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Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal Subsecretaria de Educação Básica Coordenação de Ensino Fundamental Núcleo de Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem Referenciais para atuação do Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem Brasília 2014

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Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

Subsecretaria de Educação Básica

Coordenação de Ensino Fundamental

Núcleo de Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem

Referenciais para atuação do Serviço

Especializado de Apoio à Aprendizagem

Brasília 2014

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO -----------------------------------------------------------------------------03

1 CONTEXTUALIZAÇÃO---------------------------------------------------------------------05

1.1 Marcos Legais---------------------------------------------------------------------------05

1.2 Marcos Históricos-----------------------------------------------------------------------07

1.3 Marcos institucionais------------------------------------------------------------------09

1.3.1 A relação entre a atuação do Serviço Especializado de Apoio à

Aprendizagem e a Educação Integral--------------------------------------------------09

1.3.2 A escola como espaço constituinte de subjetividades----------------------13

2 NORMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO----------------------------17

2.1 Procedimentos--------------------------------------------------------------------------17

2.1.1 O Encaminhamento------------------------------------------------------------17

2.1.2 O Acompanhamento-----------------------------------------------------------19

2.1.3 O Desligamento e a Finalização---------------------------------------------21

2.2 Atribuições--------------------------------------------------------------------------------21

2.2.1 Nível Central----------------------------------------------------------------------21

2.2.2 Nível intermediário--------------------------------------------------------------23

2.2.2.1 Compete às Gerências de Educação Básica das

Coordenações Regionais de Ensino----------------------------------------23

2.2.2.2 Compete ao Coordenador Intermediário do Serviço

Especializado de Apoio à Aprendizagem----------------------------------23

2.2.2.3 Compete ao Itinerante da Sala de Apoio à Aprendizagem--26

2.2.3 Nível local--------------------------------------------------------------------------26

2.2.3.1 Compete à Equipe Gestora da Unidade Escolar---------------26

2.2.3.2 Compete à Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem -

----------------------------------------------------------------------------------------27

2.2.3.3 Compete ao Professor da Sala de Apoio à Aprendizagem-29

REFERÊNCIAS----------------------------------------------------------------------------------31

ANEXOS-------------------------------------------------------------------------------------------33

3

APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

(SEEDF)/Subsecretaria de Educação Básica (SUBEB)/Coordenação do Ensino

Fundamental (COENF)/Núcleo de Equipes de Apoio à Aprendizagem (NUEEAA)

apresenta os Referenciais para atuação do Serviço Especializado de Apoio à

Aprendizagem, elaborados com o objetivo de normatizar o trabalho da Sala de

Apoio à Aprendizagem (SAA), regulamentada pela Portaria nº 39/2012. A SAA

foi instituida para atender aos estudantes com “Transtornos Funcionais

Específicos” (TFE), os quais seriam encaminhados mediante laudo médico

indicativo de Dislexia ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

(TDA/H) ou Transtorno de Conduta (TC) ou Transtorno Opositor Desafiador

(TDO) ou Distúrbio do Processamente Auditivo Central (DPAC).

Em 2014, aproximadamente dois anos após a implementação da SAA, o

NUEEAA constatou que entre os anos 2011 e 2013 houve aumento de 59% no

número de estudantes com disgnóstico de TFE encaminhados à SAA, o que

levou a questionamentos sobre uma possível relação deste aumento com a

exigência do laudo médico como critério para atendimento na SAA. Essa prática

de condicionar o atendimento apenas para os estudantes que possuem os

referidos laudos médicos parece contribuir para fortalecer, ainda mais, a

“segurança e convicção de que toda e qualquer perturbação tem sua causa

biológica”, o que “perpetua o processo de medicalização”, diz Raad e Tunes

(2011, p. 26). Assim, inverte-se a lógica do direito que todos têm à educação de

qualidade, definindo que somente alguns, nesse caso, somente os estudantes

que possuem laudo, poderão ser sujeitos de práticas pedagógicas

individualizadas (MAIA, 2014). Vale ressaltar que diz respeito ao

processo de transformar questões sociais, pedagógicas, em problemas de

origem e solução no campo médico (MOYSÉS & COLLARES, 2010).

A análise do fenômeno de aumento de laudos médicos, principalmente,

de Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H) identificado na

Rede Pública de Ensino do Distrito Federal resgatou à memória, matéria

4

publicada no Boletim da ANVISA (2012) sobre o aumento no consumo do

medicamento metilfenidato no Distrito Federal entre 2009 e 2011.

Diante disso, esta Secretaria de Educação corrobora com o declarado

pelo Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde - BRATS (2014,

p. 9) que “[...] torna-se premente a adoção de debates que abordem a atual

problemática do consumo indevido do metilfenidato, alertando a população para

o mau uso, os efeitos adversos e as consequências jurídicas”. Assim, a referida

análise contribui para refletir sobre o cuidado ao se propor a continuidade dessa

política pública, principalmente porque esta deve estar em conformidade com os

princípios adotados no Currículo em Movimento e nas Diretrizes de Avaliação

Educacional. Tais princípios destacam que é “função precípua da escola de

oportunizar a todos(as) os(as) estudantes, indistintamente, o direito de aprender”

(GDF, 2014, p. 11).

Portanto, a proposta ora apresentada para o trabalho da SAA segue em

sentido oposto ao da medicalização e se situa na busca da garantia do direito de

todos à educação de qualidade, respeito à diversidade e à singularidade,

especialmente, nos processos de aprendizagem.

Ressalta-se que a perspectiva desta proposta coaduna-se, também, com

o que é entendido como conceito de Necessidades Educacionais Especiais,

apresentado pelo MEC (2014), ao concluir que estudantes com necessidades

educacionais especiais são aqueles que, durante o processo educacional,

5

apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no

processo de seu desenvolvimento. Assim, justifica uma proposta de trabalho que

visa a melhoria da qualidade dos serviços educacionais, por meio de políticas

que se distanciem de práticas patologizantes e do cerceamento ao direito de

todos à educação de qualidade.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

1.1 Marcos Legais

Com o intuito de respaldar as discussões ora apresentadas neste

documento buscou-se, conforme evidenciado na tabela abaixo, marcos legais

nacionais que apontam para a necessidade de estabelecer estratégias

diferenciadas que possibilitem a permanência de todos os estudantes nas

escolas.

DOCUMENTO/ANO MARCOS LEGAIS

Constituição Federal 1988

Artigo 205 - Estabelece que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Artigo 206, incisos I e VII - estabelece que o ensino será ministrado com base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e da garantia de padrão de qualidade.

Declaração de Salamanca (1994)

Reafirma o compromisso de uma Educação para Todos proclamando que toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas e que os sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades.

Lei de Diretrizes e Bases da Artigo 59 - preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos,

6

Educação Nacional 9.394/96 recursos e organização específicos para atender suas necessidades.

Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001,

institui as Diretrizes para a Educação Especial na

Educação Básica

Artigo 5°, inciso I - estabelece que são estudantes com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares.

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008

Os estudos mais recentes no campo da educação especial enfatizam que as definições e uso de classificações devem ser contextualizados, não se esgotando na mera especificação ou categoria atribuída a um quadro de deficiência, transtorno, distúrbio, síndrome ou aptidão. Considera-se que as pessoas se modificam continuamente, transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão, reforçando a importância dos ambientes heterogêneos para a promoção da aprendizagem de todos os alunos.

Resolução nº 1/2012 - CEDF

(alterada em seus dispositivos pela Resolução nº

1/2014 - CEDF, publicada no DODF nº 43, de 26 de fevereiro de 2014, p.5).

Estabelece normas para o Sistema de Ensino do Distrito Federal, em observância às disposições da Lei nº 9.394,

de 20 de dezembro de 1996 -Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional.

Artigo 38 - A educação especial tem por finalidade desenvolver as potencialidades dos estudantes que apresentam necessidades educacionais especiais nos diferentes níveis, etapas e modalidades de educação e ensino, visando à efetividade das políticas inclusivas.

Artigo 40 - Consideram-se estudantes com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:

I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de seu desenvolvimento, não acumuladas a uma causa orgânica específica, relacionadas às disfunções, limitações ou deficiências;

II - dificuldades de comunicação e de sinalização que demandam a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;

III - altas habilidades/superdotação, facilidade de aprendizagem, domínio de conceitos, procedimentos e atitudes;

IV - transtornos funcionais específicos.

7

Nota Técnica nº4/2014/MEC/SECADI/DPEE,

de 23 de janeiro de 2014

Orienta sobre os documentos comprobatórios de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, no Censo Escolar. Considerando que o laudo médico não pode ser imprescindível para atendimento dos estudantes com necessidades educacionais especiais, visto que o Atendimento Educacional Especializado caracteriza-se como um atendimento pedagógico e não clínico. A exigência de um laudo médico para o atendimento denotaria imposição de barreiras ao acesso do estudante aos sistemas de ensino, configurando-se em discriminação e cerceamento de direito.

1.2 Marcos Históricos

No ano de 2010 ocorreu, no Distrito Federal, um movimento dos pais de

estudantes com diagnóstico clínico de Distúrbio do Processamento Auditivo Central

(DPAC), solicitando o atendimento educacional especializado para seus filhos. Em

resposta a essa demanda, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

(SEEDF) constituiu, em 2011, uma comissão a fim de elaborar estratégias que

pudessem dar suporte educacional a esses estudantes. Essa comissão propôs,

então, a criação do Programa de Atendimento aos Estudantes com Transtornos

Funcionais Específicos, a ser realizado nas Salas de Apoio à Aprendizagem (SAA),

normatizado pela Portaria nº 39 de 2012.

O referido Programa nos remeteu a um movimento ocorrido na SEEDF na

década de 80 que, segundo Penna-Moreira (2007), surgiu em resposta ao aumento

do número de estudantes com histórico de fracasso escolar encaminhados para

atendimento dos profissionais que, naquela época, compunham as Equipes de

Diagnóstico/Avaliação Psicopedagógica. Como essas equipes tinham a atribuição

de apenas avaliar os estudantes, foi reivindicada a criação de outro serviço que foi

denominado Equipe de Atendimento Psicopedagógico.

Os pressupostos teóricos que norteavam a atuação dos serviços de apoio da

rede pública de ensino foram reformulados, possibilitando mudanças na forma de ver

os estudantes com dificuldades no aprendizado, “os quais passaram a serem vistos

não mais como deficientes, mas como alunos portadores de distúrbios funcionais”

8

(NEVES, 2001, p. 48). Ressalta-se, porém, que essas reformulações continuavam

ancoradas em pressupostos que culpabilizavam os estudantes e marcavam a

biologização dos problemas escolares e sociais. Desta forma, a década de 90 foi

marcada, na SEEDF, por inúmeras mudanças que culminaram com a fusão entre as

duas modalidades de equipes, passando a ser denominada Equipe de

Atendimento/Apoio à Aprendizagem, que veio a ser legalmente oficializada em 2008

com o nome de Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem (EEAA).

Vale lembrar que ao longo dos últimos anos alguns profissionais desse

serviço vêm se empenhando no sentido de evitar uma atuação que tenha como

pressupostos as visões reducionistas, orientadas a procurar causas pontuais para as

dificuldades de escolarização dos estudantes. Assim, com a implementação do

Programa de Atendimento aos Estudantes com Transtornos Funcionais Específicos,

surgiu o receio autêntico de um retorno à práticas já superadas, visto ter como base

os mesmos princípios aplicados outrora nas Equipes de Diagnóstico/Avaliação

Psicopedagógica, que reforçam o modelo clínico de atuação.

Em 2013 foi constituída nova comissão composta, inicialmente, por 12

profissionais, com a representatividade de 08 Coordenações Regionais de Ensino

(CRE), além de representantes do Centro de Atenção ao Surdo, do Núcleo de

Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem (NUEEAA), bem como do

Sindicato dos Professores/DF, que objetivava a elaboração da orientação

pedagógica das Salas de Apoio à Aprendizagem. No decorrer das atividades

desenvolvidas por essa comissão houve diversos debates sobre as concepções

norteadoras do trabalho, não havendo, portanto, um consenso entre os participantes,

o que deixou clara a necessidade de continuar os estudos e os debates.

Em 2014 foi constituído, novamente, outro grupo de trabalho (GT), também

com representatividade de todas as CRE, no qual os debates foram retomados e

intensificados. Concluiu-se que as inquietações presentes no atual grupo de trabalho

e nas comissões anteriores são reflexo das contradições inerentes a um processo de

transição, historicamente contextualizado, de uma mudança de perspectiva clínica

classificatória para um modelo institucional em que a escola passa a ser o objeto de

atuação e não somente o estudante (ALCÂNTARA E GURGEL, 2013).

Sendo assim, as decisões assumidas pelos componentes do grupo de

trabalho atual, considerando os posicionamentos contrários, defende uma proposta

9

que se articule de maneira mais coerente com uma atuação institucional, voltada

para o estabelecimento de práticas que levem em consideração a complexidade do

desenvolvimento humano, em oposição a um modelo clínico pautado por

classificações médicas e que, consequentemente, baseia-se em uma ótica

patologizante do ser humano, o que é oposto aos princípios defendidos no Currículo

em Movimento da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

1.3 Marcos Institucionais

1.3.1 A relação entre a atuação do Serviço Especializado de Apoio à

Aprendizagem e a Educação Integral

O nosso Currículo em Movimento convida a comunidade escolar da Rede

Pública de Ensino do Distrito Federal a aderir à proposta de uma Educação Integral

que “objetiva ampliar tempos, espaços e oportunidades educacionais” (GDF, 2014,

p.10). A concepção da educação integral assumida pelo documento retoma o sonho

de Anísio Teixeira em oferecer aos estudantes um ambiente escolar que propicie o

desenvolvimento integral dos mesmos; uma escola que considera o homem não

como um ser fragmentado, mas “como um ser único, especial e singular, na inteireza

de sua essência, na inefável complexidade de sua presença.” (GDF, 2014, p.25).

Uma educação que pressupõe, em relação ao tempo, que todas as atividades sejam

entendidas como educativas e curriculares e, em relação ao espaço, considera que a

escola não se limita apenas à região intramuros. Nessa ótica:

A escola é, sobretudo, um ambiente que recebe diferentes sujeitos, com origens diversificadas, histórias, crenças e opiniões distintas, que trazem para dentro do ambiente escolar discursos que colaboram para sua efetivação e transformação. Essa construção de identidades e de significados, por sua vez, é diretamente influenciada pela reestruturação dos espaços escolares rumo à aproximação com a comunidade (GDF, 2014, p. 26).

A proposta de Educação Integral se compromete com o desenvolvimento

integral do sujeito ao dar a devida atenção, de forma equilibrada, para diferentes

dimensões humanas, quais sejam, cognitivas, afetivas, psicomotoras e sociais.

Considera, ainda, que as aprendizagens se dão ao longo do ciclo de vida do sujeito

e por meio de práticas educativas associadas a diversas áreas do conhecimento.

Desse modo, o SEAA se compromete, também, com a formação integral dos

10

estudantes, porque se constitui como serviço de apoio técnico-pedagógico, de

caráter multidisciplinar, que tem por objetivo contribuir para a superação das

dificuldades presentes no processo de escolarização dos estudantes, por meio de

uma atuação institucional (GDF, 2010). Assim, muito se tem a colaborar para que

esse objetivo se concretize nas escolas públicas do DF, pois, somente a atuação

com foco na inserção, compreensão, análise e intervenção na realidade escolar,

dentro de uma perspectiva institucional relacional, poderá contribuir para o

desenvolvimento integral dos estudantes (MARINHO-ARAUJO, 2005). Por isso, a

defesa de que os profissionais das equipes estejam inseridos no contexto de

discussão e não apenas como „especialistas‟ para „apagar incêndios‟ de demandas

eventuais e circunstanciais, pois, é preciso reconhecer o estudante como ser

integral, considerando os diversos contextos em que está inserido, valorizando,

principalmente, as relações sociais e materiais que constituem seu processo de

desenvolvimento.

Nessa direção, o Currículo em Movimento (GDF, 2014) ressalta que devem

ser observados no planejamento e organização escolar, seis princípios para uma

educação integral, sendo eles: “integralidade, intersetorialização, transversalidade,

diálogo escola e comunidade, territorialidade e trabalho em rede” (GDF, 2014, p.28).

Considerando a estreita relação entre os seis princípios da educação integral com as

possibilidades de atuação das EEAA, conforme mostrado abaixo, pode-se pressupor

que o trabalho realizado por esses profissionais poderá contribuir, significativamente,

para a concretização de uma formação integral dos estudantes das escolas públicas

do DF.

Princípios da Educação Integral

Dimensões de Atuação das EEAA

Intersetorialização: Há necessidade de buscar potencializar a oferta de serviços públicos como forma de contribuição para a melhoria da qualidade de educação.

- Mapeamento, em parceria com outros profissionais da UE, dos diversos serviços oferecidos nas regiões onde as escolas estão inseridas, com o intuito de articular parcerias, tais como: Centros de Saúde, Centro de Orientação Médico Psicopedagógico (COMPP), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi),

11

Conselhos Tutelares, Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), entre outros.

- Acompanhamento dos Programas nas unidades escolares, tais como: Programa Saúde do Escolar, Programa Bolsa Família, Programa Cartão Escolar, entre outros.

- Estabelecimento de parcerias com Instituições de Ensino, setores de empregabilidade e/ou formação continuada.

- Desenvolvimento de trabalho articulado com as políticas da própria SEEDF em suas diversas instâncias.

Transversalidade: Concepção interdisciplinar de conhecimento, vinculando a aprendizagem aos interesses e problemas reais dos alunos e da comunidade.

- Acompanhamento do estudante em atividades individuais e/ou em grupos no contraturno, podendo ocorrer na própria UE ou em outros espaços fora da UE, incluindo as SAA.

- Planejamento e acompanhamento de projetos interventivos, em conjunto com outros profissionais da escola.

- Investigação e análise das convergências, divergências, incoerências, conflitos ou avanços a partir da análise documental e das práticas escolares, no intuito de problematizar e intervir adequadamente na comunidade escolar.

- Participação na elaboração e implementação de documentos institucionais (Projeto político-pedagógico (PPP), Projetos interventivos, entre outros).

Diálogo Escola e Comunidade: transformação da Escola como um espaço comunitário, legitimando-se os saberes comunitários como sendo do mundo e da vida.

- Momentos para reflexão e planejamento de intervenções em parceria com as famílias.

- Participação em fóruns comunitários.

- Colaboração na realização de oficinas para a comunidade escolar.

- Participação em festas e comemorações escolares e de outras da comunidade relacionadas ao contexto dos estudantes.

- Colaboração no levantamento de

12

informações sobre a comunidade, por meio de pesquisas, que contribuam para a implementação de políticas públicas.

Territorialidade: significa romper com os muros escolares, entendendo a cidade como um rico laboratório de aprendizagem.

- Mapeamento, em parceria com outros profissionais da UE, dos espaços/tempos comunitários que podem contribuir para o desenvolvimento integral do estudante.

- Participação em fóruns comunitários.

- Participação, em parceria com outros profissionais da UE, em visitas pedagógicas aos espaços comunitários.

Trabalho em rede: todos devem trabalhar em conjunto, trocando experiências e informações, com o objetivo de criar oportunidades de aprendizagem para todas as crianças, adolescentes e adultos.

- Planejamento e implementação de ações integradas entre os Profissionais de Apoio – SEAA, Atendimento Educacional Especializado (AEE), Serviço de Orientação Educacional (SOE) e demais profissionais que atuam diretamente com o estudante.

- Articulação com os profissionais da própria UE, promovendo reflexões sobre a prática educativa, realizando intervenções nas dificuldades de escolarização, assessorando na elaboração de documentos institucionais, projetos e propostas pedagógicas, mediando conflitos, entre outros.

- Contribuição com a criação de bancos de informações das redes de apoio existentes em cada região administrativa.

- Articulação com a Rede Social de Apoio da região.

Integralidade: atenção para todas as dimensões humanas, com equilíbrio entre os aspectos cognitivos, afetivos, psicomotores e sociais.

- Assessoria aos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem por meio de estudos, debates e reflexões sobre as concepções de sujeito e educação que se pretende na UE.

- Promoção de escuta institucional qualificada que contribua para análise e elaboração de alternativas adequadas para a melhoria na dinâmica institucional relacional.

- Planejamento, implementação e

13

participação no processo de formação continuada dos profissionais da escola e das famílias dos estudantes.

- Desenvolvimento de pesquisas que contribuam para o entendimento das dificuldades de escolarização.

- Acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem nos diferentes espaços/tempos escolares, promovendo reflexões sobre a prática profissional.

- Intervenção direta com estudantes, individualmente ou em grupos, valorizando a integralidade do sujeito, nos aspectos cognitivos, motores, sociais, afetivos, criativos, relacionais e subjetivos.

Ressalta-se que os aspectos acima mencionados se referem apenas a

algumas possibilidades de atuação das EEAA numa perspectiva institucional, e,

sendo assim, não se esgotam nas ações elencadas.

1.3.2 A escola como espaço constituinte de subjetividades

Deve-se destacar que o Currículo em Movimento (GDF, 2014, p. 13, 14)

assevera que

os(as) estudantes que frequentam nossas escolas e salas de aula hoje são muito diferentes dos(as) estudantes de épocas anteriores por apresentarem saberes, experiências e interesses muitas vezes distantes do que a escola, na sociedade atual, privilegia em seus currículos. sse(a) novo(a) estudante requer outra escola, outro profissional, outra relação tempo-espaço escolar. A não observ ncia desses elementos pode estar na gênese de resultados dos desempenhos escolares dos(as) estudantes, expressos pelos altos índices de reprovação, evasão e abandono escolar de uma parcela significativa da população que escola teve acesso, mas que nela não permanece. u, quando permanece, não obtém o êxito desejado, tornando-se os “excluídos do interior” ( D , 199 ), alunos que reagem de forma ostensiva, dando sinais de provocação e resistência em relação aos( s) professores(as), aos( s) gestores(as) e organização escolar que não atende mais a esse novo perfil de estudante.

Por isso, se queremos transformar a escola para atender às expectativas dos

estudantes de hoje é preciso iniciar pelo conhecimento de quem é esse estudante,

uma vez que é ele quem demanda novas formas de organização do trabalho

14

pedagógico. Portanto, é necessário aprofundar na compreensão da categoria sujeito,

pois, conforme proposto por González ey (2003, p. 235), essa categoria “é uma

peça-chave para entender os complexos processos de constituição subjetiva e de

desenvolvimento, tanto dos processos sociais como dos individuais”, tais como

exemplificados anteriormente. Para o autor, o sujeito é “consciente, intencional, atual

e interativo [...], de emoção (p. 236) [...] que nos permite compreender os sentidos e

significados de suas diferentes atividades e formas de relação” (p.237). Para além

do aprofundamento conceitual dessa categoria, torna-se premente utilizá-la como

ferramenta intelectual para interpretar a realidade educacional da atualidade, de

modo a favorecer práticas pedagógicas que utilizam novas estratégias voltadas para

a promoção de processos de desenvolvimento humano. Trata-se de construir

caminhos que permitem superar os abismos entre teoria e prática – ideal tão

aclamado pelos redutos acadêmicos e pela formalidade das políticas públicas, mas

ainda tão distante de ser concretizado.

Portanto, uma das alternativas para o enfrentamento dessa realidade

presente nas escolas de hoje é conduzir um processo educativo que considere o

estudante como sujeito de sua própria formação, o que faz parte da concepção de

educação integral. Segundo González Rey (2009), uma experiência possui caráter

educativo, quando promove o desencadeamento de novas reações, emoções e

reflexões entre os participantes desse processo, de maneira a fomentar

posicionamentos ativos, em um espaço social constituído por caminhos de troca,

produção de ideias e críticas, a partir do qual tanto as pessoas implicadas, como o

espaço social em questão se desenvolvem. Nessa ótica, a educação relaciona-se à

construção da cidadania, ao favorecer a abertura de novos processos de

desenvolvimento, comprometendo-se com processos de transformação da condição

social. Extrapola-se, assim, o caráter instrumental amiúde dominante nas práticas

educativas, cujas dramáticas consequências essa perspectiva busca superar, ou

seja, é necessário suprimir as aprendizagens passivo-reprodutivas, ainda presentes

nas escolas.

Por isso, se não for possibilitada a participação do estudante nas práticas

educativas, conforme González ey (2013, p. 273) “a prática, longe de ser

facilitadora dos processos de desenvolvimento, pode representar uma fonte na

gênese dos transtornos do desenvolvimento”, pois, inviabiliza o estudante tornar-se

15

um ser consciente de sua cidadania e de sua responsabilidade com sua vida e com

a vida do outro.

Se não nos atentarmos para os motivos que geram os altos índices de

reprovação, evasão, abandono escolar e os comportamentos de ostensividade,

provocação, rebeldia e resistência expressos pelos estudantes nas escolas, as

ações adotadas para minimizar tais fenômenos poderão apenas camuflar os fatores

geradores dessas ocorrências. Tomar os fenômenos isoladamente e analisá-los

seguindo a lógica da racionalidade entre causa e efeito não nos permitem nenhuma

conclusão sobre as complexas configurações subjetivas que neles se constituem,

pois, tais comportamentos podem ter sido motivados por uma série de emoções

oriundas de diversas fontes da vida desses estudantes .

Nesse contexto, é fundamental um olhar atento e uma escuta criteriosa para

compreender cada uma das suas manifestações desses fenômenos dentro de um

contexto amplo de significação. Alcântara e Gurgel (2013, p. 43) afirmam que para a

adequada elaboração de estratégias de intervenções perante situações complexas

como as explicitadas, é preciso conhecer bem o contexto escolar. Para isso, faz-se

necessário ouvir as vozes institucionais, pois, segundo as autoras, a escuta

é o objeto de análise que possibilita a elaboração de saberes que refletem a realidade escolar e que, se bem aplicados, poderão contribuir significativamente para a eficiência do processo educacional. […] A escuta na perspectiva ora defendida serve para ampliar a compreensão dos fenômenos que se desenrolam na escola e para nortear, com a devida intencionalidade, cada intervenção […] e para a visualização de alternativas adequadas para o enfrentamento de qualquer situação.

A partir dos conceitos apresentados, acreditamos que o processo de

constituição da subjetividade do sujeito se dá numa relação dialógica entre a

condição singular da pessoa e a cultura na qual está inserida. Nesse sentido,

entendemos que a escola, conforme ressaltado por Matos (2014), é um espaço de

organização social que participa ativamente da construção da subjetividade do

sujeito que aprende. Para isso, a escola precisa ser promotora de espaços que

favoreçam a produção de sentidos subjetivos, pois, assim, poderá conduzir o

processo de desenvolvimento na direção do que Mitjáns Martínez (2014, p. 74, 75)

denomina como aprendizagem compreensiva:

16

aquela em que o esforço do aprendiz está direcionado para a compreensão de elementos essenciais do objeto do conhecimento: sua gênese, composição, formas de funcionamento, inter-relações ou outros. Nela o aprendiz está implicado no processo do aprender em sua condição de sujeito, e seu caráter ativo, sua intencionalidade e sua implicação emocional se evidenciam de diferentes formas: atenção, concentração, planejamento do processo, tempo dedicado, emoções vivenciadas, estratégias utilizadas, capacidade de expressar o aprendido em suas próprias palavras, entre outras.

Para que a escola e, mais especificamente, a sala de aula seja promotora de

espaços ricos de sentidos subjetivos, faz-se necessário cuidar das estratégias

pedagógicas desenvolvidas nesses espaços. Tacca (2014, p. 48) refere-se a

estratégias pedagógicas como “recursos relacionais que orientam o professor na

criação de canais dialógicos, tendo em vista adentrar o pensamento do aluno, suas

emoções, conhecendo as interligações impostas pela unidade cognição-afeto”. ssa

forma ampliada de compreender o conceito de estratégias pedagógicas para além

de um “conjunto de atividades ou diferentes passos organizados para o

desenvolvimento de determinado conteúdo curricular” (p. 47), pressupõe a presença

de um cuidado que não se restringe a aspectos relacionados à organização do

trabalho pedagógico numa dimensão externa apenas, mas que passa pelo

desenvolvimento de recursos internos pessoais, diz a autora, que “implicam captar o

outro, dispor-se a pensar com o outro para fazer gerar as significações da

aprendizagem” (p.4 ).

Posto isso, destacamos que a proposta pensada, nesse momento, para a

realização do trabalho nas Salas de Apoio à Aprendizagem visa normatizar e

fornecer procedimentos unificados e coerentes com os princípios apresentados

neste documento, os quais coadunam com o Currículo em Movimento da SEEDF e

com a atuação institucional deste SEAA.

17

2 NORMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

2.1 PROCEDIMENTOS

2.1.1 O ENCAMINHAMENTO

1 Os estudantes encaminhados para as Salas de Apoio à Aprendizagem

deverão ter passado pelo processo de avaliação interventiva, na perspectiva

processual, contextual e mediada, realizada pelos profissionais do Serviço

Especializado de Apoio à Aprendizagem (SEAA), em articulação com os

profissionais de apoio da escola.

2 Nas Unidades Escolares (UE) onde não houver EEAA, incluindo as

séries/anos finais e médio, os encaminhamentos para acompanhamento na SAA

serão analisados pela Coordenação Intermediária do SEAA e/ou Itinerância da

SAA em conjunto com a equipe pedagógica da UE do estudante.

3 As demais intervenções institucionais devem ser realizadas pelos profissionais

do SEAA durante todo o processo de avaliação interventiva.

4 Após garantir as intervenções pontuadas nos itens anteriores, serão

encaminhados para as SAA apenas os estudantes que cumprem os seguintes

critérios:

Apresentar necessidades educacionais especiais, conforme

Resolução nº 01/2012-CEDF, alterada em seus dispositivos pela

Resolução nº 01/2014-CEDF CNE/CEB nº2 de 11/9/20011, que

estejam matriculados na Educação Infantil, Ensino Fundamental

séries/anos iniciais e finais, Ensino Médio e na Educação de Jovens e

Adultos das Unidades Escolares da Rede Pública de Ensino.

Possuir Relatório de Avaliação e Intervenção Educacional

contendo indicação do SEAA para acompanhamento na SAA. Nos

casos em que não houver EEAA na UE, possuir um Parecer elaborado

pela equipe pedagógica, descrevendo a situação pedagógica do

estudante e contendo indicação para acompanhamento na SAA.

1 Disponível no endereço eletrônico www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/linkpag/resolução_01_2012_cedf.pdf

18

Participar das intervenções, de forma sistemática, oferecidas pela

escola, tais como projetos interventivos, reagrupamentos

interdisciplinares, entre outros, conforme a necessidade. O estudante

deve continuar participando dessas estratégias durante o atendimento

na SAA, tendo garantidas as adequações educacionais pertinentes,

quando necessário. Todas as intervenções realizadas devem estar

registradas em documentos oficiais da Unidade Escolar (UE).

5 Os casos não incluídos acima serão analisados pela Coordenação

Intermediária do SEAA e/ou Itinerância da SAA em conjunto com a equipe

pedagógica da UE de matrícula do estudante.

6 A definição da prioridade de atendimento aos estudantes a serem

encaminhados para a SAA, será realizada em reunião conduzida pelos

profissionais do SEAA com a participação da Equipe Gestora, Orientação

Educacional (OE) e Coordenação Pedagógica da UE. Onde não houver o

SEAA, a reunião será conduzida pela Equipe Gestora da escola até que este

serviço seja constituído. Nesse caso, o Itinerante da SAA e/ou a Coordenação

Intermediária supervisionará o processo.

7 As reuniões acontecerão, anualmente, durante o período de estratégias de

matrícula.

8 As decisões decorrentes dessas reuniões serão formalizadas em registros

próprios, tais como:

a) Em Ata.

b) Na Lista de Prioridades ao Acompanhamento da SAA - (Anexo 1) .

9 A Lista de Prioridades ao Acompanhamento da SAA será encaminhada pela

EEAA – ou, onde não houver, pela Equipe Gestora – ao Itinerante da SAA.

10 Cabe ao Professor Itinerante da SAA articular e organizar com os

Professores das SAA a distribuição dos estudantes encaminhados na Lista de

Prioridades ao Acompanhamento da SAA.

11 Devem ser garantidos nos espaços de Coordenação Coletiva do SEAA,

momentos de planejamento conjunto entre os profissionais deste serviço que

atuam no contexto mais amplo da escola e os que atuam nas SAA para:

19

repasse dos Relatórios de Avaliação e Intervenção Educacional, debates

sobre as estratégias a serem utilizadas para a realização do trabalho articulado,

estudos de casos, discussões importantes e pontuais para a elaboração do

Plano Interventivo Individual dos estudantes encaminhados, dentre outras

questões. Isso tem a finalidade de viabilizar a articulação dos trabalhos que

serão realizados nos dois espaços/tempos de atuação desses profissionais.

2.1.2 O ACOMPANHAMENTO

1 Antes de iniciar o acompanhamento do estudante encaminhado à SAA, os

Professores da SAA, em parceria com os Itinerantes, deverão realizar reuniões

com os responsáveis pelos estudantes encaminhados para esclarecimentos e

orientações referentes ao trabalho a ser desenvolvido e para coletar a assinatura

no termo de compromisso - (Anexo 2).

2 O Professor da SAA deverá elaborar um Plano Interventivo Individual - (Anexo

3) para todos os estudantes encaminhados, baseado nas necessidades

pedagógicas apresentadas, conforme os Referenciais para Atuação das

Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem, considerando o Relatório

de Avaliação e Intervenção Educacional e as discussões realizadas nos

momentos de debate/planejamento ocorridas entre os profissionais envolvidos.

3 O Professor da SAA terá autonomia na organização da composição dos

grupos que serão acompanhados, desde que em consonância com a Portaria

específica desse trabalho, considerando os critérios abaixo:

3.1 Os grupos serão compostos por um mínimo de 04 e máximo de 05

estudantes. Cada SAA atenderá no mínimo 15 e no máximo 20

estudantes por turno.

3.2 O acompanhamento na SAA acontecerá no turno contrário ao da

matrícula do estudante, sendo facultado aos professores trabalharem em

02 encontros semanais, com 1h/a de duração cada ou em 1 encontro

semanal com 2h/a de duração. No caso de escola inserida no Programa

de Educação Integral em Tempo Integral (PROEITI), os horários serão

20

definidos entre o Professor da SAA, a Equipe Gestora da escola de

origem e a família.

3.3 Será garantido o acompanhamento ao estudante por, no mínimo 1

(um) semestre, sendo facultado a continuidade no acompanhamento por

mais 1 (um) semestre.

4 Cabe ao Professor da SAA garantir os registros diários das intervenções

realizadas com os estudantes, bem como, de todas as ações relacionadas a

esses estudantes. Portanto, esse profissional deverá:

4.1 Manter atualizados os dados de identificação do estudante

conforme solicitado no Termo de Compromisso, devendo haver a

comunicação constante entre os profissionais envolvidos e a família.

4.2 Manter, em diário próprio, os registros da frequência dos estudantes.

4.3 Manter, em diário próprio, os registros de todas as intervenções

realizadas com os estudantes e de todas as ações realizadas em

articulação com os outros profissionais envolvidos, tais como: Itinerante,

SEAA, SOE, CRA e outros profissionais da instituição educacional onde o

estudante estiver matriculado.

4.4 Elaborar, semestralmente, um Parecer Sobre o Acompanhamento

na SAA (Anexo 4), sucinto, que descreva as intervenções realizadas e os

avanços alcançados, indicando a continuidade ou não do estudante no

acompanhamento na SAA. Deverá ser enviadas cópias desse parecer

para a secretaria da escola de origem e para a EEAA que atua no

contexto mais amplo da escola, a fim de dar continuidade às ações

institucionais previstas em planejamento coletivo.

4.5 Caberá ao Itinerante da SAA acompanhar e garantir que seja

cumprida a sequência presente na Lista de Prioridade de

Acompanhamento na SAA encaminhada pelas escolas.

2.1.3 O DESLIGAMENTO E A FINALIZAÇÃO

1 O desligamento ou finalização do acompanhamento do estudante na SAA será

definida no Parecer sobre o Acompanhamento na SAA, o qual deverá:

21

1.1 Ser formalizado pelo Professor da SAA em consonância com os

profissionais envolvidos.

1.2 Constar, de forma explicita, as orientações para a continuidade das

intervenções institucionais.

2 Será automaticamente finalizado o trabalho com o estudante que tiver até 1

(um) ano de acompanhamento na SAA, salvo se houver justificativa apresentada

pelo professor da SAA que explicite a necessidade de continuidade.2

3 Será automaticamente desligado o estudante que tiver três faltas consecutivas

injustificadas ou cinco faltas alternadas e não justificadas.

2.2 AS ATRIBUIÇÕES

2.2.1 NÍVEL CENTRAL:

Responsável pelo acompanhamento e supervisão central do trabalho realizado

pelos profissionais do SEAA, como também, pela implementação e divulgação

das orientações pedagógicas específicas para o desenvolvimento do trabalho

institucional. São também suas responsabilidades:

1 Promover, junto aos Coordenadores Intermediários e Itinerantes, momentos

para planejamento, organização, acompanhamento e orientação técnico-

pedagógica relacionadas ao trabalho realizado pelos profissionais do SEAA,

conforme proposto na Orientação Pedagógica deste serviço.

2 Realizar fóruns mensais para formação contínua dos Coordenadores

Intermediários e Itinerantes das SAA.

3 Acompanhar e avaliar, junto aos Coordenadores Intermediários e Itinerantes, o

trabalho realizado pelas EEAA com a finalidade de nortear a atuação na

perspectiva institucional.

2 Cabe explicitar que o trabalho desenvolvido na SAA configura-se como um dos recursos do SEAA para

intervenção com o estudante. Entende-se que a constante comunicação entre a equipe escolar, o SEAA e o

profissional da SAA, prevista pelo documento, permite uma avaliação sistemática dos resultados alcançados e de suas

variáveis. Assim, há que se compreender que o avanço do estudante se dará por meio de ações conjuntas e efetivadas

em prol do seu desenvolvimento.

22

4 Articular parcerias para o planejamento, organização e o acompanhamento da

formação contínua desenvolvida pelos Coordenadores Intermediários, itinerantes

e EEAA.

5 Acompanhar as avaliações interventivas desenvolvidas pelos profissionais que

atuam nas EEAA.

6 Participar de estudos de casos que extrapolam as competências do nível

intermediário.

7 Elaborar documentos normativos sobre o trabalho das EEAA.

8 Emitir pareceres técnicos.

9 Articular, junto às instituições afins, intercâmbio de estudos e de pesquisa.

10 Promover, em parceria com a EAPE, UnB e/ou outras Instituições de Ensino

Superior, cursos de formação continuada destinados aos profissionais do SEAA.

11 Executar quaisquer outras atividades que se relacionem à gestão

central do SEAA.

2.2.2 NÍVEL INTERMEDIÁRIO:

2.2.2.1 Compete às Gerências de Educação Básica (GEB) das

Coordenações Regionais de Ensino:

1 Acompanhar e supervisionar o processo de seleção de profissionais para o

SEAA.

2 Acompanhar e supervisionar o trabalho realizado pelos profissionais do SEAA.

3 Promover ações de articulação entre a Coordenação Intermediária do SEAA e

as demais Coordenações Intermediárias da Educação Básica, visando o

planejamento e o acompanhamento sistemático do processo de ensino e

aprendizagem.

4 Garantir espaços de divulgação junto à Equipe Gestora das UE sobre a

atuação do SEAA na perspectiva institucional.

23

5 Promover momentos periódicos de reflexões junto aos Gestores das UE

buscando uma aproximação e entendimento desses quanto ao trabalho

realizado pelo SEAA.

6 Oferecer suporte administrativo, de infraestrutura e de pessoal para o

adequado funcionamento do SEAA, em articulação com as Gerências

pertinentes.

2.2.2.2 Compete ao Coordenador Intermediário do SEAA:

1 Acompanhar a elaboração e a implementação do Plano de Ação dos

profissionais do SEAA em convergência com o presente documento, com a

Orientação Pedagógica do SEAA e com os documentos da SEEDF.

2 Coordenar, acompanhar e supervisionar as atividades dos profissionais que

atuam no SEAA, em especial as ações relacionadas à adequada

operacionalização do trabalho realizado no contexto mais amplo da UE e no

contexto das SAA, com vistas a uma atuação na perspectiva institucional.

3 Acompanhar e supervisionar o processo de avaliação e intervenção, bem

como de adequação educacional, quando necessária, fazendo cumprir os

critérios normatizados pelo Núcleo de Equipes Especializadas de Apoio à

Aprendizagem e pela Estratégia de Matrícula, inclusive em situações de casos

omissos ou complexos que requeiram intervenções ou encaminhamentos que

não estão normatizados/previstos em documentos oficiais.

4 Promover, semanalmente, com o Itinerante da SAA, momentos de

planejamento e organização das ações conjuntas de trabalho.

5 Articular as ações de acompanhamento do processo de ensino e

aprendizagem em uma perspectiva institucional e interventiva, com os

profissionais do SEAA que atuam em todos os espaços/tempos nas UE.

6 Garantir, nos espaços de Coordenação Coletiva do SEAA, momentos de

planejamento conjunto entre os profissionais deste serviço que atuam no

contexto mais amplo da UE e os que atuam nas SAA para: debates sobre as

estratégias a serem utilizadas para a realização do trabalho articulado; estudos

de casos; discussões importantes e pontuais para a elaboração do Plano

24

Interventivo Individual dos estudantes encaminhados; discussões e entrega dos

Relatórios de Avaliação e Intervenção Educacional.

7 Intermediar o processo de entrega da Lista de Prioridades para o

Acompanhamento da SAA para o Itinerante da SAA. Nos casos em que não

houver EEAA, auxiliar junto ao Itinerante, a reunião para definição da prioridade

de atendimento dos estudantes a serem encaminhados para a SAA. Essa

reunião será conduzida pela equipe pedagógica da escola até que a EEAA seja

constituída.

8 Participar dos Fóruns mensais com a coordenação em nível central, ou sempre

que solicitado.

9 Articular reuniões periódicas com os Coordenadores Intermediários da

Educação Especial e da Orientação Educacional para estabelecer parceria

técnico-pedagógica.

10 Planejar, junto aos Coordenadores Intermediários da Educação Especial e da

Orientação Educacional, encontros bimestrais entre os profissionais das equipes

de apoio para o planejamento, formação e trabalho articulado.

11 Articular, junto à Gerência de Profissionais (GPROF), a liberação dos

profissionais aprovados no processo seletivo para atuação no SEAA.

12 Articular, junto à Gerência de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação

Educacional (GEPAV), espaços físicos adequados para o funcionamento do

SEAA.

13 Viabilizar, junto à GEB, o acolhimento e encaminhamento de estudantes para

realização de estágio supervisionado nas áreas afins, no contexto do SEAA.

14 Analisar e encaminhar, mediante formulário próprio, adequadamente

preenchido pelas EEAA, os estudantes para atendimento/avaliação diferencial

no Centro de Orientação Médico Psicopedagógico (COMPP).

15 Articular, em parceria com os Coordenadores Intermediários da Educação

Especial e da Orientação Educacional, as ações das equipes de apoio das UE

junto aos órgãos de proteção à infância e à adolescência, para atuarem em

situações que necessitam de medidas protetivas.

16 Divulgar documentos normativos sobre o trabalho do SEAA.

25

17 Acompanhar a frequência dos profissionais do SEAA nas coordenações

coletivas.

18 Analisar/assegurar, junto ao NUEEAA, que a formação continuada coadunem

com os princípios estabelecidos na Orientação Pedagógica e nos documentos

normatizadores da SEEDF.

19 Participar dos estudos de casos, quando necessário, junto aos demais

profissionais das equipes de apoio da UE.

20 Intermediar as relações interpessoais visando a melhoria do trabalho.

21 Promover espaços de reflexão sistemáticas das práticas do serviço, por meio

de autoavaliação, avaliação dos pares, e outros, utilizando como critérios os

documentos normatizadores do SEAA.

22 Executar quaisquer outras atividades que se relacionem à gestão

intermediária do SEAA.

2.2.2.2 Compete ao Itinerante da SAA:

1. Acompanhar a elaboração e a implementação do Plano de Trabalho das SAA

em convergência com o presente documento, com a Orientação Pedagógica do

SEAA e com os documentos da SEEDF.

2 Organizar o cronograma das reuniões a serem realizadas em cada SAA que

está sob sua responsabilidade.

3 Capitalizar as informações contidas na Lista de Prioridades para o

Acompanhamento da SAA e organizar a distribuição dos estudantes que serão

acompanhados de acordo com os critérios pré-estabelecidos para o

preenchimento das vagas. Nos casos em que não houver EEAA, o Itinerante

e/ou o Coordenador Intermediário supervisionará o processo de definição da

Lista de Prioridades.

4 Apresentar os procedimentos do trabalho realizado nas SAA nos Fóruns de

Gestores e em outros espaços vinculadas à sua CRE, buscando alcançar todas

as UE e promovendo, também, reflexões sobre os princípios da atuação

institucional.

26

5 Orientar e articular o trabalho realizado nas SAA junto aos profissionais do

SEAA, da OE, do AEE, da Equipe Gestora e demais profissionais das escolas.

6 Acompanhar e orientar, sistematicamente, os Professores das SAA na

elaboração do Plano Interventivo Individual, propondo estratégias adequadas ao

desenvolvimento dos estudantes.

7 Acompanhar e orientar, sistematicamente, os Professores das SAA na

elaboração de relatórios, no preenchimento dos diários, no preenchimento de

formulários, nos registros diversos e em outras ações pertinentes ao trabalho.

8 Promover encontros pedagógicos, na perspectiva institucional, com os

profissionais das UE, com a finalidade de orientar e refletir sobre a organização

do trabalho pedagógico que contribua com o processo de desenvolvimento dos

estudantes encaminhados.

9 Acompanhar a frequência e a movimentação dos estudantes inscritos nas

SAA, oportunizando novas vagas.

10 Analisar, junto aos profissionais envolvidos no acompanhamento dos

estudantes, a liberação ou permanência dos mesmos na SAA.

11 Elaborar, semestralmente, relatório das ações desenvolvidas e encaminhar

ao NUEEAA, por meio da Coordenação Intermediária do SEAA.

12 Elaborar e encaminhar documentos solicitados pela Coordenação

Intermediária do SEAA e/ou pelo NUEEAA.

2.2.3 NÍVEL LOCAL:

2.2.3.1 Compete à Equipe Gestora de cada Unidade Escolar:

1 Viabilizar e participar das reuniões conduzidas pelos profissionais do SEAA,

com a participação da Orientação Educacional (OE) e da Coordenação

Pedagógica da UE, para definição sobre os estudantes que irão compor a Lista

de Prioridades para o Acompanhamento da SAA.

2 Propiciar e garantir que diferentes estratégias pedagógicas, projetos

interventivos e reagrupamentos aconteçam na UE, favorecendo a integralidade

da educação de todos os estudantes, em especial aqueles a serem

encaminhados para o acompanhamento na SAA.

27

3 Oferecer, em parceria com a CRE, condições de estrutura física e materiais

pedagógicos e psicológicos para a realização do trabalho do SEAA, assim como

condições que garantam o sigilo dos registros.

4 Favorecer a participação e acompanhar a frequência dos profissionais do SAA

nas reuniões pedagógicas das escolas atendidas, nas coordenações coletivas

do SEAA, nos cursos de formação continuada e em outras atividades

relacionadas ao trabalho.

5 Garantir espaços nas coordenações coletivas locais para reflexões/estudos

organizados pelo SEAA, visando contribuir com a formação contínua dos

profissionais da UE.

6 Garantir a segurança dos materiais e documentos do SEAA, favorecendo a

guarda em locais apropriados.

2.2.3.2 Compete à Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem:

1 Realizar o trabalho na perspectiva institucional conforme os princípios da

Orientação Pedagógica do SEAA.

2 Realizar avaliação interventiva, na perspectiva processual, contextual e

mediada, dos estudantes com dificuldades mais acentuadas no processo de

escolarização.

3 Realizar intervenções específicas com os estudantes com dificuldades mais

acentuadas no processo de escolarização, inserindo-os e acompanhando-os nos

diversos projetos realizados na UE.

4 Priorizar as intervenções pedagógicas realizadas na UE e, sempre que

possível, não encaminhar para avaliação clínica antes de verificar o que pode

ser feito para resolver na UE.

5 Produzir Relatório de Avaliação e Intervenção Educacional, especificando com

clareza as intervenções realizadas, as conclusões geradas durante o processo

de avaliação interventiva, como também, os encaminhamentos e as orientações

necessárias ao pleno desenvolvimento do estudante.

6 Sugerir, no Relatório de Avaliação e Intervenção Educacional, quando

necessário, o encaminhamento para a Sala de Apoio à Aprendizagem.

28

7 Conduzir, com a participação da Equipe Gestora, Orientação Educacional (OE)

e Coordenação Pedagógica da UE, as reuniões para definição da Lista de

Prioridades para o Acompanhamento da SAA de estudantes a serem

encaminhados para a SAA.

8 Encaminhar a Lista de Prioridades para o Acompanhamento da SAA para

o Itinerante da SAA.

9 Auxiliar o Professor da SAA na elaboração do Plano Interventivo Individual.

10 Apoiar e orientar o professor do estudante encaminhado, em articulação com

os Professores das SAA, durante o período em que o estudante estiver em

acompanhamento na SAA.

11 Mediar as ações realizadas pelo Professor da SAA e o professor regente do

estudante encaminhado.

12 Debater, refletir, planejar ações articuladas e realizar estudos de casos em

conjunto com o Professor da SAA, nas Coordenações Coletivas do SEAA.

13. Analisar, junto aos Professores e Itinerantes da SAA, a liberação ou

permanência dos estudantes na SAA.

14 Articular, juntamente com o Coordenador Intermediário e com o Itinerante, o

processo de formação contínua dos profissionais das UE.

15 Elaborar, em conjunto com o Professor da SAA e com o Itinerante, o Plano de

Trabalho a ser integrado ao PPP da escola.

2.2.3.3 Compete ao Professor da Sala de Apoio:

1 Divulgar, informar e orientar, sempre que necessário, sobre o trabalho da SAA,

junto ao Itinerante e aos profissionais do SEAA que atuam no contexto mais

amplo da escola.

2 Organizar e conduzir, em conjunto com o Itinerante, reuniões com os

responsáveis dos estudantes acompanhados na SAA, com a finalidade de

informar e orientar sobre o trabalho e colher assinatura no termo de

compromisso.

29

3 Elaborar o Plano Interventivo Individual dos estudantes, a serem

acompanhados, com auxílio dos profissionais do SEAA que atuam no contexto

mais amplo da escola e do Itinerante.

4 Definir a composição dos grupos dos estudantes a serem acompanhados na

SAA, em conformidade com a Portaria vigente.

5 Realizar intervenções pedagógicas e significativas para o desenvolvimento dos

estudantes em acompanhamento na SAA.

6 Manter atualizado em diário específico, o registro da frequência dos

estudantes, as intervenções realizadas e outras informações complementares.

7 Aproveitar os espaços das Coordenações Coletivas do SEAA para debater,

refletir, planejar ações articuladas e realizar estudos de casos em conjunto com

os profissionais que atuam nas escolas de origem dos estudantes em

acompanhamento.

8 Analisar, junto ao Itinerante da SAA e junto aos profissionais do SEAA que

atuam nas UE em que os estudantes estão vinculados, a liberação ou

permanência desses estudantes na SAA.

9 Elaborar, semestralmente, o Parecer Sobre o Acompanhamento na SAA de

todos os estudantes acompanhados na SAA.

10 Participar das Coordenações Coletivas do SEAA, como também, das

Coordenações Coletivas nas UE e na CRE, quando se fizer necessário.

30

REFERÊNCIAS

Alcântara, Raquel de; Gurgel, Carolina Provvidenti de Paula. Dificuldades de escolarização: novo enfoque de atuação profissional / Raquel de Alcântara Maragno Molina; Carolina Provvidenti de Paula Gurgel – Brasília: Ed. do autor, 2013.

BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Declaração de Salamanca e linhas de ação. Brasília: CORDE, 1994.

______. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm.

_______. Conselho de Educação do Distrito Federal. Resolução nº 1/2012-CEDF.(alterada em seus dispositivos pela Resolução nº 1/2014-CEDF, publicada no DODF nº 43, de 26 de fevereiro de 2014, p.5) Estabelece normas para o Sistema de Ensino do Distrito Federal, em observância às disposições da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 2014. Disponível em: www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/linkpag/resolução_01_2012_cedf.pdf

______ Conselho Nacional de Educação.Resolução CNE/CEB n. 2, de 11 de setembro de 2001 que institui as Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, 2001.

______. Governo Federal. Constituição Federal de 1998. Brasília, 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br

______. Ministério de Educação. Convenção de Guatemala . Brasília, 1999. Disponível em http://portal.mec.gov.br.

______. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 8º Edição 2013 Disponível em http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2762/ldb_5ed.pdf?sequence=1 Acesso em 20 jan. 2014

_______ Ministério da Educação. Nota Técnica nº4/2014/MEC/SECADI/DPEE 23 de janeiro de 2014. Brasilia, 2014. Disponível em http://portalmec.gov.br

_______. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf. Acesso em 15 Jan. 2014.

31

______. Secretaria de Estado de Educação do DF. Portaria nº 39 publicada no Diário oficial em 12/03/2012. Disponível em: http://www.buriti.df.gov.br/ftp/diariooficial

GONZALEZ REY, F. L. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico cultural. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2003, 2005.

_______. O pensamento de Vigostsky – contradições, desdobramentos e desenvolvimento. São Paulo: Hucitec. 2013.

MAIA, Camila Moura Fé. As implicações institucionais do diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Trabalho de Conclusão de Cursos. Brasília: Centro Universitário Unieuro, 2014.

MARINHO-ARAÚJO, C. & ALMEIDA, S. F. C. Psicologia escolar: construção e

consolidação da identidade profissional. Campinas, SP: Alínea, 2005.

MATOS, Cintia de Araújo. As práticas de alfabetização e letramento e a valorização da subjetividade do sujeito que aprende por meio de recursos afetivos do sujeito que ensina. Trabalho de Conclusão de Cursos. Brasília: Centro Universitário Unieuro, 2014.

MITJÁNS MARTÍNEZ, A. & ÁLVAREZ, P. (Orgs.). O sujeito que aprende –diálogo entre a psicanálise e o enfoque histórico-cultural. Brasília: Liber Livro. 2014

NEVES, M.M.B. da J. A atuação da psicologia nas Equipes de Atendimento Psicopedagógico da rede pública de ensino do Distrito Federal. Tese de Doutorado, UNB, Brasília, 2001.

PENNA-MOREIRA, P.C.B. (2007). A psicologia escolar na rede pública de ensino do Distrito Federal: um estudo sobre as Equipes de Atendimento/Apoio à Aprendizagem do Plano Piloto. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília. Acessado em repositório.unb.br

32

ANEXOS:

TUTORIAL PARA USO DOS FORMULÁRIOS

Formulário 1 – Listagem de Prioridades para o Acompanhamento da SAA

Formulário a ser preenchido pelos profissionais da EEAA, juntamente com o

SOE, Coordenação e/ou Supervisão pedagógica e Equipe Gestora da escola,

com o nome dos estudantes indicados ao acompanhamento da SAA, em ordem

de prioridade. Após preenchimento entregar duas vias ao itinerante da SAA, que

ficará com uma via e disponibilizará a outra para o profissional da SAA

responsável por acompanhar a unidade escolar.

Formulário 2 – Termo de Compromisso da SAA

Formulário a ser preenchido e assinado pelos responsáveis pelo estudante no

momento da primeira reunião com o profissional da SAA.

Formulário 3 – Plano Interventivo Individual da SAA

Formulário destinado a registrar o plano interventivo individual para o

acompanhamento do estudante na SAA.

Formulário 4 – Parecer Sobre o Acompanhamento na SAA

Formulário destinado ao registro do parecer semestral do professor responsável

pelo acompanhamento do estudante na SAA. Nele deve conter a indicação de

continuidade ou não de acompanhamento na SAA.

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM – EEAA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM - SAA

LISTA DE PRIORIDADES PARA O ACOMPANHAMENTO DA SAA

Formulário a ser preenchido pelos profissionais da EEAA, juntamente com o SOE, Coordenação e/ou Supervisão pedagógica e Equipe Gestora da escola com os nomes dos estudantes indicados para o acompanhamento na SAA, em ordem de prioridade. Após preenchimento entregar duas vias ao itinerante da SAA, que ficará com uma via e disponibilizará a outra para o profissional da SAA responsável por acompanhar a unidade escolar.

UNIDADE ESCOLAR ___________________________________________________________________________________________________

Função Nome Matrícula

Pedagogo

Psicólogo

Orientador Educacional

Coordenador Pedagógico

Supervisor Pedagógico

Equipe Gestora

RI

IO O RI

ID D A D E

DO

ESTUDANTE

NASCIMENTO E

TURMA

EDUCACIONAL ESTUDANTE NA SAA (a ser

preenchido pela itinerância)

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM – EEAA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM - SAA

TERMO DE COMPROMISSO

Senhores Pais e/ou Responsáveis,

Iniciaremos o acompanhamento na Sala de Apoio à Aprendizagem, espaço destinado a

oferecer o apoio técnico-pedagógico, visando o desenvolvimento e aprendizagem do

estudante. O acompanhamento terá duração de 1 (um) semestre, podendo se estender por

mais 1 (um) semestre.

Estudante:__________________________________________________________________

Data de Nascimento: ____/____/_______

Unidade escolar de origem:_____________________________________________________

SAA: _______________________________________________________________________

Ano / Série: ____________ Turma: _______________________ Turno: __________________

Dias do acompanhamento: __________________________ Horário: ____________________

Nome do (a) responsável: _____________________________________________________

Grau de parentesco__________________ Tel.: ____________________________________

As recomendações abaixo informam sobre as normas do acompanhamento educacional

pedagógico oferecido pela Sala de Apoio à Aprendizagem, no turno contrário ao de aula

regular do(a) estudante(a), junto à Unidade Escolar:

1. O(A) estudante deverá comparecer ao acompanhamento da SAA nas datas e horários

previamente definidos.

2. Três faltas consecutivas injustificadas ou cinco faltas alternadas e não justificadas

acarretarão no desligamento do(a) estudante do acompanhamento da SAA.

3. Em caso do desligamento do(a) estudante por falta, os responsáveis serão contatados

pelos profissionais da Sala de Apoio à Aprendizagem e deverão comparecer ao local

de acompanhamento para assinatura do termo de desistência, assumindo a

responsabilidade e justificando o motivo.

4. Os responsáveis que queiram interromper o acompanhamento oferecido ao estudante

deverão comparecer para assinatura do termo de desistência.

5. É dever dos responsáveis comparecer às reuniões com os profissionais da Sala de

Apoio à Aprendizagem e manter contatos frequentes com esses.

FOTO 3 X 4

6. As reuniões da SAA com os responsáveis serão agendadas e comunicadas com

antecedência. Não será permitida interrupção do acompanhamento para atender aos

responsáveis.

7. Os profissionais da Sala de Apoio à Aprendizagem são responsáveis pelo estudante

somente no horário do acompanhamento. Desta forma, o (a) estudante não poderá

permanecer no local do acompanhamento ou nas dependências da Unidade Escolar

antes ou depois do mesmo.

8. Haverá um limite de quinze minutos de tolerância de atraso para o início do

acompanhamento.

9. É dever do responsável informar à Sala de Apoio à Aprendizagem mudanças de

endereço, telefone, escola, turno e outras que interfiram no horário do

acompanhamento e na comunicação da SAA com a família e a Unidade Escolar.

10. A infrequência do (a) estudante ao Atendimento será comunicada à escola de origem

por intermédio da itinerância da SAA.

11. O(A) estudante deverá comparecer ao acompanhamento da SAA trajando uniforme da

escola de origem.

Autorizo o acompanhamento do estudante na Sala de Apoio à Aprendizagem: ( ) Sim ( ) Não

Autorizo o estudante a ir sozinho à SAA : ( ) Sim ( ) Não

Autorizo filmagem/fotografia para fins de registro do trabalho realizado na SAA: ( ) Sim ( ) Não

Em caso de não autorização, justifique:

___________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Assinatura do Responsável: ___________________________________________________

Assinatura do (a) Professor (a) da SAA: __________________________________________

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM – EEAA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – SAA

PLANO INTERVENTIVO INDIVIDUAL - SAA

SAA: _____________________________________________________ PROFESSOR SAA: ____________________________________________

ESTUDANTE: _______________________________________________________________________ DATA DE NASCIMENTO: _____/_____/_______

UE DE ORIGEM: _____________________________________________________ ANO/ SÉRIE/ TURMA: __________________________________

DATA DE INÍCIO DO ACOMPANHAMENTO: _____/______/_________ SEMESTRE/ANO DE ACOMPANHAMENTO:_______________________

RECOMENDAÇÕES GERAIS:

1. Este documento deve permanecer na pasta do(a) estudante e seu objetivo é, inicialmente, oferecer informações sobre o trabalho

desenvolvido e subsidiar as intervenções educacionais com o(a) estudante em questão.

2. Ressalta-se que este documento não substitui a Adequação Curricular, cabendo ao(s) professor(es) regente(s) a elaboração desta,

quando necessária.

3. Recomenda-se zelo em relação às informações apresentadas, no sentido de evitar que sejam divulgadas à pessoas não envolvidas no

processo de ensino e aprendizagem, preservando assim a individualidade do(a) estudante.

4. Recomenda-se zelo em relação aos dados que possam gerar dúvidas. Sugere-se que, neste caso, a escola procure imediatamente a

Sala de Apoio à Aprendizagem responsável por este plano interventivo.

5. Convém ressaltar que os dados referem-se a este momento da vida do (a) estudante e, portanto, sujeitos a mudanças contínuas de

acordo com o processo de desenvolvimento dinâmico e evolutivo do ser humano.

Atenciosamente,

Sala de Apoio à Aprendizagem

1. Descrição sucinta sobre o processo de escolarização do(a) estudante:

2. Intervenções Pedagógicas necessárias para este(a) estudante:

ASPECTOS A SEREM TRABALHADOS

(Necessidades atuais do estudante) AÇÕES FACILITADORAS PARA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

OBSERVAÇÕES:

ASSINATURAS

Professor da Sala de Apoio à Aprendizagem

NOME COMPLETO:______________________________________

FUNÇÃO_______________________________________________

MATRÍCULA____________________________________________

ASSINATURA___________________________________________

Profissional da EEAA que atua na escola de origem do estudante

NOME COMPLETO:___________________________________________

FUNÇÃO____________________________________________________

MATRÍCULA_________________________________________________

ASSINATURA________________________________________________

Data: ________/__________/___________

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM – EEAA

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM - SAA

PARECER SOBRE O ACOMPANHAMENTO NA SAA

ESTUDANTE: ___________________________________________________________

DATA DE NASCIMENTO: _____/_____/_________

ANO/ SÉRIE/ TURMA: _____________________________________________________

UE DE ORIGEM: _________________________________________________________

DATA DE INÍCIO DO ACOMPANHAMENTO: _____/______/_________

SAA:___________________________________________________________

Ações desenvolvidas (Descreva as intervenções realizadas e os avanços

alcançados)

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_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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Conclusão:

Marque as opções que se aplicam:

( ) Necessita continuar no acompanhamento da SAA

( ) Não necessita continuar no acompanhamento da SAA

( ) Necessita continuar o acompanhamento com o SEAA na escola de origem

( ) Necessita de outro tipo de apoio. Especifique:

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Justifique:

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Sugestões de intervenções:(orientações direcionadas à família e à escola)

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Assinaturas:

Professor da Sala de Apoio à Aprendizagem

NOME COMPLETO:____________________________________________________

FUNÇÃO_____________________________________________________________

MATRÍCULA__________________________________________________________

ASSINATURA_________________________________________________________

Profissional da EEAA que atua no contexto da escola de origem do estudante

NOME COMPLETO:____________________________________________________

FUNÇÃO_____________________________________________________________

MATRÍCULA__________________________________________________________

ASSINATURA_________________________________________________________