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REGULAMENTO REGULAMENTO INTERNO CENTRO HOSPITALAR POVOA DO VARZIM – VILA DO CONDE Elaborado por: Revisto por: Aprovado por: Conselho de Administração _______________________________ Executante Dr. Gaspar Pais _________________________ Responsável Serviço _________________________ GQ _______________________________ CA Em ____/____/____ Em ____/____/____ Em ____/____/____ Em ____/____/____ Reg. CA/01/2019 Versão 00 CA Conselho de Administração Abril 2019

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REGULAMENTO

REGULAMENTO INTERNO CENTRO HOSPITALAR POVOA DO VARZIM – VILA DO CONDE

Elaborado por: Revisto por: Aprovado por:

Conselho de Administração

_______________________________ Executante

Dr. Gaspar Pais

_________________________ Responsável Serviço

_________________________ GQ

_______________________________ CA

Em ____/____/____ Em ____/____/____ Em ____/____/____ Em ____/____/____

Reg. CA/01/2019 Versão 00

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Abril 2019

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Siglas e abreviaturas

ACSS Administração Central dos Sistemas de Saúde

ARS Administração Regional de Saúde

CHPVVC Centro Hospitalar Póvoa de Varzim - Vila do Conde

EPE Entidade Pública Empresarial

GDH Grupos de Diagnóstico Homogéneo

MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

PNCI Plano Nacional de Controlo da Infeção

RH Recursos Humanos

RNCCI Rede Nacional de Cuidados Integrados

RNCP Rede Nacional de Cuidados Paliativos

SNS Serviço Nacional de Saúde

TMRG Tempos Máximos de Resposta Garantidos

VE Vigilância Epidemiológica

NOTA:

No âmbito deste documento poderão ser utilizadas outras SIGLAS para alguma estruturas, cujo nome seja demasiado extenso ou exista tradição legal ou normativa na sua utilização no âmbito das instituições do SNS, sendo que, nesse caso, se encontrarão identificadas no próprio articulado a que se referem.

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Índice

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS 4

CAPÍTULO II ORGÃOS DO CHPVVC 5

SECÇÃO I CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 6

SECÇÃO II FISCAL ÚNICO 7

SECÇÃO III CONSELHO CONSULTIVO 7

SECÇÃO IV SERVIÇO DE AUDITORIA INTERNA 7

SECÇÃO V COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO 8

SUBSECÇÃO I COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO 8

SUBSECÇÃO II OUTRAS COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO 11

CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO INTERNA 16

SECÇÃO I ESTRUTURA ORGANIZATIVA 16

SECÇÃO II ÁREA DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE 19

SECÇÃO III ÁREA DE APOIO À PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE 23

SECÇÃO IV ÁREA DE APOIO À GESTÃO 28

SECÇÃO V ÁREA DE APOIO LOGISTICO E OPERACIONAL 34

CAPÍTULO IV DAS GARANTIAS 40

CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS 41

ANEXO - Organograma 42

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CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

ARTIGO 1

OBJETO

O presente regulamento estabelece os princípios de gestão e

funcionamento do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim - Vila do

Conde, EPE, a respetiva estrutura organizativa e as

competências das áreas funcionais que o integram, em

cumprimento do disposto no artigo 7º do Decreto-Lei nº

180/2008, de 26 de agosto.

ARTIGO 2

NATUREZA JURÍDICA E SEDE

1. O Centro Hospitalar Póvoa de Varzim - Vila do Conde, EPE,

adiante designado abreviadamente por CHPVVC, é um

estabelecimento público do Serviço Nacional de Saúde, de

natureza empresarial, dotado de personalidade jurídica,

autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

2. O CHPVVC é constituído por duas unidades hospitalares:

a. Unidade Hospitalar de Póvoa do Varzim

b. Unidade Hospitalar de Vila do Conde

3. O CHPVVC está matriculado na Conservatória do Registo

Comercial da Póvoa de Varzim, sob o número único de

matrícula e pessoa coletiva 508 741 823 e tem a sua sede no

Largo da Misericórdia 4490-421 Póvoa do Varzim.

ARTIGO 3

MISSÃO

1. O CHPPVC tem como missão proporcionar cuidados de

saúde de qualidade, integrados e continuados, aos utentes

dos Municípios da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.

2. O CHPVVC intervém, de acordo com as áreas de influência

e redes de referenciação, cumprindo os contratos-programa

celebrados, em articulação com as instituições integradas na

rede de prestação de cuidados de saúde, sem prejuízo do

direito de livre acesso dos doentes provenientes de outras

áreas geográficas.

3. O CHPVVC desenvolverá ainda atividades complementares

como as de ensino pré e pós-graduado, investigação e

formação, promovendo a articulação com as entidades

prestadoras de cuidados de saúde primários e unidades

hospitalares integrados no Serviço Nacional de Saúde, sempre

que necessário.

ARTIGO 4

VALORES E PRINCÍPIOS

1. O CHPVVC e as pessoas que constituem a sua equipa de

trabalho orientam-se pelos seguintes valores:

a. Respeito pela dignidade e direitos da pessoa

humana;

b. Ética nas relações;

c. Espírito de colaboração e cortesia;

d. Qualidade na ação;

e. Respeito pela boa gestão dos dinheiros públicos.

2. Os princípios estruturais e duradouros que guiam o

comportamento e a atuação do CHPVVC são:

a. Cultura do conhecimento como um bem em si

mesmo;

b. Cultura de excelência técnica e do cuidar,

assegurando os melhores níveis de resultados e de

serviço prestado aos clientes;

c. Cultura interna de trabalho em equipa, como

garante de qualidade e eficiência e de um bom

clima institucional.

ARTIGO 5

OBJETIVOS

1. Na sua atuação, o CHPVVC pauta-se pela prossecução dos

seguintes objetivos:

a. Prestação de cuidados de saúde de qualidade,

acessíveis em tempo oportuno, de acordo com o seu

plano funcional;

b. Eficácia técnica e eficiência, num quadro de

desenvolvimento económico e financeiro sustentável,

otimizando a utilização dos recursos disponíveis;

c. Melhoria contínua para garantia da qualidade

assistencial com desenvolvimento de programas de

melhoria da eficiência operacional e da gestão clínica

numa perspetiva centrada no Utente e na prevenção

da doença;

d. Promoção da formação, investigação e

desenvolvimento profissional dos seus colaboradores

através da responsabilização por resultados,

instituindo uma política de incentivos à produtividade,

ao desempenho e ao mérito;

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e. Cumprimento das metas contratualizadas com o

Ministério da Saúde, através de contratos específicos e

de planos de ação.

2. O cumprimento dos objetivos quantificados e assumidos

através de contratos programa e de planos de ação é objeto

de avaliação, interna e externa.

3. Implementar projetos de prestação de cuidados de saúde

inovadores que visem minimizar o impacto da hospitalização.

4. Monitorizar os projetos em execução e desenvolver

indicadores fiáveis da qualidade dos cuidados prestados.

ARTIGO 6

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

A gestão, estrutura e funcionamento do Centro Hospitalar

regem-se pelo presente regulamento interno, pelo regime

jurídico do sector empresarial do Estado, designadamente

pelo disposto nos seguintes diplomas:

a. Decreto-Lei nº 180/2008, de 26.08 que cria o

CHPVVC;

b. Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, na

redação dada pela Lei n.º 75-A/2014, de 30 de

setembro e pela Lei n.º 42/2016, de 28 de

dezembro, regime jurídico do sector público

empresarial;

c. Decreto-Lei nº 233/2005, de 29.12 com as

alterações do Decreto-Lei nº 12/2015, de 26

janeiro, Decreto-Lei nº 183/2015, de 31 de agosto

e Decreto-Lei nº 18/2017, de 10 de fevereiro que

mantém em vigor os n.ºs 1 e 2 do art. 1º;

d. Decreto-Lei nº 71/2007, de 27.03, com as diversas

alterações introduzidas, sendo a última versão a

do Decreto-Lei 39/2016, de 28.07 relativo ao

estatuto do gestor público;

e. Decreto-Lei n.º 18/2017, de 10 de fevereiro com as

alterações do Decreto-Lei n.º 44/2018, de 18.06,

regime jurídico e aplicáveis às unidades de saúde

do Serviço Nacional de Saúde, adiante designado

por Estatutos;

f. Todas as normas em vigor referentes à

Administração Pública e aos trabalhadores que

não contrariem o diploma a que se refere a alínea

e), nomeadamente no que diz respeito a recursos

humanos, financeiros, aquisição de bens e serviços

e contratação de empreitadas.

ARTIGO 7

ÁREA DE INFLUÊNCIA DA FUNÇÃO ASSISTENCIAL

1. A área base de influência de atividade do CHPVVC é

constituída pelos municípios de Póvoa de Varzim e Vila do

Conde, sem prejuízo do seu grau de diferenciação e no seu

posicionamento no contexto nas diversas Redes de

Referenciação do Serviço Nacional de Saúde, do direito de

livre acesso reconhecido aos utentes ou da organização

específica.

2. O CHPVVC articular-se-á com os cuidados de saúde

primários da sua área de influência, quer na vertente da

Medicina Geral e Familiar, quer da na da Saúde Pública.

3. O CHPVVC articular-se-á também com a Rede Nacional de

Cuidados Continuados Integrados e Rede Nacional de

Cuidados Paliativos.

ARTIGO 8

FORMAS INOVADORAS DE GESTÃO

1. A gestão de recursos do CHPVVC segue um modelo

empresarial, orientando-se para a prestação de cuidados de

saúde com qualidade e segurança, ao serviço dos utentes,

potenciando o desenvolvimento e o mérito dos profissionais,

procurando a melhor eficiência técnica, social e ambiental, e

assente a utilização de manuais escritos de procedimentos e

protocolos de atuação em prol da transparência.

2. O CHPVVC assegura a prestação de cuidados de saúde e as

demais atividades complementares através de meios próprios

ou de terceiras entidades, estabelecendo para o efeito e no

quadro legal em vigor, metodologias de contratualização

interna e externa, seja de recursos seja de objetivos

assistenciais, que melhor correspondam à concretização do

seu objeto social.

CAPÍTULO II

ORGÃOS DO CHPVVC

ARTIGO 9

CARACTERIZAÇÃO

1. São órgãos do CHPVVC:

a. O Conselho de Administração

b. O Fiscal Único

c. O Conselho Consultivo

2. Nos termos previstos nos Estatutos, são ainda

considerados os seguintes órgãos:

a. Serviço de Auditoria Interna

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b. As Comissões de Apoio Técnico

SECÇÃO I

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ARTIGO 10

COMPOSIÇÃO E MANDATO

1. A composição e mandato do Conselho de Administração

são regulados genericamente pelo artigo 6.º dos Estatutos,

aplicando-se aos seus membros o regime de Gestor Público

nos termos do artigo 13.º daquele mesmo documento legal.

2. O Conselho de Administração é composto pelo Presidente

e um máximo de quatro Vogais com funções executivas, onde

se incluem o Diretor Clínico e o Enfermeiro Diretor.

3. Ao Conselho de Administração compete garantir o

cumprimento dos objetivos básicos, bem como o exercício de

todos os poderes de gestão que não estejam reservados a

outros órgãos, e que são elencados em especial no Artigo 7.º

dos Estatutos.

4. A cada um dos membros do Conselho de Administração

poderá ser atribuído a responsabilidade de pelouros próprios,

definindo-se em ata os limites e condições da delegação de

competências, atentas as limitações previstas na lei.

5. Os despachos devem ser fundamentados, claros e

precisos, identificando os Serviços que a eles devem dar

cumprimento e /ou conhecimento.

ARTIGO 11

FUNCIONAMENTO

1. As reuniões, deliberações e vinculação do Conselho de

Administração são reguladas pelos artigos 11.º e 12.º dos

Estatutos, reunindo este, pelo menos, uma vez por semana e,

ainda, sempre que convocado pelo Presidente ou por

solicitação de dois dos seus membros ou do Fiscal Único.

2. A logística necessária ao funcionamento do Conselho de

Administração é assegurada por um secretariado dedicado ao

apoio administrativo necessário.

3. Compete ao secretariado do Conselho de Administração

elaborar e distribuir, com a antecedência de 24 horas, a

agenda previamente aprovada pelo presidente, contendo a

descrição detalhada dos documentos a apreciar na reunião.

4. Só podem ser objeto de deliberação os assuntos incluídos

na agenda, salvo se, tratando-se de reunião ordinária, a

maioria dos membros reconhecer a urgência da deliberação

imediata sobre outros assuntos.

5. De cada reunião é elaborada ata, a aprovar na reunião

seguinte, contendo o resumo das matérias e as deliberações

aprovadas, bem como as declarações de voto, se existirem.

6. As deliberações são tomadas por maioria simples, tendo o

presidente voto de qualidade.

7. No intuito de facilitar a sua execução, as deliberações do

Conselho de Administração podem igualmente ser produzidas

nos documentos que as originam.

ARTIGO 12

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

1. O Presidente do Conselho de Administração detém as

competências próprias constantes do artigo 8.º dos Estatutos,

podendo exercer também as que lhe forem delegadas pelo

Conselho de Administração, que visam garantir o

cumprimento dos objetivos básicos da instituição, bem como

o exercício de todos os poderes de gestão que não estejam

reservados a outros órgãos.

2. O Presidente do Conselho de Administração é substituído

nas suas ausências e impedimentos por um vogal por si

designado.

ARTIGO 13

VOGAIS

Os Vogais nomeados para o Conselho de Administração, em

número a determinar pelas entidades tutelares, exercem

igualmente funções executivas no âmbito da gestão da

instituição podendo-lhe ser atribuídos pelouros e

competências delegadas nos termos do artigo 10, n.º 4 deste

Regulamento.

ARTIGO 14

DIRETOR CLÍNICO

1. O Diretor Clínico detém as competências previstas no

artigo 9.º dos Estatutos no âmbito da direção da produção

clínica do hospital que compreende a coordenação da

assistência prestada aos doentes e a qualidade, correção e

prontidão dos cuidados de saúde prestados, bem como, as

responsabilidades que lhe forem delegadas pelo Conselho de

Administração.

2. No exercício das suas funções, o Diretor Clínico é

coadjuvado por três adjuntos, a designar pelo Conselho de

Administração, sob sua proposta.

3. Os adjuntos do Diretor Clínico desempenham as suas

funções nos serviços a que se encontram afetos, gozando de

horário com disponibilidade a atribuir pelo Conselho de

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Administração, em função da especificidade e intensidade das

respetivas atividades.

4. O Diretor Clínico é substituído, nas suas ausências e

impedimentos, por um adjunto por si designado.

ARTIGO 15

ENFERMEIRO DIRETOR

1. O Enfermeiro-Diretor tem as competências previstas no

Artigo 10.º dos Estatutos no âmbito da coordenação técnica

da atividade de enfermagem do hospital velando pela sua

qualidade, e, sem prejuízo do disposto em sede do

regulamento interno.

2. No exercício das suas funções, o Enfermeiro Diretor é

coadjuvado por três adjuntos, a designar pelo Conselho de

Administração, sob sua proposta.

3. Os adjuntos do Enfermeiro Diretor desempenham as suas

funções normais nos Serviços a que se encontram afetos,

gozando de horário com disponibilidade, a atribuir pelo

Conselho de Administração, em função da especificidade e

intensidade das funções.

4. O Enfermeiro Diretor é substituído, nas suas ausências e

impedimentos, por um adjunto por si designado.

SECÇÃO II

FISCAL ÚNICO

ARTIGO 16

FUNCIONAMENTO MANDATO E ESTATUTO

1. O Fiscal Único é o órgão responsável pelo controlo da

legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e

patrimonial do CHPVVC.

2. O tempo de mandato, regime de exercício de funções e as

competências do fiscal único, são os constantes dos artigos

17.º e 18.º dos Estatutos.

SECÇÃO III

CONSELHO CONSULTIVO

ARTIGO 17

NATUREZA, COMPOSIÇÃO,

FUNCIONAMENTO E MANDATO

1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta, apoio e

participação na definição das linhas gerais de atuação do

CHPVVC, com vista ao melhor funcionamento dos serviços a

prestar às populações, tendo em conta os recursos

disponíveis.

2. A composição, os mandatos, as competências e o

funcionamento do Conselho Consultivo são os constantes dos

artigos 21.º, 22.º e 23.º dos Estatutos.

SECÇÃO IV

SERVIÇO DE AUDITORIA INTERNA

ARTIGO 18

NATUREZA, COMPOSIÇÃO,

FUNCIONAMENTO E MANDATO

1. Ao Serviço de Auditoria Interna compete a avaliação dos

processos de controlo interno e de gestão de riscos, nos

domínios contabilístico, financeiro, operacional, informático e

de recursos humanos, contribuindo para o seu

aperfeiçoamento contínuo, na dependência direta do

Presidente do Conselho de Administração.

2. A natureza, composição, mandatos, competências e o

funcionamento do Serviço de Auditoria Interna são os que

decorrem do artigo 19.º dos Estatutos e os constantes de

regulamento de serviço a aprovar.

3. A Direção do Serviço de Auditoria Interna compete a um

auditor interno, recrutado nos termos da lei, que exerce as

respetivas funções pelo período de três anos, renovável por

iguais períodos, até ao limite máximo de três renovações

consecutivas ou interpoladas e que é apoiado tecnicamente

nas suas funções por um máximo de três técnicos auditores.

4. Ao Serviço de Auditoria Interna compete em especial:

a. Fornecer ao Conselho de Administração análises e

recomendações sobre as atividades revistas para

melhoria do funcionamento dos serviços;

b. Receber as comunicações de irregularidades sobre

a organização e funcionamento do CHPVVC,

apresentadas pelos demais órgãos estatutários,

trabalhadores, colaboradores, utentes e cidadãos em

geral;

c. Elaborar o plano anual de auditoria interna, bem

como, um relatório sobre a atividade desenvolvida, em

que se refiram os controlos efetuados, as anomalias

detetadas e as medidas corretivas a adotar;

d. Elaborar o plano de gestão de riscos de corrupção

e infrações conexas e os respetivos relatórios anuais

de execução;

e. Apresentar e submeter para aprovação do

Conselho de Administração os documentos exigidos

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nos termos da legislação de enquadramento da sua

atividade, em particular, o plano e o relatório anual de

auditoria e o plano e relatório de gestão de riscos de

corrupção e infrações conexas;

f. Efetuar a interligação e acompanhamento de

todos os pedidos e garantia das respetivas respostas

às entidades com quem tem especial articulação

funcional.

5. O Serviço de Auditoria Interna desempenha as suas

funções em estreita articulação com o Conselho de

Administração, e em particular com a ACSS, a Direção-Geral

do Tesouro e Finanças, à Inspeção Geral de Atividades em

Saúde, a Inspeção-Geral de Finanças e o Conselho de

Prevenção da Corrupção.

6. No sentido de obter informação adequada para o

desenvolvimento das suas competências, o Serviço de

Auditoria Interna tem acesso livre a registos, documentação,

computadores, instalações e pessoal do hospital, com exceção

dos registos clínicos individuais dos utentes.

7. As responsabilidades e atribuições remetidas a este

Serviço, no âmbito do Sistema de Controlo Interno e de

Comunicação de Irregularidades, estão previstas no artigo 20.º

dos Estatutos.

SECÇÃO V

COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO

ARTIGO 19

COMPOSIÇÃO, MANDATO E FUNCIONAMENTO

1. As Comissões de Apoio Técnico são órgãos de carácter

consultivo que têm por função colaborar com o Conselho de

Administração, por sua iniciativa ou a pedido daquele em

matérias da sua competência.

2. Para atuação em matérias especializadas de interesse

comum, o CHPVVC constitui nos termos do Artigo 24, n.º 2 do

Estatutos as seguintes Comissões de Apoio Técnico:

a. Comissão de Ética

b. Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança

do Doente

c. Grupo de Coordenação Local do Programa de

Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos

Antimicrobianos

d. Comissão de Farmácia e Terapêutica

3. O CHPVVC constitui ainda nos termos da lei, da atividade

do hospital e da legis artis as seguintes Comissões de Apoio

Técnico enquadradas no âmbito do Artigo 24, n.º 3 do

Estatutos, com competências sobretudo de análise E

planeamento:

a. Comissão Médica

b. Direção Enfermagem

c. Comissão dos Técnicos de Diagnóstico e

Terapêutica

d. Comissão de Coordenação Oncológica

e. Comissão Técnica de Certificação para a

Interrupção Voluntária da Gravidez

f. Comissão Transfusional

g. Comissão de Tratamento de Feridas

h. Grupo Triagem Prioridades

i. Comissão de Blocos Operatórios

j. Comissão de Normalização de Consumos e

Equipamentos Clínicos

k. Comissão Local de Informatização Clínica

l. Comité do Risco e Segurança da Informação

m. Comissão Consultiva para a Formação

n. Comissão de Catástrofe e Emergência

4. Compete ao Conselho de Administração a nomeação dos

membros de cada comissão, nomeando os respetivos

presidentes ou coordenadores.

5. Os mandatos dos membros das comissões ou órgãos de

apoio técnico, coincidem com a vigência do mandato do

Conselho de Administração, a não ser que leis especiais

regulamentem de forma diferente.

6. Consoante a natureza da atividade a desenvolver, os

membros das comissões desempenham as suas funções nos

serviços a que se encontrem afetos, dispondo de horário

adequado atribuído pelo Conselho de Administração em

função da especificidade e intensidade das responsabilidades

que lhe estão cometidas.

7. O funcionamento de cada comissão é definido em

regulamento próprio, a aprovar pelo Conselho de

Administração e apresentado até 90 dias após a sua

nomeação, devendo ser reduzidas a ata as respetivas

deliberações e a periodicidade das suas reuniões deve ser

fixada pelo respetivo regulamento.

8. Cada comissão apresentará anualmente um plano de

atividades e um relatório de execução anual, os quais serão

submetidos para aprovação pelo Conselho de Administração.

9. O Conselho de Administração pode, por sua iniciativa ou

sob proposta de outros órgãos, proceder à criação de outras

comissões de apoio técnico, para além das previstas no n.º 2

do art. 24º dos Estatutos, devendo vir a constar do

regulamento interno.

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SUBSECÇÃO I

COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO

ARTIGO 20

COMISSÃO DE ÉTICA

1. A Comissão de Ética é uma comissão consultiva de apoio

ao Conselho de Administração, multidisciplinar e dotada de

independência técnica e científica que tem por missão

contribuir para a observância de princípios da ética e da

bioética na atividade da instituição, na prestação de cuidados

de saúde e na realização de investigação clínica, em especial

no exercício das ciências da saúde, à luz do princípio da

dignidade da pessoa humana, como garante do exercício dos

seus direitos fundamentais, bem como a integridade,

confiança e segurança dos procedimentos em vigor na

respetiva instituição.

2. A Comissão de Ética rege-se pelo seu regulamento de

funcionamento e pelas disposições constantes no Decreto-Lei

n.º 80/2018, de 15 de outubro, nomeadamente quanto à sua

composição, constituição, mandato, direção, funcionamento e

competências.

3. À Comissão de Ética compete em particular no domínio da

atividade assistencial do Centro Hospitalar:

a. Zelar pelo respeito dos princípios éticos da

dignidade da pessoa humana, da beneficência, da

justiça e da autonomia pessoal na prestação de

cuidados de saúde;

b. Colaborar com os serviços e profissionais da

instituição envolvidos na prestação de cuidados de

saúde, no domínio da ética;

c. Zelar pela proteção e pelo respeito dos direitos e

deveres dos utentes e dos profissionais de saúde da

instituição;

d. Prestar assistência ética e mediação na tomada de

decisões que afetem a prática clínica e assistencial;

e. Assessorar, numa perspetiva ética, a tomada de

decisões de saúde, organizativas e institucionais;

f. Elaborar orientações e recomendações nos casos e

nas situações que gerem ou possam gerar conflitos

éticos colocados pela prática clínica;

g. Verificar o cumprimento dos requisitos éticos

legalmente estabelecidos;

h. Emitir, por sua iniciativa ou por solicitação,

pareceres sobre questões éticas, nomeadamente o

respeito pelos direitos fundamentais e pela dignidade

dos doentes.

ARTIGO 21

COMISSÃO DE HUMANIZAÇÃO,

QUALIDADE E SEGURANÇA DO DOENTE

1. A Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança do

Doente assume a superintendência de todo o sistema de

melhoria da qualidade e de governação clínica, sendo

responsável pela implementação da política de qualidade e

pela política de governação clínica, constituindo-se como um

fórum de análise, discussão, planeamento e promoção de

boas práticas.

2. A Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança do

Doente rege-se pelo seu regulamento próprio e pelas

disposições constantes no Despacho n.º 3635/2013, publicado

a 7 de maio de 2013, nomeadamente quanto à sua

composição, funcionamento e competências.

3. A Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança do

Doente é uma comissão multiprofissional de apoio técnico ao

Conselho de Administração sendo constituída por um máximo

de nove membros, presidida pelo Presidente do Conselho de

Administração, integrada obrigatoriamente pelo Diretor

Clínico, o Enfermeiro-Diretor, o Coordenador do Grupo de

Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de

Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, o Gestor da

Qualidade e o Gestor do Risco.

4. A Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança do

Doente deve pautar a sua atuação no âmbito da Estratégia

Nacional para a Qualidade na Saúde, atualmente prevista no

Despacho n.º 5613/2015, publicado em 27 de maio de 2015

para os anos 2015-2020, competindo-lhe nomeadamente:

a. A formulação das políticas de qualidade e

segurança orientadas para o utente nas dimensões da

satisfação dos doentes, eficiência e otimização na

utilização dos recursos disponíveis, planeamento,

controlo estatístico, melhoria contínua e satisfação

dos seus colaboradores;

b. Avaliar as diferentes dimensões da qualidade,

incluindo a dos custos da não qualidade definindo

critérios de avaliação, acompanhamento e controlo da

qualidade e segurança dos serviços;

c. Apresentar o plano de ação anual com previsão de

recursos necessários à execução de programas

específicos de qualidade;

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CA REGULAMENTO

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d. Acompanhar as atividades no âmbito dos

programas e projetos de qualidade incluídas no plano

de ação anual, definir critérios de qualidade e

instrumentos de auditoria das ações de qualidade

levadas a efeito na Instituição;

e. Analisar e elaborar pareceres referentes a temas

relacionados com a qualidade e humanização;

f. Propor políticas de garantia de qualidade e gestão

de risco, incluindo a aplicação global, sectorial ou

local de normas de certificação e de acreditação,

conforme opção estratégica do Centro Hospitalar.

5. As competências elencadas incidem igualmente sobre as

atuações no âmbito do risco clínico e do risco geral como uma

vertente associada ao processo de gestão da qualidade.

6. As ações indicadas nos números anteriores são

operacionalizadas através dos Gabinetes da Qualidade e de

Gestão do Risco, após aprovação dos respetivos regulamentos

pelo Conselho de Administração.

ARTIGO 22

GRUPO DE COORDENAÇÃO LOCAL DO

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÕES

E DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

1. O Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção

e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

(GCL-PPCIRA) do Centro Hospitalar é uma comissão de apoio

técnico ao Conselho de Administração, que tem como objetivo

principal a prevenção das infeções associadas aos cuidados de

saúde, bem como a preservação da eficácia dos

antimicrobianos.

2. O GCL-PPCIRA rege-se pelo seu regulamento próprio e

pelas disposições constantes no Despacho n.º 15423/2013 de

18 de novembro., devendo ser de natureza multidisciplinar

constituído obrigatoriamente por médicos, enfermeiros,

farmacêuticos e outros técnicos de saúde

3. O Coordenador do GCL-PPCIRA é nomeado pelo Conselho

de Administração e integra obrigatoriamente as Comissões de

Humanização, Qualidade e Segurança do Doente e a de

Farmácia e Terapêutica

4. Ao GCL-PPCIRA compete:

a. Supervisionar as práticas locais de prevenção e

controlo de infeção e de uso de antimicrobianos;

b. Garantir o cumprimento obrigatório dos

programas de vigilância epidemiológica de infeção

associada a cuidados de saúde e de resistências aos

antimicrobianos, nomeadamente a vigilância e

notificação de microrganismos-problema e de

microrganismos alerta e a implementação de

auditorias clínicas internas;

c. Garantir práticas locais de isolamentos para

contenção de agentes multirresistentes, assegurando

a gestão racional dos recursos físicos existentes de

acordo com a gestão de prioridades de risco e

garantindo o fluxo de informação entre serviços e

instituições;

d. Garantir o retorno da informação sobre vigilância

epidemiológica de infeção e de resistências aos

antimicrobianos às unidades clínicas;

e. Colaborar no processo de notificação das doenças

de declaração obrigatória;

f. Promover e corrigir práticas de prevenção e

controlo de infeção, nomeadamente no que se refere

à higiene das mãos, ao uso de equipamento de

proteção individual e de controlo ambiental,

sobretudo a higienização de superfícies

frequentemente manuseadas;

g. Promover e corrigir as práticas de uso de

antibióticos, nomeadamente através da

implementação de programa de assistência à

prescrição antibiótica, tanto em profilaxia como em

terapêutica, permitindo ao GCL-PPCIRA a anulação do

uso de antibióticos em situações em que não estão

indicados ou utilizados por tempo superior ao

necessário;

h. Rever e validar as prescrições de, pelo menos,

carbapenemes e fluoroquinolonas, nas primeiras 96

horas de terapêutica;

i. Ter como interlocutores privilegiados o diretor de

serviço e o enfermeiro chefe de cada serviço clínico,

podendo as ações de ordem prática ser dinamizadas

por um médico e um enfermeiro de cada serviço, que

funcionem como elos do processo;

j. Fazer integrar as suas atividades no plano e

relatório anual de atividades da respetiva comissão de

qualidade e segurança, de acordo com o determinado

no Despacho n.º 3635/2013, de 7 de março e no plano

de atividades do Programa de Prevenção e Controlo de

Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos.

ARTIGO 23

COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA

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1. A Comissão de Farmácia e Terapêutica tem por missão

propor, as orientações terapêuticas e a utilização mais

eficiente dos medicamentos, no âmbito da política do

medicamento, apoiadas em bases sólidas de farmacologia

clínica e evidência da economia da saúde sobre custo -

efetividade, monitorizando a prescrição dos medicamentos, a

sua utilização e garantindo a todos os utentes a equidade no

acesso à terapêutica

2. A Comissão de Farmácia e Terapêutica rege-se em sede de

regulamento pelas disposições constantes no Despacho

2325/2017, de 02 março.

3. A Comissão de Farmácia e Terapêutica é constituída pelo

Conselho de Administração para um mandato de três anos,

sendo a sua composição no Centro Hospitalar de três médicos

e três farmacêuticos vinculados à instituição, sendo os seus

membros propostos pelo Diretor Clínico ou em quem este

delegue, que presidirá à Comissão.

4. O Diretor do Serviço de Aprovisionamento e Logística

participa nas reuniões da comissão, sempre que solicitado

pelo seu presidente, não tendo direito de voto, ficando a sua

intervenção limitada a assuntos de carácter económico ou

operacional.

5. A Comissão de Farmácia e Terapêutica reúne

semanalmente e sempre que convocada pelo seu presidente,

por iniciativa própria ou a pedido de, pelo menos, dois dos

seus membros.

6. Compete à Comissão de Farmácia e Terapêutica, entre as

outras responsabilidades previstas legalmente:

a. Atuar como órgão consultivo e de integração entre

os serviços de prestação de cuidados e os serviços

farmacêuticos;

b. Selecionar, designadamente entre as alternativas

terapêuticas previstas no Formulário Nacional de

Medicamentos (FNM) a lista de medicamentos que

serão disponibilizados pelo Centro Hospitalar, e

implementar e monitorizar o cumprimento dos

critérios de utilização de medicamentos emitidos pela

Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) e

dos protocolos de utilização na entidade, de acordo

com os critérios e condições de utilização dos

medicamentos aí previstos;

c. Elaborar as adendas de inclusão ou exclusão de

medicamentos, privativas do formulário hospitalar

nacional de medicamentos, zelando pelo cumprimento

do FNM;

d. Analisar mensalmente com cada serviço hospitalar

os custos da terapêutica que lhe são imputados,

auditando periodicamente e identificando desvios na

utilização dos medicamentos;

e. Em articulação com o Monitor da Prescrição

Médica, monitorizar a prescrição interna de

medicamentos e de meios complementares de

diagnóstico e terapêutica, com o objetivo de emitir

relatórios trimestrais e obter indicadores relativos à

sua prescrição, e implementar mecanismos regulares

de acompanhamento e discussão interpares dessa

informação;

f. Diligenciar a promoção de estratégias efetivas na

utilização racional do medicamento na instituição

g. Pronunciar-se, respeitando as regras

deontológicas, sobre a correção da terapêutica

prescrita a doentes, sob solicitação do Diretor Clínico

Dar parecer sobre os novos medicamentos a adquirir;

h. Colaborar com o Sistema Nacional de

Farmacovigilância, definindo e pondo em prática

uma política de informação sobre medicamentos.

SUBSECÇÃO II

OUTRAS COMISSÕES DE APOIO TÉCNICO

ARTIGO 24

COMISSÃO MÉDICA

1. A Comissão Médica é composta pelo Diretor Clínico, que a

ela preside, pelos adjuntos do Diretor Clínico e pelos diretores

ou médicos responsáveis pelos Serviços Clínicos e

Departamentos.

2. O Diretor Clínico poderá propor a participação, em

reuniões, de médicos ou de outros profissionais responsáveis

por serviços ou unidades funcionais previstas neste

regulamento ou que venham a ser criadas pelo Conselho de

Administração.

3. A Comissão Médica funciona em plenário e reúne

mensalmente ou sempre que convocada pelo seu presidente,

sem prejuízo de poder funcionar em comissões especializadas

de âmbito restrito, sempre que tal se mostre necessário.

4. A Comissão Médica deverá acompanhar e avaliar,

periodicamente e de modo sistemático, a atividade clínica,

designadamente, os aspetos relacionados com o exercício da

medicina e a formação dos médicos, competindo-lhe em

particular:

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a. Pronunciar-se sobre os assuntos que o diretor

clínico julgue conveniente auscultar;

b. Pronunciar-se sobre os aspetos técnicos do

exercício da medicina que envolvam interação

entre Serviços;

c. Propor medidas que visem melhorar os índices de

produtividade e eficiência da instituição;

d. Dar parecer sobre o plano de atividades da

Instituição.

ARTIGO 25

DIREÇÃO DE ENFERMAGEM

1. A Direção de Enfermagem é composta por todos os

trabalhadores que exerçam funções de direção e chefia

(incluindo o Enfermeiro Diretor) da carreira especial de

enfermagem, bem como todos enfermeiros titulares das

categorias subsistentes nos termos do disposto na legislação

da carreira de enfermagem em vigor.

2. A Direção de Enfermagem é constituída e funciona nos

termos do disposto na Portaria nº 245/2013, de 5 de agosto,

sendo as suas reuniões em plenário e com uma periodicidade

trimestral ou sempre que convocada pelo seu presidente;

3. No âmbito da Direção de Enfermagem funciona uma

comissão executiva permanente, presidida pelo Enfermeiro-

Diretor, os adjuntos do enfermeiro diretor e três membros

eleitos pelos elementos que a compõem;

4. A Direção de Enfermagem prossegue as atribuições de

apoio à definição das políticas de organização e prestação de

serviços de enfermagem;

5. A Direção de Enfermagem deverá acompanhar e apreciar,

periodicamente e de modo sistemático, a prestação de

cuidados de enfermagem e todas as atividades desenvolvidas

no sector, bem como a formação dos profissionais de

enfermagem.

6. Compete à Direcção de Enfermagem em particular:

a. Pronunciar-se sobre os assuntos que o enfermeiro

diretor julgue conveniente auscultar;

b. Pronunciar-se sobre os aspetos técnicos do

exercício da enfermagem;

c. Dar parecer sobre o plano de atividades da

Instituição.

ARTIGO 26

COMISSÃO DE TECNICOS DE DIAGNOSTICO E TERAPÊUTICA

1. A Comissão dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica é

constituída por todos os técnicos coordenadores dos

diferentes Serviços, e/ou pelos Técnicos de Diagnóstico e

Terapêutica designados pelo Conselho de Administração.

2. Compete à Comissão dos Técnicos de Diagnóstico e

Terapêutica em particular:

a. Pronunciar-se sobre os assuntos referentes ao

funcionamento dos Serviços;

b. Apreciar reclamações de natureza técnica e

deontológica;

c. Dar parecer sobre o plano de atividades da

Instituição.

ARTIGO 27

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO ONCOLÓGICA

1. A Comissão de Coordenação Oncológica rege-se quanto ao

seu funcionamento, composição e competências pela Portaria

n.º 420/90, de 8 de junho.

2. A Comissão de Coordenação Oncológica será presidida

pelo Diretor Clínico, ou por um dos seus adjuntos, sendo

proposta a nomeação ao Conselho de Administração de três

médicos, das áreas de Ginecologia, Cirurgia Geral e Medicina

Interna.

3. Compete à Comissão de Coordenação Oncológica:

a. Definir critérios, propor protocolos de

relacionamento e promover a referenciação entre

cuidados de saúde primários, hospitalares e

paliativos, no âmbito da rede de referenciação

hospitalar da área oncológica;

b. Organizar as consultas de grupo multidisciplinares

com o objetivo de analisar e definir a estratégia de

diagnóstico e terapêutica relativa a casos clínicos

oncológicos;

c. Definir e aprovar protocolos de atuação

diagnóstica e terapêutica dos diversos tipos de

doença oncológica, em cooperação com as

especialidades médica e cirúrgica;

d. Promover e coordenar o registo oncológico no

âmbito do Centro Hospitalar e articular-se com o

Registo Oncológico Regional e Epidemiológico do

Norte (RORENO);

e. Promover a organização de campanhas de

prevenção e rastreio do cancro;

f. Organizar e participar em reuniões científicas de

âmbito oncológico.

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ARTIGO 28

COMISSÃO TÉCNICA DE CERTIFICAÇÃO PARA A

INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ

1. A Comissão Técnica de Certificação da Conformidade da

Interrupção da Gravidez rege-se, quanto ao modo de

funcionamento, pela Portaria n.º 741-A/2007, de 21 de junho,

que regulamenta a Lei nº16/2007, de 17 de abril.

2. A Comissão Técnica de Certificação da Conformidade da

Interrupção da Gravidez é composta por cinco médicos como

membros efetivos e dois suplentes, a nomear pelo Conselho

de Administração pelo período de um ano, renovável.

3. No âmbito do número anterior, fazem parte,

obrigatoriamente, um obstetra/ecografista, um

neonatalogista, sendo os restantes membros necessariamente

possuidores de conhecimentos adequados para a avaliação

das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da

gravidez.

4. Compete à Comissão Técnica de Certificação da

Conformidade da Interrupção da Gravidez, nos termos da Lei,

verificar, a conformidade com as circunstâncias previstas no

artigo 142.º do Código Penal, designadamente:

a. Prestando os esclarecimentos pertinentes à mulher

grávida ou seu representante legal;

b. Reunindo de imediato após receção dos atestados,

relatórios, pareceres médicos e documento normalizado

de consentimento.

ARTIGO 29

COMISSÃO TRANSFUSIONAL

1. A Comissão Transfusional é presidida pelo Diretor Clínico

ou em quem este delegar, sendo constituída por médicos,

enfermeiros dos serviços que mais frequentemente utilizam

serviços de medicina transfusional, representantes dos

Serviços de Patologia Clínica, Serviços Farmacêuticos,

Gabinete da Qualidade e Gabinete do Risco.

2. Compete à Comissão Transfusional:

a. Desenvolver orientações e procedimentos

relacionados com a segurança do ato transfusional,

revendo e atualizando regularmente a documentação

do hospital relativa à transfusão;

b. Promover a educação contínua da prática

transfusional de todos os profissionais nela envolvidos,

promovendo a divulgação e o uso de normas

internacionais, nacionais e locais relativamente ao

processo clínico transfusional;

c. Desenvolver orientações e procedimentos

relacionados com a segurança do ato transfusional;

d. Desenvolver critérios e promover auditorias

clínicas para avaliar o processo transfusional

comparativamente com normas relevantes relativas

ao uso dos componentes/ derivados do sangue, de

acordo com a melhor prática clínica;

e. Garantir que os incidentes transfusionais são

analisados e que a informação utilizada possa ajudar a

melhorar a prática clínica, evitando a repetição dos

mesmos, pela assunção de medidas corretivas e

preventivas;

f. Avaliar a eficácia dos serviços de transfusão em

relação às necessidades do doente;

g. Rever e analisar os dados estatísticos do serviço de

transfusão;

h. Propor todas as medidas necessárias, junto do

Conselho de Administração, para a correção de

procedimentos inapropriados.

ARTIGO 30

COMISSÃO DE TRATAMENTO DE FERIDAS

1. A Comissão de Tratamento de Feridas é constituída por

dois médicos com especialidade de cirurgia geral, por três

enfermeiros e por uma farmacêutica hospitalar;

2. A Comissão de Tratamento de Feridas acompanha a

implementação do “Protocolo para o Tratamento de Feridas”,

em suporte digital, com o propósito de:

a. Implementar normas de procedimento que

documentem os cuidados assistenciais de modo a

padronizar os tratamentos, uniformizando a prevenção e

tratamento de Feridas no CHPVVC;

b. Promover a formação dos prestadores de cuidados na

prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização;

c. Implementar sistemas de avaliação do risco de

aparecimento de Feridas de difícil cicatrização;

d. Elaborar guias de boas práticas, aprofundando e

consagrando valores éticos, de modo a uniformizar

procedimentos e reduzir custos na perspetiva da

continuidade de cuidados atendendo às guidelines mais

recentes;

e. Implementar um sistema de avaliação sistemática das

Feridas de difícil cicatrização no âmbito de todos os

serviços de prestação de cuidados;

f. Divulgar estado da arte no tratamento e prevenção da

ferida crónica, em colaboração com os serviços

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farmacêuticos, permitindo a padronização dos novas

técnicas e metodologias.

3. No âmbito da garantia da uniformização e continuidade de

cuidados, a Comissão de Tratamento de Feridas articula-se

com todos os serviços e entidades que ajudem no

desenvolvimento da sua atividade, nomeadamente, a nível

interno com o GCL-PPCIRA, Gabinete de Gestão da Qualidade,

Comissão de Farmácia e Terapêutica, Comissão Loca para a

Informatização Clinica, Comissão Consultiva para a Formação

e, externamente, com a Comissão de Feridas do ACES da

Póvoa de Varzim/Vila do Conde.

ARTIGO 31

GRUPO TRIAGEM PRIORIDADES

1. O Grupo de Triagem de Prioridades foi criado pelo

Conselho de Administração, na sequência da implementação

do sistema de triagem de Manchester e de acordo com a

declaração de princípios assinada entre a instituição e o Grupo

Português de Triagem.

2. A sua atividade foi reforçada no sentido de dar

cumprimento à legislação e normas em vigor:

a) Despacho n.º 10319/2014, publicado no Diário da

República n.º 153, II série, de 11 de agosto;

b) Despacho n.º 1057/2015, publicado no Diário da

República n.º 22, II série, de 2 de fevereiro;

c) Norma da Direção-Geral da Saúde n.º 002/2015,

de 6 de março;

d) Despacho n.º 4835-A/2016 Diário da República, II

série N.º 69 de 8 de abril.

3. O Grupo de Triagem de Prioridades funciona como um

grupo de formação e auditoria em triagem no Serviço de

Urgência, sendo constituído por quatro elementos, médicos e

enfermeiros, com coordenação médica.

4. Todos os membros devem ter formação e competência de

formador e auditor de triagem de Manchester, sendo

credenciados e reconhecidos como auditores internos pelo

Grupo Português de Triagem.

5. O Grupo de Triagem de Prioridades reúne duas vezes por

mês e tem como funções:

a. Realizar auditoria interna à Triagem no Serviço de

Urgência, segundo o protocolo de Manchester

(individualmente a todos os elementos e globalmente

ao Serviço de Urgência);

b. Realizar formação, nomeadamente, cursos e ações

de divulgação de triagem de Manchester e nos

protocolos implementados no SU relacionados com a

triagem (ex.: Vias verdes e Plano de Catástrofe

Externa);

c. Trabalhar na elaboração e implementação de

protocolos;

d. Colaborar com o Conselho de Administração e com

a direção clínica e de enfermagem, na melhoria da

qualidade da triagem de doentes no Serviço de

Urgência.

ARTIGO 32

COMISSÃO DE BLOCOS OPERATÓRIOS

1. A Comissão de Blocos Operatórios visa operacionalizar a

avaliação casuística dos Utentes da Lista de Inscritos Cirúrgicos

com base na informação sistematizada pela ULGA, para no

cumprimento dos critérios de acesso decidir sobre o seu

efetivo agendamento cirúrgico, bem como para cumprimento

dos TMRG propor a distribuição de tempos cirúrgicos por

especialidade e regime de programação base ou adicional.

2. A Comissão de Blocos Operatórios reúne mensalmente e,

sendo presidida pelo Diretor Clínico, terá a participação do

Enfermeiro Diretor, da equipa de gestão do Departamento

Cirúrgico, do Responsável Médico e Enfermeiros Chefes do

Bloco Operatório Central e Unidade de Cirurgia de

Ambulatório, dos Diretores de Serviço de cada serviço

cirúrgico, Diretor de Serviço de Anestesiologia e o

Coordenador da ULGA.

3. A presença nas reuniões da Comissão de Blocos

Operatórios é obrigatória e, em qualquer falta ou

impedimento, deverá cada interlocutor nomear elemento de

substituição.

ARTIGO 33

COMISSÃO DE NORMALIZAÇÃO DE CONSUMOS CLÍNICOS

1. A Comissão de Normalização de Consumos Clínicos é um

órgão consultivo do Conselho de Administração responsável

pela emissão de pareceres relativos à política de consumos

Clínicos do Centro Hospitalar.

2. A Comissão de Normalização de Consumos Clínicos é

constituída por um membro do Conselho de Administração,

por este designado, que a ela presidirá, pelo Diretor do

Serviço de Aprovisionamento e Logística, por dois médicos,

dois enfermeiros e um técnico de diagnóstico e terapêutica.

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3. Compete à Comissão de Normalização de Consumos

Clínicos designadamente:

a. Propor políticas de aquisição e ações de normalização

de equipamentos e materiais no âmbito de consumo

clínico, hoteleiro e administrativo numa ótica de

eficiência;

b. Emitir parecer sobre a introdução de novos

equipamentos e materiais de consumo e/ou sobre

equipamentos que consumam material de consumo

clínico;

c. Sempre que solicitado pelo Serviço de

Aprovisionamento e logística, colaborar nos

processos de aquisição de equipamentos e materiais,

nomeadamente quanto à identificação e tipologia de

produtos;

d. Em colaboração com outras comissões e serviços,

propor normas de utilização e procedimentos que

sejam transversais ao hospital e que possibilitem uma

utilização racional.

4. A comissão reúne sempre que convocada pelo seu

presidente.

ARTIGO 34

COMISSÃO LOCAL PARA A INFORMATIZAÇÃO CLÍNICA

1. A Comissão Local para a Informatização Clínica é um

órgão multidisciplinar de apoio técnico ao Conselho de

Administração, sendo constituída por seis membros: um

elemento médico da Direção Clínica que preside à comissão,

um elemento do Conselho de Administração com o pelouro da

área dos sistemas de informação, um elemento do Serviço de

Gestão de Sistemas de Informação, um enfermeiro

responsável pelo grupo de trabalho de informatização de

enfermagem, um elemento do Serviço de Gestão de Doentes

e o elemento nomeado pelo Conselho de Administração como

responsável pelo tratamento dos dados (DPO- Data Protetor

Office).

2. A Comissão Local para a Informatização Clínica conta

ainda com o apoio de um grupo de consultores indicados pelo

Conselho de Administração.

3. A Comissão Local para a Informatização Clínica solicitará

o apoio a outros técnicos ou peritos das mais diversas áreas,

sempre que necessário.

4. A Comissão Local para a Informatização Clínica , na sua

atuação, orienta-se antes de mais pelas disposições legais

decorrentes do Despacho n. 3156/2017 e da resolução da

Assembleia da República nº 62/2016 que apresenta a

Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação da

Saúde 2020 (Enesis 2020).

5. Compete à Comissão Local para a Informatização Clínica :

a. Promover adoção de aplicações normalizadas e

integração das aplicações através de standards ao

nível da interoperabilidade técnica e semântica;

b. Promover iniciativas para avaliação interna das

aplicações ao nível clínico e de apoio;

c. Promover a análise de não conformidade dos

registos clínicos eletrónicos;

d. Apresentar propostas de melhoria de processos

eletrónicos, clínicos e de apoio, nos sistemas de

informação;

e. Promover e propor melhoria da qualidade dos

dados;

f. Promover iniciativas que promovam a segurança e

privacidade dos dados;

g. Analisar o desempenho das aplicações e

inconformidades detetadas ou reportadas pelos

utilizadores;

h. Avaliar o grau de satisfação dos utilizadores

relativamente aos programas disponíveis;

i. Propor contributos e alterações ao plano

estratégico dos sistemas de informação do CHPVVC;

j. Emitir parecer sobre novas funcionalidades a

desenvolver e alteração dos sistemas de informação;

k. Promover a sensibilização ou formação nas áreas

de eHealth, no sentido de consciencializar todos os

profissionais do potencial que estas áreas de inovação

podem incorporar no CHPVVC, e serem o catalisador

da mudança e melhoria dos serviços;

l. Propor o desenvolvimento de ações pedagógicas

aos profissionais das vantagens, desafios e riscos

inerentes aos projetos eHealth;

m. Propor políticas de acesso a aplicações e recursos

computacionais;

n. Emitir pareceres solicitados pelo Conselho de

Administração;

o. Elaborar um relatório trimestral para envio ao

Conselho de Administração com as ações tomadas

ao nível da Transformação Digital do CHPVVC.

ARTIGO 35

COMITÉ DO RISCO E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

1. O Comité do Risco e Segurança da Informação deverá ser

presidido por um elemento do Conselho de Administração

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com responsabilidade de gestão na área das tecnologias de

informação, e constituído no mínimo pela Direção de Serviço

de Sistemas de Informação e Comunicação, Encarregado de

Proteção de Dados, Gestor do Risco, Diretor de Serviço de

Gestão de Recursos Humanos , Diretor de Serviço de Gestão

de Doentes, Diretor de Serviço de Instalações, Equipamentos e

Transportes, Coordenador do Gabinete de Apoio Jurídico e

Contencioso e o Presidente da Comissão Local para

Informatização Clinica .

2. O Comité de Risco e Segurança da Informação reunirá

mensalmente e será um órgão consultivo do Conselho de

Administração na área do risco e segurança da informação e

da implementação dos princípios inerentes ao Regulamento

Geral de Proteção de Dados (RGPD);

3. Competirá ao Comité do Risco e Segurança da Informação

em particular:

a. Gerir a estratégia do risco e da segurança da

informação no CHPVVC;

b. Garantir vários níveis de gestão de segurança

dentro da organização e definir o nível de aceitação do

risco do CHPVVC;

c. Garantir, de forma eficaz e consistente, a aplicação

do RGPD e zela pelas boas práticas e cibersegurança

nas várias áreas do CHPVVC.

ARTIGO 36

COMISSÃO CONSULTIVA PARA A FORMAÇÃO

1. A Comissão Consultiva para a Formação é composta por

um presidente (Coordenador da Gabinete de Formação) e um

representante dos vários grupos profissionais, designados

pelo Conselho de Administração.

2. A Comissão Consultiva para a Formação tem como

objetivo ajudar a perspetivar os programas ou ações de

formação a desenvolver, tendo em consideração as

necessidades inventariadas para os profissionais

nomeadamente nos sectores que representam, competindo-

lhe designadamente:

a. Propor a implementação de novos conhecimentos

e técnicas na execução do plano de formação,

atendendo ao retorno do investimento em formação;

b. Analisar, dar parecer e sugerir as alterações

entendidas como necessárias ao bom cumprimento

das atribuições do Gabinete de Formação;

c. Promover a boa participação dos profissionais na

formação, fomentando a assiduidade dos formandos

inscritos e selecionados.

3. A Comissão Consultiva para a Formação reúne sempre que

convocada pelo seu presidente.

ARTIGO 37

COMISSÃO DE CATÁSTROFE E EMERGÊNCIA

1. À Comissão de Catástrofe e Emergência compete apoiar os

órgãos de administração em tudo o que respeita o bom

desempenho das suas atribuições na matéria

designadamente:

a. Responsabilidade pela elaboração do Plano de

Catástrofe e Emergência, mantendo-o

constantemente atualizado bem como a organização

dos meios e a garantia da sua operacionalização eficaz

em caso de necessidade;

b. Assegurar a articulação e colaboração com o

Serviço Nacional de Proteção Civil e manter estreita

colaboração e contato com os centros operacionais de

Proteção Civil nacionais e regionais, nomeadamente

com as corporações de Bombeiros e Cruz Vermelha;

c. Programar e realizar periodicamente simulacros

acidentes catastróficos com as entidades referidas

elaborando os respetivos relatórios e propondo

medidas corretivas;

d. Organizar ações de prevenção, formação,

informação e sensibilização dos colaboradores do

CHPVVC de forma a mobilizá-los em situação de

catástrofe;

e. Promover a realização pelas entidades

tecnicamente competentes de vistorias às instalações

do Centro Hospitalar, tendo em vista a verificação das

condições de segurança ou condições propiciadoras de

catástrofe.

2. A Comissão de Catástrofe e Emergência é composta pelo

menos por dez elementos, sendo presidida pelo Presidente do

Conselho de Administração e composta pelo Diretor Clínico,

Enfermeiro Diretor, Diretor de Departamento ou Serviço de

Urgência, Diretor do Serviço de Aprovisionamento e Logística,

Diretor do Serviço de Instalações, Equipamentos e

Transportes, Diretor dos Serviços Farmacêuticos, Responsável

pelo Serviço de Saúde Ocupacional e Gestor do Gabinete da

Qualidade e Gestor do Gabinete do Risco.

CAPÍTULO III

ORGANIZAÇÃO INTERNA

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SECÇÃO I

ESTRUTURA ORGANIZATIVA

ARTIGO 38

ESTRUTURA DOS SERVIÇOS

1. O Centro Hospitalar estrutura-se de acordo com as normas

e critérios genéricos definidos pela tutela, em função das suas

atribuições e áreas de atuação, podendo desenvolver-se por

Centros de Responsabilidade e/ou Departamentos,

permitindo a realização dos respetivos planos de atividades

com autonomia e responsabilidade, de modo a possibilitar

formas de trabalho centradas prioritariamente no doente, de

acordo com as boas práticas de gestão clínica.

2. O Centro Hospitalar encontra-se estruturado em quatro

áreas distintas:

a. Área da Prestação de Cuidados de Saúde

b. Área de Apoio à Prestação de Cuidados de Saúde

c. Área de Apoio à Gestão

d. Área de Apoio Logístico e Operacional

3. A organização interna de cada uma destas áreas é

suportada por uma estrutura que pode incluir Departamento,

Serviço, Gabinete ou Unidade Funcional.

4. O Departamento é uma unidade orgânica que agrega,

coordena e promove estruturas de natureza diversa, com

afinidades técnicas, clínicas, científicas ou de gestão, sendo

gerida por uma equipa multidisciplinar de Diretor, Enfermeiro

e Gestor e constituída por dois ou mais Serviços e/ou

Unidades Funcionais e com os seguintes objetivos:

a. Conjugação de saberes e construção de estratégias de

desenvolvimento clínico, científico, formativo, académico

e organizativo;

b. Coordenação e integração do trabalho de diferentes

estruturas clínicas, serviços e unidades funcionais,

harmonizando‐o com as políticas institucionais;

c. Identificação, preparação e promoção de líderes

clínicos;

d. Divulgação e difusão das boas práticas;

e. Inovação na organização clínica, desenvolvendo

modelos multidisciplinares centrados no doente.

5. O Serviço é a célula básica de toda a organização,

correspondendo a agregações especializadas de recursos

humanos, instalações e recursos tecnológicos dirigidos por um

Diretor de Serviço para a persecução de um mesmo fim,

podendo funcionar autonomamente ou integrado em

Departamentos.

6. A Unidade Funcional é uma estrutura orgânica de carácter

clínico, orientada por um Responsável, mas que, pela sua

dimensão ou transversalidade de atuação, sendo identificada

como útil a sua delimitação para a persecução de uma

determinada atividade assistencial, apenas funciona integrada

num Serviço ou Departamento.

7. O Gabinete é uma forma de organização sectorial na área

de apoio geral ou de apoio à gestão que, pela sua dimensão

ou natureza da persecução dos objetivos, não justifiquem a

criação de um serviço podendo, todavia, ser orientadas por

um Coordenador ou Gestor caso tal se justifique.

8. A organização e a nomenclatura dos Departamentos,

Serviços, Gabinetes e Unidades Funcionais, enquanto centros

de custo, têm em consideração a aplicação da legislação em

vigor e deve ser estruturada para que a contabilidade analítica

do Centro Hospitalar espelhe fielmente a realidade.

9. As estruturas orgânicas dentro das áreas enumeradas no

ponto 2 deverão dispor de regulamento próprio a submeter

ao Conselho de Administração para aprovação, onde conste o

funcionamento interno e onde se especifiquem todas as suas

atividades e se defina a sua articulação dentro da instituição.

ARTIGO 39

CENTROS DE RESPONSABILIDADE INTEGRADOS

1. Progressivamente poderá o CHPVVC vir a ser estruturado

em Centros de Responsabilidade Integrados (CRI), enquanto

estruturas operacionais de gestão intermédia com autonomia

gestionária por delegação de poderes do Conselho de

Administração, ainda que em imprescindível articulação com

as outras estruturas orgânicas da instituição e em sintonia

com os objetivos do Hospital.

2. Os CRI são criados por deliberação do Conselho de

Administração após aprovação de um plano apresentado pela

direção de Serviço ou Departamento proponentes, que

sustente a autonomização da gestão compatibilizada com

clara melhoria da atividade assistencial aos Utentes, melhor

concretização dos objetivos contratados, otimização no

controlo de custos e potenciação da motivação e

reconhecimento dos profissionais.

3. Para efeitos do número anterior, deverá ser apresentada

previamente proposta de plano estratégico de atividades,

contrato programa, orçamento e regulamento do CRI.

ARTIGO 40

NIVEIS DE GESTÃO

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1. O funcionamento do CHPVVC tem por objetivo a

qualidade e eficiência na Área de Prestação de Cuidados de

Saúde e assenta na responsabilidade de gestão, adotando um

modelo de gestão participada que compreende os níveis de

gestão estratégica, intermédia e operacional e que assenta em

princípios de contratualização interna.

2. Ao Conselho de Administração, ao nível estratégico,

compete estabelecer os objetivos, definir as estratégias,

consolidar os projetos, assegurar a sua execução,

monitorização e controlo, através de políticas de

contratualização interna.

3. Aos Departamentos, ao nível intermédio de gestão,

incumbe a transposição das estratégias, objetivos e metas do

centro hospitalar para planos de atividade e orçamentos

contratualizados com o Conselho de Administração e

coordenar a sua execução pelos Serviços e Unidades

Funcionais que as constituem.

4. Aos Serviço e Unidades funcionais, ao nível da gestão

operacional, incumbe a prestação direta de cuidados de

acordo com objetivos e metas contratualizados pelo Conselho

de Administração para o respetivo Departamento.

5. A nível das Áreas de Apoio à Prestação de Cuidados de

Saúde, o funcionamento das estruturas orgânicas assenta em

processos técnicos de apoio á atividade clínica numa lógica

tendencialmente transversal, sendo aquelas orientadas e

representadas perante o Conselho de Administração por um

profissional designado nos termos do artigo relativo ao seu

enquadramento.

6. A Área de Apoio Logístico e Operacional e Área de Apoio à

Gestão organiza-se verticalmente, mas adotando sempre que

possível, formas de funcionamento em torno de processos de

trabalho, sendo estruturas orientadas e representadas

perante o Conselho de Administração por um profissional

designado nos termos do artigo relativo ao seu

enquadramento.

ARTIGO 41

CARGOS DE DIREÇÃO E CHEFIA

1. Os cargos de direção e chefia da estrutura organizacional

dependem de nomeação pelo Conselho de Administração.

2. A nomeação para os cargos de Direção e Chefia é feita em

Comissão de Serviço pelo período de três anos.

3. Para os Departamentos e Serviços da Área de Prestação de

Cuidados de Saúde, sob proposta do Diretor Clínico, serão

nomeados Diretores de entre médicos, inscritos no colégio da

especialidade da Ordem dos Médicos correspondente à área

clínica onde vão desempenhar funções e, preferencialmente,

com evidência curricular de gestão e com maior graduação na

carreira médica.

4. Para a articulação das funções essenciais da prestação de

cuidados e boa gestão de recursos humanos e técnicos em

torno dos Diretores de Departamento e de Serviço, serão

também nomeados sob proposta do Enfermeiro Diretor,

Enfermeiros Chefes, sendo que para os Departamentos

acresce ainda a nomeação de um Gestor com perfil

considerado adequado para o efeito pelo Conselho de

Administração.

5. Para as estruturas orgânicas das Áreas de Apoio à

Prestação de Cuidados de Saúde, de Apoio Logístico e

Operacional e de Apoio à Gestão, consoante a natureza

interventiva da mesma ou segundo o enquadramento legal da

respetiva atividade, o Conselho de Administração decidirá

casuisticamente o perfil para a Direção do Serviço,

Coordenação de Gabinete ou Responsabilidade pela Unidade

Funcional, mediante proposta do elemento do Conselho de

Administração com a responsabilidade pelo respetivo pelouro.

6. Os profissionais nomeados em cargos de direção e chefia,

no âmbito das competências que lhe estão atribuídas,

respondem perante o Conselho de Administração pelos níveis

de resposta, eficiência, qualidade e imagem das estruturas

orgânicas que orientam.

7. Os membros das direções de serviço podem ser

livremente exonerados pelo Conselho de Administração do

exercício de tais funções com fundamento em:

a. Mera conveniência de serviço;

b. Inobservância da lei ou dos regulamentos;

c. Não cumprimento de deliberações do Conselho de

Administração ou incumprimento dos objetivos

estabelecidos.

ARTIGO 42

INCENTIVOS

1. Nos termos do art.º 7/1, al. d) dos Estatutos no âmbito da

definição das políticas referentes a recursos humanos, poderá

o Conselho de Administração instituir uma política de

incentivos à produtividade, ao desempenho, ao mérito ou à

assunção de cargos de direção e chefia, assente em incentivos

institucionais ou financeiros.

2. Os incentivos institucionais traduzem-se, nomeadamente,

na distribuição de informação técnica, na participação em

conferências, simpósios, colóquios e seminários sobre

matérias de diferentes atividades da carteira de serviços da,

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no apoio à investigação ou no aumento das amenidades de

exercício de funções da equipa multiprofissional.

3. Os incentivos financeiros consubstanciam-se em

acréscimos remuneratórios que visam estimular e apoiar o

desempenho individual ou coletivo tendo em conta os ganhos

de eficiência conseguidos e previamente contratualizados ou

compensar no desempenho de funções dos cargos de direção

e chefia, atendendo à especial complexidade,

responsabilidade e lealdade inerentes pelos profissionais com

o perfil considerado mais adequado e em prol da melhor

concretização dos objetivos do Centro Hospitalar.

4. As atribuições referidas nos números anteriores estarão

sujeitas ao cumprimento das leis aplicáveis designadamente à

lei do Orçamento de Estado em vigor.

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SECÇÃO II

ÁREA DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

ARTIGO 43

DEPARTAMENTOS

1. A organização das áreas de prestação de cuidados de

saúde estrutura-se em Departamentos, que agrupam Serviços

e Unidades Funcionais em função das suas especificidades

próprias, pressuposto fundamental do modelo empresarial,

constituindo o adequado nível local de autoridade e

responsabilidade.

2. Constitui objetivo final dos Departamentos providenciar a

melhoria da acessibilidade, da qualidade, da produtividade, da

eficiência e da efetividade da prestação de cuidados de saúde,

através de uma melhor gestão dos respetivos meios postos à

disposição.

3. A implementação dos Departamentos será realizada de

modo faseado e gradual, de acordo com a evolução estrutural

e funcional do Centro Hospitalar, e respetivo plano funcional.

4. Compete ao Conselho de Administração concentrar os

diferentes serviços ou unidades previstas desde que tal não

colida com o planeamento regional aprovado pela Tutela.

5. Incumbe a todos os Departamentos a responsabilidade

pela prestação de cuidados numa vertente transversal em

todas as áreas aplicáveis a nível de internamento, urgência,

consulta, meios complementares de diagnóstico e terapêutica,

cirurgia de ambulatório, hospital dia e serviços domiciliários.

6. O CHPVVC é composto pelos seguintes Departamentos de

ação médica:

a. Departamento Cirúrgico

- Serviço de Anestesiologia

- Serviço de Cirurgia Geral

- Serviço de Ginecologia e Obstetrícia

- Serviço de Ortopedia

- Unidade de Bloco Operatório Central

- Unidade de Cirurgia Ambulatório

b. Departamento de Emergência e Ambulatório

- Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica

- Serviço de Medicina Física e Reabilitação

- Serviço de Patologia Clínica

- Serviço de Cuidados em Ambulatório

- Unidade Funcional de Imuno-Hemoterapia

- Unidade Funcional de Imagiologia

c. Departamento Médico:

- Serviço de Medicina Interna

- Serviço de Pediatria e Neonatologia

- Unidade Funcional de Cardiologia

- Unidade Funcional de Pneumologia

- Unidade Funcional de Gastroenterologia

- Unidade Funcional de Imunoalergologia

d. Departamento de Saúde Mental

- Serviço de Psiquiatria

- Unidade Funcional de Pedopsiquiatra

- Unidade Funcional de Psicologia

7. O CHPVVC poderá vir a criar outros Serviços ou Unidades

Funcionais de prestação de cuidados assistenciais de acordo

com a estratégia a articular com as entidades tutelares que

melhor sirvam as necessidades da população que serve.

ARTIGO 44

ÓRGÃOS DO DEPARTAMENTO

1. A Direção do Departamento é um órgão colegial de

gestão com uma estrutura multidisciplinar, composta pelo

máximo de três elementos, nomeados pelo Conselho de

Administração de entre os profissionais que reúnam

especiais requisitos de competência, capacidade de

organização e qualidade de liderança:

a. Diretor: profissional médico proposto pelo Diretor

Clínico com perfil de competências integradas na

tipologia dos serviços que integram o departamento,

com reconhecimento clínico interpares e experiência

ou formação em gestão de serviços de saúde;

b. Gestor: profissional de administração hospitalar

ou profissional com competências de gestão ou

experiência em gestão de serviços de saúde;

c. Enfermeiro: profissional de enfermagem

proposto pelo Enfermeiro Diretor com reconhecido

perfil de competências no âmbito dos serviços que

constituem o Departamento.

2. O regulamento de funcionamento de cada Departamento

deve ser proposto ao Conselho de Administração até 90 dias

após nomeação da Direção do Departamento.

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ARTIGO 45

COMPETÊNCIAS DA DIREÇÃO DO DEPARTAMENTO

Com a salvaguarda das competências técnicas e científicas

atribuída aos profissionais, compete genericamente à Direção

do Departamento enquanto objetivo comum ao órgão

colegial:

a. Promover, coordenar e programar as iniciativas

técnico-científicas e de investigação dos diversos

serviços que integram o departamento;

b. Compatibilizar e propor os planos de atividades

preparados pelos diversos serviços do Departamento

com vista à sua integração no Plano de Atividades do

Centro Hospitalar;

c. Garantir a eficiente utilização da capacidade

instalada, designadamente pelo pleno aproveitamento

dos equipamentos e infraestruturas existentes e pela

diversificação do regime de horário de trabalho, de

modo a alcançar uma taxa ótima da utilização dos

recursos disponíveis;

d. Propor e adotar as medidas necessárias à melhoria

das estruturas organizativas, funcionais e físicas dos

serviços do departamento, com vista ao incremento

da eficiência conjunta da utilização dos recursos

disponíveis designadamente através de uma utilização

não compartimentada dos mesmos, ao aumento da

sua eficácia e à obtenção dos melhores resultados pela

máxima rentabilização da capacidade instalada;

e. Preparar informações, relatórios e outros

documentos com a periodicidade adequada e

submetê-los ao Conselho de Administração de forma a

mantê-lo constantemente informado;

f. Assegurar a máxima integração da atividade dos

serviços do departamento, designadamente através da

multidisciplinaridade de atuação e desenvolvimento

de projetos comuns, nomeadamente através de

estruturas matriciais e transversais de prestação de

cuidados;

g. Desenvolver a implementação de instrumentos de

garantia de qualidade técnica dos serviços do

departamento;

h. Velar pela constante atualização do pessoal,

designadamente a que promova a

multidisciplinaridade e intersetorialidade interna, bem

como pelos aspetos relativos à execução da política de

recursos humanos definida para o hospital.

ARTIGO 46

COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DO DEPARTAMENTO

Ao Diretor de Departamento, que em primeira linha

representa o órgão de gestão interna e externamente, são

atribuídas as seguintes competências:

a. Garantir a comunicação e as relações institucionais

entre o Conselho de Administração e os serviços;

b. Concretizar os objetivos regulamentares do

departamento, em harmonia com as políticas da

instituição;

c. Criar e promover um espírito de partilha de

princípios, metodologias e linguagem entre os

serviços, evoluindo para uma política de comunicação,

imagem e identidade corporativa comum;

d. Acompanhar os serviços na definição de objetivos

próprios, na sua negociação e implementação e

supervisionar a aprovar a elaboração dos planos de

atividade, orçamentos e relatórios de atividade dos

serviços, dando‐lhes coerência conceptual e forma

previamente à sua submissão ao Conselho de

Administração;

e. Estabelecer as medidas necessárias à melhoria da

orgânica e funcionamento do Departamento, dentro

do quadro global de funcionamento do Centro

Hospitalar;

f. Acompanhar quotidiana e informalmente o

funcionamento dos serviços, auscultando utentes e

profissionais e responder a queixas e reclamações

apresentadas, por cidadãos ou por instituições,

relacionadas com os serviços do departamento,

endereçadas pelo Conselho de Administração,

procurando soluções para os problemas identificados;

g. Fazer o acompanhamento da atividade do

Departamento e dos respetivos custos, em cooperação

com o administrador identificando eventuais desvios e

promovendo as intervenções necessárias à sua

correção;

h. Planificar formação e aperfeiçoamento para os

profissionais do Departamento e exercer o poder de

supervisão de todo o pessoal do departamento, ainda

que no respeito pelas hierarquias definidas,

monitorizando os horários de trabalho e as licenças

dos diretores de serviço e dinamizando a coerência na

gestão e avaliação dos recursos humanos médicos;

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i. Promover a implementação de práticas de

melhoria contínua da qualidade e de gestão do risco,

monitorizando a ocorrência de acidentes, incidentes,

acontecimentos perigosos e erros e implementar

medidas corretivas;

j. Promover e apoiar as missões de ensino e

investigação;

k. Realizar a gestão das camas e de equipamentos de

uso comum atribuídos ao Departamento, de modo a

otimizar a sua utilização, em articulação e de forma

integrada com as direções dos restantes

Departamentos do Centro Hospitalar.

ARTIGO 47

COMPETÊNCIAS DO GESTOR DO DEPARTAMENTO

Ao Gestor do Departamento compete assegurar a gestão

económico-financeira e organizativa numa vertente legal,

administrativa e de qualidade dos serviços que integram o

departamento, de acordo com a estratégia definida pelo

Conselho de Administração, sendo atribuídas em particular as

competências a seguir elencadas:

a. Coordenar os planos anuais e plurianuais de

atividades e respetivos orçamentos para realização da

contratualização com o Conselho de Administração,

em concertação com o Diretor e Enfermeiro do

Departamento, valorizando e avaliando o impacto

económico‐financeiro das propostas apresentadas

pelos serviços;

b. Dinamizar a implementação dos planos de

atividades aprovados, acompanhar a evolução

orçamental e monitorizar os desvios face às metas

aprovadas, preparando com cada Diretor de Serviço a

elaboração de proposta de medidas corretivas a

submeter à Direção de Departamento com vista ao

cumprimento dos objetivos;

c. Preparar e implementar um sistema de informação

de apoio à gestão para acompanhamento da

informação necessária em função da produção,

produtividade, eficiência, eficácia, custos e qualidade,

tendo em vista a otimização dos recursos existentes e

o previamente contratualizado;

d. Assegurar o registo de toda a produção realizada

com vista ao seu lançamento estatístico e de

faturação;

e. Praticar uma política de informação interna que

permita aos respetivos profissionais conhecer o

funcionamento do departamento e do Centro

Hospitalar, bem como as políticas emanadas pelo

Conselho de Administração;

f. Dar parecer em todos os processos de aquisição e

utilização de novos materiais, produtos ou

equipamentos nos serviços que integram o

Departamento no contexto da adequação dos bens e

serviços indispensáveis a atividade e das diretrizes

emanadas pela Comissão de Normalização de

Consumos e colaborar com o Serviço de

Aprovisionamento e Logística em todos os processos

de aquisição para os quais seja nomeado;

g. Avaliar periodicamente os serviços prestados, não

só a nível interno como, e em particular, os que forem

fornecidos por entidades externas;

h. Dinamizar a adoção de sistemas de melhoria

contínua da qualidade para proposta das atividades

concretas, colaborando na produção de

procedimentos e protocolos documentais;

i. Coordenar e controlar as várias fontes de

financiamento e a execução financeira dos projetos de

investimento e dos ensaios clínicos em articulação

com os Serviços Financeiros;

j. Dinamizar o processo de gestão do risco nos

serviços, monitorizando a ocorrência de acidentes,

incidentes, acontecimentos perigosos e erros com

vista à definição e implementação de medidas

corretivas;

k. Coordenar findo cada ano, o relatório anual de

atividades de todos os Serviços aprovar no âmbito do

Departamento.

ARTIGO 48

COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO DO DEPARTAMENTO

Ao Enfermeiro do Departamento competem todas as funções

conducentes a responder pela qualidade assistencial prestada,

dentro das regras de boa prática e da eficiente gestão dos

recursos humanos de enfermagem do Departamento, em

particular:

a. Acompanhar e avaliar todos os aspetos

relacionados com o exercício da atividade de

enfermagem, com a formação de enfermeiros e com a

aquisição e a adequação das suas competências

técnicas e relacionais;

b. Colaborar na implementação e monitorização de

sistemas de informação que permitam determinar

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necessidades em cuidados de enfermagem, bem

como, participar na definição de indicadores de

qualidade nesta área assistencial;

c. Monitorizar a aplicação dos padrões da qualidade

dos cuidados de enfermagem definidos pela Direção

de Enfermagem, propondo estratégias a adotar que

assegurem o cumprimento das metas definidas ao

nível dos indicadores de qualidade e eficiência nas

estruturas sob sua responsabilidade;

d. Colaborar na definição dos planos de integração

para os novos profissionais de enfermagem, aprovar

as atividades de formação dos Enfermeiros propostas

pelos Enfermeiros Chefes dos Serviços e intervir nos

processos de decisão relativos à formação pré e pós‐

graduada de enfermeiros, de acordo com a capacidade

definida nos serviços do seu Departamento;

e. Dinamizando a coerência na gestão e avaliação dos

recursos humanos de enfermagem, garantindo a

realização do processo de avaliação de desempenho

de acordo com as normas em vigor;

f. Coordenar a elaboração dos horários de trabalho e

dos planos de férias dos enfermeiros, participando na

gestão funcional de toda a equipa, efetuando a

mobilidade interna necessária no Departamento, por

adequação do número de profissionais às

necessidades reais de cada Serviço/Unidade e elaborar

propostas à Direção do Departamento no âmbito da

boa gestão do respetivo pessoal;

g. Monitorizar e garantir o efetivo planeamento das

altas e promover a utilização eficiente das camas, de

acordo com as solicitações e o nível de atividade do

Departamento;

h. Colaborar nas propostas de planos de atividades,

relatórios de atividades e na contratualização interna

do Departamento, bem como em toda atividade

inerente às competências da Direção do

Departamento;

i. Assegurar a divulgação da informação de apoio à

gestão aos Enf. Chefes, bem como, assegurar a

articulação com os serviços de apoio à prestação de

cuidados, adequando‐as à atividade de cada Serviço

do Departamento;

j. Exercer funções de assessoria ou consultadoria de

natureza técnico‐científica, em projetos, programas e

grupos de trabalho.

ARTIGO 49

COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DE SERVIÇO

Ao Diretor de Serviço compete, sem prejuízo das

competências atribuídas a outros órgãos, dirigir a atividade

clínica do seu serviço, zelando pela assistência prestada aos

doentes e pela qualidade, correção e prontidão dos cuidados

prestados, designadamente:

a. Garantir a correção e prontidão dos cuidados de

saúde a prestar aos utentes;

b. Idealizar, planear e definir a estratégia do serviço,

em sintonia com as orientações globais do diretor de

departamento;

c. Elaborar o plano de ação do serviço e o relatório

anual de atividades do seu serviço em articulação com

o Enfermeiro Chefe;

d. Analisar os indicadores de produção e a execução

do plano de atividades e orçamento, propondo e

acordando com o Departamento propostas de

implementação de medidas corretivas, de forma

atempada;

e. Assegurar a eficiente utilização e aproveitamento

da capacidade instalada de acordo com a planificação,

propondo atempadamente as medidas necessárias à

melhoria do seu serviço, em termos organizativos,

funcionais e físicos, dentro de parâmetros de

eficiência e eficácia, que produzam melhores

resultados face aos meios disponíveis;

f. Zelar pela atualização técnica dos profissionais de

saúde que integram o serviço, promovendo ou

propondo aos órgãos competentes as iniciativas para a

valorização, aperfeiçoamento e formação profissional,

garantindo as condições para as aulas práticas ou

teórico‐práticas, independentemente da sua ligação

formal ao ensino pré‐graduado;

g. Elaborar horários, planos de férias e planos de

trabalho diários por áreas de atividade do corpo clínico

do serviço ajustando‐os de acordo às necessidades de

cuidados dos doentes;

h. Propor a adoção de programas de melhoria da

qualidade e garantir a colaboração do seu serviço nas

atividades que neste âmbito seja acordado

desenvolver;

i. Promover ou incrementar linhas de investigação

clínica ou científica associadas à especialidade;

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j. Assegurar a correção dos registos clínicos e a

organização dos processos clínicos, nomeadamente no

que se refere à correta e atempada elaboração das

notas de alta clínica;

k. Propor todas as medidas que julgue adequadas à

prossecução dos objetivos do serviço.

ARTIGO 50

COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO CHEFE

Ao Enfermeiro‐Chefe do Serviço compete coadjuvar o Diretor

de Serviço na gestão do mesmo, focando-se, sem prejuízo das

competências atribuídas a outros órgãos, em todas as funções

conducentes a responder pela qualidade assistencial prestada

pela equipa de enfermagem e assistentes operacionais sobre a

sua dependência hierárquica ou funcional, dentro das regras

de boa prática e eficiente gestão dos recursos humanos.

Neste contexto, compete-lhe em particular:

a. Participar no processo de elaboração dos planos

de atividades e relatórios anuais, em articulação com o

Diretor do Serviço, de forma a garantir a gestão e a

prestação de cuidados de acordo com os objetivos do

Serviço;

b. Garantir a aplicação dos padrões de qualidade dos

cuidados de enfermagem definidos pela Direção de

Enfermagem e em articulação com o Enfermeiro do

Departamento;

c. Planear e implementar ações e métodos de

trabalho que visem a melhoria da qualidade dos

cuidados de enfermagem prestados, coordenando

funcionalmente o trabalho da equipa de assistentes

operacionais afeta ao Serviço;

d. Garantir a aplicação dos procedimentos técnicos

de enfermagem e dos procedimentos gerais e

específicos na área da qualidade, controlo da infeção,

risco clínico e não clínico;

e. Elaborar horários, planos de férias e planos de

trabalho diários da equipa de enfermagem do serviço

ajustando‐os de acordo às necessidades de cuidados

dos doentes;

f. Divulgar toda a informação aos profissionais do

serviço, através de reuniões de serviço e nas

passagens de turno;

g. Colaborar no planeamento da formação pré e pós-

graduada e garantir a sua correta execução;

h. Elaborar o plano de formação de acordo com as

necessidades identificadas;

i. Colaborar na implementação das estratégias que

assegurem o cumprimento das metas definidas ao

nível dos indicadores de qualidade e eficiência;

j. Garantir o consumo eficiente de material clínico e

hoteleiro;

k. Promover o trabalho em equipa da equipa

multidisciplinar;

l. Efetuar a avaliação de desempenho da equipa de

enfermagem de acordo com a legislação em vigor e

colaborar na avaliação dos assistentes operacionais do

serviço.

SECÇÃO III

ÁREA DE APOIO À PRESTAÇÃO

DE CUIDADOS DE SAÚDE

ARTIGO 51

IDENTIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E UNIDADES

1. De acordo com a missão e tendo em vista o cumprimento

das atribuições cometidas ao CHPVVC, a área de apoio à

prestação de cuidados de saúde está estruturada em serviços,

unidades orgânicas, equipas ou núcleos, nomenclatura

atribuída consoante a natureza da respetiva atividade ou por

orientação da legislação de suporte ao seu funcionamento.

2. Os serviços de apoio à prestação de cuidados de saúde são

os seguintes:

a. Serviços Farmacêuticos

b. Serviço de Nutrição e Dietética

c. Serviço Social

d. Unidade Funcional de Esterilização

e. Equipa de Gestão de Altas

f. Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados

Paliativos

g. Unidades Coordenadoras Funcionais de Saúde

Materna e Neonatal e da Criança e do Adolescente

h. Núcleo Hospitalar de Apoio à Criança e Jovem em

Risco

i. Equipa Prevenção Violência em Adultos

j. Unidade Integrada de Diabetes

3. Cada serviço da área de apoio à prestação de cuidados de

saúde, independentemente de ter normas de funcionamento

previsto legalmente, deverá apresentar regulamento interno

no prazo de 90 dias.

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ARTIGO 52

SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

1. Os Serviços Farmacêuticos são dirigidos por um

farmacêutico, designado pelo Conselho de Administração,

tendo em consideração o seu perfil, competências técnicas e

experiência profissional.

2. Compete aos Serviços Farmacêuticos:

a. Garantir e assumir a responsabilidade técnica da

aquisição, a correta conservação, a qualidade e a

cobertura das necessidades dos medicamentos

incluídos no Guia de Farmacoterapêutica do Centro

Hospitalar;

b. Estabelecer um sistema eficaz e seguro de

distribuição de medicamentos;

c. Participar na seleção dos medicamentos a incluir

no Guia de Farmacoterapêutica e sua utilização;

d. Estabelecer um sistema de informação de

medicamentos a profissionais de saúde e pacientes;

e. Estabelecer um sistema de farmacovigilância

dentro do Centro Hospitalar que permita a deteção

precoce de efeitos secundários;

f. Dispensar medicamentos em ambulatório de

acordo com a lei vigente;

g. Planificar os estudos de utilização de

medicamentos;

h. Colaborar na investigação e no ensaio das suas

áreas específicas, designadamente através da

colaboração nos ensaios clínicos autorizados no

Centro Hospitalar e na preparação e aperfeiçoamento

dos profissionais;

i. Integrar equipas multidisciplinares de prestação de

cuidados;

j. Dar cumprimento e zelar pelas observâncias das

normas emanadas pelo Infarmed, em tudo o que

respeita ao medicamento hospitalar.

3. Compete ao Diretor de Serviço assegurar a uniformidade

nos procedimentos, racionalizar recursos e propor a definição

de uma política comum de aquisição e gestão do

medicamento no Centro Hospitalar.

ARTIGO 53

SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

1. O Serviço de Nutrição e Dietética é dirigido por um

nutricionista, designado pelo Conselho de Administração,

tendo em consideração o seu perfil, competências técnicas e

experiência profissional.

2. O Serviço de Nutrição e Dietética é constituído por

nutricionistas e dietistas e exerce as suas funções em duas

grandes áreas de atuação: a Nutrição Clínica e Dietética, e a

Alimentação Institucional, de acordo com o Decreto-Lei nº

414/91 de 22 de outubro e a Portaria nº256 – A/86 de 28 de

maio.

3. Compete ao Serviço de Nutrição e Dietética:

a. Exercer a sua atividade no internamento e na

consulta externa;

b. Instituir e monitorizar o suporte nutricional

artificial entérico e parentérico dos doentes,

sempre que solicitado;

c. Integrar equipas multidisciplinares na prestação de

cuidados;

d. Supervisionar o fornecimento da alimentação por

parte da empresa concessionária de restauração,

desde a aquisição dos géneros alimentícios até ao

fornecimento das refeições a utentes e

profissionais, garantindo a adequação nutricional e

o cumprimento das cláusulas constantes do

caderno de encargos;

e. Integrar e formar estagiários em Nutrição e

Dietética.

4. Compete ao Diretor de Serviço do Serviço de Nutrição e

Dietética coordenar todas as atividades a desenvolver nas

diferentes áreas de atuação do Serviço, assegurando a

uniformidade nos procedimentos, racionando recursos e

propondo a definição de uma política comum nesta área.

ARTIGO 54

SERVIÇO SOCIAL

1. O Serviço Social é dirigido por um técnico superior de

serviço social, designado pelo Conselho de Administração,

tendo em consideração o seu perfil, competências técnicas e

experiência profissional e tem as atribuições e competências

previstas no Diploma que consagra o regime legal da Carreira

de Técnico Superior de Saúde, onde se incluem estes

profissionais.

2. Compete ao Serviço Social :

a. Acompanhar o doente, a sua família e outros

membros da rede pessoal de suporte com vista a

promover a autonomia e o bem-estar da população;

b. Apoiar os serviços de internamento, urgência e

ambulatório hospitalar, sempre que solicitado pelos

responsáveis;

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c. Cooperar com os serviços de internamento e

urgência no planeamento de altas hospitalares com o

objetivo de proporcionar uma rápida e adequada

reintegração do doente na comunidade;

d. Participar nas ações de apoio domiciliário

integrado promovidas no âmbito das políticas sociais

do Centro Hospitalar;

e. Informar os utentes sobre os seus direitos e

deveres, em relação aos serviços de saúde, e receber e

encaminhar as reclamações sobre o funcionamento

dos serviços e comportamento dos colaboradores.

3. O Serviço Social articular-se-á com o Serviço de

Comunicação e Imagem, na prestação de informações e

outras diligências de suporte relacionadas com o utente e com

a atividade hospitalar.

4. Compete ao Diretor de Serviço do Serviço Social

assegurar a uniformidade nos procedimentos, racionalizar

recursos e propor a definição de uma política comum nesta

área, ao nível do Centro Hospitalar.

ARTIGO 55

UNIDADE FUNCIONAL DE ESTERILIZAÇÃO

1. A Unidade Funcional de Esterilização é dirigida por um

profissional designado Responsável pelo Conselho de

Administração, tendo em consideração o seu perfil e as suas

competências técnicas.

2. Compete à Unidade Funcional de Esterilização a

adequada organização dos circuitos de instrumental cirúrgico

e de material de consumo clínico necessários à prossecução

dos do Centro Hospitalar, o que inclui a limpeza do

embalamento, a embalagem, a esterilização, o

armazenamento, e a distribuição de todo o material

esterilizado.

3. A Unidade Funcional de Esterilização deverá igualmente

colaborar com o GCL-PPCIRA na prevenção e controlo das

infeções nos cuidados de saúde.

4. Compete-lhe ainda promover a correta utilização dos

esterilizados e o cumprimento das normas e procedimentos

estabelecidos com vista a conseguir que o serviço prestado

seja adequado às necessidades e proporcione a satisfação dos

profissionais envolvidos.

5. Compete ao Responsável da Unidade Funcional de

Esterilização assegurar uniformidade nos procedimentos,

racionalizar os recursos e propor a definição de uma política

comum nesta área, a nível do Centro Hospitalar.

ARTIGO 56

EQUIPA DE GESTÃO DE ALTAS

1. A Equipa de Gestão de Altas (EGA) é uma equipa

multidisciplinar que tem por objetivo a preparação e gestão

de altas hospitalares em particular dos doentes que

necessitam de continuação de cuidados, resultantes dos seus

problemas de saúde e sociais, seja no domicílio, seja em

articulação com as unidades da Rede Nacional Cuidados

Continuados Integrados (RNCCI).

2. A EGA é composta, no mínimo, por um médico, um

enfermeiro e um assistente social, podendo ainda integrar

outros profissionais, nomeadamente para apoio

administrativo, sempre que o volume e a complexidade de

atividades o justifiquem.

3. Compete à EGA genericamente planear, de acordo com os

diretores e enfermeiros chefes de cada serviço de

internamento, a política de alta do doente, bem como neste

âmbito promover a articulação com outras unidades

prestadoras de cuidados, nos termos da legislação em vigor.

4. A EGA desenvolve e assegura as funções necessárias à

execução da sua atividade, de acordo com as normas,

orientações ou diretrizes aplicáveis no âmbito da RNCCI

(Portaria 50/2017 de 2 de fevereiro), competindo-lhe em

particular:

a. Efetuar a planeamento de alta relativamente a

todos os doentes sinalizados e que necessitem de

cuidados continuados integrados, imediatamente após

um internamento hospitalar, bem como a todos os

doentes que apresentem um grau de dependência que

não lhes permita o regresso ao domicílio em condições

de segurança ou ainda aqueles em que seja necessária

uma avaliação mais precisa do seu grau de

dependência;

b. Colaborar com o doente, família e equipa de saúde

no planeamento e facilitação da alta dos doentes que

requerem suporte de continuidade de cuidados;

c. Recomendar opções para a continuidade de

cuidados de acordo com as necessidades e

preferências identificadas;

d. Estabelecer a ligação com os recursos da RNCCI, de

modo a promover o acesso dos doentes;

e. Articular-se com os serviços de internamento do

hospital de modo a facilitar o reingresso do doente em

situação de agudização da doente de base;

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f. Colaborar em ações formativas internas

relacionadas com a RNCCI;

g. Contribuir para o planeamento de alta segura e

para a concretização dos indicadores de qualidade

contratualizados pelo hospital.

4. Compete ao Responsável da Equipa de Gestão de Altas

assegurar uniformidade nos procedimentos, racionalizar os

recursos e propor a definição de uma política comum nesta

área, a nível do Centro Hospitalar.

ARTIGO 57

EQUIPA INTRA-HOSPITALAR DE SUPORTE

EM CUIDADOS PALIATIVOS

1. A Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados

Paliativos (EIHSCP) rege-se pelos princípios definidos na

Portaria nº3 40/2015, de 8 de outubro, com última alteração

dada pela Portaria nº 165/2016, de 14 de junho.

2. A EIHSCP é uma equipa multidisciplinar, representada por

um Coordenador, dotada de recursos específicos que se

articula de forma complementar com as outras unidades e

equipas do centro hospitalar com vista à definição e aplicação

do Plano de Cuidados Paliativos, quer em regime de

ambulatório, quer em regime de internamento.

3. A EIHSCP é composta por um núcleo coordenador que

deverá integrar profissionais de preferência com

competências na área da medicina paliativa, devendo ser

constituída por um médico, um enfermeiro, um assistente

social e um psicólogo, podendo se necessário recorrer a

outras especialidades como Nutricionista e Assistente

Espiritual.

4. À EIHSCP compete prestar aconselhamento diferenciado

em Cuidados Paliativos aos diversos serviços do centro

hospitalar, podendo prestar cuidados diretos e orientação do

plano individual de intervenção aos doentes internados em

situação de sofrimento decorrente de doença grave ou

incurável, em fase avançada e progressiva ou com prognóstico

de vida limitado, para os quais seja solicitada a sua atuação.

5. As diversas áreas de atuação da EIHSCP abarcam em

particular:

a. Consulta e acompanhamento de doentes

internados na instituição de saúde onde se integra;

b. Intervenção psicológica para doentes, profissionais

e familiares;

c. Intervenção e apoio social;

d. Apoio e intervenção no luto;

e. Intervenção espiritual;

f. Assessoria na área dos Cuidados Paliativos a

profissionais de saúde designadamente dos cuidados

de saúde primários, hospitalares e continuados

integrados, da respetiva área de influência do centro

hospitalar;

g. Formação em matérias relacionadas com os

Cuidados Paliativos.

6. Sendo objetivo primordial da EIHSCP promover o acesso

atempado a cuidados paliativos a todos os doentes que deles

careçam na área de influência do CHPVVC, referenciando os

casos mais complexos para as unidades de cuidados paliativos

no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Paliativos, pode

também procurar soluções de resposta no âmbito da Rede

Nacional de Cuidados Continuados Integrados em articulação

com a EGA.

ARTIGO 58

UNIDADES COORDENADORAS FUNCIONAIS DA SAÚDE

MATERNA E NEONATAL E DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

1. A Unidade Coordenadora Funcional de Saúde Materna e

Neonatal (UCFSMN) e a Unidade Coordenadora Funcional da

Criança e do Adolescente (UCFCA) regem-se pelo Despacho

9872/2010 de 11 de junho de 2010 quanto ao seu

funcionamento, composição e competências.

2. Compete a ambas as unidades na respetiva área a

promoção da prestação de cuidados de saúde materna e

neonatal, de saúde da criança e do adolescente na sua área

funcional de influência, designadamente:

a. Promover o acesso universal e equitativo à

prestação dos cuidados de saúde, efetuando um

levantamento regular das necessidades não satisfeitas

e procurando nos diversos níveis de administração a

resolução dos problemas identificados na respetiva

área de saúde;

b. Promover a cooperação entre os profissionais e a

articulação e complementaridade entre os vários

serviços do Serviço Nacional de Saúde, dinamizando

todas e quaisquer ações de sensibilização que possam

contribuir para a promoção do bem-estar e da saúde

da mulher, da criança e do adolescente numa

perspetiva multidisciplinar;

c. Impulsionar a monitorização, recolha e análise de

indicadores epidemiológicos, estatísticos e de

qualidade, que permitam a avaliação e planeamento

das ações a desenvolver.

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ARTIGO 59

NÚCLEO HOSPITALAR APOIO À CRIANÇA E JOVENS EM RISCO

1. O Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

(NHACJR) foi criado no âmbito da Ação de Saúde para Crianças

e Jovens em Risco e rege-se no âmbito do previsto nos termos

do Despacho n.º 31 292/2008, publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º 236, de 5 de dezembro de 2008.

2. O NHACJR deve ser dinamizado, reforçando de forma

sólida a prevenção e a resposta aos maus tratos e à violência

ao longo do ciclo de vida no âmbito do Serviço Nacional de

Saúde.

3. O NHACJR atua em situação de internamento, consulta ou

em episódio de Urgência, considerando a sua intervenção

baseada nos fatores de risco e/ou de alerta, detetados através

de sinais ou sintomas que revelam a disfuncionalidade no

desenvolvimento físico ou psicológico da criança ou jovem

para os quais não se encontra uma causa orgânica.

ARTIGO 60

EQUIPA PREVENÇÃO VIOLÊNCIA EM ADULTOS

1. A Equipas de Prevenção da Violência em Adultos (EPVA),

criada no âmbito da Ação de Saúde sobre Género, Violência e

Ciclo de Vida, rege-se pelo disposto no Despacho n.º

6378/2013, de 07 de maio em articulação funcional com o

NHACJR previsto no artigo anterior.

2. A EPVA é constituída com base nas equipas

interdisciplinares do NHACJR descrito nos artigo anterior , que

se mantêm, com o qual passa a partilhar alguns elementos,

em particular o assistente social, procedendo -se à alocação

de um médico e um enfermeiro mais vocacionado e ou mais

experiente em matéria de prevenção da violência em adultos,

em particular no domínio da violência doméstica.

3. A EPVA tem como funções nomeadamente:

a. Contribuir para a informação prestada à população

e sensibilizar os profissionais administrativos e

técnicos, dos diferentes serviços, para a igualdade de

género e a prevenção da violência ao longo do ciclo da

vida;

b. Difundir informação de caráter legal, normativa e

técnica sobre o assunto;

c. Incrementar a formação e preparação dos

profissionais, na matéria;

d. Prestar apoio de consultadoria aos profissionais e

equipas de saúde no que respeita à sinalização,

acompanhamento ou encaminhamento dos casos;

e. Coletar e organizar a informação casuística sobre

as situações de violência atendidas no Centro

Hospitalar;

f. Gerir, a título excecional, as situações clínicas que,

pelas características que apresentem, possam ser

acompanhados a nível dos cuidados de saúde

primários ou dos hospitais, conforme aplicável, e que,

pelo seu carácter de urgência em matéria de perigo,

transcendam as capacidades de intervenção dos

outros profissionais ou equipas da instituição;

g. Fomentar o estabelecimento de mecanismos de

cooperação intrainstitucional no domínio da violência

interpessoal, quer no âmbito das equipas profissionais

dos ACES, quer a nível das diversas especialidades,

serviços e departamentos dos hospitais;

h. Estabelecer a colaboração com outros projetos e

recursos comunitários que contribuam para a

prevenção e acompanhamento dos casos;

i. Assegurar a articulação funcional, em rede, com as

outras equipas a nível de cuidados primários e a nível

hospitalar que intervenham neste domínio.

ARTIGO 61

UNIDADE INTEGRADA DE DIABETES

1 A Unidade Integrada de Diabetes visa abordar e tratar o

doente diabético de forma equitativa em todo o centro

hospitalar e implementar o plano assistencial integrado da

diabetes de acordo com o previsto no Despacho n.º

3052/2013 de 18 de fevereiro.

2 A equipa da Unidade Integrada de Diabetes integra

médicos especialistas em Medicina Interna e Pediatria, com

experiência em diabetologia, bem como enfermeiros

generalistas e especialistas com formação específica em

diabetes e podologia, uma dietista, uma assistente social, e

apoio de outras especialidades médicas, nomeadamente

Cirurgia, Ortopedia e Fisiatria

3 À Unidade Integrada de Diabetes compete em especial:

a. a promoção da interligação entre os serviços

hospitalares e os prestadores de cuidados de saúde

primários, com o intuito de melhorar o acesso e a

qualidade dos cuidados de saúde prestados;

b. O estabelecimento de protocolos dos circuitos de

referenciação, de circulação de informação clínica

entre os profissionais e os serviços envolvidos, de

forma a criar as condições para um funcionamento

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integrado do sistema de saúde e um consumo

eficiente dos recursos disponíveis;

c. Estabelecer uma estrutura organizativa

multidisciplinar da consulta de diabetes, garantindo

que a informação é inserida no processo individual e

possibilite o diagnóstico, a monitorização, a avaliação

e o tratamento de complicações do Utente e

estabelecendo um plano educativo e terapêutico

individualizado, incluindo a educação para a

autogestão da doença.

SECÇÃO IV

ÁREA DE APOIO À GESTÃO

ARTIGO 62

IDENTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS E UNIDADES

1. Considerando as necessidades e exigências no apoio à

gestão em diversas matérias, ficam desde já definidos no

âmbito do presente regulamento as seguintes estruturas e

interlocutores para resposta específica no âmbito do

cumprimento de competências de particular responsabilidade

do Conselho de Administração, para apoio direto na estratégia

de gestão ou para uma intervenção próxima no desempenho

do serviço pela pelo impacto junto dos utentes ou na imagem

do CHPVVC:

a. Secretariado do Conselho de Administração

b. Gabinete de Comunicação e Imagem

c. Gabinete de Apoio Jurídico e Contencioso

d. Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão

e. Direção do Internato Médico

f. Gabinete do Cidadão

g. Unidade Local de Gestão de Acesso

h. Gabinete de Gestão da Qualidade

i. Gabinete de Gestão do Risco

j. Monitor da Prescrição Clínica

k. Responsável de Acesso à Informação

l. Encarregado de Proteção de Dados

m. Gestor de Contrato

n. Comissões de Avaliação SIADAP

2. As estruturas atrás enumeradas visam uma articulação

direta com o Conselho de Administração no sentido da

garantia do cumprimento da legalidade, estando o exercício

das suas competências maioritariamente definidas por

legislação de suporte ou em orientações das entidades

tutelares, assumindo para além da vertente consultiva uma

capacidade de intervenção no âmbito das matérias que

enquadram o seu funcionamento.

3. Compete ao Conselho de Administração a nomeação dos

responsáveis que deverão ter o perfil técnico e de formação

de base necessários ao exercício das suas atribuições.

4. No âmbito do ponto anterior, os respetivos responsáveis

respondem exclusivamente ao Conselho de Administração,

sendo o exercício e o cumprimento das suas competências

enquadrado nos limites e orientações que aquele órgão vier a

definir em termos de articulação com outros serviços e

entidades.

5. O mandato dos responsáveis destes serviços e unidades

de apoio à gestão será coincidente com a vigência do mandato

do Conselho de Administração a não ser que leis especiais

regulamentem de forma diferente.

ARTIGO 63

SECRETARIADO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

1. O Secretariado do Conselho de Administração é

responsável pelo apoio administrativo a todos os elementos

do Conselho de Administração.

2. Compete ao Secretariado do Conselho de Administração

organizar todo o expediente específico do Conselho de

Administração e articular, internamente com todos os

secretariados e externamente com as estruturas homólogas

de outras instituições com quem o Centro Hospitalar se

relacione, para efeitos do cumprimento das orientações do

Conselho de Administração.

ARTIGO 64

GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM

1. O Gabinete de Comunicação e Imagem será dirigido por

um Coordenador, nomeado pelo Conselho de Administração

de entre os profissionais com caraterísticas, formação e perfil

de competências adequado para a gestão desta área e

compreende as áreas de comunicação interna, externa e de

relações públicas.

2. Compete ao Gabinete de Comunicação e Imagem

assegurar:

a. A consultoria estratégica de comunicação;

b. A assessoria de imprensa e gestão da relação com

os órgãos de comunicação social;

c. O apoio na preparação de apresentações públicas;

d. A elaboração e tratamento editorial da newsletter;

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e. A gestão e criação de conteúdos para o site /

página institucional, Intranet e redes sociais;

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f. O acompanhamento e assessoria na organização

de eventos;

g. Na comunicação interna, apoiar a definição de

circuitos, atuando assim, essencialmente ao nível da

comunicação com os colaboradores e do apoio aos

serviços;

h. Na comunicação externa, desenvolver um trabalho

de proximidade com a comunidade, quer através da

comunicação social, quer através do planeamento de

ações externas e campanhas de publicidade e

promoção do centro hospitalar e de informação à

população.

ARTIGO 65

GABINETE APOIO JURÍDICO E CONTENCIOSO

1. O Gabinete de Apoio Jurídico e Contencioso será dirigido

por um Coordenador, nomeado pelo Conselho de

Administração de entre os profissionais com caraterísticas,

formação e perfil de competências adequado para a gestão

desta área.

2. Compete ao Gabinete de Apoio Jurídico e Contencioso:

a. Emitir pareceres ou informação jurídica sobre

todos os assuntos que lhe sejam submetidos pelo

Conselho de Administração;

b. Prestar orientação e aconselhamento aos órgãos

dirigentes do Centro Hospitalar, se solicitado pelo

Conselho de Administração

c. Instruir e acompanhar a tramitação dos processos

de averiguações, inquérito ou disciplinares que sejam

remetidos pelo Conselho de Administração

d. Acompanhar os procedimentos de recrutamento e

seleção de recursos humanos e os procedimentos de

aquisição do serviço de aprovisionamento, sempre

que solicitado pelo Conselho de Administração.

e. Promover e assegurar a defesa contenciosa dos

interesses do Centro Hospitalar diretamente ou por

recurso a serviços externos;

f. Colaborar e coordenar o tratamento jurídico ou

judicial que seja assegurado por outros profissionais

ao serviço do Centro Hospitalar;

g. Apoiar na formação jurídica dos quadros técnicos e

demais funcionários do Centro Hospitalar;

h. Dinamizar o conhecimento oportuno de legislação,

jurisprudência e regulamentação relevante para a

atividade do CHPVVC.

3. Para o exercício das suas competências será

disponibilizado ao Gabinete de Apoio Jurídico e Contencioso

elementos operacionais, podendo ser integrados

funcionalmente outros profissionais de apoio na área jurídica.

ARTIGO 66

SERVIÇO DE PLANEAMENTO E APOIO À GESTÃO

1. O Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão é dirigido por

um profissional com perfil e habilitações académicas e

profissionais adequadas para a nomeação como Diretor de

Serviço pelo Conselho de Administração.

2. O Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão visa fornecer

informação útil e atempada, relativa às atividades

desenvolvidas pelo CHPVVC e a sua produtividade, que dê

suporte e segurança ao processo de decisão, acompanhando e

monitorizando indicadores que concorrem para o

cumprimento da missão e objetivos do centro hospitalar.

3. Sendo um serviço de apoio direto ao Conselho de

Administração, o Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão

compreende três áreas de intervenção - Gabinete de Apoio à

Gestão, Gabinete de Estatística e Gabinete de Codificação, que

podem, sob proposta do Diretor de Serviço, ter a supervisão

próxima de um Coordenador específico para aquela área

nomeado pelo Conselho de Administração.

4. Ao Gabinete de Apoio à Gestão compete:

a. Assimilar as orientações estratégicas do Conselho

de Administração e aconselhar sobre as políticas de

gestão para a necessária compatibilização da política

geral com as especificidades de cada serviço;

b. Coordenar a elaboração dos Instrumentos de

Gestão Previsionais de âmbito institucional, entre

outros, o Plano Estratégico, o Plano de Desempenho e

o Plano de Atividades e Orçamento e Relatório de

Gestão;

c. Elaborar documentos de suporte relativos aos

instrumentos referidos acima, bem como de suporte à

concretização de estratégia de intervenção que vier a

ser determinada;

d. Preparar os documentos e sistematizar a

informação necessária à elaboração do processo de

contratualização interna e externa, e aos reportes de

informação a entidades externas, que não sejam

atribuídos a outro serviço ou Departamento;

e. Acompanhar a execução dos contratos-programa e

efetuar análises periódicas sobre a evolução dos

principais indicadores de gestão, formulando

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recomendações sobre os desvios detetados face ao

previsto;

f. Controlo de gestão da atividade da instituição e

apoio à melhoria da sua performance, colaborando na

contratualização interna dos serviços (Clínicos e de

Apoio), em articulação com a Direção dos

Departamentos ou na sua ausência diretamente com

os Serviços;

g. Colaborar com os órgãos de gestão dos Centros de

Responsabilidade Integrada na elaboração dos estudos

de viabilidade financeira e quadros de

acompanhamento e gestão daquelas estruturas;

h. Acompanhar o processo de faturação a clientes,

nomeadamente ao SNS;

i. Dinamizar, acompanhar e aperfeiçoar o Sistema de

Indicadores à Gestão de acordo com as necessidades

de gestão;

j. Apoio à implementação de projetos no âmbito do

Sistema de Informação Hospitalar, em matérias

relacionadas com o planeamento e apoio à gestão;

k. Análise de projetos de investimentos, realização

de análise de custo-benefício e gestão de projetos

transversais que lhe sejam cometidos;

l. Realizar estudos, avaliações e relatórios nas várias

áreas de gestão solicitados pelo Conselho de

Administração;

m. Preparar apresentações e acompanhar reuniões de

trabalho do Conselho de Administração, sempre que

solicitado.

5. Ao Gabinete de Estatística compete recolher, tratar e

sistematizar toda a informação relativa ao movimento

assistencial e consumos da organização, organizando-a e

disponibilizando-a de acordo com as orientações da Direção

de Serviço.

6. Ao Gabinete de Codificação compete o controle de todo o

processo de registo e codificação dos procedimentos e

diagnósticos clínicos realizados, garantindo a funcionalidade

dos circuitos dos processos clínicos para uma codificação

clínica atempada e criando mecanismos de controlo de gestão

na validação necessária a uma otimização da faturação

hospitalar, seja pela obtenção de Grupos de Diagnóstico

Homogéneo, seja pela parametrização dos atos clínicos por

tabelas reconhecidas pelo SNS.

7. O Gabinete de Codificação integra uma vertente clínica

associada à atividade técnica dos médicos codificadores e de

auditoria clínica à codificação, sendo para este efeito indicado

um médico responsável pela Direção Clínica, que deverá

articular em termos organizativos com o Diretor de Serviço de

Planeamento e Apoio à Gestão para cumprimento dos

objetivos contratualizados a nível do Contrato Programa do

Hospital.

ARTIGO 67

GABINETE DO CIDADÃO

1. O Gabinete do Cidadão será dirigido por um Coordenador,

nomeado pelo Conselho de Administração de entre os

profissionais com caraterísticas, formação e perfil de

competências adequado para a gestão desta área.

2. Ao Gabinete do Cidadão compete promover a participação

dos cidadãos, enquanto agentes e responsáveis, detentores de

direitos e deveres, numa lógica de mediação e diálogo, num

enquadramento institucional.

3. São atribuições do Gabinete do Cidadão:

a. Assegurar a informação aos Utentes sobre o

funcionamento e a melhor utilização dos serviços, bem

como dos direitos e deveres dos utentes;

b. Proceder à receção centralizada, registo e

tratamento de todas as reclamações, sugestões e

agradecimentos, independentemente da via de acesso

utilizada e no âmbito do programa “SIM CIDADÃO”;

c. Incentivar as equipas e prestadores de cuidados

em geral, a acolher e resolver disfunções causadoras

de reclamações, apoiar e facilitar o acesso dos Utentes

aos meios legais disponíveis, nomeadamente a

transcrição da informação clínica, se for caso disso;

d. Potenciar a análise e tratamento das reclamações

como indicador útil para a monitorização das boas

práticas clínicas e de gestão global;

e. Desenvolver proatividade com os profissionais e

serviços hospitalares, tendo em vista a correção das

disfunções detetadas.

ARTIGO 68

UNIDADE LOCAL DE GESTÃO DE ACESSO

1. A Unidade Local de Gestão do Acesso (ULGA), é

responsável pela gestão do acesso aos cuidados de saúde e

pelo cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta

Garantidos (TMRG) no centro Hospitalar no âmbito do

disposto na Portaria n.º 147/2017 de 27 de abril devendo

prosseguir os objetivos fixados no âmbito do Sistema

Integrado de Gestão do Acesso do SNS (SIGA SNS).

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CA REGULAMENTO

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2. À ULGA compete genericamente a promoção da

acessibilidade, celeridade, equidade e humanização dos

serviços, sem perder de vista a qualidade, a viabilidade e a

sustentabilidade do SNS, garantindo o cumprimento da Carta

dos Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde pelos utentes

do SNS.

3. A ULGA será composta por um profissional Coordenador

com competências na área da gestão e por médicos

representante das diversas áreas que constituem o SIGA SNS –

cirurgia, consulta externa, urgência e meios complementares

de diagnóstico e terapêutica.

4. Nos termos da legislação aplicável, à ULGA compete em

particular:

a. Centralizar a gestão de inscritos na Lista de

Inscritos para Cirurgia e de Consulta, acompanhando e

supervisionando o registo dos utentes na Lista de

Inscritos;

b. Assegurar o cumprimento das normas aplicáveis

ao SIGA SNS e respetivos Regulamentos;

d. Assegurar a atualização permanente da

informação administrativa e clínica respeitante a cada

utente registado na Lista de Inscritos;

e. Informar e acompanhar os utentes para

esclarecimento de todos os aspetos administrativos

relacionados com a sua situação na Lista de Inscritos,

incluindo a resposta a sugestões e o encaminhamento

das reclamações para as Unidade Regional de Gestão

do Acesso (URGA) e Unidade de Gestão do Acesso

(UGA);

f. Identificar na Lista de Inscritos os utentes sujeitos

a transferência para outra unidade prestadora de

cuidados de saúde, esclarecendo-os sobre as

condições de aceitação da transferência, e

supervisionar a receção e o envio dos processos

clínicos dos utentes nesta situação;

g. Preparar a informação necessária para o

planeamento, a gestão e a tomada de decisões

relativos à Lista de Inscritos, para distribuição às

diversas unidades orgânicas da instituição e para

posterior relatório às entidades supervisoras;

h. Promover a realização, com todos os serviços

envolvidos no processo, de reuniões mensais, para

acompanhamento da sua atividade;

i. Avaliar e reportar às URGA e UGA toda a

informação que seja por estas considerada pertinente,

designadamente sobre a capacidade instalada, a

capacidade técnica da instituição, produção

contratualizada a evolução da Lista de Inscritos;

j. Monitorizar mensalmente para a URGA e a UGA os

indicadores definidos pelas mesmas;

k. Garantir a atualização da informação, a qualidade

e a disponibilidade requerida pela plataforma

informática do SIGA SNS, de acordo com as

especificações emanadas pela UGA;

l. Reportar periodicamente as não

desconformidades relacionadas com problemas ou

falta de registos informáticos.

5. Para operacionalização das competências elencadas na

legislação deverá ser constituída uma equipa de trabalho que

responda às orientações estratégicas do Coordenador da

ULGA.

ARTIGO 69

GABINETE DE GESTÃO DA QUALIDADE

1. O Gabinete de Gestão da Qualidade é coordenado por um

profissional com habilitações académicas e profissionais

adequadas e especial perfil de liderança e organização

considerados pelo Conselho de Administração como

necessários para assumir a função de Gestor da Qualidade.

2. Ao Gabinete de Gestão da Qualidade compete a

operacionalização das diretrizes da Comissão de

Humanização, Qualidade e Segurança do Doente e

implementar, desenvolver e monitorizar um sistema de gestão

da qualidade, de acordo com os referenciais normativos

superiormente definidos e em estreita colaboração com as

outras estruturas de gestão, direções de serviço, gabinetes e

comissões, em particular com aquela comissão e com o

Gabinete de Gestão do Risco.

3. Sendo objetivo primordial do CHPVVC a melhoria contínua

da qualidade, o Gabinete de Gestão da Qualidade deverá

assumir a implementação e acompanhamento dum processo

de acreditação, sendo para o efeito coadjuvado por um grupo

multiprofissional, designado por Grupo Coordenador da

Qualidade.

4. Ao Gabinete de Gestão da Qualidade, compete-lhe,

nomeadamente:

a. Coordenar e dinamizar as atividades de

manutenção e de melhoria do sistema de gestão da

qualidade, emitindo pareceres em matéria de

qualidade;

b. Coordenar o projeto de acreditação do CHPVVC,

interagindo com o Grupo Coordenador da Qualidade,

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CA REGULAMENTO

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na definição e desenvolvimento da metodologia de

implementação e acompanhamento;

c. Acompanhar e apoiar os serviços em processos

autónomos de certificação;

d. Dinamizar a implementação, revisão e atualização

da documentação do sistema de gestão da qualidade,

designadamente todos os documentos estratégicos e

procedimentais relevantes para o sistema de melhoria

da qualidade;

e. Promover a realização de estudos de avaliação da

satisfação de utentes e colaboradores;

f. Promover a recolha de dados relativos aos

indicadores de qualidade, elaborando os relatórios de

acompanhamento e propondo ações de melhoria;

g. Preparar e gerir a execução do plano de auditorias

internas;

h. Propor a realização de formações inseridas no

âmbito da qualidade;

i. Dinamizar o tratamento das não conformidades, e

tomada de ações corretivas que evitem a repetição de

problemas e de ações preventivas que evitem a sua

ocorrência, em articulação com os serviços e sempre

que envolva a gestão do risco, com o respetivo

gabinete;

j. Preparar a revisão anual do sistema de gestão da

qualidade e apresentar anualmente ao Conselho de

Administração o Plano e o Relatório de Gestão da

Qualidade do Hospital.

ARTIGO 70

GABINETE DE GESTÃO DO RISCO

4. O CHPVVC assegura a manutenção de um sistema de

gestão de risco, assente em atividades de identificação,

avaliação de riscos potenciais, de prevenção e de controlo de

perdas, centralizando todas as atividades inerentes no

Gabinete de Gestão do Risco .

5. O Gabinete de Gestão do Risco será coordenado pelo

Gestor do Risco, nomeado pelo Conselho de Administração,

de entre os profissionais com caraterísticas, formação e perfil

de competências adequado para a gestão desta área.

6. O Gabinete de Gestão do Risco inclui as áreas do risco

clínico e não clínico.

7. Para os efeitos descritos nos pontos anteriores, o

Gabinete de Gestão do Risco desenvolverá, em colaboração

com a Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança do

Doente, Comissão de Catástrofe e Emergência, Gabinete de

Gestão da Qualidade e GCL-PPCIRA um sistema de informação

baseado em incidentes e ocorrências e definirá, para cada

risco, estratégias de minimização ou transferência consoante

as circunstâncias.

8. Compete em particular ao Gabinete de Gestão do Risco:

a. Contribuir para a identificação, prevenção e

controlo dos fatores de risco, de forma a desenvolver

sistemas de trabalho, práticas e instalações mais

seguras;

b. Desenvolver a sua atividade com prioridade na

segurança do doente, visando a melhoria contínua da

qualidade dos cuidados prestados, identificando

fatores de risco clínicos e não clínicos, por forma a

assegurar a segurança dos utentes, profissionais e

utilizadores do Hospital;

c. Promover a adoção generalizada de uma cultura

de segurança indispensável para a consciencialização

do risco, conduzindo ao ambiente seguro e à melhoria

contínua dos cuidados de saúde prestados, através da

dinamização de atividades na área da gestão do risco e

segurança do doente;

d. Orientar toda a atividade de acordo com uma

política de transparência, confidencialidade, ética da

saúde, deontologia e respeito;

e. Implementar mecanismos de notificação, análise e

tratamento de ocorrências, acidentes e incidentes

constatados e assegurar o retorno da informação;

f. Elaborar e apresentar anualmente ao Conselho de

Administração o Plano e o Relatório de Gestão do

Risco do Hospital e garantir a sua execução,

monitorização e atualização.

9. O Gabinete de Gestão do Risco participará e dinamizará

em colaboração com a Comissão de Catástrofe e Segurança

um sistema de emergência para desastres internos e externos.

ARTIGO 71

DIREÇÃO DO INTERNATO MÉDICO

1. A organização do Internato Médico é da competência da

Direção do Internato Médico, que depende diretamente do

Diretor Clínico.

2. O Diretor do Internato Médico é nomeado pelo Conselho

de Administração, sob proposta do Diretor Clínico, por um

período de três anos, renovável, de entre médicos

especialistas com reconhecida competência e experiência na

formação de médicos internos.

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CA REGULAMENTO

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3. A Direção do Internato Médico rege-se pelo disposto no

regime jurídico aplicável e pelo Regulamento do Internato

Médico aprovado pela Portaria nº 224-B/2015, de 29 de julho.

4. As demais atribuições e o modo de funcionamento da

Direção do Internato Médico constam de regulamento

próprio, a aprovar pelo Conselho de Administração.

ARTIGO 72

MONITOR DA PRESCRIÇÃO CLÍNICA

1. O Monitor da Prescrição Clínica rege a sua atuação nos

termos previstos no Despacho n.º 17069/2011, de 16 de

dezembro, sendo o interlocutor preferencial da ACSS para o

processo de monitorização da prescrição médica hospitalar de

medicamentos e MCDT.

2. O Conselho de Administração sob proposta do Diretor

Clínico, deve designar um médico como Monitor da Prescrição

Clínica, para atuar como consultor naquele processo.

3. Compete ao Monitor da Prescrição Clínica em particular:

a. Garantir a emissão de relatório trimestral com

indicadores relativo às prescrições de medicamentos e

MCDT, efetuadas por cada médico prescritor, com

retorno da informação ao prescritor

preferencialmente em suporte digital e para o seu

endereço de correio eletrónico;

b. Estabelecer mecanismos regulares de

acompanhamento e discussão interpares dessa

informação, incluindo estabelecimento de metas e

medidas de correção.

ARTIGO 73

RESPONSÁVEL ACESSO À INFORMAÇÃO

1. O Responsável de Acesso à Informação (RAI) deverá

enquadrar a sua atuação em cumprimento das disposições da

Lei 26/2016, de 22 agosto, que regula o acesso à informação

administrativa e ambiental e de reutilização dos documentos

administrativos e é a quem compete apreciar todos os

pedidos de acesso à informação administrativa que sejam

feitos por pessoas singulares e pessoas coletivas de Direito

Público ou Privado.

2. Na apreciação dos pedidos, o RAI deve aferir da

legitimidade da origem do pedido, da legitimidade do pedido,

bem como emitir parecer de autorização, total ou parcial, ou

de indeferimento (em todas as situações, fundamentando

sempre com suporte na lei, doutrina e/ou jurisprudência,

acompanhando a tramitação dos pedidos de acesso).

3. Ao RAI compete nomeadamente organizar e promover as

obrigações de divulgação ativa de informação a que o Centro

Hospitalar está vinculado, acompanhar a tramitação dos

pedidos de acesso e reutilização e estabelecer a articulação

necessária ao exercício das competências da Comissão de

Acesso aos Documentos Administrativos (CADA).

ARTIGO 74

ENCARREGADO DE PROTECÇÃO DE DADOS

1. O Encarregado de Proteção de Dados (DPO) deverá

enquadrar a sua atuação no cumprimento do Regulamento

(EU) n.º 2016/679, do Parlamento Europeu e do Conselho, de

27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares

no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre

circulação desses dados (Regulamento Geral sobre Proteção

de Dados – RGPD).

2. A nomeação do DPO deve basear-se nas suas qualidades

pessoais e profissionais com especial realce ao seu

conhecimento especializado de Direito e em Proteção de

Dados.

3. Em todas as suas avaliações o DPO deverá ter em devida

consideração os riscos associados às operações de

tratamento, tendo em conta a natureza, o âmbito, o contexto

e as finalidades do tratamento de dados, devendo em

particular:

a. Informar e aconselhar o responsável pelo

tratamento, bem como os trabalhadores que tratem

os dados, a respeito das suas obrigações nos termos

do RGPD e de outras disposições de proteção de

dados;

b. Monitorizar as políticas e procedimentos do

Centro Hospitalar e avaliar a respetiva a conformidade

com o RGPD, com outras disposições legais, nacionais

ou europeias, relativas à proteção de dados pessoais,

incluindo a repartição de responsabilidades, a

sensibilização e formação do pessoal implicado nas

operações de tratamento de dados, e as auditorias

correspondentes;

c. Prestar aconselhamento, quando tal lhe for

solicitado, no que respeita à avaliação de impacto

sobre a proteção de dados e controlar a sua realização

casuisticamente;

d. Cooperar com a autoridade de controlo e ser o seu

ponto de contacto primordial sobre questões

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relacionadas com o tratamento e eventual

necessidade de consulta prévia;

e. Identificar, avaliar e expor ao Conselho de

Administração, ao Gabinete de Gestão do Risco e no

âmbito do Comité de Risco e Segurança da Informação

situações de risco, no que concerne à proteção e

salvaguarda de dados pessoais, em relação aos quais o

Centro Hospitalar é responsável pelo respetivo

tratamento.

ARTIGO 75

GESTOR DE CONTRATO

1. A figura de Gestor de Contrato deverá enquadrar a sua

atuação em cumprimento das disposições previstas no Código

de Contratos Públicos publicado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008,

de 29 de janeiro, com todas as atualizações legais, última das

quais pelo DL n.º 33/2018, de 15 de maio.

2. O Conselho de Administração, para cada contrato

celebrado em nome do CHPVVC deverá designar um gestor do

contrato, com a função de acompanhar permanentemente a

execução deste, devendo o seu perfil ser selecionado de

acordo com o objeto e natureza especifica daquele.

3. Quando se trate de contratos com especiais características

de complexidade técnica ou financeira ou de duração superior

a três anos, e sem prejuízo das funções que sejam definidas

por cada contraente público, o gestor deve elaborar

indicadores de execução quantitativos e qualitativos

adequados a cada tipo de contrato, que permitam, entre

outros aspetos, medir os níveis de desempenho do

cocontratante, a execução financeira, técnica e material do

contrato.

4. Caso o gestor detete desvios, defeitos ou outras anomalias

na execução do contrato, deve comunicá-los de imediato ao

órgão competente, propondo em relatório fundamentado as

medidas corretivas que, em cada caso, se revelem adequadas.

5. Ao gestor do contrato podem ser delegados poderes para

a adoção das medidas a que se refere o número anterior,

exceto em matéria de modificação e cessação do contrato.

ARTIGO 76

COMISSÕES DE AVALIAÇÃO SIADAP

1. No âmbito da legislação sobre o Sistema Integrado de

Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública

(SIADAP), prevista na Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro

atualizada com os diversos diplomas subsequentes (Lei n.º 64-

A/2008, de 31 de dezembro, Lei n.º 55-A/2010, de 31 de

dezembro e Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro) foram

previstas comissões de caracter consultivo com características

definidas no âmbito da avaliação de desempenho e

constituídas previamente a cada ciclo de gestão dos serviços:

a. Comissão Paritária;

b. Conselho Coordenador da Avaliação

2. A Comissão Paritária é composta por quatro vogais, sendo

dois representantes da Administração, designados pelo

dirigente máximo do serviço, sendo um membro do conselho

coordenador da avaliação, e dois representantes dos

trabalhadores por estes, detendo competência consultiva para

apreciar propostas de avaliação dadas a conhecer a

trabalhadores avaliados, antes da homologação.

3. O Conselho Coordenador da Avaliação é presidido pelo

Presidente do Conselho de Administração, e integra o

responsável pela gestão de recursos humanos e três a cinco

dirigentes por aquele designados, competindo

especificamente:

a. Estabelecer diretrizes para uma aplicação objetiva

e harmónica do SIADAP, tendo em consideração os

documentos que integram o ciclo de gestão;

b. Estabelecer orientações gerais em matéria de

fixação de objetivos, de escolha de competências e de

indicadores de medida, em especial os relativos à

caracterização da situação de superação de objetivos;

c. Estabelecer o número de objetivos e de

competências a que se deve subordinar a avaliação de

desempenho, podendo fazê-lo para todos os

trabalhadores do serviço ou, quando se justifique, por

unidade orgânica ou por carreira;

d. Garantir o rigor e a diferenciação de desempenhos

do SIADAP, cabendo-lhe validar as avaliações de

Desempenho relevante e Desempenho inadequado,

bem como proceder ao reconhecimento do

Desempenho Excelente;

e. Emitir parecer sobre os pedidos de apreciação das

propostas de avaliação dos dirigentes intermédios

avaliados;

f. Exercer as demais competências que, por lei ou

regulamento, lhe são cometidas

SECÇÃO V

ÁREA DE APOIO LOGISTICO E OPERACIONAL

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CA REGULAMENTO

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ARTIGO 77

IDENTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS E UNIDADES

O CHPVVC compreende os seguintes serviços na Área de

Apoio Logístico e Operacional:

a. Serviço de Gestão Financeira

b. Serviço de Gestão de Recursos Humanos

c. Serviço de Gestão de Doentes

d. Serviço de Gestão de Sistemas de Informação

e. Serviço de Aprovisionamento e Logística

f. Serviço de Instalações, Equipamentos e Transportes

g. Gabinete dos Serviços Hoteleiros

h. Gabinete de Formação

i. Serviço Assistência Espiritual e Religioso

j. Serviço de Saúde Ocupacional

ARTIGO 78

SERVIÇO DE GESTÃO FINANCEIRA

1. O Serviço de Gestão Financeira é dirigido por um técnico

superior, designado pelo Conselho de Administração, tendo

em consideração o seu perfil, competências técnicas e

experiência profissional.

2. Compete ao Serviço de Gestão Financeira:

a. Elaborar o orçamento, nos termos definidos pelo

órgão de gestão, e acompanhar a execução

orçamental;

b. Realizar as operações de abertura e encerramento

e prestação de contas;

c. Proceder à contabilização dos documentos de

receita e faturação de todos os serviços prestados;

d. Proceder à contabilização dos documentos de

despesa e respetivo pagamento;

e. Elaborar e manter atualizada a contabilidade

analítica;

f. Elaborar a informação económica e financeira para

fins internos e externos, dando cumprimento aos

deveres de informação periódica, nos termos da lei;

g. Gerir a tesouraria e aplicar os saldos disponíveis,

nos termos das orientações do órgão de gestão;

h. Dar cumprimento às obrigações fiscais da

organização.

i. Intervir junto dos serviços com que se articula de

modo a garantir que receba a informação e

documentação necessária em tempo útil e da forma

mais adequada ao seu tratamento.

j. Dirigir uma Unidade Funcional de Cobranças a

quem competirá efetuar a cobrança de créditos do

Centro Hospitalar relativos à prestação de cuidados de

saúde, articulando com o Gabinete Jurídico, devendo

ser designado um elemento dedicado para o efeito;

k. Preparar e controlar a execução financeira dos

projetos de investimento objeto de financiamento

externo;

l. Analisar a viabilidade económico-financeira de

projetos de investimento e de linhas de produção,

sempre que solicitado pelo Conselho de

Administração.

3. Compete ao Diretor do Serviço de Gestão Financeira

assegurar uniformidade nos procedimentos, racionalizar os

recursos e propor a definição de uma política comum nesta

área, ao nível do Centro Hospitalar.

ARTIGO 79

SERVIÇO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

1. O Serviço de Gestão de Recursos Humanos é dirigido por

um profissional com perfil e habilitações académicas e

profissionais adequadas para a nomeação como Diretor de

Serviço.

2. O Serviço de Gestão de Recursos Humanos compreende

duas áreas de intervenção - Gabinete de Estudos e

Planeamento de RH e Gabinete de Pessoal e Vencimentos,

que podem, sob proposta do Diretor de Serviço, ter a

supervisão próxima de um Coordenador específico para

aquela área nomeado pelo Conselho de Administração.

3. Compete ao Gabinete de Estudos e Planeamento de

Recursos Humanos:

a. Estudar e propor a política de desenvolvimento

dos recursos humanos do Centro Hospitalar;

b. Propor a adequação dos efetivos à evolução das

necessidades e elaborar os perfis dos cargos e postos

de trabalho com base na análise de funções;

c. Promover os mecanismos de admissão de recursos

humanos e gerir as dinâmicas contratuais e de carreira

do pessoal vinculado, a qualquer título, ao Centro

Hospitalar;

d. Elaborar o Balanço Social do Centro Hospitalar e

efetuar estudos de condições de trabalho, motivação

profissional e produtividade;

e. Organizar e manter o sistema de informação

interno relativo à gestão dos recursos humanos do

Centro Hospitalar;

f. Gerir a informação acessível aos profissionais do

Centro Hospitalar e ao exterior;

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g. Promover e controlar a avaliação do desempenho

dos profissionais;

4. Compete ao Gabinete de Pessoal e Vencimentos:

a. Assegurar o expediente e o controlo dos

requerimentos e normativos relativos à gestão dos

recursos humanos do Centro Hospitalar;

b. Organizar e manter os processos individuais, o

arquivo central destes processos e a base de dados

dos recursos humanos, em coordenação com os

órgãos competentes da Administração Pública;

c. Assegurar a uniformidade de critérios na aplicação

da legislação respeitante às condições de trabalho,

através de informação, genérica ou pontual, dirigida às

unidades, serviços ou trabalhadores interessados;

d. Executar os atos e a monitorização inerentes ao

controlo da assiduidade e da pontualidade e ao

processamento de remunerações, retenção de

rendimentos na fonte e reembolsos ou restituições;

e. Instruir os processos relativos a faltas, licenças,

equiparação a bolseiro, dispensa de serviço e

acumulações;

f. Executar os atos de administração dos regimes de

segurança social e ação social complementar;

g. Passar certidões, declarações e notas de serviço

que lhe sejam solicitadas.

ARTIGO 80

SERVIÇO DE GESTÃO DE DOENTES

1. O Serviço de Gestão de Doentes é dirigido por um

profissional designado pelo conselho de administração, tendo

em consideração o perfil, experiência e competências técnicas

adequadas ao exercício do cargo.

2. O Serviço de Gestão de Doentes compreende a execução

de todas as funções de natureza organizativa, administrativa e

de controlo de gestão relacionadas com o atendimento,

admissão e encaminhamento dos utentes, desde o seu

primeiro contato com a instituição até à alta, com vista

sobretudo, a um atendimento de qualidade associado à

imprescindível necessidade de coerência da informação

estatística e da otimização de faturação do centro hospitalar.

3. O Serviço de Gestão de Doentes tutelará todos os

profissionais integrados nos Secretariados Clínicos dos

diversos serviços, competindo-lhe designadamente:

a. A gestão dos recursos humanos a afetar a todas as

áreas e serviços sob a sua responsabilidade,

garantindo a disponibilização de funcionários

considerados necessários para responder às

necessidades dos serviços e deslocalizando ou

centralizando atividades no caso de faltas ou

impedimentos;

b. Assegurar que a afetação de recursos e os circuitos

dos utentes estão claramente estabelecidos e

respondem com segurança, flexibilidade,

racionalidade de meios e iguais padrões de qualidade

às diversas situações;

c. Acompanhar os registos referentes à atividade

clínica, e proceder aos registos administrativos

complementares, garantindo a conformidade dos

procedimentos organizativos de acordo com as regras

aplicáveis e em vigor na instituição e no SNS;

d. Efetuar a gestão do agendamento de atos médicos

ou exames de diagnóstico e terapêutica, quando

solicitado pelos utentes, médicos ou outros

profissionais de saúde deste Centro Hospitalar, ou das

instituições de saúde que tenham o Centro Hospitalar

como unidade de referência;

e. Zelar no sentido de que a informação recolhida e

transmitida seja a necessária, de forma a estarem

garantidas a operacionalidade e eficiência em todas as

fases do processo de trabalho, definindo

procedimentos uniformes e transversais a todos os

serviços que garantam a coerência de informação e de

atuação;

f. Criar e manter os procedimentos e suportes

necessários aos registos, para efeitos de cobrança

efetiva de taxas moderadoras, faturação de episódios,

financiamento hospitalar e gestão da informação

estatística, com a necessária articulação com o Serviço

de Planeamento e Apoio à Gestão;

g. Organizar e assegurar um sistema de atendimento

personalizado aos utentes, presencialmente ou por

outros meios de comunicação, para informação sobre

a marcação e alteração de atos médicos ou exames de

diagnóstico e terapêutica;

h. Organizar e manter um sistema de informação

para o exterior sobre o estado clínico dos doentes ou

sobre os óbitos que ocorram na Instituição, no

cumprimento das competências nesta matéria

especificas dos profissionais de saúde e no respeito

pelas regras de confidencialidade e consentimento

informado;

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i. Implementar um sistema de encaminhamento

através da coordenação dos secretariados de receção

enquanto postos de atendimento privilegiado com os

utentes, familiares e visitantes da instituição,

garantindo a operacionalidade das normas relativas às

visitas e acompanhantes dos doentes internados, bem

como, acessoriamente, outras situações de acesso;

4. O Serviço de Gestão de Doentes integra a Área de Arquivo

Clínico, competindo-lhe nesta vertente:

a. Guardar, conservar e tratar toda a documentação

clínica e clínico-administrativa dos utentes,

independentemente da especialidade, regime de

atendimento ou suporte em que a informação resida e

pelo tempo necessário

b. Organizar o arquivo ativo de processo individual

do utente e o arquivo de inativos;

c. Disponibilizar atempadamente o processo clínico

individual dos utentes aos serviços clínicos no âmbito

da atividade assistencial prestada, para codificação ou

por solicitações externas legitimadas para o efeito nos

termos da legislação em vigor;

5. O Serviço de Gestão de Doentes integra a Unidade Central

de Transporte de Doentes, à qual cabe agendar as atividades a

realizar no exterior do Centro Hospitalar e programar os

respetivos transportes.

ARTIGO 81

SERVIÇO DE GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

1. O Serviço de Gestão de Sistemas de Informação é um

Serviço de Apoio à Gestão, centralizado, e que opera em

ambas as unidades hospitalares desenvolvendo as atividades

necessárias à gestão das infraestruturas de rede, gestão

aplicacional e de equipamentos informáticos, adequando os

recursos disponíveis às necessidades existentes.

2. Compete ao serviço de Gestão de Sistemas de Informação

orientar e coordenar o planeamento dos sistemas de

informação do Centro, designadamente desenvolvendo as

seguintes funções:

a. Propor a política estratégia relativa aos Sistemas

de informação do Centro Hospitalar, definindo a

infraestrutura tecnológica de suporte às

estratégias para as tecnologias de informação,

garantindo os princípios de segurança,

confidencialidade, legalidade e integridade dos

dados e sistemas;

b. Assessorar, em temas adstritos a Tecnologias de

Informação e Comunicação, emitindo pareceres

relevantes para os desenvolvimentos adequados e

necessários à organização e seus objetivos a

utilizar no Centro Hospitalar;

c. Projetar, implementar e acompanhar a execução

de projetos no âmbito dos sistemas e tecnologias

de informação, em articulação com os serviços

envolvidos;

d. Planear e desenvolver projetos de infraestruturas

tecnológicas englobando sistemas servidores de

dados, de aplicações e de recursos, assegurando a

respetiva gestão e manutenção, em colaboração

com parceiros de negócio privados (fornecedores)

e públicos (SPMS, ARS, ACSS, etc.);

e. Gerir e participar em comissões e equipes de

projeto e implementações, colaborando na

definição de políticas, programação e

orçamentação de atividades que impliquem

alterações quantitativas e qualitativas dos

sistemas e tecnologias de informação do Centro

Hospitalar;

f. Participar no âmbito de procedimentos de

aquisição no processo de elaboração das

especificações técnicas dos cadernos, nas

respetivas comissões de escolha e na conferência

da conformidade da receção do material

adquirido;

g. Programar, colaborar e apoiar os utilizadores

relativamente aos sistemas de informação

instalados ou projetados;

h. Dinamizar e promover ações de formação aos

utilizadores de forma a contribuir para uma

utilização mais eficiente e potenciadora dos

recursos dos sistemas e tecnologias de

informação;

i. Definir normas, standards e procedimentos de

apoio técnico na utilização de hardware e

software;

j. Elaborar e manter planos de recuperação de

desastres no domínio dos sistemas e tecnologias

de informação, de forma a garantir a rápida

reposição em funcionamento da rede informática

e garantir a salvaguarda da informação nela

integrada;

k. Auditar e supervisionar o fornecimento de serviços

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externos na sua área de competência,

promovendo e gerindo os contratos de assistência

técnica necessários ao correto funcionamento das

soluções em exploração;

l. Assegurar a gestão das redes de comunicações

fixas e móveis;

m. Assegurar formas de apoio remoto ou fora das

horas de expediente;

n. Representação da instituição e do Serviço em

eventos, reuniões e comissões onde a participação

seja necessária e esperada;

o. Promoção de metodologias adequadas à garantia

de continuidade da capacidade de resposta do

Serviço, utilizando instruções de trabalho;

p. Compromisso de manutenção e gestão do

inventário de imobilizado do Serviço,

nomeadamente propondo aquisições, reparações

e abates;

ARTIGO 82

SERVIÇO DE APROVISIONAMENTO E LOGÍSTICA

1. O Serviço de Aprovisionamento e Logística é dirigido por

um profissional designado pelo Conselho de Administração,

tendo em consideração o perfil e as competências técnicas.

2. Compete ao Serviço de Aprovisionamento e Logística:

a. Planear as necessidades e adquirir todos os bens,

equipamentos, serviços e empreitadas previamente

autorizados, necessários à prossecução dos objetivos

do Centro Hospitalar;

b. Efetuar negociações, no âmbito das consultas

efetuadas e dos procedimentos aprovados visando, a

obtenção das condições mais vantajosas para a

organização, em obediência aos princípios de

transparência, igualdade de oportunidades e

tratamento e livre concorrência;

c. Armazenar, distribuir e controlar stocks assegurar

a distribuição local aos Serviços Clínicos através de

profissionais adstritos à logística;

d. Elaborar e manter atualizado o inventário dos bens

de domínio público sob administração do CHPVVC

bem como de outros bens que não sejam de sua

propriedade, mas cujo uso lhe esteja afeto;

e. Assegurar a gestão do imobilizado.

3. Compete ao Diretor do Serviço de Aprovisionamento e

Logística assegurar uniformidade nos procedimentos,

garantindo a gestão de todos os processos de acordo com a

legislação em vigor particularmente do Código dos Contratos

Públicos.

ARTIGO 83

SERVIÇO DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E TRANSPORTES

1. O Serviço de Instalações, Equipamentos e Transportes tem

como missão a implementação de programas de manutenção

e monitorização que garantam o funcionamento das

instalações e equipamentos do Centro Hospitalar de forma

segura e funcional, de acordo com as normas, regulamentos e

legislação em vigor.

2. O Serviço de Instalações, Equipamentos e Transportes é

dirigido por um profissional designado pelo Conselho de

Administração, tendo em conta o perfil e competência

técnica.

3. Compete ao Serviço de Instalações, Equipamentos e

Transportes, entre outras, as seguintes funções:

a. Elaborar pareceres de viabilidade de obras de

construção, remodelação e/ou ampliação,

fiscalizando-as na fase de execução e

equipamento;

b. Assegurar a manutenção geral dos edifícios do

Centro, bem como da respetiva envolvente, e a

correta circulação e o estacionamento das

viaturas;

c. Assegurar a operação, manutenção preventiva e

corretiva das instalações técnicas (elétricas,

mecânicas, eletromecânicas, entre outras), bem

como a gestão de sistemas de energia elétrica,

água, fluidos e gases medicinais, e demais

instalações técnicas especiais que não sejam da

responsabilidade de uma entidade subcontratada,

propondo soluções técnicas que garantam a

melhor relação custo-benefício;

d. Acompanhar o ciclo de vida dos equipamentos

desde a aquisição até ao abate, planeando as

grandes reparações ou substituições totais em

estreita colaboração com a administração;

e. Participar no estudo, implantação e controlo de

medidas de segurança a aplicar nas instalações e

equipamentos, e que contribuam para controlar o

risco de acidente e infeção;

f. Emitir parecer técnico, sempre que o Conselho de

Administração, ou outro serviço da organização, o

solicite.

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4. Compete também ao Serviço de Instalações,

Equipamentos e Transportes efetuar o planeamento e gestão

dos veículos da frota de transportes internos do CHPVVC e dos

profissionais que exercem funções de motorista.

ARTIGO 84

GABINETE DE SERVIÇOS HOTELEIROS

1. O Gabinete de Serviços Hoteleiros agrupa unidades de

produção de serviços indispensáveis à satisfação das

necessidades de logística conexas com o conforto e bem-estar

dos profissionais e dos utentes.

2. O Coordenador do Gabinete de Serviços Hoteleiros deverá

ter perfil técnico adequado ao desempenho das respetivas

funções.

3. O Gabinete de Gestão Hoteleira é responsável pelo

planeamento, organização e controlo das atividades afetas aos

sectores de:

a. Alimentação, exceto no que tecnicamente

depender do Serviço de Nutrição e Dietética;

b. Limpeza e higiene das instalações;

c. Recolha e Tratamento de resíduos e sua

supervisão;

d. Rouparia e tratamento de roupa;

e. A vigilância das portarias, parques, jardins, áreas

interiores e exteriores;

f. Central telefónica;

g. Casa Mortuária.

4. No âmbito das áreas referidas, compete ao Gabinete de

Serviços Hoteleiros, a gestão, supervisão e acompanhamento

de contratos de prestação de serviços/outsourcing.

5. Em função do modelo de organização instituído, o

Coordenador do Gabinete de Serviços Hoteleiros coordena a

gestão hierárquica de recursos humanos na área dos

profissionais assistentes operacionais afetos às áreas

assistenciais ou para funções gerais, sendo que no primeiro

caso, o pessoal desempenha as suas funções por orientação

funcional dos serviços onde se encontre distribuído.

6. Compete ao responsável do Gabinete dos Serviços

Hoteleiros assegurar uniformidade de procedimentos ao nível

do Centro Hospitalar, racionalizar recursos e propor a

definição de uma política comum nesta área.

ARTIGO 85

GABINETE DE FORMAÇÃO

1. O Gabinete de Formação será dirigido por um

Coordenador, nomeado pelo Conselho de Administração de

entre os profissionais com caraterísticas, formação e perfil de

competências adequado para a gestão desta área.

2. Compete ao Gabinete de Formação:

a. Facilitar o acesso a novos conhecimentos e

promover a aquisição e a maximização das

competências profissionais anteriormente adquiridas;

b. Criar condições de atualização, reconversão e

reciclagem profissional;

c. Fomentar a participação dos funcionários nas

ações desenvolvidas;

d. Organizar a informação e a documentação

pedagógicas, em articulação com os serviços

financeiros, com vista à obtenção de financiamentos

objeto de candidatura para as ações a desenvolver;

e. Organizar a atividade relacionada com o ensino

pré e pós-graduado, em articulação com a direção do

internato médico, com a direção de enfermagem e as

entidades com quem o Centro Hospitalar haja

estabelecido relações de parceria no âmbito da

formação pré e pós-graduada;

f. Promover a integração de novos profissionais no

Centro Hospitalar.

g. Participar na elaboração do diagnóstico das

necessidades de formação sectoriais, avaliar a

qualidade da formação, propor a implementação de

novos conhecimentos e técnicas na execução do plano

de formação, atendendo ao retorno do investimento

em formação.

h. Promover a boa participação dos profissionais na

formação, fomentando a assiduidade dos formandos

inscritos e selecionados;

i. Organizar e dinamizar as ações de formação de

inerentes à formação transversal a toda a instituição,

emitindo os certificados comprovativos de presença e

assegurando o seu registo oficial;

j. Gerir os espaços e infraestruturas dedicadas à

formação e reuniões.

3. CHPVVC desenvolverá mecanismos que visem criar as

condições para que os seus serviços detenham idoneidade

formativa nas diversas áreas profissionais, em cooperação

com as escolas, com outros hospitais e com os cuidados de

saúde primários.

4. O CHPVVC incentivará a obtenção, pelos seus

profissionais, das competências adequadas ao

desenvolvimento de capacidades formativas nas diversas

áreas profissionais específicas da saúde.

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ARTIGO 86

SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL

1. O Serviço de Saúde Ocupacional é dirigido por uma equipa

em corresponsabilidade pela organização da segurança,

higiene e saúde no trabalho, constituída por um médico com

especialização em medicina no trabalho e um técnico superior

na área da Higiene e do Trabalho, designada pelo Conselho de

Administração, tendo em consideração o perfil, competências

técnicas e experiência profissional dos respetivos

profissionais.

2. O Serviço de Saúde Ocupacional desenvolve a sua ação

junto dos profissionais do Centro Hospitalar, centrando-se no

sistema de trabalho, nos fatores de risco que afetam a saúde e

o bem-estar pessoal e o rendimento dos profissionais do

Centro Hospitalar.

3. O regime de organização e funcionamento do serviço

encontra-se regulamentado na Lei 102/2009, de 10 de

setembro, com as alterações legais supervenientes, a última

das quais a Lei 28/2016, de 23 de agosto.

4. Compete à Direção de Serviço assegurar uniformidade nos

procedimentos, racionalizar os recursos e propor a definição

de uma política estratégica nesta área ao nível do Centro

Hospitalar, competindo-lhe em particular:

a. Promover locais de trabalho saudáveis, através da

promoção da saúde dos trabalhadores e a prevenção

dos riscos profissionais com vista à manutenção da

capacidade de trabalho;

b. Investigar fatores desencadeantes ou agravantes

de doença no local de trabalho e desenvolver

estratégias para a sua correção;

c. Assegurar a confidencialidade dos dados de saúde

e proteger a privacidade dos trabalhadores;

d. Desenvolver atividades de formação, informação e

educação para a saúde;

e. Apoiar os trabalhadores e os órgãos de

administração, no estabelecimento e conservação do

ambiente de trabalho saudável e seguro que favoreça

a otimização da saúde física e mental relacionada com

o trabalho.

5. O Serviço de Saúde Ocupacional deve tomar as medidas

necessárias para prevenir os riscos profissionais e promover a

segurança e a saúde dos trabalhadores, desenvolvendo as

suas competências nas seguintes áreas:

a. Vigilância da saúde dos trabalhadores;

b. Vigilância do ambiente de trabalho;

c. Medicina Curativa;

d. Promoção da Saúde.

6. O Serviço de Saúde Ocupacional deve assegurar uma

consulta de medicina no trabalho e desenvolver as demais

atividades decorrentes da lei, assegurando as notificações e

comunicações obrigatórias com a Autoridade para as

Condições do Trabalho e demais entidades públicas.

ARTIGO 87

SERVIÇO ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL E RELIGIOSA

1. O Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa é

coordenado por um dos seus elementos, vinculado à unidade

nos termos do artigo 13.º do Decreto-Lei 253/2009, de 23 de

setembro, e em cumprimento com a Lei n.º 16/2001, de 22 de

junho, a designar pelo Conselho de Administração,

considerando o princípio da representatividade.

2. Em cumprimento das disposições constitucionais e legais

sobre liberdade religiosa, é permitido no Centro Hospitalar o

livre acesso aos doentes internados dos ministros de todos os

cultos, sendo assegurada a igualdade de oportunidades e a

não discriminação dos doentes e dos Utentes

independentemente dos credos religiosos.

3. Através da ação do Serviço de Assistência Espiritual e

Religiosa e em conformidade com o disposto no Decreto-lei

nº 253/2009, de 23 de setembro que regulamenta a

assistência espiritual e religiosa no Serviço Nacional de Saúde,

o CHPVVC deverá:

a. Garantir apoio espiritual a todos os doentes, seus

familiares e comunidade hospitalar, qualquer que seja

a religião ou credo;

b. Promover o respeito pelos diferentes credos,

culturas e tradições, bem como sensibilizar para a

necessidade de estratégias para proteger os doentes

da imposição de cuidados espirituais não desejados ou

de proselitismo.

CAPÍTULO IV

DAS GARANTIAS

ARTIGO 88

TRANSPARÊNCIA E PUBLICITAÇÃO

O CHPVVC observa os princípios de bom governo e cumpre as

orientações a que estão sujeitas as entidades que integram o

Setor Público Empresarial do Estado, nomeadamente no que

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respeita à transparência e fiabilidade na disponibilização e

divulgação de toda informação relevante através dos meios e

pelos canais definidos para o efeito.

ARTIGO 89

CONFIDENCIALIDADE

O CHPVVC definirá uma política de confidencialidade para

assegurar a proteção de dados e informação relativa a

doentes e colaboradores de acordo com a legislação vigente

nesta matéria e os pareceres emitidos pela Comissão Nacional

de Proteção de Dados.

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CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

ARTIGO 90

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL E VOLUNTARIADO

1. O CHPVVC reconhece a importância da Liga dos Amigos do

Hospital, cuja atividade se rege pelos respetivos estatutos de

constituição.

2. O Serviço de Apoio Social Voluntário funciona nos termos

das bases do enquadramento jurídico do voluntariado,

conforme previstas na Lei nº 71/98, de 03.11, regulamentada

pelo Decreto-Lei nº 389/99, de 30.09.

3. Os elementos que integram estes dois grupos estão

sujeitos às regras vigentes no CHPVVC sobre a prestação de

cuidados em geral e também às normas instituídas sobre

segurança e circulação de pessoas e bens dentro da

instituição, e enquadram a sua atividade de acordo com os

limites e objetivos estratégicos definidos com o Conselho de

Administração.

ARTIGO 91

INTERLIGAÇÃO COM A COMUNIDADE

O CHPVVC dinamiza e incentiva formas atuantes de

convivência com a comunidade que integra, designadamente

com outras unidades de saúde, dos cuidados primários e

hospitalares, instituições e serviços da área da segurança

social, autarquias locais, instituições académicas, escolas de

formação profissional, instituições particulares de

solidariedade social e outras entidades nacionais e

internacionais de interesse público.

ARTIGO 92

INVESTIGAÇÃO E ENSAIOS CLINICOS

O CHPVVC defende todas as medidas que conduzam ao

desenvolvimento científico e tecnológico, e sempre que

possível, dentro dos princípios éticos e no respeito pela lei

aplicável, colabora nas atividades de investigação e ensino que

lhe sejam propostas, designadamente através da participação

em ensaios clínicos aprovados em Conselho de Administração.

ARTIGO 93

REGULAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

1. Compete ao Conselho de Administração a regulamentação

e a definição de normas complementares ou interpretativas

para aplicação do presente regulamento.

2. As remissões para os Diplomas Legais e Regulamentares

feitas no presente Regulamento, considerar-se-ão efetuadas

para aqueles que venham a regular, no todo ou em parte, as

matérias em causa.

ARTIGO 94

ORGANOGRAMA

Integra o presente Regulamento, como anexo, o organograma

de gestão que sistematiza a divisão das áreas de

responsabilidade em que está constituída a estrutura orgânica

do CHPVVC.

ARTIGO 95

ENTRADA EM VIGOR

O presente regulamento entra em vigor na data em que o

Conselho de Administração proceder à publicitação interna da

sua aprovação, sendo depois o documento remetido para

homologação pelas entidades tutelares do Ministério da

Saúde.

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ANEXO - ORGANOGRAMA