a acumulação primitiva de capital

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Resumo do capítulo sobre a Acumulação Primitiva em O Capital de Marx.

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  • 1. A ACUMULAO PRIMITIVA DE CAPITALMarx. O Capital. Cap. XXIV Histria Moderna Professor Andr Augusto da Fonseca UERR - 2012

2. CERCAMENTOS DOS CAMPOS (ENCLOSURES) 3. INGLATERRA A PARTIR DO SC. XV EPRINCIPALMENTE A PARTIR DE ISABEL I: Estabelecimento de salrio mximo pelo Estado (mas no o mnimo!) Proibio de sindicatos (de 1349 at 1825) Finalmente, em 1813, as leis sobre a regulao de salrios foram abolidas. Eram uma anomalia ridcula, desde que o capitalista passou a regular a fbrica por meio de sua legislao privada, deixando o imposto dos pobres completar o salrio do trabalhador rural at o mnimo indispensvel (p. 361). 4. FRANA REVOLUCIONRIA: Em um decreto de 14 de junho de 1791, a burguesiadeclarou toda coalizo de trabalhadores como umatentado liberdade e declarao dos direitoshumanos (p. 362). 5. MAS... E OS CAPITALISTAS? QUAL SERIA SUAGNESE? J sabemos de onde vieram os proletrios livres como os pssaros . No entanto, aexpropriao do povo do campo cria, diretamente, apenas grandes proprietriosfundirios. Na Inglaterra, a primeira forma de arrendatrio o bailiff, ele mesmo um servo. Durante a segunda metade do sculo XIV, ele substitudo por um arrendatrio aquem o landlord fornece sementes, gado e instrumentos agrcolas. Sua situao no muito diferente da do campons. Apenas explora mais trabalho assalariado. Torna-se logo metayer, meio arrendatrio. Ele aplica uma parte do capital agrcola, olandlord a outra. Ambos dividem o produto global em proporo contratualmentedeterminada. Essa forma desaparece rapidamente na Inglaterra, para dar lugar aoarrendatrio propriamente dito, o qual valoriza seu prprio capital pelo emprego detrabalhadores assalariados e paga uma parte do mais-produto em dinheiro ou innatura, ao landlord como renda da terra. 6. O PROPRIETRIO ROBERT ANDREWS E ESPOSA(PINTURA DE GAINSBOROUGH, 1748-50) 7. A REVOLUO AGRCOLA (SC. XV-XVI) Os arrendatrios se enriquecem, aocontrrio dos camponeses. A invaso das terras comunais permite aosarrendatrios aumentar seus rebanhos eainda sua produo de adubo. No sc. XVI, os prazos contratuais dearrendamento eram muito longos (svezes, de 99 anos). Dessa forma, Acontnua queda em valor dos metais nobrese, portanto, do dinheiro, trouxe aoarrendatrio frutos de ouro (p. 364). 8. A REVOLUO AGRCOLA (SC. XV-XVI) Assim, a inflao corroaos custos doarrendamento e ossalrios (controlados aferro e fogo pelo Estado)ao mesmo tempo em queaumentava os preosdos produtos dosarrendatrios. 9. A REVOLUO AGRCOLA (SC. XV-XVI) Apesar do nmero reduzido de seuscultivadores, o solo proporcionava [...] tantaou mais produo, porque a revoluo nasrelaes de propriedade fundiria foiacompanhada por mtodos melhorados decultura, maior cooperao, concentrao dosmeios de produo etc., e porque osassalariados agrcolas no apenas foramobrigados a trabalhar maisintensamente, mas tambm o campo deproduo, sobre o qual trabalhavam para simesmos, se contraa mais e mais 10. UMA NOVA ALMA SOCIAL 11. UMA NOVA ALMA SOCIAL: CAMPOS REUNIDOS, MANUFATURAS REUNIDAS Suponha-se, por exemplo, que parte dos camponeses da Westfalia, que no tempo de Frederico II fiavam todos linho, ainda que no seda, fosse expropriada fora e expulsa da base fundiria, sendo a outra parte restante, porm, transformada em jornaleiros de grandes arrendatrios. Ao mesmo tempo, erguem-se grandes fiaes e tecelagens de linho, nas quais os liberados trabalham agora por salrios. O linho tem exatamente o mesmo aspecto que antes. Nenhuma de suas fibras foi mudada; mas uma nova alma social penetrou-lhe no corpo. Ele constitui agora parte do capital constante dos senhores da manufatura. 12. UMA NOVA ALMA SOCIAL: CAMPOS REUNIDOS, MANUFATURAS REUNIDAS Antes, repartido entre inumerveis pequenosprodutores, que o cultivavam e fiavam em pequenas porescom suas famlias, est agora concentrado nas mos de umcapitalista, que faz outros fiar e tecer para ele. O trabalhoextra despendido na fiao do linho realizava-se antes comoreceita extra de inumerveis famlias camponesas [...]. Elerealiza-se agora no lucro de alguns poucos capitalistas. 13. UMA NOVA ALMA SOCIAL: CAMPOS REUNIDOS, MANUFATURAS REUNIDAS Os fusos e teares, antes disseminados pelo interior, estoagora concentrados em algumas grandes casernas detrabalho, tal como os trabalhadores e como a matria-prima.E os fusos, os teares e a matria-prima, de meios deexistncia independente para fiandeiros eteceles, transformam-se, de agora em diante, em meios decomand-los e de extrair deles trabalho no-pago (p. 366.Grifo meu). 14. ENGENDRAM-SE AS CONDIES PARA AAFIRMAO DE UM NOVO MODO DE PRODUO Antes, a famlia camponesa produzia e processava osCriaomeios de subsistncia e as domercadomatrias-primas queinternodepois, em sua maior parte, ela Liberao mesma consumia. Essasdos meiosde trabalhomatrias-primas e esses meios para o capital de subsistncia tornaram-se industrialExpropriao agora mercadorias; o grandedosarrendatrio as vende e nascamponeses manufaturas encontra ele seu mercado. 15. ENGENDRAM-SE AS CONDIES PARA AAFIRMAO DE UM NOVO MODO DE PRODUO Fio, pano, tecidos grosseiros de l, coisas cujas matrias-primas encontravam-se aoCriaoalcance de toda famlia camponesa e que doeram fiadas e tecidas por ela para seumercadoautoconsumo transformam-se agora eminternoartigos de manufatura, cujos mercados so Liberao constitudos justamente pelos distritosdos meiosrurais.de trabalho para o capital A numerosa clientela dispersa, at aqui industrialcondicionada por uma poro deExpropriao produtores pequenos, trabalhando pordosconta prpria, concentra-se agora numcamponeses grande mercado abastecido pelo capital industrial. (p. 367). 16. ENGENDRAM-SE AS CONDIES PARA A AFIRMAO DE UM NOVO MODO DE PRODUO Entretanto, o perodo manufatureiro propriamente dito no leva anenhuma reestruturao radical. Recordemos que a manufatura sse apodera da produo nacional de forma muito fragmentria esempre se baseia sobre os ofcios urbanos e sobre a pequenaindstria domstica rural como fundamento amplo. Quando amanufatura destri uma forma dessa indstria domstica, em ramosespecficos de negcio e em determinados pontos, provoca osurgimento da mesma em outros, porque precisa dela, at certograu, para o processamento da matria-prima (368) Somente a grande indstria poder completar a separao entre aagricultura e a indstria rural domstica. 17. GNESE DO CAPITALISTA INDUSTRIALSistemaDvida tributrio pblicaProtecionismoMeios da acumulao primitiva naInglaterra (sc. XVII) 18. GNESE DO CAPITALISTA INDUSTRIAL A dvida pblica torna-se uma das mais enrgicas alavancas da acumulaoprimitiva. Tal como o toque de uma varinha mgica, ela dota o dinheiroimprodutivo de fora criadora e o transforma, desse modo, em capital, sem quetenha necessidade para tanto de se expor ao esforo e perigo inseparveis daaplicao industrial e mesmo usurria. Os credores do Estado, na realidade, no do nada, pois a somaemprestada convertida em ttulos da dvida, facilmente transferveis, quecontinuam a funcionar em suas mos como se fossem a mesmaquantidade de dinheiro sonante (p. 373). 19. GNESE DO CAPITALISTA INDUSTRIAL A incrvel violnciapraticada pelos europeusna Amrica, frica eEuropa fez parte doprocesso de acumulaoprimitiva. A violncia a parteirade toda velha sociedadeque est prenhe de umanova. Ela mesma umapotncia econmica(Marx, O Capital, v. II, p. 370). 20. GNESE DO CAPITALISTA INDUSTRIALExpropriao dos trabalhadores etransformao de suas condies detrabalho em capital (p. 380-381).centralizao do capital ouexpropriao de muitoscapitalistas por poucosDesenvolvimento crescente da forma cooperativa do processo detrabalho (trabalho social combinado), aplicao tcnica conscienteda cincia, explorao planejada da terra, entrelaamento de todosos povos na rede do mercado mundial