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1 1 CEFAC Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica AUDIOLOGIA CLÍNICA PROCESSOS DE MEDIDAS DA IMITÂNCIA ACÚSTICA RENATA NASCIMENTO ALMEIDA RIO DE JANEIRO 1999

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    CEFACCentro de Especializao em Fonoaudiologia Clnica

    AUDIOLOGIA CLNICA

    PROCESSOS DE MEDIDAS DA IMITNCIAACSTICA

    RENATA NASCIMENTO ALMEIDA

    RIO DE JANEIRO1999

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    CEFACCentro de Especializao em Fonoaudiologia Clnica

    AUDIOLOGIA CLNICA

    PROCESSOS DE MEDIDAS DA IMITNCIAACSTICA

    Monografia de concluso do curso deespecializao em Audiologia Clnica.Orientadora: Mirian Goldenberg

    RENATA NASCIMENTO ALMEIDA

    RIO DE JANEIRO1999

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    Resumo

    O trabalho monogrfico Processos de Medidas da ImitnciaAcstica, produzido como parte de concluso do curso de especializaoem audiologia clnica, pode ser resumida atravs dos seguintes tpicos:

    1- Levantamento dos registros histricos. Procurou-se na leitura dostratadistas e estudiosos ver a seqncia da origem das experincias dosprocedimentos de avaliao sistemtica da audio e a gradual evoluodos processos de medida da imitncia acstica.

    2- Definio de terminologia. Para clareza da pesquisa, buscou-se entenderas diferentes terminologias e sua adoo e simplificao pelos estudiosos ,culminando com o exame das razes da nomenclatura, a incluindo, a dasistemtica de como se processa a imitncia acstica, hoje finalmenteadotada.

    3- Importncia das medidas. Foram examinadas as razes do interesse dosestudiosos pelas medidas da impedncia acstica e a importncia tambmde seu mecanismo como diagnstico de avaliao da funo auditiva.

    4- Tipos de medidas. Foram pesquisados e examinados um a um, suaoperacionalidade e o grau de aceitao pelos audiologistas estudiosos,bem como exposta sua direta utilidade nos procedimentos de diagnstico.

    5- Aplicao clnica dos processos. Nesta parte, procurou-se ver, na prtica,em apoio medicina, quais os efeitos da resultante da aplicao dasmedidas da imitncia acstica, contribuindo para cura ou correo deotites crnicas secretrias, otosclerose, funo tubria, identificao defenmenos de perturbao auditiva, paralisias faciais perifricas e outroscomo simulao de surdez psicognica.

    6- Consideraes Finais, que so a viso de todo o trabalho desta pesquisano seu desenvolvimento, culminando com o asseveramento daimportncia do papel dos processos de medida da imitncia acsticacomo contribuio da audiologia medicina, bem como o futuro dessesprocessos face ao desenvonvimento tecnolgico.

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    --

    Sumrio

    pgIntroduo ......................................................................................01

    Processos de medidas da imitncia acstica origem: primeirospassos.................................................................................................02

    Imitncia Acstica : terminologia e sistemtica...................................05

    Medidas de Imitncia Acstica: Importncia.......................................06

    Medidas da Imitncia Acstica: tipos .................................................08

    Timpanometria : ........................................................08 Gradiente Timpanomtrico ......................................12 Complacncia Esttica:..............................................15

    Reflexo Muscular Acstico da Orelha Mdia:............16 Reflexo Ipslateral:......................................................18

    Aplicao Clnica dos processos de Medida Acstica:.......................19

    Concluso:..........................................................................................23

    Referncias Bibliogrficas:.................................................................26

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    PROCESSOS DE MEDIDAS DA IMITNCIA ACSTICA

    Introduo

    O presente trabalho monogrfico, elaborado para o mdulo

    METODOLOGIA CIENTFICA, do CURSO DE ESPECIALIZAO EM

    AUDIOLOGIA, centrou seus os pontos no estudo estabelecido dentro da linha estrutural

    previamente definida, cuja essncia foi de obter uma viso da origem dos estudos,

    experincias e evoluo dos processos de medidas auditivas; sua identificao em si e o

    exame e funcionamento dos procedimentos dessas mesmas medidas da imitncia acstica.

    E, assim projetado, pusemo-nos a pesquisar os trabalhos disponveis dos

    tratadistas, autores e outros estudiosos voltados para a problemtica da medio auditiva

    por seus diferentes mtodos, vendo-os desde sua linha histrica at a presente poca

    quando se produziram e se editaram trabalhos sobre tais procedimentos, luz sobretudo da

    audiologia clnica.

    O assunto sem dvida vasto, alm de alguma complexidade, ante os

    mltiplos de registros de experincias cientficas conclusivas, mas buscamos examinar a

    seqncia traada, procurando dar no s uma viso do conjunto uniforme e analtico das

    medidas da imitncia acstica e sua importncia evolutiva e ainda sua utilizao no rotineiro

    trabalho dos profissionais da audiologia, bem como examinar a realizao operacional de

    cada medida, como procedimento de diagnostico. Finalmente, de forma concisa, vimos a

    objetiva aplicabilidade clnica, hoje, dos diferentes processos da medida da imitncia

    acstica.

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    PROCESSOS DE MEDIDAS DA IMITNCIA ACSTICA

    I - Origem: primeiros passos

    As primeiras experincias que tiveram por objetivo identificar o mecanismo

    fisiolgico por meio do qual a onda sonora captada receptivamente pelo aparelho auditivo

    humano, ocorreram na dcada de 30. Os nomes dos cientistas Schuster, Metz e Zwislock,

    entre outros, so referenciados nas obras e estudos de fonoaudiologia como os pioneiros

    desse trabalho de apurao da gradualidade de diversas deficincias auditivas. Otaclio

    Lopes Filho (1997) destaca, por exemplo, que parece ter sido Schuster (1934) quem pela

    primeira vez aplicou clinicamente os conhecimentos de imitncia da orelha mdia, atravs de

    uma ponte mecnica construda para outros fins. Metz, aperfeioando a ponte de Schuster,

    fez o primeiro estudo sistemtico a respeito da imitncia da orelha mdia em pacientes

    normais e com deficincia auditiva, comparando os resultados positivos.

    O professor Otaclio Lopes fala-nos de Otto Metz, mdico-cientista

    dinamarqus que trabalhou no Hospital Universitrio de Kopenhagen, realizando srios

    estudos sobre os primeiros processos de medidas de impedncia com metodologia de

    eletroacstica que, sua poca, j era objeto de interesse por parte de outros

    pesquisadores que vinham tentando a construo de um ouvido artificial para o sistema de

    telefonia.

    E realmente Otto Metz teve acentuada importncia nesse incio, pois, no seu

    trabalho, os resultados encontrados procuraram demonstrar que a impedncia da

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    membrana timpnica em baixas freqncias (250 Hertz) resulta de forma preponderante da

    rigidez do sistema, ou seja, que a massa ativa da membrana timpncia e dos ossculos

    exercem influncia nesta freqncia, conforme observa Renata Carvalho (1997).

    Sabe-se hoje, certamente, por esses registros, o quo importantes foram os

    estudos que Metz realizou na primeira metade deste sculo. Todavia no se pode tambm

    deixar de, aqui, mencionar o esforo dos distantes otologistas (sculo XIX) que, sem

    dvida, foram os primeiros a examinar a audio de forma sistemtica, como escreveu

    Paiva de Lacerda (1976), em que pese somente a partir de 1934 que essa linha de

    estudos adquiriu seu ponto de evoluo significativa, quando Schuster aplicava

    clinicamente os conhecimentos de impedncia da orelha mdia, atravs de uma ponte

    mecnica construda para outros fins, como nos acentua Otaclio Lopes Filho (1997).

    Otto Metz, com suas pesquisas, deu assim importante aperfeioamento ponte

    de Schuster, permitindo um melhor trabalho de obteno de dados, com preciso, da

    integridade funcional do conjunto membrana-ossicular.

    A ponte que Metz melhorou tecnologicamente, dentro dessa evoluo da

    metodologia de medio das ondas sonoras pelo aparelho auditivo humano, e foi mais ainda

    depois aperfeioada por Zwislock que conseguiu, atravs de um aparelho do formato de

    uma seringa e tamanho reduzido, atrair a curiosidade dos audiologistas em relao ao

    problema, como observou Otaclio Lopes Filho (1994).

    Mais tarde, outro cientista, K. Terkildsen, em 1959, deu novo importante

    passo, como discorre ainda o ilustre professor Otaclio Lopes Filho no seu livro

    TRATADO DE OTORRINOLOGIA (1994): Com a construo de novos equipamentos

    de uso mais simples, como a ponte de TERKILDSEN e cols ., a medida daquelas

    propriedades da orelha passou prtica clnica.

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    Os americanos J. Albert e Jerger conseguiram igualmente chamar ateno dos

    audiologistas de seu pas com seus estudos, apoiados no que era difundido nos pases

    escandinavos, com Zwislock e Terkildsen. O ingls N. Brooks, em 1971, procedeu

    trabalhos relativos aplicao das medidas da imitncia acstica em vrios programas de

    triagem de massa. Os audiologistas foram, assim, despertados para todos esses

    mecanismos que iam sendo aperfeioados e que foram servindo ao processo de avaliao

    auditiva. Todavia o ponto referencial de toda essa movimentao evolutiva do sistema para

    aquilatar a qualidade de recepo sonora humana est, sem dvida, no processo que Metz

    utilizou para obter as medidas de impedncia e admitncia como um bom indicador da

    contrao reflexa acstica que hoje se conhece por pesquisa do Recrutamento objetivo de

    Metz..

    Desde ento - acentua Renata Carvallo (1997) - , existem vrios trabalhos

    descritos na literatura empregando este procedimento de avaliao: diagnstico diferencial

    das alteraes de orelha mdia; triagem auditiva em escolares e em pr-escolares; predio

    de liminares auditivos em indivduos de difcil testagem audiomtrica.

    Renata Carvallo (1997) conclui tambm que, em 1974, o eminente estudioso e

    pesquisador Otaclio Lopes Filho, otorrinolaringologista em So Paulo, introduziu entre ns,

    o uso dessa medida de diagnstico.

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    II -Imitncia Acstica : terminologia e sistemtica

    Cabe inicialmente assinalar que embora o mdico americano J. Jerger (1975)

    tenha, em seus estudos, no incio dos anos 70, descrito os termos impedncia e imitncia, a

    partir de 1986, por recomendao pela ANSI (American National Standard Institute) que

    props nomenclatura definida para especificar a transferncia de energia sonora, passou-se,

    entre os estudiosos e pesquisadores, a ser adotado o termo imitncia, como expresso

    genrica que engloba impedncia e admitncia. Ida Russo e Teresa Santos (1993),

    esclarecendo o assunto, salientam que Imitncia Acstica uma expresso genrica, usada

    para designar tanto a admitncia como a impedncia acsticas. A admitncia acstica

    expressa a facilitao por um sistema passagem do fluxo de energia sonora. A impedncia

    expressa a total oposio passagem deste fluxo. Admitncia e impedncia acsticas so

    recprocas. Um sistema que oferece alta impedncia (oposio) transferncia de energia

    sonora, apresenta baixa admitncia (facilitao acstica e vice-versa). (P.123).

    E ainda, nessa linha para se conceituar essa terminologia e melhor

    compreender a funcionalidade do sistema de transferncia da onda sonora com vista

    correta anlise dos processos de medio, assinalamos importante observao de Renata

    Carvallo (1997) de que a transferncia de energia ocorre quando a onda sonora alcana o

    meato acstico externo e uma presso sonora aplicada na membrana timpnica . A

    passagem do fluxo de energia provoca a movimentao da membrana timpnica, da orelha

    mdia e da orelha interna. Esta transferncia de energia pode ser analisada, medindo-se o

    fluxo de energia na altura da membrana timpnica. A orelha mdia no um transdutor

    perfeito, de modo que, somente parte da energia incidente consegue atravessar o sistema,

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    que oferece, assim, uma certa oposio passagem do som. Essa oposio passagem de

    energia (som) expressa pela impedncia acstica (Z), enquanto que a energia que

    efetivamente flui pelo sistema expressa pela

    admitncia acstica (Y). (P. 69).

    E, nesse caminho expositivo, Renata Carvallo (1997) prossegue de forma

    conclusiva: a avaliao da imitncia do sistema auditivo pode ser alcanada atravs de

    procedimentos que medem a impedncia ou, ao contrrio, de procedimentos que medem a

    admitncia.(P. 69).

    III - Medidas da Imitncia Acstica : importncia

    Ida Russo e Teresa Santos, em seu trabalho A PRTICA DE

    AUDIOLOGIA CLNICA (1993), destacam trs boas razes pelas quais as medidas da

    imitncia do ouvido mdio se constituem hoje num dos valiosos e inestimveis instrumentos

    de avaliao do distrbio auditivo, tornando-se indispensveis na bateria audiolgica: a

    objetividade com que a avaliao da funo auditiva feita, exigindo pouqussima

    colaborao do paciente examinado; a aplicabilidade simples, at mesmo em crianas que

    quase sempre no ajudam, por exemplo, na audiometria tonal; e a rapidez, que sem

    dvida uma vantagem tcnica, por exigir, assim, pouco tempo para sua realizao e sendo,

    portanto, cmodo para o paciente.

    Logo, por essas facilidades que as medidas da imitncia acstica vm sendo

    bastante utilizadas nas avaliaes audiolgicas com xito, principalmente - como

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    destacam ainda Ida Russo e Teresa Santos (1993) - no que se refere ao diagnstico

    diferencial entre as perdas auditivas condutivas, pesquisa do recrutamento nas perdas

    neurosensoriais avaliao da funo tubria em membranas timpnicas perfuradas,

    pesquisa do declnio do reflexo estapediano e detectao de problemas de ouvido mdio,

    tanto em adultos, como em crianas.

    Portanto a audiologia de hoje tem nos processos de medida da imitncia do

    ouvido mdio excelente mecanismo de diagnstico de avaliao da funo auditiva.

    Por outro lado, nessa evoluo, na parte de equipamentos de imitncia acstica

    que comearam a surgir a partir da dcada de 80, tm surgido muitos instrumentais

    alternativos, como medidores de latncia e amplitude do reflexo acstico e sua

    variabilidade seqencial; utilizao de diferentes freqncias de sonda e outros. Renata

    Carvallo, segundo registram Ida Russo e Teresa Santos (1993), aplicou as medidas da

    imitncia acstica com o uso de equipamento computadorizado em crianas de zero a oito

    meses de idade, visando estudar o comportamento do seu sistema tmpano-ossicular,

    atravs de provas tmpano-mtricas. (P. 124).

    Logo todas as medidas da imitncia acstica, cujo processamento passaremos

    a examinar a seguir, so muito importantes na contribuio do diagnstico da funo

    auditiva e tm recebido grande apoio de modernos instrumentais e at mesmo de

    computadores, como vimos.

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    IV -Medidas da Imitncia Acstica: tipos

    importante inicialmente, antes de analisarmos cada tipo de procedimento,

    dividirmos as medidas da imitncia acstica em: timpanometria, a complacncia esttica e o

    reflexo do msculo do estribo, sendo a primeira e a terceira consideradas medidas

    dinmicas e a complacncia esttica a mais simples em termos de teste.

    Veremos isto de forma especfica.

    Timpanometria

    A timpanometria o mtodo utilizado para a avaliao da membrana timpnica

    e o funcionamento do ouvido mdio. Este feito medindo-se a capacidade da membrana

    em refletir um som introduzido no meato acstico externo. Esta introduo feita no meato

    acstico externo, por uma oliva de ltex e um alto-falante localizado na sonda. A

    intensidade tonal monitorada por microfone adaptado na mesma sonda. A partir da, a

    presso faz variar a presso de ar no meato acstico externo. Isto de forma que a

    membrana timpnica acaba sendo submetida a vrios graus de compresso que alternam

    sua mobilidade. Essas alteraes, na mobilidade da membrana timpnica, permitem

    variao na absoro do tom introduzido. E isto nos d um indicativo da quantidade de

    energia sonora que transpe a membrana timpnica para atingir a orelha mdia.

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    13

    Num grfico, ao qual se denomina timpanograma, tem-se a indicao do grau

    da mobilidade ou da complacncia do sistema do ouvido mdio e tambm as devidas

    classificaes dos diferentes tipos timpanogrmicos.

    Por esse caminho que a admitncia calculada. Renata Carvallo (1997)

    explica conclusivamente que como o nvel de presso sonora do tom dentro do meato

    acstico externo varia em funo da mobilidade do sistema tmpano-ossicular, possvel o

    registro dessas variaes de mobilidade em funo da presso. O registro grfico feito no

    sentido horizontal (eixo do X) em funo da variao de presso e, no sentido vertical (eixo

    do Y) em funo da mobilidade ou da admitncia (Y) do conjunto tmpano-ossicular.

    Aqui no se poderia deixar de alinhar as diferentes formas da curva

    timpanomtrica que, segundo Jerger, so cinco, a saber, como descrito no livro

    AUDIO ABORDAGENS ATUAIS (1997), organizado por Ida Lichig e Renata

    Carvallo :

    Tipo A = Caracterizada por um pico mximo ao redor de 0 (zero) decaPascal de

    presso e foi encontrada em indivduos normais ou em portadores de otosclerose e

    encontrado em pacientes com membranas timpnicas intactas, mveis com funo normal

    da tuba de Eustquio.

    Y ml

    daPa

    0

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    14

    Tipo B = No existe aquele pico de mxima complacncia e a curva se mostra

    inaltervel, mesmo que as variaes de presso no meato acstico externo sejam grandes.

    Foram encontradas em pacientes portadores de otite mdia secretora e encontrada em

    casos de presena de lquido no espao da orelha mdia.

    Y ml

    0 daPa

    Tipo C = Curva com pico de admitncia deslocado para presso negativa, compatvel

    com disfuno da tuba auditiva.

    Y ml

    daPa

    0

  • 15

    15

    Tipo AR ou AS = Curva de rigidez, mostra-se achatada, porm seu perfil semelhante

    ao da curva A. Foi encontrada em pacientes com otosclerose, timpanosclerose ou com

    membranas timpnicas espessas.

    Y ml

    daPa 0

    Tipo Ad = Revela uma complacncia extremamente grande . Esta curva no possui o

    ponto de mxima complacncia, pois seus dois ramos ultrapassam o ponto zero do grfico.

    Foi encontrada em pacientes com interrupo da cadeia ossicular ou com membranas

    timpnicas muito flcidas.

    Y ml

    daPa

    0

  • 16

    16

    A esse grupo de formas da curva timpanomtrica, acrescente-se um sexto tipo, admitido

    pela pesquisadora Renata Carvallo, que Tipo D = curva com duplo pico de admitncia.

    Y ml

    daPa 0

    Gradiente Timpanomtrico

    Ainda dentro desse mtodo de avaliao da membrana, mencione-se o

    gradiente timpanomtrico, que tem por objetivo obter informaes diagnsticas adicionais

    sobre o timpanograma. E o que o define uma mudana no valor da imitncia do pico em

    relao aos valores de imitncia que se obtm no intervalo de 50daPa, em cada lado do

    pico. Ele utilizado com a finalidade complementar de melhor avaliao do meato acstico

    externo e ainda presso para o pico da admitncia e da admitncia esttica igualmente.

  • 17

    17

    Renata Carvallo (1997) diz que analisar a forma da curva timpanomtrica nem

    sempre tarefa fcil, principalmente nos casos limtrofes entre a curva plana e curva com

    pico e a presena de pico arredondado tambm dificulta a interpretao

    timpanomtrica. (P.75).

    Portanto atravs do gradiente, isto , da razo decorrente da distncia entre o

    pico timpanomtrico e a linha bsica horizontal e a altura do timpanograma, que se pode

    ter uma forma de uma melhor descrio quantitativa do timpanograma na regio ligada ao

    pico, chamado no grfico de o G. ainda Renata Carvallo (1977) quem registra que os

    estudiosos Brooks (1969); Paradise, Smith, Bluestone (1976); Koebsell &

    Margolis (1986) encontraram no gradiente timpanomtrico tal meio de obteno da

    descrio quantitativa da forma do timpanograma na regio vizinha ao pico. Logo recente

    a sua valorizao, o que leva James Hael e David Chandler (1999), a registrar que

    finalmente, o gradiente recebeu interesse renovado como parmetro timpanomtrico

    clinicamente til. (P.284).

    Nesse processo do clculo do gradiente, o chamado gradiente relativo

    determinado pela diviso de G( altura do timpanograma desde o pico at a linha

    horizontal traada entre pontos de interseco no timpanograma, localizados a +/-50daPa

    do pico) por C ( a admitncia total medida desde a base at o pico timpanomtrico).

  • 18

    18

    Os equipamentos de hoje j fazem esta medida automaticamente, calculando o

    G como sendo a mdia dos valores de admitncia entre +/-50daPa distncia do pico.

    Veja-se no grfico:

    tm

    Y

    G

    C

    -50 0 50 daPa

    Saliente-se que o gradiente varia de 0,0 a 1,0 e valores iguais ou acima de 0,2

    indicam haver timpanograma normal.

    Quanto menor o gradiente, mais achatado o timpanograma. Em geral,

    ocorrem quando a 0.M. est completamente ou quase preenchido por lquido.

    O clculo do gradiente assim determinado pela diviso da altura do

    timpanograma de pico por uma linha horizontal com pontos de interseo no timpanograma,

    em intervalo de 100daPa, pela complacncia medida da base do timpanograma pelo pico

    de complacncia.

  • 19

    19

    Complacncia esttica

    Esta expresso complacncia esttica igualmente conhecida por

    impedncia acstica, pois historicamente j foi at mesmo chamada de teste de

    impedncia acstica esttica. usada exatamente em contraste com a da medida de

    complacncia dinmica, exemplificada pela timpanometria - como registra Otaclio Lopes

    Filho (1997 - e pesquisa do reflexo do msculo do estribo. Por meio da ponte

    eletroacstica, ela medida no ponto de mxima complacncia do timpanograma, pois os

    fatores de complacncia que so massa, rigidez e resistncia, facilitam ou impedem o

    movimento do sistema do ouvido mdio. No caso de uma orelha normal, tal ponto ser

    encontrado prximo da presso zero daPa, podendo ser negativo ligeiramente.

    A complacncia esttica , assim como se v, o inverso da resistncia do

    ouvido mdio. E os mencionados fatores que participam na impedncia, isto , rigidez,

    frico e massa, afetam conjuntamente as caractersticas de transmisso de energia do

    ouvido mdio.

    Jos Antnio e Taciana Oliveira, expondo no trabalho AVALIAO DA

    AUDIO (1994), observam que como o tom de baixa freqncia (220 HZ) da sonda

    mede a rigidez, a complacncia, que o inverso da rigidez, o parmetro medido pelo

    impedancimetro.

    Tal medida, segundo ainda Jos Antnio e Taciana Oliveira, no muito

    valorizada pelos pesquisadores na bateria de impedncia, deixando de aplic-la na rotina.

  • 20

    20

    Todavia a medida da complacncia pode tambm ser utilizada para detectar, por exemplo,

    uma pequena perfurao ou at a permeabilidade de um tubo de ventilao, isto porque a

    complacncia esttica uma medida necessria de mobilidade do ouvido mdio e revela

    rigidez ou flacidez do sistema do ouvido mdio. Finalmente cabe observar que a medida da

    complacncia esttica susceptvel de variao em decorrncia da idade, do sexo e do tipo

    de doena do paciente, levando-a a fornecer dados corroborativos, desde que no seja

    isoladamente aplicada. Por esta razo que Ida Russo e Teresa Momensohn (1993)

    sacramentam que a complacncia esttica requer um suporte de outras medidas

    imitnciomtricas, antes que sua contribuio diagnstica passa ser apreciada.(P.136).

    Reflexo Muscular Acstico da Orelha Mdia

    A alterao da imitncia acstica do ouvido mdio a contrao do msculo

    estapdio. Este msculo, o menor do corpo humano e se liga poro posterior da cabea

    do estribo, se contrair em resposta a um sinal acstico de suficiente intensidade e durao.

    Isto denominado reflexo acstico.

    A pesquisa dos reflexos acsticos estapedianos, assim, possibilita-nos uma boa

    estimativa da integridade global das vias auditivas. Por outro lado, alm disso, enseja-nos

    tambm ter dados que possam complementar as informaes que se obtm da

    timpanometria. Renata Carvallo (1997) salienta que a presena de reflexos esperada em

  • 21

    21

    todos os casos de audio normal sem patologia da orelha mdia. A presena de patologia

    de orelha impede a captao dos reflexos acsticos, assim como uma perda auditiva pode

    limitar o desencadeamento destes reflexos.

    O efeito da contrao voluntria do conjunto da musculatura timpnica sobre a

    audio foi descrito por N. Reger (1960), quando da ao do reflexo acstico. Os

    resultados indicavam presena significativa de mudanas nos limiares, em freqncias graves

    em razo da contrao reflexa.

    Assim o teste do reflexo muscular acstico, na bateria de imitncia, informa o

    nvel de limiar, onde ocorre a contrao muscular do estribo.

    O audiologista informado pode alcanar informaes considerveis do

    diagnstico atravs da sutileza da interpretao do reflexo acstico, definem Jerry

    Northerm e Marion Downs (1989).

    de se salientar, conforme registrou o otorrinolaringologista Hlio Hungria

    (1987), que quando o reflexo estapdico se evidencia com intensidade sonora menor que

    60 dB acima do limiar, estamos na presena do recrutamento de Metz. Isto quer dizer que

    quando achada uma diferena entre o limiar tonal e o nvel do reflexo estapediano e tal

    diferena inferior a 60 dB, h indicao da presena do recrutamento, que um fenmeno

    paradxico com base na capacidade de alguns ouvidos hipoacsticos em no detectarem o

    som em intensidades normais.

    Denes e Naunton tm uma outra definio que Gonzalo de Sebastian reproduz

    em sua obra AUDIOLOGIA PRTICA (1996): Haver recrutamento quando a

    sensibilidade de um ouvido subnormal a baixas intensidades sendo normal, contudo, a

    intensidades elevadas. (Cf.)

  • 22

    22

    Portanto a pesquisa, para a medida do reflexo ipsilateral (ou reflexo do

    msculo do estribo), do recrutamento objetivo de Metz, traz vrias vantagens no

    procedimento do diagnstico. E vale ainda concluir que os tratadistas consideram que a

    interpretao do reflexo do msculo do estapdico , sem dvida, uma das mais

    importantes tcnicas de diagnstico em audiologia clnica. Jerry Northern e Sandra

    Gabbard, colaboradores no livro TRATADO DE AUDIOLOGIA CLNICA, de Jack

    Katz ( Ed. Manole, 1999) frisam que desde a publicao da monografia clssica de Metz

    (1946), os andilogistas tm observado o imenso valor diagnstico deste simples reflexo

    fisiolgico. (P.298).

    Reflexo Ipsilateral

    Essa medio tambm chamada de reflexo do msculo do estribo, onde se

    podem utilizar mtodos tradicionais. Atravs da imitanciometria, tal reflexo do msculo do

    estribo tem possibilitado avaliar pacientes que possuem alguma leso da orelha mdia ou

    ainda leses sensorioneurais cocleares ou retrococleares.

    Por essa medio ainda, por meio de aparelhos modernos, possvel obter o

    reflexo na mesma orelha em que o tom puro apresentado, sem a utilizao da orelha e das

    vias auditivas do lado oposto. Por esse motivo que essa obteno do reflexo

    denominada ipsilateral. Todavia, quando se emprega uma orelha aferente (posio do fone)

    e outra orelha eferente (posio da sonda) do lado oposto como meio indicador, a

    obteno chamada contralateral.

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    Assim, para alguns, essa medida melhor tem por denominao reflexo do

    msculo do estribo.

    Os estudiosos, de modo geral, vm vantagens e desvantagens nesse tipo de

    medida. Otaclio Lopes Filho (1997), por exemplo, indica, por limitao desse tipo de

    medida, a existncia de artefatos, que podem nos levar a interpretaes errneas. E,

    por vantagens, dentre outras, Otaclio Lopes Filho destaca, desde que consideradas as

    limitaes, que o reflexo ipsilateral de utilidade quando empregamos em conjunto com o

    contralateral.

    V -Aplicao Clnica dos Processos de Medida Acstica

    Na seqncia deste estudo dos processos de medidas da imitncia acstica,

    no poderamos deixar de fazer meno sobre a aplicabilidade clnica dessas medidas

    avaliatrias.

    Os autores modernos falam da extrema importncia dessa aplicao clnica.

    Dentre esses Fred Bess e Larry Humes (1998) chegam a evidenciar que a natureza da

    deficincia auditiva depende de fatores como a severidade da perda auditiva, a idade do

    incio ou da instalao, a causa da perda e a localizao da leso no sistema

    auditivo(p.109), para, em seguida, conclurem que a avaliao da audio tem um papel

    importante na determinao de alguns desses fatores.(P.109).

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    evidente, assim, que est na aplicao clnica a resultante da utilizao

    objetiva dos diferentes processos da imitncia acstica. Cremos que Ida Russo (1993) e

    Otaclio Lopes (1997), entre ns, foram os que, de modo objetivo e claro, melhor

    examinaram as principais aplicaes clnicas das medidas da imitncia acstica nos diversos

    diagnsticos otolgicos.

    E de forma sinttica, procuramos alinhar uma seqncia dessas principais

    aplicaes clnicas, para melhor enfeixamento do presente trabalho, no que tange ao fim

    prprio da metodologia otolgica:

    o diagnstico diferencial entre as perdas auditivas de conduo obtido,

    com boas possibilidades, por meio dos dados que a timpanometria fornece, principalmente

    entre a otosclerose, a otite mdia crnica secretria e ainda a interrupo da cadeia

    ossicular. J a avaliao quantitativa da funo tubria, pela medida da imitncia tem-

    se importante verificao em caso de membranas timpnicas perfuradas para fins de cirurgia

    funcional do ouvido mdio, com boas possibilidades de prognsticos de resultados. Para a

    pesquisa do recrutamento de Metz, onde os procedimentos impedanciomtricos

    avaliatrios so aplicveis recomendadamente a crianas pequenas e pessoas idosas, ao ser

    encontrada uma diferena entre os limiares tonais e os nveis mnimos do reflexo

    estapediano, tem-se, a, forte indicao da presena desse fenmeno que se denominou

    recrutamento de Metz.

    Nessa aplicao clnica, Otaclio Lopes (1977) destaca que a pesquisa do

    fenmeno do recrutamento pela impedanciometria oferece vrias vantagens (...)

    objetiva, no necessitando da colaborao do paciente; aplicvel tanto a casos de

    deficincias auditivas unilaterais como em bilaterais simtricas; em deficincias auditivas

    bilaterais assimtricas (...). (P.183).

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    Igualmente na pesquisa do declnio do reflexo estapediano, chamado de

    tone decay que, uma vez identificado, traduzir uma leso retrococlear. A, tambm, nessa

    investigao clnica a impedanciometria oferta tima possibilidade exploratria. O reflexo

    estapediano contrateral, por sua vez, meio importante para se diagnosticar leses

    cerebrais, topodiagnosticar paralisias faciais perifricas, enfim tudo que se circunscreve no

    denominado diagnstico otoneurolgico. Nos casos da chamada surdez psicognica,

    Otaclio Lopes (1997), ressalta que o achado de respostas para o reflexo do msculo do

    estribo dentro dos limites normais (num paciente com deficincia auditiva severa) seria

    indicativo de que o paciente simula ou apresenta uma surdez psicognica. (P.187).

    Tambm com base na diferena do nvel mnimo de reflexo estapediano

    possvel se ter uma predio do limiar auditivo em perdas auditivas neuro-sensoriais.

    Ida Russo e Teresa Momenshn (1993) lembram que esse procedimento clnico foi

    descrito por Jerger e colaboradores em 1974 (...) e a base do fenmeno parece ser a

    modificao na largura da faixa crtica para a somao de volume no ouvido com perda

    neuro-sensorial. (P.149).

    Nos bebs e crianas pequenas, tanto a timpanometria como a pesquisa do

    reflexo estapediano tm sido aplicadas clinicamente com o objetivo de avaliar a

    emergncia e o desenvolvimento do reflexo do neonato at seu primeiro ano de vida.

    Finalmente, pode-se destacar a utilizao clnica dos processos de medidas da imitncia

    acstica na triagem imitanciomtrica, cujo propsito estabelecer diferena entre

    indivduos normais e anormais dentro de um certo grupo. A triagem - esclarecem Ida

    Russo e Teresa Momenshn - no define o tipo de problema nem a severidade do mesmo,

    mas identifica o indivduo que necessita de investigao mais profunda.(P.153).

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    Assim, nessa sntese, v-se bem, cremos, a importncia da aplicao clnica das medidas da

    imitncia acstica como forte auxlio ao diagnstico otolgico. E destacamos por fim a

    seguinte observao conclusiva que as estudiosas Ida Russo e Teresa Momensohn

    fazem no seu trabalho A PRTICA DA AUDIOLOGIA CLNICA (Cortez,

    1993): Com a diversificao dos equipamentos utilizados na anlise da imitncia

    do ouvido mdio, graas aos avanos na rea dos sistemas de microprocessamento

    que, rapidamente analisam a amplitude e a fase dos sinais refletidos de acordo

    com as caractersticas do sistema tmpano-ossicular, indispensvel a

    continuidade das pesquisas neste assunto, no sentido de padronizar as

    respostas de latncia e amplitude do reflexo acstico, bem como a variedade de

    timpanogramas obtidos com diferentes freqncias de sonda, a fim de

    que estas medidas possam continuar a dar sua enorme contribuio para o

    diagnstico otolgico-audiolgico em nosso meio. ( P. 154 )

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    Consideraes Finais

    No exame da evoluo dos estudos da verificao dos processos de medidas

    da imitncia acstica, pde-se notar um desenvolvimento, calcado em experincias e

    pesquisas feitas e realizadas concomitantemente em diferentes pases, Dinamarca, Estados

    Unidos, Inglaterra e outros. A gerao de estudiosos da segunda metade deste sculo XX

    (Zwislocki, Terkilsen, Brookx, Otaclio Lopes Filho e outros), aprimorando estudos feitos

    principalmente por Schuster e Metz, praticamente responsvel pelo quadro resultante da

    linha das medidas dinmicas e estticas de que se utilizam os fonoaudilogos e

    otorrinolaringologistas de hoje.

    Graas a essas pesquisas e estudos que os procedimentos avaliativos da

    imitncia acstica se constituem em valiosssimos meios de verificao da qualidade da

    condio auditiva e, em conseqncia, do diagnstico de possveis leses nos mais

    diferentes pacientes. Isto no campo da identificao de alteraes no sistema tmpano-

    ossicular, na avaliao global das vias auditivas e ainda na altura do tronco cerebral.

    Cada procedimento de medida, como se viu, possui vantagens e alguns com

    certas desvantagens, mas o avano nessas metodologias de considervel valor, at porque

    o desenvolvimento de equipamentos de imitncia acstica tem possibilitado tambm aos

    profissionais da rea da audio desenvolver excelente trabalho nos consultrios, nas

    escolas e nas fbricas.

    Os diferentes processos de medidas da imitncia acstica, como foi

    observado, do por resultante valiosos subsdios a que se tenha um diagnstico eficaz e

    preciso no atendimento audiolgico. E essas medidas vm sendo, como registram os

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    estudiosos, largamente empregadas de forma rotineira. E sabe mesmo a sociedade cientfica

    especializada que, quanto mais se divulgam estudos a respeito das medidas da imitncia

    acstica e quanto mais se desenvolvem tecnologicamente equipamentos para process-las,

    melhor ser a qualidade dos servios que a audiologia poder prestar. Michael Block e

    Terry Wiley, na j citada obra coordenada por Jack Katz (1999) j desenham melhor

    futuro ainda das aplicaes das medidas da imitncia acstica, ante o desenvolvimento

    tecnolgico: pode-se dizer que a prxima gerao de equipamentos clnicos ser digital

    ao invs de analgica. As informaes sero armazenadas numa memria de computador

    ao invs de serem copiadas num protocolo impresso. Uma vez os dados estando disposto

    de forma digital, uma variada srie de transformaes matemticas podem ser realizadas.

    Os dados podem ser associados com sistema de recuperao de informao para aumentar

    as possibilidades de anlise e interpretao. (...). O sistema de imitncia acstica, do

    audimetro e at mesmo de anlise de prtese auditiva podem todos ser parte de um

    sistema de informaes audiolgicas baseado em micro-processamento inserido como uma

    estao dentro de uma rede de computadores. Desta forma, as medidas de imitncia

    acstica e os dados colhidos durante uma avaliao audiolgica podero ser comparados

    entre as clnicas de maneira bem abrangentes. (P.279).

    Logo, cremos, estamos muito prximos de realizar com o sistema das medidas

    da imitncia acstica procedimentos diagnosticais mais preciosos, revelando mudanas de

    padres de ressonncia que possibilitam, por exemplo, identificar diferencial entre

    alteraes de orelha mdia numa forma comparativa obtida apenas com uma s freqncia.

    E, assim, as avaliaes audiolgicas e seus testes, em muito evoluram, como vimos no

    corpo deste trabalho. Os procedimentos como as medidas da imitncia acstica e seus

    diagnsticos decorrentes se tornaram valiosos para identificao de leses auditivas

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    perifricas, sendo , sem sombra de dvida, importantssimos na aplicao clnica, como

    tambm tivemos ensejo de observar, e com eles a audiologia tem seguido e continuar

    melhor ainda seguindo, atravs do desenvolvimento tecnolgico dos equipamentos,

    auxiliando em muito o trabalho dos fonoaudiolos e otorrinolaringologista

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    Referncias bibliogrficas:

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    OTORRINOLARINGOLOGISTA. Porto Alegre, Artes Mdicas, 1994.

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    LICHTIG, Ida. CARVALLO, Renata (organizadoras). AUDIO ABORDAGENS

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    NORTHERN, Jerry L., DOWNS, Marion P. AUDIO EM CRIANAS, So

    Paulo, Editora Manole, 1989, 3 edio.

    RUSSO Ida. SANTOS, Teresa. A PRTICA DA AUDIOLOGIA CLNICA.

    Cortez, So Paulo, 1993, 4 edio.

    SEBASTIAN, Gonzalo. AUDIOLOGIA PRTICA. Enelivros, Rio de Janeiro, 1996,

    3 edio.

    RUSSO, Ida C. Pacheco. SANTOS, Teresa M. Momensohn. AUDIOLOGIA

    INFANTIL, So Paulo, 1996, 4 edio

    KATZ, Jack e Cols. TRATADO DE AUDIOLOGIA CLNICA, Manole, So Paulo,

    1999, 1 edio brasileira.

    KATZ, Jack TRATADO DE AUDIOLOGIA, Manole, So Paulo, 1989, 3 edio