a educação do regime militar

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( 1964 – 1985 ) A EDUCAÇÃO DA

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( 1964 – 1985 )

A EDUCAÇÃO DA

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A EDUCAÇÃO DO REGIME MILITAR

A Ditadura Militar foi o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil, entre os anos de 1964 e 1985. Essa época caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão àqueles

que eram opostos ao regime militar.

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Reação Estudantil:

A falta de vagas nas universidades federais foi a principal causa das maiores reivindicação estudantis, havendo, então, a luta pelo aumento de vagas no ano

de 1964, durante instalação do regime militar (PILLETTI, 1990). Mesmo com um governo autoritário,

os estudantes mantinham as suas lutas e passaram a ser tachados como “revolucionários” e “subversivos”

(ARANHA, 1996).

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Alguma coisa acontecia na educação brasileira. Pensava-se em erradicar definitivamente o analfabetismo através

de um programa nacional, levando-se em conta as diferenças sociais, econômicas e culturais de cada

região.

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A criação da Universidade de Brasília, em 1961, permitiu vislumbrar uma nova proposta universitária,

com o planejamento, inclusive, do fim do exame vestibular, valendo, para o ingresso na Universidade, o rendimento do aluno durante o curso de 2o grau.(ex-

Colegial e atual Ensino Médio)

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O período anterior, de 1946 ao princípio do ano de 1964, talvez tenha sido o mais fértil da história da

educação brasileira.

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Neste período atuaram educadores que deixaram seus nomes na história da educação por suas realizações.

Neste período atuaram educadores do porte de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho,

Carneiro Leão, Armando Hildebrand, Pachoal Leme, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Durmeval

Trigueiro, entre outros.

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Depois do golpe militar de 1964 muito educadores passaram a ser perseguidos em função de

posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se

recolheram a vida privada e outros, demitidos, trocaram de função.

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O Regime Militar espelhou na educação o caráter anti-democrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades

foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos;

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Ainda no ano de 64 a Universidade de Brasília é invadida por tropas militares. O reitor Anísio Teixeira

(um dos educadores que deixaram seus nomes na história da educação por suas realizações) é destituído

do cargo.

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os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei

477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e

"não podem fazer baderna". Esta era a prática do Regime.

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Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os

"excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para

estudar), foi criado o vestibular classificatório.

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Com o golpe de 31 de março, a UNE passa a ser perseguida pela ditadura militar, que

incendeia a sede na praia do Flamengo6 como forma de

intimidação e invade as instalações da Faculdade

Nacional de Direito, apreendendo documentos e acervos históricos do Centro

Acadêmico Cândido de Oliveira, muitos que versavam

sobre as atividades da instituição. O Prédio da Faculdade é cercado por

tanques e grupos paramilitares de direita, que metralham a fachada do prédio e tentam

incendiá-lo, com os estudantes dentro, mas são contidos pelo

capitão de cavalaria do Exército e do Regimento

Presidencial, Ivan Cavalcanti Proença, que ordena sua tropa a impedir o massacre, e arrisca a própria vida, pessoalmente

entrando nas salas de aula, em meio ao incêndio, tiros e gás lacrimogênio para salvar os

estudantes de Direito.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) é a principal entidade estudantil brasileira. Representa os estudantes do ensino superior e tem sede em São Paulo, possuindo

subsedes no Rio de Janeiro e Goiás.

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Governo Costa e Silva (1967-1969)

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O governo Costa e Silva se caracterizou pelo avanço do processo de institucionalização da ditadura. O que era um regime militar difuso transformou-se numa ditadura feroz que eliminou o restava das liberdades públicas e democráticas.

Os estudantes universitários brasileiros constituíram um importante movimento estudantil que influenciou o cenário da política nacional.

Mesmo na ilegalidade, as lideranças estudantis mantiveram a UNE em funcionamento e tentaram reorganizar o movimento estudantil. As maiores passeatas e protestos de rua contra o governo de Costa e Silva foram promovidos pelo movimento estudantil.

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Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL. Aproveitando-

se, em sua didática, no expurgado Método Paulo Freire, o MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo

no Brasil... não conseguiu. E entre denúncias de corrupção... foi extinto.

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O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um projeto do governo brasileiro, criado pela Lei n° 5.379, de15 de dezembro de 1967, e propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a pessoa humana a

adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida".

Criado e mantido pelo regime militar, durante anos, jovens e adultos frequentaram as aulas do MOBRAL, cujo objetivo era propocionar alfabetização e letramento a

pessoas acima da idade escolar convencional. A recessão econômica iniciada nos anos 80 inviabilizou a continuidade do MOBRAL, que demandava altos

recursos para se manter. Seus Programas foram assim incorporados pela Fundação Educar em 1985, ano de seu fim.

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É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional, em 1971.

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A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante.

Dentro do espírito dos "slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande", "ame-o ou deixe-o",

"milagre econômico", etc., planejava-se fazer com que a educação contribuísse, de forma decisiva, para o

aumento da produção brasileira.

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A ditadura militar se desfez por si só. Tamanha era a pressão popular, de vários setores da sociedade, que o

processo de abertura política tornou-se inevitável. Mesmo assim, os militares deixaram o governo através

de uma eleição indireta, mesmo que concorressem somente dois civis (Paulo Maluf e Tancredo Neves).

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Governo Figueiredo (1979-1985)

São criados os Centros Integrados de Educação Pública - CIEPs, no Estado do Rio de Janeiro, por iniciativa do educador e antropólogo Darcy Ribeiro, com objetivo de atender até mil crianças em dois turnos de atividades.

A LDB de 1971 é alterada nos dispositivos referentes à profissionalização do ensino de 2o grau, implicando em algumas mudanças na proposta curricular, dispensando as escolas da obrigatoriedade da profissionalização, voltando a ênfase à formação geral , explica as camadas curriculares e indica o sentido humanista da preparação para o trabalho .

Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL é extinto e criado o Projeto Educar.

O Conselho Federal de Educação ressurge a Filosofia como disciplina optativa.

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Referencias http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb10.htm

http://educacaointegral.org.br/noticias/educacao-mais-uma-vitima-regime-militar-brasil/

http://observatoriopirata.com.br/a-ditadura-militar-devastou-a-educacao-publica/

http://www.seer.ufv.br/seer/educacaoemperspectiva/index.php/ppgeufv/article/viewFile/171/89

http://monografias.brasilescola.com/educacao/reflexoes-acerca-educacao-durante-ditadura-militar.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_militar_no_Brasil

http://pt.slideshare.net/Nilmaguimaraes/ditadura-militar-1964-1985-trabalho?related=1

31/10/2014