relatório actividades doc base - cej · uma prova de resolução de casos de direito penal e...

171
Relatório de Actividades 2009_2010

Upload: trinhdiep

Post on 14-Dec-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Relatório de Actividades 2009_2010

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

3

Índice

Nota Introdutória ......................................................................................................... 9

Parte I - Formação de Magistrados ...........................................................................19

Capítulo I - Formação Inicial ........................................................................................................ 19

Secção 1 - Fase teórico-prática .................................................................................................. 19

• Subsecção 1 - Primeiro Ciclo do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)................................................................. 19

• Subsecção 2 - Primeiro Ciclo do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)....................................... 37

• Subsecção 3 - Primeiro Ciclo do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público

(04 de Janeiro de 2010 a 25 de Junho de 2010).................................................................................. 44

• Subsecção 4 - Segundo Ciclo do XXVII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais e do I Curso Especial para Magistrados do Ministério Público .............................................. 51

Secção 2 - Fase de Estágio dos XXVI e XXVII Cursos Normais de Formação de Magistrados. 64

• Subsecção 1 - Magistratura Judicial................................................................................................... 64

• Subsecção 2 - Magistratura do Ministério Público ............................................................................. 67

Capítulo II - Formação Complementar ........................................................................................ 69

Secção 1 - Objectivos................................................................................................................. 69

Secção 2 - Magistratura Judicial................................................................................................. 69

Secção 3 - Magistratura do Ministério Público............................................................................ 70

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

4

Capítulo III - Formação Contínua ................................................................................................. 71

Secção 1 - Acções de Formação previstas no Plano Anual ....................................................... 71

• Subsecção 1 - Acções de formação de Tipo A (Acções de formação de curta duração)................... 71

• Subsecção 2 - Acções de formação de Tipo B (Cursos Breves ou Temáticos) ................................. 80

• Subsecção 3 - Acções de formação de Tipo C (Cursos de Especialização)...................................... 84

• Subsecção 4 - Inscrições e participantes (nº) .................................................................................... 88

Capítulo IV - Actividades no domínio das Relações Internacionais......................................... 92

Capítulo V - Publicações ............................................................................................................ 107

Secção 1 - Revista do CEJ....................................................................................................... 107

Secção 2 - Prontuário de Direito do Trabalho........................................................................... 108

Parte II - Actividades de apoio à formação de Magistrados..................................109

Capítulo I - Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) .............................................................. 109

Capítulo II - Centro de Documentação ...................................................................................... 116

Secção 1 - Vertente Biblioteca ................................................................................................. 117

Secção 2 - Vertente Arquivo..................................................................................................... 126

Secção 3 - Gestão de publicações ........................................................................................... 128

Secção 4 - Outras actividades.................................................................................................. 130

Capítulo III - Departamento de Apoio Geral (DAG)................................................................... 131

Secção 1 - Área financeira e patrimonial .................................................................................. 131

Secção 2 - Divisão de Informática e Multimédia (DIM) ............................................................. 137

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

5

Parte III - Dados Estatísticos ...................................................................................139

I. Concursos Públicos de Ingresso nas Magistraturas............................................................ 139

1. Vagas a concurso................................................................................................................. 139

2. Candidatos, por fase............................................................................................................. 139

II. Formação Inicial Teórico-Prática........................................................................................... 140

1. Destinatários da Formação Inicial (indicadores de caracterização)...................................... 140

1.1. Auditores de Justiça .................................................................................................................... 140

1.2. Cooperantes ................................................................................................................................ 141

1.3. Observadores (Brasil).................................................................................................................. 143

2. Docentes, consoante o regime ............................................................................................. 144

3. Actividades ........................................................................................................................... 144

3.1. Actividades do I Ciclo .................................................................................................................. 144

3.2. Actividades do II Ciclo ................................................................................................................. 145

III. Actividades de Formação Contínua ..................................................................................... 146

1. Número de destinatários....................................................................................................... 146

2. Número de Docentes directamente envolvidos, consoante o regime .................................. 146

3. Número de horas de formação ............................................................................................. 146

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

6

IV. Recursos Humanos............................................................................................................... 147

1. Efectivos Globais (em 14/09/2010)....................................................................................... 147

2. Movimento de efectivos (de 15/09/2009 a 14/09/2010) ........................................................ 148

2.1. Admissões ................................................................................................................................... 148

2.2. Desligamentos............................................................................................................................. 149

2.3. Pessoal do quadro – Recrutamento e selecção por concurso .................................................... 150

3. Efectivos – Assiduidade (em dias, de 15/09/2009 a 14/09/2010) ......................................... 150

4. Trabalho extraordinário, processado e pago ........................................................................ 151

5. Efectivos, segundo a mais elevada habilitação académica (em 14/09/2010) ....................... 152

6. Formação de efectivos ......................................................................................................... 153

6.1. Número de participantes e de horas de formação, consoante o local da acção ......................... 153

6.2. Áreas abrangidas (em horas) ...................................................................................................... 154

7. Distribuição de Efectivos afectos .......................................................................................... 155

7.1. Centro de Documentação............................................................................................................ 155

7.2. Divisão de Informática e Multimédia............................................................................................ 155

7.3. Departamento de Relações Internacionais.................................................................................. 156

8. Actividade Administrativa...................................................................................................... 156

8.1. Número de documentos entrados ............................................................................................... 156

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

7

Anexo:

Estudo – Concursos de Ingresso para os XXIX Curso Normal de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados

para os Tribunais Administrativos e Fiscais (números gerais) ............................159

1. Candidatos inscritos, por curso e género ............................................................................. 161

2. Candidatos inscritos, por curso e idade................................................................................ 162

3. Candidatos inscritos, por curso e actividade profissional...................................................... 163

4. Candidatos inscritos pela via académica, por universidade de licenciatura ........................ 167

5. Candidatos habilitados, por universidade de licenciatura ..................................................... 169

6. Candidatos inscritos que prestaram provas escritas e orais................................................. 171

7. Candidatos por resultados de avaliação psicológica ............................................................ 171

8. Candidatos por resultado final do concurso.......................................................................... 171

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

9

Nota Nota Nota Nota IIIIntrodutóriantrodutóriantrodutóriantrodutória

1. O presente relatório anual de actividades refere-se ao ciclo de actividades desenvolvidas no ano

lectivo de 2009/2010, abrangendo, nos termos da Lei Orgânica do Centro de Estudos Judiciários, o período

compreendido entre 1 de Setembro de 2009 e 31 de Julho de 2010.

Grande parte desse período decorreu no âmbito do exercício da anterior Direcção, porquanto a actual

só tomou posse no dia 25 de Março de 2010.

Sendo demasiado curto o lapso de tempo abrangido por esta Direcção (de Abril a Julho), não nos

eximimos de dar conta das actividades que se encontravam em curso e de todas as que se executaram até ao

final do ano lectivo.

2. Durante o referido período de quatro meses centrámos a nossa preocupação em cinco

grandes vectores desenvolvidos em simultâneo:

1º - Execução da generalidade das actividades formativas previstas no Plano do Curso de Formação

teórico-prática e no Plano Anual de Actividades aprovados pelos órgãos do CEJ (Conselho Pedagógico e

Conselho Geral, respectivamente).

Assegurou-se, assim, o cumprimento dos grandes objectivos gerais e específicos plasmados nos arts.

34º e 35º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, quanto ao 1º Ciclo, nos arts. 49º a 51º, quanto ao 2º Ciclo, e arts.

69º e segts, quanto ao regime de estágio, consubstanciados essencialmente no seguinte:

▪ consolidação e aprofundamento dos conhecimentos técnico-jurídicos necessários à

aplicação do direito na área da Magistratura escolhida;

▪ compreensão do papel dos futuros Juízes e dos Magistrados do Ministério Público na

garantia e efectivação dos Direitos Fundamentais dos cidadãos;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

10

▪ aquisição de conhecimentos e técnicas de outras áreas do saber, úteis para a

compreensão das realidades sobre que incide a actividade judiciária;

▪ percepção e compreensão da conflitualidade social e da multiculturalidade, sob uma

perspectiva pluralista, na linha do aprofundamento dos direitos fundamentais;

▪ identificação das exigências Éticas da função e da Deontologia Profissional, numa óptica

de garantia dos direitos dos cidadãos;

▪ incremento de uma cultura de boas práticas em matéria das relações humanas, no quadro

das relações profissionais e institucionais;

▪ preponderância da decisão e verdade material, em detrimento da formal, com estudo e

análise da jurisprudência e da doutrina, fundada numa argumentação racional e crítica da

experiência, de forma a conferir autonomia às posições assumidas;

▪ apreciação e valoração da prova, distinção entre matéria de facto e de direito e domínio

dos procedimentos técnico-jurídicos de recolha e de produção da prova;

▪ fundamentação e estruturação das decisões, com a perspectiva das consequências que

daquelas derivam;

▪ agilização dos procedimentos e exercitação da análise e do poder de síntese na resolução

dos casos práticos;

▪ racionalização das tarefas e modos de gestão judiciária e do processo;

▪ aprendizagem e utilização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de

forma electrónica e desmaterializada.

2º - Realização dos concursos públicos de ingresso nas Magistraturas (nos XXIX Curso Normal de

Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais) num espaço de tempo particularmente curto, dada a publicação tardia dos respectivos

avisos de abertura.

A concepção, concretização e finalização destes concursos dentro dos limites temporais que permitiram

o início do ano lectivo de 2010/2011, na data estipulada pela Lei Orgânica do Centro de Estudos Judiciários (15

de Setembro de 2010) foi especialmente exigente e desgastante, e obrigou à concentração e convergência de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

11

esforços de modo a dinamizar, organizar e realizar em simultâneo todos os actos que os referidos concursos

implicaram, tendo sido necessário envolver o CEJ no seu conjunto: os elementos da Direcção, os Docentes, os

Coordenadores e os Funcionários técnicos e administrativos.

Só para se ter a noção do esforço despendido, salienta-se que os concursos envolveram os seguintes

números:

a) Concorreram 1478 candidatos

b) Fizeram orais mais de 300

c) E foram admitidos, em face do número de vagas existentes, 165 candidatos, distribuídos nos

seguintes termos:

● 120 – para as Magistraturas dos Tribunais Judiciais (55 Juízes e 65 para o MP)

● 45 – para a Magistratura dos Tribunais Administrativos e Fiscais.

d) A selecção envolveu 29 Júris para as provas orais constituídos por Juízes, Magistrados do

Ministério Público, Advogados e Professores Universitários – sendo 19 desses Júris para os

Tribunais Judiciais e 10 para os TAF (Tribunais Administrativos e Fiscais), o que envolveu mais

de 300 individualidades.

e) E 16 Júris para os exames escritos, constituídos nos mesmos termos e integrando um total de

144 membros.

f) A fase escrita (que decorre sob o anonimato dos candidatos) compreendeu a realização das

seguintes provas de conhecimentos, consoante o preenchimento de vagas e formas de acesso:

● uma prova de resolução de casos de Direito Civil, Direito Comercial e Direito

Processual Civil;

● uma prova de resolução de casos de Direito Penal e Processual Penal;

● a elaboração de uma decisão mediante a disponibilização de um conjunto de

peças relevantes extraídas de um processo judicial, em matéria cível ou penal (via

profissional);

● uma prova de desenvolvimento de Temas culturais, sociais e económicos;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

12

● uma prova de resolução de casos de Direito e Processo Administrativo;

● uma prova de resolução de casos de Direito e Processo Tributário;

● a elaboração de uma decisão mediante a disponibilização de um conjunto de

peças relevantes extraídas de um processo judicial em matéria administrativa ou

tributária (via profissional).

g) Por sua vez, a fase oral compreendeu a realização de provas de conhecimentos nas seguintes

áreas:

● discussão sobre temas de Direito Constitucional, Direito da União Europeia e

Organização Judiciária;

● discussão sobre Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil;

● discussão sobre Direito Penal e Direito Processual Penal;

● discussão sobre Temas de Direito Administrativo, Direito Económico, Direito da

Família e das Crianças e Direito do Trabalho;

● discussão sobre Direito Civil e Direito Processual Civil;

● discussão sobre Temas de Direito Administrativo e de Direito Tributário;

● discussão sobre Procedimento e Processo Administrativo e Tributário.

h) Para os candidatos da via profissional foi feita a avaliação curricular, através da análise e

discussão pública do percurso e actividade curricular do candidato, ponderação da sua

experiência profissional na área forense ou em áreas conexas para o exercício da Magistratura.

Esta prova incluiu não só a discussão sobre o currículo e a experiência profissional do candidato,

mas ainda uma discussão sobre temas de direito, baseada na experiência do candidato, sob a

forma de exposição ou de discussão de um caso prático.

i) Por fim, os candidatos foram submetidos a exame psicológico de selecção efectuado por técnicos

do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, visando avaliar as capacidades e as características

de personalidade dos candidatos para o exercício das Magistraturas.

A emissão de parecer “Não Favorável” no exame psicológico implica a exclusão do candidato,

nos termos que se consignaram na Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

13

3º - Materialização da formação teórico-prática do I Curso Especial para Magistrados do Ministério

Público e organização da fase do respectivo 2º Ciclo (já nos Tribunais Judiciais).

Este Curso Especial representou um esforço adicional para o Centro de Estudos Judiciários, quer no

que concerne às próprias actividades formativas a ministrar no interior do CEJ, através de sessões lectivas, quer

através da concretização e exercitação prática dos conteúdos funcionais da respectiva Magistratura.

O Curso Especial, tanto no 1º Ciclo, como no 2º Ciclo, foi ainda frequentado por oito Auditores de

Justiça da República de Angola.

Tornou-se necessário organizar o 2º Ciclo deste Curso Especial a decorrer em paralelo com o 2º Ciclo

dos Magistrados do Ministério Público do XXVII Curso Normal, o que implicou o recrutamento de novos

Formadores.

Realça-se ainda o acréscimo do esforço que tal Curso acarretou a nível financeiro e logístico.

4º - Alteração do Plano de Estudos dos Cursos de formação ministrados no CEJ – no 1º Ciclo – com a

eliminação dos principais bloqueios inventariados neste curto lapso de tempo e que, no entender da Direcção,

prejudicavam a aprendizagem e a formação dos futuros Magistrados.

Nas alterações introduzidas, e já em execução neste ano lectivo, destacam-se, nomeadamente, as

seguintes:

▪ Reformulação do conteúdo e tempos lectivos de algumas matérias, com revisão dos

programas, eliminando-se a repetição de conteúdos das diversas componentes formativas

(designação que a Lei Orgânica do CEJ adoptou tanto para designar as “cadeiras” ou

“disciplinas” do curso de Direito, como para outras matérias ou saberes complementares);

▪ Redução do excesso de unidades lectivas (designação para as sessões ou aulas

ministradas) em algumas das matérias com a diminuição da respectiva carga horária,

libertando os Auditores de Justiça para o estudo, a análise e a reflexão;

▪ Incremento da complementaridade de saberes, com o estudo global, transversal e

multidisciplinar das matérias, através da criação de módulos temáticos, para melhor

compreensão e abordagem judiciária de certos temas, v.g., os acidentes de viação, a

violência doméstica, os abusos sexuais e exploração sexual de menores, a insolvência;

▪ Inclusão no programa da matéria do Direito do Ambiente, comum a ambos os Cursos

(Tribunais Judiciais e TAF).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

14

5º - Concepção e implementação do 2º Ciclo do I Curso Normal de Formação de Juízes para os Tribunais

Administrativos e Fiscais, situação inovadora, porquanto foi a primeira vez que se ministrou no CEJ um Curso

desta natureza.

A formação nesta fase abarca as principais áreas do Direito Administrativo e Tributário – substantivo e

processual – através da elaboração de projectos de decisão com base em peças processuais reais, intervenção

em actos preparatórios do processo, coadjuvação do Formador nas tarefas de direcção e de instrução e

assistência a diversas diligências processuais.

A actividade decorre em Tribunais Administrativos de Círculo e Tribunais Tributários indicados pelo

Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais.

3. Para além dos vectores assinalados assegurou-se e desenvolveu-se a restante actividade no domínio

da formação de Magistrados.

Assim, no 2º Ciclo – que se desenrola com os Auditores de Justiça já nos Tribunais, e a cargo de Juízes

ou de Magistrados do Ministério Público Formadores, nomeados pelos respectivos Conselhos Superiores –

desenvolveu-se a orientação e a coordenação pedagógica, bem como o acompanhamento da prestação e

evolução dos Auditores de Justiça, por parte dos respectivos Formadores e dos Coordenadores Distritais.

Essa actividade consubstanciou-se nos seguintes termos: o Magistrado Formador presta informações

ao respectivo Coordenador sobre o desempenho e aptidão do auditor de justiça, com a periodicidade estipulada,

sob a orientação do Director-Adjunto responsável pela área. Com base nos elementos recolhidos, são redigidos

relatórios escritos intercalares, com menção qualitativa, e relatórios finais, com menção quantitativa, nos quais

ficam plasmados o aproveitamento e a adequação de cada um dos auditores para o exercício das funções, de

acordo com a opção escolhida.

Neste 2º Ciclo foram ainda organizados encontros de trabalho e ciclos de debate e análise de temas

específicos, com a participação dos Directores, Docentes, Coordenadores e Formadores do Centro de Estudos

Judiciários, bem como de especialistas convidados, tendo sido preocupação do CEJ abordar questões

concretas, seleccionadas entre as que mais relevam da prática judiciária ou suscitam maiores dificuldades de

resolução, sendo disso exemplo as questões atinentes à análise, selecção e valoração da prova.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

15

Assegurou-se, ainda, o Estágio de Ingresso relativamente aos Juízes Estagiários e Procuradores-

Adjuntos estagiários do XXVI Curso Normal de Formação de Magistrados.

4. Mas a formação dos Magistrados não se circunscreve, nem se esgota na formação inicial, antes se

estende aos Magistrados em exercício de funções, através da inscrição e participação em acções de formação

contínua, concebidas e planeadas pelo CEJ, em articulação com os respectivos Conselhos Superiores, tendo

em conta as necessidades adequadas ao desempenho profissional e à valorização pessoal ao longo da carreira

de Magistrado.

O CEJ também neste domínio procurou cumprir as atribuições legais, com o planeamento global e

organizacional das acções de formação contínua, observando os princípios da descentralização e da

diversificação.

Fê-lo com recurso a diversas entidades – reputados e ilustres Juízes e Magistrados dos Tribunais

Judiciais e Tribunais Administrativos e Fiscais, Advogados e Professores Universitários – tendo estabelecido

parcerias e protocolos de cooperação com as Instituições de Ensino Universitário de modo a poder executar

com qualidade e eficácia essa missão.

As actividades de formação contínua incluíram cursos de formação especializada com vista à futura

afectação de Magistrados a Tribunais de competência especializada.

Para a organização e realização dessas actividades, o Centro de Estudos Judiciários contou com a

colaboração do Departamento da Formação que integra a sua estrutura organizativa e é dirigido por um

Coordenador, sob a dependência directa da Directora.

5. A par da formação inicial e contínua, o CEJ promoveu a Cooperação Judiciária Europeia e

Internacional e desenvolveu e dinamizou as relações com as instituições congéneres estrangeiras, integradas

na Rede Europeia de Formação Judiciária, na Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais e com os Países de

Língua Oficial Portuguesa.

Para esse efeito contou com o Departamento das Relações Internacionais, que funciona na

dependência directa da Directora e é dirigido por um Coordenador, a quem cabe, nomeadamente, a divulgação

da informação relativa a acções de formação no estrangeiro abertas a Magistrados Nacionais, bem como a

organização de estágios de Magistrados ou de Auditores de Justiça Portugueses no estrangeiro, e vice-versa.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

16

Durante este período o CEJ teve a preocupação de manter e elevar a qualidade da sua participação,

com integração em grupos de trabalho e inserção de Magistrados em programas Europeus e Internacionais,

com a consequente partilha de experiências e de saber.

Qualidade que foi reconhecida com a eleição do seu Coordenador do Departamento das Relações

Internacionais – o Sr. Procurador da República, Dr. Luís Manuel Cunha da Silva Pereira – para o lugar de

Secretário-Geral da Rede Europeia de Formação Judiciária com sede em Bruxelas, no triénio de 2011/2014.

Em colaboração com o Instituto Nacional de Administração e o Governo da Guiné-Bissau, o Centro de

Estudos Judiciários deu, ainda, apoio à execução do PAOSED (Programa de Apoio ao Estado de Direito e aos

Órgãos de Soberania), iniciativa da União Europeia.

A primeira fase desse apoio traduziu-se no planeamento e execução de uma série de cursos que

decorreram em Bissau, de Julho a Dezembro de 2009, ministrados por docentes do CEJ ou Magistrados por ele

indigitados.

A segunda fase consubstanciou-se no planeamento e execução de dois cursos que decorreram nas

instalações do CEJ, em Lisboa. O primeiro iniciou-se em Novembro e terminou em Janeiro de 2010 e o segundo

teve lugar no período compreendido entre Março a Maio de 2010, com cada um dos cursos a ser frequentado

por dezasseis formandos.

6. Por fim, e não menos importante, reorganizou-se o sistema de funcionamento interno do CEJ a nível

de articulação entre as estruturas organizativas, departamentos e serviços, melhorando-se a resposta e o apoio

dos mesmos nas áreas dos procedimentos administrativos, da gestão do pessoal e dos recursos humanos, da

rede informática e multimédia.

Igualmente a gestão financeira e patrimonial tem sido objecto permanente de acompanhamento, numa

conjuntura que se sabe ser bastante desfavorável e exigente e que, por isso mesmo, suscita problemas de

ordem diversa, com reflexos permanentes no desempenho da actividade.

A maximização dos serviços foi feita naturalmente com a sensibilização dos intervenientes, a par de

uma responsabilização interiorizada por todos quanto ao exercício das funções de cada núcleo, secção ou

unidade orgânica.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

17

7. O presente relatório de actividades não estaria completo sem se dar nota do número de Auditores de

Justiça a quem foi assegurada a respectiva formação.

Só os dados estatísticos, na sua completa nudez, permitem aferir o empenho e o esforço que foi

necessário desenvolver para o cabal exercício das múltiplas tarefas que envolve o processo de formação de

futuros Magistrados.

No ano lectivo de 2009/2010 – no período compreendido entre 01 de Setembro de 2009 a 31 de

Julho de 2010 – o Centro de Estudos Judiciários deu formação teórico-prática aos seguintes Cursos:

XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (1º Ciclo, iniciado em 15/Set/2009 e concluído em 15/Jul/2010)

100 Auditores de Justiça

I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (1º Ciclo, iniciado em 15/Set/2009 e concluído em 15/Jul/2010)

25 Auditores de Justiça

I Curso Especial do Ministério Público (1º Ciclo, iniciado em Janeiro de 2010, e 2º ciclo, iniciado em 5/Jul/2010 e concluído em Nov/2010)

64 Auditores de Justiça

Auditores de Justiça dos PALOP’s do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, 1º Ciclo iniciado em 15 de Setembro de 2009 e concluído em 15/Jul/2010)

24 Auditores de Justiça

Auditores de Justiça Cooperantes do I Curso Especial MP (1º Ciclo, iniciado em Jan/2010, e 2º Ciclo, iniciado em 5/Jul/2010 e concluído em Nov/2010)

8 Auditores de Justiça

XXVII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (2º Ciclo, iniciado em 1/Set/2009 e concluído a 15/Jul/2010)

100 Auditores de Justiça

XXVI Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (Em regime de Estágio, iniciado em 1/Set//2009 e concluído em 31 de Julho de 2010)

100 Auditores de Justiça

Projecto PAOSED (Guiné-Bissau) 16 Auditores de Justiça

Total 437 Auditores de Justiça1

1 A este número acrescem os destinatários das acções de formação contínua e acções de formação no âmbito da cooperação e relações internacionais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

18

8. Embora com a consciência de que muito mais haverá, por certo, para fazer, este nosso trabalho

espelha a obra realizada – fruto de um esforço colectivo – e que se coloca à apreciação de V. Excªs, com a

certeza de que a perfeição que se busca e se pretende, numa matéria com esta complexidade e envolvimento

humano, nunca será fácil de alcançar, constituindo uma tarefa permanentemente dinâmica num mundo em

completa mudança e evolução.

Lisboa, 12 de Janeiro de 2011.

Ana Luísa Geraldes

(Juíza Desembargadora,

Directora do Centro de Estudos Judiciários)

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

19

Parte 1

Formação de Formação de Formação de Formação de MagistradosMagistradosMagistradosMagistrados

Capítulo I

Formação InicialFormação InicialFormação InicialFormação Inicial

Secção 1

Fase teórico-prática

Subsecção 1

Primeiro Ciclo do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)

1. Destinatários e início das actividades

No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010, decorreu, na sede do Centro de

Estudos Judiciários, o primeiro Ciclo de actividades do XXVIII Curso de Formação Teórico-Prática, que foi

frequentado por 100 Auditores de Justiça (dois dos quais provenientes de curso anterior e admitidos a

frequentar o período formativo seguinte), tendo-o concluído 97 Auditores, sendo 47 destinados à

Magistratura Judicial e 50 destinados à Magistratura do Ministério Público.

Os mencionados Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do

concurso de ingresso aberto pelo Aviso nº 221, publicado no Diário da República, 2ª Série, de 13 de

Novembro de 2008.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

20

Frequentaram ainda o XXVIII Curso, no âmbito da cooperação na formação judiciária com os

Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, 25 Auditores de Justiça Cooperantes, com Magistratura

previamente escolhida, sendo 10 da República de Angola, 4 de Cabo Verde, 4 da Guiné-Bissau, 6 de

Moçambique e 1 de São Tomé e Príncipe.

Tendo em conta a circunstância de a formação estar programada de acordo com módulos de

formação comum a ambas as Magistraturas e módulos de formação específica de acordo com a opção

de Magistratura correspondente, os Auditores de Justiça foram integrados em três espécies de grupos,

com composição diferenciada:

1. Para efeitos de formação na Magistratura escolhida (formação específica), os Auditores

de Justiça foram integrados em oito grupos, numerados de 1 a 8, distribuídos

aleatoriamente por escalões definidos em função das classificações obtidas pelos

candidatos no concurso de ingresso, independentemente da sua via de acesso

(académica ou profissional) e de forma a permitir uma constituição qualitativa mais ou

menos homogénea de todos os grupos;

2. Para efeitos de formação comum, os Auditores de Justiça foram integrados em oito

grupos identificados pelas letras A a H, igualmente distribuídos de forma aleatória por

escalões definidos em função das classificações obtidas pelos candidatos no concurso

de ingresso, independentemente da sua via de acesso (académica ou profissional) e de

forma a permitir uma constituição qualitativa mais ou menos homogénea de todos os

grupos;

3. Para efeitos de frequência das matérias opcionais, os Auditores foram distribuídos por

três grupos, identificados pelos nomes convencionais de Alfa, Beta e Gama, de acordo

com a sua opção, independentemente da Magistratura de destino escolhida e da sua via

de ingresso.

Os Auditores cooperantes provenientes dos PALOP foram integrados nos diversos grupos, à

razão de 2 ou 3 por cada um dos grupos de Auditores, respeitando-se, para integração nos grupos de

formação específica, a opção que fizerem para frequência das unidades lectivas de formação

específica de uma das duas Magistraturas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

21

O início das actividades teve lugar no dia 15 de Setembro de 2009, pela manhã, com uma sessão

de “Boas Vindas” dadas pela Direcção do Centro de Estudos Judiciários, a que se seguiu uma sessão de

apresentação geral do Curso.

Na sessão solene de abertura do Curso, que teve lugar nesse mesmo dia 15 de Setembro de

2009, participaram Suas Excelências o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Ministro da Justiça,

o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, o Procurador-Geral da República e a Directora do

Centro de Estudos Judiciários, que usou da palavra.

Sem prejuízo da realização do estágio intercalar junto dos Tribunais, as actividades teórico-

-práticas do Primeiro Ciclo decorreram na sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de Setembro de

2009 a 15 de Julho de 2010, num total de cerca de 40 semanas.

2. Organização por matérias e áreas

2.1. Quadro geral

O primeiro Ciclo do XXVIII Curso de Formação Teórico-Prática de Magistrados para os

Tribunais Judiciais, cujo plano de estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 9 de Julho de

2009, integrou três componentes formativas e uma área de investigação aplicada relevante para a

actividade judiciária:

A – A componente profissional, que incluiu:

� Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil;

� Direito Penal e Direito Processual Penal;

� Direito Contra – Ordenacional substantivo e processual;

� Direito da Família e das Crianças;

� Direito substantivo e processual do Trabalho e Direito da Empresa.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

22

B – A componente formativa geral, que incluiu:

� Direitos Fundamentais e Direito Constitucional;

� Ética e Deontologia Profissional;

� Instituições e Organização Judiciárias;

� Metodologia e Discurso Judiciários;

� Organização e Métodos e Gestão do Processo;

� Línguas estrangeiras, numa perspectiva de utilização técnico – jurídica;

� Tecnologias de Informação e Comunicação, com relevo para a prática judiciária.

C – A componente formativa de especialidade, que incluiu:

� Direito Europeu e Internacional, incluindo cooperação judiciária internacional;

� Direito da Concorrência e da Regulação Económica;

� Direito Administrativo substantivo e processual;

� Contabilidade e Gestão;

� Psicologia Judiciária;

� Sociologia Judiciária;

� Medicina Legal e Ciências Forenses;

� Investigação Criminal e Gestão do Inquérito.

Todas as matérias da componente profissional e da componente formativa geral foram de

frequência obrigatória, o mesmo sucedendo com todas as matérias da componente formativa de

especialidade com excepção das seguintes, das quais os Auditores de Justiça escolheram

obrigatoriamente apenas uma:

� Direito da Concorrência e da Regulação Económica;

� Direito Administrativo, substantivo e processual;

� Sociologia Judiciária.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

23

Tendo em atenção a natureza das matérias a abordar e a diferenciação funcional das duas

Magistraturas, o programa das matérias abaixo indicadas integrou módulos, divididos em unidades

lectivas, de formação comum e de formação específica:

Na componente formativa profissional:

� Direito Civil e Direito Processual Civil e Direito Comercial;

� Direito Penal e Direito Processual Penal;

� Direito da Família e das Crianças;

� Direito substantivo e processual do Trabalho e da Empresa.

Na componente formativa geral:

� Metodologia e Discurso Judiciários.

Na componente formativa de especialidade:

� Investigação Criminal e Gestão do Inquérito.

As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas

por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de Família e das

Crianças e a Jurisdição do Trabalho e da Empresa.

A matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual, constituindo uma disciplina

autónoma, foi, pela sua natureza, partilhada pelas Jurisdições Penal e do Trabalho e Empresa.

Em cada um dos programas foram estabelecidos os respectivos conteúdos pedagógicos, as

metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias na abordagem

de temas de formação comum e específica, em conformidade com as linhas gerais do plano de

actividades.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

24

2.2. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias

2.2.1. Matérias da componente formativa profissional

Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades lectivas

(sessões) de frequência obrigatória tendo como objecto temas de formação comum e temas de

formação específica de cada uma das duas Magistraturas de destino dos Auditores.

O tratamento das questões substantivas foi, preferencialmente, feito na óptica do seu

tratamento processual, sendo a abordagem casuística orientada no sentido de proporcionar a

consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos

jurídico e judiciário na análise e resolução de casos.

O método de avaliação do aproveitamento dos Auditores, utilizado nas matérias da

componente profissional, foi o da avaliação contínua (artigo 43º nº 3 da Lei nº 2/2008, de 14 de

Janeiro), que integrou testes e exercitações escritas ao longo de todo o primeiro Ciclo. O resultado da

avaliação foi expresso através da atribuição de uma menção qualitativa no final do primeiro e segundo

trimestres e de uma notação quantitativa final, numa escala de 0 a 20 valores.

2.2.1.1. Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil

A formação em matéria de Direito Civil, Processual Civil e Direito Comercial desenvolveu-se ao

longo de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os

trimestres, num total de 100 unidades lectivas (150 horas) para os Auditores destinados à Magistratura

Judicial e de 81 unidades lectivas (121,5 horas) para os Auditores destinados à Magistratura do

Ministério Público, sendo 35 (52,5 horas) as unidades lectivas de formação comum, à razão de uma

unidade lectiva por semana.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

25

2.2.1.2. Direito Penal e Direito Processual Penal

A formação em matéria de Direito Penal e Direito Processual Penal desenvolve-se ao longo de

todo o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num

total de 100 unidades lectivas (150 horas) para os Auditores destinados à Magistratura do Ministério

Público e de 92 unidades lectivas (138 horas) para os Auditores destinados à Magistratura Judicial,

sendo 64 unidades lectivas (96 horas) as unidades lectivas de formação comum.

2.2.1.3. Direito Contra – Ordenacional substantivo e processual

A formação em matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual desenvolveu-

se ao longo do primeiro Ciclo, entre Janeiro e Junho (segundo e terceiro trimestres), sendo

integralmente comum.

A formação foi ministrada num total de 18 unidades lectivas (27 horas), das quais 12 unidades

lectivas relativas a matéria penal e 6 relativas a matéria laboral.

2.2.1.4. Direito da Família e das Crianças

A formação em matéria de Direito da Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo de todo

o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, à razão de

uma unidade lectiva por semana, num total de 35 unidades lectivas (52,5 horas), das quais dezoito

foram de formação comum e as restantes dezassete de formação específica por cada uma das

Magistraturas.

2.2.1.5. Direito do Trabalho e da Empresa

A formação em matéria de Direito do Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo de todo

o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, à razão, em

regra, de uma unidade lectiva por semana, num total de 33 unidades lectivas (49,5 horas) das quais

dezoito relativas à formação comum e as restantes quinze de formação específica para cada uma das

duas Magistraturas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

26

2.2.2. Matérias da componente formativa geral

2.2.2.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional

Na matéria dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional o objectivo foi sensibilizar os

Auditores de Justiça para a importância e o alcance dos direitos fundamentais, a compreensão das

normas de direitos fundamentais e a metodologia da sua interpretação e aplicação concreta, dar-lhes a

conhecer os meios de tutela judicial dos direitos, liberdades e garantias pessoais e uma perspectiva

internacional, designadamente através da análise da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos

do Homem.

As sessões foram ministradas por Docentes Universitários e Magistrados, em ateliês (dois)

constituídos por quatro grupos de Auditores de Justiça destinados a ambas as Magistraturas. Tiveram

lugar doze unidades lectivas (18 horas) de formação integralmente comum, no decurso do primeiro

trimestre.

A classificação teve por base a realização de uma prova escrita de aferição de conhecimentos.

2.2.2.2. Ética e Deontologia Profissional

Aos Auditores de Justiça foram transmitidas noções fundamentais de Ética e Deontologia

Profissional, alertando-os para uma constante atenção em relação às exigências éticas da função

social do Magistrado.

O conteúdo temático incidiu, designadamente, sobre os seguintes tópicos: perfis de

Magistrado; os modelos de organização judiciária; os princípios fundamentais da cultura ética e da

deontologia profissional dos Magistrados, num quadro de funções diferenciadas por Magistratura; os

deveres profissionais e os meios sancionatórios; as relações interinstitucionais e interprofissionais; o

papel da opinião pública no controlo do exercício da função jurisdicional.

As sessões de grupo foram orientadas por Docentes do Centro de Estudos Judiciários, tendo

sido convidadas personalidades externas para tratamento de questões como as inspecções e as

sanções disciplinares ou as relações entre os Tribunais e a Comunicação Social.

O sistema de avaliação foi o da avaliação contínua, com teste final de aferição de

conhecimentos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

27

A matéria da Ética e Deontologia foi tratada em doze unidades lectivas (18 horas), de formação

integralmente comum, ministrada em sessões de grupos mistos de Auditores no decurso do primeiro

trimestre.

2.2.2.3. Instituições e Organização Judiciárias

A abordagem da matéria das Instituições e Organização Judiciárias visou proporcionar aos

Auditores de Justiça a compreensão aprofundada da função e a caracterização do sistema de justiça,

tanto na vertente da justiça estadual, como na perspectiva dos meios não jurisdicionais de resolução de

conflitos, o estudo e reflexão sobre o âmbito, a natureza e os atributos da função jurisdicional, bem

como sobre a legitimidade democrática do poder judicial, o conhecimento integrado da estrutura

orgânica do sistema judiciário, do âmbito de competências dos diversos Tribunais e dos seus modos de

funcionamento e o quadro de funções dos vários agentes da justiça e as respectivas estruturas

orgânicas.

A formação foi integralmente comum e ministrada, no primeiro trimestre, em oito unidades

lectivas, em turmas (quatro) de dois grupos mistos de Auditores de Justiça por Docentes e

responsáveis pela formação no Centro de Estudos Judiciários, de ambas as Magistraturas. A última

unidade lectiva teve como formador convidado um Advogado.

A avaliação do aproveitamento teve por base o resultado de um teste escrito sobre os temas

ministrados.

2.2.2.4. Metodologia e Discurso Judiciários

Procurou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a reflexão sobre a importância prática do

método judiciário, o domínio das metodologias de interpretação e de aplicação da lei aos casos

singulares, a aprendizagem das técnicas de tratamento dos factos na configuração do objecto do

processo, na delimitação do objecto da prova e na estruturação das decisões, o estudo das formas da

linguagem jurídica e judiciária, a aprendizagem do discurso judiciário e das suas modalidades narrativa,

argumentativa e decisória, a reflexão sobre o papel da argumentação jurídica e da retórica forense, em

sede de alegações e na fundamentação das decisões, e a aquisição de conhecimentos linguísticos que

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

28

facilitem a adequação do discurso judiciário, de forma a torná-lo compreensível para os seus

destinatários, sem prejuízo das exigências técnicas de objectividade e rigor normativo.

As nove unidades lectivas do programa tiveram lugar no formato de ateliês (dois) de quatro

grupos mistos de Auditores de Justiça, nas quatro primeiras unidades lectivas (formação comum), e em

grupos destinados a debater os assuntos mais específicos (formação específica) nas restantes cinco.

A avaliação teve por base a atribuição de créditos de frequência nas sessões em ateliês; o

sistema de avaliação contínua e com base no resultado de um teste escrito sobre os temas

ministrados, nas restantes.

2.2.2.5. Organização e Métodos e Gestão do Processo

Nesta matéria visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a abordagem e análise da

realidade judiciária, com vista a permitir uma perspectiva integrada do sistema de justiça e apurar o

sentido de uma actuação estratégica no contexto organizacional dos Tribunais, bem como transmitir

noções fundamentais sobre os modelos de organização e gestão pública, numa perspectiva judiciária,

e divulgar instrumentos e métodos de trabalho adequados à racionalização das tarefas, à gestão do

Tribunal, à gestão da agenda e à gestão do processo, numa linha de diferenciação funcional das duas

Magistraturas.

Os temas foram tratados em seis unidades lectivas em formato de ateliês (dois) com quatro

grupos de Auditores de Justiça, com a colaboração de Docentes Universitários, especialistas e

Magistrados Judiciais e do Ministério Público, procurando-se complementar a abordagem teórica com a

análise e debate dos aspectos práticos mais relevantes relativos ao funcionamento dos Tribunais e dos

tipos de desempenho dos Magistrados.

A avaliação teve por base a atribuição de crédito de frequência.

2.2.2.6. Língua estrangeira

Nesta matéria pretendeu-se proporcionar aos Auditores de Justiça o domínio de uma língua

estrangeira (no caso, a língua inglesa), quer no plano da conversação oral, quer no plano da leitura e

prática da expressão escrita, em termos de lhes fornecer uma base indispensável à compreensão das

realidades jurídicas e judiciárias, em especial nos cada vez mais frequentes contactos internacionais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

29

Os vários temas abordados foram seleccionados em função da sua ligação à prática judiciária,

com leitura de textos visando o alargamento vocabular e o desenvolvimento da capacidade de

expressão.

As sessões foram ministradas a grupos de Auditores, sendo o aproveitamento avaliado através

de provas escritas de aferição de conhecimentos.

2.2.2.7. Tecnologias de Informação e de Comunicação

Pretendeu-se nesta matéria proporcionar aos Auditores de Justiça a familiarização com as

novas aplicações informáticas, em especial quanto às de uso corrente nos Tribunais, como o programa

Habilus / Citius, registos on-line e custas Judiciais.

As matérias em referência foram ministradas em seis unidades lectivas, no primeiro trimestre,

por formadores do Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ) e da Direcção-Geral da

Administração da Justiça (DGAJ), em sessões de sala para dois grupos de Auditores de Justiça, e o

aproveitamento foi apurado com base em créditos de frequência.

2.2.3. Matérias da componente formativa de especialidade

2.2.3.1. Direito Europeu e Direito Internacional

Na matéria de Direito Europeu e Direito Internacional, incluindo a cooperação judiciária

internacional, foi estabelecido o objectivo de proporcionar aos Auditores de Justiça a familiarização

com os Institutos de Direito Europeu e Internacional e com os procedimentos da sua aplicação prática,

o aprofundamento dos conhecimentos nos domínios das instituições e do Direito ao nível Internacional

e Europeu, o conhecimento dos mecanismos de Cooperação Civil e Penal Europeus e Internacionais,

numa perspectiva da sua utilização e aplicação prática.

As sessões foram ministradas em trinta e três unidades lectivas ao longo de todo o primeiro

Ciclo em turmas (quatro) de dois grupos mistos de Auditores de Justiça, por Docentes Universitários e

Magistrados, sendo a avaliação realizada por meio de três testes escritos sobre os temas ministrados.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

30

2.2.3.2. Contabilidade e Gestão

Na matéria de Contabilidade e Gestão pretendeu-se dar aos Auditores de Justiça a

possibilidade de aquisição de conhecimentos teórico-práticos em matéria de contabilidade e gestão

que os habilitassem à compreensão dos princípios e dos conceitos fundamentais subjacentes ao

processo de produção da informação contabilística, lhes facultassem o conhecimento do método

contabilístico adoptado por empresas e outras entidades, fornecessem os instrumentos necessários à

leitura, análise e interpretação das demonstrações financeiras.

Para esse efeito, deu-se particular atenção à abordagem das matérias como o relatório de

gestão e contas de exercício relativos às sociedades comerciais; a análise da escrituração comercial; a

distinção entre contabilidade dirigida para as exigências fiscais e a relacionada com a real situação

económico-financeira da empresa e a facturação.

Os temas foram ministrados no terceiro trimestre em onze unidades lectivas, por especialistas,

com a colaboração institucional do Tribunal de Contas, em ateliês (dois) de quatro grupos de Auditores

de Justiça, adoptando-se o método indutivo da abordagem de situações e problemas práticos, sendo o

aproveitamento baseado na avaliação resultante da realização de um teste escrito.

2.2.3.3. Psicologia Judiciária

Visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base teórica e a

sensibilização para os aspectos práticas das temáticas da Psicologia Judiciária, nomeadamente em

matéria de psicologia do testemunho, de psicologia das motivações ajurídicas do julgador, entrevista

cognitiva e interrogatório judicial e exames periciais no âmbito da interdição e inabilitação.

Os temas da matéria de Psicologia Judiciária foram ministrados em nove unidades lectivas no

decurso do segundo trimestre, por Docentes Universitários e outros especialistas, em ateliês com

quatro grupos de Auditores de Justiça, procurando-se interligar a abordagem teórica com a análise e

debate de casos práticos, sendo a avaliação baseada no resultado obtido em provas escritas de

aferição de conhecimentos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

31

2.2.3.4. Medicina Legal e Ciências Forenses

Na matéria de Medicina Legal e Ciências Forenses visou-se proporcionar aos Auditores de

Justiça a aquisição de uma base de conhecimentos teóricos e a sensibilização para alguns aspectos

práticos com relevo para a prática judiciária, nomeadamente em matéria de organização médico-legal e

de perícias médico-legais e forenses, de exames e perícias médico-legais e forenses, no âmbito da

avaliação do dano corporal em direito civil, do direito do trabalho, do direito penal e de algumas

situações mais específicas, de autópsias médico-legais, de exames e perícias médico-legais e forenses

no âmbito da antropologia forense, da toxicologia forense, da genética e biologia forenses e de exames

e perícias médico-legais e forenses no âmbito da psiquiatria forense.

As oito unidades lectivas do programa foram ministradas por Docentes Universitários e outros

especialistas, com a colaboração do Instituto Nacional de Medicina Legal, em ateliês de quatro grupos

de Auditores, sendo o aproveitamento baseado no resultado obtido em prova escrita de aferição de

conhecimentos.

2.2.3.5. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito

Nesta matéria visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base de

conhecimentos teórico-práticos mais apurados sobre, nomeadamente, recolha e tratamento de indícios

do crime, técnicas de realização de perícias mais comuns como os exames à escrita, a dactiloscopia, a

inspecção lofoscópica, os exames biológicos, a balística e a toxicologia, a intercepção e escuta

telefónica e preservação de dados, a investigação da criminalidade complexa e internacional e

económico-financeira e a gestão concreta dos actos processuais de inquérito em função do tipo de

crime investigado.

As várias sessões, divididas em módulos de formação comum e específica, num total de

dezanove, sendo onze para a Magistratura do Ministério Público e oito de formação comum, foram

ministradas em formato de ateliers e/ou grupos, por Docentes da Jurisdição Penal, Magistrados e

especialistas das diversas áreas, com a colaboração do Instituto Superior de Polícia Judiciária e

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

32

Ciências Criminais, do Laboratório da Polícia Científica e outros departamentos especializados da

Polícia Judiciária.

O aproveitamento foi baseado no resultado obtido em teste escrito de aferição de

conhecimentos.

2.2.4. Matérias de frequência opcional

2.2.4.1. Direito da Concorrência e da Regulação Económica

O objectivo da formação na matéria de Direito da Concorrência e Regulação Económica foi

tornar os Auditores de Justiça aptos a lidar com as questões que as exigências da realização do

mercado comum suscitam num contexto de internacionalização e globalização das economias e

assegurar a regulação económica por via da defesa e promoção da concorrência no quadro da certeza

jurídica que a aplicação das leis da concorrência demanda.

As nove unidades lectivas do programa foram ministradas por Docentes Universitários e

Magistrados convidados a um grupo alargado de Auditores de Justiça correspondente a um terço do

número total de Auditores de Justiça do curso, sendo a classificação realizada com base na avaliação

efectuada através de teste escrito de aferição de conhecimentos.

2.2.4.2. Direito Administrativo

No quadro da matéria de Direito Administrativo visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça

a compreensão dos princípios fundamentais do Direito Administrativo, do âmbito de competência da

justiça administrativa e fornecer um quadro genérico sobre o contencioso administrativo e as linhas

gerais do processo nos Tribunais Administrativos.

As nove unidades lectivas do programa foram ministradas por Docentes Universitários e

Magistrados a um grupo alargado correspondente a um terço do número total de Auditores de Justiça

do curso, sendo a classificação realizada com base na avaliação feita através de uma prova escrita de

aferição de conhecimentos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

33

2.2.4.3. Sociologia Judiciária

Nesta matéria proporcionou-se aos Auditores de Justiça a abordagem dos fenómenos sociais

na perspectiva do seu reflexo na intervenção judiciária e, correspectivamente, a abordagem dos

impactos sociais desta intervenção.

Abrangendo nove unidades lectivas, os temas do programa foram ministrados por Docentes

Universitários e Investigadores a um grupo alargado correspondente a um terço do número total de

Auditores de Justiça do curso.

A classificação foi feita com base na avaliação através de uma prova escrita de aferição de

conhecimentos.

Foram abordados os seguintes temas:

- Violência doméstica;

- Tráfico de seres humanos;

- Responsabilidades parentais;

- Organização do território, ambiente e urbanismo;

- Corrupção;

- Execução de penas e medidas.

2.2.5. Área de Investigação Aplicada (AIA)

A Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, incluiu no primeiro Ciclo do Curso de Formação Teórico-

-Prática uma Área de Investigação Aplicada relevante para a actividade judiciária (artigo 37º).

Tendo em consideração os objectivos gerais da formação inicial e os objectivos específicos do

primeiro Ciclo do curso de formação teórico-prática, nesta área de investigação aplicada seguiu-se uma

metodologia de projecto, consistindo na concepção, elaboração, submissão a aprovação, realização,

entrega e apresentação de um projecto de investigação, actividade essa de que resultou a execução

do projecto e entrega do trabalho realizado.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

34

Cada conjunto de dois grupos mistos e específicos de Auditores de Justiça que se articulam

entre si nas actividades de formação foi subdividido em equipas de três a cinco elementos. Cada

equipa propôs os temas que pretendia investigar, segundo critérios gerais previamente indicados, os

quais foram depois seleccionados pelo núcleo dos Docentes orientadores de projecto, sob a

coordenação conjunta do Director-Adjunto responsável pelo primeiro Ciclo e do Director-Adjunto que

então dirigia o Gabinete de Estudos Judiciários. Cada equipa de Auditores concebeu, planificou,

elaborou e realizou o respectivo projecto, com o acompanhamento de um Docente.

Os projectos foram objecto de apresentação em auditório, perante todo o curso, no final do

terceiro trimestre.

Foram realizados trabalhos de investigação sobre os seguintes temas:

- A violência doméstica: perspectivas criminal e sociológica;

- Violência doméstica: meios de prevenção;

- Poder correccional sobre menores;

- Bullying;

- Rapto internacional de menores;

- Tráfico de Seres Humanos;

- ADN e direito;

- Crimes violentos/Carjacking;

- Corrupção nas teias da lei ou a lei nas teias da corrupção;

- Nova lei do cibercrime;

- O superior interesse da criança;

- “Ainda é possível salvar a sua menoridade …”;

- Os menores no mundo do espectáculo;

- Síndrome de alienação parental – nova realidade ou questão ignorada?

- As famílias de facto e as famílias homoparentais perante a lei;

- Procriação medicamente assistida;

- A tutela do direito à vida no direito civil;

- Testamento vital;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

35

- Eutanásia – perspectivas constitucional, civil e penal;

- Responsabilidade civil e penal por acto médico;

- Provas ilícitas em processo civil;

- O novo regime da responsabilidade civil extracontratual do Estado por actos

judiciários;

- O princípio da prevenção no âmbito do direito do ambiente;

- A vigilância à distância no direito do trabalho;

- Comportamentos extra-profissionais do trabalhador e vínculo laboral.

2.3. Estágios intercalares junto dos Tribunais

Com o estágio intercalar no primeiro Ciclo, introduzido pela Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro,

pretendeu-se que os Auditores de Justiça tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua formação

teórico-prática inicial, com o exercício das funções inerentes à Magistratura escolhida, visando uma

primeira abordagem das matérias com maior incidência na prática judiciária.

Cada um dos Auditores de Justiça foi colocado, sucessivamente, em dois Tribunais diferentes,

junto de Magistrados Formadores.

Nessa fase, os Auditores de Justiça assistiram às diligências processuais, em particular no

domínio da produção da prova e realização de audiências de julgamento, em termos semelhantes aos

que irão reger o Segundo Ciclo da fase teórico-prática, com as adaptações impostas pela sua curta

duração.

Por cada um dos dois períodos de estágio, os Magistrados Formadores, em conjugação com

os Coordenadores Distritais, elaboraram uma informação sobre o desempenho do Auditor, cujo teor foi

considerado na avaliação global do primeiro Ciclo.

O estágio intercalar junto dos Tribunais teve lugar no período de 6 a 13 de Abril de 2010, num

total de 14 dias úteis.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

36

3. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do XXVIII Curso

Os critérios e parâmetros de avaliação no primeiro Ciclo de actividades do XXVII Curso foram

aprovados pelo Conselho Pedagógico em 22 de Setembro de 2008 e materializados no subsequente

despacho da anterior Directora do Centro de Estudos Judiciários, de 23 de Setembro de 2008.

Ao longo do período de actividades do primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do

aproveitamento e adequação dos Auditores de Justiça e dos cooperantes, em conformidade com os

critérios enunciados no artigo 43º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, e definidos pelo Conselho

Pedagógico.

O Conselho Pedagógico na sua sessão de 16 de Julho de 2009 aprovou as classificações do

primeiro Ciclo do XXVIII Curso.

Em resultado das classificações obtidas, constata-se a seguinte distribuição das classificações

finais pelos níveis de aproveitamento definidos:

1. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura Judicial:

Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 24 Auditores (notas finais

entre 14,042 e 14,978 valores);

Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 23 Auditores (notas

finais entre 12,931 e 13,994);

2. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura do Ministério Público:

Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 18 Auditores (notas finais

entre 14,039 e 14,661 valores);

Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 32 Auditores (notas

finais entre 12,815 e 13,942).

Duas das Auditoras de Justiça que frequentaram o XXVIII Curso de Formação Teórico-Prática

de Magistrados foram excluídas, não tendo transitado para o segundo Ciclo – uma delas por falta de

aproveitamento e a outra por razões de falta de adequação para o exercício da função de magistrada.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

37

No final do mesmo período, os Auditores Cooperantes tiveram aproveitamento global positivo

(com excepção de um Cooperante da República de Angola, que desistiu), entre o suficiente elementar

e o suficiente elevado, o que foi comunicado aos organismos competentes dos respectivos países de

origem de língua oficial Portuguesa.

Subsecção 2

Primeiro Ciclo do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 2010)

1. Destinatários e início das actividades

No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Julho de 20010, decorreu, na sede do Centro

de Estudos Judiciários, o primeiro Ciclo de actividades do I Curso de Formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais, que foi frequentado por vinte cinco Auditores de Justiça.

Os mencionados Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do

concurso de ingresso aberto pelo Aviso nº 221, publicado no Diário da República, 2ª Série, de 13 de

Novembro de 2008.

O início das actividades teve lugar no dia 15 de Setembro de 2009, pela manhã, com uma

sessão de “Boas Vindas” dadas pela Direcção do Centro de Estudos Judiciários, a que se seguiu uma

sessão de apresentação geral do Curso.

Na sessão solene de abertura do Curso, que teve lugar nesse mesmo dia 15 de Setembro de

2009, participaram Suas Excelências o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Ministro da

Justiça, o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, o Procurador-Geral da República e a

Directora do Centro de Estudos Judiciários, que usou da palavra.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

38

Sem prejuízo da realização do estágio intercalar junto dos Tribunais, as actividades teórico-

-práticas do primeiro Ciclo decorreram na sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de Setembro

de 2009 a 15 de Julho de 2010, num total de cerca de 40 semanas.

2. Organização por matérias e áreas

2.1. Quadro geral

O primeiro Ciclo do I Curso de Formação para os Tribunais Administrativos e Fiscais, cujo

plano de estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 9 de Julho de 2009, integrou três

componentes formativas e uma Área de Investigação Aplicada relevante para a actividade judiciária:

A – A componente profissional, que incluiu:

- Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade civil, e Direito Processual

Civil declarativo comum e executivo e Responsabilidade Civil Extra-Contratual do Estado;

- Direito Administrativo, substantivo e processual, e Contratação Pública;

- Direito Tributário substantivo e processual, incluindo Regimes Jurídicos dos Impostos e

Direito e Contencioso Aduaneiro.

B – A componente formativa geral, que incluiu:

- Direitos Fundamentais e Direito Constitucional;

- Ética e Deontologia Profissional;

- Instituições e Organização Judiciárias;

- Metodologia e Discurso Judiciários;

- Organização e Métodos e Gestão do Processo;

- Línguas estrangeiras, numa perspectiva de utilização técnico – jurídica;

- Tecnologias de Informação e Comunicação, com relevo para a prática judiciária.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

39

C – A componente formativa de especialidade, que incluiu:

- Direito Europeu e Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, e Direito

Internacional, incluindo cooperação judiciária internacional;

- Organização Administrativa;

- Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal;

- Psicologia Judiciária;

- Direito do Urbanismo e do Ambiente;

- Direito Contra-Ordenacional substantivo e processual;

- Direito das Relações Laborais na Administração Pública.

As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas

por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Administrativa e Jurisdição Tributária.

A matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual constituiu uma disciplina

autónoma.

No programa de cada uma das matérias foram estabelecidos os respectivos conteúdos

pedagógicos, as metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias,

em conformidade com as linhas gerais do plano de actividades.

2.2. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias

2.2.1. Matérias da componente formativa profissional

Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades lectivas

(sessões) de frequência obrigatória. Quer quanto à metodologia utilizada, quer quanto aos processos

de avaliação, foram seguidas as mesmas linhas de orientação já expostas a propósito do XXVIII Curso

de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais.

Por tal facto remete-se, nesta parte, para a secção anterior correspondente.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

40

2.2.1.1. Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade civil, e Direito

Processual Civil declarativo comum e executivo e Responsabilidade Civil Extra-

Contratual do Estado

A formação em matéria de Direito Civil e Processual Civil desenvolveu-se ao longo de todo o

primeiro Ciclo, num total de 73 unidades lectivas (109,5 horas), à razão de uma unidade lectiva por

semana.

2.2.1.2. Direito Administrativo, substantivo e processual e Contratação Pública

A formação em matéria de Direito Administrativo e Contratação Público desenvolveu-se ao

longo de todo o primeiro Ciclo, num total de 70 unidades lectivas (105 horas), à razão de uma unidade

lectiva por semana.

2.2.1.3. Direito Tributário substantivo e processual, incluindo Regimes Jurídicos dos

Impostos e Direito e Contencioso Aduaneiro.

A formação em matéria de Direito Tributário e do Contencioso Aduaneiro desenvolveu-se ao

longo do primeiro Ciclo, num total de 87 unidades lectivas (130,5 horas), à razão de uma unidade

lectiva por semana.

2.2.2. Matérias da componente formativa geral

2.2.2.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional

2.2.2.2. Ética e Deontologia Judiciárias

2.2.2.3. Instituições e Organização Judiciárias

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

41

2.2.2.4 Metodologia e Discurso Judiciários

2.2.2.5. Organização e Métodos e Gestão do Processo

Nestas matérias, a formação foi comum com o XXVIII Curso de Formação de Magistrados para

os Tribunais Judiciais e desenvolveu-se nos termos descritos nas secções anteriores.

2.2.2.6. Língua Estrangeira

O Curso seguiu os objectivos já elencados quanto ao XXVIII Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais, tendo como aspecto específico o desenvolvimento de

temáticas directamente relacionadas com os Direitos Administrativo e Fiscal, e consequentemente,

abordadas atentas essas especificidades.

2.2.2.7. Tecnologias de Informação e de Comunicação

A 1ª parte do programa formativo foi, também nesta matéria, comum com o XXVIII Curso,

tendo sido ministradas 3 unidades lectivas (4,5 horas) sobre o SITAF.

2.2.3. Matérias da componente formativa de especialidade

2.2.3.1. Direito Europeu e Direito Internacional

O I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais teve 9

unidades lectivas (13,5 horas) de formação conjunta com o XXVIII Curso e 9 unidades lectivas (13,5

horas) de formação sobre temas específicos das áreas administrativa e fiscal.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

42

2.2.3.2. Organização Administrativa

Pretendeu-se dotar os Auditores de Justiça de conhecimentos sobre os princípios de

organização administrativa, os diversos tipos de entidades da Administração Pública e de entidades

equiparadas e o direito a cada uma delas aplicável.

Decorreu durante 7 unidades lectivas (10,5 horas), tendo sido leccionada por Docentes do CEJ

e culminou com a respectiva avaliação através de uma prova de aferição de conhecimentos.

2.2.3.3. Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal

Esta matéria decorreu durante o total de 20 unidades lectivas (30 horas), tendo sido as

primeiras 12 unidades lectivas (18 horas) comuns ao XXVIII Curso e as outras 8 (12 horas) sobre os

princípios de contabilidade financeira e fiscal.

2.2.3.4. Psicologia Judiciária

Esta matéria foi leccionada conjuntamente com o XXVIII Curso.

2.2.4. Área de Investigação Aplicada (AIA)

Na Área de Investigação Aplicada foram realizados, pelos Auditores do I Curso de Formação

de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, trabalhos que incidiram, de acordo com as

escolhas daqueles, sobre os seguintes temas:

- O domínio público e os Tribunais;

- Quem controla os controladores;

- O dever de executar e as causas de inexecução das sentenças de anulação dos actos

administrativos;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

43

- Preços de transferência;

- Tributação das manifestações de fortuna;

- Derrogação do sigilo bancário.

2.3. Estágios intercalares junto dos Tribunais

Cada um dos Auditores de Justiça foi colocado junto de Magistrados Formadores, tomando

contacto com processos da área administrativa e da área fiscal.

Nessa fase, os Auditores de Justiça assistiram às diligências processuais, em particular no

domínio da produção da prova e realização de audiências de julgamento, em termos semelhantes aos

que irão reger o Segundo Ciclo da fase teórico-prática, com as adaptações impostas pela sua curta

duração.

Os Magistrados Formadores, em conjugação com os Coordenadores Distritais, elaboraram

uma informação sobre o desempenho do Auditor, cujo teor foi considerado na avaliação global do

primeiro Ciclo.

O estágio intercalar junto dos Tribunais teve lugar no período de 6 a 23 de Abril de 2010, num

total de 14 dias úteis.

3. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do XXVIII Curso

Os critérios e parâmetros de avaliação no primeiro Ciclo de actividades foram aprovados pelo

Conselho Pedagógico em 22 de Setembro de 2009 e materializados no subsequente despacho da

Directora do Centro de Estudos Judiciários, de 23 de Setembro de 2009.

Ao longo do período de actividades do primeiro Ciclo procedeu-se à avaliação do

aproveitamento e adequação dos Auditores de Justiça, em conformidade com os critérios enunciados

no artigo 43º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, e definidos pelo Conselho Pedagógico.

O Conselho Pedagógico, na sua sessão de 16 de Julho de 2010, aprovou as classificações do

primeiro Ciclo do I Curso de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

44

Em resultado das classificações obtidas constata-se a seguinte distribuição das classificações

finais pelos níveis de aproveitamento definidos:

Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 8 Auditores (notas finais entre

14,246 e 15,454 valores);

Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 16 Auditores (notas

finais entre 12,551 e 13,867).

Nível C – avaliação superior a 11 e inferior a 12,5 valores: 1 (11,918).

Subsecção 3

Primeiro Ciclo do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público (4 de Janeiro de 2010 a 25 de Junho de 2010)

1. Destinatários e início das actividades

No período de 04 de Janeiro a 25 de Junho de 2010 (vinte e quatro semanas) decorreu no

Centro de Estudos Judiciários, ao abrigo do regime instituído pela Lei nº 95/2009, de 2 de Setembro, o

primeiro Ciclo de actividades do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público,

que foi frequentado por sessenta e quatro Auditores de Justiça, quatro dos quais, que haviam sido

excluídos pelo júri do concurso de admissão a que se candidataram, foram autorizados a frequentar

este Curso Especial provisoriamente na sequência de decisões exaradas pelos Tribunais

Administrativos no âmbito de providências cautelares interpostas após a referida exclusão.

O primeiro Ciclo foi concluído por 63 Auditores de Justiça, tendo um dos Auditores desistido da

frequência do Curso.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

45

Os mencionados Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do

concurso de ingresso aberto pelo Aviso nº 16250/2009, publicado no Diário da República, 2ª Série, de

18 de Setembro de 2009.

Frequentaram ainda o Curso, no âmbito da cooperação na formação judiciária com os Países

Africanos de Língua Oficial Portuguesa, oito Auditores de Justiça Cooperantes da República de Angola.

Os Auditores de Justiça foram divididos por quatro Grupos (designados pelos números 11, 12,

13 e 14), tendo, cada um deles, dezoito formandos, incluindo os cooperantes da República de Angola.

2. Organização por matérias e áreas

2.1. Quadro geral

O primeiro Ciclo do I Curso Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público, cujo

plano de estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 10 de Novembro de 2009, integrou três

componentes:

A – A componente profissional, que incluiu:

- Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil;

- Direito Penal e Direito Processual Penal;

- Direito Contra – Ordenacional substantivo e processual;

- Direito da Família e das Crianças;

- Direito substantivo e processual do Trabalho e Direito da Empresa.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

46

B – A componente formativa geral, que incluiu:

- Direitos Fundamentais e Direito Constitucional;

- Ética e Deontologia Profissional;

- Metodologia e Discurso Judiciários;

- Organização e Métodos e Gestão do Processo;

- Tecnologias de Informação e Comunicação, com relevo para a prática judiciária.

C – A componente formativa de especialidade, que incluiu:

- Psicologia Judiciária;

- Medicina Legal e Ciências Forenses;

- Investigação Criminal e Gestão do Inquérito.

Todas as matérias foram de frequência obrigatória.

As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas

por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de Família e das

Crianças e a Jurisdição do Trabalho e da Empresa.

A matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual, constituindo uma disciplina

autónoma, foi, pela sua natureza, partilhada pelas Jurisdições Penal e do Trabalho e Empresa.

No programa de cada uma das matérias foram estabelecidos os respectivos conteúdos

pedagógicos, as metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

47

2.2. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias

2.2.1. Matérias da componente formativa profissional

Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades lectivas

(sessões) de frequência obrigatória.

O tratamento das questões substantivas foi, preferencialmente, feito na óptica do seu

tratamento processual, sendo a abordagem casuística orientada no sentido de proporcionar a

consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos

jurídico e judiciário na análise e resolução de casos.

O método de avaliação do aproveitamento dos Auditores utilizado em relação às matérias da

componente profissional foi o da avaliação contínua (artigo 43º nº 3 da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro),

que integrou testes e exercitações escritas ao longo de todo o primeiro Ciclo. O resultado da avaliação

foi expresso através da atribuição de uma menção qualitativa no final do primeiro trimestre e de uma

notação quantitativa final, numa escala de 0 a 20 valores.

2.2.1.1. Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil

A formação em matéria de Direito Civil, Processual Civil e Direito Comercial desenvolveu-se ao

longo de todo o primeiro Ciclo, num total de quarenta e oito unidades lectivas (72 horas), à razão de

duas unidades lectivas por semana.

2.2.1.2. Direito Penal e Direito Processual Penal

A formação em matéria de Direito Penal e Direito Processual Penal desenvolveu-se ao longo

de todo o primeiro Ciclo, num total de setenta e duas unidades lectivas (108 horas), à razão de duas ou

três unidades lectivas por semana.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

48

2.2.1.3. Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual

A formação em matéria de Direito Contra–Ordenacional substantivo e processual desenvolveu-

-se ao longo do primeiro Ciclo, num total de dezoito unidades lectivas (27 horas), das quais 12

unidades lectivas relativas a matéria penal e 6 relativas a matéria laboral.

2.2.1.4. Direito da Família e das Crianças

A formação em matéria de Direito da Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo de todo

o primeiro Ciclo, num total de vinte e quatro unidades lectivas (36 horas), à razão de uma unidade

lectiva por semana.

2.2.1.5. Direito do Trabalho e da Empresa

A formação em matéria de Direito do Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo de todo

o primeiro Ciclo, num total de vinte e quatro unidades lectivas (36 horas), à razão de uma unidade

lectiva por semana.

2.2.2. Matérias da componente formativa geral

2.2.2.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional

2.2.2.2. Ética e Deontologia Profissional

2.2.2.3. Metodologia e Discurso Judiciários

2.2.2.4. Organização e Métodos e Gestão do Processo

2.2.2.5. Tecnologias de Informação e de Comunicação

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

49

Nestas matérias formativas, os respectivos conteúdos, unidades lectivos e métodos de

avaliação foram idênticos aos do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais. Remete-se, por consequência, nesta parte, para as secções próprias correspondentes e que

antecedem.

2.2.3. Matérias da componente formativa de especialidade

2.2.3.1. Psicologia Judiciária

Visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base teórica e a

sensibilização para os aspectos práticas das temáticas da Psicologia Judiciária, nomeadamente em

matéria de psicologia do testemunho, de psicologia das motivações ajurídicas do julgador, entrevista

cognitiva e interrogatório judicial e exames periciais no âmbito da interdição e inabilitação.

Os temas da matéria de Psicologia Judiciária foram ministrados em nove unidades lectivas

(13,5 horas), por Docentes Universitários e outros especialistas, procurando-se interligar a abordagem

teórica com a análise e debate de casos práticos, sendo a avaliação baseada no resultado obtido em

provas escritas de aferição de conhecimentos.

2.2.3.2. Medicina Legal e Ciências Forenses

Na matéria de Medicina Legal e Ciências Forenses visou-se proporcionar aos Auditores de

Justiça a aquisição de uma base de conhecimentos teóricos e a sensibilização para alguns aspectos

práticos com relevo para a prática judiciária, nomeadamente em matéria de organização médico-legal e

de perícias médico-legais e forenses, de exames e perícias médico-legais e forenses, no âmbito da

avaliação do dano corporal em direito civil, do direito do trabalho, do direito penal e de algumas

situações mais específicas, de autópsias médico-legais, de exames e perícias médico-legais e forenses

no âmbito da antropologia forense, da toxicologia forense, da genética e biologia forenses e de exames

e perícias médico-legais e forenses no âmbito da psiquiatria forense.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

50

As oito unidades lectivas (12 horas) do programa foram ministradas por Docentes

Universitários e outros especialistas, com a colaboração do Instituto Nacional de Medicina Legal, sendo

o aproveitamento baseado no resultado obtido em prova escrita de aferição de conhecimentos.

2.2.3.3. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito

Nesta matéria visou-se proporcionar aos Auditores de Justiça a aquisição de uma base de

conhecimentos teórico-práticos mais apurados sobre, nomeadamente, recolha e tratamento de indícios

do crime, técnicas de realização de perícias mais comuns como os exames à escrita, a dactiloscopia, a

inspecção lofoscópica, os exames biológicos, a balística e a toxicologia, a intercepção e escuta

telefónica e preservação de dados, a investigação da criminalidade complexa e internacional e

económico-financeira e a gestão concreta dos actos processuais de inquérito em função do tipo de

crime investigado.

As sessões (dezanove unidade lectivas, correspondentes a 28,5 horas) foram ministradas com

a colaboração do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, do Laboratório da Polícia

Científica e outros departamentos especializados da Polícia Judiciária.

O aproveitamento foi baseado no resultado obtido em teste escrito de aferição de

conhecimentos.

3. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do I Curso Especial de Magistrados para o

Ministério Público

O Conselho Pedagógico, na sua sessão de 30 de Junho de 2010, aprovou as classificações do

primeiro Ciclo deste Curso.

Em resultado das classificações obtidas, constata-se a seguinte distribuição das classificações

finais pelos níveis de aproveitamento definidos:

Nível A – avaliação igual ou superior a 14,00 valores: 31 Auditores (notas finais entre

14,006 e 14,837 valores);

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

51

Nível B – avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,00 valores: 31 Auditores (notas

finais entre 12,599 e 13,980);

Nível C – avaliação superior a 11 e inferior a 12,5 valores: 1 Auditor (12,241).

No final do mesmo período, os Auditores Cooperantes tiveram aproveitamento global positivo,

entre o suficiente elementar e o suficiente elevado, o que foi comunicado à respectiva Procuradoria-

Geral da República.

Subsecção 4

Segundo Ciclo do XXVII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e do I Curso Especial para Magistrados do Ministério Público

O Segundo Ciclo de actividades da fase teórico-prática (actividades nos Tribunais) do XXVII

Curso Normal de Formação decorreu entre 1 de Setembro de 2009 e 28 de Fevereiro de 2010 para os

Auditores que ingressaram no curso ao abrigo do disposto na segunda parte da alínea c) do artigo 5º

da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro (via profissional), e entre 1 de Setembro de 2009 e 15 de Julho de

2010, para os demais (via académica).

Os 100 Auditores foram colocados nas comarcas, junto dos respectivos Magistrados

Formadores, de acordo com o disposto no artigo 50º da referida Lei.

A formação no segundo Ciclo desenvolveu-se nos quatro distritos Judiciais, sob a orientação

dos respectivos Coordenadores Distritais, no respeito pelos objectivos e metodologia definidos no

Plano de Actividades para o ano 2009/2010.

Importa salientar que o XXVII Curso Normal foi o primeiro após a aprovação da Lei nº 2/2008,

de 14 de Janeiro, em que o segundo Ciclo seguiu o modelo de formação instituído por este normativo,

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

52

o que determinou ajustamentos e fixação de novos procedimentos e regras, tarefa desenvolvida em

condições particularmente difíceis, fruto do prolongamento do processo de substituição desencadeado

pelo pedido de cessação de funções da Directora.

1. Magistratura Judicial

1.1. O segundo Ciclo de formação teórico-prática tem como finalidade conferir ao Auditor maior

proximidade e consciência das diversas actuações inerentes à judicatura, através da elaboração de

projectos de peças processuais, intervenção em actos preparatórios do processo, coadjuvação do Juiz

Formador nas tarefas de direcção e instrução do processo e assistência às diversas diligências

processuais e deliberações dos órgãos jurisdicionais.

Na generalidade dos casos, cada Juiz Formador assegura a formação de um ou dois Auditores

e de um ou dois juízes em regime de estágio.

No período de formação abrangido por este relatório, os Auditores foram acompanhados

regularmente pelos Coordenadores Distritais, que se deslocaram aos locais de formação não menos de

cinco ou seis vezes (via académica) e três ou quatro vezes (via profissional), com o objectivo de

acompanhar, orientar e coordenar as actividades de formação levadas a efeito nas comarcas.

Nessas visitas, os Coordenadores Distritais indagaram e interpelaram os Juízes Formadores

acerca do desempenho formativo e da evolução do desempenho dos formandos, analisando e

discutindo com os Auditores os trabalhos por estes realizados.

Nas reuniões com os formandos e os Auditores, os Coordenadores tiveram a preocupação não

só de sinalizar os erros e deficiências dos trabalhos escritos, mas também de procurar as soluções

adequadas e destacar os pontos mais positivos das diferentes intervenções (escritas ou orais).

Os dois Directores-Adjuntos para a Magistratura Judicial que exerceram actividade no período

de Setembro de 2009 a 24 de Março (o primeiro) e de 26 de Março a Julho de 2010 (o actual), nas

visitas que efectuaram às diversas comarcas, privilegiaram o contacto pessoal com os formadores e os

Auditores, procuraram inteirar-se do modo como se estava a processar a formação, nomeadamente

sobre a questão de saber se estavam a ser respeitados os objectivos e a metodologia indicados no

Plano de Actividades.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

53

Antes da actual Direcção, a então Directora-Adjunta para a Magistratura Judicial realizou

reuniões com todos os Juízes Formadores e Coordenadores, com vista a salientar a importância do

papel do Juiz Formador, destacar os objectivos da formação e traçar as diferenças entre o 2º Ciclo da

formação teórico-prática para os Auditores provenientes da via académica e para os oriundos da via

profissional, face à menor duração de permanência destes nos Tribunais nesta fase.

Essas reuniões visaram ainda proceder a uma avaliação do funcionamento da aplicação

CITIUS na perspectiva dos Auditores de Justiça, traçar as linhas gerais dos estágios de curta duração e

propiciar uma discussão aberta com os formadores sobre outros assuntos relevantes para a formação,

designadamente sobre o momento mais adequado para a realização dos estágios nas jurisdições de

Família e Menores e na Instrução Criminal no que concerne às comarcas de competência

especializada.

Tais reuniões tiveram lugar no dia 21 de Setembro de 2009 para os formadores dos distritos

Judiciais de Lisboa e Évora, nas instalações do CEJ, em Lisboa; no dia 25 de Setembro de 2009 para

os formadores do distrito Judicial do Porto, nas instalações do núcleo do CEJ no Porto; e no dia 2 de

Outubro de 2009 para os formadores do distrito judicial de Coimbra, nas instalações do núcleo do CEJ

em Coimbra.

No início do mês de Dezembro de 2009, foram prestadas as informações previstas no artigo

52º, nº 4 do Regulamento do CEJ e tiveram lugar reuniões de avaliação intercalar dos Auditores

provenientes da via profissional, as quais contaram com a presença da então Directora-Adjunta, do

respectivo Coordenador do Distrito Judicial e Juízes Formadores, após o que foram elaborados os

respectivos relatórios intercalares.

Posteriormente, nos dias 23 de Fevereiro de 2010 para os Auditores de Justiça colocados nos

distritos Judiciais de Lisboa e Évora, nas instalações do CEJ em Lisboa, e no dia 26 de Fevereiro de

2010 para os Auditores de Justiça colocados nos distritos Judiciais do Porto e Coimbra, nas instalações

do núcleo do CEJ nessa cidade, realizaram-se reuniões de avaliação final dos mesmos Auditores

provenientes da via profissional, as quais contaram igualmente com a presença dos mesmos

elementos.

Seguidamente, teve lugar uma reunião com os Coordenadores Distritais para uma apreciação

global das informações intercalares sobre os Auditores, visando a harmonização dos critérios de

avaliação.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

54

No que concerne aos Auditores oriundos da via académica, as informações e os relatórios

intercalares foram apresentados no decurso no final do mês de Janeiro e início de Fevereiro de 2010.

Por seu turno, as reuniões de avaliação final dos Auditores de Justiça oriundos da via

académica decorreram em já em Junho de 2010 sob a égide da actual Direcção e contaram com a

presença do Director-Adjunto, Coordenadores Distritais e Juízes Formadores.

Essas reuniões tiveram lugar em 14 de Junho de 2010 relativamente aos Auditores colocados

no distrito judicial de Lisboa, nas instalações do CEJ; em 18 de Junho de 2010 relativamente aos

Auditores colocados no distrito judicial de Évora, no Tribunal da Relação de Évora; em 21 de Junho de

2010 para os Auditores colocados no distrito judicial do Porto, no núcleo do CEJ nessa cidade; e,

finalmente, no dia 25 de Junho de 2010 para os Auditores colocados no distrito judicial de Coimbra, nas

instalações do respectivo núcleo.

Em 01/07/2010, o actual Director-Adjunto reuniu com os Coordenadores Distritais para uma

apreciação global das informações sobre os Auditores oriundos da via académica, visando a

harmonização dos critérios de avaliação.

1.2. Como previsto no nº 2 do artigo 51º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, e no Plano de

Actividades, os Auditores de Justiça oriundos da via académica realizaram estágios de curta duração

junto de entidades e instituições não judiciárias conexas com actividade relevante para o exercício da

Magistratura Judicial.

Atendendo ao curto período formativo, o Conselho Pedagógico deliberou dispensar os

Auditores de Justiça provenientes da via profissional da frequência de estágios de curta duração.

Os estágios de curta duração decorreram entre 6 e 23 de Abril de 2010, sob a orientação do

respectivo Coordenador Distrital e a coordenação do actual Director-Adjunto, junto de serviços da

Direcção-Geral de Reinserção Social, designadamente em equipas de reinserção social, nas

Conservatórias dos Registos Civil, Predial e Comercial, e nas Comissões de Protecção de Crianças e

Jovens e Delegações da Associação de Apoio à Vítima (APAV).

Cada Auditor de Justiça frequentou, pelo menos, dois locais de estágio de entre os

previamente seleccionados.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

55

1.3. Durante o segundo Ciclo de formação teórico-prática realizaram-se diversas acções

específicas de formação e visitas formativas destinadas aos Auditores do XXVII Curso Normal,

designadamente as seguintes:

� Acção de formação realizada em Dezembro de 2009 no Conselho Distrital de Coimbra

da Ordem dos Advogados, sobre a temática da violência no seio da família, com

intervenções sobre os seguintes temas:

- Violência doméstica e familiar – do conceito à compreensão;

- Violência doméstica e familiar – impacto na qualidade de vida e avaliação do

potencial de risco;

- Violência doméstica – enquadramento judicial: da legislação à intervenção,

projecto do DIAP de Coimbra;

- Do outro lado... as crianças vítimas de violência.

� Acção de formação realizada em 6 de Maio de 2010 no Instituto de Reinserção Social

de Coimbra, com intervenções sobre os seguintes temas:

- Assessoria na Área Tutelar Educativa: pré-sentencial e execução de medidas

tutelares educativas, com intervenção da Sra. Dra. Esmeralda Coelho

(Directora do Núcleo de Apoio Técnico da Direcção Regional do Centro);

- Vigilância electrónica, com intervenção do Sr. Dr. Fernando Fernandes

(Coordenador da Unidade Operativa de Coimbra da Vigilância Electrónica do

Instituto de Reinserção Social);

- Assessoria na Área Penal: pré-sentencial e execução de medidas penais, com

intervenção do Sr. Dr. Francisco Navalho (Delegado Regional do Centro -

DGRS);

- Intervenções com problemáticas criminais específicas: condução de veículo

em estado de embriaguez; Programa Stop: Responsabilidade e segurança; e

crimes de violência doméstica e maus-tratos, com intervenção do Sr. Dr.

Francisco Navalho.

- Visita, após a acção de formação antes referida, no mesmo dia, às equipas

operativas do IRS (equipas do Baixo Mondego e equipa de vigilância

electrónica e ao Centro Educativo dos Olivais).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

56

� Acção de formação realizada em 27 de Maio de 2010 em Lisboa, abrangendo os

Auditores colocados nos distritos Judiciais de Lisboa e Évora, com intervenções sobre

os seguintes temas:

- “Apreciação da prova em processo civil”, a cargo do Sr. Juiz de Direito

Aristides Rodrigues de Almeida;

- “Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção”, proferida

pelo Sr. Juiz de Direito Luciano Carvalho;

� Acção de formação realizada em 28 de Maio de 2010 em Aveiro, abrangendo os

Auditores colocados nos distritos Judiciais de Coimbra e Porto, com intervenções

sobre os seguintes temas:

- “Apreciação da prova em processo civil”, a cargo do Sr. Juiz de Direito

Aristides Rodrigues de Almeida;

- “Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção”, a cargo do

Sr. Juiz de Direito António da Costa Gomes.

1.4. Uma vez completado o Segundo Ciclo, o Conselho Pedagógico procedeu à avaliação do

aproveitamento e adequação dos Auditores de Justiça do XXVII Curso Normal com base na análise

dos elementos colhidos, relatórios elaborados e respostas dos Auditores, tendo em consideração os

parâmetros de avaliação constantes do Regulamento Interno do Centro de Estudos Judiciários.

Uma Auditora, oriunda da via profissional, apresentou desistência, a qual foi aceite.

Em reunião realizada em 12 de Abril de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente

as propostas de prorrogação do segundo Ciclo de dois Auditores oriundos da via profissional e de

notação positiva dos dez restantes Auditores provenientes dessa via de acesso, os quais considerou

habilitados a frequentar a fase de estágio.

As classificações no segundo Ciclo desses Auditores de Justiça situaram-se dentro dos

seguintes escalões:

- Um Auditor obteve classificação final igual ou superior a 15 valores;

- Duas Auditoras obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;

- Quatro Auditores obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;

- Três Auditores obtiveram classificação final entre 12 e 13 valores.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

57

Por seu turno, em 16 de Julho de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente as

propostas de prorrogação excepcional do segundo Ciclo de uma Auditora oriunda da via académica e

de notação positiva dos demais Auditores da via académica e dos dois Auditores da via profissional,

cujo segundo Ciclo havia sido prorrogado, os quais considerou habilitados a frequentar a fase de

estágio.

As classificações no segundo Ciclo dos Auditores de Justiça então avaliados situaram-se

dentro dos seguintes escalões:

- Três Auditores obtiveram classificação final igual ou superior a 15 valores;

- Dezanove Auditores obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;

- Doze Auditores obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;

- Um Auditor obteve classificação final entre 12 e 13 valores;

- Dois Auditores obtiveram classificação final entre 11 e 12 valores;

- Uma Auditora obteve classificação final entre 10 e 11 valores.

2. Ministério Público

2.1. As actividades relativas à formação do 2º Ciclo, durante o ano de actividades 2009/2010,

visaram o acompanhamento, supervisão, coordenação e avaliação dos Auditores de Justiça do XXVII

Curso Normal de Formação de Magistrados, em conformidade com o Plano de Actividades para o ano

2009/2010.

Assim, o 2º Ciclo de actividades da fase teórico-prática do XXVII do Curso Normal de

Formação de Magistrados decorreu entre 1 de Setembro de 2009 e 28 de Fevereiro de 2010 para os

quinze Auditores de Justiça que optaram pela Magistratura do Ministério Público e que ingressaram no

curso ao abrigo do disposto na segunda parte da alínea c) do artigo 5º da Lei nº 2/2008, de 14 de

Janeiro (via profissional).

E decorreu entre 1 de Setembro de 2009 e 15 de Julho de 2010, para os trinta e cinco

Auditores de Justiça que optaram também pela Magistratura do Ministério Público mas que

ingressaram ao abrigo do disposto na 1ª parte do referido preceito legal, ou seja, os da via académica.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

58

A formação no 2º Ciclo dos cinquenta Auditores de Justiça desenvolveu-se nos quatro distritos

Judiciais, sob a orientação dos respectivos Coordenadores Distritais, no respeito pelos objectivos e

metodologia definidos no Plano de Actividades para o ano 2009/2010.

Assim, treze Auditores de Justiça (11 da via académica e 2 da via profissional) foram colocados

em comarcas do distrito judicial do Porto (comarcas de Vila Nova de Famalicão, Paços de Ferreira,

Caminha, Esposende, Barcelos, São João da Madeira, Maia, Ponte de Lima, Vila do Conde, Valongo,

Matosinhos e Oliveira de Azeméis).

Doze Auditores de Justiça (7 da via académica e 5 da via profissional) foram colocados em

comarcas do distrito judicial de Coimbra (comarcas de Torres Novas, Pombal, Figueira da Foz,

Cantanhede, Covilhã, Baixo Vouga-Anadia, Baixo Vouga-Ílhavo e Tondela).

Treze Auditores de Justiça (10 da via académica e 3 da via profissional) foram colocados em

comarcas do distrito judicial de Lisboa (comarcas de Vila Franca de Xira, Seixal, Caldas da Rainha,

Oeiras, Loures, Sintra, Peniche, Rio Maior, Barreiro, Mafra e Almada).

E doze Auditores de Justiça (7 da via académica e 5 da via profissional) foram colocados em

comarcas do distrito judicial de Évora (comarcas de Silves, Santarém, Beja, Portimão, Elvas, Setúbal,

Portalegre, Santiago do Cacém e Faro).

Além disso, a partir de 5 de Julho de 2010, e sem que tal actividade formativa constasse do

Plano de Actividades para o ano de 2009/2010, iniciou-se o 2º Ciclo de actividades da fase teórico-

-prática para cinquenta e cinco Auditores de Justiça do Curso Especial do Ministério Público e oito

Auditores de Justiça Cooperantes da República de Angola, o que implicou a selecção, mobilização e

duplicação de novos recursos formativos.

Procedimento que acarretou um acréscimo de trabalho para todos os agentes envolvidos no

processo de formação e exigiu uma conjugação de esforços, quer da parte da Direcção, quer dos

respectivos Coordenadores e Formadores para ministrar a estes auditores a formação teórico-prática

nos Tribunais num período particularmente difícil, que abrangeu os meses de Julho a Outubro e

decorreu, inclusivamente, durante as férias judiciais.

Salienta-se que só com o empenhamento e profissionalismo de todos os intervenientes foi

possível concluir, com sucesso, essa tarefa.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

59

2.2. O 2º Ciclo de formação teórico-prática teve como finalidade conferir ao Auditor de Justiça

maior proximidade e consciência das diversas actuações inerentes à Magistratura, através da

elaboração de projectos de peças processuais, intervenção em actos preparatórios do processo,

coadjuvação do formador nas tarefas de direcção e instrução do processo e assistência às diversas

diligências processuais.

Em regra, cada formador assegurou a formação de um Auditor de Justiça e de um procurador-

adjunto em regime de estágio.

No decurso de todas as actividades formativas junto dos Tribunais, os Auditores de Justiça

foram, em permanência, acompanhados e assistidos pelos formadores previamente designados pelo

Conselho Superior do Ministério Público, sempre sob coordenação dos Coordenadores Distritais dos

Núcleos Distritais do CEJ para a área do Ministério Público e a supervisão do Director-Adjunto

respectivo (artigos 51º, nº 1, e 52º, nº 1, ambos da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro).

Para tal efeito, realizaram-se várias reuniões entre o Director-Adjunto e os Coordenadores

Distritais.

Procedeu-se, por essa via, à avaliação, concepção, planificação e realização de todas as

actividades formativas, nelas se incluindo um conjunto de visitas, intervenções e contactos com as

mais diversas entidades e instituições de algum modo relacionadas com a futura actividade de

Magistrados que foram levadas a efeito na área de cada comarca.

Destacam-se, nesse particular, visitas e contactos formativos efectuados a Conservatórias,

Cartórios Notariais, Estabelecimentos Prisionais, Direcção-Geral de Reinserção Social, Órgãos de

Polícia Criminal, Instituições de Segurança Social, Laboratório de Polícia Científica e Instituto Nacional

de Medicina Legal, através das respectivas delegações ou mesmo dos Gabinetes Médico-Legais.

A metodologia adoptada e seguida para acompanhamento e avaliação do desempenho dos

Auditores de Justiça voltou a consistir na consubstanciação da ideia de grande proximidade entre

Auditores de Justiça, Formadores e Coordenadores Distritais, traduzidas em visitas regulares e

frequentes às comarcas de formação, em princípio de periodicidade mensal, apesar de haver situações

que reclamaram um programa de visitas mais apertado.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

60

Tais visitas de trabalho foram aproveitadas para trocas de impressões, informações gerais e

particulares, discussão de trabalhos escritos realizados pelos Auditores de Justiça e para recolha de

trabalhos escritos executados.

Aliás, uma das tarefas mais relevantes e absorventes da estrutura de estágio protagonizada

pelos Coordenadores Distritais consiste precisamente nas visitas ou reuniões de trabalho,

acompanhamento, orientação e coordenação das actividades de formação levadas a efeito nas

comarcas.

As visitas ou reuniões de trabalho são efectuadas com um propósito múltiplo: o de avaliar,

analisar e discutir em profundidade todos os trabalhos realizados e constantes do dossier de estágio,

de providenciar pela integração e adaptação dos Auditores de Justiça e de aferir da sua relação com o

meio judiciário em ambiente real, bem como do seu posicionamento e das suas reacções face aos

problemas colocados.

Os Coordenadores Distritais aproveitam também as referidas visitas para indagar e interpelar

os Formadores acerca da evolução do desempenho dos Auditores de Justiça e tentar, em diálogo com

os mesmos, aperceberem-se de circunstâncias relevantes para a correcta compreensão e avaliação do

desempenho.

Nos períodos intercalares e no fim de cada Ciclo formativo, os Coordenadores Distritais e os

Formadores reuniram com o respectivo Director-Adjunto, com ele discutindo todos os assuntos e

facultando-lhe todas as informações, orais e escritas, relacionadas com a formação e imprescindíveis à

organização e avaliação.

O Director-Adjunto para a Magistratura do Ministério Público realizou reuniões com todos os

Formadores e Coordenadores Distritais, com vista a salientar a importância do papel do formador,

destacar os objectivos da formação e traçar as diferenças entre o 2º Ciclo da formação teórico-prática

para os Auditores de Justiça provenientes da via académica e para os oriundos da via profissional, face

à menor duração de permanência destes nos Tribunais nesta fase.

No mês de Novembro de 2009, foram prestadas as informações previstas no artigo 52º, nº 4,

do Regulamento do CEJ e tiveram lugar reuniões de avaliação intercalar dos quinze Auditores de

Justiça provenientes da via profissional, as quais contaram com a presença do Director-Adjunto desta

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

61

área, Coordenadores Distritais e Formadores, após o que foram elaborados os respectivos relatórios

intercalares.

Posteriormente, no dia 23 de Fevereiro de 2010 para os Auditores de Justiça colocados nos

distritos Judiciais de Coimbra e Porto, nas instalações do núcleo do CEJ em Coimbra, e no dia 25 de

Fevereiro de 2010 para os Auditores de Justiça colocados nos distritos Judiciais de Évora e Lisboa, nas

instalações do CEJ em Lisboa, realizaram-se reuniões de avaliação final dos mesmos Auditores de

Justiça provenientes da via profissional, as quais contaram igualmente com a presença do Director-

Adjunto, Coordenadores Distritais e Formadores.

Seguidamente, o Director-Adjunto reuniu com os Coordenadores Distritais para uma

apreciação global das informações intercalares sobre os Auditores, visando a harmonização dos

critérios de avaliação.

No que concerne aos Auditores de Justiça oriundos da via académica, as informações e os

relatórios intercalares foram apresentados no mês de Janeiro de 2010.

Por seu turno, as reuniões de avaliação final dos Auditores de Justiça oriundos da via

académica decorreram em Junho de 2010 e contaram com a presença do Director-Adjunto,

Coordenadores Distritais e Formadores.

Essas reuniões tiveram lugar em 18 de Junho de 2010 relativamente aos Auditores de Justiça

colocados no distrito judicial de Évora, na cidade de Beja; em 21 de Junho de 2010 relativamente aos

Auditores de Justiça colocados no distrito judicial de Lisboa, nas instalações do CEJ; em 23 de Junho

de 2010 para os Auditores de Justiça colocados no distrito judicial do Porto, no Tribunal de Matosinhos;

e, finalmente, no dia 24 de Junho de 2010 para os Auditores de Justiça colocados no distrito judicial de

Coimbra, nas instalações do respectivo núcleo distrital.

No dia 28 de Junho de 2010, o Director-Adjunto reuniu com os Coordenadores Distritais para

uma apreciação global das informações sobre os Auditores oriundos da via académica, visando a

harmonização dos critérios de avaliação.

2.3. Como previsto no nº 2 do artigo 51º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro e no Plano de

Actividades para o ano 2009/2010, os Auditores de Justiça oriundos da via académica realizaram

estágios de curta duração junto de entidades e instituições não judiciárias conexas com actividade

relevante para o exercício da Magistratura do Ministério Público.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

62

Atendendo ao curto período formativo, o Conselho Pedagógico deliberou dispensar os

Auditores de Justiça provenientes da via profissional da frequência de estágios de curta duração.

Os estágios de curta duração decorreram entre 8 e 26 de Março de 2010, sob a orientação dos

Coordenadores Distritais e a coordenação do Director-Adjunto, e cada Auditor de Justiça, tendo em

conta os objectivos e as orientações constantes do Plano de Actividades, frequentou as seguintes três

áreas:

a) Órgãos de Polícia Criminal (OPC), e neste particular, foram mantidos contactos

formativos, nomeadamente com a PJ, PSP, GNR, SEF, ASAE e Autoridade Marítima.

b) Entidades de apoio à aplicação de penas e medidas, sendo que neste particular foram

mantidos contactos formativos com a Direcção-Geral de Reinserção Social e com

diversos estabelecimentos prisionais.

c) Vertente do crime económico, sendo que neste particular foram mantidos contactos

formativos com diversas Direcções Distritais de Finanças (em especial com os

respectivos Núcleos de Investigação Criminal).

2.4. Durante o 2º Ciclo de formação teórico-prática realizaram-se diversas acções específicas

de formação e visitas formativas destinadas aos Auditores de Justiça do XXVII Curso Normal,

designadamente as seguintes:

▪ Acção de formação subordinada ao tema «O relacionamento do Ministério Público com

os Órgãos de Polícia Criminal», levada a efeito no dia 1 de Março de 2010, na

Directoria da Polícia Judiciária de Faro, pelo Núcleo Distrital de Évora.

▪ Acção de formação subordinada ao tema «A investigação criminal da criminalidade

fiscal», realizada no dia 18 de Março de 2010, nas instalações da Direcção Distrital de

Finanças de Santarém, pelo Núcleo Distrital de Évora.

▪ Reunião de apresentação de trabalhos elaborados pelos Auditores de Justiça, que

teve lugar no dia 31 de Maio de 2010, em Setúbal, pelo Núcleo Distrital de Évora,

sendo que foram tratados os temas do «Confisco penal com base na inversão do ónus

da prova»; «Videovigilância: Admissibilidade da prova em processo penal»; «Violência

na terceira idade»; «Violência doméstica, ainda que sem coabitação»; «A suspensão

provisória no processo abreviado»; «videovigilância»; e a «Violência doméstica».

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

63

▪ Reunião de trocas de experiências entre os Auditores de Justiça e com participação de

um Exmo. Inspector do Ministério Público, levada a efeito no dia 9 de Julho de 2010,

nas instalações do DIAP de Évora, pelo Núcleo Distrital de Évora.

▪ Acção de formação subordinada ao tema «A Violência Doméstica – Enquadramento

Sociológico e Jurídico», realizada no dia 17 de Dezembro de 2009, pelo Núcleo

Distrital de Coimbra.

▪ Acção de formação subordinada ao tema «A Actividade da Delegação Regional do

Centro da Direcção-Geral de Reinserção Social como Órgão de Assessoria Técnica

aos Tribunais», que teve lugar no dia 6 de Maio de 2010, pelo Núcleo Distrital de

Coimbra.

▪ Acção de formação subordinada ao tema «Para lá dos Muros – um olhar prático do

actual Direito Penitenciário», levada a efeito no dia 12 de Maio de 2010, pelo Núcleo

Distrital de Coimbra.

▪ Visita de contacto formativo ao Instituto de Medicina Legal, organizada no dia 8 de

Junho de 2010, pelo Núcleo Distrital de Coimbra.

▪ Visita de Contacto Formativo às instalações da Delegação do Norte da DGRS, no dia

13 de Março de 2010, subordinada ao tema «Atribuições e Intervenções da Direcção

Geral de Reinserção Social», realizada pelo Núcleo Distrital do Porto.

▪ Visita de Contacto Formativo à Directoria da Polícia Judiciária do Porto, no dia 7 de

Junho de 2010, organizada pelo Núcleo Distrital do Porto.

2.5. Uma vez completado o 2º Ciclo, o Conselho Pedagógico procedeu à avaliação do

aproveitamento e adequação dos quinze Auditores de Justiça do XXVII Curso Normal de Formação de

Magistrados, oriundos da via profissional, com base na análise dos elementos colhidos, relatórios

elaborados e respostas dos Auditores de Justiça, tendo em consideração os parâmetros de avaliação

constantes do Regulamento Interno do Centro de Estudos Judiciários.

Em reunião realizada em 12 de Abril de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente

as propostas de notação positiva dos quinze Auditores de Justiça oriundos da via profissional, os quais

considerou habilitados a frequentar a fase de estágio.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

64

As classificações no 2º Ciclo desses Auditores de Justiça situaram-se dentro dos seguintes

escalões:

▪ Três Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;

▪ Nove Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;

▪ Dois Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 12 e 13 valores;

▪ Uma Auditora de justiça obteve classificação final entre 11 e 12 valores.

Por seu turno, em 16 de Julho de 2010, o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente as

propostas de notação positiva dos Auditores de Justiça oriundos da via académica, os quais

considerou habilitados a frequentar a fase de estágio.

As classificações no Segundo Ciclo dos Auditores de Justiça, então avaliados, situaram-se

dentro dos seguintes escalões:

▪ Vinte Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 14 e 15 valores;

▪ Catorze Auditores de Justiça obtiveram classificação final entre 13 e 14 valores;

▪ Um Auditor obteve classificação final entre 12 e 13 valores.

Secção 2

Fase de Estágio dos XXVI e XXVII Cursos Normais de Formação de Magistrados

Subsecção 1

Magistratura Judicial

1.1. No período considerado no presente relatório, foram nomeados pelo Conselho Superior da

Magistratura quarenta e oito Juízes em regime de estágio do XXVI Curso Normal, o último regido pela

Lei nº 16/98, de 8/4, e dez Juízes em regime de estágio do XXVII Curso Normal, oriundos da via

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

65

profissional, estes regidos pelo modelo de formação instituído pela Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro,

tudo indicando que se concretizaram os objectivos definidos em ambos os ordenamentos.

Dando cumprimento ao Plano de Actividades aprovado, definiram-se orientações gerais sobre

o método de formação, acolhendo-se as sugestões pertinentes dos formadores e as indicações do

Conselho Superior da Magistratura.

De acordo com o disposto no artigo 70º, nº 3, da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, o estágio dos

Juízes do XXVII Curso Normal oriundos da via profissional decorreu de acordo com planos individuais

elaborados pelos Coordenadores respectivos, os quais mereceram parecer favorável do Conselho

Pedagógico e foram homologados pelo Conselho Superior da Magistratura.

Nos contactos com os formadores, os Directores Adjuntos para a Magistratura Judicial que

exerceram funções no período considerado e os respectivos Coordenadores têm vincado o carácter

fundamental da formação nos Tribunais no processo de construção do futuro juiz e salientado que

neste processo assume papel insubstituível o Juiz Formador, em particular na interiorização da

essencialidade dos princípios da independência e imparcialidade do julgador.

Em Julho de 2010, em cumprimento do disposto no artigo 41º do Regulamento do CEJ, foi

prestada informação ao Conselho Superior da Magistratura relativamente à adequação e

aproveitamento dos Juízes em regime de estágio provenientes do XXVI Curso Normal.

Todos os Juízes em regime de estágio provenientes do XXVI Curso Normal vieram a ser

nomeados Juízes de Direito efectivos, com efeitos a partir de 15 de Julho de 2010.

1.2. No âmbito da fase de estágio realizaram-se as seguintes acções específicas de formação

destinadas aos Juízes de Direito em regime de estágio:

� Acção de formação realizada no dia 27 de Maio de 2010, em Lisboa, abrangendo os

Juízes em regime de estágio colocados nos distritos Judiciais de Lisboa e Évora, com

intervenções sobre os seguintes temas:

- «Apreciação da prova em processo civil», a cargo do Sr. Juiz de Direito

Aristides Rodrigues de Almeida;

- «Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção», proferida

pelo Sr. Juiz de Direito Luciano Carvalho.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

66

� Acção de formação realizada no dia 28 de Maio de 2010 em Aveiro, abrangendo os

Juízes em regime de estágio colocados nos distritos Judiciais de Coimbra e Porto, com

intervenções sobre os seguintes temas:

- «Apreciação da prova em processo civil», a cargo do Sr. Juiz de Direito

Aristides Rodrigues de Almeida;

- «Primeiro interrogatório de arguido detido e medidas de coacção», a cargo do

Sr. Juiz de Direito António da Costa Gomes.

� Acção de formação realizada no dia 2 de Julho de 2010, no Tribunal da Relação de

Lisboa, com a presença do Sr. Juiz Conselheiro Noronha do Nascimento, Presidente

do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura, na qual foram

abordados os seguintes temas:

- «Inspecções Judiciais: Desempenho e avaliação», com intervenção a cargo do

Juiz Conselheiro José Cunha Barbosa;

- «Gerações em diálogo: outras experiências», com intervenção das Srªs Juízas

de Direito Cátia Raquel Santos e Ana Sofia Peixeiro, ambas do XXV Curso

Normal.

� Acção de formação realizada no dia 9 de Julho de 2010, no Tribunal da Relação de

Coimbra, com a presença do Sr. Juiz Conselheiro Bravo Serra, Vice-Presidente do

Conselho Superior da Magistratura, na qual foram abordados os seguintes temas:

- Inspecções Judiciais: Desempenho e avaliação, com intervenção a cargo do

Sr. Juiz Conselheiro José Cunha Barbosa;

- Gerações em diálogo: outras experiências, com intervenção das Juízas de

Direito Cláudia Regina de Jesus e Rosa Inês Figueiredo, ambas do XXV Curso

Normal.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

67

Subsecção 2

Magistratura do Ministério Público

No período considerado no presente relatório, e por despacho do Exmo. Senhor Conselheiro

Vice-Procurador-Geral da República de 4 de Agosto de 2009, publicado no DR, 2ª Série, n.º 158, de 17

de Agosto de 2009, foram nomeados quarenta e seis procuradores-adjuntos em regime de estágio

provenientes do XXVI Curso Normal, o último regido pela Lei nº 16/98, de 8 de Abril.

E coincidindo parcialmente com o período considerado neste relatório, e com efeitos a 1 de

Março de 2010, conforme despacho da mesma entidade, de 26 de Abril de 2010, publicado no DR 2.º

Série, n.º 88, de 6 de Maio de 2010, foram nomeados quinze procuradores-adjuntos em regime de

estágio provenientes do XXVII Curso Normal de Formação de Magistrados, oriundos da via

profissional, estágio esse regido pelo modelo de formação instituído pela Lei nº 2/2008, de 14 de

Janeiro, e que terminará em finais de Fevereiro de 2011.

Além disso, e com efeitos reportados ao dia 5 de Julho de 2010, foram nomeados sete

procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do Curso Especial do Ministério Público e

que finalizarão o estágio em finais de Fevereiro de 2011.

Porém, e no que concerne à fase de estágio dos XXVI e XXVII Cursos Normais, e dando

cumprimento ao Plano de Actividades para o ano 2009/2010, definiram-se, desde logo, orientações

gerais sobre o método de formação, acolhendo as sugestões pertinentes dos formadores e as

indicações do Conselho Superior do Ministério Público.

Assim, a actividade formativa dos procuradores-adjuntos em regime de estágio decorreu de

modo a que fossem adquiridos quadros estruturais e orgânicos que facilitassem a integração na vida

activa profissional.

Daí que os Procuradores-Adjuntos em regime de estágio tivessem participado em visitas de

estudo e de trabalho com instituições da mais diversa natureza, mas relacionadas com a actividade

judiciária, visitas essas que foram organizadas quer pelos Coordenadores Distritais, quer pelos próprios

formadores.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

68

Beneficiaram, ainda, como participantes directos, nuns casos, e como meros assistentes,

noutros, de algumas actividades levadas a efeito nos Núcleos Distritais do Centro de Estudos

Judiciários, nomeadamente em acções de formação destinadas ao 2º Ciclo. Actividades formativas que

contribuíram para a complementaridade e elevação da qualidade dessa formação.

Por outro lado, e de acordo com o disposto no artigo 70º, nº 3, da Lei nº 2/2008, de 14 de

Janeiro, o estágio dos quinze procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do XXVII

Curso Normal de Formação de Magistrados, oriundos da via profissional, tem decorrido de acordo com

Planos Individuais de Estágio (PIE) elaborados pelos respectivos Coordenadores Distritais, os quais

mereceram parecer favorável do Conselho Pedagógico e foram homologados pelo Conselho Superior

do Ministério Público.

Em Julho de 2010, em cumprimento do disposto no artigo 61.º do Regulamento do CEJ, foi

prestada informação final ao Conselho Superior do Ministério Público relativamente à idoneidade,

mérito e desempenho dos procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do XXVI Curso

Normal de Formação de Magistrados.

Todos os procuradores-adjuntos em regime de estágio provenientes do XXVI Curso Normal de

Formação de Magistrados foram nomeados procuradores-adjuntos efectivos, pela Deliberação n.º

1545/2010 do Conselho Superior do Ministério Público, de 14 de Julho de 2010, publicada no DR, 2ª

Série, n.º 170, de 1 de Setembro de 2010.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

69

Capítulo II

Formação Formação Formação Formação ComplementarComplementarComplementarComplementar

Secção 1

Objectivos

Nesta área, pretende-se proporcionar aos Magistrados colocados em regime de efectividade

nos dois últimos anos:

a) O intercâmbio das diversas experiências individuais numa perspectiva de

valorização profissional;

b) A reflexão teórico-prática sobre os dados recolhidos através das diversas

experiências com vista a uma maior definição, aperfeiçoamento e harmonização

de critérios no exercício da função;

c) O estudo de áreas especializadas do direito.

Secção 2

Magistratura Judicial

No domínio da formação complementar prevista nos artigos 74º e 75 da Lei nº 16/98 (ainda em

vigor para os concursos anteriores), de 8 de Abril, conjugados com o artigo 42º do respectivo

Regulamento Interno, realizou-se a seguinte acção de formação complementar destinada a

Magistrados Judiciais dos XXIII e XXIV Cursos Normais:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

70

� Acção de formação realizada em 20 de Novembro de 2009 no auditório do Centro de

Estudos Judiciários, na qual foram abordados os seguintes temas:

- «Do crédito ao consumo ao crédito aos consumidores», com intervenção do

Sr. Professor Doutor Fernando Gravato Morais;

- «A defesa colectiva dos Consumidores», com intervenção do Sr. Procurador

Adjunto Dr. Rui Batista;

- «Locação financeira, factoring e renting», com intervenção do Sr. Professor

Doutor Diogo Leite Campos, do Sr. Dr. Pedro Montenegro Martins (Advogado)

e da Sra. Dra. Conceição Soares Fatela (advogada).

Secção 3

Magistratura do Ministério Público

No domínio da formação complementar, e seguindo as orientações constantes do Plano de

Actividades para o ano de 2009/2010, no dia 8 de Julho de 2010, nas instalações do Centro de Estudos

Judiciários, realizou-se a segunda e última Acção de Formação Complementar destinada aos

Procuradores-Adjuntos provenientes do XXIV Curso Normal de Formação de Magistrados, subordinada

ao tema «Instrumentos Internacionais e Comunitários Relevantes em Matéria do Direito da Família e

das Crianças».

Em contrapartida, a primeira Acção de Formação Complementar destinada aos procuradores-

adjuntos provenientes do XXV Curso Normal de Formação de Magistrados e constante do Plano de

Actividades para o ano 2009/2010 e subordinada ao tema «Crime de corrupção; Criminalidade

financeira; Recuperação de activos, perda de bens e produtos do crime», não foi realizada, na medida

em que não foi possível disponibilizar os recursos necessários que uma acção desta natureza envolve,

até finais do mês de Julho de 2010, por dificuldades orçamentais.

Salienta-se que foi a única acção que não se concretizou nessa data, tendo sido relegada a

sua realização para data posterior, situada entre Setembro a Dezembro de 2010.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

71

Capítulo III

Formação Formação Formação Formação ContínuaContínuaContínuaContínua

Secção 1

Acções de Formação previstas no Plano Anual

Subsecção 1

Acções de formação de Tipo A (Acções de Formação de Curta Duração)

Em execução do Plano Anual de Formação Contínua aprovado para 2009/2010, foram

realizadas as seguintes acções de formação estruturadas segundo um programa para um único dia:

1. Propriedade Intelectual, Direitos de Autor e Direitos Conexos

Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários

Data: 13 de Novembro de 2009

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Efectuar o balanço da vigência na ordem jurídica interna da Lei nº 16/2008, de 1

de Abril, que transpôs a Directiva Comunitária 2004/48/CE do Parlamento Europeu

e do Conselho, e sensibilizar Magistrados e Advogados acerca do relevo prático

das soluções consagradas, partindo de casos decididos nos Tribunais

Portugueses.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

72

O Programa abordou os seguintes temas: As Providências cautelares; Novas e velhas figuras:

arresto, medidas de preservação da prova e obrigação de prestar informações; Indemnização;

Conclusões sobre o primeiro ano de vigência da Lei 16/2008, de 1 de Abril, na jurisprudência

portuguesa.

2. O Novo Regime da Acção Executiva

Local: Porto – Auditório da Universidade Portucalense Infante D. Henrique

Data: 27 de Novembro de 2009

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Analisar e fazer o balanço das sucessivas alterações ao regime da acção executiva,

sensibilizando os participantes para o regime em vigor, focando em especial a

intervenção do Juiz e o papel dos agentes de execução, bem como os aspectos

processuais e substantivos relativos à oposição à execução e à penhora.

O Programa abordou os seguintes temas: As linhas fundamentais da acção executiva; A

jurisprudência dos Tribunais Superiores no âmbito do processo de execução, em especial em

matéria de oposição à execução e concurso de credores; O papel do Juiz no processo de

execução; O papel do agente de execução no processo de execução, em especial nas fases

da penhora, venda e pagamento.

3. O Processo de Insolvência e suas Incidências

Local: Coimbra – Auditório da Instituto Português da Juventude

Data: 11 de Dezembro de 2009

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

73

Objectivos: Abordagem dos aspectos mais relevantes no domínio dos efeitos da insolvência

sobre os créditos e sobre os negócios em curso; análise de questões que se

suscitam no âmbito da assembleia de credores, do plano de insolvência com a

finalidade de recuperação ou de saneamento por transmissão da empresa, da

administração e liquidação da massa insolvente e no regime da insolvência das

pessoas singulares; transmissão de uma visão sistemática do Regulamento (CE) nº

1346/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo ao processo de

insolvência.

O Programa abordou os seguintes temas: Órgãos da insolvência, assembleia de credores e

plano de insolvência; O incidente de qualificação da insolvência e sua tramitação; Efeitos da

declaração de insolvência sobre os créditos; A insolvência com efeitos transfronteiriços – o

Regulamento (CE) 1346/2000 do Conselho, de 29/5/2000.

4. Instrumentos Internacionais e Comunitários em Matéria de Direito da Família e das

Crianças e Jovens

Local: Porto – Auditório da Escola de Direito da Universidade Católica Portuguesa

Data: 7 de Janeiro de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Dotar os participantes dos conhecimentos que lhes permitam fazer uso dos

instrumentos comunitários e internacionais mais relevantes nesta área; e sobre os

mecanismos de cooperação judiciária internacional, competência judiciária

internacional, regras de conflito de normas, reconhecimento e execução de

sentenças estrangeiras, assim como sobre aspectos civis do regime internacional de

execução e cobrança de alimentos no estrangeiro.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

74

O Programa abordou os seguintes temas: Os instrumentos comunitários (em especial, o

Regulamento (CE) 2201/2003 – Bruxelas II-bis); As Convenções de Haia e das Nações Unidas;

Responsabilidades parentais e deslocação ilícita de crianças para o estrangeiro: instrumentos

internacionais e intervenção dos Tribunais e Autoridades Centrais; Responsabilidades

parentais e violação da obrigação de alimentos: instrumentos internacionais e intervenção dos

Tribunais e Autoridades Centrais.

5. Novo Regime do Crédito aos Consumidores. Alguns Contratos Típicos

Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários

Data: 22 de Janeiro de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Reflexão sobre a prática judiciária em matéria de consumo, com incidência especial

no regime instituído pelo DL nº 133/2009, de 2 de Junho; análise dos principais tipos

de contratos de financiamento ao consumo e suas características diferenciais.

O Programa abordou os seguintes temas: Contratos de crédito aos consumidores (o novo

regime legal – DL nº 133/2009, de 2 de Junho); Contratos financeiros e protecção dos

consumidores; Alguns contratos típicos (contrato de locação financeira; contrato de renting);

Locação financeira, factoring e renting e as cláusulas contratuais gerais.

6. As Alterações ao Código do Trabalho e de Processo de Trabalho. Questões

Práticas – I e II

Local: Porto – Auditório da Escola de Direito da Universidade Católica; Leiria – Auditório da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

Data: 11 de Fevereiro de 2010 e 23 de Abril de 2010

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

75

Formato: Seminários com comunicação de vários oradores, seguido de debate.

Objectivos: Identificação e análise das questões de maior relevo suscitadas na prática

judiciária após um ano de vigência da revisão do Código do Trabalho; análise das

alterações (ou propostas de alteração) ao Código de Processo do Trabalho

impostas pela entrada em vigor do novo Código do Trabalho, nomeadamente no

que concerne à acção de impugnação de despedimento e suas consequências

práticas.

O Programa abordou os seguintes temas: Ilicitude do despedimento e seus efeitos; Contrato de

trabalho temporário; Perspectiva geral das alterações ao Código de Processo do Trabalho; A

nova acção de impugnação judicial da regularidade e ilicitude do despedimento.

7. Criminalidade Tributária

Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários

Data: 12 de Fevereiro de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Tratamento das especificidades dos tipos de crime na área fiscal, identificando e

tratando os aspectos técnicos e jurídicos da investigação e recolha de prova,

compreender os mecanismos subjacentes ao fenómeno da criminalidade fiscal,

como a fraude de carrossel de IVA, facturas falsas e outros, e analisar aspectos

referentes ao julgamento e à determinação da pena.

O Programa abordou os seguintes temas: Fraude intra-comunitária ao IVA: Fraude carrossel e

fraude na aquisição; A ressonância do bem jurídico no regime penal fiscal; Repercussões das

Leis do Orçamento nº 53-A/2006 e 64-A/2008 na criminalidade tributária.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

76

8. Regime Jurídico do Divórcio e Responsabilidades Parentais

Local: Coimbra – Auditório da Fundação Bissaya Barreto

Data: 25 de Fevereiro de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Análise e debate do novo regime do divórcio, bem como das questões relativas ao

exercício das responsabilidades parentais, antes e depois do divórcio dos

progenitores.

O Programa abordou os seguintes temas: O regime jurídico do divórcio; Uma visão judiciária do

novo regime do divórcio; O regime jurídico das responsabilidades parentais; As

responsabilidades parentais: reflexões sobre a aplicação judiciária do novo regime.

9. Corrupção e Criminalidade Financeira

Local: Lisboa – Centro de Estudos Judiciários; Porto – Auditório da Universidade Lusíada

Data: 5 de Março de 2010 e 21 de Maio de 2010

Formato: Seminários com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Análise do direito substantivo respeitante à problemática da corrupção e da perda

de bens em consequência da prática de crimes, assim como dos instrumentos

processuais específicos de investigação e das suas dificuldades, e de apreensão e

declaração de perdas de bens. Análise particular dos regimes da Lei nº 5/2002 e

da Lei nº 25/2009 e das condições da sua aplicação.

O Programa abordou os seguintes temas: O Conselho de Prevenção da Corrupção e a sua

missão. O regime de apreensão de bens e de declaração de perda do produto do crime. O

regime especial da Lei nº 5/2001; As leis de reconhecimento de decisões de apreensão de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

77

bens e de perda de produtos ou vantagens do crime (Lei nº 25/2009, de 5 de Junho, e Lei nº

88/2009, de 31 de Agosto); A rede Carin; A experiência Europeia dos Gabinetes de

Recuperação de Activos; Os crimes de corrupção com prejuízo do comércio internacional e

corrupção no sector privado (Lei nº 20/2008, de 23 de Abril); A investigação da corrupção em

Portugal: dificuldades práticas de investigação.

10. Regulamento das Custas Processuais

Local: Porto – Auditório da Fundação Eng. António de Almeida; Lisboa – Auditório do Centro de

Estudos Judiciários

Data: 19 de Março de 2010 e 18 de Junho de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Levantamento e análise de algumas das questões práticas mais relevantes no

domínio da aplicação do regime de custas e do apoio judiciário, no sentido de

encontrar os tipos de respostas e soluções mais adequadas.

O Programa abordou os seguintes temas: O novo regime das custas processuais:

Enquadramento e sistemática do Regulamento das Custas Judiciais. Questões práticas;

Pagamentos e cobranças no Novo Regulamento das Custas Processuais; A conta de custas no

Novo Regulamento das Custas Processuais; Sistema de gestão das custas processuais.

11. A Alteração do Objecto do Processo Penal (Casos Práticos)

Local: Braga – Anfiteatro da Universidade do Minho

Data: 7 de Maio de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

78

Objectivos: Identificar e debater as questões surgidas na prática judiciária decorrentes da

alteração da redacção dos artigos 303º, 359º e 424º do Código de Processo Penal

introduzida pela Lei nº 48/2007, de 29 de Agosto.

O Programa abordou os seguintes temas: A alteração do objecto no processo penal; A

alteração dos factos na fase de instrução; A alteração dos factos na fase de julgamento; A

alteração dos factos na fase de recurso.

12. Justiça e Comunicação Social

Local: Lisboa – Auditório da Escola Superior de Comunicação Social

Data: 25 de Junho de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Proporcionar o encontro de ideias, a partilha de saberes e de experiências entre

Magistrados, Académicos das áreas das Ciências da Comunicação e Jornalistas,

potenciando uma efectiva aproximação entre o campo da justiça e o campo dos

media. Abordar, entre outras, a questão da liberdade de imprensa e da

independência e imparcialidade judicial, com referência à jurisprudência do

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

O Programa abordou os seguintes temas: Mediatização da justiça e protecção de direitos

pessoais; Mediatização da justiça penal – os interesses da investigação e o direito à

informação; Como comunicar a justiça.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

79

13. Regime Jurídico das Relações Laborais na Administração Pública

Local: Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários

Data: 12 de Julho de 2010

Formato: Seminário com comunicação de vários oradores, seguido de debate

Objectivos: Proporcionar aos participantes a oportunidade de reflectir em conjunto sobre o

regime das relações laborais na Administração Pública e sobre o novo Estatuto

Disciplinar dos Funcionários Públicos, na perspectiva da aplicação judiciária.

O Programa abordou os seguintes temas: Intersecção entre o regime da função pública e o

regime laboral; Relações jurídicas de emprego público – quadro geral; A influência do direito da

União Europeia no emprego público; Os contratos de trabalho a termo e os contratos de

prestação de serviços.

Das acções de formação permanente do «Tipo A» constantes do Plano de Actividades para

2009/2010 apenas não se realizou a prevista e subordinada à temática do «Direito da Educação»,

nomeadamente os regimes das carreiras Docentes e prestação de serviço dos professores”, porquanto

se tornou impraticável a sua concretização no período que decorreu entre Abril a Julho, em paralelo e

em simultâneo com outras iniciativas e actividades em curso no CEJ

As acções de formação sobre Corrupção e Criminalidade Financeira e sobre o Regulamento

das Custas Judiciais foram repetidas noutros locais do país, devido ao grande número de inscritos que

não puderam participar na primeira acção de formação realizada.

No total, foram realizadas 16 acções de formação Tipo A no ano de 2009/2010.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

80

Subsecção 2

Acções de formação de Tipo B (Cursos Breves ou Temáticos)

1. Mercados, Produtos Financeiros e Supervisão

Local: Lisboa – Auditório da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários

Datas: 12, 19 e 26 de Fevereiro e 5 e 12 de Março de 2010

Formato: Curso Breve com doze horas de formação.

Objectivos: Proporcionar o conhecimento das regras de funcionamento dos mercados de

valores mobiliários e do papel da CMVM no âmbito da supervisão da legalidade

dos produtos financeiros e das operações dos agentes do mercado.

O Programa abordou os seguintes temas: Mercados, preços e práticas manipulatórias;

Sociedades cotadas, informação financeira e instrumentos de fraude; Produtos financeiros e

conflitos de interesses; Ilícitos e prova nas contra-ordenações contra o mercado; Desafios à

supervisão; Reguladores e autoridades judiciárias: autonomia e cooperação.

2. Regime Jurídico dos Principais Impostos

Local: Lisboa – Auditório da Direcção de Finanças de Lisboa

Datas: 17, 24 e 31 de Maio e 7 de Junho de 2010

Formato: Curso Temático dirigido preferencialmente aos Magistrados em funções nos

Tribunais Tributários.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

81

Objectivos: Aperfeiçoar o conhecimento dos participantes acerca do regime específico de

cada um dos principais impostos (IRS, IRC, IVA e IMT/IMI), dos princípios

que os regem e bases de incidência da tributação, com abordagem de casos

extraídos da prática judiciária.

O Programa abordou os seguintes temas: IRS (Incidência subjectiva: indivíduo e agregado

familiar; a união de facto; residência – a tributação dos não residentes/ Incidência objectiva –

análise das diferentes categorias de rendimento); IRC (Regime da transferência fiscal: as

sociedades de profissionais e as sociedades de simples administração de bens; Tributação de

sociedades irregulares; Tributação de pessoas colectivas não residentes; Os proveitos e as

variações patrimoniais positivas); IVA e RITI (Incidência objectiva; Incidência subjectiva;

Localização das operações; Facto gerador e exigibilidade do imposto; Isenções; Valor

tributável; Deduções; Operações com outros Estados Membros); IMI (Princípios estruturantes

da reforma da tributação do património; Entrada em vigor da reforma da tributação do

património: as disposições transitórias); IMT (Natureza, incidência objectiva e subjectiva do

imposto; Isenções; Facto gerador; Determinação do valor tributável; Taxas; Liquidação e

cobrança; Garantias).

3. Direito da Contabilidade. Contabilidade e Gestão

Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários

Datas: 7, 14 e 21 de Junho de 2010

Formato: Curso Breve com dezoito horas de formação.

Objectivos: Sensibilizar os participantes para a importância do conhecimento das regras

técnicas que presidem à contabilidade, da função desta, dos métodos

contabilísticos de registo de factos patrimoniais, dos conceitos de débito e

crédito, de custo e proveito, da importância da contabilidade nas sociedades

comerciais, da estrutura do balanço e da demonstração de resultados.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

82

O Programa abordou os seguintes temas: Fundamentos e conceito da contabilidade; Método

contabilístico; Normalização contabilística; Estudo das contas e sua ligação com as

demonstrações financeiras; Fecho de contas e demonstrações financeiras; Utilização da

informação contabilística; Análise das principais demonstrações financeiras e respectivos

anexos; Rácios/Indicadores financeiros; Responsabilidade no processo de elaboração,

apresentação e prestação de contas; A Auditoria no Tribunal de Contas; Análise do risco; A

análise da documentação de suporte.

4. Direito da Concorrência e Regulação Económica

Local: Porto – Universidade Portucalense Infante D. Henrique

Datas: 18 e 25 de Junho e 2 de Julho de 2010

Formato: Curso Temático organizado em colaboração com a Autoridade da

Concorrência.

Objectivos: Proporcionar o conhecimento das regras sobre análise económica, práticas

restritivas de concorrência, bem como sobre a regulação económica e o

papel da entidade reguladora, incluindo a vertente sancionatória.

O Programa abordou os seguintes temas: Direito da concorrência: introdução e enquadramento

institucional; O controlo das concentrações de empresas; As práticas restritivas da

concorrência; A litigância privada e a concorrência; A aplicação dos artigos 101º e 102º do

TFUE pelos Tribunais Portugueses; Os segredos de negócio, os direitos de defesa no processo

relativo a práticas proibidas e os direitos de audiência e de resposta no procedimento de

controlo das operações de concentração.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

83

5. Direito do Urbanismo e Ambiente

Local: Coimbra – Auditório do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados

Datas: 28 de Junho e 5 de Julho de 2010

Formato: Curso Breve com doze horas de formação, especialmente destinado aos

Magistrados em funções nos Tribunais Administrativos.

Objectivos: Dar aos participantes uma perspectiva da importância do direito do

urbanismo e do direito do ambiente na condução da Administração Pública,

proporcionando-lhes o conhecimento de conceitos e do quadro normativo,

necessários ao controlo judicial destas actividades.

O Programa abordou os seguintes temas: Direito Constitucional e Administrativo do Ambiente;

Servidões e restrições de utilidade pública; Direito dos solos e da construção; Impugnação de

norma regulamentar contida em instrumentos de gestão territorial; Regime jurídico da

urbanização, edificação e expropriações urbanas; O ordenamento do território e a

responsabilidade pelo sacrifício; O Procedimento de alteração de licença de operação

urbanística; Actos precários e actos provisórios no direito do urbanismo.

6. Inglês Jurídico

Local: Lisboa – Centro de Estudos Judiciários

Datas: Janeiro a Julho de 2010

Formato: Curso Breve de frequência limitada, organizado em pequenas turmas, com a

duração de oito semanas e duas sessões semanais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

84

Objectivos: Proporcionar aos participantes o aperfeiçoamento das suas competências no

domínio da língua inglesa, apetrechando-os com vocabulário técnico-jurídico

comummente utilizado em áreas jurisdicionais.

O Programa abordou os seguintes temas: A terminologia essencial sobre as profissões

jurídicas; Os sistemas jurídicos inglês e português; O direito civil, o direito penal, o direito da

família e o direito do trabalho; As instâncias Judiciais, instituições e órgãos da União Europeia.

Subsecção 3

Acções de formação de Tipo C (Cursos de Especialização)

1. Temas de Execução de Penas

Local: Santarém – Auditório da Casa do Brasil

Datas: 20 e 27 de Novembro e 4 de Dezembro 2009

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes à generalidade das competências

dos Tribunais de Execução de Penas

O Programa abordou os seguintes temas: Competências dos Tribunais de Execução de Penas;

O cumprimento da pena de prisão; RAVI / RAVE; Adaptação à liberdade condicional; Os

pressupostos, o processo de concessão da liberdade condicional e a sua revogação;

Processos de segurança e de delinquentes inimputáveis perigosos; Liberdade para prova;

Processos de reabilitação e de indulto; Modificação de execução da pena em relação a

condenados afectados por doença terminal; Medidas disciplinares e recurso de medidas

disciplinares; Licenças de saída do estabelecimento prisional; Extinção da pena.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

85

2. Temas de Direito Penal e Processual Penal – I e II

Local: I – Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários

II – Porto – Universidade Portucalense Infante D. Henrique

Datas: 6, 13, 20 e 27 de Janeiro e 3 de Fevereiro de 2010 (Lisboa)

8, 15, 22 e 29 de Abril e 6 de Maio de 2010 (Porto)

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos sobre temas de actualidade da prática judiciária

em matéria de direito penal e processual penal.

O Programa abordou os seguintes temas: Provas e proibições de prova; Prova digital;

Nulidades de prova e nulidades processuais; Prova por ADN; Valoração da prova em

julgamento; prova digital; Psicologia do testemunho: factores que influenciam a memória; A

interferência das emoções no julgamento; Instrumentos de cooperação judiciária internacional;

Fundamentação de decisões condenatórias em matéria de critérios de escolha e determinação

da medida da pena; A jurisprudência do STJ sobre fundamentação e critérios da escolha e

medida da pena; As penas no caso de concurso de crimes; Penas e medidas de segurança.

3. Temas de Direito do Trabalho

Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários

Datas: 22 de Fevereiro, 1, 8, 15 e 22 de Março de 2010

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a questões de direito do trabalho

relevantes na prática judiciária.

O Programa abordou os seguintes temas: O regime jurídico da promoção e prevenção da

segurança e saúde no trabalho; Perspectiva geral do regime de reparação de acidentes de

trabalho; Conceito de acidentes de trabalho; Acidentes de trabalho in itinere; Acidentes de

trabalho causados por actuação culposa do empregador: enquadramento e responsabilidade; A

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

86

avaliação do dano corporal e a nova Tabela Nacional de Incapacidades; Prestações por

incapacidade e por morte; Fases conciliatória e contenciosa do processo especial emergente

de acidentes de trabalho; Despedimento por facto imputável ao trabalhador: o despedimento

irregular; O contrato de trabalho a termo; Qualificação do contrato de trabalho e presunção de

laboralidade; Cessação do contrato de trabalho por iniciativa do trabalhador; Despedimento

colectivo e despedimento por extinção de posto de trabalho; Perspectiva geral das alterações

ao Código de Processo do Trabalho; Ilicitude do despedimento e seus efeitos; A nova acção de

impugnação judicial da regularidade e licitude do despedimento; A Autoridade para as

Condições do Trabalho: enquadramento e actuação; O regime geral das contra-ordenações

laborais; As contra-ordenações no âmbito da actividade da construção civil; O novo regime do

procedimento aplicável às contra-ordenações laborais.

4. Temas de Direito Civil

Local: Porto – Universidade Portucalense Infante D. Henrique

Lisboa – Auditório do Centro de Estudos Judiciários

Datas: Porto – 23 de Fevereiro, 2, 9,16 e 23 de Março de 2010

Lisboa – 7, 14, 21 e 28 de Abril e 5 de Maio de 2010

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a temas de direito civil e

processual civil.

O Programa abordou os seguintes grandes temas: Questões actuais de avaliação do dano

corporal em Portugal e na Europa; O novo regime jurídico dos seguros em geral – o conceito

de indemnização razoável; Principais Instrumentos Comunitários em matéria de direito civil e

processual civil.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

87

5. Temas de Investigação Criminal

Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários

Datas: 24 de Fevereiro, 3, 10, 17 e 24 de Março de 2010

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a aspectos essenciais e actuais da

investigação criminal

O programa abordou os seguintes grandes temas: Investigação criminal e direcção do

inquérito; Recolha da prova e perícias técnico-científicas; Investigação em áreas específicas da

criminalidade (detenção ilegal de arma de fogo; crime de incêndio; crimes informáticos e

cometidos com recurso à informática; crimes contra a liberdade e a autodeterminação sexual;

violência doméstica, contra idosos e no meio escolar; crimes contra a humanidade; tráfico de

pessoas; criminalidade económico-financeira; criminalidade tributária).

6. Grandes Temas do Direito da Família e das Crianças

Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários

Datas: 6, 13, 20 e 27 de Abril e 4 de Maio de 2010

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes às principais temáticas do direito

da família e das crianças.

O Programa abordou os seguintes temas: O sistema de protecção de crianças e jovens em

perigo; Intervenção tutelar educativa; O novo regime jurídico do divórcio e das

responsabilidades parentais; Mediação e direito da família; “Alienação parental” – impacto

judiciário no contexto das responsabilidades parentais; Providências tutelares cíveis; Avaliação

psicológica no âmbito do Direito da Família e das Crianças; Violência no meio escolar;

Instrumentos internacionais de relevo no âmbito do Direito da Família e das Crianças; O

princípio do interesse superior da criança; Abusos sexuais de crianças; As crianças, os direitos

e a participação.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

88

7. Temas da Jurisdição dos Tribunais de Comércio

Local: Lisboa – Auditório do Pólo II do Centro de Estudos Judiciários

Datas: 3, 10, 17, 24 e 31 de Maio de 2010

Formato: Aprofundamento dos conhecimentos respeitantes a temas da jurisdição dos

Tribunais de Comércio.

O Programa abordou os seguintes grandes temas: Processo de insolvência; Direito das

sociedades comerciais; Direito da Propriedade Industrial; Direitos de Autor.

Subsecção 2

Inscrições e participantes (número)

O número de inscrições e de participantes em cada uma destas acções de formação, por

situação profissional, encontra-se no mapa que se segue.

89

Inscrições e Presenças nas Acções de Formação Tipo A

Magistratura Judicial

Magistratura do Ministério Público

Outros Profissionais Acção de Formação

Data de realização

Total de Inscritos

Total de Presentes Inscrições Presenças Inscrições Presenças Inscrições Presenças

1. Propriedade intelectual, direitos de autor e direitos conexos 13-11-2009 521 233 146 95 181 45 194 93

2. O novo regime da acção executiva 27-11-2009 723 335 320 158 211 83 192 94

3. O processo de insolvência e seus incidentes 11-12-2009 484 242 217 135 139 70 128 37

4. Instrumentos internacionais – Direito da família e das crianças 07-01-2010 305 168 111 70 109 72 85 26

5. Novo regime de crédito aos consumidores 22-01-2010 577 300 298 191 42 31 237 78

6. Criminalidade Tributária 12-02-2010 882 447 265 144 325 195 292 108

7. Alterações ao Código do Trabalho (casos práticos I) 11-02-2010 210 94 49 40 35 28 126 26

8. Divórcio e responsabilidades parentais 25-02-2010 367 191 163 113 73 47 131 31

9. Corrupção e criminalidade financeira 05-03-2010 487 327 138 107 245 177 104 43

10. Regulamento das custas processuais 19-03-2010 673 490 419 325 186 157 68 8

11. Alterações ao Código do Trabalho (casos práticos II) 23-04-2010 148 48 21 14 21 12 106 22

12. Alteração ao objecto do processo penal (casos práticos) 07-05-2010 491 262 220 122 199 132 72 8

13. Corrupção e crimes financeiros; recuperação de activos 21-05-2010 318 114 46 16 109 88 163 10

14. Regulamento das custas processuais 18-06-2010 178 110 99 67 44 31 35 12

15. Justiça, Comunicação e Media 25-06-2010 337 81 73 27 85 38 179 16

16. Relações laborais na AP 12-07-2010 459 163 80 29 60 28 319 106

90

Inscrições e Presenças nos Cursos Breves Tipo B

Magistratura Judicial

Magistratura do Ministério Público

Outros Profissionais Acção de Formação

Data de realização Total de Inscritos

Total de Presentes Inscrições Presenças Inscrições Presenças Inscrições Presenças

1. Mercados, produtos financeiros e supervisão 12,19,26 Fev/2010 5,12 Mar/2010

64 43 32 19 32 24 --- ---

2. Regime jurídico dos principais impostos 17,24,31 Maio/2010 7 Junho/2010

136 84 79 45 30 21 27 18

3. Direito da concorrência e regulação económica 18,25 Junho/2010 2 Julho/2010

204 77 125 56 31 16 48 5

4. Direito da contabilidade 14,21,25 Junho/2010 206 84 78 42 30 25 98 17

5. Direito do urbanismo e ambiente 28 de Junho e5 de

Julho 2010 121 50 71 22 38 23 12 5

6. Inglês jurídico Jan-Jul2010 179 32 41 16 33 12 105 17

91

Inscrições e Presenças nos Cursos de Especialização Tipo C

Magistratura Judicial

Magistratura do Ministério Público

Outros Profissionais Acção de Formação

Data de realização Total de Inscritos

Total de Presentes Inscrições Presenças Inscrições Presenças Inscrições Presenças

1. Temas de Execução de Penas 20,27 Nov-4 Dez

2009 86 45 31 19 52 23 3 3

2. Temas de Direito Penal (Lisboa) 6,13,20,27 Jan-3 Fev

2010 69 58 37 33 32 25 --- ---

3. Temas de Direito do Trabalho 22 Fev-1,8,15,22 Março 2010

65 62 33 32 31 29 1 1

4. Temas de Direito Civil (Porto) 23 Fev-2,9,16,23 Março 2010

73 65 42 41 31 24 --- ---

5. Temas de Investigação Criminal 24 Fev-3,10,17,24 Março 2010

62 56 --- --- 62 56 --- ---

6. Temas de Direito da Família e Menores 6,13,20,27 Abril-4 Maio 2010

62 62 30 30 30 30 2 2

7. Temas de Direito Civil (Lisboa) 7,14,21,28 Abril-5 Maio 2010

107 85 74 60 33 25 --- ---

8. Temas de Direito Penal (Porto) 8,15,22,29 Abril-6 Maio 2010

66 60 33 28 33 32 --- ---

9. Temas da Jurisdição dos Tribunais de Comércio 3,10,17,24,31 Maio

2010 66 45 51 34 15 11 --- ---

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

92

Capítulo IV

Actividades no domínio das Relações InternacionaisActividades no domínio das Relações InternacionaisActividades no domínio das Relações InternacionaisActividades no domínio das Relações Internacionais

1. O Departamento de Relações Internacionais (DRI) constitui de acordo com o disposto na

Portaria n.º 965/2008, de 29 de Agosto, uma unidade orgânica nuclear do Centro de Estudos

Judiciários, sendo ali definida, genericamente, como a unidade responsável pelo planeamento,

informação, coordenação, acompanhamento e apoio técnico das actividades que se inscrevam na

missão do CEJ no âmbito das relações internacionais ou de actividades no estrangeiro, incumbindo-lhe

em especial:

a) O acompanhamento e dinamização das relações institucionais do CEJ com as

instituições congéneres estrangeiras, incluindo as organizações internacionais de

formação de Magistrados, tais como a Rede Europeia de Formação Judiciária e a

Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais.

b) A concepção, acompanhamento ou execução de programas de formação, de

natureza bilateral ou multilateral, nomeadamente no quadro da União Europeia,

Conselho da Europa ou da cooperação com os Países de Língua Portuguesa, dos

quais o CEJ seja promotor, parceiro ou onde, por qualquer forma, tenha sido

solicitada a sua participação.

c) O planeamento, organização e acompanhamento de visitas efectuadas ao CEJ por

representantes de entidades estrangeiras.

d) A colaboração com a Direcção no que se refere ao planeamento, organização e

execução de actividades inseridas na formação inicial ou contínua que integrem

componente europeia, internacional ou de cooperação.

e) A organização de estágios de Magistrados ou Auditores de Justiça estrangeiros

em Portugal ou de Magistrados ou Auditores de Justiça portugueses no

estrangeiro, em articulação com as Direcções de Estágios.

f) A centralização e divulgação da informação relativa a eventos no estrangeiro

abertos à presença de Magistrados ou Auditores de Justiça portugueses.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

93

g) A divulgação da informação relativa a acções de formação nacionais abertas a

Magistrados estrangeiros.

h) A realização das acções expressamente previstas no Plano Anual de Actividades

do CEJ que se integrem na esfera da sua competência genérica.

Assim, o presente Relatório visa constituir a memória descritiva do conjunto de actividades que,

no âmbito das suas relações internacionais, o CEJ viria a desenvolver durante o ano lectivo 2009/2010,

abrangendo, consequentemente, o período compreendido entre 15 de Setembro de 2009 e 31 de Julho

de 2010.

2. O Departamento de Relações Internacionais é constituído por um Coordenador,

assessorado por uma técnica superior.

Encontram-se ainda adstritos ao Departamento, numa colaboração a tempo parcial, dois

Docentes, os quais exerceram nele a sua actividade durante o período referido em conjunto com as

actividades lectivas que lhe estavam atribuídas.

O Coordenador do Departamento, tal como nos anos anteriores, assegurou a coordenação da

área de estudos de Direito Europeu e Internacional, participando na respectiva docência.

Para a globalidade das suas actividades que revestiram um cariz internacional, o CEJ utilizou,

durante o ano orçamental de 2009, uma verba que ascendeu a € 74.233.77, acrescida da que envolveu

a concretização da actividade THEMIS, a qual viria a ser objecto de subvenção especial por parte do

Ministério da Justiça.

O aumento da verba dispendida em despesa corrente durante este período de actividade

resultou, única e exclusivamente, do aumento da quotização anual devida à Rede Europeia de

Formação Judiciária.

3. À semelhança do ocorrido no ano anterior, o Departamento procedeu à elaboração de um

Plano de Actividades para o ano de 2009/2010, onde foram definidos e desenvolvidos os objectivos

estratégicos que deveriam nortear a sua acção e enunciadas as actividades correspondentes a

compromissos assumidos, ou que então se anteviam como de provável execução, devidamente

acompanhadas de propostas de execução prática com a quantificação, em temos orçamentais, dos

custos decorrentes da sua actuação.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

94

Os principais objectivos estratégicos então definidos foram os seguintes:

1. Cumprimento dos Acordos e Protocolos anteriormente celebrados no âmbito de

relações bilaterais, directamente pelo CEJ ou por intermédio do Estado Português.

2. Honrar os compromissos assumidos no âmbito das Redes Internacionais de

Escolas de Formação, nomeadamente no que concerne à Rede Ibero Americana

de Escolas Judiciais, RECAMPI e Rede Europeia de Formação Judiciária e cujos

aspectos mais significativos se centram actualmente, neste último caso, na

participação activa enquanto membro do Comité de Direcção e coordenador do

Grupo PEAJ.

3. Manter uma postura de iniciativa na concepção e proposta de execução de acções

de formação para Magistrados nacionais e estrangeiros, individualmente ou em

parceria com instituições congéneres, e com recurso, ou não, a financiamento

comunitário.

4. Reforçar a cooperação que se vem estabelecendo no âmbito do Conselho da

Europa com os países que não pertencem à União Europeia, nomeadamente no

que toca à execução de projectos de formação de formadores e ao acolhimento

das diversas delegações que nos visitam.

5. Manter os laços de cooperação bilateral no que toca à concretização de

actividades de formação inicial e contínua, com as instituições congéneres de

Espanha, França e Itália, com o Centro de Formação Jurídica e Judiciária de

Macau e com a Academia de Direito Europeu de Trier.

6. Continuar a promover a participação de Docentes e outros Magistrados

portugueses em Seminários e demais programas internacionais de formação, com

especial menção para o programa de estágios no estrangeiro que será executado

no âmbito da REFJ (Rede Europeia de Formação Judiciária).

4. Na execução dos referidos Planos, as actividades concretizadas no período a que se reporta

o presente relatório foram as seguintes:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

95

4.1. Relações Bilaterais

4.1.1. Espanha

Relativamente ao Centro de Estudos Jurídicos de Madrid as actividades desenvolvidas

enquadraram-se na execução do Protocolo de Cooperação estabelecido entre as duas entidades em

2004 e aplicável no âmbito quer da formação inicial quer da formação contínua.

No quadro da primeira, uma delegação composta por 30 Auditores de Justiça e dois Docentes

visitou o CEJAJ de 28 a 30 de Setembro de 2009 e duas delegações, num total de 60 Auditores de

Justiça em formação no CEJAJ de Madrid, visitaram o CEJ nos dias 25 e 26 e 27 e 28 de Janeiro de

2010, tendo ambos os grupos espanhóis sido acompanhados por um Docente e pela Coordenadora da

Área de Formação Inicial.

Todos estes intercâmbios proporcionaram uma interessante troca de impressões sobre a

realidade nos dois países nas áreas do conhecimento seleccionadas, contribuindo para uma muito

frutífera análise de Direito Comparado sobre os referidos temas.

No que à formação contínua diz respeito, e estando a organização da actividade referente ao

ano de 2010 a cargo do CEJAJ, esta não foi agendada para o período a que se reporta o presente

relatório.

De igual forma, os habituais intercâmbios abrangendo os Auditores de Justiça em fase de

formação inicial que o CEJ vem desenvolvendo com a Escola Judicial de Barcelona, e que

habitualmente se desenrolam no segundo trimestre do ano, foram, por acordo de ambas as partes,

agendados para Novembro e Dezembro do corrente ano de 2010.

No que diz respeito à formação contínua e à concretização de projectos a cuja parceria com a

escola espanhola o Centro de Estudos Judiciários se havia candidatado durante os anos anteriores,

assinale-se que foram por essa via viabilizadas as participações de um total de 4 Magistrados Judiciais,

1 Magistrado Judicial dos TAF, 5 Magistrados do Ministério Público e 3 Docentes do CEJ nas seguintes

actividades:

a) Curso Virtual A Systematic Study on the European Judicial Area in Civil and

Commercial Matters, que decorreu de Dezembro de 2009 a Julho de 2010;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

96

b) Seminário Questions on Private International Family Law, realizado em

Salamanca, de 12 a14 de Maio 2010;

c) Seminário European Justice and the Persons Involved, concretizado em

Barcelona, de 16 a18 de Junho 2010.

Na selecção dos participantes e no preenchimento dos lugares que nos foram atribuídos em

tais eventos foram estritamente observadas as listas ordenadas fornecidas pelos Conselhos Superiores

de ambas as Magistraturas a nossa solicitação.

O CEJ continuou ainda a subscrever, durante o período em análise, em parceria com a Escola

Judicial de Barcelona, diversas candidaturas a financiamento comunitário para a concretização futura

de diversos Seminários e Cursos, nomeadamente os subordinados aos seguintes temas: Comparative

Study on European Legal Systems Through Legal Language (nas vertentes civil e penal), Virtual

Course on Judicial Cooperation in Criminal Matters, Virtual Course: A Systematic Study on the

European Judicial Area in Civil and Commercial Matters e Virtual Course on the Social European

Judicial Area.

4.1.2. França

O CEJ continuou também a desenvolver relações estreitas e privilegiadas com a Escola

Nacional de Magistratura Francesa, as quais se têm expressado nos mais variados domínios.

Todavia, nelas assume especial relevância a actividade de formação inicial subordinada à

temática da Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, traduzida na realização de acções

em Lisboa e Bordéus, destinadas ao conhecimento dos sistemas jurídicos dos dois países e ao estudo

dos instrumentos internacionais no domínio da cooperação judiciária penal envolvendo, em ambos os

casos, o intercâmbio de Auditores de Justiça e a realização de um exercício simulado de cooperação

judiciária em tempo real e, ainda, as actividades na área dos Conflitos Familiares na Europa,

consubstanciada esta numa análise de Direito Comparado.

Neste âmbito, uma delegação de 9 Auditores de Justiça portugueses, acompanhada por dois

Docentes visitou a ENM entre os dias 16 e 22 de Novembro de 2009, ao passo que o CEJ acolheu uma

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

97

delegação homóloga em Lisboa, no período entre os dias 29 de Novembro e 6 de Dezembro do

mesmo ano.

4.1.3. Academia de Direito Europeu

No que toca às relações com a Academia de Direito Europeu de Trier, de cujo Conselho de

Administração o CEJ faz parte, e em cuja reunião, realizada em 26 de Outubro de 2009, se fez

representar, assume especial relevo a assinatura em Janeiro de 2008 de um Protocolo de Cooperação.

Por outro lado, tendo o CEJ continuado a subscrever parcerias com a Academia para a

concretização de acções internacionais, as actividades levadas a efeito dessa natureza, no período em

objecto do presente relatório, foram as seguintes:

a) Seminário Avaliação de Impacto Ambiental e Aplicação do Direito Comunitário

realizado em 2 e 3 de Novembro 2009, nas instalações do CEJ.

b) Seminário Utilização dos Instrumentos de Cooperação Judiciária da União

Europeia, realizado em 18 e 19 de Fevereiro de 2010, também na sede do CEJ.

Estes seminários internacionais contaram com a presença de um total de 6 Magistrados

Judiciais, 15 Magistrados do Ministério Público e 4 Magistrados Judiciais dos TAF portugueses os quais

foram para o efeito, e a solicitação do CEJ, indigitados pelo CSM, CSTAF e PGR.

Para além destas mencionadas actividades, o CEJ promoveu ainda a inscrição e a admissão

de 5 dos seus Docentes e ainda de 1 Magistrado Judicial nos seguintes seminários realizados na sede

da Academia em Trier:

a) Investigating and Prosecuting Trafficking in Human Beings, realizado nos dias 22 e

23 de Março de 2010

b) Annual Conference on EU Labour Law, realizado nos dias 25 e 26 de Março de

2010

c) Evaluating Counter Terrorism Legislation and Jurisprudence, levado a efeito nos

dias 7, 8 e 9 de Junho 2010

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

98

4.1.4. Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau

Foi ainda possível, no período a que se reporta o presente relatório, continuar a reforçar as

nossas relações bilaterais com o Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau, através da visita

de uma delegação desta entidade ao CEJ, nos dias 8 e 9 de Junho de 2010, a qual foi presidida pelo

Director Dr. Marcelino Escovar Trigo, sendo composta por quatro membros do Conselho Pedagógico,

um Assessor Jurídico e catorze estagiários do 3º Curso de Formação de Magistrados do CFJJ.

4.2. Visitas de Entidades Estrangeiras

O Centro de Estudos Judiciários continuou a privilegiar a cooperação com instituições

congéneres de diversos Estados nos termos que nos foram por estes solicitados, designadamente

mantendo a sua disponibilidade para integrar, através do seu Corpo Docente ou de Magistrados por si

expressamente convidados, grupos internacionais de peritos ou para participar activamente em

actividades de intercâmbio de experiências entre diferentes culturas judiciárias, planeando e recebendo

a visita de delegações de Magistrados estrangeiros para a troca de informações nos diversos domínios

da sua actuação, com especial enfoque nos da formação de Magistrados e organização dos sistemas

de justiça.

Neste particular, o CEJ recebeu na sua sede em Lisboa as seguintes delegações:

a) Magistrados da Bósnia-Herzegovina, de 14 a 18 de Setembro de 2009, no âmbito

do Programa TAIEX da Comissão Europeia.

b) O Presidente do Supremo Tribunal Administrativo de Moçambique Dr. Machatine

Munguambe, no dia 30 de Setembro de 2009, por solicitação do Ministério dos

Negócios Estrangeiros de Portugal.

c) Por solicitação do Conselho Superior da Magistratura, uma delegação de

Magistrados da Bulgária, no dia 1 de Outubro de 2009, presidida pelo Dr. Ivan

Dimov, Presidente da Comissão para a Cooperação Internacional do Conselho

Superior da Magistratura da Bulgária.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

99

d) Uma delegação do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Moçambique, de 6

a 9 de Outubro de 2009, por solicitação do Director do CFJJ, Dr. Achirafo

Abubacar Abdula e presidida pelo mesmo; esta delegação integrava ainda o

Coordenador do Departamento Pedagógico do CFJJ, Dr. Nassone Bembere, e a

Assessora de Direcção, Drª Idília Milice Banze.

e) Uma delegação de Magistrados da Ucrânia, nos dias 1 e 2 de Fevereiro de 2010,

no âmbito do Twinning Project Support to the Academy of Judges of Ukraine da

Comissão Europeia. A delegação era presidida pela Dr.ª Nataliya Kuriy, Juíza do

Tribunal da Relação de Lvov.

f) O Presidente da Comissão Instaladora do Centro de Formação Judiciária da

Guiné-Bissau, Juiz Conselheiro Dr. Augusto Mendes, e o Coordenador

Pedagógico do CENFOJ, Dr. João Biaguê, de 2 a 5 de Março de 2010, no âmbito

do Programa PAOSED coordenado pelo INA.

g) Participantes, de diversas nacionalidades, no Seminário Internacional “Direitos

Humanos e Execução de Penas”, levado a cabo pela Direcção-Geral de

Reinserção Social, no dia 20 de Abril de 2010. Integravam a delegação o Director-

Geral das Prisões de Moçambique, Dr. João Zandamela, o Director da

Penitenciária Industrial de Nampula, Dr. Chico Quembo Tomás, a Directora

Nacional do Departamento Correccional e de Reintegração Social de Moçambique,

Drª Cesaltina Moiane, a Consultora Jurídica do Parlamento de Israel, Dra. Helit

Megido, a Consultora Jurídica Paquistanesa, Dra. Danish Zuberi.

h) Sua Excelência a Ministra da Justiça da Bulgária, Dra. Margarida Popova, no dia

27 de Maio de 2010, no âmbito de um encontro bilateral com Sua Excelência o

Senhor Ministro da Justiça de Portugal.

i) Por solicitação do Gabinete de Relações Internacionais da Direcção-Geral da

Política de Justiça, uma delegação de Magistrados do Supremo Tribunal Regional

de Graz, Áustria, em 1 de Junho de 2010, liderada pelo Presidente do Supremo

Tribunal Regional, Dr. Heinz Wietrzyk.

j) O Presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho do Brasil

(ANAMATRA), Dr. Luciano Atahyde Chaves, acompanhado pelo Director Cultural

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

100

da ANAMATRA, Dr. Fabrício Nogueira, e pelo Assessor, Dr. Maurício Mazur, no

dia 9 de Junho de 2010.

4.3. Participação em Programas Internacionais de Formação

No âmbito da colaboração que vem sendo prestada em projectos direccionados para a

Formação de Magistrados no estrangeiro, destacam-se ainda aqueles que são desenvolvidos tendo

como beneficiários os países membros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, nos

termos do artigo 3º da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro.

Relembre-se a este propósito que, na consecução de tal objectivo incumbe ao CEJ assegurar:

a) a execução de acções de formação no quadro de redes de natureza judiciária, bem como outras

organizações internacionais de formação em que se integre; b) a celebração de protocolos de

cooperação que estabeleça com entidades congéneres estrangeiras, em especial dos países de língua

portuguesa; c) o concretizar de projectos internacionais de assistência e cooperação na formação de

Magistrados, por iniciativa própria ou em consórcio com outras entidades congéneres e d) a execução

de acordos de cooperação técnica em matéria judiciária celebrados pelo Estado Português (art. 92º nº

2 da Lei nº 2/2008).

Neste contexto, foram desenvolvidas neste período as seguintes actividades:

a) Formação normal de Auditores oriundos dos PALOP, os quais, nos termos de

acordos de cooperação celebrados entre os Ministérios da Justiça dos respectivos

países e o Ministério da Justiça Português frequentaram o CEJ durante o período

de formação teórico-prática, sendo os custos inerentes à sua formação suportados

pelo CEJ e pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), sob a

forma de bolsa.

A formação recebida por estes cooperantes é exactamente a mesma que recebem

os Auditores portugueses, já que aqueles se integram nos grupos normais de

trabalho e frequentam as mesmas aulas que os futuros Magistrados portugueses.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

101

No decurso do ano lectivo de 2009/2010 frequentaram o Centro de Estudos

Judiciários 25 Auditores cooperantes, estando assegurada para os próximos anos

e nos mesmos termos a continuidade da formação de Magistrados Judiciais e do

Ministério Público dos PALOP.

b) Participação na execução do Programa PAOSED, direccionado para a formação

dos futuros Magistrados da Guiné-Bissau.

No que concerne a este último programa, e durante o ano lectivo de 2009/2010, a nossa

participação assumiu essencialmente duas vertentes:

- Em primeiro lugar, através da indigitação de Docentes para ministrar formação a Magistrados

Judiciais e do Ministério Público da Guiné-Bissau, a concretizar naquele país. Neste âmbito,

entre 20 de Julho de 2009 e 31 de Janeiro de 2010, deslocaram-se à Guiné-Bissau,

indigitados pelo CEJ, 20 Docentes e Magistrados Formadores, para proporcionar formação

no terreno, naquela República, mas à luz do direito Guineense.

- Em segundo lugar, e a solicitação das entidades envolvidas na execução daquele programa,

através do INA, o CEJ organizou um plano de formação e indigitou Docentes (6) para

providenciarem formação na sede do CEJ, entre Outubro de 2009 e Fevereiro de 2010, a 16

Magistrados Guineenses (8 Juízes e 8 Magistrados do Ministério Público), nas áreas do

Direito Civil, Direito Penal, Direito da Família e das Crianças e Direito do Trabalho, com

abordagem da prática judiciária através de deslocações a Tribunais e a instituições que com

estes colaboram.

Foi-nos solicitado, ainda através do INA, uma segunda edição deste curso de formação de

Magistrados da Guiné-Bissau, que se realizou entre Março e Maio de 2010.

De realçar que esta formação específica continua a ser assegurada com exclusivo

reporte à legislação guineense em vigor.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

102

O CEJ organizou ainda, no âmbito do PAOSED, uma visita de trabalho, entre os dias 1 e 5 de

Março de 2010 para dois elementos da Direcção da Comissão Instaladora do CENFOJ (veja-se supra

4.2.).

No que concerne aos restantes PALOP, e ainda durante o período objecto do presente

relatório, foi pedida e satisfeita pelo CEJ uma colaboração para a concretização de uma acção de

formação que se realizou entre os dias 23 de Novembro e 4 de Dezembro de 2009, na área do Direito

Civil e Comercial no CFJJ, em Moçambique, através da presença de uma Magistrada Formadora.

4.4. Participação nas Redes Internacionais de Formação

4.4.1. Rede Europeia de Formação Judiciária (REFJ)

A circunstância de o Centro de Estudos Judiciários ter assumido, durante o período em análise,

quer a coordenação do grupo de trabalho relativo ao programa PEAJ (Programa de Estágios no

Estrangeiro para Autoridades Judiciárias) quer a qualidade de membro do Comité de Direcção e do

grupo de trabalho Programas da Rede Europeia de Formação Judiciária, envolveu, naturalmente,

responsabilidades acrescidas na nossa participação no seio desta instituição.

Nestes termos, a actuação do CEJ foi orientada no sentido da consolidação das actividades até

agora já levadas a cabo pela Rede e no estudo do desenvolvimento de novas perspectivas para a

formação de Magistrados à escala Europeia.

Nesta linha, fez-se representar em todas as reuniões de coordenação que tiveram lugar no

período a que se reporta o presente relatório, bem como na Assembleia-Geral anual que teve lugar em

Madrid nos dias 27 e 28 de Maio de 2010.

No decurso das eleições designadas para essa data – o que ocorre de três em três anos – o

Coordenador do Departamento de Relações Internacionais do CEJ, o Procurador da República Dr. Luís

Silva Pereira viria a ser eleito futuro Secretário-Geral desta instituição para o triénio 2010-2014, cujas

funções iniciará, enquanto Secretário-Geral Adjunto da REFJ em 1 de Janeiro de 2011, e as de

Secretário-Geral em 14 de Março do mesmo ano.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

103

Por tal imporem os estatutos desta associação, o CEJ ficou por esta via impedido de

apresentar uma recandidatura ao Comité de Direcção da REFJ para o triénio 2011-2014, tendo

considerado ainda adequado retirar, in loco, a sua também recandidatura à presidência do grupo de

trabalho relativo ao programa PEAJ, a qual virá a ser assumida pela Bélgica. Continuará, todavia, a

manter o seu lugar neste, bem como no grupo de trabalho Programas, para a presidência do qual viria

a ser eleita a Academia de Direito Europeu.

Concluiu-se ainda, durante o mês de Dezembro de 2009, a quinta edição do citado Programa

de Estágios no Estrangeiro para Autoridades Judiciárias (PEAJ 2009), integrado nas actividades da

Rede Europeia de Formação Judiciária e liderado pelo respectivo Secretariado, e do qual beneficiaram

nesse ano dez Magistrados portugueses, tendo-se anotado a presença no nosso país, para idênticos

efeitos, de oito Magistrados estrangeiros.

O Centro de Estudos Judiciários, através do seu Departamento de Relações Internacionais,

assumiu as funções de ponto de contacto nacional do programa, tendo na sua actividade contado com

a prestimosa e indispensável colaboração do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Superior

dos Tribunais Administrativos e Fiscais e da Procuradoria-Geral da República – que procederam não só

à divulgação do evento como também à selecção dos Magistrados portugueses participantes –, bem

como dos senhores Magistrados, Juízes e Procuradores, que se disponibilizaram a acolher os seus

colegas estrangeiros.

Tendo sido aprovada pela União Europeia a continuação da execução do programa em 2010, e

tendo sido aceite a candidatura apresentada pela Rede Europeia de Formação Judiciária para o liderar,

o Centro de Estudos Judiciários procedeu ao lançamento do Programa de Estágios no Estrangeiro para

Autoridades Judiciárias – PEAJ 2010 – e para cuja execução contou novamente, para os mesmos

efeitos, com a colaboração das referidas entidades.

A anotar apenas que, à semelhança do ocorrido no último ano, continua a existir a necessidade

de todas as entidades parceiras terem de custear, embora a título de prestação financeira

reembolsável, uma taxa de participação por participante neste programa.

Ciente do interesse e utilidade do mesmo para a formação, e não obstante as restrições

orçamentais existentes, o CEJ continuou a disponibilizar-se para custear tal taxa relativamente a um

total de dez participantes nacionais, em estágios com a duração de duas semanas, e que se entendeu

dever distribuir da seguinte forma: quatro Magistrados Judiciais junto dos Tribunais Comuns, quatro

Magistrados do Ministério Público junto dos Tribunais Comuns, um Magistrado Judicial e um

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

104

Magistrado do Ministério Público junto dos Tribunais Administrativos e Fiscais, exactamente pelas

mesmas razões que foram aduzidas no nosso relatório relativo ao ano transacto.

Acrescenta-se que mais uma vez, embora fosse possível também que o estágio se pudesse

concretizar, em período mais alargado, junto do Tribunal de Justiça, do Tribunal Europeu dos Direitos

do Homem e da EUROJUST, o CEJ colocou liminarmente de lado tal possibilidade em face dos

elevados custos da correspondente taxa de participação, a qual seria, no mínimo, seis vezes superior à

aplicável para um estágio de duas semanas.

Foi ainda publicado, na nossa página WEB, o Catálogo de Actividades de Formação da REFJ

para o ano de 2009 e no qual se encontravam sumariadas todas as actividades de formação interna

que as diversas instituições componentes da Rede decidiram abrir à participação de Magistrados

Judiciais e do Ministério Público dos restantes países membros e para cuja elaboração o CEJ mais

uma vez contribuiu.

Neste âmbito, o CEJ promoveu a inscrição e a admissão em sete seminários no estrangeiro de

um total de 8 Magistrados Judiciais, 7 Magistrados do Ministério Público e de 3 dos seus Docentes.

Finalmente a REFJ agendou ainda durante este período os primeiros seminários relativos à

execução do seu Programa Criminal Justice, de entre os quais avulta o que se realizou na sede do CEJ

nos dias 22 a 24 de Outubro de 2010.

4.4.2. Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais (RIAEJ)

Não se registou a presença do CEJ em quaisquer actividades neste período.

4.4.3. RECAMPI

Não se registou a presença do CEJ em quaisquer actividades neste período.

4.4.4. Rede de Lisboa

Não se registaram actividades desta instituição neste período.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

105

4.5. Actividade THEMIS

Com o apoio da Rede Europeia de Formação Judiciária e do Conselho da Europa, através da

sua Rede de Lisboa, e em parceria com o Instituto Nacional de Magistratura da Roménia, o CEJ levou

a efeito na sua sede em Lisboa, de 18 a 24 de Outubro de 2009, a IV Edição do Concurso Internacional

THEMIS que reuniu equipas representativas de instituições de formação de Magistrados de 17 países

europeus: Albânia, Alemanha, Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bósnia-

Herzegovina, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Moldávia, Polónia,

República Checa, Roménia e Portugal.

A actividade THEMIS segue um modelo concebido pelo CEJ e que pode ser descrito

resumidamente como um seminário construído na inversa, ou seja, onde são os participantes que

escolhem e apresentam os temas incumbindo aos peritos – os membros do Júri – formular questões e

discutir o respectivo conteúdo.

Cada uma das equipas é composta por três elementos, formandos há menos de dois anos,

acompanhados de um docente. Aos primeiros incumbe a redacção prévia de um trabalho escrito que

deverá incidir sobre um assunto à sua escolha inserido num dos quatro grandes temas propostos:

Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, Cooperação Judiciária em Matéria Civil, Ética e

Deontologia e Interpretação e Aplicação do artigo 6º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, o

qual será depois, no decurso da actividade, apresentado oralmente e discutido com os membros do

Júri.

O CEJ fez-se representar por uma equipa composta pelos Auditores de Justiça Dra. Isabel

Maria Salgueiro de Freitas Gomes, Dra. Liliana Sofia Novais Capela e Dr. Nuno Miguel Laranjeiro de

Lemos Jorge, a qual viria a obter o primeiro lugar na categoria Cooperação Judiciária em Matéria Civil

com o trabalho Between Efficient Justice and Equitable Defence: Frailties in EU Regulations in Civil

Matters.

5. Ponderados os objectivos a que se propôs e o conjunto das acções que agora ficam

descritas e realizadas com vista à sua prossecução, pode dizer-se que a actuação do Departamento

continuou a pautar-se pela qualidade e excelência, atentas as acções desenvolvidas.

Sendo de realçar que tem sido possível, nesta área, dar uma resposta atempada e adequada

às variadíssimas solicitações com que o CEJ é hoje confrontado, essencialmente originadas quer por

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

106

uma maior visibilidade nos Órgãos e Fóruns Europeus de decisão, quer pela sua já reconhecida

capacidade de concretizar no terreno actividades formativas de relevo à escala Europeia, com

resultados significativos nos planos científico e social.

Contribuiu-se, assim, de forma relevante para manter o elevado prestígio que continua a ser

reconhecido à instituição no plano internacional.

Os meios humanos e financeiros disponíveis foram, salvo melhor opinião, exaustivamente

aproveitados e criteriosamente aplicados, de acordo com as prioridades previamente estabelecidas e a

execução da estratégia delineada.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

107

Capítulo V

PublicaçõesPublicaçõesPublicaçõesPublicações

Secção 1

Revista do CEJ

No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Setembro de 2010 foi publicada a Revista do

CEJ nº 12, respeitante ao 2º semestre de 2009, encontrando-se no prelo a Revista nº 13, respeitante

ao 1º semestre de 2010.

Durante este período de tempo, os custos com a edição da Revista do CEJ foram de €6.328,00

(seis mil trezentos e vinte e oito euros) e as receitas da sua venda foram de €8.363,60 (oito mil

trezentos e sessenta e três euros e sessenta cêntimos). Em Setembro de 2010, depois de diligências

encetadas pela presente Direcção junto da respectiva distribuidora – “Almedina, S.A.” – foi efectuado

por esta o pagamento da importância de €21.186,85 (vinte e um mil cento e oitenta e seis euros e

oitenta e cinco cêntimos) respeitante à venda de revistas em anos anteriores e que se encontravam por

liquidar.

A Revista do CEJ é distribuída gratuitamente aos Directores, membros dos Conselhos Geral e

Pedagógico, Docentes e Coordenadores do Centro de Estudos Judiciários, assim como às bibliotecas

dos Tribunais Superiores, Procuradoria-Geral da República e Procuradorias-Gerais Distritais, a

algumas personalidades nacionais, no âmbito de permutas de publicações estabelecidas entre a

Biblioteca do CEJ e as de outras instituições.

Iniciou-se em Julho de 2010 a promoção da angariação de assinaturas da Revista do CEJ,

sendo neste momento de 29 (vinte e nove) o número de assinantes.

Ocorreu, entretanto, uma remodelação na direcção executiva e no corpo redactorial, tendo o

Director-Executivo, Dr. Rui Baptista, sido substituído pela Senhora Dra. Helena Leitão, e os membros

do Conselho de Redacção Drs. Luís Filipe Lameiras e Pedro Vaz Patto substituídos pelos Senhores

Drs. Carla Câmara e Luís Gominho.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

108

Secção 2

Prontuário de Direito do Trabalho

No período de 15 de Setembro de 2009 a 15 de Setembro de 2010 foram publicados os nºs 82,

83 e 84 do Prontuário de Direito do Trabalho, respeitantes aos períodos de Jan/Abril de 2009,

Maio/Ago de 2009 e Set/Dez de 2009, respectivamente, encontrando-se no prelo os nºs 85 e 86,

respeitantes aos períodos de Jan/Abril e Maio/Ago de 2010.

A edição e os respectivos custos são suportados pela Coimbra Editora.

O número de exemplares vendidos em livrarias dos três números publicados no período de

Setembro de 2009 a Setembro de 2010, e até este último mês, foi o seguinte: nº 82 – 120; nº 83 – 89;

nº 84 – 21.

O número de assinantes é de 52.

O CEJ recebe 110 exemplares de cada número da revista, que distribui gratuitamente aos

Directores, membros dos Conselhos Geral e Pedagógico, Docentes da jurisdição do Trabalho e da

Empresa e Coordenadores do Centro de Estudos Judiciários, assim como às bibliotecas dos Tribunais

Superiores, Procuradoria-Geral da República e Procuradorias-Gerais Distritais, e ainda a algumas

personalidades nacionais, no âmbito de permutas de publicações entre a Biblioteca do CEJ e as de

outras instituições.

Ocorreu, entretanto, uma remodelação na Coordenação e no Conselho Redactorial do

Prontuário de Direito do Trabalho, tendo o Coordenador Dr. Vítor Melo sido substituído pela Senhora

Dra. Sónia Kietzmann Lopes, e passado a integrar o Conselho Redactorial os Senhores Drs. Jerónimo

Freitas e Manuela Cardoso.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

109

Parte II

Actividades de apoio à formação de Actividades de apoio à formação de Actividades de apoio à formação de Actividades de apoio à formação de MagistradosMagistradosMagistradosMagistrados

Capítulo I

Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ)

1. Recursos Humanos do GAEJ

O quadro de pessoal afecto ao Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) contou, no ano em

análise, apenas com um trabalhador, um técnico superior.

Saliente-se, contudo, o facto de o cargo de Director-Adjunto para a Área de Estudos e

Investigação, previsto na al. c), nº 1 do 95º da Lei Orgânica do CEJ, se encontrar por preencher desde

1 de Dezembro de 2009, data do desligamento por aposentação do anterior director-adjunto.

Acrescente-se ainda que o despacho que nomeou os Directores-Adjuntos que integram a

actual Direcção do Centro de Estudos Judiciários não contemplou a ocupação do referido cargo, pelo

que o mesmo continua vago, com todos os constrangimentos, limitações e dificuldades que tal situação

coloca à orientação e gestão do trabalho desenvolvido pelo GAEJ.

2. Actividade desenvolvida

De acordo com as atribuições fixadas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, o

Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu no ano lectivo de 2009/2010 as seguintes actividades:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

110

2.1. Estudos

a) Com divulgação pública:

� Quem São os Futuros Magistrados – Estudo de Caracterização Sociográfica dos

Auditores de Justiça do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais;

� Quem São os Futuros Magistrados – Estudo de Caracterização Sociográfica dos

Auditores de Justiça do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais;

� CEJ – Balanço Social 2009.

b) Com divulgação restrita:

� Avaliação da Formação Inicial de Magistrados para os Tribunais Judiciais – XXVII

Curso – 1º Ciclo – Resultados do Inquérito realizado de 6 a 10 de Julho de 2009;

� Relatório de Avaliação da Acção Formativa do CEJ e da Qualidade dos Serviços

Administrativos do CEJ – Resultados do Inquérito realizado de 1 a 7 de Julho junto dos

Auditores de Justiça do XXVIII Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais;

� Relatório de Avaliação da Acção Formativa do CEJ e da Qualidade dos Serviços

Administrativos do CEJ – Resultados do Inquérito realizado de 1 a 7 de Julho junto dos

Auditores de Justiça do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais;

� Relatório resumido com dados gerais e provisórios sobre os concursos de ingresso nos

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais;

� CEJ – Relatório de Actividades de formação 2009.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

111

Foram também elaborados, com circulação restrita, os relatórios de avaliação das seguintes

acções de formação contínua:

� Alterações ao Código do Trabalho (casos práticos);

� Inglês Jurídico;

� Alterações ao Objecto do Processo Penal;

� Corrupção e Criminalidade Financeira;

� Temas da Jurisdição dos Tribunais de Comércio;

� Regime Jurídico dos Principais Impostos;

� Regulamento das Custas Processuais;

� Temas de Direito do Trabalho;

Estes relatórios foram elaborados no âmbito das funções que o GAEJ continuou a

desempenhar no processo de avaliação das acções de formação contínua o que, no ano em análise,

implicou uma colaboração do GAEJ na reformulação do questionário utilizado e do sistema de recolha

dos mesmos após preenchimento, no sentido de oferecer maiores garantias de anonimato e

confidencialidade aos respectivos inquiridos.

c) Foram ainda iniciados neste ano de actividades:

� Relatório sobre o concurso de ingresso no XXIX Curso Normal de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais, porquanto tal curso apenas teve início a 16 de

Setembro de 2010, fora, portanto, do limite temporal do presente Relatório;

� Relatório sobre o concurso de ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para

os Tribunais Administrativos e Fiscais, porquanto tal curso apenas teve início a 16 de

Setembro de 2010, fora, portanto, do limite temporal do presente Relatório;

� Estudo de caracterização sociográfica dos Auditores de Justiça do XXIX Curso Normal

de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais;

� Estudo de caracterização sociográfica dos Auditores de Justiça do II Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

112

Ainda no âmbito dos trabalhos de investigação, foram realizados pelos GAEJ diversos estudos,

nomeadamente de carácter estatístico, elaborados ad hoc, em função das necessidades de informação

e de apoio à decisão da Direcção do Centro de Estudos Judiciários e sempre que solicitados pela

Senhora Directora.

3. Organização e apoio à realização de actividades sociais e culturais

No período em análise, o GAEJ organizou e realizou as seguintes actividades de carácter

social e cultural:

� Recital de piano dedicado a Haydn, por Alena Khmelinskaia, jovem pianista luso-russa,

de talento crescentemente reconhecido nacional e internacionalmente, assinalando o

início do XXVIII Curso Normal de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

e do I Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais,

em 15 de Setembro de 2009,

� Exposição de pintura Conflitos Interiores – Ricardo Leite: o Pintor e os seus Modelos,

inaugurada em 15 de Setembro de 2009, também no âmbito do início do XXVIII Curso

Normal de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e do I Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, da qual resultou

para o Centro de Estudos Judiciários a oferta de um quadro, intitulado Auto-retrato em

jeito ornamental. O prestígio de Ricardo Leite (n. 1970) pode ser avaliado pelas muitas

distinções de que a sua obra já foi alvo, entre as quais avulta o Prémio Revelação de

Pintura Caixa Geral de Depósitos/Centro Nacional de Cultura e o prémio BP Portrait

Award/National Portrait Gallery, em Londres (ambos em 2000). Para além da sua obra

artística, Ricardo Leite desempenha, ainda, funções Docentes e de formador na Escola

Superior Artística do Porto e na Faculdades de Belas Artes do Porto, entre outras

instituições;

� Exposição de fotografia Imagens Presas, de Eduardo Martins, inaugurada a 2 de Julho

de 2010, da qual resultou nova oferta para o CEJ da obra que deu nome à exposição.

Eduardo Martins (nascido em 1953, no Barreiro, onde ainda hoje vive e trabalha)

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

113

iniciou a sua carreira fotográfica em 1972, tendo trabalhado em jornais como o Século,

o País, o Diabo, a Tribuna, o Novo Observador ou o Tal e Qual, entre outras

publicações periódicas. Colaborou ainda com agências como a Associated Press, a

Solo Sindication e a Photographer’s International. Expõe regularmente desde 1986 e

tem obras suas em colecções particulares em Portugal, Brasil, Canadá, Espanha,

Estados Unidos da América, França e Reino Unido.

� Organização da actuação do Coro da Associação Cultural e Desportiva da

Procuradoria-Geral da República, que ocorreu a 7 de Julho de 2010 e que assinalou o

final do ano lectivo 2009/2010. Refira-se que esta foi uma das primeiras actuações

deste recém-formado coro, cuja estreia havia acontecido há menos de três meses;

� Sardinhada Judiciária, igualmente a 7 de Julho de 2010, momento de convívio que

envolveu toda a comunidade do CEJ – directores, Docentes, Auditores de Justiça e

funcionários, num total de cerca de 150 pessoas – e que marcou também o

encerramento das actividades lectivas no ano de 2009/2010.

Foram ainda realizadas as actividades preparatórias dos eventos culturais que assinalam o

início das actividades do XXIX Curso Normal de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

e do II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, em 15 de

Setembro de 2010, nomeadamente a exposição de pintura Determinações Nervosas, de João Viana e

um recital de piano por Alena Khmelisnkaia, estando ambos os eventos previstos para 15 de Setembro

de 2010.

4. Intervenção do Gabinete de Estudos Judiciários em outras actividades

4.1. Participação em actividades de gestão

Foi implementado pelo Gabinete de Estudos Judiciários, que também o gere, o projecto

“Comunique com a Direcção”, sistema de recolha de sugestões, informações e reclamações de

Magistrados e Auditores de Justiça pelo qual a Direcção pretende, garantindo total confidencialidade e

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

114

anonimato, auscultar os principais utilizadores do CEJ, sobre o funcionamento e recolher sugestões

com vista ao melhoramento do seu funcionamento.

O GAEJ continuou, ainda, a participar activamente – à semelhança de anos anteriores – na

promoção e acompanhamento dos trabalhos de reformulação e implementação da Intranet do CEJ.

O técnico superior do GAEJ participou, ainda, em júris de diversos procedimentos concursais

com vista ao recrutamento de pessoal para o CEJ, nomeadamente:

� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12451/2009 (publicado no DR 2ª

Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 1 posto de trabalho na

categoria de técnico superior (carreira geral de técnico superior), na área do apoio

jurídico, patrimonial e financeiro e de recursos humanos;

� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12452/2009 (publicado no DR 2ª

Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 1 posto de trabalho na

carreira de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área financeira

e patrimonial;

� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 13163/2009 (publicado no DR 2ª

Série, nº 143 – 27 de Julho de 2009), para preenchimento de 2 postos de trabalho na

carreira de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área de

secretariado.

O GAEJ colaborou, também, em processos de selecção de pessoal, particularmente através da

realização das Entrevistas de Avaliação de Competências (previstas como método de selecção

obrigatório na al. b), nº 2 do artigo 53º da Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro – Lei dos regimes de

vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas) e da

elaboração dos respectivos relatórios de avaliação, no âmbito dos diversos procedimentos concursais,

nomeadamente:

� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12450/2009 (publicado no DR 2ª

Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 2 postos de trabalho na

categoria de técnico superior (carreira geral de técnico superior), na área do apoio

jurídico, patrimonial e financeiro e de recursos humanos – 8 entrevistas

� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 12452/2009 (publicado no DR 2ª

Série, nº 135 – 15 de Julho de 2009), para preenchimento de 1 posto de trabalho na

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

115

categoria de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área de apoio

documental e informativo – 3 entrevistas;

� Procedimento concursal comum aberto pelo Aviso nº 13163/2009 (publicado no DR 2ª

Série, nº 143 – 27 de Julho de 2009), para preenchimento de 2 postos de trabalho na

categoria de assistente técnico (carreira geral de assistente técnico), na área de

secretariado – 2 entrevistas.

4.2. Outras actividades

O GAEJ colaborou também na realização do concurso de ingresso nos XXIX Curso Normal de

Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais, tendo o seu técnico superior integrado a equipa de trabalho

encarregue de executar esse mesmo concurso, em várias vertentes:

� Inserção de dados em bases de dados;

� Acompanhamento e secretariado de reuniões de júris;

� Apoio à organização e realização das provas das fases escrita e oral;

� Apoio à organização e realização das entrevistas profissionais de selecção;

� Apoio administrativo.

O GAEJ tem, acrescidamente, prestado apoio técnico-administrativo à Direcção do CEJ

sempre que para tal foi solicitado.

4.3. Participações externas

Participação pelo técnico superior afecto a este Gabinete, em representação do CEJ, em

reuniões da Equipa Interdepartamental para a Igualdade do Ministério da Justiça, entidade responsável

pela elaboração do Plano para a Igualdade do Ministério da Justiça.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

116

Capítulo II

Centro de DocumentaçãoCentro de DocumentaçãoCentro de DocumentaçãoCentro de Documentação

A Divisão do Centro de Documentação é uma importante estrutura de apoio às actividades

desenvolvidas no Centro de Estudos Judiciários. Recolhe, trata, organiza, disponibiliza, fornece e

preserva os recursos informativos relevantes para as actividades formativas que decorrem no CEJ.

Para a Divisão do Centro de Documentação do CEJ, o ano lectivo 2009/2010 foi um tempo de

trabalho de aprofundamento e consolidação de projectos que estavam em curso, de lançamento de

novos projectos estruturantes em todas as áreas de responsabilidade, havendo, no entanto, que

salientar o progresso alcançado na área do arquivo. O presente relatório visa ainda, dar a conhecer a

evolução do fundo documental e sua gestão nos diversos espaços, com vista à melhoria da sua

organização e condições de armazenagem.

Tendo sempre como orientação os objectivos que foram definidos no Plano de Actividades

para a unidade orgânica em análise: organizar o arquivo; assegurar um atendimento de boa qualidade

(simpatia, eficiência e celeridade) aos utilizadores; assegurar com celeridade e eficácia a divulgação de

novidades bibliográficas e documentais.

Relativamente ao investimento em recursos bibliográficos, durante o período em análise,

verificou-se que, apesar de um aumento das aquisições no 2.º semestre de 2009, manteve-se no 1º

semestre de 2010 um nível baixo, apenas compensado pelas ofertas (Coimbra Editora e autores) e

permutas.

Quanto as instalações, destaca-se a reorganização do espaço da biblioteca e depósito, que

permitiu um alargamento da sua capacidade de acolhimento e armazenamento.

Continua a ser a nossa principal preocupação a busca pela excelência da qualidade dos

serviços prestados. A melhoria no atendimento e a actualização do acervo representam o nosso plano

estratégico. Voltamos a insistir que se torna necessário e urgente o reforço de recursos humanos nesta

Divisão.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

117

Secção 1

Vertente Biblioteca

1. Gestão do Fundo Documental

1.1. Aquisições (1-9-2009 a 31-8-2010)

O desenvolvimento do fundo documental, em 2009/2010, baseou-se, tal como nos anos

transactos, nas necessidades dos utilizadores internos do CEJ. As publicações deram entrada por

compra, produção própria, oferta e permuta.

Para além das aquisições com base nas sugestões apresentadas, houve a preocupação de

enriquecer determinadas áreas temáticas mais necessitadas de actualização.

As obras que deram entrada por oferta resultaram de doações efectuadas por elementos

pertencentes ao CEJ, entidades externas, autores e pela Coimbra Editora. Todas as doações foram

alvo de agradecimento.

As obras que entraram por permuta baseiam-se em protocolos estabelecidos com outras

instituições, que enviam as suas publicações em troca da Revista do CEJ, do Prontuário de Direito do

Trabalho, ou outras publicações.

O quadro a seguir representa na sua globalidade, as publicações entradas na biblioteca, nas

quatro modalidades acima mencionadas e por tipo de documento

Documentos Nº

Monografias 393

Multimédia 4

Publicações em série 52

Total 449

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

118

O quadro seguinte apresenta o total das publicações entradas na Biblioteca por produção

própria, oferta e permuta.

1.1.1. Por oferta, permuta ou produção própria

Documentos Nº

Monografias 268

Multimédia 4

Publicações em série 18

Total* 290

*Dos quais 22 foram produzidos pelo CEJ

O Centro de Documentação mantém permutas de publicações com as seguintes entidades:

1. Associação Jurídica da Maia: Revista MaiaJurídica

2. Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Revista Julgar

3. Autoridade da Concorrência: Revista da Concorrência e Regulação

4. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa: Revista

Direito e Justiça

5. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: Boletim da

Faculdade

6. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: Revista da Faculdade

de Direito de Lisboa

7. Biblioteca da Facultad de Derecho da Universidad de Extremadura: Anuário de La

Facultad de Derecho

8. Biblioteca da Ordem dos Advogados: Revista da Ordem dos Advogados e Boletim

da Ordem dos Advogados

9. Centro de Estudos Sociais: Revista Crítica de Ciências Sociais

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

119

10. Conselho Superior da Magistratura: Boletim do Conselho Superior de Magistratura

11. Direcção-Geral de Reinserção Social: Ousar Integrar: revista de reinserção social e

prova

12. Direcção-Geral dos Serviços Prisionais: Revista Temas Penitenciários

13. Instituto Nacional de Administração (INA): Revistas Legislação – Cadernos de

Ciência de Legislação e Cadernos INA

14. Cabo Verde – Praia: Revista Direito e Cidadania

15. Escola de Magistratura Federal da 5.ª Região (Brasil): Revista ESMAFE

16. Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia

17. Observatório da Imigração: Revista Migrações

18. Ordem dos Notários em Portugal: Revista do Notariado

19. Universidade Autónoma de Lisboa: Galileu – Revista de Economia e Direito; Revista

de Direito Penal

20. Universidade do Minho: Scientia Iuridica – Revista de Direito Comparado

Foram estabelecidas as seguintes novas permutas:

1. Centro de Direito da Família: Lex Familiae (Maio 2010)

2. Centro de Direito Biomédico: Lex Medicinae (Maio 2010)

3. Ministério do Trabalho e da Solidariedade: Sociedade e Trabalho (Novembro 2009)

4. Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: Revista do Ministério Público

(Outubro 2009)

5. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal de Contas (Agosto 2010)

1.1.2. Aquisições onerosas

Houve um aumento das aquisições por compra, para reforçar a área administrativa e fiscal,

dado ter-se iniciado o I Curso dos Tribunais Administrativos e Fiscais.

No que diz respeito às publicações periódicas não se registaram alterações significativas no

número de títulos assinados pela biblioteca, mantendo-se em 34 (anteriormente eram 35).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

120

Documentos Nº Valor

Monografias 125 4.612,07€

Multimédia 0 0€

Publicações em série 34* 3.086,00€

Total 159 7.698,07 €

*Renovação de assinaturas

Renovaram-se as seguintes assinaturas:

1. Acórdãos Doutrinais do Supremo Tribunal Administrativo

2. Actualidade Jurídica

3. Análise Social

4. Antologia de Acórdãos do STA e do TCA

5. Cadernos de Direito Privado

6. Cadernos de Justiça Administrativa

7. CEDOUA – Revista do Centro de Estudos de Direito do Ordenamento do Urbanismo

e do Ambiente

8. Colectânea de Jurisprudência

9. Colectânea de Jurisprudência. Acórdãos do STJ

10. Desporto e Direito

11. Droit et societé

12. Fiscalidade – Revista de Direito e Gestão Fiscal

13. Jueces para la democracia

14. Jurisprudência Constitucional

15. Justiça e Cooperação

16. Lex Familiae

17. Lex Medicinae

18. O Direito

19. Questões Laborais

20. Revista de Derecho Comunitario Europeo

21. Revista de Direito e de Estudos Sociais

22. Revista de Direito e Economia

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

121

23. Revista de Direito Público

24. Revista de Legislação e de Jurisprudência

25. Revista Jurídica do Urbanismo e do Ambiente

26. Revista Luso Africana de Direito

27. Revista Portuguesa de Ciência Criminal

28. Revista Portuguesa de Direito do Consumo

29. Revue Interdisciplinaire D’Etudes Juridiques

30. Revue Internationale de Droit Comparé

31. Revue Internationale de Droit Penal

32. Revue Juridique de L’Environnement

33. Revue Trimestrielle de Droit Civil

34. Revue Trimestrielle de Droit Europeen

35. Rivista di Diritto Civile

36. Rivista di Diritto Processuale

37. Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto

38. Rivista Italiana di Diritto e Procedura Penale

39. Sociedade e Trabalho

40. Sociologia, Problemas e Práticas

41. Sub-Júdice

42. Temas de Integração

43. Vida Judiciária

1.1.3. Divulgação das novas aquisições

A Divisão do Centro de Documentação, através de uma publicação mensal que consiste num

Boletim, divulga as publicações que entram ao longo do mês na Biblioteca. A divulgação é realizada

através do e-mail do Centro de Documentação ([email protected]).

Foi ainda, elaborado e distribuído um questionário, junto de três grupos específicos de

utilizadores: Direcção, Docentes e Funcionários, para aferir a satisfação pelo serviço prestado, bem

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

122

como a sua continua melhoria. Os dados desse inquérito serão objecto de análise e não contam do

presente relatório por se encontrar fora do âmbito temporal em apreciação.

1.2. Registo de documentos em base de dados

A Biblioteca efectuou a descrição bibliográfica de novos documentos, inserindo e validando os

respectivos registos na base de dados. No quadro seguinte pode observar-se o total das publicações

que receberam tratamento técnico documental na Biblioteca.

Documentos Nº

Monografias 376

Analíticos (revistas/livros) 739

Multimédia 4

Publicações em série 23

Total 1142

Nesta área concretizaram-se ainda as seguintes acções:

▪ Iniciou-se o tratamento técnico documental das publicações periódicas, nacionais

e estrangeiras, existentes em depósito, já com cota, mas não inseridas no catálogo

informatizado;

▪ Assegurou-se o tratamento dos artigos das publicações periódicas, nacionais e

estrangeiras, entradas no Centro de Documentação;

▪ Procedeu-se à catalogação e indexação retrospectiva dos artigos da publicação

periódica “Revue Trimestrielle de Droit Civil”, anos 2006-2009.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

123

1.3. Abate e reparações de documentos

Foi decidido que três publicações em série e uma monografia que ficaram em quarentena

durante um ano, viram o seu estado de deterioração estabilizar, sendo por isso mesmo arrumados no

respectivo local.

Na sequência de proposta apresentada no ano anterior, foi concretizado o abate do Jornal

Oficial das Comunidades Europeias.

Ainda neste âmbito, realizaram-se 150 reparações, sem custos acrescidos, como se pode

verificar no quadro seguinte:

Reparações Nº

Volumes 150*

Custo (€) 0

*Reparações realizadas internamente

1.4. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados

(valores absolutos)

No dia 1 de Setembro de 2010 a base de dados bibliográficos registava um total de 26661

registos bibliográficos, correspondente a:

Documentos Nº

Monografias 11541

Analíticos (revistas/livros) 14364

Multimédia 528

Publicações em série 228

Total 26661

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

124

2. Apoio aos Utilizadores

A biblioteca está aberta à Direcção, a toda a comunidade docente, aos Auditores de Justiça e

cooperantes, bem como a utilizadores externos.

Os pedidos dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo de empréstimo, que nos fornece

neste período 8710 registos, distribuídos da seguinte forma:

2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos

Documentos Nº

Monografias 5468

Analíticos (revistas/livros) 3140

Multimédia 102

Total 8710

2.2. Movimento de leitores – pedidos de consulta e empréstimo de documentos

Documentos Nº

Auditores de Justiça 5518

Dirigentes 163

Docentes 372

Funcionários 120

Externos 358

Entidades 85

Leitura de presença 2094

Total 8710

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

125

Da análise destes quadros verificamos que a actividade deste serviço serve essencialmente os

Auditores e cooperantes.

Foi ainda, elaborado e distribuído um questionário, junto de quatro grupos específicos de

utilizadores: Direcção, Docentes, Auditores e Funcionários, para aferir a satisfação dos serviços

prestados, bem como sugestões para a sua continua melhoria. Os dados desse inquérito irão ser

objecto de análise, pelo que não constam do presente relatório por se encontrar fora do âmbito

temporal em apreciação.

3. Instalações

Da análise aos questionários efectuada em anos anteriores, verificou-se serem as instalações

alvo de menor nível de satisfação por parte dos utilizadores da biblioteca, nomeadamente pela falta de

espaço, mesas de apoio para consulta e leitura de documentos.

Nessa medida procedeu-se às seguintes actividades:

▪ Selecção das monografias duplicadas, menos actualizadas e de menor consulta;

▪ Transferência para o depósito, arrumação e ordenação pelas respectivas cotas em

estantaria compacta dessas monografias. Estas publicações transferidas, apesar não

se encontrarem em livre acesso, são passíveis de serem consultadas e requisitadas,

mediante solicitação aos trabalhadores da biblioteca;

▪ Transferência da Biblioteca para o depósito das publicações periódicas estrangeiras

até 2007 (inclusive) e também de algumas revistas portuguesas cuja assinatura foi

cancelada.

Após a transferência dessas monografias e publicações periódicas, recuperou-se espaço até

então ocupado por tais publicações e foi possível reorganizar o espaço da biblioteca, criando um

pequeno recanto de leitura, mais agradável e resguardado, com luz natural.

Procedeu-se ainda à:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

126

▪ Selecção, separação e arrumação das cassetes vídeo em formato VHS e já migradas

para o formato DVD, das que ainda aguardam o processo de passagem para o DVD.

▪ Continuação da reorganização dos depósitos, através da completa separação entre

documentação de arquivo, publicações do CEJ e documentação da Biblioteca.

4. Recursos Humanos

No decurso do ano de actividades, verificou-se a abertura de um concurso para Técnico

Superior, uma vez que um dos lugares estava preenchido por Técnico Superior em situação de

mobilidade. A dotação manteve-se, de resto igual, com 1 chefe de divisão, 2 técnicos superiores e 2

assistentes técnicos.

Secção 2

Vertente Arquivo

As actividades do arquivo desenvolveram-se, durante o ano em apreciação, enquanto arquivo

intermédio, isto é, recebendo, tratando e preservando a documentação produzida e recebida pelos

serviços do CEJ. Neste âmbito, foram realizadas as seguintes tarefas:

1. Início da transferência de séries documentais já identificadas, de conservação permanente,

tendo sido consideradas algumas como possivelmente fechadas, e consequentemente

transferidas para o arquivo definitivo, localizado nas Escadinhas de São Crispim,

aguardando posterior tratamento, nomeadamente informático;

2. Reconstrução de séries documentais e levantamento de documentação avulsa da antiga

Cadeia do Limoeiro. Esta actividade exigiu que se procedesse ao: inventário,

preenchimento das guias de remessa e auto de entrega e embalamento dos documentos e

respectivo envio à Direcção-Geral de Serviços Prisionais, legítima detentora da referida

documentação;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

127

3. Inventário e preenchimento das guias de remessa e auto de entrega das pastas deixadas

nas Escadinhas de São Crispim pelo ex-Gabinete para as Relações Internacionais e de

Cooperação. Contactos estabelecidos com a Direcção-Geral da Política de Justiça,

organismo que herdou as funções do ex-Gabinete para as Relações Internacionais,

Europeias e de Cooperação (GRIEC);

4. Inventário e acondicionamento da documentação existente na capela (ex-Assistência

Religiosa). Localização de documentação dispersa pelos diferentes depósitos existentes

no CEJ, para posterior tratamento e acondicionamento;

5. Pesquisas e levantamento de documentação produzida pela Associação Cultural e

Desportiva do CEJ. Preenchimento das Folhas de Recolhas de Dados, cuja documentação

constitui um fundo arquivístico à parte, mas intimamente ligada com a história do CEJ e

com a Direcção então vigente;

6. Levantamento de documentação respeitante a eventos culturais, promovidos pelos

Técnicos Superiores do Gabinete de Estudos Judiciários, no decurso das actividades de

formação dos futuros Magistrados;

7. Transferência da documentação existente no 3º andar, no depósito localizado ao lado da

sala de vídeo e no arquivo do secretariado dos Directores-Adjuntos para o arquivo

intermédio, com o fim de organizar, unificar e completar as séries já identificadas;

8. Continuação da elaboração do Relatório de Avaliação da documentação acumulada do

Centro de Estudos Judiciários a submeter à aprovação da Direcção-Geral de Arquivos

(DGARQ);

9. Continuação da elencagem da tabela de selecção de documentos a constar da Portaria de

Gestão de Documentos do Centro de Estudos Judiciários, a elaborar posteriormente;

10. Levantamento dos textos de apoio elaborados pelos Docentes e o inventário por

títulos/temas dos mesmos;

11. Selecção e conservação de uma colecção para fazer parte do Arquivo do CEJ, estando

ainda em aberto o destino a dar aos restantes duplicados. Nesse sentido foi também,

inventariado e seleccionado o material cedido por um docente, com o fim de completar a

colecção do CEJ.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

128

Secção 3

Gestão de publicações

O CEJ edita monografias, isoladamente ou em parceria, abrangendo temáticas diversificadas

nas áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas publicações em série: a Revista do CEJ e o

Prontuário de Direito do Trabalho.

Assim sendo, a Divisão do Centro de Documentação:

▪ Assegurou a distribuição da Revista do CEJ n.º 12, através das ofertas institucionais,

permutas e vendas;

▪ Procedeu-se à distribuição dos Prontuários de Direito do Trabalho nºs 82, 83 e 84,

através das ofertas institucionais e permutas, como se pode verificar no quadro

seguinte.

Título Quantidade

Prontuário de Direito do Trabalho nº 82 97

Prontuário de Direito do Trabalho nº 83 95

Prontuário de Direito do Trabalho nº 84 100

Revista do CEJ nº 12 209

Total 501

▪ O quadro seguinte indica os outras de publicações, editadas anteriormente pelo

CEJ, que foram oferecidas, permutadas ou vendidas:

Título Quantidade

Monografias 121

Periódicos 376*

Total* 497

* 150 exemplares da Revista do CEJ n.º 9 foram enviados para a Livraria Almedina

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

129

▪ Efectuou-se a venda das seguintes publicações do CEJ aos senhores Auditores∗:

Título Quantidade

A nova justiça administrativa 6

Jornadas/Direito Criminal/Revisão do Código Penal 1

Criminalidade e Cultura 1

Textos – Sociedades Comercias 1

Dez Anos de Crime em Portugal 1

Revista do CEJ nº 3 1

Revista do CEJ nº 6 3

Revista do CEJ nº 8 2

Revista do CEJ nº 9 5

Revista do CEJ nº 10 1

Revista do CEJ nº 11 4

Total* 26

▪ Com vista à dinamização da distribuição da Revista do CEJ, procedeu-se, em

colaboração com a Directora Executiva da Revista, ao projecto de angariação de

novas assinaturas e divulgação da Revista do CEJ, quer nas nossas instalações (no

âmbito dos Cursos XXVIII Curso Normal e I Curso dos TAF), quer através de e-mail

(XXVI e XXVII Cursos de Magistrados que se encontravam na 2.ª fase de formação

nos Tribunais);

▪ Transcrição da entrevista do Conselheiro Octávio Dias Garcia, realizada no âmbito

do projecto” Magistrados na 1.ª pessoa” [entrevistas a Magistrados portugueses

sobre histórias de vida, realizadas entre 2000 e 2001], que possivelmente irá ser

incluída, num dos próximos números da Revista do CEJ;

▪ Foi concluído o levantamento, embalamento, acondicionamento e inventário de

todas as publicações do CEJ existentes em armazém.

∗ O total destas publicações encontra-se contabilizado nos quadros anteriores

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

130

Secção 4

Outras actividades

a) O Centro de Estudos Judiciários participa na Rede de Conhecimento da Justiça, projecto

desenvolvido pela Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, que tem como objectivo

concentrar num único repositório todo o património arquivístico, documental, museológico

e cultural da Justiça, tendo em vista a sua preservação e comunicação. Neste sentido, o

representante da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça deslocou-se ao CEJ, afim de

fotografar os motivos de interesse histórico-cultural das instalações, no dia 1 de Junho de

2010.

b) Colaboração com o Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) na organização e apoio à

realização de actividades culturais.

c) No âmbito das comemorações que assinalam o Centenário da República, foi solicitada a

colaboração do CEJ, por parte do Senhor Secretário de Estado da Justiça e da

Modernização Judiciária. Procedeu-se para esse efeito à recolha e selecção de livros

nacionais publicados entre 1910-1926, existente no CEJ e sua posterior digitalização. Essa

colaboração, para além da Divisão do Centro de Documentação, envolveu o Serviço de

Reprografia e a Divisão de Informática e Multimédia.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

131

Capítulo III

Departamento de Apoio GeralDepartamento de Apoio GeralDepartamento de Apoio GeralDepartamento de Apoio Geral (DAG) (DAG) (DAG) (DAG)

A organização interna do Centro de Estudos Judiciários está definida e regulada na Portaria nº

965/2008, de 29 de Agosto. Nos termos do seu art.º 5º, o Departamento de Apoio Geral é a unidade

orgânica genericamente responsável pela concepção, organização, e manutenção do sistema de

informação do CEJ, pelo apoio jurídico, e pelo apoio, nas áreas da informática e multimédia e da

gestão financeira, patrimonial e de recursos humanos às actividades do CEJ.

É ainda prevista a criação de uma unidade orgânica flexível, denominada Divisão, e duas

unidades flexíveis com o nível de secção.

Estas unidades orgânicas flexíveis foram criadas por Despacho de 15 de Setembro de 2008,

da anterior Directora do CEJ.

Secção 1

Área financeira e patrimonial

1. Área financeira

No que concerne à área financeira, importa referir que o orçamento respeita ao ano económico,

pelo que não coincide com o período de actividades do CEJ. Ainda assim, dá-se uma perspectiva de

execução orçamental tendo em conta as actividades que decorreram entre 1 de Setembro de 2009 e

31 de Julho de 2010.

Destacam-se tão só as actividades mais relevantes, orientadas para a actividade principal do

CEJ, que foram as seguintes:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

132

• Foi elaborada a proposta de orçamento para o ano de 2010, tendo em conta as

despesas previstas com as actividades do XXVII curso normal de formação de

Magistrados (entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2010), do XXVIII curso normal de

formação de Magistrados para as Magistraturas judicial e do Ministério Público e I

Curso para os TAF (1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2010) e ainda do curso

especial de recrutamento para o Ministério Público, nos termos da Lei nº 95/2009, de

2 de Setembro.

• Foi assegurada a execução do orçamento de funcionamento do CEJ, nas vertentes

da receita e da despesa.

• Foram elaborados, nos prazos estipulados, os reportes periódicos (mensais e

trimestrais) a que se referem os Decretos-Lei de execução orçamental e de acordo

com as circulares Série A da Direcção-Geral do Orçamento relativos aos anos de

2009 e 2010.

• Foi elaborada e remetida ao Tribunal de Contas, dentro do prazo legal, a conta de

gerência do ano de 2009.

Relativamente aos recursos financeiros, a verba atribuída ao CEJ para funcionamento no ano

económico de 2010 revelou-se, logo à partida, insuficiente (foi previsto um défice de cerca de dois

milhões de euros), pelo que o Departamento de Apoio Geral elaborou várias informações e mapas

demonstrativos da situação financeira tendo em vista a resolução da situação a nível superior.

Assim, o montante global do orçamento foi suficiente para cobrir as despesas até ao fim do ano

de actividades, ficando por resolver a situação relativamente aos restantes meses do ano económico.

Em termos orçamentais, porém, os encargos com recursos humanos representam 87% do

orçamento disponível, sendo que 59% são gastos no pagamento de bolsas aos Auditores de Justiça,

41% em despesas com os vencimentos de dirigentes, coordenadores, Docentes e demais

trabalhadores do CEJ. Quanto ao restante, 6% são despesas com a formação (pagamento a

formadores externos, ajudas de custo e aluguer de espaços) e 7% com despesas de funcionamento.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

133

2. Área patrimonial

• Foram efectuados 10 procedimentos aquisitivos por ajuste directo simplificado, para

aquisição de bens.

• Foram elaborados e assinados 5 novos contratos, sendo 2 para aquisição de bens e

3 para aquisição de serviços, decorrentes dos concursos levados a cabo pela

Unidade de Compras do Ministério da Justiça.

• Dos contratos existentes, 12 foram renovados e 7 foram rescindidos.

• Foram adquiridas estantes para apetrechar o espaço de arquivo das instalações do

CEJ nas Escadinhas de S. Crispim.

• Foram adquiridos 25 computadores, respectivos ratos e teclados, na sequência de

procedimento levado a cabo pela UCMJ para apetrechar a Sala de Estudos

destinada aos Auditores de Justiça.

• Foram efectuados 5 procedimentos aquisitivos para a informática, sendo 3 para

aquisição de software e 2 de hardware.

• Foram actualizados o cadastro e o inventário de bens imóveis adquiridos no ano de

2009 e 2010.

• Foi efectuada a manutenção dos bens imóveis e das viaturas afectas ao CEJ.

Além destas actividades, estão cometidas à área financeira e patrimonial outras atribuições,

nomeadamente a requisição e carregamento mensal dos títulos de transporte dos Magistrados que

exercem funções no CEJ e que se deslocam às acções de formação que são realizadas, quer a nível

nacional, quer no âmbito da Cooperação Europeia e Internacional que o Centro de Estudos Judiciários

desenvolve ao abrigo legal das suas atribuições e a colaboração na organização de eventos no CEJ.

Quanto aos recursos humanos afectos a esta área de actividade, dos 7 lugares previstos no

mapa de pessoal para as áreas financeira e patrimonial apenas 5 estão ocupados (2 técnicos

superiores, 1 coordenador técnico e 2 assistentes técnicos), pelo que há necessidade de concentrar

valências profissionais num número reduzido de trabalhadores.

Tal facto tem onerado bastante todos os funcionários que aqui desempenham a sua actividade,

tanto mais que se passou de um universo de 80/100 Auditores de Justiça para 125/150 Auditores de

Justiça.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

134

3. Área de recursos humanos

No que se refere aos recursos humanos:

• Foram executadas todas as tarefas, tais como o processamento de vencimentos e

outros abonos, o controlo de assiduidade (faltas férias e licenças), a contagem de

tempo de serviço, quer para efeitos de aposentação, quer para efeitos de

candidatura a procedimentos concursais e emissão de variadas declarações.

• Foram introduzidos na aplicação Sistema de Recursos Humanos (SRH), para efeitos

de gestão dos processos e processamento de remunerações, os dados relativos aos

125 Auditores de Justiça que iniciaram a formação teórico-prática no ano de

actividades 2009/2010.

• Foram assegurados os procedimentos relativos a inscrições na CGA, ADSE e

Segurança Social, relativamente aos mesmos Auditores de Justiça.

• Foram asseguradas as acções necessárias em matéria de gestão e administração

de recursos humanos do CEJ, nomeadamente:

- a tramitação e conclusão de 5 procedimentos de recrutamento e

selecção de pessoal das carreiras gerais;

- a abertura, tramitação e conclusão de 3 concursos para admissão de

pessoal para a carreira (não revista) de informática;

- a celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado, na sequência de alteração do posicionamento

remuneratório obrigatório e por opção gestionária, num total de 7

contratos.

- a celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado, na sequência de procedimentos concursais, num total

de 6 contratos;

- a celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado, na sequência de procedimentos por mobilidade interna

de pessoal do Arsenal do Alfeite, num total de 6 contratos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

135

• Foi elaborado o mapa de pessoal do CEJ para 2010, tendo em conta os requisitos

impostos pela Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (Lei que estabelece os regimes

de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem

funções públicas), os recursos disponíveis e os postos de trabalho necessários ao

desenvolvimento da actividade, que acompanhou o projecto de orçamento para o

ano de 2010.

Quanto aos recursos humanos afectos a esta área de actividade, dos 7 lugares previstos no

mapa de pessoal, apenas 4 estão ocupados (1 coordenador técnico, 2 assistentes técnicos e 1

assistente operacional), pelo que há necessidade de concentrar valências profissionais num número

reduzido de trabalhadores.

As razões dessa acumulação e o desgaste sentido pelos funcionários prende-se, conforme se

assinalou no ponto anterior, com o acréscimo de serviço ocasionado pelo aumento do número de

Auditores de Justiça, não acompanhado pelo número de trabalhadores, que se mantém inalterado, e

dificulta a resposta a tantas solicitações.

4. Área de ciências jurídicas

Foi feita toda a tramitação do procedimento concursal para recrutamento de 2 técnicos

superiores na área das ciências jurídicas, dado que os lugares estavam ocupados por trabalhadores

com contrato de trabalho a termo resolutivo incerto.

O concurso não foi ainda concluído com a admissão dos candidatos posicionados em 1º e em

2º lugar, por não haver, no ano económico de 2010, dotação orçamental para esse efeito.

Sendo certo que as trabalhadoras que ocupavam estes postos de trabalhado cessaram o

contrato no final do ano económico de 2009, o CEJ tem contado com a colaboração da assessoria

jurídica da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, na área do contencioso administrativo, situação

que tem gerado bastantes dificuldades no acompanhamento jurídico dos processos em curso nos

Tribunais e que, em nosso entender, deveria ser alterada.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

136

5. Outras acções na área do DAG

No ano de actividades 2009/2010, foram efectuadas no Departamento outras actividades

relevantes das quais se destacam as seguintes:

• Participação na elaboração do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e

Infracções Conexas, enviado ao Tribunal de Contas, à Inspecção-Geral dos

Serviços da Justiça e ao Gabinete do Senhor Ministro da Justiça.

• Participação na reunião na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça,

presidida pelo Senhor Secretário de Estado da Administração Pública com

a presença de dirigentes da Direcção-Geral da Administração e do

Emprego Público e do Ministério da Justiça, sobre matérias de recursos

humanos, nomeadamente procedimentos concursais, mobilidade interna e

SIADAP.

• Resposta a vários questionários que se prendem com a organização e

funcionamento do departamento de gestão financeira, patrimonial e de

recursos humanos, nomeadamente sobre:

- Utilização das tecnologias da informação e da comunicação na

Administração Pública, solicitado pela UMIC – Agência para a

Sociedade do Conhecimento.

- O levantamento do Controlo Operacional, solicitado pela

Inspecção-Geral dos Serviços da Justiça.

- O questionário da OCDE, sobre recursos humanos e

financeiros, solicitado pela Direcção-Geral da Administração e

do Emprego Público, através da Secretaria-Geral do Ministério

da Justiça.

- O custo de mão-de-obra – 2008, solicitado pelo Gabinete de

Estudos e Planeamento do INE, através da Circular

EIE/CM/12/2009.

• Elaboração de informações, propostas e pareceres avulsos em matérias

relacionadas com a área de actividade do DAG.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

137

• Foi prestada diversa informação à Inspecção-geral dos Serviços da Justiça,

no âmbito da Auditoria temática efectuada no ano de 2009, na fase de

elaboração do respectivo relatório.

• Realizou-se o acompanhamento da aplicação do SIADAP 2 e 3 ao CEJ e

foi enviado o respectivo relatório à Secretaria-Geral do Ministério da

Justiça.

Secção 2

Divisão de Informática e Multimédia (DIM)

A Divisão de Informática e Multimédia (DIM) é formado por 5 elementos, um deles o chefe de

divisão respectivo, com aptidões e funcionalidades distintas, dirigidas para funções específicas no

domínio da informática, multimédia e audiovisuais.

De acordo com as competências definidas para a Divisão, foram desenvolvidas e

implementadas, ao longo do ano de actividade, tarefas para assegurar a operacionalidade dos

sistemas informáticos e a sua adequação às necessidades do CEJ.

No âmbito das actividades de 2009/2010, o DIM desenvolveu as seguintes actividades:

a) Ao nível do Software

- No âmbito do e-learning, a DIM com a colaboração da FCCN (Fundação para a Computação

Cientifica Nacional) e do ITIJ (Instituto das Tecnologias da Informação), disponibilizou todos

os meios tecnológicos ao Departamento de formação para realização do curso piloto “As

Novas Tecnologias e os Tribunais”.

- Desactivação da infra-estrutura local de correio electrónico (Microsoft Exchange);

- Finalização da migração de todas as caixas de correio electrónico para a infra-estrutura de

Correio electrónico do Ministério da Justiça;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

138

- Actualização e manutenção do sítio de internet do CEJ;

- Concepção, desenvolvimento e implementação de aplicação para registo e gestão dos dados

relativos ao concurso de ingresso e da avaliação dos Magistrados do Tribunais

Administrativos e Fiscais;

- Melhoria da aplicação de registo e gestão dos dados relativos ao concurso de ingresso e da

avaliação dos Magistrados do Tribunais Judiciais;

- Implementação do servidor de ficheiros/impressão para apoio as unidades orgânicas do CEJ;

b) Ao nível do Hardware

- Contínua avaliação da cobertura rádio da rede sem fios nos dois pólos do CEJ;

- Reformulação da arquitectura da rede sem fios do CEJ;

- Acompanhamento e resolução de casos pontuais na rede informática e estações de trabalho

dos funcionários;

- Criação de espaço dedicado e refrigerado para alojar os equipamentos de comunicações e

os servidores;

- Renovação do parque informático, tendo resultado no abatimento de equipamento obsoleto

e, ou, sem reparação, e na modernização da sala de tecnologias de informação;

- Para assegurar o bom nível de desempenho dos equipamentos e das soluções informáticas

disponibilizadas, foram efectuados os seguintes contratos para prestação de serviços de

assistência técnica:

- Contrato de assistência da Lexmark (impressoras);

- Contrato de manutenção da Quadricard (Aplicação de relógio de ponto).

c) Ao nível dos Audiovisuais

- Na área de apoio audiovisual, a DIM continuou a prestar serviço regular de apoio audiovisual

as aulas da formação inicial e contínua, entre outros, eventos promovidos pelo CEJ de

acordo com protocolos institucionais, através da disponibilização de videoprojectores e

outros equipamentos de audiovisual.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

139

Parte III

Dados Dados Dados Dados EstatísticEstatísticEstatísticEstatísticosososos

IIII. . . . Concursos púConcursos púConcursos púConcursos públicos de blicos de blicos de blicos de iiiingresso nas Mngresso nas Mngresso nas Mngresso nas Magistraturasagistraturasagistraturasagistraturas

1. Vagas a concurso

Magistratura Total Curso

Magistratura Judicial 55 XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

Magistratura dos TAF 65 XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

Magistratura do Ministério Público 45 II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

Total 165

2. Candidatos, por fase

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Trib. Judiciais

II Curso de Formação de Magistrados para os Trib. Administrativos e Fiscais

Fase do concurso

Total Via das

habilitações académicas

Via da experiência profissional

Total Via das

habilitações académicas

Via da experiência profissional

Candidatos inscritos 1478 955 523 622 349 273

Candidatos em prova na fase escrita 1163 746 417 354 158 196

Candidatos admitidos à fase oral 338 230 108 194 52 142

Candidatos em prova na fase oral 316 213 106 179 43 136

Candidatos aprovados 157 103 54 101 30 71

Candidatos habilitados 120 84 36 45 12 33

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

140

IIIIIIII. . . . Formação Inicial TeóricoFormação Inicial TeóricoFormação Inicial TeóricoFormação Inicial Teórico----PráticaPráticaPráticaPrática

1. Destinatários da Formação Inicial (indicadores d e caracterização)

1.1. Auditores de Justiça

1.1.1.Número, por género (à data da admissão)

Curso Total Feminino Masculino

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 100 77 23

XXVIII Curso Normal (Tribunais Judiciais) 100 67 33

I Curso Especial (Ministério Público) 64 48 16

I Curso (Tribunais Administrativos e Fiscais) 25 16 9

Total 289 208 81

1.1.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)

Curso Total Licenciatura Mestrado Doutoramento

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 100 99 1 --

XXVIII Curso Normal (Tribunais Judiciais) 100 100 -- --

I Curso Especial (Ministério Público) 64 62 2 --

I Curso (Tribunais Administrativos e Fiscais) 25 23 2 --

Total 289 284 5 --

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

141

1.1.3. Número, por Distrito/Região Autónoma de residência (à data da admissão)

Distrito/Região Autónoma Total XXVII Curso

(TJ) XXVIII Curso

(TJ) I Curso

Especial (MP) I Curso (TAF)

Aveiro 12 5 4 3 --

Beja 2 -- 1 1 --

Braga 18 6 9 1 2

Bragança 1 1 -- -- --

Castelo Branco -- -- -- -- --

Coimbra 21 9 8 4 --

Évora 2 1 -- 1 --

Faro 5 3 1 1 --

Guarda 3 1 2 -- --

Leiria 8 3 3 2 --

Lisboa 86 30 27 21 8

Portalegre 1 -- 1 -- --

Porto 76 30 23 16 7

Santarém 4 1 1 2 --

Setúbal 15 3 1 4 7

Viana do Castelo 13 1 10 2 --

Vila Real 6 -- 5 -- 1

Viseu 12 5 1 6 --

R. A. dos Açores 4 1 3 -- --

R. A. da Madeira -- -- -- -- --

Total 289 100 100 64 25

1.2. Cooperantes

1.2.1. Número, por género

Curso TOTAL Masculino Feminino

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 23 11 12

XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) 24 16 8

I Curso Especial (Ministério Público) 8 7 1

Total 55 34 21

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

142

1.2.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)

Curso Total Licenciatura Mestrado Doutoramento

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 23 23 -- --

XXVIII Curso Normal (Tribunais Judiciais) 24 24 -- --

I Curso Especial (Ministério Público) 8 8 -- --

Total 55 55 -- --

1.2.3. Número, segundo o país de origem

País de origem Total XXVII Curso

(Tribs. Judiciais) XXVIII Curso

(Tribs. Judiciais) I Curso Especial (Min. Público)

Angola 25 8 9 8

Cabo Verde 8 4 4 --

Guiné-Bissau 9 5 4 --

Moçambique 11 5 6 --

São Tomé e Príncipe 2 1 1 --

Total 55 23 24 8

1.2.4. Número, segundo a Magistratura

Curso Total Magistratura

Judicial Magistratura do

Ministério Público

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 23 10 13

XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) 24 9 15

I Curso Especial (Ministério Público) 8 -- 8

Total 55 19 36

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

143

1.3. Observadores (Brasil)

1.3.1. Número, por género

Curso Total Masculino Feminino

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 1 1 --

XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) -- -- --

Total 1 1 --

1.3.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)

Curso Total Licenciatura Mestrado Doutoramento

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 1 1 -- --

XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) -- -- -- --

Total 1 1 -- --

1.3.3. Número, segundo a Magistratura

Curso Total Magistratura

Judicial Magistratura do

Ministério Público

XXVII Curso (Tribunais Judiciais) 1 1 --

XXVIII Curso (Tribunais Judiciais) -- -- --

Total 1 1 --

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

144

2. Docentes, consoante o regime

Docentes Em

15/09/2009 Em

14/09/2010

Magistrados Judiciais 9 10

Magistrados do Ministério Público 10 11

Outros 1 1

A tempo integral

Subtotal 22 22

Magistrados Judiciais 7 8

Magistrados do Ministério Público 3 3

Outros -- --

A tempo parcial

Subtotal 10 11

Total 32 33

3. Actividades

3.1. Actividades do I Ciclo

3.1.1. Número de Auditores

Curso Em

15/09/2009 Em

14/09/2010

XXVIII Curso (TJ) 100 97

I Curso (TAF) 25 25

I Curso Especial (Ministério Público) 64 63

Total 189 185

3.1.2. Número de personalidades convidadas – intervenientes

Personalidades convidadas Total

XXVIII Curso (TJ) 45

I Curso (TAF) 25

I Curso Especial (Ministério Público) 25

Total 95

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

145

3.2. Actividades do II Ciclo

3.2.1. Número de Auditores

Curso 15/09/2009 14/09/2010

XXVII Curso Normal 100 100

3.2.2. Número de formadores

Distrito Judicial Total MJ MP

Coimbra 40 17 23

Évora 34 12 22

Lisboa 48 17 31

Porto 49 18 31

TAF Norte 10 10

TAF Sul 17 17

Total 198 91 107

3.2.3. Classificação final/Graduação do XXVII Curso, por opção de Magistratura e segundo o género

Opção

Magistratura Judicial Ministério Público Classificação final (XXVII Curso)

TOTAL

Total Masc Fem Total Masc Fem

≥10 e <12 valores -- -- -- -- -- -- --

≥12 e <14 valores 46 20 2 18 26 5 21

≥14 e <16 valores 54 30 10 20 24 6 18

≥16 e <18 valores -- -- -- -- -- -- --

≥18 valores -- -- -- -- -- -- --

Total de vagas preenchidas 100 50 12 38 50 11 39

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

146

III. ActivIII. ActivIII. ActivIII. Actividades de Formação idades de Formação idades de Formação idades de Formação ContínuaContínuaContínuaContínua

1. Número de destinatários

Nº de

destinatários

Judiciais 1998

Administrativos e Fiscais 132 Magistrados

Ministério Público 1610

Subtotal de Magistrados 3740

Outros 786

Total 4526

2. Número de Docentes directamente envolvidos, cons oante o regime

Regime Total

A tempo inteiro 14

A tempo parcial 6

Total 20

3. Número de horas de formação

Tipo de acção Nº de horas

Cursos 480

Seminários e colóquios 112

Outras actividades ---

Total 592

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

147

IV.IV.IV.IV. Recursos Humanos Recursos Humanos Recursos Humanos Recursos Humanos

1. Efectivos Globais (em 14/09/2010)

Pessoal Em 15/09/2009

Em 14/09/2010

Dirigentes 7 6

Coordenadores regionais 8 10(2)

Docentes 20 22(3)

Pessoal técnico superior 6 7

Especialista de informática 1 3 Pessoal de informática

Técnico de informática 2 2

Pessoal assistente técnico 12 17

Pessoal de coordenação/chefia 6 6

Pessoal do quadro

Pessoal assistente operacional 13 13

Pessoal de outro quadro 3 0 Pessoal além do quadro Outro pessoal 3 3

Total 81 89

2 Estão incluídos os Coordenadores a tempo parcial: em 15/09/2009, eram 4; em 14/09/2010, eram 6, sendo que, destes, dois são os Coordenadores dos TAF Norte e TAF Sul, lugares preenchidos em 2010 em consequência do aumento do número de vagas para os magistrados dos TAF e a necessidade de assegurar a formação aos Auditores de Justiça do 2º Ciclo. 3 Aumento devido à elevação do número de vagas para Auditores de Justiça.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

148

2. Movimento de efectivos (de 15/09/2009 a 14/09/20 10)

2.1. Admissões

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Informática

Grupo de pessoal

Modalidade do vínculo T

OTAL

Dirige

nte

Coo

rden

adores

region

ais

Doc

entes

Técn

ico su

perio

r

Espe

cialista de inform

ática

Técn

ico de

inform

ática

Técn

ico e técn

ico profission

al

Coo

rden

ação

e che

fia

Ass

istente Té

cnico

Ass

istente Ope

racion

al

De ou

tro qu

adro

Outro pes

soal

Nomeação 6 -- -- -- 1 2 1 -- -- 2 -- -- --

Contrato administrativo de provimento

-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Contrato de trabalho -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Contrato de prestação de serviços

-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Transferência, requisição ou destacamento

-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Comissão de serviço 13 4 2 6 -- -- -- -- 1 -- -- -- --

Outras situações 2 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 1 -- 1

Total 21 4 2 6 1 2 1 -- 1 2 1 -- 1

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

149

2.2. Desligamentos

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Informática

Grupo de pessoal

Motivo do desligamento T

OTAL

Dirige

nte

Coo

rden

adores

region

ais

Doc

entes

Técn

ico su

perio

r

Espe

cialista de inform

ática

Técn

ico de

inform

ática

Técn

ico e técn

ico profission

al

Coo

rden

ação

e che

fia

Ass

istente Té

cnico

Ass

istente Ope

racion

al

De ou

tro qu

adro

Outro pes

soal

Falecimento -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Exoneração -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Aposentação 2 1 -- -- -- -- -- -- -- -- 1 -- --

Limite de idade -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Aposentação compulsiva -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Demissão -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Mútuo acordo -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Cessação da comissão de serviço

11 4 2 4 -- -- -- -- 1 -- -- -- --

Extinção do contrato 2 -- -- -- 2 -- -- -- -- -- -- -- --

Outros motivos 2 -- -- -- -- -- 1 -- -- -- -- -- 1

Total 17 5 2 4 2 -- 1 -- 1 -- 1 -- 1

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

150

2.3. Pessoal do quadro – Recrutamento e selecção por concurso

Informática

Situação dos concursos

Total

Técnico superior

Especialista informática

Técnico de informática

Coorde- nação e chefia

Assistente técnico

Assistente operacional

Concursos abertos 8 2 2 1 -- 2 1

Concursos concluídos 6 1 2 1 -- 1 1

Concursos pendentes 2 1 -- -- -- 1 --

3. Efectivos – Assiduidade (em dias, de 15/09/2009 a 14/09/2010)

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Informática

Grupo de pessoal

Motivo das faltas T

OTAL

Dirige

nte

Coo

rden

adores

region

ais

Doc

entes

Técn

ico su

perio

r

Espe

cialista de inform

ática

Técn

ico de

inform

ática

Técn

ico e técn

ico profission

al

Coo

rden

ação

e che

fia

Ass

istente Té

cnico

Ass

istente Ope

racion

al

De ou

tro qu

adro

Outro pes

soal

Maternidade/Paternidade 89 -- -- 61 -- -- 28 -- -- -- -- -- --

Falecimento de familiar 11 -- -- -- 4 -- -- -- -- 6 1 -- --

Doença 366 -- -- -- 25 40 -- -- 35 179 87 -- --

Assistência a familiares 66 -- -- -- 7 -- -- -- -- 26 33 -- --

Trabalhador estudante 6 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 6

Por conta do período de férias

128 -- -- -- 17 7 6 -- 10 41 46 -- 1

Outras 4 -- -- -- 3 -- -- -- -- -- 1 -- --

Total 670 -- -- 61 56 47 34 -- 45 252 168 -- 7

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

151

4. Trabalho extraordinário, processado e pago

Trabalho extraordinário4

Trabalho em dias de descanso semanal e

complementar3 Pessoal Nº de horas

Montante pago (€)

Nº de horas

Montante pago (€)

Dirigentes -- -- -- --

Coordenadores regionais -- -- -- --

Docentes -- -- -- --

Pessoal técnico superior 169 2.236,78 64 727,02

Técnico de informática -- -- 37,5 935,06 Pessoal de informática

Técnico especialista 70,5 1.877,17 21,5 794,25

Pessoal de coordenação/chefia -- -- 238,3 1744,64

Assistente administrativo 291,5 1.619,92 144,5 1155,67

Pessoal do quadro

Assistente operacional 1276 5.344,22 255 1662,49

Pessoal de outro quadro -- -- -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal 180,5 1714,52 38 220,98

TOTAL 1987,5 12.792,61 798,8 7240,11

4 Este trabalho foi realizado durante o período do concurso para preenchimento das vagas dos candidatos a Magistrados, tendo decorrido durante os fins de semana, feriados e nos dias de semana até às 2 ou 3 horas da manhã, sendo certo que o início do exercício da actividade se processou, a maior parte das vezes, às 8 da manhã.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

152

5. Efectivos, segundo a mais elevada habilitação ac adémica (em 14/09/2010)

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Informática

Grupo de pessoal

Escolaridade T

OTAL

Dirige

nte

Coo

rden

adores

region

ais

Doc

entes

Técn

ico su

perio

r

Espe

cialista de inform

ática

Técn

ico de

inform

ática

Técn

ico e técn

ico profission

al

Coo

rden

ação

e che

fia

Ass

istente Té

cnico

Ass

istente Ope

racion

al

De ou

tro qu

adro

Outro pes

soal

Menos de 4 anos -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

4 anos de escolaridade 3 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 3 -- --

6 anos de escolaridade -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

9 anos de escolaridade 8 -- -- -- -- -- -- -- -- 4 4 -- --

11 anos de escolaridade 12 -- -- -- -- -- -- -- 3 6 2 -- 1

12 anos de escolaridade 14 -- -- -- -- -- 2 -- -- 6 4 -- 2

Bacharelato 1 -- -- -- -- 1 -- -- -- -- -- -- --

Licenciatura 41 4 4 20 7 2 -- -- 3 1 -- -- --

Mestrado 4 -- -- 2 -- -- -- -- 2 -- -- -- --

Doutoramento -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Total 83 4 4 22 7 3 2 -- 8 17 13 -- 3

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

153

6. Formação de efectivos

6.1. Número de participantes e de horas de formação, consoante o local da acção

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Informática

Grupo de pessoal

Nº de participantes e nº de horas T

OTAL

Dirige

nte

Coo

rden

adores

region

ais

Doc

entes

Técn

ico su

perio

r

Espe

cialista de inform

ática

Técn

ico de

inform

ática

Técn

ico e técn

ico profission

al

Coo

rden

ação

e che

fia

Ass

istente Té

cnico

Ass

istente Ope

racion

al

De ou

tro qu

adro

Outro pes

soal

Acções internas -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Acções externas 9 -- -- -- 1 1 -- -- 1 5 1 -- -- Nº de partici- pantes

Total 9 -- -- -- 1 1 -- -- 1 5 1 -- --

Acções internas -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Acções externas 170 -- -- -- 30 30 -- -- 14 82 14 -- -- Nº de horas

Total 170 -- -- -- 30 30 -- -- 14 82 14 -- --

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

154

6.2. Áreas abrangidas (em horas)

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Informática

Grupo de pessoal

Área de formação T

OTAL

Dirige

nte

Coo

rden

adores

region

ais

Doc

entes

Técn

ico su

perio

r

Espe

cialista de inform

ática

Técn

ico de

inform

ática

Técn

ico e técn

ico profission

al

Coo

rden

ação

e che

fia

Ass

istente Té

cnico

Ass

istente Ope

racion

al

De ou

tro qu

adro

Outro pes

soal

Bibliobase – Kardex 6 -- -- -- -- -- -- -- -- 6 -- -- --

Regime do contrato de tra- balho em funções públicas

42 -- -- -- -- -- -- -- -- 42 -- -- --

Novos regimes de vincula- ção, carreiras e remunera-

ções na Adm. Pública 28 -- -- -- -- -- -- -- 14 -- 14 -- --

A entrevista de avaliação de competências

30 -- -- -- 30 -- -- -- -- -- -- -- --

Comunicações e redes 30 -- -- -- -- 30 -- -- -- -- -- -- --

Novo modelo de gestão de recursos humanos na

Adm. Pública 6 -- -- -- -- -- -- -- -- 6 -- -- --

Gestão de arquivos correntes

28 -- -- -- -- -- -- -- -- 28 -- -- --

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

155

7. Distribuição de Efectivos afectos

7.1. Centro de Documentação

Efectivos afectos Em

15/09/2009 Em

14/09/2010

Direcção 1 1

Coordenação e chefia 1 1

Técnico superior 2 2

Assistente técnico 2 2 Pessoal do quadro

Assistente operacional -- --

Pessoal de outro quadro -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal -- --

TOTAL 6 6

7.2. Divisão de Informática e Multimédia

Efectivos afectos Em

15/09/2009 Em

14/09/2010

Director 1 1

Coordenação e chefia 1 1

Especialista de informática 1 3

Técnico de informática 2 2 Pessoal do quadro

Assistente técnico 1 1

Pessoal de outro quadro -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal -- --

TOTAL 6 8

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

156

7.3. Departamento de Relações Internacionais

Efectivos afectos Em

15/09/2009 Em

14/09/2010

Coordenador 1 1

Coordenador de projecto 2 2

Técnico superior 1 1

Assistente técnico -- -- Pessoal do quadro

Assistente operacional -- --

Pessoal de outro quadro -- -- Pessoal além do quadro Outro pessoal -- --

TOTAL 4 4

8. Actividade Administrativa

8.1. Número de documentos entrados

Total

Correio 5814 Nº de documentos entrados

Fax 986

Correio 1717

Nº de documentos expedidos Faxes expedidos na Secção Pessoal

415

Fotocópias produzidas5 4.249.456

5 De 1 de Setembro de 2009 a 31 de Agosto de 2010

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

157

8.2. Número de certidões emitidas

Total

Nº de certidões emitidas --

8.3. Número de contratos

Aquisições Contratos (escritos)

Nº de pessoas/entidades Bens Serviços

Celebrados 5 2 3 *

Rescindidos 7 -- 7 **

Renovados 12 -- 12 ***

Em vigor 17 2 15

****Contratos celebrados:Contratos celebrados:Contratos celebrados:Contratos celebrados: - Serviço de limpeza na Sede, Escadinhas de s. Crispim, Porto e Coimbra - Serviço de vigilância e segurança na Sede e Escadinhas de S. Crispim - Serviço de manutenção preventiva e correctiva de ar condicionado ********Contratos rescindidos:Contratos rescindidos:Contratos rescindidos:Contratos rescindidos: - Serviço de limpeza na Sede - Serviço de limpeza nas escadinhas de S. Crispim - Serviço de limpeza Coimbra - Serviço de vigilância e segurança na Sede - Serviço de vigilância e segurança nas Escadinhas de S. Crispim - Contratação em regime de trabalho temporário no âmbito do projecto CITIUS - Serviço de manutenção preventiva de ar condicionado ***Contratos***Contratos***Contratos***Contratos renovados: renovados: renovados: renovados: - Serviço de manutenção de instalações Sede e Escadinhas de S. Crispim - Contrato de arrendamento das instalações da Delegação de Coimbra - Serviço de transmissão dados Porto - Serviço de transmissão dados internet - Serviço de manutenção de elevador - Serviço de manutenção do Sistema de Elaboração da Conta de Gerência - Serviço de manutenção da aplicação SrhPlus – Recibo de vencimento - Serviço de assistência técnica de Software do relógio de ponto - Serviço de manutenção da central telefónica - Serviço de segurança e higiene no trabalho - Produção de revistas do CEJ - Serviço de assistência técnica e manutenção de fotocopiadoras

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

159

AnexoAnexoAnexoAnexo

Estudo Concursos de Ingresso para os XXIX Curso Normal de Formação de Magistrados para os

Tribunais Judiciais e II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (números gerais)

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

161

1. Candidatos inscritos, por curso e género

Sexo Curso de formação de Magistrados Feminino Masculino

Total

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

1059 419 1478

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

377 245 622

Gráfico Candidatos inscritos no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais, por género

Feminino71,7%

Masculino28,3%

Gráfico Candidatos inscritos no concurso para ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais, por género

Feminino60,6%

Masculino39,4%

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

162

2. Candidatos inscritos, por curso e idade 6

Curso de formação de Magistrados 18

a 24

anos

25 a 29

anos

30 a 34

anos

35 a 39

anos

40 a 44

anos

45 a 49

anos

50 a 54

anos

55 a 59

anos

≤60

ano

s

Total

Méd

ia

XXIX Curso de Formação de Magistrados TJ

78 487 393 275 118 87 29 10 1 1478 33,0 anos

II Curso de Formação de Magistrados TAF

16 131 175 130 71 62 27 8 2 622 35,7 anos

Gráfico

Candidatos inscritos no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, por escalão etário (em %)

25 a 29 anos32,9%

30 a 34 anos26,6%

35 a 39 anos18,6%

40 a 44 anos8,0%

≤60 anos0,1%

18 a 2 4 anos5,3%

50 a 54 anos2,0%

55 a 59 anos0,7%

45 a 49 anos5,9%

Gráfico Candidatos inscritos no concurso para ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais, por escalão etário (em %)

25 a 29 anos21,1%

30 a 34 anos28,1%

35 a 39 anos20,9%

40 a 44 anos11,4%

45 a 49 anos10,0%

55 a 59 anos1,3%

50 a 54 anos4,3%

18 a 2 4 anos2,6%

≤60 anos0,3%

6 Calculada tendo por referência a data de abertura dos concursos de ingresso (9 de Março de 2010).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

163

3. Candidatos inscritos, por curso e actividade pro fissional7 XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

Actividade profissional Nº %

Advogado/a 918 62,1%

Jurista 190 12,9%

Funcionário/a judicial 89 6,0%

Agente de forças ou serviços de segurança/Militar8 73 4,9%

Representante/Substituto do Ministério Público 49 3,3%

Estudante 20 1,4%

Docente 12 0,8%

Funcionário/a de banca/seguros 10 0,7%

Funcionário/a dos registos e notariado 11 0,7%

Administrativo/a 8 0,5%

Formador/a 8 0,5%

Solicitador/a 7 0,5%

Mediador/a ou Juiz/a de paz 6 0,4%

Funcionário/a da área tributária e alfândegas 5 0,3%

Inspector/a da Administração Pública 4 0,3%

Investigador/a científico 1 0,1%

Perito/a-Avaliador/a 1 0,1%

Técnico/a de reinserção social 1 0,1%

Outras/Diversas (não jurídicas e não forenses ou conexas) 21 1,4%

Actividade profissional não especificada 14 0,9%

Desempregado/a 14 0,9%

Não respondeu 35 2,4%

7 Chama-se a atenção para o facto de alguns dos candidatos terem indicado duas actividades profissionais (cerca de 24 candidatos). Na impossibilidade de determinar qual a mais importante, contabilizaram-se esses candidatos em todas as actividades profissionais que indicaram, sendo essa a razão para que os totais, caso sejam calculados, não coincidirem nem com o número total de candidatos, nem com o valor de 100%. 8 Inclui os agentes das forças ou serviços de segurança previstos no art.º 25º da Lei nº 53/2008, de 29 de Agosto (Lei de Segurança Interna e membros das Forças Armadas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

164

Gráfico

Candidatos inscritos no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, por actividade profissional

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0%

Advogado/a

Jurista

Funcionário/a judicial

Agente forças/serviços segurança/Militar

Rep./Sub. do Min. Público

Estudante

Docente

Funcionário/a de banca/seguros

Func. registos e notariado

Administrativo/a

Formador/a

Solicitador/a

Mediador(a)/Juiz(a) de paz

Func. área tributária e alfândegas

Inspector/a Adm. Pública

Investigador/a científico

Perito/a-Avaliador/a

Técnico/a de reinserção social

Outras/Diversas

Não especificada

Desempregado/a

Não respondeu

% sobre o total de candidatos

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

165

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

Actividade profissional Nº %

Advogado/a 300 48,2%

Jurista 140 22,5%

Funcionário da área tributária e alfândegas 36 5,8%

Funcionário judicial 34 5,5%

Agente de forças ou serviços de segurança/Militar 17 2,7%

Estudante 9 1,4%

Docente 8 1,3%

Funcionário dos registos e notariado 7 1,1%

Representante/Substituto do Ministério Público 7 1,1%

Administrativo/a 6 1,0%

Representante da Fazenda Pública 6 1,0%

Formador 4 0,6%

Funcionário de banca/seguros 4 0,6%

Inspector/a da Administração Pública 4 0,6%

Mediador/Juiz de paz 3 0,5%

Solicitador 3 0,5%

Outras/Diversas (não jurídicas e não forenses ou conexas) 13 2,1%

Actividade profissional não especificada 15 2,4%

Desempregado/a 7 1,1%

Não respondeu 11 1,8%

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

166

Gráfico

Candidatos inscritos no concurso para ingresso no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, por actividade profissional

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0%

Advogado/a

Jurista

Func. área tributária e alfândegas

Funcionário judicial

Agente forças/serviços segurança/Militar

Estudante

Docente

Func. registos e notariado

Rep./Sub. do Ministério Público

Administrativo/a

Representante da Fazenda Pública

Formador

Funcionário de banca/seguros

Inspector/a Adm. Pública

Mediador/Juiz de paz

Solicitador

Outras/Diversas

Não especificada

Desempregado/a

Não respondeu

% sobre o total de candidatos

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

167

4. Candidatos inscritos pela via académica, por uni versidade de licenciatura

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais Natureza da universidade Universidade Nº % Nº %

Inst. Sup. Bissaya Barreto 3 0,3% 1 0,3%

U. Autónoma 61 6,4% 26 7,4%

U. Católica 120 12,6% 28 8,0%

U. Independente 2 0,2% 2 0,6%

U. Internacional 28 2,9% 12 3,4%

U. Livre 1 0,1% 1 0,3%

U. Lusíada 73 7,6% 35 10,0%

U. Lusófona 24 2,5% 9 2,6%

U. Moderna 54 5,7% 34 9,7%

Universidades particulares

U. Portucalense 36 3,8% 13 3,7%

Subtotal (univs. particulares) 402 42,1% 161 46,1%

U. de Coimbra 185 19,4% 53 15,2%

U. de Lisboa 231 24,2% 79 22,6%

U. do Minho 72 7,5% 35 10,0%

U. Nova de Lisboa 8 0,8% 5 1,4%

Universidades públicas

U. do Porto 53 5,5% 14 4,0%

Subtotal (univs. públicas) 549 57,5% 186 53,3%

U. Estrangeiras9 4 0,4% 2 0,6%

Subtotal (univs. estrangeiras) 4 0,4% 2 0,6%

Total 955 100,0% 349 100,0%

9 Encontram-se aqui referidas a Faculdade Milton Campos (Brasil), a Universidade de Santa Úrsula (Brasil), a Universidade do Passo Fundo (Brasil), a Universidade de Macau e uma universidade francesa não identificada.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

168

Gráfico Candidatos inscritos pela via académica no concurso para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e no II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, por universidade de licenciatura

0

50

100

150

200

250

Inst. S

up. Bissaya B

arreto

U. Autónoma

U. Católica

U. Independente

U. Internacional

U. Livre

U. Lu

síada

U. Lusófona

U. Moderna

U. Portucalense

U. de Coim

bra

U. de Lisboa

U. do

Minho

U. Nova de Lisboa

U. do Porto

U. Estrangeiras

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

169

5. Candidatos habilitados, por universidade de lic enciatura

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais Natureza da universidade Universidade Nº % Nº %

Inst. Sup. Bissaya Barreto -- -- -- --

U. Autónoma 2 1,7% 1 2,2%

U. Católica 27 22,5% 10 22,2%

U. Independente -- -- 1 2,2%

U. Internacional -- -- 2 4,4%

U. Livre -- -- -- --

U. Lusíada 3 2,5% 3 6,7%

U. Lusófona 1 0,8% -- --

U. Moderna 1 0,8% 3 6,7%

Universidades particulares

U. Portucalense 5 4,2% 2 4,4%

Subtotal (univs. particulares) 39 32,5% 22 48,9%

U. de Coimbra 32 26,7% 7 15,6%

U. de Lisboa 28 23,3% 9 20,0%

U. do Minho 8 6,7% 4 8,9%

U. Nova de Lisboa 2 1,7% -- --

Universidades pública

U. do Porto 11 9,2% 3 6,7%

Subtotal (univs. públicas) 81 67,5% 23 51,1%

U. Estrangeiras -- -- -- --

Subtotal (univs. estrangeiras) -- -- -- --

Total 120 100,0% 45 100,0%

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

170

Gráfico Candidatos habilitados para ingresso no XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e no II Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, por universidade de licenciatura

0

5

10

15

20

25

30

35

Inst. S

up. Bissaya B

arreto

U. Autónoma

U. Católica

U. Independente

U. Internacional

U. Livre

U. Lusíada

U. Lusófona

U. Moderna

U. Portucalense

U. de Coim

bra

U. de Lisboa

U. do Minh

o

U. Nova de Lisboa

U. do Porto

U. Estrangeiras

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2009/2010

171

6. Candidatos inscritos que prestaram provas escrit as e orais

Curso de formação de Magistrados

Provas escritas

Provas orais

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

1163 316

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

354 179

7. Candidatos por resultados de avaliação psicológi ca

Curso de formação de Magistrados

Com parecer favorável

Com parecer não favorável

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

277 6

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

32 1

Total 309 7

8. Candidatos por resultado final do concurso

Curso de formação de Magistrados

Candidatos habilitados

Candidatos aprovados

Candidatos excluídos

XXIX Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

120 157 1201

II Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

45 101 476