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REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DO PORTO ORGANIZADO DE VITÓRIA, PRAIA MOLE E BARRA DO RIACHO.

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Page 1: Regulamento de Exploracao

REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DO PORTO ORGANIZADO DE VITÓRIA, PRAIA MOLE E BARRA DO RIACHO.

Page 2: Regulamento de Exploracao

CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA DOS PORTOS DE VITÓRIA, PRAIA MOLE E

BARRA DO RIACHO

Vitória – ES Tel.: (027) 321-1238

Page 3: Regulamento de Exploracao

Í N D I C E

- CAPÍTULO IDo objeto e da Abrangência ..................................................................... 01

- CAPÍTULO IIDas Definições e das Competências ....................................................... 03

- CAPÍTULO IIIDa utilização das Infra – Estruturas e das demais Instalações portuárias ..................................................................................................... 06

- CAPÍTULO IVDa Operação Portuária ............................................................................. 14

- CAPÍTULO VDa Exploração Comercial do Porto ........................................................ 23

- CAPÍTULO VIDa Segurança Portuária e Ambiental ...................................................... 29

- CAPÍTULO VII

Page 4: Regulamento de Exploracao

Das Infrações e das Penalidades .............................................................. 35

- CAPÍTULO VIIIDas Disposições Finais e Transitórias ..................................................... 38

Page 5: Regulamento de Exploracao

CAPÍTULO I

DO OBJETO E DA ABRANGÊNCIA

Art. 01º - O presente regulamento tem por objeto o

estabelecimento das regras básicas e das diretrizes

para o funcionamento, para a prestação de serviços e

para o atendimento dos usuários do Porto Organizado

de Vitória, de Praia Mole e de Barra do Riacho.

Art. 02º - Para todos os efeitos legais e

regulamentares, inclusive para identificação neste

documento, a Administração do Porto Organizado de

Vitória, de Praia Mole e de Barra do Riacho é exercida

pela Companhia Docas do Espírito Santo – CODESA,

face as atribuições que lhe foram conferidas pela

União.

Art. 03º - Todos os usuários prestadores ou tomadores

de serviços do Porto Organizado de Vitória, Praia

Mole e Barra do Riacho, inclusive a própria

Administração do Porto, ficam obrigados às

estipulações deste regulamento.

Page 6: Regulamento de Exploracao

Art. 04º - Os serviços, as atividades e as fainas na área

do Porto Organizado de Vitória, Praia Mole e Barra do

Riacho, ligadas à guarda e à movimentação de cargas

do comércio marítimo e o uso de vantagens ou de

facilidades própias e inerentes à atividade portuária

serão regidos pela estipulações deste regulamento.

Art. 05º - O presente regulamento tem por precípua finalidade estabelecer condições, meios e modos que permitam o mais amplo desenvolvimento das artividades portuárias do Porto Organizado de Vitória, Praia Mole e Barra do Riacho, inclusive com a constante busca da excelência.

Parágrafo Único: O presente regulamento poderá ser

alterado a qualquer tempo pelo Conselho de Autoridade Portuária – CAP.

Page 7: Regulamento de Exploracao

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES E DAS COMPETÊNCIAS

Art. 06º - Para os efeitos deste regulamento considera

-se:

I – PORTO ORGANIZADO

O construído e aparelhado para atender as

necessidades da navegação e da movimentação e

armazenagem de mercadorias, concedido ou

explorado pela União, cujo tráfego e operações

portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade

portuária.

II – OPERAÇÃO PORTUÁRIA

A de movimentação e armazenagem de mercadorias

destinadas ou provenientes de transporte aquaviário,

realizado no Porto Organizado por operadores

portuários.

III – OPERADOR PORTUÁRIO

A pessoa jurídica pré-qualificada pela Administração

do Porto para a execução de operação portuária na

área do Porto Organizado.

IV – ÁREA DO PORTO ORGANIZADO

É compreendida pelas instalações portuárias, quais

sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e píeres de

Page 8: Regulamento de Exploracao

atracação e acostagem, terrenos, armazéns,

edificações e vias de circulação interna, bem como

pela infra-estrutura de proteção e acesso aquaviário

ao porto, tais como: guias-correntes, quebra-mares,

eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio

que devam ser mantidas pela Administração do Porto,

conforme a delimitação fixada pelo Ministério dos

Transportes e o disposto na Lei nº 8.630, de 25/02/93.

V – INSTALAÇÃO PORTUÁRIA DE USO PÚBLICO

A localizada dentro da área do Porto Organizado, que

esteja sob a gestão da Administração do Porto, e que

conforme a destinação classifica-se nas seguintes

modalidades:

a – Comum;

aquelas destinadas a movimentação ou ao

armazenamento de cargas em geral;

b – Especial;

aquelas que em razão de suas características,

condições, habilitações e equipagens ou que tenham

uso específico ou restrito a determinados tipos de

cargas, conforme a especialização ou destinação

fixada por meios e instrumentos própios pela

Administração do Porto.

VI – CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA –

CAP

Page 9: Regulamento de Exploracao

Órgão colegiado com composição, constituição,

atribuições e competências prescritos na Lei 8.630, de

25/02/93.

VII – INSTALAÇÃO PORTUÁRIA DE USO

PRIVATIVO

Explorada por pessoa jurídica de direito público ou

privado, dentro ou fora da área do porto, utilizada na

movimentação e/ou armazenagem de mercadorias

destinadas ou provenientes de transporte aquaviário.

VIII – ADMINISTRAÇÃO DO PORTO

Autoridade Portuária com imcubências e atribuições

fixadas na Lei 8.630, de 25/02/93, que é

representada, no caso, pela Companhia Docas do

Espírito Santo – CODESA.

IX – AUTORIDADE MARÍTIMA

A que tem a imcubência da segurança do tráfego e é

representada pela Capitania dos Portos do Estado do

Espírito Santo, do Ministério da Marinha.

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X – ADMINISTRAÇÃO / AUTORIDADE ADUANEIRAA que tem a incumbência das atividades aduaneiras, representada pela Inspetoria da Alfândega do Porto de Vitória, do Ministério da Fazenda.

XI – ÓRGÃO DE GESTÃO DE MÃO-DE-OBRA – OGMO.A entidade constituída pelos Operadores Portuários nas condições, forma, finalidade, atribuições e competência previstas na Lei 8.630, de 25/02/93.

XIII – AGÊNCIA / AGENTE MARÍTIMO OU DE NAVEGAÇÃOPessoa jurídida que exerça a representação legal de armador.

Art. 07º - As competências da Administração do Porto, do Conselho de Autoridade Portuária, do Órgão de Gestão de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário, do Operador Portuário e das Autoridades Marítima e Aduaneira, dentro dos limites da área do Porto Organizado, regem-se pelo disposto na Lei 8.630, de 25/02/93; e por este regulamento.

Parágrafo Primeiro:Compete a Administração do Porto

Organizado, apresentar ao CAP, semestralmente, relatório técnico sobre as operações efetuadas no período contendo, estatísticas de movimentação de cargas, navios receitas e índices operacionais dos portos sob sua jurisdição.

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Parágrafo Segundo:A Administração do Porto Organizado de

Vitória, Praia Mole e Barra do Riacho, incumbe a busca permanente da coordenação das funções dos vários órgãos, autoridades, entidades, empresas, firmas e pessoas que atuem no Porto Organizado, com a finalidade de facilitar ou agilizar a liberação das pessoas, embarcações e mercadorias que se utilizam do porto.

CAPÍTULO III

DA UTILIZAÇÃO DAS INFRA-ESTRUTURAS E DAS

DEMAIS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Art. 08º - A utilização das infra-estruturas e das demais instalações portuária será feita, primordialmente, em acatamento às disposições contidas neste Regulamento, subsidiariamente pelos usos e os costumes nos casos não previstos neste instrumento, e em estrita observância às competências das autoridades portuária, marítima, aduaneira, sanitária, de saúde, de meio-ambiente, do trabalho e da agricultura.

Art. 09º - As infra-estruturas do porto, se compõem dos meios produzidos ou adaptados para permitirem a chegada e a saída de veículo e cargas aos pontos de transferência destas, classificando-se em:

I – INFRA-ESTRUTURA AQUAVIÁRIACompreendendo canal de acesso, área de manobra e de acostagem e faixa de cais para atracação de

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embarcações, que sejam mantidas e postas à disposição dos usuários pela Administração do Porto, abrangendo:

a - águas tranqüilas, abrigadas e providas de profundidades adequadas para o tráfego marítimo previsto;

b - cais, píeres e pontos de acostagem que permitem uma atracação de embarcações em condições de execução segura de movimentação de cargas, de tripulantes e de passageiros;

c - sinalização e balizamento das áreas de tráfego e atracação, estabelecidos sob coordenação da Autoridade Marítima.

II – INFRA – ESTRUTURA TERRESTRE

Compreendo as áreas de terrenos, acessos rodoviários e ferroviários específicos para o Porto, os arruamentos, pavimentação, sinalização, iluminação, balanças, dutos, instalações de combate a incêndio, redes de água, esgoto, energia elétrica e telecomunicação, instalações sanitárias, áreas de estacionamento, sistema de proteção ao meio ambiente e de segurança do trabalho.

Art. 10º - As demais instalações portuárias, compreendem todos os aparelhamentos e bens que a Administração disponha para atender às necessidades do tráfego, englobando, ainda:

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a - os locais de armazenamento integrados por pátios, silos e armazéns destinados ao depósito e à guarda de mercadorias destinadas ou provenientes do transporte aquaviário;

b - os equipamentos destinados à movimentação de cargas, quer sejam terrestres ou flutuantes.

Art. 11º - A utilização das infra-estruturas, se dará sempre em estrito atendimento aos preceitos regulamentares próprios e ainda:

a - às prescrições das normas estabelecidas pela Autoridade Portuária;

b - ao que dispuser contrato específico que regule o funcionamento de instalação portuária de uso privativo;c - ao pagamento dos valores devidos, estabelecidos na tarifa ou fixados em contrato;

d - ao horário de funcionamento do porto, estabelecido pela Administração do Porto, e que deve ter como objetivo, permitir o desenvolvimento dos trabalhos em até 24 (vinte e quatro) horas initerruptas por dia;

e - ao princípio do tratamento isonômico aos usuários ou clientes.

III. 1 – CONDIÇÕES DE USO DO ACESSO

AQUAVIÁRIO

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Art. 12º - A infra-estrutura aquaviária, somente poderá ser utilizada, após a Administração do Porto haver estabelecido o local de atracação da embarcação, após requisição regular e em obediência ao que esteja fixado pela Autoridade Marítima, quanto aos aspectos de segurança.

Parágrafo ÚnicoIncumbe à Administração do Porto,

estabelecer as condições de utilização da infra-estrutura aquaviária para as embarcações do tráfego interno do porto, em consonância com o que a respeito for estipulado pela Autoridade Marítima.

Art. 13º - As Instalações Portuárias de Uso Privativo que se utilizem da Infra-estrutura aquaviária do Porto Organizado, ficam obrigadas a comunicarem à Administração do Porto, com antecedência, a referida utilização.

Parágrafo Primeiro:As instalações Portuárias de Uso Privativo,

constituídas por meio de contrato com a Administração do Porto, deverão ter a utilização da infra-estrutura aquaviária regulamentada no próprio contrato.

Parágrafo Segundo:Havendo coincidência de manobras que

exijam o uso da mesma infra-estrutura aquaviária por embarcações destinadas às instalações de uso privativo e de uso público, será obedecido o critério

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de atendimento por chegada, compatibilizado com a correspondente disponibilidade do local de atracação.

Art. 14º - Para fins de habilitação ao tráfego e às operações no Porto Organizado, o Armador ou seu preposto, comunicará a sua pretensão à Administração do Porto, com antecedência mínima de 02 (dois) dias úteis, apresentando as seguintes informações:

a – nome da embarcação;b – bandeira sob a qual navega;c – natureza da navegação;d – último porto de procedência e próximo porto de destino;e – número da viagem, quando houver;f – nome do preposto responsável pela embarcação e pelo pagamento das taxas portuárias de sua competência;g – características de embarcação:

- classificação;- comprimento entre perpendiculares e boca;- tonelada de porte bruto (TDW), tonelada de

registro bruto (TRB) e tonelada de registro líquido (TRL);

- calado de entrada e calado previsto de saída (PROA e POPA);

- indicação de número, tipo, capacidade de carga de aparelho de bordo;

h – natureza da operação;

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i – cópia do manifesto de carga a embarcar e/ou desembarcar, bem como, sempre que possível, o plano de carga do navio;j – número de passageiros a desmbarcar ou a embarcar, quando se tratar de navio de passageiros;l – datas esperadas de chegada e partida – ETA e ETS;

m – qualquer defeito conhecido que possa substancialmente, afetar a segurança da navegação ou que possa vir a prejudicar a eficiente utilização as instalações portuárias;

n – nome do operador portuário que se encarregará das atividades de manuseio de carga, se for o caso e em sendo conhecido.

Parágrafo Primeiro:No caso de embarcações transportando

mercadorias de natureza perigosa, o armador ou seu preposto deverá fornecer, junto com o manifesto, com antecedência mínima de 02 (dois) dias úteis de sua chegada ao fundeio, os dados específicos de carga, adotando o cumprimento de todas as exigências contidas no Código da International Maritime Organization – IMO e demais Normas e Legislação que norteiam o transporte de carga perigosa.

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Parágrafo Segundo:A responsabilidade por qualquer dano ou

prejuízo decorrente da omissão ou da imperfeição das informações sobre a mercadoria de natureza perigosa caberá ao armador.

Art. 15º - A Administração do Porto, estabelecerá um sistema de comunicação ao órgão de representação ou de congregação dos profissionais de praticagem, com a indicação das habilitações que tenha concedido, de forma a propiciar as correspondentes manobras de atracação ou desatracação.

Parágrafo Único:Somente com a indicação precisa do Porto,

quanto ao local de atracação ou quanto ao encerramento das operações, o serviço de praticagem requisitado poderá ser atendido.

III. 2 – CONDIÇÕES DE USO DE INSTALAÇÕES DE ACOSTAGEM

Art. 16º - A atracação de embarcações nas instalações de uso público, se dará somente com autorização expressa da Administração do Porto que se utilizará, para tanto, dos seguintes critérios básicos:

I – a ordem de atracação se dará conforme a ordem cronológica de chegada das embarcações na área de fundeio, desde que atendidas as prioridades de atracação, as preferências por especialização do

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berço, observando-se o disposto no art. 14, suas alíneas e parágrafos e para operar em ritmo normal, em todos os períodos consecutivos do horário de trabalho do porto;

II – a ordem de atracação poderá ser alterada pela Administração do porto, desde que as condições técnicas ou de especialização dos berços disponíveis não sejam compatíveis com as caracteríticas da embarcação da vez;

III – a atracação e a desatracação serão realizadas sob a responsabilidade do comandante da embarcação e com a utilização dos meios que julgar conveniente, cabendo à Administração do porto auxiliar essas operações no cais;

IV – a atracação a contrabordo de embarcação atracada em determinado berço, pode ser autorizada pela Administração do porto, após anuência das Autoridades Marítima e Aduaneira, sob total responsabilidade dos respectivos comandantes, para a movimentação de mercadorias;

V – o tempo de ocupação do berço pela embarcação se inicia no momento em que o primeiro cabo de amarração for passado e se encerra no instante em que o último cabo for largado;VI – as concessões de prioridade e preferências para atracação serão feitas em obediência e critérios fixados pela Administração do Porto, em norma específica, homologada pelo CAP, à luz do que estabelece a legislação e de forma a atender e a

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resguardar as condições, aptidões e adequações das instalações de uso especial;

VII – atracação de embarcações em instalações portuárias de uso privativo será providenciada diretamente pelo interessado, desde que não haja interferência ao tráfego destinado às instalações de uso público, ficando ainda o titular obrigado a apresentar a Administração do Porto a documentação pertinente que esteja especificada no respectivo contrato;

VIII – a ordem de chegada das embarcações, será apurada por meio dos registros da Estação de Praticagem, a quem as embarcações ficam obrigadas a chamarem na chegada, ou seja, no momento do lançamento de ferros na área de fundeio designada na preescrição da Autoridade Marítima.

Art. 17º - A Administração do Porto, poderá instituir sistema de programação de operações por meio de mesa de programação operacional, com caráter decisório e que obrigará aos usuários do Porto, atendidos aos seguintes princípios:

I – A mesa funciona em horárion fixado pela Administração do Porto, dela podendo participar todos os segmentos que tenham interesses nas operações portuárias;

II – As decisões serão adotadas por meio de votos de 03 (três) representantes dos seguintes setores:a – da própia Administração do Porto;

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b – do órgão de representação dos Operadores Portuários; c – do órgão de representação dos Agentes Marítimos;III – a mesa analisará os pedidos, avaliará as “performances”, propostas e decidirá sobre a programação seguinte, com base inclusive nos regulamentos específicos;

IV – as decisões da mesa podem ser questionadas junto ao Diretor de Operações da Companhia Docas do Espírito Santo – CODESA, o qual definirá de plano sobre o acatamento ou não da reclamação;

V – os compromissos que sejam assumidos perante a mesa pelos prepostos de Agentes, Armadores ou de Operadores Portuários, serão considerados sempre como assumidos por esse;

VI – os critérios poderão prever adoção de pontuações para premiações de operadores portuários.

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CAPÍTULO IV

DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA

Art. 18º - As instalações portuárias fixas que integram

a infra-estrutura terrestre, serão utilizadas para a

realização de operações portuárias por Operador

Portuário pré-qualificado junto à Administração do

Porto Organizado de Vitória, Praia Mole e Barra do

Riacho, mediante prévia requisição a Administração

do Porto, ajuste ou contrato.

Parágrafo Primeirmo:

Os Operadores Poruários, ficam obrigados a

diligenciarem para que as atividades que executem e

o uso que façam das instalações portuárias, não

interfiram umas com as outras.

Parágrafo Segundo:

Havendo divergência ou disputa sobre uso de

uma mesma instalação portuária que possa ser útil a

mais de um Operador Portuário, a Administração

Page 22: Regulamento de Exploracao

Portuária decidirá sobre a preferência ou prevalência

de uso, considerado a precedência da requisição, o

maior volume de carga, pela ordem.

Parágrafo Terceiro:

No caso de divergência ou disposta envolver

a Administração do Porto, a decisão deverá ser

proferida pelo Presidente do Conselho de Autoridade

Portuária – CAP, tendo em conta os mesmo requisitos

citados no parágrafo anterior.

rt. 19º - O uso de armazéns, pátios, galpões e silos, se

dará em atendimento a requisição a Administração do

Porto, requisição que se baseará na compatibilidade

do local com a carga, ficando o atendimento sujeito

aos regulamentos próprios, inclusive da Alfândega.

Parágrafo Único:

As instalações de que trata este artigo,

quando classificadas como de uso público especial, só

poderão ter destinação diversa à que deu causa à

classificação de uso públicocomum e, assim,

destinadas ao uso geral, sem preferência ou

tratamento diferenciado.

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Art. 20º - O uso das instalações de que tratam os

artigos antecedentes, poderá ser condicionado pela

Administração da Alfândega.

III. 4 – CONDIÇÕES DE USO DE EQUIPAMENTO

Art. 21º - Para a realização das operações portuárias,

os Operadores Portuários, poderão utilizar

equipamentos próprios ou de terceiros.

Parágrafo Único:

Em qualquer dos casos, o Operador

Portuário, deverá proceder ao registro dos

equipamentos junto a Administração do Porto,

registro o qual se fará obrigatoriamente apenas com a

indicação das características básicas de cada

equipamento e a declaração de responsabilidade do

Operador Portuário, quanto ao aspecto legal de

propriedade de cada um deles.

Art. 22º - Os equipamentos, máquinas e aparelhos da Administração do Porto, destinados a uso nas operações portuárias, poderão ser utilizados pelos demais operadores portuários, mediante requisição e em acatamento a regulamento que seja estabelecido pela Administraçõa do Porto para este fim.

Parágrafo Primeiro:

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No estabelecimento das condições de cessão de uso dos bens a que se refere este artigo, a Administração do Porto adotará princípios que assegurem tratamento isonômico a todos os interesses, tendo em conta também a destinação, o volume de carga a ser atendida e a procedência da requisição.

Parágrafo Segundo:Só será admitido a cessão de bens de

propriedade da Administração do Porto, de que trata este artigo, de forma permanente sob contrato a prazo, através de licitação.

Parágrafo Terceiro:A Administração do Porto poderá estimular a

cessão de equipamento de sua propriedade por meio de mecanismos que dêem preferência aos que admitam vir a tê-los operados por pessoal da própria Administração do Porto.

Art. 23º - A operação se constitue básica e principalmente das atividades de recepção, de manuseio em geral e de estocagem ou armazenamento de mercadorias provenientes ou destinadas ao transporte aquaviário realizados nos portos.

Parágrafo Único:As demais atividades que sejam conexas,

subsidiárias ou complementares àquelas, voltadas ao atendimento das embarcações, das mercadorias e da própria operação portuária, são consideradas como de apoio à atividade portuária.

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Art. 24º - A operação portuária é realizada por Operador Portuário – com ressalva das situações previstas n a Lei nº 8630/93 - , em conformidade com a técnica e com os termos e condições estabelecidos neste Regulamento, nos demais adotados pela Administração do Porto e em consonância com Contrato, Convenção ou Acordo Coletivo do Trabalho.

Parágrafo Único:Ainda que a atividade seja executada por

terceiro, como no caso de transporte, na área do porto, ela será sempre considerada sob a responsabilidade do Operador Portuário a que estiver afeta a atividade portuária.

Art. 25º - As mercadorias perigosas, assim classificadas por enquadramento nas Normas 7501 e 7502/82, da Assossiação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no Código Marítimo de Mercadorias Perigosas IMDG – CODE, ou em outros instrumentos de autoridades ou organismos de reconhecimento inquestionável, só serão movimentadas no porto após o cumprimento de todas as medidas reconhecidas como eficazes para redução dos riscos correspondentes.

Parágrafo Único:A Administração do Porto, estabelecerá

norma específica para regular as operações portuárias com as mercadorias assim classifidas, tendo em conta a legislação pertinente, sem perder a perspectiva da

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garantia da eliminação de riscos, principalmente aos seres humanos.

Art. 26º - Ao Operador Portuário são cometidos os encargos e as responsabilidades própias da atividade, aqueles estipulados na Lei 8630/93, os assumidos junto a Administração do Porto, por ocasião de sua pré-qualificação, além de todos os demais e usuais em situação como esta, inclusive os de busca permanente de eficiência, de postura concorrencial ética e de permanente cooperação com a Administração do Porto.

Parágrafo Primeiro:A cooperação com a Administração do Porto,

será feita tanto por meio de fornecimento de dados, estatísticas e informações como pela apresentação de sugestões, críticas e observações voltadas às melhorias.

Parágrafo Segundo:O Operador Portuário do Porto, apesar de se

submeter à fiscalização da Administração do Porto, quanto ao desenvolvimento de suas atividades, não se isenta, por isto, das responsabilidades e dos compromissos perante a Autoridade Aduaneira quanto às mercadorias que estejam afetas à sua atividade,

Page 27: Regulamento de Exploracao

bem como quanto à correspondente ação de seus prepostos e empregados.

Parágrafo Terceiro: O desenvolvimento das atividades que

correspondem à operação portuária, se dará com o emprego de meios e recursos de mão-de-obra, em estrita observância do que estatui a Lei nº 8630/93, e de acordo com o que venha a ser pactuado com os Sindicatos das categorias profissionais e constante de Contrato, Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

IV – DAS ATIVIDADES DE MANUSEIO DE CARGAS

Art. 27º - O manuseio de carga se compõe das atividades de movimentação de cargas soltas, utilizadas, conteineirizadas, sólidas, líquidas, a granel ou em recipientes para contenção e transporte em terra e para embarque e desembarque de embarcações, inclusive o transbordo de uma embarcação para outra e mesmo a remoção em uma mesma embarcação.

Art. 28º - Por carga se considera toda a mercadoria a ser embarcada ou desembarcada ou que venha a ter outros tipos de movimentação dentro da área do porto organizado, movimentação a qual pode guardar as seguintes características principais:

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a – movimentação de carga de embarcação atracada em berço ou ao largo para outra embarcação a contrabordo ou vice-versa, em operação chamada de baldeação;

b – movimentação de carga de embarcação atracada em berço ou ao largo, para embarcação de navegação interior ou auxiliar, a contrabordo, ou vice-versa, também em operação conhecida como baldeação;

c – movimentação de carga de embarcação atracada efetuada com equipamento de bordo ou não, diretamente para veículo de transporte terrestre com saída direta da área do porto, ou vice-versa, em operação conhecida como de descarga ou carga direta;

d – movimentação de carga de embarcação atracada, em um berço ou ao largo, no mesmo plano, ou do plano superior para o inferior ou vice-versa, em operação conhecida como de descarga ou carga indireta;

e – movimentação de carga de embarcação atracada em um berço ou ao largo, no mesmo plano, ou em plano superior para o inferior ou vice-versa, em operação conhecida como de remoção.

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Art. 29º - O manuseio de carga efetuada por Operador Portuário guardará sempre consonância com o regulamento próprio, com as condições a que se sujeita a carga, inclusive no aspecto fiscal e legal.

Parágrafo Único:Nos termos do que estatui a Lei nº 8630/93, o

Operador Portuário é o responsável perante a Autoridade Aduaneira pelos aspectos fiscais e tributários pertinentes à carga, sua documentação legal e os procedimentos de regularização fiscal.

IV. 1 – DAS ATIVIDADES DE ARMAZENAMENTO DE CARGAS

Art. 30º - A atividade de armazenamento se constitui de fiel guarda e conservação de carga recebida em depósito em instalação de armazém, pátio, galpão, silo, tanque ou qualquer outra que se destine a tal, na área do porto, compatível com sua natureza e sua espécie.

Parágrafo Primeiro:Tanto nas instalações de uso público comum

como nas de uso público especial, que estejam sob gestão da Administração do Porto, a armazenagem será sempre executada por esta e sob sua responsabilidade.

Parágrafo Segundo: A Administração do Porto, passa a ser

responsável pela carga que lhe for entregue pelo dono

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ou operador portuário, quando do seu efetivo recebimento.

Art. 31º - O armazenamento engloba também o recebimento, a conferência, a arrumação e a posterior entrega da carga, todas atividades que são desenvolvidas no local de depósito para o armazenamento.

Art. 32º - Nos casos de cargas que mostrem sinais de avarias ou condições que não atendam aos requisitos das autoridades de saúde e de inspeção fitosanitárias, como embalagens danificadas ou inadequadas, as mesmas não serão recebidas ou recebidas com ressalvas, as quais serão registradas em livro próprio de faltas e avarias e depositadas em local isolado, reservado para tal fim.

Art. 33º - A conferência de cargas, será feita pela verificação dos seguintes dados ou aspectos:

a – espécie, peso, marca, contra marca e quantidade;

b – identificação de quantidade ou de ausência de indícios de violação da embalagem dos volumes;

c – sinais de avaria por água, fogo, choque violento e vazamento.

Art. 34º - As cargas recebidas em armazenamento, deverão ser arrumadas separadamente por espécie, marca, contra marca, conhecimento e consignatário,

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buscando também evitar qualquer contaminação de uma carga por outra.

Parágrafo Primeiro:Da mesma forma, deverá ser observada a

separação das cargas de acordo com o sentido da movimentação (embarque/desembarque) ou trânsito.

Parágrafo Segundo:As cargas sob fiscalização da Autoridade

Aduaneira ou sujeitas a regime alfandegário especial, deverão ser armazenadas em áreas própias, alfandegadas.

Art. 35º - É considerada carga em trânsito:

a – a destinada a País que mantenha Acordo específico com o Brasil, que seja recebida no porto para posterior envio àquele País de destinação, ou vice-versa;

b – a destinada a porto não manifestado e que seja recebida para posterior envio para aquele porto, com cobertura por Documento de Trânsito Aduaneiro – DTA;

c – a procedente de um porto, manifestada para outro e descarregada para posterior embarque aquaviário.

Art. 36º - As mercadorias explosivas somente serão recebidas em armazenamento, após autorização do

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Ministério do Exército e das demais autoridades estaduais e municipais de segurança e de meio ambiente.

Art. 37º - Quando admitido pela Administração do Porto, o armazenamento de carga perigosa se dará pelo menor período possível.

Art. 38º - Na ocorrência de arrendamento ou locação de áreas ou edificações do porto, a licitação e o contrato deverão contemplar as condições de armazenamento de cargas, nos moldes do que é instituído para a própria Administração do Porto.

CAPÍTILO VDA EXPLORAÇÃO COMERCIAL DO PORTO

Art. 39º - A exploração comercial do porto será feita tendo em conta a permanente busca do desenvolvimento econômico, da eficiência na execução dos serviços, da constante busca da eficácia e do atendimento às necessidades ou desejos da sociedade.

Parágrafo Único:Por exploração comercial do porto, entende-

se o emprego e uso de meios inerentes à atividade portuária em geral na geração de valores pecuniários ou de receitas financeiras.

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Art. 40º - A exploração comercial do porto, será feita conforme os preceitos aqui elencados, porém em consonância e em estrito cumprimento ao desejo dos acionistas que integram o Capital Social da Empresa, nos termos da legislação em vigor .

Art. 41º - Além de todos os demais condicionantes e indicativos, a exploração comercial do porto, será feita em atendimento aos princípios éticos, a preceitos não discriminatórios e ao tratamento isonômico com todos os entes e seres que participem ou tenham ligação com as atividades que embasam a referida exploração.

Art. 42º - No desenvolvimento das atividades correspondentes, a Administraçõa do Porto, os Titulares das Instalações Portuárias e os Operadores Portuários, deverão adotar procedimentos que preservem os princípios da livre concorrência, os da igualdade de oportunidade e os da constante melhoria do conceito do porto como um todo.

Parágrafo Primeiro:A Administração do Porto, visando

incrementar as atividades portuárias, poderá estabelecer regime especial de atendimento para cliente ou usuário que reúna condições de potencializar o uso das instalações portuárias.

Parágrafo Segundo:

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O contrato que trata desta condição especial, obrigatoriamente conterá cláusula de validade condicionada à aprovação pelo Conselho de Administração da CODESA.

Parágrafo Terceiro:A Administração do Porto, até os 15 (quinze)

dias seguintes ao da homologação do Contrato, providenciará a remessa de extrato do mesmo ao Conselho de Autoridade Portuária – CAP, acompanhado de justificação, análise dos dados de movimentação e dos impactos no movimento do porto, das repercussões financeiras e, mesmo, das eventuais dificuldades que isto possa produzir sobre outros usuários.

Parágrafo Quarto:A Administração do Porto, deve estabelecer e

manter serviço de estatísticas portuária que sirva de elemento indicativo tanto no aspecto de navegação e rotas como no de performances operacionais, bem como de suporte para fixação de política e de indicadores para os prestadores de serviço e usuários.

V. 1 – DOS PRINCÍPIOS COMUNS

Art. 43º - A exploração comercial do porto, deve ter em conta sempre a figura do usuário, reconhecendo formalmente a importância de se te-lo como parceiro e como sustentáculo, do sistema, razão de ser da própria atividade.

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Art. 44º - Para fins de tornar a sua ação tanto mais

eficaz como mais atrativa para os usuários, a

Administração do Porto e todos os entes que se

integram à exploração comercial do porto adotarão

procedimentos de criação de meios para facilitar o

relacionamento com os usuários, inclusive orientando–

os, de forma a que possam ser atingidas as melhores

performances na utilização do Porto.

V.2 – DO ARRENDAMENTO DE INSTALAÇÕES

PORTUÁRIAS

Art. 45º - É assegurado aos interessados o direito de

arrendar e explorar instalações portuárias localizadas

dentro dos limites da área do Porto Organizado, que

integram o patrimônio da Administração do Porto,

mediante contrato de arrendamento, nos termos e

conforme as condições estabelecidas na Lei nº

8630/93, atendido o que preveja o plano de

zoneamento e desenvolvimento do Porto.

Parágrafo Primeiro:

Todo arrendamento das instalações

portuárias será feito, preferencialmente para

exploração voltada para fins portuários.

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Parágrafo Segundo:

Será facultado o arrendamento de instalações

portuárias, desde que referidas instalações sejam

declaradas pelos órgãos competentes não necessárias

às referidas atividades portuárias.

Art. 46º - A Administração do Porto, estabelecerá as condições de arrendamento das instalações, considerando a destinação que se ajuste às suas características ao interesse global do porto e à perspectiva de investimentos financeiros para implementação de melhorias.

Art. 47º - Na fixação das condições de arrendamento, poderão ser estabelecidos sistemas de preferência ou de vantagens para os concorrentes que se disponham a fazer a exploração comercial das instalações a serem arrendadas com o emprego de mão-de-obra integrante do quadro de pessoal da Administração do Porto.

Parágrafo Único:Os sistemas de preferência ou de vantagens

de que tratam este artigo serão estabelecidos pela Administração do Porto de forma clara e objetiva, com indicação prévia da forma como poderá fornecer a mão-de-obra, o número de pessoas, as atividades que poderão ser cobertas, bem como a forma como se traduzirá em preferência ou em vantagens, de

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maneira a permitir aos interessados a completa avaliação da inteira representação dos sistemas.

V.3 – DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO, DE ZONEAMENTO E DE UTILIZAÇÃO DE ÁREAS DO PORTO ORGANIZADO

Art. 48º - A Administração do Porto, preparará e submeterá a seus órgãos colegiados, inclusive Conselho de Administração e Conselho de Autoridades Portuárias, para aprovação, o plano de desenvolvimento do Porto Organizado, o de zoneamento e de utilização das áreas que lhe pertençam.

Parágrafo Único:O plano de zoneamento e de utilização das

áreas do porto, deverá ter em conta a vocação natural já reconhecida de cada uma das áreas e, também, a conciliação mais recomendável que se possa fazer da referida vocação com as novas necessidades do porto.

Art. 49º - A Administração do Porto, deverá identificar, por meio deste procedimento, aquelas áreas que tenham deixado de merecer interesse para a atividade portuária, por inadequação ou por qualquer outra razão, de forma a propor a sua desvinculação do porto por meio de venda ou de qualquer outro meio previsto em legislação própria.

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Art. 50º - A estruturação do plano deverá ser feita tendo também em conta os aspectos da urbanização, do entorno populacional que envolve o porto e dos demais interesses urbanísticos da sociedade que habita a área próxima do porto.

Art. 51º - No plano de zoneamento e de utilização das áreas do porto, deverão ficar plenamente configuradas as áreas preferencialmente reservadas a arrendamento e aquelas a serem mantidas com a Administração do Porto.

Parágrafo Único:Na configuração de que trata este artigo,

deverão ser consideradas a busca do estabelecimento do maior número possível de concorrentes nas mesmas atividades, evitando-se ao máximo qualquer perpectiva do estabelecimento de exploração única ou exclusiva, mesmo que da parte da Administração do Porto.

Art. 52º - O plano de zoneamento e de utilização das

áreas do porto deverá ter em conta e considerar

prioritariamente aquelas áreas em que sejam

identificadas um mais forte interesse de investimento

por parte da iniciativa privada, indicando os

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elementos de fomento e de incentivo possíveis de

tornar realidade o mais rapidamente possível a

realização dos investimentos necessários ao

desenvolvimento da atividade portuária.

CAPÍTULO VI

DA SEGURANÇA PORTUÁRIA E AMBIENTAL

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Art. 53º - A segurança portuária e a proteção ao meio

ambiente se inserem dentro das ações constantes e

ininterruptas da Administração do Porto, com vistas

ao alcance das melhores performances nas

correspondentes áreas como objetivo permanente, em

colaboração e de acordo com as correspondentes

competências das autoridades marítimas, aduaneira,

de saúde, do meio ambiente e do trabalho.

VI. 1 – DA SEGURANÇA PORTUÁRIA EM GERAL

Art. 54º - A segurança portuária compreende os atos,

as ações, os procedimentos e as providências

necessárias ao normal desenvolvimento das atividades

portuárias, tendentes preferentemente a previnirem,

evitando, tudo o que possa afetar, ameaçando as

pessoas, as cargas, as instalações e os equipamentos,

portuários e de navegação.

Art. 55º - A segurança portuária, pela qual respondem

e se responsabilizam todos quantos desenvolvam

atividades na área do Porto Organizado, compreende:

a – a segurança da navegação, na conformidade das

normas específicas editadas pela Autoridade Marítima

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e as demais, inclusive aquelas da Administração do

Porto;

b – o estabelecimento e a manutenção, sob a

coordenação da Capitania dos Portos do Estado do

Espírito Santo, dos sistemas de sinalização e

balizamento do porto;

c – a manutenção das condições para a navegabilidade nos canais, bacias de evolução e nos locais junto às instalações de acostagem do Porto Organizado;

d – as atividadades de inspeção sanitária e de saúde, exercidas pelas autoridades competentes;

e – os procedimentos tendentes ao estabelecimento de providências quanto a primeiros socorros, combate a incêndio e a sinistro;

f – a fiscalização da entrada e da saída de pessoas, mercadorias e do fluxo de veículos e de equipamentos, conforme os regulamentos própios das autoridades aduaneiras e as normas específicas adotadas pela Administração do Porto;

g – a inspeção dos ambientes ou locais de trabalho, com vistas a identificação das condições de segurança, higiene e medicina do trabalho e a prevenção de acidentes e de doenças profissionais;

Page 42: Regulamento de Exploracao

h – a organização e a execução de programas de treinamentos específicos de segurança do trabalho portuário.

Art. 56º - A Administração do Porto como Autoridade Portuária, compete a adoção das providências de execução e de promoção das das atividades de segurança portuária.

VI.2 – DA PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Art. 57º - Todos os agentes econômicos, entes ou empresas que exerçam atividades no porto são responsáveis por uma postura objetivando a mais absoluta proteção ao meio ambiente, principalmente quanto:

a – ao lançamento ao mar de agentes poluidores, notadamente quanto aos produtos e meios identificados em normas e regulamentos da Capitania dos Portos do Estado do Espírito Santo e às convenções internacionais;

b – a identificação sistemática dos impactos ambientes gerados nas fases de implantação e execução de obras, bem como, nas operações portuárias, de modo a manter o controle permanente sobre as atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

Page 43: Regulamento de Exploracao

c – a restauração ou a recuperação dos ambientes que tenham sofrido danos causados por agressão ao meio ambiente.

VI.3 – DAS DISPOSIÇÕES COMUNS A SEGURANÇA PORTUÁRIA E DO MEIO AMBIENTE

Art. 58º - As seguranças portuária e do meio – ambiente, envolvem:

I – a vigilância nas infra-estruturas portuária e operacional, nos locais de armazenamento, nos equipamentos e nas embarcações visando a segurança das pessoas, do patrimônio e das mercadorias em trânsito ou armazenada, bem como a prevenção de acidentes que possam por em risco ou causarem danos ao meio ambiente;

II – a segurança, a higiene e a medicina do trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador, de acordo com a legislação pertinente;

III – as ações visando minimizar os efeitos de incêndio, colisão de navios, derramamento de produtos nocivos e outros eventos de natureza similar que possam causar danos ao patrimônio do porto, ao meio ambiente, as pessoas e as propriedades.

Parágrafo Primeiro:

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A segurança portuária e proteção ao meio ambiente, nas infra-estruturas portuária e operacional e nas instalações portuárias de uso público, são exercidas pela Administração do Porto, em ação coordenada com as demais autoridades que atuem nessas atividades.

Parágrafo Segundo:A segurança portuária e a proteção do meio

ambiente nas instalações portuárias de uso privativo são exercidos pelos titulares das referidas instalações em comum acordo com as autoridades próprias.

Parágrafo Terceiro:A segurança das embarcações que estejam

freqüentando o porto é de responsabilidade do respectivo comandante no que respeito à navegação, ao controle do acesso a bordo, às atividades desenvolvidas a bordo, bem como ao atendimento às normas de proteção ao meio ambiente. Parágrafo Quarto:

O desenvolvimento de ações voltadas para o treinamento, divulgação, educação do pessoal na segurança portuária e na proteção do meio ambiente, são de responsabilidade, conforme o caso:

a – do Órgão de Gestão de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário – OGMO;

b – da Administração do Porto, nas instalações portuárias de uso público comum ou especial não arrendadas;

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c – do detentor ou titular da instalação, nas instalações portuárias de uso privativo e nas de uso público arrendadas.

Parágrafo Único:A Administração do Porto, poderá estabelecer

normas complementares à legislação vigente, sobre a segurança portuária e proteção ao meio ambiente, para adequá-la às necessidades específicas da área do porto.

VI.4 – DA SEGURANÇA PORTUÁRIA E DO MEIO AMBIENTE NAS EMBARCAÇÕES ATRACADAS.

Art. 59º - As embarcações atracadas ou utilizando as instalações do Porto Organizado, ficam sujeitas às normas próprias editadas pelas autoridades competentes e, ainda, àquelas estabelecidas em convenções que tratem da segurança e da proteção ao meio ambiente no porto, atendendo também aos seguintes principais aspectos:

a – manter obrigatoriamente à bordo, pessoal qualificado e em número suficiente para executar qualquer manobra de emergência;

b – não acionar propulsores sem prévia autorização da Administração do Porto;

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c – dar ciência à Administração do Porto, antes da atracação, dos reparos que pretenda executar e que impossibilitem a manobra da embarcação por meios próprios;

d – autorizar a retirada de resíduos poluentes e de lixo, somente através do uso de meios regularmente autorizados pelas autoridades competentes e pela Administração do Porto;

e – promover o acondicionamento do lixo em recipientes adequados e que permaneçam constantemente tampados;

f – zelar para que as substâncias nocivas

transportadas tenham embalagens adequadas e

devidamente identificadas com a simbologia

estabelecida na legislação internacional, mantendo-as

à disposição das autoridades competentes para as

inspeções que se fizerem necessárias.

Parágrafo Primeiro:

As Agências de Navegação, se incumbirão de

transmitir as exigências aqui estabelecidas a cada um

dos navios para os quais sejam representantes ou

pelos quais tenham interesse.

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Parágrafo Segundo:

A Administração do Porto diligênciará

permanentemente para a busca de soluções quanto à

situação do lixo de bordo, de forma a evitar problemas

durante o período de permanência das embarcações

no porto.

CAPÍTULO VII

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 60º - As infrações que ocorrem no Porto Organizado, bem como as correspondentes penalidades serão apuradas e aplicadas pela Administração do Porto, nos termos do que preceitua a legislação própria a este Regulamento.

Parágrafo Primeiro:

Page 48: Regulamento de Exploracao

Infração é toda ação ou omissão que transgrida, voluntária ou involuntariamente, as disposições previstas na Lei 8630/93 e neste Regulamento.

Parágrafo Segundo:Penalidade é a sanção, prevista em lei,

aplicável ao infrator ou a quem deva responder pela infração.

Art. 61º - Além das previstas em legislação específica, constitui infração:

I – a realização de operações portuárias com infringência do disposto na Lei Nº 8630/93 e na inobservância deste regulamento;

II – a recusa por parte do Órgão de Gestão de Mão-de-Obra, da distribuição de trabalhadores a qualquer Operador Portuário, de forma não jsutificada;

III – a utilização de terrenos, de áreas, de equipamentos e de instalações localizadas na área do porto com desvio de finalidade ou com desrespeito à lei ou aos regulamentos;

IV – outras ações ou omissões, ale das mencionadas, previstas em lei.

Parágrafo Único: Responde pela infração, conjunta ou

isoladamente, qualquer pessoa física ou jurídica que, intervindo na operação

Page 49: Regulamento de Exploracao

portuária, concorra para a sua prática ou dela se beneficie.

Art. 62º - As infrações estão sujeitas às penas especificadas no artigo 38 da Lei nº 8630/93, aplicáveis pela Administração do Porto, separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta.

Art. 63º - Apurando-se, no mesmo processo, a prática de duas ou mais infrações, pela mesma pessoa física ou jurídica, serão aplicadas cumulativamente, as penas e elas cominadas, se as infrações não forem idênticas.

Art. 64º - Quando se tratar de infração continuada em relação à qual tenham sido lavrados diversos autos ou representações, serão eles reunidos em um só processo, para imposição da pena.

Parágrafo Único:São consideradas continuadas as infrações, quando se tratar de repetições se falta ainda não apurada ou que seja objeto de processo de cuja instauração o infrator não tenha conhecimento por meio de intimação.

Art. 65º - Da decisão da Administração do Porto sobre a penalidade aplicada caberá recurso voluntário ao Conselho de Autoridade Portuária – CAP, no prazo de 30 (trinta) dias contados da intimação.

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Art. 66º - Após decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da intimação, sem que o infrator efetue o pagamento, a Administração do Porto, de ofício, iniciará o correspondente processo de execução.

Art. 67º - As importâncias pecuniárias, resultantes da

aplicação das multas previstas na Lei nº 8630/93,

reverterão para a Administração do Porto.

Parágrafo Único:

Os recursos que sejam auferidos pela

Administração do Porto nas condições deste artigo

deverão receber destinação específica e preferencial

para treinamento de pessoal.

Art. 68º - A aplicação das penalidades previstas e seu

cumprimento não prejudicarão, em caso algum, a

aplicação das penas cominadas para o mesmo fato

pela legislação aplicável.

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CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 69º - Os casos de não previsão, de omissão, ou

decorrentes de dificuldade de interpretação deste

Regulamento, serão objeto de deliberação pelo

Conselho de Autoridade Portuária – CAP.

Art. 70º - As normas administrativas e operacionais

vigentes no porto, naquilo que não contrariem este

Regulamento, serão mantidas e aplicadas até a edição

de novas normas que venham a substituí-las.

Art. 71º - A Administração do Porto procederá à

adaptação dos contratos que acaso mantenha com

usuários referentes aos usos de instalações

portuárias, de forma a adequá-los ao que é estipulado

neste Regulamento.

Parágrafo Único:

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Os contratos em que se julgue impraticável a

adaptação serão integralmente encerrados ou

cancelados na ocasião do primeiro evento que se

permita fazê-lo, ou pelo menos ao término do seu

prazo.

Art. 72º - O sistema de tarifação utilizado no porto

deverá ser substituído por um novo modelo, conforme

o que prescreve a Lei nº 8630, de 25/02/93, e em

consonância com os princípios, meios e definições

constantes deste Regulamento.

Parágrafo Primeiro:A Administração do Porto, no prazo de até 05

(cinco) meses, a contar da vigência deste Regulamento, submeterá ao Conselho de Autoridade Portuária – CAP, o novo modelo de tarifa a que se refere este artigo.

Parágrafo Segundo:Recebida a proposta de um novo modelo

tarifário, o Conselho de Autoridade Portuário – CAP, deverá emitir decisão a respeito no máximo nas duas reuniões ordinárias consecutivas, seguintes ao recebimento.

Parágrafo Terceiro:Não alcançando resolução nas reuniões

ordinárias referidas, o Conselho de Autoridade

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Portuária – CAP, independentemente de apreciação e deliberação, estará convocado para reuniões diárias, seguidas ao do dia da segunda ordinária, em que o único assunto a ser debatido e deliberado seja o novo modelo de tarifas.

Art. 73º - As faturas e contas enviadas pela Administração do Porto, deverão ser liquidas pelos seus responsáveis no prazo estabelecido para cada caso.

Parágrafo Único:A falta de cumprimento desta condição,

constituirá o devedor em mora, podendo a Administração do Porto, a seu juízo, privar o devedor de utilizar-se dos serviços ou dos bens do porto.