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Aula 00 Curso: Regimento Interno p/ ALEPE (todos os cargos) Professor: Paulo Guimarães 00000000000 - DEMO

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Aula 00

Curso: Regimento Interno p/ ALEPE (todos os cargos)

Professor: Paulo Guimarães

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Regimento Interno da ALEPE

Teoria e exercícios comentados

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AULA 00: Apresentação; Cronograma; Da

Assembleia Legislativa: Das Disposições

Preliminares.

SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2. Cronograma 3 3. Da Assembleia Legislativa: Das Disposições Preliminares.

4

4. Resumo do concurseiro 15 5. Questões comentadas 17 6. Lista das questões apresentadas 20 1. APRESENTAÇÃO

Olá, amigo concurseiro! Finalmente saiu o tão esperando

edital! Agora não temos mais tempo a perder, os próximos meses serão

uma verdadeira maratona de estudos, mas no final você estará preparado

para vencer essa batalha.

Meu nome é Paulo Guimarães, e estarei junto com você na

sua jornada rumo à aprovação no concurso público da Assembleia

Legislativa do Estado de Pernambuco. Vamos estudar em detalhes o

conteúdo de Regimento Interno. Discutiremos as possibilidades de

cobrança em questões, e comentaremos questões já aplicadas.

Resolveremos questões anteriores que abordem os assuntos

do conteúdo programático, tentando sempre dar ênfase nas questões da

Fundação Carlos Chagas (FCC). Tentarei utilizar também questões

semelhantes aplicadas em outros concursos, e, se for necessário,

apresentarei questões inéditas, criadas por mim.

Antes de colocarmos a “mão na massa”, permita-me uma

pequena apresentação. Sou recifense e me graduei em Direito pela

Universidade Federal de Pernambuco.

Minha vida de concurseiro começou em 2003, quando, aos 17

anos, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, e cruzei os dedos para

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não ser convocado antes de fazer aniversário. Tomei posse em 2004 e

trabalhei como escriturário, caixa executivo e assistente em diversas

áreas do Banco, incluindo atendimento a governo e comércio exterior. Fui

também aprovado no concurso da Caixa Econômica Federal em 2004,

mas não cheguei a tomar posse.

Mais tarde, deixei o Banco do Brasil para tomar posse no

cargo de técnico do Banco Central, e lá trabalhei no Departamento de

Liquidações Extrajudiciais e na Secretaria da Diretoria e do Conselho

Monetário Nacional.

Em 2012, tive o privilégio de ser aprovado no concurso para

Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, em 2°

lugar na área de Prevenção da Corrupção e Ouvidoria. Atualmente,

desempenho minhas funções na Ouvidoria-Geral da União, que é um dos

órgãos componentes da CGU.

Minha experiência prévia como professor em cursos

preparatórios engloba as áreas de Direito Constitucional, Direito Penal e

legislação específica. Atualmente tenho ministrado cursos de legislação

específica e de Regimento Interno de vários tribunais no Estratégia.

Você terá pela frente uma tarefa árdua, mas posse lhe

assegurar de que sua opção por se preparar com o Estratégia Concursos

é, sem dúvida, a melhor escolha em termos de qualidade do material

apresentado e de comprometimento dos professores.

Ao longo das aulas, destrincharei os detalhes do conteúdo de

Regimento Interno da ALEPE, fazendo comentários que vão facilitar a

sua compreensão, além de esquemas, gráficos e tabelas para que você

possa memorizar mais facilmente aquilo que for necessário.

Garanto que todos os meus esforços serão concentrados na

tarefa de obter a SUA aprovação. Esse comprometimento, tanto da minha

parte quanto da sua, resultará, sem dúvida, numa preparação

consistente, que vai permitir que você esteja pronto no dia da prova, e

tenha motivos para comemorar quando o resultado for publicado.

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Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um

sonho distante, mas, acredite em mim, se você se esforçar ao máximo,

será apenas uma questão de tempo. E digo mais, quando você for

aprovado, ficará surpreso em como foi mais rápido do que você

imaginava.

2. CRONOGRAMA

Nosso cronograma nos permitirá cobrir todo o conteúdo do

Regimento Interno, enfatizando sempre os aspectos mais importantes e

pontuando as possibilidades de cobrança por parte da banca. Nosso curso

está 100% atualizado, de acordo com o edital publicado em 31/1/2014.

O cronograma está ajustado de forma a dar a você um tempo

razoável entre a última aula e a sua prova. Esse é o tempo necessário

para você estudar o assunto e fazer sua revisão.

Aula 00 Da Assembleia Legislativa: Das Disposições Preliminares.

Aula 01

7/2/2014

Da Assembleia Legislativa: Das Atribuições da Assembleia; Da

Legislatura e das Sessões.

Aula 02

11/2/2014

Do Mandato Parlamentar e da Posse: Das Disposições Gerais; Da

Posse; Da Ausência, do Afastamento e da Licença.

Aula 03

18/2/2014

Do Mandato Parlamentar e da Posse: Da Vacância, da Renúncia e

da Suspensão do Exercício do Mandato; Da Convocação do

Suplente; Do Subsídio e da Ajuda de Custo.

Aula 04

21/2/2014

Das Bancadas, Blocos Parlamentares e Lideranças: Das Bancadas

e dos Blocos Parlamentares; Dos Líderes e Vice-Líderes.

Da Mesa Diretora: Das Disposições Gerais; Das Competências;

Do Presidente e dos Vice-Presidentes; Dos Secretários.

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Aula 05

25/2/2014

Da Mesa Diretora: Da Eleição da Mesa Diretora; Do Mandato em

Cargos da Mesa Diretora; Das Reuniões da Mesa Diretora.

Aula 06

4/3/2014

Das Comissões Parlamentares: Das Disposições Gerais; Das

Comissões Parlamentares Permanentes

Aula 07

7/3/2014

Das Comissões Parlamentares: Das Comissões Parlamentares

Temporárias

Aula 08

11/3/2014

Do Plenário: Das Disposições Gerais; Do Uso da Palavra; Das

Reuniões Plenárias

Aula 09

14/3/2014

Das Proposições e da Tramitação: Das Disposições Gerais; Do

Processo Legislativo; Da Participação da Sociedade Civil

Aula 10

18/3/2014

Das Proposições e da Tramitação: Das Emendas, Subemendas e

Substitutivos; Das Indicações, dos Requerimentos e dos Pedidos

de Informação; Da Tramitação

Aula 11

21/3/2014

Dos Debates e Deliberações: Dos Turnos; Do Interstício; Do

Adiamento da Discussão; Do Encerramento da Discussão; Da

Votação

Aula 12

25/3/2014

Das Tramitações Especiais: Da Proposta de Emenda à

Constituição; Dos Projetos de Lei do Plano Plurianual, das

Diretrizes Orçamentárias, do Orçamento Anual e Revisão do

Plano Plurianual; Da Prestação de Constas; Do Veto

Aula 13

28/3/2014

Das Matérias Especiais: Da Tomada de Contas; Da Autorização

para Instauração de Processo Criminal contra o Governador e o

Vice-Governador do Estado; Dos Processos nos Crimes de

Responsabilidade; Da Escolha de Conselheiros do Tribunal de

Contas pela Assembleia; Das Indicações do Governador, Sujeitas

à Aprovação da Assembleia

Aula 14

1º/4/2014

Das Matérias Especiais: Da Alteração da Divisão Territorial e

Administrativa do Estado; Da Concessão do Título Honorífico de

Cidadão Pernambucano; Da Medalha Leão do Norte; Da Frente

Parlamentar; Dos Projetos de Lei do Patrimônio Cultual Imaterial,

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Paisagístico e Turístico, e das Práticas; Da Alteração do

Regimento Interno

Encerrada a apresentação do curso, vamos à matéria. Lembro

a você que essa aula demonstrativa serve para mostrar como o curso

funcionará, mas isso não quer dizer que a matéria que será explorada nas

páginas a seguir não seja importante ou não faça parte do programa.

Analise o material com carinho, faça seus esquemas de

memorização e prepare-se para a revisão final, e esse curso será o

suficiente para que você atinja um excelente resultado. Espero que você

goste e opte por se preparar conosco.

3. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Os Regimentos Internos de órgãos legislativos geralmente

são bastante extensos e detalhados. O Regimento da ALEPE infelizmente

não foge a essa regra.

A tendência das bancas, entretanto, é cobrar a literalidade

da norma, e isso nos traz o benefício de ter questões previsíveis. Por

outro lado, nossa principal dificuldade será a memorização. Para tentar

solucionar esse problema, costumo adotar a premissa de que é mais fácil

lembrar quando você entende, e sob esse aspecto pretendo esmiuçar os

dispositivos mais importantes do Regimento.

Meu compromisso com você é o seguinte: se você estudar

todas as nossas aulas, resolver todas as questões e fizer uma revisão

estruturada e consistente, nenhuma questão da prova será estranha para

você. Meu objetivo é que você esteja preparado para acertar

absolutamente todas as questões de Regimento Interno.

Nosso método será a leitura e análise dos dispositivos. Vou

contextualizar em detalhes o que você precisa saber, e deixarei bem claro

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o que será necessário memorizar, criando esquemas, tabelas e quadros

comparativos.

O Regimento Interno é a Resolução nº 905, de 22 de

dezembro de 2008. Não se trata de uma lei, mas sim de uma Resolução

da Assembleia Legislativa.

“Mas professor, por que uma Resolução, e não uma lei?” A

resposta para essa pergunta começa pela própria Constituição Federal de

1988, que dispõe, em seu art. 27, §3º, que “compete às Assembleias

Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços

administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos”.

Até aí tudo, mas também é competência da Assembleia

Legislativa a elaboração de leis, não é mesmo? Certo! Mas essa atividade

precisa obedecer a uma série de normas previstas na Constituição Federal

e na Constituição de Pernambuco. Uma Resolução, por outro lado, é um

ato bem mais simples, e não precisa de tantas formalidades quanto uma

lei, pois trata-se de uma norma interna da própria Assembleia, não

causado maiores impactos ao cidadão.

Nossa principal tarefa ao longo do curso será compreender

as normas dessa Resolução, sempre com foco nas questões que surgirão

na nossa prova

Vamos lá então!?

Art. 1º A Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco,

constituída por Deputados eleitos diretamente pelo povo pernambucano,

exerce o Poder Legislativo Estadual, na forma do previsto neste

Regimento, observadas as disposições constitucionais.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (a partir de

agora utilizarei apenas a sigla ALEPE, ok?) é o órgão do Poder Legislativo

Estadual formado por deputados eleitos.

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Seria então correto dizer que a ALEPE é o único órgão do

Poder Legislativo Estadual? Na realidade não, pois temos ainda o Tribunal

de Contas do Estado (TCE) que não é formado por membros eleitos, mas

também faz parte do Poder Legislativo.

A menção à eleição direta dos deputados está relacionada à

forma como ocorrem nossas eleições legislativas. Os cidadãos votam

diretamente nos candidatos, diferentemente de outros sistemas eleitorais,

em que os cidadãos elegem representantes que se reúnem em um colégio

eleitoral e escolhem os mandatários.

A ALEPE exerce o Poder Legislativo Estadual.

Art. 2º O Presidente é o representante do Poder Legislativo,

cabendo-lhe legitimidade para sua defesa institucional, para responder

pelos seus trabalhos e pela manutenção da ordem, no cumprimento das

atribuições constitucionais da Assembleia.

O Presidente da ALEPE é a autoridade máxima do Poder

Legislativo Estadual. Isso não significa, porém, que ele tenha autonomia

para tomar decisões por conta própria. Na realidade, acredito que o Poder

Legislativo seja o que menos concentra poder nas mãos de seu

representante, diferentemente do Poder Executivo, ou mesmo do Poder

Judiciário.

As atribuições de representação dizem respeito especialmente

às relações com outros Poderes e com autoridades públicas. É comum que

o Presidente da ALEPE seja convidado, por exemplo, para solenidades.

Estudaremos com mais detalhes as atribuições do Presidente no momento

oportuno.

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Art. 3º O Palácio Joaquim Nabuco, localizado na Cidade do Recife,

capital do Estado, sede da Assembleia, é o recinto das reuniões

legislativas, sendo vedada a realização de atos alheios a sua competência,

sem prévia autorização do Presidente.

Você já conhece o Palácio Joaquim Nabuco? Se for

pernambucano, com certeza já passou na frente... ele fica ali na Rua da

Aurora, ao lado do Ginásio Pernambucano.

Apenas perceba algumas informações importantes, que a

banca pode usar para tentar confundi-lo: a sede da ALEPE é a cidade

do Recife, capital de Pernambuco, enquanto o recinto onde ocorrem as

reuniões legislativas é o Palácio Joaquim Nabuco.

Isso não significa que o Palácio não possa ser utilizado para

outras finalidades, já que o próprio Regimento autoriza a cessão de

espaços a entidades públicas ou privadas, para manifestações

cívicas e culturais.

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É comum, por exemplo, que a ALEPE empreste seu auditório

para outras entidades que não dispõem de espaço para manifestações

culturais e outros eventos.

O §2º do art. 3º prevê também a possibilidade de a ALEPE

reunir-se em outro local, em Recife ou em outra cidade do estado.

§ 2º A Assembleia poderá reunir-se em outro local da cidade ou do

Estado:

I - por decisão da Mesa Diretora, em virtude de força maior ou

casos fortuitos, devidamente comprovados;

II - por aprovação de dois terços dos membros da Assembleia,

em face de motivo relevante ou de interesse social.

Quando não for possível que a ALEPE se reúna no Palácio

Joaquim Nabuco, a Mesa Diretora poderá autorizar que as reuniões

sejam realizadas em outra localidade. As razões para isso, porém,

precisam ser comprovadas.

Essa regra serve para impedir que a convocação de reunião

em outro local seja utilizada como manobra política, para dificultar a

participação de deputados de determinado partido, por exemplo.

É possível também que a ALEPE se reúna em outro local por

motivo relevante ou de interesse social, mas nesse caso é necessária a

aprovação de dois terços dos deputados. Esse é um quórum difícil de

ser alcançado, e por isso é muito raro que a ALEPE se reúna fora do

Palácio.

É importante memorizar essas regras, pois elas são um pouco

diferentes quando comparamos o Regimento Interno da ALEPE com a

Câmara dos Deputados, ou com outras Assembleias Legislativas. A

Câmara, por exemplo, pode reunir-se em outros lugares por decisão da

mesa, com posterior confirmação da maioria absoluta dos deputados.

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Regimento Interno da ALEPE

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A ALEPE normalmente se reúne no Palácio Joaquim

Nabuco, localizado em Recife (sede da Assembleia), mas poderá reunir-

se em outro local da cidade ou do Estado:

a) quando assim decidir a Mesa Diretora, em virtude de

força maior ou casos fortuitos, devidamente comprovados;

b) por aprovação de dois terços dos membros da

Assembleia, em face de motivo relevante ou de interesse social.

Normalmente as reuniões da ALEPE são abertas ao público.

Aliás, essa é a regra tanto no Poder Legislativo quanto no Poder

Judiciário. Qualquer pessoa que desejar assistir às reuniões pode dirigir-

se até o Palácio Joaquim Nabuco e pedir para entrar e acompanhar as

reuniões, sem maiores dificuldades.

O próprio Regimento Interno, entretanto, prevê algumas

situações bastante específicas em que a ALEPE poderá restringir a

presença do público nas reuniões. Estudaremos esses casos de forma

detalhada, no momento oportuno.

Art. 4º As deliberações de matérias em tramitação na Assembleia

Legislativa serão tomadas por maioria simples de votos, presente, pelo

menos, a maioria absoluta dos seus membros, salvo os casos em que

se exigir quorum específico.

O quórum mínimo mencionado pelo dispositivo é chamado de

quórum de instalação. Essa expressão é utilizada para indicar a

quantidade de deputados que devem estar presentes para que a

Assembleia possa iniciar seus trabalhos.

Até algum tempo atrás, era comum em várias leis e

regimentos a utilização da expressão “metade mais um” para indicar o

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quórum de instalação de órgãos colegiados. Os mais puristas criticavam,

dizendo que se o órgão tiver um número ímpar de componentes, “metade

mais um” resultará num número fracionado, e por isso hoje a maior parte

dos Regimentos adota uma expressão complicada do tipo “o quorum

mínimo correspondente ao primeiro número inteiro posterior à metade do

quantitativo de membros”.

Felizmente o Regimento Interno da ALEPE é mais direto: a

maioria absoluta dos deputados precisa estar presente. Toda essa

baboseira tem somente um significado: para a ALEPE começar a

trabalhar, precisam estar presentes mais do que a metade de seus

membros. A ALEPE hoje conta com 49 deputados, e isso significa que,

em regra, as reuniões podem ser instaladas na presença de 25 deles.

Agora que compreendemos a regra a respeito do quórum de

instalação, vamos entender o quórum de deliberação, ou seja, quantos

votos são necessários para que a Assembleia decida, em cada situação.

Para compreender bem do que se tratam esses quóruns,

devemos entender que, no mundo dos órgãos colegiados, a teoria jurídica

aponta para a existência de três diferentes tipos de maioria.

MAIORIA SIMPLES É a maioria dos presentes. Na maior parte das

situações, é possível que seja aberta a reunião mesmo sem a presença de

todos os deputados. Já vimos, em regra, a presença de 25 deputados já é

suficiente para iniciar os trabalhos. Quando o quórum requerido para a

decisão do grupo for de maioria simples, bastará o voto da maioria

daqueles que estão efetivamente decidindo. Se há 25 deputados votando,

por exemplo, o voto de 13 será o suficiente para aprovar ou rejeitar a

matéria em análise.

MAIORIA ABSOLUTA É a maioria de todos os componentes do

órgão, independentemente de estarem presentes ou não. Se numa

reunião da Assembleia estiverem presentes 25 deputados, somente

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haverá quórum de maioria absoluta de todos os 25 votarem no mesmo

sentido, pois a Assembleia é composta por um total de 49 membros.

MAIORIA QUALIFICADA Algumas vezes a lei ou outras normas

exigem que certas matérias só possam ser aprovadas com uma maioria

ainda maior que a absoluta. É o caso, por exemplo, das emendas

constitucionais, que precisam ser aprovadas por 3/5 dos membros da

Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

A regra geral é de que as deliberações da Assembleia sejam

tomadas por maioria simples. Há alguns casos, entretanto, em que o

Regimento Interno exige maioria absoluta. Um exemplo é a exoneração

do Procurador-Geral de Justiça antes do término do seu mandato. Para

que ele seja exonerado antes de cumprir o período, é necessário o voto

favorável da maioria absoluta dos deputados.

Existem também casos em que o Regimento exige maioria

qualificada, a exemplo da aprovação da proposta de reunião da ALEPE

em outro local fora do Palácio Joaquim Nabuco, que ocorre com o voto

favorável de dois terços dos membros da Assembleia.

Art. 5º Os documentos oficiais, proposições em tramitação e

deliberações da Assembleia serão publicados no Diário do Poder

Legislativo, obedecidas as normas regimentais.

O Diário do Poder Legislativo faz parte do Diário Oficial do

Estado. Trata-se do veículo por meio do qual os atos praticados no âmbito

estadual são dados ao conhecimento do público.

Art. 6º Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste

Regimento serão contados levando em consideração apenas os dias em

que houver Reunião Ordinária Plenária, observando-se sempre o

período estabelecido para a legislatura.

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Regimento Interno da ALEPE

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Agora temos algumas regras acerca da contagem dos prazos

previstos no Regimento. Inicialmente, é importante que compreendamos

que os prazos dizem respeito aos dias em que há Reunião Ordinária

Plenária. Na realidade, os prazos normalmente são contados em

reuniões, em vez de dias. Isso você compreenderá bem na medida em

que formos estudando o Regimento.

Essas reuniões normalmente ocorrem de segunda a quinta, e

envolvem todos os deputados (por isso são chamadas plenárias). A ALEPE

conta ainda com comissões temáticas, formadas por apenas alguns

deputados, que se reúnem periodicamente. No total há 16 comissões,

cujas reuniões ocorrem em horários diversos nas terças e quartas feiras.

A palavra “ordinária”, apesar de ter sido amplamente

esculhambada ao longo da década de 90, significa apenas “normal”,

“corriqueiro”. Se for necessário convocar outra reunião, além dessas, para

deliberar sobre temas urgentes, essa reunião terá o título de

“extraordinária”.

Voltando aos prazos, você precisa conhecer algumas regras

com segurança para responder corretamente às questões na hora da

prova.

Art. 7º Computar-se-ão os prazos excluindo-se o dia do início e

incluindo-se o do vencimento.

A contagem do prazo começa no dia seguinte ao do ato que

marca esse início. Isso pode parecer complicado, mas se o prazo se inicia

a partir da publicação de um ato na imprensa oficial, por exemplo, o DIA

1 do prazo será o dia seguinte a essa publicação.

Esse termo inicial pode ser também a ciência de um ato, e

nesse caso precisa haver comprovação da ciência em ata, ou ainda o

efetivo recebimento de um documento, que será provado por meio de

registro de protocolo físico ou eletrônico.

Caso no dia inicial ou final do prazo não haja expediente na

ALEPE ou esse expediente seja facultativo (caso de fins de semana e

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Regimento Interno da ALEPE

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feriados, por exemplo), deve-se considerar a contagem prorrogada até o

dia útil seguinte, dentro da legislatura.

Legislatura, de acordo com o Glossário Legislativo do Senado

Federal, é o “período de quatro anos, cuja duração coincide com a dos

mandatos dos deputados”. Inicia-se, portanto, no dia 1º de fevereiro do

primeiro ano do mandato, e vai até o dia 31 da janeiro do ano

subsequente às novas eleições.

Apenas para ficar mais claro: em 2014 teremos novas eleições

para os deputados. A legislatura atual, portanto, vai até 31/1/2015,

enquanto a próxima se inicia dia 1º/2/2015. Ficou claro!?

REGRAS PARA CÁLCULO DOS PRAZOS PROCESSUAIS

- Os prazos serão computados excluindo-se o dia do início e

incluindo-se o do vencimento;

- O prazo deve ser considerado prorrogado até o primeiro dia útil,

dentro da legislatura, se o termo inicial ou final coincidir com feriado ou

dia em que não haja expediente na Assembleia ou em que seja

facultativo o expediente;

- A contagem dos prazos, em regra, observará como termo inicial a data

da publicação na imprensa oficial dos atos que dela dependam; a data de

ciência do ato, comprovada em ata; ou o efetivo recebimento de

documento protocolizado, por meio físico e eletrônico.

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4. RESUMO DO CONCURSEIRO

A ALEPE exerce o Poder Legislativo Estadual.

A ALEPE normalmente se reúne no Palácio Joaquim

Nabuco, localizado em Recife (sede da Assembleia), mas poderá reunir-

se em outro local da cidade ou do Estado:

a) quando assim decidir a Mesa Diretora, em virtude de

força maior ou casos fortuitos, devidamente comprovados;

b) por aprovação de dois terços dos membros da

Assembleia, em face de motivo relevante ou de interesse social.

REGRAS PARA CÁLCULO DOS PRAZOS PROCESSUAIS

- Os prazos serão computados excluindo-se o dia do início e

incluindo-se o do vencimento;

- O prazo deve ser considerado prorrogado até o primeiro dia útil,

dentro da legislatura, se o termo inicial ou final coincidir com feriado ou

dia em que não haja expediente na Assembleia ou em que seja

facultativo o expediente;

- A contagem dos prazos, em regra, observará como termo inicial a data

da publicação na imprensa oficial dos atos que dela dependam; a data de

ciência do ato, comprovada em ata; ou o efetivo recebimento de

documento protocolizado, por meio físico e eletrônico.

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Aqui se encerra o assunto dessa aula demonstrativa. Espero

que você tenha gostado deste “aperitivo”, e que opte por se preparar com

o Estratégia. A seguir estão questões de concursos anteriores que tratam

dos assuntos que estudamos hoje, somadas a mais algumas criadas por

mim. Ao final, incluí a lista das questões sem os comentários.

Grande abraço!

Paulo Guimarães

[email protected]

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Regimento Interno da ALEPE

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5. QUESTÕES COMENTADAS

1. AL-CE – Analista Legislativo – 2011 – Cespe (adaptada). À ALEPE

é vedado funcionar fora de sua sede.

COMENTÁRIOS: Vimos na aula de hoje que a sede da ALEPE é a cidade

de Recife. Entretanto, a Assembleia pode reunir-se em outro local,

mesmo fora de Recife, por decisão da Mesa Diretora, em virtude de força

maior ou casos fortuitos, devidamente comprovados; ou por aprovação de

dois terços dos membros da Assembleia, em face de motivo relevante ou

de interesse social.

GABARITO: E

2. DPE-SP – Oficial de Defensoria Pública – 2013 – FCC

(adaptada). A Assembleia Legislativa funcionará em reuniões públicas,

presente, nas reuniões deliberativas, pelo menos um quarto de seus

membros.

COMENTÁRIOS: Para responder a essa questão corretamente você

precisa lembrar que o quórum de instalação das reuniões da ALEPE

corresponde à maioria absoluta dos deputados que a compõem, ou seja,

mais do que a metade dos componentes, e não apenas um quarto.

GABARITO: E

3. DPE-SP – Oficial de Defensoria Pública – 2013 – FCC

(adaptada). Salvo disposição em contrário, as deliberações da

Assembleia Legislativa serão tomadas por maioria de votos, presente a

maioria absoluta de seus membros.

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COMENTÁRIOS: Sim, agora temos a regra correta. Para que a ALEPE

posse deliberar, é necessária a presença da maioria absoluta dos

deputados (quórum de instalação), e então a deliberação ocorrerá pelo

voto da maioria simples, ou seja, da maioria dos presentes na reunião.

Lembre-se também de que é possível que haja regras em sentido

diferente, como é o caso da necessidade de maioria qualificada em alguns

casos.

GABARITO: C

4. TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010 – Cespe (adaptada). Quando

o interesse público exigir, as reuniões ordinárias da ALEPE serão públicas.

COMENTÁRIOS: O art. 3º, §3º do Regimento Interno assegura o acesso

do público às reuniões da Assembleia, salvo nos casos previstos pelo

próprio Regimento. A regra, portanto, é que as reuniões sejam públicas, e

não apenas quando o interesse público exigir.

GABARITO: E

5. (inédita). Se o recebimento de documento que marca o início da

contagem de prazo ocorrer em feriado, a contagem se iniciará apenas no

dia útil seguinte.

COMENTÁRIOS: Sim, é verdade! Lembre-se da regra do art. 7º,

parágrafo único: se o termo inicial do prazo for um feriado, dia em que

não haja expediente ou em que o expediente seja facultativo na

Assembleia, considera-se prorrogado o início da contagem até o primeiro

dia útil subsequente.

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GABARITO: C

6. (inédita). Se o último dia do prazo cair em dia no qual não há

expediente na Assembleia, o término do prazo será prorrogado para o

primeiro dia útil da semana seguinte.

COMENTÁRIOS: Olha a pegadinha! A prorrogação ocorre até o próximo

dia útil subsequente, e não o primeiro dia útil da semana seguinte.

GABARITO: E

7. (inédita). O Palácio Joaquim Nabuco, localizado na Cidade do Recife, é

o recinto das reuniões legislativas da ALEPE, sendo permitida a utilização

de seus espaços por entidades públicas e privadas, para manifestações

cívicas e culturais, desde que com autorização do Presidente da

Assembleia.

COMENTÁRIOS: O Palácio Joaquim Nabuco é o prédio onde

normalmente ocorrem as reuniões da Assembleia, mas nada impede sua

utilização para outras finalidades, nos termos do art. 3º do Regimento,

desde que com autorização do Presidente. O §1º do mesmo artigo

autoriza a cessão de espaços a entidades públicas ou privadas para

manifestações cívicas e culturais.

GABARITO: C

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6. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. AL-CE – Analista Legislativo – 2011 – Cespe (adaptada). À ALEPE

é vedado funcionar fora de sua sede.

2. DPE-SP – Oficial de Defensoria Pública – 2013 – FCC

(adaptada). A Assembleia Legislativa funcionará em reuniões públicas,

presente, nas reuniões deliberativas, pelo menos um quarto de seus

membros.

3. DPE-SP – Oficial de Defensoria Pública – 2013 – FCC

(adaptada). Salvo disposição em contrário, as deliberações da

Assembleia Legislativa serão tomadas por maioria de votos, presente a

maioria absoluta de seus membros.

4. TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010 – Cespe (adaptada). Quando

o interesse público exigir, as reuniões ordinárias da ALEPE serão públicas.

5. (inédita). Se o recebimento de documento que marca o início da

contagem de prazo ocorrer em feriado, a contagem se iniciará apenas no

dia útil seguinte.

6. (inédita). Se o último dia do prazo cair em dia no qual não há

expediente na Assembleia, o término do prazo será prorrogado para o

primeiro dia útil da semana seguinte.

7. (inédita). O Palácio Joaquim Nabuco, localizado na Cidade do Recife, é

o recinto das reuniões legislativas da ALEPE, sendo permitida a utilização

de seus espaços por entidades públicas e privadas, para manifestações

cívicas e culturais, desde que com autorização do Presidente da

Assembleia.

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GABARITO

1. E 5. C

2. E 6. E

3. C 7. C

4. E

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