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Elaborado : Aprovado por: Data de Aprovação: 21/03/2011 Mod. 155/1 Página 1 de 31 Regulamento Interno do CAT

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Elaborado : Aprovado por: Data de Aprovação: 21/03/2011

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Regulamento Interno do CAT

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INDICE

Preâmbulo

CAPITULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS 5

Artigo 1º - Âmbito de Aplicação 5 Artigo 2º - Legislação Aplicável 5 Artigo 3º -Objectivos do Regulamento 5 Artigo 4º - Âmbito de Acção 5 Artigo 5º - Localização 6 Artigo 6º - Objectivos do CAT 6 Artigo 7º - Capacidade 6 CAPÍTULO II – PROCESSO DE ADMISSÃO DOS UTENTES 6 Artigo 8º - a) Condições de Admissão 6 b) Indeferimento de Pedidos de Admissão Artigo 9º - Preparação da Admissão 7 Artigo 10º - Acolhimento 8 Artigo 11º - Documentos 8 Artigo 12º - Processo Individual 9 Artigo 13º - Permanência 9 Artigo 14º - Encaminhamento 10 CAPÍTULO III – INSTALAÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO 11

Artigo 15º - Instalações 11 Artigo 16º - Direcção Técnica 12 Artigo 17º - Recursos Humanos 12 Artigo 18º - Horários de Funcionamento 12 Artigo 19º - Mesadas/ semanadas 14 Artigo 20º - Manipulação de Medicamentos e Produtos Tóxicos 14 Artigo 21º - Termo de Responsabilidade 14 Artigo 22º - Entrada de Pessoas Externas 15 Artigo 23º - Voluntários 15 Artigo 24º - Eventos Festivos 15 Artigo 25º - Valores 15 Artigo 26º - Refeições 16 Artigo 27º - Livro de Ocorrências/ Informações de Turno 16 Artigo 28º - Reuniões 17 Artigo 29º - Livro de Reclamações CAPÍTULO IV – DIREITOS E DEVERES 17 Artigo 30º - Direitos e Deveres da Criança e do Jovem 18 Artigo 31º - Direitos e Deveres da Família 20 Artigo 32º - Direitos e Deveres da Direcção Técnica 21 Artigo 33º - Direitos e Deveres da Equipa Técnica 22 Artigo 34º - Direitos e Deveres da Equipa Educativa 24 Artigo 35º - Direitos e Deveres da Equipa de Apoio 25 Artigo 36º - Direitos e Deveres dos Voluntários 26

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CAPÍTULO V – INCUMPRIMENTO DOS DEVERES 27

Artigo 37º - Direitos e Deveres dos Estagiários 27 Artigo 38º - Conceito de Infracção 27 CAPÍTULO VI - MEDIDAS DISCIPLINARES 28 Artigo 39º - Situações não permitidas 28 Artigo 40º - Princípios Subjacentes á Aplicação de Medidas Disciplinares 28 Artigo 41º - Tipo de Medidas Disciplinares 29 Artigo 42º - Definição de Recompensas 29 Artigo 43º - Recompensas CAPÍTULO VII – GESTÃO DE SITUAÇÕES DE NEGLIGÊNCIA ABUSO E MAUS TRATOS 29

CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS 30 Artigo 44º - Incumprimento dos Funcionários 30 Artigo 45º - Omissões 31 Artigo 46º - Entrada em Vigor

LISTA DE REVISÕES EFECTUADAS

REVISÃO N.º TIPO DE REVISÃO PÁGINA(S) DATA

0 Elaboração inicial Todas 11/05/2010

1

Clarificação dos critérios de

admissão Art.º 8º e inclusão

da Gestão da Negligência

Abuso e Maus Tratos

6, 7, 29, 30 e 31 16/03/2011

2

Inclusão da Manipulação de

Medicamentos e Produtos

Tóxicos

14 21/10/2015

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PREÂMBULO

O Centro de Acolhimento é um equipamento de acolhimento que se pretende que seja transitório,

para crianças e jovens, onde se proporciona todos os cuidados básicos essenciais. A Equipa Técnica

realiza o estudo e diagnóstico e define as soluções, o mais possível adequadas, numa perspectiva de

traçar um caminho futuro com um projecto de vida concreto, em que o próprio jovem seja um agente

activo.

O Centro de Acolhimento Temporário de Vilarandelo entrou em funcionamento em Março de 2001,

como forma de responder a uma necessidade sentida na zona geográfica envolvente.

Pretende com a sua actuação compensar a ausência da família, proporcionando às crianças e jovens

educação, carinho e amizade sincera de forma a aliviar o sofrimento que o acolhimento origina.

Os jovens iniciam no CAT uma nova fase da sua vida, que tem de ser devidamente acompanhada de

forma a que comportamentos tidos antes de acolhimento que os levaram para situações de risco, não

se tornem a verificar. Existimos para lhes proporcionar competências essenciais para se tornarem em

adultos responsáveis.

O CAT é uma casa de amigos que estão atentos às necessidades, à educação, aos valores cívicos e

morais e ao futuro de todas as crianças/jovens que lhe forem entregues. Tem também como

princípios orientadores os seguintes:

- Humanidade

- Imparcialidade

- Neutralidade

- Independência

- Voluntariado

- Unidade

- Universalidade

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CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º

Âmbito de Aplicação

O Centro de Acolhimento Temporário de Vilarandelo, com acordo de cooperação para a resposta

social de Centro de Acolhimento Temporário celebrado com o Instituto de Segurança Social, Centro

Distrital de Vila Real, em Setembro de 2000.

Artigo 2º

Legislação Aplicável

Este estabelecimento/estrutura prestadora de serviços rege-se igualmente pelo princípios e

normativos constantes nas Convenções Internacionais Gerais, Declarações Internacionais de Direitos,

Constituição da República Portuguesa e Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo – Lei147/99

de 1 de Setembro, bem como pelo Acordo publicado no Diário da República nº 46, II série, de 24 de

Fevereiro de 1989, página 2053 e pelo presente regulamento que os visa operacionalizar.

Artigo 3º

Objectivos do Regulamento

O presente Regulamento Interno de Funcionamento visa:

1. Promover o respeito pelos direitos dos utentes e demais interessados;

2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento do

estabelecimento/estrutura prestadora de serviços;

3. Promover a participação activa dos utentes ou seus representantes legais ao nível da gestão

das respostas sociais.

Artigo 4º

Âmbito de Acção

O CAT de Vilarandelo é um centro de acolhimento temporário, que recebe crianças/Jovens de ambos os sexos, em regime de acolhimento dos 0 aos 12 anos, e do sexo feminino até aos 16 anos, preferencialmente do distrito de Vila Real.

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Artigo 5º

Localização

O Centro de Acolhimento localiza-se em Vilarandelo, na Rua Prof. Ribeirinha Machado – 5430-651, no

Concelho de Valpaços, com o Email [email protected], com contacto telefónico

n.º 278740013, contribuinte n.º 500 951 829.

Artigo 6º

Objectivos do CAT

Para a prossecução dos seus objectivos o CAT de Vilarandelo propõe-se a:

1. Proporcionar o apoio educativo adequado à idade e características pessoais do jovem, procurando despistar e diagnosticar os aspectos mais carenciados de intervenção em termos de saúde, equilíbrio psico-afectico, socialização e escolaridade, recorrendo, sempre que necessário aos espaços educativos e lúdicos do meio envolvente.

2. Permitir a realização dos diagnósticos das situações concretas de cada jovem, bem como a definição dos respectivos planos sócio educativo individuais, em ambiente com as condições essenciais que os retirem do perigo em que se encontram;

3. Colaborar com todos os serviços do local de origem da criança/jovem, no sentido de obter a rápida reintegração deste no seio familiar/comunidade.

Artigo 7º

Capacidade

O CAT tem capacidade para 20 crianças/jovens em regime de acolhimento temporário.

CAPÍTULO II

PROCESSO DE ADMISSÃO DOS UTENTES

Artigo 8º

a) Condições de Admissão

A admissão das crianças no Centro de Acolhimento é feita em parceria com a equipa do Núcleo de

Infância e Juventude, do Centro Distrital da Segurança Social, com os Tribunais e com as Comissões

de Protecção de Crianças e Jovens. Tem prioridade de acolhimento a criança/ jovem que se encontre

em primeiro lugar na Ficha do Pedido de Admissão. Caso exista um pedido de acolhimento

decorrente de um Procedimento de Urgência, da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo n.º

147/99 de 1 de Setembro, deve a DT ou quem receber o pedido de acolhimento urgente negociar com

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a entidade solicitadora do pedido de admissão de acolhimento da criança/ jovem que se encontre em

primeiro lugar na respectiva ficha.

A admissão deverá obedecer aos seguintes critérios:

1. Possuir os requisitos descritos no art.º 4º do presente regulamento para ser admitido no centro

de acolhimento.

2. Ser vítima de maus tratos, de abandono e negligência, ou qualquer outra forma de vitimação.

3. As crianças com deficiência poderão ser admitidas desde que estejam criadas condições físicas

e técnicas para uma integração adequada.

4. Necessidade de substituição urgente e transitória do meio familiar em que a criança se

encontra.

b) Indeferimento de Pedidos de Admissão

Serão indeferidos os pedidos de admissão, permanecendo em lista de espera se a entidade solicitante o considerar, nos casos de:

- não existir vaga;

- as crianças não se enquadrem em pelo menos um dos critérios de admissão;

- possuam doenças/incapacidades específicas que exijam cuidados especiais, aos quais a instituição não pode responder;

Artigo 9º

Preparação da Admissão

Após a informação de chegada de uma ou mais crianças, a Equipa Educativa e todos os colaboradores

devem ser informados e sensibilizados para a vinda de um ou mais elementos, o que implica que

tomem conhecimento do seguinte:

1. Informação clara da idade e sexo da(s) criança(s).

2. Historial sucinto sobre as condicionantes que justificam o acolhimento.

3. Instruções sobre as medidas imediatas a adoptarem para a recepção (alimentação, higiene,

quarto de dormir...).

4. Designação imediata de um elemento de integração, um dos Ajudantes de Acção Directa

escalados no turno que corresponde ao da chegada, que procederá à recepção da criança de

forma informal e descontraída, de maneira a proporcionar sensações agradáveis e um

ambiente acolhedor, que proporcionem ao recém-chegado referências positivas, tendo em

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vista o seu descobrimento da Instituição, conhecimento do restante pessoal presente e que

facilitem a sua integração.

Artigo 10º

ACOLHIMENTO

No Centro de Acolhimento e seguindo os procedimentos enumerados no número anterior:

1. Chegada a criança/jovem é recepcionada pela Técnica Superior de Psicologia ou por quem

esta designar;

2. O Ajudante de Acção Directa procede ao registo dos pertences que acompanham a

criança/jovem;

3. O Técnico presente recolhe, junto do(s) (elemento(s) que acompanha(m) a criança, o maior

número possível de informações, procedendo ao preenchimento da Ficha de Admissão e do

Auto de Entrega que deverá ser assinado pelos presentes com a consequente entrega de cópia.

4. Depois de se inteirar de mais algum pormenor relevante e relativo à criança, o técnico

presente deve de imediato transmiti-lo aos Ajudantes de Acção Directa, para uma actuação

rápida e eficiente nas primeiras horas (recepção).

5. Cabe ainda ao técnico presente transmitir as informações e a ficha de admissão da criança à

equipa técnica e a esta cabe a organização do processo individual do mesmo.

Artigo 11º

DOCUMENTOS

Os documentos serão arquivados junto do processo individual de cada criança/jovem pela Directora

Técnica ou Equipa Técnica ficando à sua responsabilidade e com acesso reservado. Na admissão tem

de ser entregues os seguintes documentos:

Certidão de nascimento / Cédula pessoal ou Bilhete de identidade

Boletim de vacinas

Cartão de utente

NISS

Relatório clínico

Relatório psicológico

Relatório educacional ou de frequência de equipamento social

Decisão judicial ou acordo de promoção e protecção

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Artigo 12º

PROCESSO INDIVIDUAL

Cada criança/jovem tem o seu processo individual, que fica em local de acesso reservado, garantindo

a confidencialidade dos dados que contém. Após a saída do jovem o processo é arquivado por um

período de 5 anos, continuando a garantir a confidencialidade das informações que contém.

Do processo individual devem constar os seguintes itens:

Dados pessoais e da Família;

Aspectos jurídico-legais;

Plano Sócio Educativo Individual;

Plano Cooperado de Intervenção;

Relação com a família/pessoas significativas;

Relação com a Escola, Centro de Formação Profissional, Emprego;

Informações Clínicas;

Relação com a Comunidade;

Lista de Contactos da criança/jovem;

Mapa de Diligências;

Correspondência oficial.

Artigo 13º

PERMANÊNCIA 1. A permanência da criança/jovem no CAT será sempre definida na medida aplicada pela

entidade que a colocou na instituição.

2. Periodicamente, e sempre que solicitado, são remetidos relatórios de evolução e avaliação do

menor na Instituição, à entidade competente.

3. Desde o acolhimento da criança no CAT é elaborado o seu Projecto de Vida, pela equipa

técnica. Este projecto é elaborado tendo em consideração todo o seu percurso de vida, a

medida aplicada, bem como avaliação contínua de tudo o que concerne à criança/jovem, antes

e durante o seu acolhimento. Contribuem para a definição do seu Projecto a análise do

conteúdo das visitas, a análise e interpretação das solicitações dos familiares, a reacção da

criança/jovem aos contactos que mantém com familiares e/ou outros.

4. Na ausência de interesse por parte da família em assumir a criança/jovem, é importante

reunir elementos para instauração da confiança judicial, com vista à adopção, ou iniciar

contactos com instituições tipo “lar” para institucionalização da criança.

5. Durante a permanência da criança/jovem no CAT, deve existir uma articulação entre as

diferentes instituições relacionadas com a criança, no sentido de apoiar e orientar a família na

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melhoria das suas condições de vida, para que se prepare para o possível regresso do menor è

sua família natural, ou apoiar noutras intervenções de acordo com o que for estabelecido no

seu Projecto de Vida.

6. Enquanto a criança permanece mo CAT deve manter actualizado um registo fotográfico

individual (as fotografias devem ser assinaladas com a respectiva data e devem-se privilegiar

os momentos especiais na vida da criança, bem como as actividades em que participa; este

processo deve ser feito com a colaboração da criança/jovem quando tem capacidade para tal).

Este registo deve acompanhar a criança/jovem quando esta sai do CAT.

Artigo 14º

ENCAMINHAMENTO 1. A criança só será encaminhada quando estiverem reunidas as condições para a concretização,

em segurança, do seu Projecto de Vida. Regresso à família biológica (nuclear ou alargada),

adopção (nacional ou internacional), institucionalização ou integração em família idónea, são

os projectos de vida passíveis de concretização, dependendo das características individuais de

cada processo.

2. Embora se pretenda que a permanência da criança/jovem no CAT ocorra no mais curto

espaço de tempo possível, torna-se necessário que a sua saída se faça em condições que não

ponham em risco o seu regresso a esta instituição, senão em contexto de visita e convívio

amigável.

3. Na altura da saída da criança/jovem, deve reunir-se a seguinte documentação e adoptar-se os

seguintes procedimentos:

a) Preenchimento, no processo individual da criança/jovem, das informações respeitantes ao

encaminhamento;

b) Informar o tribunal competente sobre a data e circunstâncias do encaminhamento

(quando o processo não seja de uma CPCJ);

c) Fotocópia de todas as informações e documentos constantes do processo clínico da

criança/jovem;

d) Fotocópia, do processo individual, de apenas o que for estritamente necessário (existem

relatórios técnicos, informações do Tribunal e registos que não devem ser reproduzidos

sob pena de não serem correctamente interpretados por quem vai ficar com a

criança/jovem);

e) Fornecimento do álbum individual de fotografias da criança/jovem;

f) Informar antecipadamente o estabelecimento de ensino sobre a saída da criança;

g) Avisar antecipadamente a catequista e/ou responsável por outras actividades que a

criança frequente na comunidade;

h) Dar baixa da inscrição no Centro de Saúde.

4. Na altura da saída, devem organizar-se os haveres pessoais da criança/jovem para que ela os

leve consigo (brinquedos, roupa, calçado, entre outros);

5. Sempre que possível, deve informar antecipadamente a equipa auxiliar do CAT sobre a saída

da criança/jovem e qual o Projecto de Vida que se vai concretizar.

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6. Conforme o tipo de saída, variam os procedimentos a adoptar. Independentemente do tipo de

encaminhamento, deve evitar-se um clima de demasiada consternação face a saída da criança,

criando condições para que esta decorra de uma forma “saudável” e objectiva, sempre no

superior interesse da criança.

7. Se o encaminhamento for colocação em contexto familiar, devem considerar-se os seguintes

procedimentos:

a) Deve ter existido já um trabalho anterior, desenvolvido com a família, no sentido de se

preparar a integração da criança no seu contexto familiar;

b) Para além do plano de acompanhamento formal em que eventualmente o CAT esteja

envolvido, o CAT tentará criar uma relação de confiança e respeito com a família, de tal

forma que esta mantenha pontualmente contactos informais com a resposta social;

c) Após o encaminhamento, o CAT deve manter-se disponível para apoiar no necessário;

d) Manter a disponibilidade junto dos “parceiros” responsáveis pelo acompanhamento

formal, no sentido de apoiar no que for possível.

8. Se o encaminhamento for adopção, devem considerar-se os seguintes procedimentos:

a) Planear com o serviço de adopções o plano de transição da criança/jovem para junto do(s)

pai(s) adoptante(s);

b) Cumprir o plano de transição, criando no CAT as condições para que este decorra da

melhor maneira possível, quer na perspectiva da criança/jovem, quer na perspectiva do(s)

futuro(s) pai(s);

c) Mostrar disponibilidade junto do(s) Pai(s) adoptante(s) para apoiar no que for necessário.

9. Se o encaminhamento for a institucionalização ou colocação em família idónea, devem

considerar-se os seguintes procedimentos

a) Preparar com a instituição/família que vai acolher a criança/jovem um plano de

integração;

b) Planear um esquema de visitas do CAT à nova instituição/família que acolheu a

Criança/jovem, caso se considere necessário;

c) Mantermo-nos disponíveis, junto da instituição família, para o que for necessário no

âmbito do interesse da criança/jovem.

CAPÍTULO III

INSTALAÇÕES E NORMAS DE FUNCIONAMENTO

Artigo 15º

INSTALAÇÕES

O CAT é um edifício rés-do-chão composto pelas seguintes divisões/Espaços:

a. Cinco Quartos

b. Quatro Casas de Banho jovens

c. Gabinete de Atendimento

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d. Sala de Estar com espaço de Refeitório

e. Cozinha

f. Lavandaria

g. Pátio Interno

h. Anexo para arrumos

Artigo 16º

DIRECÇÃO TÉCNICA

A Direcção Técnica deste estabelecimento compete a um técnico, com formação em Serviço Social,

cujo nome, formação e conteúdo funcional se encontra afixado em lugar visível.

Artigo 17º

RECURSOS HUMANOS

Equipa do CAT é constituída por:

a. Directora Técnica

b. Técnica Superior de Psicologia

c. Educadora Social

d. Equipa Educativa

8 Ajudantes de Acção Directa

e. Equipa de Apoio (imputada à resposta social)

1 Cozinheira e uma ajudante de Cozinha

f. Equipa Administrativa (imputada à resposta social)

1 Escrituraria Principal e 1 Ajudante Administrativo

Artigo 18º

HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

1. O horário de funcionamento do CAT é de 24 horas por dia, todos os dias da semana e durante

todo o ano.

2. Os horários de levantar e deitar são definidos de acordo com as idades e estão afixados em

local visível para organização do serviço.

Existem no entanto situações em que estes horários são alterados, sempre por indicação da Equipa

Técnica, principalmente aos fins de semana e durante as férias lectivas.

No caso de saída nocturna, é definido com quem fica encarregue de levar as crianças/jovens, a hora

de regresso pela Equipa Técnica ou pelos Ajudantes de Acção Educativa.

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3. Os horários das refeições são os seguintes:

4. O horário de estudo é entre as 16h30 e as 18h00, tendo cada criança/jovem o horário de

estudo definido de acordo com o horário escolar; o não cumprimento deste horário ou não

conclusão das tarefas escolares implica a definição de outro horário a definir pela Equipe

Técnica de acordo com as cláusulas presentes no Manual de Funcionamento.

5. Os horários das visitas das famílias, saídas aos fins de semana e férias, são definidos sempre

em função do superior interesse da criança ou jovem, das disponibilidades da família em

função do judicialmente estabelecido. Após o acolhimento é estabelecido para cada situação

concreta, o regime de visitas e saídas com a família, e elaborado um plano de visitas, pelo

menos com antecedência mínima de 24h.

6. O horário de regresso ao fim de semana deverá ser até 18h00 de domingo, durante o período

lectivo, salvo excepções combinadas entre a família e a Equipa Técnica em que esta autoriza

outro horário. Nas férias podem regressar até 21h do dia de regresso definido.

7. Os horários dos contactos telefónicos poderão ser realizados, durante a semana das 19.30h até

à hora de deitar e sem prejuízo dos horários de funcionamento, e ao fim de semana e feriados

das 10h às 22h. Cada criança ou jovem pode telefonar para a família, desde que solicite à

Equipa Técnica e que esta o considere pertinente, deixando indicação junto da Equipa

Educativa.

8. O uso do telemóvel dentro do CAT por cada criança ou jovem é permitido, durante a semana,

até à hora de deitar em que devem entregar aos elementos da Equipa Educativa de turno, ao

fim-de-semana, o uso do telemóvel é o mesmo excepto na hora de descanso/ sesta.

HORÁRIOS DAS REFEIÇÕES

Refeições Semana Fim-de-semana/Férias

Pequeno-almoço 7h30 10h

Almoço 12h00 12h00

Lanche 16h00 16h00

Jantar 19h00 19h00

Ceia Antes de deitar Antes de deitar

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9. O uso dos computadores portáteis, para realização de tarefas escolares é no período do

horário de estudo. Para outros fins, tem de ser utilizado na sala de refeitório sempre com

supervisão dos elementos da Equipa Educativa.

10. O horário das actividades lúdicas e desportivas é adaptado a cada criança ou jovem porque

depende do seu horário escolar e do tempo de estudo de cada um, assim como do próprio

horário das actividades, definidos no âmbito geral no Manual de Funcionamento.

Artigo 19º

MESADAS /SEMANADAS

De acordo com o previsto no art.º 58 alínea d, os jovens têm direito a dinheiro de bolso que se traduz

na semanada/mesada que será atribuído pela Técnica Superior de Psicologia:

Os critérios serão os seguintes:

Beneficiários Semanada

Alunos E.B. 1º Ciclo De 1€ até 2,5€ (a)

Alunos E.B. 2º Ciclo De 3€ até 3,5€ (a)

Alunos E.B. 3º Ciclo De 4€ até 5€ (a)

Alunas Escola Secundária

a) O valor é atribuído conforme o ciclo que frequentam e aumenta 0,50€ conforme o ano lectivo a

que pertencem.

Artigo 20º

MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS TOXICOS

A administração de medicação e manipulação de produtos tóxicos é apenas feita pelos colaboradores responsabilizados para o efeito.

Artigo 21º

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Sempre que seja autorizada a ida da criança ou jovem à família biológica ou família de apoio esta

deverá responsabilizar-se por esse facto, assinando um Termo de Responsabilidade no qual conste,

nomeadamente, o horário de saída e de regresso ao CAT.

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Artigo 22º

ENTRADA DE PESSOAS EXTERNAS

É permitido que a criança ou jovem convide amigos ou colegas para o seu aniversário, com

autorização prévia da Equipa Técnica. A entrada de pessoas externas ao serviço está autorizada

sempre que acompanhadas por um colaborador da Casa do Povo de Vilarandelo, com conhecimento

da Directora Técnica. Outras situações só devidamente autorizadas pela Direcção da Casa do Povo ou

em quem esta o delegar.

Artigo 23º

VOLUNTÁRIOS

Os voluntários assumem um compromisso com a Direcção ou Equipa Técnica do CAT e, em conjunto

estabelecem o trabalho a ser desenvolvido e o respectivo horário. São depois

acompanhados/supervisionados pela Técnica Superior de Psicologia. Conforme o tipo de

Voluntariado será definido um Plano de Acção, registo e avaliação de actividades concretas.

Artigo 24º

EVENTOS FESTIVOS

1. O CAT celebra as efemérides anuais;

2. No aniversário de cada criança e jovem é garantida a comemoração do mesmo, no próprio dia,

devendo o evento ser assinalado da forma mais familiar possível com oferta de uma prenda e

de um bolo.

3. No Natal é realizada uma Festa com as crianças e jovens, onde estes têm uma participação

activa.

4. Em todas as Festas realizadas deverá haver alusão à época que se celebra através de

actividades, alimentação, saídas, comemorações conjuntas…

Artigo 25º

VALORES

Os valores que representam objectos valiosos (peças em ouro e outros) que acompanhem a criança ou

jovem aquando do seu acolhimento ou posteriormente adquiridos, numa atitude preventiva

determina-se que:

1. Cabe à Equipa Educativa a recolha dos valores, que os guarda em local seguro;

2. Qualquer oferta de dinheiro ou objectos/presentes ás crianças/jovens deve ser dado a

conhecer à Equipa Técnica, ou Equipa Educativa que depois comunica à Directora Técnica.

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O dinheiro é guardado num envelope individual e é gerido em conjunto com a criança ou

jovem.

3. As jovens que exercem uma actividade profissional, ou recebem bolsa de formação

profissional, abrem uma conta bancária, na qual fazem parte o jovem, e um elemento da

Equipe Técnica

Artigo 26º

REFEIÇÕES

1. As refeições são elaboradas pela Gestora do HACCP, estando sujeitas à aprovação da

Nutricionista, que após verificação e alteração assina as respectivas ementas semanais.

As ementas são afixadas: a original na entrada do CAT e cópia no refeitório.

Artigo 27º

LIVRO DE OCORRÊNCIAS /INFORMAÇÕES DE TURNO

1. O CAT dispõe de um Livro de Ocorrências com as Informações de Turno consideradas

pertinentes para o bom funcionamento da resposta social, fora do alcance da criança e ou

jovem da criança ou jovem, onde os profissionais do CAT deverão registar os factos relevantes

relativos ao funcionamento e dinâmica do mesmo. As folhas do Livro de Ocorrências estão

datadas;

2. No livro de ocorrências deverão constar, nomeadamente, os aspectos que não são registados

noutros impressos constantes nos Procedimentos de Gestão (ex: saída ou entrada de um

menor, questões ligadas à refeição, lavandaria, tarefas não concluídas, entre outras) e

informações que garantam a necessária consulta desses impressos (ex: a toma de uma

medicação decorrente de uma consulta);

3. No Livro de Ocorrências deverão ser registadas, também, todas as alterações a qualquer

horário ou tarefas já definidas.

Artigo 28º

REUNIÕES 1. A Equipa Técnica reúne com a Equipa Educativa do CAT, semanalmente das 14h00 às 15h00.

2. As reuniões da Equipa Técnica realizam-se quinzenalmente.

3. São efectuadas reuniões mensais com os jovens, sempre que a Técnica Superior de Psicologia o

considerar. Estas reuniões podem ser com todo o grupo ou em pequenos grupos, dependendo

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dos assuntos a tratar. Nestas reuniões poderão estar a Equipa Técnica e a Equipa Educativa, se

assim o justificar.

4. Todas as reuniões deverão ficar registadas nos Livros de Acta respectivos.

Artigo 29º

LIVRO DE RECLAMAÇÕES

1. Nos termos da legislação em vigor, esta resposta social possui livro de reclamações, que poderá ser solicitado junto da Administrativa sempre que desejado.

2. Existe para os jovens uma caixa onde podem colocar, sugestões/reclamações que serão analisados pela Gestora da Qualidade conforme Procedimento de Gestão respectivo.

CAPÍTULO IV

DIREITOS E DEVERES

Artigo 30º

DIREITOS E DEVERES DA CRIANÇA E DO JOVEM

1. DIREITOS

Para além dos direitos que lhes são devidos pela sua própria natureza, e que constam nas

Convenções e Lei que protegem e defendem os seus direitos, a criança e o jovem acolhidos têm ainda

direito a:

a) Á satisfação das suas necessidades básicas (alimentação adequada, alojamento, vestuário, cuidados de saúde, etc);

b) Receber uma educação que garanta o desenvolvimento integral da sua personalidade e potencialidades, sendo-lhes asseguradas a prestação de cuidados de saúde, formação escolar e profissional e a participação em actividades culturais, desportivas e recreativas;

c) Ser respeitada na sua individualidade, ideias e bens;

d) Receber atenção, elogio, estimulação e ensino;

e) Ser alvo de uma forma equilibrada de afectos e definição de limites; f) Apresentar quaisquer reclamações ou sugestões que entenda por convenientes, quer se trate

de situações da organização, dos adultos ou dos pares, bem como procurar apoio e conselho para situações da sua actividade escolar, profissional, social ou familiar;

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Mod. 155/1 Página 18 de 31

g) Ser-lhe assegurada a confidencialidade de todos os assuntos e procedimentos relacionados com a sua situação pessoal;

h) Participar activamente nas decisões que lhe digam respeito;

i) Participar na organização e dinâmica da resposta social;

j) Ter um projecto de vida e, sempre que possível, elaborado com a sua participação;

k) Ter direito a um ambiente tranquilo e seguro que lhes permita estabilidade emocional e

segurança afectiva;

l) Ter tempos específicos para brincar, para realizar actividades lúdicas, recreativas.

2. DEVERES

a) Respeitar e cooperar com os seus pares, equipa de apoio, equipa educativa, equipa técnica e director;

b) Respeitar e cumprir as normas estipuladas no presente regulamento e Manual de Funcionamento;

c) Participar nas rotinas da casa cumprindo as normas de funcionamento da mesma, ou tarefas

que lhe tenham sido atribuídas;

d) Ser cuidadoso e responsável na utilização das instalações e equipamentos do CAT, colaborando na sua manutenção;

e) Cumprir as suas obrigações escolares e/ou profissionais sendo assíduo e responsável pelo

material e trabalho escolar;

f) Relacionar-se de forma construtiva com os outros residentes e com os profissionais que ali exercem as suas funções;

g) Cuidar da sua higiene pessoal e manter organizados os objectos de uso pessoal;

h) Utilizar correctamente os materiais e outros objectos existentes no CAT não os danificando;

i) Ser solidário e disponível para com os outros, apoiando os mais novos na sua integração e na

organização da sua vida diária;

j) Não se ausentar de casa sem a devida autorização e avisar sempre que se atrase na hora de regresso;

k) Respeitar os espaços e momentos de privacidade dos outros, bem como respeitar os objectos

individuais de cada residente.

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Mod. 155/1 Página 19 de 31

Artigo 31º

DIREITOS E DEVERES DA FAMÍLIA

1. DIREITOS

b) Comunicar e estar com a criança ou jovem na data e horário definido com a equipa técnica, excepto ordem contrária emitida pelo Tribunal;

c) Conhecer o regulamento interno da Casa;

d) Ser informada da situação da criança ou jovem e ver esclarecidas as suas dúvidas;

e) Ser salvaguardado o sigilo quanto á sua situação familiar pessoal;

f) Participar na definição do Projecto de Vida da criança ou jovem, sempre que seja pertinente;

g) Participar na elaboração e concretização das actividades do plano sócio educativo

individual que lhe digam respeito;

h) Manter contacto telefónico com a criança ou jovem no horário estipulado para tal.

2. DEVERES

a) Respeitar o regulamento interno da Casa;

b) Cumprir o Acordo de Promoção e Protecção celebrado no Tribunal de Família e Menores ou na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens;

c) Cumprir as tarefas que lhes estão atribuídas no Plano Sócio Educativo Individual;

d) Facultar a informação necessária e documentação relativa à criança ou jovem;

e) Colaborar com a equipa técnica do CAT;

f) Criar as condições de vida indispensáveis para garantir a reinserção familiar da criança ou

jovem;

g) Responsabilizar-se por tudo o que possa acontecer à criança ou jovem, durante o período de tempo em que esta lhe está confiada, devendo assinar um termo de responsabilidade;

h) Dar conhecimento ao elemento da equipa que recebe a criança, após a saída com a família,

como decorreu esse período;

i) Dar conhecimento aos elementos da equipa das ofertas feitas à criança, principalmente telemóveis, dinheiro.

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Mod. 155/1 Página 20 de 31

j) Comparticipar, de acordo com as suas possibilidades económicas, nas despesas relacionadas com a roupa, material escolar e outros bens necessários ao bem-estar da criança, mas sempre segundo orientações da equipa técnica;

k) Apresentar-se sem efeito de drogas ou álcool e em boas condições de saúde e de higiene,

sob pena das visitas poderem ser impedidas, informando-se o Tribunal de Família e Menores ou a CPCJ dos acontecimentos ocorridos.

l) Respeitar todos os colaboradores do CAT.

Artigo 32º

DIREITOS E DEVERES DA DIRECÇÃO TÉCNICA

1. DIREITOS

a) Ser respeitado nas suas orientações, nas suas ideias e na sua pessoa; b) Ser ouvido e esclarecido pela Direcção, em todos os assuntos respeitantes ao CAT;

c) Ter boas condições de trabalho com segurança, instalações e materiais adequados, de

modo a promover o trabalho de equipa e as disposições funcionais que lhe foram atribuídas;

d) Ser-lhe assegurada formação e informação contínua, contribuindo para a sua valorização e

para um melhor desempenho profissional junto da equipa que dirige.

2. DEVERES

a) Zelar pelas condições que garantam a protecção e o bem-estar das crianças e jovens; b) Proporcionar às crianças e jovens a satisfação das suas necessidades criando, tanto quanto

possível, condições próximas de um ambiente familiar equilibrado;

c) Coordenar a elaboração do plano de actividades anual e do relatório de avaliação;

d) Cumprir e fazer cumprir o regulamento interno;

e) Programar, coordenar, supervisionar e avaliar as actividades desenvolvidas no CAT de acordo com o projecto educativo e o plano de actividades;

f) Assegurar que cada criança tenha o seu projecto de vida definido e que tenha a medida de

promoção e protecção adequada e reavaliada periodicamente;

g) Assegurar os procedimentos inerentes à protecção e promoção da saúde das crianças, bem como garantir a implementação de programas de prevenção de doença e promoção da saúde;

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Mod. 155/1 Página 21 de 31

h) Articular com as estruturas da comunidade envolvente e com os outros serviços da tutela,

nomeadamente as entidades com competência em matéria de infância e juventude, as CPCJ e os Tribunais;

i) Convocar e dinamizar reuniões das diferentes equipas, de modo a articular estratégias de

trabalho comuns;

j) Informar e manter informadas as crianças, funcionários, famílias e voluntários do dos seus direitos e deveres;

k) Dinamizar e fazer a gestão do CAT, nomeadamente quanto ao fundo fixo, ao

cumprimento dos vários contractos de prestação de serviços, aos horários de trabalho, períodos de férias;

l) Zelar pela conservação, manutenção e rentabilização das instalações, equipamento e

outros bens afectos ao CAT;

m) Promover o aperfeiçoamento técnico e profissional do pessoal afecto ao CAT, zelando pela formação em exercício e orientação técnica.

Artigo 33º

DIREITOS E DEVERES DA EQUIPA TÉCNICA

1. DIREITOS

Cada um dos técnicos das várias áreas profissionais (serviço social, psicologia, educação) que

integram a equipa técnica tem, entre outros, os seguintes direitos:

a) Ver respeitado o exercício da sua área profissional e os pareceres referentes aos processos de promoção e protecção das crianças e jovens acolhidos;

b) Ser-lhe reconhecida competência e autonomia no estudo e gestão dos processos de promoção e protecção das crianças e jovens, bem como no desenvolvimento das actividades programadas;

c) Ser ouvido e esclarecido sempre que o solicite junto dos órgãos competentes – Direcção ou

Direcção Técnica;

d) Ser-lhe assegurada formação e informação contínuas, contribuindo para a sua valorização e para um melhor desempenho profissional;

e) Ser respeitado pelas famílias com quem trabalha e estruturas da comunidade educativa alargada.

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Mod. 155/1 Página 22 de 31

2. DEVERES

a) Promover o acolhimento da criança e jovem em conformidade com os direitos e deveres da mesma, proporcionando-lhe a atenção que este momento particular exige;

b) Elaborar os Planos Sócio Educativos Individuais e promover a sua concretização;

c) Participar na concepção e elaboração do plano de actividades anual e no relatório de avaliação;

d) Participar na concepção e elaboração de materiais e instrumentos de trabalho para a equipa educativa e famílias;

e) Promover a participação das famílias das crianças nos projectos de promoção e protecção das mesmas, estimulando a sua intervenção nos actos e actividades significativas para as crianças e jovens;

f) Identificar as situações problemáticas que ocorrem no âmbito do acolhimento residencial, accionando os meios, os recursos e os procedimentos necessários para a sua resolução;

g) Contribuir para a conservação das instalações e materiais do CAT aconselhando a criança e o jovem nesse sentido;

h) Ser responsável no cumprimento dos horários e tarefas que lhe estão atribuídos.

Artigo 34º

DIREITOS E DEVERES DA EQUIPA EDUCATIVA

A equipa educativa é constituída pelo conjunto de Ajudantes de Acção Directa que desenvolvem o

seu trabalho por turnos. Estes profissionais devem ter de preferência o 12º ano e/ou formação

profissional na área das ciências sociais e humanas.

1. DIREITOS

a) Participar na organização e dinâmica do CAT, contribuindo para melhorar a qualidade das respostas;

b) Apresentar sugestões e críticas construtivas quanto ao funcionamento do CAT;

c) Ser ouvido e esclarecido sempre que o solicite junto da equipa técnica e da Directora Técnica;

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d) Ser-lhe assegurada formação e informação contínuas, contribuindo para a sua valorização e para um melhor desempenho profissional;

e) Ser respeitado pelas famílias com quem trabalha e estruturas da comunidade educativa alargada.

2. DEVERES

a) Proceder ao acolhimento da criança e jovem em conformidade com os direitos e deveres do mesmo, proporcionando-lhe a atenção que este momento particular exige;

b) Proporcionar às crianças e jovens as melhores condições para um desenvolvimento harmonioso, estimulando-as a atingir as competências inerentes a cada etapa do seu desenvolvimento;

c) Cooperar na definição do projecto de vida e respectivo encaminhamento de cada criança ou jovem;

d) Participar nas actividades lúdico-pedagógicas a desenvolver com as crianças e jovens, individualmente e em grupo, coordenados pela Equipa Técnica;

e) Respeitar cada criança ou jovem nas suas capacidades e limitações;

f) Contribuir para o desenvolvimento das relações interpessoais, de modo a criar um ambiente acolhedor, de confiança e segurança baseado no respeito mútuo entre todos os que vivem e trabalham no CAT;

g) Desenvolver nas crianças e jovens a capacidade de discutir e aceitar regras, críticas e auto-críticas;

h) Trabalhar com as crianças e jovens as capacidades de responsabilização para com as diferentes tarefas da casa, quer do âmbito do trabalho escolar ou tarefas ligadas à alimentação, higiene e arrumação;

i) Acompanhar a criança ou jovem nos seus cuidados de saúde e de apresentação pessoal de modo a promover a sua auto-estima e integração social;

j) Estar atento e ouvir as crianças e jovens quando estas o solicitarem;

k) Aceitar críticas e sugestões aceitando a melhoria do desempenho de todos e de cada um;

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l) Registar no Dossier de Informações de Turno as informações tidas como pertinentes, de acordo com os procedimentos definidos;

m) Manter o CAT em condições de higiene, arrumação e conforto;

n) Supervisionar a roupa das crianças e jovens relativamente à limpeza e ao seu aspecto geral;

o) Manter sigilo das informações relativas às crianças dentro e fora da instituição;

p) Ser responsável no cumprimento dos horários e tarefas, sendo assíduo e pontual;

q) Não abandonar o turno sem estar alguém que o substitua, e sem ter sido efectuada a respectiva passagem de turno;

r) Promover a educação moral e social das crianças e jovens, de acordo com os valores humanos fundamentais;

s) Ser um modelo de referência e dar o exemplo, enquanto pessoa bem formada, equilibrada e útil à sociedade.

Artigo 35º

DIREITOS E DEVERES DA EQUIPA DE APOIO

A equipa de apoio é constituída por administrativa, cozinheiras, funcionárias da limpeza e

lavandaria.

1. DIREITOS

a) Ser tratado com dignidade e respeitado no desempenho da sua actividade;

b) Participar na organização e dinâmica do CAT, contribuindo para melhorar a qualidade das respostas;

c) Ser-lhe assegurada formação e informação contínuas, contribuindo para a sua valorização e para um melhor desempenho profissional;

d) Ser escutado nas suas sugestões e críticas que se prendam com as tarefas que realiza.

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2. DEVERES

a) Contribuir para o desenvolvimento saudável das relações interpessoais, de modo a criar um ambiente acolhedor, de confiança e segurança baseado no respeito mútuo entre todos os que vivem e trabalham no CAT;

b) Respeitar a criança e o jovem nas suas capacidades e limitações;

c) Ser responsável no cumprimento dos horários e tarefas que lhe estão atribuídas, sendo assíduo e pontual;

d) Transmitir todas as informações pertinentes para uma melhoria do funcionamento do CAT, à equipa técnica e á Directora;

e) Aceitar críticas e sugestões para a melhoria do desempenho de todos e de cada um;

f) Assegurar tarefas de limpeza dos locais de trabalho, mantendo o CAT em condições de higiene, arrumação e conforto;

g) Manter sigilo das informações relativas às crianças e jovens dentro e fora da instituição.

Artigo 36º

DIREITOS E DEVERES DOS VOLUNTÁRIOS

1. DIREITOS

a) Conhecer o regulamento interno, o projecto educativo e a legislação de apoio à actividade de acolhimento da criança e jovem;

b) Ser respeitado e valorizado no trabalho que desenvolve com as crianças e jovens e com os profissionais do CAT;

c) Ser ouvido e esclarecido sobre a sua participação nas actividades do CAT em que está envolvido;

d) Receber formação relativa à acção de voluntário.

2. DEVERES

a) Conhecer e respeitar o regulamento interno do CAT, respeitando a privacidade de todos quantos lá trabalham;

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b) Respeitar as decisões da Equipa Técnica e Educativa, discutindo em local apropriado as divergências caso as haja, procurando manter a melhor coerência possível nas suas atitudes;

c) Ser assíduo e pontual nos dias estipulados com a equipa para o seu trabalho voluntário mantendo uma atitude responsável face ao mesmo;

d) Não sair do CAT com crianças ou jovens sem a respectiva autorização técnica;

e) Tratar todas as crianças ou jovens acolhidos com o mesmo respeito e atenção, não manifestando qualquer discriminação afectiva no relacionamento com aqueles;

f) Informar quando pretende faltar ou cessar o trabalho voluntário;

g) Manter sigilo das informações relativas às crianças e jovens dentro e fora da instituição.

Artigo 37º

DIREITOS E DEVERES DOS ESTAGIÁRIOS

1. DIREITOS

a) Conhecer o regulamento interno, o projecto educativo e a legislação de apoio à actividade de acolhimento da criança e jovem;

b) Ser integrado, respeitado e valorizado no trabalho que desenvolve com as crianças e jovens e com os profissionais do CAT;

c) Ser ouvido e esclarecido sobre a sua participação nas actividades do CAT em que está envolvido;

d) Receber a formação e a supervisão prevista no projecto de estágio.

2. DEVERES

a) Conhecer e respeitar o regulamento interno do CAT, respeitando a privacidade de todos quantos lá trabalham;

b) Respeitar as decisões da equipa técnica e educativa, discutindo em local apropriado as questões que julgue pertinentes, procurando manter a melhor coerência possível nas suas atitudes;

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c) Ser assíduo e pontual nos dias em que desenvolve o seu estágio, mantendo uma atitude responsável face ao mesmo;

d) Não sair da Casa com crianças ou jovens sem a respectiva autorização da Equipa Técnica;

e) Relacionar-se com todas as crianças ou jovens acolhidos com o mesmo respeito e atenção, não manifestando qualquer discriminação afectiva no relacionamento com aqueles;

f) Manter sigilo das informações relativas às crianças e jovens dentro e fora da estrutura residencial;

g) Informar antecipadamente caso pretenda faltar ou cessar as actividades do estágio;

h) Submeter o relatório de estágio à apreciação do supervisor do estágio, antes de ser entregue na instituição académica a que pertence.

CAPÍTULO V

INCUMPRIMENTO DOS DEVERES DA CRIANÇA/JOVEM

Artigo 38º

CONCEITO DE INFRACÇÃO

Constitui infracção a violação dos deveres e das regras a que a criança ou jovem está sujeito durante o acolhimento, previstos no Quadro Legal em vigor, no Regulamento Interno e essencialmente no Manual de Funcionamento, documento anexo e associado ao presente regulamento.

Artigo 39º

SITUAÇÕES NÃO PERMITIDAS

1. Constitui infracção, a introdução, a guarda, a posse e o uso de tabaco, de bebidas alcoólicas, de estupefacientes, de armas e objectos perigosos, desta forma não é permitido o seguinte:

a) Fumar;

b) Ter ou levar para o CAT bebidas alcoólicas ou estupefacientes;

c) Ter ou levar armas (de fogo ou brancas);

d) Levar para dentro do CAT brinquedos, telemóveis, roupas ou outros bens de proveniência duvidosa.

2. Outros comportamentos passíveis de aplicação de medidas disciplinares:

a) Agressão verbal e física a pares;

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b) Agressão verbal e física a adultos;

c) Absentismo às aulas, ao curso;

d) Destruição do património (riscar, partir, danificar);

e) Saídas não autorizadas e entrada para além do horário estabelecido;

f) Falsificação de documentos e assinaturas;

g) Furtos dentro e fora da Casa (com ou sem extorsão).

CAPÍTULO VI

MEDIDAS DISCIPLINARES PARA A CRIANÇA/ JOVEM

Perante o incumprimento dos deveres a que a criança ou jovem está obrigada no presente

regulamento interno, deve assumir-se sempre na aplicação da medida disciplinar correspondente

uma atitude educativa e reparadora. Entende-se por medida reparadora toda e qualquer acção,

tomada pelos adultos, explícita e previamente regulamentada que visa a atenuação progressiva dos

comportamentos inadequados promovendo na criança ou jovem uma maior consciência dos seus

actos e pensamentos. Todas as situações associadas ao incumprimento de deveres e recompensas

estão definidas no Manual de Funcionamento que é negociado/ alterado pela Equipe Técnica,

regularmente com as crianças/ jovens.

Artigo 40º

PRINCÍPIOS SUBJACENTES À APLICAÇÃO DE MEDIDAS DISCIPLINARES

A aplicação das medidas disciplinares deve obedecer aos princípios orientadores da intervenção

definidos na Lei de Protecção e Crianças e Jovens em Perigo, Lei 147/99 de 1 de Setembro (artigo 4º),

tendo em conta, entre outros factores, a gravidade do incumprimento, as circunstâncias em que

ocorreu, a idade e a maturidade da criança ou jovem.

Artigo 41º

TIPO DE MEDIDAS DISCIPLINARES As medidas disciplinares aplicáveis às crianças ou jovens, pelas infracções disciplinares cometidas

podem assumir a forma de:

a) Repreensão: explicação clara e inequívoca que clarifica o desvalor do acto e das suas

consequências negativas e estimula a responsabilidade;

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b) Execução de tarefa: efectuar uma actividade adequada à idade, maturidade e estado de

saúde da criança ou jovem com o objectivo de reparar o prejuízo causado pela infracção;

c) Suspensão da autorização de saída da Casa: suspender a saída à criança ou jovem, não

pondo em causa a participação nas actividades obrigatórias;

d) Retirar temporariamente o telemóvel ou acesso à internet: assegurando que a criança e o

jovem tem acesso ao telefone fixo ou telemóvel da instituição, assim como à Internet para

realização de trabalhos escolares.

Artigo 42º

DEFINIÇÃO DE RECOMPENSAS A criança ou jovem terá direito a uma recompensa sempre que cumpra de forma notória os seus

deveres, ou se evidencie por feito/acção que resulte em benefício para a comunidade em geral ou

venha a ser julgada de valor, abnegação ou altruísmo.

Será elaborado um quadro de comportamento, destinado a tornar público o reconhecimento de

aptidões e atitudes que tenham evidenciado um esforço por parte da criança ou jovem, por

comparação com o seu desempenho e comportamento inicial.

Artigo 43º

RECOMPENSAS Mensalmente, ou sempre que se justificar, será definido pelos Jovens, Equipa Técnica e Educativa os

comportamentos passíveis de aplicação de recompensa.

Artigo 44º

INCUMPRIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS

O incumprimento dos deveres por parte dos funcionários será regulado pelo Quadro Legal em vigor.

CAPÍTULO VII

GESTÃO DE SITUAÇÕES DE NEGLICÊNCIA, ABUSOS E E MAUS TRATOS

1. No sentido de prevenir Situações de Negligência, Abusos e Maus-tratos, a Directora Técnica

zelará pela inclusão nas reuniões de trabalho com os colaboradores de temas relacionados com

essa matéria, permitindo a discussão de casos, de soluções e modos de intervir, adequando as

estratégias às características especificas de cada criança/jovem e ao mesmo tempo contribuindo

para a gestão do stress associado a esse papel.

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2. Para as situações de negligência, abusos e maus-tratos, a Casa do Povo de Vilarandelo tem uma

política de orientação quanto às regras e formas de actuação descrita numa Instrução de

Trabalho própria.

3. Desta forma, qualquer acto ou atitude que ultrapasse o respeito pelo outro, a sua dignidade,

integridade física e os seus bens será analisado em conformidade com o procedimento definido

e os mecanismos de sanção previstos:

a. Quando o colaborador é vítima de situações de violência física, psíquica e/ou verbal, por

parte dos utentes, este deverá comunicar a ocorrência à Psicóloga ou Directora Técnica, com

a maior brevidade possível, e escrever toda a informação num impresso próprio MOD 211

Registo de avaliação de ocorrências ou MOD. 294 Notificação de Situações de Maus

Tratos.

b. De acordo com a gravidade da situação, devem ser aplicadas medidas punitivas ou de

contenção previstas no Regulamento Interno da valência, sendo que, no caso do CAT, o

recurso a estas medidas poderá ser comunicado ao tribunal sugerindo a recolocação do

menor noutra instituição mais adequada ao seu tipo de comportamento.

c. Quando o utente é vítima de situações de negligência, violência física, psíquica ou verbal, por

parte dos colaboradores, a Directora Técnica avaliará a gravidade da situação e iniciará um

processo de averiguação para apurar os factos ocorridos de acordo com as orientações

definidas na Instrução de Trabalho: Gestão de situações de Negligência Abuso e Maus

Tratos. Informará a Direcção das conclusões encontradas. De acordo com a gravidade dos

factos apurados a Direcção poderá aplicar as seguintes sanções:

Factos de menor gravidade – o colaborador terá uma repreensão verbal, com registo no

processo individual;

Factos de gravidade moderada – o colaborador terá uma repreensão registada e suspensão

do trabalho com perda de retribuição;

Factos de Extrema Gravidade - Despedimento sem qualquer indemnização ou

compensação;

Nota: A 3ª repreensão verbal ou registada será considerada facto de extrema gravidade.

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e) Nos casos em que a gravidade das situações de negligência, abusos ou maus-tratos implicar

crime público, serão comunicadas às autoridades competentes (Polícia ou Ministério Público)

pela Direcção da Instituição.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 45º

OMISSÕES

A Direcção reserva-se no direito de alterar o presente regulamento Interno. As omissões serão

resolvidas pontualmente pela Equipa técnica / Direcção.

Artigo 46º

ENTRADA EM VIGOR

O presente regulamento entra em vigor em ___/___/_____.

Presidente da Direcção: ______________________________