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Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos 1 Regulamento Interno do Lar Capítulo I Natureza, fins e âmbito de aplicação Artigo 1º Princípios Gerais 1. A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim é uma Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos, cujos estatutos se encontram registados na Direcção Geral de Acção Social, com o número de registo 52/82, Pessoa Colectiva de Utilidade Pública n.º 501649484, com sede na Rua Maria Emília Batista Silva, n.º 7, em Castro Marim. 2. A cultura institucional do estabelecimento será pautada pela abertura ao diálogo com os Utentes e os seus familiares inspirados em valores como a solidariedade, a entreajuda, a co- responsabilidade, equidade social, da diferenciação positiva norteados por um empenho constante na prestação de um serviço de qualidade. 3. A cobertura assistencial dos Utentes do estabelecimento é assegurada mediante o princípio de subsidiariedade do Estado, nomeadamente através da celebração do Acordo de Cooperação para a Resposta Social de Lar de Idosos com Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Faro em 31/12/1992 e restantes políticas sociais. Artigo 2º Objecto O presente quadro normativo consagra os princípios, finalidades e medidas gerais do funcionamento do Lar de Idosos, enquanto valência da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim. Artigo 3º Definição A Resposta Social Lar de Idosos, desenvolve-se em equipamento onde são realizadas actividades de apoio social a pessoas idosas através de alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, para idosos em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia.

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Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

1

Regulamento Interno do Lar

Capítulo I

Natureza, fins e âmbito de aplicação

Artigo 1º

Princípios Gerais

1. A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim é uma Instituição Particular de Solidariedade

Social sem fins lucrativos, cujos estatutos se encontram registados na Direcção Geral de Acção

Social, com o número de registo 52/82, Pessoa Colectiva de Utilidade Pública n.º 501649484,

com sede na Rua Maria Emília Batista Silva, n.º 7, em Castro Marim.

2. A cultura institucional do estabelecimento será pautada pela abertura ao diálogo com os

Utentes e os seus familiares inspirados em valores como a solidariedade, a entreajuda, a co-

responsabilidade, equidade social, da diferenciação positiva norteados por um empenho

constante na prestação de um serviço de qualidade.

3. A cobertura assistencial dos Utentes do estabelecimento é assegurada mediante o princípio

de subsidiariedade do Estado, nomeadamente através da celebração do Acordo de Cooperação

para a Resposta Social de Lar de Idosos com Centro Distrital de Solidariedade e Segurança

Social de Faro em 31/12/1992 e restantes políticas sociais.

Artigo 2º

Objecto

O presente quadro normativo consagra os princípios, finalidades e medidas gerais do

funcionamento do Lar de Idosos, enquanto valência da Irmandade da Santa Casa da

Misericórdia de Castro Marim.

Artigo 3º

Definição

A Resposta Social Lar de Idosos, desenvolve-se em equipamento onde são realizadas

actividades de apoio social a pessoas idosas através de alojamento colectivo, de utilização

temporária ou permanente, para idosos em situação de maior risco de perda de independência

e/ou autonomia.

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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Artigo 4º

Legislação Aplicável

A Resposta Social Lar de Idosos rege-se pelo estipulado no Guião Técnico de Despacho do

SEIS de 29/11/1996, pelo Despacho Normativo de 12/98 de 25 de Fevereiro e pelo Decreto-Lei

64/07 de 14 de Março de 2007.

Artigo 5º

Destinatários

A Valência de Lar de Idosos destina-se acolher pessoas idosas que expressem a sua livre

vontade em ser admitidas e se encontrem em situação de incapacidade/impedimento para

assegurar a satisfação das suas necessidades básicas diárias.

Artigo 6º

Objectivos da Resposta

1. Os serviços prestados e actividades desenvolvidos no estabelecimento visam contribuir para a

estabilização e retardamento dos impactos negativos associados ao processo de

envelhecimento.

2. Para o efeito, cumpre à Instituição:

a) Acolher pessoas com idade superior aos 65 anos cuja situação familiar, social, económica,

habitacional e/ou de saúde, não permita permanecer no seu meio habitacional;

b)Garantir uma qualidade de vida que compatibilize a vivência em comum com o respeito pela

individualidade e privacidade de cada idoso num ambiente calmo, confortável e humanizado;

c) Assegurar a satisfação das necessidades básicas, proporcionando: alojamento, alimentação,

cuidados de higiene e conforto, o acesso à prestação de cuidados de saúde, tratamento de

roupas, actividades de ocupação/ animação, assistência religiosa;

d) Proceder ao diagnóstico individual de cada Utente, que permita a definição do Plano de

Desenvolvimento Individual;

e) Garantir o tratamento e acompanhamento de apoio psicossocial;

f) Assegurar a prestação de serviços e cuidados adequados às necessidades específicas de

cada Utente, tendo em vista a manutenção da sua autonomia e independência;

g) Acompanhar e encaminhar os idosos para a resolução das suas problemáticas (ao nível da

saúde, económico e social);

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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h) Potenciar a integração social, favorecendo sentimentos de interacção, auto estima e

segurança;

i)Promover as relações intergeracionais;

j) Promover condições de preservação de convivência social, através do relacionamento entre os

idosos e destes com familiares e amigos, com o pessoal do lar e com a própria comunidade, de

acordo com os seus interesses;

k) Fomentar as relações interfamiliares, estimulando para o espírito de solidariedade e

entreajuda do Utente com o seu agregado familiar;

l) Elaborar um Plano de Actividades de animação, recreativa e ocupacional, que visem contribuir

para um clima de relacionamento saudável entre os idosos e para a manutenção das suas

capacidades físicas e psíquicas;

m) Proporcionar aos idosos novas experiências que lhe permitam uma valorização pessoal e

social;

n) Promover o acesso dos idosos a elementos lúdicos e audiovisuais, de leitura e bibliográfico,

assim como festas, passeios e visitas a localidades e monumentos;

o) Assegurar uma alimentação equilibrada, variada e rica nutricionalmente satisfazendo, na

medida, do possível os hábitos/ preferências alimentares assim como dar cumprimento a dietas

especiais, em caso de necessidade, cumprindo as prescrições médicas;

p) Permitir a assistência religiosa, sempre que o idoso a solicite, ou na incapacidade deste, a

pedido dos seus familiares;

q)Fomentar o envelhecimento activo;

r)Promover os direitos e deveres dos Utentes;

s)Contribuir para a estabilização do processo de envelhecimento.

Artigo 7º Prestação de Serviços

Compete à Instituição proporcionar ao Utente em regime de internato, os seguintes serviços:

1. Alojamento

a) O Lar dispõe de instalações e equipamentos necessários para responder às

necessidades dos Utentes-Residentes, não sendo permitido o transporte de peças de

mobiliário ou outros objectos não dimensionados para este espaço institucional;

b) Os Utentes podem trazer pequenos objectos decorativos que mais estimem, desde que

requeiram autorização prévia;

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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c) Os Utentes são responsáveis, disciplinar e materialmente perante o estabelecimento e

terceiros, por prejuízos que voluntariamente possam causar nas instalações,

equipamentos e utensílios, desde que o seu estado de saúde configure imputabilidade;

d) Os Utentes têm, para seu uso pessoal, uma cama, mesa-de-cabeceira, cómoda e parte

do roupeiro;

e) As portas dos quartos não podem ser fechadas à chave;

f) O Utente pode circular livremente pelas áreas não restritas do lar, não devendo

permanecer exclusivamente no quarto, salvo por indicação dos serviços de saúde;

g) Não é permitido nos quartos o uso de utensílios eléctricos, nomeadamente: televisões,

ferros de engomar, rádios, etc.

h) É expressamente proibido fumar no edifício;

i) A partir das 22 horas é considerado o momento do silêncio, não sendo permitido, nos

quartos, as luzes acesas e ruídos;

j) Quando o Utente-Residente é autónomo, não gosta de se deitar cedo, pode permanecer

na sala de convívio até mais tarde, onde pode ouvir música ou ver televisão;

k) As respectivas malas devem ser identificadas com o nome do Utente e colocadas numa

arrecadação para o efeito.

2. Alimentação

a) A alimentação proporcionada pela Instituição deve abranger a refeição geral e dieta, da

seguinte forma:

- Pequeno-almoço pelas 9 horas;

- Almoço pelas 12 horas;

- Lanche pelas 16 horas;

- Jantar pelas 19 h30;

- Ceia pelas 21,30 horas.

b) As dietas deverão ser prescritas pelo Médico Assistente, mediante receita individual,

visada pela Equipa Técnica e entregue nos serviços da cozinha;

c) Semanalmente é afixada uma ementa no estabelecimento, em local próprio, em

colaboração com os Utentes com sugestões à equipa responsável sendo susceptível de

sofrer alterações;

d)A alimentação deve ser variada e equilibrada e igual para todos, mas o Utente é sempre

tratado conforme o seu estado de saúde;

e)O Utente deve respeitar os horários de refeições estabelecidos, salvo em situações

especiais atendíveis pelo Coordenador/Técnico de Serviço Social.

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3. Refeitório

a) A entrada no refeitório é sinalizada pelo toque de uma campainha;

b) Os Utentes devem comparecer com pontualidade no refeitório;

c) Deverão manter uma atitude correcta em relação a companheiros e pessoal. O pessoal

de serviço tem autoridade conferida pela Mesa Administrativa, para convidar a sair do

refeitório os responsáveis pela quebra de harmonia;

d) Não é permitido levar alimentos ou restos para fora do refeitório, exceptuando pão e

fruta;

e) Cada Utente terá o seu lugar definido no refeitório. Sempre que pretenda mudar de

lugar, deverá contactar o encarregado dos serviços;

f) A permanência no refeitório só é permita à hora das refeições;

g) Não é consentido o transporte de bebidas alcoólicas para dentro das instalações;

h) O acesso à cozinha só é permitido aos Utentes que nela prestem actividades definidas

pela Equipa Técnica.

4. Higiene

a) É obrigatório que todos os Utentes tomem banho conforme a escala definida, salvo

indicações contrárias da Coordenadora/Técnica de Serviço Social;

b) Os Utentes deverão andar sempre vestidos de forma adequada e em perfeito estado de

higiene;

c) Para o efeito, deverão, no acto de internamento, trazer roupas de uso pessoal

suficientes para todas as mudanças necessárias, bem como objectos de higiene

pessoal, tais como: escovas de dentes, escovas de cabelos, etc.

5. Vestuário

a) O vestuário deverá manter-se sempre limpo e nas devidas condições de apresentação;

b) As roupas dos Utentes deverão ser recebidas pelos serviços de lavandaria, onde serão

devidamente marcadas com o nome do Utente e número previamente estabelecido.

c) Sempre que cada Utente adquira uma peça de roupa nova, deverá a mesma ser

marcada de acordo com o número já atribuído;

d) Sempre que surjam problemas com o vestuário de cada Utente, este deverá dirigir-se à

Equipa Técnica;

e) Não devem manter-se roupas sujas nos roupeiros, devendo ser enviadas imediatamente

para os serviços de lavandaria, através das ajudantes de Lar;

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f) Os roupeiros, mesas-de-cabeceira e gavetas do refeitório deverão manter-se sempre

limpos, não sendo permitido o armazenamento de frutas, alimentos ou produtos que se

deteriorem.

6. Serviços Sociais

a) O Serviço Social da Instituição deve estar ao dispor dos Utentes para estudo e

colaboração nas possíveis soluções dos seus problemas, quer de adaptação ou de

readaptação social ou outros, de forma a possibilitar decisões responsáveis e

autónomas por parte dos mesmos;

b) Os Utentes terão ao seu dispor actividades de animação sócio cultural, recreativas,

culturais ou ocupacionais, de acordo com os seus interesses e possibilidades.

7. Assistência médica, medicamentosa e de enfermagem

a) A Instituição deve promover o acesso aos cuidados de saúde básicos aos Utentes, com

a marcação e acompanhamento do mesmo a consultas de Medicina Familiar, e sempre

que possível, a consultas de especialidade.

b) No gabinete médico, existe um processo clínico individual de cada Utente onde são

anotadas todas as situações de saúde, exames complementares efectuados, bem como

a respectiva medicação e indicações de toma.

c) As Ajudantes de Lar e Centro de Dia preparam semanalmente a medicação a

administrar a cada Utente, não sendo permitida a auto-medicação.

d) As consultas a médicos particulares, a realização de exames complementares de

diagnóstico, as taxas moderadoras, os medicamentos, os transportes de ambulância são

da responsabilidade dos Utentes ou familiares.

e) Sempre que o Utente pretenda obter consulta de rotina pelo médico de família, deverá

solicitar atempadamente a sua marcação no centro de saúde, ficando contudo

dependente de vaga.

f) Em situações de emergência e sempre que os médicos de família não estejam de

serviço, os Utentes serão conduzidos aos serviços de urgência básica (SUB) do Centro

de Saúde de Vila Real de Santo António, acompanhados por uma Ajudante de Lar e

Centro de Dia.

g) Sempre que os serviços de saúde, quer de Castro Marim quer de Vila Real de Santo

António, reencaminhem o Utente para o Hospital de Faro, sendo transportado por

ambulância, o acompanhamento da Ajudante de Lar e Centro Dia cessa, sendo o Utente

entregue à responsabilidade do pessoal que efectua o transporte (bombeiros ou outros),

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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por razões de impossibilidade objectiva dos serviços da Instituição. Tal situação será

imediatamente comunicada ao familiar responsável pelo Utente.

8. Ajudas Técnicas

a) A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim possui um conjunto de ajudas técnicas,

que após avaliação funcional do Utente, poderão ser facultadas;

b) O empréstimo destes instrumentos está sujeito aos seguintes critérios:

- Ser Irmão da Misericórdia;

- Ser Utente das Respostas Sociais;

- Situação de saúde de grande dependência;

- Situação financeira precária;

- Tempo de utilização da Ajuda.

9. Utilização dos Serviços

a) Os Utentes deverão dirigir-se à Equipa Técnica para participar problemas da seguinte

natureza:

- Organização do Lar;

- Problemas sociais;

- Dificuldades de relacionamento com os companheiros ou funcionários;

- Situação de doença e medicação;

- Depósitos ou levantamentos que desejem efectuar da sua conta corrente;

- Participação nas actividades de animação.

b) Os Utentes deverão dirigir-se às Ajudantes de Lar e Centro de Dia para participar

problemas relacionados com:

- Higiene pessoal;

- Alimentação;

- Vestuário;

- Saídas do Lar;

c) Os Utentes deverão participar aos serviços de lavandaria problemas relacionados com :

- Troca de Vestuário.

d) O estabelecimento proporciona sempre que possível, veículos para transporte dos

Utentes para exames de diagnóstico clínico, sob orientação da Equipa Técnica.

e) O estabelecimento proporciona aos Utentes sempre que possível, passeios ao exterior,

sob orientação da Equipa Técnica.

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10. Poupança dos Utentes

a) O estabelecimento não se responsabiliza por eventuais furtos de dinheiro ou outros bens

pessoais que se encontrem à guarda dos Utentes;

b) Os bens de valor – ouro ou prata – depois de devidamente identificados, podem ser

entregues no Gabinete de Coordenação que os guarda em cofre, podendo o Utente

requerê-los sempre que os entenda utilizar.

c) O dinheiro poderá ser depositado no Gabinete de Coordenação, em conta corrente de

cada Utente, podendo sempre que o desejar levantar ou depositar os montantes que

entenda;

d) A movimentação de bens de valor e de dinheiro é efectuada através da entrega de guias

de depósito ou levantamento, devidamente assinadas pelos interessados, cujos originais

ficam sempre em posse do Utente.

Artigo 8º

Capacidade

A Resposta Social de Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim tem

capacidade para 47 Utentes e Acordo de Cooperação com a Segurança Social para 45 Utentes.

Capítulo II

Processos de Admissão de Utentes

Artigo 9º

Disposição Geral

Os Utentes podem ser admitidos em regime comum ou casal. No regime comum, o quarto é

utilizado por pessoas do mesmo sexo. No regime do casal, o quarto é utilizado por um casal.

Artigo 10º

Condições de Admissão

1. São condições de admissão do Utente:

a) Possuir idade igual ou superior a 65 anos, salvo casos excepcionais, a considerar

individualmente, após estudo pela Equipa Técnica do Lar e devidamente aprovado pela Mesa

Administrativa;

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b) Não sofrer de doença infecto contagiosa e não apresentar perturbação mental grave que

ponha em risco a integridade física dos outros Utentes ou perturbe o normal funcionamento da

Instituição;

c) Concordância clara do idoso em querer ingressar no Lar;

d)Concordância do idoso e da família com os princípios, valores e regulamentos da Misericórdia;

e)Submeter-se a uma entrevista de averiguação das suas condições, realizada pela Técnica de

Serviço Social.

Artigo 11º

Critérios de Admissão

1. A admissão de Utentes será efectuada, de acordo com os seguintes critérios:

a) Ser residente ou natural do concelho de Castro Marim;

b)Viver em risco de isolamento social e geográfico;

c)Incapacidade, indisponibilidade e/ou ausência de suporte familiar;

d)Condições habitacionais inadequadas;

e)Precariedade económica;

f)Se é Utente das Respostas Sociais da Instituição;

g)Ser familiar directo de utente já residente nesta valência;

h) Situação de emergência social proposta pela Segurança Social;

i) Carta de manifestação de vontade em ser admitido;

j)Ter ou terem doado os bens à Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim;

k)Ser Irmão e/ou membro dos Corpos Gerentes da Misericórdia;

l) Não sofrer de doença infecto contagiosa ou mental grave;

m) Não se encontrar em situação de grave dependência nomeadamente com a exigência de

cuidados permanentes de terceiros;

n)A ordem de inscrição não constitui critério para a admissão.

2. A aplicação destes critérios, deve dar uma resposta prioritária aos casos mais graves,

especialmente em situações sociais em risco de acelerar ou degradar o processo de

envelhecimento.

Artigo 12º

Processo de Candidatura

1. A candidatura à admissão para internamento decorre todos os dias úteis, no horário de

atendimento das 9H/12.30H e das 14H às 17.30 H.

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2. A realização de um processo de candidatura destina-se a efectuar um estudo acerca da

situação sócio-familiar do candidato a Utente-Residente, bem como, a esclarecer e informar

acerca dos princípios, normas valores pela qual se rege a Misericórdia e sobre o Regulamento

Interno da Resposta Social.

3. O candidato a Utente-Residente e/ou familiar responsável deverá dirigir-se ao Técnico de

Serviço Social, a fim de ser preenchida uma ficha de inscrição.

4. A execução do diagnóstico social inicia-se com a apresentação dos seguintes documentos:

- Bilhete de Identidade;

- Cartão de Contribuinte;

- Cartão de Beneficiário da Segurança Social;

- Cartão de Utente (SNS);

- Comprovativo actualizado do valor dos rendimentos do agregado familiar;

- Comprovativo do pedido do Complemento por dependência, quando o idoso ainda não receba;

- Declaração de IRS e documentos das despesas fixas do candidato a Utente e do seu agregado

familiar;

- Relatório Médico com a indicação da situação de saúde, medicação e sua posologia;

-Declaração assinada pelo candidato a Utente e pelo responsável do mesmo, onde manifesta

concordância com a integração e princípios vigentes da Misericórdia.

5. As inscrições são válidas durante o período de um ano, após o qual deverá proceder à

renovação da referida inscrição. É obrigatória a entrega dos documentos necessários ao cálculo

da mensalidade sempre que haja actualização dos seus rendimentos, caso contrário a inscrição

será anulada;

Artigo 13º

Decisão

1. As admissões serão efectuadas pela Mesa Administrativa sob proposta da Técnica de Serviço

Social sempre que hajam vagas, cabendo a este órgão a decisão da admissão de Utentes.

2. Em caso de admissão urgente, pode ser dispensada a apresentação da candidatura e

respectivos documentos probatórios, sendo necessário providenciar a obtenção dos dados em

falta.

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Artigo 14º

Processo de Admissão

1.A decisão é da competência da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Castro

Marim, tendo em consideração o parecer da Equipa Técnica de acordo com o diagnóstico social

elaborado.

2. A comunicação de admissão do cliente é transmitida pela Equipa Técnica da Instituição.

3. Se o idoso recusar a admissão, será arquivado o seu processo e será contactado outro

candidato a designar pela Mesa Administrativa.

4. A recepção do Utente, é realizada pela Equipa Técnica, que o apresentará aos restantes

Utentes, funcionários, visita às instalações e por fim indicando-lhe os respectivos aposentos.

5. No acto de admissão, o idoso deverá ser acompanhado pela família e/ou pelo responsável

pelo seu internamento.

6. No acto de admissão deverá ser entregue o original do cartão de saúde do Utente.

7. A admissão será condicionada por um período de ambientação de 3 meses, de modo, a que

seja possível verificar se houve uma boa integração e respeito pelos princípios, normas deste

Regulamento e da Misericórdia.

8. O alojamento do Utente, será efectuado em quarto triplo ou duplo mediante a vaga disponível

e sua mobilidade.

9. Caso não haja continuidade do contrato de prestação de serviços, o Utente não têm direito a

qualquer reembolso.

Artigo 15º

Processo Individual do Utente

1.Os serviços sociais devem manter organizado e actualizado o processo individual de cada

Utente, de forma a conhecer a situação sócio-familiar, financeira e clínica, bem como a definição

de estratégias que visem a resolução das várias problemáticas subjacentes;

2. Este processo deve estar bem identificado e numerado, onde deve constar:

a) Todos os documentos referidos no Artigo 12º no nº 4;

b) Contrato de Prestação de Serviços onde estejam definidos os serviços a prestar pela

Instituição, bem como, a comparticipação mensal do Utentes e dos descendentes e o

compromisso individual quanto às despesas adicionais do Utente;

c) A definição de um Plano de Desenvolvimento Individual, onde estejam definidas e

registadas todas as intervenções a realizar junto do Utente, familiares e comunidade;

3.Todos os dados referentes aos processos devem manter-se confidenciais e de acesso restrito.

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Artigo 16º

Lista de Espera

Caso não seja possível proceder à admissão por inexistência de vagas, o mesmo será

comunicado e sempre que seja solicitado o candidato poderá consultar a posição que ocupa na

lista de espera, contactando para o efeito os serviços responsáveis pela gestão de admissões.

Capítulo III

Comparticipações

Artigo 17º

Mensalidade

1.A definição das comparticipações a pagar pela frequência no Lar, tem como suporte os

Protocolos de Cooperação actualizados anualmente e celebrados entre o Ministério do Trabalho

e Solidariedade Social e a União das Misericórdias Portuguesas;

2. Cada Utente comparticipará com uma percentagem sobre o seu rendimento à qual se somará

a comparticipação da Segurança Social e a comparticipação familiar;

3. Para os Utentes que não estejam abrangidos pelo Acordo de Cooperação, o somatório da

comparticipação familiar do cliente mais a comparticipação dos familiares não pode exceder os

150% do valor de referência;

4. A determinação da comparticipação do Utente devida pela utilização deste equipamento, é

definida pela aplicação de uma percentagem de 85% sobre o rendimento percapita do agregado

familiar nas diferentes situações:

a) Idosos cuja situação não lhe permita satisfazer, de forma autónoma, as suas necessidades

básicas: alimentação, higiene pessoal, vestuário e locomoção (dependência de 1º grau ou a

tenha requerido);

b) Idosos com necessidades específicas e permanentes ao nível dos cuidados de saúde ou de

recuperação (dependentes de 1º Grau e 2º Grau).

5. Todas as ausências por motivo de doença/ férias com duração consecutiva de 15 dias

conferem o direito à redução de 25% das comparticipações mensais acordadas;

6. Caso se verifiquem períodos de ausência por motivo de doenças/ férias com duração superior

a 1 mês, é definida uma redução de 30% sobre as comparticipações mensais acordadas.

7. O pagamento deverá efectuar-se até dia 10 de cada mês.

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Artigo 18º

Cálculo da Comparticipação

1. A comparticipação é definida pelo disposto na Circular Normativa nº 3 de 02/05/1997 e pela

Circular Normativa nº 7 de 14/08/97, em que o cálculo do rendimento “ per capita” do agregado

familiar é realizado de acordo com a seguinte fórmula:

R= RF-D/ N

Sendo:

R= Rendimento “ per capita”

RF= Rendimento mensal ilíquido do agregado familiar

D= Despesas fixas

N= Número de elementos do agregado familiar

2. Para efeitos de aplicação das presentes normas, entende-se por agregado familiar o conjunto

de pessoas ligadas entre si por vínculo de parentesco, ou outras situações, desde que vivam em

economia comum.

3. Consideram-se despesas mensais fixas:

a) O valor da renda de casa ou de prestação mensal devida pela aquisição de habitação

própria;

b) As despesas com aquisição de medicamentos de uso continuado em caso de doença

crónica (mediante a apresentação de declaração médica).

4. Poderá ser estabelecido um limite máximo das despesas mensais fixas a que se refere a

norma anterior.

5. A comparticipação mensal é efectuada no total de 12 mensalidades, sendo que o valor do

rendimento mensal ilíquido do agregado familiar é o duodécimo da soma dos rendimentos

anualmente auferidos, a qualquer título, por cada um dos seus elementos.

6. A prova de rendimentos declarados será feita mediante a apresentação de documentos

comprovativos adequados e credíveis, designadamente de natureza fiscal.

7. Sempre que haja fundadas dúvidas sobre a veracidade das declarações de rendimento

deverão ser feitas as diligências complementares que se considerem mais adequadas ao

apuramento das situações, de acordo com critérios de razoabilidade.

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8. A prova das despesas referidas no artigo 18º nº 3, deverá ser feita mediante a apresentação

de documentos comprovativos dos últimos três meses.

Artigo 19º

Comparticipação de Descendentes

1. A comparticipação dos Descendentes destina-se a perfazer o diferencial do somatório entre a

comparticipação familiar do Utente e a comparticipação da Segurança Social até se atingir os

150% do valor de referência;

2. As despesas com medicamentos, fraldas, serviços de transporte para os serviços de saúde,

funeral, e outras que possam surgir, constituem encargos adicionais a serem custeados pelo

Utente e/ou pelo familiar responsável.

3. Sempre que o Utente utilize o transporte da Instituição, é estabelecida uma taxa de 0,50€ por

km.

4. Iniciando-se a frequência na resposta social durante a primeira quinzena de cada mês, o

pagamento das comparticipações familiares do Utente e da família são pagas na totalidade,

sendo que após esta data as comparticipações são no valor de 50%.

5. Perante a recusa na entrega da cópia do documento de IRS por parte dos familiares, o valor a

comparticipar pelos mesmos poderá ser o necessário para atingir os 150% do valor de

referência.

6. As comparticipações do Utente e da família em atraso por período igual ou superior a três

meses levam a suspensão da frequência da resposta social caso não sejam devidamente

justificadas.

Artigo 20º

Contrato de Prestação de Serviços

1. Nos termos e para efeitos do preceituado no Despacho Normativo n.º 31/2000, do Ministério

do Trabalho e da Solidariedade, a Instituição celebra, com cada Utente e seus representantes,

caso os haja, um contrato de prestação de serviços, onde constam os principais direitos e

obrigações de ambas as partes.

2. No acto de assinatura do referido contrato é entregue ao Utente e ao seu representante um

exemplar do presente regulamento, a fim de que tomem conhecimento do mesmo.

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Artigo 21º

Cessação do contrato

3. O contrato de prestação de serviços pode ser suspenso e/ou rescindido, por qualquer das

partes, nos termos a seguir indicados:

a) Incumprimento das regras e normas estabelecidas no processo contratual;

b) Inadequação dos serviços às necessidades do Utente;

c) Insatisfação do Utente;

d) Mudança de resposta social;

e) Inadaptação do Utente aos serviços;

f) Disponibilidade dos cuidadores formais para assegurar a prestação de apoio;

g)Sempre que se verifiquem anomalias de comportamento do Utente ou seus responsáveis, que

venham a revelar incompatibilidade com o normal funcionamento dos serviços, ou pautados

como socialmente não aceites, não possíveis de solucionar através de um bom entendimento

entre as partes;

h) Por falecimento do Utente.

Artigo 22º

Cessação de alojamento

1. Cessando o contrato, os serviços promovem o pagamento das comparticipações relativas ao

mês em curso e das despesas em débito do Utente.

2. Em caso de falecimento, a equipa técnica deve elaborar e assinar uma listagem dos bens e

valores encontrados na posse do Utente.

3. A devolução dos bens e valores à guarda da Instituição e saldo da conta corrente, deverá ser

entregue ao seu representante para o efeito credenciado.

Capítulo IV

Regras Gerais de Funcionamento

Artigo 23º

Instalações

A Resposta Social de Lar de Idosos de Castro Marim funciona no edifício da sede da

Misericórdia e as suas instalações são compostas por áreas funcionais, nomeadamente: área

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técnica, sala de convívio, barbearia/ cabeleireiro, área de higiene e instalações sanitárias e de

banho assistido, lavandaria, sala de refeições, cozinha.

Artigo 24º

Horário de funcionamento

O Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim funciona de forma ininterrupta e

permanentemente.

Artigo 25º

Das visitas e acompanhamento familiar

1. Porque a vivência colectiva num Lar constitui uma experiência nova e de difícil adaptação, o

acompanhamento familiar é fundamental. Para o efeito, o estabelecimento tem à disposição dos

Utentes e familiares, a sala de convívio que poderá ser utilizada pelos mesmos para o convívio

familiar.

2.A fim de conferir maior eficácia à limpeza, higiene pessoal dos Utentes e descanso ocasional

dos mesmos, as visitas decorrerão, diariamente, no período das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às

17h00.

3.O período constante da alínea anterior pode, em casos excepcionais, ser dilatado até às 19

horas, para familiares de Utentes dependentes que pretendam dar pessoalmente o jantar ao seu

familiar, procedimento que requer a prévia autorização da Equipa Técnica, sendo do facto

informadas as Ajudantes de Lar e Centro de Dia.

4.O acesso a zonas íntimas dos Utentes, nomeadamente: quartos, enfermaria e refeitório, é

interdito às visitas.

5.Sempre que o Utente não se encontre na sala de convívio, deverá o familiar, na hora da visita,

solicitar aí a sua comparência, através das ajudantes de lar e centro de dia ou da pessoa

responsável pela portaria do estabelecimento.

6.São aceites excepções temporárias no acesso das visitas aos quartos ou enfermarias, em

caso de doença impeditiva da deslocação do Utente, as quais serão sempre previamente

autorizadas pela Equipa Técnica e disso informadas as ajudantes de lar e centro de dia e a

pessoa responsável pela portaria do estabelecimento e só pelo período idêntico ao da referida

convalescença.

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Artigo 26º

Comunicações aos Familiares

Para a obtenção de informações ou para a resolução de problemas relativos á situação geral dos

Utentes, os familiares devem dirigir-se à Equipa Técnica.

Artigo 27º

Saídas do Estabelecimento

1.As saídas são livres, estando apenas subordinadas a um horário próprio e à autorização da

Coordenadora e/ou Técnica de Serviço Social.

2. Os Utentes podem, ao longo do ano, gozar férias junto dos familiares ou amigos, sem

quaisquer restrições temporais, desde que a Equipa Técnica seja do facto previamente avisada.

3. As restrições às saídas dos Utentes, sem acompanhamento do pessoal, têm apenas lugar no

caso de idosos desprovidos de orientação espácio-temporal, e carecem de autorização prévia da

direcção técnica do estabelecimento, devendo do facto serem avisados formalmente os

familiares por esta.

4. Em caso de discordância deste procedimento, por parte do familiar responsável pelo

internamento, este obriga-se a assinar um termo de responsabilidade em como assume a

responsabilidade pelas saídas autónomas do Utente.

5.Todas as saídas diárias, ainda que por curtos períodos, carecem de autorização, devendo o

responsável pela saída do Utente preencher, em impresso próprio, um Termo de

Responsabilidade.

6. As saídas por mais de 24 horas necessitam de aviso prévio da Equipa Técnica, ou na sua

ausência, às Ajudantes de Lar e Centro de Dia ao serviço, sendo da responsabilidade familiar

informar e preencher uma ficha designada para o efeito;

7. As saídas só poderão ter lugar a partir das 8 horas e o recolher deverá verificar-se até às 24

horas, tendo as funcionárias de serviço nocturno orientações rigorosas no sentido de não

abrirem a porta a partir daquela hora;

8.Exceptuam-se motivos ponderosos invocados pelo Utente que previamente sejam

comunicados ao director técnico, que os fará constarem no livro de registo de ocorrências

nocturnas.

9.Os familiares podem, sempre que o desejarem, levar o Utente para gozar férias ou para saídas

extemporâneas fora do estabelecimento, desde que a Equipa Técnica seja do facto avisada.

10.Caso se verifiquem os procedimentos constantes da alínea anterior, os familiares têm o dever

de efectuar a certificação, no local, com o pessoal responsável, das pertenças em trânsito para o

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exterior (designadamente medicamentos, vestuário, etc.);

11.No caso de o Utente desejar sair de modo voluntário e definitivo da Instituição, terá de

declarar por si ou o seu representante legal através de forma escrita.

Artigo 28º

Condições de Alojamento

1. Cabe à instituição proceder à limpeza dos quartos, de lavar, passar a ferro todas as roupas

dos Utentes;

2. Sempre que necessário, os Utentes poderão ser transferidos de quarto;

3.No período nocturno, todas as luzes devem estar desligados, mantendo-se apenas as de

emergência.

Artigo 29º

Assistência Religiosa

A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim enquanto instituição cristã em colaboração com a

paróquia organizará e providenciará o acompanhamento religioso cristão, sempre que possível.

Artigo 30º

Quadro de Pessoal

1.O quadro de pessoal do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim

encontra-se afixado em local visível, contendo a indicação do número de recursos humanos, sua

formação definida de acordo com a legislação e normativos em vigor, de modo, a garantir a

qualidade de desempenho e eficácia dos serviços;

2. A selecção e recrutamento do pessoal é da responsabilidade da Mesa Administrativa, a qual

será efectuada mediante os perfis profissionais necessários para o exercício das funções a

desempenharem;

3. O quadro de pessoal deve apresentar o seguinte conteúdo funcional:

a)Director/ Coordenadora: Coordenar actividades das várias valências sociais;

coordenação dos recursos humanos; Coordenação na área financeira, elaborando

medidas de efectivação na redução de gastos e máxima rentabilidade dos recursos

disponíveis; Concepção e Coordenação de projectos de natureza diversa e o

estabelecimento de parcerias; Acompanhar, dinamizar e gerir o processo de

implementação da Gestão da Qualidade; Promover reuniões mensais com as Equipas

das diversas Valências; Coordenação intersectorial da Instituição com outros

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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organismos; Planificar e coordenar planos internos de formação profissional; Garantir

procedimentos á avaliação de desempenho de recursos humanos;

b)Técnico do Serviço Social: Coordenar e supervisionar as actividades do pessoal afecto

á valência; Colaborar na definição de objectivos para avaliação periódica da prestação

de serviços do pessoal; Zelar pela aplicação efectiva do regulamento; Estudar e analisar

a situação socioeconómica e familiar dos candidatos a Utentes e suas famílias; Proceder

ao acolhimento dos Utentes, organizar e manter actualizado o processos individuais dos

Utentes; Fomentar e reforçar as relações utentes, familiares e comunidade; Resolução

das problemáticas dos Utentes; Assegurar e promover a colaboração com os serviços

sociais de outras instituições; Colaborar com a Coordenadora na gestão de conflitos na

Instituição; Elaborar Planos e Relatórios de Actividades;

c) Serviços administrativos: Assegurar o sistema de registo, acompanhamento, controlo

e arquivo de expediente; Promover a aquisição de bens; Assegurar a gestão actualizada

do ficheiro de irmãos da Misericórdia; Prestar apoio administrativo à Equipa Técnica e

Mesa Administrativa; Por em caixa pagamento e contas e encomendas recebidas, assim

como outras operações contabilísticas; Prestar informações e outros esclarecimentos

aos Utentes e ao público em geral;

d) Enfermeiro: Dar formação aos recursos humanos relacionados com a prevenção da

saúde, organização e planeamento dos serviços inerentes á própria profissão; Articular e

encaminhar para outros técnicos de saúde; Esclarecer e informar os funcionários,

Utentes e familiares e equipa técnica acerca de questões de saúde; Manter actualizados

os registos de informação dos serviços prestados;

e) Animador sócio cultural: organizar, planear e efectuar actividades de animação de

desenvolvimento individual, de grupo e a nível comunitário através da realização de

actividades pedagógicas, cultural, social e desportivas; contribuir para a valorização e

cumprimento dos direitos de igualdade dos idosos;

f) Ajudante de Lar e Centro de Dia; Executar cuidados de higiene e conforto aos Utentes;

Distribuir e colaborar nas refeições dos Utentes; Responsabilizar-se pela administração

de medicamentos em determinadas situações; Distribuir e arrumar as roupas dos

Utente; Acompanhar os Utentes a consultas ou deslocações ao exterior, Registar todas

as informações no registo de ocorrências e nos processos clínicos; colaborar nas

actividades de animação dos Utentes; desempenhar outras tarefas atribuídas pela

Equipa Técnica; Zelar pelo cumprimento das regras de segurança e higiene no trabalho;

Verificar periodicamente os inventários e as existências, informando superiormente das

necessidades de aquisição, reparação ou substituição dos bens ou equipamentos;

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

20

e)Auxiliar de Serviços Gerais: Proceder á limpeza, higiene e arrumação do edifício,

Colaborar no apoio ao refeitório e na distribuição de alimentação sempre que

necessário; Assegurar o transporte de alimentos e outros artigos; Desempenhar outras

tarefas atribuídas pela equipa técnica;

f) Motorista: Efectuar o transporte de Utentes e refeições; Colaborar com as Ajudantes

de Lar e Centro de Dia na mobilização dos Utentes; Zelar pela manutenção e limpeza

das carrinhas; Desempenhar outras tarefas atribuídas pela equipa técnica;

g)Cozinheiro/a: Preparar, temperar e confeccionar todas as refeições; Elaborar e

contribuir para a confecção das ementas; Receber todos os produtos necessários à

confecção das refeições, sendo responsável pela conservação dos produtos; Proceder à

limpeza necessária dos alimentos, de modo, que lhe permita confeccionar uma refeição

saudável; Empratar e guarnecer os pratos, assim, como confeccionar os doces

destinados às refeições; Zelar e executar a limpeza da cozinha e de todos os utensílios;

h)Ajudante de Cozinha: Auxiliar o cozinheiro na execução das suas tarefas; Limpar e

cortar todos os alimentos necessários à confecção das refeições; Preparar guarnições

para os pratos; Colaborar e executar trabalhos de limpeza e arrumação na cozinha;

Colaborar no serviço do refeitório;

i) Operador de Lavandaria/Engomado(a): Proceder à lavagem manual das roupas de

serviços e dos Utentes; Efectuar a identificação de todo o vestuário dos Utentes;

Engomar e passar a roupa; Executar trabalhos de corte e costura necessários à

confecção, consertos e aproveitamento de vestuário, roupas de serviço e trabalhos afins;

Desempenhar outras tarefas atribuídas pela equipa técnica.

Artigo 31º

Disciplina

1.Compete ao Utente e seus familiares regularem-se pelas normas constantes deste

Regulamento.

2.Não é permitida a posse de armas, facas ou outros objectos contundentes;

3.Não é permitido o estado de embriaguez.

4. A agressão a companheiros ou funcionários, constituem motivo de justa causa para a saída

compulsiva do Lar.

5. Os referidos procedimentos não dispensam encaminhamento para o poder judicial, avaliada a

dimensão e natureza da sua gravidade;

6. As situações de conflito devem ser resolvidas pela Equipa Técnica ou, na sua ausência, pelas

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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Ajudantes de Lar e Centro de Dia, não devendo o Utente queixoso entrar em diálogo directo com

o pessoal ou companheiros;

7. Quando o entender necessário, poderá o Utente solicitar verbalmente, ou por escrito, a sua

comparência em reunião com a Mesa Administrativa, a fim de expor as suas queixas ou

reclamações.

Artigo 32º

Procedimentos em caso de desaparecimento de utentes

1.Em caso de desaparecimento de um Utente, a Equipa Técnica ou na sua ausência a ajudante

de Lar e Centro de Dia, contactará imediatamente com o familiar responsável pelo internamento,

sugerindo contactos com a rede familiar e de amizades, providenciando, simultaneamente, para

que os responsáveis máximos pelo Estabelecimento sejam do facto informados.

2. Deverá efectuar, após comunicação e consentimento do responsável do internamento,

contacto imediato e pessoal com a G.N.R., dando nota do desaparecimento do mesmo.

3. Estes procedimentos são da responsabilidade respectivamente, da Equipa Técnica, das

ajudantes de lar e centro de dia ao serviço.

Artigo 33º

Procedimentos em caso de doença dos Utentes

1.Sempre que um utente esteja doente ou seja hospitalizado, o familiar responsável pelo

internamento deverá ser avisado pela Equipa Técnica do estabelecimento, ou na ausência desta,

pelas Ajudantes de Lar e Centro Dia ao serviço.

2. Os Utentes deverão ser acompanhados, sempre que possível, pelas ajudantes de lar e centro

de dia, nas consultas externas de especialidade solicitadas ou exames complementares de

diagnóstico.

Artigo 34º

Procedimentos em caso de falecimento de utentes

1.Em caso de falecimento, as exéquias são da responsabilidade dos familiares do Utente.

2. Se o Utente não tiver familiares, poderá depositar nos serviços administrativos, no acto da

admissão, um montante a estabelecer no contrato de prestação de serviços.

3. A agência funerária é escolhida e designada no acto de admissão ou pelos familiares no acto

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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de comunicação do óbito.

4.Em caso de falecimento de um Utente, a ajudante de lar e centro de dia de serviço deverá

informar telefonicamente, e de forma comedida, a ocorrência aos familiares, com a maior

celeridade, sem prejuízo da informação simultânea à Direcção Técnica do estabelecimento.

5. Em caso de utentes desprovidos de família, a ajudante de lar e centro de dia contacta, de

imediato, a agência funerária.

6.Sempre que a ocorrência tenha lugar durante a noite, a ajudante de lar e centro de dia ao

serviço encetará o processo de informação aos familiares, seguindo os mesmos procedimentos,

devendo registar o facto no livro de ocorrências e informar as ajudantes de lar e centro de dia,

antes de sair de serviço.

Capítulo V

Direitos e Deveres

Artigo 35º

Direitos dos Utentes

Os Utentes- Residentes do Lar têm direito a:

a) A usufruir dos serviços disponíveis na Instituição;

b) A ser tratado com respeito pela sua identidade pessoal pelos demais Utentes,

funcionários e Direcção da Instituição;

c)Ter boas condições de institucionalização, mediante a sua situação quer física, como

emocional;

d) Ver garantida a prestação de serviços de alojamento, alimentação, higiene, lavandaria,

serviço social, animação sociocultural, assistência médica, serviços de enfermagem;

e) A participarem em actividades socioculturais e recreativas, previstas no Plano de

Actividades da Instituição;

f) Aceder a elementos de carácter lúdico, audiovisuais, de leitura, assim como a festas,

passeios e visitas a diversas localidades e monumentos;

g) A usufruir dos recursos disponíveis na comunidade (biblioteca, piscinas, etc.);

h) A participarem na tomada de decisões referente à resolução dos seus problemas;

i) Reclamar pessoalmente e através dos familiares junto das hierarquias institucionais;

j) A receber visitas de familiares e amigos, de acordo com o horário definido;

k) A gozar férias junto de familiares, sem quaisquer restrições de tempo desde que avise

previamente, mantendo o pagamento da mensalidade que compete.

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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Artigo 36º

Deveres dos Utentes

Os Utentes-Residentes do Lar deverão:

a) Cumprir as normas do presente Regulamento;

b) Respeitar e tratar com urbanidade os dirigentes e funcionários;

c)Proceder à assinatura do contrato de prestação de serviços, ou quem o represente, no

acto de admissão;

c) Apresentar prova de rendimentos anuais para actualização das comparticipações

familiares;

d) Efectuar a pagamento da comparticipação mensal até ao dia 8 de cada mês;

e) Respeitar os horários praticados pela Instituição;

f) Submeter-se às prescrições clínicas e aos exames que periodicamente lhes serão feitos

pelo Médico de Família;

g) Todos os medicamentos que os clientes tomem por prescrição médica, ficam à

responsabilidade do Lar;

h) Participar, na medida dos seus interesses e possibilidades, nas actividades

desenvolvidas na Instituição;

i) Colaborar com a equipa do Lar na medida dos seus interesses e possibilidades, não

exigindo a prestação de serviços não contratualizados;

j) Resolver eventuais situações de conflito com outros utentes ou funcionários com a

Equipa Técnica;

k) Zelar pela boa conservação das instalações e cumprir com as normas de higiene e

segurança em vigor.

Artigo 37º

Direitos da Entidade Gestora

São direitos da entidade gestora da Instituição:

a) A lealdade e respeito por parte dos Utentes e seus familiares;

b) Exigir o cumprimento das normas do presente regulamento;

c) Prestar devidamente os serviços solicitados e contratualizados, conforme o definido no

plano de apoio individual do Utente;

d) Receber atempadamente as comparticipações mensais;

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e) Suspender a prestação de serviços, sempre que se verifique qualquer desrespeito pelas

regras e princípios deste regulamento.

Artigo 38º

Deveres da Entidade Gestora

A Misericórdia, de acordo com as disposições constantes deste regulamento deve:

a)Garantir o bom funcionamento da Resposta Social, por forma assegurar o bem-estar e

qualidade de vida dos Utentes com base no respeito pela identidade pessoal e dignidade

humana;

b) Definir uma estrutura de recursos humanos qualitativos e quantitativos, adequada ao número

de Utentes e ao desenvolvimento de actividades;

c) Fornecer a cada Utente/ Familiar responsável um exemplar deste Regulamento, assim como,

do contrato de prestação de serviços celebrado entre as partes;

d)Planificar e organizar actividades a realizar no Lar e no exterior;

e) Organizar um processo individual social, clínico e financeiro para cada Utente;

f)Afixar, em local visível o Mapa de Pessoal, documentos do estabelecimento, ementas, horários

de visitas, turnos, mapas de serviços prestados.

Artigo 39º

Direitos dos Familiares

Os familiares Utentes do Lar têm direito a:

a) Reclamar em caso de verificação do não cumprimento do estipulado neste

regulamento;

b)Certificar-se da prestação efectiva dos serviços contratados, junto da Coordenadora e/

ou da Técnica de Serviço Social da Instituição;

c) Visitar o seu familiar, de acordo com o estipulado no regulamento;

d) Formalizar a rescisão do contrato, desde que o próprio idoso no uso das suas

capacidades formalize esse pedido por escrito;

e) Levar o Utente para gozar férias ou saídas espontâneas, sempre que o desejarem e seja

aconselhável;

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Artigo 40º

Deveres dos familiares

Os familiares dos Utentes do Lar devem:

a) Manter uma boa relação afectiva com o utente, promovendo a adaptação deste na

comunhão de pessoas nos espaços comuns;

b)Assumir o compromisso de reintegração do seu familiar em caso de inadaptação ou

incumprimento dos deveres estipulados por este regulamento;

c) Efectuar o pagamento de forma integral de todas as despesas de medicação, de

transportes de bombeiros e do falecimento dos Utentes;

d) Participar sempre que possível, com o seu familiar no Plano de Actividades da

Instituição;

d)Regular-se pelas normas estabelecidas neste regulamento entregue no acto da

assinatura do contrato de prestação de serviços.

Capitulo VI

Disposições Finais

Artigo 41º

Tratamento de Reclamações

1.Nos termos da legislação em vigor, a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim possui livro

de reclamações, que poderá ser solicitado na Secretaria da Instituição.

2. Para solucionar todas as questões foram definidos procedimentos sendo que, qualquer

reclamação ou sugestão pode ser apresentada:

a) À Equipa Técnica que a regista na “Ficha de não conformidade”, dando seguimento

aos procedimentos definidos no Manual da Qualidade;

b) No Livro de Reclamações.

Artigo 42º

Mediação de Conflitos

1. A Resposta Social de Lar possui uma política de mediação quanto às regras e formas de

actuação, em situações de conflito ou de comportamentos inadequados entre os Utentes, entre

Utentes e colaboradores e entre Utentes e Santa Casa, conforme o definido no Manual da

Qualidade.

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim Regulamento Interno de Lar de Idosos

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2. Qualquer acto ou atitude que ultrapasse o respeito pelo outro, a sua dignidade e os seus bens

serão analisados em conformidade com o procedimento definido e mecanismos de sanção

previsto.

Artigo 43º

Negligência e Maus Tratos

1. A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim têm subjacente uma política de mediação

quanto a regras e formas de actuação em situações de negligência, abusos e maus tratos aos

Utentes, de tolerância zero. Estes critérios estão predefinidos e a sua execução é da

responsabilidade da Mesa Administrativa.

Artigo 44º

Alteração dos Regulamentos

O presente Regulamento será objecto de alterações sempre que a legislação e normativos o

exijam, assim como os interesses da Instituição o justifiquem ou o desajustamento do mesmo o

imponha.

Artigo 45º

Lacunas

Em caso de eventuais lacunas e dúvidas de interpretação do presente Regulamento, as mesmas

serão solucionadas pela Mesa Administrativa, de acordo, com a legislação e normativos em

vigor.

Artigo 46º

Vigência do Regulamento

Este Regulamento Interno foi aprovado em reunião da Mesa Administrativa da Santa Casa da

Misericórdia de Castro Marim em 4 de Março de 2011

A Mesa Administrativa,

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