Parte 4Estado e regulação econômica

Sessão 1

Reinaldo Gonçalves

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Sumário

1. Arcabouço conceitual-analítico básico

2. Teorias do Estado

3. Mercantilismo

4. Capitalismo concorrencial

4.1 Ley de Say

4.2 Pensamento clássico

4.3 Neoclássicos

4.4 Pareto

4.5 Polany

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Sumário, cont...

5. Capitalismo monopolista

5.1 Keynes

5.2 Hayek

6. Capitalismo globalizado

6.1 Neoliberalismo

6.2 Teoria da Regulação

6.3 Escola da Escolha Pública

6.4 Teoria do Rent Seeking

6.5 Consenso de Washington

6.6 Neoinstitucionalismo

7. Síntese

Bibliografia

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Introdução

1. Arcabouço conceitual-analítico básico

2. Teorias do Estado

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1. Arcabouço conceitual-analítico

básico

Macro-instituiçõesReligião: crença em entes superiores/criadores/proteção subjetiva

Propriedade: proteção objetiva/objetos pessoais/meios de produção

Família: proteção objetiva/proteção subjetiva/pertencimento → clã/tribo

Mercado: locus oferta e demanda; racionalidade alocação de recursos escassos para fins ilimitados

Estado: proteção/regulação/dominação

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Estado

� Monopólio da� força� tributação� moeda� e a capacidade de regular (via legislação e implementação das leis) a relação entre o homem e� sociedade� coisas� natureza

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Estado e capitalismo

� Evolução do Estado � papel� tamanho

� Estrutura � material� institucional� financeira

� Estado vs mercado: controvérsia secular e inconclusa no pensamento econômico

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Estado no Capitalismo: questões-chave

� Questão-menor: tamanho

� Questões-chave� funções� eficácia� instrumentos� interesses

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Armadilha binária Iprotagônico versus coadjuvante

� Estado mínimo (ator coadjuvante)funções� ordem� segurança� direitos de propriedade

� Ator protagônico:� Mercado auto-regulado

� Estado máximo (ator protagônico)Funções

� alocativa� distributiva� reguladora� estabilizadora

� Ator coadjuvante� mercado

Estado e mercado: protagônicos

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Armadilha binária II Regular ou não regularIntervencionismo: evitar viés regulatório

“Intervenção é uma norma restritiva imposta por um órgão governamental, que força os donos dos meios de produção e empresários a usarem estes meios de uma forma diferente da que usariam.”

Ludwig von Mises

Atuação do Estado transcende a função regulatória

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Armadilha binária IIIIntervencionismo vs Liberalismo

� Protecionismo

� Planejamento

� Regulamentação

� Empresa estatal

� Liberalização

� Mercado

� Desregulamentação

� Privatização

v

e

r

s

u

s

Combinações, graus

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Estado e fases do desenvolvimento

capitalista

� Papel e tamanho depende do processo histórico específico� Movimento pendular?

� Intervencionismo vs liberalismo

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The role of Uncle SamPeter BrooksInternational Herald Tribune, 30/05/2012, p. 9

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Intervenção estatal em economias de mercado

� Funções� Guia

� distributiva� alocativa

� Suplementa� alocativa

� Corrige� reguladora� estabilizadora

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Necessidade de intervenção do Estado: Explicações

� Ideológicas

� Sociais

� Econômicas

� Morais

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Atuação do Estado: Questões centrais

� O que faz? (funções)

� Como maximizar eficácia (instrumentos)

� A que interesses atende? (classes, grupos)

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2. Teorias do Estado

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A. Estado dominador

� Principal sujeito da ação social� Neutro em relação às classes sociais� Locus da potência soberana � Soberania (majestas – Jean Bodin, 1576): características� absoluta� indivisível� perpétua

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Estado-providência: “melhor versão”?

� proteger do “moinho satânico do mercado”

� pressões por mudanças políticas, institucionais, econômicas e sociais� Conflitos de interesses – luta de classes� Segurança, estabilidade e forma de vida (Polany, 1944, p. 155-8)� desemprego, condições locais, status profissional, etc

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B. Estado-serviçal

� Estado-objeto� Estado tem conteúdo de classe� Sujeito principal: classe dominante� Subordinado aos interesses de classe e grupos dominantes

� Ator protagônico: capitalista, frações do capital

� Ator coadjuvante: Estado

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Autores

� Marxistas: desde o Manifesto Comunista, 1848 (Parte 1)� “O governo do estado moderno não ése não um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa.”

� não marxistas: Oppenheimer, Gumplowicz e Cornejo

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C. Estado organizador

� Estado expressa fundamentalmente interesses da classe dominante

� Entretanto: autonomia relativa (frações do capital)

� Aparelhos: � Ideológico: partidos, sistema educacional� Repressivo: política, judiciário� Econômico: orçamento, empresas estatais, agências reguladoras, etc

Autores: Gramsci, Poulantzas, Hirsch, Offe, Przeworski

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Principais funções do Estado

� Acumulação de capital� reduzir falhas de mercado� formação de mão-de-obra� P&D� Gargalos infraestrutura

� Gestão de crises� estabilização macroeconômica� instabilidade do capitalismo

� Legitimidade própria� consentimento� governança� imperativo da governabilidade

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Legitimidade do Estado: função

� acumulação de capital� geração de renda e emprego� recursos orçamentários� gestão de crises

� Políticas sociais� regulação conflito distributivo: K vs L

� Arena da luta de classes� Mediador de conflitos

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Macropolítica: Instrumentos

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Locus da luta de classes

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Papel do Estado na arena internacionalO Método da Economia Política Internacional

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Papel do Estado na arena internacionalcont...

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Estado versus mercado

3. Mercantilismo

4. Capitalismo concorrencial

5. Capitalismo monopolista

6. Capitalismo globalizado

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3. Mercantilismo (séculos XVI-XVIII)

� Riqueza associada com saldo da balança comercial

� Intervenção do Estado para aumentar riqueza

� Riqueza nacional associada ao estoque de metais preciosos

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Período de transição

� Entre feudalismo e capitalismo

� Predomínio do capital mercantil em relação ao capital industrial

� Setor dominante: exportação

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L´État c´est moi (Luís XVI, França, 1661-1715)

� Papel decisivo do Estado� Forte intervencionsimo

� Estado absolutista� Estado dominador (Hobbesiano)

� Relação orgânica� Poder do Estado-nacional� Riqueza dos mercadores/produtores

� Tributação e endividamento

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Experiências

� Grã-Bretanha� Período Elisabetano (1558–1603)

Thomas Mun, Treasure by Foreign Trade (1664)James Steuart, Principles of Political Economy, 1767

� França� Jean-Baptiste Colbert (1665-83)

� Europa Central e Escandinávia� Depois da Guerra dos Trinta Anos (1618–1648)

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Mercantilismo: Estratégias e políticas

� Tarifas elevadas principalmente manufaturados� Comércio exclusivo com colônias� Comércio: monopólio de barcos bandeira nacional� Concessão de monopólios em determinadas atividades

� Desenvolvimento da força naval e marinha mercante

� Subsídios às exportação� Proibição exportação de ouro e prata� Incentivos à produção industrial� Limitar salários� Conteúdo nacional� Barreiras não-tarifárias

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Programa de 9 pontosPhilipp Wilhelm von Hornick, Austria Over All, If She Only Will, 1684

1. Pleno emprego de fatores de produção2. Matéria-prima nacional orientada para indústria

nacional3. Estímulo aumento PEA4. Proibida a exportação de metais preciosos5. Restrição à importação6. Encorajar barter trade7. Importação focada nas matérias-primas para

processamento no país8. Estímulo ao escoamento do excedente de

produção para o mercado externo9. Proibir a importação de bens produzidos no país

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Mercantilismo e Estado

� Reino do Estado dominador

� Estado intervencionista

� Estado absolutista

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Pontos de inflexão

� Revoluções inglesa: 1648 e 1688

� Revolução francesa: 1789

� Combate ao absolutismo (Estado)� Separação (Montesquieu, 1748)

� Governante e Estado

� Expansão da burguesia e controle do Estado

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Bibliografia

� Carnoy, M. Estado e Teoria Política. Campinas: Papirus, 1986.

� Châtelet, F. et al. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.

� Dallari, D. de A. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Ed. Saraiva, 2005. (cap. 2).

� Polany, K. A Grande Transformação. As origens da nossa época. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1980 (1944).

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Cont...

� Beaud, M., Dostaler, G. La Pensée Économique depuisKeynes. Paris: Éditions du Seuil, 1993.

� Gonçalves, R. Economia Política Internacional. Fundamentos Teóricos e s Relações Internacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2005. (cap. 3).

� Oliveira, F. A. de. Economia e Política das Finanças Públicas no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2009, (cap. 1).

� Fiani, R. Cooperação e Conflito. Instituições e Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2011 (caps. 7-9).

� Przeworski, A. Estado e economia no capitalismo. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.

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Obrigado!

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