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“Eu ouço as vozes, eu vejo as cores, eu sinto os passos, de outro Brasil que vem aí.” Assim começa o poema de Gilberto Freyre recitado por leitores aficionados, escri-tores, jornalistas, crianças e adultos durante a Flip 2010. O registro dessa experiência foi captado pelas lentes dos jovens paratienses e pode ser assistido no blog da FlipZona.
Reunindo adolescentes e jovens, a FlipZona, programa de inclusão digital e incentivo à leitura, é um símbolo da materialização do enraiza-mento da Flip na vida coti-diana de Paraty. Enraizamento este fundamentado no que a cidade tem de mais singular: sua vocação para encontrar dentro de si soluções cria-tivas para seus problemas. Os jovens reinterpretando os cinco dias, linkando Gilberto Freyre às pedras, aos rios, às pessoas e sentimentos
que afloram durante a Flip, fazem de Paraty sua principal personagem, fortalecendo cada vez mais a permanência da Flip no território. Afinal, eventos culturais funcionam como um ritual de exposição dos elementos identitários de um povo, exatamente o tema que perpassa a obra de Gilberto Freyre, home-nageado deste ano.
Com seus 113 convidados e mais de 20 mil visitantes de todas as partes do mundo, a Flip repercutiu intensa-mente na mídia nacional e internacional, sendo consi-derada um dos mais signi-ficativos festivais literários no mundo. A palavra atua livremente, promovendo encontros, fomentando mudanças e novas percepções a respeito do território, não só por meio da literatura, mas também pela arqui-tetura. A implantação das tendas, que se abrem para o rio, valoriza a paisagem e a relação histórica da cidade com a água, sensibilizando visitantes e paratienses.
Vozes da mudança
São também evidências do sucesso desse processo o aporte da Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a introdução da Hora de Leitura na grade curri-cular das escolas públicas de Paraty e o apoio da Secretaria Municipal de Educação ao projeto Mar de Leitores, reafirmando a importância do apoio institucional para a consolidação dessas ações de impacto duradouro.
Que as experiências e trocas ocorridas nos cinco dias da festa continuem a enraizar ações permanentes ao longo de todo o ano e a iluminar propostas criativas capazes de contribuir para o desenvolvi-mento sustentável de Paraty.
Mauro MunhozDiretor-PresidenteAssociação Casa Azul
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Vozes da mudança
A casa que hospeda a Flip
Flip
Flipinha
FlipZona
Comunicação
Flip em números
Convidados
Parceiros
Ficha técnica
A crítica como celebração
Homenagem
Conferência de abertura
Show de abertura
Flip – Casa da Cultura
Oficina literária
A cidade criativa
Programação
Introdução
Destaques da programação
Programação
Bibliotecas
Introdução
Programação e convidados
Oficinas
Programação
Mídia espontânea
Internet
Peças gráficas
Anúncios
Sinalização
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bido com a participação de mais de quarenta entidades públicas e privadas da cidade. Uma dessas propostas é o restauro e a requalificação da Praça da Matriz de Paraty, já apoiada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pelo BNDES e pela Prefeitura Municipal. A intervenção propõe não apenas a transfor-mação dos aspectos físicos do espaço, mas principalmente a valorização de manifestações culturais e tradições locais.
Com projetos como esse, a Casa Azul liga o centro histó-rico à periferia da cidade, incita a população a se apro-priar do espaço urbano e cumpre sua missão tridimen-sional, conectando o território à cultura e à educação.
privadas. As atividades da Associação começaram pelo território, com o projeto de Requalificação Urbana dos Espaços Públicos de Borda d’Água de Paraty. Como a urbes é o espaço concreto de atuação das forças vivas da sociedade organizada, esse projeto inicial desdobrou-se em muitos outros.
Na dimensão cultural, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) não potencia-liza apenas a literatura, mas engendra transformações tanto na cidade como na forma de apropriação dos espaços públicos pelos para-tienses. Assim, ela se tornou o epicentro dos projetos direcionados às áreas de infra-estrutura urbana, valorização do patrimônio e educação.
Da interação com a popu-lação, resultaram pelo menos dois outros eventos na dimensão educacional: a Flipinha, ápice de um trabalho socioeducativo conduzido pela Casa Azul durante todo o ano junto às escolas da região; e a FlipZona, criada em 2009 com o objetivo de estimular o inte-resse dos jovens pela literatura a partir de novas tecnologias. Esse espaço permanece vivo durante o ano na própria Casa Azul, que, em 2009, foi designada como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, o que a autoriza a desenvolver ações de capaci-tação de agentes culturais.
A Casa Azul está na origem de várias outras propostas dentro do Plano de Desenvolvimento do Turismo Cultural de Paraty, também conhecido como Mar de Cultura, um plano conce-
A casa que hospeda a Flip
O território, a educação e a cultura: estas são as três dimensões do trabalho da Associação Casa Azul, criada a partir de ações iniciadas em 1994 e reconhecida como Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Entre os seus desa-fios destacam-se a revita-lização urbana sustentável, o aprimoramento da quali-dade de vida dos cidadãos, a promoção do turismo sensível aos valores da cultura local e a conservação do patri-mônio arquitetônico e dos ecossistemas naturais.
Para isso, a Casa Azul empe-nhou-se em colocar todo o conhecimento de seu corpo técnico a serviço dos anseios da população e sempre buscou aproximar desses anseios as instituições públicas e
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Ferreira Gullar
“Você é o Benjamin? Olhe, você precisa ler mais Freyre, viu?” Quem diz a frase é Sonia Freyre, filha do home-nageado Gilberto Freyre, para o crítico americano Benjamin Moser, autor convidado da Flip 2010. Moser havia escrito um artigo com reparos à obra de Freyre num jornal de São Paulo. Sonia quis entender os motivos. Menos de cinco minutos depois, estavam aos abraços e gargalhando juntos. A cena resume o espí-rito da Flip 2010: crítico e confrontador no campo das ideias, fraterno e conci-liador no terreno das rela-ções entre as pessoas.
Na homenagem a Gilberto Freyre, a crítica serviu de estímulo: poucas vezes na Flip se viu confronto tão franco de pontos de vista e uma plateia tão participante. Como se disse muitas vezes em Paraty, o pensamento questionador, mais que a louvação, é sinal efetivo de que as ideias do autor seguem vivas e provocando reações. O espírito confrontador também deu o tom de discus-sões de repercussão inter-nacional, como a que opôs Salman Rushdie ao crítico britânico Terry Eagleton. Ou a que norteou a conversa entre a iraniana Azar Nafisi e o israelense A. B. Yehoshua. A opinião assertiva de cada um sobre os regimes totalitários, somada à fina cultura literária e à doçura que se estabeleceu de parte a parte, resultou numa das mesas antológicas da Flip. No mesmo patamar, talvez, da homenagem aos oitenta anos de Ferreira Gullar.
Se não é possível nesse espaço curto lembrar os momentos memoráveis de cada mesa, que fique então a memória desta cena: um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos no palco, disfar-çando com dificuldade as lágrimas, agradecendo a efusão de um público que se recusa a ir embora, e a voz que irrompe da plateia: “Obrigado a você por existir”.
Flávio MouraDiretor de Programação
A crítica como celebração
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Homenagem
O cafuné, o bicho-do-pé, a rede de dormir e a cerveja foram temas de microensaios de Gilberto Freyre, o home-nageado da Flip 2010, que também chamou a caipirinha de “bebida miscigenada” e o futebol brasileiro de “futebol mulato”. E a literatura?
A justa homenagem, pois, incluiu a conferência de aber-tura, três mesas de debates na Tenda dos Autores, várias atividades na Casa da Cultura e uma exposição sobre a vida e a obra do autor, com mate-rial inédito do acervo cedido pela Fundação Gilberto Freyre.
Reuniu especialistas em Freyre a sociólogos, historiadores e críticos literários, gente do calibre de um Benjamin Moser ou de um José de Souza Martins, tudo sob a curadoria da historiadora Maria Lúcia Pallares-Burke.
Embora não tenha sido propriamente um ficcionista, como os homenageados de outras Flips, o sociólogo pernambucano foi o mais literário dos pensadores sociais brasileiros. “Teu poema, Gilberto, será minha eterna dor de corno”, gemeu Manuel Bandeira em 1926, logo depois de ler o pequeno impresso que Freyre lhe reme-tera e que continha o poema “Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados”. O próprio Freyre definiu--se claramente: “A escrita é meu veículo. Vaidosamente ou não, considero-me um escritor literário, com uma forma literária de expressão”.
Até o show de abertura da Flip 2010 inspirou-se no conceito freyriano do “equi-líbrio de opostos”. A mesti-çagem vista como vantagem, e não defeito, a ênfase sobre a cultura em detrimento da raça, a inovação ao abordar temas da vida cotidiana do brasileiro, as virtudes inegá-veis de prosador – tudo isso está consolidado acima de quaisquer resistências ao polêmico autor. Em sua oitava edição, a Flip homenageou um escritor que fez do Brasil o seu principal personagem.
Peter Burke Maria Lúcia Pallares-Burke Alberto da Costa e Silva
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Luiz Felipe de Alencastro
Por uma noite, a Paraty colonial hospedou as duas escolas predominantes na formação do pensamento do Brasil a respeito de si mesmo: a do autor de Casa--grande & senzala, Gilberto Freyre, e a dos sociólogos da Universidade de São Paulo, representados por um de seus mais ilustres integrantes, Fernando Henrique Cardoso, que fez a conferência de abertura da Flip 2010.
O conferencista não se negou ao encontro. Revisitou seu passado de sociólogo e apontou equívocos na leitura de Freyre pela Escola Paulista de Sociologia. Para o grupo da USP, explicou, o pernambu-cano havia sido mais ensaísta que cientista – “e nós adorá-vamos ser vistos como cien-tistas, tanto que andávamos de avental branco”. Mas, na preparação para a confe-rência, releu Gilberto Freyre e constatou, com surpresa, sua contemporaneidade.
“Nós o julgávamos um pouco sumariamente como cien-tista, mas, ao ler com mais cuidado sua obra, constatei que ele também conhecia os métodos científicos, como a sociometria”, disse Fernando Henrique, lembrando que Freyre teve acesso direto aos maiores antropólogos do seu tempo e também teve uma boa formação lite-rária, na convivência com os modernistas brasileiros e com a literatura europeia.
Dando a entender que a obra maior de Freyre foi desprezada por haver sido escrita como literatura e não como disser-tação acadêmica, o célebre conferencista cedeu, então, a palavra ao sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que passou a alinhar as fragilidades do homenageado. O contra-ponto de Freyre, apontou, foi Sérgio Buarque de Holanda, ao publicar seu Raízes do Brasil, em 1936, apenas três anos após a aparição de Casa-grande & senzala. Nessa comparação, afirmou, é fácil criticar Gilberto Freyre.
Mas reconheceu que a quali-dade literária deu perenidade ao homenageado da Flip 2010: “Era um cosmopolita, muito mais complexo do que simplesmente um ensaísta, e seu trabalho foi precisamente o de dizer quem somos”.
Conferência de Abertura
Fernando Henrique Cardoso
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Show de abertura“Equilíbrio de opostos” – a expressão cara a Gilberto Freyre – foi o tema subja-cente ao show de abertura da Flip 2010, que teve início com uma saudação de Liz Calder, idealizadora da Festa Literária, e com as boas--vindas do prefeito de Paraty, José Carlos Porto Neto.
Sob a direção artística do maestro Arthur Nestrovski, que equilibrou os opostos, unindo o popular ao erudito, apresentaram-se Edu Lobo, Renata Rosa, Marcelo Jeneci e o Quarteto de Cordas da Academia da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
O público ouviu clássicos como “Assum preto” e “Noite de São João”, de Luiz Gonzaga, recordou sucessos de Edu Lobo e Chico Buarque, como “Beatriz” e “Choro bandido”, e conheceu novas canções, como a “Marcha do donzel”, uma parceria entre Renata Rosa e o escritor Ariano Suassuna. O fecho de ouro foi uma série de pérolas produzidas a quatro mãos por Edu e Chico.
Entre a Tenda do Telão e a Tenda de Autógrafos, o artista visual Feco Hamburguer instalou sua parafernália para captar o calor da multidão com uma câmera térmica. Durante o show, o artista manobrou sua câmera e projetou as imagens resul-tantes em um grande painel de LED em alta resolução, traduzindo a energia invi-sível dos corpos para as cores do espectro visível. Propôs, assim, outra percepção da realidade, reverberando a multiplicidade do real. Nada mais apropriado para uma Flip inspirada em Gilberto Freyre.
Renata Rosa,Arthur Nestrovski e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp
Edu Lobo
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“Escrever é sempre um fracasso”, foi logo avisando o escritor peruano Julio Villanueva Chang, que conduziu a Oficina Literária da Flip 2010, convencido de que ninguém sairia dali escre-vendo bem. Sua esperança era de que os 31 partici-pantes, na maioria cariocas e paulistanos, saíssem da experiência com um sentido de autocrítica mais apurado. “Envergonhem-se do que escrevem”, aconselhou. “Se apenas sete de vocês desco-brirem essa sensação, serei o homem mais rico do mundo.”
Fundador da revista cultural Etiqueta Negra, Villanueva é um especialista em perfis – justamente o tema da Oficina deste ano, para a qual
“Fazer perfis é uma atividade perigosa, algo que fica entre a compaixão e a crueldade, pois não é possível controlar uma eventual visão nega-tiva do retratado”, advertiu Villanueva, que, por isso mesmo, chamou seu último livro de perfis de Elogios criminales. Para escrever um perfil, disse, é preciso ser “observador, curioso, atencioso e paciente”, pois só assim o escritor saberá reconhecer aparentes bana-lidades que farão do texto mais do que mera descrição: “Uma coisa é falar sobre o mistério, outra é transmitir a sensação do mistério”. Em tempos de internet e Twitter, o desafio de prender a atenção do leitor cresce exponencial-mente, lembrou: a descrição emocionante supera, de longe, o mero relato noticioso.
ele preparou a apostila De perto, nada é estranho, uma instigante mistura de textos banais, acidentes jornalís-ticos, histórias em quadrinhos e famosos perfis literários. Em três encontros de hora e meia, a Oficina explorou um conjunto de cinquenta textos – inclusive “Sinatra está resfriado”, a reportagem que se tornou um modelo para gerações de jornalistas e que introduziu o gênero do jornalismo literário. O perfil do cantor foi escrito nos anos 1960 pelo jornalista esta-dunidense Gay Talese, uma das estrelas da Flip 2009.
Oficina Literária
Julio Villanueva Chang
A cultura é múltipla, abran-gente, diversa. Não cabe só na Tenda dos Autores. É por isso que a Casa da Cultura abriga, durante a Flip, uma mistura de gêneros e formatos literários e culturais variados: saraus, exibição de filmes, lançamentos de livros, exposições, tertúlias literárias e muito mais.
Em 2010, abrigou duas novi-dades: o Jogo de Ideias e a exposição Autores e Artistas: Interações, ambas com curadoria do Instituto Itaú Cultural. O Jogo de Ideias foi uma série de oito encontros entre escritores, onde um entrevista outro, esse outro entrevista um terceiro e assim sucessivamente. Para essas “partidas” foram escalados vários “jogadores” do primeiro time das letras: Frei Betto,
Cristovão Tezza, Luiz Ruffato, José Castello e duas estrelas da programação principal da Flip 2010, Benjamin Moser e Berthold Zilly, entre outros.
A outra novidade foi a expo-sição de 22 obras da coleção Brasiliana Itaú. Eram edições de grandes autores brasileiros, ilustradas por reconhecidos artistas plásticos. Entre elas, um livro de Machado de Assis ilustrado por Cândido Portinari, um de Affonso Arinos por Lívio Abramo, um de Mário de Andrade por Caribé e um de Jorge Amado por Di Cavalcanti.
A Casa da Cultura também exibiu os documentários Gilberto Freyre, o Cabral moderno, do cineasta Nelson Pereira dos Santos, e Dias de caiçara, do jornalista e fotógrafo Vito d’Alessio, este com registros inéditos da música e do estilo de vida dos habitantes praianos, sob a direção musical do compo-sitor paratiense Luís Perequê.
Flip – Casa da CulturaFreyre também foi discutido numa mesa com os historia-dores Peter Burke, Joaquim Falcão e Rosa Maria Araújo. E a editora Global chamou o ator Dan Stulbach para ler, na Casa da Cultura, trechos da obra que lançou na Flip: um livro inédito de memórias do sociólogo pernambu-cano, De menino a homem.
A Casa também recebeu o escritor William Gordon, com participação surpresa de Isabel Allende. Na ocasião, Gordon falou sobre seu romance policial O anão, que acaba de ser traduzido para o portu-guês; e o editor da revista cultural peruana Etiqueta Negra, Julio Villanueva Chang, deu uma palestra sobre sua especialidade – o jorna-lismo literário, tema sobre o qual ministrou aulas na Oficina Literária da Flip.
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“Os governantes querem votos, os empresários querem lucros e o povo quer viver bem”, ponderou o músico e ativista cultural Luís Perequê. Como conciliar esses interesses aparentemente conflitantes? Uma resposta múltipla surgiu no debate entre Perequê, a economista Ana Carla Fonseca e o urbanista Victor Zveibil. Os três pensadores da “cidade criativa”, tema da Mesa Zé Kleber deste ano, parecem concordar que só com criatividade uma cidade pode passar seu futuro a limpo, projetar a si mesma no tempo e se colocar com clareza na imaginação de seus habitantes e governantes.
Ana Carla, que contribuiu com um estudo sobre o assunto em treze países, indicou três pontos comuns às cidades ditas criativas: inovações, conexões (periferia/centro, público/privado, passado/futuro etc.) e cultura. Zveibil, que foi secretário de
Obras e Serviços Públicos de Paraty na década de 80, comentou as experiências de outras cidades que se reinventaram, como Curitiba e Barcelona, e lembrou o chamado Movimento das Cidades Lentas, na Itália: “Não produzem nada e oferecem apenas tranquilidade – esta é sua riqueza”. Perequê discutiu a descaracterização da iden-tidade cultural de Paraty pelo turismo predatório. “É um erro tentar lotar a cidade de turistas o tempo todo”, queixou-se, “porque também precisamos de um período de convivência da comunidade.”
Mais de trezentas pessoas assistiram à Mesa Zé Kleber, que homenageia o músico e poeta paratiense José Kleber (1932-1989). O evento é um espaço aberto à comunidade dentro da Flip para refletir sobre questões locais, com foco em políticas públicas voltadas para o universo cultural e urbano, parti-cularmente para o turismo cultural, uma alternativa criativa e sustentável para cidades como Paraty.
Mesa Zé Kleber: a cidade criativa
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8 domingo
9h30mesa Zé Kleber
11h45 mesa 16Gilberto Freyre e o século 21José de Souza MartinsPeter BurkeHermano ViannamediaçãoBenjamin Moser 14h30 mesa 17Cartas, diários e outras subversõesWendy GuerraCarola SaavedramediaçãoJoão Paulo Cuenca 16h30 mesa 18Nacional, estrangeiroBenjamin MoserBerthold Zillymediação Claudiney Ferreira 18h15 mesa 19Livro de cabeceiraconvidados da Flip leem trechos de seus livros prediletos
5 quinta-feira
10hlançamento documentárioA palavra conta
12hdocumentárioGilberto Freyre, o Cabral moderno
16hJogo de ideias A literatura de Frei Betto
18hJogo de ideias A literatura de Cristovão Tezza
20hlançamentolivroDe menino a homem, de Gilberto Freyre
Flip - Casa da Cultura6 sexta-feira
10hbate-papoThereza e Tom Maia
11h45lançamento do livroO anão, de William Gordonparticipação especial: Isabel Allende
16hJogo de ideias Lições de tradução da lite-ratura brasileira
18hJogo de ideias A literatura e o jornalismo de José Castello
20hbate-papoRepensando Freyre
7 sábado
11hbate-papoJulio Villanueva Chang e o novo jornalismo literário
16hJogo de ideiasFlávio Carneiro e seu leitor fingido
18hJogo de ideias Benjamin Moser e a sua Clarice Lispector
20hdocumentárioGilberto Freyre, o Cabral moderno
8 domingo
10hJogo de ideias O jornalismo e a literatura de Eliane Brum
12hJogo de ideias A literatura de Luiz Ruffato
16h30lançamentodocumentárioDias de caiçara
4 quarta
19h conferênciaCasa-grande & senzala: um livro pereneFernando Henrique CardosodebatedorLuiz Felipe de Alencastro
21h30 showEdu LoboRenata Rosa com Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osespdireção artística Arthur Nestrovski
5 quinta
10h mesa 1Ao correr da penaMoacyr ScliarRicardo BenzaquenEdson Nery da FonsecamediaçãoÁngel Gurría-Quintana 12h mesa 2De frente pro crimePatrícia MeloLionel Shrivermediação Arnaldo Bloch 15h mesa 3Fábulas contemporâneasReinaldo MoraesRonaldo Correia de BritoBeatriz BrachermediaçãoCristiane Costa 17h15 mesa 4Veias abertasIsabel AllendemediaçãoHumberto Werneck 19h30 mesa 5O livro: capítulo 1Peter BurkeRobert DarntonmediaçãoLilia Schwarcz
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10h mesa 6 O livro: capítulo 2Robert DarntonJohn MakinsonmediaçãoCristiane Costa 12h mesa 7Além da casa-grandeAlberto da Costa e SilvaMaria Lúcia P. BurkeAngela AlonsomediaçãoLilia Schwarcz 15h mesa 8Chá pós-colonialWilliam BoydPauline MelvillemediaçãoÁngel Gurría-Quintana 17h15 mesa 9Promessas de um velho mundoA. B. YehoshuaAzar Nafisimediação Moacyr Scliar 19h30 mesa 10Em nome do filhoSalman RushdiemediaçãoSilio Boccanera
7 sábado
10h mesa 11Andar com féTerry EagletonmediaçãoSilio Boccanera 12h mesa 12Albany, Nova York e outras aldeiasColum McCann William KennedymediaçãoÁngel Gurría-Quintana 15h leituraAlguma poesiaChacalAntonio CiceroFerreira GullarEucanaã Ferraz
17h15 mesa 13Gullar, 80Ferreira GullarmediaçãoSamuel Titan Jr. 19h30 mesa 14A origem do universoRobert CrumbGilbert SheltonmediaçãoSérgio Dávila
21h45 filmeJosé & Pilartrechos de documentário inédito sobre José Saramago, de Miguel Gonçalves Mendes, seguidos de conversa com o diretor
Flip
Programação
Sérgio DávilaRobert Crumb Gilbert Shelton22
Às margens do rio Perequê-Açu, em pleno centro histórico de Paraty, há sete anos a Associação Casa Azul monta a Tenda da Flipinha. Ali, a população da cidade assistiu, durante a Flip, ao resultado do trabalho permanente da Casa Azul junto a alunos e professores de 38 escolas públicas e privadas da região, além de três outras institui-ções de ensino e mais oito escolas particulares. Quase 6 mil crianças e adolescentes envolveram-se profunda-mente com literatura antes de participar da Flipinha – e produziram leituras dramá-ticas, peças de teatro, musi-cais, danças folclóricas e balés, tudo inspirado pelo que leram.
Dessa vez, o auditório perma-nentemente lotado de pais, alunos, professores e assom-brados turistas, presenciou uma diversidade sem prece-
dentes nas apresentações: de um rap sobre as “Raízes da desigualdade”, composto pela normalista Priscila Souza Rodrigues, quinze anos, e inspirado pelo estudo de Gilberto Freyre, até um belo poema do século XV, decla-mado por Ieda de Oliveira, um dos 22 convidados da Flipinha para compor as Cirandas dos Autores.
No espaço para além do palco e da plateia, onde tradicio-nalmente os alunos exibem trabalhos artísticos inspi-rados pelo autor homena-geado da Flip, este ano houve uma variedade de produ-ções – desenhos, colagens, mosaicos – sobre a obra dos mais diversos autores. Tanto Cristina Maseda como Gabriela Gibrail, coordenadoras da Flipinha, apontam uma subs-tancial elevação da qualidade da participação das escolas e estão convencidas de que a diversidade dos trabalhos apresentados, tanto no palco como fora dele, “é um indício seguro de que as crianças da região estão lendo mais”.
De fato, ao longo do ano escolar, a Casa Azul não apenas doa livros às escolas, mas também faz a formação continuada em mediação de leitura para os professores e acompanha seu trabalho, esclarecendo dúvidas e resol-vendo problemas. “A grande novidade de 2010 é a instau-ração de uma política pública”, diz Gabriela Gibrail, referindo--se à inclusão da Hora da Leitura na grade curricular do município: “A Flipinha e a festa passam, mas uma política pública permanece”.
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Arte na Praça
Na sexta-feira, durante a Flipinha, realizou-se o evento Arte na Praça, com oficinas de arte-educação sobre os saberes e fazeres de Paraty. Quinze escolas locais minis-traram 35 oficinas, com a colaboração de 150 esta-giários, e 33 outras escolas participaram, levando seus alunos à praça. “Para nossa surpresa, pois este ano a Flipinha se realizou em pleno período letivo, tivemos 8 mil participantes na Praça da Matriz”, alegra-se Cristina Maseda, coordenadora da Flipinha. Nos “pés de livros”, as árvores da praça com livros dependurados por barbantes, nada menos que 480 histórias foram lidas pelas ou para as crianças. E os artesãos locais povoaram a praça com seus saberes e fazeres, inclusive a Associação de Moradores do Mamanguá e seus barqui-nhos e peixinhos esculpidos em madeira do mangue.
Ciranda de Bonecos
Desde 2005, os visitantes da Flip acompanham o trabalho da Ciranda de Bonecos, que se concentram sobretudo na Praça da Matriz. Este ano, como não poderia deixar de ser, algumas instala-ções foram inspiradas pela obra de Gilberto Freyre. Os bonecos são feitos por jovens aprendizes, em papel machê, na oficina dos artistas locais Jubileu e Nice. Hoje, o trabalho desses artesãos já ultrapassou as barreiras da Flip, aparecendo também em outras ativi-dades culturais da cidade e até em outras regiões.
Oficina de cenotecnia
Ministrada pelo cenógrafo Juvenal Irene, a oficina capa-citou, em duas semanas, catorze jovens que realizaram as instalações previstas no projeto cenográfico da Flipinha. Eles foram capacitados em algumas áreas do conhecimento, como técnicas de palco e elementos da cenografia.
Site da Flipinha
Criado em 2009, o site da Flipinha publicou o ano todo as notícias sobre as ativi-dades educativas organizadas pela Casa Azul, inclusive o Manual da Flipinha em PDF. Durante o evento, publicou notícias e registros sobre o que acontecia na Tenda e fora dela, na Praça da Matriz. Por ocasião da Flip, o site da Flipinha registrou mais de 5 mil acessos.
Destaques da programação FlipinhaCiranda dos Autores
Eva Furnari, Roger Mello, Laurabeatriz e Regina Drummond, entre outros, contaram histórias, respon-deram perguntas e, no caso de Eva e Roger, fizeram até um “repente de desenho”, impro-visando história e ilustrações num quadro sobre o palco – com a participação das crianças da plateia na criação da história. Também passaram pelo palco da Flipinha os autores Alina Perlman, Graziela Hetzel, Regina Drummond e Anielizabeth, entre outros. No sábado, como no ano passado, a Rádio Maluca, “o programa-show que você vê pelo rádio” e que é retransmitido pela Rádio Nacional e pela Rádio MEC sob o comando do artista Zé Zuca, foi gravado ao vivo no auditório da Flipinha. O músico e ativista cultural paratiense Luís Perequê também voltou a comparecer, como todos os anos, mas dessa vez com um show e uma nova canção, composta especialmente para a festa:
Flipinha
Eu sabia que você vinha brincar aqui na FlipinhaEu sabia que você vinha brincar...Brincar de aprender e aprender brincarÉ preciso entrar nos livros pra aprender voarVoar pra ser diferentePra ser igual toda gente que aprende a voarVoar, voar, voar...
Manual da Flipinha
Em março, no início do ano letivo, os professores de Paraty receberam o Manual da Flipinha, preparado anual-mente. Nele, encontraram as biografias dos 22 autores convidados para o evento e informações sobre suas obras, além de sugestões de ativi-dades escolares e de leituras relacionadas ao autor home-nageado Gilberto Freyre.
Mediação de Leitura
Em fevereiro, a Casa Azul realizou a Semana Pedagógica, reunindo 250 professores da rede municipal de Paraty para ouvir palestras e participar de cursos de mediação de leitura. Era uma das etapas do projeto Mar de Leitores, que teve início em 2009.Em abril, foi organizado o Ciclo Gilberto Freyre, aberto a professores e à comunidade paratiense para introduzir o autor e orientar o trabalho em classe, com dois dias de palestras, projeção de filmes e leituras dramáticas. Foi um dos pontos altos do projeto de mediação de leitura da Casa Azul, que propõe a leitura de histórias a crianças por um mediador. A mediação de leitura integra o programa permanente e envolve cerca de 6 mil alunos. Graças à inclusão da Hora de Leitura na grade curricular do muni-cípio em 2009, este ano foram lidas nas escolas 450 histórias de 25 autores, 22 dos quais depois participaram da Flipinha. Para a continua-ção do trabalho durante o ano, a equipe pedagógica realizou também uma oficina de capacitação de media-dores com os professores.
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6 sexta
8hContos à nossa modaTeatroProfs. Mariângela de Oliveira, Leandro da Costa, Andréia Mariano, Grazielle Rodrigues, Jéssica Cabral e Marinês Alvarenga EM Parque da Mangueira
8h30 O outro Brasil que vem aí TeatroProf. Luiz Paulo AlbinoEM do Corisco
9hCiranda dos autoresQuando imagem e texto contam a históriaEva Furnari e Roger Mello
10hO outro Brasil que vem aíTeatro Profa. Cláudia da ConceiçãoCE Roberto Montenegro
10h30Ciranda dos autoresAlgo a mais para os pré-adolescentesMárcia Kupstas e Toni Brandão
11h30Telejornal cara a cara com Gilberto FreyreTeatroProfs. Roseli Ramiro e Leonardo Campos
O ratoMusicalProfa. Cristina da SilvaEM do Pantanal
13hArte na PraçaOficinasMais de trinta oficinas de saberes e fazeres de Paraty, com artistas, artesãos e arte-educadores
13hPoemas de encantamentoTeatroProfas. Fabrícia Osly, Ana Maria Trajano, Márcia Stellet e Geane AmpueroorientaçãoCláudia Lacerdadireção-geralJamila AchcarEM Frei Bernardo Perequê (Angra dos Reis)
13h30Sono, nossa realidadeTeatroProfa. Cenira Martins EM do Sono
14hMeio ambiente - ciclo d’águaTeatroProf. Carlos MalvãoEM da Ponta Negra
14h30Mdora Aranclua - cânticos da sabedoria CoralProfs. Mariano Bolotim, Isaque de Souza e Rosa CaloeiroEscola Indígena do Paraty Mirim
15h30Um mundo melhorTeatroEquipe da escolaEEI Algodão Doce
16hMeninos do mangue com introdução a Gilberto FreyreTeatroProfs. Fábio Gregório, Áurea Siqueira e Sirlene LaraEM do Pantanal
Rede de poesiasTeatro Prof. Josiel FerreiraEM da Trindade
17hO planetinhaMusical
Herdeiros do futuroTeatro
Dança regional Dança
O fantasma que falava espanholTeatroProfs. Sidiclei Leal, Prissila Profeta e equipe Ethos Escola Ethos
17h30 CirandaDançaProfas. Pollyana Moreira e Priscilla ErmelEscola Waldorf Quintal Mágico
18h EducançãoCoralAlunos da Casa de Música
7 sábado
8hA luta contra a desigualdade social TeatroProfa. Tânia dos Santos
Apresentação de um programa de TV TeatroProfa. Ana Lúcia Couto
Lourinha bombril MusicalProfa. Luciana Motta CE Almirante Álvaro Alberto
8h30 Casa Grande e Senzala Teatro Profa. Cássia PachecoAlunos do Curso de Letras Anhanguera Uniderp
9hGilberto Freyre obra e vidaTeatro Profs. Giovanni Codeça, Diogo Lorenzo e Felipe Oliveira CIE Mambucaba
9h30Em harmonia com a natureza MusicalProfs. Astronauta, Polliana Aires e Vanda MottaColégio Plante
10h Um sonho de um mundo ideal Teatro Profas. Ana Lúcia, Maria Aparecida Oliveira e Camila Netto de LimaSecretaria de Promoção Social
10h30Maria Teresa Carranca do São FranciscoDançaProfas. Sueli Moraes e Maria da Silva Escola Aureliano Portugal (Rio Claro)
Felpo Filva de Eva FurnariTeatroProfas. Roseli Magalhães e Teresinha GuidoCME São José (Rio Claro)
11hPrograma Rádio Maluca Programa ao vivoRádio Nacional – MEC
13hSe criança governasse o mundo TeatroProfa. Gilcéia Pereira
Os recicláveis Teatro Profa. Gilcéia PereiraCE Mambucaba
13h30 Prêmio PLANTE de Literatura
14h Jangada tristeSonho do Brasil de tantos e de todosTeatroProfas. Adriana Andrade, Ana Barros e Prissila ProfetaColégio Paraty Objetivo
14h30Ciranda dos autoresA delicadeza das palavrasAlina Perlman e Graziela Hetzel
15h30 EducançãoCoral infantilEM do Pantanal
16hBrasil de todas as coresTeatroProfs. Chrisna Bittencourt, Israel dos Santos, Gislaine Silva e Sirlene de LaraCentro Educacional Millenium
17hCiranda dos autoresO Brasil na minha obraAutores convidados da Flipinha
19hTô brincandoShowLuís Perequê e convidados
ProgramaçãoFlipinha
3 terça
11hV Regata da FlipinhaInstituto Náutico Paraty
5 quinta
8hMenina bonita do laço de fitaTeatroEquipe da escola EM do Campinho
8h30Ciranda dos autoresA literatura infantil e juvenil e a TVJoão Alegria e Adriana Falcão
9h30Mulheres do nosso BrasilTeatroEquipe da escolaEM do Taquari
10hCiranda dos autoresNavegando pela poesia e desenhosGláucia de Souza e Mauricio Negro
4 quarta
8hMaria AngulaTeatroProfa. Benedita Isabel EM Pequenina Calixto
8h30Sonho de papelMusicalProfas. Dalila Alcântara e Cláudia da GuardaEM da Praia Grande
9hCasa Grande e SenzalaMusicalProfa. Renata da ConceiçãoEM da Barra Grande
9h30Ciranda dos autoresImagens e palavrasMarcelo Xavier e Michelle Iacocca
10h30Mediação de leitura
11hResgatando Freyre através da arte Teatro Profas. Renata Émily, Débora Merelles, Rosiris Barros e Elizabeth Stanisce
Segregação, não!MusicalProfs. Márcio Marcelino, Luciene Pascoal, Lucilda de Souza e Ana Alcântara CIEP Dom Pedro
11h30Poema BrasileirinhosTeatroProfas. Rosimere Noronha e Maria Marques EM J A Lomeu Bastos
13hMediação de leitura
13h30Ciranda dos autoresParlendas, textos e imagem Sandra Pina e Anielizabeth
14h30Poetas ou profetas?TeatroProf. Eliezer Ribeiro
As bruxinhasTeatroProfa. Rita de Cássia Passos EM Pequenina Calixto
15hCiranda dos autoresA ecologia na literatura infantil e juvenilLalau e Laurabeatriz
16h ABC cultural de ParatyTeatroProfs. Flora Salles, Marcelo Mattos, Alaíde Fabricante, Miriam de Souza e Silene CoelhoEM Parque da Mangueira
16h30Conversa de armazémTeatroCompanhia Rosa Carmo Queiroz
11h O menino verdeTeatroProfas. Prissila Lazar, Viviane Corrêa e Emily Brown
Casa Grande e SenzalaTeatroProf. Astronauta
A voz da florestaTeatro Profa. Fabiana Elesbão Educandário Torres Pádua
11h30Curtindo a vidaRemissão Príncipes e princesas Survival DançaProfa. Elenice Forato AlonsoGrupo de Dança de Laranjeiras
13hO garoto verde de Toni BrandãoTeatroProfa. Silvina HurtadoInstituto Trilha da Arte e Educação
13h30Ciranda dos autoresA poesia das palavras Ieda Oliveira e Stella Maris Rezende
14h30Anel do marTeatroProfas. Priscila Vidal e Vânia OliveiraEM do Patrimônio
15hDança folclórica culturalDançaProfs. Thiago Louzada e Amanda TauffnerAPAE de Paraty
15h30Ciranda dos autores A multiplicidade dos temasEdson Gabriel Garcia e Regina Drummond
16h30EducançãoCoral infantilEM do Corisco, EM Praia Grande e EM Parque da Mangueira
17h30 Saudação à vidaTeatroGrupo Quem ama educa Profas. Rosana Magna e Rosineide CoutinhoEM Pequenina Calixto
32
Biblioteca Casa Azul
A Casa Azul foi responsável pela primeira biblioteca dire-cionada ao público infantil e aos jovens em Paraty. Nos últimos três anos, 24 mil livros foram adquiridos, grande parte doada por editoras parceiras. Metade deles compõe o acervo da Biblioteca da Flipinha, que passou de 6 mil para 12 mil títulos. Durante o ano, essa biblio-teca fica aberta ao público na sede da Associação Casa Azul, em Paraty, e, durante a Flip, muda para uma tenda própria na Praça da Matriz.
Acervo Carlos Calchi
Localizado na Biblioteca Municipal Fábio Villaboim, em Paraty, e mantido pela Associação Casa Azul, o Acervo Carlos Calchi passou de 900 para 1.200 títulos, a maioria de autoria de convidados da Flip.
BibliotecasAcervos montados em escolas
O restante dos livros infantis e juvenis adquiridos pela Associação Casa Azul foi distribuído em acervos insta-lados em 32 escolas da região. O conjunto desses acervos dobrou de tamanho, passando de 6 mil para 9 mil livros.
8 domingo
10hMediação de leitura
11hDeu a louca na cidade TeatroInspirado na obra de Eva FurnariAlunos do Curso Normal CEMBRA
12hOficina de histórias
13hCapoeira infantil
14hViajando pelo mundoTeatroAdaptação do livro Passarinho Rafa e 7 histórias do mundo mágico de Regina DrummondProfa. Giane BalceskisEscola Cantinho do Pantanal
14h30Ciranda dos autoresLetras e sonsZé Zuca e Luís Perequê
15h30Escola feita de livrosPremiação do concurso
16h30A descoberta da JoaninhaTeatroCaixa de históriasdireçãoDemétrio Santos e Danilo Calegari
17h30 Apresentação final da equipe da Flipinha
34
O prédio histórico onde funcionava o cinema da Praça da Matriz ficou pequeno: seus 120 lugares não bastaram para abrigar os jovens e adoles-centes da cidade, que, por cinco dias, lotaram o pequeno auditório da FlipZona, dispu-tando espaço com os turistas e aplaudindo com entu-siasmo os convidados e os espetáculos de seus amigos. Palestras, filmes de longa--metragem e documentários, bate-papos e entrevistas sobre os mais variados temas do universo juvenil povoaram as jornadas da FlipZona.
Ao lado do cinema, a Central FlipZona abrigava os trinta integrantes do Ponto de Cultura Casa Azul, que, ao longo do ano, foram capaci-tados para receber a creden-cial de jornalistas na Flip. Como diz Daniel Ferenczi, o coordenador in loco da FlipZona, a estratégia de aliar a literatura à inclusão digital deu certo: “A ideia é se divertir fazendo, ou seja, o interesse dos jovens pelo mundo tecnológico promove uma capacitação profis-sional natural quando eles têm acesso à tecnologia”.
De fato, duas semanas antes do evento, esse grupo de repórteres e cinegrafistas amadores – com idades entre onze e dezenove anos – já registrava a pré--produção da Festa Literária e, durante a Flip, funcionou como uma redação de jornal diário, com uma reunião de pauta pela manhã e outra à tarde, todos os dias.
36
A programação aberta ao público teve de tudo, até escritores consagrados, como Adriana Falcão e João Alegria, que conversaram com o público sobre as histórias, a mídia e os jovens. As três filhas adolescentes de Amyr Klink falaram de seus diários de bordo, e o artista plástico Luiz Zerbini fez uma fasci-nante apresentação sobre o processo de criação de suas ilustrações para a nova edição brasileira de Alice no País das Maravilhas.
Houve também muita conversa sobre cinema e TV, cinema e literatura, histórias em quadrinhos, ficção cien-tífica e até construção civil: o moldador Antônio Hermino do Nascimento, representando na FlipZona a Associação dos Mestres de Obra, fez a palestra “O poeta e as pedras” – título mais do que apro-priado para quem se tornou poeta e escultor reveren-ciado no Brasil e no mundo.
A FlipZona exibiu diariamente filmes e animações, mas A Hora da Estrela foi o quadro diário mais apreciado pela comunidade local: nessa hora, o palco era ocupado por músicos, poetas e dança-rinos. Os profissionais – Luís Perequê, Os Cascudos e Ciranda Elétrica, entre outros – se revezavam no palco com produções dos próprios jovens, que incluíram a violinista Iraci Bello e o percussionista Alex Albino, além de vários flipzo-neiros, como os vocalistas Cauã Cruz e Pérola Moreira e a dupla Fernanda Fagundes e Gabriela Marsico, que apre-sentaram um esquete teatral.
Já os participantes da Central FlipZona assistiram a quatro palestras sobre jornalismo e uma sobre desenho gráfico. Foram conversas de duas horas, com direito a muitas perguntas e descobertas, com os repórteres Ivan Finotti e Plínio Fraga e os fotógrafos João Wainer e Mastrângelo Reino, todos do jornal Folha de S.Paulo. O designer Darkon V. Roque, responsável por toda a programação visual da Flip, também conversou com os flipzoneiros.
Programação e convidados
38
Cinema da Praça da Matriz
OficinasAs atividades educativas começaram bem antes da festa, com as oficinas de Cenotecnia e de Cenografia, garantindo uma apropriação do evento pelos jovens, por meio de sua participação ativa em todas as etapas de produção. A cenografia da FlipZona teve contribuição expressiva dos jovens parti-cipantes das oficinas do Ponto de Cultura Casa Azul. Primeiro, eles elaboraram o conceito do evento FlipZona, por meio de um debate que definiu quatro eixos: cultura local, tecnologia, literatura e público jovem.
Para cada um desses eixos, os participantes listaram palavras-chave e, em seguida, ilustraram essas palavras, indi-vidualmente. O próximo passo foi integrar as ilustrações, em busca de imagens que representassem o conceito da FlipZona. Em seguida, uniram--se aos alunos da Oficina de Cenotecnia e reproduziram as ilustrações que ambientaram o cinema da Praça da Matriz.
A campeã de audiência entre os flipzoneiros da Central foi a Oficina Entrevistando, com a jornalista Patrícia Trudes da Veiga, editora da Folhinha de S.Paulo, e sua editora--assistente, Gabriella Mancini. O objetivo foi ensinar técnicas de entrevista jornalística, e os entrevistados foram Adriana Falcão e a dupla Laurabeatriz e Lalau, escritora e ilustrador de livros infantojuvenis. A Central também ofereceu uma Oficina de Construção de Textos Criativos, com Paulo Maia, doutorando em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A ideia é da capacitação de profissionais locais em cenotecnia para atuação em eventos relacionados ao turismo cultural em Paraty. O cenógrafo Juvenal Irene minis-trou oficinas de cenotecnia para multiplicadores e alunos.
Já durante a FlipZona, duas oficinas foram realizadas: “Criando futuros” e “Ouvir imagens”. A primeira foi conduzida pela especia-lista em economia criativa e desenvolvimento susten-tável Lala Deheinzelin, que criou em 2008 o movimento internacional Crie Futuros. Lala convidou os partici-pantes a buscar respostas para uma pergunta – “Se tudo fosse possível, que futuro você desejaria?” – e a identificar oportunidades de inovação. Por sua vez, a empresária e contadora de histórias Camila Fillinger Cavallari, que concebeu o projeto de criação de narra-tivas Ouvir Imagens, ensinou os participantes de sua oficina a... contar histórias.
40
5 quinta
8h30entrevistaA literatura e o cinemaToni Brandão
10hpalestraProjeto TAMAR 30 anos Guy Marcovaldi
12hpalco aberto para apresentaçõesHora da estrela
13h30espaço FlipZona de projeção
15h30palestraO poeta e as pedras Antonio Hermino do Nascimento
17hapresentação de projetos de leituraEscola de leitores
19hSarau BrasisGrupo Sacode a Poeiradireção artísticaBernadete Passos
4 quarta
8h30bate-papoO amor, os jovens e a literaturaMarcia Kupstas e Anna Cláudia Ramos
10hpalestraComo é feito um jornal infantilPatrícia Trudes da Veiga e Gabriella Mancini
12hpalco aberto para apresentaçõesHora da estrela
13h30espaço FlipZona de projeção
15h30curtas e animações
6 sexta
8h30bate-papo As histórias, a mídia e os jovensJoão Alegria e Adriana Falcão
10h30bate-papoAlice e o mundo das imagensLuiz Zerbini e Marcos Maffei
12hpalco aberto para apresentaçõesHora da estrela
13h30espaço FlipZona de projeção
15h30bate-papoEcologia, literatura e imagensLalau e Laurabeatriz
17hpalestra Viva Pagu - Fotobiografia de Patrícia Galvão Lúcia Maria Teixeira Furlani
18hbate-papoO processo criativo na hq “Homem gravidade zero”Leo Slezynger, Filippo Croso, Kriss Zullo
19hpalestraParaty em suas notas - a estrutura fundiária urbana do sítio histórico de ParatyIsabelle Cury
20hCel-U-Cine - festival de micrometragens
20h30Sarau BrasisGrupo Sacode a Poeiradireção artísticaBernadete Passos
7 sábado
10hespaço FlipZona de projeção
12hpalco aberto para apresentaçõesHora da estrela
15hbate-papoDropando páginas e imagens Edison Leite Jr. e Cristina Pereira
16hbate-papoEscrevendo para revista em quadrinhos Marcelo Cassaro Escrever para cinema e televisão Sérgio Martinelli
17hpalestraFilhas de peixe, peixinhos são...Tamara, Laura e Marina Klink contam suas viagens
18hoficinaCriando futurosLala Deheinzelin20h
Cel-U-Cine festival de micrometragens
20h30entrevistaTexto, cinema e TVNanda CostamediaçãoThemilton Tavares
8 domingo
10hcurtas e animações
11hoficinaOuvir imagensCamila Fillinger Cavallari
13hespaço FlipZona de projeção
15h30apresentação do grupo FlipZona
17hencerramento da FlipZona
Programação FlipZona
42
O Estado de S. Paulo 08-08-10
Jornal do Brasil 31-07-10
O Estado de S. Paulo 01-08-10
O Estado de S. Paulo 17-07-10A Tarde 31-07-10
Valor Econômico 23-07-10 Ípsilon 27-08-10
Quanto valem as repor-tagens publicadas antes, durante e depois da Flip, em jornais, revistas, rádios e TVs de todo o Brasil? A análise de valoração atribui valor comercial ao espaço de mídia espontânea conquistado pelo evento. Em 2010, esse valor atingiu R$ 106 milhões, a maior parte na mídia impressa e na televisiva. A exposição da Flip na mídia manteve em 2010 o crescimento atingido no ano anterior, quando a valoração ultra-passou os R$ 100 milhões. Pouco mais de 25% da cobertura da mídia impressa concentrou-se no jornal O Globo, seguido pela Folha de S. Paulo (18,3%) e pelo O Estado de S. Paulo (17,4%). A mídia impressa optou por publicar matérias mais exclusivas, concentrando nos veículos online as informações
Comunicação
Gazeta do Povo 10-08-10
Folha de S.Paulo 17-07-10
O Globo 06-07-10
Jornal do Brasil 09-08-10
O Globo 03-07-10
The Guardian 14-08-10
Mídia espontânea de serviço e cobertura das mesas. Como consequência, a centimetragem da mídia on-line passou de 17,5 mil centímetros em 2009 para 28,1 mil centímetros em 2010. Na radiodifusão, a televisão respondeu, no mês de agosto, por quase metade do valor total da mídia espontânea, enquanto a cobertura de rádio equiparou-se à cobertura de internet. É importante notar que em termos de mídia televisiva, a valoração teve um crescimento expressivo, saltando de R$ 18 milhões em 2009 para R$ 44 milhões em 2010. Este aumento de mais de 100% é devido possi-velmente à cobertura da TV Globo: o Jornal Nacional exibiu duas matérias especiais e foram veiculadas reporta-gens no Jornal Hoje, no Bom Dia Brasil, no Jornal da Globo e no RJTV. Um destaque nessa área foi a entrevista de 32 minutos concedida pela escri-tora cubana Wendy Guerra ao programa Jô Soares, da Rede Globo. Na GloboNews, o Millenium retransmitiu a mesa do crítico literário Terry Eagleton em dois programas de 23 minutos. A TV Futura, a BandNews e o Metrópolis, da TV Cultura, também deram destaque para a programação.
44
Site
O novo site da Flip, lançado em maio deste ano, ficou mais atrativo visualmente e consolidou a integração dos diferentes módulos da programação do evento (Flip – Programação Principal, Flip – Casa da Cultura, Flipinha e FlipZona) de forma mais intui-tiva para a navegação. O site hoje reúne o blog, o canal da Flip no YouTube, o Twitter, o Facebook, os podcasts e um sistema de feeds (RSS), que alimenta com notícias o e-mail do interessado. A centrali-zação do conteúdo foi um dos fatores que elevou e pere-nizou o número de acessos ao portal durante o ano. Em 2010, os acessos ao site aumentaram 46% em relação ao ano anterior no período entre janeiro e setembro. Durante a Flip, as visitas cresceram 21% em comparação com os acessos durante o evento no ano passado. Nos cinco dias da Festa Literária, o site atingiu mais de 50 mil acessos, com a média diária de 7 mil visi-tantes e um pico de 14 mil visitas durante a exibição ao vivo da mesa da escri-tora chilena Isabel Allende.
O limite de 5 mil amigos do Facebook foi atingido rapi-damente e há mais de 1.500 pessoas na lista de espera. Como tentativa de suprir essa necessidade, foram criados um grupo de discussão e uma página oficial da Flip no Facebook, que já possuem número de adeptos crescente.
Flip ao vivo
O site da Flip transmitiu os eventos da Flip – Programação Principal em tempo real. Como no ano passado, o G1 forneceu toda a tecnologia para a transmissão ao vivo a partir de dois links gerados pelo canal (com áudio em inglês e em português).O momento de maior demanda pelas transmissões foi a noite de quinta-feira, 5 de agosto, durante as mesas de Isabel Allende e dos historiadores Peter Burke e Robert Darnton: 3.675 requisições do áudio original e 2.504 do áudio traduzido para o português. Outro pico foi na noite de sábado, dia 7, durante as mesas do cartunista Robert Crumb e do cineasta Miguel Gonçalves Mendes, que exibiu trechos inéditos de seu filme sobre José Saramago, José & Pilar (3.675 requi-sições do áudio original e 2.504 do áudio traduzido).Neste ano, os acessos à trans-missão ao vivo chegaram a 21.173, com média de 4,5 mil visualizações por dia.
Flickr
A nova ferramenta de arma-zenagem de imagens permitiu a inserção de fotos do evento quase em tempo real, de modo que o internauta podia acompanhar o que acontecia em Paraty. Durante a Flip, o Flickr obteve uma média de 4 mil acessos por dia e mais de 5 mil acessos em 9 de agosto, a segunda-feira depois do evento. No total, o Flickr atingiu 57.476 exibi-ções - quase metade delas (25.088) durante a Flip.
InternetBlog
Durante o ano, o Blog da Flip foi abastecido com notícias literárias e sobre os autores de todas as Flips, em breves notas escritas pelo diretor de programação, Flávio Moura e pelos jornalistas cultu-rais Daniel Benevides e Ana Carolina Arantes. Durante a Festa Literária, o blog cobriu os eventos que ocorreram nas tendas, incluindo ilustra-ções de Alexandre Benoit e o quadro “Sobremesa”, que registrou em vídeo entrevistas exclusivas com autores da Flip após as suas apresen-tações. Em todo o mês de agosto, o blog teve 25.474 visitas – mais da metade delas durante o evento – e se tornou fonte confiável da imprensa, que regularmente recomendou a leitura do blog a leitores e telespectadores.
Boletim eletrônico
Enviado às pessoas que se cadastram no site da Flip, o boletim eletrônico traz todas as informações relativas ao evento, da escolha do home-nageado do ano à confir-mação de autores convidados e os detalhes sobre a venda de ingressos. Este ano, o boletim atingiu 22 mil cadastrados – 2 mil além do ano passado.
YouTube
No YouTube, houve 284.365 exibições, sendo 4.600 delas durante o evento. Os vídeos do canal funcionam como complemento para os posts do blog, com trechos do debate em cada mesa e as entrevistas exclusivas do quadro “Sobremesa”. Foram mais de trinta vídeos inseridos quase em tempo real durante o evento.
Twitter e Facebook
Em março de 2009, a Flip foi um dos primeiros festivais literários do mundo a adotar o Twitter como ferramenta de comunicação. Desde então, a mídia social é utilizada para transmitir desde frases do autor homenageado e confir-mação da presença de autores convidados até progra-mação, notas publicadas na imprensa, sugestões de livros e dicas sobre Paraty – clima, gastronomia e passeios.Na Flip 2009, com 473 posts, tornou-se o endereço de festival literário mais popular do Twitter, com um total de 4.700 seguidores. Este ano, com novo layout, o @flip_se publicou 985 posts e atingiu mais de 8 mil segui-dores, atraindo mil seguidores adicionais apenas durante os cinco dias de evento. Pela primeira vez, a Flip alcançou os trending topics em São Paulo durante a mesa da chilena Isabel Allende.
Comunicação
Home do site da FlipIlustração do blog da Flip
46
Cartazes Jeff Fisher, Flip, Flipinha, FlipZona e Ciclo autor homenageado
Convite Ciclo autor homenageado, manual e folder de programação da Flipinha
Comunicação Peças gráficas
Programa Flip
Folder coletiva de imprensa e folder Quem, quando e onde?
Convites eventos Flip e Flip tips48
Folha de S.Paulo 09-08-10Folha de S.Paulo 04-07-10
Folha de S.Paulo 24-07-10
Revista piauí 20-07-10
Comunicação Anúncios
Folha de S.Paulo 03-08-10Folha de S.Paulo 02-07-10
50
Bandeiras na ponte
Comunicação Sinalização
Totens de sinalização da Flip, Flip - Casa da Cultura, Flipinha e FlipZona
50
Flip-Programaçãoprincipal
Flip-CasadaCultura
Flipinha
FlipZona
OficinaLiterária
MesaZéKleber
Acessos
Público
Conferência de abertura - Tenda dos Autores e Tenda do Telão
Show de abertura - Tenda do Telão
Mesas literárias - Tenda dos Autores
Mesas literárias - Tenda do Telão
Total de acessos
Acessos
Total de acessos
Público infantil estimado
Público geral estimado
1.689
1.200
12.258
11.890
27.037
1.553
20.000
3.500
33
300
52.090
8milcrianças
20milpessoas
Total
Flip-Programaçãoprincipal
FlipZona
Total
Flip-CasadaCultura
Flipinha
Eventos
eventos (mesas, show e conferência de abertura)
convidados
brasileiros
estrangeiros
mediadores
países
eventos
palestras
apresentações
bate-papos
entrevistas
outras apresentações / eventos
convidados
mediadores
oficinas
participantes das oficinas
eventos
convidados
brasileiros
estrangeiros
mediadores
países
eventos
mesa Ciranda dos Autores
apresentações de escolas
oficinas arte-educação Arte na praça
outras apresentações / eventos
convidados
mediadores
escolas participantes
estudantes envolvidos com as oficinas Arte na praça
educadores participantes
estudantes participantes
acervo Biblioteca Casa Azul
acervo disponibilizado em escolas
acervo Carlos Calchi
editoras parceiras
22
48
29
19
12
12
Brasil, Alemanha, Chile,
Cuba, Estados Unidos, Gana,
Guiana, Índia, Inglaterra,
Irlanda, Irã e Israel
35
6
8
7
2
12
40
6
4
130
193113*89243513
* autores que participaram de mais de uma programação
foram contabilizados apenas uma vez
17
17
10
7
4
6
Brasil, Alemanha,
Chile, Estados Unidos,
Inglaterra e Peru
115
12
57
35
11
22
13
49
5.000
600
6.000
24.000
9.000
1.200
18
A Flip em números
Programaeducativopermanente
Bibliotecas
54
Peças gráficas
Catálogo de programação Flip
Catálogo de programação Flipinha
Folder Quem, quando e onde
Cartaz da Flip (Jeff Fisher)
Cartaz da Flipinha
Cartaz da FlipZona
Cartaz Ciclo autor homenageado
Manual da Flipinha
Adesivos de correspondência
Adesivos da Flip
Adesivos de parceiros
Folder manual de equipe
Flip tips (guia para estrangeiros sobre Paraty)
Folder coletiva de imprensa
Convite para o almoço de abertura
Convite para o coquetel de encerramento
Convite Ciclo autor homenageado
Certificado da Oficina Literária
tiragem
13.000
8.500
10.000
200
200
100
50
1.000
1.000
3.000
100
500
50
70
300
300
500
40
Sinalização
Anúncios
entrada da Tenda dos Autores
entrada da Tenda dos Autógrafos
entrada da Tenda do Telão
entrada da Tenda da Flipinha
entrada da Casa da Cultura
entrada da Flipzona
foyer da Tenda dos Autores
lateral do palco da Tenda dos Autores
lateral do palco da Tenda do Telão
palco da Casa da Cultura
biblioteca da Flipinha
ponte do pontal
interior da Tenda dos Autógrafos
Quantidade
1
1
1
1
1
1
1
2
2
1
1
8
1
totem
totem
totem
totem
painel
painel
painel
painel
painel
painel
painel
bandeiras
painel
02/jul
04/jul
24/jul
03/ago
09/ago
20/jul
mídia impressa
página inteira
meia página horizontal
meia página horizontal
meia página vertical
página inteira
página dupla
rádio
15 chamadas na Rádio
Nova FM 87,9 de Paraty
programação
ingressos
novas mesas
transmissão ao vivo
agradecimento
Casa Azul
FolhadeS.Paulo
RevistaPiauí
AcessosaositedaFlip
Valoraçãomídiaespontânea2010
total
Principaisinserçõesnamídiaimpressa
Total
Comunicação
período
janeiro a agosto de 2009
janeiro a setembro de 2010
julho de 2009
agosto de 2010
Veículo
O Estado de São Paulo
O Globo
Jornal do Brasil
Folha de S.Paulo
Jornal do Commercio (PE)
Zero Hora
Correio Braziliense
Jornal da Tarde
Revista Carta Capital
Revista Época
Outros
Inserções
93
119
28
92
47
17
8
16
2
5
624
1051
Centimetragem
6.224
9.456,5
2.896,5
6.182
2.380,5
1.179
938
530,5
166
490
33.522
63965
mídia
impressos
on-line
TV
rádio
período
janeiro a setembro
janeiro a setembro
agosto
agosto e setembro
medição
63.965 cm
28.101 cm
21.249 min
17.906 min
valoremR$
54.911.832,81
3.626.151,54
44.001.229,67
3.461.362,87
106.000.576,89
CentimetragememR$
R$ 9.560.064,00
R$ 14.033.446,00
R$ 2.630.022,00
R$ 10.051.932,00
R$ 685.584,00
R$ 301.824,00
R$ 491.512,00
R$ 320.422,00
R$ 140.585,40
R$ 1.652.853,66
R$ 15.043.587,75
R$ 54.911.832,81
Centimetragemem%
8,85
11,32
2,66
8,75
4,47
1,62
0,76
1,52
0,19
0,48
59,37
100,00
%emR$
17,41
25,56
4,79
18,31
1,25
0,55
0,90
0,58
0,26
3,01
27,40
100,00
acessos
421.902
617.886
85.750
103.466
crescimento
46%
21%
Impacto na cidade
Equipe
300
400
Trabalhostemporários2.200
GeraçãodarendaEstima-se em 5,5 milhões o montante de recursos
que a Flip 2010 gerou para a cidade de Paraty.
Equipe total (prestadores de serviço terceirizados)
Equipe não remunerada (voluntários)
Fonte: Associação Casa Azul
Trabalhos temporários indiretos gerados
Fonte: Sec. Mun. De Turismo e Cultura de Paraty
A Flip em números
56
Flipinha
Adriana FalcãoAlina PerlmanEdson Gabriel GarciaEva FurnariGláucia de SouzaGraziela HetzelIeda de OliveiraJoão AlegriaLalauLaurabeatrizLuís PerequêMarcelo XavierMarcia KupstasMauricio NegroMichelle IacoccaRegina DrummondRoger MelloSandra Pina e AnielizabethStela Maris RezendeToni BrandãoZé Zuca
FlipZona
Anna Claudia RamosAntonio Hermino do NascimentoCamila Fillinger CavallariCristina PereiraEdison Leite JrFilippo CrosoGabriela ManciniGrupo Sacode a PoeiraGuy MarcovaldiIsabelle CuryKriss ZulloLala DeheinzelinLaura KlinkLeo SlezyngerLucia Maria Teixeira FurlaniLuiz ZerbiniMarcelo CassaroMarcos MaffeiMarina KlinkNanda CostaPatricia Trudes da VeigaSérgio MartinelliTamara Klink
Flip - Casa da Cultura
Aileen El-KadiAlison EntrekinBenjamin MoserBerthold ZillyCristovão TezzaDan StulbachEliane BrumFlávio CarneiroFrei BettoIsabel AllendeJoaquim FalcãoJosé CastelloJulio Villanueva ChangLeila LehnenLuiz RuffatoPeter BurkeRosa Maria AraújoSérgio Vilas-BoasThereza MaiaTom MaiaWilliam Gordon
Flip - Casa da Cultura
Aileen El-KadiAlison EntrekinBenjamin MoserBerthold ZillyCristovão TezzaDan StulbachEliane BrumFlávio CarneiroFrei BettoIsabel AllendeJoaquim FalcãoJosé CastelloJulio Villanueva ChangLeila LehnenLuiz RuffatoPeter BurkeRosa Maria AraújoSérgio Vilas-BoasThereza MaiaTom MaiaWilliam Gordon
FlipZona
Anna Claudia RamosAntonio Hermino do NascimentoCamila Fillinger CavallariCristina PereiraEdison Leite JrFilippo CrosoGabriela ManciniGrupo Sacode a PoeiraGuy MarcovaldiIsabelle CuryKriss ZulloLala DeheinzelinLaura KlinkLeo SlezyngerLucia Maria Teixeira FurlaniLuiz ZerbiniMarcelo CassaroMarcos MaffeiMarina KlinkNanda CostaPatricia Trudes da VeigaSérgio MartinelliTamara Klink
Flip - Programação Principal
Abraham B. YehoshuaAlberto da Costa e SilvaAngela AlonsoAntonio CiceroAzar NafisiBeatriz BracherBenjamin MoserBerthold ZillyCarola SaavedraChacalColum McCannEdson Nery da FonsecaEdu LoboEucanaã FerrazFernando H. CardosoFerreira GullarGilbert SheltonHermano ViannaIsabel Allende
John MakinsonJosé de Souza MartinsLionel ShriverLuiz Felipe de AlencastroMarcelo JeneciMaria Lúcia P. BurkeMoacyr ScliarPatrícia MeloPauline MelvillePeter BurkeQuarteto de Cordas da Academia da OsespReinaldo MoraesRenata RosaRicardo BenzaquenRobert CrumbRobert DarntonRonaldo Correia de BritoSalman RushdieTerry EagletonWendy GuerraWilliam BoydWilliam Kennedy
Convidados Flip 2010
Autores da Flip participam da mesa Livro de Cabeceira
58
PAPEL E CELULOSE
Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Paraty
Secretaria Municipal de Educação de Paraty
produção e impressão
Parceiros
Biblioteca Municipal Fábio Villboim
livros
60
Curadores convidadosMariaLúciaP.BurkehomenagemArthurNestrovskishow de abertura
Consultoria J.LeivaCultura&Comercial
Desenho GráficoJeffFisherilustraçõesDárkonVRoqueAlexandreBenoitClaraLaurentiisdesign gráfico
TextosDanielBenevidesAnaCarolinaArantescoordenadores editoriaisLedaBeckLiaVasconcelosredatorasAnaMariaBarbosarevisoraÁngelGurría-QuintanaAnthonyDoyletradutores
AssociaçãoCasaAzul
Diretor-PresidenteMauroMunhoz
Direção ExecutivaIzabelCostaCermelli(Belita)
Desenvolvimento InstitucionalAnaRitaLemedeMellodiretoraBernadetePassosLuciaRodriguesrelacionamento institucionalAlexandreBenoitprodutor de conteúdoGabrielaCaseffassistente de comunicação
AdministrativoCelinaYamanakadiretoraAndresaPradoMairaOliveiraassistentes
Apoio Administrativo-FinanceiroWellingtonLealAssessoriaWellington Lealcoordenador financeiroCláudioGaravattianalista financeiroRicardoManrubiaassistenteCarolineMeneghettiestagiária
SecretariaElisaMiyukiassistente executivaRenataHaringsecretária
Assessoria de ImprensaA4Comunicação
Assessoria JurídicaCesnik,Quintino&SalinasAdvogados
Flipinha e FlipZonaCristinaMasedacoordenadoraGabrielaGibrailcoordenadora de projetoEinaraFernandescoordenadora pedagógicaPatríciadaConceiçãoassistenteAnnaBeatrizSilvamediadora de leituraSoniaMonteirocoordenadora de produçãoJoséSérgiodeBarrosprodutorJoséRobertoSilvacoordenador dos mediadores pé-de-livrosJuvenalIreneoficina de cenotecniaDanielFerenczicoordenador das oficinas FlipZonaMarinaCarpinelliassistente de produção de textoGraçaBarreiroswebmasterPedroScottiVJBeatrizCondiniassistente técnica da Central FlipZonaCauãdaCruzElisonFernandesJulianaCallegárioLuciadeLaPresamonitores da Central FlipZona
Arte na PraçaElcioGonçalvescoordenador de logísticaKachucaTorrescoordenadora das oficinasLeônidasPassoscoordenador artístico
BibliotecasAnaBeatrizHernamperezbibliotecáriaZulmiraGibrailCostavoluntária
relatório impresso em novembro de 2010
FotógrafosAndré ContiNelson KonNelson Toledo Walter Craveiro
Ficha técnica
Conselho DiretorLizCalderpresidenteEstherHamburguerIzabelCostaCermelli(Belita)LouisBaumMauroMunhoz
Direção-GeralMauroMunhoz
Direção ExecutivaIzabelCostaCermelli(Belita)
Direção de ProgramaçãoFlávioMoura
Coordenação Geral JosephineBourgois
Projeto de Arquitetura e CenografiaMauroMunhozautorPatríciaRabbatcoautora e coordenadoraDárkonVRoquedesignerAdrianadeFrançacontrole e gestãoNeiliFariasarquitetaCristianaRodriguescolaboradora
ProduçãoSuelenideFreitasprodutora executivaDiditoTorrescoordenador localMarizaCermellicoordenadora de logísticaErnaniNapolitanoClementZularGabrielBessaGiulianoGuerracoordenação técnicaRobertaValDanielSantucciAndréGoesprodutoresAndreaMasedaKarineMesquitaCaioBrancoassistentes
Relações Públicas – AutoresSandrineGhyscoordenadoraMarinaUeharaassistente
62
Associação Casa [email protected]
São PauloR Cap Antônio Rosa 376 conjunto 9101443-900 São Paulo SPT +55 11 3081-6331 F +55 11 3081-6331
ParatyAl Princesa Isabel 223970-000 Paraty RJT +55 24 3371-7082 F +55 24 3371-7084
Realização