regime militar

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REGIME MILITAR Graziela Mazzarotto Escola São José - 2010

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Page 1: Regime Militar

REGIME MILITAR Graziela Mazzarotto

Escola São José - 2010

Page 2: Regime Militar

essa transição do regime liberal-democrático para o regime

autoritário-ditatorial não foi obra exclusiva dos militares.

Participaram os setores empresariais, as forças

partidárias, a grande imprensa e parte do clero.

Os militares golpistas justificavam sua ação contra a

democracia com o argumento de que pretendiam

restabelecer a ordem social, retomar a expansão econômica,

conter a inflação e eliminar a corrupção política e

administrativa. Entretanto, já nos primeiros dias começaram

a adotar medidas que caracterizavam a ‘nova ordem’ como

uma ditadura

Page 3: Regime Militar

O objetivo do golpe era liquidar os movimentos

sociais e políticos, pois segundo os militares,

todos ameaçavam a estabilidade política do país.

As primeiras medidas foram intervenções

nos sindicatos de trabalhadores, extinção das

Ligas Camponesas e a decretação da ilegalidade

da União Nacional dos Estudantes.

Page 4: Regime Militar

Foi o início da edição de atos institucionais: instrumentos de força,

que não obedeciam nem à ordem jurídica vigente nem aos dispositivos

constitucionais. Por eles, os militares podiam fazer o que bem

entendessem sem serem questionados.

Ato Adicional n° 1: conferia poderes especiais ao Executivo

permitindo-lhe cassar mandatos legislativos, suprimir direitos políticos

por até 10 anos e decretar estado de sítio sem aprovação do Congresso.

Após a edição do AI-1, centenas de sindicalistas, políticos e membros

de organizações de esquerda foram presos e submetidos a torturas

físicas e psicológicas.

Prisões, invasão de domicílio, espancamentos e mortes ‘acidentais’

passaram a acontecer quase todos os dias.

Page 5: Regime Militar

Na visão de muitos dirigentes e militares das

organizações de esquerda, o único modo de enfrentar a

ditadura seria a luta armada, a guerrilha urbana e rural,

e esta foi a opção de grupos como a ALN, MR-8, VAR-

Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária), Colina

(Comando de Libertação Nacional). Combatiam a

ditadura e passaram a praticar seqüestros de diplomatas

estrangeiros, para forçar a libertação de presos políticos

e assaltos a bancos e outras empresas, para sustentar a

clandestinidade dos combatentes perseguidos pelos

militares.

Page 6: Regime Militar

A partir de 1970, com a denominação de Dói-Codi II

(Destacamento de Operações de Informações – Centro de

Operações de Defesa do II Exercito) organizou-se ainda

melhor a investigação, captura e tortura dos opositores do

regime militar, e o Dói-Codi paulista se transformou em um

dos maiores centros de tortura do Brasil. Foi acusado de

aplicar dezenas de formas diferentes de torturas, sendo as

mais brandas, segundo depoimentos, espancamento,

queimaduras feitas com velas e pontas de cigarro e

violência sexuais de todos os tipos contra pessoas

suspeitas.

Page 7: Regime Militar

Durante o governo do Gal. Médici, a

ditadura atingiu seu apogeu, em matéria de

terror policial, torturas e assassinatos

políticos dos opositores.

A tortura convivia com a corrupção, havia

suborno nas relações econômicas e

favorecimento para empresas, além do

prestígio social e político dos torturadores.

Page 8: Regime Militar

Na 1ª fase (1964 – 1967), a

preocupação fundamental do governo

era o controle da inflação, adotando

medidas: corte nos gastos públicos,

aumento da carga tributária, redução

de empréstimos às empreses privadas

e controle salarial.

Page 9: Regime Militar

A 2ª fase (1967 – 1073)

caracterizou-se por um

excepcional crescimento

econômico. 80% das famílias já

possuíam carro, televisão,

geladeira, fogão a gás,

liquidificador, rádio, ferro elétrico,

entre outros.

Page 10: Regime Militar

Começaram a ficar na moda os

supermercados e depois os shopping

centers,

graças à ampliação do sistema de credito

puderam consumir bens duráveis e até

realizar o ‘sonho da casa própria’, através do

BNH.

Entretanto, a maioria da população das

camadas baixas, ficou de fora do ‘milagre

econômico’.

Page 11: Regime Militar

A música ‘Pra frente Brasil’ era tocada em todas as rádios e nas

cerimônias oficiais, numa euforia desenvolvimentista traduzida por

projetos faraônicos: Rodovia Transamazônica, Ponte Rio-Niterói e

usinas hidrelétricas, consumindo verbas públicas que eram

distribuídas às empreiteiras.

O governo Médici lançou também campanhas como o Plano

Nacional de Saúde (que não saiu do papel) o Mobral (Movimento

Brasileiro de Alfabetização), que produziu resultados

insignificantes e o Projeto Rondon, que levava universitários aos

sertões brasileiros para prestar assistência às populações carentes.

O próprio Médici reconhecia: “A economia vai bem, mas o povo

vai mal”

Page 12: Regime Militar

Os militares instalados no poder com o

Golpe de 64 deram uma nova orientação à

economia brasileira. Implantaram um novo

modelo econômico baseado essencialmente no

crescimento acelerado e dependente da

economia, unindo o planejamento estatal e o

capital estrangeiro para transformar o Brasil

numa potência de Primeiro Mundo.

Page 13: Regime Militar

Para conter as reivindicações populares, utilizaram

mecanismos de repressão, fechando sindicatos prendendo

suas lideranças, silenciadas também pelas leis autoritárias.

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que

substituiu o direito à estabilidade no emprego, foi instituído

em 1966, devendo recolher mensalmente, dos empregados,

8% dos salários recebidos. Os recursos do FGTS

administrados pelo Banco Nacional da Habitação – BNH,

criado em 1964, destinavam-se a financiar a construção

civil. Com a criação do FGTS, legalizou-se a rotatividade da

mão-de-obra, facilitando-se a demissão dos trabalhadores,

para que outros fossem contratados com salários menores.

Page 14: Regime Militar

FIM