referencial curricular para o ensino fundamental
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REFERENCIAL CURRICULAR PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL
REDE MUNICIPAL DE ENSINO
2016
2
LUCIMAR SACRE DE CAMPOS
PREFEITA MUNICIPAL
SILVIO APARECIDO FIDELIS
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
CATARINA SENA BARROS DE TOLEDO
SUBSECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
GONÇALINA AUXILIADORA LEITE RONDON
SUPERINTENDENTE PEDAGÓGICA
MARIA JOSÉ DE PAULA E LIMA
SUPERINTENDENTE DE GESTÃO ESCOLAR
EDNIR MARIA DE ALMEIDA
SUPERINTENDENTE OPERACIONAL DO SISTEMA ESCOLAR
WALDIRENE GONÇALINA COSTA
SUPERINTENDENTE DE CULTURA
JAMIL MUSSA SOBRINHO
SUPERINTENDENTE DE ESPORTE E LAZER
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EQUIPE DE ELABORAÇÃO Ednéia Domingas de Miranda Eliana Nunes Januario Ohara Ivânia Pereira Midon de Souza Ludimila Izabel Silva Marinete Maria da Guia Campos Barros Roberta Mônica Amaral Silmara Lopes da Costa Feitosa COLABORADORES Alex Feitosa Oliveira Benedita Rosália Santana Daniel Ricardo Marthins Danielly Jenezerlau Silva Santos Debora Paula Teixeira de Figueiredo Alves Pedroso Frank Eduardo Ferreira de Souza Gonçalina Josefa de Oliveira Loami Albuquerque Gama Lopes Monica Boaventura Carvalho Rute Viana Vagner Cesar Souza Barros Rosilene Paula da Silva DIAGRAMAÇÃO Edizes Luiza Reveles Pereira Gilson Pequeno da Silva CAPA EMEB Emanuel Bendito de Arruda Estudantes: Alice Gabriele Botelho Vieira Aline Beatriz de Oliveira Diniz
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................
CAPITULO I – VOZES ORIENTADORAS PARA O ENSINO–APRENDIZAGEM NO
ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................................
CONCEPÇÃO DE CURRICULO...............................................................................
OS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS.....................................................................
JEAN PIAGET................................................................................................
LEV VIGOTSKY.............................................................................................
HENRY WALLON..........................................................................................
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO..............................................
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE PLANEJAR............................................................
O PLANEJAMENTO ANUAL........................................................................
O PLANO DE AULA.......................................................................................
OS CONTEÚDOS...........................................................................................
OS TEMAS ESPECIAIS.............................................................................................
ECONOMIA, EDUCAÇÃO FINANCEIRA E SUSTENTABILIDADE.............
CULTURAS INDÍGENAS E AFRICANAS.....................................................
CULTURAS DIGITAIS E COMPUTAÇÃO.....................................................
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA..........................................................
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.............................................................................
AS METODOLOGIAS ORIENTADORAS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ...............
SEQUÊNCIA DIDÁTICA................................................................................
O PROJETO DIDÁTICO....................................................]...........................
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO ENSINO FUNDAMENTAL.........................
AVALIAÇÃO A SERVIÇO DA APRENDIZAGEM E DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO.............................................................................
DIAGNÓSTICA...............................................................................................
FORMATIVA...................................................................................................
REGULADORA..............................................................................................
INSTRUMENTOS GERAIS DE AVALIAÇÃO...........................................................
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO...................................................
A OBSERVAÇÃO..........................................................................................
SEMINÁRIO...................................................................................................
TRABALHO EM GRUPO..................................................................................
AUTOAVALIAÇÃO...........................................................................................
A PROVA..........................................................................................................
A RECUPERAÇÃO...........................................................................................
O CONSELHO DO CICLO BÁSICO............................................................................
O CONSELHO DE CLASSE NAS SÉRIES ANUAIS..................................................
CONSELHO DE CLASSE................................................................................
OS ENCONTROS DE PAIS E MESTRES: RESPONSABILIDADES
COMPARTILHADAS .......................................................................................
CAPITULO II – CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO CIDADÖCBAC ...........................
APRESENTAÇÃO........................................................................................................
OS PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO
CIDADÃ........................................................................................................................
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO CICLO..........................................................
O INGRESSO....................................................................................................
A PROGRESSÃO.............................................................................................
A FREQUÊNCIA...............................................................................................
CONCEPÇÕES ORIENTADORAS DO ALFABETIZAR LETRANDO .......................
A PERSPECTIVA SOCIOINTERACIONISTA E CONSTRUTIVISTA NO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO............................................................................
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DISTINÇÃO NECESSÁRIA..............
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA...........................................................
DEZ PROPRIEDADES DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA..............
CONCEPÇÃO DE TEXTO................................................................................
AS HIPÓTESES PSICOGENÉTICAS E O RESPEITO ÀS NECESSIDADES DE
APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS............................................................................
AS VANTAGENS DO CONHECIMENTO DAS CARACTERISTICAS DAS
HIPÓTESES PSICOGENÉTICAS DE ESCRITA..............................................
HIPÓTESES OU NÍVEIS PSICOGENÉTICOS.............................................................
PRÉ-SILÁBICO I...............................................................................................
PRÉ-SILÁBICO II..............................................................................................
SILÁBICO SEM VALOR SONORO..................................................................
SILÁBICO COM VALOR SONORO.................................................................
SILÁBICO ALFABÉTICO.................................................................................
HIPÓTESE ALFABÉTICA..............................................................................
A ESCRITA CONVENCIONAL.......................................................................
O DIAGNÓSTICO PSICOGENÉTICO........................................................................
COMO FAZER O DIAGNÓSTICO..................................................................
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A SUPERAÇÃO DAS HIPÓTESES
PSICOGENÉTICAS...................................................................................................
A IMPORTÂNCIA DAS PERGUNTAS DE INTERVENÇÃO PARA A
PROMOÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA........................................
CONSCIÊNCIA FONÊMICA...........................................................................
A ROTINA DA ALFABETIZAÇÃO.............................................................................
IMPORTÂNCIA DA ROTINA SEMANAL.......................................................
ATIVIDADES DA ROTINA SEMANAL......................................................................
ESTUDO DO ALFABETO..............................................................................
LEITURA DELEITE........................................................................................
ATIVIDADES LÚDICAS POR MEIO DE AGRUPAMENTOS.......................
JOGOS E LUDICIDADE.................................................................................
O USO DO LIVRO DIDÁTICO NA ROTINA SEMANAL................................
SEQUÊNCIA DIDÁTICA E PROJETO DIDÁTICO.........................................
PERFIS DE ENTRADA E SAÍDA DO CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO
CIDADÃ........................................................................................................................
1º ANO DO CBAC............................................................................................
PERFIL DO 2º ANO..........................................................................................
PERFIL DO 3º ANO..........................................................................................
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E O CONSELHO DO CICLO BÁSICO DE
ALFABETIZAÇÃO CIDADÖCBAC...........................................................................
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E REGISTRO DE APRENDIZAGEM ....
O RELATÓRIO DESCRITIVO DA APRENDIZAGEM....................................
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AS FICHAS DE ACOMPANHAMENTO MENSAL DA APRENDIZAGEM....
DIAGNÓSTICO PSICOGENÉTICO................................................................
PROVA..............................................................................................................
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CONTEÚDOS.....................................................
ÁREA DE CONHECIMENTO......................................................................................
LINGUAGEM....................................................................................................
LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................
ARTE................................................................................................................
EDUCAÇÃO
FÍSICA...............................................................................................................
MATEMÁTICA..................................................................................................
CIÊNCIAS DA NATUREZA..............................................................................
CIÊNCIAS HUMANAS.................................................................................................
HISTÓRIA........................................................................................................
GEOGRAFIA....................................................................................................
ENSINO
RELIGIOSO......................................................................................................
CAPITULO III – ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES ANUAIS.............................................
APRESENTAÇÃO........................................................................................................
LINGUAGEM................................................................................................................
ÁREA DE CONHECIMENTO ...........................................................................
OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................
LÍNGUA PORTUGUESA..............................................................................................
4º ANO.............................................................................................................
5° ANO..............................................................................................................
6º ANO..............................................................................................................
7º ANO..............................................................................................................
8º ANO..............................................................................................................
9º ANO..............................................................................................................
ARTE ...........................................................................................................................
4º ANO..............................................................................................................
5° ANO..............................................................................................................
6º ANO..............................................................................................................
7º ANO..............................................................................................................
8º ANO..............................................................................................................
9º ANO.............................................................................................................
LÍNGUA INGLESA.......................................................................................................
6º ANO..............................................................................................................
7º ANO..............................................................................................................
8º ANO..............................................................................................................
9º ANO..............................................................................................................
LÍNGUA ESPANHOLA ................................................................................................
4º ANO..............................................................................................................
5° ANO..............................................................................................................
6º ANO..............................................................................................................
7º ANO..............................................................................................................
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9º ANO..............................................................................................................
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EDUCAÇÃO FÍSICA....................................................................................................
4º E 5° ANOS...................................................................................................
6º E 7° ANOS...................................................................................................
8º E 9° ANOS...................................................................................................
CIÊNCIAS DA NATUREZA .........................................................................................
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA.......................................................................
4º ANO..............................................................................................................
5° ANO.............................................................................................................
6º ANO..............................................................................................................
7º ANO..............................................................................................................
8º ANO.............................................................................................................
9º ANO..............................................................................................................
MATEMÁTICA..............................................................................................................
OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA DE MATEMÁTICA......................................
4º ANO..............................................................................................................
5° ANO..............................................................................................................
6º ANO.............................................................................................................
7º ANO..............................................................................................................
8º ANO..............................................................................................................
9º ANO.........................................................................................................................................
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS..............................................................................
OBJETIVOS GERAIS.......................................................................................
GEOGRAFIA................................................................................................................
4º ANO........................................................................................................................................
5° ANO.........................................................................................................................................
6º ANO.........................................................................................................................................
7º ANO........................................................................................................................................
8º ANO.........................................................................................................................................
9º ANO.........................................................................................................................................
HISTÓRIA.....................................................................................................................
4º ANO........................................................................................................................................
5° ANO........................................................................................................................................
6º ANO........................................................................................................................................
7º ANO........................................................................................................................................
8º ANO.........................................................................................................................................
9º ANO.........................................................................................................................................
ENSINO RELIGIOSO...................................................................................................
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA.......................................................................
4º ANO........................................................................................................................................
5° ANO........................................................................................................................................
6º ANO.........................................................................................................................................
7º ANO.........................................................................................................................................
8º ANO.........................................................................................................................................
9º ANO.........................................................................................................................................
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...............................................................................
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A vida é sempre um aprendizado [...]
Nela você [...]
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens [...] seria uma tragédia se ela acreditasse nisso [...]
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais [...]
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se
arrependerá pelo resto da vida[...]
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Portanto, plante seu jardim e decore sua
alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
[...] a vida tem valor e você tem valor diante da vida!
(Soneto XLIV/William Shakespeare)
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APRESENTAÇÃO
O Referencial Curricular do Ensino Fundamental para Rede Pública
Municipal de Ensino de Várzea Grande é o resultado de um longo trabalho que
contou com a participação de vários técnicos da Superintendência Pedagógica
para sua elaboração e de colaboradores que durante o período compreendido
entre os anos de 2012 e 2016 deram sua contribuição. Ademais é um trabalho
sistematizado a partir de todas as orientações e diretrizes oferecidas pela
Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, ao longo dos quatro
anos, debatidos nos encontros de formação, visitas técnicas e nas semanas
pedagógicas.
A finalidade deste documento é apresentar os fundamentos, princípios e
diretrizes de um currículo para além dos conteúdos das áreas, pois abrange
também os pontos essenciais do desenvolvimento do ser humano nos aspectos
emocionais, sociais e políticos com a finalidade de proporcionar uma
aprendizagem mais significativa a todos os estudantes. É uma contribuição para
que todos aprendam uma base comum de conteúdos e tenham assim seus
direitos aos conhecimentos garantidos. Como documento flexível e passível de
transformações e contribuições, o referencial deverá enriquecer o Projeto Político
Pedagógico de todas as Unidades de Ensino.
Juntos temos compromisso com a sociedade, com a formação e
desenvolvimento do ser na construção de novas consciências a serviço de uma
vida melhor. Somos profissionais da educação, e os estudantes sob nossa
responsabilidade são os cidadãos do nosso município/país, futuros responsáveis
pela condução social mais justa. Por isso, nós da Secretaria Municipal de
Educação, Cultura, Esporte e Lazer/SMECEL, estamos sempre a postos para
auxiliar a escola, local em que se materializam os fundamentos e princípios
curriculares, a relação professor/estudante e a luta por um ensino de qualidade.
Silvio Aparecido Fidelis
Secretário Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer
10
INTRODUÇÃO
O referencial curricular do Ensino Fundamental do Município de Várzea
Grande está organizado em três capítulos. No primeiro estão delineadas as
concepções de currículo, de metodologias e de avaliação da aprendizagem que
orientam toda ação educacional para a Rede Municipal de Ensino. Neste capítulo
também está presente a estrutura organizacional do ensino fundamental.
No segundo capítulo são apresentadas todas as diretrizes conceituais,
didático-metodológicas e avaliativas do Ciclo Básico de Alfabetização
Cidadã/CBAC, bem como sua estrutura organizacional.
O terceiro capítulo traz o referencial curricular especifico para as Séries
Anuais (4º ao 9º ano). Neste capítulo, são abordadas os eixos, objetivos e
conteúdos de cada componente curricular.
Com este documento pretendemos oferecer condições que permitam às
Unidades de Ensino o acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente
elaborados e reconhecidos, que contribuirão para o alcance das metas do Plano
Municipal de Educação, Lei nº 4.102/2015, meta 3, que prevê: “garantir a
universalização a 100% da população de 06 aos 14 anos de idade, com melhoria
da qualidade do processo de ensino [...]; meta 5 que dispõe: “alfabetizar, na
perspectiva do letramento, 100% das crianças matriculadas na Rede Municipal de
Ensino, até o final do 3º ano do ensino fundamental” e meta 6 que diz “ elevar, em
100% a qualidade da educação básica, com melhoria do ensino e da
aprendizagem de todos os alunos [...]”
Assim, esses princípios pretendem desencadear, no contexto escolar,
práticas pedagógicas que contribuam para garantir o direito ao conhecimento para
todos os estudantes da rede municipal de ensino.
11
CAPÍTULO I
VOZES ORIENTADORAS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO
FUNDAMENTAL
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O currículo, de modo geral, compreende práticas sociais que interagem
com o aprendizado formal oferecido pela escola. Ao longo dos anos, inúmeras
concepções e convenções foram se materializando no contexto escolar para a
jornada do saber. Neste referencial elegemos a concepção de currículo na
perspectiva de Antônio Flávio Moreira (1997) que revela que o currículo é
marcado pela visão de mundo de uma determinada sociedade e a prática escolar
reflete essa visão, expressando-a idealmente nos documentos orientadores do
trabalho escolar (currículo formal), por meio das formas concretas da ação dos
agentes escolares (currículo em ação) e das regras e normas não explicitadas
que governam as relações que são estabelecidas nas salas de aula (currículo
oculto). Essa concepção de currículo complementa a ideia de Tomaz Tadeu
(2005) que defende o currículo como sendo um mecanismo para constituir
identidades individuais e sociais e requer uma discussão que vai além da seleção
de conhecimento, envolve uma operação de poder e relações que precisam ser
identificadas. Nessa relação, o currículo deve ser democrático, visar à
humanização de todos e ser desenhado a partir do que não está acessível às
pessoas (LIMA, 2008).
Segundo Lima (2002) para a seleção de conteúdos formais e capacidades,
bem como para reflexão e debate no momento do planejamento das ações
pedagógicas no ensino fundamental, o currículo é visto como,
[...] O recorte do conhecimento humano acumulado que será trabalhado na ação educativa. [...] O conhecimento produzido pela espécie humana que inclui a tecnologia, a cultura, as práticas culturais e as práticas de trabalho e os vários sistemas de linguagem (da linguagem de sinais à da informática). [...] necessário para definir qual objetivo [...] da escola e que papel ela tem no desenvolvimento do indivíduo como ser humano e como ator social [...] uma concepção de ser humano em desenvolvimento. [...] a definição de currículo atrelada a concepção de cidadão e de indivíduo sócio-cultural que é subjacente à política educacional (LIMA, 2002, p. 21).
12
Sob esta afirmação, chamamos a atenção para a não neutralidade do
currículo, uma vez que este implica em opções acerca do processo de
humanização e construção social, no qual o educando é, segundo Ferreira e
Teberosky (1991), um sujeito que aprende basicamente através de suas próprias
ações sobre os objetos do mundo e que constrói suas próprias categorias de
pensamento ao mesmo tempo organiza seu mundo. Dessa forma, a concepção
de currículo representa um conjunto de práticas que propiciam a produção, a
circulação e consumo de significados no espaço social, e que contribuem
intensamente para a construção de identidades sociais e culturais (MOREIRA e
CANDAU, 2008).
O currículo é também resultante das implicações de um contexto sócio-
econômico-político-cultural que o faz ser entendido como:
a) Os conteúdos a serem ensinados e aprendidos; b) As experiências de aprendizagens escolares a serem vividas pelos
alunos; c) Os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e
sistemas educacionais; d) Os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino; e) Os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e
nos procedimentos selecionados nos diferentes graus de escolarização (MOREIRA e CANDAU, 2008, p.18).
Na perspectiva delineada, a compreensão das características básicas de
cada fase de desenvolvimento humano passa a ser o fio condutor para as
discussões e para o planejamento do ensino e da aprendizagem que a favoreçam
com foco na formação cidadã, sem descartar a aprendizagem por capacidades,
considerando os conteúdos formais como meios para produção e usufruto de
bens culturais, sociais e econômicos (PCNs, 1998).
O referencial pretende revelar uma política curricular na perspectiva do que
Tomaz Tadeu defende: um currículo com significados de lugar, espaço, território
como relação de poder, trajetória, viagem, percurso. O currículo é texto, discurso,
documento de identidade.
Assim, nossa identidade, além de expressar-se como fio condutor do
ensino envolve ainda a aprendizagem de conteúdos e capacidades de todas as
áreas do conhecimento. Esses conteúdos se apresentam sob a forma de “saber
fazer” (conteúdos procedimentais), “saber ser” (conteúdos atitudinais) e “saber
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aprender” (conteúdos conceituais) que de forma interdisciplinar contribuirão para
a formação integral dos estudantes.
Nesse sentido Batista (2005) afirma que
Na organização de um currículo ou de um programa de ensino, “conhecimentos” tendem a designar “conteúdos” (como, por exemplo, “os recursos hídricos”). O termo “atitudes designa crenças ou disposições em relação a algo, como, por exemplo, o modo (positivo ou negativo) pelo qual se veem e se avaliam posições, modos de ser e de falar (preconceito, por exemplo, contra negros, mulheres ou homossexuais)”. “Habilidades”, “procedimentos”, “competências” e “capacidades”, por último, tendem a designar modos de fazer algo, processos mentais ou comportamentos, como por exemplo, saber ler e escrever, desenhar, dirigir um carro, fazer tricô ou crochê (BATISTA, 2005, p. 12).
Atrelado a esse processo, um ponto fundamental que ressaltamos é a
necessidade do trabalho docente voltado ao compromisso com todas as áreas do
conhecimento para desenvolver a capacidade leitora, escritora e produtora de
textos em todos os anos do ensino fundamental. Assim, o currículo na escola
deve ser produto de uma construção coletiva que prevê um trabalho voltado de
forma mais ampla para o enfrentamento sério da questão do fracasso escolar,
sobretudo àquele relacionado ao não domínio dos códigos da leitura e da escrita
e do raciocínio lógico-matemático.
Nesse contexto, os conteúdos e capacidades das Ciências Naturais, Arte e
Ciências Humanas são imprescindíveis para dar sentido e significados ao que se
lê e se produz no contexto escolar, lembrando que a Educação Física é uma
condição essencial para o desenvolvimento humano. A língua estrangeira
também deve fazer parte do currículo, iniciando com noções básicas no CBAC e
aprofundando à medida que o estudante vai avançando na vida escolar.
Em todos os anos do ensino fundamental cabe aos professores com
orientação e acompanhamento dos Coordenadores Pedagógicos e participação
efetiva do Diretor escolar, planejarem e disponibilizarem aos estudantes, no
decorrer de todo processo de ensino, situações desafiadoras de aprendizagem
que busquem a superação de suas dificuldades cognitivas e emocionais, bem
como ampliar seus conhecimentos.
Este referencial curricular contém desafios à construção de uma prática
docente que revele o que Giroux (1997, p. 95) denominou de “uma política da
diferença e do fortalecimento do poder, que sirva como base para o
desenvolvimento de uma pedagogia crítica através das vozes e para as vozes
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daqueles que são quase silenciados”. São relações de poder no sentido do que
Apple (1997) revela: “como formas concretas e materiais pelas quais todos nós
tentamos construir instituições que respondam às nossas necessidades e
esperanças mais democráticas”. Dessa maneira, em Apple pretendemos um
currículo sob a égide de uma pedagogia democrática que deve começar pelo
reconhecimento dos “diferentes” posicionamentos sociais e repertórios culturais
nas salas de aula. Nesse contexto, a escola deve ser um espaço de formação
para todos que se envolvam com ela; deve ser um espaço onde as relações
promovam aprendizagens diversas.
Num movimento de ressignificação e recontextualização do que se ensina
e aprende na escola, há também a necessidade de as unidades de ensino, em
suas mais variadas instâncias, promoverem ações que possibilitem aos
professores e demais atores envolvidos no processo, aprender a questionar os
valores que orientam suas práticas e a serviço de quem estão quando organizam
suas aulas apenas sob o ponto de vista técnico, ignorando o aspecto humano,
político e social da ação educativa.
Nesse sentido pretendemos contribuir para ampliar o sucesso escolar
procurando oferecer maiores oportunidades para melhorar a qualidade da
escolarização de todos os estudantes. Consequentemente, também abrirá
maiores possibilidades para todos os professores e demais atores envolvidos
reavaliarem e ressignificarem suas práticas.
Dessa maneira, a realização do currículo para formação humana precisa
proporcionar situações didáticas de aprendizagem que possam mobilizar algumas
funções centrais do desenvolvimento humano, como a função simbólica, a
percepção, a memória, a atenção e a imaginação (LIMA, 2008, p.26). Segundo a
autora, a partir da interação do sujeito com o mundo e das práticas culturais
ocorre o desenvolvimento da função simbólica, ou seja, por meio do exercício
desta função o ser humano pode construir significados e acumular
conhecimentos. Para ela, todo ensino na escola, de qualquer área do
conhecimento, implica na utilização da função simbólica. Alerta, ainda, que
quando as funções simbólicas da percepção, memória, atenção e imaginação não
são mobilizadas adequadamente a aprendizagem não se efetua.
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Para Lima (2008) a percepção é realizada pelos cinco sentidos (visão,
olfato, paladar, audição e tato). Essa função é desenvolvida no ser humano desde
que não haja impedimento nos órgãos dos sentidos ou nas estruturas cerebrais
que processam a percepção de cada um deles. Por outro lado, a percepção pode
criar um interesse novo. Ao ser introduzido um conhecimento novo, uma pessoa
pode se interessar ou não por ele, dependendo das estratégias utilizadas por
quem introduz. Assim, na sala de aula, não é somente o conteúdo que motiva,
mas, sobretudo, como o professor trabalha o conteúdo, seja ele da linguagem,
das artes ou das ciências.
Nesse contexto, toda aprendizagem envolve a memória. A memória é
modulada pela emoção, ou seja, os estados emocionais podem “interferir”,
facilitando ou reforçando a formação de novas memórias, assim como podem,
também, enfraquecer ou dificultar a formação de uma nova memória. Quanto ao
tempo, a memória pode ser de curta ou de longa duração. O desafio da
pedagogia é formular metodologias de ensino que transformem esta primeira
ação da memória (curta duração) em memórias de longa duração. Assim, para a
formação de novas memórias dos conteúdos escolares o estudante deve ser
ensinado “o que fazer e como fazer” para aprender os conhecimentos, ou seja, o
estudante precisa ser capaz de refazer o processo de aprendizagem.
A imaginação para Lima desempenha um papel central nas aprendizagens
escolares e deve ser considerada no planejamento, na alocação de tempo das
atividades dentro e fora da sala de aula e nas situações comuns do cotidiano
escolar. A imaginação não se “desprega” da memória, mas se recria com os
elementos da memória. A autora lembra que a imaginação não é dada na
espécie, é construída e é parte integrante do processo de aprendizagem porque
aprender significa, exatamente, ser capaz de estabelecer conexões entre
informações, construindo significados. A imaginação cria condições de
aprendizagem.
As aprendizagens escolares são a efetivação das potencialidades da
espécie e resultam da articulação entre as possibilidades do desenvolvimento e
as atividades que as efetivam, atividades que são ensinadas pelo professor.
Lembrando que, para que ocorra a aprendizagem, é necessário retomar o
conteúdo em momentos diferentes, pois o domínio de um conteúdo se dá ao
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longo do tempo. Trabalhar muitas vezes o mesmo conteúdo, de formas diferentes,
promove a ampliação progressiva dos conceitos.
Enfim, o referencial curricular pretende contribuir para construções
democráticas tanto em sala de aula quanto na sociedade. Para isso entendemos
que cada um de nós, Secretaria, Escola e Conselhos, sejamos capazes de
identificar e transformar as concepções de conhecimento, de seres humanos, de
educação e de sociedade que temos e avaliar o que queremos.
OS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS
Jean Piaget
Na medida em que Piaget apresenta e comprova, através de um método
científico consistente os estágios cognitivos, professores e outros profissionais
ligados à infância passam a considerar o currículo a ser ensinado e sua
organização respeitando as potencialidades de cada faixa etária. Sua teoria vem
revolucionar o conceito que se tinha até então do que vem a ser aprendizagem e
inteligência. Estas passam a ser produto do raciocínio e da compreensão do
mundo que o cerca de maneira gradativa e evolutiva.
Sob sua ótica, a inteligência humana é uma organização de esquemas ou
procedimentos mentais que permitem que níveis de conhecimento mais simples
se reorganizem, tornando-se cada vez mais complexos. Ele nos leva a
compreender que o desenvolvimento humano não se dá pelo acúmulo de
informações, mas pelo processo contínuo de reorganizações mentais. O que
ocorre durante a construção do conhecimento são substituições sucessivas de
lógicas que vão se superando diante de novos problemas apresentados pelo
mundo ou por mediadores mais experientes.
Cada estágio de desenvolvimento humano representa uma mudança na
qualidade do pensamento com lógicas progressivas que não podem ser
“puladas”. A superação das hipóteses psicogenéticas explicitada pelos estudos de
Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999) segue esse mesmo princípio. As autoras
fundamentam sua teoria sobre a apropriação da linguagem escrita numa
perspectiva evolutiva de construção da aprendizagem, uma vez que têm como
17
premissa a Epistemologia Genética de Jean Piaget, que visa compreender como
o ser humano passa de um nível de conhecimento inferior para outro mais
elaborado.
Neste referencial as descobertas de Piaget poderão ser um dos princípios
orientadores da prática docente. As características gerais de cada fase servirão
para orientar a escolha de metodologias, procedimentos e recursos didáticos de
modo que favoreçam maiores possibilidades aos estudantes para
compreenderem os conteúdos trabalhados. Seus estudos também são
orientadores do olhar do professor para “o como a criança e o adolescente
aprendem”, suas preferências e interpretações do mundo.
Lev Vygotsky
Para Vygotsky o desenvolvimento humano depende fundamentalmente da
aprendizagem, e esta se constitui de um caráter biológico e social universal. Para
ele é o aprendizado que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento
intelectual e humaniza os sujeitos: “o aprendizado pressupõe uma natureza social
específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual
daqueles que as cercam” (VYGOTSKY, 1984, p.99).
Souza e Martins (2006) melhoram nossa compreensão sobre as ideias de
Vygotsky revelando a importância da mediação para o desenvolvimento potencial
dos estudantes, ou seja, aquilo que ele ainda não domina, mas é capaz de
realizar, com o auxilio de alguém mais experiente. A interação entre aprendizado
e desenvolvimento é possibilitada pelo professor mediador. É o professor,
[...] que ajuda a criança a concretizar um desenvolvimento que ela ainda não atinge sozinha. Na escola, o professor e os colegas mais experientes são os principais mediadores. [...] O professor precisa conhecer o desenvolvimento real da criança, mas não pode parar por aí, pois é pelo auxílio direto, com explicações, pistas e sugestões, que o aluno avança, consolidando o desenvolvimento que era apenas potencial. No trabalho individual respeita-se a zona proximal de cada um, pois ela não é homogênea para todo o grupo (SOUZA e MARTINS, 2006, p.107).
Dessa forma, o ensino fundamental tem como base estruturadora da
construção do conhecimento do professor e dos estudantes, a tríade
aprendizagem-mediação-desenvolvimento. Esse pressuposto eleva a importância
do professor no processo de ensino-aprendizagem na medida em que o
18
desenvolvimento humano, por meio da aprendizagem, depende da qualidade das
intervenções educativas e das informações oferecidas por ele aos estudantes.
Os estudos de Vygotsky apontam que as características tipicamente
humanas não estão presentes desde o nascimento do individuo, nem são mero
resultado das pressões do meio, mas resultam da interação dialética do homem e
seu meio sociocultural. O homem, ao mesmo tempo em que transforma o seu
meio para atender suas necessidades básicas, transforma a si mesmo. As ideias
de Vygotsky pretendem reorientar o olhar da escola para que esta possa
compreender que as funções psicológicas superiores (atenção, percepção,
memória, pensamento e imaginação) além de serem imprescindíveis para
aprender os conteúdos escolares, também se originam nas relações dos
indivíduos e seu contexto cultural e social.
Para Vygotsky o cérebro, produto de uma longa evolução, é entendido
como um sistema aberto de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de
funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do
desenvolvimento individual. Plasticidade é, segundo Lima, a possibilidade de
formação de conexões entre neurônios a partir das sinapses. A infância é o
período de maior plasticidade, ou seja, quanto mais novo o ser humano, maiores
e mais rápidas são as conexões. Outro aspecto importante a ser ressaltado para
orientar a ação educativa diz respeito às características da mediação presente em
toda atividade humana. Diz Vygotsky que são os instrumentos técnicos e os
sistemas de signos construídos historicamente que fazem a mediação dos seres
humanos entre si e deles com o mundo. A linguagem é um signo mediador por
excelência, pois carrega em si os conceitos generalizados e elaborados pela
cultura humana.
Para Vygotsky o desenvolvimento real ou efetivo são as conquistas já
efetivadas pela criança e adolescente são capacidades que eles já aprenderam,
pois já conseguem utilizar sozinhos, sem assistência de alguém mais experiente
da cultura (pai, professor, criança mais velha etc.).
O nível de desenvolvimento potencial se refere àquilo que a criança é
capaz de fazer, só que mediante ajuda de outra pessoa (professores, outras
crianças mais experientes). Nesse caso, Rego (1995), sob os ombros de
Vygotsky diz que a criança realiza tarefas, soluciona problemas através do
19
diálogo, da colaboração, da imitação, da experiência compartilhada e das pistas
que lhe são fornecidas.
Assim, é preciso ainda compreender que a distância entre aquilo que a
criança é capaz de fazer de forma autônoma, denominado de nível de
desenvolvimento real e aquilo que ela realiza com ajuda de outros (nível de
desenvolvimento potencial) caracteriza o que Vygotsky denominou de zona de
desenvolvimento potencial ou proximal.
A compreensão da zona de desenvolvimento proximal possibilita aos
professores e demais profissionais envolvidos no processo de escolarização
observar e “verificar não somente os ciclos já completados, como também os que
estão em via de formação, o que permite o delineamento da competência da
criança e de suas futuras conquistas”. (REGO, 1995, p. 74).
Henry Wallon
Na perspectiva de Wallon a educação deve se adaptar às características
do desenvolvimento humano. Sua proposta revela uma ressignificação do
processo de aprender. Ela surge, segundo Lima, como uma estrutura que
possibilitaria a formação do ser humano, tanto como ser cultural, como ator social
(Lima, 2001, p.13).
O meio social e a cultura fornecem as informações necessárias à
sobrevivência dos indivíduos e também definem os conhecimentos que precisam
ser ensinados pelas instituições sociais, tais quais: a família, as instituições
religiosas, a escola etc. O desenvolvimento ocorre dentro das interações sociais e
com o meio físico.
Mahoney (2004), citando Wallon explicita,
[...] a relação da criança com o seu meio, uma relação recíproca, complementar entre fatores orgânicos e socioculturais. Essa relação está em constante transformação e é nela que se constitui o sujeito. O desenvolvimento é um processo em aberto porque a cada nova exigência do meio – meio que está sempre em movimento – novas possibilidades orgânicas [...] poderão ser ativadas em múltiplas direções. Enquanto o indivíduo mantiver sua capacidade de adaptação, estará aberto a mudanças, ao desenvolvimento. (MAHONEY, 2004, p. 14-15).
Dentre os aspectos que são indispensáveis ao ato de aprender e
desenvolver-se está a emoção. Segundo Wallon a emoção é um elemento
20
constitutivo do ser humano, que influencia todo processo de construção do
conhecimento. Amparada em Wallon, Lima argumenta que,
A emoção é parte do ato de conhecer. [...] a emoção é mesmo a base sobre a qual se dá o desenvolvimento da inteligência. Ou seja, não há dicotomia entre a emoção e a razão no ser humano, nem há uma interferência negativa da emoção na racionalidade humana. Na verdade, elas são interdependentes. A formação do ser humano tem como elemento constituinte a emoção. Portanto a aprendizagem em escola inclui, necessariamente o aspecto emocional (LIMA, 2002, p. 17).
A teoria de Wallon considera o desenvolvimento da pessoa completa
integrada ao meio em que está inserida, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e
motor. Assim, a ênfase é para a integração – entre organismo e meio e entre as
dimensões: cognitiva, afetiva e motora na constituição da pessoa.
Na perspectiva de Wallon a emoção faz parte do conhecer. É da
protoconsciência emocional, subjetiva que irá se desenvolver a consciência
reflexiva. A vida psíquica é resultante do encontro da vida orgânica com o meio
social. A maturação orgânica é considerada condição para o desenvolvimento e
permite descrevê-lo em estágios sucessivos e integrados. É a comunicação
emocional que dá acesso ao mundo adulto, ao universo das representações
coletivas. A inteligência surge depois da afetividade e, a partir das condições de
desenvolvimento motor, se alterna e estabelece um conflito com ela.
A função simbólica é a aptidão específica da espécie humana que se refere
ao poder de encontrar, para um objeto, a sua representação e, para esta
representação, um signo. O desenvolvimento deste potencial pela espécie tem,
na sua base, a vida em sociedade que pressupõe objetivos comuns e
necessidade de comunicação.
Outra contribuição de Wallon é que a afetividade evolui conforme as
condições maturacionais de cada pessoa e com formas de expressões
diferenciadas, que se configuram como um conjunto de significados que o
indivíduo adquire nas relações com o meio, com a cultura, ao longo da vida. Os
significados representam para cada pessoa as diferentes situações e experiências
vivenciadas num determinado momento e ambiente social. Por este motivo a
afetividade não permanece imutável ao longo da trajetória da pessoa.
Em virtude de seu poder de sobrepor-se à preponderância da razão, é
necessário, segundo Wallon, manter-se uma “baixa temperatura emocional”, ou
seja, um ponto de “equilíbrio” entre razão e emoção para que se possa trabalhar
21
as funções cognitivas. A integração entre as dimensões motora, afetiva e
cognitiva, conceito central da teoria de Wallon, é claramente descrito por
Mahoney (2000):
O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um desses aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Sua separação se faz necessária apenas para a descrição do processo. Uma das consequências dessa interpretação é de que qualquer atividade humana sempre interfere em todos eles. Qualquer atividade motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas; toda operação mental tem ressonâncias afetivas e motoras. E todas essas ressonâncias têm um impacto no quarto conjunto: a pessoa (p. 15).
Assim, para garantir o direito de aprender a todos os estudantes, do
Sociointeracionismo de Vigotsky e Wallon, como uma das teorias cognitivistas
de aprendizagem que se baseia no resultado das interações sociais, na medida
em que um sujeito mais experiente media o conhecimento do sujeito em
aprendizagem por meio da linguagem e experiências no mundo cultural.
Já o construtivismo que nasceu na base dos estudos de Ferreiro e
Teberosky apoiados em Jean Piaget é uma teoria cognitivista de aprendizagem
que explica que a aprendizagem é o resultado da interação entre o sujeito e o
objeto de estudo. A experiência é fator fundamental nesse processo. Dessa
forma, as interações são fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem
da leitura e da escrita.
As ideias de Piaget, Vygotsky e Wallon pretendem provocar reflexões que
possam ajudar os professores a encontrar caminhos mais pertinentes para
ensinar os estudantes, considerando suas características biopsicossociais. Em
suma, é preciso que toda equipe docente da escola compreenda que cada autor
ou pesquisador do desenvolvimento humano pode, na sua especificidade,
contribuir para uma compreensão melhor de “como o sujeito aprende” e,
consequentemente, contribuir para um ensino e uma aprendizagem mais
significativa.
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Para a organização da prática pedagógica recorremos a Sacristán (2000,
p.166) para estabelecer que o professor deve se tornar num mediador decisivo
22
entre o currículo e os estudantes, um agente ativo no desenvolvimento curricular,
um organizador dos conteúdos.
Nessa forma de organizar as aulas “as idades da vida, da formação
humana passam a ser o eixo estruturante do pensar, planejar, intervir e fazer
educação, da organização das atividades, dos conhecimentos, dos valores, dos
tempos e espaços” (ARROYO, 1999, p.6).
Com Arroyo (1999) trabalhar nessa perspectiva não acrescenta novas
incumbências a serem treinadas previamente, mas cria situações coletivas que
propiciam explicitar e cultivar o papel, os valores e saberes educativos que cada
professor já põe em ação em sua prática e nas escolhas que faz a cada dia no
trato com os estudantes. O professor, então passa a se ver como um profissional
que tenta dar conta dessas temporalidades do desenvolvimento humano com
suas especificidades e exigências. E a escola é vista como um encontro
pedagogicamente pensado e organizado de gerações, de idades diferentes
(ARROYO, 1999, p. 158-159).
Desse modo, as salas de aula das Unidades de Ensino da Rede Municipal
devem se transformar em,
[...] um espaço de ampliação da experiência humana, devendo, para tanto, não se limitar às experiências cotidianas da criança e trazendo, necessariamente, conhecimentos novos, metodologias e áreas do conhecimento contemporâneas. O currículo se torna assim um instrumento de formação humana (LIMA, 2008, p.19).
E cada profissional da equipe escolar precisa desenvolver a capacidade de
criar estratégias e procedimentos pedagógicos que contrariem a lógica
conservadora e excludente do ensino escolar, e trabalhe no sentido de se
transformar em um profissional,
[...] intelectual e culturalmente orientado, cuja atuação política em prol da redução das situações de opressão se paute pela crítica da própria prática, pela crítica das distintas manifestações culturais, bem como pela proposição de alternativas ao existente. (MOREIRA e MACEDO, 2001, p138-139).
Nesse sentido, como Launé (2008, p.85), cabe ao docente descobrir as
melhores condições para que o estudante aprenda, reconhecendo que, enquanto
ensina, também aprende nas interações que vivencia. Dessa forma, há
necessidade de exercitar o olhar para além das aparências. Nesse sentido, os
23
valores, as atitudes, as representações, os conteúdos, as competências, a
identidade e os projetos de cada um são decisivos.
Nesse processo a organização do trabalho pedagógico deve pautar-se na
perspectiva da metodologia de projetos e no trabalho com as sequências
didáticas, em que o professor, ao problematizar os conteúdos abordados, “instiga
os alunos ao diálogo, propiciando, assim, um posicionamento crítico e dialético
que implica em um movimento constante de ação-reflexão-ação”. (BEHRENS,
2006, p.167).
A existência de um trabalho orientado pela problematização e investigação
está sempre ligada à dúvida sincera, ao estudo e a uma meta em aberto,
admitindo o risco, mas não a impossibilidade. O conhecimento para o estudante
dentro da sala de aula está sendo criado continuadamente.
Essa forma de organização do ensino traz o social para a sala de aula e
procura envolver mais os estudantes nas atividades, de forma mais significativa.
Seu objetivo é articular os propósitos didáticos aos conteúdos científicos e sociais
que devem ser ensinados, além de dar um sentido mais amplo às práticas
escolares. Evita a fragmentação dos conteúdos e torna os estudantes
corresponsáveis pela própria aprendizagem.
Portanto, planejar as aulas utilizando o caminho da investigação, da
problematização, do levantamento de hipóteses e do conhecimento prévio dos
estudantes são ações didáticas motivadoras para despertar o gosto pela
aprendizagem. Este é um trabalho indispensável e de responsabilidade do
professor, com auxilio do Coordenador Pedagógico.
Desta forma, a organização das aulas requer que o planejamento do
ensino seja participativo, em que as decisões e responsabilidades pela
aprendizagem dos estudantes sejam sempre coletivas. O diálogo deve ser a
essência dos encontros por excelência, remetendo cada um à “reflexão-ação-
reflexão-ação” através dos chamados Colóquios Pedagógicos.
Os colóquios pedagógicos pretendem abrir maiores possibilidades para a
construção de novos conhecimentos para ressignificar os habituais, bem como
descartar os que já não possuem mais sentido. Estes argumentos sobre os
colóquios encontram respaldo nas palavras de Andrea Krug (2001) ao expressar
que “os professores e professoras formam um coletivo, por isso a
24
responsabilidade pela aprendizagem é sempre compartilhada por um grupo de
docentes e não mais por professores e professoras individualmente” (PROJETO
CBAC/SMEC/VG, 2004, p.13).
Esse processo, nas palavras de Perrenoud (2000), demonstra que
trabalhar em equipe não depende de uma opção pessoal, é uma exigência
profissional decorrente da evolução do próprio ofício de ensinar. Assim, é
exigência da natureza da educação: só se educa quando há diálogo, o que é
impossível com pessoas trabalhando isoladamente.
Nessa perspectiva, a prática pedagógica tem como objetivo maior
erradicar o fracasso escolar, a exclusão e a reprovação no ensino fundamental.
Portanto, a organização dos conteúdos das áreas para o fazer pedagógico
em sala de aula poderá ser de forma interdisciplinar, quando o tema ou conteúdo
assim permitir. A interdisciplinaridade, segundo Antoni Zabala (2002) pode ser
realizada entre duas ou mais disciplinas, procurando proporcionar aos estudantes
maior compreensão sobre os assuntos. Ao professor cabe a tarefa de ter claro
que todo conteúdo é o meio formal para garantir os direitos de aprendizagem dos
estudantes.
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE PLANEJAR
O planejamento é próprio da natureza humana: a maior parte do que
fazemos inclui um planejamento mais ou menos elaborado, dependendo dos
meios disponíveis e objetivos a serem alcançados. Assim, pode-se planejar
mentalmente o que será feito no dia, o que será servido no almoço e outros atos
corriqueiros e cotidianos, do mesmo modo que se pode planejar uma festa, um
encontro, uma reunião. Na escola, o planejamento adquire um significado mais
específico e é visto por Padilha (2001) como a busca de equilíbrio entre meios e
fins, recursos e objetivos de tal modo que se possa melhorar processos e
resultados, com prazos determinados e etapas definidas. Desse modo, o
planejamento é fruto de reflexão coletiva e deve ser acompanhado de uma
avaliação contínua, pois tem por objetivo atender necessidades individuais e
sociais.
25
O planejamento escolar envolve todos os segmentos em busca de
melhorias para a escola no ensino fundamental. Para Libâneo (1994), esse é um
processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente,
articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social, oferecendo
uma orientação metodológica acerca do conteúdo a ser desenvolvido em sala de
aula, com base nas necessidades e conhecimentos prévios dos estudantes.
Para organizar o trabalho pedagógico, cada unidade de ensino deve
articular os direitos/objetivos de aprendizagem aos conteúdos das áreas de
conhecimento. Os direitos/objetivos deverão compor a proposta pedagógica
definida no Projeto Político-Pedagógico/PPP. Este processo deve ser
acompanhado e monitorado pela equipe docente e não docente da escola, uma
vez que todo plano deve ser exequível e flexível.
Isso porque sem planejamento que organize e dê sentido e unidade ao
trabalho as ações tendem a ser improvisadas, aleatórias, espontaneístas,
imediatistas e notadamente orientadas pelo ensaio e erro, condições que tantos
prejuízos causam à educação. Sem planejar, trabalha-se, mas sem direção clara
e sem consistência entre as ações. Dá-se aula, mas não se promove
aprendizagens efetivas; realizam-se reuniões, mas não se promove convergência
de propósitos em torno das questões debatidas; realizam-se avaliações, mas
seus resultados não são utilizados para melhorar os processos educacionais;
enfrentam-se os problemas, mas de forma inconsistente, reativa e sem visão de
conjunto, pela falta de análise objetiva da sua expressão e da organização das
condições para superá-las. (LÜCK, HELOÍSA, 2009)
O Planejamento Anual - significa uma diretriz para o que será feito no
decorrer do processo de ensino em sala. Entretanto, poderá e deverá conter
modificações no dia a dia da escola, cada vez que o professor ou a equipe sentir
necessidade, uma vez que sua função flexível precisa atender às necessidades
contextuais e necessárias. Além dos conteúdos, há que se pensar em como os
procedimentos, atitudes, valores e normas devem ser repassados pela escola.
O Plano de Aula - deve ser elaborado pelo professor, com o
acompanhamento sistemático do Supervisor/ Coordenador que, por sua vez, deve
orientar e somar forças com o corpo docente da sua escola com vistas ao
fortalecimento do processo ensino-aprendizagem.
26
Há que se ressignificar e refletir profundamente sobre sua necessidade
para o ato de ensinar e aprender, pois entendemos que o plano é o melhor
instrumento do professor para a construção da aprendizagem significativa.
Por meio dele, o professor pode montar sua aula antecipadamente,
prevendo os recursos de que necessitará e a forma como irá utilizá-los. Isso
permitirá a flexibilização do conteúdo a partir da análise diagnóstica das
necessidades verificadas.
O planejamento das aulas deve ser um processo contínuo e flexível;
deve levar em consideração a realidade da classe, além dos interesses de
aprendizagem. Elaborar um plano de aula é fazer o detalhamento do plano anual
tendo em vista sua operacionalização sistemática. Deve contemplar as
necessidades e os avanços já alcançados pelos alunos e a necessidade de
intervenção pedagógica, levando-se em conta a coerência que deve existir entre
as capacidades a serem desenvolvidas. Faz-se necessário, ainda, a observância
dos descritores e as atividades que devem ser trabalhadas em sala de aula.
Os Conteúdos - Os conteúdos representam elemento importante no
currículo, retratando diferentes dimensões como conceitos, fatos, princípios,
procedimentos e atitudes.
Os conteúdos são elementos que, se bem trabalhados
metodologicamente, permitem ao estudante compreender a realidade para poder
ser parte ativa dela, possibilitando que ele trabalhe não só com projeções futuras
de uso de suas habilidades e conhecimentos, mas com situações do presente que
ampliem o senso comum (conhecimentos prévios), levando ao conhecimento
científico ou aprimorando um conhecimento já existente.
Para tanto, este documento propõe o trabalho interdisciplinar que,
[...] se faz em torno de um processo, que envolve a integração e o engajamento de educadores, gerando a interação das disciplinas do currículo escolar não apenas entre si, mas, sobretudo, destas com a realidade, com vistas a superar a fragmentação e a formar integralmente os alunos. (LUCK,1994).
Portanto, para a efetivação dessa proposta precisamos organizar o
tempo sem fragmentar as áreas de conhecimento, cujos componentes
curriculares tenham a mesma importância na formação social, pois tudo que se
aprende na escola deve ter ligação com a realidade social, ser significativo e ter
27
sentido para o estudante.
Assim, um planejamento interdisciplinar sempre precisará contemplar,
além dos conteúdos específicos de cada área, o desenvolvimento de atividades
coletivas, comunicativas e argumentativas, as quais favorecerão o
desenvolvimento do conhecimento científico inter-relacionado ao letramento
crítico. No que se refere ao conceito de “letramentos críticos”, Barbosa (2007)
explica que,
[...] esse conceito visa enfatizar a ideia de que não basta formar usuários de várias linguagens, numa perspectiva meramente instrumental, técnica e pragmatista, mas é preciso que a formação vise ao desenvolvimento da criticidade, no sentido de desvelar e/ou atribuir intencionalidades, interesses e ideologias que cercam qualquer uso das linguagens. (BARBOSA, 2007, p. 42)
Dessa forma, espera-se que este documento se constitua, no âmbito
escolar, como um importante instrumento orientador das práticas pedagógicas,
possibilitando maior clareza para a comunidade escolar acerca do compromisso
com o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.
Nessa perspectiva, os conteúdos formais, escolhidos para o currículo, terão
um papel importante na escolarização da criança e do adolescente. As
metodologias para conduzir às aprendizagens precisam ser adequadas às
estratégias de desenvolvimento da idade do estudante. Nesse contexto, as
atividades servem para que o professor verifique se os estudantes aprenderam os
conteúdos propostos, bem como se os objetivos foram alcançados.
Assim, trabalharemos com os objetivos que deverão ser atingidos ao longo
de todo o Ensino Fundamental, nas áreas do conhecimento/componentes
curriculares organizados dessa forma:
I - Linguagem
Língua Portuguesa
Arte
Línguas Estrangeiras Modernas
Educação Física
II - Ciências da Natureza
III - Matemática
IV- Ciências Humanas e Sociais
Geografia
28
História
V - Ensino Religioso
OS TEMAS ESPECIAIS
Os temas especiais permitem estabelecer a integração entre os
componentes curriculares de uma mesma área do conhecimento e entre as
diferentes áreas que organizam a educação básica. Esses temas dizem respeito a
questões que atravessam as experiências dos sujeitos em seus contextos de vida
e atuação e que, portanto, intervêm em seus processos de construção de
identidade e no modo como interagem com outros sujeitos e com o ambiente,
posicionando- se ética e criticamente sobre e no mundo.
Trata-se, portanto, de temas sociais contemporâneos que contemplam, para além
da dimensão cognitiva, as dimensões política, ética e estética da formação dos
sujeitos, na perspectiva de uma educação humana integral.
Considerando critérios de relevância e pertinência sociais, bem como os
marcos legais vigentes, a Base Nacional Comum Curricular trata, no âmbito dos
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos diferentes componentes
curriculares, dos seguintes temas especiais:
■ Economia, educação financeira e sustentabilidade.
■ Culturas indígenas e africanas.
■ Culturas digitais e computação.
■ Direitos humanos e cidadania.
■ Educação ambiental.
Economia, educação financeira e sustentabilidade
A globalização econômica que tem rompido as fronteiras entre países, por
meio das novas tecnologias e do apelo desenfreado ao consumo global e
padronizado, exige que a escola pense no seu papel em relação à formação de
crianças e adolescentes para enfrentar essa realidade em permanente
transformação, frente ao iminente esgotamento de recursos naturais do planeta.
29
O tema especial Economia, educação financeira e sustentabilidade
contribui para que a escola assuma a responsabilidade de formar cidadãos
conscientes e comprometidos com a construção de relações mais sustentáveis
dos sujeitos entre si e com o planeta.
Culturas indígenas e africanas
As desigualdades sociais e econômicas que marcam a sociedade brasileira têm
contribuído para a promoção de uma massificação cultural que muitas vezes não
reconhece, nem valoriza a diversidade e pluralidade culturais do Brasil.
O tema especial Culturas indígenas e africanas relaciona-se ao
reconhecimento do protagonismo de atores excluídos das narrativas históricas e
da necessidade de que esse reconhecimento se incorpore à formação das novas
gerações. Alinha-se, ainda, à Lei nº 11.645/2008, que alterou o artigo 26-A, da
LDB, que estabelece a obrigatoriedade de os currículos abordarem a história e a
cultura afro-brasileira e africana, bem como a dos povos indígenas.
Culturas digitais e computação
Em um mundo cada vez mais tecnologicamente organizado, em que o
acesso à informação é imediato para uma parcela significativa da população, a
escola é chamada a considerar as potencialidades desses recursos tecnológicos
para o alcance de suas metas. Nesse sentido, o tema especial Culturas digitais e
computação relaciona-se à abordagem, nas diferentes etapas da educação
básica e pelos diferentes componentes curriculares, do uso pedagógico das
novas tecnologias da comunicação e da exploração dessas novas tecnologias
para a compreensão do mundo e para a atuação nele.
Direitos humanos e cidadania
Ao eleger Direitos humanos e cidadania como um dos temas especiais pretende-
se que os diferentes componentes curriculares sejam capazes de abordar, na
formulação de direitos e objetivos de aprendizagem, o necessário tratamento aos
direitos humanos, tendo em conta tanto a promoção da igualdade como o
combate à desigualdade.
30
Educação ambiental
A Lei nº 9.795/1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental (EA) e institui
a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), explicita que a educação
ambiental diz respeito aos processos por meio dos quais os indivíduos e a
coletividade constroem conhecimentos, habilidades, atitudes e valores sociais,
voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Ao eleger Educação
ambiental como tema especial almeja-se articular direitos e objetivos de
aprendizagem em torno das questões socioambientais, de tal forma que os
currículos escolares sejam capazes de debater a continuidade da vida de todas
as espécies, inclusive a humana, no planeta terra. Isto exige repensar a
desigualdade na distribuição de bens materiais e culturais, bem como a sua
produção não sustentável pelo uso predatório dos recursos naturais e pelo
consumo desenfreado.
Os temas especiais devem permear os componentes curriculares das
áreas de conhecimento de forma interdisciplinar buscando associar os
conhecimentos prévios dos alunos aos conhecimentos científicos realizando,
assim, a transposição didática.
Nessa perspectiva orientamos a utilização das metodologias: Projeto,
Sequência Didática e Sequência de Atividades no trabalho da organização
curricular.
AS METODOLOGIAS ORIENTADORAS DA PRÁTICA
PEDAGÓGICA
A Sequência Didática
Neste texto apresentamos a sequência didática como uma possibilidade de
organização do trabalho pedagógico, que favorece a interdisciplinaridade em uma
perspectiva sociointeracionista.
Mesmo planejada previamente, uma sequência didática deve ter um caráter
flexível, de modo a permitir que outras situações sejam incorporadas ao processo,
caso alguns conhecimentos precisem ser mais aprofundados. Além disso, esse
trabalho proporciona a integração entre os eixos de ensino da língua (oralidade,
leitura, produção de texto e análise linguística) e dos componentes curriculares.
31
Zabala (1998, p.18) define a Sequência Didática como um conjunto de
atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos
objetivos educacionais e têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos
professores como pelos estudantes.
Importante ressaltar que a Sequência Didática é uma forma de organizar o
ensino cujas etapas de desenvolvimento devem contemplar o conteúdo que se
pretende ensinar. Ela inicia-se com a problematização do tema ou conteúdo que
se quer alcançar, no qual sempre são lidos textos que exemplificam o proposto.
Nas etapas seguintes, os estudantes são ensinados a construir textos coletivos e
individualmente seguindo as características dos assuntos trabalhados durante as
aulas.
Reportamo-nos a Schneuwly e Dolz Sequência Didática (2004) pode ser
definida como “um conjunto de atividades escolares organizadas
sistematicamente em torno de um determinado gênero textual oral ou escrito”.
Conforme definido por esses autores, a sequência didática é considerada
um conjunto de atividades progressivas, articuladas entre si, guiadas por um
tema, um objetivo geral ou uma produção dentro de um projeto de classe. Podem
e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o
professor a organizar o trabalho em sala de aula de forma gradual, partindo do
nível de conhecimento que os alunos já dominam para chegar ao nível que eles
precisam dominar.
Ela é constituída de uma produção inicial, feita sobre uma situação de
comunicação que orienta a sequência didática, e de módulos que levam os alunos
a se confrontarem com os problemas do gênero tratados de forma mais particular.
Como fechamento há uma produção final. Esses três passos constituem a
sequência didática.
O que é preciso para realizar sequências didáticas?
É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e
conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm sobre o gênero. Isso
é necessário para que a sequência didática seja organizada de tal maneira que
não fique nem muito fácil, o que desestimulará os estudantes, porque não
32
encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o
trabalho e envolver-se com as atividades.
Por que usar sequências didáticas?
Para ensinar os estudantes a dominar um gênero de texto de forma
gradual, passo a passo. Ao organizar uma sequência didática, o professor pode
planejar etapas do trabalho com os estudantes, de modo a explorar diversos
exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar
aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.
Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e
aspectos gramaticais são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para
quem aprende.
A sequência didática e suas etapas
Decompondo a Sequência Didática:
1ª ETAPA - APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
São dadas as informações necessárias para que os estudantes conheçam
o projeto de comunicação que será realizado na produção final, ao mesmo tempo
em que prepara os alunos para a 1ª produção.
Nessa etapa o professor deverá:
a. Compartilhar a proposta de trabalho com os estudantes;
b. Sondar o conhecimento prévio dos estudantes acerca do gênero.
33
2ª ETAPA - PRODUÇÃO INICIAL
Os estudantes tentam elaborar um primeiro texto do gênero escolhido, revelando
o que eles conhecem sobre ele. Essa produção tem o papel de reguladora da
sequência, mostrando o que os alunos já conhecem sobre o gênero e indicará o
que o professor deverá abordar nos módulos para auxiliar os alunos a
construírem o conhecimento que falta.
Essa etapa tem o objetivo de:
a. Mapear o conhecimento prévio dos estudantes;
b. Ampliar o repertório dos estudantes;
c. Produzir um texto individual ou coletivo.
3ª ETAPA - ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS –
MÓDULOS
• Nos módulos, de modo geral, procura-se trabalhar os problemas que
apareceram na produção inicial e dar aos estudantes os instrumentos necessários
para superá-los.
• O professor avalia as principais dificuldades da expressão oral ou escrita
dos alunos e constrói módulos com diversas atividades e estratégias para
trabalhar a superação de cada problema.
• Os módulos, assim como toda a sequência didática, não são fixos, mas
possuem um movimento que vai do mais complexo ao mais simples, para, no
final, voltar ao complexo, que é a produção final.
Ao final de cada módulo sintetizar o conhecimento adquirido na lista de
constatações.
4ª ETAPA - PRODUÇÃO FINAL
O estudante irá colocar em prática o que construiu nos módulos: ele irá
produzir o seu texto final e poderá, em seguida, compará-lo a seu texto inicial,
percebendo os progressos que teve durante o trabalho. Ao final dos trabalhos,
publicar os textos produzidos pelos estudantes. Escolha o portador mais
adequado ao gênero. Por exemplo: para contos maravilhosos, transforme os
textos dos estudantes em um livro ou coletânea; se você trabalhou com a notícia,
publique-os no jornal local ou no jornal mural. Com a publicação pronta, prepare
34
com cuidado o lançamento. Convide pais, professores, colegas da escola e
pessoas da comunidade. Essa significativa conquista merece celebração.
O Projeto didático
O Projeto Didático é uma metodologia para a organização do trabalho
pedagógico. O projeto pode ser elaborado pela escola como um todo, por um
conjunto de professores ou, se assim entender, por um professor em particular.
Já Nery (2007, p. 120) diz que o Projeto Didático é uma “modalidade de
organização do trabalho pedagógico que prevê um produto final cujo
planejamento tem objetivos claros, dimensionamento do tempo, divisão de tarefas
e, por fim, a avaliação final em função do que se pretendia”.
Em outras palavras, o projeto didático é um tipo de organização e
planejamento do tempo e dos conteúdos que envolvem uma situação-problema.
Seu objetivo é articular os propósitos didáticos (o que os estudantes devem
aprender) e propósitos sociais (o trabalho tem um produto final, como um livro ou
uma exposição, que vai ser apreciado por alguém). Além de dar um sentido mais
amplo às práticas escolares, o projeto evita a fragmentação dos conteúdos, torna
o estudante corresponsável pela própria aprendizagem e visa atingir um objetivo
final. Nas palavras de Leal (2005) “O projeto didático, geralmente, pressupõe um
problema a ser resolvido, produto a ser produzido pelos estudantes e um
acompanhamento coletivo de todo o processo”.
Pontos favoráveis à perspectiva de se trabalhar com Projetos:
o Vão além dos limites curriculares (tanto das áreas como dos
conteúdos);
o Implicam a realização de atividades práticas;
o Os temas selecionados são apropriados aos interesses e ao estágio
de desenvolvimento dos alunos;
o Incentivam a pesquisa, a criticidade e a autonomia;
o Implicam atividades individuais, grupais, em relação às diferentes
habilidades e conceitos que são aprendidos.
35
Questões norteadoras na elaboração de um Projeto Didático
Segundo Leal (2005), é necessário que o professor reflita sobre algumas
questões relacionadas ao tema e à execução do projeto, durante sua elaboração
para que sejam previstos possíveis entraves ao êxito do projeto. Seguem algumas
questões que devem nortear as discussões de um projeto:
o O projeto apresenta um problema?
o A temática é pertinente à turma?
o A apresentação contempla as ideias gerais do projeto?
o Os argumentos que justificam a realização do projeto estão claros e
articulados com a temática proposta?
o Os objetivos gerais e específicos são apresentados com clareza?
São coerentes com a temática abordada?
o A articulação entre os objetivos específicos permite que o objetivo
geral seja alcançado?
o A fundamentação teórica é pertinente à temática?
o Os conteúdos a serem trabalhados estão expressos e articulados
com a temática?
o As etapas previstas no projeto contemplam os objetivos almejados?
o O tempo de duração é apropriado ao desenvolvimento das
atividades?
o A forma de avaliação definida é coerente com a temática?
o O projeto é viável?
Elementos constitutivos de um Projeto
Nery (2007), propõe os elementos constitutivos de um Projeto Didático na
Unidade 6, ano 3, p. 14 do PNAIC:
o Título do projeto (o título deve estar de acordo com o tema)
o Área do conhecimento
o Conhecimentos (delinear os conhecimentos que serão ensinados)
o Etapas (descrever cada etapa de modo minucioso para orientá-lo no
desenvolvimento do projeto)
o Materiais necessários: (elencar com clareza tudo o que precisará ter
para desenvolver o projeto – CD, revistas, jornais, livros etc)
36
o Trabalho interdisciplinar (elencar os componentes curriculares que
podem ser explorados com o projeto)
o Temas (considerando o nível da turma)
o Temas especiais
o Tempo estimado (quantas aulas serão necessárias para desenvolver
o projeto)
o Produto (o que se construirá, ao final. Ex.: uma coletânea de
poemas, de contos, jornal etc.)
o Avaliação (traça-se uma avaliação diagnóstica de modo que o que
se previu nos objetivos seja verificado em sua concretização ou
não). Aqui cabem textos coletivos ou individuais, seminários
temáticos onde os estudantes deverão expor os conhecimentos
adquiridos com o projeto, avaliações escritas com questões
objetivas ou de múltipla escolha, composição de painéis expositivos
em pequenos grupos ou individualmente etc.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO
CIDADÃ/CBAC
SÉRIES ANUAIS
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º
ANO 5º
ANO 6º
ANO 7º
ANO 8º
ANO 9º
ANO
06 ANOS
07 ANOS
08 ANOS
09 ANOS
10 ANOS
11 ANOS
12 ANOS
13 ANO
14 ANO
AVALIAÇÃO A SERVIÇO DA APRENDIZAGEM E DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Respeitadas as normas legais, a avaliação no Ensino Fundamental é parte
integrante do currículo contextualizado, interdisciplinar, dialógico e formativo. Os
processos avaliativos devem prescrever o zelo pela aprendizagem dos
estudantes, a necessidade de prover os meios e as estratégias para a
recuperação daqueles com menor rendimento e considerar a prevalência dos
37
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os resultados ao longo do
período.
A avaliação do estudante a ser realizada pelo professor e pela escola é
redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter formativo,
participativo, diagnóstica e cumulativa. A função cumulativa, por ser um
procedimento realizado sobre um determinado período de tempo e calcado em
números e médias para tomada de decisões sobre a vida escolar do estudante,
no que se refere à promoção e retenção, ocorrerá no ensino fundamental
organizado em Séries Anuais.
Nesse sentido, na busca de sermos justos e eficientes precisamos garantir a
coerência entre as metas que planejamos, o que ensinamos, o que e para que
avaliamos. A clareza sobre o que vamos ensinar permitirá, em cada ano de
ensino, delimitar as expectativas de aprendizagem, das quais dependem tanto
nossos critérios de avaliação quanto ao nível de exigência.
Portanto, faz-se necessário definir um perfil de entrada e saída de cada ano
de ensino e assegurar esforços para compreender os processos de construção do
conhecimento a partir da análise desses dados.
Conceitos e Princípios
A construção de um currículo crítico e interdisciplinar que pretende
promover aprendizagens significativas na vida dos estudantes tem sua
ancoragem na avaliação diagnóstica, inclusiva, formativa, emancipatória e ao
mesmo tempo reguladora. Uma avaliação que envolve o Coletivo de Professores
com a orientação e acompanhamento dos Coordenadores Pedagógicos e
Diretores escolares com a finalidade de se construir uma postura integrada, que
possa transformar o processo de avaliar em um instrumento a serviço da
aprendizagem de todos.
Nesse sentido, a avaliação é parte integrante do currículo, cujo progresso
individual e a aprendizagem dos conteúdos são avaliados e acompanhados num
processo que respeita a capacidade, o ritmo e o tempo de aprendizagem que
cada estudante apresenta. Será um procedimento presente durante todo o
processo pedagógico que o professor desenvolve com os estudantes.
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Nessa perspectiva, Lima (2003) explicita a função avaliativa como aquela
que:
[...] tem como função nortear o aluno e informar ao professor o estágio de desenvolvimento do aluno e os próximos passos no processo. Desta forma ela não classifica, mas [...] tem como objetivo otimizar o processo de ensino-aprendizagem, propondo novos caminhos pedagógicos ( LIMA, 2003, p..17-18).
Dessa forma, a escola deve criar estratégias próprias a fim de suprir as
necessidades de seus professores para que estes possam desenvolver uma nova
postura diante do ensino e da aprendizagem nas dimensões biopsicossocial e
política valendo-se, fundamentalmente, dos conteúdos e capacidades previstos
para cada área de conhecimento formal.
Nesse contexto, o erro passa a ser observado como uma possibilidade
para aprender nas inúmeras tentativas que o estudante realiza no processo de
aprendizagem, que Sampaio define da seguinte maneira:
O não-saber compreendido como ainda não–saber permite que o professor passe a olhar para as produções dos alunos/alunas como horizonte de possibilidades. O ainda não-saber não “congela” o processo de aprendizagem vivenciado pelas crianças. A criança ainda não sabe, mas pode vir a saber. O ainda não-saber, ao contrário do não-saber, enfatiza a dimensão processual da construção de conhecimento, pois não nega o saber da criança, que sabe e ainda não sabe muitas coisas (SAMPAIO, 2008,p. 162).
Aprender a diferenciar o “não saber do ainda não saber” é uma condição
essencial para aprimorar a prática docente na análise, acompanhamento e
avaliação da aprendizagem do estudante e é também um aspecto para a
formação do professor no sentido de ele próprio começar a se perceber como um
ser em permanente aprendizagem, ou seja, um ser que ainda não sabe, mas, que
pode “vir a saber”. E ainda, nesse processo de reconhecer o erro como um
processo construtivo, Lima (2003) contribui dizendo que,
A identificação dos erros deve trazer em contrapartida, a identificação dos acertos. Estes são, igualmente, indicadores dos processos de pensamento. Portanto, o erro deve ser ressignificado no seu papel no processo educativo. Considerar o erro como parte do pensamento em formação traz uma nova dimensão ao processo avaliativo: avaliação implica na identificação da dinâmica do processo de aprendizagem de um determinado objeto de conhecimento, através da articulação (dialética) entre os elementos adequados da resposta (geralmente referidos como certos) e os elementos inadequados (geralmente referidos como erros) (LIMA, 2003, p. 16-17, grifos da
autora).
Desse modo, os resultados das avaliações que apresentarem as
39
dificuldades de aprendizagem dos estudantes deverão ser transformados em um
plano de apoio pedagógico contendo novas estratégias com vistas à superação.
O plano de apoio será desenvolvido pelo professor sob a orientação do
coordenador pedagógico. Nessa perspectiva, Villas Boas (2004) ressalta que:
A avaliação existe para que se conheça o que o aluno já aprendeu e o que ele ainda não aprendeu, para que se providenciem os meios para que ele aprenda o necessário para a continuidade dos estudos. A avaliação é [...] uma grande aliada do aluno e do professor. Não se avalia para atribuir nota, conceito ou menção. Avalia-se para promover a aprendizagem do aluno. [...] Aprendizagem e avaliação andam de mãos dadas – a avaliação sempre ajudando a aprendizagem (Villas Boas, 2004, p.29).
Nessa ajuda recíproca, dialogamos com Léa Depresbíteres apontando a
necessidade de todos os instrumentos avaliativos apresentarem critérios claros
para avaliar.
Segundo Depresbíteris (1997) os critérios absolutos devem orientar todo
processo de avaliação a serviço da aprendizagem do estudante, ou seja, os
estudantes devem ser avaliados em relação aos objetivos propostos para cada
conteúdo ensinado. Trabalhar com critérios absolutos é evitar comparações entre
os níveis de aprendizagem dos estudantes. Os critérios são parâmetros que
devem ajudar a diminuir o peso da subjetividade no processo. Os critérios são
parâmetros de qualidade sobre os quais os professores e coordenadores
pedagógicos deverão pautar suas observações e, consequentemente, fazer os
encaminhamentos e intervenções pedagógicas.
Os critérios absolutos são orientados por objetivos, ou seja, os conteúdos,
as atividades os instrumentos elaborados deverão ter claros “o que se pretende
ensinar e para quê ensinar”. Cada professor, nesse processo, constrói os
parâmetros de qualidade sobre os quais irá pautar suas observações e fazer os
encaminhamentos pedagógicos.
Dessa forma, a tarefa do professor no processo avaliativo cumpre
necessariamente o que Hernandes (2001) expressa como a de “abrir espaços
para aprender, onde se deem, simultaneamente, a construção de conhecimentos
e a construção de si mesmo, como sujeito ativo e pensante”.
Nessa perspectiva, a avaliação tem o propósito de cumprir as seguintes
funções:
40
Diagnóstica: proporciona informações acerca das capacidades do estudante
antes, durante e depois de iniciar um processo de ensino-aprendizagem e busca
determinar a presença ou ausência de capacidades para realizar tarefas ou
aprender conteúdos novos, bem como ajuda na identificação de dificuldade e de
aprendizagem e possíveis causas do fracasso escolar. Depresbíteres (1997)
ratifica a função diagnóstica quando expressa que ela visa à caracterização do
estudante no que diz respeito a interesses, necessidades e conhecimentos,
previstos pelos objetivos educacionais propostos, e à identificação de causas de
dificuldades de aprendizagem.
No ensino fundamental fica definida como procedimento avaliativo geral e
indispensável para todas as unidades de ensino a realização dos diagnósticos
mensais envolvendo leitura e escrita para tomadas de decisão mais significativas
para os estudantes.
Formativa: A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar,
mas o de conhecer melhor o estudante, suas capacidades, seu “estilo” de
aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. Neste processo de
observação e investigação de ensino-aprendizagem deverão estar envolvidos
os aspectos cognitivos, os afetivos e os relacionais. Esta função contribui para
abrir novas possibilidades para o professor procurar novos meios de despertar
aprendizagens significativas em diversos contextos.
Reguladora: Segundo Jansen Felipe da Silva (2006) a razão de ser desta função
está em acompanhar se certos objetivos pedagógicos foram atingidos, para então
possibilitar regulações mais significativas. Tais regulações visam reestruturar a
relação entre o planejamento, o ensino, a aprendizagem e a própria avaliação.
Para tanto, a função reguladora é fonte de informações descritivas e
interpretativas dos percursos e dos conteúdos de aprendizagens dos estudantes,
das situações didáticas e da relação entre ambos.
Dessa forma, ao apontar o caráter processual da avaliação reguladora
Silva (2006) parte do pressuposto de que o ato avaliativo precisa acompanhar a
relação entre o planejamento, o ensino e a aprendizagem com o objetivo de
sempre informar os sujeitos envolvidos no processo educativo acerca do que vem
acontecendo nas suas interações, possibilitando informações para as regulações
do trabalho docente e das aprendizagens. Assim,
41
O sentido da avaliação é compreender o que se passa na interação entre o ensino e a aprendizagem para uma intervenção consciente e melhorada do professor, refazendo seu planejamento e seu ensino e para que o aprendente tome consciência também de sua trajetória de aprendizagem e possa criar suas próprias estratégias de aprendizagem. (SILVA, 2004, p. 60)
Este processo para Depresbíteres, é retroinformar o processo de ensino,
ou seja, busca verificar os resultados alcançados durante ou no final da realização
de uma etapa do processo ensino-aprendizagem, para replanejar o trabalho com
base nas informações obtidas. Através deste processo é possível levantar
informações sobre os avanços e dificuldades que foram se manifestando ao longo
do processo de ensino-aprendizagem. Informa sempre o que está acontecendo.
Contribui, portanto, para ajudar a alcançar os objetivos do trabalho e não apenas
para verificar se eles foram ou não alcançados, centrando o foco no ensino e na
forma como o estudante aprende sem descuidar da qualidade e do que se aprende.
A avaliação reguladora também encontra respaldo no que Villas Boas
(2004) chama de avaliação formal, ou seja, aquela que é feita por meio de provas,
exercícios e atividades quase sempre escrita, como produção de textos, relatórios,
pesquisas, resolução de questões matemáticas, questionários etc. Uma avaliação
que todos ficam sabendo que ela está acontecendo.
Segundo Villas Boas (2004),
[...] a interação entre professor e aluno durante um período ou curso é um processo muito rico, oferecendo oportunidade para que se obtenham vários dados. Cabe ao professor estar atento para identificá-los, registrá-los e usá-los em beneficio da aprendizagem. Portanto, a utilização exclusiva de provas escritas para decidir a trajetória de estudos do aluno deixa de considerar os diferentes estilos e manifestações de aprendizagem. A prova é um instrumento que pode ser útil quando seus resultados são associados aos outros procedimentos. (VILLAS BOAS, 2004, p.36)
Dessa maneira, ela precisa se transformar numa grande possibilidade de
ressignificar o olhar avaliativo bem como o julgamento de valor do professor
durante a aprendizagem do estudante.
INSTRUMENTOS GERAIS DE AVALIAÇÃO
Variados instrumentos de Avaliação de Desempenho Escolar deverão ser
escolhidos pelos professores ou pelo Coletivo de Professores do Ensino
Fundamental. A coleta de dados deve incidir sobre os conteúdos formais e as
42
respectivas capacidades/objetivos definidas para cada ano do CBAC e das Séries
Anuais (4º ao 9º ano) no PPP de cada Unidade Ensino, em consonância com este
referencial.
A prova é um instrumento básico para aferir e coletar dados sobre a
aprendizagem de conteúdos das Áreas do Conhecimento, bem como excelente
recurso para o professor avaliar a validade dos recursos e situações didáticas
utilizadas por ele para ensinar. Seus resultados devem estar voltados para a
recondução do planejamento do professor, prevendo um retorno para o estudante
sobre seus acertos e erros e, ao mesmo tempo, para si mesmo. Os estudantes
precisam saber por que acertaram ou erraram.
Como compromisso de todas as Áreas, a escrita formal, a leitura, a
interpretação e o processo de produção de texto, devem ser focos principais das
questões elaboradas nas provas. O professor precisa ter critérios e objetivos
claros para cada questão, tanto na elaboração quanto na correção.
Além das avaliações escritas e orais, as observações diárias dos avanços
dos estudantes com relação à sua oralidade, mudanças de atitudes em virtude
dos conhecimentos, bem como seu relacionamento com os colegas e respeito
pelas diversidades, também devem ser observados e registrados pelos
professores, desde que não sirva para expor a criança e o adolescente à situação
vexatória, ferindo os artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei
n.8.069/1990: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade
física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação
da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais”.
Para avaliação e acompanhamento geral do processo de ensinar e
aprender, obrigatoriamente, deverá existir uma base comum de registro. Para o
CBAC definimos variadas fichas (anexos) e para as Séries Anuais (4º ao 9º anos)
as Unidades de Ensino deverão elaborar e aplicar uma prova de perfil de entrada
de Língua Portuguesa, abordando os aspectos de compreensão, leitura e
produção de textos e na área de Matemática a prova deverá abordar questões
que envolvam as quatro operações básicas.
Entretanto, é preciso ter claro que o processo não poderá ser realizado
usando apenas estes instrumentos, uma vez que o objetivo é que o professor
43
utilize variados instrumentos e técnicas de avaliação para ampliar as
oportunidades de identificar os avanços ou problemas de aprendizagem e sanar
dificuldades, quando houver.
Especialmente no CBAC o Diagnóstico Psicogenético, o Relatório
Semestral Descritivo da Aprendizagem e a Ficha Mensal de Acompanhamento da
Aprendizagem são instrumentos obrigatórios. Para as Séries Anuais o
instrumento de acompanhamento é o quadro demonstrativo bimestral de
desempenho escolar e o diagnóstico de leitura e escrita.
Ademais é de responsabilidade de toda unidade de ensino elaborar um
boletim escolar para todos os anos, com o objetivo de que os
pais/mães/responsáveis possam acompanhar o processo de aprendizagem de
seus filhos.
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Variadas técnicas e instrumentos de Avaliação de Desempenho Escolar
deverão ser escolhidos pelos professores para coletar dados sobre as
aprendizagens para posterior tomada de decisão. A coleta de dados deve incidir
sobre os objetivos definidos no currículo da escola para cada ano.
A Observação - É um procedimento que integra o processo avaliativo e é muito
útil em todas as situações de aprendizagem. A observação permite investigar as
características individuais e grupais dos alunos para a identificação das suas
potencialidades e fragilidades, assim como dos aspectos facilitadores e
dificultadores do trabalho. O professor pode observar enquanto trabalha e
interage com grupos de alunos, pois a observação não precisa ser silenciosa:
pode envolver conversa com os alunos sobre o que estão fazendo ou pensando.
As observações podem ser feitas de duas maneiras:
O professor pode anotar fatos interessantes e significativos assim que eles
acontecem. Essas observações incidentais costumam ser muito valiosas;
As observações são planejadas, por meio da identificação de um
determinado aluno, de uma determinada disciplina, conteúdo, tema,
atividade ou momento do dia. Esse tipo de observação precisa de um
instrumento que denominamos Roteiro de Observação.
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Seminário - Exposição oral para um público, utilizando a fala e materiais de apoio
próprios ao tema.
Função: possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma
eficaz.
Atenção: conheça as características pessoais de cada estudante para saber
como apoiá-lo em suas principais dificuldades.
Planejamento: ajude na delimitação do tema, forneça bibliografia, esclareça os
procedimentos de apresentação e ensaie com todos os estudantes.
Análise: será conforme os critérios estabelecidos. Os materiais utilizados, a
participação e envolvimento, a postura corporal, intensidade da voz, domínio do
conteúdo, a relevância do conteúdo etc. Estimule a turma a fazer perguntas e
opinar.
Como utilizar as informações: caso a apresentação não tenha sido satisfatória,
planeje atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos
objetivos não atingidos.
Trabalho em Grupo - Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica,
corporal etc.) Realizadas coletivamente.
Função: desenvolver a troca, o espírito colaborativo e a socialização.
Planejamento: proponha atividades ligadas ao conteúdo, forneça fontes de
pesquisa, ensine os procedimentos e indique materiais para alcançar os objetivos.
Análise: observe se todos participam e colaboram e atribua valores às diversas
etapas do processo e ao produto final.
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Como utilizar as informações: observe como o estudante trabalha para poder
organizar agrupamentos mais produtivos na perspectiva da aprendizagem dos
conteúdos.
Autoavaliação - Análise oral ou escrita que o estudante faz do próprio processo
de aprendizagem.
Função: proporcionar ao estudante condições para adquirir capacidade de
analisar o que aprendeu.
Vantagens: o estudante torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire
responsabilidade e aprende a enfrentar limitações e aperfeiçoar potencialidades.
Planejamento: forneça um roteiro de autoavaliação com as áreas sobre as quais
você gostaria que ele discorresse.
Análise: use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes
para o planejamento dos próximos conteúdos.
Como utilizar as informações: ao tomar conhecimento das necessidades do
aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as
dificuldades.
A Prova
Prova objetiva - Perguntas diretas para respostas curtas com apenas uma
solução possível.
Função: avaliar quanto o estudante apreendeu sobre dados singulares e
específicos do conteúdo.
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Planejamento: selecione os conteúdos para elaborar as questões e determine os
critérios de correção. Elabore as instruções sobre a maneira adequada de
responder às perguntas.
Como utilizar as informações: veja como cada estudante está em relação aos
objetivos propostos.
Prova dissertativa - Elaborar questões que exijam capacidade de estabelecer
relações, resumir analisar e julgar.
Função: verificar a capacidade de analisar o problema central, formular ideias e
redigi-las. O estudante tem liberdade para expor os pensamentos, demostrando
capacidade de organização, interpretação e expressão.
Planejamento: Elabore poucas questões e dê tempo suficiente para que os
alunos possam pensar e sistematizar seus pensamentos.
Análise: Estabeleça critérios para correção, defina as palavras-chaves que
devem aparecer nas respostas, clareza das ideias, poder de argumentação e
conclusão.
Como utilizar as informações: Se o desempenho não for satisfatório, crie
experiências e novos enfoques que permitam ao estudante chegar à formação
dos conceitos mais importantes.
Nessa perspectiva, segundo Terzi & Caruzo (1991, pág. 27), “(...) a prova
passa a ser vista como um momento de reorganização dos conhecimentos,
agora com outra dimensão e metas.” A dimensão contextual, interpretativa e
propositiva permitirá ao professor diagnosticar se, a partir da apropriação dos
conteúdos básicos, o aluno consegue realizar as questões. Significa, entre outras
coisas, verificar se o mesmo, a partir das proposições feitas, consegue
compreender, interpretar, argumentar, enfim, desenvolver operações mentais
mediadas por bases de raciocínio mais complexas.
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Além desse procedimento interno, os alunos também serão submetidos às
avaliações externas nacionais como, Provinha Brasil, Avaliação Nacional de
Alfabetização/ANA e Prova Brasil. É também uma necessidade a realização de
simulados, em que o aluno possa vivenciar situações de avaliações que não
fazem parte do cotidiano da escola.
A Recuperação
Já é amplamente conhecida a premissa de que todos podem aprender, sem
exceção e que cada um se desenvolve de um jeito próprio e num ritmo particular.
"Os professores sabem que a classe não responde de forma homogênea à
apresentação de um conteúdo de estudo e que nem todos compreendem usando
as mesmas estratégias cognitivas", explica Jussara Hoffmann. O que fazer,
então? Cipriano Luckesi sugere a seguinte abordagem: “Se, ao verificar quem
aprendeu o quê, você percebe que um ou mais está com dificuldade, é preciso
repensar as estratégias e materiais para eles”. A chave do processo é avançar e
retroceder ao mesmo tempo. Quem atingiu o esperado tem que continuar
aprendendo e os demais não devem ser abandonados. "É preciso trabalhar as
dúvidas em atividades, dentro da própria sala de aula, assim que elas aparecem,
em vez de deixar que se acumulem", reforça Maria Celina Melchior.
É perfeitamente possível coordenar esforços para fazer com que todos
avancem. O primeiro passo é diagnosticar, em detalhes, o que cada um sabe.
Caso muitos tenham a(s) mesma(s) dificuldade(s) é hora de retomar esse(s)
conteúdo(s) de um jeito novo, pois a aula original provavelmente foi ineficaz. Se
os problemas são diferentes, o segredo também é apresentar o conteúdo de
forma a proporcionar aos que precisam a construção de outros caminhos. Uma
boa estratégia é iniciar ou intensificar o trabalho em grupos, garantem os
especialistas.
O CONSELHO DO CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO CIDADÃ
O Conselho do CBAC é instância de planejamento, avaliação e tomadas de
decisões acerca da aprendizagem das crianças, das atividades didáticas
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propostas, bem como para encontrar coletivamente meios para superar
dificuldades apresentadas pelos professores. Este Conselho deverá ser
constituído pelos professores do CBAC, pelo Coordenador Pedagógico e pelo (a)
Diretor (a) da unidade escolar e pelo professor das salas multifuncionais, onde
houver. É um momento de apresentação de propostas e trocas de experiências
num mesmo propósito que é ajudar as crianças em seu processo de construção
de conhecimento.
As dificuldades e problemas de aprendizagem das crianças; e de
ensino dos professores e Coordenadores, deverão ser pesquisadas,
investigadas, discutidas, analisadas para tomada de decisão. Todos os
participantes do Conselho envolver-se-ão na busca de estratégias para auxiliar as
crianças a superar as dificuldades. As crianças público alvo da educação
especial, deverão estar inclusas nesse processo.
O Conselho do CBAC para tomar decisão acerca dos assuntos discutidos
deverá levar em conta os aspectos emocionais, afetivos e sociais de cada
educando, respaldando-se nos registros avaliativos de seu desempenho (relatório
de aprendizagem do aluno, Diagnóstico psicogenético de escrita, Prova oral e/ou
escrita), feito pelos professores regentes e professores das salas multifuncionais,
onde houver.
Os encontros do Conselho do CBAC serão organizados mensalmente pela
equipe da unidade de ensino. As decisões tomadas e os resultados consensuais
deverão estar registrados em atas ou súmulas (anexo) do Conselho.
O CONSELHO DE CLASSE NAS SÉRIES ANUAIS
Conselho de Classe - reunião realizada ao final de cada bimestre, liderada pela
equipe pedagógica com o coletivo de professores das respectivas turmas e
representantes dos estudantes. Serve para trocar informações sobre a classe e
sobre cada estudante para embasar a tomada de decisões. Favorece a
integração entre professores, análise do currículo, a eficácia das propostas e
facilita a compreensão dos fatos pela troca de pontos de vista. O professor deve
fazer observações objetivas e não rotular o estudante. Devemos tomar cuidado
para que a reunião não se torne somente uma confirmação de aprovação ou
49
reprovação. Conhecendo a pauta de discussão todos devem ter direito à palavra
para enriquecer o diagnóstico dos problemas. O resultado final deve levar a um
consenso em que ocorram intervenções necessárias no processo de ensino e
aprendizagem. Use essas reuniões como ferramenta de autoanálise. A equipe
deve prever mudanças, tanto na prática diária como no currículo e dinâmica
escolar, sempre que necessário. Durante a realização do Conselho de Classe é
necessário que o coletivo de professores de cada ano de escolaridade estabeleça
ações e metas a fim de sanar as defasagens apresentadas.
Os Encontros de Pais e Mestres: responsabilidades compartilhadas
O contato e a parceria para trabalhos com as instituições e organizações
compromissadas com as questões educativas constitui uma rica contribuição,
principalmente pelo vínculo de solidariedade e de cumplicidade que devem ser
estabelecidos entre os membros da comunidade escolar. Assim sendo, a escola
deve propiciar reflexões e estudos aos pais de forma que estes compreendam
suas responsabilidades diante da escolarização dos filhos, bem como ter claro
qual é o papel e responsabilidades da escola e dos professores.
Como ação propulsora na reunião de pais e mestres cabe à equipe
gestora e professores despertar o interesse dos pais em participar ativamente da
vida escolar do seu filho independente de ele estar com problemas de
aprendizagem ou de comportamento. A motivação dos pais também precisa ser
trabalhada constantemente e o professor para conseguir isto, deve fazer todo
esforço para conhecer muito bem a comunidade em que atua, escolhendo com
cuidado assuntos que realmente chamem a atenção das famílias dos estudantes
que frequentam a escola.
50
CAPÍTULO II
CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO CIDADÃ/CBAC
APRESENTAÇÃO
A Rede Municipal de
Ensino de Várzea Grande
assumiu o compromisso de
alfabetizar com qualidade, na
perspectiva do letramento,
todas as crianças do município,
tendo o Ciclo Básico de
Alfabetização Cidadã/CBAC,
com duração de três anos,
destinado às crianças de seis
aos oito anos de idade, período
caracterizado como parte da infância. Nesse sentido, a Secretaria Municipal de
Educação, Cultura, Esporte e Lazer/SMECEL, com intuito de orientar parâmetros
curriculares para sua rede pública de ensino, com base na realidade escolar,
disponibiliza aos profissionais o Referencial Curricular do CBAC.
O CBAC, implantado em 2004, é uma proposta de organização do primeiro
ciclo que não deve ser reconhecida, apenas como um recurso metodológico-
pedagógico ou uma medida administrativa “cosmética”, mexendo apenas nos
números, mas como uma estratégia política de resistência à lógica da escola
convencional e uma opção ética pelo entendimento da educação como um direito
de cidadania. (GIUSTA 2000; FREITAS, 2003).
Nesse sentido, o Ciclo Básico de Alfabetização Cidadã/CBAC fundamenta-
se no conhecimento científico do processo do desenvolvimento do ser humano,
respeitando cada fase e as suas características essenciais, promovendo o
processo de ensino-aprendizagem de uma forma mais justa, tanto para as
crianças quanto para os professores, escolas e para a sociedade. Para as
crianças, porque respeita o seu ritmo próprio de desenvolvimento e
EMEB Armindo de Arruda Campos
51
aprendizagem; para o professor e a escola, porque ambos dispõem de um tempo
maior para promover o ensino, mantendo-se atentos às políticas e estratégias
para ensinar e aprender com vistas à formação de sujeitos autônomos,
intelectualmente capazes de interpretar criticamente a organização social do
mundo que os cerca.
Assim, o propósito deste documento também se fundamenta no
cumprimento da meta 5 e suas estratégias, previstas no Plano Municipal de
Educação/PME.
OS PRINCIPIOS ORIENTADORES DO CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO
CIDADÃ
Fundamentado nas fases do desenvolvimento humano e na perspectiva do
alfabetizar letrando, o Ciclo Básico de Alfabetização Cidadã/CBAC pretende
assegurar à criança, de forma justa, o desenvolvimento da capacidade e do gosto
de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e
do cálculo matemático e a garantia do início da compreensão do ambiente natural
e social, das artes, da música e dos valores em que se fundamentam a
sociedade, bem como o fortalecimento da identidade pessoal, dos vínculos de
família e dos laços de solidariedade humana, situados no horizonte do respeito à
dignidade humana, respeito ao outro, diálogo e justiça.
Considerando as orientações da Base Nacional Curricular Comum, as
apropriações do sistema de escrita alfabética e da norma ortográfica assumem
centralidade ao final do terceiro ano do CBAC e devem acontecer de modo
simultâneo e articulado à aprendizagem da leitura e da produção de textos, com
vistas ao sucesso da trajetória acadêmica das crianças.
Nessa perspectiva o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
propõe, por meio dos Direitos Gerais de Aprendizagem, que as crianças, ao final
do Ciclo Básico de Alfabetização, sejam capazes de ler, compreender, interpretar
e produzir textos orais e escritos de diferentes gêneros, veiculados em suportes
textuais diversos para atender a diferentes propósitos comunicativos,
considerando as condições em que os discursos são criados e recebidos.
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO CICLO
CICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO CIDADÃ/CBAC
FASE DA INFÂNCIA
1º ANO 2º ANO 3º ANO
06 ANOS 07 ANOS 08 ANOS
Fase do Desenvolvimento Humano INFÂNCIA
Com duração de 600 dias letivos e 2.400 horas, o CBAC está organizado
em três anos, orientado pela fase do desenvolvimento humano denominada
infância. As crianças nesta fase serão enturmadas da seguinte forma:
a)- 1º ano: turmas de estudantes de seis (06) anos de idade;
b)- 2º ano: turmas de estudantes de sete (07) anos de idade;
c)- 3º ano: turmas de estudantes de oito (08) anos de idade;
No CBAC, a atribuição será por unidocência. O professor pedagogo efetivo
ou temporário somente poderá permanecer no CBAC se o resultado da avaliação
do seu desempenho pedagógico estiver garantindo o direito de aprendizagem das
crianças. O processo de avaliação será de responsabilidade do Conselho
Consultivo Deliberativo e do Conselho do Ciclo, registrado em ata e assinada por
todos.
O Ingresso
A criança ingressa no 1° ano do CBAC com 06 anos de idade completos ou a
completar em 31 de março. No 2° ano será matriculada a criança com 07 anos de
idade ou a completar até 31 de março. Nas turmas do 3° ano serão matriculadas
as crianças com 08 anos completos ou a completar em 31 de março.
A criança com sete ou oito anos de idade, que não apresentar documentos
comprovando a vida escolar (nunca estudou), deverá ser matriculada e
enturmada com seus pares de sua idade, no ano correspondente, assegurado
seu direito de ser alfabetizada e letrada até o final do ciclo.
Quando uma criança for oriunda de uma escola organizada em Série
Anuais e solicitar matricula no CBAC, o responsável pela matrícula deverá
considerar sua idade para então enturmá-la. A legalidade da ação de enturmar a
criança oriunda de um regime para outro está instituída nas normas que fixa
diretrizes para o ensino fundamental no âmbito do Sistema Municipal de Ensino
53
de Várzea Grande. As crianças que apresentam limitações devido a alguma
patologia comprovada deverão ser matriculadas no ano que contemple sua real
faixa etária.
A Progressão
Todas as crianças têm direito à progressão no CBAC, mediante o processo de
avaliação e monitoramento da aprendizagem que acontecerá da seguinte forma:
Não haverá retenção de crianças no CBAC;
Os relatórios de aprendizagem das crianças deverão constar as
aprendizagens dos conteúdos que garantiram os direitos previstos para
cada ano do CBAC. Nos casos em que a criança do 3º ano não tenha
desenvolvido as capacidades previstas para o ano, mas encontra-se muito
próximo ao perfil esperado, tendo compreendido os princípios da
textualidade nos eixos da leitura e da produção textual, é obrigatório a
elaboração de um Plano de Apoio Pedagógico (elaborado pelo professor
regente com orientação e acompanhamento do coordenador pedagógico)
para atendê-la nas necessidades.
A progressão da criança público alvo da educação especial dar-se-á
mediante plano de avaliação dos saberes e encaminhamento à sala de
serviço de apoio especializado educacional (AEE).
Nos relatórios de aprendizagem (documento anexo) os professores e
coordenadores pedagógicos deverão zelar pelos registros, evitando relatar
fatos que negam o processo contínuo da aprendizagem. Nessa perspectiva
é preciso que todos passem a enxergar o erro como uma possibilidade
para aprender, como tentativas de acertos. Um processo onde o “professor
passe a olhar para as produções dos alunos/alunas como horizonte de
possibilidades. A criança ainda não sabe, mas pode vir a saber.”
(SAMPAIO, 2008,p. 162).
A Frequência
A frequência mínima para as crianças em cada ciclo é obrigatoriamente de
75% nas aulas, cálculo efetuado sobre 600 dias letivos e 2.400 horas, ou seja,
450 dias letivos de frequência e 1.800 horas. A unidade de ensino deverá
54
monitorar com maior atenção a criança que no cômputo geral tiver faltas que
ultrapassem os 25%, que corresponde a 150 dias letivos. O desistente será
matriculado no ano subsequente na turma correspondente à sua faixa etária.
CONCEPÇÕES ORIENTADORAS DO ALFABETIZAR LETRANDO
Alfabetizar letrando significa ensinar a ler e a escrever por meio de leituras
e produções coletivas de textos de usos sociais como rótulos, cartas, convites,
gibis, entre outros, para que as crianças compreendam que precisam aprender a
ler e escrever para se comunicar por meio de textos de gêneros variados.
Partindo de palavras desses textos são propostas as atividades de superação de
hipóteses para que tenham a compreensão dos princípios de funcionamento do
sistema de escrita e o domínio das correspondências entre letras ou grupos de
letras e seu valor sonoro, bem como das normas gramaticais e da textualidade.
A PERSPECTIVA SOCIOINTERACIONISTA E CONSTRUTIVISTA NO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Alfabetização e letramento: distinção necessária
Para Soares (2003) a utilidade da distinção entre a especificidade da
alfabetização e do letramento está na maior visibilidade das capacidades
referentes a cada um desses processos, de modo a garantir maior clareza aos
professores durante a elaboração dos objetivos e atividades referentes a uma e a
outra faceta do ensino da Língua
Portuguesa.
Enquanto a alfabetização está
vinculada ao ensino dos elementos básicos
do Sistema de Escrita Alfabética, o
letramento identifica-se com a cultura oral, na
medida em que valoriza o pensar dentro de
práticas sociais de leitura e de escrita. Dessa
forma, ambos são importantes para um bom
55
desempenho na realização de atividades que demandem a leitura e a escrita.
Nessa perspectiva, dialogamos com Soares (1998) que o melhor é “alfabetizar
letrando”, ou seja, “ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da
leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo,
alfabetizado e letrado”. E com Britto (2005, p. 71), que diz que “não basta ser
alfabetizado para conseguir um bom emprego ou mesmo para conseguir
compreender tudo aquilo que é escrito”, pois saber ler e escrever na sociedade de
cultura escrita atual significa,
[...] ter condição de atuar e ser inserido na sociedade, usando a escrita para o trabalho, para o lazer, para a informação e acompanhamento dos fatos sociais, para fazer política, para formação pessoal e moral, para o relacionamento com o outro. (BRITO, 2005, p. 72).
Como afirma Brito é preciso compreender que, assim como a apropriação
do sistema de escrita alfabética não se dá apenas pelo convívio intenso com os
textos que circulam na sociedade, o letramento só se completa com atividades
que garantam o conhecimento da estrutura textual e finalidade de variados
gêneros, por meio de metodologias específicas, como sequências didáticas e
projetos didáticos, aplicados desde a Educação Infantil.
Nessa perspectiva, o trabalho
com textos configura-se na forma mais
adequada para se garantir os dois
principais objetivos do Ciclo de
Alfabetização: ensinar a função social
da escrita e ensinar os procedimentos
de apropriação do sistema de escrita. A
ausência ou ineficiência das atividades
de intervenção pelos professores é o
que muitos autores chamam de causas
pedagógicas do fracasso escolar, ou ainda, a produção do fracasso escolar pela
escola. Segundo Cardoso (2008) quando falamos de alfabetização estamos nos
referindo à aquisição de uma tecnologia: o sistema de escrita alfabética e as
técnicas para seu uso. A autora elenca algumas capacidades específicas da
alfabetização:
56
decodificação de grafemas em fonemas;
motoras de manipulação dos instrumentos de escrita;
ler e escrever segundo orientação convencional;
uso disposição espacial do texto na página;
manipulação correta dos suportes de escrita. (CARDOSO, 2008, p.)
Quando Cardoso se refere à aquisição da tecnologia da escrita, tal domínio
depende da sua compreensão enquanto um Sistema de Notação, constituído de
uma base fonológica e das convenções gramaticais constituídas ao longo da
história da Língua Portuguesa. Nesse sentido, é fundamental que o professor
saiba o que é Sistema de Escrita Alfabética, para que escolha metodologias de
ensino que promovam à compreensão do funcionamento das unidades
linguísticas constitutivas da língua (texto, orações, palavra, sílaba, letras/fones),
superando o uso dos métodos tradicionais de ensino, que conceituam
aprendizagem apenas como a memorização das letras e famílias silábicas,
ignorando as convenções que as crianças também precisam se apropriar para
estarem completamente alfabetizadas. Passemos então à compreensão desse
importante conceito.
Sistema de Escrita Alfabética
O Sistema de Escrita Alfabética compreende a pauta sonora da fala, bem
como o conjunto de convenções ortográficas e textuais que tornam os textos ou
intenções comunicativas compreensíveis por qualquer interlocutor, de modo que
os sujeitos em processo de alfabetização precisam compreender que a escrita
representa não apenas o som da fala, composta de segmentos sonoros ou
unidades linguísticas como os fonemas, sílabas, palavras, frases e textos, mas
também representa inúmeras convenções a serem compreendidas, além da
relação letra som, como o valor posicional das letras, a pontuação, as
regularidades e irregularidades ortográficas, a acentuação, os espaços entre as
palavras da frase, o uso da letra maiúscula, entre outros conteúdos. Vejamos as
afirmações dos autores dos cadernos do PNAIC acerca da compreensão do
alfabeto enquanto sistema notacional.
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Dispomos, atualmente, de uma série de teorias e pesquisas demonstrando que o alfabeto é um sistema notacional, conceito bem diferente de “código”, (...) Por a escrita alfabética ser um sistema notacional, seu aprendizado é um processo cognitivo complexo, no qual as habilidades perceptivas e motoras não têm um peso fundamental. É em função de tais evidências que precisamos recriar as metodologias de alfabetização, garantindo um ensino sistemático que, através de atividades reflexivas, desafiem o aprendiz a compreender como a escrita alfabética funciona, para poder dominar suas convenções letra-som. (BRASIL, 2012 Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, unidade 3, ano1, p.7)
Nessa perspectiva concluímos que os alfabetizadores precisam
compreender que a escrita alfabética é um sistema notacional e não um código.
Precisam também compreender como as crianças dela se apropriam. Tais
conhecimentos direcionam a maneira de ensinar do professor contemplando
ainda, as propriedades do Sistema de Escrita Alfabética que o aprendiz precisa
reconstruir para se tornar alfabetizado. A seguir enumeramos as dez propriedades
do Sistema de Escrita Alfabética de acordo com Morais 2012 (PNAIC, unidade 3,
ano 1, p.10)
Dez propriedades do Sistema de Escrita Alfabética
1- Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas; que têm um repertório
finito e que são diferentes de números e outros símbolos.
2- As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças na
identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma letra assuma formatos
variados (P,p, p,P).
3- A ordem das letras no interior da palavra não pode ser mudada.
4- Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras,
ao mesmo tempo em que distintas palavras compartilham as mesmas letras.
5- Nem todas as letras podem ocupar certas posições no interior das palavras e
nem todas as letras podem vir juntas de quaisquer outras.
6- As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que
pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou funcionais
dos referentes que substituem.
7- As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas orais que
pronunciamos.
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8- As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem mais de um valor
sonoro e certos sons poderem ser notados com mais de uma letra.
9- Além de letras, na escrita de palavras, usam-se, também, algumas marcas,
(acentos) que podem modificar a tonicidade ou som das letras ou sílabas
onde aparecem.
10- As sílabas podem variar quanto as combinações entre consoantes e vogais
(CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC), mas a estrutura predominante
no português é CV (consoante-vogal) e todas as sílabas do português
contêm, ao menos, uma vogal.
Essas propriedades devem ser trabalhadas por meio de atividades de
reflexão, como comparação de palavras, rimas, aliterações e demais atividades
de consciência fonológica e fonêmica.
Concepção de texto
O conceito de texto orientado pelas concepções de letramento e de
alfabetização é um dos mais importantes para a garantia do “alfabetizar letrando”
e para superação do uso dos textos descontextualizados.
Para tanto, propomos o trabalho com a leitura e a escrita mediado pelo
alfabetizador, mesmo antes das crianças estarem alfabetizadas, como explica
Ferreiro e Teberosky (1999),
[...] as crianças devem aprender a ler, lendo e escrever, escrevendo,
tentando, errando, reescrevendo, enfim, exercitando, refletindo. Logo a
escolha dos textos e palavras para o início desse processo precisa ser
altamente significativa para os aprendizes, e de uso cotidiano, para que
iniciem esse aprendizado compreendendo primeiramente por que é
importante aprendemos a ler e escrever (FERREIRO E
TEBEROSKY,1999).
Para que tal compreensão seja construída, recorremos aos fundamentos do
PNAIC para orientar que a escolha dos textos para o período de alfabetização
contemple uma diversidade de gêneros textuais que englobem:
textos lúdicos, próprios do universo infantil, como histórias em quadrinhos,
cantigas populares, parlendas, poemas, quadrinhas, entre outros,
pequenos textos instrucionais como receitas, instruções de jogos e
brincadeiras infantis e experiências,
59
textos epistolares, como e-mails, cartas, convites e bilhetes,
pequenos textos científicos com informações sobre o mundo natural,
textos informativos, classificados, notícias, anúncios etc.
Todos os gêneros citados estão numa perspectiva de texto enquanto
unidade linguística de sentido completo, de discurso, interlocução, e se
contrapõem ao uso de textos das cartilhas pouco interessantes, que não trazem a
estrutura textual proposta pelos gêneros e que estão desprovidos da função social
da língua. Assim, para Smolka,
(...) A alfabetização implica desde a sua gênese, a constituição de sentido. Desse modo, implica, mais profundamente, uma forma de interação com o outro pelo trabalho de escritura - para quem eu escrevo o que escrevo e por quê? A criança pode escrever para si mesma, palavras soltas, tipo lista, para não se esquecer; tipo repertório, para organizar o que já sabe. Pode escrever ou tentar escrever um texto, mesmo fragmentado, para registrar, narrar, dizer... Mas, essa escrita precisa sempre ser permeada por um sentido, por um desejo, e implica ou pressupõe sempre um interlocutor. (SMOLKA, 2001, p. 69)
Com essas afirmativas inferimos que texto, deve pressupor interlocução, de
modo que, podemos defini-lo como,
[...] unidade linguística concreta (perceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão (MASSINI-CAGLIARI, 2001, p. 36).
Dessa forma, as metodologias para a alfabetização, na perspectiva do
letramento, devem prever a seleção de textos cujas estruturas e finalidades
sociais instiguem as crianças a exercitarem a interlocução, compreendendo,
durante as atividades de leitura e escrita, que os textos são as vozes (discurso)
de outras pessoas que querem comunicar algo e que os leitores devem sempre
fazer o possível para compreender e responder à mensagem trazida.
Assim, é indispensável uma rotina de trabalho semanal na qual a leitura, a
compreensão e a produção textual estejam frequentemente presentes por meio
das sequências didáticas, que visam à apropriação de gêneros textuais, às
sequencias de atividades, voltadas para a apropriação do Sistema de Escrita
Alfabética, além da Leitura Deleite, dos jogos de alfabetização, dos Projetos
Didáticos e uso do livro didático.
60
AS HIPÓTESES PSICOGENÉTICAS E O RESPEITO ÀS NECESSIDADES DE
APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS
De acordo com Bregunci (2015), as hipóteses psicogenéticas são
compreensões momentâneas dos sujeitos em processo de alfabetização, sobre o
que a escrita representa. A autora explica que, para Emília Ferreiro (1998)
(...) a apropriação da escrita se apoia em hipóteses do aprendiz, baseadas em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações, dependendo de suas interações sociais e dos usos e funções da escrita e da leitura em seu contexto cultural. Tais hipóteses oferecem informações relevantes sobre níveis ou etapas psicogenéticas no processo de alfabetização e podem se manifestar tanto em crianças como em adultos. http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/ verbetes/psicogenese-da-aquisicao-da-escrita (acesso em 17/08/2015).
Dessa forma, para que as crianças avancem em suas hipóteses sobre a
representação da escrita, o professor deverá oferecer cotidianamente
informações e intervenções a respeito da língua como sistema. Nesse processo
vale ressaltar que,
[...] as crianças não aprendem ao serem reunidas por idade. As crianças aprendem o conhecimento formal, quando ensinadas, mediante a qualidade da intervenção que a escola oportuniza, ou seja, quando são atendidas nas suas necessidades para aprender, de reconhecimento do seu desenvolvimento atual, das suas possibilidades de idade, de tempo para a construção de conceitos; de espaços educativos que atendam suas necessidades específicas, de conhecimentos que tenham significado para as aprendizagens já realizadas (KRUG, 2001, p. 39).
Durante essa trajetória, a criança terá necessariamente que refletir sobre
como e por que escrevemos, desenvolvendo capacidades fonológicas e
fonêmicas, além de refletir sobre as convenções textuais e ortográficas
constituintes da linguagem oral e escrita.
As vantagens do conhecimento das características das hipóteses
psicogenéticas de escrita
Para que o professor faça a mediação correta no processo de alfabetização
e reconduza seu planejamento conforme as crianças vão avançando na aquisição
do Sistema de Escrita Alfabética, é necessário que se conheça as características
61
de cada hipótese. O trabalho pedagógico pautado na Psicogênese da Língua
Escrita propõe ao alfabetizador que:
Não considere “erradas” as escritas não convencionais, uma vez que
estas são o reflexo do conhecimento que o sujeito tem sobre como se
escreve e como se lê;
As hipóteses evoluem conforme a quantidade e qualidade das
informações que lhe chegam acerca da leitura e da escrita.
As referências das hipóteses dos alunos é uma ação inclusiva de
ensino - aprendizagem, uma vez que todos os alunos devem ser
atendidos em suas necessidades e potencialidades por meio de
atividades diferenciadas.
O ato de planejar deve considerar as necessidades e potencialidades
de todos os estudantes.
HIPÓTESES OU NÍVEIS PSICOGENÉTICOS
a) Pré-silábico I
A criança ainda não entende que o que a escrita registra é a sequência de
“pedaços sonoros” das palavras pronunciadas. Inicialmente, a criança, ao
distinguir desenho de escrita, começa a produzir rabiscos, bolinhas e garatujas
que ainda não são letras. Não sabe que precisa de letras para escrever, pois
desenvolveu a consciência fonológica.
Exemplo de escrita pré-silábica I
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
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Esta criança não escreve o nome sem ajuda, ela apenas copia as letras.
Quando solicitado a escrever as palavras chocolate- bolacha- nescau – mel e a
frase “Eu como bolacha”, faz desenhos representando-as. Podemos concluir que,
apesar de copiar seu nome com letras, ainda não sabe que para escrever é
necessário utilizar letras.
b) Pré-silábico II
A criança já usa letras, mas sem estabelecer relação entre elas e as partes
orais da palavra que quer escrever. Pode apresentar realismo nominal, hipótese
de quantidade mínima de letras, segundo a qual é preciso ter no mínimo 2 ou 3
letras para que algo possa ser lido; e a hipótese de variedade, ao descobrir que,
para escrever palavras diferentes, é preciso variar a quantidade e a ordem das
letras que usa, assim como o próprio repertório de letras que coloca no papel.
Nesta fase inicia-se o processo de desenvolvimento da consciência fonológica.
Exemplo de escritas pré-silábicas II
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
Esta criança avançou para o uso das letras, entretanto não sabe diferenciar
números de letras. Apesar de já saber que precisa das letras para escrever, ainda
não compreende a relação entre a fala e a escrita. Ela não percebe que a
quantidade de letras das palavras depende de quantas vezes abrimos a boca
emitindo os fonemas que compõem as sílabas. Precisa perceber que algumas
palavras são pequenas porque abrimos a boca poucas vezes e outras têm muitas
letras porque abrimos a boca mais vezes. Precisa também compreender que os
números servem para quantificar e as letras para registrar nomes e ideias.
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A criança já sabe que existem dois tipos de letras com as quais podemos
escrever, porém não sabe como escolher as letras nem relacionar a quantidade
de letras que deve usar com a segmentação da sua fala (quantas vezes abriu a
boca para falar a palavra) para que possa quantificar as sílabas do que quer
escrever e avançar para a hipótese silábica. Sabemos que ela não relaciona a
fala à escrita porque quando solicitada a fazer a leitura do que escreveu, ela
apenas correu o dedo pelas letras sem apontá-las silabicamente, à medida que
lia.
Quando a criança entra em conflito (pré-silábico x silábico)
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
Quando a criança escreve as letras referentes ao desenho aleatoriamente
e percebe que sobraram letras durante a leitura, (ela vai atribuindo uma letra por
sílaba falada e ao perceber que usou letras demais pede para apagar ou riscar as
letras que sobraram). Nesse caso a criança já está começando a perceber a
relação entre a fala e a escrita, característica da hipótese silábica, porém não
antecipa a quantidade de sílabas antes de escrever a palavra, portanto deve ser
classificada como pré-silábica, pois ainda necessita de atividades para a
superação dessa fase.
c) Silábico Sem Valor Sonoro
A criança tende a colocar, de forma rigorosa, uma letra para cada sílaba
pronunciada. Na maior parte das vezes, usa letras que não correspondem a
segmentos das sílabas orais da palavra escrita. As crianças nesta fase
64
antecipam a quantidade de letras que devem escrever de acordo com a
quantidade de sílabas que articulam oralmente e, apesar de utilizarem uma letra
para cada sílaba, não reconhecem o fonema correspondente ao grafema, por isso
precisam saber como escolher a letra certa para escrever as palavras conforme
vão percebendo os sons que emitem durante a fala.
Exemplo de escritas silábicas sem valor sonoro
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
André diversifica a escrita das palavras com as letras de seus nomes, pois
são as que ele conhece, já atribui uma letra por sílaba, porém ainda não percebe
os sons representantes das letras.
Quando a criança está em conflito (silábico sem valor x com valor)
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
William está em conflito quanto à quantidade de letras que compõem a
sílaba. Embora tenha percebido que acompanhando as vogais saem outras letras
65
de sua boca, não consegue identificar quais. Ele agrupa as letras durante a leitura
porque deve ter referências de composição silábica das palavras (o método
utilizado pelo professor deve ser o silábico). Na escrita da palavra panetone e
bolacha ainda persiste a escrita de letras aleatórias sem correspondência grafo-
fônica. Esta criança precisa ainda de atividades para adquirir o valor sonoro das
letras e deve ser classificada como silábica sem valor sonoro.
d) Silábico com valor sonoro
A criança se preocupa em colocar não só uma letra para cada sílaba da
palavra, mas também letras que correspondem a sons contidos nas sílabas orais.
É comum as crianças colocarem as vogais de cada sílaba, mas também podem
colocar consoantes, como PTC para peteca. Precisam saber que não sai apenas
uma letra de sua boca ao pronunciar as sílabas das palavras. Nesta fase
precisam construir as sílabas pelos sons na ordem em que estes vão saindo da
boca e compreender que as sílabas podem ser compostas com CV
(consoante/vogal), VC, CCV, CCVC, CCVCC, CVC, CVV, CVVC, além de saber
que não existe sílaba sem vogal.
Exemplo de escritas Silábicas com Valor Sonoro
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
Ana percebe bem as vogais da sílaba, sabe que outras letras a
acompanha, porém, por não conhecer bem o alfabeto, não sabe quais letras
escolher.
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Daniel já começa a perceber as consoantes que podem compor as sílabas
com as vogais. Ao escrever RÃ grafou SE SE pois não conseguiu identificar que
letra representaria o A nasal e nem a letra do som inicial da palavra (R), mas
como sabe que sapo e rã são animais parecidos, escreve rã com S utilizando o
campo semântico para justificar sua escolha. Se sapo e rã se parecem, logo
podem ter escritas semelhantes, porém não completamente iguais.
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
e) Silábico-alfabético
Ao notar (escrever) uma palavra, ora a criança coloca duas ou mais letras
para escrever determinada sílaba, ora volta a pensar conforme a hipótese silábica
e põe apenas uma letra para uma sílaba inteira. As crianças nesta fase começam
a perceber os vários sons da sílaba oscilando entre a escrita silábica e a escrita
alfabética, começando a escrever frases, porém sem respeitar a segmentação
entre as palavras. Misturam letras de imprensa e cursiva, pois já buscam uma
letra que corresponda à velocidade do seu pensamento, conhecem as sílabas e
sabem como compor as palavras porém, ainda fazem algumas trocas fonêmicas
ou omitem algumas letras das sílabas e trocam a posição de letras nas sílabas
canônicas e não canônicas. Ex: PEDRA=PEDAR/ ESTRELA= SETERLA.
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Exemplo de escritas silábicas alfabéticas
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
Em todas as escritas é possível compreender o que se quer escrever
mesmo persistindo trocas de consoantes com sons próximos ou não. Também há
problemas quanto à segmentação das palavras na frase. O avanço dessa fase
depende muito do conhecimento do alfabeto e do exercício diário de leitura de
palavras e frases com rimas e aliterações.
f) Hipótese alfabética
Nesta hipótese a criança compreende que se escreve com base em uma
correspondência entre sons menores que as sílabas (fonemas) e grafemas. O aprendiz
passa a compreender que, para cada som pronunciado, é necessário uma ou mais letras
para notá-lo, mesmo que, inicialmente, ainda não tenha se apropriado de muitíssimos
casos de regularidade e irregularidade da norma ortográfica. Lê silabando ainda sem
fluência precisando conhecer os dígrafos, pontuação e a estrutura textual. Assim, as
crianças, nesta fase, reconhecem todos os sons da fala, escrevendo e lendo
principalmente sílabas simples, especialmente se sua alfabetização foi realizada com
base em atividades de consciência fonológica, ela escreverá e lerá qualquer palavra
proposta, ainda que sem fluência e sem conhecer os dígrafos, a ortografia, a pontuação e
a estrutura textual.
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Escrita alfabética
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
Nestas escritas é possível que qualquer leitor compreenda o que a criança
quis escrever, embora ainda ocorram omissões de letras como o S na palavra
rosca e o R na palavra forno. É evidente que ainda precisam se apropriar dos
conteúdos referentes à segmentação das palavras, pontuação, uso da letra
maiúscula, entre outros. Além de conhecer as características estruturais de textos
de gêneros variados.
A Escrita convencional
A escrita convencional se caracteriza pela compreensão e utilização das
regularidades e irregularidades ortográficas. Dessa forma, a criança com escrita
convencional precisa demonstrar em sua escrita a apropriação de alguns desses
conceitos.
No Ciclo, as crianças têm, portanto o direito de compreender como
funciona a escrita alfabética, mas também de se apropriar de algumas
convenções sociais necessárias à leitura e a escrita em nossa sociedade, como
uso de diferentes tipos de letra e a utilização do espaço em branco entre as
palavras.
69
Fonte: diagnóstico de aluno da rede municipal de Ensino de Várzea Grande.
Tais conhecimentos e habilidades contribuem, juntamente com aqueles
relativos à apropriação da linguagem escrita própria dos diversos gêneros de
texto, para uma maior autonomia nas diferentes práticas sociais de leitura e de
escrita presentes na sociedade letrada em que vivemos.
Segundo Cagliari (1993, p. 96): “A escrita é uma atividade nova para a criança, e por isso mesmo requer um tratamento especial na alfabetização. Espera-se que a criança, no final de um ano de alfabetização, saiba escrever e não que saiba escrever tudo e com correção absoluta”, mas ao final do CBAC esta mesma criança precisa ter uma escrita convencional. (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa -Ano 2, Unidade 3).
70
As crianças com escrita convencional, apesar de apresentarem erros
ortográficos ou de pontuação, já possuem certa fluência na leitura e são capazes
de transmitir suas ideias de maneira clara. Os textos seguintes evidenciam essas
características.
Nesta fase o trabalho de intervenção deve centrar-se na produção de
textos coletivos em que se explica o uso da pontuação, da segmentação de
palavras dentro do texto (ex: er-ro, es-sa) e discussão das regularidades e
irregularidades da língua. Devem ser explicados os conteúdos de acordo com as
regras ortográficas e os que devem ser memorizados e trabalhados por meio do
uso do dicionário.
O DIAGNÓSTICO PSICOGENÉTICO
O diagnóstico psicogenético é uma avaliação individual, em que a criança é
solicitada a escrever uma lista de palavras do mesmo campo semântico e com
extensões variadas iniciando por palavras polissílaba, trissílaba, dissílaba e
monossílaba e uma frase. O professor deve ter um repertório de palavras do
universo infantil a serem utilizadas. Nesta avaliação, pede-se para que criança
leia o que escreveu, imediatamente após a escrita de cada palavra realizando
marcação. O objetivo do diagnóstico psicogenético é ajudar o alfabetizador
interpretar na escrita e leitura da criança, o que ela já sabe, e o que ainda precisa
saber para avançar em sua hipótese sobre a escrita. Essas informações
orientarão o planejamento de atividades coerentes com as possibilidades e
necessidades das crianças, evitando atividades aleatórias.
Como fazer o diagnóstico
• Deve-se deixar a criança confortável emocionalmente explicando sobre
como ocorrerá à atividade e que isso ajudará o professor a ensiná-la
melhor;
71
• O diagnóstico é feito individualmente, pelo professor e poderá ser realizado
pelo coordenador, para acompanhamento da evolução das turmas;
• Pedir que a criança escreva do jeito que ela acha que é o correto, sem
medo de errar;
• Ditar as palavras normalmente, sem silabar;
• Pedir que a criança leia o que escreveu. Fazer a marcação embaixo da
palavra lida com uma seta, caso a criança passe o dedo na palavra de
maneira corrida ou com segmentações, marcando letra ou sílaba, conforme
vai pronunciando. (Essa marcação é o que permitirá a identificação das
hipóteses).
A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A SUPERAÇÃO DAS HIPÓTESES
PSICOGENÉTICAS
Os estudiosos da consciência fonológica a definem como “[...] um vasto
conjunto de habilidades que nos permitem refletir sobre as partes sonoras das
palavras” (cf. BRADLEY; BRYANT, 1987; CARDOSO-MARTINS, 1991; FREITAS,
2004; GOMBERT, 1992). (In Leite e Morais, 2012, p.20) (PNAIC, 2012, unidade 3
ano1). Dessa forma, ter consciência fonológica é saber refletir sobre as
características sonoras e funcionais da escrita, assim, as atividades de
desenvolvimento da mesma devem ser pautadas em comparação e análise da
escrita em relação à oralidade, dando sentido no processo de aprendizagem. Ter
consciência fonológica é compreender a lógica existente na escrita ao representar
a oralidade e suas intenções comunicativas.
As atividades que promovem o desenvolvimento das capacidades de
consciência fonológica impulsionam o avanço das hipóteses psicogenéticas de
escrita. Ex.: uma criança no nível pré-silábico I avança para o nível pré-silábico II,
quando lhe é proposto situações de leitura em que possa comparar imagem e
sinais gráficos, como em análise de rótulos, ou quando alguém lê para ela
evidenciando que o que se pode ler com precisão são as palavras escritas com
letras e não apenas as imagens, ou ainda quando ela conta uma história para um
escriba representá-la com letras. Nesse processo que denominamos de
72
metafonológico, a criança é levada a concluir que tudo que pensamos e falamos
pode ser representado por meio das letras. Nesse trabalho intelectual ela não
precisou “decorar sem sentido”, mas sim compreender os primeiros aspectos do
sistema de escrita que é a relação que se estabelece entre a fala e a escrita.
Outra atividade reflexiva que pressupõe a consciência fonológica é a
percepção da extensão das palavras faladas e a regulação da quantidade de
letras e sílabas grafadas. Quando a criança escreve uma palavra utilizando uma
quantidade de letras de maneira aleatória (pré-silábico 2) e ao tentar lê-la percebe
que faltam ou sobram letras, esse exercício de ajuste fonográfico promove a
reflexão de que a extensão das palavras dependem da extensão da fala na
articulação das palavras. Quando perguntamos as crianças por que esta palavra é
maior que aquela, ou propomos que contem quantas vezes abriu a boca para
falar uma palavra, estamos induzindo a reflexão fonográfica.
A qualidade da consciência fonológica evolui conforme a situação de
escrita que se quer resolver. Ex.: Quando a criança precisa compreender por que
tal palavra se escreve com P, ela terá que comparar a escrita de várias palavras
grafadas com essa letra, até desvendar que essa grafia dependerá do som
articulado em sua fala. As estratégias de leitura (seleção, antecipação, inferência
e verificação) são exemplos de atividades metalinguísticas que envolvem a
consciência fonológica. Quando uma criança seleciona a letra B inicial de seu
nome e compara com B da escrita de BOLA, antecipa que BARCO também se
escreve com B porque tem o mesmo som. Ao verificar que a articulação de sua
fala é a mesma sempre que pronuncia o B, conclui (verifica) que sempre que ouvir
aquele som deverá usar a letra B independente de sua posição, em qualquer
palavra que queira escrever.
Dessa maneira, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa na
unidade 3 conclui a compreensão sobre a consciência fonológica quando diz que
as habilidades de consciência fonológica se diferenciam não só quanto ao tipo de
operação que o sujeito realiza em sua mente (separar, contar, comparar quanto
ao tamanho ou quanto à semelhança sonora etc.), mas também quanto ao tipo de
segmento sonoro envolvido (rimas, fonemas, sílabas, segmentos maiores que um
fonema e menores que uma sílaba, segmentos compostos por mais de uma
73
sílaba – como a sequência final das palavras janela e panela) e variam, ainda,
quanto à posição (início, meio, fim) em que aquelas “partes sonoras” ocorrem no
interior das palavras (BRASIL, 2012, grifos nossos)
A importância das perguntas de intervenção para a promoção da
consciência fonológica
As capacidades de consciência fonológica importantes para uma criança se
alfabetizar não aparecem com a maturação biológica, como parte do
desenvolvimento corporal. Elas dependem de oportunidades ensino para refletir
sobre as palavras em sua dimensão sonora e, portanto, a escola tem um papel
essencial em fomentar seu desenvolvimento [...] (PNAIC Unidade 3, p.23). Por
essa razão as perguntas de intervenção deverão permear todas as atividades
propostas pelo professor alfabetizador. Algumas perguntas de intervenção são
imprescindíveis para que este processo contribua para o avanço das hipóteses
das crianças:
Escrevemos com letras ou desenhos? Onde está escrito o nome do
produto nesse rótulo? (pré-silábico 1)
Por que esta palavra se escreve com muitas letras e esta outra com
poucas letras? (pré-silábico 2)
Por que essas palavras começam com a mesma letra? Por que essas
palavras terminam com as mesmas letras? Quando ouvimos o mesmo som
em palavras diferentes usamos letras iguais ou diferentes? Qual letra
escolhemos quando ouvimos o som...? (silábico com valor sonoro)
Quantas letras saíram juntas da boca na sílaba? Quais letras saíram da
boca juntas na sílaba..? Qual letra saiu primeiro na sílaba?
Quantas palavras há nessa frase? Onde começa e onde termina essa
palavra?
Entretanto, não basta dar atividades para a criança realizar, sem um comando
explícito e objetivo do que o professor queira que a criança perceba. São as
74
perguntas durante a atividade que fazem a criança refletir sobre a escrita e
consequentemente avançar na sua aquisição.
Consciência fonêmica
A consciência fonêmica é a habilidade de ouvir, identificar e grafar,
individualmente a menor unidade linguística, denominada de fonema. São os
menores sons da fala que precisam ser identificadas durante a leitura e a escrita.
Os métodos silábicos de alfabetização ao propor a memorização de sons
aglutinados nas sílabas, ignoram a importância desse conhecimento, supondo
que as crianças já possuem esta habilidade, independente de seu ensino. Muitas
das dificuldades de leitura apresentadas pelas crianças estão relacionadas ao
ensino da consciência fonêmica e em outras habilidades do processamento
fonológico. Diversos estudos na área de Alfabetização e Linguística têm
evidenciado que a consciência fonêmica é uma habilidade fundamental para a
aprendizagem da linguagem escrita. A partir da hipótese psicogenética silábica-
sem-valor-sonoro devemos iniciar as atividades de intervenção específicas da
consciência fonêmica.
A ROTINA NA ALFABETIZAÇÃO
Importância da rotina semanal
A rotina semanal deve-se configurar numa forma de planejamento mais
detalhado, com atividades específicas de sala de aula, que dão visibilidade à
execução de conteúdos previstos no plano anual, os quais não podem ser
esquecidos. Ela deve ser criativa, problematizadora e provocadora de novas
aprendizagens.
A importância de planejar a rotina semanal também está na necessidade
de garantir que todos os componentes curriculares sejam contemplados, de
maneira intencional e organizados, durante as aulas, de modo que, as crianças
tenham acesso a uma gama variada de conhecimentos científicos, linguísticos,
matemáticos, históricos e geográficos, além dos aspectos sociais e éticos
necessários para que transitem com autonomia intelectual e moral na sociedade.
75
As rotinas semanais proporcionam que:
os professores e as crianças entrem em acordo quanto aos procedimentos ou
tarefas básicas diárias organizando-se no espaço e regulando os tempos das
tarefas pedagógicas. Tais acordos otimizam o uso do tempo escolar uma vez
que às crianças são atribuídas responsabilidades.
as crianças aprendam a prever o que fará na sala de aula e a organizar-se
melhor;
o professor distribua com maior facilidade as atividades que ele considera
importantes para a construção dos conhecimentos em determinado período,
facilitando o planejamento diário das atividades didáticas.
Leal e Lima (2012) propõem o trabalho com rotinas/situações variadas
porque contemplam,
[...] os quatro eixos: leitura, produção de textos escritos, oralidade e análise linguística, de modo integrado aos diferentes componentes curriculares [...] Para isso, é fundamental planejar o ensino e variar os modos de organização do trabalho pedagógico [...] BRASIL, 2012. Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, unidade 2, ano 3, p. 22).
A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética/SEA pelas crianças são
asseguradas na rotina escolar por meio de atividades permanentes (previstas
para todos os dias), que podem ser eliminadas ou acrescentadas ao longo dos
meses, conforme as dificuldades e superações detectados nos diagnósticos
psicogenéticos da turma.
ATIVIDADES DA ROTINA SEMANAL
a) Estudo do alfabeto
A apresentação da ordem alfabética com uso de músicas, escritas, alfabeto
móvel, quebra-cabeças, alfabeto coletivo contendo as boquinhas articuladoras
dos sons das letras entre outras, é uma atividade necessária na rotina enquanto
houver um número significativo de crianças que ainda não memorizaram o
alfabeto.
76
Ter certeza de que as crianças sabem o alfabeto é fundamental para o
avanço da alfabetização. Uma vez que nosso Sistema de Escrita é chamado de
alfabético e fundamentado na relação entre a pauta sonora veiculada pela fala e
sua correspondência gráfica, além das convenções ortográficas, torna-se
fundamental que as crianças saibam o nome e o valor sonoro de todas as letras
do alfabeto, caso contrário, poderão ter seu processo de alfabetização dificultado,
ou mesmo, impedido.
Conhecer o alfabeto é fundamental ainda para a composição silábica na
fase posterior, pois muitas vezes, a criança já percebe o som que saiu de sua
boca, mas, não consegue relacioná-lo a uma letra porque não sabe o alfabeto. É
importante ressaltar que as crianças não memorizarão o alfabeto sem atividades
desafiadoras de apropriação. Memorizar o alfabeto não é inato, portanto,
caracteriza-se como conteúdo importante a ser ensinado no processo de
alfabetização.
Entretanto, as atividades de estudo e memorização do alfabeto só poderão
ser retiradas da rotina quando o diagnóstico da turma demonstrar que tal
atividade não é mais necessária, devendo então, serem substituídas por outras
atividades de apropriação do SEA, referente à um próximo nível psicogenético,
predominante na turma.
b) A leitura deleite
O momento da leitura deleite está voltado para o desenvolvimento do
gosto pela leitura e da fruição. Por meio dessa atividade, que deve ser realizada
diariamente e no primeiro momento da aula como estratégia que auxilia as
crianças a adquirir o hábito e a apreciação pela leitura, mesmo que esta seja
realizada por outrem, no caso das crianças ainda não alfabetizadas.
Um dos principais benefícios da leitura deleite é a divulgação da literatura,
ampliação de conhecimentos de mundo, ampliação do vocabulário e a
apropriação da linguagem formal, na medida em que os textos são escritos na
norma culta, com as concordâncias e entonações marcadas pela pontuação.
77
A leitura deleite é o momento em que damos aos alunos a referência de como
se lê. Segue abaixo os direitos de aprendizagem desenvolvidos por meio da
leitura deleite:
Conhecer textos verbais e não-verbais, em diferentes suportes.
Compreender textos lidos por outra pessoa, de diferentes gêneros e com
diferentes propósitos.
Antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos a
serem lidos pelo professor ou pelas crianças.
Localizar informações explícitas em textos de diferentes gêneros, temáticas,
lidos pelo professor.
Escutar com atenção textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais
formais, comuns em situações públicas, analisando-os criticamente.
Valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações
culturais.
c) Atividades lúdicas por meio de agrupamentos
Segundo Ferreira e Cavalcante (2012, p. 7), “para integrar os jogos e
brincadeiras na rotina da sala de aula, é importante, no entanto, o professor
pensar o objetivo daquele jogo ou brincadeira para o aprendizado de todas as
crianças. É preciso que se defina o momento e a forma do brincar na sala de
aula.” (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, ano 2, unidade 4).
As atividades lúdicas devem se integrar ao planejamento e à rotina da
classe de forma a contemplar situações em que a turma esteja disposta em:
Grande grupo: envolvendo todos da classe na mesma atividade, como em
momentos de construção coletiva de histórias em que cada criança vai
continuando a história a partir do que o outro construiu, ou em ilustrações
coletivas de histórias de um livro produzido pela classe, ou em trilhas gigantes
referentes à desafios matemáticos ou de construção de palavras, ou ainda bingos
de números, sílabas e letras e dramatizações e musicais. Também são muito
válidos concursos e gincanas de tabuada, trava-língua, declamação de poesias,
78
adivinhas, charadas e cruzadinhas, entre outras atividades lúdicas cujo objetivo
seja oferecer a todos as crianças informações que auxiliem na construção do
sistema de escrita alfabética, na conscientização sobre a função social da escrita
e na construção do gosto pela leitura; Nas atividades de grande grupo também
são previstas intervenções psicogenéticas coletivas, que se concretizam por meio
de perguntas de intervenção direcionadas aos níveis de escrita existentes na
turma, onde o professor é o escriba, durante a produção coletiva de pequenos
textos, frases ou palavras ditadas pelas crianças. Essas atividades são
planejadas com antecedência, a partir da análise dos diagnósticos de escrita das
crianças.
Pequenos grupos: (agrupamentos produtivos), quando o objetivo de
trabalho está voltado para o avanço das hipóteses de escrita das crianças de
turmas heterogêneas, Silva (2012) propõe atividades de superação em pequenos
grupos ou duplas de crianças com níveis psicogenéticos próximos. Nessas
situações são propostos desafios de leitura e escrita compatíveis com as
dificuldades das crianças, sem descartar as intervenções do professor que deverá
circular entre os agrupamentos fazendo perguntas que levem as crianças a
refletirem sobre possíveis soluções para os desafios propostos. As atividades vão
de cruzadinhas, composição de pequenos textos como músicas, parlendas,
entrevistas, cardápios, listas, pequenos poemas, até a invenção ou reescrita de
pequenas histórias com auxílio de imagens seriadas.
Fundamentando esses procedimentos, recorremos a Silva 2012, para dizer
que as atividade lúdicas coletivas,
[...] são aquelas nas quais o professor propõe uma mesma atividade para todos os alunos e a realiza, ao mesmo tempo, com toda a turma, podemos citar como exemplo a escrita coletiva de palavras na lousa, situação na qual os aprendizes mais principiantes poderão ser estimulados a refletir sobre quantas e quais letras irão usar para escrever e em que ordem essas letras devem ser colocadas, ao passo que os mais avançados estarão refletindo sobre a ortografia das palavras. Tal atividade poderá, portanto, propiciar diferentes reflexões
para alunos com diferentes níveis de conhecimento sobre o SEA. [...] Quanto às atividades diferenciadas, isto é, aquelas nas quais o docente propõe a realização de atividades distintas pelos alunos em um mesmo momento, a turma pode ser organizada em pequenos grupos ou em duplas. Nesse caso, pode-se propor variações em uma mesma atividade, tornando-a mais ou menos desafiadora, de modo a atender à diversidade de conhecimentos dos alunos, ou propor atividades diferentes para grupos ou duplas diferentes. (BRASIL, 2012. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Unidade 7, ano 2, p. 12.)
79
d) Jogos e ludicidade: contemplando o eixo da leitura, oralidade e da
análise linguística (apropriação do Sistema de Escrita Alfabética)
Com relação ao aprendizado da língua materna, Chartier (1996) elenca
algumas vantagens com o uso dos jogos e da ludicidade na rotina escolar,
justificando que principalmente os jogos de tradição oral, por fazer parte da
cultura, “as pessoas aprendem a jogar informalmente umas com as outras e já
sabem como brincam em diferentes espaços de convivência, em casa, na rua”.
Seguem algumas vantagens em se trabalhar com os jogos de tradição oral como,
trava-língua, rimas, aliterações, advinhas, ditos populares, expressões idiomáticas
e provérbios populares, parlendas etc:
os jogos com a língua, de tradição oral, conhecidos por todos, oferecem um
repertório inesgotável que serve para exercitar a memória e construir as
representações mentais;
quando são levados para a escola, facilita o acesso das crianças à leitura
individual e autônoma, pois geralmente são textos que sabem de cor, estimulando
a aprendizagem da leitura por darem à criança, a impressão de que ler é fácil;
antecede o trabalho de decodificação do texto escrito, aproxima os
estudantes das situações vivenciadas fora da escola;
levam as crianças a pensar nas palavras em sua dimensão não só
semântica, mas também sonoro-escrita, ou seja, além de compreenderem o
significado das palavras, se apropriam da relação letra-som.
promovem a reflexão sobre a relação entre a escrita e a pauta sonora
ajudando as crianças a estabelecerem e sistematizarem as relações entre letras
ou grupos de letras e os fonemas com mais eficiência, princípio fundamental para
a alfabetização.
e) O uso do livro didático na rotina semanal: contemplando conteúdos das
disciplinas e os eixos da leitura e oralidade
Para garantir que os direitos de aprendizagem das áreas do conhecimento
e seus conteúdos sejam contemplados nos planejamentos, é importante também
80
utilizar na rotina semanal: os livros didáticos. Assim, as vantagens da utilização do
livro didático na rotina escolar, são:
Material bem ilustrado, com textos atualizados e revisados;
Quantidade suficiente para se trabalhar tanto individualmente, quanto em
grupo;
Presença de textos interdisciplinares que podem ser utilizados em outras
áreas, principalmente da linguagem;
Possibilidade de seleção de atividades, de acordo com as possibilidades de
leitura e escrita das crianças, sem necessariamente, seguir o livro
metodicamente;
Fomento à pesquisa e um recurso didático valioso, quando utilizado com
critérios claros.
f) Sequência Didática e Projeto Didático: são metodologias de trabalho que
promovem a apropriação dos elementos da textualidade como as
características dos gêneros e tipos textuais. Essas propostas de trabalho, que
também fazem parte da rotina de alfabetização, já foram descritas
anteriormente, no item referente à metodologia.
PERFIS DE ENTRADA E SAÍDA DO CICLO BÁSICO DE
ALFABETIZAÇÃO CIDADÃ
1º ano do CBAC
Não existe parâmetro de entrada para as crianças dos 1º anos do CBAC.
Ao final do 1º ano, toda criança já deve ter alcançado o nível de leitura e escrita
Alfabético. É neste momento que se inicia o ensino do alfabeto e o sistema de
escrita alfabética e no campo da matemática a construção do número. Neste nível
a criança já consegue basicamente ler e escrever palavras, frases e pequenos
textos, de forma legível, mesmo que ainda sem fluência. Reconhece e grafa os
números de 0 a 9 e compreende que a partir deles escrevem os demais números
até no mínimo 50. Faz uso social dos números e resolve problemas matemáticos
simples fazendo registros próprios bem como faz uso da linguagem matemática
81
em seus registros, como algoritmos, ou seja a escrita matemática da ideia de adição e
subtração. (ver capacidades e conteúdos para esta turma)
Perfil do 2º ano
No 2° ano do CBAC todas as crianças já devem estar no nível Alfabético.
Há que se ressaltar que as crianças que não apresentarem este nível de escrita
também estão aptas a frequentar esta turma. Entretanto, no inicio do ano letivo o
coletivo dos professores do CBAC com assessoria do coordenador pedagógico
deverão elaborar um plano de intervenção pedagógica para todas as crianças que
se encontram abaixo do nível alfabético. Ao final deste ano as crianças já deverão
ter consolidado as capacidades de: ler com fluência e produzir textos legíveis com
autonomia ainda que com erros ortográficos, utilizando os sinais de pontuação e
letra maiúscula em início de períodos e nomes próprios. No campo da
matemática, o ensino deve promover o aprofundamento e ampliação dos
conceitos construídos no 1º ano. Nesta turma a criança deverá ao final do ano
letivo, numerar e quantificar no mínimo até 100, fazendo ainda registros próprios
para solução de problemas concluindo-os com a linguagem matemática
adequada. O sistema decimal e o valor posicional devem estar consolidados, a
utilização de algoritmos para registros de operações simples de adição,
subtração, multiplicação e divisão.
Perfil do 3º ano
A entrada da criança neste ano já deve ser no nível alfabético, delineado
no perfil de saída do 2° ano. Entretanto, ao final do ano letivo nesta turma, para
que os objetivos do processo de alfabetização e letramento sejam alcançados e
todas as crianças saiam do ciclo básico de alfabetização com seus direitos
garantidos, o nível de saída Alfabético deve revelar que: a criança já lê e produz
textos legíveis com autonomia, dominando regras ortográficas regulares e
atendendo a estrutura textual do gênero solicitado. Faz uso do dicionário para
atender suas dúvidas ortográficas.
No campo da matemática deverá resolver problemas e operações
matemáticas com autonomia, utilizando algoritmos com recursos e reserva para
82
registro até a quarta ordem. Devem fazer parte do repertório matemático da criança
na finalização desta turma, a leitura e escrita de tempos e medidas.
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E O CONSELHO DO CICLO BÁSICO DE
ALFABETIZAÇÃO CIDADÃ/CBAC
Os objetivos das avaliações não se relacionam mais à simples medição de
conhecimentos para determinar se estão aptos a progredir nos estudos, mas à
identificação dos conhecimentos que os estudantes já desenvolveram, com o
objetivo de fazê-los avançar em suas aprendizagens. Além disso, nessa
perspectiva, a avaliação atende a diferentes objetivos, como alguns apontados
por Leal (2003, p. 20):
a) identificar os conhecimentos já construídos pelos alunos, a fim de
planejar as novas atividades de ensino de forma ajustada, isto é,
considerando as aprendizagens que eles já desenvolveram, as
dificuldades ou lacunas que precisam superar;
b) decidir sobre a necessidade ou não de retomar o ensino de certos
itens já ensinados ou de usar estratégias de ensino alternativas, a
partir da verificação do que os alunos aprenderam;
c) decidir sobre se os alunos estão em condições de progredir para um
nível escolar mais avançado.
Nessa perspectiva, avalia-se tanto as crianças, para mapear seus percursos
de aprendizagem, como as práticas pedagógicas com o objetivo de analisar as
estratégias de ensino adotadas de modo a relacioná-las às possibilidades dos
educandos. Como abordado por Ferreira e Leal (2006), “é papel da escola
ensinar, favorecendo, por meio de diferentes estratégias, oportunidades de
aprendizagem, e avaliar se tais estratégias estão sendo de fato adequadas”. (p.
16, PNAIC/2012/an0 1).
Quanto ao registro dessas avaliações, a diversificação dos instrumentos de
coleta de dados é a base dos trabalhos docentes: cadernos de registros dos
83
estudantes; os portfólios com a coletânea de atividades/registros realizados pelas
crianças ao longo de um determinado período que permitem que tanto o professor
como os próprios alunos acompanhem as dificuldades e os avanços em uma
determinada matéria; a ficha de acompanhamento individual (de cada aluno) e
coletiva (da classe).
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E REGISTRO DA
APRENDIZAGEM
a) O Relatório Descritivo da Aprendizagem é o documento legal de registro das
aprendizagens realizadas dos estudantes. Ele será o resultado do
acompanhamento diário e mensal do desenvolvimento escolar nos aspectos de
sua aprendizagem e terá como subsídio prioritário os registros de conteúdos e
capacidades previstos para o ano do CBAC.
b) As Fichas de Acompanhamento mensal da Aprendizagem ,são os
documentos formais para avaliação e acompanhamento do processo de
aprendizagem da leitura e escrita, através do diagnóstico psicogenético,
principalmente no CBAC.
As fichas do 1º, 2º e 3º são diferenciadas, acompanhando a progressão da
aprendizagem, conforme o descrito nos perfis de saída por ano. Nas turmas de 2º
ano a referida ficha apresenta o registro o nível definido para o final do 1º ano, ou
seja, Alfabético. Para as crianças que atingiram o perfil abaixo do silábico
alfabético, a ficha terá um campo para observação, onde cada professor
registrará a fase em que a criança se encontra considerando seu relatório do final
do ano letivo, bem como as possíveis causas de sua não aprendizagem. Para as
Séries Anuais (4º ao 9º anos) este instrumento é opcional.
Durante todo processo de ensino cada professor planeja e organiza seus
próprios instrumentos e técnicas de avaliação com assessoramento e
acompanhamento do Coordenador Pedagógico, orientados pelos critérios
contidos neste referencial. Entretanto o acompanhamento do ensino e da
84
aprendizagem na Unidade Escolar será de responsabilidade da equipe
pedagógica da escola que envolve Coordenador Pedagógico, Professor,
Professor do Atendimento Especializado, onde houver. O diretor escolar é o líder
que necessariamente precisa estar presente, participando de todo processo de
ensino e aprendizagem, uma vez que, gestão eficiente é sinônimo de
aprendizagem com qualidade.
c) Diagnóstico Psicogenético: É um instrumento mensal de acompanhamento
do desenvolvimento da alfabetização, e registra as características das hipóteses
psicogenéticas e os avanços dos estudantes no que se refere à aquisição do
sistema de escrita alfabética.
d) Prova: é um instrumento de avaliação para coleta de dados sobre a
aprendizagem e o ensino. Moretto (2003) afirma que ela deve ser um momento
privilegiado de estudos e não deve ser aplicada com o intuito de constranger o
estudante acerca do que ainda não aprendeu.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CONTEÚDOS
Assim como os demais elementos do currículo tem como diretrizes as
necessidades e características gerais das fases da vida (Infância, Pré-
adolescência e Adolescência) a organização dos Direitos de Aprendizagem e
conteúdos no CBAC segue critérios que devem favorecer o desenvolvimento das
capacidades psicossocial e moral dos alunos. Para Vygotsky:
Cada matéria escolar tem relação própria com o curso do desenvolvimento da criança, relação que muda com a passagem da criança de uma etapa para outra. Isso obriga a reexaminar todo o problema das disciplinas formais, ou seja, do papel e da importância de cada matéria no posterior desenvolvimento psicointelectual da criança
(VYGOTSKY,1984)
O desejo e as necessidades das crianças nas fases da vida em que se
encontram são outros elementos a serem considerados como impulsionadores
naturais da aprendizagem escolar. Consideramos também a curiosidade e a
imaginação das crianças aspectos importantes a serem trabalhados no currículo
do CBAC. Para Freud, os seres humanos independente da fase da vida em que
85
se encontram são sujeitos ativos na construção de seus conhecimentos,
impulsionados pelos desejos e pelas necessidades.
Dessa forma, os direitos de aprendizagem e respectivos conteúdos estão
organizados neste referencial como base comum e elemento disparador para as
aprendizagens básicas de todas as crianças. Nessa linha também se encontram
as diretrizes metodológicas (sequência didática e projetos didáticos, atividades
com agrupamentos produtivos, enturmações, atividades permanentes, uso do
livro didático, aulas de campo, literatura etc.) que procuram favorecer a
aprendizagem significativa. Entretanto para que isso ocorra é preciso que toda a
equipe escolar tenha compreensão e conhecimento das fases do
desenvolvimento humano, sob o ponto de vista das bases psicológicas definidas
neste referencial.
Ao desencadear as discussões sobre a ressignificação do currículo a partir
destas diretrizes a equipe escolar deverá observar questões fundamentais como:
O que precisamos ainda saber para ensinar a partir deste referencial? Qual é o
nosso papel na formação da criança? Quais os conteúdos complementares?
Tais perguntas podem ser associadas ao que Freud denominou de pulsão
de domínio. Para ele, saber associa-se com dominar. A pulsão de domínio por
meio do conhecimento está intimamente ligada à ideia de curiosidade, e é
fundamental que o professor esteja ciente dessa dimensão, presente em todo ato
de conhecimento, no momento de preparação das suas aulas e na seleção dos
conteúdos a serem ensinados.
Dessa forma, o coletivo de professores, sob a coordenação da equipe
gestora da Escola discute, elege, seleciona e organiza os conteúdos
complementares das Áreas do Conhecimento para o CBAC de modo a possibilitar
às crianças visualização e clareza das finalidades de cada conhecimento para sua
vida. E ainda, todos os professores do CBAC devem ter clareza dos objetivos e
metas estabelecidos para cada ano, zelando pelas intervenções pertinentes de
forma que assegure a aprendizagem dos conteúdos trabalhados.
Os Direitos de Aprendizagem e respectivos conteúdos definidos para o
CBAC deverão ser trabalhados de maneira progressiva no decorrer dos três anos,
86
com vistas a promover o avanço do aprendizado de todas as crianças. Nessa
perspectiva os direitos de aprendizagem e respectivos conteúdos deverão ser
trabalhados em três níveis, sendo: Nível de Introdução (I), Aprofundamento (A)
e Consolidação (C).
Trabalhar Direitos e Conteúdos em nível de Introdução significa
apresentar conteúdos pela primeira vez às crianças. Apresentar e trabalhar
conhecimentos que não foram vistos no ano ou bimestre anterior e que não fazem
parte dos conhecimentos adquiridos em contextos exteriores à escola.
Trabalhar Direitos e Conteúdos em nível de Aprofundamento significa
retomar os direitos e conteúdos que foram introduzidos em bimestres ou anos
anteriores, com progressão e ampliação e enriquecimento ainda maior dos
conteúdos.
Trabalhar Direitos e Conteúdos em nível de Consolidação significa
retomar os conteúdos trabalhados em anteriores, por meio de avaliações
diagnósticas, de modo a certificar-se de que a aprendizagem prevista para aquele
ano se consolidou.
ÁREAS DE CONHECIMENTO
LINGUAGEM
A linguagem é produto da atividade humana,
proveniente da interação do homem com a natureza
e dos homens entre si. Assim, a linguagem nasce e
se desenvolve da história social das relações
humanas. Em outras palavras o homem em sua
relação com a natureza precisou nomear tudo que
existe e supre suas necessidades existenciais no
campo concreto e abstrato (objetos, coisas, ações e
87
sentimentos). Das ações humanas nasce o recurso verbal em diversos tempos,
das necessidades comunicativas nasce os gêneros textuais, dos sons articulados
nascem os fonemas e letras e de suas associações a linguagem se materializa na
escrita das sílabas, palavras e textos.
No percurso da história humana, dada a nossa fragilidade física, foi preciso
que nos associássemos de maneira cooperativa, criando um instrumento de
comunicação de ideias e sentimentos. Este instrumento é a linguagem,
responsável pelo desenvolvimento significativo dos processos psicológicos
humanos. Assim concluímos que quanto mais fazemos uso da diversidade
linguística oral e escrita, artística e corporal, mais sofisticado torna-se nosso
aparelho mental.
Numa perspectiva sócio-
interacionista de linguagem
compreendemos que a
promoção de seu processo de
ensino-aprendizagem significa
mais do que ensinar a
conjugação verbal ou as regras gramaticais, mas produzir capacidade intelectual
mais elevada, na medida em que impulsiona a sensibilidade e raciocínio humano
em meio às interações sociais linguísticas artísticas e corporais. Diante dessas
considerações que explicam a origem da linguagem humana, apresentamos sua
definição como instrumento de interação e desenvolvimento histórico-social
humano, sendo primordial que seu ensino esteja voltado para o contexto da
participação social crítica e autônoma.
A concepção dos objetos de ensino-aprendizagem influencia diretamente
no modo como encaminharemos nossa prática pedagógica. Em outras palavras, a
nossa compreensão sobre o significado do que vamos ensinar, determina a
escolha das atividades e nossa postura frente ao ensino na escola. Dessa forma,
é importante que os professores tenham uma clara concepção de linguagem
norteadora do ensino da Língua Portuguesa, de Arte e Educação Física, que
valorize, amplie e potencialize as diferentes formas de expressão das ideias e
sentimentos humanos.
88
Defendemos a intervenção pedagógica intencional e sistematizada para
que as crianças compreendam a importância da linguagem para seu sucesso
profissional e enquanto indivíduo social, sobretudo aquelas cujas famílias vivem
em condições socioeconômicas nas quais o exercício das práticas sociais que
envolvem a linguagem artística, oral e escrita é menos frequente, e diversificada.
Com isso pretendemos evitar o planejamento do ensino da língua com atividades
voltadas para a memorização da gramática, sem sua aplicação em textos de uso
sociais, ou ainda a correção de maneira inadequada da fala da criança,
desqualificando sua origem cultural linguística, como se a norma ou dialeto culto
da língua devesse estar inscrito em seu DNA.
No que se refere ao ensino de Arte e de Educação Física é nosso objetivo
oportunizar às crianças os conhecimentos provenientes da diferentes Linguagens
da Arte e da Cultura Corporal capacitando-as à apreciação, execução e reflexão
das diversas formas de comunicação humana, construindo uma atitude criativa
quanto ao uso da linguagem em suas vidas.
LÍNGUA PORTUGUESA
Considerando que a linguagem
constitui o sujeito na interação social,
garantir o direito à alfabetização de
crianças dos seis aos oito anos de idade,
é objetivo fundamental da Língua
Portuguesa no CBAC. Entretanto, para
que as crianças sejam capazes de
participar de maneira autônoma em
variadas esferas de interação social, é
necessário que o ensino da Língua
Portuguesa oportunize vivências e
experiências de oralidade, leitura e escrita que envolvam seu mundo físico,
89
social, cultural, a partir das quais possam compreender e produzir textos orais e
escritos variados e de qualidade, de diferentes gêneros textuais, com diversas
finalidades comunicativas.
Nessa perspectiva, com o ensino da Língua Portuguesa no CBAC,
pretende-se que as crianças adquiram conhecimentos que ampliem suas
possibilidades de comunicação, adequadas aos diferentes interlocutores e
situações comunicativas que precisarão utilizar dentro e fora da escola. Para tanto
é necessário considerar os eixos da Leitura, da Produção de Textos Escritos, da
Oralidade e da Análise Linguística, uma vez que se pretende que a criança ao
final do CBAC tenha:
[...] a compreensão do funcionamento do sistema de escrita; o domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que dominem poucas convenções ortográficas irregulares e poucas regularidades que exijam conhecimentos morfológicos mais complexos; a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos. (BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, Caderno de Apresentação, p. 11)
Reiterando que o perfil de saída desde o 1º Ano do CBAC, no campo dos
níveis da leitura e escrita deve ser o Alfabético, nos anos subsequentes os
conteúdos que serão trabalhados deverão proporcionar um aprofundamento e um
enriquecimento maior deste nível de forma que a aprendizagem de cada criança
atinja progressivamente os graus necessários de apropriação das regularidades e
irregularidades ortográficas e outros conteúdos mais complexos referentes ao
Sistema de Escrita Alfabética. Nesse sentido, nos fundamentamos nos princípios
do PNAIC:
“propormos trabalhar com os conteúdos das mais diversas áreas de conhecimentos, devemos procurar estabelecer relações em uma perspectiva de ensino e aprendizagem em espiral, ou seja, as temáticas abordadas podem ser retomadas e ampliadas ao longo dos anos de escolarização” (BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Caderno de Apresentação, p. 11).
Por meio da aprendizagem dos conteúdos pertinentes aos eixos do ensino
da Língua Portuguesa as crianças terão seus direitos à aprendizagem da leitura e
da escrita garantidos, com vistas a continuidade de sua escolarização e
participação social autônoma. Passemos a compreensão desses eixos.
90
Eixo da análise linguística
O eixo Análise Linguística prevê o estudo
das especificidades e apropriação do Sistema
de Escrita Alfabético, necessárias para que as
crianças tenham autonomia na leitura e
produção de textos, e outros aspectos da
análise linguística, também fundamentais para a
ampliação das capacidades para lidar com as
situações de produção e compreensão de textos orais e escritos.
Conforme Cruz, Manzoni e Silva (2012), o objetivo deste eixo é “promover
a consolidação do Sistema de Escrita Alfabética, cujas atividades levem à
reflexão sobre o funcionamento das palavras escritas”. Para que ocorra este
processo, as autoras propõem, “atividades que envolvam ações de comparar,
montar e desmontar palavras para observar e discutir os princípios do Sistema de
Escrita Alfabética”. E ainda, revelam que, “após as crianças estarem alfabéticas,
um dos aspectos a serem planejados é a exploração da norma ortográfica, pois a
apropriação da escrita alfabética não leva a criança a dominar todas as
convenções regulares”.
Nessa perspectiva, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
através de Morais, diz que, “atingir a hipótese alfabética é preciso que a criança
reflita sobre a norma ortográfica, compreendendo as regularidades e
memorizando as irregularidades ortográficas, a fim de escrever
convencionalmente as palavras”. Para que isso ocorra, continua,
[...] deve-se planejar as atividades de reflexão sobre as dificuldades ortográficas despertando-as para o princípio de que quando conhecemos uma regra podemos aplicá-la a todas as palavras cuja escrita dependa dessa regra. Por exemplo, a regra de que o som /k/ antes de A, O e U pode ser representado por C ou K e antes de E e I, por QU ou K, quando aprendida, pode ser aplicada em muitas palavras. (BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ano 1, Unidade 2).
Em suma, a função do eixo análise linguística é trabalhar a apropriação dos
conteúdos gramaticais da língua portuguesa de maneira contextualizada com os
91
usos e funções sociais dos gêneros textuais, da leitura, da produção de textos e
da linguagem oral (letrar).
Eixo da leitura
Segundo Cruz, Manzoni e Silva
(2012), “o eixo da leitura tem como finalidade
proporcionar às crianças a capacidade de ler
para: aprender a fazer algo, aprender
assuntos do seu interesse, informar-se sobre
algum tema e ter prazer na leitura.”
A concepção de leitura que embasa as
atividades deste eixo na rotina semanal, vai
além da decifração mecânica de signos
gráficos. É uma interação entre texto e leitor,
num exercício de interlocução. Para que tal
interação ocorra faz-se necessário ensinar ao leitor as estratégias de leitura
importantes para que possam compreender a função social do texto lido,
interpretando a mensagem do autor e utilizando as informações lidas na solução
de problemas cotidianos que envolvam a leitura.
Segundo Brandão e Rosa (2010), para que a criança compreenda a leitura
como uma atividade de construção de sentidos, em que é preciso interagir
ativamente com o texto, é importante que, antes, durante e após a atividade de
leitura, ocorram conversas sobre o texto lido.
Ainda na concepção do PNAIC, a leitura envolve a aprendizagem de
diferentes habilidades, tais como:
o domínio da mecânica (processo) que implica na transformação dos
signos escritos em informações;
a compreensão das informações explícitas e implícitas do texto lido;
92
a construção de sentidos. Para quê leio este texto? Quais informações
preciso retirar deste texto? O que vou fazer com essas informações? Cada
gênero textual propõe um sentido para a leitura.
O PNAIC ressalta a importância de lermos os textos escritos para nossos
alunos permitindo assim que eles apreendam aspectos peculiares da modalidade escrita,
como a estrutura sintática, o vocabulário, os elos coesivos, e propiciando a convivência
da criança com a linguagem escrita.
Eixo da oralidade
No eixo oralidade o objetivo é o conhecimento, a compreensão e exercício
dos usos que fazemos da oralidade na sociedade, de modo que as crianças
sejam sujeitos capazes de expor, argumentar, explicar, narrar, além de escutar
destaques são para os agrupamentos que envolvam interlocução, trabalhando os
gêneros orais como: apresentação de trabalhos, participação em entrevistas,
contação de histórias e fatos ocorridos no cotidiano, transmissão de recados,
debates, solicitações, conversa ao telefone, explicações etc. Os autores do
PNAIC afirmam que é papel fundamental no ciclo de alfabetização oportunizar a
aquisição dos saberes referentes à oralidade.
[...] esses saberes relacionam-se ao desenvolvimento de práticas com os usos reais da língua; o que significa oferecer o domínio da norma linguística de prestígio social sem, com isso, estigmatizar a variedade dos alunos, uma vez que toda língua é constituída de diferentes modos de dizer e que há maneiras mais prestigiadas que outras, o que não é questão linguística e, sim, questão social, econômica, regional etc. (BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ano 1, Unidade 2, p.11).
Enfim, com o eixo da oralidade se pretende que as crianças sejam
competentes em diferentes situações discursivas, ou seja, saibam adequar sua
linguagem ao contexto ou ao evento em que estejam inseridos, saibam as regras
de convivência e de comportamento segundo as quais os espaços sociais estão
organizados e, ainda, saibam monitorar a fala e a escuta em situações formais.
(PNAIC, 2012, ano 1, unidade 2, p. 10).
EMEB Armindo de Arruda Campos
93
Eixo da produção de texto
Segundo os fundamentos do PNAIC/2012, nos eixos de produção e compreensão
de textos são muitas e variadas às situações sociais que demandam ações de
escrita/ fala/escuta/leitura. Cada uma tem características próprias em que
determinados gêneros textuais circulam. Assim o objetivo geral do eixo “produção
de textos” é promover a compreensão e produção de textos orais e escritos de
diferentes gêneros, veiculados em suportes textuais diversos, e para atender a
diferentes propósitos comunicativos, considerando as condições em que os
discursos são criados e recebidos.
Para que esse direito de
aprendizagem seja alcançado pelas
crianças é necessário que a escola
proponha no Ciclo de alfabetização,
situações de produção que envolvam
diversas dimensões da escrita, como o
registro de um texto que se sabe de cor, no
qual a criança é levada a refletir acerca do
Sistema de Escrita Alfabética, a reescrita de textos, em que as crianças sabem o
conteúdo do texto, mas precisam recuperá-lo e escrever de outro modo,
pensando em “como dizer” e a escrita autoral de textos, em que as crianças
precisam definir o que vão dizer e como vão dizer. (PNAIC, Ano 1, Unidade 2,
p.10). Dessa forma, no trabalho com produção de textos desde o primeiro ano de
alfabetização é importante que o professor saiba que (PNAIC/P. 09) a escolha do
que a criança irá escrever irá depender da situação comunicativa proposta pelo
professor. Copiar não é sinônimo de escrever, embora seja uma habilidade
necessária a ser desenvolvida durante a alfabetização.
A produção de textos, na escola, pode se dar de diferentes formas: coletivamente, por meio de um escriba que geralmente é o professor; em dupla; ou individualmente. Quando o professor atua como escriba, ensina às crianças as diferenças entre linguagem oral e escrita, a organização das ideias, a importância de sempre revisar o que foi produzido, a desenvolverem suas próprias estratégias de registro e a se assumirem como autores. (BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ano 1, Unidade 2, p.10).
94
Enfim, o eixo da Produção de Texto propõe a ideia de que a criança pode e
deve escrever espontaneamente desde as primeiras semanas de aula,
construindo gradualmente, durante este exercício, suas estratégias de escrita e
resolvendo questões referentes à ampliação da consciência fonêmica e
fonológica, no que se refere aos conteúdos de alfabetização. Além disso, a
produção de textos orais e escritos, mesmo quando a criança não está
alfabetizada, oportuniza a apropriação dos conhecimentos referentes à estrutura e
finalidade comunicativa dos gêneros textuais, ampliando o seu grau de letramento
concomitantemente ao processo de alfabetização.
Eixo da Leitura
Direitos de aprendizagem Conteúdos 1ª ano
2ª ano
3ª ano
LETRAMENTO
Explorar diferentes suportes de escrita e gêneros textuais, como livros de histórias, livro didático, jornal, cartazes, folhetos e revistas em quadrinhos;
Características dos suportes e gêneros textuais (livros de histórias, livro didático, jornal, cartazes, folhetos e revistas em quadrinhos, dicionário) Características dos portadores de texto: livro didático, gibi, livro de receitas, jornal, dicionário, etc. Finalidades dos gêneros textuais: instrucionais, epistolares, midiáticos, informativos, etc. Finalidade, características e organização da biblioteca.
I I/A A/C
Analisar se um texto lido, escutado ou escrito está adequado aos interlocutores ou ao contexto ao qual se destina;
I I/A A/C
Ler e executar receitas e instruções diversas (montagem de objetos, brincadeiras e jogos etc.) com autonomia;
I A C
Compreender a função e a importância dos lugares de armazenamento e circulação de textos, tais como biblioteca da escola, sites, livrarias, bancas etc;
I A/C C
Utilizar diferentes tipos e gêneros textuais e ser capaz de compreender seus usos e funções;
I A/C C
Participar de situações de aprendizagem em que o texto escrito seja o mediador das interações;
I A C
Demonstrar atitudes de interesse em aprimorar, cada vez mais, suas habilidades de leitura;
I A C
Reconhecer diferentes tipos de letras em diferentes suportes e gêneros textuais;
-Alfabetos maiúsculo, minúsculo, imprensa e cursivo. -Uso de letras maiúsculas em início de frases e nomes próprios. -Ordem alfabética e sua função na organização de listas, agendas e dicionários. -Uso do dicionário
I/A/C C C
Reconhecer a ordem alfabética como elemento organizador de textos como, listas, agendas, dicionário, entre outros;
I A C
Saber procurar no dicionário a grafia correta de palavras;
I A/C C
95
APREENSÃO DA LEITURA
Ler palavras cujas sílabas variam quanto à sua combinação entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V,VC, VCC, CCVCC);
-Verbetes de dicionário -Sílabas canônicas e não canônicas (CV, CCV, CVV, CVC, V,VC, VCC, CCVCC) -Acentos: circunflexo, til e agudo -Palavras com marcas de nasalidade (til, m e n) -Estratégias de leitura (seleção, antecipação, inferência e verificação) -Textos não verbais (tirinhas, propagandas, história em quadrinhos, placas, paisagem e fotografia) - Imagem e texto: relação entre as ilustrações e o texto durante a leitura (narrativas e propagandas) -Regularidades ortográficas. -Irregularidades ortográficas: Grafemas cujo valor é dependente do contexto (posição na palavra) (C-N-G-R-H-S-L-X-M-Z) (L, H, CH, LH, NH, R e S) -Vogais orais e nasalizadas -Dígrafos -Unidades linguísticas: Texto, frase, palavra, sílaba, grafema/fonema.
I/A/C C C
Compreender que algumas marcas (acentos) podem modificar a tonicidade das palavras e que a tonicidade nem sempre é marcada por acento gráfico;
I A C
Ler adequadamente palavras com marcas de nasalidade (til, m, n);
I A C
Ler, ajustando a pauta sonora ao escrito, com fluência;
I A C
Ler textos não verbais, em diferentes suportes;
I/A/C C C
Compreender a relação estabelecida entre textos verbais e não verbais;
I A C
Reconhecer, com rapidez, palavras frequentes em textos;
I/A A/C
Ler oralmente e com fluência textos familiares e curtos, após leitura silenciosa;
I/A A/C C
Ler oralmente textos familiares e curtos, após leitura silenciosa;
I/A A/C C
Ler palavras com estruturas silábicas diversas, compreendendo regras contextuais que explicam o valor sonoro de grafemas;
I/A/C C C
Manusear adequadamente livros didáticos e de literatura e outros suportes frequentes no cotidiano;
-Função dos sumários, capa, título, ilustrações nos portadores de textos. -Estratégias de leitura: seleção, antecipação, inferência e verificação. -Sujeito, predicado e verbo na composição de frases. -Vocabulário persuasivo em cartazes, faixas e demais textos injutivos de diferentes gêneros. -Verbos no imperativo -Quadros e tabelas -Ordem alfabética -Verbete de dicionário -Finalidades e esferas de circulação de gêneros textuais -Função do título, sumário, texto principal, tópicos em textos de gêneros diversos -Interlocutores do texto -Pontuação e entonação da leitura -Informações explícitas e
I A C
Identificar, em notícias e reportagens de jornais ouvidas ou lidas com apoio do/a professor/a, elementos como o quê, quem, onde, quando e como;
I/A/C C C
Compreender a estrutura de cartazes e faixas que circulam na escola e no seu entorno e os principais recursos de convencimento neles utilizados;
I/A A/C C
Localizar informação em quadros e tabelas que apresentam levantamentos ou agrupamentos de itens;
I/A A/C C
Compreender textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e com diferentes propósitos;
I/A A/C C
Pesquisar no dicionário o significado das palavras e
I/A C
96
COMPREENSÃO LEITORA
escolher a definição mais apropriada;
implícitas e sua relação com o tema - Conjugações verbais modo indicativo (passado, presente e futuro). Pontuação indicativa de enumerações, emoções, indagações e diálogos. (ponto final, exclamação, interrogação, travessão, dois pontos e vírgula); -Expressões coloquiais; - Conteúdos da variedade linguística formal (verbo, plural, artigo definido e indefinido, concordâncias, verbetes de dicionário) - Palavras que dão ideia de causalidade e coesão às frases e textos (então, com isso, assim, entretanto, todavia, mas, porque, enfim, dessa forma etc.); _ Uso de sinônimos e pronomes pessoais para evitar a repetição de palavras no texto. -Antônimos.
Antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos a serem lidos pelo professor ou pelas crianças;
I/A C C
Reconhecer finalidades de textos lidos pelo professor ou pelas crianças;
I/A C C
Analisar a adequação de um texto lido ou ouvido aos interlocutores e à formalidade do contexto ao qual se destina;
I A C
Inferir significados de palavras não usuais presentes nos textos, considerando o contexto específico de uso;
I A C
Compreender elementos do texto que marcam suas partes como títulos, sumário, texto principal, tópicos;
I A C
Localizar informações explícitas em textos de diferentes gêneros, temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente;
I/A C C
Localizar informações explícitas em textos de diferentes gêneros, temáticas, lidos com autonomia;
I A/C C
Realizar inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente;
I/A C C
Realizar inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia;
I A C
Apreender assuntos/temas tratados em textos de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou outro leitor experiente;
I/A A/C C
Apreender assuntos/temas tratados em textos de diferentes gêneros, lidos com autonomia;
I A C
Interpretar frases e expressões em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente;
I/A C C
Interpretar frases e expressões em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia;
I A C
Reconhecer em narrativas, I A C
97
as marcas linguísticas referentes aos diálogos;
Estabelecer relação de intertextualidade;
-Conectivos, conjunções, coesão e coerência textual. -Gêneros textuais suas finalidades e características -Elementos da narrativa -Pesquisa em meios digitais -Ferramentas de edição de texto
I A C
Situar os elementos básicos de uma narrativa: personagens, narrador, espaço e tempo;
I A C
Identificar e compreender argumentos em cartas de reclamação ou de reivindicação, oriundas do universo de sociabilidade das crianças;
I A C
Reconhecer e compreender recursos de persuasão e de convencimento que compõem os textos publicitários;
I A C
Estabelecer relações lógicas entre partes de textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia;
I A C
Utilizar os meios digitais para buscar, a partir de palavras-chave, informações relevantes;
I A C
98
Eixo Oralidade Direitos de aprendizagem Conteúdos 1ª ano
2º ano
3º ano
Comunicação em situações informais
ou do cotidiano
Valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais.
- Palavras que marcam a passagem do tempo (hoje, ontem, amanhã, depois, antes etc). - Conjugações verbais modo indicativo passado, presente e futuro). - Característica e finalidades de textos instrucionais, bilhetes, convites, relatos, entrevistas, diálogos, debates e solicitações, além de textos narrativos, descritivos e argumentativos. - Pontuação indicativa de enumerações, emoções, indagações e diálogos. (ponto final, exclamação, interrogação, travessão, dois pontos e vírgula); -Expressões coloquiais; - Conteúdos da variedade linguística formal (verbo, plural, artigo definido e indefinido, concordâncias, verbetes de dicionário) - Palavras que dão ideia de causalidade e coesão às frases e textos (então, com isso, assim, entretanto, todavia, mas, porque, enfim, dessa forma etc.); _ Uso de sinônimos e pronomes pessoais para evitar a repetição de palavras no texto. -Antônimos.
I/A/C C C
Relatar, com coerência, experiências vividas, usando diferentes elementos que marquem a passagem do tempo.
I/A/C C C
Relatar, com objetividade, episódios vividos ou conhecidos, respeitando a ordem deapresentação dos fatos, selecionando temas principais e secundários
I/A A C
Dialogar com colegas e professores/as, reconhecendo os turnos da fala e o espaço público escolar.
I/A/C C C
Dialogar com colegas e professores/as, reconhecendo os turnos da fala e o espaço público escolar, sabendo tomar e manter a palavra no momento certo
I A/C C
Dialogar com colegas e professores, reconhecendo os turnos da fala e o espaço público escolar, sabendo tomar e manter a palavra no momento certo, incorporando temas novos ao diálogo.
I A C
Ditar bilhetes e receitas, considerando a situação de interação.
I/A/C C C
Reconhecer a função dos itens de uma enumeração em textos instrucionais, utilizando-os para executar ações.
I/A/C C C
Reconhecer a finalidade de textos da vida cotidiana como bilhetes, agendas, calendários, receitas.
I A/C C
Reconhecer características de textos instrucionais.
I A/C C
Posicionar-se, com clareza, sobre um tema do seu cotidiano.
I A/C C
Produzir oralmente, individual e coletivamente, a partir de modelos, receitas e instruções diversas (montagem de objetos, brincadeiras e jogos etc.)
I A C
99
Comunicação em situações formais
Escutar com atenção textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais formais, comuns em situações públicas, analisando-os criticamente.
I/A A/C C
Planejar intervenções orais em situações públicas: exposição oral, debate, contação de história.
I A/C C
Analisar a pertinência e a consistência de textos orais, considerando as finalidades e características dos gêneros.
I A C
Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de escrita, as variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais.
I A C
Identificar palavras e expressões coloquiais.
I A C
Incluir gradativamente, em sua fala, palavras e expressões da variedade linguística formal.
I A C
Explicar fatos, fenômenos naturais e sociais, utilizando procedimentos de comunicação oral específicos para esse tipo de registro oral (vocabulário e concordâncias apropriadas), em situações em que os interlocutores sejam mais experientes.
I A
C
Eixo Oralidade Direitos de aprendizagem - Características textuais e finalidade do slogan e textos argumentativos como artigos de opinião, reivindicações, carta de reclamação etc; e textos injuntivos - Uso do dicionário; - Função do título em textos de gêneros diversos;
1° ano
2° ano
3° ano
Práticas político- Cidadãs
Elaborar e ditar slogans e/ou regras de convivência escolar;
I/A/C C C
Argumentar acerca de atitudes e tomadas de decisões cotidianas
I/A/C C C
Levantar argumentos que ajudem a defender determinado ponto de vista, acerca do tema dos direitos humanos;
I A C
Expor pontos de vista ou opiniões utilizando-se de linguagem persuasiva próprios de textos injuntivos;
I A C
Argumentar, reclamar ou reivindicar direitos ou necessidades oriundas do
I A C
100
universo de sociabilidade das crianças;
Eixos da análise linguística
Direitos de Aprendizagem Conteúdos 1° ano
2° ano
3° ano
APROPRIAÇÃO DO
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA
Compreender o funcionamento do sistema de escrita alfabética;
-Alfabeto maiúsculo e minúsculo de imprensa e cursivo. -Ordem alfabética na organização de palavras listas, agendas e dicionário. -Uso de letra maiúscula em inicio de períodos e nomes próprios. -Rimas e aliterações. - Unidades linguísticas: texto, frases, palavras, sílabas, letras e fonemas. - Valor sonoro das letras do alfabeto de relação biunívoca (relação direta) e contextual. -Nome e sobrenome em documentos de identidade, de vacinação, certidão de nascimento. -Sílabas canônicas e não canônicas (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC). -Regularidades ortográficas. -Irregularidades ortográficas: Grafemas cujo valor é dependente do contexto (posição na palavra) (C-N-G-R-H-S-L-X-M-Z) (L, H, CH, LH, NH, R e S). -Vogais orais e nasalizadas. -Acentuação (acento agudo, circunflexo e til) -Função das margens. -Direção da escrita. -Separação silábica dentro de textos. -Parágrafo. -Função e organização da biblioteca escolar.
I/A/C C C
Reconhecer e nomear letras do alfabeto distinguindo-as de outros sinais gráficos;
I/A/C C C
Reconhecer diferentes tipos de letras em diferentes contextos, suportes e gêneros textuais;
I/A/C C C
Reconhecer e utilizar diferentes tipos de letras em diferentes contextos- suportes e gêneros textuais;
I/A A/C C
Reconhecer a ordem alfabética como elemento organizador de palavras de textos como, listas, agendas, dicionário, entre outros;
I/A/C C C
Realizar análise fonológica de palavras, segmentando-as oralmente em unidades menores (partes de palavras, sílabas), identificando rimas, aliterações, observando a função sonora que os fonemas assumem nas palavras, relacionando os elementos sonoros com sua representação escrita;
I/A/C C C
Reconhecer que as sílabas variam quanto à sua combinação entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V,VC, VCC, CCVCC) e que as vogais estão presentes em todas as sílabas;
I/A/C C C
Escrever e ler palavras cujas sílabas variam quanto à sua combinação entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V,VC, VCC, CCVCC);
I/A/C C C
Compreender que alterações na ordem escrita dos grafemas provocam alterações na composição da palavra;
I/A/C C C
Escrever o próprio nome e I/A/C C C
101
APROPRIAÇÃO DO
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA
utilizá-lo como referência para escrever e ler outras palavras, construindo a correspondência fonema/ grafema;
Escrever o nome completo, reconhecendo portadores de textos como documentos, em que sua escrita seja necessária;
I/A/C C C
Saber manusear os materiais escolares como lápis e canetas, borracha, tesoura, cola, e apontador, de modo a realizar autonomamente e com estética, atividades em que sejam necessários os usos desses materiais;
I/A/C C C
Utilizar o caderno respeitando o alinhamento da letra na folha, seguindo a verticalidade e horizontalidade da escrita, respeitando as margens e a função dos espaços entre as palavras nas frases;
I/A/C C C
Manusear adequadamente livros didáticos e de literatura e outros suportes frequentes no contexto social;
I/A/C C C
Compreender os modos de organização da biblioteca da turma.
I/A A/C C
Organizar e utilizar a biblioteca da turma, da escola e comunidade.
I/A A/C C
Escrever palavras e textos, alfabeticamente, ainda que não convencionalmente;
I/A/C C C
Escrever palavras com estruturas silábicas diversas, observando regras contextuais que explicam o valor sonoro de grafemas;
I/A A/C C
Escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas;
I/A/C C C
Escrever palavras irregulares que aparecem com muita frequência nos textos lidos e na sala de aula;
I/A A/C C
Conhecer e utilizar variados tipos de letras, suportes e instrumentos de
I/A A/C C
102
APROPRIAÇÃO DO
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA
escrita (papel/ lápis/caneta, tela/teclado/mouse);
Compreender que algumas marcas (acentos) podem modificar a tonicidade das palavras e que a tonicidade nem sempre é marcada por acento gráfico;
I/A A/C C
Registrar e ler adequadamente palavras com marcas de nasalidade (til, m, n);
I A C
Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (P, B, T, D, F, V).
I/A/C C C
Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares contextuais entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro (C/QU; G/GU; R/RR; SA/SO/SU em início de palavra; JA/JO/JU; Z inicial; O ou U/ E ou I em sílaba final; M e N nasalizando final de sílaba; NH; Ã e ÃO em final de substantivos e adjetivos).
I/A A/C C
Conhecer e escrever palavras com correspondências irregulares, mas de uso frequente.
I/A A/C C
Escrever, ortograficamente, as palavras, observando as variadas formas de grafar um mesmo som, como/s/, /z/,/k/, etc., as consoantes que marcam nasalização, a presença de consoantes assilábicas, grafias que geram dúvidas (Ge j) e relação arbitrarias (lh/l).
I A C
Perceber e utilizar as regras de utilização de algumas letras, como r/rr, s/ss, m antes de p e b.
I/A A/C C
Iniciar a produção de frases, com segmentação correta entre as palavras e uso de elementos convencionais, como letra maiúscula no início e pontuação final.
I/A/C C C
Planejar a escrita de textos considerando os contextos de produção: organizar
- Estrutura e elementos constituintes de texto narrativo.
I A C
103
APROPRIAÇÃO DO
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA: discursividade, textualidade e normatividade.
roteiros e planos gerais para atender diferentes finalidades comunicativas, com apoio ou não de um escriba.
a) Situação inicial e das personagens b) Espaço condizente com a situação proposta e sequenciação temporal, c) Construção do enredo - apresentação da situação de conflito e da solução encontrada. d) Foco narrativo (narrador de 3ª pessoa e narrador- personagem) e)Pronomes pessoais do caso reto e oblíquo. - Características de textos injuntivos, dissertativos, descritivos e expositivos. -Segmentação de palavras dentro do texto. -Paragrafação -Pontuação (vírgula, ponto final, ponto de exclamação, interrogação, dois pontos e travessão, aspas e parênteses. -Convenções ortográficas -Acentuação gráfica (agudo, circunflexo e til) -Concordância verbal e nominal. - Modos e tempos verbais. - Palavras que promovem coesão textual
Utilizar vocabulário diversificado adequado ao gênero textual, identificando a finalidade proposta por este.
I A C
Formular perguntas escritas pertinentes ao conteúdo de um tema estudado;
I A C
Produzir textos coletivamente, de diferentes gêneros, contribuindo com informações e ideias.
I/A A/C C
Realizar tentativas de produção de textos, individualmente, pedindo ajuda nas dúvidas e entraves.
I A C
Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, com apoio ou não de um escriba.
I A/C C
Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, com autonomia.
I A C
Gerar e organizar o conteúdo textual, estruturando os períodos e utilizando os recursos coesivos para articular ideias e fatos, com autonomia.
I A C
Organizar textos dividindo-os em tópicos e parágrafos.
I A C
Iniciar o processo de revisão coletiva de textos, durante a elaboração de uma escrita, com apoio de um escriba, retomando as partes já prontas e planejando os trechos seguintes.
I/A A/C C
Revisar, de forma autônoma, os textos, retomando as partes já escritas e planejando as subsequentes.
I A C
Compreender elementos do texto que marcam suas partes como títulos,
I A C
104
APROPRIAÇÃO DO
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA: discursividade, textualidade e normatividade.
sumário, texto principal, tópicos.
Utilizar parágrafos, letra maiúscula, vírgula em enumerações e ponto final em pequenos textos e frases utilizados em situações de comunicação na vida cotidiana.
I A C
Identificar e fazer uso de letra maiúscula e minúscula nos textos de qualquer extensão ou gênero, segundo as convenções.
I A C
Conhecer e usar palavras ou expressões que estabelecem a coesão com o que já foi escrito como: progressão do tempo, marcação do espaço e relações de causalidades.
I A C
Conhecer e usar palavras ou expressões que retomam convencionalmente o que já foi escrito (pronomes pessoais, sinônimos e equivalentes).
I A C
Usar adequadamente durante a escrita de textos, a concordância e reconhecer violações de concordância nominal e verbal.
I A C
Segmentar palavras em textos.
I/A A/C C
Pontuar o texto, utilizando-se da vírgula, ponto final, ponto de exclamação, interrogação, dois pontos e travessão, aspas e parênteses.
I A C
Reconhecer diferentes variantes de registro, escrevendo textos de acordo com os gêneros e situações de uso.
- Sujeito e predicado na construção frasal. - Finalidades e estrutura dos textos: instrucionais (bulas, receitas, manuais de eletrodomésticos, instruções de jogos e aparelhos eletrônicos, rótulos) -Finalidades e estrutura dos textos epistolares (convites, cartas, cartões, bilhetes e e-mail) -Finalidades e estrutura dos textos midiáticos
I A C
Exercitar a escrita em editores de textos e outros programas oferecidos nas mídias digitais, fazendo uso de diferentes linguagens.
I A C
Saber usar o dicionário, compreendendo sua função e organização.
I A C
Reconhecer que existem critérios de organização da informação em textos como fichas informativas, tabelas,
I A C
105
APROPRIAÇÃO DO
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA: discursividade, textualidade e normatividade.
verbetes de divulgação científica para crianças.
veiculados em jornais, revistas, outdoor (propagandas, anúncios, classificados, entrevistas, artigos de opinião, manchetes, notícia, tirinhas, charges, cartazes informativos, blogs, sites) -Finalidades e estrutura dos textos informativos (cartazes, fichas informativas, tabelas, gráficos, artigos de divulgação científica, avisos, verbetes de divulgação científica para crianças. entre outros)
Registrar, por meio de cartazes e fichas informativas que conjuguem texto escrito e imagem, os resultados de trabalhos realizados.
I A C
Valorizar a escrita como pratica social necessária ao registro de vivências, conhecimentos, ideias e pensamentos.
I/A A/C C
Demonstrar atitudes de interesse em aprimorar, cada vez mais, suas habilidades para o registro escrito.
I A C
Reconhecer a escrita como prática comunicativa político –cidadã, em que é possível expressar e reivindicar direitos e deveres sociais, por meio de textos escritos.
I A C
Reconhecer a escrita como prática investigativa, em que é possível divulgar e registrar ideias, por meio de gêneros expositivos e argumentativos, como pesquisas e artigos de divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola.
I A C
Produzir coletivamente, textos referentes à práticas comunicativas político- cidadãs e investigativas.
I A C
Eixo Oralidade Direitos de aprendizagem Uso de letra maiúscula em início de frases. Composição de frases interrogativas. - Características textuais do gênero entrevista e finalidade. -Organização de ideias para exposições orais (uso de tópicos ou listas enumerativas como auxílio à memoria).
1° ano
2° ano
3° ano
Práticas investigativas
Formular perguntas para conhecer fenômenos naturais e sociais que cercam o cotidiano;
I/A/C
Formular perguntas pertinentes ao conteúdo de um tema estudado;
I/A C
Expor trabalhos oralmente e ouvir com atenção a exposição de colegas, percebendo que o tempo de manutenção da fala é mais longo nessa situação;
I A C
106
Eixo Oralidade Direitos de aprendizagens
oralidade Conteúdos 1ºano 2ºano 3ºano
Práticas artístico literárias
Ouvir e recitar poemas, parlendas, trava-línguas memorizados, respeitando o ritmo, a melodia e a expressividade.
-Características de textos literários (poemas, contos, contos de fada, lendas, repentes, trava-línguas, quadrinhas, acróstico, peças teatrais, músicas). - Elementos e finalidade da capa de livros (título, ilustração, autor, ilustrador, editora). - Elementos da narrativa. - rimas e versos, estrofe, aliterações. - marcadores temporais e relações de causalidade em narrativas.
I/A/C C C
Recontar textos conhecidos, respeitando a estrutura do gênero (contos de fadas, contos de repetição, entre outros).
I/A/C C C
Recontar histórias lidas/contadas por outros, com apoio em livros, revistas e outros suportes.
I/A/C C C
Memorizar e cantar canções, considerando o ritmo e a melodia.
I/A/C C C
Ditar e/ou registrar, ainda que de forma não convencional, textos narrativos.
I A/C C
Apreciar aspectos lúdicos e sonoros de poemas e experimentar brincadeiras com a dimensão sonora e gráfica das palavras.
I A/C C
Recontar contos tradicionais, respeitando a descrição do cenário, dos personagens, o conflito e o desfecho, usando de modo coerente a sequência temporal.
I A/C C
Recontar o enredo de um filme ou de um desenho que viu, com base na memorização de cenas.
I A/C C
Reconhecer marcadores temporais e relações de causalidade, em contos acessíveis às crianças.
I C C
Recitar poemas lidos, usando recursos expressivos da entonação e do corpo.
I C C
Reconhecer os aspectos rítmicos e sonoros de poemas infantis.
I A/C C
Recontar histórias cumulativas, apropriando-se das características do texto fonte.
I A C
Recontar oralmente histórias lidas silenciosamente, de forma autônoma.
I A C
107
ARTE
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Arte “[...] é
possível identificar a arte como uma área com conteúdos próprios ligados a
cultura artística e não apenas como atividade”. Nessa perspectiva o ensino da
Arte torna-se fundamental uma vez que este é um conhecimento construído pelo
homem através dos tempos constituindo-se em patrimônio cultural da
humanidade e todo ser humano tem acesso a esse saber.
Considerando os fundamentos e princípios do PNAIC/2015 para o ensino
da ARTE no Ensino Fundamental, o objetivo principal da educação escolar é dar
acesso às diversas formas de conhecimentos, ou seja, é dar acesso à cultura
(PENNA, 1995). Portanto, possibilitar o conhecimento das linguagens artísticas no
espaço escolar, ainda nos anos iniciais, no ciclo de alfabetização, é uma
necessidade para a formação intelectual e mais humanizada das crianças.
Nessa perspectiva, o Ensino da Arte (Artes Visuais, Dança, Música e
Teatro) possibilita o acesso às linguagens artísticas na educação de crianças no
ciclo de alfabetização. Assim, possibilitar o acesso das crianças aos museus,
galerias, ir aos eventos de teatro, dança e música, além de conhecer os
monumentos, feiras, mercados, praças ou ainda, assistir filmes e outras
manifestações artísticas que possam enriquecer a comunicação, a imaginação e
a expressão são caminhos pedagógicos possíveis no contexto da educação
escolar.
Dessa forma, com base ainda nos
pressupostos do PNAIC/2015, as
crianças, ao exercitarem a imaginação
por meio das linguagens artísticas,
ampliam a capacidade de pensar, de
criar, de expressar e comunicar. E pensar
a educação como espaço de
humanização é garantir as vivências
artísticas e estéticas interagindo com o mundo em que as crianças vivem. É
evidente, também, que no processo de interação das crianças com as
108
manifestações artístico-culturais há uma forte influência dos meios de
comunicação como a televisão, o vídeo, a internet e outros meios multimídias, por
isso educar para uma leitura crítica do mundo exige de nós não apenas o
conhecimento dos conteúdos específicos das linguagens artísticas, mas também
uma reflexão crítica sobre as referências contemporâneas que circundam nossas
crianças, pois elas estão também presentes nas escolas. Portanto,
[...] precisamos adentrar no universo de possibilidades pedagógicas, dos livros infantis disponíveis na escola, nas lendas e mitos, nas histórias em quadrinhos, na televisão, estimular nossos alunos a olhar para o lugar onde vivem e dialogar com outros lugares e épocas, apresentá-los às manifestações culturais presentes no seu contexto, como também dialogar com outras manifestações culturais locais, nacionais e globais, aproximar as crianças das produções visuais, teatrais, musicais e de dança, além de buscar outros meios que instigam a capacidade imaginativa e perceptiva das crianças. (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. A arte no ciclo de alfabetização. Caderno 06 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2015).
Recortando um pouco mais o PNAIC para o ensino da arte, ressaltamos
que em função das fragilidades conceituais e metodológicas historicamente
construídas no ensinar/aprender Arte, consideramos caminhos de ensinar e
aprender de cada linguagem artística – Artes Visuais, Dança, Música e Teatro,
aspectos que enfatizam o que P. Freire afirma “Quando entro em uma sala de
aula devo estar sendo aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos
alunos, as suas inibições; um ser crítico
e inquiridor, inquieto em face da tarefa
que tenho – a de ensinar e não a de
transferir conhecimento (FREIRE,
1998, p.52, grifos do autor).
Com o ensino contextualizado,
planejado e direcionado de arte na sala
de aula aproximamos a criança da arte
como bem social e forma de expressão humana, dando-lhe real sentido como
objeto de conhecimento, superando a prática de apenas desenhar e pintar figuras
temáticas e seu uso apenas como mero recurso didático. Além disso, a arte leva à
construção da percepção, imaginação, comunicação, reflexão e sensibilidade,
favorecendo às crianças a atuação de forma criativa com os outros conteúdos
escolares, potencializando a aprendizagem dos conteúdos das demais áreas do
109
conhecimento uma vez que favorece a criação de estratégias, dialogando, e
raciocinando de forma mais ampla com os instrumentos e informações ao seu
redor.
O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos a sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentimento da vida. (BRASIL, 1997).
Atendemos assim a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, que
promulga em seu texto, como responsabilidade da escola, a promoção do
desenvolvimento integral e cultural do educando.
DIREITOS CONTEÚDOS 1º ANO 2º ANO
3º ANO
Compreender a arte como um conhecimento produzido socialmente, em diferentes contextos históricos e
culturais da humanidade.
História da Arte Conhecer e respeitar a diversidade artística e cultural Características expressivas presentes em pinturas, desenhos, esculturas, gravuras, paisagens (naturais e artificiais) fotografias, e outros. Elementos formais e expressivos das artes visuais presentes em objetos da natureza e cultural.
I/A A C
Reconhecer a importância social da arte na sociedade e na vida dos
indivíduos.
Conhecer os principais artistas brasileiros e suas obras, analisando as características presentes em seus trabalhos Biografia de artistas no campo da pintura, escultura, dança, artesanato, fotografia, teatro. Arte do Grafitte. Poesias e Poemas: poetas brasileiros, mato-grossenses, etc. Produzir, interpretar e representar peças teatrais, musicais, poemas e poesias.
I/A A C
Vivenciar experiências educativas nas linguagens da dança, teatro, artes
visuais e música. I/A/C A/C C
Vivenciar processos educativos de diálogo interdisciplinar da arte com
diferentes áreas de conhecimento e de diálogo interterritorial das diferentes
linguagens artísticas, inclusive com as novas tecnologias.
I/A/C A/C C
Conhecer a vida e obra de diferentes artistas das linguagens da dança, teatro, artes visuais e música, da
comunidade local e da região, como, também, com artistas de expressão
nacional e internacional, das mais diferentes
partes do mundo, de diferentes épocas, estilos, gêneros, e etnias.
I/A/C A/C C
Conviver e acessar fontes vivas de produção da arte.
I/A/C A/C C
Identificar no cotidiano a produção e produtores artísticos de circulação
social em diferentes ambientes. I/A/C A/C C
Ler, apreciar e analisar criticamente diferentes objetos artísticos e
manifestações da arte na sociedade I/A/C A/C C
Conhecer e reconhecer os elementos que constituem as linguagens artísticas a partir da leitura e análise de objetos
artísticos.
I/A/C A/C C
Conhecer, participar e visitar diferentes I/A/C A/C C
110
dispositivos e equipamentos culturais de circulação da arte e do
conhecimento artístico, tais como: teatros, museus,
galerias, feiras, ruas, festivais, livrarias, bibliotecas, centros históricos e
culturais
Fazer arte na perspectiva da criação artística como pesquisa e investigação.
I/A/C A/C C
Conhecer, vivenciar e interagir com materiais, tecnologias, técnicas,
instrumentos e procedimentos variados em artes, experimentando-os de modo
a utilizá-lo nos trabalhos pessoais e coletivos de criação artística.
- Estudo das cores ( cores primárias, secundárias, terciárias, cores frias e cores quentes). - Técnicas artísticas:
Desenho
Pintura com materiais diversificados ( guache, giz de cera, lápis de cor, carvão) em suportes com texturas diversas (areia no papel, plástico, cerâmica, diferentes tipos de papéis)
Colagens
Escultura
Dobraduras e recortes
I/A/C A/C C
Pesquisar e organizar os diferentes conhecimentos artísticos, a partir de fontes variadas de
informações.
I/A/C A/C C
Respeitar, conviver, valorizar e dialogar com as diferentes produções artísticas
de circulação social. I/A/C A/C C
EDUCAÇÃO FÍSICA
Considerando os pressupostos
definidos no documento intitulado “elementos
conceituais e metodológicos para a definição
dos direitos de aprendizagem e
desenvolvimento do Ciclo de
Alfabetização/MEC/2012” passamos a definir
a linha diretriz para o ensino do componente
curricular da educação física. Dessa maneira, a Educação Física deve ser
considerada numa perspectiva educacional que destaca a relevância da
espontaneidade dos gestos das crianças de 6 a 8 anos. E, pensar nesta
espontaneidade é necessário considerar a criança a partir da sua história de vida,
da sua família, da sua cultura e do seu próprio contexto social, bem como estar
atento a valorização da sua lógica de ver o mundo e dos seus saberes,
principalmente os relacionados com a cultura infantil de jogos e brincadeiras.
111
Entretanto, não se pode esquecer que em seu cotidiano na família, na rua,
nos parques, nos prédios, dentre outros espaços sociais, o movimento é uma das
referências mais marcantes para as crianças. Desde o nascimento, inúmeras
linguagens do corpo vão se concretizando nas suas vidas, expressas nas suas
diferentes ações e nas diversas formas que utilizam para se comunicar com os
demais sujeitos – crianças e adultos. A criança vive corporalmente cada momento
de sua vida. Ela aprende com o corpo em movimento e este movimento também
deve ser considerado no Ciclo de Alfabetização.
Sendo assim, as experiências de movimento vividas pelas crianças
devem proporcionar amplas perspectivas de aprendizagens, sobretudo aquelas
que promovem o conhecimento do seu próprio corpo e a descoberta das suas
possibilidades de ação, principalmente nas diversas relações estabelecidas com
as pessoas, com os objetos e nas diferentes situações do contexto social.
As instituições escolares devem
garantir propostas pedagógicas que
priorizem currículo e espaço pedagógico
para acolher práticas educativas de
Educação Física que sejam participativas,
lúdicas, autorais, imaginativas, criadoras e
autônomas.
Há que se considerar o fato de que cada criança carrega consigo um
acervo de códigos gestuais, brincadeiras cantadas e jogos populares, que
caracterizam as diferentes formas de expressão do corpo, um conjunto de
experiências e conhecimentos que constituem o que denominamos de cultura
corporal.
Assim, a cultura corporal deve ser considerada e valorizada nas práticas
educativas da Educação Física junto às crianças e ampliada constantemente por
meio de novas propostas apresentadas, considerando-se suas possibilidades
corporais, interesses e necessidades.
Dessa forma, o professor com orientação do coordenador pedagógico
deve propor práticas educativas, na forma de jogos e brincadeiras,
112
considerando, também, o universo do brinquedo, como condutor das
intervenções pedagógicas.
E, por fim, é importante enfatizar que os momentos da Educação Física,
no Ciclo da Alfabetização, devem alicerçar-se em objetivos pedagógicos claros e
planejados, que compreendam meninas, meninos e seus movimentos numa
perspectiva ampla, tomando por base este repertório composto pelas ações de
cada sujeito, nas suas relações com o outro e com o conhecimento vivido em
diferentes contextos.
EDUCAÇÃO FÍSICA
DIREITOS CONTEÚDOS 1º ANO 2º ANO 3º ANO
Participar de diferentes atividades corporais, sendo cooperativo e solidário, independente das condições físicas, sociais, culturais e sexuais dos colegas.
Jogos cooperativos, brincadeiras e Regras dos jogos e brincadeiras. I/A A/C C
Conhecer e identificar as dificuldades e limitações corporais de forma a estabelecer metas de superações pessoais e coletivas.
Conhecimento do corpo; Movimentos corporais; Jogos e brincadeiras rítmicas; Alterações provocadas pelo esforço físico.
I/A A/C C
Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações de cultura corporal presentes no cotidiano.
Danças e brincadeiras populares e folclóricas Dramatizações; Rodas cantadas
I/A A/C C
Organizar autonomamente alguns jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais simples.
Regras dos jogos e brincadeiras; Organização das brincadeiras e jogos; Jogos pré desportivos
I/A A/C C
MATEMÁTICA
Considerando os princípios e fundamentos
da Base Nacional Curricular Comum/BNCC
revelamos neste espaço os referenciais
curriculares para o ensino da matemática nos três
primeiros anos do Ensino Fundamental.
113
Dessa forma, os procedimentos didáticos metodológicos devem dar
continuidade às experiências vividas na Educação Infantil, especialmente aquelas
relacionadas ao campo “Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações”
Os jogos, brincadeiras, explorações de espaços e materiais diversos oferecem
contextos propícios ao desenvolvimento de noções matemáticas. Nesse período,
destinado à alfabetização, espera-se que as crianças aperfeiçoem seus sistemas
de localização e capacidade de descrição do espaço, o que é complementado
pelas experiências com as diferentes grandezas que nos cercam e que permitem
sucessivas aproximações com a unidade de conhecimento da Geometria.
Ainda na perspectiva e registros da BNCC, são por meio de conhecimentos
iniciais da Probabilidade e da Estatística, que as crianças começam a
compreender a incerteza como objeto de estudo da Matemática e o seu papel na
compreensão de questões sociais, por exemplo, em que, nem sempre, a resposta
é única e conclusiva. Na unidade de conhecimento dos Números e Operações,
espera-se que as crianças ganhem autonomia no pensamento numérico, sem as
amarras de convenções e formalizações desnecessárias. Assim, almeja-se que
elas tenham acesso e possam compreender que há números tão grandes e tão
pequenos quanto se queira, já que é essa a força da compreensão do sistema de
numeração decimal.
A expectativa é que as crianças possam compreender e realizar
operações, usando estratégias que façam sentido para elas próprias e que elas
sejam avaliadas, comparadas e aperfeiçoadas. A unidade da Álgebra, nessa
etapa, está associada à capacidade de identificar atributos e regras de formação
de sequências, uma das primeiras evidências de organização do pensamento.
Pode-se também reconhecer mudanças e relações, primeiros indícios da ideia de
função.
Para todas essas aprendizagens, é essencial a ampliação dos
conhecimentos dos números naturais e de suas operações, bem como a iniciação
no convívio com um novo tipo de número, os racionais positivos. Tais
conhecimentos, que devem se iniciar sempre a partir de situações e problemas
contextualizados, vão ganhando estrutura, para que possam ser
descontextualizados de aplicações específicas e reaplicados em novas situações
114
durante a resolução de problemas. São os objetivos da unidade de conhecimento
da Álgebra que contribuem para dar corpo e relacionar conceitos que, à primeira
vista, parecem conhecimentos isolados. (BNCC/2016)
O ensino de matemática, conforme os documentos oficiais, está organizado
em cinco eixos:
Números e operações
Espaço e forma (geometria, pensamento geométrico)
Grandezas e medidas
Tratamento da informação (estatística).
Pensamento algébrico
Neste referencial adotamos os termos “Direitos de Aprendizagens” por
compreendermos a educação escolar como direito social. A matemática nesta
perspectiva apresenta cinco direitos básicos de aprendizagem, a partir de cinco
eixos estruturantes, que correspondem aos campos de conteúdos da
Matemática. Desta forma, a criança no CBAC tem direito a:
I. Utilizar caminhos próprios na construção do conhecimento matemático,
como ciência e cultura construídas pelo homem, através dos tempos, em
resposta a necessidades concretas e a desafios próprios dessa
construção.
II. Reconhecer regularidades em diversas situações, de diversas
naturezas, compará-las e estabelecer relações entre elas e as
regularidades já conhecidas.
III. Perceber a importância da utilização de uma linguagem simbólica
universal na representação e modelagem de situações matemáticas como
forma de comunicação.
115
IV. Desenvolver o espírito investigativo, crítico e criativo, no contexto de
situações-problema, produzindo registros próprios e buscando diferentes
estratégias de solução.
V. Fazer uso do cálculo mental, exato, aproximado e de estimativas.
Utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação potencializando sua
aplicação em diferentes situações.
Os conhecimentos relativos a estes direitos não devem ser trabalhados na
escola de modo fragmentado, devendo haver articulação entre eles. Também não
serão esgotados em um único momento da escolaridade, mas pensados numa
perspectiva em espiral, ou seja, os temas são introduzidos, aprofundados e
consolidados ao longo dos anos de escolarização. Assim, a maioria destes
direitos de aprendizagem deverá ser abordada nos três anos do CBAC, sem
ainda ser totalmente consolidados, pois continuarão a ser retomados e ampliados
em todo ensino fundamental.
O trabalho com os diferentes tipos de textos que envolvem o conhecimento
matemático é essencial, pois as crianças irão aprender a contrapor estratégias de
escrita, de representação e de leitura que estes textos demandam, se apropriando
do vocabulário matemático. Dessa forma, é imprescindível que o professor utilize
diversas práticas pedagógicas, tais como: resolução de problemas, uso de
tecnologias da informação e dos jogos matemáticos.
EIXO NUMEROS E OPERAÇÕES
DIREITOS CONTEÚDOS 1º ANO
2º ANO
3º ANO
Utilizar critérios de classificação, seriação e conservação de quantidades.
-Conceitos pré-numéricos: Comparação, seriação, inclusão e conservação de quantidades.
I/A C C
Identificar números em diferentes funções, por exemplo: indicando quantidade, posição ou ordem e medida.
- Quantificações: correspondência biunívoca, sequência oral numérica, zoneamento (os elementos contados e a contar) e nomeação de coleções por quantidade de objetos ou por figuras, tomando como referência o último elemento contado.
I/A C C
Reconhecer em diferentes contextos-cotidianos e históricos, os números naturais, racionais na forma decimal e racionais na forma fracionária
-História da matemática -Construção do número -Localização de números naturais na reta numérica
I A A
116
Ler, escrever, comparar e ordenar números naturais pela formulação de hipóteses sobre a grandeza numérica, pela compreensão das características do sistema de numeração decimal.
-Sistema de Numeração Decimal: registro , leitura e escrita de quantidades até 1000 .contar até 100 ou mais de 2 em 2, de 3 3m 3, de 5 em 5, de 10em 10, de 25 em 25, de 50em 50 e de 100 em 100 . agrupamentos e desagrupamentos até 100 Valor posicional dos números .composição e decomposição de números por parcelas, fatores e ordens e classes. .agrupamentos na base 10. .números par e ímpar. .antecessor e sucessor. .Números ordinais: função, leitura e representação. .representação escrita por extenso dos numerais. . séries numéricas em ordem crescente e decrescente . o milhar .sinais convencionais para registrar adição e subtração . Cálculo mental em situações de atividade matemática oral .relações entre os números: maior que, menor que, estar entre .estimativa .dobro, triplo, quadruplo .dúzia, meia dúzia. .valorização do uso do corpo e principalmente das mãos como ferramentas na realização de contagens e cálculos. .situações de partilha com registros pictóricos ( através de desenhos)
I A A/C
Interpretar e resolver situações-problema,compreendendo diferentes significados das operações envolvendo números naturais.
.Noções de adição: juntar e acrescentar.
.Noções de subtração: tirar, comparar e completar . Adição e subtração de dois ou mais algarismos sem recurso (empréstimo) e sem reagrupamento. .Adição e subtração de dois ou mais algarismos com recurso ( reserva) e com reagrupamento . As propriedades da adição e da subtração .Situações-problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição e subtração. . Noções de multiplicação: possibilidades. .Noção de divisão: ideia de repartir. .Fatos fundamentais e operações simples.
I A C
Reconhecer e representar o número fracionário em situações significativas e concretas.
-Frações comuns: metades, terços, quartos, quintos, sextos e oitavos. I A C
Reconhecer a função da vírgula na escrita e leitura de números decimais em situações envolvendo valores monetários por meio de preços, trocos, orçamentos.
- Sistema Monetário Brasileiro e suas unidades de medida.
I A A
117
EIXO ESPAÇO E FORMA
DIREITOS CONTEÚDOS 1º ANO
2º ANO
3º ANO
Conhecer os conceitos de linhas, curvas abertas e fechadas, de pontos interiores e exteriores a uma curva fechada simples.
-Pontos, Linhas, Curvas abertas e fechadas.
I A C
Descrever, interpretar ,identificar e representar a movimentação de uma pessoa.
-Noção de direção e sentido: percursos. . Deslocamento nos espaços próximos ou em trajetórias familiares. . Relato de orientação e deslocamento no espaço. .Representação de deslocamento por meio de desenhos, mapas e plantas ( para o reconhecimento do espaço e localização nele). . Descrição de uma posição por meio do uso de expressões de referência: à frente, à esquerda de, à direita de, atrás de, etc.
I A A
Descrever, interpretar, identificar e representar a movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço e construir itinerário.
-Dimensionamento de espaços: relação de tamanho e forma. -As formas geométricas presentes no cotidiano (escola, objetos, natureza, etc.) - Construção e representação de formas geométricas: - Figuras planas: quadrado, triângulo e retângulo. - Triângulos e quadriláteros. -Semelhanças e diferenças entre as formas geométricas espaciais e planas.
- I A
Identificar pontos de referência e situar-se no espaço e deslocar pessoas e objetos no espaço
I A C
Representar o espaço por meio de maquetes, croquis e outras representações gráficas.
I A A
Identificar, descrever e comparar padrões (blocos lógicos, usando uma grande variedade de atributos como tamanho, forma, espessura e cor).
-Dimensionamento de espaços: relação do tamanho e forma. - As formas geométricas presentes no cotidiano (escola, objetos, natureza, etc.) - Construção e representação de formas geométricas. - Figuras planas: quadrado, triângulo e retângulo. - Triângulos e quadriláteros. - Semelhanças e diferenças entre as formas geométricas espaciais e planas.
Identificar triângulos e quadriláteros ( quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, losango) observando as posições relativas entre os seus lados
Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras planas ( triângulo, quadrilátero e pentágono) de acordo com o número de lados.
- I A
Identificar elementos de figuras geométricas, como faces, vértices, arestas e lados.
- I A
Identificar linhas de simetria em figuras geométricas, objetos,, imagens, letras e no ambiente.
-Eixo de Simetria: linha que divide uma figura em duas partes simétricas. - Figuras simétricas. - Simetria de reflexão.
I A A
Identificar semelhanças e diferenças entre poliedros (cubo, prisma, pirâmide e outros) e não poliedros ( esfera, cone, cilindro e outros)
-Elementos das figuras espaciais: cilindros, cones, pirâmides, paralelepípedos, cubos. -Poliedros e corpos redondos.
- I A
EIXO MEDIDAS E GRANDEZAS DIREITOS CONTEÚDOS 1º
ANO
2º ANO
3º ANO
Comparar, através de estratégias pessoais, grandezas de massa, comprimento e capacidade, tendo como referência unidades de
- Noções de distância, espessura e tamanho ( conceitos básicos). - Medidas não convencionais: passos, palmos, barbante, etc.
I/A
118
medidas não convencionais ou convencionais.
- Uso de régua e fita métrica. -Medidas de capacidades: litro, meio litro e mililitro. - Medidas de massa; Uso de balanças.
Reconhecer e utilizar, em situações-problema, modelos concretos e pictórios ( através de desenhos), as unidades usuais de medida: tempo, sistema monetário, comprimento, massa, capacidade e temperatura.
I A A
Identificar, estabelecer relações e fazer conversões em situação–problema, entre unidades usuais de medidas de comprimento e massa.
I A A
Estimar e medir o decorrer do tempo usando “antes ou depois”; “ontem, hoje ou amanhã”; “dia ou noite”; “hora ou meia hora”.
- O tempo: antes e depois; ontem, hoje ou amanhã; dia ou noite; hora ou meia hora.
I A C
Identificar instrumentos apropriados (relógios, calendários) para medir tempo (incluindo dias, semanas, meses, semestre e ano).
- Instrumentos de medida de tempo: calendário , relógio.
I/A A C
Usar relógios, calendários e calcular o tempo decorrido em intervalos de hora para solucionar problemas do cotidiano.
- Medidas de tempo: segundos, minutos, hora, dia, semana, mês, bimestre, trimestre, semestre, ano, década.
I A A
Identificar e escrever medidas de tempo marcadas em relógios digitais e analógicos.
- Tempo: hora/meia hora I A C
Identificar e escrever medidas de tempo marcadas em relógios digitais e analógicos.
- Medida de temperatura: termômetro. - I A
Identificar e comparar quantidade de dinheiro em cédulas e moedas.
- Sistema Monetário: . Reconhecimento e utilização de cédulas e moedas; . Leitura e escrita por extenso de valores.
I A A
EIXO TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
DIREITOS CONTEÚDOS 1º ANO
2º ANO
3º ANO
Coletar, organizar e registrar dados e informações (usando figuras, materiais concretos ou unidades de contagem).
-Noções de registro de dados.
I/A A C
Criar registros pessoais para comunicação das informações coletadas.
- Organização de dados. -Registro de dados em tabelas simples. I A C
Ler e interpretar informações e dados apresentados de maneira organizada por meio de listas, tabelas, mapas e gráficos, e em situações-problema.
- Leitura e interpretação de dados em listas, tabelas, mapas, gráficos .
I A A/C
Transformar listas e tabelas em gráficos pictórios, de barra ou de colunas e vice-versa.
- Construção de gráficos pictórios, de barra ou de colunas. Obs: gráficos Pictóricos são aqueles representados por figuras. Devem ser usados para comparações e não para afirmações isoladas.
I A A
EIXO ÁLGEBRA E FUNÇÕES DIREITOS CONTEÚDOS 1ºano 2ºano 3ºano
Organizar e ordenar objetos familiares ou representações por figuras, por meio de atributos, tais como cor, forma, dentre outros, relacionando com o estudo de
Ordenação Seriação Sequências Regras
I/A A A/C
119
grandezas e medidas.
Acrescentar elementos ausentes em sequências ordenadas de números naturais, objetos familiares, figuras ou desenhos de acordo com regras preestabelecidas e explicitadas.
I/A A/C C
Construir sequências de números naturais em ordem crescente ou decrescente, começando por um número qualquer, de modo a desenvolver a habilidade de perceber regularidades.
I A C
Identificar e descrever regras de formação de uma sequencia ordenada de números naturais para completar o número que falta, de modo a desenvolver a habilidade de generalizar.
I A C
Descrever uma regra de formação de sequências ordenadas de números naturais resultantes de adições ou subtrações sucessivas, de modo a desenvolver a habilidade de perceber regularidades e estabelecer generalizações.
-
- I
Compreender a ideia de igualdade para escrever diferentes sentenças de adições ou subtrações de dois números naturais que resultem na mesma soma ou diferença.
I A/C
CIÊNCIAS DA NATUREZA
No CBAC a organização do pensamento da criança de seis e sete anos
se processa por meio de estruturas lógicas concretas que são constituídas na sua
interação com o outro e com a realidade. Nessa perspectiva, na Área de Ciências
da Natureza e Matemática, o processo de Alfabetização e Letramento científico
possibilita que os alunos, a partir do seu contexto, vivências e experiências,
compreendam e utilizem as linguagens e as tecnologias como forma de
comunicação e interação com o mundo.
Nessa área, o professor, ao trabalhar os eixos articuladores -
Representação e Comunicação, Investigação e Compreensão e Contextualização
Sociocultural - tendo como ponto de partida o conhecimento prévio do aluno,
media situações desafiadoras de alfabetizar letrando cientificamente.
120
Ao aprender a ler, escrever, contar e medir, a criança desenvolve noções
sobre procedimentos matemáticos e científicos aprendendo a pesquisar,
observar, classificar, comparar, estabelecer relações, localizar e movimentar-se
nos diferentes espaços, (re) organizar o pensamento, representar suas
experiências cotidianas e seu raciocínio lógico, enfim, interagir com o
conhecimento, desenvolvendo atitudes de responsabilidade consigo, com o outro
e com o ambiente familiar, escolar e
sociocultural.
Dessa forma, mediante situações
problematizadoras, a criança desenvolve a
consciência das relações entre o ser
humano, a natureza e as transformações
sociais e naturais no ambiente vivenciando
e construindo noções científicas,
apropriando-se dos conhecimentos.
Neste sentido é importante o planejamento de ações que propiciem ao
aluno (re) construir esquemas ou imagens que facilitem o tratamento da
informação e a ampliação do conhecimento no processo de alfabetização e
letramento científico. Num movimento dialético, essas ações se configuram como
propulsoras para que o aluno relacione leitura e escrita no desenvolvimento do
raciocínio e da capacidade de argumentação, comunicação, resolução de
problemas, uso de símbolos e códigos entre outros.
Diante disso, a criança tem uma lógica que expressa o seu processo de
construção e organização do pensamento matemático. Para tanto, as atividades
lúdicas tais como, jogos, música, histórias infantis, brincadeiras, entre outras,
constituem-se como ferramentas importantes no processo de ensino e
aprendizagem. Quando a criança brinca de forma monitorada, desenvolve a
afetividade, cooperação, autoconhecimento, autonomia, imaginação e criatividade
por meio da alegria e do prazer de querer fazer e construir. Essas atividades
propiciam experiências significativas e reflexivas, favorecendo a construção de
conceitos a partir de situações concretas, facilitando o processo de abstração dos
conhecimentos.
121
No segundo e terceiro Ciclos, a organização do pensamento do pré-
adolescente (oito a dez anos) e adolescente (11 a 13) marcada pela transição
entre a infância e a adolescência, traz consigo um repertório de ideias e imagens
mais elaboradas, se comparado com seu desenvolvimento no 1º ciclo. A lógica do
pensamento ainda se prende aos conceitos concretos, entretanto a abstração se
torna uma característica do processo cognitivo. O aluno apresenta maior controle
sobre os conceitos já formados e processos mentais, a ponto de ele começar a
intervir sobre o real construindo e valorizando regras.
Os aspectos psicológicos (afetivos, cognitivos) que se constituem na
interação sociocultural continuam relevantes no processo de construção ou
reconstrução do conhecimento. Ao trabalhar com os eixos articuladores, o
professor propicia a reflexão, o compartilhamento de ideias com os pares e o
desenvolvimento cognitivo desse aluno, a partir da continuidade da construção
dos conceitos científicos, numa abordagem problematizadora, ampliando a
relação entre o conhecimento prévio do aluno e o conhecimento histórico e
socialmente construído.
Nessa perspectiva, na Área de Ciências da Natureza e Matemática, o
processo de Alfabetização e Letramento científico é ampliado a partir do contexto
e das vivências e experiências dos alunos que utilizam as linguagens e as
tecnologias como forma de comunicação e interação local e global.
As capacidades, já construídas, permitem ao aluno a ampliação gradativa
de suas compreensões e suas possibilidades de organização do pensamento
lógico matemático e a elaboração de conceitos articulados às Ciências,
compreendidos como linguagens na interação entre natureza e sociedade, entre
as pessoas e a realidade sociocultural.
Para tornar o processo de aprendizagem mais significativo é importante
considerar as características de desenvolvimento dos alunos desse ciclo, e que
os espaços e tempos devem ser reorganizados. O ensino das Ciências, mediante
ação dialógica, argumentativa e a problematização de situações, incentiva a
pesquisa, a observação, a contagem, classificação, comparação, estabelecimento
122
de relações, localização e movimentação, considerando diferentes pontos de
referência.
Mediante situações, sem a pretensão de reproduzir um ambiente
científico – os alunos exploram e reconhecem o mundo, formulam perguntas,
instigando sua curiosidade, interpretam e constroem compreensões organizando
informações colhidas em textos, esquemas, desenhos e outras formas de
produção oral e/ou escritas.
Nesse panorama, os alunos organizam informações, produzem
explicações próprias para aquilo que foi observado, sistematizam resultados das
observações, socializam suas experiências cotidianas e interagem com o
conhecimento desenvolvendo atitudes de responsabilidade consigo, com o outro
e com o ambiente familiar, escolar e sociocultural.
Nesse processo é imprescindível observar e compreender a forma pela
qual o aluno organiza os esquemas conceituais ou imagens, flexibiliza e amplia o
saber, ao lidar com as informações, e constrói novos conhecimentos. Também é
importante considerar a interação professor - aluno - conhecimento; a afetividade
e as emoções (alegria, tristeza, medo, raiva e outros) como elementos que
intervêm na construção do conhecimento e desenvolvimento do raciocínio e
formação cidadã.
POR QUE ESTUDAR CIÊNCIAS DA NATUREZA NO CBAC?
O ensino e a aprendizagem desta área no CBAC deve proporcionar à
criança uma leitura de mundo apoiada em conhecimentos das Ciências da
Natureza. Deve desenvolver o interesse, o gosto e a curiosidade pelo
conhecimento científico promovendo uma autonomia intelectual para saber buscar
respostas para os problemas e situações que fazem parte de suas vivências
cotidianas, contribuindo assim para o processo de alfabetização e letramento.
Como proposto no BNCC antes de iniciar sua vida escolar, a criança já
convive com fenômenos, transformações e com aparatos tecnológicos de seu dia-
123
a-dia. Crianças, adolescentes e jovens vivem situações que desafiam sua
compreensão e que demandam decisões para as quais as Ciências da Natureza
podem contribuir. As explorações de ambientes e fenômenos são parte
importante das experiências relacionadas aos diferentes campos. Essas
explorações estão especialmente relacionadas ao campo “Traços, sons, cores e
imagens”, mas também a todos os demais campos de experiência. Portanto,
devemos considerar a percepção dos/as estudantes sobre o mundo natural e
social, seus saberes e vivências, como ponto de partida para construírem novos
conhecimentos.
Continuando, a BNCC propõe para os anos iniciais que as Ciências da
Natureza deem elementos para as crianças compreenderem fenômenos de seu
ambiente imediato até temáticas mais amplas, para que possam fazer uma
primeira leitura do mundo. Não basta que os conhecimentos científicos lhes sejam
expostos. É preciso que elas, de fato, envolvam-se em processos de
aprendizagem, nos quais façam e verifiquem hipóteses e reconheçam sua
presença em seu ambiente.
Nessa perspectiva, o professor com apoio pedagógico do Coordenador
Pedagógico deve apropriar-se dos conhecimentos das ciências da Natureza como
instrumentos de leitura do mundo compreendendo-a como empreendimento
humano para a elaboração dos procedimentos didáticos e metodológicos, para
organização das aulas.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CIENTÍFICO
O letramento científico refere-se tanto à compreensão de conceitos
científicos como a capacidade de aplicar esses conceitos e pensar sob uma
perspectiva científica, identificando questões científicas, explicando fenômenos
científicos e utilizando evidências científicas.
Compromisso e foco para que as crianças atuem como sujeito que interage
e atue em ambientes diversos, considerando a dimensão planetária, a
124
alfabetização e letramento científicos se tornam imprescindíveis à compreensão
de questões culturais, éticas e ambientais, associadas ao uso dos recursos
naturais e a utilização do conhecimento científico e das tecnologias, capacitando,
reconhecer e interpretar fenômenos, problemas e situações práticas do cotidiano.
CIÊNCIAS NATURAIS
EIXO SER HUMANO E SAÚDE
DIREITOS CONTEÚDOS 1º
ANO 2º
ANO 3º
ANO
Aprender a valorizar o próprio corpo com atenção para o bem estar físico e social incorporando medidas de asseio corporal para a manutenção da saúde (hábitos alimentares, de higiene corporal e prática de esportes de esportes)
-Hábitos de Higiene pessoal; lavar as mãos, escovar os dentes, pentear cabelos, tomar banho, comer frutas e verduras lavadas. I A AC
Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico, econômico e sócio –cultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva presentes no meio ambiente em que vive.
-Relações entre a falta de higiene pessoal e ambiental e a aquisição de doenças por contágio de vermes e micro-organismos.
I A AC
Adotar medidas de prevenção de doenças mais comuns na infância conhecendo os recursos da comunidade e os serviços de saúde.
-Aspectos importantes para prevenção em saúde: higiene ambiental, pessoal, alimentação, mental, lazer e vacinação.
I
A
AC
Reconhecer as principais características do corpo humano, suas diferenças, peculiaridades e compreendê-lo com um todo integrado.
Características gerais do corpo humano, como sinais vitais (batimentos cardíacos, respiração, temperatura, movimentos, reflexos) e peso, altura, cor da pele, cor dos olhos, impressão digital, etc. -Diferenças físicas, afetivas e psicológicas entre os indivíduos.
I I/A C
Reconhecer as transformações que ocorrem no corpo humano durante o desenvolvimento e crescimento.
-Consciência corporal e principais partes do corpo humano. Diferenças externas do corpo humano infantil masculino e feminino. -Características físicas das crianças e as transformações ocorridas em seu corpo até a presente data (medidas, visualização em espelhos, registros fotográficos, objetos de uso pessoal, etc)
I/A A A
Compreender que as partes principais do corpo são formadas por subpartes.
-O corpo humano, cabeça, tronco, membros; -Sistema locomotor (reforçar, exemplificar e vivenciar a ideia de que os ossos e os músculos são os responsáveis pelo movimento) Os Órgãos dos Sentidos (tato, olfato, visão ,paladar e audição): Função; Órgãos responsáveis; Utilidade dos sentidos na percepção do meio em que vive; Cuidados com os órgãos dos sentidos.
I/A A C
125
Reconhecer os tipos de movimentos que as partes do corpo podem realizar, conforme as articulações.
- As articulações e os tipos de movimentos; movimentação do próprio corpo e do corpo do colega; - as articulações corporais (lugares do corpo movimentados por serem articulados: joelhos, ombros, cotovelos, pulsos, dedos, tornozelos) -O começo da vida: desenvolvimento do bebê humano.;
I/A A C
EIXO VIDA E AMBIENTE
DIREITOS CONTEÚDOS 1º
ANO 2º
ANO 3º
ANO
Valorizar a vida em sua diversidade, reconhecer e adotar atitudes de preservação dos ambientes.
-Definição e características do meio ambiente; -Definição e características do meio ambiente; -Preservação e sustentabilidade: -Seres vivos e não vivos.
I/A A C
Reconhecer que um ambiente é composto por seres vivos e não vivos.
-As relações existentes entre os seres vivos nos diversos ambientes; I A C
Reconhecer e registrar semelhanças e diferenças entre os diversos ambientes, identificando a presença comum de seres vivos de ar, água, luz, calor, solo e características específicas dos diferentes ambientes e suas relações de interdependência.
-Dependência dos seres vivos em relação ao ar, água e solo;
I A A/C
Compreender que os animais são seres vivos, suas diferentes características de locomoção, reprodução e alimentação, seus seres diferentes “habitat”, classifica-los de acordo com o meio onde vivem;
-Mundo animal: características, alimentação, locomoção e habitat; -classificação de vertebrados e invertebrados. I A A/C
Compreender os vegetais como seres vivos, suas diferenças e características, ciclo de vida e utilidades.
- Mundo vegetal: Características Partes das plantas (raiz, caule, folha, flor, frutos) Ciclo da vida Utilidades
I A A/C
Reconhecer que os vegetais fabricam seu próprio alimento e que os animais dependem de outros seres vivos para obterem sua alimentação.
-Fotossíntese como transformação que produz alimento;
I A A/C
Observar e comparar diferentes tipos de solo, identificando seus elementos, suas propriedades, utilização, importância para os seres vivos.
O solo: -Elementos que formam o solo. -Utilidades (dentre elas a produção de alimentos que o solo permite) -Tipos de solo -Práticas de conservação do solo: irrigação, drenagem, reflorestamento, curva de nível. -Poluição
I A A
Reconhecer a importância da água e os benefícios para nossa saúde e bem estar
A água - a existência e importância -localização da água na natureza -estudos físicos e o ciclo da água -distribuição da água na comunidade -utilidades (consumo, transporte, produção de energia e outros) -qualidade da água -poluição da água
I A A
Reconhecer que o ar existe e que O ar I A A
126
ocupa lugar no espaço, identificando fatores que constem sua presença.
-existência e importância -respiração -qualidade de ar respirável -os ventos, suas causas e consequências. -poluição de ar, agentes poluidores (tabagismo, emissão de partículas, etc.)
Observar as variações do tempo (umidade do ar, temperatura, ventos, chuvas , luz solar)
Variações climáticas -estações do ano I A A/C
Reconhecer as principais formas de poluição e outras agressões ao meio ambiente, especialmente da região em que a escola está localizada.
Poluição -tipos de poluição -reciclagem do lixo - higiene ambiental -atitudes de respeito e preservação -sustentabilidade
I A A/C Observar causa e efeitos da poluição da água e do solo.
Valorizar formas de redução do lixo doméstico pelo consumo consciente, reconhecendo os modos adequados para sua deposição em casa e na escola.
EIXO RECURSOS TECNOLÓGICOS
DIREITOS CONTEÚDOS 1º
ANO 2º
ANO 3º
ANO
Reconhecer os recursos tecnológicos utilizados no seu dia-a-dia, identificando os instrumentos que favorecem a comunicação entre as pessoas tais como: telefone, rádio, televisão, fax, computador.
- Recursos tecnológicos utilizados no dia-a-dia -meios de comunicação
I I/A C
Reconhecer a importância da tecnologia para o transporte, trânsito e indústria.
-Meios de Comunicação -Semáforos -Robôs
I I/A C
Reconhecer que é possível utilizar a energia encontrada na natureza.
-Fontes de energia -Utilização da energia no cotidiano
I I/A C
CIÊNCIAS HUMANAS
A área de Ciências Humanas, no CBAC, relaciona e articula vivência e
experiências das crianças às situações cotidianas em seus aspectos políticos,
sociais, culturais e econômicos, promovendo atitudes, procedimentos e
elaboração conceituais que potencializem o desenvolvimento de suas identidades
e de suas participações em diferentes grupos sociais, a partir do reconhecimento
e da valorização da diversidade humana e cultural.
Nos anos iniciais são componentes curriculares obrigatórios a Geografia e
a História que abordam os aspectos da organização social, política e cultural nas
sociedades atuais, ou seja, elas têm como objeto o ser humano em suas
127
interações. Na escola, cabe a essa área o desenvolvimento da compreensão da
realidade no processo de formação/transformação histórica das sociedades, a fim
de promover o exercício consciente da cidadania.
Nessa perspectiva, a criança deve ser vista pela escola e aprender a ver-se
como sujeito de sua história, atuando e cristalizando ou modificando a realidade
em que vive por meio do estudo de problemas sociais a que possam atribuir
valores e significados, elaborando conceitos científicos articulados às
experiências de vida.
No CBAC, as ciências humanas englobam a compreensão dos problemas
sociais vinculados às questões históricas e geográficas. Assim, a opção por
nomear a área como Ciências Humanas pretende deixar clara a necessidade do
trabalho interdisciplinar.
Desde quando começou a ser parte do currículo escolar, o ensino das
ciências humanas serviu de base para a construção de uma identidade nacional,
com base nos princípios positivistas e no ocultamento de questões que, à época,
não eram do interesse das classes dominantes discutir, como o lugar dos negros,
mulheres e crianças na sociedade da época. Essas questões neste referencial
devem constituir conteúdos curriculares, de modo que todo processo delineado
pela educação elitista sejam contrariados. Constituem conteúdos obrigatórios
temas que abrangem: o desemprego, a mobilidade social, a segregação étnica-
racial e geográfica, as especificidades da cultura indígena, os novos movimentos
socais, a preservação do patrimônio histórico, geográfico, cultural e do meio
ambiente, a ética, as comunicações de massa, a violência familiar e contra a
mulher, a sexualidade, as pesquisas científicas e outros que envolvem a vida em
sociedade.
Assim, o que se espera do ensino das disciplinas na área de ciências
humanas é o despertar da criticidade; é o compreender e respeitar as diferenças
culturais, religiosas e de gênero como principio fundamental para a construção de
uma nova ordem social, para a consolidação do direito de cada cidadão. Para
tanto, é necessário que o aluno perceba-se como parte do mundo, capaz de
interagir e modificar práticas sociais, sendo também influenciado e modificado por
elas.
128
HISTÓRIA
O estudo de História no CBAC tem por objetivo viabilizar a compreensão e
problematização pelas crianças, dos processos de constituição e transformação
de valores, saberes e fazeres, em diferentes tempos e espaços, de pessoas e
coletividades, ou seja, busca promover a reflexividade, sobre experiências sociais
vivenciadas, em variados tempos que, registradas, voluntariamente ou não,
prestam-se a reinterpretações diversas por historiadores, professores e pela
população em geral.
De acordo com o PNAIC, o ensino da história tem como objetivo a
sensibilização da criança para a relação entre vida coletiva e memória, em um
percurso que articula a família, a escola e sua comunidade imediata, até alcançar
a cidade e seus espaços públicos de modo que a criança compreenda o ambiente
social, o sistema político e os valores em que se fundamenta a sociedade.
Segundo o PNAIC, para o desenvolvimento desses conhecimentos o ensino da
história deve ser trabalhado nos seguintes eixos: Fatos históricos: Sujeitos
históricos e Tempo. Os fatos históricos são práticas ou eventos ocorridos no
passado, que causaram implicações na vida das sociedades, dos grupos de
convívio (familiares, étnico-culturais, profissionais, escolares, de vizinhança, re-
ligiosos, recreativos, artísticos, esportivos, políticos etc.) ou dos sujeitos
históricos. Os Sujeitos históricos são os indivíduos ou grupos de convívio que, ao
longo do tempo, promovem e realizam (individual ou coletivamente) as ações
sociais produtoras de fatos históricos. E o Tempo é a maneira como os indivíduos,
os grupos de convívio e as sociedades sequenciam e ordenam as experiências
diariamente vivenciadas por seus membros, com base nas quais organizam suas
memórias e projetam suas ações, tanto de forma individual quanto coletiva.
(BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ano 1, Unidade 2,
p.30).
129
EIXO: SUJEITOS HISTÓRICOS
Direitos Conteúdos
1º ano
2º ano
3º ano
Diferenciar as práticas sociais relacionadas ao âmbito da economia, da política e da cultura.
-Nome e identidade. -Regras de convivência -Grupos de convívio: família/escola/comunidade.
-Tipos de moradia; -Tipos de documentos históricos;
I I/A I/A
Identificar e expressar (oralmente e por escrito) as características (individuais e coletivas) comuns e particulares aos membros dos grupos de convívio dos quais participa (familiares, étnico-culturais, profissionais, escolares, de vizinhança, religiosos, recreativos, artísticos, esportivos, políticos, dentre outros), atualmente e no passado.
I/A/C I/A/C I/A/C
Identificar e expressar (oralmente, graficamente e por escrito) as características (individuais e coletivas) comuns e particulares aos membros de outros grupos de convívio, locais e regionais, atualmente e no passado.
I/A I/A
I/A/C
Identificar as vivências comuns aos membros dos grupos de convívio locais, na atualidade e no passado.
I/A I/A/C I/A/C
Identificar as vivências específicas dos grupos de convívio locais e regionais, na atualidade e no passado.
I/A I/A/C I/A/C
Comparar as condições de existência (alimentação, moradia, proteção familiar, saúde, lazer, vestuário, educação e participação política) dos membros dos grupos de convívio dos quais participa atualmente.
I/A I/A I/A/C
Comparar as condições de existência (alimentação, moradia, proteção familiar, saúde, lazer, vestuário, educação e participação política) dos membros dos grupos de convívio existentes, local e regionalmente, no passado.
I/A/C I/A/C I/A/C
Selecionar e utilizar registros pessoais e familiares (documentos, músicas, fotos, recibos, listas de compras, receitas de todo tipo, contas domésticas, trabalhos escolares antigos, álbuns feitos ou preenchidos domesticamente, cartas, brinquedos usados, boletins escolares, livrinhos usados, dentre outros) para formular e expressar (oralmente, graficamente e por escrito) uma sequência narrativa a respeito da sua própria história.
I/A I/A I/A/C
Articular as vivências dos grupos de convívio locais e regionais atuais, às dos grupos de convívio locais e regionais, do passado.
I I/A I/A/C
Dialogar e formular reflexões a I/A I/A I/A/C
130
respeito das semelhanças e das diferenças identificadas entre os membros dos grupos de convívio dos quais participa (familiares, étnico-culturais, profissionais, escolares, de vizinhança, religiosos, recreativos, artísticos, esportivos, políticos, dentre outros), atualmente e no passado.
Diversidade cultural/Étnica Racial; Profissões;
Trabalho infantil; Respeito às diferenças;
Formação do povo brasileiro; Tipos de violência;
Dialogar e formular uma reflexão a respeito das semelhanças e das diferenças identificadas entre os membros de outros grupos de convívio (familiares, étnico-culturais, profissionais, escolares, de vizinhança, religiosos, recreativos, artísticos, esportivos, políticos, dentre outros), locais e regionais, atualmente e no passado.
I/A I/A I/A/C
Identificar os diferentes tipos de trabalhos e de trabalhadores responsáveis pelo sustento dos grupos de convívio dos quais participa, atualmente e no passado.
As profissões suas origens e necessidade
I/A I/A/C I/A/C
Identificar os diferentes tipos de trabalhos e de trabalhadores responsáveis pelo sustento de outros grupos de convívio (locais e regionais), atualmente e no passado.
I/A I/A/C I/A/C
Formular e expressar (oralmente, graficamente e por escrito) uma reflexão a respeito das semelhanças e diferenças identificadas entre as maneiras de trabalhar e/ou entre as práticas dos trabalhadores, ao longo do tempo e em diferentes lugares.
I/A I/A/C I/A/C
Formular e expressar (oralmente, graficamente e por escrito) uma reflexão a respeito das mudanças e das permanências identificadas nas maneiras de trabalhar e/ou nas práticas dos trabalhadores, ao longo do tempo e em diferentes lugares.
I/A I/A I/A/C
EIXO: Tempo histórico
Situar-se com relação ao “ontem” (ao que passou), com relação ao “hoje” (ao que está ocorrendo) e com relação ao “amanhã” (a expectativa do porvir).
Datas Comemorativas no contexto histórico;
Acontecimentos históricos
I/A A/C C
Identificar instrumentos e marcadores de tempo elaborados e/ou utilizados por sociedades ou grupos de convívio locais e regionais, que existiram no passado.
I I/A I/A
Comparar e calcular o tempo de duração (objetivo e subjetivo) das diferentes práticas sociais (individuais e coletivas), realizadas cotidianamente.
I I/A I/A
Identificar e comparar a duração dos I I/A I/A
131
fatos históricos vivenciados familiarmente, localmente, regionalmente e nacionalmente.
Identificar as fases etárias da vida humana e as práticas culturalmente associadas a cada uma delas, na atualidade e no passado (com ênfase na infância).
Linha do tempo; Instrumentos usados para medir o tempo.
I/A A/C A/C
Utilizar diferentes instrumentos destinados à organização e contagem do tempo das pessoas, dos grupos de convívio e das instituições, na atualidade: calendários, folhinhas, relógios, agendas, quadros de horários (horário comercial, horários escolares, horário hospitalar, horários religiosos, horários dos meios de comunicação, dentre outros).
I I/A I/A/C
Ordenar (sincrônica e diacronicamente) os fatos históricos de ordem pessoal e familiar.
I I/A I/A/C
Ordenar (sincrônica e diacronicamente) os fatos históricos relacionados aos grupos de convívio dos quais participa.
I I/A I/A/C
Ordenar (sincrônica e diacronicamente) os fatos históricos de alcance regional e nacional.
I I/A I/A
EIXO: Fatos históricos
Identificar dados governamentais sobre a história da localidade (rua, bairro e/ou município): origem do nome, data de criação, localização geográfica e extensão territorial, produção econômica, população etc.
História do município e do estado;
Datas comemorativas locais Eventos cultural, local e regional;
Patrimônio cultural local;
Preservação e conservação dos Patrimônios Públicos.
I I/A I/A/C
Identificar e diferenciar os patrimônios culturais (materiais e imateriais) da localidade (rua, bairro, município e estado).
I I/A I/A/C
Identificar os fatos históricos ou as práticas sociais que dão significado aos patrimônios culturais identificados na localidade.
I/A I/A/C I/A/C
Identificar os grupos de convívio e as instituições relacionadas à criação, utilização e manutenção dos patrimônios culturais da localidade.
I I/A I/A/C
Comparar as memórias dos grupos de convívio locais a respeito das histórias da localidade (rua, bairro ou município), com os dados históricos oficiais (ou governamentais).
I I/A I/A/C
Comparar as memórias dos grupos de convívio locais a respeito dos patrimônios culturais da localidade, com as memórias veiculadas pelos dados oficiais (ou governamentais).
I I I/A
Identificar as aproximações e os afastamentos entre as memórias compartilhadas por membros de
I I I/A
132
diferentes grupos de convívio sobre a história local.
Identificar as práticas econômicas e de organização do trabalho, ocorridas na localidade no passado e compará-las às práticas econômicas atuais (na localidade).
A economia local no passado e no presente; População; Divisão territorial; A cultura local
I I/A I/A/C
Identificar aspectos da organização política da localidade no passado e compará-los com os principais aspectos da organização política atual (na localidade).
I I/A I/A/C
Identificar aspectos da produção artística e cultural da localidade no passado e no presente.
I/A I/A I/A/C
Mapear a localização espacial dos grupos de convívio atuais na localidade.
I I/A I/A/C
Articular as formas de organização do espaço e as práticas sociais dos grupos de convívio atuais e do passado, com sua situação de vida e trabalho.
I I/A I/A/C
Identificar as formas de organização do espaço e as práticas sociais dos grupos de convívio que existiram na localidade, no passado.
I I/A I/A/C
GEOGRAFIA
A construção do conhecimento nessa disciplina que compõe a área das
ciências humanas deve privilegiar três aspectos essenciais:
a compreensão do conceito de lugar, por meio do desenvolvimento
da noção de espaço geográfico, paisagem, alfabetização
cartográfica e dos elos afetivos decorrentes da vivência do indivíduo
e seu grupo social;
o reconhecimento da identidade – tanto a individual, quanto a de
pertencimento a diferentes grupos sociais;
e o conceito de tempo como construção sociocultural e histórica,
perpassada por diversas outras questões.
Nesse sentido, a geografia possibilita o estudo da natureza e da sociedade
em seus aspectos espaciais, temporais, e seus fenômenos em um enfoque de um
mundo em constantes mudanças. Os saberes dessa disciplina em articulação
com os saberes de outros componentes curriculares, e outras áreas do
conhecimento, concorrem para o processo de alfabetização e letramento e para o
133
desenvolvimento de diferentes raciocínios que permitem atribuir sentidos para as
dinâmicas das relações entre pessoas, grupos sociais e desses com a natureza,
nas atividades de trabalho e lazer.
E também faz-se necessário
identificar, em lugares de vivencias, a
presença e a diversidade de culturas
indígenas, afrodescendentes, de ciganos,
de mestiços, de migrantes e de imigrantes,
bem como de outros grupos sociais, para
compreender suas características
socioculturais e suas territorialidades. Do
mesmo modo, faz-se necessário diferenciar os lugares de vivencias e
compreender a produção das paisagens e a inter-relação entre elas, como o
campo/cidade e o urbano/rural, no que tange aos aspectos políticos, sociais,
culturais e econômicos, promovendo atitudes, procedimentos e elaborações
conceituais que potencializem o desenvolvimento das identidades dos estudantes
e sua participação em diferentes grupos sociais.
Segundo PNAIC/2015 um dos aspectos mais importantes a ser ressaltado
quando tratamos do desenvolvimento do pensamento geográfico de crianças é
pôr em evidência sua postura investigativa a partir da problematização do tema
estudado. Como afirmam Álvaro Heidrich e Bernadete Heidrich (2010, p.112), “O
espaço geográfico é um conjunto bastante complexo e resulta da relação entre os
diferentes lugares, os objetos naturais e construídos e das ações humanas”.
Quanto ao trabalho com o conhecimento geográfico Callai (2010, p. 30-31)
propõe como ponto de partida a leitura do espaço, compreendendo que as
paisagens são resultados da vida em sociedade e que os recortes espaciais
definem lugares que podem ter extensões diversas e constituições diferenciadas
(região, nação, mundo, por exemplo). Assim, “Os fenômenos acontecem no
mundo, mas são localizados temporal e territorialmente num lugar”.
Em suma, CBAC, as práticas interdisciplinares é um dos caminhos
metodológicos que têm produzido mudanças pedagógicas no ensino das Ciências
Humanas, cujos conteúdos podem ser abordados pela utilização de textos
134
literários, imagens, quadrinhos e outras linguagens. Oque se propõe é favorecer
situações e vivências para as crianças construírem suas identidades e o seu
lugar, situando-se no tempo e no espaço, analisando a realidade em que vivem,
fazendo comparações, percebendo-se como sujeitos históricos.
GEOGRAFIA
DIREITOS CONTEÚDOS 1º
ano 2º
ano 3º
ano
Reconhecer a relação entre sociedade e natureza na dinâmica do seu cotidiano e na paisagem local, bem como as mudanças ao longo do tempo.
Diferentes paisagens; Paisagens naturais e paisagens
transformadas; O meio ambiente e as
transformações da paisagem; Modos de vida e alterações das
paisagens O meio ambiente e suas
características;
I I/A/C I/A/C
Descrever as características da paisagem local e compará-las com as de outras paisagens.
Casa e escola: lugares de convivência; Caminho: casa – escola; O entorno da escola: paisagem e meio ambiente; Paisagens diferentes - modos de vida diferentes; A paisagem do campo; A paisagem da cidade; O que é município; Paisagens do município; Nosso município; A representação do município; Localização do município no estado e no país;
I/A A/C A/C
Conhecer e valorizar as relações entre as pessoas e o lugar: os elementos da cultura, as relações afetivas e de identidade com o lugar onde vivem.
Quem sou eu? Nosso nome, nossa história; Eu e o outro: semelhanças e diferenças; Direitos e Deveres para convivência no espaço social; O direito de estudar; A escola como um espaço de convivência; Os espaços da escola; Direitos e deveres na escola; A importância da escola na vida das pessoas; As pessoas que trabalham na escola: quem é e qual a sua função.
I/A A/C A/C
Ler, interpretar e representar o espaço por meio de mapas simples.
Aprendendo a mapear; Desenhando o caminho; Conhecendo os tipos de mapas; Representação em mapas das áreas rurais e urbanas; A minha casa; Diferentes tipos de moradia; As moradias por fora; As moradias por dentro; A planta da minha casa; A minha rua; Diferentes tipos de ruas; O bairro;
I I/A/C I/A/C
Identificar as razões e os processos pelos quais os grupos locais e a sociedade transformam a natureza ao longo do tempo, observando as técnicas e as formas de apropriação da natureza e seus recursos. I I/A I/A/C
135
Reconhecer os problemas ambientais existentes em sua comunidade e as ações básicas para a proteção e preservação do ambiente e sua relação com a qualidade de vida e saúde.
Cuidados com o meio ambiente Cuidando do lugar onde você vive Água: usar bem para ter sempre; É preciso cuidar dos rios; Poluição da água, ar e solo; Reciclando o lixo; Meio ambiente no município; As pessoas e o meio ambiente; Direitos e deveres para com o meio ambiente.
I I/A/C I/A/C
Produzir mapas, croquis ou roteiros utilizando os elementos da linguagem cartográfica (orientação, escala, cores e legendas).
O que é cartografia; Linguagem cartográfica: mapas, plantas, escalas, globos, maquetes, legendas, gráficos, tabelas, entre outros; Elaboração e interpretação de tabelas, gráficos e outros instrumentos de comparação de dados; Representação dos lugares através da linguagem cartográfica; Construção do caminho de um lugar para outro: de casa para a escola, da escola para casa, para o mercado, etc O bairro onde moro e sua localização no mapa do Município;
I I/A/C I/A/C
Ler o espaço geográfico de forma crítica através das categorias lugar, território, paisagem e região.
A localização no espaço; A orientação no espaço;
I I/A I/A/C
ENSINO RELIGIOSO
No campo da educação religiosa, a religiosidade é um fenômeno
essencialmente humano e o direito ao credo está garantido na Constituição
Federal. Não cabe a escola “discutir” religião, no sentido de denominação
religiosa ou superioridade/inferioridade de um segmento em relação a outro.
Cabe, sim, a escola promover pesquisas e estudos das diversas formas de como
a religiosidade e as religiões conduziram a humanidade desde os primórdios, a
busca de Deus em seus vários conceitos e nomes, a compreensão do que nos faz
humanos, os desmandos em nome da fé e os pontos em comum entre os
segmentos religiosos.
Nessa perspectiva, a escola constitui-se espaço fundamental para a
formação da consciência, por isso seu papel é essencial na construção de uma
nova sociedade. No entanto, para que isso ocorra é preciso que os profissionais
da educação percebam a função social da escola e a responsabilidade que os
mesmos possuem para que essa função realmente seja cumprida. É preciso
também que outros órgãos que compõem o sistema educacional revejam seus
136
processos administrativos, pedagógicos e financeiros. Numa postura de oferecer
maiores possibilidades à escola para que desenvolva seu PPP. A Secretaria de
Educação precisa assumir uma postura ativa na formação de novos caminhos
para a consolidação dos objetivos desta proposta.
A escola não pode ser um espaço de reprodução de conhecimento
empobrecido e ultrapassados. Ela deve se transformar num espaço de cultura
viva e conhecimentos e saberes significativos. É preciso permitir que o aluno
produza conhecimentos com sentidos. A instituição escolar tem de perder o medo
do diferente para então contribuir para a uma nova perspectiva de currículo: o
currículo para a diversidade para as diferenças e para as novas tecnologias.
DIREITOS
CONTEÚDOS 1º
ano 2º
ano 3º
ano
Compreender e respeitar as diferenças religiosas;
Conceito de religião e religiosidade; As diferentes manifestações religiosas; Os muitos nomes de Deus;
I A C
Conhecer a influência das religiões nos hábitos alimentares
As influências religiosas nos hábitos alimentares
I A C
Compreender os fenômenos religiosos a partir de diferentes manifestações;
Crenças e práticas religiosas no Brasil I A C
Identificar orientações e princípios
éticos presentes nas diferentes culturas
e tradições religiosas relacionadas ao
respeito e ao cuidado da vida, da
natureza, do corpo e da saúde.
Símbolos Religiosos
Vivenciar a alteridade, demonstrando
ser capaz de colocar-se no lugar do
outro e respeitar as diferenças.
Símbolos (imagens e gestos) e
músicas
Reconhecer e valorizar a identidade do “eu” e do “outro”, daqueles que seguem e daqueles que não seguem uma religião ou que são ateus e agnósticos
Respeito ás diversidades religiosas.
Reconhecer que as diferentes ideias e as representações das divindades são construções humanas, elaboradas em função das experiências religiosas, realizadas em distintas temporalidades e espacialidades.
Organização e ritos fundamentais das religiões criadas pelo homem.
Compreender que cada tradição religiosa tem seu livro sagrado.
Livros sagrados: Bíblia, Torá, Alcorão, Evangelho segundo Espiritismo e memórias e registos de tradições religiosas.
137
CAPÍTULO III
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIES ANUAIS
EMEB GONÇALO DOMINGO DE CAMPOS
138
APRESENTAÇÃO
Na mesma perspectiva formativa
do Ciclo Básico de Alfabetização
Cidadã/CBAC os demais anos do Ensino
Fundamental, composto pelas séries anuais
(4º e 5º e 6º ao 9º), propõe, em conformidade
com a Base Nacional Curricular Comum,
ações que integrem os componentes
curriculares e as áreas de conhecimento, os
quais contribuem para processos diversos de
alfabetização, letramento, de desenvolvimento
das linguagens e de raciocínios matemáticos, com noções espaciais e suas
formas de representação.
Nos anos iniciais, 4º e 5º anos, deve-se dar continuidade ao processo de
alfabetização e letramento com foco na socialização e introdução aos
conhecimentos sistematizados pelas diferentes áreas do conhecimento,
articulando com as atividades lúdicas: brincadeiras, jogos, canto, desenho.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, a dimensão lúdica das práticas
pedagógicas adquire outras características, em consonância com as mudanças
de interesse, próprias à faixa etária dos estudantes. Essas mudanças devem ser
objeto de reflexão dos vários componentes curriculares que devem ainda
considerar a necessária continuidade do desenvolvimento social e afetivo para
que não haja uma ruptura da saída dos anos iniciais para a entrada nos anos
finais, causando, assim, um bloqueio para a continuidade do processo de
construção do conhecimento.
Nessa etapa há a inserção de novos componentes curriculares, o que
requer o compartilhamento dos compromissos com o processo de letramento.
Isso demanda uma articulação interdisciplinar e, assim, Cruz (2013) nos ajuda a
refletir acerca do processo que visa romper com a ideia de fragmentação dos
conteúdos, levando-nos a pensar a interdisciplinaridade como elemento
estruturante do plano curricular, que deve ser realizado de forma coletiva.
EMEB ANTONIO JOAQUIM
139
ÁREA DE CONHECIMENTO
LINGUAGEM
A área de Linguagem reúne quatro
componentes curriculares: Língua Portuguesa,
Língua Estrangeira Moderna, Arte e Educação
Física. Esses componentes articulam-se na
medida em que envolvem experiências de
criação, de produção e de fruição de
linguagens. Ler e produzir uma crônica, assistir
a um filme ou a uma apresentação de dança,
jogar capoeira, fazer uma escultura ou visitar
uma exposição de arte são experiências de
linguagem. Concebida como forma de ação e
interação no mundo e como processo de
construção de sentidos, a linguagem é,
portanto, o elo integrador da área. A utilização
LINGUAGEM
EMEB ANTONIO JOAQUIM
EMEB IRENICE GODOY
CENTRO EDUCACIONAL ABDALA JOSÉ DE ALMEIDA
140
do termo linguagens, no plural, aponta para a abrangência do aprendizado na
área, que recobre não apenas a linguagem verbal, mas as linguagens musical,
visual e corporal.
A vida em sociedade requer que os sujeitos se apropriem dos sistemas de
representação e de repertórios historicamente construídos. Assim, cabe à área de
Linguagens uma importante tarefa, que é transversal a todos os componentes:
garantir o domínio da escrita, que envolve a alfabetização, entendida como
compreensão do sistema de escrita alfabético-ortográfico, e o domínio
progressivo das convenções da escrita, para ler e produzir textos em diferentes
situações de comunicação.
As práticas de compreensão e de produção de texto são constitutivas da
experiência de aprender e, portanto, presentes em todas as áreas. Cabe à área
de Linguagens assegurar o direito à formação de sujeitos leitores e produtores de
textos que transitem com confiança pelas formas de registro dos diversos
componentes curriculares, salvaguardando suas singularidades, e pelas práticas
de linguagem que se dão no espaço escolar., tais como: participar de um debate,
opinar criticamente sobre um documentário ou uma pintura, interagir com
hipertextos, buscar soluções para um problema ambiental no seu entorno, dentre
outras e inúmeras possibilidades.
Nos anos iniciais, as crianças
desenvolvem e consolidam o processo de
percepção, de entendimento e de
representação, base importante para
compreender a natureza do sistema alfabético-
ortográfico de escrita e de outros sistemas de
registro, como os signos matemáticos, os
registros artísticos, cartográficos e científicos,
dentre outros.
Um objetivo de aprendizagem que assume centralidade, nessa etapa
inicial, é a apropriação do sistema de escrita alfabética e da norma ortográfica,
que contempla o conhecimento das letras do alfabeto, a compreensão dos
EMEB JAIME VERÍSSIMO DE CAMPOS
141
princípios de funcionamento do sistema e o domínio das correspondências entre
letras ou grupos de letras e seu valor sonoro. Essa aprendizagem acontece de
modo simultâneo e articulada à aprendizagem da leitura e da produção de textos.
A progressão do conhecimento no 4º e no 5º anos do Ensino Fundamental
se dá com a consolidação das aprendizagens anteriores, com a ampliação das
práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural, considerando os
interesses e as expectativas dos estudantes,
mas também o que ainda precisam aprender.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, os
estudantes encontram-se diante de mudanças
significativas decorrentes da passagem da
infância para a juventude, de desafios
escolares de maior complexidade (pensamento
algébrico, categorizações mais sofisticadas) e
da participação em novos campos de atuação.
Isso requer uma leitura de mundo mais
abrangente e o contato com gêneros textuais acadêmicos, que circulam em
esferas da vida social nas quais o jovem começa a transitar. A contribuição da
área para essa etapa requer novas mediações e o aprofundamento em novos
letramentos. É importante considerar as culturas juvenis, bem como o contato
com as expressões literárias, artísticas e corporais mais complexas, ampliando o
repertório de obras e autores conhecidos e de vivências significativas com outras
línguas e culturas.
OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA DE LINGUAGENS
Interagir com práticas de linguagem, ampliando gradativamente o repertório
de gêneros e de recursos comunicativos e expressivos;
Reconhecer as condições de produção das práticas de linguagens
materializadas na oralidade, na escrita, nas linguagens artísticas e na cultura
corporal do movimento;
EMEB JAIME VERÍSSIMO DE CAMPOS
142
Refletir sobre os usos das linguagens e os efeitos de sentido de diferentes
recursos expressivos, levando em conta as condições de recepção e
produção;
Compreender a diversidade de manifestações linguísticas, artísticas e de
práticas corporais como construções sociais e culturais;
Interagir com o outro, usando expedientes comunicativos e expressivos nas
diversas práticas sociais de modo critico;
Reconhecer a dimensão poética e estética como constitutiva das linguagens.
LÍNGUA PORTUGUESA
Na elaboração das Matrizes de
Habilidades de Língua Portuguesa
foram reorganizados os conteúdos e
objetivos para o ensino da língua na
perspectiva de gêneros textuais. Nessa perspectiva, o trabalho com a língua
requer um planejamento conjunto e diferenciado, que oriente o ensino
LÍNGUA PORTUGUESA
EMEB JAYME VERÍSSIMO
EMEB Emanuel Benedito de Arruda
EMEB Emanuel Benedito de Arruda
143
sistematizado dos gêneros textuais e propicie o desenvolvimento de habilidades
que os alunos precisam dominar em cada gênero. Todo texto se organiza dentro
de determinado gênero em função das intenções comunicativas, como parte das
condições de produção dos discursos, as quais geram usos sociais que o
determinam.
É impossível se comunicar verbalmente ou por escrito a não ser por algum
gênero textual. Essa posição defendida por Bakhtin (1997) e também por
Bronckart (1999) é adotada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus
aspectos discursivos e enunciativos e não em suas peculiaridades formais. Essa
visão segue uma noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva.
O trabalho com gêneros textuais faz parte do mundo dos alunos em todas
as faixas etárias. Destaca-se a importância de ensinar aos alunos o processo da
passagem do texto oral para o escrito, tarefa central do ensino de língua
portuguesa na escola, uma vez que a escrita
que o aluno desenvolve é marcada pela fala,
tornando-se, assim, necessária a intervenção
do professor no processo, por meio do
trabalho de retextualização ou reescrita do
texto para que os alunos identifiquem as
marcas de oralidade em seus textos e deem
conta de substituí-las adequadamente por
elementos próprios do mundo da escrita.
A reescrita permite que os alunos atinjam uma melhor compreensão de
como se dá a produção dos textos escritos e falados, e de que há diferenças
maiores ou menores entre fala e escrita, dependendo do gênero textual. Assim, o
papel do professor nesse trabalho é o de evidenciar a diferença entre os aspectos
do oral e da escrita, mostrando seu impacto na produção textual.
A análise e a reflexão sobre a língua devem ser amparadas nos gêneros
textuais, uma vez que eles são o meio pelo qual a língua funciona e se realiza. O
trabalho com gêneros textuais é uma excelente oportunidade de se lidar com a
língua em seus mais diversos usos no dia a dia.
EMEB Emanuel Benedito de Arruda
144
A expressão gênero textual
refere-se a textos materializados,
encontrados no cotidiano e que
representam características
sociocomunicativas definidas por
seus conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição
próprios. São inúmeros, devido à
diversidade das atividades
discursivas das esferas sociais, ou seja, domínios discursivos (Marcuschi, 2003).
Para aprender a escrever um determinado gênero textual é necessário que
os alunos sejam postos em contato com variados textos desse mesmo gênero,
que lhes sirva de referência em situações de comunicação bem definidas e reais.
O professor deve fornecer ao aluno condições adequadas de elaboração,
permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho linguístico
que realmente tenha sentido, e isso só se torna possível à medida que a
proposição de produção textual seja bem clara e definida, apresentando-se as
coordenadas do contexto de produção. É na produção de textos que os alunos
utilizam estruturas linguísticas que são mais apropriadas a este ou àquele gênero.
É imprescindível a leitura e a análise de textos que abordem os aspectos de
conteúdo temático, estrutura composicional e de estilo. Durante o estudo e
análise de cada gênero, o professor deve levar o aluno a perceber a função de
recursos linguístico-discursivos que traduzem as intenções do autor e situam o
texto em determinado tipo: narração, descrição, injunção, exposição ou
argumentação.
145
4º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências
em sala de aula.
Realizar leitura dos gêneros textuais trabalhados como
forma de praticar os recursos expressivos da fala.
Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos
realizados. Dramatizar a leitura de textos.
Identificar informações relevantes para a compreensão
do texto.
Relacionar características textuais do gênero, como os
personagens e o modo como são apresentados,
discurso do narrador e o discurso dos personagens ao
sentido atribuído ao texto.
Estabelecer relação entre vocábulos de um texto, a partir
da repetição ou substituição por meio de pronomes e
expressões que marcam temporalidade e causalidade.
Compreender a função da pontuação no processo de
atribuição de sentido ao texto.
Utilizar adequadamente os tempos verbais na produção
textual;
Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura.
Mobilizar conhecimentos prévios para auxiliar no
processo de atribuição de sentido ao texto.
Ler e compreender o texto lido, identificando o assunto
principal.
Identificar diferentes gêneros textuais, com base em sua
apresentação gráfica, indicadores de suporte etc.
Utilizar o dicionário como recurso para compreensão do
texto e para resolver dúvidas acerca da grafia correta
das palavras.
Localizar informações relevantes para a compreensão
em textos de diferentes gêneros.
Identificar a finalidade de gêneros apoiando-se em suas
características gráficas, como imagens, e em seu modo
de apresentação.
Inferir, com base em informações apresentadas no texto.
Estabelecer relações entre o conteúdo temático do texto
lido e situações vivenciadas no cotidiano.
Elaborar apreciações éticas, sociais e afetivas acerca do
conteúdo temático presente nos textos lidos.
Antecipar o assunto de um texto a partir do título,
subtítulo, imagem ou capa (no caso de livros e revistas),
do seu suporte, seu gênero e sua contextualização.
Reconhecer a manutenção/alteração do sentido em
paráfrases.
Reconhecer o valor expressivo dos recursos de língua
(repetição de termos, recursos gráficos, sinais de
pontuação, rima, aliteração, onomatopeia).
Identificar características típicas de diferentes variantes
linguísticas e também da norma padrão, compreendendo
os seus usos em textos orais ou escritos.
Produzir textos adequados ao gênero solicitado na
proposta de produção, considerando o destinatário, a
finalidade do texto e o tipo de linguagem mais
adequado. Segmentar o texto usando a pontuação
(ponto final, interrogação, exclamação, vírgula etc.).
Gêneros Textuais: contos, fábulas, lendas,
convites, poemas, história em quadrinhos,
noticias, classificados, propaganda, glossário,
verbete de dicionário, cartazes, receitas.
Características textuais do gênero.
Finalidade do gênero;
Leitura e interpretação de texto.
Discurso dos personagens (discurso direto e
indireto).
Sinais de pontuação.
Uso de letra maiúscula.
Pronomes.
Verbos.
Sinônimos.
Conjunções.
Advérbios de tempo e de causa.
Estratégias de leitura.
Ortografia.
Ética.
Figura de linguagem: Paráfrase.
Rima, Aliteração, Onomatopeia.
Variantes linguísticas e norma padrão (orais e
escritos).
Coerência e coesão textual.
Concordância verbal e nominal.
Acentuação das palavras.
Produção de textos.
Reescrita de textos.
146
5º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências
em sala de aula.
Realizar leitura dos gêneros textuais trabalhados como
forma de praticar os recursos expressivos da fala.
Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos
realizados.
Dramatizar a leitura de textos.
Identificar informações relevantes para a compreensão
do texto.
Relacionar características textuais do gênero, como
personagens e o modo como são apresentados,
discurso do narrador e o discurso dos personagens, e
indicadores de suporte e de organização gráfica ao
sentido atribuído ao texto.
Estabelecer relação entre vocábulos de um texto, a
partir da repetição ou substituição por meio de
pronomes e expressões que marcam temporalidade e
causalidade, sinônimos, advérbios e conjunções.
Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura.
Mobilizar conhecimentos prévios para auxiliar no
processo de atribuição de sentido ao texto.
Ler e compreender o texto lido, identificando o assunto
principal.
Reconhecer e identificar a finalidade de diferentes
gêneros textuais, com base em sua apresentação
gráfica, indicadores de suporte, de autoria etc.
Utilizar o dicionário como recurso para compreensão do
texto e para resolver dúvidas acerca da grafia correta
das palavras.
Localizar informações relevantes para a compreensão
em textos de diferentes gêneros.
Inferir ideias explícitas e implícitas no texto.
Elaborar apreciações éticas, sociais e afetivas acerca do
conteúdo temático presente nos textos lidos.
Estabelecer relações entre o conteúdo temático do texto
lido e situações vivenciadas no cotidiano.
Antecipar o assunto de um texto a partir do título,
subtítulo, imagem ou capa (no caso de livros e revistas),
do seu suporte, seu gênero e sua contextualização.
Reconhecer a manutenção/alteração do sentido em
paráfrases e paródias.
Reconhecer o valor expressivo dos recursos de língua
(repetição de termos, recursos gráficos, sinais de
pontuação, rima, aliteração, onomatopeia, linguagem
figurada).
Reconhecer a relação entre imagem e texto verbal na
atribuição de sentido ao texto.
Identificar características típicas de diferentes variantes
linguísticas.
Comparar textos, considerando tema, características
textuais do gênero e organização das ideias.
Produzir textos adequados ao gênero solicitado na
Gêneros Textuais: contos, fábulas, lendas, convites,
poemas, história em quadrinhos, notícias,
classificados, propaganda, glossário, verbete de
dicionário, cartazes, receitas, paródias, biografia.
Características textuais do gênero.
Leitura e interpretação de texto.
Discurso do narrador e dos personagens.
Organização e estrutura do texto narrativo.
Título e subtítulo.
Tema e título.
Texto verbal e não verbal.
Biografia de autores.
Uso de letra maiúscula.
Sinais de Pontuação.
Pronomes.
Verbos.
Sinônimos.
Conjunções.
Advérbios de tempo e de causa.
Estratégias de leitura.
Ortografia.
Ética.
Conceito de paráfrase e paródia.
Rima, aliteração, onomatopeia.
Variantes linguísticas e norma padrão (orais e
escritos).
Coerência e coesão textual.
Concordância verbal e nominal.
Acentuação das palavras.
Produção de textos.
Reescrita de textos.
147
proposta de produção, considerando o destinatário, a
finalidade do texto e o tipo de linguagem mais
adequado.
Observar, no texto narrativo, a separação entre o
discurso do narrador e o discurso dos personagens e as
marcas dessa separação (travessão, aspas e dois
pontos).
Manter a coerência ao escrever títulos, bem como na
continuidade temática e de sentido geral do texto;
Dominar as regularidades e irregularidades ortográficas.
Utilizar adequadamente os mecanismos de coesão por
meio de pronomes, sinônimos, advérbios e conjunções.
Produzir textos, considerando as regras-padrão de
concordância verbal e nominal.
Acentuar as palavras mais usuais obedecendo às
diferenças de tonicidade.
Utilizar adequadamente os tempos verbais na produção
textual.
Segmentar o texto em frases e parágrafos, utilizando
adequadamente os recursos de pontuação de final de
frases e no interior de frases (letra maiúscula, ponto
final, exclamação, interrogação, vírgula, dois pontos,
reticências).
Utilizar, na produção textual, recursos linguísticos
próprios dos gêneros estudados.
Ordenar e organizar o próprio texto, de acordo com as
convenções gráficas e recursos linguísticos próprios do
gênero textual solicitado na proposta de produção.
Utilizar diferentes fontes (jornais, revistas, internet etc.)
para realizar pesquisas escolares acerca dos temas
estudados em sala de aula.
6º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências
em sala de aula.
Realizar leitura dos gêneros textuais trabalhados como
forma de praticar os recursos expressivos da fala.
Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos
realizados.
Dramatizar a leitura de textos.
Ler e compreender os gêneros textuais estudados.
Diferenciar os tipos textuais.
Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos
textos.
Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais
estudados.
Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros
textuais.
Construir sínteses do que foi lido.
Diferenciar partes principais e secundárias dos textos.
Localizar informações explícitas e implícitas nos textos
lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do
contexto.
Localizar o tema ou assunto principal de textos.
Leitura e compreensão dos gêneros textuais:
relatos, história em quadrinhos, receitas, bulas,
manuais, notícias, reportagens, textos publicitários,
classificados, cartões, cartas pessoais, e-mails,
resumos, tabelas, contos, lendas, fábulas, poemas,
letras de música, charges, entre outros.
Elementos que constituem os gêneros textuais.
Denotação e conotação.
Leitura compreensiva e interpretativa.
Variedades linguísticas.
Os fatores de textualidade: coerência, coesão e
intencionalidade.
O sentido dos vocábulos nos dicionários e os
assumidos nos textos.
Acentuação de palavras.
Ortografia.
Divisão de sílabas.
148
Estabelecer relações entre os elementos verbais e não
verbais contidos nos textos.
Distinguir fatos de opiniões.
Identificar o efeito de sentido produzido no texto,
decorrente da exploração de recursos ortográficos.
Realizar pesquisas complementares em dicionários,
enciclopédias, internet etc.
Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos.
Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso
intencional de palavras, expressões ou imagens
ambíguas.
Acentuar corretamente as palavras.
Identificar e diferenciar os modos e os tempos verbais
nos textos.
Classificar as palavras pelo número de sílabas e pela
tonicidade.
Resolver problemas de ortografia e de pontuação.
Consultar o dicionário e a gramática tradicional para
resolver problemas relativos à produção de seu próprio
texto.
Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
locutor e o interlocutor de um texto.
Produzir textos de acordo com as características de
cada tipo textual e suas finalidades.
Adequar a linguagem ao contexto sociocomunicativo da
produção textual.
Utilizar sinõnimos e antônimos para produzir textos.
Realizar revisão dos textos produzidos.
Paragrafação.
Margens e translineação.
Sinais de pontuação.
Frase: estrutura e tipos.
Letra e fonema; encontros vocálicos e consonantais;
dígrafos; sílaba.
Categorias morfossintáticas:
substantivo; adjetivo; artigos; numeral; verbo
(modos indicativo, subjuntivo e imperativo);
interjeição, pronome.
Variação linguística.
A linguagem coloquial.
Estruturação textual: título, subtítulo, parágrafos,
estrofes, versos.
Tipos de discursos.
Produção, revisão e reescrita dos gêneros textuais
trabalhados.
Sinõnimos e antônimos.
7º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências
em sala de aula.
Realizar leitura dos gêneros textuais trabalhados como
forma de praticar os recursos expressivos da fala.
Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos
realizados.
Dramatizar a leitura de textos.
Ler e compreender os gêneros textuais estudados.
Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais
estudados.
Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos
textos.
Diferenciar os tipos textuais.
Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros
textuais.
Diferenciar partes principais e secundárias dos textos.
Construir sínteses do que foi lido.
Localizar informações explícitas e implícitas nos textos
lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do
contexto; o tema ou assunto principal de textos; as
ideias principais e secundárias.
Estabelecer relações entre os elementos verbais e não
verbais contidos nos textos.
Leitura e compreensão dos gêneros textuais:
relatos, história em quadrinhos, receitas, bulas,
manuais, notícias, reportagens, textos publicitários,
classificados, cartões, cartas pessoais, e-mails,
resumos, regulamentos, estatutos, tabelas, contos,
lendas, fábulas, poemas, teatro, letras de música,
entre outros.
Elementos que constituem cada gênero textual e
suas especificidades.
Denotação e conotação.
A expressividade e os aspectos estilísticos
presentes nos textos verbais e não verbais.
Leitura compreensiva e interpretativa.
Variedades linguísticas.
Os fatores de textualidade:
coesão, coerência e intencionalidade.
Estudo de textos estruturados em verso e em
prosa.
149
Distinguir fatos de opiniões.
Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso
intencional de palavras, expressões ou imagens
ambíguas.
Realizar pesquisas complementares em dicionários,
enciclopédias, internet etc.
Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos.
Utilizar materiais de suporte à leitura.
Diferenciar textos escritos em prosa e em verso.
Identificar os elementos do teatro.
Participar de projetos coletivos de dramatização.
Reconhecer a literatura como identidade cultural de um
povo.
Valorizar a literatura produzida em
Mato Grosso.
Utilizar os elementos de coesão e coerência para escrita
do texto.
Conhecer os discursos direto e indireto.
Utilizar a pontuação adequada.
Produzir textos de acordo com as características de
cada gênero textual e suas finalidades.
Utilizar os conhecimentos de pontuação, acentuação de
palavras e de letras maiúsculas e minúsculas na
produção de textos.
Utilizar sinônimos e antônimos para produzir textos.
Realizar revisão e reescrita dos textos produzidos.
O diálogo.
Características e estrutura do teatro.
Dramatização.
A literatura matogrossense.
Elementos de coesão e coerência textual.
Tipos de discurso.
Tipos de pronome.
Verbos.
Advérbio.
Preposição.
Pontuação.
Uso de letras maiúsculas e minúsculas.
Acentuação.Paráfrase e paródia.
Produção e descrição de cenários e personagens.
Tipos de linguagem.
Tipos de discursos.
Produção, revisão e reescrita dos gêneros textuais
trabalhados.
Sinonímia e antonímia para produzir textos.
8º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências
em sala de aula.
Realizar leitura dos gêneros textuais trabalhados como
forma de praticar os recursos expressivos da fala.
Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos
realizados.
Dramatizar a leitura de textos.
Ler e compreender os gêneros textuais estudados.
Reconhecer os elementos constitutivos dos gêneros
literários.
Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais
estudados.
Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos
textos.
Reconhecer a tese ou assunto principal de um texto.
Diferenciar partes principais da secundária dos textos.
Identificar os fatores de textualidade.
Construir sínteses do que foi lido.
Localizar informações explícitas e implícitas nos textos
lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do
contexto.
Distinguir fatos de opiniões.
Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso
intencional de palavras, expressões ou imagens
Leitura e compreensão dos gêneros textuais: relatos,
história em quadrinhos, manuais, artigos de opinião,
notícias, reportagens, textos publicitários,
classificados, resumos, regulamentos, estatutos,
tabelas, charges, cartuns, editoriais, poemas, letras
de música, entre outros.
Elementos que constituem os gêneros textuais e
suas especificidades.
Denotação e conotação.
Ampliação vocabular.
Variedades linguísticas.
Os fatores de textualidade: coesão, coerência e
intencionalidade.
Pontos de vista do autor e narrador.
Conotação e denotação.
A literatura matogrossense.
Níveis de registro da língua: formal e informal.
Frase, oração e período.
Período simples.
150
ambíguas.
Realizar pesquisas complementares em dicionários,
enciclopédias, internet etc.
Diferenciar textos escritos em prosa e em verso.
Reconhecer a literatura como identidade cultural de um
povo.
Valorizar a literatura produzida em Mato Grosso.
Utilizar sinônimos e antônimos para produzir textos.
Produzir textos de acordo com as características de
cada gênero textual e suas finalidades.
Predicação verbal.
Uso dos porquês.
Colocação pronominal (Próclise e ênclise.
Concordância verbal e nominal.
Sinônimos e antônimos para produzir textos.
Produção, revisão e reescrita dos gêneros textuais
trabalhados.
9º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Ler textos em voz alta, relatar opiniões e experiências
em sala de aula.
Realizar leitura dos gêneros textuais trabalhados como
forma de praticar os recursos expressivos da fala.
Apresentar, oralmente, em sala de aula, os trabalhos
realizados.
Dramatizar a leitura de textos.
Ler e compreender os gêneros textuais estudados.
Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos
textos.
Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais
estudados.
Reconhecer a tese ou assunto principal de um texto.
Diferenciar partes principais e secundárias dos textos.
Localizar informações explícitas e implícitas nos textos
lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do
contexto.
Estabelecer relações entre os elementos verbais e não
verbais contidos nos textos.
Distinguir fatos de opiniões.
Identificar o efeito de humor produzido no texto pelo uso
intencional de palavras, expressões ou imagens
ambíguas.
Realizar pesquisas complementares em dicionários,
enciclopédias, internet etc.
Posicionar-se criticamente em relação aos textos lidos
Ampliar o vocabulário pessoal, a partir do conhecimento
de novas palavras e expressões.
Conhecer as variedades de uso da língua portuguesa.
Reconhecer, nos textos, as marcas dos fatores de
textualidade.
Identificar, nos textos, a construção dos processos
argumentativos e persuasivos.
Reconhecer os processos metafóricos e irônicos nos
textos.
Avaliar criticamente os discursos, confrontar opiniões e
estabelecer pontos de vista.
Ler, refletir e analisar os gêneros literários propostos.
Construir as condições necessárias para produção e
recepção dos gêneros literários propostos.
Leitura e compreensão dos gêneros textuais:
romances, críticas literárias, relatos, história em
quadrinhos, manuais, artigos de opinião, notícias,
textos publicitários, classificados, textos vinculados a
ambientes virtuais, resumos, regulamentos,
estatutos, tabelas, charges, cartuns, editoriais,
poemas, letras de música, entre outros.
Elementos que constituem cada gênero textual e
suas especificidades.
A semântica: sinonímia, homonímia, heteronímia,
polissemia.
Denotação e conotação.
Leitura compreensiva e interpretativa.
Ampliação vocabular.
Variedades linguísticas.
Os fatores de textualidade: coesão, coerência, e
intencionalidade.
Construção da argumentação.
Processos persuasivos.
O discurso metafórico e o irônico.
Reconstrução dos sentidos.
Estudo de textos literários estruturados em prosa e
em verso.
Poemas: uso do espaço e da forma nos textos
poéticos.
Introdução a figuras de linguagem.
Elementos de intencionalidade implícita: humor,
sentido figurado, valores e preconceitos.
Intertextualidade.
A literatura matogrossense.
Construção das condições de produção e recepção
151
Diferenciar textos escritos em prosa e em verso.
Utilizar as figuras de linguagem para dar expressividade
aos textos.
Ser capaz de notar nos textos as informações implícitas,
carregadas de humor, ironia, preconceitos, valores,
sentido figurado.
Reconhecer as intertextualidades existentes nos textos.
Estabelecer relações temáticas entre dois textos
literários.
Reconhecer a literatura como identidade cultural de um
povo.
Valorizar a literatura produzida em Mato Grosso.
Reconhecer e produzir paráfrases e paródias a partir de
textos e letras musicais.
Utilizar sinonímia e antonímia para produzir textos.
Conhecer a estrutura e os processos de formação de
palavras.
Empregar corretamente os pronomes nos textos.
Reconhecer a finalidade do uso da crase.
Produzir textos a partir dos diferentes gêneros textuais e
suas finalidades.
Produzir textos oficiais.
Conhecer e construir propagandas.
Elaborar projetos de pesquisas e realizar pesquisas em
grupo.
Utilizar os conhecimentos de pontuação e acentuação
de palavras na produção de textos.
Utilizar os elementos coesivos nos textos.
Organizar os textos com: título, subtítulos, parágrafos,
versos, estrofes.
Utilizar os fatores de textualidade nas produções de
textos.
Realizar revisão dos textos escritos.
dos gêneros literários propostos: contexto, autoria,
interlocutor, finalidade, lugar, momento, entre outros.
Tipos de linguagem e suas funções: conotativa,
denotativa, emotiva, apelativa, poética e fática.
Marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o
interlocutor.
Intenções do uso das gírias e expressões coloquiais.
Progressão temática pela mudança de locutor,
parágrafos, subtítulos, estrofes e versos.
Uso de dicionários e gramáticas normativas.
Paráfrase e paródia.
Estrutura e formação das palavras.
Sentidos figurados, conotações, ambiguidades,
ironias, opiniões, intenções explícitas e implícitas.
Emprego dos pronomes.
Pontuação.
Concordância verbal e nominal.
Regência verbal.
Relações de subordinação e coordenação.
Orações subordinadas substantivas, adjetivas e
adverbiais.
Sinal de crase.
Sinonímia e antonímia para produzir textos.
Princípios da redação oficial: ofício, memorando,
convite, relatório, currículo e formulário.
Elaboração de projetos.
Complementação do texto escrito: uso de gráficos,
tabelas e dados.
Produção textual de acordo com o gênero
trabalhado.
Revisão textual.
152
ARTE
153
ARTE
A arte deve contribuir para o
desenvolvimento cultural dos alunos, mediante o
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem
cultural da compreensão contextual do processo de
produção e recepção da arte, bem como a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de
atitudes e valores artísticos e estéticos.
No Ensino Fundamental, as linguagens
Artes Visuais, Dança, Música e Teatro configuram-se
de modo diferente nos anos iniciais e nos anos finais,
embora as diferentes etapas compartilhem
características semelhantes. Nesse sentido, as
diferentes linguagens devem ser trabalhadas em
todos os anos. Esse trabalho pode incluir propostas
pedagógicas, situadas nas fronteiras entre as linguagens, integrando
conhecimentos distintos e experiências de criação, com o objetivo de garantir o
direito dos estudantes ao exercício da autoria, do senso crítico e do trabalho
coletivo, próprios dos processos artísticos de criação.
Entretanto, para evitar as posturas polivalentes e práticas
equivocadas, é preciso assegurar que Artes Visuais, Dança, Música e Teatro
tenham lugar significativo nos diversos tempos escolares e nos espaços da escola
e fora dela.
Dessa maneira, durante todo o Ensino Fundamental, espera-se a
ampliação do repertório, habilidades e o aumento da autonomia nas práticas
artísticas dos estudantes. Esse movimento se produz a partir da reflexão crítica
sobre os conteúdos artísticos, seus elementos constitutivos e sobre as variações
derivadas das experiências de pesquisa, criação e uso social das linguagens
artísticas em diferentes situações de fruição e interação.
154
Assim, as quatro linguagens, Artes Visuais, Dança, Música e Teatro são
formas de conhecimento que articulam saberes do corpo, da sensibilidade, da
intuição, da razão e da emoção, contribuindo para a interação crítica do estudante
com a complexidade do mundo.
O ensino e a aprendizagem dos
conhecimentos artísticos na escola contribuem
para o respeito às diferenças e ao diálogo
intercultural, permitindo os estudantes a
assumirem o papel de protagonistas como
artistas e/ou criadores em exposições, saraus,
espetáculos, performances, concertos, recitais
e outras apresentações e/ou eventos artísticos
e culturais a serem realizados na e fora da
escola. Nesse protagonismo, devem ser valorizados os
processos de criação, mais do que os eventuais produtos acabados,
compreendendo-se produto como etapa dos processos em artes. (Base Nacional
Curricular Nacional, 2016, p. 112.)
Portanto, a ampliação dos conhecimentos em Arte, tanto nos anos
iniciais quanto nos anos finais do Ensino Fundamental, não se dá de forma linear,
rígida ou cumulativa. Os objetivos de aprendizagem em Arte são organizados a
partir da adequação à etapa de escolarização em que se encontram os
estudantes e sua faixa etária. (BNCC, 2016, p.112).
Nessa perspectiva, espera-se que o estudante possa:
Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções
artísticas e culturais do seu entorno social e em diversas sociedades, em
distintos tempos e espaços, dialogando, reconhecendo e problematizando
as diversidades;
Compreender as relações entre as Artes Visuais, a Dança, a Música e o
Teatro e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso
das tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo
audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada
linguagem e nas suas articulações.
155
Pesquisar e conhecer as matrizes estéticas e culturais, especialmente as
brasileiras, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-
as nas criações em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação,
ressignificando espaços na escola e fora dela nas Artes Visuais, na Dança,
na Música e no Teatro.
Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, de pesquisa e de
criação artística.
Estabelecer relações entre os sistemas das artes, a mídia, o mercado e o
consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de
produção e de circulação das artes na sociedade.
Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas,
tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e
apresentações artísticas.
Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e
colaborativo nas artes.
Inventar e reinventar a sua identidade e demais identidades e
pertencimentos, praticando formas de entendimento, expressão e
experiências nas esferas da sensibilidade, da ética, da estética e da
poética. Construir relações artístico-culturais com as comunidades do
entorno da escola, nas quais se fazem presentes as culturas infantil,
juvenil e adulta.
156
4°ANO
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
TEATRO
Observação e criação de gestos e movimentos
significativos, sequenciais e contextualizados;
Uso das diversas técnicas vocais em
conformidade com os mais variados textos
teatrais (comédia, drama e tragédia);
Relações entre corpo, voz e texto na criação da
cena;
Uso das expressões corporais em conformidade
com os mais variados textos teatrais (comédia,
drama e tragédia)
Desenvolver constante leitura do
mundo, do universo textual, das
imagens, sons e gestos que circulam na
sociedade, dos falares e das
manifestações artísticas;
Desenvolver constante leitura do
mundo, do universo textual, das
imagens, sons, sinais e gestos que
circulam na sociedade, dos falares e
das manifestações artísticas;
Criar obras com linguagem artística
própria: escrever, sinalizar, dançar,
cantar, tocar, representar e elaborar
imagens visuais, inclusive fazendo uso
das Tecnologias de Informação e
Comunicação;
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
DANÇA
Investigação das diferentes danças e seu
ambiente cultural;
Pesquisa e análise das diferentes expressões
em dança no Brasil e no mundo;
Pesquisa e análise das diferentes expressões
em dança na região;
Identificação das características das diferentes
danças em diferentes culturas e sua importância
para os povos;
Contextualização e análise de diferentes danças
em seu momento histórico cultural de produção
e recepção;
Pesquisa de produções locais e em diferentes
contextos e manifestações culturais;
Experiências lúdicas e expressões corporais.
Criar obras com linguagem artística
própria: escrever, dançar, cantar, tocar,
representar e elaborar imagens visuais,
inclusive fazendo uso das Tecnologias
de Informação e Comunicação;
Conhecer o seu corpo e as suas
potencialidades expressivas;
Interagir com o grupo e a comunidade
por meio de linguagem artística, em
várias modalidades;
Perceber as
especificidades das diversas linguagens
artísticas, as suas possíveis relações,
bem como sua articulação com os
outros componentes.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ARTES VISUAIS E AUDIOVISUAIS
Definição e autodefinição de Arte; Objetivos do ensino de Arte; Linguagens artísticas (visual, dança, música, teatro); Os elementos da linguagem visual; As cores na pintura; Formas geométricas na arte; A harmonia das cores nas pinturas; Simetria na natureza.
Investigar, contextualizar e
compreender a arte enquanto fenômeno
sociocultural, histórico, estético,
tecnológico e comunicacional;
Utilizar linguagens artísticas para
expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos;
Articular percepção, imaginação,
sensibilidade,
Reconhecer, na arte, qualidades
técnicas;
Expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos através de
linguagens artísticas;
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Conhecer obras de arte e suas
produções próprias e dos colegas;
Construir conduta ética em suas
produções artísticas e atitudes de
157
5º ANO
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
TEATRO
Concepções de teatro: teatro de arena, teatro de rua, teatro de bonecos, musicais, circo etc. Estrutura de uma peça de teatro (interpretação, direção, produção e texto/roteiro); Compreensão do processo de construção de um espetáculo com seus estilos e gêneros teatrais e seus elementos cênicos: figurino, maquiagem, cenografia, adereços, sonoplastia.
Desenvolver constante leitura do mundo, do universo textual, das imagens, sons e gestos que circulam na sociedade, dos falares e das manifestações artísticas; Criar obras com linguagem artística própria: escrever, dançar, cantar, tocar, representar e elaborar imagens visuais, inclusive fazendo uso das Tecnologias de Informação e Comunicação; Conhecer o seu corpo e as suas
potencialidades expressivas;
Interagir com o grupo e a comunidade
por meio de linguagem artística, em
várias modalidades;
Perceber as especificidades das
diversas linguagens artísticas, as suas
possíveis relações, bem como sua
articulação com os outros
componentes.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
DANÇA
Diferentes expressões em dança no Brasil e no
mundo;
Características das diferentes danças em
diferentes culturas e sua importância para os seus
povos;
Diferentes danças em seu momento histórico
cultural de produção e recepção;
Pesquisa de produções locais, como quadrilha e
outras influências;
Experiências lúdicas e registro no corpo, a partir
da prática das pesquisas realizadas.
Interagir com a sociedade, com a
construção de conhecimentos
científicos e com a política, de modo
estético, isto é, colocando em ação
razão e sensibilidade;
Compreender que a atitude estética
procura ver o homem como ser
integral, racional, sensível e
imaginativo;
Investigar, contextualizar e
compreender as artes enquanto
fenômeno sociocultural, histórico,
estético, tecnológico e
comunicacional;
respeito mútuo, solidariedade, diálogo,
justiça.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
MÚSICA
Expressão em apresentações realizadas na escola (coral, grupo de percussão, performance); Música folclórica; Adivinhações; Parlendas; Cantigas de roda; Conto sonoro; Confecção de máscaras; Brinquedos de todos os tempos (confecção de brinquedos); Textura e seus materiais; Origami (escultura geométrica).
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Investigar, contextualizar e
compreender arte enquanto fenômeno
sociocultural, histórico, estético,
tecnológico e comunicacional;
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a diversidade.
Análise de músicas de diferentes ritmos
e culturas por meio de oficinas práticas
em música.
158
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a
diversidade cultural.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ARTES VISUAIS E
AUDIOVISUAIS
História da Arte:
Arte Pré-Histórica (Arte Rupestre);
Período Paleolítico e neolítico;
Primeiras manifestações artísticas, pinturas e
gravuras encontradas nas paredes das cavernas.
O contexto histórico, autores e as produções
artísticas do período;
Releituras de obras de arte do período;
Produções artísticas individuais e coletivas;
Utilizar linguagens artísticas para
expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos;
Articular percepção, imaginação,
sensibilidade;
Reconhecer, na arte, qualidades
técnicas;
Expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos através
de linguagens artísticas;
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Conhecer obras de arte e suas
produções próprias e dos colegas;
Construir conduta ética em suas
produções artísticas e atitudes de
respeito mútuo, solidariedade, diálogo,
justiça.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
MÚSICA
Pesquisa de músicas e seu ambiente cultural;
Instrumentos musicais acústicos e eletrônicos:
corda, sopro, percussão;
Diferentes tipos de composição: a origem e a
função social; música erudita, música popular,
música folclórica, música publicitária, trilha sonora
das formas de interpretação e de espetáculos
musicais;
Músicas de diferentes povos e etnias;
Características das obras musicais da região:
influência da cultura das populações tradicionais
(indígenas, quilombolas, ribeirinhos) e outros
povos.
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Investigar, contextualizar e
compreender arte enquanto fenômeno
sociocultural, histórico, estético,
tecnológico e comunicacional;
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a diversidade.
Análise de músicas de diferentes ritmos
e culturas por meio de oficinas práticas
em música.
6º ANO
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
TEATRO
Diferenças entre o texto narrativo e o teatro, a partir do estudo de textos escolhidos; Representação de cenas por meio de mímica, gestos, sensações e sentimentos; Elaboração de textos com começo, meio e fim; Confecção de fantoches de acordo com o enredo criado ou vice-versa; Apresentação de peças de teatro de fantoches; Representações teatrais da humanidade por meio de textos históricos; A representação com uso de máscaras; As relações entre o teatro e o seu contexto histórico cultural relacionado com as produções locais; Expressão e representação de ideias, emoções,
sensações por meio da articulação de poéticas
pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e
Desenvolver constante leitura do mundo, do universo textual, das imagens, sons e gestos que circulam na sociedade, dos falares e das manifestações artísticas; Conhecer o seu corpo e as suas potencialidades expressivas; Interagir com o grupo e a comunidade por meio das linguagens artísticas.
159
coletivos dentro da arte teatral;
Os gêneros teatrais (comédia, tragédia, sátira) por
meio da leitura de clássicos adaptados para a
série;
Dramatizações de obras teatrais completas e/ou
fragmentos;
A trajetória do teatro: surgimento, representação e
improvisação, conhecendo os tipos de teatro;
História do teatro: o surgimento, a representação,
a arte da improvisação, personagens, máscaras.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
DANÇA
Comunicação por meio de gestos e de expressão
facial e corporal;
Investigação da dança em diferentes culturas e
linguagens, inclusive indígenas e africanas, por
meio de vídeos, fotos, documentários etc.;
Vivência e experimentação lúdica em diferentes
danças, reconhecendo corpo, movimento e
expressão.
As diversas manifestações com suas linguagens
de dança utilizadas por diferentes grupos sociais
e étnicos, interagindo como patrimônio nacional e
internacional, que se deve conhecer e
compreender em sua dimensão sócio-histórica;
Criação de pequenas cenas de dança,
coreografadas ou improvisadas.
Desenvolvimento da autoconfiança
com a produção artística e pessoal,
relacionando a própria produção com
a de outros, valorizando e respeitando
a diversidade estética, artística e de
gênero nas diversas linguagens e
técnicas da expressão corporal.
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a diversidade
cultural.
Perceber as especificidades das
diversas linguagens artísticas, as suas
possíveis relações, bem como sua
articulação com os outros
componentes.
Conhecer o seu corpo e as suas
potencialidades expressivas.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ARTES VISUAIS E
AUDIOVISUAIS
Definição e autodefinição de Arte; Objetivos do ensino de Arte; Linguagens artísticas (visual, dança, música, teatro); História da Arte; Arte Egípcia; Arte Grega; Arte Romana: Características do período; Autores e produções artísticas do período; As linguagens artísticas (visual, dança, música, teatro); Produções artísticas individuais e coletivas.
Investigar, contextualizar e
compreender a arte enquanto
fenômeno sociocultural, histórico,
estético, tecnológico e
comunicacional;
Utilizar linguagens artísticas para
expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos;
Articular percepção, imaginação,
sensibilidade,
Reconhecer, na arte, qualidades
técnicas;
Expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos através
de linguagens artísticas;
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Conhecer obras de arte e suas
produções próprias e dos colegas;
Construir conduta
ética em suas
produções artísticas e atitudes de
respeito mútuo, solidariedade, diálogo,
justiça.
160
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
MÚSICA
Representação cênica de músicas;
A história da música popular da nossa cultura e
de outras culturas;
Pesquisa sobre a história da música de nossa
cultura com uso de recursos tecnológicos
disponíveis;
Variação dos instrumentos e sons produzidos em
diferentes culturas, incluindo cultura indígena e
africana; regional e folclórico;
Análise de músicas de diferentes ritmos e culturas
por meio de oficinas práticas em música.
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Investigar, contextualizar e
compreender arte enquanto fenômeno
sociocultural, histórico, estético,
tecnológico e comunicacional;
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a
diversidade;
Analisar músicas de diferentes ritmos
e culturas por meio de oficinas
práticas em música.
7º ANO
LINGUAGEM CONTEÚDOS OBJETIVOS
TEATRO
Aprofundamento no conhecimento relativo aos
elementos da encenação (figurino, cenário, texto,
personagem, iluminação, ação dramática,
maquiagem, penteado, sonoplastia) por meio da
montagem de cenas de textos teatrais previamente
escolhidos;
Introdução aos principais conceitos da encenação
moderna;
Os fundamentos da escritura cênica;
Concepção histórica, social e linguística da
confecção de máscaras e bonecos utilizados nas
festas populares;
Relações entre o fazer (palco) e o assistir (plateia);
Estudo das técnicas de expressão vocal para ator;
Jogos teatrais e improvisação no teatro;
Criação de cenas teatrais a partir da improvisação
integrada com música, dança e artes visuais;
Desenvolver constante leitura do
mundo, do universo textual, das
imagens, sons e gestos que circulam
na sociedade, dos falares e das
manifestações artísticas;
Criar obras com linguagem artística
própria: escrever, dançar, cantar,
tocar, representar e elaborar imagens
visuais, inclusive fazendo uso das
Tecnologias de Informação e
Comunicação;
Conhecer o seu corpo e as suas
potencialidades expressivas.
Interagir com o grupo e a comunidade
por meio de linguagem artística, em
várias modalidades;
Perceber as especificidades das
diversas linguagens artísticas, as suas
possíveis relações bem como sua
articulação com os outros
componentes;
Investigar, contextualizar e
compreender a arte enquanto
fenômeno sociocultural, histórico,
estético, tecnológico e comunicacional;
Investigar, contextualizar e compreender a arte enquanto fenômeno sóciocultural, histórico- estético.
LINGUAGEM CONTEÚDOS OBJETIVOS
DANÇA
Conceitos de corpo, movimento, ritmo e expressão por meio de exercícios práticos de reconhecimento; Origem e história das manifestações da cultura corporal de movimento e de lazer, manifestadas através da influência da mídia nas práticas corporais; Criação de danças espontâneas, bem como danças tradicionais; Reconhecimento, diferenciação, experimentação das diferenças entre dança popular, clássica, moderna e contemporânea.
Perceber as especificidades das diversas linguagens artísticas, as suas possíveis relações, bem como sua articulação com os outros componentes; Fomentar arte em contextos de comunidade, valorizando a diversidade cultural.
161
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ARTES VISUAIS E
AUDIOVISUAIS
Definição e autodefinição de Arte; Objetivos do ensino de Arte; História da Arte; Arte Medieval; Arte Bizantina: mosaico- Arte Românica: produções e características do período; Arte Gótica: produções e características do período; Reeleitura de obras artísticas; Produções artísticas individuais e coletivas.
Utilizar linguagens artísticas para
expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos;
Utilizar linguagens artísticas para
expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos;
Articular percepção, imaginação,
sensibilidade,
Reconhecer, na arte, qualidades
técnicas;
Expressar as próprias sensações,
sentimentos e pensamentos através
de linguagens artísticas;
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Conhecer obras de arte e suas
produções próprias e dos colegas;
Construir conduta ética em suas
produções artísticas e atitudes de
respeito mútuo, solidariedade, diálogo,
justiça.
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
MÚSICA
Pesquisa de músicas em diferentes gêneros e
contextos históricos: erudita, música popular,
música folclórica, música publicitária, trilha sonora
das formas de interpretação e de espetáculos
musicais;
Diferentes instrumentos musicais acústicos e
eletrônicos;
A origem e a função social da música;
Músicas de diferentes povos e etnias;
Características das obras musicais da região:
Influência da cultura das populações tradicionais
(indígenas, quilombolas, ribeirinhos) e outros
povos.
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas,
utilizando processos criadores;
Investigar, contextualizar e
compreender arte enquanto fenômeno
sociocultural, histórico, estético,
tecnológico e comunicacional;
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a
diversidade.
Analisar músicas de diferentes ritmos
e culturas por meio de oficinas
práticas em música.
8º ANO
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
TEATRO
O personagem, o ator e a cena; Os elementos essenciais para a construção de uma cena teatral atuante: papéis, atores, personagens, estruturas dramáticas, peça, roteiros, enredo, cenário; Os trajes e estilos de vestuário utilizado em diferentes épocas, culturas e lugares; as características culturais; As aplicações de novas tecnologias, contextualizando-as de acordo com as propostas cenográficas; A importância do corpo e do movimento no espaço cênico; Os elementos básicos da linguagem cênica: corpo (mímica facial, gestos, movimentos, ações, dinâmicas, posicionamento, postura e relacionamento); voz, som e palavras (intensidade, altura, respiração); Criação, construção e interpretação de
Desenvolver constante leitura do mundo, do universo textual, das imagens, sons e gestos que circulam na sociedade, dos falares e das manifestações artísticas; Criar obras com linguagem artística própria: escrever, dançar, cantar, tocar, representar e elaborar imagens visuais, inclusive fazendo uso das Tecnologias de Informação e Comunicação.
162
personagens;
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
DANÇA
Diferentes danças e seu ambiente cultural;
Características das diferentes danças em
diferentes culturas e sua importância para os
seus povos;
Diferentes danças em seu momento histórico
cultural de produção e recepção;
Experiências lúdicas e registro no corpo, a
partir da prática, das pesquisas realizadas.
Perceber as especificidades das diversas
linguagens artísticas, as suas possíveis
relações, bem como sua articulação com
os outros componentes;
Perceber as manifestações da cultura
corporal de movimento como expressão
de identidades individuais e coletivas
influenciadas pela cultural moderna;
Conhecer os diferentes processos da
dança, com seus diferentes instrumentos
de ordem material e ideal como: música,
cenário e espaço cênico.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ARTES VISUAIS E
AUDIOVISUAIS
História da Arte; Linguagens artísticas; Arte acadêmica ou clássica; Renascimento; Barroco: Rococó; Arte neoclássica; Romantismo; Realismo; Autores, características das produções desses períodos; Releitura de obras artísticas; Produções artísticas individuais e coletivas.
Utilizar linguagens artísticas para expressar as próprias sensações, sentimentos e pensamentos; Articular percepção, imaginação, sensibilidade, Reconhecer, na arte, qualidades técnicas; Expressar as próprias sensações, sentimentos e pensamentos através de linguagens artísticas; Identificar linguagens artísticas e fazer combinações com as mesmas, utilizando processos criadores; Conhecer obras de arte e suas produções próprias e dos colegas; Construir conduta ética em suas produções artísticas e atitudes de respeito mútuo, solidariedade, diálogo, justiça.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
MÚSICA
As relações de sonoridade de acordo com a
situação prática;
Os instrumentos musicais clássicos e
populares;
Percepção e produção de sons musicais a
partir de instrumentos tradicionais e populares
e outros com elementos da natureza e outros
materiais recicláveis;
Os diferentes estilos musicais, desde o
tradicional/clássico, religioso/profano,
folclórico/regional, os contemporâneos e o
ambiental, tanto nacionais como internacionais;
Os diversos tipos de sons produzidos pela
natureza.
Identificar linguagens artísticas e fazer
combinações com as mesmas, utilizando
processos criadores;
Investigar, contextualizar e compreender
arte enquanto fenômeno sociocultural,
histórico, estético, tecnológico e
comunicacional;
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a diversidade;
Analisar músicas de diferentes ritmos e
culturas por meio de oficinas práticas em
música.
9º ANO
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
TEATRO
A estrutura de uma peça de teatro:
caracterização de personagens, figurinos e
adereços adaptados às diferentes propostas
artísticas; interpretação e elaboração de
roteiros cenográficos, segundo os diversos
gêneros e veículos na criação de figurinos, o
Desenvolver constante leitura do mundo,
do universo textual, das imagens, sons e
gestos que circulam na sociedade, dos
falares e das manifestações artísticas;
Criar obras com linguagem artística
própria: escrever, dançar, cantar, tocar,
163
processo de construção de um espetáculo;
História da arte aplicada, a indumentária, a arte
decorativa;
A Arte contemporânea na composição de uma
peça teatral e seus personagens;
Análise das produções locais e realização de
uma mostra de teatro envolvendo educandos
da escola e artistas locais convidados;
representar e elaborar imagens visuais,
inclusive fazendo uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação;
Conhecer o seu corpo e
as suas potencialidades expressivas;
Interagir com o grupo e a comunidade por
meio de linguagem artística, em várias
modalidades;
Perceber as especificidades das diversas
linguagens artísticas, as suas possíveis
relações, bem como sua articulação com
os outros componentes;
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
DANÇA
Investigação das diferentes danças e seu
ambiente cultural;
Compreensão dos diversos gêneros a que
pertence a dança e em que época foi
concebida;
As várias linguagens que compõem a
improvisação e a execução coreográfica
individual e coletiva.
Pesquisa e análise das diferentes expressões
em dança no Brasil e no mundo;
Vivência de cooperação, respeito, diálogo e
valorização das diversas escolhas e
possibilidades de interpretação e de criação
em dança que ocorrem em sala de aula e na
sociedade;
Contextualização e análise de diferentes
danças em diferentes momentos históricos
culturais;
Diferenciação entre repertório, improvisação,
composição coreográfica, apreciação e as
diferentes sensações e percepções
individuais e coletivas.
Compreender que a atitude estética
procura ver o homem como ser integral,
racional, sensível e imaginativo;
As manifestações da cultura corporal de
movimento como expressão de
identidades individuais e coletivas.
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ARTES VISUAIS E
AUDIOVISUAIS
História da Arte: Arte Moderna; Semana de Arte Moderna; Arte Contemporânea; Impressionismo; Expressionismo; Abstracionismo; Autores, características e produções desses períodos; Releitura de obras artísticas; Produções artísticas individuais e coletivas.
Utilizar linguagens artísticas para expressar as próprias sensações, sentimentos e pensamentos; Articular percepção, imaginação e sensibilidade, Reconhecer, na arte, qualidades técnicas; Expressar as próprias sensações, sentimentos e pensamentos através de linguagens artísticas; Identificar linguagens artísticas e fazer combinações com as mesmas, utilizando processos criadores; Conhecer obras de arte e suas produções próprias e dos colegas; Construir conduta ética em suas produções artísticas e atitudes de respeito mútuo, solidariedade, diálogo, justiça.
164
LINGUAGENS CONTEÚDOS OBJETIVOS
MÚSICA
A história da música popular da nossa cultura
e de outras culturas;
Pesquisa sobre a história da música de nossa
cultura com uso de recursos tecnológicos
disponíveis;
Variação dos instrumentos e sons produzidos
em diferentes culturas, incluindo cultura
indígena e africana; regional e folclórico;
Análise de músicas de diferentes ritmos e
culturas por meio de oficinas práticas em
música.
Investigar, contextualizar e compreender
arte enquanto fenômeno sociocultural,
histórico, estético, tecnológico e
comunicacional;
Fomentar arte em contextos de
comunidade, valorizando a diversidade;
Análise de músicas de diferentes ritmos e
culturas por meio de oficinas práticas em
música.
165
LÍNGUA
INGLESA
166
LÍNGUA INGLESA
A Língua Estrangeira é um instrumento
capaz de permitir ao aluno o
desenvolvimento dele e da realidade,
estabelecendo novas relações à medida que
constrói a especificidade da área e suas
relações com os demais campos do saber,
especialmente a Língua Portuguesa.
O ensino de Língua Estrangeira sempre
foi descontextualizado da realidade do
aluno, no qual se estudava uma realidade
estrangeira distante da nossa, com o
propósito, velado ou não, político-ideológico
de colonizar. Mediante esse fato, a SMECEL
(Secretaria Municipal de Educação Cultura
Esporte e Lazer), buscando romper com a
concepção tradicional de ensino de língua
que se ocupa apenas de aspectos
metalinguísticos, propõe a inversão de objetivo: a língua estrangeira deve ser
apresentada ao aluno como um instrumento de libertação, reflexão e
transformação da sua realidade.
No campo de aprendizagem de segunda língua, a maneira como
concebemos o que é língua e como entendemos o processo pelo qual ela é
adquirida influencia diretamente no ensino de língua estrangeira e as diversas
teorias de aquisição de segunda língua dividem-se em duas correntes:
AMBIENTALISTA - a que procura estudar o código linguístico ou a
natureza formal da linguagem, seja para revelar os processos
cognitivos da aquisição ou os universais linguísticos.
INTERACIONISTA- a que procura explorar a natureza social da
linguagem, isto é, o conhecimento linguístico aliado a funções
sociais. O ensino de língua estrangeira deve estar inserido na visão
sócio interacionista, que concebe a língua socialmente constituída
nos processos histórico, econômico, cultural e político.
EMEB JAIME VERISSIMO
167
Desse modo, a tarefa do professor na corrente interacionista é proporcionar
ao aluno experiências de aprendizado que o ajudem a usar a língua estrangeira
para comunicação real sobre assuntos de interesse, tanto em atividades
pedagógicas da sala de aula quanto fora dela. Em outras palavras, propiciar
aos educandos oportunidades de interagir na língua estrangeira em contextos e
o domínio funcional e comunicativo da língua e sua adequação sociocultural
nas situações de uso, potencializados pelo aumento da globalização que fez da
língua inglesa uma língua multinacional, falada por mais de um bilhão de
pessoas e usada em 70% das publicações científicas. Além disso, ela também
é usada na maior parte das organizações internacionais e eventos científicos e
tecnológicos de alcance internacional.
Assim sendo, aprender inglês hoje se
tornou fundamental para qualquer pessoa
que deseja se desenvolver intelectual,
social e profissionalmente. Com o
domínio de uma língua estrangeira
aumenta a possibilidade de
comunicação torna-se cada vez mais
necessário para o estudante
desenvolver competências e as quatro
habilidades de qualquer idioma. O
estudante, portanto, deve apropriar-se do inglês para ter acesso a novos
conhecimentos e informações.
Na formulação dos objetivos, segundo os PCN’s, além das capacidades
cognitivas, éticas, estéticas, motoras e de inserção e atuação social devem ser
levadas em conta as afetivas.
É preciso lembrar que a aprendizagem de uma língua estrangeira é uma
atividade emocional e não apenas intelectual. O aluno é um ser cognitivo,
afetivo, emotivo e criativo. Assim, os objetivos precisam ficar claros tanto para
os alunos quanto para o professor, pois o educando precisa saber o que está
ocorrendo nos diferentes momentos de sua aprendizagem e, dessa maneira,
sentir-se corresponsável pela forma como aprende. Os objetivos são
168
orientados para sua sensibilização em relação à
Língua Estrangeira considerando que a
aprendizagem de uma Língua Estrangeira envolve
igualdade dos direitos humanos na comunicação, no
multilingualismo, na manutenção de línguas e
culturas e na promoção da educação integral do
educando. Dessa forma, no ensino contemporâneo
de Língua Estrangeira, é preciso que se considere:
a) As variedades do Inglês – Conhecimento de Mundo;
b) O ensino do Inglês para a produção – Conhecimento Sistêmico;
c) O ensino do Inglês para fins específicos – Organização Textual;
Levando-se em conta esses aspectos, o ensino de Língua Inglesa tem
como Objetivos Gerais:
a) Desenvolver competências que tornem o aluno apto a, através do
engajamento em atividades de uso da linguagem, construir sentidos,
compreender melhor o mundo em que vive e participar dele criticamente,
fortalecendo a noção de cidadania;
b) Desenvolver de modo integrado, habilidades linguísticas (compreensão oral
e escrita, produção oral e escrita), compreendidas como práticas sociais e
contextualizadas;
c) Promover, através de um trabalho interdisciplinar e contextualizado, a
articulação entre a língua inglesa e outras áreas do conhecimento na constituição
de um currículo mais amplo, inserido na vida social;
d) Fortalecer o espírito de
colaboração do educando em
seu processo de aprendizagem;
e) Incentivar o reconhecimento
da importância da produção
cultural em inglês como
representação da diversidade
cultural e linguística;
f) Levar o educando a conhecer e usar a língua
inglesa como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
169
6º ANO
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO DE MUNDO
Interação Comunicativa: Apresentação; Saudações; Identificação Pessoal; Numerais; Linguagem Verbal e Não Verbal; Descrição de Ambientes; Gêneros Textuais: Convites, Notas, Outdoors, Cartoons, etc. Datas comemorativas Noções de horário;
Compreender diferentes aspectos da cultura dos povos que falam a Língua Inglesa para entender o fenômeno da importação cultural e suas transformações, percebendo a importância da interação sociocultural, dos diferentes povos e países, possibilitando o seu engajamento num mundo plural; Conhecer e compreender, através de textos diversos, os diferentes comportamentos socioculturais dos países falantes da Língua Inglesa; Observar e entender a inserção da Língua Inglesa no cotidiano, respeitando contexto sociocultural e linguístico da comunicação; Ler, compreender e estabelecer relações entre as datas comemorativas, eventos especiais e festivos observando as que se assemelham ou não as do Brasil e de outros países, enfocando os aspectos socioculturais.
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO SISTÊMICO
Alfabeto; Vocabulário: Cores, Animais, Lugares, Objetos Escolares, Roupas, Ocupações, Frutas, Partes Da Casa, Relações familiares, Meses do Ano, Meios de Transporte; Adjetivos: Relacionados a Tamanho, Espessura, Largura, Profundidade, Densidade, Estética, etc; Pronomes: Pessoais, Possessivos, Demonstrativos; WH Question; Verbo Ser/Estar: Tempo Presente (Afirmativo, Negativo E Interrogativo), Formas Contraídas;
Conhecer os sons em atividades orais simples associando-os às letras do alfabeto possibilitando a escrita das palavras com mais facilidade; Compreender que a Língua Inglesa assim como a língua materna é flexível e pode ser vista e descrita de formas diversas; Conhecer palavras do vocabulário cotidiano, em inglês para compor frases simples.
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
Gêneros textuais: Contos, gibis; Texto e estudo de texto usando: “scanning and skimming”.
Utilizar e valorizar as novas possibilidades de comunicação por meio da língua inglesa, buscando as diversas maneiras de expressar-se. Ler, compreender e construir diferentes textos. Utilizar os mecanismos da Língua que garantam a coesão e coerência na produção oral e escrita;
7º ANO
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO DE MUNDO
Saudações; Verbos de ação; Tempos verbais: Present and Past tense there is /there are; Vocabulário: Esportes; Verbo modal can Nacionalidades; Espaços comerciais e comunitários; Modalidades esportivas presentes em suportes e mídias; Folhetos ou páginas da internet ou revistas, produzidos em Língua Inglesa; Comunidades virtuais.
Compreender os diferentes aspectos da cultura dos povos que falam a Língua Inglesa para entender o fenômeno da importação cultural e suas transformações, percebendo a importância da interação sociocultural, dos diferentes povos e países, possibilitando o seu engajamento num mundo plural; Conhecer e compreender, através de textos diversos, os diferentes comportamento socioculturais dos países falantes da Língua Inglesa e um pouco de suas culturas.
170
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO SISTÊMICO
Verbo ser/estar:tempo passado(afirmativo, negativo e interrogativo), formas contraídas; WH Questions; Preposições; Plural regular dos substantivos; Palavras cognatas; Artigos definidos e indefinidos; Adjetivos; Pronomes possessivos; Gêneros textuais diversos; Imperativo (Afirmativo e Negativo); Numerais Substantivos contáveis e incontáveis.
Utilizar-se do dicionário, conhecendo a sua estrutura para esclarecer dúvidas com relação à ortografia, e ao significado das palavras, à morfologia e à fonética. Comunicar-se, oralmente ou por escrito, colocando em prática o uso do vocabulário já conhecido; Criar diálogos e ou pequenos textos utilizando às saudações, expressões, vocabulário e conteúdo gramatical estudados.
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
Gêneros textuais: diálogos, tickets, convites, notas, cartazes, outdoors, cartoons, etc; Vocabulário: lugares, ocupações, animais, escola, objetos, partes da casa, ruas, países, partes do corpo humano, comida, bebida;
Ler, compreender e construir diferentes textos. Valorizar as novas possibilidades de comunicação por meio da Língua Inglesa, buscando as diversas maneiras de expressões; Utilizar os mecanismos da Língua que garantam a coesão e coerência na produção oral e escrita; Compreender que a Língua Inglesa assim como a língua materna é flexível e pode ser vista e descrita de formas diversas; Compreender e interpretar em pequenos textos, algumas informações específicas.
8º ANO
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO DE MUNDO
Comemorações ao redor do mundo; Textos informativos; Hábitos alimentares em diferentes culturas; Organização de eventos em uma linha do tempo;
Compreender os diferentes aspectos da cultura dos povos que falam a Língua Inglesa para entender o fenômeno da importação cultural e suas transformações; Perceber a importância da interação sociocultural através da Língua Inglesa; Conhecer e compreender, através de textos diversos, os diferentes comportamentos socioculturais dos países falantes da Língua Inglesa.
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO SISTÊMICO
WH Questions; Caso genitivo; Pronomes Possessivos; Imperativo (Formas Afirmativa e Negativa); Vocabulário: Profissões, Alimentação; Expressões Idiomáticas; Tempos verbais: presente e passado; Verbos de ação Os diferentes significados dos pronomes indefinidos (quantificadores); Presente Simples; Tempos Verbais. Grau Comparativo e Superlative; Substantivos e Preposições. Verbs Irregulares; Advérbios e Expressões Adverbiais.
Utilizar os novos meios comunicação por meio da Língua Inglesa, buscando as diversas maneiras de expressar-se; Utilizar os mecanismos da Língua que garantam a coesão ecoerência na produção oral e escrita; Compreender que a Língua Inglesa assim como a língua materna é flexível e pode ser vista e descrita de formas diversas;
171
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
Textos informativos; Depoimentos, entrevista, carta, e-mails, diários, relatos entre outros.
Observar e entender a inserção da Língua Inglesa no atual contexto sociocultural e linguístico; Ler, compreender e construir diferentes textos. Conhecer alguns dos aspectos socioculturais dos EUA por meio de eventos comemorativos;
9º ANO
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO DE MUNDO
Comemorações ao Redor do Mundo: Datas Comemorativas; Textos Informativos nos Tempos Verbais: Presente, Passado e Futuro; Hábitos Alimentares em Diferentes Culturas; Pronomes Indefinidos (Quantificadores); Organização De Eventos Em Uma Linha Do Tempo; Verbos De Ação
Compreender os diferentes aspectos da cultura dos povos que falam a Língua Inglesa para entender o fenômeno da importação cultural e suas transformações, Perceber a importância da interação sócio-cultural, dos diferentes povos e países, possibilitando o seu engajamento num mundo plural; Conhecer e compreender, através de textos diversos, os diferentes comportamentos sócio-culturais dos países falantes da Língua Inglesa. e um pouco de suas culturas; Compreender e interpretar, em pequenos textos, algumas informações específicas, tais como: local, data, hora, etc.
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
CONHECIMENTO SISTÊMICO
Gêneros Textuais; Vocabulário; Palavras Cognatas; Noções de Tempo; Grau Comparativo e Superlativo; Conjunções; Advérbios; Verbos: Can/Could Preposições; Expressões Idiomáticas; Expressões (How Long/ How Far, Etc.); Verbo Modal; Condicional; Passado Contínuo; Pronomes Relativos e Reflexivos; Adjetivos e Pronomes Possessivos; Verbos Irregulares;
Ser capaz de utilizar e valorizar as novas possibilidades de comunicação por meio da língua inglesa, buscando as diversas maneiras de expressar-se, utilizando os mecanismos que garantam a coesão e coerência na produção oral e escrita; Compreender que a Língua Inglesa assim como a Língua Materna é flexível e pode ser vista e descrita de formas diversas; Utilizar-se do dicionário, conhecendo a sua estrutura para esclarecer dúvidas com relação à ortografia, ao significado das palavras, à morfologia e à fonética;
EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
ORGANIZAÇÃO TEXTUAL
Gêneros (Leitura e Escrita): Depoimentos, e-mails, Diários, Relatos, Provérbios, Propaganda, Cartas e Entrevistas. Textos Informativos.
Observar e entender a inserção da Língua Inglesa no atual contexto sociocultural e linguístico; Ler, compreender e construir diferentes textos. Criar diálogos e ou pequenos textos que relatem ações, situações e acontecimentos no tempo presente Comunicar-se oralmente ou por escrito, trocando informações sobre o cotidiano, a localização de pessoas, objetos, e localização espacial.
172
LÍNGUA
ESPANHOLA
EMEB GONÇALO DOMINNGOS DE CAMPOS
173
LÍNGUA ESPANHOLA
Geralmente, as pessoas entendem cultura como as tradições e
costumes de uma determinada comunidade, a maneira de viver e
seus valores morais. Entretanto, o que mais representa a cultura de
um povo é a sua língua. (KRAVISKI, 2007, p. 12).
O presente documento se constitui em uma
orientação curricular que deve ser analisado, discutido e
ampliado pelos docentes de Língua Espanhola,
levando-se em consideração as especificidades e o
contexto em que as respectivas comunidades estão
inseridas.
Atualmente, com mais de 350 milhões de
falantes, o espanhol ou castelhano é um dos idiomas
mais importantes no meio turístico, comercial,
profissional e cultural. É o idioma oficial de mais de 20
países e apresenta variantes linguísticas que se referem, principalmente, à
pronúncia, ao vocabulário, à entonação e ao uso de algumas formas pronominais.
Para ensiná-lo, o professor deve ter conhecimento sobre a riqueza linguística e
cultural do idioma, oportunizando ao aluno compreender essa heterogeneidade.
Alguns países da América do Sul, entre eles, Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai assinaram, em 26 de março de 1991, o
Tratado de Assunção, com vistas a criar o
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). A sua
criação possibilitou uma nova realidade histórica e
a busca de uma unidade latino-americana que
valorize todas as culturas e, de forma direta, suas
línguas oficiais de comunicação. Em 2012, o bloco
passou pela primeira ampliação, com o ingresso
definitivo da Venezuela, e contou, também, com a
formalização do Protocolo de Adesão da Bolívia ao
bloco comercial. O Estado de Mato Grosso, que faz
174
parte dos estados de fronteira do Brasil, trabalha
para a adoção de uma ação comum na área da
cultura, e faz fronteira com a Bolívia, não poderia
ficar indiferente frente a essa integração política,
econômica e cultural. Entende-se, assim, que a
importância do ensino da língua espanhola nas
escolas brasileiras vai além da inclusão
linguística dos cidadãos.
A obrigatoriedade do ensino da Língua
Espanhola se deu por meio da Lei nº 1.161, de
2005. De acordo com a referida Lei, que prioriza a implantação no Ensino Médio,
no art. 1º parágrafo 2º, abre as possibilidades para ser ofertado para os alunos do
Ensino Fundamental. Esta situação, por sua vez, deixa claro um aspecto
importante a ser considerado: a estruturação e implantação de programas de
ensino de espanhol nas escolas.
A LDB prevê a possibilidade de oferta de mais de uma Língua Estrangeira,
sem nenhuma outra especificação. “É fato, portanto, que sobre tal decisão pesa
certo desejo brasileiro de estabelecer uma nova relação com os países de Língua
Espanhola, em especial com aqueles que firmaram o Tratado do MERCOSUL”
(OCN, s/d, p. 129).
De acordo com Almeida Filho (1999), todo professor de Língua Estrangeira
(LE) constrói um ensino com, pelo menos, quatro dimensões: planejar as aulas,
escolher ou fazer materiais didáticos, fazer experiências com a língua-alvo e, por
fim, avaliar o desenvolvimento do processo de aprendizagem dos alunos e o
processo de ensino do próprio professor, todas elas permeadas,
concomitantemente, por uma dada abordagem de ensino.
O ensino de Espanhol pretende desenvolver as habilidades de fala, leitura,
escrita e interpretação de textos em Língua Espanhola, visto que, na maioria das
provas de seleção para ingresso nas universidades, os alunos optam por Língua
Espanhola pela sua afinidade com a Língua Portuguesa. Quando aprendemos
175
uma língua, neste caso Espanhol, aprendemos
não só a língua, mas também a cultura inerente a
ela.
O papel educativo que deve ter o ensino do
Espanhol é “a inclusão em termo social e étnico,
constituição da cidadania, local e global”. Estas
orientações não pretendem, no entanto,
apresentar uma proposta fechada, com
sequenciamento de conteúdo, sugestão de
atividade e uma única linha de abordagem, nem,
muito menos, tem a pretensão de trazer soluções
e/ou desafios já vivenciados e por vivenciar do
ensino em questão, procuram, acima de tudo, proporcionar algumas reflexões.
Entende-se que o aluno deve desenvolver as quatro habilidades linguísticas, a
saber:
FALA:
Planejar e organizar uma mensagem (capacidades cognitivas);
Formular um enunciado linguístico (capacidades linguísticas);
Articular o enunciado (capacidades fonéticas).
ESCRITA:
Organizar e formular a mensagem (capacidades cognitivas e
linguísticas);
Escrever o texto a mão, digitar (capacidades motoras) ou mesmo
transcrevê-lo.
COMPREENSÃO AUDITIVA:
Perceber o enunciado (capacidade fonética auditiva);
Identificar a mensagem linguística (capacidade linguística);
Compreender a mensagem (capacidade semântica);
Interpretar a mensagem (capacidades cognitivas).
LEITURA:
Aprender o texto escrito (capacidades visuais);
176
Reconhecer o script (capacidades ortográficas);
Identificar a mensagem (capacidades linguísticas);
Compreender a mensagem (capacidades semânticas);
Interpretar a mensagem (capacidades cognitivas);
OBJETIVO GERAL DA LÍNGUA ESPANHOLA
Compreender a língua estrangeira dentro de
várias linguagens estabelecendo relação com o
contexto vivenciado pelos alunos e a construção de
diferentes sentidos através da Língua Estrangeira.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
a) Destacar os conteúdos e sua
relevância social, por meio de uma concepção de
aprendizagem que considera o processo social de
construção conjunta de conhecimento;
b) Privilegiar propostas pedagógicas que
envolvam os alunos e criem situações concretas de
interlocução;
c) Estimular o reconhecimento da
diversidade linguística e cultural;
d) Ativar o conhecimento prévio dos alunos a partir de atividades
contextualizadas;
e) Propiciar a realização de atividades interdisciplinares;
f) Oportunizar reflexões que os façam perceber que, por meio do
trabalho e do esforço, é possível transformar o meio no qual eles vivem.
Segundo Marques e Acosta (2008), ensinar uma Língua Estrangeira (LE),
nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é possibilitar a construção de um canal
comunicativo para que o estudante seja capaz de assimilar e transmitir o
conhecimento da sociedade e do mundo em que vive. Com efeito, aos alunos dos
177
anos iniciais, devem-se oportunizar reflexões que os
façam perceber que, por meio do trabalho e do
esforço, é possível transformar o meio no qual eles
vivem.
Nos anos iniciais, o professor de Espanhol não
deve insistir em exigir e nem ensinar enfoques
gramaticais dessa língua, pois nesse nível da vida
escolar, a apresentação do idioma deve ser dada de
maneira alegre e prazerosa, para que a criança se sinta motivada e segura. Como
indicam as autoras:
Nesse sentido, destacamos os conteúdos e sua relevância social, por meio de uma concepção de aprendizagem que considera o processo social de construção conjunta do conhecimento, no qual, a interação constante de significados entre professor e alunos tem função essencial, bem como uma concepção de linguagem, a qual relaciona formas linguísticas aos seus usos possíveis. Desta maneira, privilegia-se uma proposta de trabalho pedagógico que envolva os alunos e crie situações concretas de interlocução, na qual tenham voz e atuem como co-construtores do conhecimento e agentes de seu processo de aprendizagem. (MARQUES; ANCOSTA, 2008, p. 143)
Todos os aspectos citados devem ser considerados no planejamento e na
execução do trabalho pedagógico dos professores do 4º e 5º ano. Cabe ao
professor mediar o conhecimento da língua estrangeira, tendo, como referência,
os conteúdos contidos nos quadros abaixo:
178
4º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Compreender que o mundo é multilíngue e multicultural; Interagir em situações de comunicação (orais e escritas), em Língua Espanhola.
Los Saludos; Las frutas y verduras; Las bebidas; Las fiestas tradicionales; Los numerales cardinales (0-40);
5º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Aprender algumas noções básicas da língua Los Saludos; El alfabeto; Los sentimientos; Los deportes; Los médios de transporte; Los numerales cardinales (0-50); Los sítios.
6º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Compreender que o mundo é multilíngue e multicultural; Interagir em situações de comunicação (orais e escritas), em Língua Espanhola; Compreender, de modo geral, os diferentes gêneros textuais trabalhados em sala de aula, conhecendo elementos de organização textuais e entendendo a leitura como um processo não linear;
Abordagem dos aspectos históricos, geográficos e culturais dos países falantes de língua Espanhola como língua oficial; Conscientização das possibilidades de uso da Língua Espanhola em diversas situações de comunicação autêntica, verbal e não verbal; Presentaciones, saludos y despedidas, el alfabeto, pronombres personales, verbos regulares e irregulares del presente de indicativo (primera, segunda y tercera conjugación); A língua Castelhana no cotidiano através das diversas linguagens; Aspectos temporais do uso diário (Los días de la semana, los meses del año, las estaciones del año, los numerales, las horas y otros); Construção de diversos tipos de vocabulario contextualizado (Las frutas y verduras, colores, ropas y accesorios, los animales, partes del cuerpo humano, medios de transporte, los objetos del aula, partes de la casa y otros ); Diálogo sobre as diferentes expressões utilizadas em língua Espanhola e os falsos cognatos; Interação do aluno com questões relacionadas à família e comunidade; Produção de bilhetes, convites, cartões comemorativos e tiras, explicitando as diferentes estruturas contidas em cada modalidade de texto; Acesso aos aspectos culturais dos países de Língua Espanhola, bem como, ao que se refere às questões sobre ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo.
7º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Discutir a natureza sociopolítica relacionada à aprendizagem de Língua Espanhola como língua adicional; Compreender os diferentes gêneros textuais, utilizando diferentes recursos para o aprofundamento do conhecimento sobre as características do gênero; Interagir em situações de comunicação em Língua Espanhola; Consolidar os conhecimentos adquiridos durante o ano anterior;
Conversa e registro de questões levantadas em torno da Língua adicional; Descrição de pessoas, objetos e lugares conhecidos, por meio de referenciais presentes no cotidiano do aprendiz. Observação dos tempos verbais adequados a cada modalidade de texto, com ênfase no tempo presente, por meio de textos autênticos; Conhecimento das profissões; Introdução aos gêneros textuais na língua-alvo como contos, fábulas, lendas, peças teatrais, fatos reais do cotidiano entre outros, por meio da seleção de obras literárias de acordo com os interesses e nível de aprendizagem dos alunos, fazendo releituras e adaptações das obras, culminando com a dramatização destas; Elaboração e análise textual; Aspectos culturais e históricos dos países de língua
179
espanhola, bem como, ao que se refere às questões sobre ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo, para que o aluno faça uma reflexão crítica de interesse social sobre o meio em que vive, conforme o nível de aprendizagem e adequação do tema à idade.
8º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Compreender o papel hegemônico que algumas línguas desempenharam em determinados momentos históricos; Compreender os diferentes gêneros textuais, aprofundando o conhecimento sobre as características e propostas dos textos utilizados; Interagir em situações de comunicação em Língua Espanhola; Consolidar os conhecimentos do ano anterior; Compreender as inúmeras relações comerciais e políticas atuais entre o Brasil e outros países, sobretudo os da América do Sul.
A importância de se conhecer a Língua Espanhola no contexto social; Observação dos tempos adequados a cada modalidade de textos, com ênfase no tempo futuro, estabelecendo relações com textos nos tempos presente e passado; Desenvolvimento das práticas de aquisição da escrita, por meio da observação e aplicação gradativa de elementos textuais como: a coerência e coesão textual, concordância verbal, ortografia e grafia, sinais de pontuação, paragrafação, organização frasal, utilização de letra maiúscula, introdução, desenvolvimento e conclusão das ideias que referenciam o texto; Morfossintaxe da Língua Espanhola: Concordância Verbal (sujeito e predicado), Concordância nominal (artigo e substantivo, substantivo e adjetivo), Flexão de gênero (masculino e feminino), Flexão de Número (Singular e Plural); Produção de textos coesos e coerentes como os epistolares, panfletos explicativos e informativos, por meio das linguagens verbal e não verbal, considerando o destinatário, a finalidade, as características e os elementos que estruturam os diferentes tipos de textos; Atividades que valorizem os filmes, séries de televisão, músicas etc.; Aspectos culturais, políticos e sociais de países que fazem fronteira com o Brasil. Fenômenos linguísticos: Spanglish e portunhol; Oportunidade de acesso aos aspectos culturais dos países de Língua Espanhola, bem como ao que se refere às questões sobre ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo.
9º ANO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Interagir em situações de comunicação; Compreender aspectos da influência política e econômica dos países falantes do Espanhol; Compreender os diferentes gêneros textuais trabalhados durante as aulas; Consolidar os conhecimentos adquiridos nos anos anteriores.
Normas de convivência; Problemas sociais; Conscientização política e ambiental; A língua como instrumento de poder; Desenvolvimento das práticas de aquisição da escrita, por meio da observação e aplicação gradativa de elementos textuais como: acoerência e coesão textual, concordância verbal, ortografia e grafia, sinais de pontuação, paragrafação, organização frasal, utilização de letra maiúscula, introdução, desenvolvimento e conclusão das ideias que referenciam o texto; Morfossintaxe da Língua Espanhola: Concordância Verbal (sujeito e predicado), Concordância nominal (artigo e substantivo, substantivo e adjetivo), Flexão de gênero (masculino e feminino), Flexão de Número (Singular e Plural); Produção de textos coesos e coerentes Coloquialismos; Leitura e compreensão de diferentes gêneros textuais; Análise crítica das diversas linguagens midiáticas; Diversidade cultural entre os países que possuem o Espanhol como língua oficial;
180
EDUCAÇÃO
FÍSICA
EMEB FAUTINO ANTONIO
181
EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física Escolar,
historicamente, tem suas referências
pedagógicas na Cultura Corporal de
Movimento que é trabalhada por práticas
corporais nomeadas jogos, danças,
esportes, atividades rítmicas expressivas,
lutas e ginásticas, entre outras
manifestações que, segundo Soares
(2009), se constituirão como conteúdos
da disciplina. Dessa forma o estudo
deste conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem e só
faz sentido quando a preocupação é entender a prática para transformá-la. Nessa
dimensão, as práticas corporais, na Educação Física escolar, deve considerar o
movimento da criança como sendo repleto de significados sentidos que se
constroem pela cultura, produzidos pelas relações estabelecidas no contexto
sociocultural, que na interação com o outro produz significados diferente.
Para Neira (2007), a aula de Educação Física é um espaço pedagógico
privilegiado de produção de cultura no qual os sentimentos, a criatividade, o lúdico
e a corporeidade devem ser considerados. A percepção dessas práticas
corporais, como patrimônio cultural de um povo, deve proporcionar condições de
compreender, reconhecer e respeitar essas práticas.
Em Educação Física, a construção do sujeito e da linguagem aponta para um
universo de possibilidades que precisa ser considerado. De acordo com Gomes
(2004), todo evento experimentado pelos sentidos deixa no corpo marcas que são
expressas por uma linguagem, que se traduz em movimentos. O corpo, entendido
como suporte textual de linguagem, manifesta a cultura na qual está inserido,
pois, “ao se movimentarem, homens e mulheres expressam intencionalidades,
comunicam e veiculam modos de ser, pensar e agir característicos, ou seja,
culturalmente impressos em seus corpos.” (Neira, 2007, pág. 14),
182
Diante do compromisso com a formação
estética, sensível e ética, a Educação Física, aliada
aos demais componentes curriculares, assume um
compromisso claro com a qualificação para a leitura,
produção e vivência das práticas corporais.
Nessa perspectiva, os professores devem
buscar formas de trabalho pedagógico pautadas no
diálogo, considerando a impossibilidade de ações
uniformes. A referência central para a configuração
dos conhecimentos em Educação Física são as
práticas corporais. Nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, elas estão organizadas com base nas
seguintes manifestações da cultura corporal de
movimento: brincadeiras e jogos, danças, esportes,
ginásticas e lutas. Em termos de progressão dos
conhecimentos da Educação Física deve-se considerar que todas as práticas
corporais podem ser objeto do trabalho pedagógico.
Os objetivos de aprendizagem para o 4º e 5º anos estabelecem
conhecimentos referentes às brincadeiras e jogos, danças, esportes e ginásticas,
enquanto o início do trabalho pedagógico com as lutas acontece nos anos finais.
Do 6° ao 9° ano os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento focalizam as manifestações tradicionais
do Brasil e do mundo. A mesma lógica inspira a
progressão nas danças: as manifestações populares
presentes na comunidade são tematizadas nos anos
iniciais e as regionais e brasileiras, nos anos finais.
No caso das ginásticas de demonstração, a
progressão se dá com base na complexidade da prática
corporal. Para os 4º e 5º anos são previstos objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento que abarcam os
elementos básicos da ginástica e, nos anos finais, são
EMEB FAUTINO ANTONIO
EMEB FAUTINO ANTONIO
183
propostos objetivos que compreendem a combinação desses elementos.
Já nos esportes, a abordagem recai sobre a sua tipologia, por exemplo, nos
4º e 5º anos , podem ser tematizados diversos esportes com ênfase nos de
marca, precisão e invasão. A mesma regra cabe para os anos finais, no qual
poderão ser estudados diversos esportes, com ênfase naqueles de campo-e-taco,
rede/parede e invasão.
Portanto, as escolas têm que atentar para as questões da transição,
especialmente entre o 5° e o 6° anos, garantindo a organicidade e a
interdisciplinaridade no processo formativo.
Os estudantes, nesta etapa de
escolarização, têm maior capacidade de abstração
em relação aos anos iniciais, assim como maior
capacidade de acessar diferentes fontes de
informação. Essas características permitem aos
estudantes um maior aprofundamento nos estudos
das práticas corporais na escola.
No entanto, essa concepção não costuma fazer parte das aulas de
Educação Física, que se restringem ao ensino de alguns fundamentos dos
esportes mais tradicionais como futebol, voleibol, basquetebol e handebol,
distribuídos ao longo do ano letivo e, ainda por cima, centrados exclusivamente
na perspectiva procedimental (saber fazer). Ao contrário dessa tradição, este
documento propõe uma diversificação das práticas corporais tematizadas e a
abordagem das dimensões de conhecimentos que organizam os objetivos de
aprendizagem do componente Educação Física.
Dessa forma, as visões mecânicas do corpo e do movimento deram lugar a
um novo paradigma, como podemos ver pela declaração de Neira e Nunes (2006,
pág. 228): [...] Não se estuda o movimento, estuda-se o gesto, sem adjetivá-lo de
certo ou errado, sem focalizar sua quantidade ou qualidade, sem tencionar a
melhoria do rendimento, nem tampouco manutenção da saúde, alegria ou prazer.
Nesta abordagem, o gesto fomenta um diálogo por meio da produção cultural, por
EMEB FAUTINO ANTONIO
184
meio da representação de cada cultura. O gesto transmite um significado cultural
expresso nas danças, nas ginásticas, nas lutas, nos
esportes etc.
Portanto, as aulas de Educação Física devem
ser um espaço de diálogo e de construção de
significado por meio das danças, das lutas, dos
jogos, dos esportes e ginásticas, entre outros,
compreendendo essas expressões como
linguagem. Não é suficiente a vivência dessas
práticas, é preciso refletir, questionar e
compreender o significado desses elementos nos
diferentes contextos de vivência dos estudantes.
Momentos que possibilitem a problematização, a ampliação e a reconstrução dos
conhecimentos relacionados às práticas corporais devem ser evidenciados nas
aulas de Educação Física porque os estudantes têm condições de ampliar suas
referências conceituais. Portanto, isso implica no comprometimento do professor
com o planejamento dessas aulas, de forma que nenhum dos elementos ocupe
preferencialmente os espaços dessas aulas.
Não cabe mais pensar o esporte como único conteúdo da Educação
Física. Priorizar este ou aquele conteúdo supõe o parcelamento dessa cultura
corporal, a negação de importantes conhecimentos construídos historicamente no
contexto sociocultural relacionados às outras práticas corporais.
O estudante do 6° ao 9° anos tem condições de reproduzir os movimentos
técnicos relacionados ao esporte. A exemplo da aprendizagem do saque no
voleibol, não é suficiente vivenciar o gesto; é necessário conhecer a função dele
no jogo, experimentar diferentes formas de execução e propiciar situações para
que cada estudante encontre uma forma adequada de executá-lo, mesmo que
tecnicamente seja considerado incorreto.
Outro exemplo pode ser visto com a dança: no 4° e 5° anos as vivências
são mais elaboradas (danças populares, danças folclóricas e danças clássicas,
entre outras) e permitem ao estudante sistematizar os conhecimentos
185
relacionados às diferentes formas de dançar, de estabelecer relações entre ritmos
e reconhecê-las como manifestações relacionadas a diferentes culturas.
Do 6°ao 9° ano, deve-se ampliar conceitualmente os conhecimentos
relacionados a essas danças, identificar com propriedade, estabelecer relações,
vivenciar com maior destreza os movimentos e ser capaz de ampliá-los e
reinventá-los em todos os sentidos, pela construção de movimentos que resultem
em uma nova sequência coreográfica, ou a construção/reconstrução de uma
manifestação associada ao seu contexto sociocultural.
Nesse sentido, as aulas de Educação Física do
6°ao 9° devem ser compreendidas como espaços
pedagógicos privilegiados para a construção e
reconstrução de conhecimentos, relacionados à
cultura corporal de movimento de forma crítica e
consciente.
Partindo dessa perspectiva este referencial
propõe trabalhar com os eixos de aprendizagem,
objetivos e conteúdos, sendo que, no 4° e 5° anos são
elencados os mesmos conteúdos e objetivos, pois
entende-se que dará continuidade de um ano para o outro na construção dessas
habilidades. Essa lógica foi pensada também para o 6° e 7° anos e 8° e 9° anos.
Necessário se faz entender o que cada eixo considera importante na
construção das habilidades para a construção dos conhecimentos. Assim estão
dispostos:
BRINCADEIRAS E JOGOS - Este primeiro agrupamento de práticas corporais
reúne as brincadeiras e jogos tradicionais e populares. Diz respeito àquelas
atividades voluntárias, exercidas dentro de determinados limites de tempo e
espaço, que se caracterizam pela criação e alteração de regras, pela obediência
de cada participante ao que foi combinado coletivamente, bem como pela
apreciação do ato de brincar em si. São tematizados jogos da cultura popular e
brincadeiras presentes no contexto comunitário focando as manifestações
tradicionais do Brasil e do mundo.
186
Esporte - O esporte reúne, tanto as manifestações mais “formais” dessa prática,
quanto as que lhe são “derivadas”. Podem ser tematizados diversos esportes com
ênfase nos de marca, precisão e invasão. Poderão ser estudados diversos
esportes, com ênfase naqueles de campo-e-taco, rede/parede e invasão.
Elementos comuns são os aspectos compartilhados entre diferentes modalidades
de um mesmo tipo de esporte, derivados do desempenho comparado entre as
equipes ou jogadores adversários.
Esportes de precisão - conjunto de modalidades que se caracterizam por
arremessar/ lançar um objeto, procurando acertar um alvo específico, estático ou
em movimento, comparando-se o número de tentativas empreendidas, a
pontuação estabelecida em cada tentativa (maior ou menor do que a do
adversário) ou a proximidade do objeto
arremessado ao alvo (mais perto ou
mais longe do que o adversário
conseguiu deixar). Exemplo: bocha,
curling, croquet, sinuca, tiro com arco,
tiro esportivo etc.
Esportes de invasão: conjunto de
modalidades que se caracterizam por
comparar a capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro
móvel) a uma meta ou setor da quadra/campo defendida pelos adversários (gol,
cesta), protegendo simultaneamente o próprio alvo (meta ou setor do campo).
Exemplos: basquetebol, futebol, futsal, handebol etc..
Ginásticas - As ginásticas constituem-se como um grupo amplo e diverso de
práticas corporais. No caso das ginásticas de demonstração, a progressão se dá
com base na complexidade da prática corporal. São previstos objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento que abarcam os elementos básicos da ginástica
e são propostos objetivos que compreendem a combinação desses elementos.
187
Danças - São práticas corporais caracterizadas por movimentos rítmicos,
organizados em passos e evoluções específicas, muitas vezes também
integradas a coreografias. As danças caracterizam se por serem realizadas de
forma individual, em duplas ou em grupos, sendo estas duas últimas as formas
mais comuns.
Nas danças, a tematização inicia-se no 4° e 5° anos
com as danças populares presentes na comunidade,
passando do 6° e 7°anos para as danças populares do
Estado, da região e do Brasil. Já no 8° e 9° anos, o foco
são as danças populares do mundo e, com a intenção
de garantir o estudo de uma maior variedade de
manifestações, são tratadas as danças de salão e de
rua
Lutas - As lutas - disputas corporais entre um ou mais participantes - empregam
técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou
excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e
defesa dirigidas ao corpo do adversário como fim. Nesse agrupamento, há uma
grande quantidade de formas de práticas, quando considerada sua origem, uso
ou grau de institucionalização, o que permite diferenciá-las em artes marciais (ex.
kung fu), modalidades de combate (ex. luta greco-romana), lutas tradicionais (ex.
huka-huka), sistemas de defesa pessoal (ex. kravmagá), entre outros.
Nas lutas e nas danças, a progressão se dá do contexto mais local dos alunos
para o mais universal. As lutas iniciam-se no 4° e 5° anos, com os objetivos
relacionados ao contexto comunitário e regional, passando, no 6° e 7° anos, para
a tematização das lutas da cultura brasileira e, no 8° e 9° anos, das Lutas das
diversas culturas.
EMEB FAUTINO ANTONIO
188
De modo mais específico, os objetivos para a Educação Física, são as
seguintes:
■ Experimentar, fruir e apreciar de diferentes danças, ginásticas, esportes, lutas e
práticas corporais, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo;
■ Usar práticas corporais para potencializar o envolvimento em contextos de lazer
e ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde;
■ Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a
organização da vida coletiva e individual;
■ Identificar, interpretar e recriar os valores,
sentidos e significados atribuídos às diferentes
práticas corporais, bem como aos sujeitos que
delas participam;
■ Identificar as formas de produção dos
preconceitos, compreender seus efeitos e
combater posicionamentos discriminatórios, com relação às práticas corporais e
aos seus participantes;
■ Formular e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as
possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no
processo de ampliação do acervo cultural nesse campo;
■ Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade
cultural dos povos e grupos, identificando nelas os marcadores sociais de gênero,
geração, padrões corporais, raça/etnia, religião;
■ Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e
produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário;
Estabelecer relações entre a realização das práticas corporais e os processos de
saúde/doença;
EMEB FAUTINO ANTONIO
189
4º E 5º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
ESPORTE
Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos de campo-e-taco, rede/parede e invasão. Formular e utilizar estratégias individuais e coletivas básicas nos diversos tipos de esportes experimentados, com ênfase nos de campo-e-taco, rede/parede e invasão. Contribuir na identificação de situações de injustiça e de preconceito durante a realização da prática esportiva, com ênfase naquelas vivenciadas pelos/as deficientes, bem como na proposição de alternativas para sua superação. Relacionar os elementos comuns dos diferentes tipos de esporte experimentados com as modalidades esportivas. Diferenciar os conceitos: jogo e esporte. Reconhecer a diversidade dos esportes presentes na contemporaneidade e suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer) Conhecer a história de cada modalidade esportiva. Identificar os elementos técnicos básicos de cada modalidade. Executar os elementos técnicos básicos de cada modalidade. Aplicar os elementos técnicos básicos de cada modalidade em situações de jogo. Conhecer as táticas de cada modalidade. Aplicar táticas em situações de jogo. Conhecer os objetivos das regras de cada modalidade. Modificar as regras de acordo com as necessidades do grupo, do material e do espaço. Aplicar as regras em situações de jogo. Conhecer os benefícios da prática de cada modalidade esportiva. Conhecer os riscos presentes em cada modalidade esportiva; Compreender as diferenças entre os esportes: educacional, de rendimento e de participação. Compreender o esporte como direito social. Compreender a possibilidade do esporte como opção de lazer; Diferenciar cooperação e competitividade no esporte.
História; Elementos técnicos básicos; Táticas das modalidades esportivas; Regras; Riscos e benefícios da prática esportiva; Diferença entre o esporte educacional, de rendimento e de participação; A inclusão no esporte; A importância do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores éticos e democráticos;
4º E 5º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
BRINCADEIRAS E
JOGOS
Experimentar e recriar brincadeiras e jogos populares e tradicionais de diferentes grupos e povos do Brasil e do mundo. Fruir brincadeiras e jogos populares e tradicionais de diferentes grupos e povos do Brasil e do mundo. Formular e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jogos tradicionais do Brasil e do mundo. Produzir alternativas para preservar as brincadeiras e os jogos da cultura popular e tradicional, reconhecendo a importância desse patrimônio lúdico. Reconhecer a singularidade das experiências das brincadeiras e dos jogos eletrônicos. Experimentar e recriar brincadeiras e jogos populares e tradicionais de diferentes grupos e povos do Brasil e do mundo. Formular e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jogos tradicionais do Brasil e do mundo. Reconhecer as características das brincadeiras e dos jogos tradicionais do Brasil e do mundo. Conhecer as características do jogo lúdico. Reconhecer os jogos e brincadeiras como meio de educação para o lazer. Compreender as implicações dos avanços tecnológicos para o brincar. Compreender a importância das brincadeiras na vida dos sujeitos; Diferenciar jogos e brincadeiras; Conhecer a origem dos jogos e brincadeiras Identificar os jogos e brincadeiras da comunidade local. Identificar valores éticos nos jogos e brincadeiras; (Re) construir jogos e brincadeiras; (Re) criar espaços para a vivência de jogos; (Re) criar materiais para a vivência de jogos e brincadeiras. Conhecer jogos e brincadeiras de outras culturas.
O jogo lúdico; Brincadeiras e Jogos: Cantadas, de rodas, folclóricos, populares, de rua, historiadas, tematizadas, com elementos (garrafas, caixas, colchões, jornais, bolas, bambolê, balão, corda, bastão, com obstáculos, com bola, arco, bastão, corda, dentre outros.), simbólicos, cooperativos, competitivos, cênicos, dramáticos, de memória; Adaptados (basquete, vôlei, queimada, peteca, dentre outros).
190
Identificar o lúdico na prática esportiva; Compreender o esporte na perspectiva de inclusão/exclusão dos sujeitos; Reconhecer as possibilidades corporais de pessoas.
4º E 5º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
GINÁSTICA
Conhecer a história da ginástica Compreender os benefícios dos exercícios físicos na promoção da saúde e qualidade de vida; Conhecer os riscos da atividade física mal orientada na adolescência. Compreender a ginástica como possibilidade para vivência no lazer. Compreender a relação entre exercício físico, crescimento e postura. Compreender a relação entre a alimentação e a prática de atividade física. Compreender a importância da atividade física na prevenção e no tratamento da obesidade. Experimentar, de forma individual e coletiva, combinações de diferentes elementos da ginástica (ex.: equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais). Fruir diferentes movimentos individuais e coletivos da ginástica. Formular e utilizar estratégias para resolver desafios individuais e coletivos na execução de elementos básicos das ginásticas de demonstração. Participar da identificação de situações de injustiça e preconceito existentes durante a prática da ginástica e na proposição de alternativas para sua superação, com ênfase nas problemáticas vividas pelos deficientes. Reconhecer as diferentes manifestações das ginásticas. Participar na proposição e na produção de alternativas para usar os elementos das ginásticas de demonstração em outras práticas corporais e no tempo livre.
Origem e história da ginástica; A ginástica como promotora de saúde, lazer e qualidade de vida; Alimentação e atividade física; Movimentos locomotores básicos (andar, correr, saltar, saltitar, girar, rolar, rastejar, quadrupediar); Movimentos estabilizadores (flexionar, estender, balançar, balancear, equilibrar-se, estender, ficar agachado, ajoelhado, de pé e sentado); Movimentos manipulativos (lançar, levantar, pegar, pressionar, quadrupediar, rastejar, rebater, receber, rolar, segurar, tocar); Relaxamento; Alongamento; Ginástica natural;
4ºE 5º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
LUTA
Experimentar e recriar diferentes lutas presentes no contexto comunitário e regional (ex.: Capoeira, Briga de Dedo, Queda de Braço, Judô, dentre outros). Fruir as diferentes lutas experimentadas em aula, prezando pelo trabalho coletivo e pela inclusão. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas do contexto comunitário e regional experimentadas. Participar da identificação de situações de injustiça e preconceito existentes durante a prática das lutas e na proposição de alternativas para sua superação, com ênfase nas problemáticas vividas pelos deficientes. Conhecer e respeitar o colega como oponente, bem como as normas de segurança, durante a prática de lutas. Identificar as características das lutas do contexto comunitário e regional, recriando possibilidades de prática. Identificar e refletir sobre as diferenças entre luta e briga. Diferenciar as lutas das demais práticas corporais da cultura corporal de movimento.
Luta; Histórico das Lutas; Origem das Lutas; Tipos de Lutas;
4º E 5º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
DANÇA
Vivenciar os elementos constitutivos da dança. Identificar os elementos constitutivos da dança. Vivenciar o movimento em diferentes ritmos. Articular o gesto com sons e ritmos produzidos pelo próprio corpo, por diferentes objetos e instrumentos musicais. Expressar sentimentos e ideias utilizando as múltiplas linguagens do corpo.
História das danças; Tipos de dança; Possibilidades de criação em dança; Elementos constitutivos da dança: formas, espaço,
191
Conhecer as possibilidades do corpo na dança: impulsionar, dobrar, flexionar, contrair, elevar, alongar, relaxar, dentre outras.
tempo, corpo na dança e nos movimentos expressivos; Dança: folclórica, cultural, comemorativa, coreografada, regional, local, nativa, popular afro e capoeira; Criação e improvisação; A diversidade cultural nas danças brasileiras; Dança e mídia; Dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes;
4º E 5º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
CONHECIMENTOS SOBRE O
CORPO
Perceber o próprio corpo e o corpo do outro nas diferentes possibilidades de ação e espaços variados; Identificar as partes do corpo para familiarizar-se elas valorizando suas funções. Conscientizar sobre os cuidados e higiene do corpo para termos saúde. Desenvolver a coordenação motora ampla nas atividades promovendo atitudes de confiança nas próprias capacidades motoras. Demonstrar equilíbrio e lateralidade deslocando-se no espaço físico da escola, ao andar, correr, pular, etc. Ouvir e cantar canções, desenvolvendo memória musical, sentimentos e pensamentos. Movimentar-se, adaptando-se a diferentes ritmos;
Reconhecimento das partes do corpo; Higiene, saúde e educação alimentar; Esquema corporal (lateralidade, coordenação óculo-manual, pedal, noção espacial, temporal); Percepção sensorial (tátil, visual, auditiva, gustativa, afetiva);
192
6º E 7º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
ESPORTE
Identificar e vivenciar as diferentes modalidades esportivas tendo como princípios o lúdico, a participação e a inclusão de todos os educandos; Conhecer a história de cada modalidade esportiva; Identificar, compreender e praticar os objetivos, regras e fundamentos básicos de cada modalidade esportiva; Identificar e vivenciar os limites e possibilidades de movimentos na prática do esporte; Conhecer e vivenciar as derivações dos esportes tradicionais, tais como: futsal, futvôlei, vôlei de areia etc.; Adaptar, criar e experimentar regras e material pedagógico de acordo com o nível de conhecimento e experiência dos alunos para que os mesmos possam conhecer e praticar os jogos esportivos; Criar e experimentar novas regras visando a inclusão e participação de todos; Registrar (escrita, desenho) os aspectos conceituais e práticos aprendidos; Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação; Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos esportes técnico-combinatórios, de marca, de campo-e-taco, precisão e invasão. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. Fruir a experimentação de diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das modalidades experimentadas. Contribuir no enfrentamento de situações de injustiça e preconceito, geradas e/ou presentes no contexto da prática esportiva, com ênfase nas problemáticas de gênero e na produção de alternativas democráticas para sua superação. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e as principais regras das modalidades praticadas. Distinguir os diversos tipos de esportes e recriar suas possibilidades de prática. Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento. Compreender as transformações dos esportes, as possibilidades de recriá-los, bem como as implicações na organização e na prática das suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). Identificar os esportes praticados e os não praticados na comunidade e refletir sobre as características de seus praticantes. Propor e produzir alternativas para experimentar esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade.
Esportes individuais (atletismo, natação); Esportes coletivos e suas derivações (voleibol, handebol, futebol, basquetebol); História; Elementos técnicos básicos; Táticas das modalidades esportivas; Regras; Riscos e benefícios da prática esportiva; Diferença entre o esporte educacional, de rendimento e de participação; A inclusão no esporte; A Importância do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores éticos e democráticos;
6º E 7º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
GINÁSTICA
Experimentar e produzir composições ginásticas individuais e em grupos, a partir de diferentes temas, com e sem materiais. Fruir a prática da ginástica de demonstração, valorizando o trabalho coletivo e criativo. Formular e utilizar estratégias para solucionar desafios surgidos no trabalho de composição ginástica, a partir de diferentes temas, com e sem materiais. Produzir e experimentar apresentações ginásticas coletivas, com base no reconhecimento das singularidades presentes no grupo, com ênfase nas questões de gênero. Reconhecer os procedimentos necessários para a elaboração de apresentações de ginástica, a partir de temas, com e sem materiais. Compreender as conexões entre a gestualidade e a temática anunciada nas apresentações ginásticas. Produzir e experimentar apresentações ginásticas que possibilitem reflexão acerca de temas relevantes do cotidiano. Compreender os sentidos e os significados atribuídos à ginástica de demonstração pelos seus praticantes.
Ginástica; Tipos de ginástica; Movimentos locomotores básicos(andar, correr, saltar, saltitar, girar, rolar, rastejar quadrupediar); Ginástica natural; Relaxamento; Alongamento; Movimentos estabilizadores; Ginástica natural; Relaxamento; Alongamento; Movimentos estabilizadores
193
Experimentar e produzir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas. Fruir os exercícios físicos experimentados, valorizando as experiências sensíveis. Perceber e interpretar as sensações corporais provocadas pela prática de exercícios físicos. Construir coletivamente procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com especial atenção às questões de gênero presentes nesse universo. Diferenciar exercício físico de atividades físicas e de outras práticas corporais. Compreender as mudanças históricas nas demandas de atividade física (laboral, doméstica e de deslocamento) e seus vínculos com as ginásticas de condicionamento físico. Identificar, compreender e vivenciar os vários tipos de ginásticas: natural, rítmica desportiva, acrobática, artística, circense, geral, dentre outras; Identificar, compreender e vivenciar situações que utilizem os aparelhos da ginástica: arco, bola, corda, massa; Construir materiais pedagógicos e equipamentos adaptados ao manuseio pelas crianças, tais como: fitas, arcos, bolas etc.; Vivenciar brincadeiras e atividades rítmicas diversificadas com e sem música; Vivenciar os movimentos naturais (andar, saltar, trepar, rolar, correr, balancear, equilibrar) através de atividades lúdicas; Experimentar e criar novas formas de ginástica; Composição e apresentação de frases por meio de gestos e coreografias; Conhecer a origem, a história, as tendências ginásticas que foram introduzidas no Brasil e suas manifestações atuais nas academias, praças públicas, no lazer, nas competições olímpicas; Registrar os conhecimentos aprendidos através de textos escritos, desenhos e apresentações; Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação, honestidade, dentre outros;
(flexionar, estender, balançar, balancear, equilibrar-se, estender, ficar: agachado, ajoelhado, de pé, sentado) Movimentos manipulativos (lançar, levantar, pegar, pressionar, quadrupediar, rastejar, rebater, receber, rolar, segurar, tocar) Localizada; Aeróbica; Artística;
6º E 7º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
DANÇA
Explicar a história das várias danças; Vivenciar as diferentes danças da cultura popular brasileira; Compreender, explicar e vivenciar os vários tipos de danças: clássica, moderna, contemporânea, criativa, de rua e outras; Discutir sobre questões relacionadas à dança na sociedade brasileira, tais como: o preconceito com as danças e os dançarinos, desmistificar os papéis sexuais e a utilização do corpo nas danças; Experimentar atividades que valorizem o repertório motor do aluno e os movimentos aprendidos; Valorizar as habilidades artísticas; Elaborar composições coreográficas coletivamente; Explicar a dança como uma das formas de manifestação de sentimentos, da religiosidade, como possibilidades de lazer e trabalho; Registrar (escrita e apresentações coreográficas) os aspectos conceituais e práticos aprendidos; Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, diálogo, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação, honestidade, dentre outros; Experimentar e recriar danças populares do mundo Fruir e apreciar danças populares do mundo, valorizando a diversidade cultural. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos) das diversas danças populares do mundo. Problematizar e estabelecer acordos no universo das danças populares do mundo, objetivando a construção de interações referenciadas na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito às diferenças, com ênfase nas questões de gênero. Contribuir para o enfrentamento de situações de preconceito geradas
História das Danças; Tipos de Dança; Possibilidades de Criação em Dança: Folclóricas/Culturais, Comemorativas/ Coreografadas, Regionais, Locais/Nativas/ Popular, Afro/Capoeira, Atuais (Hip Hop, Funk, Street...).
194
6º E 7º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
CONHECIMENTOS SOBRE O CORPO
Perceber o próprio corpo e o corpo do outro nas diferentes possibilidades de ação e espaços variados; Identificar as partes do corpo para familiarizar-se elas valorizando suas funções. Conscientizar sobre os cuidados e higiene do corpo para termos saúde. Desenvolver a coordenação motora ampla nas atividades promovendo atitudes de confiança nas próprias capacidades motoras. Demonstrar equilíbrio e lateralidade deslocando-se no espaço físico da escola, ao andar, correr, pular, etc. Ouvir e cantar canções, desenvolvendo memória musical, sentimentos e pensamentos. Movimentar-se, adaptando-se a diferentes ritmos; Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, percebendo seus efeitos sobre as próprias condições de saúde e sobre a melhoria da saúde de todos. Prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST's) e gravidez na adolescência. Compreender o significado da palavra biometria e sua importância para a saúde dos estudantes.
Reconhecimento das partes do corpo e transformações corporais; Higiene saúde e educação alimentar, obesidade e desnutrição; Esquema corporal (lateralidade, coordenação óculo-manual, pedal, noção espacial/temporal); Percepção sensorial (tátil, visual, auditiva, gustativa, olfativa); Sexualidade; Dados biométricos;
e/ou presentes no contexto das danças populares do mundo, com ênfase nas problemáticas de gênero. Analisar as características dos diferentes ritmos, gestos, coreografias e músicas das danças populares do mundo. Compreender criticamente e valorizar os diferentes sentidos e significados presentes nas danças populares do mundo, bem como as possibilidades de recriá-las. Participar na proposição e na produção de alternativas para praticar, fora do horário escolar, diferentes danças populares do mundo.
6º E 7º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
LUTA
Experimentar e recriar diferentes lutas presentes na cultura brasileira e realizar uma delas de forma proficiente (ex.: Capoeira, Huka-Huka, Luta Marajoara, dentre outras). Fruir as diferentes lutas experimentadas em aula, valorizando a segurança e a própria integridade física, bem como a dos demais. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas da cultura brasileira experimentadas. Reconhecer e respeitar o colega como oponente no contexto da prática de lutas, com especial atenção às questões de gênero. Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das lutas da cultura brasileira. Compreender as transformações históricas das lutas da cultura brasileira, bem como as possibilidades de recriá-las. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas da cultura brasileira. Propor alternativas para preservar e valorizar as lutas da cultura brasileira. Identificar a origem e a história das lutas (capoeira, judô, karatê e outras); Identificar e compreender o significado cultural e filosófico de cada luta; Identificar as lutas das diferentes regiões brasileiras e de outros países; Identificar os elementos técnicos básicos de cada tipo de luta; Executar os elementos técnicos básicos de cada modalidade de luta; Identificar, compreender e explicar as relações entre as lutas e os problemas sociais tais como: violência, consumismo, uso de substâncias químicas prejudiciais à saúde, preconceito, dentre outros; Explicar o conhecimento apropriado sobre o tema lutas registrando-os através de textos escritos, painéis, apresentações; Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação, honestidade, dentre outros;
Luta; Histórico das Lutas; Origem das Lutas; Tipos de Lutas;
195
8º E 9º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
ESPORTE
Identificar, compreender e explicar a origem e o significado das mudanças históricas do esporte e suas características atuais (regras, técnicas, sistemas táticos, aspectos sociais, políticos e econômicos) nas várias modalidades existentes; Identificar e compreender os movimentos do corpo na prática do esporte e suas influências na saúde, no lazer e na educação; Compreender e vivenciar o esporte como opção de lazer, de participação e inclusão de todos os educandos; Conhecer e vivenciar as derivações dos esportes tradicionais, tais como: futsal, futvôlei, vôlei de areia, etc.; Identificar, compreender e praticar os objetivos, regras e fundamentos básicos de cada modalidade esportiva; Criar e experimentar novas regras visando a inclusão e participação de todos; Identificar e compreender os riscos e benefícios na prática das diversas modalidades esportivas; Realizar eventos esportivos fundamentados em princípios éticos e na participação dos alunos na construção das regras de organização; Refletir sobre o potencial do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores democráticos (solidariedade, respeito, autonomia, confiança, liderança); Explicar e registrar (oralidade, escrita, desenho) os aspectos conceituais e práticos aprendidos; Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação; Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos de precisão, rede/parede e de invasão. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando habilidades técnico-táticas básicas, de forma proficiente, e combinações táticas e sistemas de jogo de forma elementar. Fruir a experimentação e apreciar diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das modalidades experimentadas. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto da prática esportiva e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção nas questões étnico-raciais e indígenas. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas. Diferenciar e reconhecer as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna e recriar suas possibilidades de prática. Desempenhar e reconhecer diferentes papéis (ex.: árbitro, secretário, cronometrista, técnico, dirigente etc.) do mundo esportivo institucionalizado. Compreender criticamente a emergência e as transformações históricas do fenômeno esportivo e alguns de seus problemas (ex. “doping”, corrupção, violência etc.), bem como levantar hipóteses para sua modificação. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam os esportes. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes. Propor e produzir alternativas para, no tempo livre, praticar esporte na comunidade.
Esporte; Esportes Individuais
(Atletismo); Esportes Coletivos e
suas Derivações (Voleibol, Handebol, Futebol, Basquetebol);
Aprimoramento Técnico Das Modalidades;
Futsal/Futebol (Fundamentos, regras e prática), Handebol (Fundamentos, regras e prática), Voleibol (Fundamentos, regras e práticas), Basquete (Fundamentos, regras e prática), Atletismo ((Fundamentos, regras e prática)
Aprimoramento Tático das Modalidades Esportivas;
Regras; Esporte, Lazer e
Sociedade; A Inclusão no Esporte; A Importância do
Esporte no Desenvolvimento de Atitudes e Valores Éticos/Democráticos;
Identificar o Esporte como Meio de Superação de Limitações dos Sujeitos.
Reconhecer o Potencial do Esporte no Desenvolvimento de Atitudes e Valores Democráticos: (Solidariedade, Respeito, Autonomia, Confiança, Liderança).
Adotar Atitudes Éticas em
Qualquer Situação de Prática Esportiva.
I - História II - Fundamentos
básicos III - Estratégias de jogo IV - Riscos e benefícios V - Regras:
significados VI - Eventos:
Olimpíadas Campeonatos Passeios Ciclísticos, Caminhadas e Maratonas.
VII - Práticas Esportivas
196
Vivenciadas na Comunidade e em outras Culturas.
8º E 9º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
GINÁSTICA
Vivenciar, compreender e explicar os vários tipos de ginásticas: natural, rítmica desportiva, acrobática, artística, circense, geral, dentre outras; Vivenciar, compreender e explicar situações que utilizem os aparelhos da ginástica: arco, bola, corda, massa; Construir, vivenciar e explicar a utilização de materiais pedagógicos e equipamentos adaptados ao manuseio pelas crianças, tais como: fitas, arcos, bolas, etc.; Criar, experimentar e refletir novas formas de ginástica; Composição e apresentação de frases por meio de gestos e coreografias; Conhecer a origem, a história das tendências que foram introduzidas no Brasil e suas manifestações atuais nas academias, praças públicas, no lazer, nas competições olímpicas; Refletir sobre a relação da ginástica com os padrões estéticos de beleza corporal, com o consumismo, o lazer e a saúde, dentre outras questões sociais; Explicar e sistematizar os conhecimentos aprendidos através de textos escritos, desenhos e apresentações; Vivenciar, identificar, compreender e explicar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação, honestidade, dentre outros.
Ginástica; Tipos de Ginástica;
8ºE 9º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
DANÇA
Investigar e experimentar as danças da cultura popular e reconhecer sua importância na construção da identidade cultural de cada região; Reconhecer as possibilidades corporais de pessoas portadoras de necessidades especiais na dança Refletir sobre as relações sociais entre homens e mulheres na dança; Discutir a influência da mídia nas formas de dançar; Compreender os benefícios das práticas relacionadas à dança; Explicar e vivenciar as danças de origem africanas e também suas influências nas danças brasileiras; Executar sequências coreográficas valorizando o repertório motor do aluno e os gestos aprendidos; Ampliar as possibilidades de se movimentar e dançar em grupos respeitando os ritmos de cada um; Refletir sobre questões relacionadas à dança na sociedade brasileira, tais como: o preconceito com as danças e os dançarinos, desmistificar os papéis sexuais e a utilização do corpo nas danças; Explicar a dança como uma das formas de manifestação de sentimentos, da religiosidade, como possibilidades de lazer e trabalho; Compreender, explicar e vivenciar a dança como um das formas de manifestação de sentimentos, da religiosidade, como possibilidades de lazer e trabalho; Registrar (escrita e apresentações coreográficas) os aspectos conceituais e práticos aprendidos; Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação, honestidade, dentre outros; Experimentar e recriar danças de salão e de rua. Fruir e apreciar danças de salão e de rua, valorizando a diversidade cultural. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos) das danças de salão e de rua. Identificar, compreender e recriar coletivamente os valores atribuídos às danças de salão e de rua, com especial atenção às questões étnico-raciais e indígenas. Analisar as características das danças de salão e de rua, identificando seus ritmos, gestos, coreografias e músicas, relacionando-as com seus grupos de origem.
História das Danças; Tipos de Dança; Possibilidades de Criação em Dança;
197
Compreender criticamente as transformações históricas das danças de salão e de rua, bem como levantar hipóteses para sua transformação. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para realização de danças de salão e de rua.
8º E 9º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
LUTA
Experimentar e recriar lutas das diversas culturas (Ex.: Judô, Aikido, JiuJitsu; MuayThai, Boxe, Chinese Boxing; Esgrima, Kendo; Derruba Toco, HukaHuka, dentre outras). Fruir e apreciar diferentes tipos de lutas das diversas culturas, valorizando a segurança e a própria integridade física e a dos outro Formular e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto das lutas e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção às questões étnico-raciais e indígenas. Reconhecer as características técnico-táticas das lutas das diversas culturas, sendo capaz de construir novas regras e sugerir outras formas de realização. Compreender as marcas sociais, as transformações históricas e o processo de esportivização de uma ou mais lutas das diversas culturas, bem como as possibilidades de recriá-las. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam as lutas. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas das diversas culturas. Identificar e compreender a origem e a história das lutas (capoeira, judô, karatê, e outras) Identificar e compreender o significado cultural e filosófico de cada luta. Conhecer e realizar exercícios preparatórios para cada tipo de luta. Identificar, compreender e vivenciar os fundamentos técnicos, regras, sistemas táticos e rituais de cada luta. Conhecer os benefícios da prática de cada modalidade de luta. Conhecer os riscos de uma atividade física mal orientada Compreender e explicar as relações entre as lutas e os problemas sociais tais como: violência, gangs, consumismo, uso de substâncias químicas prejudiciais à saúde, competição, preconceitos, dentre outros. Explicar o conhecimento aprendido sobre o tema lutas registrando-os através de textos escritos, painéis, apresentações. Identificar, compreender e vivenciar princípios éticos, tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade, cooperação, honestidade, dentre outros.
Luta; Histórico Das Lutas; Origem Das Lutas; Tipos De Lutas
8º E 9º ANOS
EIXOS OBJETIVOS CONTEÚDOS
CONHECIMENTOS SOBRE O CORPO
Perceber o próprio corpo e o corpo do outro nas diferentes possibilidades de ação e espaços variados; Identificar as partes do corpo para familiarizar-se elas valorizando suas funções. Conscientizar sobre os cuidados e higiene do corpo para termos saúde. Desenvolver a coordenação motora ampla nas atividades promovendo atitudes de confiança nas próprias capacidades motoras. Demonstrar equilíbrio e lateralidade deslocando-se no espaço físico da escola, ao andar, correr, pular, etc. Ouvir e cantar canções, desenvolvendo memória musical, sentimentos e pensamentos. Movimentar-se, adaptando-se a diferentes ritmos; Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, percebendo seus efeitos sobre as próprias condições de saúde e sobre a melhoria da saúde de todos. Prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST's) e gravidez na adolescência. Compreender o significado da palavra biometria e sua importância para a saúde dos estudantes.
Reconhecimento das partes do corpo e transformações corporais; Higiene saúde e educação alimentar, obesidade e desnutrição; Esquema corporal (lateralidade, coordenação óculo-manual, pedal, noção espacial/temporal); Percepção sensorial (tátil, visual, auditiva, gustativa, olfativa); Sexualidade; Dados biométricos;
198
CIÊNCIAS DA
NATUREZA
EMEB Emanuel Benedito de Arruda
199
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A palavra Ciência, em sua etimologia,
vem da palavra latina scientia, que significa
conhecimento rigoroso e racional de
qualquer assunto; corpo de conhecimento,
sobre um determinado tema, obtido
mediante um método próprio; domínio
organizado do saber.
Lakatos e Marconi (2007)
acrescentam que, além der ser “uma
sistematização de conhecimentos”, Ciência
é “um conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de
certos fenômenos que se deseja estudar.”
A Ciência Moderna, baseada no
método científico, teve origem no final do
século XVI e início do XVII, afirmando-se
como modelo de produção científica que perdura até hoje. Ela foi fundamental
para o progresso da humanidade ao longo do tempo, consolidando o
conhecimento científico como um dos mais importantes para a evolução e
progresso das sociedades, desmistificando antigas ideias ou até as confirmando.
No Brasil a disciplina de Ciências passou a ser contemplada como
componente curricular obrigatório, de todos os anos do Ensino Fundamental,
somente a partir do ano de 1971, por meio da Lei 5.692.
O ensino desta disciplina deverá ter como ponto de partida a concepção de
que a Ciência, além de ser um modo de pensar, de chegar a conclusões
coerentes a partir de proposições, de questionar preconceitos e hipóteses e de
propor novas ideias a partir do que já existe, é também uma construção humana
que envolve relações com os contextos cultural, ambiental, socioeconômico,
histórico e político.
Dessa forma, as aulas de Ciências propõem que a construção do
conhecimento seja pautada na discussão, no diálogo, na participação ativa dos
alunos, ficando para trás, assim, a concepção pedagógica da Escola Tradicional,
a qual concebia o professor como o detentor de todo o saber. Krasilchik (2008).
Atualmente, já se reconhece a importância da valorização dos
conhecimentos prévios dos alunos na construção do saber científico. Esses
saberes desenvolvidos pelos alunos, independentemente do ensino escolar, são
EMEB Emanuel Benedito de Arruda
200
muitas vezes conflitantes com os conhecimentos científicos, porém não devem
ser ignorados.
Há um grande consenso entre os
educadores acerca da importância do método
experimental, o qual se tornou, ao longo dos
anos, instrumento privilegiado para os alunos
aprenderem a observar, discriminar, organizar,
classificar, medir, experimentar e avaliar,
permitindo-lhes desenvolver habilidades,
capacidade de estabelecer relações,
compreender princípios e conceitos.
As práticas didáticas e metodológicas
tais como trabalho através de aulas expositivas,
seminários, trabalho de campo, visitas a
parques e zoológicos para observação e
registros, experimentos, exibição de vídeos com
roteiros para direcionar a discussão e outros. Permitindo assim, ao aluno,
construir e elaborar seus conhecimentos de forma cientificamente adequada,
tornando clara a maneira como o conhecimento no campo da ciência é produzido
e valorizando a compreensão de conceitos é um desafio constante para a escola.
Portanto, é preciso que a escola construa uma proposta de educação em
Ciência que contribua para criar no aluno um conjunto de atitudes que permitam a
melhoria de sua vida cotidiana, atitudes que o levem a enfrentar os problemas
com maiores possibilidades de sucesso e atitudes de valorização de sua saúde e
da sua comunidade. E ainda, que eles possam desenvolver uma visão em relação
ao ambiente, à utilização dos recursos tecnológicos e das conquistas da ciência e
também em relação às demais culturas que sejam mais democráticas e
adequadas aos novos tempos de preocupação ecológica.
A organização do currículo possibilitou a integração entre os componentes
das áreas com conteúdos relacionados com as situações da vida cotidiana.
Assim, foram estruturados em quatro eixos formativos: (1) Conhecimento
conceitual; (2) Contextualização social, cultural e histórica dos conhecimentos das
Ciências da Natureza; (3) Processos e práticas de investigação em Ciências da
Natureza e (4) Ambiente, descritos a seguir.
1. Conhecimento conceitual das Ciências da Natureza– São enfatizados
os conteúdos específicos de cada componente curricular - o saber
sistematizado em leis, teorias e modelos. Os conteúdos conceituais
poderão ser propostos no currículo a partir de estudos sobre fenômenos,
processos e situações que suscitam o domínio de conhecimentos
científicos para a sua compreensão.
EMEB Emanuel Benedito de Arruda
201
2. Contextualização, social, cultural e histórica das Ciências da Natureza
– São tratadas relações entre conhecimentos, contextos de vivência e o
desenvolvimento histórico da ciência e da tecnologia, possibilitando a
compreensão da ciência como um empreendimento humano, social e em
processos históricos.
3. Processos e práticas de investigação em Ciências da Natureza – É
enfatizada a dimensão investigativa, propiciando que os estudantes
convivam com os modos de produção do conhecimento científico. Essa
dimensão envolve não somente a aplicação de metodologias de
elaboração do conhecimento, mas também seu o estudo.
4. Ambiente- Neste eixo, trata da Inter-relação entre os seres vivos, desafios
e consequências do processo de industrialização e urbanização.
Nos quadros estão discriminadas as unidades de ensino, os eixos,
objetivos e conteúdos para cada ano do Ensino Fundamental.
202
5° ANO
UNIDADE DE ENSINO
EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
MATERIAIS, SUBSTÂNCIAS E
PROCESSOS
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Reconhecer que os materiais se apresentam na natureza nos estados sólido, líquido e gasoso, que podem mudar de estado de acordo com a temperatura em que se encontram, percebendo as implicações dessas mudanças na vida diária.
Estados físicos da matéria.
4° ANO
UNIDADE DE ENSINO
EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
AMBIENTE, RECURSOS E RESPONSABI-
LIDADES
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Conhecer as formas de obtenção e armazenamento de alimentos e seus nutrientes.
Os Diferentes tipos de alimentos e seus nutrientes.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Reconhecer aspectos de diferentes cadeias alimentares e a importância dessas cadeias para o equilíbrio ecológico.
Cadeias alimentares.Teias alimentares.
PROCESSOS E PRÁTICAS
Investigar sobre o aumento da produção de alimentos e o acesso da população a esses alimentos. Levantar e tratar informações sobre a produção de alimento e seu acesso pela população.
A produção de alimentos.
AMBIENTE
Estabelecer relação entre trocas de calor e mudanças de estados físicos da água para fundamentar explicações acerca do seu ciclo.
O ciclo hidrológico da água.
BEM-ESTAR E SAÚDE
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Conhecer as doenças causadas por fungos e bactérias e as formas de prevenção e controle.
As bactérias e os fungos.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Conhecer a história dos antibióticos, antissépticos e de vacinas para a prevenção e tratamento de doenças.
Mecanismos de ação dos antibióticos, antissépticos e vacinas.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Investigar sobre as principais doenças passíveis de serem prevenidas por vacinas e como elas foram desenvolvidas.
Doenças e suas vacinas.
AMBIENTE
Refletir sobre os diferentes tipos de tratamento da água para se evitar a transmissão de doenças.
Prevenção e transmissão de doenças pela água.
TERRA, CONSTITUIÇÃO E
MOVIMENTO
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender que o tempo pode ser medido por eventos cíclicos. Compreender movimento cíclico de um pêndulo e os ciclos de sombras ao longo do dia (dia e noite, sombras sequenciais de um relógio de sol). Reconhecer que o movimento da Lua é cíclico e que pode ser usado para marcar a passagem do tempo.
Tempo cronológico e tempo histórico.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Conhecer os diversos equipamentos que foram construídos para medir o tempo desde tempos remotos até a atualidade.
Instrumentos usados para medir o tempo.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Investigar as mudanças de fase da Lua buscando compreender as suas diferentes formas.
Movimentos, fases da Lua e sua influência nas marés.
AMBIENTE Identificar as três camadas constituintes do planeta Terra.
Atmosfera, litosfera e hidrosfera.
203
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Comparar materiais usados cotidianamente e reconhecer usos comuns, de acordo com propriedades que apresentam de condutibilidade elétrica e térmica.
Bons e maus condutores de calor e eletricidade.
PROCESSOS E PRÁTICAS
Investigar sobre Investigar, realizando experimentos e observações de fenômenos naturais, as mudanças de estados físicos de materiais, levantando questões e elaborando hipóteses sobre possíveis mudanças.
Fenômenos naturais e mudanças de temperatura.
AMBIENTE Refletir sobre a utilização do plástico na atualidade. PVC
VIDA: CONSTITUIÇÃO E
REPRODUÇÃO
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Entender como os seres obtêm energia para sua sobrevivência e desenvolvimento. Compreender os diferentes modos de reprodução dos seres vivos.
Seres produtores e seres consumidores. Reprodução assexuada e reprodução sexuada.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL
Entender a possibilidade de criação de novas espécies vivas por meio da manipulação genética.
Reprodução genética e híbridos.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE INVESTIGAÇÃO
Investigar os hábitos noturnos de diferentes seres e as características que os diferenciam.
O comportamento dos seres vivos de acordo com o seu ciclo biológico.
AMBIENTE Refletir sobre alimentos transgênicos. Os transgênicos.
SENTIDOS: PERCEPÇÃO E INTERAÇÕES
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender a necessidade de energia luminosa para que se possa enxergar e o motivo pelo qual são vistas as diferentes cores. Compreender a necessidade da energia sonora na vida em sociedade. Reconhecer e caracterizar fontes de energia luminosa e de energia térmica, identificando semelhanças e diferenças nos seus processos de produção.
A visão. Audição. Fontes de energia luminosa e térmica.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E CULTURAL
Compreender a relação entre diferentes contextos sociais e culturais e as respectivas formas de utilização da energia.
A utilidade das diferentes formas de energia no campo e nas cidades.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE INVESTIGAÇÃO
Investigar o funcionamento de circuitos elétricos simples (corrente contínua ou alternada) e das lâmpadas que os compõem.
Experimentos de montagem de circuitos elétricos constituídos de pilha/bateria.
AMBIENTE Refletir sobre os diferentes tipos de energia renováveis.
As energias renováveis.
6° ANO
UNIDADE DE ENSINO
EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
AMBIENTES, RECURSOS E RESPONSABI-
LIDADES
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Reconhecer diferentes ecossistemas aquáticos e terrestres, identificando as espécies que são nativas e suas características. Relacionar os comportamentos e as estruturas de adaptação das espécies com os ambientes em que vivem e se desenvolvem. Reconhecer a importância da água para os seres vivos e suas propriedades específicas. Compreender a composição do solo e sua conservação.
A biodiversidade dos biomas terrestres e aquáticos brasileiros. A adaptação dos seres vivos. Associar a importância da água às suas propriedades específicas. Formação dos solos com ação do intemperismo e dos seres vivos. Húmus e fertilidade do solo. Queimadas e a fertilidade do solo.
204
CONTEXTUALIZA-ÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Conhecer a escala geológica do tempo, a história evolutiva das espécies e suas características ambientais. Identificar alterações provocadas no campo, a partir da chegada de novas tecnologias e reconhecer a diferença entre modos de produção.
Relacionar a escala geológica e a história evolutiva das espécies. A evolução dos processos de produção do campo e o mundo do trabalho.
PROCESSOS E PRÁTICAS
Caracterizar um ambiente natural em que houve ação humana e identificar as características de um ambiente sustentável e não sustentável.
Ambiente natural e ambiente antrópico frente os desafios da vida contemporânea
AMBIENTE
Reconhecer a importância da água como bem finito. Compreender a importância da destinação da água servida para promoção e manutenção da saúde.
Conservação da água. Poluição. Processo de despoluição da água.
TERRA: CONSTITUIÇÃO E
MOVIMENTO
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender a Terra como corpo cósmico, sua forma arredondada e atração gravitacional. Compreender os movimentos de rotação e translação e suas consequências.
A Terra. Dia e noite: regularidade da natureza. Estações do ano: ritmo anual.
CONTEXTUALIZA-ÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Compreender que diferentes culturas formulam cosmo visões distintas.
Leitura do céu e da Lua em diferentes culturas.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Investigar os movimentos relativos entre Sol, Terra e Lua. Investigar as posições relativas entre as constelações, Terra e Lua e suas aplicações pelo homem.
Movimentos de rotação e translação e sua relação com eclipses. O movimento dos astros no céu; Geocentrismo e Heliocentrismo;
AMBIENTE
Relacionar a permeabilidade do solo e as consequências de sua alteração em ambientes naturais ou transformados pelo homem.
Erosão do solo.
VIDA: CONSTITUIÇÃO E
REPRODUÇÃO
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Entender a célula como a unidade da vida. Compreender o processo da fotossíntese, através de representação simplificada e classificar os seres em relação ao tipo de alimento (autótrofo ou heterótrofo). Reconhecer os principais processos metabólicos e a relação alimento/respiração Conhecer as principais características dos seres vivos, compreendendo sua reprodução e desenvolvimento, suas diferentes formas de locomoção, sustentação, respiração, circulação, excreção, digestão;
Organização celular. Seres autótrofos e seres heterótrofos. Processo aeróbico e anaeróbico. Características gerais dos seres vivos.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Compreender a importância da microscopia para o estudo de microrganismo.
A vida antes e após a microscopia.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Identificar as estruturas anatômicas dos seres vivos.
Estrutura anatômicas dos seres vivos,
AMBIENTE
Reconhecer a importância da compostagem e da reciclagem do lixo para saúde e meio ambiente
Lixo ou resíduo?
7° ANO
UNIDADE DE ENSINO
EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
AMBIENTES, RECURSOS E
RESPONSABILI-DADES
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Estabelecer diferenças entre substância e mistura de substâncias, identificando materiais formados por uma ou por mais substâncias e reconhecendo a importância social desses materiais. Identificar transformações que ocorrem com materiais importantes no dia a dia das pessoas.
Substâncias simples e substâncias compostas. Transformações físicas e químicas.
CONTEXTUALIZA-ÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Buscar informações sobre processos e técnicas metalúrgicas ao longo da história da humanidade
A história da tecnologia metalúrgica.
205
PROCESSOS E PRÁTICAS
Investigar, realizando experimentos, métodos físicos de separação empregados no cotidiano e no sistema produtivo.
Experimentos com sal de cozinha, água e óleo. Os processos da obtenção da água potável numa estação de tratamento de água.
AMBIENTE
Relacionar informações obtidas através do estudo dos fósseis a características da Terra no passado , seus habitantes e ambientes. Comparar as explicações de Lamark e Darwin sobre evolução.
Evolução dos seres vivos.
SENTIDOS: PERCEPÇÃO E INTERAÇÕES
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender as interações que ocorrem entre as comunidades e as populações em diferentes espécies. Reconhecer instrumentos óticos que ampliam a visão, identificando seus principais componentes. Compreender fenômenos de reflexão, de refração e de absorção da luz e sua relação com a visão, considerando também sua interação com as camadas internas do olho humano e de outros mamíferos.
Relações harmônicas e relações desarmônicas entre os seres vivos. Além do que os nossos olhos podem ver. Luz, espelhos e olhos.
CONTEXTUALIZA-ÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Reconhecer a existência de diferentes tipos de anomalias da visão e compreender os princípios ópticos envolvidos nos procedimentos utilizados em suas correções.
Os distúrbios visuais.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Planejar e construir instrumentos ópticos, como periscópio e câmara escura.
Experimentos que utilizem conhecimentos de óptica.
AMBIENTE
Refletir sobre as diferentes maneiras de adaptação dos seres vivos.
Camuflagem e mimetismo.
BEM-ESTAR E SAÚDE
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender o significado de alimentação saudável, relacionando os alimentos necessários aos aspectos do bom funcionamento e desenvolvimento corporal. Compreender a importância da manipulação segura de alimentos.
Pirâmide alimentar. Boas práticas na manipulação de alimentos.
CONTEXTUALIZA-ÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Entender que hábitos alimentares mudam ao longo da história.
A história da alimentação no Brasil.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Relacionar algumas doenças com a deficiência de certas vitaminas e sais minerais.
Doenças relacionadas a micronutrientes: vitaminas e sais minerais.
AMBIENTE
Caracterizar as diferenças e benefícios dos alimentos orgânicos e dos hidropônicos.
Alimentos orgânicos e os hidropônicos.
206
8º ANO
UNIDADE DE ENSINO EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
TERRA: CONSTITUIÇÃO E
MOVIMENTO
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender a formação do Sistema Solar a partir de uma nebulosa e os processos de acreção que originaram os planetas rochosos e gasosos com seus satélites e o cinturão de asteroides.
Teoria da origem do universo.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Compreender e prevenir os riscos naturais de fenômenos devastadores como terremotos, tsunamis, vulcanismo, escorregamentos e inundações. Entender e apreciar diferentes paisagens e relevos, compreendendo que são condicionadas pela tectônica de placas, gravidade, fluxo térmico e clima.
Estrutura interna da Terra. Agentes formadores do relevo.
PROCESSOS E
PRÁTICAS
Pesquisar e analisar escalas de medidas de fenômenos naturais que podem ser devastadores, como os terremotos.
Escala Richter e os efeitos correspondentes dos terremotos.
AMBIENTE
Refletir sobre a chuva ácida proveniente das ações da natureza e humana.
Chuva ácida.
VIDA: CONSTITUIÇÃO E
REPRODUÇÃO
COHECIMENTO CONCEITUAL
Mostrar os componentes e o funcionamento do aparelho genital masculino e feminino. Entender como os hormônios regulam e promovem o equilíbrio do funcionamento do corpo. Entender a transmissão dos impulsos elétricos pelo corpo, através das sinapses. Conhecer os mecanismos de sustentação e movimentação do corpo. Refletir sobre os processos de eliminação de impurezas de nosso organismo. Entender a relação dos processos como respiração, circulação e digestão humana.
Anatomia e fisiologia do sistema reprodutor masculino e feminino. Sistema Endócrino. Sistema Nervoso. Sistema Locomotor. Sistema Excretor. Sistema Digestório. Sistema Respiratório. Sistema Circulatório.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE INVESTIGAÇÃO
Compreender as mudanças físicas, fisiológicas e comportamentais ocorridas no processo de puberdade.
Mudanças na Adolescência.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE INVESTIGAÇÃO
Investigar a influência da alimentação com a produção de hormônios e a regulação e o equilíbrio do organismo.
A falta ou excesso de alimentos podem interferir no equilíbrio do organismo.
AMBIENTE
Discutir sobre temas relacionados a AIDS, drogas e gravidez na adolescência.
Atualidades: Desafios na vida contemporânea.
AMBIENTE, RECURSOS E
RESPONSABILIDADE
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender a ocorrência de ciclos naturais e a sua importância para a vida na Terra. Identificar situações de utilização adequada e de desperdício de água, incentivando práticas de consumo consciente na sociedade.
Os Principais Ciclos Biogeoquímicos no Planeta. Reaproveitamento das Águas Pluviais
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA,
SOCIAL E CULTURAL
Compreender implicações do uso de produtos pelos seres humanos que interferem na atmosfera e na vida terrestre.
Poluição atmosférica: causas e consequências.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Investigar as principais fontes de água utilizadas na comunidade e sua forma de tratamento. Investigar as principais implicações causadas pelo uso de produtos tecnológicos quanto às alterações climáticas de temperatura, de radiação que atingem a superfície da terrestre.
Fontes de captação e diferentes formas de tratamento. A tecnologia e as alterações climáticas.
AMBIENTE Refletir sobre os impactos econômicos e socioambientais ocasionados pelo êxodo na atualidade.
Êxodo na Atualidade.
207
9° ANO
UNIDADE DE ENSINO
EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
MATERIAIS, SUBSTÂNCIAS E
PROCESSOS
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Caracterizar uma substância por meio das propriedades físicas: densidade, ponto de ebulição, ponto de fusão e solubilidade. Compreender processos envolvidos na produção de combustíveis, ressaltando possíveis problemas ambientais e de biossegurança associados.
Propriedades específicas da matéria. A produção de combustíveis.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Buscar informações sobre unidades produtoras de biocombustíveis, identificando matérias-primas, produtos e impactos ambientais.
Os biocombustíveis e o Brasil.
PROCESSOS E PRÁTICAS
Realizar experimentos que determinem densidade, solubilidade, pontos de fusão e de ebulição, visando identificar materiais e caracterizar substâncias.
Experimentos sobre densidade com plástico, água e sal.
AMBIENTE
Refletir sobre a poluição atmosférica e suas consequências para saúde e meio ambiente.
Poluição atmosférica: queimadas, veículos e indústrias.
SENTIDOS: PERCEPÇÃO E INTERAÇÕES
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Compreender o significado de simetria bilateral e reconhecer essa característica na maioria dos animais e em máquinas que voam ou se locomovem, ressaltando-se a relação com o equilíbrio. Identificar equilíbrios estável, instável e indiferente pela análise da posição do centro de gravidade, bem como caracterizar a diferença entre equilíbrio estático e dinâmico.
Simetria radial e simetria bilateral. Tipos de equilíbrio de um corpo.
PROCESSOS E PRÁTICAS DE
INVESTIGAÇÃO
Planejar a construção de objetos que exemplifiquem diferentes tipos de equilíbrio.
Experimentos com objetos que representem diferentes tipos de equilíbrios presentes no dia-a-dia.
VIDA: CONSTITUIÇÃO E REPRODUÇÃO
CONHECIMENTO CONCEITUAL
Identificar que a ocupação irregular do solo provoca desastres naturais. Reconhecer os principais parasitas do corpo, os vetores e os hospedeiros de microrganismos causadores de doenças. Entender as condições necessárias para a proliferação de microrganismos causadores de patologias.
Os desafios para implantação de um planejamento urbano sustentável. Doenças tropicais: causadores e prevenção. Ambiente favorável para transmissão de doenças por microrganismos
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, SOCIAL E
CULTURAL
Reconhecer os perigos causados à sociedade pelo uso de inseticidas, fungicidas e herbicidas.
O uso de agrotóxicos na agricultura.
AMBIENTE
Refletir sobre as medidas para se evitar ou mitigar os riscos de populações expostas a potenciais desastres ambientais.
Desastres ambientais: áreas urbanas.
208
MATEMÁTICA
209
MATEMÁTICA
A Matemática assume um
papel fundamental para o pleno
acesso dos sujeitos à cidadania. Em
uma sociedade cada vez mais
baseada no desenvolvimento
tecnológico, os matemáticos
tornam-se imprescindíveis para as
diversas ações humanas, das mais simples
às mais complexas, tais como
compreensão de dados em gráficos,
realização de estimativas e percepção do
espaço que nos cerca, dentre outras.
O desenvolvimento desta área de
conhecimento foi e continua sendo
realizado por meio das relações que o
homem estabelece com a sociedade em
que vive. O conhecimento matemático é
fruto da busca, pelo ser humano, de
respostas a problemas que a sociedade lhe
apresenta em suas práticas sociais. A
Matemática não é e não pode ser vista pela escola como um aglomerado de
conceitos antigos e definitivos a serem transmitidos ao estudante. Ao
contrário, no processo escolar, é sempre fundamental que ele seja provocado
a construir e a atribuir significado aos conhecimentos matemáticos. Dessa
forma, a Matemática pode ser vista como uma fonte de modelos para os
fenômenos que nos cercam. Esses modelos compreendem não somente os
conceitos, mas as relações entre eles, procedimentos e representações de
diversas ordens. Por exemplo, uma caixa de sapatos, que é um objeto do
mundo físico, pode ser associada à figura geométrica espacial paralelepípedo
retângulo, que é um modelo matemático abstrato. A altura que uma bola de
210
futebol atinge, ao ser cobrada uma falta, ação de nosso mundo físico, pode
ser associada ao modelo matemático da função quadrática, que pertence à
dimensão abstrata.
É importante ressaltar que essa associação entre o mundo físico que
nos rodeia e o mundo abstrato da Matemática pode ser comparado a uma via
de mão dupla. Por exemplo, ao mesmo tempo em que um paralelepípedo
retângulo funciona como um modelo abstrato para o objeto físico caixa de
sapatos, para o modelo abstrato da figura geométrica espacial esfera,
podemos associar o objeto do mundo físico bola de futebol. A evolução do
conhecimento matemático como ciência veio acompanhada de uma
organização em eixos tais como geometria, álgebra, operações aritméticas,
dentre outros. Essa organização deve ser vista tão somente como um
elemento facilitador para a compreensão da área da Matemática. Os objetos
matemáticos não podem ser compreendidos isoladamente; eles estão
fortemente relacionados uns aos outros.
Superar a perspectiva de limitar esses objetos em blocos isolados e
estanques tem sido um dos principais desafios a serem vencidos com relação
às práticas escolares de trabalho com a Matemática. Em função disso,
atualmente podemos perceber certo consenso sobre alguns princípios
fundamentais para o sucesso da aprendizagem da Matemática na escola. Em
primeiro lugar, é preciso valorizar todo o conhecimento que o estudante traz
de suas práticas sociais cotidianas. Não podemos imaginar que ele chega à
escola com a cabeça vazia; ao contrário, todo estudante carrega consigo uma
diversidade de conhecimentos matemáticos que podem e devem servir de
ponto de partida para novas aprendizagens. É muito importante, em sala de
aula, provocar o estudante para que ele explicite esses conhecimentos, os
quais devem ser permanentemente associados aos conhecimentos escolares
trabalhados.
211
Além disso, para que o estudante tenha sucesso em Matemática, é
preciso que ele atribua sentido para os conceitos aprendidos na escola. Esse
processo demanda, muitas vezes, do recurso da contextualização dos
problemas apresentados a ele. Entretanto, a contextualização de um
problema não se resume a, por exemplo, colocar “frutas” no seu enunciado
(que é apenas um exercício de aplicação
de conhecimentos previamente
aprendidos), mas, sim, criar uma
situação que envolva contextos diversos
(sociais e científicos) em que o
estudante não veja de imediato a sua
solução. É preciso que a situação
apresentada demande que o estudante
elabore hipóteses de resolução, teste a
validade dessas hipóteses, modifique-
as, se for o caso, e assim por diante.
Trata-se, portanto, de desenvolver um
tipo de raciocínio próprio da atividade
matemática, permitindo compreender
como os conceitos se relacionam entre si.
Finalmente, é preciso observar que os objetos
matemáticos não são acessíveis diretamente.
Em Matemática não podemos ver uma equação
ou pesar um cubo.
Os objetos matemáticos são entes
abstratos que somente podem ser acessados
por meio de suas representações. Como vimos
anteriormente, um cubo, objeto abstrato, não
existe na natureza, o que podemos ter é a
noção de cubo, por meio de um desenho ou de
um objeto físico, tal como uma caixa ou um
dado. Por isso, é importante considerarmos que,
antes de o estudante ser apresentado à
212
representação de um objeto matemático, é preciso que ele elabore a
compreensão desse objeto. Além disso, no caso da Matemática, um mesmo
objeto pode ser representado de diferentes maneiras e uma mesma
representação pode ser associada a diferentes objetos.
Por exemplo, a representação simbólica ¾ pode significar três partes
de um inteiro dividido em quatro partes iguais, ou uma relação entre três e
quatro, ou uma divisão de três objetos em quatro partes iguais ou 75% ou,
ainda, uma probabilidade. O refinamento das representações dos objetos
matemáticos é elaborado pouco a pouco pelo estudante. É importante iniciar
o processo de aprendizagem em Matemática provocando o estudante a fazer
matemática para que, posteriormente, ele possa se apropriar de registros de
representação simbólicos. Assim, a aprendizagem em Matemática demanda
a exploração de três momentos distintos e ordenados. No primeiro, o
estudante deve fazer Matemática. Após, ele deve desenvolver registros de
representação pessoais para, finalmente, apropriar-se dos registros formais.
OBJETIVOS GERAIS DA ÁREA DE MATEMÁTICA
Desenvolver o campo da investigação
matemática e a produção do
conhecimento, com relevância à história
da matemática.
Associar o conhecimento matemático
com outras áreas do conhecimento.
Desenvolver um pensamento reflexivo
que lhe permita a elaboração de
conjecturas, a descoberta de soluções e
a capacidade de concluir (resolução de
problemas).
Relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do individuo e suas
manifestações culturais e relações de produção e trabalho (etnomatemática).
Formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma
solução particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte
213
para outras aplicações e teorias (modelagem matemática).
Ampliar suas possibilidades de observação e investigação através das mídias
tecnológicas.
Proporcionar a formação integral do aluno para que este possa ser capaz de
interagir com autonomia nas suas relações sociais.
Permitir a todos os acessos dos conhecimentos matemáticos, presentes em
qualquer situação da realidade, como condição necessária para participarem
e interferirem na sociedade em que vive.
Propiciar o conhecimento de forma que compreenda os conceitos e princípios
matemáticos, raciocine claramente e comunique as ideias matemáticas,
reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com
segurança.
4° ANO
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
NUMÉRICOS
Sistema de numeração: estudo e formação do número até 9999
(Gradativamente)
Relembrar a evolução histórica dos números e a origem do sistema de numeração decimal. Conhecer os números romanos e sua aplicabilidade. Interpretar e produzir escritas numéricas até 9999 (gradativamente). Conhecer e organizar as ordens e classes que formam os números (unidade, dezena, centena e milhar). Ordenar os números (sucessor, antecessor, crescente, decrescente, maior e menor). Identificar o valor posicional, valor absoluto e relativo do numeral. Reconhecer os números ordinais e suas funções.
Adição e subtração simples e com agrupamento
Resolver situações-problema envolvendo ações de juntar (reunir), agrupar e acrescentar (adição) e ações de retirar, comparar ou completar (subtração). Conceituar adição e subtração paralelamente. Demonstrar na prática adição e subtração como operações inversas. Apropriar-se da técnica de adição e subtração (algoritmo) - Resolver adição e subtração simples e com agrupamento (decomposição das ordens). Utilizar o cálculo da prova real. Criar situações-problema envolvendo adição e subtração. Resolução de problema, envolvendo expressões numéricas e a utilização dos parênteses como sinal de associação. Conceituar subtração como operação inversa da adição. Realizar subtrações simples e com agrupamento. Exercitar o cálculo mental (fazer estimativas mentais de resultados ou cálculos aproximados com fatos básicos). Conhecer a terminologia, conceitos e sinais da adição e subtração. Desenvolver o pensamento matemático, aplicando as propriedades e memorizando fatos básicos.
214
Problemas envolvendo adição e
subtração Resolver problemas envolvendo situações do dia a dia com adição e subtração
Multiplicação
Resolver problemas envolvendo a repetição de grupos com a mesma quantidade Identificar a terminologia, conceitos e sinais da multiplicação. Construir, organizar e memorizar os fatos básicos da multiplicação (tabuada) Identificar a regra da multiplicação por 10 Calcular o dobro, o triplo, o quádruplo... de um número. Resolver multiplicação com reagrupamento e sem reagrupamento (decomposição). Aplicar a prova real Elaborar e resolver situações problemas envolvendo multiplicações Resolver expressões numéricas.
Divisão
Compreender a ação de repartir, separar, (medida – partilha), partindo de situações-problema. Conceituar divisão como operação inversa da multiplicação. Fazer divisões com um algarismo. Construir o significado da divisão por 10. Aplicar a prova real. Conhecer a terminologia, conceitos e sinais. Resolver situações problemas envolvendo multiplicação e divisão.
Fração
Identificar fração ordinária (inteiro, unidade fracionária, metade, terça - parte...) de quantidades contínuas (barra de chocolate, padrões de medidas) e de quantidades discretas (estudantes, fichas...)
NUMÉRICOS Sistema monetário brasileiro
Identificar décimos, centésimos do sistema monetário. Resolver situações-problema envolvendo sistema monetário brasileiro.
Grandezas e medidas
Conhecer os instrumentos de medidas de capacidade, comprimento, massa e tempo. Conhecer as unidades-padrão de medidas de tempo, capacidade, comprimento e massa e seus símbolos (os mais utilizados) Expor os conhecimentos sobre as medidas de tempo (segundo, minuto, hora, dia, semana, mês e ano). Resolver problemas envolvendo medidas.
CAMPOS GEOMÉTRICOS
Formas geométricas
Classificar os sólidos geométricos (poliedros e corpos redondos) e figuras planas (polígonos e círculos) Caracterizar a diferença entre figura plana e espacial (planificação de caixas) Identificar e contornar o número de faces, arestas e vértices dos sólidos.
CAMPOS ALGÉBRICOS
Resolução de problemas
Calcular o número desconhecido a partir de uma situação-problema do contexto e ou proposta pelo professor (uso do x). Utilizar operação inversa para desenvolver os cálculos.
CAMPOS ESTATÍSTICOS
Levantamento de informações e dados.
Interpretar e construir tabelas e gráficos. Organizar e expor informações em gráficos e tabelas.
5° ANO
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
NUMÉRICOS
Sistema de numeração
Conhecer a evolução histórica dos números e a origem do sistema de numeração decimal. Conhecer a história dos números romanos, egípcios, mesopotâmicos, maias, chineses, hindu-arábicos). Identificar os números romanos e ordinais até 100 (curiosidades e informações).
Estudo e formação do número até...
Diferenciar número e numeral. Compor e decompor números naturais até centena de
215
milhão. Ler e escrever números naturais, cuja representação tenha, no máximo, 3 classes. Identificar valor absoluto e valor relativo de um numeral.
Adição e subtração simples e com agrupamentos
Revisar os termos e conceitos da adição e subtração Efetuar com compreensão, adição e subtração de números naturais como operação inversa. Reconhecer e aplicar as propriedades estruturais da adição e da subtração. Compreender e calcular o valor de uma expressão numérica envolvendo adição e subtração Resolver adição e subtração simples e com agrupamento (decomposição das ordens) Utilizar o cálculo da prova real Criar situações-problema envolvendo adição e subtração.
Problemas envolvendo adição e subtração
Resolver problemas, envolvendo expressões numéricas e a utilização dos parênteses e colchetes como sinal de associação. Desenvolver o pensamento matemático, aplicando as propriedades e memorizando fatos básicos.
Multiplicação
Associar a multiplicação a situações que representam adição de parcelas iguais. Construir e usar as tabuadas da multiplicação. Identificar terminologia, conceitos e sinais da multiplicação. Construir, organizar e memorizar os fatos básicos da multiplicação. Aplicar a prova real. Elaborar e resolver situações-problema envolvendo multiplicação. Escrever os múltiplos de um número natural. Determinar o menor múltiplo comum de dois ou mais números naturais pela interseção dos conjuntos dos múltiplos. Resolver expressões numéricas.
Divisão
Conhecer os termos e conceitos da divisão. Reconhecer e aplicar as propriedades da divisão. Efetuar divisões em que o divisor possui 1 ou 2 algarismos (exatas e não exatas). Construir, de maneira significativa, a divisão por 10, 100. Realizar a divisão como operação inversa da multiplicação e vice-versa. Conhecer os divisores de um número. Conhecer e compreender os números primos. Resolver expressões numéricas, envolvendo as quatro operações e os sinais de associação. Resolver problemas.
Adição, subtração, multiplicação, divisão de números decimais
Efetuar adições, subtrações, multiplicações e divisões de números decimais.
Porcentagem
Compreender diferentes procedimentos para o cálculo de porcentagem. Identificar porcentagem como uma parte de cem unidades.
Sistema monetário brasileiro
Reconhecer o sistema monetário brasileiro e aplicá-lo em atividades diversas, como operações decimais, porcentagem e frações. Resolver situações-problema envolvendo o sistema monetário brasileiro.
Frações e números decimais
Ler, interpretar e escrever frações. Identificar os tipos de frações. Reconhecer números mistos. Comparar frações (com denominadores iguais ou
216
diferentes) através de representação gráfica (desenhos). Identificar frações equivalentes. Simplificar frações. Resolver operações com frações (Adição, Subtração – em frações simples). Resolver situações-problema envolvendo frações simples e de uso diário. Transformar números fracionários em notações decimais (com até 2 casas). Representar números fracionários em notação decimal e vice-versa. Comparar frações e notação decimal.
GEOMÉTRICOS
Grandezas e medidas
Identificar as medidas de comprimento, massa, capacidade e tempo. Fixar as medidas-padrão (metro, litro, e quilograma), seus múltiplos e submúltiplos mais utilizados no dia a dia. Transformar unidades de medida. Conceituar e demonstrar perímetro, área e volume. Resolver situações-problema envolvendo medidas.
Formas geométricas
Reconhecer e diferenciar sólidos geométricos: esfera, cone, cilindro, pirâmide, cubo, prisma e paralelepípedo. Classificar polígonos de acordo com o número de lados. Caracterizar a diferença entre figura plana e espacial (planificação de caixas) Identificar o número de faces, arestas e vértices dos sólidos.
ALGÉBRICOS Resolução de problemas
Calcular o número desconhecido a partir de uma situação-problema do contexto e ou proposta pelo professor (uso do x) Utilizar operação inversa para desenvolver cálculos.
CAMPOS ESTATÍSTICOS
Levantamento de informações e dados
Interpretar e construir tabelas e gráficos Expor conhecimentos de estatística e probabilidade. Relacionar situações da vida cotidiana com os conceitos de código de barras, telefone, código postal, correio eletrônico.
6° ANO
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
NUMÉRICOS
Classe dos algarismos
numéricos;
Operações em N;
Operações em Q;
Expressões numéricas em N e Q;
Porcentagem;
Decompor numeral até 1.000.000.Resolver situações-
problema envolvendo todas as operações.
Ler, compreender e empregar as operações
fundamentais, que envolvam os números naturais.
GEOMÉTRICOS
Sistema de medidas
(comprimento)
Área, perímetro e volume;
Noções de ponto, reta, plano e
ângulos;
Polígonos;
Exploração de figuras planas e
não planas;
História do PI;
Identificar o espaço geográfico no qual está inserido,
desenvolvendo noções básicas de medir, comparar,
estimar e relacionar conceitos fundamentais da
geometria.
Definir e classificar polígonos quanto aos lados e
ângulos.
ALGÉBRICOS Valor numérico desconhecido Relacionar as operações fundamentais com os
conhecimentos algébricos.
CAMPOS ESTATÍSTICOS
Organização de tabelas e construção de gráficosInterpretação de tabelas e gráficos;
Construir gráficos, a partir de uma coleta de dados
fazendo análise deles.
217
7° ANO
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
NUMÉRICOS
Números Naturais;
Números Inteiros;
Números Racionais;
Compreender a aplicabilidade dos conjuntos dos
Números Naturais, Inteiros e Racionais em situações-
problema.
GEOMÉTRICOS
Geometria plana;
Sólidos geométricos;
Empregar os conhecimentos de geometria plana a
partir dos sólidos geométricos.
ALGÉBRICOS
Equações do 1º grau;
Sistemas de Equações de 1º
grau;
Escrever na linguagem matemática equações do 1º
grau, partindo de situações problemas.
Resolver corretamente as equações do 1º grau.
Compreender noções básicas de Sistemas de
Equações do 1º Grau.
CAMPOS ESTATÍSTCOS
Razão; Proporção;
Regra de três simples e
composta;
Porcentagem;
Tabelas e gráficos;
Sistematizar dados estatísticos em tabelas e gráficos.
Compreender o uso correto dos conteúdos (razão,
proporção, regra de três, porcentagem) em situações
práticas.
8° ANO
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
NUMÉRICOS
Números naturais;
Números inteiros;
Números racionais;
Representação dos números
racionais;
Números irracionais;
Números reais;
Os números reais, sua
representação na reta e as
operações;
Expoentes inteiros;
Propriedade das potências;
Notação científica;
Raízes exatas e não exatas;
Empregar conhecimentos sobre conjuntos numéricos
(N, Z, Q), enfatizando os números irracionais e suas
operações.
GEOMÉTRICOS
Retas coplanares, transversais e
paralelas;
Elementos de um polígono;
Medida dos ângulos internos e
externos de um polígono
qualquer;
Elementos do triângulo;
Lados e ângulos opostos;
Classificação dos triângulos;
Congruência de triângulos;
Elementos do quadrilátero;
Paralelogramo e trapézio;
Elementos da circunferência;
Ponto, reta e circunferência
(posições relativas);
Posição relativa de duas
circunferências;
Aplicar os conhecimentos do campo algébrico no
campo geométrico, compreendendo e explorando
fórmulas, ângulos, teoremas e representações
cartesianas.
ALGÉBRICOS Geometria plana;
Sólidos geométricos;
Empregar os conhecimentos de geometria plana a
partir dos sólidos geométricos.
218
CAMPOS ESTATÍSTICOS
Razão; Proporção;
Regra de três simples e
composta;
Porcentagem;
Tabelas e gráficos;
Sistematizar dados estatísticos em tabelas e gráficos.
Compreender o uso correto dos conteúdos (razão,
proporção, regra de três, porcentagem) em situações
práticas;
9° ANO
EIXOS CONTEÚDOS OBJETIVOS
NUMÉRICOS
Números Reais;
Radicais;
Potência;
Identificar e relacionar os elementos dos conjuntos
numéricos (N; Q; Z ;R).
Realizar todas as operações fundamentais e cálculos,
usando os elementos dos conjuntos numéricos.
Desenvolver habilidades de cálculo por meio de
situações-problema.
GEOMÉTRICOS
História da Geometria;
Segmentos proporcionais
Teorema de Tales, semelhança
de triângulos;
A trigonometria no triângulo
retângulo;
A trigonometria em um triângulo
qualquer;
Polígonos regulares inscritos na
circunferência;
Calcular perímetro, área e volume de figuras
geométricas.
Construir e representar geometricamente figuras no
plano cartesiano.
Construir as relações trigonométricas no triângulo
retângulo.
ALGÉBRICOS
Equação do 2º grau;
Funções: conceito de função;
Representação algébrica e
gráfica na análise das funções do
1º e 2º graus;
Área do círculo;
Diagonal do quadrado inscrito na
circunferência;
Volume do cilindro;
Relações métricas na
circunferência;
Compreender e utilizar a linguagem algébrica e seus
termos próprios.
Definir e reconhecer uma equação do 2º grau na
forma reduzida e identificar seus elementos.
Resolver uma equação do 2º grau cujas raízes sejam
obtidas pela fatoração ou pela fórmula de Bhaskara.
Resolver as equações biquadradas, irracionais e
fracionárias.
Analisar, interpretar, formular e resolver problemas
usando equações do 2º grau.
Resolver inequações e sistemas de equações.
Conceituar, analisar, representar e identificar funções
lineares e quadráticas
Produzir, ler, analisar e interpretar gráficos que
representam funções em um plano cartesiano.
Aplicar os conhecimentos de geometria plana e
espacial.
Identificar e construir polígonos, círculos, poliedros e
corpos redondos.
CAMPOS ESTATÍSTICOS
Noções de estatística;
Matemática comercial e
financeira;
Coletar dados e organizá-los em tabelas.
Construir e interpretar vários tipos de gráfico.
Calcular média, moda e mediana.
Expor ideias relacionadas à probabilidade em
situações-problema.
219
CIÊNCIAS HUMANAS E
SOCIAIS
220
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
O ensino das Ciências Humanas
e Sociais ao longo de toda a Educação
Básica, desde a Educação Infantil,
promove a exploração sociocognitiva,
afetiva e lúdica que potencializa sentidos
e experiências sobre a pessoa, o mundo
social e a natureza.
Nos anos Iniciais cabe à
Geografia e à História, conforme
especificidade de cada componente,
desenvolver conhecimentos que
permitam uma compreensão da
temporalidade e da espacialidade, da
diversidade cultural, religiosa, étnica, de gênero, cor, raça, na perspectiva dos
direitos humanos e da interculturalidade, da valorização e acolhimento das
diferenças. É nesta fase ainda que os estudantes começam a desenvolver
procedimentos de investigação em Ciências Humanas e Sociais, como a pesquisa
a diferentes fontes documentais, a observação e o registro de paisagens, fatos,
acontecimentos, depoimentos e o estabelecimento de comparações. Esses
procedimentos são fundamentais para que compreendam a si mesmos e ao seu
entorno, suas histórias e dos diferentes
grupos sociais na relação com as histórias
de sua escola, sua comunidade, seu
estado, seu país e ainda são importantes
para que percebam suas relações com o
ambiente e a ação dos seres humanos
nesse ambiente, refletindo sobre essas
relações.
Na passagem dos Anos Iniciais para
221
os Anos Finais do Ensino Fundamental, os estudantes passam por várias
mudanças biológicas, psicológicas, sociais e emocionais; ampliam suas
descobertas em relação a si próprios, suas relações com grupos sociais e tornam-
se mais autônomos para cuidar de si e do mundo ao seu redor. Cabe à Área,
nesta fase, promover o adensamento de conhecimentos sobre a participação do
estudante no mundo social, a reflexão sobre questões sociais éticas e politicas,
fortalecendo a própria formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual, bases para uma atuação critica e orientada por valores democráticos.
Nos anos iniciais, a Geografia e a História trabalham com as noções de
temporalidade, espacialidade e diversidade, da interculturalidade e da valorização
das diferenças. Nos anos finais têm o compromisso de dar continuidade à
compreensão dessas noções, aprofundando os questionamentos sobre os modos
de organizar a sociedade, culturas e grupos humanos, relações de produção e de
poder, a transformação de si mesmos e do mundo e potencializando o
pensamento criativo e crítico, a capacidade de argumentar, de fazer perguntas e
de avaliar respostas, contrastando as posições assumidas com outros
posicionamentos e compreendendo que são pontos de vista entrecruzados por
valores culturais e intencionalidades.
OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer identidades e organizações da vida em sociedade em diferentes
tempos e espaços, percebendo, acolhendo e valorizando semelhanças e
diferenças culturais.
Relacionar suas experiências cotidianas
a aspectos políticos, sociais, culturais e
econômicos, em diferentes
temporalidades e espacialidades.
Identificar e entender transformações e
processos sociais, espaciais, religiosos,
culturais e históricos, constituídos, a
222
partir da relação do ser humano em sociedade com a natureza, na
produção, na manutenção e no cuidado com a vida.
Conhecer e desenvolver procedimentos de estudo e de investigação,
usando conhecimentos das Ciências Humanas para interpretar e
expressar saberes, sentimentos, crenças e dúvidas na descoberta de si
mesmo e na relação com outras pessoas.
Relacionar identidades e organizações da vida em sociedade em
diferentes tempos e espaços, percebendo, acolhendo e valorizando
semelhanças e diferenças culturais.
Analisar suas experiências cotidianas em relação a aspectos políticos,
sociais, culturais e econômicos, em diferentes temporalidades e
espacialidades.
Analisar transformações e processos sociais, espaciais, culturais e
históricos, constituídos, a partir da relação do ser humano em sociedade
com a natureza, na produção, na manutenção e no cuidado com a vida.
Desenvolver e sistematizar procedimentos de estudo e de investigação,
usando conhecimentos das Ciências Humanas para interpretar e
expressar saberes, sentimentos, crenças e dúvidas na descoberta de si
mesmo e na relação com outras pessoas.
223
GEOGRAFIA
224
GEOGRAFIA
Os saberes geográficos
historicamente constituídos foram
sistematizados como produção científica
a partir do século XIX, muito depois de
terem sido aplicados em investigações
sobre forma e tamanho da Terra, relações
entre cheias de rios, estações do ano,
áreas cultiváveis; investigações e
registros em grandes viagens e de
eventos gerados nas relações entre sociedades e entre estas e a natureza.
Como ciência, a Geografia se tornou um campo de saber interessado nas inter-
relações dinâmicas entre elementos humanos e não humanos, materiais e
imateriais, em sua distribuição pelo mundo, o que constitui o espaço geográfico,
em construção constante.
Analisar o espaço geográfico, categoria central da ciência geográfica,
proporciona a compreensão de como diferentes grupos de pessoas relacionam-
se entre si e com o meio, constituindo espacialidades, ao mesmo tempo em que
são constituídas por elas. Fazer a Geografia acontecer como saber importante
para os estudantes, na escola contemporânea, implica torná-la presente no
cotidiano de crianças, de jovens e de adultos, provocando questionamentos,
observações e análises como novas aprendizagens, intervenções e proposições
para situações de suas vidas.
O diversificado conjunto de conhecimentos que atravessa a Geografia
escolar permite articulá-los a outros componentes curriculares. À Matemática,
em raciocínios de extensão, de proporção, de cálculos em escalas, de
quantificações em taxas populacionais; de medições em altitudes, alturas e
profundidades, por exemplo. Às Ciências da Natureza, na compreensão sobre
processos climáticos, geomorfológicos, geológicos, astronômicos e na análise
ambiental, entre outras aprendizagens. Às Linguagens, na exploração de
225
registros verbais, imagéticos, corporais e outros, articula a criação de geografias
em obras culturais, tanto comunicativas como expressivas. Nas Ciências
Humanas, se estreitam as relações entre questões conceituais da Geografia e
outros componentes curriculares a partir de problemáticas atuais como violência,
diversidades sociais, trânsito, sustentabilidade, tecnologia, miséria, exclusão,
trabalho, lazer, entre outras questões que necessitam de aportes sociológicos,
filosóficos, históricos e geográficos, para não se tornarem ensaios fragmentados
na leitura do contexto em que se inserem e que acontecem.
Na escola, lugar onde o estudante se reinventa em sua particularidade,
experimenta, cria e produz saberes na coletividade, destaca-se a construção de
referenciais geográficos que lhe permitem localizar-se e orientar-se no mundo,
tendo como horizonte um futuro, sempre em construção, do qual é protagonista.
“Localizar-se” implica saber ler e compreender o meio no qual se insere, em
variadas escalas, e “orientar-se” implica articular suas leituras e suas
compreensões, como ser ativo frente às possibilidades que constrói e das quais
se apropria.
Os estudantes experimentam o espaço a partir de seus lugares de
vivência, seja direta ou virtualmente, avançando para recortes mais amplos.
Esses recortes, que podem ser explorados a partir do contexto de diferentes
lugares, podem ser bairros ou conjuntos de bairros, comunidades rurais, aldeias,
quilombos. Podem ou não
coincidir com unidades
político-administrativas, uma
vez que é considerada a
espacialidade dos grupos que
compõem o tecido social local
e que reverberam no
conteúdo escolar. Embora se
adote sempre um recorte
espacial específico como
referência para abordagem de
um determinado conhecimento, a
EMEB RITA AUXILIADORA
226
relação com o espaço mundial e com o lugar onde se vive é constante,
estabelecendo conexões entre dimensões próximas e distantes.
OBJETIVOS GERAIS
Espera-se que os estudantes
construam um conjunto de conhecimentos
referentes a conceitos, procedimentos e
atitudes relacionados à Geografia, que
lhes permitam ser capazes de:
Conhecer a organização do
Espaço Geográfico e o funcionamento
da natureza em suas múltiplas relações,
de modo a compreender o papel das
sociedades em sua construção e na
produção do território, da paisagem e do lugar;
Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas
consequências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir
referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões
socioambientais locais;
Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos
estudados em suas dinâmicas e interações;
Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos,
os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são
conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por
todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em
democratizá-las;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de
construção, identificando suas relações, problemas e contradições;
Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes
de informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o
227
espaço geográfico e as diferentes paisagens;
Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e
representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;
228
4º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Características do espaço do campo e da cidade; O Município; Uso do solo no campo: agricultura e agroindústria, Agricultura e Extrativismo; Produtos produzidos no campo: Principais produtos produzidos no nosso Estado; Uso do solo na cidade: Habitações, Indústrias, Serviços; Interdependência entre o Espaço Urbano e o Espaço Rural; Características físicas da cidade – sítio urbano, Periferia, relevo, hidrografia (rios, córregos, bacia hidrográfica), vegetação natural; Problemas urbanos; Interdependência bairro/centro; Diversidade étnica e cultural no município; O Município de Várzea Grande Espaço de circulação no município: Vias de acesso ao interior, estradas vicinais; Vias ou rodovias de acesso aos municípios limítrofes e outras regiões do estado e estados vizinhos; Organização das vias de trânsito: avenidas, vias preferenciais, locais de uso especifico para pessoas com necessidades especiais, ciclovia, etc.
Conhecer as características da paisagem rural e da paisagem urbana; Entender o conceito de Município; Conhecer as atividades econômicas desenvolvidas da Zona Rural do Município; Conhecer os principais produtos agrícolas produzidos por Mato Grosso; Identificar diferentes meios de transporte e comunicação e sua importância para o desenvolvimento do lugar. Identificar os diferentes tipos de moradia no município. Identificar a interpendência entre o Espaço Rural e o Espaço Rural; Identificar os principais aspectos físicos das Cidades, principalmente de Várzea Grande; Identificar a formação da população do município; Relacionar semelhanças e diferenças de vários grupos humanos no município (socioeconômico e cultural). Identificar as transformações no espaço a partir da sua ocupação. Relacionar a importância do trabalho para a ocupação do espaço. Identificar símbolos e sinais comuns à vida da cidade. Identificar as diferentes paisagens que compõem o município (natural e cultural). Diferenciar espaço urbano e rural identificando seus elementos naturais e artificiais. Identificar a organização política e administrativa do município onde mora. Identificar os principais meios de transportes utilizados no município e os problemas relacionados a eles. Identificar atividades profissionais importantes no cotidiano da cidade. Associar profissões/serviços às diferentes áreas urbanas. Entender como está organizado o trânsito nas cidades Compreender como funciona o trânsito nas cidades; Saber quais são os direitos e deveres de cada cidadão diante do transito;
O Planeta onde vivemos; Conhecendo o Planeta Terra; Continentes e Oceanos;
Identificar o Planeta Terra como parte do Sistema Solar; Compreender que a vida na Terra depende da existência de água da luz e do calor solar e da atmosfera; Reconhecer as principais fontes de água do Planeta e a importância da atmosfera para a manutenção da vida; Conhecer a estrutura do Planeta Terra; Identificar as camadas que compõem o Planeta Terra; Relacionar a ocorrência de vulcões e terremotos à dinâmica interna da Terra; Compreender que o Planeta Terra é formado por oceanos e continentes; Conhecer as proporções de Terra e Água existentes no Planeta, bem como as proporções de água doce e de água salgada; Identificar e localizar os Continentes e os Oceanos;
229
Vivendo na Cidade; Vivendo no Campo; Conhecendo a População Brasileira; A formação inicial da População Brasileira; A Vinda dos Imigrantes; A Diversidade cultural Brasileira; Formação da População do Munício de Várzea Grande;
Compreender as vantagens e desvantagens de se viver no espaço rural e no espaço urbano; Entender os conceitos de população e densidade demográfica; Reconhecer algumas características da População Brasileira; Identificar os principais fatores que levaram ao aumento da população urbana no Brasil; Ler e interpretar o mapa da densidade demográfica do Brasil; Entender que a população brasileira é resultado da miscigenação de diferentes povos; Compreender o processo de formação inicial da população brasileira; Reconhecer os povos indígenas como os primeiros habitantes do Brasil; Reconhecer a Luta dos indígenas na manutenção da própria existência e na preservação de sua cultura; Compreender que a vinda dos africanos para o Brasil configura-se como uma migração forçada; Refletir sobre o preconceito e a discriminação racial ainda presentes em nosso cotidiano; Entender como se deu a formação da população de Várzea Grande; Identificar a importância dos Quilombos para a formação do território e da cultura de Várzea Grande; Identificar os povos indígenas que viviam no território várzea-grandense;
Os Pontos Cardeais O que os mapas representam; A Linguagem Cartográfica; A importância da produção de Mapas; As Convenções Cartográficas; Fotografias, Plantas e Maquetes; Localização do Município, do Estado de Mato Grosso e do Mundo no Mapa-múndi; Planisfério e Globo Terrestre; Mapas Temáticos; Construção de Maquetes, Plantas e Legendas; Escala; Ampliação e variação de Escala; Escala Numérica e Escala Gráfica;
Identificar os pontos cardeais, utilizando diferentes referências (sol/corpo). Ler, interpretar e representar o Espaço usando mapas, atlas e globo terrestre; Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica e em outras formas de representação de espaço, como fotografias aéreas, plantas, maquetes entre outras; Descrever lugares de sua escola, casa, quarteirão, bairro, cidade, município a partir da representação em mapas, utilizando-se de legendas; Compreender que as plantas e os mapas são representações de um espaço, elaboradas em tamanho reduzido, a partir da visão vertical (visão de cima para baixo); Descrever itinerários, utilizando-se de mapas; Reconhecer que a partir dos mapas é possível conhecer detalhes de lugares próximos ou distantes, planejar ações, compreender o espaço geográfico e suas alterações; Identificar os mapas como meio de comunicação da representação gráfico do espaço geográfico; Representar e interpretar informações sobre diferentes paisagens, utilizando procedimentos convencionais da linguagem cartográfica; Localizar o Município de Várzea Grande, o Estado de Mato Grosso e o Brasil nos diferentes mapas e no Globo Terrestre; Produzir mapas ou roteiros simples considerando as características da linguagem cartográficas como as relações de distância, direção e o sistema de cores de legendas; Reconhecer a importância da representação cartográfica como fonte de informação e reflexão;
Conceito de Município; Conceito de Cidade;
Compreender o Conceito de Município e de Cidade;
Localizar o município de Várzea Grande, nos mapas
230
O Município e a Cidade Onde Moro; Localização da Cidade de Várzea Grande nos mapas de Mato Grosso; Os Aspectos Geográficos de Várzea Grande; Atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do Município e da Cidade; A Organização Político-Administrativo dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário Municipal; Serviços: atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas no Município: Saúde, Educação, Lazer, Habitação, Segurança, Transporte, Telecomunicações, Tratamento de água e esgoto, energia elétrica e outras; Os aspectos geográficos do Estado de Mato Grosso; Localização de Mato Grosso e seus Municípios; A realidade socioeconômica de Mato Grosso: O Brasil: país da América do Sul; Brasil; Unidades Federativas e regiões;
do Brasil e de Mato Grosso;
Perceber o Município como lugar de vivência
imediata e simultaneamente, parte de uma realidade
mais ampla: o Estado – o Município faz parte do
território do Estado;
Ler e comparar os mapas do Município de Várzea
Grande, de Mato Grosso e do Brasil;
Conhecer os aspectos geográficos do Município de
Várzea Grande;
Identificar as principais atividades econômicas,
sociais, administrativas e culturais do Município.
Compreender a organização, o papel e a atuação dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em
defesa dos interesses do Município;
Compreender que as atividades de prestação de
serviços relacionadas à Saúde, Educação, Lazer,
Habitação, Segurança, Transporte,
Telecomunicações, Tratamento de água e esgoto,
energia elétrica e
outras são atividades essenciais à satisfação das
necessidades humanas;
Identificar os principais dos Municípios e da Cidade
onde mora, relacionados à Saúde, Educação, Lazer,
Habitação, Segurança, Transporte,
Telecomunicações, Tratamento de água e esgoto,
energia elétrica e outras e a possibilidade para a
minimização desses problemas;
Reconhecer a importância do pagamento de
impostos como garantia das atividades essenciais na
satisfação das necessidades humanas;
Compreender Mato Grosso como o lugar onde vive e
convive a população mato-grossense;
Conhecer os aspectos geográficos de nosso Estado,
como localização, área, população, clima, relevo;
Identificar a partir do mapa politico do Brasil e dos
pontos cardeais e colaterais os estados e Pais
vizinhos de Mato Grosso;
Entender o Estado de Mato Grosso como parte de
uma realidade mais complexa – o Brasil;
Identificar no mapa do Brasil a localização de Mato
Grosso e sua capital;
Reconhecer a divisão politica de Mato Grosso;
Destacar na formação e desenvolvimento do Estado
o papel da agricultura e da mineração;
Identificar a América do Sul e os países que
compõem;
Reconhecer o país como um dos países da América
do Sul;
Receber a diversidade cultural e paisagista da
América do Sul com base na leitura de imagens;
Conhecer o mapa politico da América do Sul;
Conhecer a organização politica do Brasil;
231
5º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Formação da População Mato-Grossense;
A população Mato-grossense e sua dinâmica;
As diversas paisagens do Brasil;
A população Brasileira;
A construção do espaço brasileiro.
Um país de migrações.
Um país com muitas desigualdades.
Êxodo Rural;
Entender como os três grupos étnicos: Índio, Branco
e Negro deram origem ao povo mato-grossense;
Entender como se deu a dinâmica da população
dentro do território de Mato Grosso;
Reconhecer como se deu a migração para o nosso
estado e como isso foi responsável pelo aumento da
População para o Estado;
Saber quais os eventos históricos foram
responsáveis pela grande migração para o Estado
de Mato Groso;
Conhecer e compreender a diversidade de
paisagens no Brasil;
Conhecer a diversidade da população brasileira; Identificar a contribuição de povos indígenas, africanos e imigrantes na formação da população brasileira; Reconhecer as marcas do trabalho como criadoras de diferentes formas de organização social. Identificar a relação entre a composição da população brasileira e a organização do espaço. Ler e iniciar correlações entre informações a partir dos mapas. Identificar a composição do povo brasileiro. Identificar as desigualdades sociais em nosso país. Relacionar crescimento populacional e urbanização. Valorizar a educação como um dos elementos fundamentais para a redução das desigualdades sociais. Entender o conceito de Êxodo Rural; Identificar quais são as causas do Êxodo Rural; Ler e iniciar a correlação de informações a partir de
mapas.
A cultura Brasileira: Uma rica mistura de várias culturas; Brasil: um país de contrastes sociais; População Brasileira, mistura de povos e culturas; regionalidade. A influência dos modos afrodescendentes e indígenas nas culturas urbanas e rurais. Minorias Étnicas. Sociedades rurais, quilombolas, indígenas, urbanas e periféricas. O Mundo que queremos; A influência dos Negros na Cultura de Várzea Grande;
Conhecer e compreender a formação da cultura brasileira; Identificar os elementos étnicos que influenciaram na formação da cultura brasileira; Perceber os traços socioculturais deixados pelos povos que formaram a população brasileira; Perceber os contrastes sociais existentes no Brasil; Reconhecer que a desigualdade social no Brasil é reflexo da má distribuição da renda; Adquirir uma postura critica a respeito do problema da desigualdade social no país; Destacar a heterogeneidade dos habitantes do Brasil e o processo histórico que proporcionou essa grande miscigenação; Observar a vasta diversidade cultural existente no Brasil; Promover no aluno o sentimento de valorização cultural do País; Reconhecer e respeitar as diferentes culturas, mostrando que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra; Conhecer diferentes processos da natureza, identificando neles semelhanças e diferenças nos hábitos cotidianos de modos de produção e expressão cultural de grupos campesinos e urbanos. Compreender as diferenças e semelhanças entre grupos étnicos e sociais, que lutam e lutaram no passado por causas políticas, sociais, culturais, étnicas ou econômicas.
232
Reconhecer alguns direitos da Declaração Universal dos Direitos das Crianças; Identificar situações do cotidiano que estejam relacionados aos direitos universais das crianças; Conhecer a colaboração dos negros na cultura de Várzea Grande;
O que os mapas representam; A linguagem, a importância e a produção de mapas; A linguagem e importância e a produção de mapas; Convenções; Fotografias, Plantas e Maquetes Elementos de um mapa; Legenda; Imagens de Satélites; Limites e fronteiras; Planta e Mapa do Município de Várzea Grande;
Ler, interpretar e representar o espaço usando mapas, atlas e o globo terrestre. Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica e em outras formas de representação de espaço, como fotografias aéreas, plantas, maquetes entre outras. Compreender que as plantas e os mapas são representações de um espaço, elaboradas em tamanho reduzido, a partir da visão vertical (visão de cima para baixo). Reconhecer a importância dos mapas, Plantas e Legendas; Identificar elementos de um mapa; Elaborar legendas simples; Entender como são obtidas as imagens de satélites e sua utilização; Localizar o município de Várzea Grande, no Estado, País e Continente; Elaborar Plantas e mapas do município de Várzea Grande; Diferenciar conceitos de Limites e Fronteiras;
As Regiões Brasileiras: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Norte; Critérios para Regionalização das Regiões Brasileiras; Os Estados Brasileiros e suas capitais; Aspectos Regionais do Brasil; População; Território; Hidrografia; Relevo; Clima; Vegetação; Recursos Vegetais e Fontes de Energia; Aspectos Econômicos; Diversidade Cultural Regional; Características Sociais; A Industrialização; Meios de transporte;
Identificar no mapa as unidades politico-administrativas da Federação Brasileira; Conhecer aspectos da população brasileira e como ela se distribui no território. - As regiões brasileiras: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Norte; Identificar a população urbana e a população rural do Brasil; Perceber a evolução da população urbana e diminuição da população rural no país; Interpretar tabelas e gráficos para se informar sobre a população do Brasil; Interpretar as diferentes divisões regionais do Brasil, levando em conta os critérios usados nessa regionalização; Reconhecer, a partir da interpretação de informações, os aspectos que caracterizam cada região brasileira; Identificar os estados que formam cada região brasileira e suas respectivas capitais; Identificar a extensão territorial e a população de cada região: - Aspectos regionais do Brasil: População; Território; Hidrografia, Relevo, Clima e Vegetação; Recursos vegetais e fontes de energia; Aspectos econômicos; Diversidade cultural Regional; Características sociais; a industrialização; Transporte e meios de comunicação. Identificar a altitude da maior parte de cada região. Identificar o maior rio que banha as terras de cada região. Reconhecer a cobertura vegetal predominante em cada região. Descrever as principais atividades econômicas desenvolvidas em cada região. Classificar a população dos estados de cada região brasileira, do mais para o menos; Identificar em cada região brasileira a expectativa de vida dos seus habitantes. Identificar os principais problemas enfrentados por
233
cada região e as possíveis soluções para resolver esses problemas Compreender particularidades relacionadas aos aspectos naturais e sociais das regiões brasileiras e ampliar seu entendimento sobre essas regiões, considerando que não são áreas homogêneas, mas que guardam grande diversidade. Compreender a realidade, percebendo suas semelhanças, diferenças e desigualdades sociais e discutir propostas para sua transformação.
Estudando os Aspectos Físicos de Várzea Grande (Clima, Relevo, Hidrografia e Vegetação
Identificar os principais aspectos físicos da Geografia de Várzea Grande;
Os principais impactos ambientais: No Cerrado; No Pantanal; Na Floresta Amazônica; Pampa Gaúcho: Ambiente ameaçado; Os Principais Problemas Ambientais em Várzea Grande;
Conhecer os efeitos da devastação do Cerrado, da Mata Floresta Amazônica e do Pantanal e discutir alternativas de preservação.; Compreender que a Floresta Amazônica é autossustentável; Reconhecer a importância que evitar a destruição da cobertura vegetal para garantir a existência da Floresta Amazônica; Compreender que a introdução de monocultura tem causado impactos no ambiente dos pampas; Saber quais são os principais problemas ambientais que ocorrem em Várzea Grande;
As atividades industriais; Os tipos de indústrias; O Setor primário; O Setor Terciário; A Distribuição dos Produtos Industrializados; Matérias Primas; As Fontes de Energia; Os Resíduos Industriais;
Compreender o que são atividades industriais; Entender quais são os tipos de indústrias; Identificar quais são as atividades dos Setores: Primário e Terciário; Compreender como é feita a distribuição dos produtos industrializados no Brasil; Identificar quais são as matérias primas utilizadas na Indústria; Entender o que são Resíduos Industriais e qual é a sua destinação;
Mato Grosso na América do Sul e no Brasil Limites de Mato Grosso; Clima de Mato Grosso; Paisagens de Mato Grosso; Tipos de Relevo de Mato Grosso; Tipos de Vegetação do de Mato Grosso; Hidrografia de Mato Grosso; Principais bacias hidrográficas de Mato Grosso; Pontos turísticos de Mato Grosso; Aspectos Geográficos de Várzea Grande;
Localizar o Estado de Mato Grosso no mapa da América do Sul e do Brasil; Identificar a extensão territorial e a população do Estado de Mato Grosso e de Várzea Grande; Bem como a População; Território; Hidrografia, Relevo, Clima e Vegetação; Recursos vegetais e fontes de energia; Aspectos econômicos; Diversidade cultural Regional;
6º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Características do espaço do campo e da cidade; O Município; Uso do solo no campo: Agricultura e Agroindústria, Agricultura e Extrativismo; Produtos produzidos no campo: Principais produtos produzidos no nosso Estado; Uso do solo na cidade: Habitações, Indústrias, Serviços; Interdependência entre o Espaço Urbano e o Espaço Rural; Características físicas da cidade – sítio urbano, Periferia, relevo, hidrografia (rios, córregos, bacia hidrográfica), vegetação natural; Problemas urbanos; Interdependência bairro/centro; Diversidade étnica e cultural no município;
Conhecer as características da paisagem rural e da paisagem urbana; Entender o conceito de Município; Conhecer as atividades econômicas desenvolvidas da Zona Rural do Município; Conhecer os principais produtos agrícolas produzidos por Mato Grosso; Identificar diferentes meios de transporte e comunicação e sua importância para o desenvolvimento do lugar. Identificar os diferentes tipos de moradia no município. Identificar a interpendência entre o Espaço Urbano e o Espaço Rural; Identificar os principais aspectos físicos das Cidades, principalmente de Várzea Grande; Identificar a formação da população do Município; Relacionar semelhanças e diferenças de vários
234
O Município de Várzea Grande Espaço de circulação no Município: Vias de acesso ao interior, estradas vicinais; Vias ou rodovias de acesso aos municípios limítrofes e outras regiões do estado e estados vizinhos; Organização das vias de trânsito: avenidas, vias preferenciais, locais de uso especifico para pessoas com necessidades especiais, ciclovia, etc.
grupos humanos no município (socioeconômico e cultural). Identificar as transformações no espaço a partir da sua ocupação. Relacionar a importância do trabalho para a ocupação do espaço. Identificar símbolos e sinais comuns à vida da cidade. Identificar as diferentes paisagens que compõem o município (natural e cultural). Diferenciar espaço urbano e rural identificando seus elementos naturais e artificiais. Identificar a organização política e administrativa do município onde mora. Identificar os principais meios de transportes utilizados no município e os problemas relacionados a eles. Identificar atividades profissionais importantes no cotidiano da cidade. Associar profissões/serviços às diferentes áreas urbanas. Entender como está organizado o trânsito nas cidades. Compreender como funciona o trânsito nas cidades; Saber quais são os direitos e deveres de cada cidadão diante do transito;
O Planeta onde vivemos; Conhecendo o Planeta Terra; Continentes e Oceanos;
Identificar o Planeta Terra como parte do Sistema Solar; Compreender que a vida na Terra depende da existência de água, da luz, do calor solar e da atmosfera; Reconhecer as principais fontes de água do Planeta e a importância da atmosfera para a manutenção da vida; Conhecer a estrutura do Planeta Terra; Identificar as camadas que compõem o Planeta Terra; Relacionar a ocorrência de vulcões e terremotos à dinâmica interna da Terra; Compreender que o Planeta Terra é formado por oceanos e continentes; Conhecer as proporções de Terra e Água existentes no Planeta, bem como as proporções de água doce e de água salgada; Identificar e localizar os Continentes e os Oceanos;
Vivendo na Cidade; Vivendo no Campo; Conhecendo a População Brasileira; A formação inicial da População Brasileira; A Vinda dos Imigrantes; A Diversidade cultural Brasileira; Formação da População do Munício de Várzea Grande;
Compreender as vantagens e desvantagens de se viver no espaço rural e no espaço urbano; Entender os conceitos de população e densidade demográfica; Reconhecer algumas características da População Brasileira; Identificar os principais fatores que levaram ao aumento da população urbana no Brasil; Ler e interpretar o mapa da densidade demográfica do Brasil; Entender que a população brasileira é resultado da miscigenação de diferentes povos; Compreender o processo de formação inicial da população brasileira; Reconhecer os povos indígenas como os primeiros habitantes do Brasil; Reconhecer a luta dos indígenas na manutenção da própria existência e na preservação de sua cultura; Compreender que a vinda dos africanos para o Brasil configura-se como uma migração forçada;
235
Refletir sobre o preconceito e a discriminação racial ainda presentes em nosso cotidiano; Entender como se deu a formação da população de Várzea Grande; Identificar a importância dos Quilombos para a formação do território e da cultura de Várzea Grande; Identificar os povos indígenas que viviam no território várzea-grandense;
Os Pontos Cardeais O que os mapas representam; A Linguagem Cartográfica; A importância da produção de Mapas; As Convenções Cartográficas; Fotografias, Plantas e Maquetes; Localização do Município, do Estado de Mato Grosso e do Mundo no Mapa-múndi; Planisfério e Globo Terrestre; Mapas Temáticos; Construção de Maquetes, Plantas e Legendas; Escala; Ampliação e variação de Escala; Escala Numérica e Escala Gráfica;
Identificar os pontos cardeais, utilizando diferentes referências (sol/corpo). Ler, interpretar e representar o Espaço usando mapas, atlas e globo terrestre; Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica e em outras formas de representação de espaço, como fotografias aéreas, plantas, maquetes, entre outras; Descrever lugares de sua escola, casa, quarteirão, bairro, cidade, município a partir da representação em mapas, utilizando-se de legendas; Compreender que as plantas e os mapas são representações de um espaço, elaboradas em tamanho reduzido, a partir da visão vertical (visão de cima para baixo); Descrever itinerários, utilizando-se de mapas; Reconhecer que, a partir dos mapas, é possível conhecer detalhes de lugares próximos ou distantes, planejar ações, compreender o espaço geográfico e suas alterações; Identificar os mapas como meio de comunicação da representação gráfica do espaço geográfico; Representar e interpretar informações sobre diferentes paisagens, utilizando procedimentos convencionais da linguagem cartográfica; Localizar o Município de Várzea Grande, o Estado de Mato Grosso e o Brasil nos diferentes mapas e no Globo Terrestre; Produzir mapas ou roteiros simples considerando as características da linguagem cartográfica como as relações de distância, direção e o sistema de cores de legendas; Reconhecer a importância da representação cartográfica como fonte de informação e reflexão;
Conceito de Município; Conceito de Cidade; O Município e a Cidade onde moro; Localização da Cidade de Várzea Grande nos mapas de Mato Grosso; Os Aspectos Geográficos de Várzea Grande; Atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do Município e da Cidade; A Organização Político-Administrativa dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário Municipal; Serviços: atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas no Município: Saúde, Educação, Lazer, Habitação, Segurança, Transporte, Telecomunicações, Tratamento de água e esgoto, energia elétrica e outras; Os aspectos geográficos do Estado de Mato Grosso; Localização de Mato Grosso e seus Municípios; A realidade socioeconômica de Mato Grosso: O Brasil: país da América do Sul; Brasil: Unidades Federativas e regiões;
Compreender o Conceito de Município e de Cidade; Localizar o município de Várzea Grande, nos mapas do Brasil e de Mato Grosso; Perceber o Município como lugar de vivência imediata e, simultaneamente, parte de uma realidade mais ampla: o Estado – o Município faz parte do território do Estado; Ler e comparar os mapas do Município de Várzea Grande, de Mato Grosso e do Brasil; Conhecer os aspectos geográficos do Município de Várzea Grande; Identificar as principais atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do Município. Compreender a organização, o papel e a atuação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em defesa dos interesses do Município; Compreender que as atividades de prestação de serviços relacionadas à Saúde, Educação, Lazer, Habitação, Segurança, Transporte, Telecomunicações, Tratamento de água e esgoto, energia elétrica e outras são atividades essenciais à satisfação das necessidades humanas; Identificar os principais problemas dos Municípios e
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da Cidade onde mora, relacionados à Saúde, Educação, Lazer, Habitação, Segurança, Transporte, Telecomunicações, Tratamento de água e esgoto, energia elétrica e outras e a possibilidade para a minimização desses problemas; Reconhecer a importância do pagamento de impostos como garantia das atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas; Compreender Mato Grosso como o lugar onde vive e convive a população mato-grossense; Conhecer os aspectos geográficos de nosso Estado, como localização, área, população, clima, relevo; Identificar, a partir do mapa politico do Brasil e dos pontos cardeais e colaterais, os Estados e países vizinhos de Mato Grosso; Entender o Estado de Mato Grosso como parte de uma realidade mais complexa – o Brasil; Identificar, no mapa do Brasil, a localização de Mato Grosso e sua capital; Reconhecer a divisão politica de Mato Grosso; Destacar, na formação e desenvolvimento do Estado, o papel da agricultura e da mineração; Identificar a América do Sul e os países que compõem; Reconhecer o país como um dos países da América do Sul; Receber a diversidade cultural e paisagista da América do Sul com base na leitura de imagens; Conhecer o mapa politico da América do Sul; Conhecer a organização politica do Brasil;
7º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Formação da População Mato-Grossense; A população Mato-grossense e sua dinâmica; As diversas paisagens do Brasil; A população brasileira; A construção do espaço brasileiro. Um país de migrações. Um país com muitas desigualdades. Êxodo Rural;
Entender como os três grupos étnicos - Índio, Branco e Negro - deram origem ao povo mato-grossense; Entender como se deu a dinâmica da população dentro do território de Mato Grosso; Reconhecer como se deu a migração para o nosso Estado e como isso foi responsável pelo aumento da população para o Estado; Saber quais os eventos históricos foram responsáveis pela grande migração para o Estado de Mato Groso; Conhecer e compreender a diversidade de paisagens no Brasil; Conhecer a diversidade da população brasileira; Identificar a contribuição de povos indígenas, africanos e imigrantes na formação da população brasileira; Reconhecer as marcas do trabalho como criadoras de diferentes formas de organização social. Identificar a relação entre a composição da população brasileira e a organização do espaço. Ler e iniciar correlações entre informações a partir dos mapas. Identificar a composição do povo brasileiro. Identificar as desigualdades sociais em nosso país. Relacionar crescimento populacional e urbanização. Valorizar a educação como um dos elementos fundamentais para a redução das desigualdades sociais. Entender o conceito de Êxodo Rural; Identificar quais são as causas do Êxodo Rural; Ler e iniciar a correlação de informações a partir de mapas.
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A cultura Brasileira: Uma rica mistura de várias culturas; Brasil: um país de contrastes sociais; População Brasileira, mistura de povos e culturas; regionalidade. A influência dos modos afrodescendentes e indígenas nas culturas urbanas e rurais. Minorias Étnicas. Sociedades rurais, quilombolas, indígenas, urbanas e periféricas. O mundo que queremos; A influência dos Negros na Cultura de Várzea Grande;
Conhecer e compreender a formação da cultura brasileira; Identificar os elementos étnicos que influenciaram na formação da cultura brasileira; Perceber os traços socioculturais deixados pelos povos que formaram a população brasileira; Perceber os contrastes sociais existentes no Brasil; Reconhecer que a desigualdade social no Brasil é reflexo da má distribuição da renda; Adquirir uma postura critica a respeito do problema da desigualdade social no país; Destacar a heterogeneidade dos habitantes do Brasil e o processo histórico que proporcionou essa grande miscigenação; Observar a vasta diversidade cultural existente no Brasil; Promover, no aluno, o sentimento de valorização cultural do País; Reconhecer e respeitar as diferentes culturas, mostrando que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra; Conhecer diferentes processos da natureza, identificando neles semelhanças e diferenças nos hábitos cotidianos de modos de produção e expressão cultural de grupos campesinos e urbanos. Compreender as diferenças e semelhanças entre grupos étnicos e sociais, que lutam e lutaram no passado por causas políticas, sociais, culturais, étnicas ou econômicas. Reconhecer alguns direitos da Declaração Universal dos Direitos das Crianças; Identificar situações do cotidiano que estejam relacionados aos direitos universais das crianças; Conhecer a colaboração dos negros para a cultura de Várzea Grande;
O que os mapas representam; A linguagem, a importância e a produção de mapas; A linguagem e a importância da produção de mapas; Convenções; Fotografias, plantas e maquetes Elementos de um mapa; Legenda; Imagens de Satélites; Limites e fronteiras; Planta e Mapa do Município de Várzea Grande;
Ler, interpretar e representar o espaço usando mapas, atlas e o globo terrestre. Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica e em outras formas de representação de espaço, como fotografias aéreas, plantas, maquetes entre outras. Compreender que as plantas e os mapas são representações de um espaço, elaboradas em tamanho reduzido, a partir da visão vertical (visão de cima para baixo). Reconhecer a importância dos mapas, plantas e legendas; Identificar elementos de um mapa; Elaborar legendas simples; Entender como são obtidas as imagens de satélites e sua utilização; Localizar o município de Várzea Grande no Estado, no País e no Continente; Elaborar plantas e mapas do município de Várzea Grande; Diferenciar conceitos de limites e fronteiras;
As Regiões Brasileiras: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Norte; Critérios para Regionalização das Regiões Brasileiras; Os Estados Brasileiros e suas capitais; Aspectos regionais do Brasil; População; Território;
Identificar, no mapa, as unidades politico-administrativas da Federação Brasileira; Conhecer aspectos da população brasileira e como ela se distribui no território. - As regiões brasileiras: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Norte; Identificar a população urbana e a população rural do Brasil; Perceber a evolução da população urbana e
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Hidrografia; Relevo; Clima; Vegetação; Recursos vegetais e Fontes de Energia; Aspectos econômicos; Diversidade Cultural Regional; Características Sociais; A Industrialização; Meios de transporte;
diminuição da população rural no país; Interpretar tabelas e gráficos para se informar sobre a população do Brasil; Interpretar as diferentes divisões regionais do Brasil, levando em conta os critérios usados nessa regionalização; Reconhecer, a partir da interpretação de informações, os aspectos que caracterizam cada região brasileira; Identificar os Estados que formam cada região brasileira e suas respectivas capitais; Identificar a extensão territorial e a população de cada região. - aspectos regionais do Brasil: população, território, hidrografia/relevo; Clima e vegetação; . Recursos vegetais e fontes de energia; Aspectos econômicos; Diversidade cultural regional; Características sociais; A industrialização; - Transporte e meios de comunicação. Identificar a altitude da maior parte de cada região. Identificar o maior rio que banha as terras de cada região. Reconhecer a cobertura vegetal predominante em cada região. Descrever as principais atividades econômicas desenvolvidas em cada região. Classificar a população dos Estados de cada região brasileira, do mais para o menos; Identificar, em cada região brasileira, a expectativa de vida dos seus habitantes. Identificar os principais problemas enfrentados em cada região e as possíveis soluções para resolver esses problemas Compreender particularidades relacionadas aos aspectos naturais e sociais das regiões brasileiras e ampliar seu entendimento sobre essas regiões, considerando que não são áreas homogêneas, mas que guardam grande diversidade. Compreender a realidade, percebendo suas semelhanças, diferenças e desigualdades sociais e discutir propostas para sua transformação.
Estudando os Aspectos Físicos de Várzea Grande (Clima, Relevo, Hidrografia e Vegetação)
Identificar os principais aspectos físicos da Geografia de Várzea Grande;
Os principais impactos ambientais: No Cerrado; No Pantanal; Na Floresta Amazônica; Pampa Gaúcho: Ambiente ameaçado; Os principais problemas ambientais em Várzea Grande;
Conhecer os efeitos da devastação do Cerrado, da Mata Floresta Amazônica e do Pantanal e discutir alternativas de preservação; Compreender que a Floresta Amazônica é autossustentável; Reconhecer a importância que evitar a destruição da cobertura vegetal para garantir a existência da Floresta Amazônica; Compreender que a introdução de monocultura tem causado impactos no ambiente dos pampas; Saber quais são os principais problemas ambientais que ocorrem em Várzea Grande;
As atividades industriais; Os tipos de indústrias; O setor primário; O setor terciário; A distribuição dos produtos industrializados; Matérias-primas; As fontes de energia; Os resíduos industriais;
Compreender o que são atividades industriais; Entender quais são os tipos de indústrias; Identificar quais são as atividades dos setores primário e terciário; Compreender como é feita a distribuição dos produtos industrializados no Brasil; Identificar quais são as matérias-primas utilizadas na Indústria; Entender o que é resíduo industrial e qual a sua destinação;
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Mato Grosso na América do Sul e no Brasil: Limites de Mato Grosso; Clima de Mato Grosso; Paisagens de Mato Grosso: Tipos de Relevo de Mato Grosso; Tipos de Vegetação do de Mato Grosso; Hidrografia de Mato Grosso; Principais bacias hidrográficas de Mato Grosso; Pontos turísticos de Mato Grosso; Aspectos Geográficos de Várzea Grande;
Localizar o Estado de Mato Grosso no mapa da América do Sul e do Brasil; Identificar a extensão territorial e a população do Estado de Mato Grosso e de Várzea Grande, bem como população, território, hidrografia e relevo,
8º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
O Estado, A Nação, O Território, O País; As Grandes Guerras e a Guerra Fria; Os principais conflitos da atualidade; Terrorismo; A Economia Mundial; As Transnacionais; Os financiadores da economia mundial; Fundo Monetário Internacional (FMI); Banco Mundial; Organização Mundial do Comércio; Os Blocos Econômicos;
Conhecer a organização do espaço geográfico mundial e as relações econômicas e políticas entre as nações do planeta e entre essas e seus lugares de vivências; Compreender os dois grandes conflitos mundiais e suas consequências; Identificar os principais conflitos da atualidade; Compreender as consequências do terrorismo para o mundo; Identificar a presença de trabalho, ideias, valores culturais, tecnologias oriundos de diferentes contextos, relacionando essa presença a questões econômicas, políticas e culturais que afetam a dinâmica socioespacial em seu contexto próximo; Explorar a importância das empresas transnacionais na economia global; Abordar o papel das instituições financeiras e comerciais internacionais que auxiliam na organização e financiamento da economia global; Compreender de que modo a formação de blocos econômicos surgem como tendência para a economia mundial;
Os continentes e os oceanos O mundo dividido em: Países Capitalistas e Socialistas; Regionalização pelo nível de desenvolvimento: países desenvolvidos; países subdesenvolvidos e países subdesenvolvidos industrializados; Países do Norte e Países do Sul; Um mundo multipolar; Regionalização de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);
Sistematizar e registrar informações a partir de mapas, plantas, croquis, maquetes, tabelas, gráficos para apresentação, avaliação, análise, comparação e observações de fenômenos, fatos e processos geográficos. Identificar os continentes da Terra e localizá-lo no globo terrestre; Compreender a divisão do mundo em dois sistemas opostos de poder: Capitalismo e Socialismo; Explorar a regionalização mundial estabelecida entre países desenvolvidos, países subdesenvolvidos e países subdesenvolvidos industrializados; Compreender a divisão entre países do Norte e países do Sul; Explicitar o surgimento da Nova Ordem Mundial, advinda com o fim da bipolarização; Estabelecer o significado de IDH e sua relação com o desenvolvimento dos países;
A conquista da América pelos Europeus; A Apropriação das terras americanas pelos Europeus; Os povos nativos; Os indígenas da América do Norte; Apaches e Navajos A apropriação das terras indígenas nos Estados Unidos; Os indígenas da América Central: Os Astecas; Os Maias;
Identificar as relações entre os povos nativos do continente americano com o meio ambiente; Entender como se deu a apropriação das terras dos nativos pelos Europeus; Conhecer as principais características dos povos nativos da América; Perceber como a divisão territorial do continente africano - a chamada "partilha da África" - é uma das consequências da Segunda Revolução Industrial. Conceituar neocolonialismo, imperialismo e seus desdobramentos a partir da segunda metade do
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Os indígenas da América do Sul; O Imperialismo e a Partilha da África;
século XIX. Identificar, além da Inglaterra, quais potências europeias despontaram no cenário imperialista, passando a disputar uma região do continente africano. Entender as estratégias de dominação imperialista vinculadas aos interesses das elites africanas locais. Conhecer a postura etnocêntrica dos europeus em relação aos africanos e entender o que chamamos de "processo de aculturação".
Regionalização por critérios geográficos, históricos, culturais e socioeconômicos do Continente Americano; A Formação do território das nações americanas; As revoluções na América Central; A diversidade cultural da América Latina (afrodescendentes, elementos europeus e indígenas); A regionalização da África As fronteiras da África; A cultura africana; Os conflitos da África;
Compreender a divisão do continente americano de acordo com os aspectos geográficos; Desdobrar de que modo as diferentes formas de colonização e de desenvolvimento socioeconômico dos países americanos dividiram o Continente em América Anglo-Saxônica e América Latina; Compreender a constituição do espaço dos países anglo-saxônicos e latino-americanos; Compreender aspectos relacionados à colonização espanhola e portuguesa na América Latina e suas semelhanças e diferenças; Compreender as revoluções ocorridas na América Central e suas consequências; Compreender os aspectos relacionados à colonização sofrida pelos países da América Anglo-saxônica Compreender a diversidade cultural existente na América; Compreender a regionalização dos países africanos; Compreender como se deu o processo de colonização da África pelos países europeus; Compreender como se deu o redesenho do território africano durante a colonização; Compreender o Apartheid da África do Sul; Entender a origem e as implicações dos conflitos étnicos, econômicos, políticos e culturais na configuração de fronteiras na contemporaneidade do continente africano;
América: posição geográfica; Relevo e hidrografia na América; Clima e vegetação da América; África: posição geográfica; O deserto do Saara e a regionalização da África; Clima e vegetação africanos; Relevo e hidrografia da África; A contribuição dos povos africanos para a formação do povo e cultura do Brasil;
Localizar no mapa-múndi e no globo terrestre o território do continente americano; Saber a posição geográfica do continente americano; Compreender de que maneira o relevo e a hidrografia da América interferem nas formas de ocupação e na distribuição da população no espaço do continente; Identificar o clima e a vegetação da América; Entender a importância do deserto do Saara para a regionalização natural da África; Conhecer os fenômenos e processos geográficos do continente africano. Compreender a biodiversidade africana; Analisar o papel dos povos da África no processo de formação do povo brasileiro;
América do Norte; América Central Continental: América Central Insular: América do Sul - As Guianas: Guiana, Suriname e Guiana Francesa; América Andina; América Platina: O Brasil; Questões ambientais no Continente Americano; África
Pesquisar, em processos históricos mundiais, a formação socioespacial da América do Norte; Compreender a atualidade dos Estados Unidos; Abordar os aspectos históricos que explicam a composição da população e a economia dos Estados Unidos; Estudar os aspectos geográficos dos Estados Unidos; Estudar os aspectos geográficos do Canadá; Compreender os aspectos econômicos e estruturais do Canadá; Estudar os aspectos geográficos do México; Explorar os aspectos econômicos e populacionais do México; Pesquisar, em processos históricos mundiais, a
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formação socioespacial da América Central Continental e Insular; Entender os principais aspectos populacionais, econômicos e físicos da América Central Continental e Insular; Pesquisar os processos históricos mundiais: a formação socioespacial da América do Sul, Conhecer a regionalização da América do Sul; Estudar os aspectos geográficos das Guianas (Guiana, Suriname e Guina Francesa); Conhecer os aspectos econômicos e populacionais das Guianas (Guiana, Suriname e Guina Francesa); Estudar os aspectos geográficos e econômicos da América Andina; Compreender a influência da Cordilheira dos Andes para os países andinos; Entender os principais aspectos populacionais, econômicos e físicos dos países andinos; Estudar os aspectos geográficos da América Platina; Explorar os aspectos econômicos e populacionais da América Platina; Explorar as características físicas e históricas da América Platina; Compreender os principais aspectos populacionais, econômicos e físicos dos Países Platinos; Explorar o papel da diplomacia brasileira na busca por maior participação na política e economia mundial; Compreender o movimento populacional da África e suas características; Compreender as causas e razões do subdesenvolvimento do continente africano; Compreender o papel das transnacionais no controle e exploração dos recursos africanos; Identificar as características da agropecuária desenvolvida na África; Saber quais são os recursos minerais explorados na África; Compreender a importância da mineração para a economia africana; Saber quais são os principais blocos econômicos africanos; Compreender as questões ambientais africanas;
9º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
A Globalização e seus efeitos; Globalização e meio ambiente; Globalização e direitos humanos; Tecnologia e conhecimento na globalização
Entender a globalização de forma contextualizada no espaço e no tempo; Identificar a presença de trabalho, ideias, valores culturais, tecnologias oriundos de diferentes contextos na organização do espaço. Analisar a primeira, a segunda e terceira Revolução Industrial e suas consequências no processo de industrialização mundial; Compreender a era técnico–científica informacional relacionando-a com o desenvolvimento dos meios de comunicação e de transporte;
Globalização e organizações econômicas; Principais blocos econômicos; Blocos regionais e interesses nacionais; As Transnacionais; Petrobrás: Uma transnacional brasileira; Os financiadores da economia mundial; Comércio: conflito de interesses entre países ricos e países pobres;
Identificar arranjos e acordos internacionais econômicos, analisando seus desdobramentos nos lugares de vivências e no Brasil; Identificar e entender as principais características do comércio mundial; Compreender os objetivos e as características dos principais blocos econômicos e os acordos entre grupos de países; Entender o conceito de Transnacionais;
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Identificar a Petrobrás como uma transnacional do Brasil; Identificar as agências responsáveis pelo financiamento da economia mundial;
Europa; Ásia; Oceania; Regiões polares:
Compreender a origem de problemas sociais, culturais e políticos que afetam a Europa; Compreender a variedade étnica, linguística e cultural da Europa; Conhecer as características da população europeia de acordo com as migrações; Compreender a origem de problemas sociais, ambientais, culturais e políticos que afetam a Ásia; Entender o contraste da distribuição da população no continente asiático; Conhecer as principais politicas de controle demográfico desenvolvidas no continente asiático; Entender a grande diversidade cultural e religiosa do continente asiático; Explorar o aspecto religioso asiático, demonstrando a importância dessa região para as três maiores religiões do mundo: O Cristianismo, o Islamismo e Hinduísmo; Conhecer os conflitos do Oriente Médio; Pesquisar, em processos históricos mundiais, a formação socioespacial da Oceania. Perceber as consequências da colonização europeia para a população nativa da Oceania; Conhecer como funciona a Geopolítica do Ártico; Conhecer os principais povos que vivem no Ártico; Conhecer a importância geopolítica do Ártico;
A Europa Ocidental; Leste Europeu e CEI - Comunidade dos Estados Independentes – A Europa Oriental e o Socialismo; Europa Oriental: economia e sociedade; O fim da Iugoslávia e a formação das repúblicas bálticas; Os Conflitos na Europa; Regionalização da Ásia; Rússia: um país em transição; O Japão e os Tigres Asiáticos; A Índia; Geopolítica regional: Caxemira; Paquistão; Oriente Médio – o fundamentalismo religioso; O Estado de Israel; A questão palestina; A Criação da Organização da Libertação da Palestina (OLP); A autoridade nacional palestina; Curdistão – a luta por um estado curdo; O Irã – a revolução islâmica; A guerra Irã e Iraque;
Relacionar a industrialização clássica na Europa com as características atuais do continente; Compreender as características gerais dos países da Europa Ocidental; Compreender a historicidade da divisão leste e oeste europeu, verificando suas raízes culturais; Compreender as principais características de transformação da Iugoslávia; Analisar os conflitos separatistas existentes em algumas regiões europeias; Explorar de que modo a dominação russa e soviética desdobrou na Europa Oriental; Entender quais os eventos históricos que levaram à criação da CEI; Identificar quais os países que formam a CEI e suas relações comerciais; Compreender a economia e o desenvolvimento social da Europa Oriental; Compreender os aspectos geográficos e econômicos da Rússia após a queda do socialismo; Entender o processo de regionalização da Ásia; Reconhecer e caracterizar as cinco sub-regiões asiáticas; Compreender os aspectos geográficos e econômicos do Japão e dos Tigres Asiáticos; Entender o conceito de Tigres Asiáticos; Compreender os aspectos geográficos e econômicos da Índia; Compreender o recém-desenvolvimento da Índia; Caracterizar a importância geopolítica da Ásia Central; Compreender o processo de formação dos Estados Nacionais do Oriente Médio; Identificar as origens e as causas dos conflitos que ocorrem no Oriente Médio; Analisar criticamente a questão palestina, o
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movimento em prol da criação do Curdistão e o contexto geopolítico que envolve o Irã;
Ocupação do território da Europa; Os limites do continente europeu; Um continente integrado ao mundo: ilhas, mares e penínsulas; Quadro natural: relevo, clima e as paisagens; hidrografia; Relevo e os rios asiáticos; Clima e vegetação; Oceania Características naturais da Oceania; Regiões polares; Características naturais das regiões polares;
Compreender os aspectos geográficos do continente europeu; Conhecer os aspectos físicos do continente europeu: vegetação, relevo, hidrografia, clima; Identificar o uso da rede hídrica europeia; Conhecer as características naturais do continente asiático; Identificar a relação entre a distribuição da ocupação humana e as características naturais do território asiático; Pesquisar os processos históricos mundiais que originaram a formação socioespacial da Oceania. Conhecer os aspectos naturais da Oceania e perceber como influenciaram o povoamento do território; Conhecer os aspectos naturais do Ártico e da Antártida e suas especificidades;
A economia europeia; A união europeia; Os problemas ambientais da Europa; A crise do socialismo e o fim da bipolarização; A economia do continente asiático; A questão ambiental na China; A poluição das águas na China; Oceania - O comércio internacional e economia; Economia da Austrália e da Nova Zelândia;
Compreender a competitividade da economia europeia; Identificar as principais características dos setores: primário, secundário e terciário europeu; Compreender os diferentes níveis de desenvolvimento dos países da Europa; Entender como se deu o processo histórico de construção da união europeia; Identificar quais são as politicas sociais desenvolvidas na União Europeia; Saber quais são as principais instituições da União Europeia ; Saber quais são as Politicas Comuns da União Europeia; Identificar e conhecer a origem de problemas ambientais que afetam a Europa, manifestando posicionamento crítico em relação a eles. Discutir a crise no Socialismo e o consequente fim da Guerra Fria; Compreender o crescimento econômico asiático; Compreender a importância do desenvolvimento da agricultura para os países asiáticos; Saber quais são os principais recursos minerais explorados no continente asiático; Identificar as principais características do setor industrial da Ásia; Analisar o antagonismo entre o desenvolvimento industrial e o meio ambiente na China; Compreender as principais características do Comércio Internacional e da Economia da Oceania; Discutir os principais aspectos econômicos da Austrália e da Nova Zelândia;
Regiões Polares – As regiões Ártica e Antártica: Os extremos da Terra; A Região Ártica; Antártida e o Continente Gelado; Problemas ambientais das regiões polares;
Os desafios da ciência nas Regiões Polares; Geopolítica do Ártico;
Pesquisar em processos históricos mundiais a formação socioespacial das regiões polares – Ártica e Antártica, Compreender os aspectos geográficos e econômicos das regiões polares. Discutir os aspectos físicos e os problemas advindos de ocupação humana nas regiões Ártica e Antártica; Compreender de que modo se opera as atividades cientificas na Antártica e no Ártico; Identificar as consequências do aquecimento global para as regiões polares; Conhecer a importância geopolítica do Ártico.
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HISTÓRIA
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HISTÓRIA
O componente curricular
de História faz parte de Ciências
Humanas, devendo articular-se com
Filosofia, Sociologia e Geografia.
Estas áreas do conhecimento, na
construção dos saberes, precisam
respeitar, em primeiro lugar, a
pluralidade dos estudantes e seus
diferentes olhares sobre a realidade
em que vivem. Considerando esse
princípio, a valorização das
diferenças culturais dos envolvidos no processo de aquisição de conhecimento
aponta dimensões da vida quanto à percepção do sujeito, das relações sociais e
do meio ambiente que devem ser valorizadas na definição dos currículos.
Dessa forma, ao integrar os campos disciplinares, o conjunto dessas
ciências contribui para uma formação que permita ao jovem estudante
compreender as relações entre sociedades diferentes, na perspectiva cultural e
no entendimento do que norteia sua identidade. Perceber-se integrante,
dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e
as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio em que
vive, com posicionamentos críticos e como sujeito ativo.
O currículo de história deve permitir que o aluno possa posicionar-se de
maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais,
utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.
Reiterando os princípios dos PCNs, à História compete “favorecer a
formação do estudante como cidadão, para que assuma formas de participação
social, política e atitudes críticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir
os limites e as possibilidades de sua atuação, na permanência ou na
transformação da realidade histórica na qual se insere”.
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Dessa forma, o ponto de partida deve ser o sujeito em formação, desde
suas relações sociais locais até se chegar às relações globais.
O currículo de história possui um vasto conteúdo e se divide entre os anos
iniciais e finais, respeitando o modelo tradicional dos recortes temporais, como:
pré-história, história antiga, idade média, moderna e contemporânea, devendo ser
problematizado com o mundo atual. Desse modo, o ensino deve ser
fundamentado com métodos e metodologias de ensino e recursos didáticos,
principalmente para valorizar o estudante como sujeito ativo no processo de
aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS
Identificar o próprio grupo de convívio e as relações com outros tempos e
espaços;
Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permita localizar
acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular
explicações para algumas questões do presente e do passado;
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em
diversos tempos e espaços em suas manifestações culturais, econômicas,
politicas e sociais, reconhecendo
semelhanças e diferenças entre
eles;
Reconhecer mudanças e
permanências nas vivências
humanas, presentes na sua
realidade e em outras
comunidades, próximas ou
distantes;
Questionar sua realidade,
identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas
possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação politicas
institucionais e organizações coletivas da sociedade civil, às vistas de seu
compromisso ético;
Utilizar métodos de pesquisa e de produção de texto de conteúdo
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histórico, aprendendo a ler diferentes registros iconográficos e sonoros;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um
elemento de fortalecimento da democracia.
4° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
História de Várzea Grande Modo de vida: trabalho e cultura; Processo de ocupação; Período Imperial/Guerra do Paraguai; Os primeiros povos: Mato Grosso e Várzea Grande; O africano no Brasil; O trabalho negro; A vida nos Quilombos;
Conhecer o processo de construção da história de Várzea Grande; Valorizar os diferentes agentes históricos envolvidos nessa construção; Identificar fatos históricos importantes que contribuíram para a formação do Munícipio; Identificar, no mapa de Mato Grosso, o município de Várzea Grande;
Origem da família do estudante no contexto histórico-municipal;
Perceber em que contexto migratório a sua família se enquadra;
Influência do passado histórico na ocupação do século XX e XXI – Consequências nas suas organizações: Bairros; Regiões; Zonas; Setores;
Enumerar a forma de organização da cidade, seus pontos positivos e negativos;
Campo e cidade: modos de vida diferentes
Reconhecer as diferenças entre a vida no campo e na cidade; Compreender as principais características da zona rural e da zona urbana;
Declaração Universal dos Direitos da Criança: Origem; Implementação; Situação atual no Município, Estado, Brasil e Mundo;
Conhecer a Declaração Universal dos Direitos da Criança; Identificar seu efetivo cumprimento;
Convivência social no espaço escolar Criação, pelos estudantes, de regras de convivência;
Valorizar a sua contribuição para a sociedade brasileira; Reconhecer a importância desses conceitos para uma convivência com respeito ao diferente; Construir regras de convivência.
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5° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Território brasileiro e sua ocupação: Brasil antes da conquista europeia; Povos que aqui viviam;
Reconhecer e valorizar a herança cultural dos povos indígenas;
Povos africanos e sua história:
Reconhecer o continente africano como berço da humanidade; Conhecer os diferentes reinos africanos; Valorizar as técnicas de trabalho trazidas pelos africanos para o Brasil; Discutir sobre as diferentes contribuições dos negros para a cultura brasileira;
Vinda da família real para o Brasil; Descrever a vinda da família real para o Brasil;
A Independência e o Império Descrever como se deu o processo de Independência do Brasil; Conhecer as principais características do período Imperial brasileiro;
Período Republicano: Conhecer as principais características do período Republicano brasileiro;
Brasil na atualidade
Reconhecer a história dos povos que contribuíram para a formação da identidade brasileira; Destacar cada povo e sua contribuição; Valorizar os diferentes aspectos culturais do Brasil;
6° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Introdução ao ensino de história O trabalho do historiador; O tempo e a história;
Compreender a história como ciência que estuda as ações humanas ao longo do tempo; Analisar diferentes fontes históricas; Perceber relações entre passado e presente para a compreensão da História. Diferenciar os conceitos de fontes históricas, sujeitos históricos e tempo históricos; Classificar acontecimentos de curta, média e longa duração; Identificar acontecimentos no tempo, dominando unidades de medidas do mesmo e desenvolvendo noções de simultaneidade, posterioridade e anterioridade.
A origem do ser humano Teoria criacionista; Teoria evolucionista; A Origem do homem na África; Período paleolítico; Período neolítico; Idade dos metais; Os seres humanos chegam à América Como viviam esses habitantes na América; Os humanos no Brasil;
Constatar diferentes visões a respeito da origem da vida no planeta; Comparar a origem do ser humano segundo as teorias criacionista e evolucionista; Categorizar as diversas medidas de tempo para ordenar os acontecimentos na linha de tempo; Comparar o modo de vida dos homens no período paleolítico com o neolítico destacando a revolução agrícola e as mudanças promovidas por elas; Conhecer as histórias dos metais e os seus diversos usos; Comparar as diferentes teorias sobre a chegada do homem na América; Identificar as principais pesquisas arqueológicas na América; Diferenciar as distintas formas de adaptação dos homens da América; Caracterizar o modo de vida dos primeiros habitantes da América.
Início da civilização Mesopotâmia; Egito; Fenícios; Hebreus;
Relacionar os aspectos naturais, sociais, econômicos e políticos para o surgimento das primeiras civilizações; Conhecer as contribuições deixadas pelos povos da Mesopotâmia, Egito, Fenícios e pelo Povo Hebraico para a Humanidade;
249
Grécia; Avaliar a importância das características naturais do território grego para sua trajetória histórica; Entender a estratificação da sociedade ateniense anterior a democracia e reconhecer a importância das lutas populares para a conquista da democracia; Diferenciar os conceitos de democracia e oligarquia a partir das experiências históricas de Atenas e Esparta; Conhecer os aspectos da vida privada, da produção artística, filosófica do comportamento e da linguagem dos antigos gregos; Reconhecer a influência grega no mundo atual.
Roma Crise do Império Romano;
Localizar aspectos históricos e geográficos relacionados à origem de Roma, destacando a importância dos Etruscos no processo de formação da cidade; Reconhecer a luta dos escravos, especialmente Espártacos; Enumerar os grupos sociais romanos, o papel que exerciam e os conflitos entre eles; Identificar as principais mudanças ocorridas em Roma com as expansões das conquistas; Ordenar acontecimentos nos períodos da Monarquia, República e Império; Reconhecer o legado de Roma para a atualidade; Traçar uma comparação entre a cultura grega e romana; Determinar as causas da crise do Império Romano e as mudanças que ocorreram;
7° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
A formação da Europa Feudal; Crise do Feudalismo;
Reconhecer que o mundo feudal se formou a partir da desintegração do Império Romano do Ocidente e das invasões “bárbaras” (germânicas); Enumerar as principais características da economia feudal e compará-la à economia atual; Conceituar sociedade estamental e diferenciar as três ordens feudais; Reconhecer, na Igreja Católica, a instituição mais poderosa da época feudal na Europa; Compreender o conceito de feudalismo como um sistema, envolvendo a economia, sociedade, politica, cultura e ideologia.
O mundo árabe Enumerar as principais características da civilização Árabe; Compreender as diferenças entre os valores das civilizações árabes e da ocidental no passado e no presente.
A África dos grandes reinos; A África das sociedades tribais.
Descrever o modo de vida das Sociedades tribais africanas, nos seus aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais; Conhecer alguns dos principais reinos africanos anteriores à conquista europeia e destacar suas principais características; Desenvolver e defender atitudes de respeito diante das diferenças. Repudiar qualquer forma de intolerância e discriminação.
Formação dos estados nacionais; Renascimento e humanismo; Reforma e contra-reforma; Mercantilismo; Absolutismo;
Compreender a passagem de uma organização territorial e poder politico local descentralizado para um poder politico centralizado, com território para além do feudo. Perceber que o Renascimento representou não só uma nova manifestação estética, mas também novas visões do mundo e do homem, e que suas conquistas, ainda se faz presente; Reconhecer que a Reforma e Contra-Reforma tiveram uma dupla causa: politica e religiosa; Diferenciar as doutrinas Calvinistas da Luterana; Enumerar as principais características do Renascimento; Elencar as características do Mercantilismo; Descrever o funcionamento do Absolutismo e sua contribuição para a Expansão Marítima.
Expansão marítima; Portuguesa; Espanhola; Inglesa;
Justificar as principais razões para o pioneirismo Ibérico nas grandes viagens marítimas; Diferenciar as características da expansão marítima portuguesa, espanhola, francesa e inglesa;
250
Francesa;
América e as grandes civilizações: Astecas; Maias; Incas
Compreender que na América Pré-Colombiana desenvolveram diversas civilizações e enumerar algumas de suas características comuns e particulares. Ordenar hipóteses que explicam a conquista dos impérios astecas e incas e as consequências para essas sociedades;
O encontro entre os povos pré-colombianos e o reino espanhol; A colonização portuguesa; Povos que habitavam o Brasil antes dos Portugueses; Seu modo de vida cultural; O encontro entre esses povos e suas consequências; Período pré-colonial; Período colonial; Capitanias Hereditárias; Ciclo do Açúcar; O Tráfico Negreiro; Exploração de mão de obra negra; Contribuição dos povos negros para a tecnologia, produção econômica e cultural do Brasil durante esse período; Luta e resistência da população Negra; Rebelião nativista;
Descrever o modo de vida dos povos que habitavam o território brasileiro antes da conquista portuguesa; Respeitar a diversidade dos povos indígenas que viviam na América; Reconhecer o papel das missões no processo de aculturação dos povos indígenas da América Ibérica; Caracterizar o período pré-colonial quanto aos aspectos econômicos e políticos; Identificar como era a administração portuguesa no Período Colonial; Conhecer a diversidade da economia colonial: Caracterizar as modalidades de fazendeiros da época do Ciclo do Açúcar; Analisar as justificativas para a utilização da mão de obra escrava negra e indígena; Reconhecer as contribuições dos povos negros escravizados para a tecnologia e cultural nesse período; Enumerar as diferentes formas de resistências praticadas por negros e indígenas escravizados; Descrever as principais etapas da produção açucareira; Compreender como era a vida privada no engenho; Reconhecer os reflexos da conjuntura europeia na vida colonial; Conhecer os principais aspectos da ocupação holandesa e suas contribuições para época e hoje; Identificar as principais revoltas deste período e o aumento do controle Português na colônia a partir do Século XVII.
8° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
O ciclo do ouro; Compreender os objetivos das expedições paulistas na exploração do interior e reconhecer o seu papel na escravidão indígena; Reconhecer as diferenças entre Monções, Entradas e Bandeiras; Comparar a sociedade aurífera e a sociedade açucareira, identificando interpretações diferentes sobre a possibilidade de ascensão social; Perceber a importância dos Jesuítas para a educação e expansão do catolicismo na América Portuguesa; Caracterizar as Missões Jesuíticas como aldeamentos destinados à conversão do Indígena, destacando alguns aspectos da vida nas Missões.
A Revolução Industrial do Século XVIII; Revoluções na Europa e nas Américas;
Identificar as principais características da Revolução Industrial inglesa; Entender a relação entre o comercio inglês e a revolução industrial; Identificar as principais mudanças ocorridas no processo industrial e suas consequências ambientais, sociais, econômicas nas cidades da época (Século VIII) e nas de hoje; Identificar as formas de lutas dos trabalhadores à exploração capitalista introduzida pela revolução e compará-la a do trabalhador atual;
Iluminismo; Identificar os principais teóricos do Iluminismo e suas Teorias; Perceber que a sociedade atual é fruto em grande parte do pensamento iluminista;
Revolução Francesa; Independência dos EUA; Independência da América Espanhola; Inconfidência Mineira e Baiana; Independência do Brasil; Primeiro Reinado; Período Regencial; Rebeliões Regenciais; Segundo Império;
Caracterizar as causas da Revolução Francesa; Ordenar cronologicamente os principais momentos do processo Revolucionário Francês; Relacionar a Revolução Francesa com o governo de Napoleão Bonaparte; Analisar o governo de Napoleão Bonaparte e a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil e a Independência da América Espanhola; Identificar as causas da Independência dos EUA e suas influências na Inconfidência Mineira; Diferenciar a Independência da América Espanhola e a do Brasil;
251
Ciclo do Café; Os movimentos de resistências escravocratas e as leis abolicionistas; A chegada dos imigrantes ao Brasil; Crise do Império;
Conhecer os diferentes processos da Independência da América Espanhola; Caracterizar e comparar a Inconfidência Mineira da Inconfidência Baiana; Identificar os motivos que levaram à transferência da Coroa Portuguesa para o Brasil em 1808; Compreender a importância da abertura dos portos para a economia e politica do Brasil; Reconhecer as mudanças ocorridas no Rio de Janeiro com a chegada da corte; Perceber a importância e transformação que trouxe a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves; Relacionar a evolução do Porto com a volta da Família Real a Portugal; Compreender a ligação entre a volta da Família Real a Portugal e o processo de Independência do Brasil; Identificar e ordenar os principais fatores que influenciaram a Proclamação da Independência do Brasil; Analisar o significado da Independência como mudança social, politica e econômica; Caracterizar o governo de D. Pedro I; Identificar o processo de reconhecimento da Independência do Brasil; Caracterizar o governo de 1824; Identificar os partidos que se formaram no 1º Reinado; Enumerar os conflitos sociais no 1° Reinado; Reconhecer os fatores que levaram D. Pedro I a abdicar do trono brasileiro; Caracterizar o governo das regências e os partidos políticos durante esse Período; Enumerar as Revoltas Regenciais, identificando suas motivações e seus desfechos; Caracterizar o Golpe Da Maioridade; Definir o 2º Reinado; Identificar os conflitos durante o 2º Reinado; Conhecer as causas, fatos e consequências da Guerra do Paraguai em diferentes visões históricas; Reconhecer a importância da luta do povo negro durante o longo processo para a completa abolição da escravidão; Enumerar as leis que foram aos poucos sendo abolidas com a Escravidão no Brasil; Caracterizar a questão agrária no Brasil, reconhecendo as dificuldades de superar a longa história de concentração fundiária herdada do Período Colonial e agravada pela Lei de Terras de 1850; Identificar a situação da população negra após o fim da escravidão; Relacionar a Expansão Cafeeira e a Abolição da Escravidão com a vinda de Imigrantes para o Brasil; Compreender os interesses do governo e das elites agrárias em incentivar a vinda de Imigrantes para o Brasil; Criticar qualquer forma de preconceito racial; Identificar as causas da crise do 2º Reinado;
9° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
A chegada do Brasil à República; Primeira República: Dominação; Primeira República: Resistência;
Interpretar as características do Regime Republicano no Brasil em 1889; Identificar os principais pontos da 1ª Constituição da República; Conhecer as causas e os motivos das manifestações de vários grupos sociais, como: Canudos, Cangaço, Operários no Brasil dos finais do Século XIX e inicio do Século XX; Caracterizar a estrutura politica brasileira definida pela Constituição de 1891;
Introdução à era contemporânea: o mundo no século XIX E XX; Liberalismo; Socialismo; Anarquismo;
Conhecer os principais pensadores dos Movimentos: Liberal, Socialista (Utópico e Científico), do Anarquismo; Identificar Movimentos Mundiais e Nacionais influenciados por esses pensadores;
Segunda Revolução Industrial; Caracterizar a 2ª Revolução Industrial e diferenciá-la da Primeira
252
Imperialismo; Revolução; Classificar os modelos de Organizações Empresariais, que surgiram com a Segunda Revolução Industrial; Perceber o impacto da industrialização no meio ambiente; Sintetizar e Identificar as diferenças entre Colonialismo e Imperialismo; Reconhecer algumas características da Era Imperialista: o crescimento das cidades e a formação de uma cultura de massa;
Primeira Guerra Mundial; Compreender as causas, fases e consequências da 1ª Guerra Mundial;
Revolução Russa; Compreender as razões que levaram à queda do Czarismo e a Revolução Socialista na Rússia e reconhecer o caráter totalitário do Regime Stalinista; Desenvolver uma atitude de repúdio às Guerras e outras formas de violência; Valorizar o diálogo, a tolerância e a justiça.
Período entre Guerras; Crise de 29;
Compreender as razões que levaram à crise de 1929 e o programa New Deal; Caracterizar o período entre guerras destacando o Tratado de Versalhes e da crise econômica de 1929 para a vitória e surgimento de Governos Totalitários na Europa e América; Compreender as razões que levaram à crise de 29.
Ascensão do Fascismo e do Nazismo; Conhecer a Ideologia Fascista e Nazista e perceber que a Democracia e os princípios de Justiça, Tolerância e Solidariedade são a única possibilidade para o convívio pacifico entre os humanos;
Segunda Guerra Mundial; Descrever as causas, fases e consequências da 2ª Guerra Mundial;
A revolução de 30 e a era Vargas;
Refletir sobre os fatores que colocaram o fim à Politica do Café com Leite; Debater se o ocorrido em 1930 foi uma Revolução ou um Movimento Golpista; Compreender as várias fases do governo de Vargas; Caracterizar Governos Populistas no Brasil e da América Latina;
Guerra Fria; Descolonização da Ásia e da África;
Definir o que foi a Guerra Fria em seus diversos aspectos (Politico, Produção Cultural, Ciência e Esporte); Relacionar a luta da Independência das Colônias ao contexto da Guerra Fria, reconhecendo, porém, os aspectos particulares de cada região;
Período democrático: Dutra e Getúlio Período democrático: de JK a Jango;
Identificar os principais acontecimentos políticos do Brasil entre 1945 e 1964;
Regime Militar (1964 - 1985);
Entender o processo externo e interno que levou ao golpe de 1964; Caracterizar o regime implantado no Brasil em 1964; Descrever a repressão politica do período; Valorizar os ideais de democracia e justiça social;
Redemocratização do Brasil; Relatar o processo que levou ao fim da Ditadura no Brasil; Compreender a importância da luta pelas Diretas Já e a Constituição.
253
ENSINO RELIGIOSO
254
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
O Ensino Religioso tem sua
fundamentação legal na LDB n. 9.394/96,
Artigo 33, que recebeu nova redação pela
Lei n. 9.475/97. Sendo que no Artigo 33 é
assegurado que o Ensino Religioso, de
matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui
disciplina dos horários normais das
escolas públicas de ensino fundamental,
assegurado o respeito à diversidade
cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo. A
institucionalização terá como preocupação
sistematizar e preservar o conhecimento
adquirido nessas relações do religioso, o
qual assume uma das faces da cultura.
Culturas e tradições religiosas estão
intimamente ligadas e marcam o estabelecimento do cotidiano das
comunidades. A forma como vemos o mundo é a que favorece a forma com
que lidamos com este mesmo mundo. A religião interfere e interage nesse
universo cultural; assim, na raiz de toda criação cultural está a transcendência.
No ensino religioso atual, conforme o art.33 exige-se uma competência
profissional docente; o professor, a partir do substrato religioso presente nas
culturas, fará uma releitura do fenômeno religioso na escola, de toda
experiência a partir do pessoal até a sua institucionalização, com o método:
Observar- Refletir- Informar, portanto com tratamento diferenciado das
propostas anteriores, e dessa forma, exige conteúdos específicos e novos
pressupostos de avaliação.
O Ensino Religioso tem como referencial a capacidade de perceber
diferenças religiosas surgindo do diálogo; na convergência dá-se a construção
e reconstrução do conhecimento do fenômeno religioso. Por isso um ensino
Inter-religioso visa a possibilitar uma reflexão crítica sobre a práxis
sociocultural, que estabelece significados, oportunizando novas relações do ser
humano com a natureza, com o mundo e com o outro.
A escola cabe possibilitar condições ao educando de discernimento nas
opções de fé, com liberdade, isto é, sem que seja pressionado, ou dirigido para
determinado credo ou segmento religioso, filosófico ou político, através da
EMEB RUTH MARTINS SANTANA
255
busca de sua identidade, mediante informação honesta do fenômeno
historicizado
OBJETIVOS
A Educação Religiosa,
valorizando o pluralismo religioso
e a diversidade cultural,
presentes na sociedade brasileira,
facilitando a compreensão das
formas que exprimem o
transcendente, tem por objetivo
proporcionar:
A valorização do pluralismo e da
diversidade cultural presente em
nosso Estado;
A compreensão do estudante ao
outro que o diferencia, ao mundo
com que se inter-relaciona e ao transcendente que se manifesta no processo
histórico da construção da humanidade;
A garantia e afirmação do direito à diferença na construção da humanidade;
O desenvolvimento da relação professor/aluno, aluno/professor, aluno/aluno,
o psicológico, o social, o político e o espiritual das novas gerações;
Estímulo ao educando para participação na sua comunidade de fé;
O desenvolvimento da capacidade de reflexão critica e busca de soluções
diante das situações do cotidiano;
O conhecimento das possíveis respostas perante a morte.
O desenvolvimento das atitudes: de responsabilidade pela construção e
preservação do mundo, do meio ambiente, do próprio corpo e do outro; de
altruísmo, de descoberta da própria identidade, de responsabilidade frente à
liberdade, amor-perdão, amor-doação, amor fraterno, gratuidade na
amizade, à preparação para maternidade e paternidade; de solidariedade,
de promoção da paz e da justiça.
256
4° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Eu e o outro – características; Reconhecimento da pessoa humana; Jeitos de ser; Aprofundando o conhecimento sobre religião; O que é mito? Valores relacionais e contrários: amor e ódio, respeito e desrespeito, tolerância e intolerância; paz e guerra; honestidade e desonestidade; felicidade e infelicidade; vida e morte; Ritos religiosos, gestos de fé; O que são textos sagrados? Diferentes formas de representar o Transcendente; Símbolos religiosos em minha nação;
Reconhecer-se como pessoa; Entender que a vida em grupo auxilia no crescimento pessoal; Construir ações de solidariedade grupal; Perceber os diferentes tipos de valores propostos; Perceber que a convivência com o outro nos faz crescer e sermos melhores; Reconhecer que as inter-relações na vida das pessoas são motivo de crescimento pessoal; Identificar e relacionar símbolos que manifestam recordações de momentos significativos na vida do educando; Reconhecer a importância dos símbolos na vida de cada pessoa; Reconhecer a diversidade nas tradições religiosas dos povos e das comunidades quilombolas e indígenas; Ampliar o significado de religião; Reconhecer que a tecnologia modifica as relações sociais e as relações de produção, podendo tanto melhorar e aprimorar os modos de vida, quanto excluir aqueles que não têm acesso a ela; Reconhecer e respeitar a pluralidade religiosa como a base para a convivência democrática.
5° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
História da criação do homem segundo as tradições religiosas e científicas; Religião e religiosidade; O mito e os segredos na história dos povos; Valores relacionais e contrários: amor e ódio, respeito e desrespeito, tolerância e intolerâncias, paz e guerra, honestidade e desonestidade, felicidade e infelicidade, vida e morte; Drogas, saúde, vida e natureza; Ritos religiosos, gestos de fé; O que são textos sagrados? Diferentes formas de representar o Transcendente; Símbolos religiosos; O Brasil e a diversidade religiosa; Valores morais e éticos. Formação de grupos de amizade e a influência nas escolhas e decisões.
Entender a diferença na conceituação de vida e morte enquanto ciclos biológicos para ciência e místico para as diferentes religiões; Construir ações de solidariedade grupal; Perceber os diferentes tipos de valores propostos; Perceber que a convivência com o outro nos faz crescer e sermos melhores; Reconhecer que as interrelações na vida das pessoas são motivo de crescimento pessoal; Identificar e relacionar símbolos que manifestam recordações de momentos significativos na vida do educando; Reconhecer a importância dos símbolos na vida de cada pessoal; Reconhecer a diversidade nas tradições religiosas dos povos e das comunidades quilombolas e indígenas; Ampliar o significado de religião; Respeitar as opções sexuais dos indivíduos;
6º ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Eu: um ser que constrói sua autonomia; Nossa inter-relação com outras pessoas: tolerância, respeito, preconceito, desigualdade, qualidade, cooperação, partilha; Diversidades de religiões regionais; Comunidade e famílias no contexto escolar; A escola: espaço de aprendizagem através do convívio social; A importância das comunidades para a vivência da paz, a prática do diálogo e da justiça; A família e a educação religiosa; Cultivo da Transcendência; Relacionamento humano e mídias sociais; A solidariedade na comunidade como alicerce da sociedade; História da origem e formação dos textos
Possibilitar a compreensão das relações homem/natureza/ conhecimento/fé como processos que compõem o ser em sociedade; Perceber que a convivência em grupo auxilia no crescimento pessoal; Identificar as diversas tradições religiosas no município e no Estado de Mato Grosso; Respeitar a diversidade cultural e religiosa; Construir ações de solidariedade grupal; Respeitar as opiniões e crenças individuais; Formar paradigmas de sociedade/grupos sadios, baseadas nos valores humanos; Perceber como manifesta o sagrado nas tradições religiosas; Conhecer as fundamentações dos limites éticos propostos pelas várias tradições religiosas;
257
sagrados; Lendas regionais; Valores necessários para a vida pessoal e social; A paz e a tolerância como grandes valores entre os grupos sociais.
Demonstrar atitudes de combate ao preconceito de etnias, gênero e idade; Identificar os princípios éticos norteadores da vida de forma que seja respeitada a diversidade dos valores humanos de igualdade, justiça social e paz.
7° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Vida em sociedade; Valorização do “EU”; As várias formas de comunicação com seu transcendente; Origem e evolução das tradições religiosas e suas estruturas; Matriz indígena; Matriz Islâmica; Matriz Hindu; Matriz Budista; Matriz espírita; Matriz cristã: (Protestantismo, catolicismo); Matriz judaica; Matriz africana; Os grandes líderes do século XX; As condutas humanas e as exigências das tradições religiosas; A importância das emoções; O valor da família; Defendendo a vida e a dignidade humana; Os valores e virtudes; Combate à violência; Provérbios.
Identificar como as tradições religiosas manifestam o valor da vida; Perceber a importância de valorizar-se; Conhecer as várias formas de comunicação com seu transcendente elaboradas pelas tradições religiosas; Analisar, compreender e refletir sobre as tradições religiosas; Identificar as diversas tradições religiosas no município e no Estado de Mato Grosso; Identificar as verdades que orientam as pessoas através de mitos, crenças e doutrinas religiosas; Reconhecer a espiritualidade como um dos elementos fundamentais das tradições religiosas; Respeitar as opiniões e crenças sobre a vida além-morte; Conhecer as fundamentações dos limites éticos propostos pelas várias tradições religiosas; Identificar e aprender a lidar com as emoções; Identificar os princípios éticos norteadores da vida; Identificar as causas da violência e proporcionar ações que as combatam; Refletir sobre a mensagem subjetiva dos provérbios para o crescimento pessoal.
8° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
A vivência com o mistério do transcendente pelos ensinamentos, ritos e tradições; Conceito do transcendente na diversidade religiosa; Importância de se ter um transcendente; Fanatismo; Origem, festa e ritos da tradição religiosa do estudante; A importância do diálogo e do respeito entre as pessoas; Como construir um projeto de vida; Religiosidade, sexualidade e afetividade; A compreensão da sexualidade conforme as tradições religiosas; Os ritos presentes na vida; Símbolos religiosos; As concepções de vida pós-morte; Determinações da tradição sobre a pessoa; Valores sociais e individuais; Propaganda enganosa: drogas, aborto, eutanásia, violência e outros; Experiências solidárias; Conhecendo projetos solidários. A experiência de fé como fator influente na formação ética das pessoas, de acordo com os mitos, crenças e doutrinas religiosas; Religião e religiosidade; As dimensões da fé: respeito à diversidade religiosa.
Refletir sobre a vivência com o transcendente através dos ensinamentos, ritos e tradições das culturas religiosas. Conhecer práticas de espiritualidade das tradições religiosas para se relacionar com o transcendente. Entender que a experiência religiosa é uma forma de se conhecer e se relacionar melhor. Perceber as influências das tradições religiosas na vida das pessoas e de uma comunidade. Propor sentido à vida num contexto pleno de significados como: a fé, as ciências, o conhecimento do sagrado, a identidade e corporeidade; diferentes expressões de sexualidade; dons e potencialidades; corpo como templo sagrado; relacionamento e afetividade. Compreender como os símbolos religiosos podem ser significativos para os grupos sociais. Compreender e respeitar os conceitos de vida além-morte elaborados pelas tradições religiosas. Identificar qualidades éticas nas relações interpessoais. Refletir sobre os direitos humanos. Vivenciar o mundo pessoal a partir da experiência do transcendente. Compreender que há diversas espiritualidades.
258
9° ANO
CONTEÚDOS OBJETIVOS
Limites; Ethos: como construir; A evolução do Ethos: o fogo, a escrita, o trabalho, a arte, a ciência; a religião e a tecnologia; Outras manifestações religiosas; Influências das religiões no mundo; Mitos; Idolatria; Presença da religiosidade na mídia, literatura e música; Lideres religiosos do século XX e XXI; Posição sobre o estudo da vida e da morte ao longo da história, nas tradições religiosas; Concepção de vida e de morte (ancestralidade, reencarnação, ressurreição e outras); Fé e engajamento social; Ecumenismo e diálogo inter-religioso; Manifestações metafísicas e a religião; Relacionamento humano; O respeito e a valorização da vida; Eutanásia e a religião; Livre arbítrio e a religião; Homofobia;
Reconhecer a existência do limite da vida; Refletir sobre questões existenciais: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Descobrir que somos seres em constante processo de construção e que a fé no transcendente auxilia no nosso crescimento como pessoa feliz. Diagnosticar a verdade dos mitos. Interpretar textos de espiritualidade. Discutir o conjunto de mitos e doutrinas que orientam a vida dos fiéis nas tradições religiosas; Identificar as verdades que orientam as pessoas através de mitos e crenças; Contextualizar os mitos, ritos e símbolos do mundo sagrado; Compreender os vários conceitos sobre a vida além-morte elaborados pelas tradições religiosas; Respeitar as opiniões e as crenças acerca das respostas norteadoras do sentido da vida; Perceber a necessidade do convívio social para a construção da formação moral do cidadão; Valorizar a pluralidade cultural religiosa existente no Brasil e no mundo; Analisar as normas e tradições religiosas num contexto de respeito mútuo; Discutir manifestações metafísicas dentro das diversas religiões; Refletir sobre primazia da vida em toda sua grandeza; Valorizar atitudes autênticas destacando a integridade, comunicação e a realização pessoal. Demonstrar atitudes de combate ao preconceito homofóbico.
259
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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alfabetização : ano 3 : unidade 2 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação
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