respondeu
% sobre o total de candidatos
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II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
Actividade profissional Nº %
Advogado/a 300 48,2%
Jurista 140 22,5%
Funcionário da área tributária e alfândegas 36 5,8%
Funcionário judicial 34 5,5%
Agente de forças ou serviços de segurança/Militar 17 2,7%
Estudante 9 1,4%
Docente 8 1,3%
Funcionário dos registos e notariado 7 1,1%
Representante/Substituto do Ministério Público 7 1,1%
Administrativo/a 6 1,0%
Representante da Fazenda Pública 6 1,0%
Formador 4 0,6%
Funcionário de banca/seguros 4 0,6%
Inspector/a da Administração Pública 4 0,6%
Mediador/Juiz de paz 3 0,5%
Solicitador 3 0,5%
Outras/Diversas (não jurídicas e não forenses ou conexas) 13 2,1%
Actividade profissional não especificada 15 2,4%
Desempregado/a 7 1,1%
Não respondeu 11 1,8%
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Gráfico
Candidatos inscritos no concurso para ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, por actividade profissional
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0%
Advogado/a
Jurista
Func. área tributária e alfândegas
Funcionário judicial
Agente forças/serviços segurança/Militar
Estudante
Docente
Func. registos e notariado
Rep./Sub. do Ministério Público
Administrativo/a
Representante da Fazenda Pública
Formador
Funcionário de banca/seguros
Inspector/a Adm. Pública
Mediador/Juiz de paz
Solicitador
Outras/Diversas
Não especificada
Desempregado/a
Não respondeu
% sobre o total de candidatos
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4. Candidatos inscritos pela via académica, por uni versidade de licenciatura
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais
II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais Natureza da universidade Universidade Nº % Nº %
Inst. Sup. Bissaya Barreto 3 0,3% 1 0,3%
U. Autónoma 61 6,4% 26 7,4%
U. Católica 120 12,6% 28 8,0%
U. Independente 2 0,2% 2 0,6%
U. Internacional 28 2,9% 12 3,4%
U. Livre 1 0,1% 1 0,3%
U. Lusíada 73 7,6% 35 10,0%
U. Lusófona 24 2,5% 9 2,6%
U. Moderna 54 5,7% 34 9,7%
Universidades particulares
U. Portucalense 36 3,8% 13 3,7%
Subtotal (univs. particulares) 402 42,1% 161 46,1%
U. de Coimbra 185 19,4% 53 15,2%
U. de Lisboa 231 24,2% 79 22,6%
U. do Minho 72 7,5% 35 10,0%
U. Nova de Lisboa 8 0,8% 5 1,4%
Universidades públicas
U. do Porto 53 5,5% 14 4,0%
Subtotal (univs. públicas) 549 57,5% 186 53,3%
U. Estrangeiras9 4 0,4% 2 0,6%
Subtotal (univs. estrangeiras) 4 0,4% 2 0,6%
Total 955 100,0% 349 100,0%
9 Encontram-se aqui referidas a Faculdade Milton Campos (Brasil), a Universidade de Santa Úrsula (Brasil), a Universidade do Passo Fundo (Brasil), a Universidade de Macau e uma universidade francesa não identificada.
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Gráfico Candidatos inscritos pela via académica no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, por universidade de licenciatura
0
50
100
150
200
250
Inst. S
up. Bissaya B
arreto
U. Autónoma
U. Católica
U. Independente
U. Internacional
U. Livre
U. Lu
síada
U. Lusófona
U. Moderna
U. Portucalense
U. de Coim
bra
U. de Lisboa
U. do
Minho
U. Nova de Lisboa
U. do Porto
U. Estrangeiras
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
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5. Candidatos habilitados, por universidade de lic enciatura
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais
II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais Natureza da universidade Universidade Nº % Nº %
Inst. Sup. Bissaya Barreto -- -- -- --
U. Autónoma 2 1,7% 1 2,2%
U. Católica 27 22,5% 10 22,2%
U. Independente -- -- 1 2,2%
U. Internacional -- -- 2 4,4%
U. Livre -- -- -- --
U. Lusíada 3 2,5% 3 6,7%
U. Lusófona 1 0,8% -- --
U. Moderna 1 0,8% 3 6,7%
Universidades particulares
U. Portucalense 5 4,2% 2 4,4%
Subtotal (univs. particulares) 39 32,5% 22 48,9%
U. de Coimbra 32 26,7% 7 15,6%
U. de Lisboa 28 23,3% 9 20,0%
U. do Minho 8 6,7% 4 8,9%
U. Nova de Lisboa 2 1,7% -- --
Universidades pública
U. do Porto 11 9,2% 3 6,7%
Subtotal (univs. públicas) 81 67,5% 23 51,1%
U. Estrangeiras -- -- -- --
Subtotal (univs. estrangeiras) -- -- -- --
Total 120 100,0% 45 100,0%
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Gráfico Candidatos habilitados para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e no II Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, por universidade de licenciatura
0
5
10
15
20
25
30
35
Inst. S
up. Bissaya B
arreto
U. Autónoma
U. Católica
U. Independente
U. Internacional
U. Livre
U. Lusíada
U. Lusófona
U. Moderna
U. Portucalense
U. de Coim
bra
U. de Lisboa
U. do Minh
o
U. Nova de Lisboa
U. do Porto
U. Estrangeiras
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
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171
6. Candidatos inscritos que prestaram provas escrit as e orais
Curso de formação de Magistrados
Provas escritas
Provas orais
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
1163 316
II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
354 179
7. Candidatos por resultados de avaliação psicológi ca
Curso de formação de Magistrados
Com parecer favorável
Com parecer não favorável
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
277 6
II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
32 1
Total 309 7
8. Candidatos por resultado final do concurso
Curso de formação de Magistrados
Candidatos habilitados
Candidatos aprovados
Candidatos excluídos
XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
120 157 1201
II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
45 101 476